11/04/2015 - jornal semanário - edição 3.120

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Segurança pública Polícia captura duas quadrilhas em Bento Um grupo fazia roubos a estabelecimentos comerciais, enquanto o outro era responsável pelo tráfico de drogas sintéticas na Serra Gaúcha LEONARDO LOPES BENTO GONÇALVES Sábado 11 DE ABRIL DE 2015 ANO 48 N°3120 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Página 27 Hospital Tacchini Atendimento regional ameaçado Sem receber verbas federais e estaduais, instituição pode parar de receber pacientes da região Páginas 22 e 23

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11/04/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.120 - Bento Gonçalves/RS

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Segurança pública

Polícia captura duas quadrilhas em Bento

Um grupo fazia roubos a estabelecimentos comerciais, enquanto o outro era responsável pelo tráfico de drogas sintéticas na Serra Gaúcha

LEON

ARD

O LO

PES

BENTO GONÇALVESSábado11 DE ABRIL DE 2015ANO 48 N°3120

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Página 27

Hospital Tacchini

Atendimento regional ameaçadoSem receber verbas federais e estaduais, instituição pode parar de receber pacientes da região Páginas 22 e 23

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Redução da maioridade penalPara além de ser uma medida inconstitucional

(violadora do art. 228 da CF e tantos outros dispo-sitivos que asseguram o tratamento diferenciado do adolescente que está em fase de desenvolvimento da sua personalidade), a redução da maioridade penal tende a ser inócua: de 1940 (data do Código Penal) até março de 2015 o legislador brasileiro re-formou nossas leis penais 156 vezes. Nenhuma re-forma legal jamais diminuiu qualquer tipo de crime no país, a médio ou longo prazo. Se 156 leis penais novas não funcionaram, qual a base empírica para se acreditar que uma nova lei, justamente a decor-rente da PEC 171 (Proposta de Emenda Constitu-cional), seria diferente? “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein).

Não há dúvida que as leis possuem o efeito mági-co (simbólico) de aplacar a indignação da população irada, que já não suporta mais tanta insegurança. Mas como as leis não mudam a realidade, em pou-co tempo a população volta com carga redobrada de ira. A desgraça, que emana da consciência ingênua, típica mas não exclusiva das massas insurgentes, é que ela e a mídia voltam a pedir a mesma coisa: vão implorar por uma nova lei baixando a idade penal para 14 anos. Depois, vão demandar nova reforma para atingir os adolescentes de 12 anos. Ad absur-dum, esse raciocínio chegaria à proposta do aborto generalizado para não nascer mais ninguém. Alguns religiosos mais radicais talvez recuperem a ideia de que o humano não deve mais fazer sexo.

Em 1990 o Brasil vivia uma onda avassaladora de sequestros, extorsões e assassinatos. Em 1989 haví-amos chegado a 23,7 assassinatos para cada 100 mil pessoas (fonte: Datasus), contra 11,5 em 1980. O le-gislador prontamente editou a mais dura lei penal do país redemocratizado, lei dos crimes hediondos, afirmando que, com ela, o problema seria resolvido. Em 1990 já chegamos a 26,4 homicídios para 100 mil

habitantes. No ano 2000, alcançamos 26,7; em 2005, 28,1; no ano 2010, 27, 4; em 2012, últimos números disponíveis, veio o patamar de 29 para cada 100 mil habitantes. Com as leis de trânsito e Maria da Penha aconteceu a mesma coisa: a mera mudança da lei não altera a realidade. Se estatisticamente sabemos que a simples alteração da lei não diminui a criminalidade, por que agora seria diferente?

A Unicef calcula que cerca de 1% dos homicídios são cometidos (no Brasil) por menores de 16 e 17 anos (O Globo 2/4/15). Isso significa mais ou me-nos 600 mortes anuais. Nas outras mais de 59 mil mortes a polícia investigativa (sucateada) consegue apurar apenas de 5% a 8% dos casos; 92% contam com impunidade imediata. O nosso problema, por-tanto, reside na falta de certeza do castigo. Essa seria a bandeira correta a ser levantada, fazendo-se um ajuste no ECA para, nos casos de menores assassi-nos, aumentar o tempo de internação, de três para seis ou oito anos (como acontece em vários países europeus). Para além desse ajuste legal, a solução da criminalidade exige educação de qualidade em perí-odo integral, para todos, prevenção e certeza do cas-tigo previsto na lei. Nada dessas coisas certas faze-mos no Brasil. Teimamos em fazer o errado. Por isso que é insanidade esperar resultados diferentes. Com 150 milhões de analfabetos funcionais ainda vamos demorar muito para alcançar a consciência crítica. A redução da maioridade penal como solução de um problema social é a exploração do humano de cons-ciência ingênua pelo humano demagogo.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

LUIZ FLÁVIO GOMES Professor

Saúde em segundo lugarEditorial

Em época de eleição, seja ela para prefeito, governador ou presidente, ouvimos o discurso de que as prioridades dos candidatos são saúde, educação e segurança. Porém, entra ano e sai ano vemos que a realidade não é tão priori-tária assim. O Governo Federal investe no Sistema Único de Saúde muito menos do que deveria. Prova disso é que aquela tabela cobre apenas 60% dos custos. Os 40% res-tantes têm de ser cobertos pelos hospitais privados – Santas Casas e hospitais filan-trópicos – que prestam serviços ao SUS. Isso também não deixa de ser uma forma de privatização perversa do SUS.

Afinal, embora o governo não se canse de exaltar o atendimento universal pres-tado pelo SUS, são entidades privadas que pagam 40% de suas despesas. Recorde-se que elas respondem por 45% das internações do SUS e por 34% dos leitos hospitalares do País. O Hospital Tacchini, por exemplo, vem sendo mantido com recursos da Prefeitura de Bento Gonçalves, que vem tapando o furo deixado pelos governos Estadual e Federal.

Os governos ficam apenas tentando

remediar em vez de atacar o problema

Como, evidentemente, essa conta não fecha, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos acumulam dívidas enor-mes. Somente no Rio Grande do Sul, a dívida do governo gaúcho com os hospitais ultrapassa R$ 1,2 bilhão. Tam-bém nesse caso, está se tentando apenas remediar em vez de atacar a causa do problema.

Pelo investimento necessário para manter os atendi-mentos no hospital, a construção de cinco novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) está emperrada. Além disso, a Unidade de Pronto Atendimento III (UPA) deixa de ser aberta neste mês, com a promessa de iniciar os atendimentos em junho. E, mesmo assim, não fará o trabalho de su-

prir as necessidades da região, funcionando apenas como um PA 24 Horas.

Esta é a realidade da nossa saúde que, apesar dos pesa-res, ainda é de boa qualidade em Bento Gonçalves, se com-parada com centenas de municípios gaúchos. Se está ruim para nós, bento-gonçalvenses, imagine para os moradores de outras cidades.

Sábado, 11 de abril de 2015 2 Opinião

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Painel

A Trupe Dosquatro passa a ter mais um integrante, o bailarino Aká-cio Camargo (E.). Formado em balé clássico e dança contemporânea, será o primeiro homem a ministrar aulas de balé em Bento Gonçalves. O bailarino espera troca de experiências e conhecimentos: “acredito muito na linguagem do grupo, na bagagem da Trupe. Estou me identi-ficando muito com eles”, conta. Para o diretor Cristian Bernich, ter um homem como professor de balé ajudará a quebrar barreiras. “Ainda há certo preconceito com os homens que fazem balé clássico, então, com a chegada do Akácio na Sala de Ensaios, esperamos que mais meninos sintam-se à vontade para entrar na dança”, explica Bernich.

A comunidade bento-gon-çalvense já se prepara para mais um feriadão e o Poder Público não fará diferente. A Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores infor-mam que, mediante decreto, todas as repartições públicas municipais, exceto serviços essenciais, e o Legislativo terão ponto facultativo na, segunda-feira, 20, tendo em vista as comemorações do Fe-riado de Tiradentes.

As horas não trabalhadas nesta data serão compensa-das neste sábado, 11 de abril, das 7h às 13h, na prefeitura, e das 8h às 14h, na Câmara de Vereadores.

Trupe com novo integrante Prefeitura e Câmara abrem neste sábado

Lombadas de volta

Figuração em filme

Sábado, 11 de abril de 2015 3

Como serão as festividades de 1º de maio este ano?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

A organização e agilidade do Prêmio Mérito Lojista, realizado na quinta-feira, 9 de abril, pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL/BG).

A falta de bom senso dos motoristas que não dão passagem para as ambulâncias do Samu, principalmente na área central da ci-dade. Minutos preciosos são perdidos ali.

Após muitos protestos e pneus queimados, os morado-res dos bairros Conceição e Ju-ventude viram nesta semana a recolocação da lombada ele-trônica no trecho de travessia dos pedestres. Funcionários do Departamento Autônomo

Uma seleção de elenco para “O Filme da Minha Vida” ocor-rerá novamente em Garibaldi neste sábado, 11, das 8h às 18h, no Centro de Convivência de Idosos Giuseppe Garibaldi. O lon-ga será dirigido por Selton Mello e terá gravações em Garibal-di, bem como em outros municípios da Serra Gaúcha. O perfil, desta vez, inclui mulheres, mas a demanda maior é para homens dos 18 aos 80 anos. Mais informações com a produção do filme, no fone (51) 8170.1107 ou no e-mail [email protected].

HUMOR Moacir Arlan

de Estradas de Rodagem (Daer) recolocaram o equipamento na quinta-feira, 9 de abril, com o ob-jetivo de inibir o excesso de velo-cidade dos veículos no local.

A medida é paliativa, pois a lombada terá apenas um sinal de luz piscante, sem controlar

ou multar os motoristas impru-dentes. A superintendência do Daer acredita que até o mês de junho as novas lombadas com os radares de velocidade sejam instaladas. A licitação para a compra dos equipamentos já foi efetuada pelo órgão.

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Sábado, 11 de abril de 20154 Geral

Sempre alguém paga

Gostaríamos de entender

Repercussões

Verbas federais

A prefeitura diz que desde dezembro de 2012 as passagens urbanas não aumentavam. Nesta quarta-feira entrou em vi-gor um aumento que elevou a tarifa de R$ 2,75 (era 2,85 e foi reduzida para R$ 2,75 depois das desonerações tributá-rias da folha de pagamento promovida pelo governo federal) para R$ R$ 3,00. Claro que, como sempre, houve choro e ranger de dentes. Sempre que há aumento de qualquer coisa as reclamações vêm junto. Mas, por favor, alguém poderia imaginar que depois de dois aumentos no diesel (novembro de 2014 e fevereiro de 2015), além de outros aumentos, como salários dos funcionários e a manutenção dos ônibus, pode-ria passar mais tempo sem acréscimo da tarifa? E o que dizer das “isenções” e “reduções” de passagens, por vários moti-vos? Se alguém não paga, certamente alguém outro pagará a conta. Não existe cafezinho grátis, diz a máxima popular.

Hoje a prefeitura municipal tem expediente. Sim, hoje, sábado, há expediente “normal”. O motivo é o feriado de 21 de abril, Tiradentes, que acontece numa terça-feira e, por isso, haverá a “compensação” do expediente do dia 20, segunda-feira, hoje. São essas coisas que deixam a população preocupada. Acontece em todo o Brasil, em to-dos os poderes. Decidem criar um “expediente” que não leva a nada, já que a população não há procura nesses dias, ou porque a grande maioria não sabe ou tem outras coisas a fazer num sábado. Seria bem mais palatável se, simplesmente, decretassem “ponto facultativo”, algo tão em voga nos poderes públicos, sem mais “soluções mági-cas”. E a Câmara de Vereadores também terá expediente “normal” hoje. Depois ficam possessos se são criticados.

Toda a vez que comento sobre o nosso trânsito e seus personagens (motoristas, motociclistas e pedestres, ago-ra também skatistas) as repercussões são notáveis. Vá-rias pessoas me contataram pessoalmente ou por telefone para opinar a respeito. A maioria motoristas mostrando insatisfação pelo comportamento de muitos pedestres no trânsito. A indolência com que atravessam as ruas nas faixas ou fora delas, bem como o “não tarem nem aí” para o fato de estarem ou não na sua vez, obrigando carros a ficarem parados em entradas ou saídas de estacionamen-tos. E fazer com que os pedestres atravessem somente nas faixas a eles destinadas é outro problema. Diante dessas repercussões, creio que insistir para que o Depar-tamento de Trânsito faça campanhas de conscientização nesse sentido é um dever de todos nós. E aí, DMT?

Ainda há bons valores de verbas federais à disposição da Prefeitura, conquistas por projetos feitos na adminis-tração anterior. Algumas já aplicadas, como a da escola de tempo integral e várias outras, como as dos asfaltamentos nos distritos de São Pedro e Vale dos Vinhedos. A Via Del Vino, por exemplo, já tinha verba disponibilizada (desde 2012) na Caixa Federal – eu liguei e falei com o respon-sável pelo setor da Caixa, em Brasília -, dependendo de apresentação do projeto para conclusão dela, com a ins-talação subterrânea da fiação e retirada dos postes até a Igreja de Santo Antônio e da escadaria próxima ao Colégio Bento Gonçalves, na Rua Marechal Floriano. A verba de R$ 1.100.000,00 da Rua Coberta, cujo edital foi publicado recentemente, deverá ser aplicada no novo prazo marca-do. A lamentar apenas o local a ela destinado. Assim, seria de bom alvitre se a Administração Municipal informasse a população sobre essas verbas e seu destino, já que a da nova Biblioteca Pública foi “pro vinagre”.

ÚLTIMAS

Primeira: A CDL, em notável evento realizado nesta quinta-feira, no Salão Carmenére do Dall’Onder Grande Hotel, premi-ou com o Troféu Mérito Lojista quatro associados;

Segunda: Em sua 16ª Edição, o Troféu foi concedido, con-forme escolha dos associados da CDL, a Fernanda Pecinini Luchese, Floricultura Flor da Serra, na categoria Jovem Em-preendedor; Bento Refeições, categoria serviços; Vizia Ótica, categoria comércio;

Terceira: E a CDL concedeu, também, o Troféu Mérito So-cial para a Liga de Combate ao Câncer, o que foi a surpresa desta edição. O merecidíssimo Troféu para a Liga destaca o grande tra-balho social da instituição pre-sidida pela Maria Lúcia Severa;

Quarta: A Coluna cumpri-menta a todos os agraciados, bem como a CDL pelo evento e por incentivar nosso comércio e serviços com a distinção;

Quinta: A CPI que inventaram para politizar ainda mais as pati-farias na Petrobrás está linda. O roto falando e criticando o ras-gado. Investigados questionan-do e acusando veementemente outros investigados. E tem quem goste de uma nhaca politicanal-ha dessa;

Sexta: Hoje, às 16 h, na Mon-tanha dos Vinhedos, o Esportivo enfrenta o São Luiz. A vitória é fundamental. Os bento-gonçal-venses apoiarem o Esportivo também;

Sétima: Nesta quinta e sexta-feiras as torcidas azul e vermel-ha passaram por maus bocados. Nada que as folhas de pagamen-to da dupla e de seus adversári-os justifiquem;

Oitava: Nos jogos de Caxias e Rio Grande, o que se espera é tão somente que apenas as 17 regras do futebol vigorem. A 18ª precisa ser abolida;

Nona: Para tanto, as arbitra-gens serão decisivas. Tomara que eles marquem apenas o que real-mente acontecer nos jogos. Que os melhores vençam só pelo que fazem em campo.

Antô[email protected]

Para todos os gostos

ExpoBento divulga lista de shows musicais no dia 23

Reconhecida como a maior feira multissetorial do Brasil, a ExpoBento também tem o pa-pel de reunir grandes talentos da música, aglomerando ver-dadeiras multidões. Sendo as-sim, os palcos devem ser ocu-pados por artistas nacionais de diferentes ritmos e estilos. To-dos os anos a expectativa está em torno da agenda dos shows. A programação desta edição vai deixar de ser segredo no dia 23 de abril, em evento que vai reunir convidados e imprensa no Espaço Novalle, no Vale dos Vinhedos, a partir das 19h.

A diretoria de eventos é li-derada por Magda Brandelli Zandoná, que está cuidando dessa parte com o desafio de surpreender fãs e apreciado-res da boa música. “Monta-

mos uma agenda de shows que contempla o sertanejo, pop rock, infantil e o tradicio-nalismo gaúcho. Nosso desejo é agradar diferentes públicos com grandes atrações”, desta-ca Magda. Segundo ela, tudo está sendo preparado com todo cuidado e nos mínimos detalhes. “Queremos propor-cionar grandes momentos ao nosso público. Momentos de alegria e diversão”, declara.

A ExpoBento ocorre de 4 a 14 de junho e deve receber cer-ca de 200 mil visitantes nos 11 dias de feira, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Mais de cinco mil itens esta-rão sendo expostos. O grande evento é organizado pelo Cen-tro de Indústria, Serviços e Comércio de Bento Gonçalves.

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Sábado, 11 de abril de 2015 5

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Sábado, 11 de abril de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.971

IGVariedades

A FRASE

Mais vale a dor de não ter vencido, do que a vergonha de não ter lutado! (.)

O giro do Quero-QueroEnsinamentos sábios de pais e professores! A

vida salvo melhor juízo nos reserva geralmente uma traje-tória de lutas e conquistas, alegrias e tristezas, amor e ódio, riqueza e pobreza, altruísmo e prepotência, a busca da felicidade ao lado da paz muitas vezes distante, o alicerce espelhado no trabalho, na fé e esperan-ça de um futuro promissor aguardado a cada dia pelo próprio ser huma-no onde a fome e miséria continuam como um sinal de alerta. Mesmo diante de um cenário onde a vida se apresenta agitada e conturbada o mais importante é acreditar que o amanhã pode ser revestido de um novo sorriso envolto no caráter ou da falsidade, comportamento inade-quado para quem deseja alcançar privilégios a custa do sacrifício alheio. Lamentável que a vida não possa oferecer ao ser humano um calendário somente de harmonia, pois na verdade a vida sem enfrentar obstáculos e turbulências não teria graça e quanto menos razão de viver! Como diria o nosso fiel e vigilante quero-quero! Ganhar ou perder faz parte da vida, no lugar da guerra o valor de um sorriso e como exemplo universal a solidariedade entre os povos. Tudo isso fica para reflexão! A vida que desfrutamos é um dom de Deus. E entre crises, conflitos e guerras ser feliz é fazer o bem para um mundo melhor!

Expobento 2015 - avançosBons negócios, mais de 30 mil itens em produtos de qualidade,

público superior a 200 mil visitantes, 450 expositores, atrativos para todos os gostos, farta gastronomia, vinho, cultura e diversão. Ingredientes da Expobento - Uma Feira Sem Limites – a Vitrine da Serra Gaúcha e Nacional. Com avanços dos espaços comercializa-dos, segundo o Diretor José Carlos Zortea, o presidente da maior feira multisetorial do Brasil, Laudir Miguel Piccoli destaca até aqui o trabalho de equipe da Diretoria Executiva nos preparativos do grande evento em sua 25ª edição. Tudo isso acontece no Parque de Eventos em Bento Gonçalves-RS de 4 a 14 de junho de 2015. Para o presidente do CIC/BG Leonardo Giordani, entidade promotora, o presidente da Expobento Laudir Miguel Piccoli, a feira pela sua credibilidade vai superar as expectativas e volume de negócios!

Palestra almoçoDepois de oportuna visita técnica de empresários à Marcopolo de

Caxias do Sul-RS - no último dia 7 de abril, promovida pelo CIC-BG a entidade destaca para o dia 13 de abril 2015, nesta 2ª feira a tradicio-nal Palestra Almoço. O tema será – Governança e Sucessão na Empre-sa Familiar - tendo como palestrantes Claudia Tondo e Paulo Tondo. Fica o convite do presidente Leonardo Giordani!

Ranking Agas-2014O presidente da Agas- Associação Gaúcha de Supermercados- An-

tonio Cesa Longo, entidade que representa as empresas do segmen-to supermercadista gaúcho, convidando para o jantar e cerimonia de premiação aos destaques do Ranking Agas 2014. O evento acontece dia 16 de abril 2015, às 20h no Grêmio Náutico União, em Porto Ale-gre - RS. Na ocasião serão homenageadas as empresas do setor assim como agencias de Publicidade e Propaganda. Agradecidos pelo convi-te fica o registro!

Melhor prevenir...É através de profissionais da Medicina Preventiva que vem sendo

desenvolvido um trabalho beneficiando associados do Plano de Saúde Tacchimed. O Tacchini vem ampliando serviços e conquistando avan-ços na área da saúde. Um trabalho de equipe agora liderado pelo novo presidente do Conselho de Administração Edson Zandoná. O objetivo da Medicina Preventiva é a orientação de seus profissionais repassando informações sobre doenças que possam ser evitadas. Bom prevenir!

5º Galetaço...Em parceria com o Lar da Caridade, o Rotary Clube Mulheres da Ser-

ra de Bento Gonçalves - unidas realizando sonhos, liderado pela presi-dente Renita Portaluppi, promovem neste domingo, 12 de abril às 12h no CTG Laço Velho o 5º Galetaço Beneficente. Prestigie!

Ordem do dia

Três projetos em debate na sessão da Câmara

A ordem do dia da sessão da Câmara dos Vereadores de

segunda-feira, 13, terá três Pro-jetos de Lei Ordinária (PLO) em discussão. Todos foram proto-colados por vereadores e serão apreciados em primeira votação. A sessão é transmitida ao vivo pela TV Câmara Bento, no Canal 16 da NET, e pelo site www.ca-marabento.rs.gov.br.

Com a justificativa de oferecer um ambiente adequado e seguro para as crianças, o vereador Pau-lo Roberto Cavalli (PT) propõe tornar obrigatória a existência de um espaço exclusivo para ama-mentação e fraldário nas UBS.

De autoria do vereador Adria-no Nunes (PPS), a PLO 8/2015 pretende tornar obrigatória a inclusão da disciplina Educação para o Trânsito na grade cur-ricular das escolas. O objetivo, segundo o vereador, é preparar as crianças sobre a necessidade

Todos foram protocolados por vereadores e são apreciados em 1ª votação

ProjetosPLO nº 61/2014: de autoria do vereador Paulo Roberto Caval-

li (PT), visa tornar “obrigatória a existência de um espaço exclusivo para amamentação e fraldário, em condições adequadas de higiene e funcionamento para uso da população” nas UBSs.

PLO nº 8/2015: de autoria do vereador Adriano Nunes (PPS), propõe tornar “obrigatória a inclusão da disciplina ‘Educação para o Trânsi-to’ na grade curricular das unidades escolares de ensino fundamen-tal da rede pública municipal de Bento Gonçalves”.

PLO nº 46/2015: de autoria do vereador Moacir Camerini (PT), tem por meta a obrigatoriedade da “expedição de receitas médicas digi-tadas em computador, datilografadas ou escritas manualmente em letra de forma legível no município de Bento Gonçalves”.

do respeito no trânsito, já que as causas mais comuns de acidentes de trânsito estão associadas ao erro humano.

Por último, será votado o pro-jeto do vereador Moacir Came-

rini (PT), que tem por meta a obrigatoriedade da expedição de receitas médicas digitadas em computador, datilografadas ou escritas manualmente em letra de forma legível.

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Sábado, 11 de abril de 2015 7Geral

Governo do Estado

“Tivemos os melhores 100 dias possíveis”Visitando Bento, presidente da Assembleia, Edson Brum, afirma que governador Sartori está lidando com realidade dos fatos

Visitando pela primeira vez Bento Gonçalves, o presi-

dente da Assembleia Legislativa do Estado, Edson Brum (PMDB), esteve no município na tarde de sexta-feira, 10. Recepcionado no Salão Nobre da Prefeitura, Brum conversou com o vice-prefeito, Mário Gabardo (PMDB), com os secretários municipais e outros integrantes do diretório munici-pal do PMDB, como o presidente César Gabardo.

Brum avaliou os 100 primei-ros dias de governo Sartori (PMDB), e afirma que é o me-lhor início. “Ele tá falando, está mostrando a realidade, não está mentindo, nem enrolan-do. Não adianta tapar o sol com a peneira, ou empurrar com a barriga”, relata. Ainda, lembra que muitos são os problemas enfrentados pelo governante. “Sartori não tem nada, não tem os depósitos judiciais, não tem

Cleunice [email protected]

ativos pra vender, não tem di-nheiro do Governo Federal. O que vai resolver é cirurgia, não é remédio amargo. O procedi-mento que a gente está vendo que eles vão fazer é apresentar alguma coisa para a Assem-bleia e vão ter que abrir mão de algumas coisas que muita gente não vai querer”, salienta.

Quanto ao aumento das diá-rias, divulgado recentemente,

Brum diz que esse aumento não foi realizado. “O reajuste das diá-rias na Assembleia acontece de quatro em quatro anos. Quando há o aumento dos subsídios par-lamentares, automaticamente se eleva nos mesmos índices as diárias, não só dos parlamenta-res, mas também dos servidores da casa. Portanto os 26% que fo-ram reajustados em novembro do ano passado são exatamente

a inflação de quatro anos, e ago-ra se adequa só no final do man-dato”, lembra.

No momento, o que se pensa é em economizar. Ele relem-bra que quando chegou à casa eram 120 diárias, atualmente são 84. “Nós temos que fazer a diminuição da despesa na As-sembleia num ponto geral. Nós temos na casa cinco ou seis contratos que a gente diminuiu 400 mil reais ao mês a partir de fevereiro. Então estamos fazendo outras medidas, tendo várias maneiras de economi-zar, fazendo a nossa parte, e isso é importante”, salienta.

Quanto à questão da Refor-ma Política, ele acredita que vai acontecer e que isso é ne-cessário. “O que vai ser aprova-do para o ano que vem? Se for voto distrital será para os mu-nicípios também. Coligações, não vai mais ter coligações, isso é consenso em Brasília. A eleição será para dois anos, essa ideia tramita por lá, assim

como tem um grupo discutindo a possibilidade de fazer a elei-ção para seis anos, sem reelei-ção. Então a gente vai ter que aguardar um pouquinho esta reforma política para tomar uma decisão”, afirma.

Esta mudança, se ocorrer, segundo ele, é excepcional. “Chega de carona. Cada parti-do vai mostrar sua força, inde-pendente de seu tamanho em cada município. Em alguns o PMDB ganha com isso, em outros perde, mas vai acabar a salada de frutas como aconte-ce hoje”, finaliza.

O presidente do Diretório Municipal, César Gabardo, res-salta a importância do encon-tro para a região. “É importan-te para o PMDB ter este espaço do governo e com o governa-dor do Estado. Ele não fez uma votação tão grande em Bento, mas é bom manter este conta-to. O presidente tem as portas abertas para trazer benefícios para a região”, finaliza.

Vice-prefeito, Mário Gabardo e César Gabardo receberam o deputado

CLEUN

ICE PELLENZ

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Sábado, 11 de abril de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

Histórias do tempo do Epa

Epa, de Epaminondas, por causa de um general grego do século IV antes de Cristo, que redesenhou o mapa político da Grécia e criou uma estratégia de guerra que acabou com a supremacia militar espartana, copiada, mais tarde, pelos macedônios.

Na verdade, os fatos que vou contar, sem o acréscimo de uma vírgula que não seja verdadeira, têm menos de quarenta anos. Mas, na velocidade em que as coisas an-dam atualmente, estas lembranças parecem do tempo do Epa ou, no mínimo, do tempo do Ariri Pistola.

Ah! Sim! O Ariri se chamava Horácio Carneiro Fialho Filho, e se hoje vivesse, estaria com 145 anos. Atualís-simo o Pistola em comparação ao Epaminondas. Ele foi “o cara”. Muito além do seu tempo, saiu do interior do Piauí com 15 anos, viajou pelo mundo, se fixou no Ja-pão, onde aprendeu a manusear armas de fogo. Ao vol-tar para o Brasil, tinha a intenção de ser o presidente, para dar fim à seca do sertão nordestino, mas acabou se suicidando. Deve ter tido uma visão do futuro...

“Sem mais delongas nem milongas”, vamos para a primeira história.

Situando: Década de setenta, Escola Polivalente, construída nos

moldes americanos e montada – literalmente – pelos professores. As mulheres arrancavam pregos das ta-buinhas empilhadas que haviam sobrado da obra; os homens carregavam o mobiliário e os equipamentos de última geração, como máquinas de escrever Reming-tom, para as salas de técnicas. Até eu, levemente grávi-da, peguei no martelo, nos intervalos dos meus cochi-los, longe dos olhos da direção.

Nos primeiros dias de março daquele ano, estava a escola modelo pronta para receber os alunos. Nos pri-meiros dias de março do ano seguinte, estava a maioria dos professores pronta para adquirir seu primeiro car-rinho. Nossos primeiros salários eram gordos...

Ainda não motorizada, eu pegava carona aqui e ali, ora de um fusquinha azul céu, ora de um fusquinha amarelo ovo. Na chegada à escola, os veículos já eram manobrados para ficarem de frente para a rua. Nos fun-dos, uma bela rampa disfarçada pelo mato...

Certo dia, no final do expediente, acomodada no amarelinho, eu esperava a motorista dar a partida. Ela deu e acelerou. Só que sem trocar de marcha. E o fusca, deixado de ré, foi andando... para trás, obviamente. E desceu a encosta. Por sorte, uma árvore de longos bra-ços amparou o carrinho, que ficou roncando dependu-rado. Enquanto eu “solidariamente” abria a porta para rastejar morro acima, minha amiga, com o pé direito no freio e o esquerdo na embreagem, suplicava:

-Por favor, não me deixa só...

É claro que... deixei. -O que é que eu faço? – gritou ela, desesperada, para

o colega que, lá do alto, avaliava a situação. -Desliga a chave e sai – disse ele sorrindo.

“Tudo bem quando termina bem”, já dizia William Shakespeare. E a história terminou com a chegada do caminhão guincho. O fusca amarelo ovo não sofreu nem um arranhão, tal a delicadeza da descida. Já eu, traumatizada, mudei de carona... Depois passei de ca-roneira à motorista. E foram tantas as emoções... Até a próxima semana!

IPTU 2015Próximas parcelas vencem dias 15 de maio, 15 de julho e 15

de setembro;Carnês são entregues via Correios e Telégrafos, ou on-line no

site da Prefeitura e pode ser pago em qualquer agência bancária.

Arrecadação do impostoatinge 60% do esperado

IPTU 2015

Cota única e primeira parcela renderam ao município R$ 5,89 milhões

O pagamento da cota única e da primeira parcela do Im-

posto Predial e Territorial Ur-bano (IPTU) venceu ainda em março, no dia 27. O desconto para quem optou pelo paga-mento em uma só parcela foi de 10%. Para quem escolheu pelo pagamento parcelado em quatro vezes, as demais parce-las vencem em 15 de maio, 15 de julho e 15 de setembro. Este ano, o índice de correção foi de 3,67%, que equivale ao Índice Geral de Preços-Médio (IGP--M) acumulado. O percentual é a metade da inflação de 2014, que chegou a quase 7%.

De acordo com o secretário Municipal de Finanças, Mar-cos Fracalossi, os valores arre-cadados pelos bancos nos mais diversos locais levam alguns dias para serem processados e identificados como IPTU, ISS ou qualquer outro tributo, e, além disso, o feriado de Páscoa e o término do mês também contribuíram para a demora na apuração dos dados e valores. Entretanto, o resultado foi sa-tisfatório. Segundo Fracalossi, o valor arrecadado referente à cota única ou primeira parcela do IPTU somaram R$ 5,89 mi-lhões. “Está dentro da estima-tiva do ano, que é de R$ 9,5 mi-lhões, o que significa dizer que recebemos 60% do projetado,

Cleunice [email protected]

seguindo dentro da média his-tórica”, ressalta.

Estes valores serão aplica-dos, por força de lei, conforme Fracalossi, em investimentos nas secretarias do município. Em porcentagem, serão divi-didos 21% na Saúde, 34% na Educação e o restante (45%) será aplicado nas obras, servi-ços e ações das demais secre-tarias.

Também, o secretário lem-bra que o bento-gonçalvense deve atentar para seu cadastro

junto à prefeitura, e qualquer alteração deve ser informada para que o documento seja entregue na residência. “Atua-lizar o nome do proprietário, endereço, telefone e formas de contato para melhorar nos-sa comunicação, uma vez que muitos carnês são entregues para as construtoras, pois no nosso cadastro consta ain-da como sua propriedade, ou muitos carnês voltam por cau-sa de endereço errado ou não encontrado”, finaliza.

Próximas parcelas vencem dias 15 de maio, 15 de julho e 15 de setembro

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Sábado, 11 de abril de 2015 9Geral

A pouco menos de dois me-ses de sua realização, a Ex-

poBento 2015 comprova que é uma feira, verdadeiramente, sem limites. Driblando o período eco-nômico, a maior feira multisse-torial do Brasil, chega como uma grande oportunidade para bons negócios, atraindo expositores de todo o Brasil. Dos 450 espa-ços da feira, somente 31 estandes estão disponíveis, ou seja, 93% já foram comercializados.

A tarefa de montar um mix diversificado e de qualidade é de José Carlos Zortéa, respon-sável pela comercialização da feira desde 1996. Nesses 20 anos, o também ex-presidente da feira, se esforça para garan-tir boas oportunidades tanto para expositores quanto para o público que encontra em 11 dias de feira, milhares de op-ções em compra. “A ExpoBen-to é sempre palco de grandes negócios, gerando venda direta ao consumidor, formado por um público comprador. São cerca de 200 mil pessoas que aguardam a feira em busca de boas compras”, destaca Zortéa.

Faltam apenas 31 espaços em todos os projetos que compreendem uma área de exposição de 58 mil metros quadrados

Últimos espaços devem ser vendidos ainda esta semana, garantindo mais um ano de sucesso nos estandes

Feira já está 93% comercializadaExpoBento 2015

Para esta edição, apesar de um cenário econômico que vem apontando algumas dificulda-

des, a ExpoBento se mantém firme e consolidada. O Espaço Variedades, por exemplo, que

reúne 73 expositores, dispõe de um estande apenas. O Pavilhão A, que aglomera mais da meta-

de das empresas expositoras, conta com somente 14 espa-ços disponíveis. O sucesso de vendas se espalha para outros projetos como Gastronomia, Salão Automotivo, Agroindús-tria, Salão do Imóvel e Área Vinícola, que nesta edição ga-nha grande incentivo da feira com a estreia do Mesa ao Vivo no Rio Grande do Sul, além do aporte do Programa Juntos para Competir (Farsul, Senar--RS e Sebrae/RS) que garante novos benefícios a produtores de vinho interessados em fazer negócios na ExpoBento 2015.

Zortéa alerta as empresas interessadas para se apressar. O processo de comercializa-ção encerra no final de abril, pois no início de maio inicia a montagem. A exemplo de anos anteriores, a feira vem regis-trando lista de espera em di-versos projetos. Interessados em garantir presença na feira devem entrar em contato com a ExpoBento pelo telefone (54) 2105.1966 ou diretamen-te com José Carlos Zortéa pelo (54) 9139.2951.

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Sábado, 11 de abril de 201510 Geral

Preocupação com a presença de adolescentes

Planalto

Sensação de insegurança preocupaNecessidade de ação conjunta é consenso, porém poucos resultados são vistos na avenida Presidente Costa e Silva

Leonardo [email protected]

O segundo homicídio na avenida Presidente Cos-

ta e Silva, no bairro Planalto, intensificou as críticas contra a aglomeração de jovens. As autoridades admitem que a sensação de insegurança nun-ca foi tão intensa e ressaltam a necessidade de uma ação conjunta. Porém, no intervalo de 13 meses entre as mortes de Diego Rosa de Oliveira, em março de 2014, e do adolescen-te Maurício Antunes de Ma-tos, no domingo passado, 5 de abril, pouca ação foi percebida.

Um problema todos admitem: o abuso do som automotivo. As

denúncias de perturbação do sossego alheio são frequentes no telefone 190 da Brigada Mi-litar (BM). O promotor Gilson Medeiros ressalta que “há cinco anos o Ministério Público atua na articulação de ações preven-tivas e repressivas, com atuação direta, ainda, nos feitos crimi-nais decorrentes das contraven-ções, na forma da lei”.

As apreensões de veículos são constantes, porém a BM admite não ter efetivo sufi-ciente para evitar os abusos. “É muito difícil identificar quem perturba e quem está apenas desfrutando do ambiente. Até por que (o ajuste do volume) é momentâneo. Um policia-mento estático poderia resol-

Autoridades não encontram formas de ordenar ponto de encontro

Os frequentadores argumen-tam que os órgãos fiscaliza-dores estão mais focados em autuar veículos do que repreen-der os verdadeiros problemas, como a presença de arruaceiros e de menores de idade desa-companhados em um ambiente de consumo de bebida alcoó-lica. Este segundo argumento ganhou força após a morte do adolescente de 15 anos no final de semana passado.

“Onde está o Conselho Tute-lar?” e “Como pais deixam um adolescente ficar de madruga-da na rua?” eram alguns dos questionamentos vistos nas redes sociais diante da notícia trágica. O promotor da Infân-cia e Juventude, Élcio Resmini Meneses, explica que a legis-lação não pode vedar o direito de ir e vir dos jovens. “Não há um impedimento legal para que estejam na rua. Em outros lugares, onde tentaram reali-zar um toque de recolher, foi

ver, mas não temos condições, efetivo e fôlego para fazer isso. A cidade possui outras deman-

das de policiais”, comenta o ca-pitão Reni Onírio Zdruikoski.

O secretário de Gestão In-

tegrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, afirma que atua-ção do Departamento Munici-pal de Trânsito (DMT) e da BM é constante, mas admite que a sensação de segurança está bai-xa. “Por vezes não atuamos di-retamente com os veículos esta-cionados, mas nas adjacências. Não podemos esquecer o di-reito das pessoas que vão para confraternizar, se integrar e se divertir. Queremos melhorar, mas isso só será possível por ações de prevenção e educação da população”, argumenta.

A importância do Balada Se-gura é citada, porém o progra-ma não apresenta uma cons-tante no município. Apenas uma ação foi realizada este ano.

considerado inconstitucional. Então o trabalho que pode ser feito é de educação e preven-ção. É um trabalho que precisa da parceria dos pais”, relata.

Na questão da segurança pú-blica, o Ministério Público rea-liza reuniões constantes sobre o assunto com representantes da BM, a Polícia Ambiental e Pre-feitura. As últimas ocorreram em novembro e dezembro do ano passado. É estudada a possibili-dade de atuação e participação do Conselho Tutelar no debate.

Questionada sobre o assun-to, a conselheira de plantão, Silvana Lima, afirma que a res-ponsabilidade é dos pais. “Eles que precisam conversar com os filhos e saber aonde vão e com quem andam. Quando existe uma denúncia, nos colocamos para atendimento e notificamos os pais. Dos plantões que eu fiz, recebi mais denúncias, de brigas e bebidas, sobre a avenida Os-valdo Aranha”, relata.

LEON

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PES, ARQ

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Sábado, 11 de abril de 2015 11Geral

Lilian Rodrigues, de 25 anos, e Ivandro Cazanat-to, 27, eram frequentado-res da avenida Presidente Costa e Silva. A maioria dos amigos continua indo para o ponto de encon-tro nos finais de semana. Porém, o casal não sente que há a segurança ne-cessária para poderem le-var a filha Anny Carolina Cazanatto, de oito anos.

“Para mim a Plana aca-bou. É legal, é bacana, mas não tem condições de ir. Tu estás bem tran-quila e de repente voa uma garrafa, inicia uma confusão e eu com uma criança?”, explica Lilian. Ivandro percebe pessoas que vão já com a intenção de brigar. “Está virando bagunça. Pessoal que leva faca, facão, já vai para a baderna. O pessoal não vai mais com intenção de se divertir”, denuncia Ivandro, que há dois meses evita o local.

O casal nunca chegou a ser atingido diretamente por estas confusões. Porém, já presenciou brigas de facão e até disparos de arma de fogo. “De uma certa forma es-tamos afastados dos nossos amigos. O lugar é muito legal, mas está numa crescente de baderna. Não digo que todos são má conduta. Mas tendo três, todos já acabam pagando”, comenta Ivandro.

Na opinião do casal, a insegurança não é uma exclusividade da avenida Presidente Costa e Silva em Bento Gonçalves. Mas a presença de bebida alcoólica potencializa os problemas. Assim, o casal prefere receber os amigos em casa, como Juliana Maciel, de 19 anos, e sua filha Emilly, de seis meses.

O casal William Gioriat-ti, de 27 anos, e Leidiane Duarte, 24, defendem a chamada “Plana”. Apesar de existirem alguns arrua-ceiros, eles defendem o ponto de confraterniza-ção por ser um direito das pessoas e uma forma de agregar a comunidade.

A vantagem da popular avenida é justamente que todos conhecem. “É um lugar bom para encontrar os amigos no final de se-mana. Tu se diverte, pode conversar bastante. Virou um ponto de encontro”,

explica Leidiane. “É um lugar aberto, onde pessoal pode desfilar com os carros. Não tem outra área de lazer assim. É o parque visado pelos jovens”, corrobora William.

O abuso do som alto é reconhecido. Porém o casal, que é proprietário de uma loja de som automotivo, ressalta que não há outro lugar disponível para este público. “Nós alertamos para o pessoal não ligar. Mas não adianta. Quando chega lá está quieto. Mas é aquele primeiro ligar o som, que o outro vai querer ligar também. E assim co-meça: um, dois, três... até chegar a viatura. Quando a polícia passa é aquele silêncio. Porém, quando um começa de novo, todos vão na onda, pois ninguém quer ficar para trás”, explica William. “Em Bento não tem lugar para o pessoal do som automotivo. E tem muita galera que gosta. Claro que tem uns que abusam e merecem levar xingão da polícia. Mas outros acabam apenas pagando o pato”, comenta Leidiane.

William ressalta que o local é uma referência e agrega vários segmentos. “Tu en-contras vários estilos, inclusive de outras cidades, como Caxias e Garibaldi”, relata.

“Pessoal já vai para a baderna” “Ponto de encontro de amigos”

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Sábado, 11 de abril de 201512 Geral

Mesmo com o atraso nas obras da Estação de Tra-

tamento de Esgoto (ETE), a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) determi-na que esta é a principal priori-dade de trabalho da nova supe-rintendência regional. As obras estão em andamento com 70% dos trabalhos concluídos, mas a companhia não determinou um prazo máximo de término. A ETE do Rio Buratti já tem projeto pronto e deve entrar em licitação em breve. A do Vale dos Vinhedos ainda não está sendo planejada.

Segundo o superintenden-te regional, Felipe Agostinho Caimi, a situação dos esgotos em Bento Gonçalves é preocu-pante já que desemboca junta-mente com a rede pluvial. “Não deveria ser assim, esse é um sistema antigo e que é herdado de muitas e muitas adminis-trações, por isso agora é a hora de remediar”, afirma. O con-trato para a obra do Barracão foi assinado em 2009 e neste período foi captado uma mé-dia de R$ 80 milhões para sa-neamento, contudo inúmeros problemas afetaram o trabalho e até hoje nada está concluído.

Caimi relata que o traba-lho está sendo realizado em seis diferentes lotes para que ele seja mais eficiente e sofra menos intervenções. “Os lotes são licitados separadamente fazendo com que a execução seja mais rápida e caso houver

Trabalho atrasado na Estação de Tratamento de Esgoto não impede que as ações nos lotes dos bairros continuemVITÓ

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Obra Lote e bairros Empresa contratada Valor contratado Previsão de término Redes coletoras e ramais prediais da Bacia Barracão 1- Santa Helena e Fátima Construtora Bripaza R$ 4.547.042,95 03/09/2015Redes coletoras, ramais, EBE e EMR BR 1-2 e BR 2-2 2 - Santo Antão Construtora Bripaza R$ 3.107.689,35 24/06/2015* Redes coletoras, ramais, emissário e redes em carga 3 - Santa Marta e Imigrante Construtora Bripaza R$ 2.692.179,66 09/12/2015 Obras da EBE BR 1-1, emissário por recalque e final 4 - Barracão e Cruzeiro Conster Construções R$ 3.731.611,17 28/06/2015* Estação de tratamento de esgoto do Barracão 5 - Cruzeiro Arcol Engenharia R$ 6.385.324,08 15/11/2015 Obras de redes coletoras e ramais na bacia BR 1-1 6 - Santo Antão Construtora Bripaza. R$ 797.000,00 18/05/2015* Ampliação SAA Bento Gonçalves CEF 2009Estação elevatória de água, câmara de manobras e subestações do Arroio Burati. Construtora Bripaza R$ 1.280.852,04 15/12/2015

*prazo será prorrogado FONTE: CORSAN

Implantação da Estação de Tratamento de Esgoto de Bento Gonçalves - 2009

Vitória [email protected]

Prazo das obras já foi prorrogado mais de uma vez, mas Companhia não aponta nova data para o término

Prioridade é finalizar obras no BarracãoCorsan

problema em algum lugar, os outros não precisam parar em função disso. Como está acon-tecendo com a ETE do Barra-cão”, explica.

Segundo ele, a obra do Bar-racão está atrasada dentro do cronograma inicial, porque houve problema com a licita-ção. Ele explica que o terreno ali é desnivelado e a licitação não contava com isso. “A em-presa precisou fazer o tra-balho de nivelamento e isso recorreu verba que teria que ser usada para outra coisa”,

relembra. No momento, o local está em fase de análise para ver qual será a medida tomada, porém está descar-tada a abertura de uma nova licitação e a troca de empre-sa. Caimi diz que o atraso não preocupa, já que todas as outras redes ainda estão em execução e levará algum tem-po para que fiquem prontas. “Não adianta termos a ETE finalizada se as redes não estão, pelos nossos cálculos ambos terminarão no mesmo período”, completa.

ETE do Buratti

Mesmo com os prazos de fi-nalização da metade até o fim deste ano, a licitação da ETE do rio Buratti ainda não está em andamento. O engenheiro mecânico e superintendente adjunto Eduardo Bianchi ex-plica que são três os motivos pelos quais a licitação ainda não está correndo. “O primei-ro é a captação de recursos financeiros que ainda não é suficiente, depois porque as empresas especializadas nes-

ses tipos de obras têm muito trabalho e talvez a licitação fosse deserta e, por último, a cidade não pode aguentar tan-ta entropia ao mesmo tempo. Por isso é melhor aguardar, finalizar um trabalho dando sequência administrativa na outra, para que quando uma termine, outra possa come-çar imediatamente”, pontua. A obra no Buratti cobria a região Central até o bairro Universitário.

O engenheiro destaca que as obras de esgoto não são tão simples como uma concreta-gem, é preciso que a empresa seja especializada em assen-tamento de rede, tenha peças especiais e que a população te-nha paciência, já que elas são mais demoradas e inviabilizam a passagem nas ruas por deter-minados períodos.

Ele diz que existem dois tipos de obras, a de esgoto separado onde cada tubula-ção contempla uma coisa e o esgoto misto, quando é em conjunto com a rede pluvial. “Para fazer o trabalho com-pleto e com separação total na rua Saldanha Marinho, de-veria se dar a declividade que o projeto de engenharia exige para que ele fosse eficiente, mas não seria possível porque isso causaria um problema muito grande para o trânsito central. Por isso, a opção de projeto nessa área é um es-goto misto. Nos bairros, onde são lugares mais tranquilos, pode então ser implantado o de separação total”, detalha.

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Companhia tem nova equipe na superintendência

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Felipe Caimi e Eduardo Bianchi estão à frente do trabalho agora

Sábado, 11 de abril de 2015 13Geral

Com 33 anos de experiência na Corsan, o novo superin-tendente da região nordeste, Felipe Agostinho Caimi, já trabalhou nos setores admi-nistrativos e financeiros de cidades como Salvador do Sul e Porto Alegre e foi chefe do departamento administrativo da superintendência regio-nal. Ele, ao lado do adjunto Eduardo Bianchi, pretende ser o meio de comunicação entre os prefeitos dos 57 mu-nicípios, a Corsan e os chefes de unidades.

Caimi destaca que o tra-balho da Corsan ocorre em plena parceria com as prefei-turas e que o relacionamento entre todos os que trabalham precisa ser bom para que as obras tenham um melhor de-sempenho e que os prazos dos contratos sejam cumpridos. “Vamos seguir dando supor-te para os chefes de unidades para que possam trabalhar em todas as suas obras. Assim como precisamos dar suporte para as prefeituras, que de-pendem dos nossos serviços”, destaca.

Sobre a crise de finanças do

governo do Estado, Caimi diz que a entidade dificilmente será atingida, já que as obras de saneamento não são feitas com verba estatal. “Não de-pendemos exclusivamente de recursos do estado, a maioria das nossas obras são realiza-das por meio de financiamen-tos. Porém, ainda precisamos ver qual vai ser a forma de governo de José Ivo Sartori, devido ao caixa único do es-tado. Se for assim, em algum momento pode afetar, mas sem grandes escalas”, garante. Além de financiamentos por meio do Programa de Acele-ração de Crescimento (PAC), as obras da Corsan são finan-ciadas pelo Fundo Perdido ou, em caso de obras emergen-ciais, com recursos próprios.

Água no município

Caimi coloca que a Corsan está trabalhando dentro do prazo para a construção de novas barragens em Bento Gonçalves já que o que existe hoje é suficiente para abas-tecer a cidade por mais 15 anos, pelo menos. “Porém,

não podemos garantir que te-remos água para depois deste período com certeza. Mas a situação de hoje é suficien-te para trabalharmos com calma e sem alarde, pensan-do em alternativas susten-táveis”, afirma. Ele diz que os prazos de construção são normalmente de 20 anos que é o mesmo tempo de dete-rioração dos equipamentos, da estrutura e de aumento populacional significativo, que interfere na eficácia das tubulações.

Devido ao esgoto estar de-sembocando junto da rede pluvial as tubulações do mu-nicípio não são mais sufi-cientes em diversos pontos, fazendo com que diversas obras estejam em execução. “Algumas casas têm as fossas de esgoto, mas a maioria das residências tem a rede pluvial como escape dos dejetos, en-tão o fluxo, muitas vezes, se torna maior do que as tubu-lações podem suportar e aí a Prefeitura precisa fazer as mudanças, já que a rede plu-vial é de responsabilidade de-les”, completa.

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Sábado, 11 de abril de 201514 Geral

Abertura fica para maio

Um horizonte para a entrega da UPAApesar de novo adiamento para funcionamento da Unidade, Prefeitura acredita ter superado todos os imprevistos possíveis

Leonardo [email protected]

Mais uma vez, o prazo de inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi adiado. As dificuldades em conter as infiltrações e a quan-tidade de reparos necessários surpreenderam. No entanto, esta fase de adversidades foi considerada oficialmente su-perada nesta sexta-feira, 10 de abril, com o teste do sistema de energia elétrica. A nova ex-pectativa é que a UPA atenda a população em maio. No total, foram gastos R$ 6,715 milhões em obra civil e equipamentos.

Iniciada em 2011 com con-clusão prevista em dois anos, a construção da UPA acabou paralisada em outubro de 2012 devido a crise nas finanças da Prefeitura. Na época, foi anun-ciado que a obra estava 95% concluída. Porém, o assessor de Gabinete da Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS), Jaime Galvagni, é bastante crítico ao trabalho realizado pela empre-sa Engeporto. “Só se for 95% de problemas. A obra foi mal feita

em seu início e acabará mal fei-ta. Há erros de projeto e de exe-cução. Alguns problemas não vão afetar o atendimento, mas irão gerar custos de manuten-ção eternamente”, declara.

Vencedora da licitação, a En-geporto não retomou a obra, após a paralisação em 2012, alegando problemas financei-ros. O impasse só foi resolvido em outubro de 2013, quando um acordo entre Prefeitura e construtora possibilitou a con-tratação de uma nova empre-

Má qualidade da obra exigirá gastos permanentes em manutenção

sa. A rescisão do contrato (que incluía outras oito licitações) custou R$ 1,850 milhão aos cofres municipais.

A nova concorrência foi ven-cida pela Analuza Constru-ções com uma proposta de R$ 682.059,68 e a obra, finalmen-te, foi retomada em julho do ano passado. O principal desafio foi conter o problema de infiltra-ções que, a cada chuva nestes quase dois anos sem obras, de-terioravam a estrutura. “A im-permeabilização foi mal feita em

diversos pontos. Tivemos que reparar o telhado por etapas e em sequência, esperando pe-las chuvas, para identificar por onde tanta água entrava. Já na parte de trás, a solução foi fazer o telhado dos andares superio-res”, relata o assessor de gestão da SMS, Roberto Silvestre.

“Qualidade da obra é horrível”

As falhas de impermeabiliza-ção foram constatadas por qua-se todo o prédio e geram proble-mas de umidade no edifício. A deterioração gerada já é percebi-da, por exemplo, no reboco das paredes. Uma dor de cabeça que perdurará na UPA e aumentará os custos de manutenção.

Outros erros de execução são visíveis até para quem é leigo em alvenaria. “A qualidade da obra é horrível. Há desníveis por todo o piso. O assentamen-to péssimo resultou em dife-renças de três milímetros. É um material de primeira com uma colocação de quinta”, ana-lisa Silvestre.

Apesar de claramente mal

feito, o piso permanecerá como está, pois não deve causar maiores transtornos. Refazer esta parte teria um custo ele-vado e atrasaria ainda mais a entrega do serviço.

Outros problemas foram re-parados em tempo. As portas, por exemplo, precisaram ser ampliadas para permitir o aces-so de cadeirantes. “São detalhes, erros de acabamentos que estão por toda a parte. Há falhas no projeto e na execução, e é me-lhor rir para não chorar. No que não vai interferir no atendimen-to nós decidimos não intervir”, comenta Galvagni.

Outro problema já constata-do está na tubulação de água quente, que não está funcio-nando. Esta é a nova correção após o teste de eletricidade desta sexta-feira, 10. Talvez seja necessário quebrar algu-mas paredes. “A de água quen-te precisaremos refazer. Espe-ramos não precisar quebrar nada, mas só vamos descobrir quando testarmos. Aproveita-remos para testar a tubulação de gás”, explica o assessor de Gabinete da SMS.

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Com a entrega da parte elétri-ca, inicia a etapa de ocupação de espaços da UPA. A montagem de móveis e equipamentos e o treinamento de pessoas deverá demorar pelo menos 30 dias. A nova previsão para a UPA estar funcionando é o mês de maio.

A maioria dos equipamentos já havia sido adquirida e estava estocada nas dependências da UPA. Devido às infiltrações, todos passarão por uma veri-ficação, mas a tendência é que seja mínima a deterioração. “Após esta entrega das insta-lações, começa o processo de ocupação da área. Temos al-guns móveis instalados, faltam só alguns detalhes. Pelo tempo que ficou paralisado e devido estas infiltrações, alguma coisa estragou. Faremos esta verifi-cação para reposição”, explica Roberto Silvestre.

Nas próximas semanas se-rão instalados os sistemas de informática, sonorização e in-

Processo de ocupação inicia na próxima semana

ternet da unidade. Na opinião do assessor, depois de supera-da esta instalação elétrica, que foi o “calcanhar de Aquiles” desta nova etapa de constru-ção, há um horizonte para o novo estabelecimento hospi-talar. “Agora começamos a vi-ver a UPA”, exalta.

Incerteza sobre repasses

A dúvida que resta é sobre o funcionamento como UPA III, uma estrutura que seria refe-rência para atender outros mu-nicípios da região. Porém, para funcionar como tal, seriam ne-cessários os R$ 850 mil de re-passe prometidos para gastos operacionais, sendo R$ 500 mil vindos da União e R$ 350 mil de origem estadual. A si-tuação está indefinida. Em um primeiro momento, pode ocor-rer da UPA abrir apenas como substituta do PA 24h.

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Sábado, 11 de abril de 2015 15Geral

Está em vigor, desde 1º de abril, a medida que deter-

mina que os empregadores só poderão preencher os requeri-mentos de Seguro-desempre-go e de Comunicação de Dis-pensa dos funcionários, por meio da internet. A mudança objetiva deixar mais rápido o atendimento nas agências e mais seguras as informações sobre os empregados.

Antes, o requerimento era feito por guias impressas, nas cores verde e marrom, e en-tregue pelo trabalhador na hora de pedir o benefício. Se-gundo o coordenador da Fun-dação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) de Bento Gonçalves, Eugênio Rizzar-do, os empregadores devem preencher os formulários de Requerimento por meio do aplicativo “Empregador web”, disponível no site do Ministé-rio do Trabalho.“No momen-to em que o empregador for demitir o funcionário, deverá fazer o cadastro da sua empre-sa e colocar os dados do em-pregado no sistema, para que fique registrado, e o trabalha-dor demitido possa compare-cer no SINE e requerer o be-nefício”, explica Rizzardo.

Para o presidente do Sindi-lojas, Daniel Amadio, pouco muda para os empregadores, pois as empresas geralmen-te utilizam do serviço de um profissional, normalmente da área da contabilidade, para executar a tarefa. “Na práti-ca não muda quase nada, a empresa terá que utilizar da certificação digital, a mesma utilizada na hora de emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e terá que controlar no ca-

Em 2015 houve um acréscimo de 15,6% de pedidos do seguro em Bento

Na agência de Bento ainda não houve pedidos com o novo método

Caiani [email protected]

Alterações para requerer o benefício

Seguro-desemprego

lendário a inclusão na data correta, respeitando o prazo, pois o sistema não aceita cor-reções”, salienta.

Novas exigências para o benefício

De acordo com Rizzardo, desde que a medida entrou em vigor, a agência do FGTAS de Bento Gonçalves não rece-beu nenhum pedido do bene-fício, porém, em comparação com o ano passado, houve um crescimento de 15,6% no to-tal de requisições de Seguro--desemprego. “Acredito que daqui a uns 10 ou 15 dias co-mecem a entrar os novos pe-didos, porque ainda faz pouco tempo que o sistema adotou mudanças”, comenta. No pri-meiro trimestre de 2015 o to-tal de Requisições do benefí-cio foi de 1877. No entanto, o coordenador afirma que esses números irão mudar, já que a nova regulamentação do Se-guro-desemprego diz que na

primeira solicitação do bene-ficiário serão necessários 18 meses de salário nos últimos 24 meses anteriores à dispen-sa. Ele afirma ainda que, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em um primeiro momento cairá em torno de 50% o nú-mero de pedidos. “aqui na nossa agência, os pedidos do benefício estão diminuindo, e o público que busca por vagas de empregos está sendo cada vez maior”, explica.

O MTE avalia a produtivi-dade das agências FGTAS/SINE por dados cadastrados no sistema e número de pes-soas inseridas no mercado de trabalho. Rizzardo defende que a medida trará benefícios para todos, pois o sistema irá garantir a autenticida-de dos dados e possibilitar o cruzamento de informações em diversos órgãos. “O que realmente importa é quantas pessoas conseguimos efetivar todo mês”, finaliza.

CAIA

NI M

ARTIN

S

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Sábado, 11 de abril de 201516 Geral

Ampliação da Todeschini

Projeto prevê baixo impacto ambientalA pedido da Fepam, audiência pública foi realizada quinta-feira, 9, para expor à população como será o andamento da obra

Em planejamento há três anos, o novo empreendi-

mento da Todeschini vai tripli-car a área da empresa, utilizando um espaço de 245,6 mil metros quadrados de mata atlântica en-tre os municípios de Bento Gon-çalves e Garibaldi. O número é expressivo, mas, apesar disso, o projeto tem baixo impacto am-biental e é viável, segundo os órgãos envolvidos na liberação do licenciamento. Para expli-car todos os cuidados que estão sendo tomados pela empresa, foi realizada uma audiência pública na noite de quinta-feira, 9, com a participação de cerca de 200 pessoas, entre autoridades, téc-nicos da empresa e estudantes.

O encontro foi realizado a pe-dido da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fe-pam), que analisou o processo administrativo para a liberação do licenciamento ambiental do empreendimento. O projeto já teve aprovação dos conselhos municipais e estadual do meio ambiente e agora a Todeschini aguarda a emissão da licença de implantação do projeto por par-te da Fepam.

Na apresentação, diretores e técnicos da Todeschini apre-sentaram o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e também o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima). Os relató-rios comprovam que a empresa está tomando todos os cuidados

Silvia [email protected]

Ilustração mostra as primeiras opções da empresa e a área escolhida para a ampliação entre Garibaldi e Bento

para que a ampliação de sua in-dústria não venha a agredir a natureza. Além disso, mesmo que o projeto tenha um baixo impacto ambiental, a empre-sa terá a responsabilidade de realizar diversas medidas com-pensatórias. Entre elas, está a compensação da mata atlânti-ca, com área até quatro vezes superior, e a criação de 14 pro-gramas ambientais de gestão e monitoramento ambiental.

O projeto prevê um período de atividades de 40 meses, di-vidido em 20 fases e com um

NúmerosÁrea útil construídaatual: 56.114,29 m2ampliação: 124.566 m2total: 180.680,29 m2

Área totalatual: 315.783,37 m2ampliação: 245.616,44 m2total: 561.399,81 m2

Empregadoshoje: 921ampliação: 1079total: 2000

InvestimentoR$ 166.200.865,84, sendo

que R$ 909.104,69 serão uti-lizados para as medidas com-pensatórias.

investimento total de R$ 166 milhões. O presidente da To-deschini, João Farina Neto, afirma que isso é prioridade, pois a empresa está com a sua capacidade produtiva esgotada. “Não temos mais como crescer se não fizermos essa ampliação. Pela primeira vez, a Fepam so-licitou o EIA e o Rima, em fun-ção da grandiosidade do proje-to. Nós aceitamos, pois nos dá a tranquilidade de que estamos fazendo a coisa certa. Quere-mos crescer, mas com respon-sabilidade”, afirma.

Área de preservação

Na audiência, o secretário ge-ral da Associação Ativista Eco-lógica (Aaeco), Gilnei Rigotto, sugeriu que fosse revista uma das propostas de compensação ambiental, para que se estude a possibilidade de adquirir uma área de preservação mais próxi-ma de Bento Gonçalves. Ele tam-bém sugere que, primeiramente, seja criada uma comissão para averiguar se isso é viável ou não.

Segundo ele, há uma grande

gama de possibilidades, pois mesmo que Bento ainda não tenha uma reserva ecológica, a legislação permite a criação de uma. Porém, Rigotto ressalta que a impossibilidade de se criar isso em Bento não inviabiliza o projeto. “Isso seria apenas a ce-reja do bolo. Somos totalmente favoráveis ao projeto e temos um momento ímpar a comemorar, pois esse empreendimento é um orgulho para todos. Mas trago uma sugestão que poderá melho-rar ainda mais as medidas com-pensatórias”, comenta.

REPROD

UÇÃ

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Sábado, 11 de abril de 2015 17Geral

O Vale dos Vinhedos está passando por uma trans-

formação. Parreirais, plantas e flores ganharão novos tons de cores, deixando para trás o verde e dando lugar a tons avermelhados. Todos os anos a chegada do outono garante um espetáculo de belas pai-sagens, garantindo um clima europeu aos que visitam a Serra Gaúcha. E para dar as boas-vindas à estação o Hotel Villa Michelon e a Jamar Cia do Esporte promovem neste domingo, 12, o seu tradicional passeio ciclístico de outono.

Serão 5,3 km, com largada prevista para às 9h na sede da Associação dos Produto-res de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), com duas paradas previstas para a degustação de suco natural de uva e água nas vinícolas Torcello e Almaúnica, e che-gada no Hotel Villa Miche-lon. Ciclistas de todas as fai-xas etárias podem participar e desfrutar de um domingo diferente entre o ar puro e as belezas naturais do Vale dos Vinhedos. para a degustação de suco natural de uva e água.

Na chegada os participantes concorrem ao sorteio de uma bicicleta da Jamar Cia do Es-porte e diárias no Hotel Villa Michelon e distribuição de vários brindes. A família mais numerosa, o ciclista mais ido-so, o mais jovem e ainda o mais incrementado também serão contemplados com prêmios.

A inscrição é gratuita e pode ser realizada antecipadamente no Hotel Villa Michelon, na Aprovale, na Jamar Cia do Es-porte ou no dia do evento. Em caso de mau tempo o passeio será transferido para data a ser definida.

Em caso de chuva, passeio não sai

Passeio ciclístico movimenta interiorVale dos Vinhedos

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Sábado, 11 de abril de 201518 Geral

A Lei dos Caminhões entrou em vigor no início de ja-

neiro e até agora apenas cinco veículos foram notificados por estarem em situação de irregu-laridade. Nas principais ruas do Centro, os veículos pesados com PBT acima de 25 toneladas estão proibidos totalmente de circular no perímetro, mas nem sempre é o que acontece. As opiniões de quem dirige, trabalha e frequen-ta o Centro estão divididas entre a capacidade que a Lei teve de deixar o trânsito mais leve e os problemas que podem ter sido criados a partir do decreto do prefeito Guilherme Pasin.

A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que a fiscali-zação do Departamento Muni-cipal de Trânsito, nos três me-ses, realizou 48 abordagens, mas que quase todos estavam circulando de forma correta pelas ruas centrais. “Os que não estavam foram informados de que deveriam buscar uma autorização junto ao Departa-

Silvane Vieira dirige uma mo-tocicleta e garante que seus tra-jetos ficaram mais rápidos e se-guros depois que os caminhões não passam mais tão perto dela. Segundo Silvane, antes, mesmo com moto, ela precisava dirigir lentamente e esperar que fi-zessem conversões para poder seguir seu caminho, hoje ela já não enfrenta esse problema. “Eu fiquei surpresa com a me-dida ela é realmente boa. Eu prefiro andar de moto pela agi-lidade e pelos custos mais bai-xos, mas quando tinha muitos caminhões em horário de pico, era quase impossível andar por aqui”, ressalta.

O caminhoneiro Leandro Po-ter é de Flores da Cunha e diz vir semanalmente para o mu-nicípio fazer entregas, mas que desde janeiro não é abordado pelo DMT nem para conferir o peso do seu caminhão. “Eu nem sabia dessa Lei, nunca ninguém falou comigo sobre

Secretário Mauro Moro garante que medida diminuiu a circulação de veículos grandes em 90%, mas não agradou todo mundo

População fica dividida quanto à nova medida

CRISTIAN

O M

IGO

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Vitória [email protected]

Mesmo com a fiscalização do DMT, secretário afirma que alguns desavisados circulam pelo centro ilegalmente

Em três meses, cinco notificaçõesLei dos Caminhões

isso e não acho que tenha me-nos caminhões aqui do que em outros lugares”, afirma.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Logísti-ca e Transportes Rodoviários de Bento Gonçalves e Região (Sinditrans) afirma que até o momento nenhum trabalhador se manifestou sobre o assunto, seja contra ou a favor.

Já o Sindicato dos Taxistas de Bento Gonçalves (Sinditáxi) aprova a medida, mas diz que ela não é suficiente para resol-ver os problemas de mobilida-de urbana da área central. “É bom sim ter menos caminhões por aqui, no entanto cria um problema de carga e descarga para as empresas que nós que estamos na rua todo o dia, ve-mos as dificuldades”, afirma o presidente Daniel Redante. Segundo ele, há ainda muito o que avançar e algumas peque-nas soluções já melhorariam em muitos aspectos.

mento Municipal de Trânsito (DMT). Não podemos multar em uma primeira vez, já que muitas placas são de fora da cidade e não conhecem a nos-sa legislação”, destaca o secre-tário de Mobilidade Urbana, Mauro Moro.

Com a nova Lei, ele garante que o fluxo de veículos melho-rou, há menos congestionamen-

tos e que os caminhões diminuí-ram a sua passagem pelo ruas centrais em 90%. “De janeiro até o final do mês de março, o DMT expediu 88 autorizações para circulação. Eu sei que isso não é a solução para o nosso Centro, mas é uma das medidas que compõe o nosso plano de melhoria e, com calma, vamos ajustar o restante”, completa.

Comerciantes Insatisfeitos

O presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Bento Gonçalves (Sindal), Val-decir Durli, afirma que a medida fez com que menos caminhões de grande porte circulassem no centro, mas que isso acarretou em outro problema que é a falta

de espaços para a carga e descar-ga de materiais para os comer-ciantes. Durli fala que não adian-ta fazer uma medida quando se causa problemas em outro lado e, segundo ele, quase todos os co-merciantes foram prejudicados.

“As áreas de carga e descarga são distantes, o que faz com que os comerciantes usem meios ile-gais para carregar e descarregar em frente aos seus estabeleci-mentos. Muitos caminhoneiros ligam quando estão chegando aos locais para que os funcio-nários do estabelecimento vão até a rua e guardem vagas de estacionamento rotativo, para que o caminhão possa estacio-nar em frente”, relata. Com a prática, multas são aplicadas e, segundo Durli, com razão, já que a prática é ilegal.

“O Poder Público não está nos dando outra opção. É um desca-so porque há muitas mercadorias pesadas, móveis, geladeiras que não podem ser transportadas por uma distância muito grande, en-tão as pessoas encontraram esta alternativa e, muitas vezes, são multadas.”, finaliza.

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Sábado, 11 de abril de 2015 19Geral

Empresa entra em recuperação judicial de dívidas

Farina S/A

A 1ª Vara Cível de Bento Gonçalves acolheu na se-

gunda-feira, 6 de abril, o pedido de Recuperação Judicial feito pela Farina S/A Componentes Automotivos. A decisão, assi-nada pela juíza Christiane Ta-gliani Marques, determina que a empresa apresente um cro-nograma de pagamento de suas dívidas no prazo de 60 dias. A medida judicial garante uma proteção de 180 dias contra a cobrança de credores.

De acordo com o advogado da Farina, João Pedro Scalzilli, o passivo da empresa é estimado em R$ 52 milhões. Ele revela que a situação foi piorando entre os anos de 2013 e 2014, quando a retração da demanda chegou a 30%. Para conseguir a recupera-ção, os advogados alegaram que as dificuldades financeiras au-mentaram ainda mais no final de 2014 e início de 2015 por causa da crise econômica e das medi-das governamentais que geraram uma forte retração de mercado. Carga tributária, encargos traba-lhistas e sociais, aumento brutal do custo de energia elétrica, au-mento da taxa de juros, aumen-to do preço dos combustíveis e a inflação crescente foram os moti-vos citados na ação judicial.

Scalzilli explica que a Fa-

Marcelo [email protected]

rina é uma indústria de base e tem um custo fixo muito pesado. O pedido de renego-ciação judicial vai servir para oxigenar a parte financeira. Ele lembra que a empresa ainda se recuperava da crise de 2008. O advogado ressalta que somente as dívidas exis-tentes antes da decisão judi-cial entram no cronograma de pagamento que será elabora-do previamente.

Empresa não fará demissões e vai

seguir trabalhando

A Farina é uma das mais an-tigas empresas em funciona-mento no Rio Grande do Sul, com 128 anos de atuação, e hoje emprega cerca de 400 pessoas. O advogado João Pedro Scalzil-li tranquiliza os colaboradores afirmando que não haverá de-missão em massa. Segundo ele, a empresa seguirá funcionando normalmente, pagando salários e honrando seus compromissos trabalhistas. Além disso, com a transação judicial em anda-mento, a Farina não pode ter atrasos salariais e nem deixar de pagar suas despesas daqui para frente. “Temos certeza que tomamos a decisão mais acerta-da para garantir que a empresa consiga retomar seu crescimen-to”, destaca o advogado.

Passivo é de R$ 52 milhões, mas atividades seguirão normais e não haverá demissões

Apesar das dificuldades financeiras, indústria não vai parar trabalhos

VITÓRIA

LOVAT

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Sábado, 11 de abril de 201520 Geral

Rodovias

“Aqui temos a pior situação do Estado”Opinião é do superintendente do Daer de Bento Gonçalves, Ernesto Eichler, que está em Bento desde o dia 12 de março

A Serra gaúcha, região mais rica do Rio Grande do Sul,

é também a que apresenta a pior conservação das suas ro-dovias, entre os 17 distritos do Departamento de Estradas de Rodagem (Daer). A análise é do novo superintendente do Daer de Bento Gonçalves, Er-nesto Luiz Vasconcelos Eich-ler, que assumiu o cargo no dia 12 de março. Vias muito anti-gas e os trâmites burocráticos que envolvem a liberação das obras são os principais em-pecilhos para a realização das melhorias, na visão de Eichler. Mas, apesar do cenário, a si-tuação deverá melhorar a par-tir do mês de abril, já que foi anunciada a verba de R$ 1 mi-lhão por mês durante o ano de 2015 para a superintendência de Bento.

Natural de Porto Alegre, Eichler é engenheiro civil con-cursado desde 2002. Em um mês de trabalho, ele observa que as estradas da região são antigas e precisam de uma res-

Silvia [email protected]

Verba de R$ 1 milhão por mês amenizará a situação, acredita Eichler

SILVIA DA

LMA

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Autorizada a licitação do 1º lote das lombadas

A licitação iniciada em 2014, para a reativação das lombadas eletrônicas no Es-tado, recebeu a autorização da Secretaria Estadual da Fa-zenda nesta segunda-feira, 6. O processo licitatório para a ativação dos equipamentos do 1º lote, em 18 faixas de duas rodovias, já está encaminha-do à Central de Licitações do Estado (Celic), aguardando a homologação. Após, retorna ao Daer para a contratação dos serviços.

O Departamento reitera que as lombadas eletrônicas não serão religadas, mas substi-tuídas por outras. O investi-mento previsto é de R$ 540 mil para 12 meses. Outros cinco editais estão na Celic para aprovação e, ao todo, 151 faixas serão monitoradas por lombadas eletrônicas.

Com o fim do contrato entre o Estado e a empresa presta-dora do serviço das lomba-

tauração mais profunda. “Co-nheço todo o Estado e aqui me deparei com a pior situação de infraestrutura nas rodovias. O que não é cabível, pois esta é

também a região mais rica do Rio Grande do Sul, além de ter um grande fluxo de veículos”, afirma. O problema, segundo ele, é que projetos importantes

não foram implantados aqui, em função do Contrato de Re-cuperação de Rodovias da Serra (Crema/Serra) estar em vigor, porém este nunca deslanchou.

Para amenizar a situação, foi anunciada pelo Governo Esta-dual uma verba de R$ 1 milhão por mês, durante seis meses, para o recapeamento e conser-vação das vias da Serra. “Nos-sa superintendência recebeu um valor muito expressivo e acredito que não teremos mais problemas com falta de verbas, mas é uma briga constante. Com esse valor, vamos atacar os piores pontos que temos e aqueles com o maior fluxo”, explica. A primeira parte do recurso já foi utilizada na ERS-444 e ERS-446, nos entornos de Farroupilha e Caxias do Sul.

Crema/Serra

Paralisadas desde novembro de 2014 por causa da falta de repasse de verbas estaduais, as obras do Crema/Serra devem ser retomadas nesta segunda--feira, 13. Durante este período, apenas as operações simples,

como a roçada, foram efetua-das. De acordo com Eichler, o que está atrasando esse reinício são questões burocráticas.

No momento, o projeto de pavimentação do Crema encontra-se no Daer de Por-to Alegre. “Esse é o momen-to mais demorado e estamos pressionando eles para que nos liberem logo e assim podemos dar andamento às obras. Mas, realmente, é importante cui-darmos de todos os detalhes, para não ter erros que atrasem ainda mais”, comenta.

Assim que for aprovado, ini-cia-se a restauração completa da RSC-470. “Isso inclui me-lhorar a base da estrada e não somente tirar o pavimento e colocar outro. Será uma coisa mais profunda”, explica Eich-ler. “Mas o Crema vai sair do papel, com certeza, pois caso contrário, o Governo perde um grande financiamento interna-cional para arrumar as estra-das do Rio Grande do Sul. Esse investimento é a contraparti-da. Acredito que no máximo até a próxima semana vai reco-meçar”, finaliza.

das, foi retirado em março o controlador da RSC-470, no quilômetro 216, próximo ao bairro Conceição. O fato ge-rou protestos dos moradores, que pediam medidas do Go-verno para garantir a segu-rança de quem precisa atra-vessar o local.

Nesta semana, como medi-da paliativa para a situação, foi colocado um “totem lumi-noso” no local, para alertar os motoristas. “É apenas a es-trutura de um antigo contro-lador desativado e que estava na posse do órgão. Optamos por instalar no local para que os motoristas tenham mais cuidado”, afirma o engenhei-ro mecânico do Daer, Maicon Perini.

Na época, a reivindicação dos moradores era que fosse construída uma passarela no local. O projeto, segundo Peri-ni, está sendo analisado, mas ele acredita que seja viável.

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Sábado, 11 de abril de 2015 21Geral

Dnit deve vistoriar o trevo da Telasul este mêsAté o final deste mês, téc-

nicos do Departamento Na-cional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deverão visitar a região da Serra Gaú-cha para analisar a situação dos pontos com maior núme-ro de acidentes, incluindo o trevo da Telasul, na interse-ção da RSC-470 com a RSC-453. Quem confirma essa informação é o presidente da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CIC-Serra), Edson Morello, envolvido no projeto de re-formulação do trevo. Além do local, os técnicos deverão vistoriar a RSC-470, de Nova Prata até Carlos Barbosa, e a BR-116, de Caxias do Sul até a divisa com Santa Catarina.

O projeto do trevo, apre-sentado em outubro do ano passado, propõe a construção de dois retornos, ruas laterais e duas elevadas (uma infe-rior no sentido Farroupilha--Garibaldi, e uma superior no sentido Bento Gonçalves-Far-roupilha). Porém, com a fe-

Projeto para melhoria na interseção da RSC-470 com a RSC-453 foi apresentado em outubro do ano passado

deralização da RSC-470, isso passa a ser responsabilidade do Dnit e, para que a obra não atrase ainda mais, a CIC-Serra

entrou em contato com os téc-nicos. “Conversamos e colo-camos isso como prioridade, pelo fluxo de veículos e pelo

elevado número de acidentes. Eles entenderam e afirmaram que virão fazer uma visita até o final do mês, para ver in

loco a situação. A ideia é levá--los até o local num horário de grande movimento, como no final da tarde. Estamos com boas expectativas”, comenta.

Apesar da visão otimista, Morello ressalta que, até 2016, apenas pequenas melhorias, como o reforço da sinalização, serão realizadas no local. “Te-mos pressa, mas em função da dotação orçamentária, só po-deremos pensar nisso a partir do ano que vem. Mas vamos ficar em cima, para que algo seja feito de imediato, sem licitação, para pelo menos di-minuir o número de aciden-tes”, informa.

Para o presidente da CIC, é importante continuar pres-sionando e colocar o proble-ma em discussão. “Agora te-mos a intenção de colocar o núcleo da UFRGS na região, então precisamos de boas es-tradas, mais do que nunca. Acredito que o viaduto seja a melhor opção, pois não é uma obra faraônica e é para sem-pre. Mas isso quem decidirá é o Dnit”, comenta.

REPROD

UÇÃ

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Sábado, 11 de abril de 201522 Geral

A crise financeira do Gover-no do Estado pode fazer

com que o Hospital Tacchini não seja mais referência re-gional. Depois das discussões sobre a suspensão dos aten-dimentos da UTI Pediátrica, a instituição está cada vez mais perto de começar a cortar os serviços que são oferecidos por meio do Sistema Único de Saú-de (SUS) e uma das primeiras medidas pode ser deixar de receber a população dos 22 municípios que utilizam o Tac-chini. Em contrapartida, a Se-cretaria de Saúde está remane-jando a verba municipal para que seja possível o repasse de valores para alguns serviços específicos que são oferecidos por meio do SUS.

Segundo o coordenador mé-dico da Secretaria de Saúde, Marco Antônio Ebert, o Hospi-tal se encontra em uma situa-ção de emergência, não tendo mais verba própria para inves-tir nos atendimentos do SUS e que, em um curto período de

Marco Antônio Ebert en-fatiza que os valores que estão sendo injetados no Hospital Tacchini, anterior-mente, estavam destinados a outras ações da Secreta-ria e que, com isso, devem atrasar. “Agora o Tacchini é nosso principal problema e não mediremos esforços para ajudar, mas enquanto estou resolvendo isso, outro problema se cria que é a falta de verba para tocar os proje-tos das Unidades Básicas de Saúde”, ressalta.

Segundo ele, os recursos aplicados no hospital estão sendo retirados das contra-partidas utilizadas nas cons-truções das UBSs. “As UBSs estão dando conta dos seus atendimentos, por isso as construções podem esperar. O Tacchini não pode esperar.

Com a falta de repasse do Governo do Estado, instituição está no limite dos recursos para atendimentos do SUS

Construções das UBSs podem ficar atrasadas

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

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IVO

Vitória [email protected]

Pacientes de 22 municípios podem deixar de ser atendidos em Bento Gonçalves por causa do corte de gastos

Tacchini pode deixar de ser referênciaSem verba

Foi uma questão de escolha e de avaliar o que é mais impor-tante para o município agora.

UPA não é a solução A inauguração da Unida-

de de Pronto Atendimento (UPA) está prevista para o início de maio, o que poderia diminuir o número de aten-dimentos devido à comple-xidade nível III. No entanto, Ebert garante que não, já que ainda mais pessoas de outros municípios deverão recorrer à saúde pública de Bento Gon-çalves. “Com a inauguração da UPA, muitas pessoas passarão a ser atendidas aqui e, nestes casos, pode haver a necessida-de de atendimento no Tacchi-ni, se os quadros médicos se agravarem precisa existir uma retaguarda”, explica.

tempo, os primeiros cortes de ajuda devem ser feitos. “É uma possibilidade que está sendo discutida. Nenhuma decisão foi tomada por enquanto, mas não está descartado ter que en-cerrar o atendimento para as pessoas de outras cidades por tempo indeterminado, até que os recursos voltem a ser repas-sados”, explica.

Ebert diz que a preocupação em suspender um serviço não é somente do Tacchini, mas sim do Poder Público Municipal e que deveria ser da população, já que o risco do problema atingir os usuários do SUS está cada vez mais perto. “A minha reivindicação é de que o Gover-no do Estado passe a pensar no estrago que tudo isso pode

causar, porque não é só aqui em Bento que o problema está se alastrando. Eles têm medi-das e formas de buscar recur-sos, como um financiamento para que os valores voltem a ser repassados, por exemplo. Precisa, de fato, haver uma preocupação com os pacientes do SUS, com o funcionamento do sistema médico e de como

não existem mais condições seguras de trabalho”, desabafa.

O Tacchini, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que não vai se manifestar até que novas decisões sejam to-madas. Segundo a assessoria, as declarações da instituição po-deriam, de alguma forma, atra-palhar as negociações do Poder Público Municipal com o Minis-tério da Saúde. No entanto, eles garantem que as informações repassadas por Marco Antônio Ebert estão em pleno acordo com o hospital e que as respos-tas de ambos seriam as mesmas.

Enquanto as 22 cidades cor-rem o risco de ter que remane-jar os pacientes do Tacchini, nenhum está investindo verba no Hospital. Ebert destaca que os municípios que integram a Associação os Municípios da Encosta Superior do Nordeste começaram a se reunir para buscar recursos também das outras cidades. “Por enquanto apenas Bento está auxiliando a instituição. Nas reuniões, ava-liaremos as possibilidades das outras cidades também passa-rem a investir”, adianta.

Page 23: 11/04/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.120

Dívida do Estado com hospitais passa de R$ 1,2 bilhão

Verba alternativa para tentar minimizar os prejuízos

Quimioterapia R$ 71.428,00Autorização de Internação Hospitalar R$ 22.513,00Tomografia R$ 16.756,00Ressonância magnética R$ 5.016,00Materiais especiais para Nefrologia R$ 4.540,00

FONTE: SECRETARIA DE SAÚDE

Verbas repassadas pela Prefeitura em fevereiro

Sábado, 11 de abril de 2015 23Geral

Na quarta-feira, 8 de abril, a Comissão da Saúde do Rio Grande do Sul se reuniu para discutir a crise financeira das instituições filantrópicas de saúde. Com a participação de representantes das diretorias dos hospitais prejudicados, foi apresentado o relatório anual da situação de ina-dimplência do Estado com os hospitais. O presidente da Federação da Associação das Santas Casas e porta-voz

dos hospitais beneficentes do estado, Julio Dornelles de Matos, destaca que a dívida atual do estado se estende a 245 hospitais gaúchos e que o débito é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

Matos ressalta que, nos úl-timos anos, houve avanços e conquistas com o apoio da Assembleia Legislativa, por meio da Frente Parlamen-tar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filan-

trópicas na Área da Saúde, contudo isso não foi suficiente para frear uma situação que se torna, a cada mês, mais alar-mante. “A cada R$ 100 aplica-dos pelas instituições de saúde para prestar serviços ao Siste-ma Único de Saúde (SUS), re-cebemos apenas R$ 63,08 do governo”, explica.

Além do déficit, entre as ins-tituições e o governo do Esta-do há opiniões divergentes so-bre o que realmente é dever do

Poder Público Estadual. “Por isso precisamos encontrar al-ternativas de solução imediata para esta situação, tendo em vista que os hospitais contam impreterivelmente com es-tes recursos. A falta de paga-mento não significa o simples fechamento de uma unidade hospitalar, mas a privação do atendimento às pessoas que necessitam”, coloca.

A federação encaminhou para os deputados as pautas

que foram elencadas como prioritárias, já que com o apoio do parlamento esta-dual, poderiam minimizar os danos da crise. Entre elas está a retomada das trata-tivas do cofinanciamento como política estadual e não como projeto de governo, a ampliação do custeio, a de-soneração do ICMS da água, luz e telefone dos hospitais filantrópicos e a discussão sa Lei de Incentivo à Saúde.

A dívida do Estado com o Tacchini ultrapassa os R$ 7 milhões e cresce à medida que mais atendimentos são feitos. A instituição, que não rece-be regularmente os recursos desde o primeiro trimestre de 2014, supre as necessidades financeiras por meio de em-préstimos bancários para que nenhum serviço seja suspenso. No entanto, depois de um ano na mesma situação, a Secre-taria Municipal de Saúde está intervindo, reajustando a ver-ba que estava destinada para a construção das Unidades Bá-sicas de Saúde, e repassando alguns valores para o Tacchini.

Segundo o coordenador médico da Secretaria, Mar-co Antônio Ebert, diante dos riscos que os atendimentos correm de ser suspensos, ele buscou reajustar as finanças internas da Saúde Municipal para conseguir levantar um valor a ser repassado mensal-mente para que a instituição

tenha menos prejuízos. “Nós elencamos alguns serviços prioritários e destinamos uma pequena verba para que o Tacchini sofra menos. O que estamos repassando não é o suficiente e os nossos re-cursos também são finitos, por isso, essa é apenas uma medida paliativa”, explica. Os serviços que estão recebendo os valores municipais são a Quimioterapia, Tomografia, Ressonância Magnética, Ne-frologia e Autorizações de In-ternação Hospitalar.

Ebert diz não estar confiante quanto ao retorno dos repas-ses estaduais, por isso, já está planejando o que poderá ser feito, assim que os recursos terminarem. “Por enquanto, nós estamos tentando manter a situação controlada, auxi-liando o Hospital em tudo o que é possível. Mas vai haver um momento em que o Tac-chini chegará ao seu limite de empréstimo e os poucos recur-

sos da Prefeitura também aca-barão. Esse será o momento de ir ao Ministério Público, de uti-lizar ferramentas judiciais e ir para a rua reivindicar o direito aos atendimentos pelo SUS”, revela.

Ebert lembra que os valores que estão sendo repassados são de acordo com a tabela do SUS, porém, ele garante que, com isso, o Tacchini sai pre-judicado, já que a tabela está com os valores defasados. “Os valores da tabela do SUS não

são atualizados há dez anos. Imagine quanto custaria uma tomografia há dez anos e uma hoje, é só analisar o quanto a instituição está perdendo”, completa.

Busca no Ministério da Saúde

Ebert diz que não é somente a Secretaria que se empenha neste caso, o prefeito Gui-lherme Pasin está em Brasí-lia em busca de um parecer

do Ministério da Saúde, para que o Governo Federal possa encontrar uma solução an-tes de chegar a uma situação extrema. “Estamos tentando encontrar um meio de fazer com que nenhum serviço seja suspenso, talvez a União se solidarize, mas o tempo que temos é curto e o dinheiro também”, garante.

O Conselho das Secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosem/RS) está discu-tindo a situação em suas reu-niões para que, em conjunto, possam buscar alguma solu-ção alternativa para todos os municípios que estão passan-do pela mesma situação. “Es-tamos nos mobilizando e dis-cutindo como a falta da verba influencia na administração das instituições, na qualida-de dos serviços oferecidos e, principalmente, nos riscos que as pessoas correm de fi-car sem alguns tipos de aten-dimento”, finaliza.

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Sábado, 11 de abril de 201524 Geral

Na contramão da polêmica envolvendo a nova calçada, a construção do muro e instala-ção de grades de contenção nas mediações da associação traz alívio aos moradores. Segundo relatos, em virtude do ginásio de esportes ser pouco ilumi-nado, e em terreno elevado, dificultando a visão de quem trafegava pela rua, o local era frequentado diariamente por usuários de drogas.

De acordo com o diretor da Escola Infantil Meu Anjo, loca-lizada a poucos metros do local,

Marcos Casagrande, em algu-mas situações o consumo era tão grande que o colégio ficava impregnado com cheiro do en-torpecente. “Era uma situação complicada, em plena luz do dia era corriqueiro acompanhar-mos o ir e vir dos meliantes nas proximidades da escola, e mui-tas vezes fechamos as janelas para evitar que o odor aden-trasse a escola”, relata. “Eles tinham até ponto de fuga caso fossem denunciados e a polí-cia chegasse. O grupo era tão grande que o vizinho também

cercou seu terreno para que os infratores não invadissem”, diz.

O muro era uma antiga rei-vindicação comunitária. A cerimônia oficial de entrega da obra deveria ser em abril, mas devido aos entraves com a acessibilidade, será prorro-gada até julho. “Era um pro-blema sério aqui no bairro, que se arrastava há muito tempo. É gratificante ver que não esta-mos esquecidos e poder prover o mínimo de segurança para os frequentadores da associação”, explica Pereira.

de reuniões de bairro, ou de poder caminhar e dar um pas-seio sem a ajuda de um acom-panhante. É revoltante cons-tatar que após tantas batalhas por igualdade ainda sejamos esquecidos”, lamenta.

Para o presidente da Asso-ciação dos Deficientes Visuais de Bento Gonçalves (ADVBG) Daniel Picoloto Berardini, a situação caracteriza o descaso e falta de respeito do Governo Municipal com o cidadão. “Já é vergonhoso o Ipurb liberar a construção de calçadas particu-lares sem acessibilidade. Quan-do uma irresponsabilidade deste porte é feita pela Prefei-tura, já ultrapassa os limites da

tolerância”, protesta. Segundo ele, o desleixo do Poder Públi-co com o deficiente visual não é novidade. “A instalação do piso tátil de alerta pela cidade toda foi feita de forma errada. Um bom exemplo está no termi-nal de ônibus próximo a Paró-quia Santo Antônio que guia o usuário até um poste de luz, é lamentável”, comenta.

O protesto dos moradores tem base no artigo 5º da Cons-tituição Federal, que estabelece o direito de ir e vir de todos os cidadãos brasileiros, ou seja, qualquer pessoa, inclusive com deficiência ou mobilida-de reduzida, deve ter o direito de chegar confortavelmente a

qualquer lugar. Outro fator lem-brado é o decreto nº 5.296/04, que regulamenta as Leis n° 10.048/00 e n° 10.098/00, que estabelecem normas gerais e critérios básicos para a pro-moção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Além da irregularidade da calçada, outros dois fatores não foram levados em conta no término da obra. Instalada há cerca de seis meses, uma fonte, construída com recursos pú-blicos, invade completamente o passeio público, impossibili-tando o tráfego de cadeirantes. Poucos metros a frente, con-tradizendo qualquer padrão

estrutural atual, dois postes de linha de energia estão posicio-nados no meio da calçada, tam-bém inviabilizando a mobilida-de. “É frustrante, a gruta foi feita há menos de um ano sem qualquer tipo de consideração pelas pessoas que tem necessi-dades especiais. Esperamos que esse cenário se resolva o quanto antes”, diz o presidente do bair-ro Sérgio Mella Pereira.

Prefeitura culpa projeto antigo

Responsável pelo andamento da obra, a Secretaria de Viação e Obras Públicas (SMVOP) ex-plica que o problema é resulta-do de falta de averiguação no projeto, visto que foi elaborado em janeiro de 2012. “A empresa vencedora da licitação realizou a construção conforme foi estipu-lado na planta, ou seja, no proje-to não constavam as exigências da NBR 9050”, explica o secre-tário Sérgio Gabrielli. Segundo ele, para resolver a situação será feito um aditamento sobre o or-çamento remanescente para fa-zer a adequação da calçada. “Só entregaremos a obra com tudo dentro dos conformes, mesmo que isso cause atraso ou descon-forto”, ressalta.

De acordo com o secretário de Juventude, Esporte e Lazer, Gustavo Felipe Sperotto, a Pre-feitura tem prazo até 21 de maio para fazer as adequações. “Es-tamos em contato com os res-ponsáveis para que as alterações sejam realizadas o mais breve possível”, diz. A estimativa é que a obra seja entregue até julho.

A obra que deveria facili-tar e assegurar o trajeto,

acabou dificultando a vida de deficientes físicos e visuais no Santa Helena. A obra da calça-da de acesso à sede da Asso-ciação de Moradores e ginásio de esportes do bairro, na rua Tomas Arioli, foi concluída fora dos padrões da Norma Brasileira (NBR) 9050, que regulariza questões de acessi-bilidade em espaços e edifica-ções urbanas.

Com custo final de R$ 200 mil, provenientes dos cofres pú-blicos municipais, o calçamento deveria comportar adequações como trilho de piso tátil, de-clive para cadeirantes e placas de sinalização designadas para pessoas com deficiências de mobilidade ou visual, porém, nenhum dos ajustes foi reali-zado. “É vergonhoso que após anos solicitando o calçamento nos seja entregue um trabalho pela metade, sem o mínimo de acessibilidade. É como se esti-vessem proibindo pessoas com necessidades especiais de fre-quentar a associação”, desabafa a aposentada Maria Trintina-glia, de 63 anos.

A situação também é frus-trante para Ivanice Betiol. Há seis anos, seu marido, Flávio Betiol, perdeu a visão após problemas de saúde. Segundo ela, a nova calçada seria uma oportunidade para incentivar a participação na comunidade. “Mesmo sofrendo de depres-são, ele gostaria de participar

Obra em calçada de acesso à associação de moradores é realizada sem atender necessidades de deficientes físicos e visuais

Muro sana problema com drogaditos

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Flávio Betiol, deficiente visual há seis anos, caracteriza a obra como uma privação ao passeio público

Consumo de drogas era prática comum nas proximidades do ginásio

Cristiano Migongeral [email protected]

Projetada sem pensar na acessibilidadeSanta Helena

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Sábado, 11 de abril de 2015 25ObituárioFalecimentos

MOACIR JOSÉ ZAPALAI, no dia 01 de Abril de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filho de João Zapalai e Maria Francisca Dalvit Zapalai e tinha 70 anos.

ANNA NERY PELLICCIOLI, no dia 01 de Abril de 2015. Natural de Vacaria, RS, era filha de Altino Martins Nery e Caetana Borges Nery e tinha 89 anos.

ELDA KLAUS, no dia 03 de Abril de 2015. Natural de Roca Sales, RS, era filha de Francisco Alexandre Suave e Lydia Suave e tinha 65 anos.

IRINEO BREVIA, no dia 03 de Abril de 2015. Natural de Monte Belo - Bento Gonçalves, RS, era filho de Primo Brevia e Maria Di Bernardo Brevia e tinha 73 anos.

DANILO LONGHI, no dia 03 de Abril de 2015. Natural de Monte Belo - Bento Gonçalves, RS, era filho de Fernando Longhi e Genoveffa Varnier Longhi e tinha 72 anos.

TEREZINHA LIBÉRIA DE MARI SALTON, no dia 03 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Pedro De Mari e Pierina Lazzarotto De Mari e tinha 84 anos.

VAGNER DA SILVA SOLTAU, no dia 04 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Luiz Carlos Vieira Soltau e Neri Bento da Silva e tinha 31 anos.

FIORAVANTE FRARE, no dia 04 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Giacomo Frare e Thereza Somenzi Frare e tinha 88 anos.

VILMA STEFENON AMBROSI, no dia 04 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Arlindo Stefenon e Luiza Spolti Stefenon e tinha 81 anos.

ADÃO DA SILVA, no dia 05 de Abril de 2015. Natural de Tenente Portela, RS, era filho de Antonia da Silva e tinha 61 anos.

NADIELE GONÇALVES GOMES, no dia 05 de Abril de 2015. Natural de Camobi - Santa Maria, RS, era filha de Itamar Adriano Gomes e Nádia Theodoro Gonçalves e tinha 15 anos.

MAURÍCIO ANTUNES DE MATOS, no dia 05 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Luiz Vieira de Matos e Maruliz Antunes e tinha 15 anos.

MARCIA FERNANDA MACHADO, no dia 01 de Abril de 2015. Natural de Esteio, RS, era filha de Valdomiro Machado e Celita Maria Marques Machado e tinha 38 anos.

LAURO DENTE, no dia 06 de Abril de 2015. Natural de Cruz Alta, RS, era filho de Alfredo Dente e Ira Nietidt Dentee tinha 69 anos.

SEVERINA IOLANDA FERRETTO, no dia 02 de Abril de 2015. Natural de Nova Prata, RS, era filha de Cezar Zardo e Mafalda Antoniolli Zardo e tinha 90 anos.

ANGELO ZANETTI, no dia 08 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Desidério Zantti e Angela Maria Toniollo e tinha 77 anos.

VALENTIN JOÃO BRUNETTO, no dia 07 de Abril de 2015. Natural de Encantado, RS, era filho de José Brunetto e Ermelinda Brum Brunetto e tinha 84 anos.

PEDRO PELEGRINI, no dia 08 de Abril de 2015. Natural de Muçum - Guaporé, RS, era filho de Luiz Pelegrini e Rosa Barossi e tinha 94 anos.

ANGELA MASCARIN TREVISAN, no dia 08 de Abril de 2015. Natural de Bento Gonçlaves, RS, era filha de Luiz Mascarin e Maria Magagnin e tinha 92 anos.

ANIR NEDI FELTES DA SILVA, no dia 08 de Abril de 2015. Natural de Arvorezinha, RS, era filha de Armelindo Francisco Feltes e Olindaa Florentina Heinich e tinha 64 anos.

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Sábado, 11 de abril de 201526 Segurança

A colisão entre um caminhão e um Classic, no quilômetro 107 da RSC-453, resultou na morte de Andre Fernandes da Rosa, de 37 anos, na manhã de sexta-feira, 10 de abril. Ele era o motorista de um Classic, com placas de Osório, que tentou utilizar o trevo do Barracão.

O acidente ocorreu por volta das 10h20min. De acordo com o motorista do caminhão, a víti-ma vinha da ERS-444 e tentou realizar a transposição da rodo-via, porém desistiu no meio e

Efetivo de 36 agentes atuará em operação especial por seis meses

Acidente com vítima fatal no trevo do Barracão

Por enquanto, PRF compartilhará estrutura com o Batalhão estadual

Polícia Rodoviária Federal assume BR-470 nesta quarta

RSC-453Transição

Como consequência da fe-deralização da BR-470,

a partir de quarta-feira, 15, a responsabilidade pela rodovia passará aos cuidados da Poli-cia Rodoviária Federal (PRF). O efetivo, composto por 36 agentes, ficará instalado nas dependências do 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM), que também abriga o Grupo Rodoviário Estadual, A estimativa de ação deste efeti-vo especial é de seis meses.

Enquanto a transferência do prédio, que pertence ao Depar-tamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e passará para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transpor-tes (Dnit), não for concluída, os policiais trabalharão de forma compartilhada, em uma das salas da edificação, por prazo mínimo de três meses.

De acordo com o chefe de as-sessoria de imprensa da PRF no Estado, Alessandro Castro, o trecho de abrangência será entre as cidades de Montene-gro e Vacaria. Segundo ele, em primeiro momento os agentes que respondem a Caxias do Sul também farão patrulhamentos na rodovia. Castro esclarece que o pedido de reforço perma-nente para o efetivo foi encami-nhado à Brasília, porém, não há previsão para implantação.

O futuro da 3ª BRBM ainda está incerto. Embora exista a possibilidade do Batalhão ser transferido para a sede do Gru-po Rodoviário de Farroupilha, no prédio do antigo pedágio, na ERS-122, também existe o in-teresse por parte do Governo Municipal de manter o efetivo na região, sendo realocado para ERS-444, no Vale Dos Vinhedos.

O local também deverá se-

diar o Grupo de Veranópolis. De acordo com a Prefeitura, os trabalhos de reforma e ade-quação no local terão início na segunda-feira, 13. O custeio da obra será dividido entre o Conselho Comunitário Pró--Segurança Pública (Consepro) e iniciativa privada. A decisão sobre o Grupo será tomada na próxima semana, em reunião com o Comando Rodoviário.

acabou parando. O caminhão, que vinha de Farroupilha, não conseguiu para e o atingiu na lateral. O veículo pesado trans-portava produtos químicos, porém não ocorreu nenhum va-zamento. O trânsito ficou lento por cerca de três horas.

Em uma primeira avaliação no local do acidente, patru-lheiros rodoviários acreditam que o caminhão, possivel-mente, estava acima da velo-cidade permitida no trecho, que é de 60km/h.

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Andre Fernandes da Rosa, de 37 anos, era o motorista do Classic

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Uma abordagem no bairro São Roque resultou na apreensão de um simulacro de arma de fogo na noite de quinta-feira, 9 de abril. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 22h, policiais aborda-ram, três indivíduos em atitude suspeita na rua Arlindo Franklin Barbosa, em uma parada de ônibus próximo a Universidade Cenecista. O simula-cro de pistola na cintura de um dos indivíduos. Os três foram conduzidos para a delegacia para esclarecimentos.

Suspeitos detidos com simulacro de arma

Cristiano Migongeral [email protected]

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Sábado, 11 de abril de 2015 27Segurança

A investigação da 2ª DP, es-pecializada no combate a rou-bos, surpreendeu uma quadri-lha na tarde de quinta-feira, 9 de abril. Dois homens e duas mulheres foram presos em fla-grante após um assalto a uma corretora de seguros no bairro São Francisco e são suspeitos de, pelo menos, outros cinco crimes. Porém, apesar da in-vestigação em andamento e da rápida ação policial, três inte-grantes foram soltos pela Justi-ça no dia seguinte e responde-rão ao processo em liberdade.

O crime do flagrante ocor-reu por volta das 14h30min, em uma corretora de seguros da rua Carlos Dreher Filho, no São Francisco. A dupla armada invadiu o estabelecimento e rendeu os funcionários. Após roubar uma quantia em di-nheiro (não divulgada), os as-saltantes fugiram a pé.

Os agentes da 2ª DP identifi-caram a atuação de seus inves-tigados e efetuaram a prisão em flagrante na rua José Lunelli, no Loteamento Cembranel. “Está-vamos fazendo uma campana na residência, quando houve novamente um assalto com

Quadrilha é presa em flagrante, porém três já estão soltos

Bandidos utilizavam simulacros de armas de fogo em suas ações

Resultados expressivos

Investigações concluídas com êxitoAções conjuntas da 1ª e 2ª DP surpreenderam quadrilha de roubos e capturaram acusado de tráfico de drogas sintéticas

Leonardo [email protected]

Duas investigações da Polícia Civil apresentaram resulta-

dos expressivos nesta semana. Na quinta-feira, 9 de abril, uma quadrilha de roubos, suspeita de pelo menos seis crimes, foi surpreendida e presa em fla-grante logo após assaltar uma corretora de seguros no bairro São Francisco. No dia seguinte, a Operação Colours efetuou a primeira prisão por tráfico de droga sintética da história de Bento Gonçalves.

Na manhã de sexta-feira, 10 de abril, a ação chefiada pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), especializada no comba-te ao tráfico de entorpecentes, cumpriu mandados de busca e apreensão nos bairros Humai-tá, Maria Goretti e Progresso. Dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas.

Com o acusado de 23 anos,

morador do Humaitá, foram apreendidos 37 comprimidos de ecstasy. A segunda prisão ocorreu no bairro Maria Goret-ti, onde um acusado de 26 anos foi flagrado com cinco buchas de cocaína. Cerca de R$ 2 mil, sete celulares, um tablet e ingressos para festas onde supostamente eram vendidas as drogas tam-bém foram apreendidos.

Uma mulher, também aca-bou detida na operação, que contou com apoio de policiais da 2ª DP. Ela assinou Termo Circunstanciado (TC) por pos-se de entorpecentes e depois foi liberada.

Tele-entrega evenda em festas

Os dois presos eram investi-gados da Operação Colours há dois meses. Ainda não foi com-provada uma interligação em suas ações ilícitas. A delegada Maria Isabel Zerman, respon-

sável pela investigação, ressal-tou a primeira prisão por trá-fico de ecstasy. “É uma droga relativamente nova e mais cara que outras, que, conhecida-mente, é difundida e conquis-tou espaço em festas de música eletrônica”, cita.

As diligências realizadas apontam que a droga era vendi-da em dois formatos: tele-entre-ga e vinculadas as festas. Os acu-sados, inclusive, promoveriam alguns destes eventos, como comprovou a apreensão de in-gressos. O preço era de R$ 30 por comprimido de ecstasy. Du-rante o interrogatório, um dos indiciados afirmou que a droga era adquirida com traficantes de Estância Velha e Gravataí.

Os acusados não possuíam antecedentes criminais e teriam uma boa entrada com a classe média e alta. A autoridade po-licial preferiu não divulgar o nome dos indiciados neste mo-mento do inquérito policial.Operação Colours apreendeu 37 comprimidos de ecstasy na sexta

as características conhecidas, então os agentes aguardaram pela aproximação e abordaram o veículo suspeito”, relata o de-legado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª DP.

Foram apreendidos dois si-mulacros de arma de fogo, uma pistola e uma calibre .12, cerca de R$ 3 mil, seis notebooks e 10 celulares, além de máscaras e meias utilizadas para disfar-ce durante os crimes. Um Palio de cor prata, utilizado na fuga, também foi recolhido.

De acordo com a autoridade

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policial, esta quadrilha é sus-peita de outros cinco crimes contra o comércio neste ano e vinha sendo investigada há, pelo menos, 15 dias. “Eles ti-nham por característica armas de grosso calibre, que agora vimos que são simulacros de armas, são de brinquedo, mas quem olha não diferencia. Também costumam usar estes coletes de empresas de segu-rança”, explica.

O delegado Álvaro Becker solicita que vítimas de assal-tos procurem a delegacia para

identificar seus objetos. “Na casa foram apreendidos diver-sos produtos de assaltos e, ago-ra, pedimos para que seja feito o reconhecimento por parte das vítimas para que evoluam as investigações e conclua ou-tros inquéritos”, explica.

O delegado ainda explicou que um dos indiciados traba-lhava em uma empresa que instalava equipamentos de se-gurança. “Não que a empresa tenha envolvimento, mas este indivíduo utilizou seus conhe-cimentos para praticar estes assaltos”, salienta.

Preso suspeito de homicídio

Suspeito do homicídio de Adriano Cavalli, no dia 3 de março no bairro Glória, Cleber-son Biliar, de 21 anos, conheci-do pelo apelido de Fio, foi preso em flagrante por receptação na noite de quarta-feira, 8 de abril. Ele era o motorista de um veícu-lo roubado que foi visto em um roubo a posto de combustível na entrada do Vale dos Vinhedos.

Conforme as informações da Polícia Civil, a ocorrência teve

início na rua 15 de novembro, no bairro Planato. Uma jovem de 25 anos chegava a um bar, por volta das 20h, quando foi feita refém por quatro homens. O bando assumiu o controle do Corolla e se dirigiu até Tuiuty, onde abandonaram a vítima.

Logo em seguida, os ladrões praticaram um segundo cri-me, desta vez contra um pos-to de combustível localizado na ERS-444, no Vale dos Vi-nhedos. Acionada, a Briga-da Militar realizou buscas e surpreendeu a quadrilha na rua Balduíno Alegretti, bairro Municipal. Os quatro suspei-tos desembarcaram e fugiram correndo. Ao tentar pular uma janela, Biliar caiu entre pedras, acabou lesionado e foi preso.

A prisão acaba por facilitar a investigação da 2ª DP. “Esta-mos evoluindo na questão do assalto e do sequestro, mas ele foi preso em flagrante por re-ceptação. Ele possuía um man-dado de prisão contra si, por ser o segundo suspeito de par-ticipar do homicídio do Caval-li. Com a prisão este caso está praticamente esclarecido”, in-forma o delegado.

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Sábado, 11 de abril de 201528 Esporte

Divisão de Acesso

Esportivo encara o São Luiz em casaSem contar com os primeiros reforços, o Alviazul precisa vencer para sair da lanterna da classificação do Grupo A

Geremias [email protected]

Foi uma semana de treina-mentos intensos no Es-

portivo. Tudo para que o time consiga em campo reverter uma situação incômoda que insiste em atormentar o clube na atual temporada: a perma-nência constante na parte de baixo da tabela. Para sair do fundo do poço, encara neste sábado, 11, o São Luiz de Ijuí, às 16h, no Parque Esportivo da Montanha dos Vinhedos.

O técnico Ben Hur Pereira já contou nos treinamentos com dois reforços que chegaram: o meia Ângelo e o volante Faís-ca. Mas não devem jogar, pois ainda não tiveram os contra-tos liberados junto à Federa-ção. Ambos vieram do Aimoré. Ângelo tem 20 anos, não foi relacionado nos jogos do Ín-dio Capilé e, dessa forma, não entra na “cota” de no máximo três jogadores do Gauchão que cada equipe da Divisão de Acesso pode utilizar. Já no caso de Faísca, 28 anos, a si-

Motovelocidade

O piloto de Bento Gonçalves Pedro Sampaio, de 17 anos, co-meça a disputar o campeonato Europeu de Superstock 600. Ele será o único representan-te brasileiro na competição. A disputa destinada para jovens de 16 a 24 anos já tem pilotos de países europeus que estão há muitos anos na categoria.

Motorland Aragon, na ci-dade de Aragon, Espanha, é conhecido mundialmente pelo muro de pedras mile-nares. Será o circuito onde o piloto de Bento Gonçalves vai acelerar. As duas primeiras provas ocorrem neste sába-do, 11, e domingo, 12. Os ho-rários (no Brasil) das provas do Pedro são os seguintes: a qualificação para definir o grid de largada ocorre entre 6h45min e 7h45min. A larga-

da da primeira prova ocorre às 12h50min. Já no domingo ocorre a segunda prova, com largada prevista para as 11h.

O investimento de 100 mil euros nesta temporada do piloto Pedro Sampaio está sendo bancado cerca de 98% pela família. Conta ainda como apoio da Anker Aces-sórios e Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves , Pasto-rello Estruturas Metálicas, Capacetes da Nexx Portugal e macacão Tutto. Para garan-tir a temporada de 2016, será lançado em breve um projeto onde os internautas pode-rão doar valores e receber souvenirs do piloto. O jovem tem um site onde podem ser acompanhadas todas as no-vidades da sua carreira, em www.pedro-sampaio.com.

Sampaio corre na Espanha o Superstock 600 europeu

Enduro de Regularidade

Pilotos de Bento encaram desafioNeste sábado, 11, ocorre a

segunda etapa do campeonato metropolitano de Enduro de Regularidade, em Gravataí. A cidade de Bento Gonçalves é representada por vários pilo-tos, em diversas categorias.

Kelsion Minussi e Cassiano Baccin fazem dupla na catego-ria Graduados. Minussi pro-jeta uma boa participação em 2015. “Ano passado andamos apenas quatro provas, pega-mos o campeonato no meio, e dessas ganhamos duas, fize-mos um segundo em outra e um 12º na última onde tivemos problemas nos navegadores. Esse ano estaremos fazendo o campeonato metropolitano nas duplas graduados. Tam-bém vamos participar do Cam-peonato Gaúcho, onde eu já fui campeão sênior em 2012 e o Cassiano Baccin na novatos”, revela o piloto. Além deles, confira o nome dos outros pi-lotos de Bento Gonçalves que

vão disputar a etapa desse final de semana: Cleiton Mi-nussi, Everton Mello, Pedro de Mari, Ismael Carlet, Laz-zie Grasseli, Jader Geremia,

Jair Bandeira, Renan Tomasi e Gilson Rizzatto. A expecta-tiva é que os pilotos de Bento sigam andando bem e tragam bons resultados para casa.

Dupla da categoria Graduados espera repetir os bons resultados

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tuação é outra, pois o atleta vinha atuando como titular no time que foi treinado por Pau-lo Porto. O volante chega ao Alviazul como homem de con-fiança de Ben Hur Pereira, com quem conquistou o acesso pelo Cruzeiro, em 2010, e Aimoré, em 2013.

A direção ainda busca pelo menos mais dois reforços: um atacante e um zaguei-ro. Segundo o vice de futebol Eduardo Casagranda, o za-gueiro tem as características da imposição e a bola aérea. “Não quero dizer que os za-gueiros que nós temos não são bons, mas a gente já buscava um nome com essas condições há algum tempo”, esclareceu. Esse atleta deve ser o zaguei-ro Léo, que jogou o Gauchão pelo São José de Porto Alegre. Já na questão envolvendo um homem de definição, Casa-granda revela que ainda estão estudando. “A gente tentou trazer o Lenilson, que estava no União Frederiquense, mas infelizmente não conseguimos o acerto”, comenta.

Volante Faísca treinou bem, mas não deve jogar contra o São Luiz

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9ª Rodada

Classificação

Sábado, 1116h - Esportivo X São Luiz19h – Pelotas X Rio Grande

Domingo, 1215h30min – Tupi X Santo Ângelo15h30min – Nova Prata x Brasil-Far

16h – Glória X Panambi16h – Inter-SM x Guarani-VA18h30min – S. Gabriel X S. Cruz

Chave A1º Glória 21 2º São Luiz 123º Santo Ângelo 114º Panambi 115º Tupi 106º Brasil-Far 77º Nova Prata 68º Esportivo 6

Chave B1º Pelotas 152º Guarani-VA 133º Inter-SM 114º Riograndense 105º São Gabriel 86º Rio Grande 57º Santa Cruz 2

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Sábado, 11 de abril de 2015 29Esporte

Libertadores

Barracão encara Real Madri apostando nos atacantesRosário-PB também busca manter campanha impecável contra Pradense

Geremias [email protected]

O Barracão, do artilheiro dos pampas, Sandro Sotilli, en-

cara o Real Madri/Biosul de Va-caria, no domingo, 12, no estádio da Ilha Verde. A partida ocorre às 15h30min. O representante de Bento Gonçalves na competição está com seis pontos e lidera o grupo A. Foram três gols marca-dos e nenhum sofrido.

A produção ofensiva deve con-tinuar boa, já que agora a equi-pe conta com mais um atacante que conhece o caminho das re-des. Trata-se de Felipe, 36 anos, com passagem por grandes clu-bes do futebol brasileiro, apre-sentado essa semana. O técnico Fernando Agostini revela que deve contar com uma boa base para essa partida. “Vamos con-tar com cerca de 20 atletas, no jogo anterior estávamos em 14”, compara. Ele fala do sistema ofensivo, que deve contar com três atacantes. “Teremos nova-mente o Sotilli, também o Felipe e mais um. Infelizmente ainda

Rúgbi

Farrapos vai até a Capital jogar contra o Charrua

não poderei contar com o Giba, que está jogando em Carlos Bar-bosa”, comenta.

A equipe deve se beneficiar ainda com a estreia de mais dois reforços anunciados recen-temente. Glauber Dal Bello e Maicon Ribas vão para a dispu-ta. “Estou muito feliz com todo o apoio que o diretor Ale está dando. O gerente de futebol Bagnara também vem sendo pontual nas contratações e ago-ra sobra pra mim a dor de cabe-ça, pois além da base mantida vêm esses grandes jogadores para somar”, afirma Agostini.

Copa Libertadores - 3ª rodada

Sábado, 11, 15h30min Nova PetrópolisNova Petrópolis x Botafogo (Fagundes Varela)Domingo, 12, 15h30minAntonio Prado Pradense x Rosário-PBVacariaCavaleiros F.C. x Paranaguá (Nova Roma do Sul)

Bento GonçalvesBarracão x Real Madri Caxias do SulAliança x Ferroviário (Nova Pádua)São MarcosLiga São Marquense x Linha Brasil (Nova Pe-

trópolis)

No Grupo B é o Rosário de Pinto Bandeira que está fa-zendo bonito. A equipe vai até Antônio Prado enfrentar o Pra-dense. O jogo também é no do-mingo, 12, às 15h30min. O time faz uma ótima campanha nesse início de competição. Na última rodada a equipe goleou o Inde-pendente, de Flores da Cunha, por 4 x 0. Com o resultado, o time do técnico João Nogueira segue 100%, somando duas vi-tórias consecutivas na compe-tição, liderando o Grupo B. São seis pontos ganhos, seis gols marcados e nenhum sofrido.

O Campeonato Gaúcho de Rúgbi tem a sua terceira rodada neste sábado, 11 de abril. O re-presentante de Bento Gonçal-ves, o Farrapos RC, joga contra o Charrua, na Sociedade Hípi-ca Porto Alegrense, em Porto Alegre, a partir das 13h30min na categoria intermediária, e depois com a categoria prin-cipal (adulto) às 15h30min. O time lidera o campeonato, e possui uma hegemonia de seis anos, atual pentacampeão e caminhando forte para a sexta conquista consecutiva.

No atual campeonato foram apenas duas rodadas, e a equi-pe tem apresentando números que assustam os desavisados.

Recapitulando, são 122 pontos marcados e apenas 14 sofri-dos. Foram 20 tries anotados, mais que o dobro da equipe do Charrua, segunda colocada na classificação. Ao ser ques-tionado sobre esses números, o técnico Carlitos Baldassari fala em trabalho. “Acho que é a evolução, nada é de graça, foi preciso suar bastante, treinar bastante”, explicou. Sobre o próximo jogo, ele fala do Char-rua, uma equipe tradicional no RS. “Costuma ser nosso ad-versário mais forte, temos que nos empenhar mais”, comenta. Promessa de um grande jogo. Pergunta: quem irá parar o Farrapos no RS?

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Adversários tem muitas dificuldades para tirar a bola da equipe

Sotilli, artilheiro dos pampas, trás boas expectativas para o seu time

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30 Sábado, 11 de abril de 2015Esporte

O Bento Vôlei/Isabela con-quistou o acesso e encerrou sua participação na Superli-ga B. A próxima temporada será na elite do voleibol bra-sileiro. Para o time principal, momento de descansar e re-novar as energias para o que está por vir. Movimentações agora somente nos bastido-res, com a avaliação do tra-balho realizado, bem como as projeções para o futuro.

As categorias de base se-guem trabalhando. E for-mando jovens talentos que podem se tornar jogadores campeões jogando pelo Ben-to Vôlei num futuro próxi-mo. Pode ser o caso do atleta Bruno Panno, 17 anos, que foi utilizado como terceiro levantador na atual tempo-rada. Ele está deixando Ben-to Gonçalves, para ir jogar na equipe do Santos, em São Paulo. O atleta, formado nas categorias de base, foi libe-rado pela comissão técnica e direção para buscar novas

Equipe de Bento Gonçalves começa ciente de que a ótima preparação tem que ser traduzida em bons resultados

Levantador Bruno vai jogar em equipe sub-19

Futsal

BGF estreia na Série Ouro embalado

Geremias [email protected]

A fase de preparação não poderia ter sido melhor. O

Bento Gonçalves Futsal (BGF) realizou seis jogos na pré-tem-porada (dois contra o time sub-20 da ACBF de Carlos Barbosa, e mais quatro pela Copa Metro--Serra) e venceu todos. O saldo disso tudo foram os 100% de aproveitamento e o primeiro título da agremiação. Mas isso é passado, agora o ano começa pra valer, pois neste sábado, 11, a equipe estreia em compe-tições oficiais, ao enfrentar a ASTF de Teutônia, às 20h, no Ginásio Municipal, pela Série Ouro de Futsal.

No último amistoso, o técni-co Vaner Flores teve a oportu-nidade de testar muitas situa-ções que podem surgir durante

Jiu Jitsu

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Equipe unida e preparada para encarar a forte Série Ouro de Futsal

a competição. Entre elas, por exemplo, o fato de jogar com um atleta a menos em decor-rência de expulsão (no futsal o jogador expulso tem que ficar fora de quadra por dois minu-tos), sem tomar gols. Outra si-tuação testada foi a utilização do goleiro-linha, que teorica-mente aumenta o poder ofensi-vo da equipe, geralmente utili-zada quando o time precisa de um gol salvador, para empatar ou mesmo ganhar uma partida.

Ainda segundo o treinador, foi uma das melhores pre-parações dos últimos anos. “Foi boa, só que agora a gente tem que transferir isso, esse empenho de todos para a Sé-rie Ouro, e que a gente possa fazer uma grande estreia na competição”, comenta. Sobre o nível dos adversários, es-pecialmente da ASTF, proje-

1ª rodada

18h - ADS x Cachoeira Futsal20h - Assoeva x Afusca20h - BGF x ASTF20h - ACBF x Atlântico20h - AGSL x ASIF20h - ALAF x AGF20h - ASSAF x América

ta jogos difíceis. “Essa Série Ouro vai ser um parto, vai ser difícil, a gente sabe disso, eu vi alguns jogos dos adversá-rios, eles têm qualidade, mas se a gente quiser alguma coi-sa na competição, temos que ser fortes, a equipe sabe disso, sabe da expectativa que foi co-locada em cima, então chegou o nosso momento”, finaliza.

Acontece em Bento Gonçal-ves no domingo, 12 de abril, a 4ª etapa do circuito Estadual de Jiu Jitsu. Cerca de 80 par-ticipantes da Garra Team de Bento Gonçalves, incluindo 40 crianças do projeto Jiu Jitsu para Todos, vão competir com lutadores de todo o estado do RS no Ginásio Municipal. O evento é organizado pela Fede-ração Gaúcha de Jiu Jitsu, que

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vem a Bento Gonçalves tra-zendo toda estrutura. Segundo Eduardo Virissímo, presiden-te da Garra Team, trata-se de uma competição de alto nível. “Nossa cidade estará receben-do alguns dos melhores atletas do Brasil e do mundo a fim de disputar estes títulos, que po-dem render o custeio da pas-sagem pra disputar o campeo-nato mundial de 2015, então

essa etapa vem pra agregar ao esporte no estado e na região, dando oportunidade real dos atletas da cidade (crianças e adultos) a participarem de um evento oficial”, comenta.

A 4ª etapa será realizada no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves, com começo pre-visto para as 10h. Ingressos serão vendidos nos local ao preço de R$ 10.

Alguns dos lutadores de Bento Gonçalves que irão disputar a 4ª etapa do Circuito Estadual de Jiu Jitsu

Lutadores encaram etapa estadualBento Vôlei

oportunidades de crescer na carreira.

Segundo Carlão Mantova-nelli, o atleta não teria um campeonato para disputar atualmente no Rio Grande do Sul. “Ele é juvenil agora, e não há um campeonato dessa categoria aqui, então surgiu para ele essa oportunidade de jogar em Santos, conver-samos com ele, explicamos que lá existe um trabalho ótimo na base, eu mesmo conheço a estrutura, já tra-balhei lá e não tenho dúvidas que vai ser uma grande opor-tunidade para o Bruno se de-senvolver ainda mais como atleta”, disse Mantovanelli. “Ele poderá ser avaliado e quem sabe retornar futura-mente para integrar o time do Bento Vôlei na disputa de campeonatos importantes”, finaliza.

O levantador já se apresen-tou ao novo time, que está treinando para disputar o cam-peonato sub-19 em São Paulo.

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Sábado, 11 de abril de 2015 31Esporte

Jogos disputados em diversos campos de todo o município envolvem muitos apaixonados pelo futebol

Copa Amizade

Torneio vai para rodadas decisivasCompetição começa a se afunilar na primeira fase. Na parte de cima da tabela, alguns times podem se classificar

Geremias [email protected]

A primeira fase da Copa Ami-zade já vai se encaminhando

para a final. Neste sábado, 11, ocorre a quinta rodada. Depois restarão apenas duas para definir quem se classifica (quatro equi-pes de cada grupo) e permanece na primeira divisão em 2016, e também quem fica no caminho (três equipes de cada grupo) e terá que disputar a segunda divi-são no ano que vem.

Alguns clubes vêm fazendo boas campanhas e podem enca-minhar sua classificação para as oitavas de final. É o caso do 8 da Graciema, Missioneiros e Capi-vara, que lideram seus respecti-vos grupos com boa pontuação. Na parte de baixo, muitos clubes já ligaram o sinal de alerta para tentar permanecer na elite em 2016. Grind Crust e Avacalhados possuem apenas 1 ponto em qua-tro jogos e buscam a reabilitação.

5ª rodadaMunicipalCapivara F.C. x Socanelas F.C.Atlético B.G. x B. nas CostasGraciemaSem Freio F.C. x 8 Da GraciemaAvacalhados x Ed Mais F.C.ColoradoMônaco x ColoradoFronteira x São GotardoPaulinaDopo Legafa x Vila RicaB.D.L. x São CristovãoDal Pizol - Faria LemosHakuna Matata X AtéCubanosUnião do Bozo X TanderaTuiutyUnião B.G. x E.C. MissioneirosC. de La Sierra x SupremoLeopoldinaReal Madruga x UTIGrind Crust x Cruzeirinho

ClassificaçãoGrupo A 1) Mônaco 7 2) Real Madruga 6 3) União/BG 5 4) BDL 4 5) São Gotardo 4 6) Vila Rica 3 7) Bola nas Costas 2

Grupo B1) Capivara 92) Édimais 83) Hakuna Matata 54) Sem Freio 45) Supremo 36) União do Bozo 37) Grind Krust 1

Grupo C1) Missioneiros 122) Fronteira 73) Dopo Legafa 64) UTI 65) Atlético 56) Colorado 47) São Cristóvão 3

Grupo D1) 8 da Graciema 102) Atécubanos 93) Só Canelas 74) Tandera 75) Cruzeirinho 36) Copeiros 27) Avacalhados 1

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