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11/02/2011 24 XIX

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IEF é acusado de desmate ilegalCorte de árvore na área de proteção do Sistema Serra Azul, que abastece a Grande BH, teve autorização do instituto

aL iNFoRma - P. 3 - 09.02.2011

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GABRIELA SALES

Mais uma vez, o impasse gerado pelas negociações salariais entre trabalhadores rodoviários e patrões deve prejudicar milhares de usuários do transporte público da região metropolitana de Belo Horizonte. Em assembleia realizada na tarde de ontem, motoristas e cobradores declararam estado de greve por tempo indetermina-do. A previsão é que a paralisação tenha início na próxima segun-da-feira, dia 14.

Segundo o diretor do o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH), Camilo Moreira, a categoria reivindica um reajuste salarial de 37%, além da redução da jornada de trabalho para seis horas diárias. Os rodo-viários querem ainda o fim dos ônibus sem cobradores e participa-ção nos lucros das empresas.

“Não vamos ceder enquanto os patrões não apresentarem

uma contraproposta. O reajuste equivale às perdas salariais que nós tivemos ao longo dos anos e ao aumento da inflação”, detalhou Moreira. De acordo com o sindicalista, o próximo passo será a definição das ações de greve, que deverão ser discutidas na manhã de hoje por membros da diretoria da entidade.

Os sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e das Empresas de Transporte de Pas-sageiros da Região Metropolitana (Sintram) oferecem um aumento de 8% - referente à inflação acumulada - e participação nos lucros de R$ 300, para quem possui rendimentos acima de R$ 1.000, e R$ 150, para rendimentos de até R$ 1.000.

Prejuízo. Com a iminência da greve, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da capital enviou um ofício ao Ministério Públi-co Estadual (MPE) solicitando que o órgão assegure a oferta do transporte coletivo. Segundo a CDL, o prejuízo para o comércio em um dia de greve chega a R$ 18,7 milhões.

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Greve.Categoria quer reajuste de 37% e redução da jornada de trabalho

Rodoviários devem parar na próxima segunda-feiraTrabalhadores não ficaram satisfeitos com aumento de 8% oferecido por patrões

Rodoviários decidem parar na segundaEm campanha salarial, categoria não aceita proposta de 8% de aumento oferecida pelos patrões em Belo Horizonte

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esTado de miNas - P. 23 - 11.02.2011

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Cobrança dá resultadoIntervenções para melhorar segurança no Anel Rodoviário começam a ser feitas 15 dias após acidente que matou 5

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NATALIA OLIVEIRASeis pessoas, entre elas três mulheres, foram deti-

das ontem durante a operação Rodovia Segura, realiza-da em conjunto pela Polícia Federal (PF), e pela Policia Militar (PM) de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A ação desarticulou uma quadrilha que realizava assaltos e sequestros em estradas federais e estaduais na região e, ainda, nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O grupo abordava as vítimas com armas de fogo e efetuava disparos contra os veículos, além de praticar violência corporal e psíquica. De acordo com o delega-do Emerson Aquino, foram cumpridos dez mandados de prisão e outros dez de busca e apreensão. Nas resi-dências dos suspeitos, em Uberlândia, foram apreendi-dos computadores, celulares e relógios entre outros. Se-gundo a PF, a quadrilha realizou pelo menos dez roubos e sequestros desde setembro de 2010.

De acordo com o delegado, o bando conta com pelo menos 30 integrantes. Alguns deles já estão presos em outros Estados, inclusive o líder do grupo, detido em Barretos (SP) após alguns membros da quadrilha terem assaltado dois ônibus da cidade, levando R$ 27 mil dos passageiros. Os seis suspeitos presos ontem serão autu-ados por formação de quadrilha e roubo qualificado.

o TemPo - P. 30 - 11.02.2011Triângulo mineiro

PF desarticula quadrilha que atuava em rodovias

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Paula Sarapu e Pedro Rocha Franco Quase três anos após a implantação da Lei Seca pelo go-

verno federal e diante dos resultados inexpressivos em Minas Gerais no combate à combinação entre álcool e volante, in-tegrantes da cúpula da segurança mineira viajaram até o Rio de Janeiro esta semana para conhecer o projeto fluminense de redução de acidentes, tido como referência no país. Desde o início da Operação Lei Seca no Rio, em março de 2009, 5,2 mil vidas foram poupadas no trânsito. Em Minas, admitem as auto-ridades, as blitzes são incipientes e as estatísticas mostram que o estado deve acender o sinal de alerta. Nas cidades que com-põem o Grande Rio, o total de multas aplicadas a motoristas que afrontam a proibição de beber antes de dirigir já ultrapassa 25 mil. E a lista de famosos flagrados pela fiscalização, aumen-tada na quarta-feira pelo atacante Adriano, da Roma, mostra que ninguém escapa da caneta e que a chamada “carteirada” não tem lugar. Não por acaso, no ranking de redução de mortes no trânsito, o Rio aparece na primeira posição, enquanto Minas está entre os últimos estados da federação.

A comitiva mineira descobriu no Rio que o aumento da fis-calização está diretamente ligado à redução do total de vítimas nas ruas. O modelo mãos de ferro, com fiscalização ostensiva em pontos estratégicos do Grande Rio, resultou no flagrante de 25.391 motoristas alcoolizados, num período de um ano e nove meses – entre abril de 2009 e dezembro do ano passado. Com isso, o estado liderou o ranking do Ministério da Saúde de redução de mortes no trânsito. Último balanço divulgado pelo governo federal mostra que, no comparativo entre o ano ante-rior à aplicação da lei e o primeiro ano de sua vigência, houve redução de quase um terço (32,5% menos mortes) no total de vítimas no território fluminense.

Segundo balanço da Secretaria de Estado de Defesa So-cial de Minas Gerais, nos dois primeiros anos de vigência da Lei Seca, entre junho de 2008 e 2010, 3.890 motoristas foram detidos por dirigir alcoolizados no território mineiro. Paralela-mente, a redução no total de vítimas foi bem menos significa-tiva. Apesar de estar na lista das 17 unidades federativas que apresentaram queda na quantidade de mortos em acidentes de trânsito, Minas figura entre os últimos colocados, com índice 7,7 vezes menor que o do primeiro lugar, exatamente o Rio de Janeiro: o trânsito mineiro registrou redução de 4,2% no núme-ro de mortes, caindo de 3.781, antes da lei, para 3.621.

“Temos um número assustador de mortos no trânsito. Não suportamos mais a quantidade de acidentes. Seguimos o plano nacional para pôr fim a essas mortes, e a orientação do gover-nador Antonio Anastasia é de que seja dada atenção especial a esse tema, como fazemos com crimes violentos. Percebemos, no Rio, que a blitz não é uma atividade repressiva, mas um compromisso de salvar vidas. É tirar da direção pessoas com alto grau de alcoolemia e evitar acidentes. O Rio dá uma lição para o Brasil, e nós vamos aproveitar as experiências bem-su-cedidas”, diz o secretário-adjunto da Secretaria de Defesa So-cial, Genilson Zeferino, que liderou a comissão em visita ao

estado vizinho, ocorrida na última quarta-feira. Interessados em conhecer o projeto de conscientização e

fiscalização de trânsito da Secretaria de Governo fluminense, implementado em formato permanente nove meses depois que a lei foi sancionada, os integrantes da comitiva acompanharam uma palestra do coordenador geral da Operação Lei Seca, ma-jor Marco Andrade, e ouviu relatos de dois cadeirantes, vítimas da mistura de álcool e direção, que participam da abordagem aos motoristas.

Marcação sobre atacante À noite, o grupo acompanhou uma blitz montada na Barra

da Tijuca, Zona Oeste da cidade, observando a abordagem dos policiais, o uso do etilômetro, a confecção dos autos de infra-ção e a remoção de veículos apreendidos. Diante do secretário e da comissão mineira, o último a ser autuado em flagrante por desrespeitar a lei foi o atacante Adriano, ex-Flamengo, atual-mente na Roma, da Itália. Suspeito de dirigir alcoolizado, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, teve a carteira de habi-litação apreendida e foi multado em

R$ 957,70, mostrando que a educação dos condutores também é feita à base de canetadas. Como o atleta, outras ce-lebridades já caíram na política de tolerância zero implantada no Rio

Dois pilares são tidos como essenciais para eficiência da Operação Lei Seca fluminense: a integração entre envolvidos e o caráter permanente das operações. As blitzes são feitas por quatro órgãos (Secretaria de Governo, PM, Detran e Guarda Municipal), cada um na sua área. Um dos pontos que chamam atenção é a participação de 26 cadeirantes, vítimas da violência no trânsito, que relatam suas histórias a outros motoristas. “Isso causa impacto grande nos condutores”, afirma o major Marco Andrade, coordenador do programa.

No Rio, a partir das 22h, diariamente, mas sobretudo nos fins de semana, balões coloridos e agentes uniformizados com os coletes da operação indicam aos motoristas que há etilôme-tros à vista. São 35 blitzes semanais e sete equipes de fiscali-zação, com 20 integrantes cada. A fiscalização ocorre nas vias campeãs em acidentes e atropelamentos, assim como em regi-ões da cidade com maior concentração de bares e restaurantes e grande circulação de pessoas, como a Lapa, a Zona Sul e a Bar-ra da Tijuca. Os agentes também estenderam a fiscalização para os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, na região metropolitana, e para cidades da Baixada Fluminense. Desde março de 2009, os agentes da Lei Seca fizeram 382.192 testes com os 54 etilômetros disponíveis.

Para tentar escapar das operações, motoristas acessam e abastecem páginas na internet, indicando os locais de blitzes. Ainda assim, até a madrugada de ontem, 403.850 foram abor-dados nas operações e mais de 66 mil receberam multas por infrações diversas. Desse total, 18.485 motoristas viram os carros ser rebocados e 27.467 tiveram a carteira de habilitação recolhida.

esTado de miNas - P. 21 e 22 - 11.02.2011 Lei seca

Minas importa modelo linha-dura do Rio Delegação vai ao estado vizinho conhecer a política de tolerância zero, que não admite

carteiradas, mantém operações constantes e conseguiu derrubar os números da violência no trânsito. Ordem do governo é aproveitar experiências bem-sucedidas

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Pedro Rocha Franco A entrada em vigor da Lei Seca, em junho de

2008, parecia a solução para os excessos cometidos por motoristas, principalmente nas madrugadas e fins de semana. Nos primeiros meses, motoristas seguiram à risca a lei, que estabelece penalidades severas para o condutor que apresentar qualquer concentração de álcool por litro de sangue, inclusive sob pena de pri-são. Bares e restaurantes se uniram em busca de ações para evitar a perda de clientes, mas, em pouco tempo, a fiscalização afrouxou em todo o estado.

Logo no início das operações, em 16 de julho de 2008 o motorista Elisson Alair Miranda foi detido de pijamas em casa com sintomas de embriaguez, depois de se envolver em um acidente no Bairro Nova Suis-sa, na Região Oeste de BH. Ele confessou ter bebido antes de dirigir. Em outubro de 2008, ele voltou a ser flagrado numa blitz, o mesmo ocorrendo em novem-bro de 2009, quando se recusou a fazer o teste do ba-fômetro e teve a carteira apreendida.

O comportamento do belo-horizontino voltou ao padrão anterior à lei. Os bares, antes vazios, ficaram lotados, desaparecendo até a figura do motorista da rodada, que levava os amigos para casa. Apenas em momentos de comoção, a atenção se voltou para a lei, como em recente tragédia no Anel Rodoviário. Em abril do ano passado, o francês Olivier Rebellato, de 20 anos, com sintomas de embriaguez, bateu na Sa-vassi o Chevrolet Captiva num Mercedes-Benz Clas-se A ocupado por cinco jovens. Ninguém morreu, mas

Josiane Ramos, de 28 anos, está em estado vegetativo até hoje. A partir daí, por uns dias, a cidade se desper-tou para a Lei Seca, mas por pouco tempo.

Em setembro de 2009, o médico Felipe Ferreira Valle, de 30, na tentativa de escapar da PM, fugiu em disparada por ruas dos bairros Barro Preto e Prado, di-rigindo na contramão e em alta velocidade, atropelou e matou Luzia Fernandes Rodrigues, de 65. A indig-nação foi a mesma, mas durou pouco.

No Rio de Janeiro, onde a guerra a motoristas alcoolizados é exemplo desde a criação da Operação Lei Seca em 19 de março de 2009, as ações de fis-calização e conscientização se tornaram rotineiras. A estratégia é priorizar as avenidas recordistas de coli-sões e atropelamentos e locais de grande concentra-ção de pessoas, principalmente à noite. Somente no ano passado, 259.823 pessoas foram abordadas nas operações conjuntas da Polícia Militar, Guarda Mu-nicipal, Secretaria de Governo do Estado do Rio de Janeiro e Detran-RJ. “A operação é tratada como uma das prioridades do governo e um dos fatores impor-tantes é o caráter permanente das operações”, afirma o coordenador-geral da Operação Lei Seca no Rio, major Marco Andrade.

Na tentativa de burlar as blitz, os cariocas cria-ram inclusive um perfil no microblog Twitter para alertar aos demais motoristas infratores sobre os lo-cais em que são executadas as operações. Assim, sa-bendo onde estão os policiais, os condutores evitam as operações.

Fiscalização relaxa na capital

Paula Sarapu Cheio de ideias para as ações de trânsito, o secretário-

adjunto de Estado da Defesa Social, Genilson Zeferino, quer criar em Minas Gerais uma rede integrada para fiscalizar e reprimir motoristas alcoolizados ao volante e infrações de trânsito. Na segunda-feira, ele se reúne com representantes de 50 órgãos e entidades para discutir plano de trabalho e ações concretas, a serem implantadas no estado já para o carnaval. O secretário não descarta ampliar a fiscalização com blitzes mais rotineiras.

“Vamos trabalhar com gestão de trânsito, identificando as zonas quentes, para reduzir o número de acidentes e mor-tos. No Rio, já existe um trabalho em rede, integrado, e va-mos fazer aqui também, onde algumas ações já acontecem, mas não são conectadas”, diz o secretário.

Entre os órgãos que vão participar do planejamento es-tão a Polícia Rodoviária Federal, o Corpo de Bombeiros, o Batalhão de Trânsito, a Guarda Municipal, a BHTrans, o De-

partamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), o Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER), conselhos de trânsito e a Secretaria de Estado da Educação.

“A sociedade precisa dar um freio nesses acidentes. A batida no Anel Rodoviário não sai do imaginário da popula-ção e todos estão com medo. Tenho filhos que dirigem. Há dois meses, desde que assumi, estou estudando o assunto e conhecendo projetos com bons resultados para fazer esse planejamento. Se precisar aumentar a fiscalização, nós va-mos fazer”, garante.

No Rio, participaram da visita, além do secretário-ad-junto, a subsecretária de Integração e Qualidade, Geórgia Rocha; o comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, tenente-coronel Roberto Lemos; o coordenador de Operações Especiais da Polícia Civil e titular da Delegacia de Acidentes de Veículos, delegado Ramon Sandoli; o capi-tão Paulo Mesquita, do Corp9o de Bombeiros; e o assessor institucional da Polícia Federal Daniel Nunes.

CoNT... esTado de miNas - P. 21 e 22 - 11.02.2011

Lei seca

Blitz recomeça no carnavalDefesa Social prepara rede integrada em Minas para reprimir motoristas alcoolizados ao volante e reduzir mortes. Ações vão identificar e vigiar zonas quentes de acidentes

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Vídeo de apologia ao crime no You Tube leva gangue à prisãoSuspeitos são acusados de homícidios e de impor clima de terror no Morro do Papagaio, em BH

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Afra Balazina O diesel, usado principalmente no

transporte de carga, é o combustível que mais tem colaborado para as emis-sões pelos escapamentos de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efei-to estufa, no Brasil. Em 2009, o diesel respondeu por 53% das emissões do transporte rodoviário do País, seguido pela gasolina, com 26%.

Ernesto Rodrigues/AE-21/10/2010Vilão. Principal combustí-vel de caminhões e ônibus, diesel tem alta concentração de poluentes no País e agrava efeito estufa

O primeiro inventário nacional de emissões veiculares mostra que a grande participação desse derivado do petróleo nas emissões de gases que pro-vocam o aquecimento global tende a se manter: em 2020, deve ser responsável por 49% das emissões de CO2.

Para reverter essa situação, espe-cialistas que participaram da elabora-ção do relatório afirmam que o País não pode apenas centrar sua preocupação em substituir a gasolina pelo álcool, com os carros flex fuel. “A troca é im-portante, mas não resolverá o proble-ma”, diz André Ferreira, diretor-presi-dente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), que integrou o grupo de trabalho criado pelo governo para fazer o inventário.

O álcool também emite gases-es-tufa, mas a cana-de-açúcar compensa parte importante dessas emissões ao absorver CO2.

O diesel tem outro problema no Brasil: possui alta concentração de en-xofre, o que é bastante prejudicial para a saúde da população. Já deveria estar em uso desde 2009 no País um diesel de melhor qualidade e menos poluen-te, mas houve um adiamento da medida (mais informações nesta página).

Segundo Ferreira, para reduzir as emissões é importante investir nos

motores e em logística para melhorar a eficiência do transporte rodoviário de carga. Mas, principalmente, é preci-so priorizar outros tipos de transporte, como o ferroviário.

Nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Rússia, por exemplo, o transporte ferroviário da carga tem uma participa-ção muito maior do que no Brasil. Na Rússia, por exemplo, o transporte de mercadorias sobre trilhos atinge 81%, contra 8% do rodoviário. Já no Brasil, 58% das cargas circulam por rodovias, enquanto 25% por ferrovias.

O inventário, ao identificar as res-ponsabilidades pelas emissões, pode orientar o governo em suas políticas públicas. A secretária nacional de Mu-danças Climáticas, Branca Americano, considera a realização do inventário “um grande avanço”. Para ela, é preciso investir no biodiesel e repensar o trans-porte. “O Brasil se desenvolveu muito calcado no transporte rodoviário.”

Ainda não há uma definição sobre de quanto em quanto tempo a atualiza-ção do inventário poderá ser feita, mas ela diz que “não se pensa em parar por aqui”.

Expectativa. A frota do País (car-ros de passeio, caminhões, ônibus e motocicletas) passou de 9,3 milhões de veículos em 1980 para 38,2 milhões em 2009 - aumento de 310,7%. As emis-sões de CO2 do transporte rodoviário passaram de 65 milhões de toneladas para 167,1 milhões de toneladas (au-mento de 156,6%).

Em 2020, a expectativa é de que a frota chegue a 48,7 milhões de veículos e o setor de transporte rodoviário emita 267,5 milhões de toneladas de CO2.

Por outro lado, é possível notar queda da emissão dos chamados “po-luentes locais”, como o monóxido de carbono (CO) e material particulado (MP), que pioram a qualidade do ar. Isso ocorreu por causa de decisões do

Conama que exigiram inovações tec-nológicas nos veículos e melhoria dos combustíveis.

O lançamento para a atmosfera do MP - mistura de poeiras e fumaça - cresceu até 1997, quando foram emi-tidas 69 mil toneladas do poluente. Em 2009, elas corresponderam a menos da metade do observado naquele ano.

o esTado de sP - P. a18 - 11.02.2011Ambiente - O 1º inventário nacional de emissões veiculares quantifica contribuição de carros,

ônibus, motos e caminhões para a poluição atmosférica no País; para especialistas, redução exigirá investimento em ferrovias, renovação de frota e ampliação do uso de biodiesel

Diesel, combustível que mais polui, já responde por 53% das emissões de CO2

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Newton Paiva O sistema carcerário brasilei-

ro segue praticamente em linha paralela com os demais sistemas utilizados em todo o mundo. A prisão é menos recente do que se diz quando se faz datar seu nasci-mento a partir dos novos códigos. A prisão esteve, desde sua origem, ligada a um projeto de transforma-ção dos indivíduos, porém, o que se vê é apenas um projeto. O que há de fato são depósitos de presos ou pocilgas humanas. Desde o co-meço, a prisão deveria ser um ins-trumento tão aperfeiçoado quanto a escola, a caserna ou o hospital e agir com precisão sobre os in-divíduos. O fracasso foi imediato e registrado quase ao mesmo tem-po em que teve início o próprio projeto. Desde 1820, se constata que a prisão, longe de transformar os criminosos em gente honesta, serve apenas para fabricar novos criminosos ou para afundá-los ainda mais na criminalidade. Foi assim que houve, como sempre, nos mecanismos do poder, uma utilização estratégica daquilo que era um inconveniente. A prisão fa-brica delinquentes. Então, por que insistirmos em algo que nunca funcionou e não funcionará?

O modelo Associação de Pro-teção e Assistência aos Condena-dos (Apac), que surgiu em 1972, pelas mãos sábias do advogado Mário Ottoboni, vem demonstran-do que é possível, sim, a transfor-mação do delinquente em pessoa capaz de ser reintegrada não só à sua família, mas a toda a socieda-de, cumprindo assim os princípios fundamentais da recuperação. Segundo palavras de Ottoboni, na “Apac, o delinquente fica do lado de fora e entra somente o ser humano”. Além da recuperação total do homem, o sistema vem

demonstrando índice positivo no que diz respeito a reincidência e custo. Enquanto no modelo tra-dicional, o índice de reincidência é de aproximadamente 80%, na Apac é de 5%. Enquanto o cus-to do preso para a sociedade, no modelo convencional, é de apro-ximadamente R$ 1,4 mil por mês, na Apac, é de R$ 400, ou seja, me-nos de um terço do sistema con-vencional. Como pode o Estado gastar em torno de quatro vezes mais com um preso do que com um aluno de escola pública?

Então, por que não se per-guntar o porquê da rejeição ao modelo Apac? A quem interessa o modelo tradicional? Interessa, em primeiro lugar, ao próprio Estado e seus subsistemas, porque fabri-car e manter delinquentes é estra-tegicamente mais importante para o ostentação do poder. Enquanto a informação e o conhecimento constituem o passaporte para a cidadania, a pessoa enjaulada se constitui em presa fácil na relação de poder. Essa prática inversa, é, no mínimo, um desrespeito à in-teligência humana. A prisão não só fabrica, como também aperfei-çoa delinquente, e os delinquen-tes servem para alguma coisa. Por exemplo, no proveito que se pode tirar da exploração sexual – a instauração, no século 19, do grande edifício da prostituição, só foi possível graças aos delinquen-tes que permitiram a articulação entre o prazer sexual cotidiano e custoso e a capitalização. Como exemplo prático, podemos citar: todos sabem que Napoleão III to-mou o poder graças a um grupo constituído, ao menos em seu ní-vel mais baixo, por delinquentes de direito comum. E basta ver o medo e o ódio que os operários do século 19 sentiam em relação aos

delinquentes, para compreender que estes eram utilizados contra eles nas lutas políticas e sociais, em missões de vigilância, de in-filtração, para impedir ou furar graves etc.

Até há pouco tempo, alguns países usavam os delinquentes nas frentes de guerra como escu-do ou bucha de canhão. Ao Estado interessa, sim, o modelo tradicio-nal porque nele é possível exercer com truculência o poder e dessa maneira controlar suas presas já dominadas e inertes. Ao Minis-tério Público, também interessa, para a manutenção do zelo para com os ditames da lei. “O preso é de responsabilidade do Estado”. Como se fosse uma função carte-siana. Interessa e muito à banda podre da polícia, que usa os de-tentos para extorquir-lhes dinhei-ro, desde centavos dos mais po-bres até milhões dos milionários. Interessa, sim, aos fornecedores de refeições ou “quentinha”. Em Minas, são cerca de 80 mil refei-ções por dia. Interessa às constru-toras, que lutam para conseguir construir os grandes monumentos de ostentação de segurança, sem que nenhum deles cumpra sua função de oferecer de fato segu-rança máxima. Interessa, sim, aos fornecedores de uniformes, ma-terial de limpeza e muitos outros que podemos enumerar. O Estado e seus subsistemas precisam do delinquente, e a prisão é o grande instrumento de recrutamento. A partir do momento em que alguém entra na prisão, aciona-se um me-canismo que o torna infame, e quando sai, não pode fazer nada senão voltar a ser delinquente. Cai inevitavelmente numa espécie de conexão circular, no sistema que faz dele um proxeneta ou um al-caguete.

esTado de miNas - P. 11 - 11.02.2011 Apac ou cadeia Léu Soares de Oliveira - Engenheiro, professor do Centro Universitário

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