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11 a 13 de julho de 2020

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  • 11 a 13 de julho de 2020

  • SumárioNúmero de notícias: 22 | Número de veículos: 18 FOLHA DE S. PAULO - SP - PODERPODER JUDICIÁRIO

    Juizes tiveram 56% dos salários além do teto 4 FOLHA VITÓRIA - ES - HÉLIO DÓREATJES

    A Fibrasa e os seus 48 anos - HÉLIO DOREA 6 MIGALHAS - DE PESOPODER JUDICIÁRIO

    A pandemia justifica a realização de interrogatório de réu solto por videoconferência? 8 MIGALHAS - DE PESOPODER JUDICIÁRIO

    Tecnologia a favor da Justiça Multiportas 11 ESTADÃO ONLINE - SP - POLÍTICAPODER JUDICIÁRIO

    Estatuto da Criança e do Adolescente completa 30 anos 13 O GLOBO - RJ - OPINIÃOCONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Risco de Covid e feminicídio (2) 15 MIGALHAS - DE PESOCONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Autorização Eletrônica de Viagem para crianças e adolescentes de até 16 (dezesseis) anosfrente ao provimento CNJ 103 de 2019 16 GAZETA ONLINE - ES - QUESTÕES DE FAMÍLIAVIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    30 anos do ECA: desafios de crianças e adolescentes na pandemia 18 RÁDIO CBN VITÓRIA 92.5 FM - ES - CBN QUESTÕES DE FAMÍLIAVIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    Os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e os desafios deles na pandemia 19 A GAZETA SITE - ESTJES

    Decisão que barrou eleição na Assembleia é derrota para grupo de Erick Musso 20 JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIASPODER JUDICIÁRIO

    CNJ - Contaminações por Covid-19 no sistema prisional ultrapassam 10 mil casos 22 JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIASPODER JUDICIÁRIO

    CNJ veta audiência de custódia por videoconferência 24 CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIASCONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Comissão do CNJ trabalha para transformar PJe em plataforma multisserviço 26 CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIASCONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Tecnologia automatiza alimentação do sistema de interceptações judiciais 27 A GAZETA - ES - CAPIXABATJES

    Segunda-Feira, 13 de Julho de 2020

    2

  • Pais que expõem filhos podem ser penalizados 28 A TRIBUNA - ES - POLÍTICATJES

    Igrejas contra integrar comarcas - PLENÁRIO 29 A TRIBUNA - ES - POLÍTICATJES

    Enivaldo quer ser relator do Orçamento de 2021 - PLENÁRIO 30 CORREIO DO ESTADO - ES - GERALTJES

    Esposa de motociclista morto em acidente deixa o hospital 31 ES HOJE ONLINE - ES - CAPAPODER JUDICIÁRIO

    ECA completa 30 anos; ES tem mais de 40 mil crianças em situação de trabalho 32 TV GAZETA / AF. GLOBO ES - ES2VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    Na Serra as mulheres vítimas de violência tem um local para serem acolhidas 34 A GAZETA SITE - ESVIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    Violência contra a mulher: Vitória tem mais de 400 pedidos de ajuda na pandemia 35 TV GAZETA / AF. GLOBO ES - BOM DIA ESPODER JUDICIÁRIO

    Justiça suspende desconto de 30% nas mensalidades das escolas 36

    Segunda-Feira, 13 de Julho de 2020

    3

  • Juizes tiveram 56% dos salários além do teto

    FOLHA DE S. PAULO / SP - PODER - pág.: A09. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Matheus Teixeira - Brasília

    O Judiciário brasileiro pagou remuneração mensalacima de R$ 100 mil a 8.226 juízes ao menos uma vezentre setembro de 2017 e abril deste ano. O tetoconstitucional do setor público é de R$ 39,3 mil pormês.

    No mesmo período, foram feitos ao todo 13.595pagamentos além dos R$ 100 mil. Isso porque houvecasos de magistrados que receberam o montante emmais de uma ocasião. Vencimentos acima de R$ 200mil foram pagos 565 vezes a 507 juízes.

    Os números são resultado de levantamento feito nasfoIhas de pagamento do Judiciário. Foram recolhidosciados dos 27 Tribunais de Justiça estaduais, 5Tribunais Regionais Federais, 24 cortes trabalhistas, 3tribunais militares estaduais e dos tribunais superiores.Com juízes cedidos da advocacia e de outrostribunais, a Justiça Eleitoral não foi incluída noscálculos.

    Desde 2017, os tribunais são obrigados a encaminharas folhas para o CNJ (Conselho Nacional deJustiça), que disponibiliza os dados ao público. O STF(Supremo Tribunal Federal) é a única corte que nãoé submetida ao conselho.

    O levantamento abrange ju ízes na at iva eaposentados, uma vez que as tabelas não diferenciamos servidores.

    As planilhas mostram ainda que mais da metade dossalários pagos aos 26.177 juízes em serviço eaposentados nos últimos dois anos e oito mesessuperaram o teto constitucional.

    Das remunerações mensais do período, 374 mil delasforam superiores ao máximo previsto na Constituição -o equivalente a 55,7% do total.

    Os dados também indicam que 95,79% magistrados járeceberam ao menos um salário acima do máximopermitido.

    "Os juízes devem ser remunerados de acordo com alegislação e com suas atribuições, considerando todasas especificidades e limitações que o cargo impõe",afirma Renata Gil, presidente da AMB (Associação dosMagistrados Brasileiros).

    Os supersalários têm uma explicação. Apesar de a

    Constituição prever um salário máximo, a concessãode auxílios, verbas indenizatórias e vantagenseventuais, como 13° salário e acúmulo de funções,elevam a remuneração de juízes.

    Em alguns casos, os benefícios são criados pelopróprio tribunal ou por Assembleias Legislativas. Ossupersalários estão mais concentrados na JustiçaEstadual, porque, muitas vezes, auxílios são criadospor negociações políticas entre os três Poderes locais.

    Questionada sobre alta remuneração, Gil, que presideuma entidade que representa 16 mil magistrados ematividade, defende a importância da categoria para ademocracia.

    "Valorizar a magistratura é fundamental para que elapossa cumprir suas funções com independência eautonomia e atuar fortalecida em defesa do Estado deDireito nos momentos críticos, com transparência eeficiência", afirma.

    Aos juízes, a depender do tribunal, são garantidosbenefícios como diárias, auxílio-escolar, auxílio-saúde,auxílio-moradia, auxílio-livro e benefício para quematua em local diverso da comarca original, entreoutros.

    Existem, ainda, casos de magistrados que recebemremuneração muito acima do teto mesmo sem teracesso aos chamados penduricalhos.

    Isso porque, não é raro, quando ocupam um cargo dedireção, como presidência de tribunal, de vara ou decomarca, os magistrados não tirarem férias por doisanos.

    Após o período, ao deixar a função, recebem o valorem dinheiro. Isso explicaria, segundo Eduardo AndréBrandão, presidente da Ajufe (Associação dos JuízesFederais), o pagamento de remuneração superior aoteto.

    "Na Justiça Federal , todas as verbas sãoremuneratórias e estão limitadas ao teto do STF",afirma.

    Os salários no Judiciário seguem um escalonamento.O salário de um ministro de tribunais superiores (STJ,TST e STM) é proporcional a 95% do que ganhamministros do Supremo, enquanto o vencimento dedesembargadores dos TJs é o equivalente a 90,25%.

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  • FOLHA DE S. PAULO / SP - PODER - pág.: A09. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    O vencimento de um juiz federal equivale a 80% doteto e, quando o magistrado é titular de uma vara, aremuneração chega a 85%. Desembargador federalrecebe 90% do teto.

    De acordo com Brandão, após a extinção do auxílio-moradia, os cerca de 2.000 juízes federais ematividade não recebem mais nenhum tipo de verbaindenizatória ou o chamado penduricalho, do qual nãoincide a cobrança de imposto.

    O benefício de R$ 4,3 mil para bancar custos commoradia foi estendido a toda magistratura emsetembro de 2014 por decisão do ministro Luiz Fux, doSTF. O magistrado alegou que integrantes doMinistério Público recebiam a verba e, pelo princípioda isonomia entre as carreiras, juízes tambémdeveriam receber.

    Mais de quatro anos depois, em novembro de 2018,porém, Fux revogou a própria decisão. O ministro sóretirou o benefício da categoria após extensanegociação para o então presidente Michel Temer,sancionar reajuste de 16,3% dos salários do STF, quesão usados como parâmetro para o teto constitucional.

    Assim, apesar da perda do s R$ 4,3 mil, o saláriomáximo do serviço público, que muitos magistradosatingem, saltou de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil.

    "Quando o máximo é extrapolado, diz respeito aorecebimento de 13°, férias, mas isso está na lei e valepara qualquer brasileiro, não é um penduricalho", dizBrandão.

    Site:

    https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=492

    18

    5

    https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=49218https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=49218

  • A Fibrasa e os seus 48 anos - HÉLIODOREA

    FOLHA VITÓRIA / ES - HÉLIO DÓREA. Seg, 13 de Julho de 2020TJES

    HÉLIO DOREA

    O bem-sucedido empresário Sergio Rogerio de Castrofoi um importante presente que Minas Gerais mandoupara o Espírito Santo. Chegou, e ama tanto Vitóriaque diz para os amigos íntimos: "nasci em Vitória aos29 anos". E com esse amor e também ardor, que elefundou aqui uma indústria inovadora de embalagensplásticas. Essa empresa cresceu tanto que chegou atéPernambuco. Hoje, a Fibrasa é uma das maiores dopaís com cerca de mil empregados diretos. Ao lado deSergio estão seus filhos, também Sergio, Giuliano eLeo, e sua querida Anamaria.

    Maria Clara Vacari Pavan, 15 anos pelas lentes deCacá Lima.

    Bruna Sponfeldner, sábado de relax na Praia dosVentos da Aldeia

    Os 15 anos de Maria Clara

    Flavia e Fernando Pavan presentearam sua filha MariaClara, que completou 15 aninhos, com um ensaiofotográfico. O local escolhido não poderia ser outro: abela praia em frente ao hotel Pontal de Ubu, emAnchieta. Foi um dia inteiro de fotos, com total apoiode Juarez Mederix, dono do hotel, que por sinal estátodo remodelado e em pleno funcionamento, adaptadoà nova realidade. O ensaio foi feito pelo fotógrafo CacáLima. (foto)

    30 anos da Vieira e Rosenberg

    Voltada para o mundo empresarial capixaba, aconsultoria Vieira e Rosenberg comemora trêsdécadas através do Grupo de AcompanhamentoEmpresarial do Espírito Santo. Os economistas ClovisVieira e Luís Paulo Rosenberg combinam experiênciaspúblicas e privadas com sólida base para orientar o diaa dia dos empresários capixabas. Rosenberg, que foiassessor especial do Presidente Sarney, foiresponsável pela negociação da dívida com o FMI, ecomo diretor de marketing do Corinthians, pela exitosacontratação do jogador Ronaldo Fenômeno para oTimão. (foto)

    Os economistas Luís Paulo Rosenberg e Clovis Vieira

    Cachoeiro está de luto

    Quem nos deixou ontem foi uma das figuras maisexpressivas do mundo social e cultural de Cachoeirode Itapemirim. Estou falando de Moema Baptista, queatualmente morava no Rio, sempre confraternizandocom seus parentes e amigos da sua Cachoeiro. Ela jáfoi homenageada pela Câmara Municipal com o títulode Cachoeirense Ausente, filha do saudoso professorDeusdedit Baptista, que também marcou época. Nasredes sociais, choveram homenagens a queridaMoema.

    Aniversário de Mateus

    Minha amiga Giselle Alves, superintendente Comerciale Marketing da Rede Vitória e gente atuante,comemorou ontem com uma reunião animada emcasa, o aniversário de 3 anos do filho Mateus. Tudopreparado com muito carinho. Ao seu lado, o maridoGiovany Meira, a filha Luisa e os familiares maischegados. (foto)

    Giselle Alves e Giovany Meira com os filhos Mateus eLuisa.

    A atuante juíza Patricia Neves

    Mediação Escolar

    Idealizado pela juíza Patricia Pereira Neves, o ProjetoMediação Escolar e Justiça Restaurativa, da 1ª Varada Infância e Juventude de Vila Velha, foi um dos 3vencedores na categoria Protagonismo, do ProgramaPrefeito Amigo da Criança, iniciativa nacional daFundação Abrinq, com participação do nosso PoderJudiciário em parceria com a Prefeitura de Vila Velha.O projeto tem como objetivo reduzir os conflitos noambiente escolar e cerca de 6 mil pessoas jáparticiparam, entre estudantes, pais, responsáveis eprofessores da rede pública de ensino de Vila Velha.

    FLASHES

    Bom dia

    Valiete Ferro e Regina Sarkis

    Minha querida amiga Diva Michelini passou o final dasemana super feliz em sua casa na Ilha do Boi. Onetinho Gilberto esteve esses últimos dias com ela.

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  • FOLHA VITÓRIA / ES - HÉLIO DÓREA. Seg, 13 de Julho de 2020TJES

    Para alegria total dos seus amigos, inclusive o titulardesta coluna, Velide e Irajá Rezende Andrade já estãoem Vitória após quatro meses em São Paulo.

    O abraço especial da Coluna HD para o amigo delonga data, Leo Ferraz. Ele está aniversariando e vaicomemorar ao lado de sua querida Delani.

    A cantora Anitta não dorme no ponto. Desde quecomeçou a quarentena para conter a pandemia atual,ela fez uma transformação em sua casa. Pintou,decorou e montou um palco para suas lives e vídeos.

    Por outro lado, la belle Carolina Ferraz debutou ontemno "Domingo Espetacular" da nossa TV Record/TVVitória. Além de talentosa brilhou também com suabeleza. Domingo tem mais, às 19h30.

    A diretoria do nosso Banestes informando e a ColunaHD retransmitindo: o banco está instalando umaAgência Online da Reta da Penha. Uma boa iniciativa.

    O economista Clovis Vieira, em função do momentoatual, vem realizando as reuniões do Grupo deAcompanhamento Empresarial do ES, através delives. O último deles reuniu os economistas Thais Zarae Luis Paulo Rosenberg sob tema "A economia doBrasil e do mundo à luz do vírus".

    Surgiu mais um candidato a prefeito de Serra. Trata-sedo vereador Fabio Duarte, gente boa, que inclusivetem o apoio do atual prefeito Audifax Barcelos.

    Para quem gosta das disputas da Fórmula Um, possoadiantar que Mattia Binotto, chefe da Ferrari, não estáfeliz com a atuação dos seus dois pilotos. Na últimacorrida Sebastian Vettel chegou em 10º lugar. O outro,Charles Leclerc, chegou em 11º.

    A internacional atleta de ginástica rítmica NataliaGaudio, orgulho do nosso Estado, atuando desde osseis anos. Ela acha que o poder oficial não dá maisatenção aos atletas do seu setor. Realmente umapena.

    Da renomada Virginie Viard, diretora artística daChanel: "Gosto de trabalhar indo em direção oposta doque fiz da última vez".

    Site: https://www.folhavitoria.com.br/social/helio-

    dorea/2020/07/13

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    https://www.folhavitoria.com.br/social/helio-dorea/2020/07/13https://www.folhavitoria.com.br/social/helio-dorea/2020/07/13

  • A pandemia justifica a realização deinterrogatório de réu solto por

    videoconferência?

    MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Para responder a esta pergunta, deve-se avaliar ajurisprudência dos Tribunais Superiores. Portanto, emvez de defender o que pensamos, relataremos o quese pode esperar do STJ e do STF quando venham aenfrentar o tema, presumindo-se que decidirão comcoerência aos seus precedentes.

    Antes de tudo, insta salientar que ser apresentado àpresença física do juiz é um Direito Fundamental eHumano (art. 5º da Convenção Americana de DireitosHumanos). Ademais, a Constituição consagra o devidoprocesso legal (art. 5, inciso LIV), o que pressupõeque os atos processuais devem se pautar estritamentepela forma que a lei lhes dá, observando-se inclusive adesignação do local em que deverão ocorrer.

    O Código de Processo Penal é explícito ao determinarque os atos processuais ocorrerão nas sedes dosjuízos e tribunais (art. 792) e que o acusadocomparecerá "perante a autoridade judiciária" (art.185) para ser interrogado. Sobre isso, adiante-se que,nas palavras do ministro Cezar Peluso, "em termos degarantia individual, o virtual não vale como se real ouatual fosse, até porque a expressão perante nãocontempla a possibilidade de interrogatório on-line"(HC nº 88.914, rel. min. Cezar Peluso, SegundaTurma, DJe 05/10/2007).

    Antes mesmo de sua inserção no CPP, tentou-seimpor o interrogatório por videoconferência, inclusivecom previsões em legislações estaduais. Todavia, oSTF logo apontou a inconstitucionalidade formaldessas normas, ante a competência privativa da Uniãopara legislar sobre processo:

    Entendo, em primeiro lugar, que a lei estadual violaflagrantemente a disciplina do art. 22, inciso I, daConstituição da República. Não se trata, pelo menosna minha compreensão, de procedimento, mas sim deprocesso. Tanto isso é verdade que a matéria estáexplicitamente regulada no art. 185 do código deProcesso Penal. E, com isso, insisto, pelo menos nomeu entender, a matéria é de processo, e, sendo deprocesso, a União detém o monopólio, a exclusividadepara estabelecer a disciplina legal da matéria.

    [...]

    Enxergo, por tanto , que a poss ib i l idade devideoconferência, no caso, esbarra na disciplinaconstitucional brasileira, art. 22, I, e, ao meu sentir, éindispensável ir adiante com qualquer outro raciocínio,porque o ato praticado na lei assim concebida padecede evidente nulidade.

    ( HC nº 90.900, rel. min. Ellen Gracie, rel. paraacórdão min. Menezes Direito, Tribunal Pleno, DJe23/10/2009, p. 16-17)

    Diante disso, a lei 11.900/09 alterou o CPP,disciplinando a possibilidade de realização deinterrogatório por videoconferência de réu preso emdeterminadas situações (art. 185, § 2º). Contudo, aoitiva de réu solto pelo meio tecnológico não estácontemplada pela norma, que é explícita quanto aoseu cabimento apenas nos casos em que o indivíduoestá preso.

    O legislador não teve dúvidas sobre o escopo dareferida lei, que, conforme se observa do parecer daCCJ no PLS nº 679/2007 (que culminou na Lei nº11.900/2009), se resumiu a reaf irmar que ointerrogatório pessoal é a "regra geral" e que, "em setratando de réu preso", o juiz deve comparecer aopresíd io ou, excepc ionalmente, ouv i - lo porv ideoconferênc ia . Le ia-se:

    Assim, a regra geral é o interrogatório na sede dojuízo; em se tratando de réu preso, a regra é apresença do juiz no estabelecimento penal, como éhoje, salvo se não houver segurança adequada; aindaem relação ao réu preso, e aqui está a novidade, o juizpoderá, excepcionalmente, realizar o interrogatório porsistema de videoconferência, desde que a decisãoesteja fundamentada sob certos parâmetros. [2]

    Como se vê, não há previsão de interrogatório porvideoconferência no caso de réu solto. Ademais, aausência de tal previsão não pode ser suprida por leisestaduais, por normas do CNJ ou dos tribunais,conforme já decidido pelo STF, como visto, por forçada competência privativa da União para legislar sobredireito processual penal.

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  • MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Ainda assim, poderiam surgir as seguintes questões:seria possível a aplicação analógica do art. 185, § 2º,do CPP, aos casos de réus soltos? Mais: isso nãoseria justificado em virtude da pandemia e danecessidade de se evitar a prática de atos físicos?

    Quanto ao primeiro questionamento, os TribunaisSuperiores entendem que não é possível a aplicaçãoanalógica do § 2º do art. 185 do CPP a casos que nãoestejam explicitamente previstos na lei, sendo nulo oato se existir prejuízo.

    É isso que se depreende do entendimento da TerceiraSeção do STJ que veda a realização de audiência decustódia por meio de videoconferência, por ausênciade previsão legal (CC nº 168.522, rel. min. Laurita Vaz,DJe 17/12/2019). Portanto, o dispositivo em comentonão se aplica analogicamente nem mesmo aos casosde réus presos para além daqueles elencados noCódigo.

    Além disso, o STJ também já consignou que ointerrogatório por videoconferência de réu solto écausa de nulidade relativa. No HC 365.096, não houvedeclaração de nulidade apenas porque "não restoudemonstrado qualquer prejuízo ao paciente. Ele foiacompanhado por seu advogado durante a audiênciae, pelas informações prestadas, não consta qualquerinconformismo da defesa na realização do ato quetenha sido registrado na ata de audiência" (inteiroteor). Leia-se a ementa:

    PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUSSUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. NÃOCABIMENTO. CRIMES TRIBUTÁRIOS. RÉU SOLTO.INTERROGATÓRIO REALIZADO POR MEIO DEVIDEOCONFERÊNCIA. NULIDADE. OFENSA AOPRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E SEUSCONSECTÁRIOS. NÃO OCORRÊNCIA. HABEASCORPUS NÃO CONHECIDO.

    I - A Terceira Seção desta Corte, seguindoentendimento firmado pela Primeira Turma do col.Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de nãoadmit i r a impetração de habeas corpus emsubstituição ao recurso adequado, situação queimpl ica o não-conhecimento da impetração,ressalvados casos excepcionais em que, configuradaflagrante ilegalidade apta a gerar constrangimentoilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício.

    II - Sendo causa de nulidade relativa, a realização deaudiência por videoconferência, por si só, nãoconfigura inobservância do devido processo legal eseus consectários.

    III - In casu, observa-se, portanto, que não restoudemonstrado qualquer prejuízo ao paciente, tendo sido

    ele acompanhado por seu advogado durante aaudiência e, pelas informações prestadas, não constaqualquer inconformismo da defesa na realização doato que tenha sido registrado na ata de audiência.

    Habeas Corpus não conhecido.

    (HC 365.096, rel. min. Felix Fischer, Quinta Turma,DJe 10/02/2017)

    Para além da circunstância de não haver prejuízo narealização da videoconferência, a única exceção aointerrogatório pessoal de réu solto é na hipótese de eleresidir em local distante, de modo que o deslocamentoinviabilize o devido exercício da defesa. Nesses casos,conforme jurisprudência do STJ, é possível a suaoitiva por carta precatória, como forma de concretizaro direito de defesa, sem possibilidade de imposição damedida com discordância do réu (HC 474.360, rel.min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe19/12/2018).

    Por outro lado, insta salientar que, durante asuspensão dos atos presenciais, não há qualqueróbice à realização parcial da instrução de processosde réu solto, com a oitiva da vítima e das testemunhaspor videoconferência - o que é até recomendado, anteo risco de esquecimento. Nessa situação, dever-se-áaguardar a volta da prática de atos físicos (ou umamudança na lei) apenas para o interrogatório dos réussoltos.

    Tal conclusão, decorrente dos precedentes citados, éjustificada pelo fato de que o interrogatório é o únicomomento em que o réu tem a oportunidade de exercerplenamente a sua autodefesa, sendo que, "acomunicação não pode prescindir de tudo o que não éverbal mas acompanha o que é dissimulado porpalavras. Quanto mais rica a relação 'in vivo', tantomais eficaz o experimento. A percepção nascida dapresença física não se compara à visual, dada a maiorpossibilidade de participação e o fato de aquela ser, aomenos potencialmente, muito mais ampla" (HC nº88.914, rel. min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe05/10/2007).Ocorre que, conforme a Resolução nº322, de 1º de junho de 2020, do CNJ, já estáautorizada a retomada de atos presenciais. Assim, sóhaverá óbice para a conclusão da instrução nosTribunais que continuem trabalhando virtualmente,sendo que, mesmo nesses casos, não haverá prejuízoao interrogatório dos réus presos, bem como dos réussoltos que concordarem ou não se insurgiremtempestivamente contra o ato (conforme HC 365.096,rel. min. Felix Fischer, Quinta Turma, DJe 10/02/2017).A instrução deverá ser suspensa apenas no momentodo interrogatório de réus soltos que se insurjamtempestivamente contra a videoconferência, devendoser retomada quando o Tribunal voltar a praticar atos

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  • MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    presenciais, caso já não o tenha feito no presente.

    Em resposta ao questionamento proposto, a pandemiajustif ica o interrogatório por videoconferênciaexclusivamente no caso de réu preso, pois há uma"gravíssima questão de ordem pública", conformeprevisto no art. 185, § 2º, inciso IV, do CPP. Todavia,conforme entendimento jurisprudencial, essa normanão contempla ou se aplica analogicamente ao casodo réu sol to, inexist indo le i que autor ize avideoconferência, mesmo em situações excepcionais,como a atual. Assim, enquanto os Tribunais nãoretomarem as atividades presenciais (o que já éautorizado pelo CNJ), somente será possível ointerrogatório de réus soltos quando houver anuênciaou não existir discordância expressa e tempestiva.Ainda que se possa questionar o acerto teórico dessaconclusão, é a única coerente com os precedentes dosTribunais Superiores sobre o tema.

    ____________

    1 Art. 185, § 2º, do CPP:

    ____________

    * Pedro Machado de Almeida Castro é mestre emDireito Processual Penal pela Universidade de SãoPaulo (USP). Advogado em Machado de AlmeidaCastro & Orzari Advogados .

    * Vinícius André de Sousa é pós-graduando em DireitoPenal e Processo Penal pelo Instituto Brasiliense deDireito Público (IDP). Advogado em Machado deAlmeida Castro & Orzari Advogados .

    Site: https://www.migalhas.com.br/depeso/330579/a-

    pandemia-justifica-a-realizacao-de-interrogatorio-de-reu-

    solto-por-videoconferencia

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    https://www.migalhas.com.br/depeso/330579/a-pandemia-justifica-a-realizacao-de-interrogatorio-de-reu-solto-por-videoconferenciahttps://www.migalhas.com.br/depeso/330579/a-pandemia-justifica-a-realizacao-de-interrogatorio-de-reu-solto-por-videoconferenciahttps://www.migalhas.com.br/depeso/330579/a-pandemia-justifica-a-realizacao-de-interrogatorio-de-reu-solto-por-videoconferencia

  • Tecnologia a favor da Justiça Multiportas

    MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Falar sobre o Judiciário brasileiro exige o uso desuperlativos. O país possui o maior sistema judiciáriodo mundo, com 92 tribunais. Temos o maior númerode processos em tramitação, cerca de 80 milhões,conforme o último levantamento "Justiça em números",feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).Tivemos o maior avanço na digitalização: 108 milhõesde causas tiveram início em versão digital de 2008 a2018. Desde causas simples de violação ao direito doconsumidor a comp lexos c r imes con t ra aAdministração Pública, tudo se judicializa no país.Seguindo a linha de recordes, estudos indicam que oJudiciário brasileiro é um dos mais produtivos domundo.

    Durante a pandemia, os números de produtividade sãoainda maiores. A rápida adaptação dos Tribunais aosambientes virtuais e a continuidade da prestaçãojurisdicional levou a Associação dos MagistradosBrasileiros (AMB) a lançar a hashtag #ajustiçanãopára.

    Estes dados não deixam dúvidas de que o brasileirotem, em sua enorme maioria, um amplo acesso àjustiça, que ocorre, muitas vezes, a um custo zero oubaixíssimo. Fora os casos legais de gratuidade dejustiça para quem tem insuficiência de recursos, oprocedimento nos Juizados Especiais é inicialmentegratuito para todos, uma ação cível pode custar cercade 10 reais e, na mais alta Corte do país, o SupremoT r i b u n a l F e d e r a l , a ç õ e s d i r e t a s d einconstitucionalidade são gratuitas, dentre tantosoutros exemplos. Somando isso à alta produtividadedos juízes, não é difícil concluir porque há estaexplosão de processos: é mais fácil procurar oJudiciário do que resolver os conflitos de formaextrajudicial, ainda quando o autor tem ciência de quenão tem razão, gerando as chamadas "demandasaventureiras". O problema é que a manutenção daestrutura do serviço judiciário para 80 milhões deprocessos gera expressivos custos para toda asociedade, inclusive para quem não tem processos naJustiça, já que a sustenta indiretamente por meio deimpostos.

    Como vem alertando o Ministro Luis Felipe Salomão,do Superior Tribunal de Justiça, a atual culturalitigante no Brasil pode gerar um colapso do sistemajudicial, que já funciona próximo do limite. A situaçãose agrava se pensarmos no ajuizamento excessivo dedemandas que está por vir relacionadas à crise dapandemia. O cenário deixa claro a importância dasexperiências tecnológicas bem sucedidas que vêmsendo desenvolvidas, dentro e fora dos Tribunais, para

    oferecer uma melhor resposta aos conflitos eassegurar o uso adequado e responsável dos serviçosdo Poder Judiciário, sem diminuir o acesso à justiça.

    Richard Susskind, professor mais citado no mundosobre o futuro dos sistemas judiciais e suatransformação pela tecnologia, afirma que a justiçanão pode mais ser um lugar, ela é um serviço. Aspessoas não desejam estar presentes fisicamente nosTribunais para resolver um conflito. Elas desejam oresultado que os Tribunais trazem. Por isso, a justiçapode ser prestada dentro e fora das Cortes: é achamada "Justiça mult iportas". E a inovaçãotecnológica pode auxiliar a concretizá-la, por meio douso de ferramentas de automação e de inteligênciaartificial (IA) na estrutura do Poder Judiciário e emespaços extrajudiciais.

    Acompanhando a evolução da tecnologia, as formasalternativas de resolução de conflitos (como amediação, a conciliação e a arbitragem) passaram ase desenvolver também em ambientes virtuais,originando as chamadas Online Dispute Resolution. Aexperiência começou na iniciativa privada, pararesolver problemas de compras realizadas em sites degigantes como Ebay e Amazon, por meio de umsistema de inteligência artificial que informa as partessobre seus direitos e, se não houver acordo, emiteuma decisão. O serviço é um sucesso: a plataformaonline da Ebay resolve mais de 60 milhões de casospor ano, com taxa de satisfação próxima de 90%. NoBrasil, o Secretário Nacional do Consumidor, professorLuciano Timm, vem estimulando o uso do siteConsumidor.gov, um serviço público e gratuito quepermite a interlocução direta entre consumidores eempresas para buscar um acordo em conflitos deconsumo pela internet, embora não haja emissão dedecisão. Diversos juízes exigem a tentativa de usoprévio do serviço para comprovar o interesse doconsumidor de agir perante o Judiciário.

    O uso da mediação e da conciliação como formaextrajudicial de solução de conflitos vem sendodefendido pelo Conselho Nacional de Justiça, sob aPresidência do Ministro Dias Toffoli. O ConselheiroHenrique Ávila está à frente do projeto que lançará,em breve, uma plataforma online, desenvolvida emparceria com a FGV, que pretende contar com aparticipação de todos os principais atores da justiça,dentre os quais se inclui a Administração Pública - oINSS, por exemplo, é o maior litigante brasileiro. AJustiça Federal registrou aumento de 52% no númerode novas ações que envolvem direito previdenciário

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  • MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    nos últimos 3 anos e a tendência é aumentar emdecorrência das causas relacionadas à reforma daPrevidência.

    É essencial, para isso, o engajamento dos atuais 1milhão e 200 mil advogados brasileiros, do MinistérioPúblico, Defensorias e Procuradorias e, também, aconscientização da população para a busca desoluções extrajudiciais que tendem a garantir maisefetividade. O maior desafio é mudar a ideia de que oJudiciário é a única porta de acesso à justiça.

    Dentro da estrutura dos tr ibunais, a elevadaquantidade de processos digitalizados no Brasil criaum ambiente favorável ao uso de tecnologias,particularmente a inteligência artificial, como forma deauxiliar os juízes a decidirem. Estas máquinasinteligentes, que vem sendo desenvolvidas pelospróprios Tribunais, funcionam a partir de algoritmos,que são um comando para a máquina realizar umatarefa, como classificar ações judiciais, selecionarjurisprudência para o caso, facilitar a uniformidade ecoerência em casos de demandas de massa.

    O Supremo Tr ibuna l Federa l (STF ) vemdesenvolvendo, em parceria com a Universidade deBrasília, o sistema "Victor", ainda em testes, que terá atarefa de ler os Recursos Extraordinários que chegamà Corte e identificar quais estão vinculados a temas deRepercussão Geral, um requisito de admissibilidadedos recursos. Victor aprende a partir de milhares dedecisões já proferidas no STF e aplica o conhecimentoobtido em novos processos. Tarefas que os servidoresdo Tribunal levam, em média, 44 minutos, levarãomenos de 5 segundos pelo sistema, que emite apenasuma sugestão. A palavra final é sempre do Ministro.Essa supervisão humana auxilia na implementação daIA com ética e segurança.

    Questionamentos de natureza ética são levantados,em geral, em relação aos "vieses algorítmicos", queocorrem quando as máquinas se comportam demodos que refletem os valores humanos implícitos naprogramação, afetando os resultados obtidos. Éemblemático o exemplo do sistema de IA "TheCompas", utilizado pelo Poder Judiciário do Estadode Winsconsin, nos EUA, para auxiliar juízes a fazeruma avaliação de risco de réus criminais. O sistema foiutilizado no caso de Eric Loomis, um cidadão negrocondenado a 6 anos de prisão. Verificou-se que amáquina considerava negros e latinos duas vezesmais perigosos, pois era alimentada com dados desentenças anteriores em que havia maior condenaçãodestas pessoas, sem se imaginar que o algoritmoextrairia este viés.

    Por isso, é importante que o entusiasmo em relaçãoao uso de IA no Judiciário seja acompanhado da

    abertura para debates com os principais atores dajustiça e suas respectivas associações sobre atransparência quanto ao uso dos sistemas pelasCortes, bem como sobre a qualidade, o controle e asegurança dos dados utilizados. Os Laboratórios deInovação, espaços de experimentação de tecnologiasno Judiciário, a exemplo do "AMB Lab", da Associaçãodos Magistrados Brasileiros, e do pioneiro "iJuspLab",da Justiça Federal de São Paulo, exercem um papelrelevante para tratar das preocupações relacionadasaos riscos do uso da IA e replicar experiências bemsucedidas. Ainda, no âmbito legislativo, tramita naCâmara dos Deputados o Projeto de Lei 21/20, sobreo marco legal do desenvolvimento de IA, que trazprincípios para sua adoção de forma ética e segura.

    O ser humano deve estar sempre no centro dequalquer projeto que envolva inovações tecnológicas.Inclusão e conscientização da sociedade são a chavepara oferecer um melhor acesso à justiça, nas suasdiversas portas, e para que a tecnologia avance semdeixar ninguém para trás.

    ___________

    * Renata Gil é juíza de Direito do TJ/RJ e Presidenteda Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

    * Caroline Somesom Tauk é juíza Federal no Rio deJaneiro (RJ).

    * Clarissa Somesom Tauk é juíza Auxiliar da 3ª Varade Falências e Recuperações Judiciais em São Paulo(SP).

    Site:

    https://www.migalhas.com.br/depeso/330587/tecnologia-

    a-favor-da-justica-multiportas

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    https://www.migalhas.com.br/depeso/330587/tecnologia-a-favor-da-justica-multiportashttps://www.migalhas.com.br/depeso/330587/tecnologia-a-favor-da-justica-multiportas

  • Estatuto da Criança e do Adolescentecompleta 30 anos

    ESTADÃO ONLINE / SP - POLÍTICA. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Ariel de Castro Alves*

    O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de1990) completa 30 anos hoje, dia 13 de julho de 2020.O ECA gerou importantes mudanças normativas,doutrinárias, institucionais e jurisdicionais. Antes doEstatuto da Criança e do Adolescente, estiveramvigentes os Códigos de Menores (de 12 de outubro de1927 a 13 de julho de 1990), baseados na chamada"doutrina da situação irregular", pela qual os meninosabandonados nas ruas, as crianças negligenciadaspelas famílias e pelo Estado, as meninas exploradassexualmente, os adolescentes envolvidos em atosinfracionais (crimes), as crianças exploradas notrabalho infantil, entre outros exemplos emblemáticosde violações, eram considerados como "menores emsituação irregular" e deveriam ser "objetos" deintervenções, geralmente repressivas, dos adultos edo Estado, já que não eram considerados "sujeitos dedireitos".

    Na maioria das situações, eram encaminhados para asFebems (Fundações do Bem Estar do Menor) e, aoinvés de serem protegidos, incluídos socialmente eeducados, eram segregados da sociedade e vitimadospela violência institucional. Praticamente, não haviadi ferenciação de t ratamento das cr ianças eadolescentes que eram vít imas de violênciadoméstica e abandono com relação àquelas queestavam sendo acusadas de crimes (atos infracionais).

    Após a promulgação do ECA (Estatuto da Criança edo Adolescente), nas situações de violações acimamencionadas, quem passa a estar em situaçãoirregular são as famílias, o Estado e toda a Sociedade,que não garantiram a proteção integral às crianças eaos adolescentes, colocando-os a salvos de qualquerviolação de seus direitos fundamentais.

    Dessa forma, deu -se a mutação entre a "Doutrina daSituação Irregular" para a "Doutrina da ProteçãoIntegral", baseada no Artigo 227 da ConstituiçãoFederal de 1988 e na Convenção Internacional daONU (Organização das Nações Unidas) dos Direitosda Criança de 1989.

    Nesses 30 anos, o ECA introduziu importantesavanços na realidade do País, como a ampliação doacesso de crianças e adolescentes às escolaspúblicas; a criação dos Conselhos Tutelares e das

    Varas da Infância e Juventude; a diminuição damortalidade infantil; o reordenamento dos abrigos edas unidades de internação; a instituição deprogramas e serviços de enfrentamento aos maus-tratos, abusos, exploração sexual e ao trabalho infantil.Estabeleceu também obrigações e responsabilizaçõesaos familiares, à sociedade em geral e aos PoderesPúblicos, visando à proteção integral e especialinfanto-juvenil. Porém, é obvio que parte significativado ECA ainda não foi implementada e, muitas vezes, alei acaba sendo tratada apenas como uma "carta deintenções", com baixa efetividade.

    Exemplo disso é o disposto no artigo 4º do Estatuto,quanto à destinação privilegiada de recursos públicospara os programas e serviços de proteção de criançase adolescentes, que é descumprido reiteradamentepelas Prefeituras e pelos Governos estaduais efederal, fazendo do Brasil um dos Países maisperigosos do Mundo para crianças e adolescentes.

    Um estudo divulgado pelo Unicef (Fundo das NaçõesUnidas para a Infância), demonstra que 32 crianças eadolescentes, com idades, principalmente, entre 10 e17 anos, são assassinados por dia no País. Em 2019,o Disque 100 recebeu 86,8 mil denúncias de violaçõesdos direitos de crianças e adolescentes.

    No estado de São Paulo, conforme dados daSecretaria de Segurança Pública, foram registrados2.141 casos de estupros de vulneráveis no 1º trimestredeste ano. Ainda, em torno de 2,4 milhões de criançase adolescentes são explorados no Trabalho Infantil,conforme dados do Fórum Nacional de Erradicação doTrabalho Infantil. O relatório Cenário Nacional daInfância e Adolescência - 2019, da Fundação Abrinq,concluiu que 47,8% das crianças e adolescentes (20milhões), de 0 a 14 anos, vivem em situação depobreza.

    Diante deste cenário, após 30 anos de vigência doEstatuto da Criança e do Adolescente, podemosconcluir que o Brasil tem uma das legislações maisavançadas do Mundo para promover, defender eproteger os direitos de crianças e adolescentes, mas,ao mesmo tempo, é um dos Países onde mais ascrianças e adolescentes estão expostos à violência eàs violações de seus direitos fundamentais.

    Sobretudo, temos uma Lei avançada para um País

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  • ESTADÃO ONLINE / SP - POLÍTICA. Seg, 13 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    atrasado e com tradição de desrespeito aos direitoshumanos, inclusive daqueles que deveriam recebertratamento prioritário por parte do Estado, da Família ede toda a Sociedade, que são suas crianças eadolescentes.

    Agora com a Pandemia de Coronavírus e oPandemônio do atual governo, a situação da infânciae juventude tem se agravado diante dos desmontesdos programas sociais e do enfraquecimento dosConselhos de Defesa de Direitos. O aprofundamentodas crises econômicas e sociais, junto com aPandemia, diante da omissão ou ação criminosa dosgovernos, gera orfandade, abandono, exploraçãosexual e do trabalho infantil, exclusão educacional,situação de rua, aumento da criminalidade infanto-juvenil, entre outras violações e mazelas. Com isso, ospoucos avanços obtidos nestes 30 anos poderãorapidamente ruir!

    *Ariel de Castro Alves, advogado, especialista emgestão de políticas públicas de direitos humanos esegurança pública pela PUC- SP e conselheiro doConselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo(Condepe). Foi vice-presidente da Comissão daCriança e do Adolescente do Conselho Federal daOAB e conselheiro do Conanda (Conselho Nacionaldos Direitos da Criança e do Adolescente).

    Site: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

    macedo/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-

    30-anos/

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    https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-30-anos/https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-30-anos/https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-30-anos/

  • Risco de Covid e feminicídio (2)

    O GLOBO / RJ - OPINIÃO - pág.: 03. Seg, 13 de Julho de 2020CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Renata Gil é presidente da Associação dos MagistradosBrasileiros

    A pandemia provocou mudanças sociais e obrigou apopulação e os poderes públicos a estabeleceremprioridades. O feminicídio, assassinato de mulherescometidos em razão do gênero, cresceu 22,2% nosprimeiros meses da pandemia, março e abril. Asituação é alarmante. A necessidade de quarentena edistanciamento social dificultou a situação nas casasonde o convívio familiar já era difícil.

    A entrada em vigor na última quarta-feira da nova leicontra a violência doméstica (Lei 14.022/20)representa um avanço baseado na união entre osPoderes. O texto sancionado pelo Executivo temorigem no Projeto de Lei 1291/20, aprovado peloCongresso, com o apoio do Judiciário. A partir deagora, denúncias e pedidos de medida protetivapoderão ser feitos on-line, por exemplo.

    As medidas restritivas adotadas mundialmente paracombater a disseminação do vírus intensificaram osriscos. Com muitas vítimas sendo permanentementevigiadas, era preciso também criar condições parafavorecer a denúncia. Esse é o objetivo da campanha"Sinal vermelho contra a violência doméstica",lançada em junho e organizada pela Associação dosMagistrados Brasileiros, maior entidade representativado Judiciário no Brasil, e pelo Conselho Nacional deJustiça, que orienta os procedimentos para o sistemade Justiça.

    Em parceria com mais de 10,5 mil farmácias atéagora, a campanha facilita a queixa contra agressores.A denunciante pode desenhar um "X" na mão emostrar ao atendente do estabelecimento, que poderádar auxílio e acionar as autoridades.

    O estudo internacional Global Access to Justicerevelou que nenhum país conseguiu, até agora, aplicarpolíticas públicas eficientes contra a agressão noslares em meio à pandemia. Com a campanha, o Brasilse torna pioneiro na articulação de uma política nãonecessariamente originada no Executivo ou noLegislativo, e sim no Judiciário, e que conta com oapoio de todos - inclusive do setor privado.

    Com articulação e atuação integrada, a Justiça atuapara fortalecer a rede de atenção e ajudar a melhorara prestação jurisdicional. A Sinal Vermelho é umacampanha humanitária de responsabilidade social,para proteger vítimas. A denúncia é o primeiro passo.

    Facilitar o acesso é dever das instituições. Educar eauxiliar quem precisa denunciar é trabalho de todos.

    Renata Gi l é presidente da Associação dosMagistrados Brasi leiros

    Site: https://infoglobo.pressreader.com/o-

    globo?token=14f5b60b2fe0456000023

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    https://infoglobo.pressreader.com/o-globo?token=14f5b60b2fe0456000023https://infoglobo.pressreader.com/o-globo?token=14f5b60b2fe0456000023

  • Autorização Eletrônica de Viagem paracrianças e adolescentes de até 16 (dezesseis)anos frente ao provimento CNJ 103 de 2019

    MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Em 04 de junho de 2020, o corregedor nacional deJustiça, ministro Humberto Mart ins, editou oprovimento 103 de 2020, com a finalidade de instituir aAutorização Eletrônica de Viagem (AEV), nacional ouinternacional, para crianças e adolescentes de até 16(dezesseis) anos desacompanhados de ambos ou umde seus pais.

    De acordo com a nova normativa, nos casos em que aautorização judicial é dispensada, os pais ouresponsáveis poderão autorizar a viagem da criança edo adolescente por instrumento particular eletrônico,desde que com firma reconhecida por um tabelião denotas, possuindo o mesmo valor do instrumento físico.

    O Tabelionato competente para a para lavratura daAutorização de Viagem Eletrônica é aquele dodomicílio dos pais ou dos responsáveis, caso estesresidam em locais distintos, será competente otabelião de qualquer um dos domicílios.

    A emissão da autorização será feita, exclusivamente,por intermédio do Sistema de Atos NotariaisEletrônicos, e-Notariado, o qual se encontradevidamente regulamentado pelo provimento 100 de2020.

    Portanto, a AEV deverá seguir todas as formalidadesexigidas para a prática notarial eletrônica, casocontrário, o ato será nulo de pleno direito. Vejamosalguns dos requisitos para a prática e-Notariado (art.3º, do provimento 100 de 2020):

    1. Videoconferência notarial para captação doconsentimento das partes sobre os termos do atojurídico;

    2. Concordância expressada pelas partes com ostermos do ato notarial eletrônico;

    3. Assinatura digital pelas partes, exclusivamenteatravés do e-Notariado;

    4. Assinatura do Tabelião de Notas com a utilização decertificado digital ICP-Brasil; e

    5. Uso de formatos de documentos de longa duração

    com assinatura digital.

    Ou seja, para a efetivação da Autorização Eletrônicade Viagem é imprescindível que seja realizada umavideoconferência notarial, bem como utilizada aassinatura digital notarizada pelas partes e aassinatura do tabelião de notas com o uso docertificado digital.

    Interessante notar o quanto previsto no art. 6º,parágrafo único, do provimento 103 de 2020, segundoo qual, os pais ou responsáveis poderão obter,gratuitamente, do tabelião de notas, o certificadodigital notarizado, para uso exclusivo e por tempodeterminado.

    Ademais, o tabelião fica encarregado de indagar ospais ou responsáveis sobre possíveis eventualidades,como por exemplo, a t rasos, a l terações oucancelamentos de voos ou viagens, assim, aautorização poderá contemplar a necessidade dehospedagem do menor, em caso de emergência.

    No tocante ao prazo de validade, sabe-se que os paisou responsáveis poderem indicar o tempo necessário,em caso de omissão o documento terá validade por 2(dois) anos.

    Para fins de segurança e autenticação, a AEV deveráconter a chave de acesso e o QR Code, podendo serapresentada na forma digital ou na versão impressa,nesta última hipótese, indispensável que o selo digitalesteja legível para permitir a validação.

    Pois bem, a tecnologia tem se mostrado como umaforma prática e eficiente de melhorar a comunicaçãoentre os cartórios e seus usuários, o grandequestionamento está relacionado à segurança dessesmeios de informação, para tanto, o Colégio Notarial doBrasil promoverá acordos de cooperação técnica comórgãos públicos e empresas de transporte para aviabi l ização da apresentação e val idação daAutorização Eletrônica de Viagem pelos interessados.

    Por fim, cumpre informar que o Provimento nº 103 de2020 entrará em vigor no prazo de 60 (sessenta) dias,a contar da sua publicação, prazo este em que o

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  • MIGALHAS - DE PESO. Seg, 13 de Julho de 2020CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    CNB/CF desenvolverá o módulo do e-Notariado para aemissão da Autorização Eletrônica de Viagem.

    _________

    *Marco Aurélio de Carvalho é advogado do escritórioCelso Cordeiro & Marco Aurélio de CarvalhoAdvogados .

    *Rachel Leticia Curcio Ximenes é advogada doescritório Celso Cordeiro & Marco Aurélio de CarvalhoAdvogados .

    *Tiago de Lima Almeida é advogado do escritórioCelso Cordeiro & Marco Aurélio de CarvalhoAdvogados .

    *Patrícia Emi Taquicawa Kague é advogada doescritório Celso Cordeiro & Marco Aurélio de CarvalhoAdvogados .

    Site:

    https://www.migalhas.com.br/depeso/330557/autorizacao

    -eletronica-de-viagem-para-criancas-e-adolescentes-de-

    ate-16-dezesseis-anos-frente-ao-provimento-cnj-103-de-

    2019

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    https://www.migalhas.com.br/depeso/330557/autorizacao-eletronica-de-viagem-para-criancas-e-adolescentes-de-ate-16-dezesseis-anos-frente-ao-provimento-cnj-103-de-2019https://www.migalhas.com.br/depeso/330557/autorizacao-eletronica-de-viagem-para-criancas-e-adolescentes-de-ate-16-dezesseis-anos-frente-ao-provimento-cnj-103-de-2019https://www.migalhas.com.br/depeso/330557/autorizacao-eletronica-de-viagem-para-criancas-e-adolescentes-de-ate-16-dezesseis-anos-frente-ao-provimento-cnj-103-de-2019https://www.migalhas.com.br/depeso/330557/autorizacao-eletronica-de-viagem-para-criancas-e-adolescentes-de-ate-16-dezesseis-anos-frente-ao-provimento-cnj-103-de-2019

  • 30 anos do ECA: desafios de crianças eadolescentes na pandemia

    GAZETA ONLINE / ES - QUESTÕES DE FAMÍLIA. Seg, 13 de Julho de 2020VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    Nesta edição do quadro "Questões de Família", ocomentarista José Eduardo Coelho Dias traz comodestaque que esta segunda-feira, 13 de julho, marca apassagem dos 30 anos do Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA), assinado em 13 de julho de 1990.No aniversário de 30 anos do ECA, e diante dapandemia do novo coronavírus, o Fundo das NaçõesUnidas para a Infância (Unicef) traz como destaqueneste ano que o cenário da pandemia pode agravar avulnerabilidade social, em especial, de crianças eadolescentes. É sobre esse assunto que José Eduardodebate nesta segunda (13).

    Segundo o Unicef, os indicadores de letalidade entrejovens e crimes de exploração e abuso sexual,inclusive por meio da internet; queda nos índices devacinação; aumento da violência doméstica; maistrabalho infantil e evasão escolar são alguns dosdesafios que devem ser discutidos em tempos atuais.O órgão aponta que, apesar no avanço de direitos dascrianças e adolescentes, nos últimos anos, algunsproblemas persistem, como 2,4 milhões de crianças eadolescentes com menos de 14 anos trabalhando, e1,7 milhão fora da escola.

    Site:

    http://www.gazetaonline.com.br/cbn_vitoria/comentarista

    s/questoes_de_familia/2020/07/30-anos-do-eca-desafios-

    de-criancas-e-adolescentes-na-pandemia-

    1014205032.html

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    http://www.gazetaonline.com.br/cbn_vitoria/comentaristas/questoes_de_familia/2020/07/30-anos-do-eca-desafios-de-criancas-e-adolescentes-na-pandemia-1014205032.htmlhttp://www.gazetaonline.com.br/cbn_vitoria/comentaristas/questoes_de_familia/2020/07/30-anos-do-eca-desafios-de-criancas-e-adolescentes-na-pandemia-1014205032.htmlhttp://www.gazetaonline.com.br/cbn_vitoria/comentaristas/questoes_de_familia/2020/07/30-anos-do-eca-desafios-de-criancas-e-adolescentes-na-pandemia-1014205032.htmlhttp://www.gazetaonline.com.br/cbn_vitoria/comentaristas/questoes_de_familia/2020/07/30-anos-do-eca-desafios-de-criancas-e-adolescentes-na-pandemia-1014205032.html

  • Os 30 anos do Estatuto da Criança e doAdolescente e os desafios deles na pandemia

    RÁDIO CBN VITÓRIA 92.5 FM / ES - CBN QUESTÕES DE FAMÍLIA. Seg, 13 de Julho de 2020VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    PANDEMIA, ISOLAMENTO SOCIAL, ESTATUTO DACRIANÇA E DO ADOLESCENTE, UNICEF,VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, EXPLORAÇÃO SEXUAL,ALIENAÇÃO PARENTAL, PROTOCOLO DE SAÚDEJOSÉ EDUARDO COELHO DIAS

    Multimídia:

    http://midia.smi.srv.br/audio/2020/07/13/RDIOCBNVITRIA

    925FMES-09.52.20-10.02.40-1594652542.mp3

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    http://midia.smi.srv.br/audio/2020/07/13/RDIOCBNVITRIA925FMES-09.52.20-10.02.40-1594652542.mp3http://midia.smi.srv.br/audio/2020/07/13/RDIOCBNVITRIA925FMES-09.52.20-10.02.40-1594652542.mp3

  • Decisão que barrou eleição na Assembleia éderrota para grupo de Erick Musso

    A GAZETA SITE / ES. Dom, 12 de Julho de 2020TJES

    Depois de uma briga política e jurídica, que começouem novembro de 2019, quando o atual presidente daAssembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos),antecipou as eleições da Mesa Diretora e se reelegeupara comandar a Casa, uma decisão da JustiçaFederal , na últ ima quarta-feira (08) declarouinconstitucional a manobra , representando umaderrota para o grupo político do deputado.

    Aliados do presidente da Assembleia apontam,contudo, que isso não deve estragar os planos dopresidente para a reeleição, que deve acontecer emfevereiro de 2021, conforme estipula a ConstituiçãoEstadual . Já al iados do governador RenatoCasagrande (PSB) veem a decisão como uma vitória,já esperada, para o governo, que criticou duramente aatitude do deputado no final do ano passado e teve ar e l a ç ã o c o m a A s s e m b l e i a e s t r e m e c i d a .Parlamentares de ambos os lados afirmam que osânimos não estão tão exaltados quanto na época epanos quentes foram colocados na situação.

    Apesar de não ter efeito imediato e precisar serreferenciada pelo Tribunal Regional Federal , adecisão da 3ª Vara Cível de Vitória trouxe de volta aocenário a polêmica antecipação da eleição da MesaDiretora. Em uma manobra política para se manter napresidência, Erick Musso quebrou acordo com ogoverno estadual e convocou eleições para ocomando da Casa 14 meses antes da dataestabelecida na Constituição Estadual. Dois diasantes, o plenário havia aprovado uma emendapermitindo a manobra. O que não se esperava era queo presidente fosse de fato executá-la tão rapidamente.

    A postura de Erick surpreendeu até mesmo aliados.Sem tempo para que a oposição se mobilizasse, achapa do presidente, que era única, foi eleita para obiênio que vai de 1º de fevereiro de 2021 a 31 dejaneiro de 2023.

    Na época, a movimentação foi criticada pelo governoestadual. O governador Renato Casagrande disse quea relação com presidente do Legislativo seriainstitucional. Parlamentares aliados ao governoentraram com ações na Justiça, assim como a Ordemdos Advogados do Brasil- Seccional Espírito Santo(OAB-ES), autora da ação cuja decisão foi proferidana última quarta-feira (08). Após pressão, o deputadodivulgou uma carta, assinada por 22 deputados,

    cancelando a eleição.

    De lá para cá, o clima ficou mais tranquilo, segundoparlamentares. Até mesmo por causa da pandemia donovo coronavírus e a proximidade das eleiçõesmunicipais, em que muitos deputados vão se lançarcandidatos, a fatídica manobra de Erick Musso ficou"esquecida". Panos quentes foram colocados narelação com o governo estadual e a harmonia, aospoucos, tem sido restabelecida. A decisão, contudo,não deixa de representar uma derrota para o grupopolítico do atual presidente da Casa. Em seudespacho, o juiz Aylton Bonomo Junior avaliou que olegislador "não tem cheque em branco para legislar daforma que lhe seja mais conveniente e oportuna".

    "O peso desta decisão é grande, não só contra opresidente, como para quem o apoiou. Poderes einstituições públicas não podem ser usadas comoobjetos de interesse pessoal de determinados grupos",declarou o deputado Sergio Majeski (PSB). Na época,o parlamentar foi um dos que votou contra a reeleiçãode Musso.

    Aliados de Erick dizem que ele recebeu a decisão comtranquilidade e que acredita que o TRF terá umainterpretação diferente da determinada em primeirograu, sendo favorável à emenda aprovada pela Casa.

    Pensando na eleição para o comando do Legislativoestadual, que deve acontecer em 2021, Erick Mussopode encontrar um cenário diferente do que tentouorquestrar em novembro de 2019. O deputado deveter oposição pela frente na disputa pela presidência daAssembleia. Uma delas deve ser a de AlexandreQuintino (PSL).

    "Tenho muito respeito pelo Erick Musso e não queroentrar em detalhe sobre isso agora, até porque omomento não é para pensar em eleições da Mesa,mas no combate à pandemia. Meu nome está àdisposição e pretendo lançar candidatura, mas isso éassunto para o ano que vem", destacou.

    Parlamentares não descartaram a possibilidadeCasagrande lançar um candidato da sua base para ocomando da Assembleia, a exemplo do próprioQuintino. Pensando a longo prazo, nas eleições de2022, quando o Republicanos, partido de Erick Musso,pode vir a lançar Amaro Neto para governador, ter um

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  • A GAZETA SITE / ES. Dom, 12 de Julho de 2020TJES

    aliado no comando do Legislativo é uma hipótese queo atual governo precisa e pode levar em conta.

    "Acredito que haverá muitas mudanças após aseleições municipais, troca de cadeiras, gente nova queo governador deve colocar. Então vejo sim a chancede vir um nome para disputar a presidência da Casa,principalmente pensando em 2022. Acho difícil falardisso agora, mas esse cenário deve começar a sedesenhar e ser discutido em dezembro. E não vejochance de Erick Musso estar entre as opções dogovernador", declarou um parlamentar à reportagem.

    Mas não foi só o governo que saiu vitorioso com adecisão desfavorável ao grupo de Erick Musso. AOrdem dos Advogados do Brasil- Seccional EspíritoSanto (OAB-ES) é a autora da ação que suspendeu aemenda que permitia a antecipação das eleições naAssembleia.

    Na época, a relação entre o presidente da Casa e opresidente da Ordem, José Carlos Rizk Filho, tambémfoi afetada. Rizk criticou duramente Erick Musso,chegando a compará-lo a José Carlos Gratz, quetambém manobrou para ser reeleito antecipadamentequando presidia a Assembleia. A Casa reagiu,acusando a OAB de agir a favor do governo.

    Apesar disso, a relação mais harmoniosa com a OABtambém parece estar sendo reconstruída. Em decisãorecente do Tribunal de Justiça do Espírito, para aintegração de comarcas , a Ordem e o Legislativo seposicionaram como aliados, criticando o Judiciário.Segundo parlamentares, houve um amadurecimentopor parte tanto de Rizk quanto de Erick pararestabelecer a paz entre as instituições.

    Mesmo com a possibilidade de antecipar as eleições,já que a emenda, apesar de ter sido declaradainconstitucional, não foi referendada pela Justiça eaguarda decisão do TRF , parlamentares nãoacreditam em nova manobra do atual presidente. Issoporque, além de correr o risco de um novo desgastede imagem, pensar no assunto em um momento decalamidade pública soaria mal na opinião pública.

    O movimento de pandemia teria inclusive aproximadoErick de Casagrande. Há quem aposte que o atualpresidente da Casa teria o apoio do governador parareeleição no ano que vem.

    "Houve sim um desgaste na época, mas de lá pra cámuitas coisas mudaram e foram articuladas para queessa relação do governo com a Assembleia fosserestabelecida de forma tranquila. Não tenho dúvidasque se fosse hoje, Erick seria reeleito com apoio dogovernador", opinou Bruno Lamas (PSB), que fazparte da base do governador.

    Procurado, Erick Musso não quis se manifestar. Pormeio de nota, a assessoria da Assembleia Legislativainformou que o presidente recebeu a decisão daJustiça Federal com muita tranquilidade e que oassunto já está pacificado.

    "Erick Musso não está preocupado com eleição daMesa Diretora. O momento é de pensar em soluçõesque mitiguem os efeitos devastadores da pandemia donovo coronavírus na vida dos capixabas", informou anota.

    Procurado para comentar a decisão, o governoestadual não respondeu à reportagem. Já o secretárioda Casa Civil, Davi Diniz, não atendeu as ligações.

    Site: https://www.agazeta.com.br/es/politica/decisao-

    que-barrou-eleicao-na-assembleia-e-derrota-para-grupo-

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    https://www.agazeta.com.br/es/politica/decisao-que-barrou-eleicao-na-assembleia-e-derrota-para-grupo-de-erick-musso-0720https://www.agazeta.com.br/es/politica/decisao-que-barrou-eleicao-na-assembleia-e-derrota-para-grupo-de-erick-musso-0720https://www.agazeta.com.br/es/politica/decisao-que-barrou-eleicao-na-assembleia-e-derrota-para-grupo-de-erick-musso-0720

  • CNJ - Contaminações por Covid-19 nosistema prisional ultrapassam 10 mil casos

    JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Dom, 12 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Publicado originalmente no Conselho Nacional deJustiça.

    O número de infectados por Covid-19 em unidades dosistema prisional brasileiro chegou a 10.484 casos,crescimento de 110% nos últ imos 30 dias. Omonitoramento é uma iniciativa do Departamento deMonitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário ed o S i s t e m a d e E x e c u ç ã o d e M e d i d a sSocioeducativas do Conselho Nacional de Justiça(DMF/CNJ) e é o único em escala nacional que trazdados sobre contaminações e óbitos de servidores edados sobre o sistema socioeducativo, que chegou a1815 casos nesta semana.

    Confira o boletim de contaminações e óbitos

    Também foram atualizados nesta semana os dadoslevantados pelos Grupos de Monitoramento eFiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema deExecução de Medidas Socioeducativas (GMF) deTribunais de Justiça. Nesta edição, subiu de oito para17 o número de estados que detalharam dados sobrerecursos disponíveis para o enfrentamento à pandemiaem privação de liberdade, como equipamentos deproteção individual (EPIs), alimentação, fornecimentode água e material de higiene e limpeza, além demedicamentos e equipes de saúde. No caso dosistema socioeducativo, há informações sobre 20estados.

    Confira o boletim de monitoramento dos GMFs

    Os GMFs informaram que foram realizados 10.528testes em pessoas presas e 9.699 em servidores,enquanto no socioeducativo, foram realizados 1.905 e4.791 exames, respectivamente, em socioeducandos etrabalhadores desses estabelecimentos, em 19estados.

    O número de comitês de acompanhamento informadosao CNJ passou de nove para 17 desde o últimolevantamento. Quanto à destinação de verbas depenas pecuniárias, 17 estados relataram ao CNJ aadoção da medida, totalizando R$ 53 milhõesdestinados ao combate à pandemia. Enquanto Amapá,Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Sul registraram orecebimento de aportes federais para ações decombate à Covid-19 nos ambientes de privação deliberdade, São Paulo e Paraná receberam recursos do

    Tesouro estadual. Órgãos como o Ministério Públicodo Trabalho e a Corregedoria do TJRS tambémdispuseram de valores.

    Contágios e óbitos

    O boletim semanal sobre contaminações e óbitos porCovid-19, publicado às quartas-feiras a partir de dadosdos poderes públicos locais e ocorrências informadasao Departamento Penitenciário Nacional (Depen),aponta 1.168 novos casos de coronavírus entrepessoas privadas de liberdade e 487 entre servidoresna última semana, com aumento acentuado deregistros em Minas Gerais e de Pernambuco.

    No estado de São Paulo, uma alteração nametodologia de testagem foi responsável peladiminuição abrupta nas ocorrências. A Secretaria deAdministração Penitenciária passou a registrar apenasos casos comprovados por meio do exame laboratorialde RT-PCR - excluindo os sorológicos de testagemrápida. Com a mudança, os 1.019 casos até entãoregistrados agora totalizam 262.

    No caso do sistema socioeducativo, o monitoramentoaponta o total de 1.815 contaminações por coronavírus- o que representa um aumento de quase 140% aolongo do último mês. Um total de 14 servidoresatuando nessas unidades vieram a óbito em razão daCovid-19.

    Justiça Presente

    O levantamento e sistematização de informaçõessobre Covid-19 em privação de liberdade é umainiciativa do DMF/CNJ em parceria com o Programadas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUDBrasil) e apoio do Ministério da Justiça e SegurançaPública, para superar desafios estruturais dossistemas de privação de liberdade no país.

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  • CNJ veta audiência de custódia porvideoconferência

    JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Dom, 12 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovounesta sexta-feira (10/7), durante 35ª Sessão VirtualExtraordinária, resolução com critérios para audiênciase outros atos processuais por videoconferência emprocessos penais e de execução penal durante apandemia da Covid-19. Um dos pontos definidos é queo mecanismo de videoconferência não se aplica àsaudiências de custódia por ir contra a essência doinstituto.

    Iniciadas em todo o país em 2015, as audiências decustódia promovem o encontro entre a pessoa queacabou de ser presa e o juiz para avaliação dalegalidade da prisão e a necessidade de suamanutenção enquanto o processo está emandamento. Permite, ainda, a verificação de eventualocorrência de tortura e maus-tratos no ato da prisão.

    Em seu voto, o presidente do CNJ, ministro DiasToffoli, ressaltou que a videoconferência é inadequadaaos objetivos das audiências de custódia, apontando anecessidade de atenção redobrada quando o atoenvolver depoimento especial de criança e deado lescente . "Audiência de custódia porvideoconferência não é audiência de custódia e nãose equiparará ao padrão de apresentação imediata deum preso a um juiz, em momento consecutivo a suaprisão, estandarte, por sinal, bem definido por essepróprio Conselho Nacional de Justiça quando fezaplicar em todo o país as disposições do Pacto de SãoJosé da Costa Rica", destacou.

    A vedação de aud iênc ias de cus tód ia porvideoconferência está em sintonia com os artigos 287e 310 do Código de Processo Penal e diretrizes jáestabelecidas pelo CNJ - incluindo a RecomendaçãoCNJ n. 62 , que já previa a suspensão das audiênciasde custódia durante a pandemia da Covid-19,conforme destacou o presidente do CNJ em seu voto.

    O presidente ainda lembrou os normativos anterioresaprovados pelo CNJ para apoiar o Judiciário a lidarcom o grave contexto imposto pela pandemia (Resolução CNJ n. 313/2020 e normas subsequentes,Recomendação CNJ n. 62 e Portaria CNJ n. 61 ),apontando a necessidade de se garantir maioreficiência do Poder Judiciário com fomento àmodernização e ampliação da prestação jurisdicionalenquanto se mantém os direitos e garantiasprocessuais.

    De acordo com a nova resolução, a realização dosatos por videoconferência deve considerar a igualdadede tratamento entre as partes do processo, presunçãode inocência, contraditório e ampla defesa. Tambémdeve ser garantida a part icipação do réu naintegralidade da audiência ou ato processual, apublicidade, a segurança da informação e da conexão,com adoção de medidas preventivas a falhas técnicas.No caso de réu migrante ou visitante, ele deve serinformado sobre o direito à assistência consular.

    A resolução contém um protocolo técnico em anexocom orientações para nortear os tribunais, juízes edesembargadores na implementação das medidasaprovadas. A normativa não se aplica às sessõesplenárias do Tribunal do Júri, que será objeto deregulamentação própria pelo CNJ.

    De acordo com a decisão do CNJ, as audiências e osatos em processos penais e de execução penaldeverão ocorrer em tempo real, permitindo a interaçãoentre o magistrado, as partes e os demaisparticipantes. A norma indica a uti l ização daplataforma disponibilizada pelo CNJ ou de ferramentasimilar que atenda ao disposto na resolução.

    Em termos técnicos, deverão ser observados: adisponibilidade de câmera e microfone e a disposiçãodestes equipamentos no espaço do ponto de conexão;conexão estável de internet; gravação audiovisual detoda a audiência criminal, desde a abertura até oencerramento, em arquivo único e sem interrupção,quando possível, e o armazenamento das gravaçõesde audiências criminais em sistema eletrônico deregistro audiovisual.

    Quanto aos procedimentos a serem adotados, aresolução prevê que a intimação das partes, ofendido,testemunhas e réu seja feita por aplicativo demensagem, email ou qualquer outro meio decomunicação necessário. O procedimento serárealizado pelo magistrado ou servidor designado, quenão deverá, conforme a Resolução CNJ n. 314/2020 ,a t r i bu i r aos advogados e p rocu radores aresponsabilidade de providenciar o comparecimentode partes e testemunhas a qualquer localidade fora deprédios oficiais do Poder Judiciário para participaçãoem atos virtuais. O Ministério Público e a defesatécnica serão intimados sobre a realização de

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  • JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Dom, 12 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    audiência por videoconferência com antecedênciamínima de 10 dias.

    Caberá ao ofendido informar, tão logo receba aintimação, se a visualização da imagem do réu lhecausa humilhação, temor, ou sério constrangimento,para que possa ser ouvido na forma prevista no art.217 do CPP. A resolução também destaca aimportância de que, para os atos que envolvamviolência doméstica e familiar contra a mulher,crianças ou adolescentes e crimes contra a liberdadesexual, sejam adotadas medidas adequadas paraevitar constrangimento e revitimização. O ato nãodeverá ser realizado por videoconferência se a suarealização não for livre de interferências e se nãohouver a segurança necessária para o ofendido outestemunha.

    Iniciado o ato processual, o magistrado deverágarantir, entre outros procedimentos, a restrição doacesso das testemunhas a atos alheios à sua oitiva eassegurar a incomunicabilidade entre as testemunhas.Também deve ser esclarecido aos depoentes que éproibido o acesso a documentos, informações,computadores, aparelhos celulares, bem como o usode qualquer equipamento eletrônico pessoal, durantesua oitiva, conforme disposto no art. 204 do CPP.

    No caso de réu preso, deverá ser asseguradoambiente livre de intimidação, ameaça ou coação, naárea administrativa da unidade prisional. O presotambém deverá participar sem o uso de algemas e teracesso à assistência jurídica.

    Se, na audiência remota, forem identificados indíciosde tortura e maus tratos, o preso deverá passar porexame de corpo de delito e as possíveis lesões serãoregistradas por meio da gravação audiovisual. Nessescasos, o magistrado poderá determinar também arealização da audiência de modo presencial.

    Acesse aqui o resultado do julgamento do AtoNormativo 0004117-63.2020.2.00.0000.

    __________

    Fonte: Agência CNJ de Notícias via Filipe DemétrioMenezes

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  • Comissão do CNJ trabalha para transformarPJe em plataforma multisserviço

    CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIAS. Dom, 12 de Julho de 2020CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    Modernizar a plataforma do Processo JudicialEletrônico (PJe) e transformá-la em um sistemamultisserviço que permita aos tr ibunais fazeradequações conforme suas necessidades e quegaranta, ao mesmo tempo, a unificação do trâmiteprocessual no país.

    Esse é o desafio em fase de concretização noJudiciário brasileiro em um trabalho do ConselhoNacional de Justiça (CNJ) realizado pela ComissãoPermanente de Tecnologia da Informação e Inovação .A nova plataforma multisserviço está em implantaçãoem seis órgãos judiciais, em um processo que iráavançar nos próximos meses e em 2021. A premissa éassegurar aos tribunais autonomia para adaptar o PJeàs suas realidades mantida a padronização doprocesso judicial.

    O CNJ tem a pretensão de implantar o processojudicial unificado, fazer um processo judicial único paratodo o país. Mas não pode desconhecer as diferençasexistes entre os tribunais, tanto tecnológica quantocultural , diz o presidente da Comissão de Tecnologiada Informação e Inovação do CNJ, conselheiroRubens Canuto. A comissão é integrada tambémpelos conselheiros Marcos Vinicius Jardim Rodriguese Maria Tereza Uille Gomes.

    Os aperfeiçoamentos no PJe para sua conversão emplataforma multisserviço começaram no início dagestão do ministro Dias Toffoli à frente do CNJ. Emum primeiro momento, buscou-se entender porquealguns tribunais ainda preferiam fazer investimentosvultosos em sistemas de processos eletrônicosdesenvolvidos por empresas prestadoras de serviçoquando o Conselho já oferecia gratuitamente umaplataforma única para todos como política públicajudiciária para a unificação de procedimentos.

    A partir disso, o CNJ começou a desenvolver umanova plataforma que deixou para trás o antigo modelode PJe monolítico, evoluindo para a modalidade atualde um PJe que oferece multisserviços e compossibilidade de ser adaptada conforme necessidadese demandas específ icas, uma das principaisdemandas dos t ibunais.

    O novo PJe pode ser comparado a uma plataforma desmartphone, vem com programas pré-instalados e ousuário pode baixar novos programas de acordo com

    seu interesse. Cada tribunal customiza seu própriosistema sem quebrar a unicidade do PJe, a plataformaprocessual de processo eletrônico vai ser uma só ,explica Rubens Canuto Neto.

    Outra nova funcionalidade é que as mudanças feitospelos tribunais poderão ser transferidas para a"nuvem" do CNJ e se tornarem disponíveis para osdemais órgãos do Judiciário. Segundo o presidente daComissão Permanente, essa é uma possibilidadeimportante na medida em que as soluçõest e c n o l ó g i c a s a p r e s e n t a d a s p o d e r ã o s e rcomparti lhadas entre os tribunais sem custosadicionais no desenvolvimento de aperfeiçoamentossimilares.

    Comissões permanentes

    A Comissão Permanente de Tecnologia da Informaçãoe Inovação foi criada por meio da Resolução 296/2019. Desde novembro de 2019, o CNJ conta com 13colegiados formados por, ao menos, três conselheirospara o estudo de temas e o desenvolvimento deatividades específicas do interesse respectivo ourelacionadas com suas competências. Os trabalhospodem ter a participação de autoridades, magistrado eservidores - do CNJ ou de outros órgãos - e aindacontar com o apoio de assessorias, auditorias ouatividades congêneres com órgãos, entidades einstituições de natureza pública ou privada. Cominformações da assessoria de imprensa do ConselhoNacional de Justiça.

    Site: https://www.conjur.com.br/2020-jul-12/cnj-trabalha-

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  • Tecnologia automatiza alimentação dosistema de interceptações judiciais

    CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIAS. Dom, 12 de Julho de 2020CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

    O avanço da tecnologia vai dinamizar a alimentaçãodo Sistema Nacional de Controle de Interceptações deComunicações (SNCI). O sistema mantido peloConselho Nacional de Justiça registra decisões dequebra de sigilo telefônico, de informática e telemático,proferidas pela Justiça em investigações criminais,conforme previsto na Lei 9.296/96.

    O advento da Base Nacional de Dados Processuais doPoder Judiciário (Datajud), que armazena dadosrelevantes dos processos em tramitação no país,possibilitará o abastecimento automático do SNCI, queera alimentado manualmente por magistrados.

    A automação do SNCI foi aprovada durante a 68ªsessão do Plenário Virtual, encerrada no último dia1/7. A necessidade de atualizar o funcionamento doSNCI foi identif icada pelo Comitê Gestor dosCadastros Nacionais (CGCN), instituído em novembrode 2018 pelo presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli,pa ra ape r f e i çoa r , mode rn i za r e a tua l i za rperiodicamente os mais de 100 sistemas e cadastrosnacionais armazenados ou geridos pelo CNJ.

    De acordo com o coordenador do Comitê Gestor, oconselheiro Marcus Vinícius Jardim Rodrigues, amudança vai poupar juízes da tarefa de informarmensalmente ao CNJ um balanço sobre as decisõesde deferimento ou não e ainda de prorrogação deinterceptações.

    As informações encaminhadas de todo o país nãogeravam uma lei tura intel igível da at iv idadeinvestigativa em busca de provas de crimes. Bastarápreencher as informações processuais que já sãoprestadas no cadastramento ao longo de todo oprocesso judicial, conforme as Tabelas ProcessuaisUnificadas (TPUs). Com informações da assessoria deimprensa do CNJ.

    Site: https://www.conjur.com.br/2020-jul-12/tecnologia-

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    https://www.conjur.com.br/2020-jul-12/tecnologia-automatiza-alimentacao-sistema-interceptacoeshttps://www.conjur.com.br/2020-jul-12/tecnologia-automatiza-alimentacao-sistema-interceptacoes

  • A GAZETA / ES - CAPIXABA - pág.: 25. Sáb, 11 de Julho de 2020TJES

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  • A TRIBUNA / ES - POLÍTICA - pág.: 17. Sáb, 11 de Julho de 2020TJES

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  • A TRIBUNA / ES - POLÍTICA - pág.: 17. Sáb, 11 de Julho de 2020TJES

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  • CORREIO DO ESTADO / ES - GERAL - pág.: 0003. Sáb, 11 de Julho de 2020TJES

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  • ECA completa 30 anos; ES tem mais de 40mil crianças em situação de trabalho

    ES HOJE ONLINE / ES - CAPA. Sáb, 11 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Bernardo Barbosa

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    Na próxima segunda-feira (13), o Estatuto da Criançae do Adolescente (ECA) completa três décadas deexistência, com 40 mil crianças em situação detrabalho no Espírito Santo.

    Sancionado em 13 de julho de 1990, o conjunto denormas garante a proteção integral de crianças eadolescentes em todo o território nacional.

    Apesar de a data ser comemorativa, a situação destaparte da população não é de se comemorar.

    De acordo com dados do Mapa do Trabalho Infantil,uma iniciativa da Rede Peteca, parte da AssociaçãoCidade Escola Aprendiz, com o Ministério Público doTrabalho (MPT), cerca de 2,7 milhões de crianças eadolescentes entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil.

    Destes, apenas 406 mil trabalham com carteiraassinada a partir dos 14 anos. Isto é, cerca de 2,3milhões de crianças e adolescentes ainda sãoexploradas no país.

    Espírito Santo

    O mapa revela que 47.378 crianças e adolescentescapixabas encontram-se em situação de trabalho.Uma das ferramentas do Estado para combater estenúmero é por meio do Ministério Público do Estado(MPT-ES), que realiza ações, entre elas o "MPT nasescolas" e o "Além da medida".

    "A temática do trabalho infantil é levada aos alunos deescolas públicas, que são estimulados a produzirtrabalhos a este respeito (desenhos, contos, músicas,dentre outros) e o 'Além da medida', que tem comoo b j e t i v o p r o m o v e r q u a l i f i c a ç ã oprofissional/aprendizagem a adolescentes emcumprimento de medidas socioeducativas", explicoua Procuradora do Trabalho, Thais Borges da Silva.

    Segundo Thais, a preocupação aumenta quando se élevado em consideração o atual momento que omundo vive. A pandemia do novo coronavírus agravoua situação de quem não tem a possibilidade de seproteger e fez ligar o sinal de alerta principalmente

    para crianças e adolescentes.

    "A pandemia é uma situação preocupante para todomundo, mas, atinge de forma diferente as distintascamadas sociais. Por esse motivo, devemos teratenção redobrada com a população em maior estadode vulnerabil idade, entre elas as famíl ias decomunidades pobres, moradores de rua e, emespecial, crianças e adolescentes, os quais, conformepreconiza nossa Constituição Federal, devem terprioridade absoluta", disse a Procuradora.

    Com esta situação desenhada, o isolamento, pormuitas vezes, não é seguido na prática por essaspessoas. "A parcela mais pobre da população não tempodido desfrutar do isolamento, seja pela necessidadedo trabalho, seja pelas condições precárias demoradia. Por esta razão, não tem sido incomum, nestemomento em que todos deveriam estar protegidos, vercrianças e adolescentes trabalhando ou mendigandoem logradouros públicos", concluiu Thais.

    Grande Vitória

    Na Região Metropolitana de Vitória, os municípioscombatem o trabalho infantil com os conselhostutelares. Em Vitória, em pouco menos de quatromeses, mais de 300 denúncias foram recebidas.

    "Nós entendemos que neste período de afastamentosocial, tende-se a aumentar o número de violações dedireitos contra criança e adolescente. De 18 de marçoaté hoje, 13 de julho, nós recebemos 350 denúnciasde violação de direitos", explicou Laudineia Gonçalves,conselheira tutelar do Centro.

    Segundo ela, o trabalho dos profissionais está sendofeito de forma remota, mas que, dependendo danecessidade, a visita no local é feita.

    "Diariamente possuímos três conselheiros tutelaresque estão em regime de prontidão para receberem asdenúncias e fazerem orientações aos munícipes. Aoreceber a denúncia, o conselheiro que está deprontidão faz uma avaliação, se necessário faz oencaminhamento para os demais atores do sistema degarantia de direitos e se for necessário ele também fazuma apuração in loco para aplicar a melhor medida deproteção", completou.

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  • ES HOJE ONLINE / ES - CAPA. Sáb, 11 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    Para denunciar casos que violam direitos de criançase adolescentes na capital, basta discar 156 (FalaVitória), 181 (Disque-Denúncia Estadual) e ou 100(Disque-Denuncia Nacional). Além dos conselhostutelares.

    Cariacica

    A Secretaria Municipal de Assistência Social informouque, durante a pandemia, o trabalho dos quatroConselhos Tutelares que funcionam no município estásendo de forma remota.

    A partir do momento que haja uma denúncia ou que afamília procure o Conselho Tutelar, os conselheiros sedirigem até o local para averiguar a denúncia.

    Caso cheguem ao local e constatem a violação, elescomunicam ao juizado da Infância e da Juventude eretiram a criança do convívio familiar.

    Depois, a criança é levada para um dos abrigos deacolhimento do município. Em Cariacica há quatroabrigos: um para crianças de 0 a seis anos; um paracrianças de 7 a 12 anos; um para adolescentes dosexo feminino de 12 a 18 anos incompletos; e um paraadolescentes do sexo masculino de 12 a 18 anosincompletos.

    Para realizar denúncias, o cidadão pode procuraro Conselho Tutelar pelos telefones 98818-4538,98819-2886, 98818-4330 e 98818-5302. Oatendimento acontece durante 24 horas, todos os dias.

    Vila Velha, Serra e Viana não se posicionaram sobre oassunto até o término da matéria

    Site: https://eshoje.com.br/eca-completa-30-anos-es-

    tem-mais-de-40-mil-criancas-em-situacao-de-trabalho/

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    https://eshoje.com.br/eca-completa-30-anos-es-tem-mais-de-40-mil-criancas-em-situacao-de-trabalho/https://eshoje.com.br/eca-completa-30-anos-es-tem-mais-de-40-mil-criancas-em-situacao-de-trabalho/

  • Na Serra as mulheres vítimas de violênciatem um local para serem acolhidas

    TV GAZETA / AF. GLOBO ES - ES2. Sáb, 11 de Julho de 2020VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    NA SERRA, MULHERES, VÍTIMAS DE VIOLÊNCIADOMÉSTICA, FEMINICÍDIO, DELEGADA, NATÁLIATENÓRIO, MEDIDA PREVENTIVA, ASSOCIAÇÃO DEMORADORES,

    Multimídia:

    http://midia.smi.srv.br/video/2020/07/11/TVGAZETAAFGL

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    http://midia.smi.srv.br/video/2020/07/11/TVGAZETAAFGLOBOES-19.29.16-19.32.41-1594507054.mp4http://midia.smi.srv.br/video/2020/07/11/TVGAZETAAFGLOBOES-19.29.16-19.32.41-1594507054.mp4

  • Violência contra a mulher: Vitória tem maisde 400 pedidos de ajuda na pandemia

    A GAZETA SITE / ES. Sex, 10 de Julho de 2020VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    O Centro de Referência e Atendimento à Mulher emSituação de Violência (Cramsv) de Vitória recebeu 412registros durante a pandemia do coronavírus . Sãopedidos de ajuda de quem, muitas vezes, está isoladaem casa junto ao agressor. As informações são daPrefeitura de Vitória .

    De acordo com a coordenadora do Cramsv, CarlaCoutinho, com o isolamento social percebeu-se umaumento nos casos de violência doméstica. "Ogrande desafio é cortar o ciclo de silêncio, já que oisolamento dificulta o acesso das vítimas aos canaisde atendimento, uma vez que vítimas e agressoresficam mais tempo juntos", disse.

    Quem precisar de ajuda pode ligar para o número (27)99520-1927 . O a tend imento , que o fereceacompanhamento psicossocial para as mulheres, éfeito de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas .

    Os casos de conflitos entre casais dentro de casatambém podem ser denunciados pelos telefones 180ou 190 .

    Com o objetivo de alertar sobre a violência contra asmulheres e dar orientação sobre onde elas podempedir ajuda, a Secretaria de Cidadania, DireitosHumanos e Trabalho (Semcid) criou a campanha"Conectadas e Protegidas".

    A campanha é divulgada nas redes sociais, aplicativosde mensagens, nos coletivos municipais, nos serviçosde saúde e assistência social em funcionamento etambém em estabelecimentos comerciais de Vitória.

    Site: https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/violencia-

    contra-a-mulher-vitoria-tem-mais-de-400-pedidos-de-

    ajuda-na-pandemia-0720

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    https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/violencia-contra-a-mulher-vitoria-tem-mais-de-400-pedidos-de-ajuda-na-pandemia-0720https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/violencia-contra-a-mulher-vitoria-tem-mais-de-400-pedidos-de-ajuda-na-pandemia-0720https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/violencia-contra-a-mulher-vitoria-tem-mais-de-400-pedidos-de-ajuda-na-pandemia-0720

  • Justiça suspende desconto de 30% nasmensalidades das escolas

    TV GAZETA / AF. GLOBO ES - BOM DIA ES. Sex, 10 de Julho de 2020PODER JUDICIÁRIO

    TIAGO FÉLIX

    DESEMBARGADOR JORGE HENRIQUE VALLESDOS SANTOS, ESCOLAS PARTICULARES,DESCONTO, ADVOGADA DO CONSUMIDOR,DENIZE IZAITA, LEGISLAÇÃO, ENSINO R