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Grécia antiga: cidade-estado de Atenas Localização Primeiros tempos Democracia ateniense Sociedade Prof. Cristiano Pissolato

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Grécia antiga: cidade-estado de Atenas

• Localização

• Primeiros tempos

• Democracia ateniense

• Sociedade

Prof. Cristiano Pissolato

Acrópole atual (cidade alta)

Acrópole ateniense

(Antiguidade) Templo de Atena Nike

Partenon

Propileu (portão de entrada)

Erectéion (Erecteu

mítico rei ateniense) Estátua de

Atena

Partenon construído entre 447 a.C. a 432 a.C. foi um templo a deusa grega de Atena. Durante o período de ocupação turca na região serviu como depósito de munições e no século XVII durante um ataque a cidade ocorreu uma explosão avariando a estrutura do templo.

Réplica do Partenon em Nashville, Tennessee-EUA.

Estátua de Atena no Partenon, esculpida por Fídias de 447-458 a.C. (está na imagem é uma cópia), Atena era a deusa da sabedoria e das artes.

Niké representada em bronze, localizada no Museu do Louvre em Paris-FRA

Templo de Atena Nice, em grego Niké, deusa alada da vitória, está representada na mão direta da estátua de Atena no Partenon. Templo localizado na Acrópole em Atenas.

Nike empresa norte-americana fundada em 1964 com sede no estado do Oregon nos EUA. Atualmente controla outras marcas como a Umbro, Converse fabricante do All Star.

Templo de Zeus Olímpico, templo localizado em Atenas sua construção foi começada no século VI a.C. e concluído no século II d.C. já no período romano.

Colunas em estilo coríntio.

Reis no poder • Até meados do século

VIII a.C. a cidade de Atenas era governada por um rei que acumulava funções de juiz, sacerdote e chefe militar.

• A aristocracia (elite) chega ao poder com seus representantes chamados de arcontes.

Teseu um rei mítico ateniense governou a cidade em torno do ano 1200 a.C. Na imagem ele derrota o minotauro de Creta com um só golpe, ao lado da deusa Atena, e simboliza o aumento do poder ateniense na região.

Na mitologia grega, uma criatura com cabeça de touro e corpo de homem.

Eupátridas “bem-nascidos” no poder

• A aristocracia ateniense chamada de eupátridas controlavam as decisões políticas e governavam Atenas.

• Se apossaram das melhores terras, emprestavam dinheiro para pequenos lavradores.

Quem trabalhava na agricultura eram os escravos e os cidadãos livres pobres.

Governo de uma oligarquia

Crise social

• Pequeno proprietários que não conseguiam pagar suas dividas, perdiam seus bens e até se tornavam escravos.

• Comércio e colonização de novas terras permitiu a distribuição de riqueza fora da elite.

• Comerciantes, artesãos e camponeses começaram a exigir reformas políticas e sociais.

Democracia ateniense

• Dessas reivindicações, criou-se uma nova maneira de governar Atenas, a democracia (demos, povo; e kratos, poder ou seja, poder do povo).

Quem podia participar da democracia ateniense? Os cidadãos. Quem era cidadão em Atenas? Eram os homens acima de 18 anos, filhos de pais atenienses. Mulheres, estrangeiros e escravos não eram cidadãos e não participavam da democracia ateniense.

Reformas de Sólon • Um dos pais da democracia foi

Sólon que no século VI a.C. realizou reformas na área jurídica criando um código de leis escritas onde proibiu a escravidão por dívidas.

• Garantia de liberdade particular.

• Estabelecimento de um imposto progressivo sobre a renda de cada cidadão.

• Criou a ekklésia e a boulé.

Sólon (638 a.C. – 558 a.C.) jurista e legislador ateniense, apesar de ser origem aristocrática foi um dos pais da democracia atenienses realizando reformas políticas e sociais na cidade de Atenas.

Ekklésia (Assembléia do Povo) • Criada por Sólon, todos os cidadãos atenienses

podiam participar da ekklésia , em torno de 20 mil cidadãos.

• Função: votar as leis, escolher os magistrados, decidir onde gastar o dinheiro público, etc.

Local onde eram realizados os discursos, na Assembléia do Povo.

Democracia direta

Boulé (Conselho dos Quinhentos) • Criado por iniciativa de Sólon, a

boulé, inicialmente com 400 membros, posteriormente mais conhecida por Conselho dos Quinhentos que era constituído por 500 membros eleitos pela ekklésia.

• Este órgão elaborava os projetos e leis que eram votadas na ekklésia (Assembléia do Povo).

• O político Clístenes mudou a legislação e a boulé passou a ser escolhida por sorteio anualmente entre os cidadãos atenienses.

Clístenes (565 a.C. - 492 a.C.), político ateniense, avançou nas reformas iniciadas por Sólon, facilitando a participação de pessoas pobres no governo de Atenas.

Estrategos • Eram dez cidadãos eleitos

pela ekklésia (Assembléia do Povo) para um mandato de um ano.

• Sua função era colocar em prática os projetos aprovados pela Assembléia do Povo.

• Eram também os chefes militares.

A palavra estratego depois do fim da democracia ateniense continuou a ser usada para designar o chefe político-militar da região. Atualmente stratigós (General) é a patente mais alta do Exército grego. Na imagem o atual chefe das Forças Armadas Gregas o stratigós Michail Kostarakos.

Ostracismo

• Estabelecido por Clístenes e consistia em expulsar da cidade por dez anos qualquer pessoa que ameaçasse a democracia.

• A expulsão de uma pessoa era votada pela ekklésia (Assembléia do Povo).

Ostrakon, pedaço de cerâmica onde se escrevia o nome do cidadão a ser expulso, utilizado na votação (na foto o ostrakon de Aristides).

O século de Péricles • O regime democrático atingiu

seu apogeu sob o comando de Péricles por volta do ano 440 a.C.

• Foi instituído uma remuneração para as pessoas que exercessem uma função pública.

• O partido aristocrata foi destituído.

• A acrópole teve de ser reconstruída após o ataque dos persas.

Péricles (495 a.C. – 429 a.C.) foi um político ateniense, ocupando o cargo de estratego por diversas vezes, foi o principal nome da política grega no século V a.C. a era de ouro da cidade-estado de Atenas.

Sociedade ateniense

• Cidadãos atenienses: tinham direitos políticos. Eram a minoria da população cerca de 10%.

• Mulheres: não participavam da política (não eram cidadãs), cuidavam dos serviços domésticos, as mulheres ricas tinham escravas.

As mulheres atenienses não recebiam uma educação formal, passavam do controle paterno, para o matrimonial.

Teatro de Dionísio, localizado na encosta da acrópole de Atenas, seu nome é em homenagem ao deus do vinho, das festas. As principais representações culturais e teatrais aconteciam no local, construído durante o século V a.C.

• Metecos: eram estrangeiros que moravam em Atenas, podiam trabalhar no comércio e artesanato, pagavam impostos, eram proibidos de comprar terras e não participavam da política.

• Escravos: eram prisioneiros de guerra comprados pelos cidadãos. Trabalhavam na área rural e urbana.

• As leis atenienses permitiam que os escravos fossem libertos.

Artesão ateniense dedicado a fabricação de vasos de cerâmica muito utilizado no período para vários fins.

Grécia antiga: cidade-estado de Esparta

• Localização

•Sistema de governo

• Governo oligárquico

• Sociedade

Península do Peloponeso

Fundação • Fundada pelo povo dório por

volta do século IX a.C. na Península do Peloponeso em uma região de terras férteis.

• De tradição bélica motivada pela necessidade de conquistar novas terras para acomodar sua população.

Hoplita, nome dado aos soldados na Grécia antiga, tem origem de hóplon (escudo redondo que portavam). Em Esparta segundo Heródoto, o lema era “não fugir do campo de batalha diante de qualquer número de inimigos, mas permanecer firmes em seus postos e neles vencer ou morrer”.

Sistema de governo

• Esparta era governada por dois reis, um da família dos Ágidas e outro da família dos Euripôntides.

• Tinham função religiosa e militar. Diarquia – governo

exercido por dois reis.

Leonídas I, rei e general espartano de 491 a.C. a 480 a.C. da dinastia Ágida. Ficou famoso por liderar os espartanos na Batalha de Termópilas (480 a.C.) que defendendo o desfiladeiro dos persas. Estátua localizada em Esparta.

Ápela (Assembléia do Povo)

• Assembléia formada por cidadãos espartanos, com mais de 30 anos.

• Debatia e votava as leis propostas pela Gerúsia, mas na prática sua função era aprovar as leis da Gerúsia.

• Realizava a eleição dos membros da Gérusia e do Conselho dos Éforos.

Gerúsia (Conselho dos anciãos)

• Era composto pelos dois reis, e mais 28 esparciatas (cidadãos espartanos) com mais de 60 anos eleitos pela Ápela.

• Função: administrativa (supervisão), legislativa (elaboração dos projetos de lei) e judiciária (tribunal superior).

Licurgo de Esparta, legislador de grande influência na organização política e social de Esparta, pouco se sabe sobre a sua existência.

Conselho dos Éforos

• Formado por cinco esparciatas (cidadãos) eleitos pela Gerúsia, para um mandato de um ano.

• Eram os chefes de governo e fiscalizavam a atuação dos reis.

• Podiam se reeleger indefinidamente, vetar os projetos de lei, comandavam as reuniões da Ápela e da Gerúsia.

• Devido ao poder enorme dos éforos, o governo de Esparta é considerado uma oligarquia.

Palavra de origem grega (oligos: poucos e archia: poder) significando “poder de poucos”.

Sociedade espartana

• Esparciatas: eram os cidadãos espartanos, permaneciam a disposição do exército ou para trabalhar na administração pública.

• Eram proprietários de terra e não podiam exercer o comércio.

• Periecos: eram homens-livres, alguns tinham pequenas propriedades.

• Não podiam participar da vida política.

• Dedicavam-se ao artesanato e ao comércio, somente serviam ao exército em caso de estrema necessidade.

Alguns periecos acabavam por ganhar muito dinheiro com o comércio e artesanato, mas apesar de ricos não tinham os mesmos direitos que os esparcíatas.

• Hilotas: eram os servos (trabalhadores rurais) sendo a maioria da população e viviam presos à terra dos esparciatas (cidadãos).

• Sustentavam os esparciatas com seu trabalho e eram desprezados socialmente.

• Devido a opressão e a situação de miséria que viviam houve várias revoltas de hilotas em Esparta.