10.098

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  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SULASSEMBLIA LEGISLATIVA

    Gabinete de Consultoria Legislativa

    LEI COMPLEMENTAR N 10.098, DE 03 DE FEVEREIRO DE 1994.

    (publicada no DOE n 24, de 04 de fevereiro de 1994) (vide abaixo retificao)

    (vide abaixo partes vetadas pelo Governador e mantidas pela Assemblia Legislativa) Dispe sobre o estatuto e regime jurdico nico dos servidores pblicos civis do Estado do Rio Grande do Sul.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Fao saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV da Constituio do

    Estado, que a Assemblia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

    TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - Esta lei dispe sobre o estatuto e o regime jurdico dos servidores pblicos

    civis do Estado do Rio Grande do Sul, excetuadas as categorias que, por disposio constitucional, devam reger-se por estatuto prprio.

    Art. 2 - Para os efeitos desta lei, servidor pblico a pessoa legalmente investida em

    cargo pblico. Art. 3 - Cargo pblico o criado por lei, em nmero certo, com denominao prpria,

    consistindo em conjunto de atribuies e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuio pecuniria paga pelos cofres pblicos.

    Art. 4 - Os cargos pblicos estaduais, acessveis a todos os brasileiros que preencham

    os requisitos legais para a investidura, so de provimento efetivo e em comisso. 1 - Os cargos em comisso, de livre nomeao e exonerao, no sero organizados

    em carreira. 2 - Os cargos em comisso, preferencialmente, e as funes gratificadas, com

    atribuies definidas de chefia, assistncia e assessoramento, sero exercidos por servidores do quadro permanente, ocupantes de cargos tcnicos ou profissionais, nos casos e condies previstos em lei.

    Art. 5 - Os cargos de provimento efetivo sero organizados em carreira, com

    promoes de grau a grau, mediante aplicao de critrios alternados de merecimento e antigidade.

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  • Pargrafo nico - Podero ser criados cargos isolados quando o nmero no comportar a organizao em carreira.

    Art. 6 - A investidura em cargo pblico de provimento efetivo depender de aprovao

    prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos. Pargrafo nico - VETADO Art. 7 - So requisitos para ingresso no servio pblico: I - possuir a nacionalidade brasileira; II - estar quite com as obrigaes militares e eleitorais; III - ter idade mnima de dezoito anos; IV - possuir aptido fsica e mental; V - estar em gozo dos direitos polticos; VI - ter atendido s condies prescritas para o cargo. 1 - De acordo com as atribuies peculiares do cargo, podero ser exigidos outros

    requisitos a serem estabelecidos em lei. 2 - VETADO Art. 8 - Preceder sempre, ao ingresso no servio pblico estadual, a inspeo mdica

    realizada pelo rgo de percia oficial. 1 - Podero ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada

    cargo, nos termos da lei. 2 - Os candidatos julgados temporariamente inaptos podero requerer nova inspeo

    mdica, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data que dela tiverem cincia. Art. 9 - VETADO

    TTULO II

    DO PROVIMENTO, PROMOO, VACNCIA, REMOO E REDISTRIBUIO CAPTULO I

    DO PROVIMENTO

    Art. 10 - So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - readaptao; III - reintegrao; IV - reverso; V - aproveitamento; VI - reconduo.

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  • CAPTULO II DO RECRUTAMENTO E SELEO

    Seo I Disposies Gerais

    Art. 11 - O recrutamento geral e destina-se a selecionar candidatos, atravs de

    concurso pblico para preenchimento de vagas existentes no quadro de lotao de cargos dos rgos integrantes da estrutura organizacional do Estado.

    Seo II

    Do Concurso Pblico

    Art. 12 - O concurso pblico tem como objetivo selecionar candidatos nomeao em cargos de provimento efetivo, podendo ser de provas ou de provas e ttulos, na forma do regulamento.

    1 - As condies para a realizao do concurso sero fixadas em edital, que ser

    publicado no Dirio Oficial do Estado e em jornal de grande circulao. 2 - VETADO 3 - As provas devero aferir, com carter eliminatrio, os conhecimentos especficos

    exigidos para o exerccio do cargo. 4 - Sero considerados como ttulos somente os cursos ou atividades desempenhadas

    pelos candidatos, se tiverem relao direta com as atribuies do cargo pleiteado, sendo que os pontos a eles correspondentes no podero somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do concurso.

    5 - Os componentes da banca examinadora devero ter qualificao, no mnimo,

    igual exigida dos candidatos, e sua composio dever ser publicada no Dirio Oficial do Estado.

    Art. 13 - O desempate entre candidatos aprovados no concurso em igualdade de

    condies, obedecer aos seguintes critrios: I - maior nota nas provas de carter eliminatrio, considerando o peso respectivo; II - maior nota nas provas de carter classificatrio, se houver, prevalecendo a que tiver

    maior peso; III - sorteio pblico, que ser divulgado atravs de edital publicado na imprensa, com

    antecedncia mnima de 3 (trs) dias teis da sua realizao. Art. 14 - O prazo de validade do concurso ser de at 2 (dois) anos, podendo ser

    prorrogado, uma nica vez, por igual perodo, no interesse da Administrao. Pargrafo nico - VETADO

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  • Art. 15 - s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de concorrer nos concursos pblicos para provimento de cargos, cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras.

    Pargrafo nico - A lei reservar percentual de cargos e definir critrios de admisso

    das pessoas nas condies deste artigo.

    CAPTULO III DA NOMEAO

    Art. 16 - A nomeao far-se-: I - em carter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso pblico para

    provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado; II - em comisso, quando se tratar de cargo de confiana de livre exonerao. Pargrafo nico - A nomeao em carter efetivo obedecer rigorosamente ordem de

    classificao dos aprovados, ressalvada a hiptese de opo do candidato por ltima chamada.

    CAPTULO IV DA LOTAO

    Art. 17 - Lotao a fora de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos rgos

    em que, efetivamente, devam ter exerccio os servidores, observados os limites fixados para cada repartio ou unidade de trabalho.

    1 - A indicao do rgo, sempre que possvel, observar a relao entre as

    atribuies do cargo, as atividades especficas da repartio e as caractersticas individuais apresentadas pelo servidor.

    2 - Tanto a lotao como a relotao podero ser efetivadas a pedido ou "ex-officio",

    atendendo ao interesse da Administrao. 3 - Nos casos de nomeao para cargos em comisso ou designao para funes

    gratificadas, a lotao ser compreendida no prprio ato.

    CAPTULO V DA POSSE

    Art. 18 - Posse a aceitao expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo

    no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da nomeao, prorrogvel por igual perodo a pedido do interessado.

    1 - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do exerccio do cargo, o prazo

    para a posse comear a fluir a partir do trmino do afastamento. 2 - A posse poder dar-se mediante procurao especfica.

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  • 3 - No ato da posse, o servidor dever apresentar declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

    Art. 19 - A autoridade a quem couber dar posse verificar, sob pena de

    responsabilidade, se foram cumpridas as formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.

    Art. 20 - Se a posse no se der no prazo referido no artigo 18, ser tornada sem efeito a

    nomeao. Art. 21 - So competentes para dar posse: I - o Governador do Estado, aos titulares de cargos de sua imediata confiana; II - os Secretrios de Estado e os dirigentes de rgo diretamente ligados ao chefe do

    Poder Executivo, aos seus subordinados hierrquicos.

    CAPTULO VI DO EXERCCIO

    Art. 22 - Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo e dar-se- no prazo

    de at 30 (trinta) dias contados da data da posse. 1 - Ser tornada sem efeito a nomeao do servidor que no entrar em exerccio no

    prazo estabelecido neste artigo. 2 - Compete chefia imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor,

    dar-lhe exerccio e providenciar nos elementos necessrios complementao de seus assentamentos individuais.

    3 - A readaptao e a reconduo, bem como a nomeao em outro cargo, com a

    conseqente exonerao do anterior, no interrompem o exerccio. 4 - O prazo de que trata este artigo, para os casos de reintegrao, reverso e

    aproveitamento, ser contado a partir da publicao do ato no Dirio Oficial do Estado. Art. 23 - O servidor removido ou redistribudo "ex-officio", que deva ter exerccio em

    outra localidade, ter 15 (quinze) dias para entrar em exerccio, includo neste prazo, o tempo necessrio ao deslocamento para a nova sede.

    Pargrafo nico - Na hiptese de o servidor encontrar-se afastado do exerccio do cargo,

    o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do afastamento. Art. 24 - A efetividade do servidor ser comunicada ao rgo competente mensalmente,

    por escrito, na forma do regulamento. Pargrafo nico - A aferio da freqncia do servidor, para todos os efeitos, ser

    apurada atravs do ponto, nos termos do regulamento.

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  • Art. 25 - O servidor poder afastar-se do exerccio das atribuies do seu cargo no servio pblico estadual, mediante autorizao do Governador, nos seguintes casos:

    I - colocao disposio; II - estudo ou misso cientfica, cultural ou artstica; III - estudo ou misso especial de interesse do Estado. 1 - O servidor somente poder ser posto disposio de outros rgos da

    administrao direta, autarquias ou fundaes de direito pblico do Estado, para exercer funo de confiana.

    2 - O servidor somente poder ser posto disposio de outras entidades da

    administrao indireta do Estado ou de outras esferas governamentais, para o exerccio de cargo ou funo de confiana.

    3 - Do pedido de afastamento do servidor dever constar expressamente o objeto do

    mesmo, o prazo de sua durao e, conforme o caso, se com ou sem nus para a origem. Art. 26 - Salvo nos casos previstos nesta lei, o servidor que interromper o exerccio por

    mais de 30 (trinta) dias consecutivos ser demitido por abandono de cargo, com base em resultado apurado em inqurito administrativo.

    Art. 27 - O servidor preso para perquirio de sua responsabilidade em crime comum ou

    funcional ser considerado afastado do exerccio do cargo, observado o disposto no inciso IV do artigo 80.

    1 - Absolvido, ter considerado este tempo como de efetivo exerccio, sendo-lhe

    ressarcidas as diferenas pecunirias a que fizer jus. 2 - No caso de condenao, e se esta no for de natureza que determine a demisso,

    continuar afastado at o cumprimento total da pena.

    CAPTULO VII DO ESTGIO PROBATRIO

    Art. 28 - Estgio probatrio o perodo de 2 (dois) anos em que o servidor, nomeado

    em carter efetivo, ficar em observao e durante o qual ser verificada a convenincia ou no de sua confirmao no cargo, mediante a apurao dos seguintes requisitos:

    I - disciplina; II - eficincia; III - responsabilidade; IV - produtividade; V - assiduidade. Pargrafo nico - Os requisitos estabelecidos neste artigo, os quais podero ser

    desdobrados em outros, sero apurados na forma do regulamento.

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  • Art. 29 - A aferio dos requisitos do estgio probatrio processar-se- no perodo mximo de at 20 (vinte) meses, a qual ser submetida avaliao da autoridade competente, servindo o perodo restante para aferio final, nos termos do regulamento.

    1 - VETADO 2 - VETADO 3 - VETADO

    CAPTULO VIII

    DA ESTABILIDADE

    Art. 30 - O servidor nomeado em virtude de concurso, na forma do artigo 12, adquire estabilidade no servio pblico, aps dois anos de efetivo exerccio, cumprido o estgio probatrio.

    Art. 31 - O servidor pblico estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial

    transitada em julgado, ou mediante processo administrativo em que lhe tenha sido assegurada ampla defesa.

    CAPTULO IX

    DO REGIME DE TRABALHO

    Art. 32 - O Governador do Estado determinar, quando no discriminado em lei ou regulamento, o horrio de trabalho dos rgos pblicos estaduais.

    Art. 33 - Por necessidade imperiosa de servio, o servidor poder ser convocado para

    cumprir servio extraordinrio, desde que devidamente autorizado pelo Governador. 1 - Consideram-se extraordinrias as horas de trabalho realizadas alm das normais

    estabelecidas por jornada diria para o respectivo cargo. 2 - O horrio extraordinrio de que trata este artigo no poder exceder a 25% (vinte

    e cinco por cento) da carga horria diria a que estiver sujeito o servidor. 3 - Pelo servio prestado em horrio extraordinrio, o servidor ter direito a

    remunerao, facultada a opo em pecnia ou folga, nos termos da lei. Art. 34 - Considera-se servio noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de

    um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, observado o previsto no artigo 113. Pargrafo nico - A hora de trabalho noturno ser computada como de cinqenta e dois

    minutos e trinta segundos.

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  • CAPTULO X DA PROMOO

    Art. 35 - Promoo a passagem do servidor de um grau para o imediatamente superior,

    dentro da respectiva categoria funcional. Art. 36 - As promoes de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecero

    aos critrios de merecimento e antigidade, alternadamente, na forma da lei, que dever assegurar critrios objetivos na avaliao do merecimento.

    Art. 37 - Somente poder concorrer promoo o servidor que: I - preencher os requisitos estabelecidos em lei; II - no tiver sido punido nos ltimos 12 (doze) meses com pena de suspenso,

    convertida, ou no em multa. Art. 38 - Ser anulado, em benefcio do servidor a quem cabia por direito, o ato que

    formalizou indevidamente a promoo. Pargrafo nico - O servidor a quem cabia a promoo receber a diferena de

    retribuio a que tiver direito.

    CAPTULO XI DA READAPTAO

    Art. 39 - Readaptao a forma de investidura do servidor estvel em cargo de

    atribuies e responsabilidades mais compatveis com sua vocao ou com as limitaes que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, podendo ser processada a pedido ou "ex-officio".

    1 - A readaptao ser efetivada, sempre que possvel, em cargo compatvel com a

    aptido do servidor, observada a habilitao e a carga horria exigidas para o novo cargo. 2 - A verificao de que o servidor tornou-se inapto para o exerccio do cargo

    ocupado, em virtude de modificaes em sua aptido vocacional ou no seu estado fsico ou psquico, ser realizada pelo rgo central de recursos humanos do Estado que vista de laudo mdico, estudo social e psicolgico, indicar o cargo em que julgar possvel a readaptao.

    3 - Definido o cargo, sero cometidas as respectivas atribuies ao servidor em

    estgio experimental, pelo rgo competente, por prazo no inferior a 90 (noventa) dias, o que poder ser realizado na mesma repartio ou em outra, atendendo, sempre que possvel, s peculiaridades do caso, mediante acompanhamento sistemtico.

    4 - No caso de inexistncia de vaga, sero cometidas ao servidor as atribuies do

    cargo indicado, at que se disponha deste para o regular provimento. Art. 40 - Se o resultado da inspeo mdica concluir pela incapacidade para o servio

    pblico, ser determinada a aposentadoria do readaptando.

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  • Art. 41 - Em nenhuma hiptese poder a readaptao acarretar aumento ou diminuio da remunerao do servidor, exceto quando se tratar da percepo de vantagens cuja natureza inerente ao exerccio do novo cargo.

    Pargrafo nico - Realizando-se a readaptao em cargo de padro de vencimento

    inferior, ficar assegurada ao servidor a remunerao correspondente do cargo que ocupava anteriormente.

    Art. 42 - Verificada a adaptabilidade do servidor no cargo e comprovada sua habilitao

    ser formalizada sua readaptao, por ato de autoridade competente. Pargrafo nico - O rgo competente poder indicar a delimitao de atribuies no

    novo cargo ou no cargo anterior, apontando aquelas que no podem ser exercidas pelo servidor e, se necessrio, a mudana de local de trabalho.

    CAPTULO XII

    DA REINTEGRAO

    Art. 43 - Reintegrao o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua transformao, em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de prejuzos decorrentes do afastamento.

    1 - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao

    cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

    2 - Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade,

    observado o disposto nos artigos 51 a 53. 3 - O servidor reintegrado ser submetido inspeo mdica e, verificada a

    incapacidade para o servio pblico, ser aposentado.

    CAPTULO XIII DA REVERSO

    Art. 44 - Reverso o retorno atividade do servidor aposentado por invalidez, quando

    verificada, por junta mdica oficial, a insubsistncia dos motivos determinantes da aposentadoria.

    1 - O servidor que reverter ter assegurada a retribuio correspondente situao

    funcional que detinha anteriormente aposentadoria. 2 - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposies dos artigos 18 e 22, relativas

    posse e ao exerccio, respectivamente. Art. 45 - A reverso far-se-, a pedido ou "ex-officio", no mesmo cargo ou no resultante

    de sua transformao.

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  • Art. 46 - O servidor com mais de 60 (sessenta) anos no poder ter processada a sua reverso.

    Art. 47 - O servidor que reverter no poder ser aposentado antes de decorridos 5

    (cinco) anos de efetivo exerccio, salvo se sobrevier outra molstia que o incapacite definitivamente ou for invalidado em conseqncia de acidente ou de agresso no-provocada no exerccio de suas atribuies.

    Pargrafo nico - Para efeito deste artigo, no ser computado o tempo em que o

    servidor, aps a reverso, tenha se licenciado em razo da mesma molstia. Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado ser computado, na hiptese de

    reverso, exclusivamente para fins de nova aposentadoria.

    CAPTULO XIV DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

    Seo I Da Disponibilidade

    Art. 49 - A disponibilidade decorrer da extino do cargo ou da declarao da sua

    desnecessidade. Pargrafo nico - O servidor estvel ficar em disponibilidade at seu aproveitamento

    em outro cargo. Art. 50 - O provento da disponibilidade ser igual ao vencimento do cargo, acrescido

    das vantagens permanentes. Pargrafo nico - O servidor em disponibilidade ser aposentado se, submetido

    inspeo mdica, for declarado invlido para o servio pblico.

    Seo II Do Aproveitamento

    Art. 51 - Aproveitamento o retorno atividade do servidor em disponibilidade e far-

    se-, obrigatoriamente, em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

    Art. 52 - O rgo central de recursos humanos poder indicar o aproveitamento do

    servidor em disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica estadual, na forma do regulamento.

    Art. 53 - Salvo doena comprovada por junta mdica oficial, ser tornado sem efeito o

    aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o servidor no entrar em exerccio no prazo de 30 (trinta) dias.

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  • CAPTULO XV DA RECONDUO

    Art. 54 - Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e

    decorrer de: I - obteno de resultado insatisfatrio em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante do cargo. Pargrafo nico - VETADO

    CAPTULO XVI DA VACNCIA

    Art. 55 - A vacncia do cargo decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - readaptao; IV - aposentadoria; V - reconduo; VI - falecimento. Pargrafo nico - A abertura da vaga ocorrer na data da publicao da lei que criar o

    cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipteses previstas neste artigo. Art. 56 - A exonerao dar-se-: I - a pedido do servidor; II - "ex-officio", quando: a) se tratar de cargo em comisso, a critrio da autoridade competente; b) no forem satisfeitas as condies do estgio probatrio. Art. 57 - A demisso decorrer de aplicao de pena disciplinar na forma prevista em

    lei.

    CAPTULO XVII DA REMOO E DA REDISTRIBUIO

    Seo I Da Remoo

    Art. 58 - Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou "ex-officio", com ou sem

    mudana de sede: I - de uma repartio para outra; II - de uma unidade de trabalho para outra, dentro da mesma repartio. 1 - Dever ser sempre comprovada por junta mdica, a remoo, a pedido, por

    motivo de sade do servidor, do cnjuge deste ou dependente, mediante prvia verificao da existncia de vaga.

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  • 2 - Sendo o servidor removido da sede, dar-se-, sempre que possvel, a remoo do cnjuge, que for tambm servidor estadual; no sendo possvel, observar-se- o disposto no artigo 147.

    Art. 59 - A remoo por permuta ser processada a pedido de ambos os interessados,

    ouvidas, previamente, as chefias envolvidas.

    Seo II Da Redistribuio

    Art. 60 - Redistribuio o deslocamento do servidor com o respectivo cargo, de um

    quadro de pessoal ou entidade para outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idnticos.

    1 - Dar-se-, exclusivamente, a redistribuio, para ajustamento de quadros de

    pessoal s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade, na forma da lei.

    2 - Nos casos de extino de rgo ou entidade, os servidores estveis que no

    puderem ser redistribudos, nos termos deste artigo, sero colocados em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma do artigo 51.

    3 - VETADO

    CAPTULO XVIII

    DA SUBSTITUIO

    Art. 61 - Os servidores investidos em cargos em comisso ou funes gratificadas tero substitutos, durante seus afastamentos ou impedimentos eventuais, previamente designados pela autoridade competente.

    Pargrafo nico - O substituto far jus ao vencimento do cargo ou funo na proporo

    dos dias de efetiva substituio iguais ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos, computveis para os efeitos dos artigos 102 e 103 desta lei.

    TTULO III

    DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPTULO I

    DO TEMPO DE SERVIO

    Art. 62 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias, os quais sero convertidos em anos, considerados estes como perodo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

    Art. 63 - Os dias de efetivo exerccio sero computados vista dos comprovantes de

    pagamento, ou dos registros funcionais.

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  • Art. 64 - So considerados de efetivo exerccio os afastamentos do servio em virtude de:

    I - frias; II - casamento, at 8 (oito) dias consecutivos; III - falecimento de cnjuge, ascendente, descendente, sogros, irmos, companheiro ou

    companheira, madrasta ou padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, at 8 (oito) dias; IV - doao de sangue, 1 (um) dia por ms, mediante comprovao; V - exerccio pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comisso, exceto

    para efeito de promoo por merecimento; VI - jri e outros servios obrigatrios por lei; VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para

    promoo por merecimento; VIII - misso ou estudo noutros pontos do territrio nacional ou no exterior, quando o

    afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuzo da retribuio pecuniria;

    IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58; X - realizao de provas, na forma do artigo 123; XI - assistncia a filho excepcional, na forma do artigo 127; XII - prestao de prova em concurso pblico; XIII - participao em programas de treinamento regularmente institudo,

    correlacionado s atribuies do cargo; XIV - licena: a) gestante, adotante e paternidade; b) para tratamento da prpria sade ou de pessoa da famlia, com remunerao; c) prmio por assiduidade; d) por motivo de acidente em servio, agresso no-provocada ou doena profissional; e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal; f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoo por

    merecimento; g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuzo da retribuio; XV - molstia, devidamente comprovada por atestado mdico, at 3 (trs) dias por ms,

    mediante pronta comunicao chefia imediata; XVI - participao de assemblias e atividades sindicais. Pargrafo nico - Constitui tempo de servio, para todos os efeitos legais, o

    anteriormente prestado ao Estado pelo servidor que tenha ingressado sob a forma de contratao, admisso, nomeao, ou qualquer outra, desde que comprovado o vnculo regular.

    Art. 65 - Computar-se- integralmente, para efeito de aposentadoria e disponibilidade o

    tempo: I - de servio prestado pelo servidor em funo ou cargo pblico federal, estadual ou

    municipal; II - de servio ativo nas foras armadas e auxiliares prestado durante a paz,

    computando-se em dobro o tempo em operao de guerra, na forma da lei; III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal,

    anterior ao ingresso no servio pblico estadual;

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  • IV - de servio prestado em atividade privada, vinculada previdncia social, observada a compensao financeira entre os diversos sistemas previdencirios segundo os critrios estabelecidos em lei;

    V - em que o servidor: a) esteve em disponibilidade; b) j esteve aposentado, quando se tratar de reverso. Art. 66 - vedada a contagem cumulativa de tempo de servio prestado

    concomitantemente em mais de um cargo ou funo em rgo ou entidade dos Poderes da Unio, estados, municpios, autarquias, fundaes, sociedades de economia mista e empresas pblicas.

    CAPTULO II DAS FRIAS

    Art. 67 - O servidor gozar, anualmente, 30 (trinta) dias de frias. 1 - Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de

    exerccio. 2 - vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio. 3 - facultado o gozo de frias em dois perodos, no inferiores a 10 (dez) dias

    consecutivos. Art. 68 - Ser pago ao servidor, por ocasio das frias, independentemente de

    solicitao, o acrscimo constitucional de 1/3 (um tero) da remunerao do perodo de frias, pago antecipadamente.

    1 - O pagamento da remunerao de frias ser efetuado antecipadamente ao servidor

    que o requerer, juntamente com o acrscimo constitucional de 1/3 (um tero), antes do incio do referido perodo.

    2 - Na hiptese de frias parceladas poder o servidor indicar em qual dos perodos

    utilizar a faculdade de que trata este artigo. Art. 69 - Durante as frias, o servidor ter direito a todas as vantagens inerentes ao

    cargo como se estivesse em exerccio. Art. 70 - O servidor que opere direta e permanentemente com Raios X ou substncias

    radioativas, prximas a fontes de irradiao, ter direito, quando no efetivo exerccio de suas atribuies, a 20 (vinte) dias consecutivos de frias por semestre, no acumulveis e intransferveis.

    Art. 71 - Por absoluta necessidade de servio e ressalvadas as hipteses em que haja

    legislao especfica, as frias podero ser acumuladas at o mximo de dois perodos anuais.

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  • Art. 72 - As frias somente podero ser interrompidas por motivos de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral ou por superior interesse pblico.

    Art. 73 - Se o servidor vier a falecer, quando j implementado o perodo de um ano, que

    lhe assegure o direito a frias, a retribuio relativa ao perodo, descontadas eventuais parcelas correspondentes antecipao, ser paga aos dependentes legalmente constitudos.

    Art. 74 - O servidor exonerado far jus ao pagamento da remunerao de frias

    proporcionalmente aos meses de efetivo exerccio, descontadas eventuais parcelas j frudas. Pargrafo nico - O pagamento de que trata este artigo corresponder a 1/12 (um doze

    avos) da remunerao a que fizer jus o servidor na forma prevista no artigo 69, desta lei, relativa ao ms em que a exonerao for efetivada.

    Art. 75 - O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de licena para tratar de

    interesses particulares ou para acompanhar o cnjuge, somente aps um ano de efetivo exerccio contado da data da apresentao far jus a frias.

    Art. 76 - Perder o direito s frias o servidor que, no ano antecedente quele em que

    deveria goz-las, tiver mais de 30 (trinta) dias de faltas no justificadas ao servio. Art. 77 - O servidor readaptado, relotado, removido ou reconduzido, quando em gozo de

    frias, no obrigado a apresentar-se antes de conclu-las.

    CAPTULO III DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO

    Art. 78 - Vencimento a retribuio pecuniria devida ao servidor pelo efetivo

    exerccio do cargo, correspondente ao padro fixado em lei. Pargrafo nico - VETADO Art. 79 - Remunerao o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecunirias

    estabelecidas em lei. 1 - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente,

    irredutvel, sendo vedada vinculao ou equiparao para efeitos de remunerao de pessoal. 2 - No integram a remunerao, para os efeitos do art. 37, inciso XI, da Constituio

    Federal, as vantagens de que tratam o inciso II do artigo 85 e o inciso VIII do artigo 100. Art. 80 - O servidor perder: I - a remunerao relativa aos dias em que faltar ao servio; II - a parcela da remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias e sadas

    antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos; III - a metade da remunerao, na hiptese de converso da pena de suspenso em

    multa;

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  • IV - um tero de sua remunerao durante o afastamento do exerccio do cargo, nas hipteses previstas no artigo 27.

    Pargrafo nico - No caso de faltas sucessivas, sero computados para efeito de

    desconto os perodos de repouso intercalados. Art. 81 - Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir

    sobre a remunerao ou provento. Pargrafo nico - Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha

    de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.

    Art. 82 - As reposies e indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais

    no excedentes quinta parte da remunerao ou provento. Art. 83 - Ter o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais dbitos com o errio, o

    servidor que for demitido ou exonerado. Pargrafo nico - A no-quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio na

    dvida ativa. Art. 84 - O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto,

    seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultantes de deciso judicial.

    CAPTULO IV DAS VANTAGENS

    Art. 85 - Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - avanos; III - gratificaes e adicionais; IV - honorrios e jetons. Art. 86 - As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas, para efeito

    de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    Art. 87 - Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor no poder receber a qualquer

    ttulo, seja qual for o motivo ou a forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniria dos rgos da Administrao Direta ou Indireta, ou outras organizaes pblicas, em razo de seu cargo, nas quais tenha sido mandado servir.

    Art. 88 - As vantagens de que trata o artigo 85 no sero incorporadas ao vencimento,

    em atividade, excetuando-se os avanos, o adicional por tempo de servio, a gratificao por exerccio de funo e seus acessrios e a gratificao de permanncia em servio, nos termos desta lei.

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  • Seo I Das Indenizaes

    Art. 89 - Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte.

    Subseo I

    Da Ajuda de Custo

    Art. 90 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalaes do servidor que, no interesse do servio, passe a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente.

    Pargrafo nico - Correm por conta da Administrao as despesas de transporte do

    servidor e de sua famlia, compreendendo passagens, bagagens e bens pessoais. Art. 91 - A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se

    dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs) meses de remunerao.

    Art. 92 - No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou

    reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 93 - Ser concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do Estado que for nomeado

    para cargo em comisso ou designado para funo gratificada, com mudana de domiclio. Pargrafo nico - No afastamento para exerccio de cargo em comisso, em outro rgo

    ou entidade da Unio, do Distrito Federal, dos estados ou dos municpios, o servidor no receber ajuda de custo do Estado.

    Art. 94 - O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando,

    injustificadamente, no se apresentar na nova sede, no prazo de 30 (trinta) dias.

    Subseo II Das Dirias

    Art. 95 - O servidor que se afastar temporariamente da sede, em objeto de servio, far

    jus, alm das passagens de transporte, tambm a dirias destinadas indenizao das despesas de alimentao e pousada.

    1 - Entende-se por sede a localidade onde o servidor estiver em exerccio em carter

    permanente. 2 - A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando

    o deslocamento no exigir pernoite fora da sede.

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  • 3 - No sero devidas dirias nos casos de remoo a pedido, nem nas hipteses em que o deslocamento da sede se constituir em exigncia permanente do servio.

    Art. 96 - O servidor que receber dirias e, por qualquer motivo no se afastar da sede,

    fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Pargrafo nico - Na hiptese de o servidor retornar sede, em prazo menor do que o

    previsto para o seu afastamento, dever restituir as dirias recebidas em excesso, no perodo previsto no "caput".

    Art. 97 As dirias, que devero ser pagas antes do deslocamento, sero calculadas

    sobre o vencimento, acrescido das vantagens permanentes, percebido pelo servidor que a elas fizer jus, na forma do regulamento.

    Subseo III

    Da Indenizao de Transporte

    Art. 98 - Ser concedida indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo, para execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme previsto em regulamento.

    Seo II

    Dos Avanos

    Art. 99 - Por trinio de efetivo exerccio no servio pblico, o servidor ter concedido automaticamente um acrscimo de 5% (cinco por cento), denominado avano, calculado na forma da lei.

    Pargrafo nico - O servidor far jus a tantos avanos quanto for o tempo de servio

    pblico em que permanecer em atividade, computado na forma dos artigos 116 e 117.

    Seo III Das Gratificaes e Adicionais

    Art. 100 - Sero deferidos ao servidor as seguintes gratificaes e adicionais por tempo

    de servio e outras por condies especiais de trabalho: I - gratificao por exerccio de funo; II - gratificao natalina; III - gratificao por regime especial de trabalho, na forma da lei; IV - gratificao por exerccio de atividades insalubres, penosas ou perigosas; V - gratificao por exerccio de servio extraordinrio; VI - gratificao de representao, na forma da lei; VII - gratificao por servio noturno; VIII - adicional por tempo de servio; IX - gratificao de permanncia em servio; X - abono familiar; XI - outras gratificaes, relativas ao local ou natureza do trabalho, na forma da lei.

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  • Subseo I Da Gratificao por Exerccio de Funo

    Art. 101 - A funo gratificada ser percebida pelo exerccio de chefia, assistncia ou

    assessoramento, cumulativamente ao vencimento do cargo de provimento efetivo. Art. 102 - VETADO 1 - Quando mais de uma funo gratificada ou cargo em comisso houver sido

    exercido no perodo, ser incorporado aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mnimo, por 1 (um) ano, ou quando no ocorrer tal hiptese, o valor da funo que tenha desempenhado por mais tempo.

    2 - VETADO Art. 103 - A funo gratificada ser incorporada integralmente ao provento do servidor

    que a tiver exercido, mesmo sob forma de cargo em comisso, por um perodo mnimo de 5 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) intercalados, anteriormente aposentadoria, observado o disposto no 1 do artigo anterior.

    Subseo II

    Da Gratificao Natalina

    Art. 104 - Ser concedida ao servidor que esteja no desempenho de suas funes uma gratificao natalina correspondente a sua remunerao integral devida no ms de dezembro.

    1 - A gratificao de que trata este artigo corresponder a 1/12 (um doze avos) da

    remunerao a que fizer jus o servidor, no ms de dezembro, por ms de efetivo exerccio, considerando-se as fraes iguais ou superiores a 15 (quinze) dias como ms integral.

    2 - O pagamento da gratificao natalina ser efetuado at o dia 20 (vinte) do ms de

    dezembro de cada exerccio. 3 - A gratificao natalina devida ao servidor afastado de suas funes, sem

    prejuzo da remunerao e demais vantagens. Art. 105 - O servidor exonerado ter direito gratificao natalina, proporcionalmente

    aos meses de exerccio, calculada na forma do 1 do artigo anterior, sobre a remunerao do ms da exonerao.

    Art. 106 - extensiva aos inativos a percepo da gratificao natalina, cujo clculo

    incidir sobre as parcelas que compem seu provento.

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  • Subseo III Da Gratificao por Exerccio de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas

    Art. 107 - VETADO 1 - O servidor que fizer jus s gratificaes de insalubridade, periculosidade ou

    penosidade dever optar por uma delas nas condies previstas na lei. 2 - O direito s gratificaes previstas neste artigo cessa com a eliminao das

    condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso. Art. 108 - Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou

    locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Pargrafo nico - A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durarem a

    gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, passando a exercer suas atividades em local salubre e em servio compatvel com suas condies.

    Art. 109 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raios X ou substncias

    radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria.

    Pargrafo nico - Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames

    mdicos a cada 6 (seis) meses de exerccio.

    Subseo IV Da Gratificao por Exerccio de Servio Extraordinrio

    Art. 110 - O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta

    por cento) em relao hora normal de trabalho. Art. 111 - A gratificao de que trata o artigo anterior somente ser atribuda ao servidor

    para atender s situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo previsto no 2 do artigo 33.

    Art. 112 - O valor da hora de servio extraordinrio, prestado em horrio noturno, ser

    acrescido de mais 20% (vinte por cento).

    Subseo V Da Gratificao por Servio Noturno

    Art. 113 - O servio noturno ter o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento),

    observado o disposto no artigo 34. Pargrafo nico - As disposies deste artigo no se aplicam quando o servio noturno

    corresponder ao horrio normal de trabalho.

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  • Subseo VI Da Gratificao de Permanncia em Servio

    Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito aposentadoria voluntria, na forma do

    artigo 158, inciso III, alneas "a" e "b", e cuja permanncia no desempenho de suas funes for julgada conveniente para o servio pblico, poder ser deferida, por ato do Governador, uma gratificao especial de 20% (vinte por cento) das importncias que integrariam o provento da inatividade, na data de implementao do requisito temporal, enquanto permanecer em exerccio.

    1 - A gratificao de que trata este artigo ser incorporada aos vencimentos aps

    decorridos 5 (cinco) anos de sua percepo. 2 - A cada novo ano de exerccio, aps decorrido o prazo de que trata o pargrafo

    anterior, e mantidas as condies previstas no "caput", deste artigo, o servidor far jus incorporao de 4% (quatro por cento) da importncia que integraria o provento da inatividade.

    Subseo VII

    Do Adicional por Tempo de Servio

    Art. 115 - O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de servio pblico, contados na forma desta lei, passar a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento) calculados na forma da lei.

    Pargrafo nico - A concesso do adicional de 25% (vinte e cinco porcento) far cessar

    o de 15% (quinze por cento), anteriormente concedido. Art. 116 - Para efeito de concesso dos adicionais ser computado o tempo de servio

    federal, estadual ou municipal, prestado administrao direta, autarquias e fundaes de direito pblico.

    Pargrafo nico - Compreende-se, tambm, como servio estadual o tempo em que o

    servidor tiver exercido servios transferidos para o Estado. Art. 117 - Na acumulao remunerada, ser considerado, para efeito de adicional, o

    tempo de servio prestado a cada cargo isoladamente.

    Subseo VIII Do Abono Familiar

    Art. 118 - Ao servidor ativo ou ao inativo ser concedido abono familiar na razo de

    10% (dez por cento) do menor vencimento bsico inicial do Estado, pelos seguintes dependentes: I - filho menor de 18 (dezoito) anos; II - filho invlido ou excepcional de qualquer idade, que seja comprovadamente

    incapaz; III - filho estudante, desde que no exera atividade remunerada, at a idade de 24

    (vinte e quatro) anos; IV - cnjuge invlido, comprovadamente incapaz, que no perceba remunerao.

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  • 1 - Quando se tratar de dependente invlido ou excepcional, o abono ser pago pelo triplo.

    2 - Estendem-se os benefcios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores

    que, mediante autorizao judicial, estejam submetidos a sua guarda. 3 - So condies para percepo do abono familiar que: I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente s expensas do servidor

    ou inativo; II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do "caput" deste artigo seja comprovada

    mediante inspeo mdica, pelo rgo competente do Estado. 4 - No caso de ambos os cnjuges serem servidores pblicos, o direito de um no

    exclui o do outro. Art. 119 - Por cargo exercido em acmulo no Estado, no ser devido o abono familiar. Art. 120 - A concesso do abono ter por base as declaraes do servidor, sob as penas

    da lei. Pargrafo nico - As alteraes que resultem em excluso de abono devero ser

    comunicadas no prazo de 15 (quinze) dias da data da ocorrncia.

    Seo IV Dos Honorrios e Jetons

    Art. 121 - O servidor far jus a honorrios quando designado para exercer, fora do

    horrio do expediente a que estiver sujeito, as funes de: I - membro de banca de concurso; II - gerncia, planejamento, execuo ou atividade auxiliar de concurso; III - treinamento de pessoal; IV - professor, em cursos legalmente institudos. Art. 122 - O servidor, no desempenho do encargo de membro de rgo de deliberao

    coletiva legalmente institudo, receber jeton, a ttulo de representao na forma da lei.

    CAPTULO V DAS CONCESSES

    Seo I Das Vantagens ao Servidor Estudante ou Participante de Cursos, Congressos e Similares

    Art. 123 - assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuzo de sua

    remunerao, nos seguintes casos: I - durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de

    ensino superior, 1 e 2 graus; II - durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitao a curso superior.

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  • Pargrafo nico - O servidor, sob pena de ser considerado faltoso ao servio, dever comprovar perante a chefia imediata as datas em que se realizaro as diversas provas e seu comparecimento.

    Art. 124 - O servidor somente ser indicado para participar de cursos de especializao

    ou capacitao tcnica profissional no Estado, no Pas ou no exterior, com nus para o Estado, quando houver correlao direta e imediata entre o contedo programtico de tais cursos e as atribuies do cargo ou funo exercidos.

    Art. 125 - Ao servidor poder ser concedida licena para freqncia a cursos,

    seminrios, congressos, encontros e similares, inclusive fora do Estado e no exterior, sem prejuzo da remunerao e demais vantagens, desde que o contedo programtico esteja correlacionado s atribuies do cargo que ocupar, na forma a ser regulamentada.

    Pargrafo nico - Fica vedada a concesso de exonerao ou licena para tratamento de

    interesses particulares ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida antes de decorrido perodo igual ao do afastamento.

    Art. 126 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administrao,

    assegurada, na localidade da nova residncia ou mais prxima, matrcula em instituio congnere do Estado, em qualquer poca, independentemente de vaga.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge, aos filhos ou enteados

    do servidor, que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorizao judicial.

    Seo II

    Da Assistncia a Filho Excepcional

    Art. 127 - O servidor, pai, me ou responsvel por excepcional, fsico ou mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do exerccio do cargo, quando necessrio, por perodo de at 50% (cinqenta por cento) de sua carga horria normal cotidiana, na forma da lei.

    CAPTULO VI

    DAS LICENAS Seo I

    Disposies Gerais

    Art. 128 - Ser concedida, ao servidor, licena: I - para tratamento de sade; II - por acidente em servio; III - por motivo de doena em pessoa da famlia; IV - gestante, adotante e paternidade; V - para prestao de servio militar; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para acompanhar o cnjuge; VIII - para o desempenho de mandato classista; IX - prmio por assiduidade;

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  • X - para concorrer a mandato pblico eletivo; XI - para o exerccio de mandato eletivo; XII - especial, para fins de aposentadoria. 1 - O servidor no poder permanecer em licena por prazo superior a 24 (vinte e

    quatro) meses, salvo nos casos dos incisos VII, VIII e XI deste artigo. 2 - Ao servidor nomeado em comisso somente ser concedida licena para

    tratamento de sade, desde que haja sido submetido inspeo mdica para ingresso e julgado apto e nos casos dos incisos II, III, IV, IX e XII.

    Art. 129 - A inspeo ser feita por mdicos do rgo competente, nas hipteses de

    licena para tratamento de sade, por motivo de doena em pessoa da famlia e gestante, e por junta oficial, constituda de 3 (trs) mdicos nos demais casos.

    Seo II

    Da Licena para Tratamento de Sade

    Art. 130 - Ser concedida, ao servidor, licena para tratamento de sade, a pedido ou "ex-officio", precedida de inspeo mdica realizada pelo rgo de percia oficial do Estado, sediada na Capital ou no interior, sem prejuzo da remunerao a que fizer jus.

    1 - Sempre que necessrio, a inspeo mdica poder ser realizada na residncia do

    servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. 2 - Poder, excepcionalmente, ser admitido atestado mdico particular, quando ficar

    comprovada a impossibilidade absoluta de realizao de exame por rgo oficial da localidade. 3 - O atestado referido no pargrafo anterior somente surtir efeito aps devidamente

    examinado e validado pelo rgo de percia mdica competente. 4 - O servidor no poder recusar-se inspeo mdica, sob pena de ser sustado o

    pagamento de sua remunerao at que seja cumprida essa formalidade. 5 - No caso de o laudo registrar pareceres contrrios concesso da licena, as faltas

    ao servio correro sob a responsabilidade exclusiva do servidor. 6 - O resultado da inspeo ser comunicado imediatamente ao servidor, logo aps a

    sua realizao, salvo se houver necessidade de exames complementares, quando, ento, ficar disposio do rgo de percia mdica.

    Art. 131 - Findo o perodo de licena, o servidor dever reassumir imediatamente o

    exerccio do cargo, sob pena de ser considerado faltoso, salvo prorrogao ou determinao constante do laudo.

    Pargrafo nico - A infringncia ao disposto neste artigo implicar perda da

    remunerao, sujeitando o servidor demisso, se a ausncia exceder a 30 (trinta) dias, observado o disposto no artigo 26.

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  • Art. 132 - Nas licenas por perodos prolongados, antes de se completarem 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, dever o rgo de percia mdica pronunciar-se sobre a natureza da doena, indicando se o caso de:

    I - concesso de nova licena ou de prorrogao; II - retorno ao exerccio do cargo, com ou sem limitao de tarefas; III - readaptao, com ou sem limitao de tarefas. Pargrafo nico - As licenas, pela mesma molstia, com intervalos inferiores a 30

    (trinta) dias, sero consideradas como prorrogao. Art. 133 - O atestado e o laudo da junta mdica no se referiro ao nome ou natureza

    da doena, devendo, porm, esta ser especificada atravs do respectivo cdigo (CID). Pargrafo nico - Para a concesso de licena a servidor acometido de molstia

    profissional, o laudo mdico dever estabelecer sua rigorosa caracterizao. Art. 134 - O servidor em licena para tratamento de sade dever abster-se do exerccio

    de atividade remunerada ou incompatvel com seu estado, sob pena de imediata suspenso da mesma.

    Seo III

    Da Licena por Acidente em Servio

    Art. 135 - O servidor acidentado em servio ser licenciado com remunerao integral at seu total restabelecimento.

    Art. 136 - Configura-se acidente em servio o dano fsico ou mental sofrido pelo

    servidor, desde que relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuies do cargo. Pargrafo nico - Equipara-se a acidente em servio o dano: I - decorrente de agresso sofrida e no-provocada pelo servidor no exerccio das

    atribuies do cargo; II - sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa. Art. 137 - O servidor acidentado em servio ter tratamento integral custeado pelo

    Estado. Art. 138 - Para concesso de licena e tratamento ao servidor, em razo de acidente em

    servio ou agresso no-provocada no exerccio de suas atribuies, indispensvel a comprovao detalhada do fato, no prazo de 10 (dez) dias da ocorrncia, mediante processo "ex-officio".

    Pargrafo nico - O tratamento recomendado por junta mdica no oficial constitui

    medida de exceo e somente ser admissvel quando inexistirem meios e recursos necessrios adequados, em instituies pblicas ou por ela conveniadas.

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  • Seo IV Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia

    Art. 139 - O servidor poder obter licena por motivo de doena do cnjuge, de

    ascendente, descendente, enteado e colateral consangneo, at o 2 grau, desde que comprove ser indispensvel a sua assistncia e esta no possa ser prestada, simultaneamente, com o exerccio do cargo.

    Pargrafo nico - A doena ser comprovada atravs de inspeo de sade, a ser

    procedida pelo rgo de percia mdica competente. Art. 140 - A licena de que trata o artigo anterior ser concedida: I - com a remunerao total at 90 (noventa) dias; II - com 2/3 (dois teros) da remunerao, no perodo que exceder a 90 (noventa) e no

    ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias; III - com 1/3 (um tero) da remunerao, no perodo que exceder a 180 (cento e oitenta)

    e no ultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias; IV - sem remunerao, no perodo que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) at o

    mximo de 730 (setecentos e trinta) dias. Pargrafo nico - Para os efeitos deste artigo, as licenas, pela mesma molstia, com

    intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, sero consideradas como prorrogao.

    Seo V Da Licena Gestante, Adotante e Paternidade

    Art. 141 - servidora gestante ser concedida, mediante inspeo mdica, licena de

    120 (cento e vinte) dias, sem prejuzo da remunerao. Pargrafo nico - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a

    servidora ser submetida a inspeo mdica e, se julgada apta, reassumir o exerccio do cargo. Art. 142 - Ao trmino da licena a que se refere o artigo anterior, assegurado

    servidora lactante, durante o perodo de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao servio em um turno, quando seu regime de trabalho obedecer a dois turnos, ou a trs horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno nico.

    Art. 143 - servidora adotante ser concedida licena a partir da concesso do termo de

    guarda ou da adoo, proporcional idade do adotado: I - de zero a dois anos, 120 (cento e vinte) dias; II - de mais de dois at quatro anos, 90 (noventa) dias; III - de mais de quatro at seis anos, 60 (sessenta) dias; IV - de mais de seis anos, desde que menor, 30 (trinta) dias. Art. 144 - Pelo nascimento ou adoo de filho, o servidor ter direito licena-

    paternidade de 8 (oito) dias consecutivos.

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  • Seo VI Da Licena para Prestao de Servio Militar

    Art. 145 - Ao servidor convocado para a prestao de servio militar ser concedida

    licena, nos termos da legislao especfica. 1 - Concludo o servio militar, o servidor reassumir imediatamente, sob pena da

    perda de vencimento e, se a ausncia exceder a 30 (trinta) dias, de demisso por abandono do cargo, observado o disposto no artigo 26.

    2 - Quando a desincorporao se verificar em lugar diverso do da sede, o prazo para

    apresentao ser de 10 (dez) dias.

    Seo VII Da Licena para Tratar de Interesses Particulares

    Art. 146 - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estvel, poder ser

    concedida licena para tratar de interesses particulares, pelo prazo de at 2 (dois) anos consecutivos, sem remunerao.

    1 - A licena poder ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse

    do servio. 2 - O servidor dever aguardar em exerccio a concesso da licena, salvo hiptese de

    imperiosa necessidade, devidamente comprovada autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como faltas os dias de ausncia ao servio, caso a licena seja negada.

    3 - O servidor poder, a qualquer tempo, reassumir o exerccio do cargo. 4 - No se conceder nova licena antes de decorridos 2 (dois) anos do trmino da

    anterior, contados desde a data em que tenha reassumido o exerccio do cargo.

    Seo VIII Da Licena para Acompanhar o Cnjuge

    Art. 147 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estvel, ter direito

    licena, sem remunerao, para acompanhar o cnjuge, quando este for transferido, independentemente de solicitao prpria, para outro ponto do Estado ou do Territrio Nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo Federal, estadual ou municipal.

    1 - A licena ser concedida mediante pedido do servidor, devidamente instrudo,

    devendo ser renovada a cada 2 (dois) anos. 2 - O perodo de licena, de que trata este artigo, no ser computvel como tempo de

    servio para qualquer efeito.

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  • 3 - mesma licena ter direito o servidor removido que preferir permanecer no domiclio do cnjuge.

    Art. 148 - O servidor poder ser lotado, provisoriamente, na hiptese da transferncia de

    que trata o artigo anterior, em repartio da Administrao Estadual Direta, Autrquica ou Fundacional, desde que para o exerccio de atividade compatvel com seu cargo.

    Seo IX

    Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista

    Art. 149 - assegurado ao servidor o direito licena para o desempenho de mandato classista em central sindical, em confederao, federao, sindicato, ncleos ou delegacias, associao de classe ou entidade fiscalizadora da profisso, de mbito estadual ou nacional, com a remunerao do cargo efetivo, observado o disposto no artigo 64, inciso XIV, alnea "f".

    Pargrafo nico - A licena de que trata este artigo ser concedida nos termos da lei.

    Seo X

    Da Licena-Prmio por Assiduidade

    Art. 150 - O servidor que, por um qinqnio ininterrupto, no se houver afastado do exerccio de suas funes ter direito concesso automtica de 3 (trs) meses de licena-prmio por assiduidade, com todas as vantagens do cargo, como se nele estivesse em exerccio.

    1 - Para os efeitos deste artigo, no sero considerados interrupo da prestao de

    servio os afastamentos previstos no artigo 64, incisos I a XV, desta lei. 2 - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alnea "b" e XV do artigo

    64, somente podero ser computados, como de efetivo exerccio, para os efeitos deste artigo, um perodo mximo de at 4 (quatro) meses, para tratamento de sade do servidor e de at 2 (dois) meses por motivo de doena em pessoa de sua famlia, tudo por qinqnio de servio pblico prestado ao Estado.

    Art. 151 - A pedido do servidor, a licena-prmio poder ser: I - gozada, no todo ou em parcelas no inferiores a 1 (um) ms, com a aprovao da

    chefia, considerada a necessidade do servio; II - contada em dobro, como tempo de servio para os efeitos de aposentadoria, avanos

    e adicionais, vedada a desconverso. Pargrafo nico - Ao entrar em gozo de licena-prmio, o servidor ter direito, a pedido,

    a receber a sua remunerao do ms de fruio antecipadamente. Art. 152 - A apurao do tempo de servio normal, para efeito da formao do

    qinqnio, gerador do direito da licena-prmio, ser feita na forma do artigo 62 desta lei. Art. 153 - O nmero de servidores em gozo simultneo de licena-prmio no poder

    ser superior a 1/3 (um tero) da lotao da respectiva unidade administrativa de trabalho.

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  • Seo XI Da Licena para Concorrer a Mandato Pblico Eletivo e Exerc-lo

    Art. 154 - O servidor que concorrer a mandato pblico eletivo ser licenciado na forma

    da legislao eleitoral. Art. 155 - Eleito, o servidor ficar afastado do exerccio do cargo a partir da posse. Art. 156 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes

    disposies: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo; II - investido no mandato de prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar

    pela sua remunerao; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horrio perceber as vantagens do seu cargo, sem

    prejuzo da remunerao do cargo eletivo; b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe

    facultado optar pela sua remunerao. 1 - No caso de afastamento do cargo, o servidor continuar contribuindo para o rgo

    da previdncia e assistncia do Estado, como se em exerccio estivesse. 2 - O servidor investido em mandato eletivo ou classista no poder ser removido ou

    redistribudo "ex-officio" para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

    Seo XII Da Licena Especial para Fins de Aposentadoria

    Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o

    requerimento da aposentadoria, o servidor ser considerado em licena especial remunerada, podendo afastar-se do exerccio de suas atividades, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.

    1 - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente ser considerado aps

    terem sido averbados todos os tempos computveis para esse fim. 2 - O perodo de durao desta licena ser considerado como tempo de efetivo

    exerccio para todos os efeitos legais.

    CAPTULO VII DA APOSENTADORIA

    Art. 158 - O servidor ser aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrente de

    acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

    II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio;

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  • III - voluntariamente: a) aos 35 (trinta e cinco) anos de servio, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher,

    com proventos integrais; b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exerccio em funes de magistrio, se professor, e

    25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais; c) aos 30 (trinta) anos de servio, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher,

    com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60 (sessenta), se mulher,

    com proventos proporcionais ao tempo de servio. 1 - Consideram-se doenas graves, contagiosas ou incurveis, a que se refere o inciso

    I deste artigo, se incapacitantes para o exerccio da funo pblica, tuberculose ativa, alienao mental, esclerose mltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no servio pblico, hansenase, cardiopatia grave, doena de Parkison, paralisia irreversvel e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avanados do mal de Paget (ostete deformante), Sndrome de Imunodeficincia Adquirida - AIDS, e outros que a lei indicar, com base na medicina especializada.

    2 - Ao servidor aposentado em decorrncia de qualquer das molstias tipificadas no

    pargrafo anterior, fica vedado o exerccio de outra atividade pblica remunerada, sob pena de cassao de sua aposentadoria.

    3 - Nos casos de exerccio de atividades previstas no artigo 107, a aposentadoria de

    que trata o inciso III, alneas "a" e "c", observar o disposto em lei especfica. 4 - Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e cinco) anos de servio e

    menos de 60 (sessenta) anos de idade, a aposentadoria estar sujeita a confirmao mediante nova inspeo de sade, aps o decurso de 24 (vinte e quatro) meses contados da data do ato de aposentadoria.

    Art. 159 - A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo anterior, ser automtica e

    declarada por ato, com vigncia a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de permanncia no servio ativo.

    Art. 160 - A aposentadoria voluntria ou por invalidez vigorar a partir da data da

    publicao do respectivo ato. 1 - A aposentadoria por invalidez ser precedida por licena para tratamento de

    sade, num perodo no superior a 24 (vinte e quatro) meses. 2 - Expirado o perodo de licena e no estando em condies de reassumir o

    exerccio do cargo, ou de se proceder sua readaptao, ser o servidor aposentado. 3 - O lapso de tempo compreendido entre o trmino da licena e a publicao do ato

    da aposentadoria ser considerado como de prorrogao da licena. Art. 161 - O provento da aposentadoria ser revisto na mesma proporo e na mesma

    data em que se modificar a remunerao dos servidores em atividade.

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  • Pargrafo nico - So estendidos aos inativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria.

    Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de servio, se

    acometido de qualquer das molstias especificadas no 1 do artigo 158, passar a perceber provento integral.

    Art. 163 - Com prevalncia do que conferir maior vantagem, quando proporcional ao

    tempo de servio, o provento no ser inferior: I - ao salrio mnimo, observada a reduo da jornada de trabalho a que estava sujeito o

    servidor; II - a 1/3 (um tero) da remunerao da atividade nos demais casos. Art. 164 - O servidor em estgio probatrio somente ter direito aposentadoria quando

    invalidado por acidente em servio, agresso no-provocada no exerccio de suas atribuies, acometido de molstia profissional ou nos casos especificados no 1 do artigo 158 desta lei.

    Art. 165 - As disposies relativas aposentadoria aplicam-se ao servidor nomeado em

    comisso, o qual contar com mais de 5 (cinco) anos de efetivo e ininterrupto exerccio em cargos de provimento dessa natureza.

    Pargrafo nico - Aplicam-se as disposies deste artigo, independentemente de tempo

    de servio, ao servidor provido em comisso, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer no, quando invalidado em conseqncia das molstias enumeradas no 1 do artigo 158, desde que tenha se submetido, antes do seu ingresso ou retorno ao servio pblico, inspeo mdica prevista nesta lei, para provimento de cargos pblicos em geral.

    Art. 166 - O servidor, vinculado previdncia social federal, que no tiver nesta feito

    jus ao benefcio da aposentadoria, ser aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei, permanecendo como segurado obrigatrio daquele rgo previdencirio, at a implementao das condies de aposentadoria, caso em que caber ao Estado pagar somente a diferena, se houver.

    CAPTULO VIII

    DO DIREITO DE PETIO

    Art. 167 - assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsiderao, recorrer e de representar, em defesa de direito ou legtimo interesse prprio.

    Art. 168 - O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e

    encaminhado por intermdio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Art. 169 - Cabe pedido de reconsiderao, que no poder ser renovado, autoridade

    que houver prolatado o despacho, proferido a primeira deciso ou praticado o ato. 1 - O pedido de reconsiderao dever conter novos argumentos ou provas

    suscetveis de reformar o despacho, a deciso ou o ato.

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  • 2 - O pedido de reconsiderao dever ser decidido dentro de 30 (trinta) dias. Art. 170 - Caber recurso, como ltima instncia administrativa, do indeferimento do

    pedido de reconsiderao. 1 - O recurso ser dirigido autoridade que tiver proferido a deciso ou expedido o

    ato. 2 - O recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver

    imediatamente subordinado o requerente. 3 - Ter carter de recurso, o pedido de reconsiderao, quando o prolator do

    despacho, deciso ou ato, houver sido o Governador. 4 - A deciso sobre qualquer recurso ser dada no prazo mximo de 60 (sessenta)

    dias. Art. 171 - O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30

    (trinta) dias, contados a partir da data da publicao da deciso recorrida ou da data da cincia, pelo interessado, quando o despacho no for publicado.

    Pargrafo nico - Em caso de provimento de pedido de reconsiderao ou de recurso, o

    efeito da deciso retroagir data do ato impugnado. Art. 172 - O direito de requerer prescreve em: I - 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e cassao de aposentadoria ou de

    disponibilidade, ou que afetem interesses patrimoniais e crditos resultantes das relaes de trabalho;

    II - 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por prescrio legal, for fixado outro prazo.

    1 - O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da

    data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado. 2 - O pedido de reconsiderao e o de recurso, quando cabveis, interrompem a

    prescrio administrativa. Art. 173 - A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela

    Administrao. Art. 174 - A representao ser dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a soluo

    no for de sua alada, a encaminhar a quem de direito. 1 - Se no for dado andamento representao, dentro do prazo de 5 (cinco) dias,

    poder o servidor dirigi-la direta e sucessivamente s chefias superiores. 2 - A representao est isenta de pagamento de taxa de expediente.

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  • Art. 175 - Para o exerccio do direito de petio assegurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo.

    Art. 176 - So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste captulo, salvo

    motivo de fora maior, devidamente comprovado. Pargrafo nico - Entende-se por fora maior, para efeitos do artigo, a ocorrncia de

    fatos impeditivos da vontade do interessado ou da autoridade competente para decidir.

    TTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

    CAPTULO I DOS DEVERES DO SERVIDOR

    Art. 177 - So deveres do servidor: I - ser assduo e pontual ao servio; II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferncias pessoais; III - desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de

    suas atribuies; IV - ser leal s instituies a que servir; V - observar as normas legais e regulamentares; VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; VIII - atender com presteza: a) o pblico em geral, prestando as informaes requeridas que estiverem a seu

    alcance, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) expedio de certides requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de

    situaes de interesse pessoal; c) s requisies para defesa da Fazenda Pblica; IX - representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de

    que tiver conhecimento, no rgo em que servir, em razo das atribuies do seu cargo; X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservao do

    patrimnio pblico; XI - observar as normas de segurana e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o

    uso obrigatrio dos equipamentos de proteo individual (EPI) que lhe forem confiados; XII - providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu

    endereo residencial e sua declarao de famlia; XIII - manter esprito de cooperao com os colegas de trabalho; XIV - representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder. 1 - A representao de que trata o inciso XIV ser encaminhada pela via hierrquica e

    apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

    2 - Ser considerado como co-autor o superior hierrquico que, recebendo denncia

    ou representao a respeito de irregularidades no servio ou de falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providncias necessrias a sua apurao.

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  • CAPTULO II DAS PROIBIES

    Art. 178 - Ao servidor proibido: I - referir-se, de modo depreciativo, em informao, parecer ou despacho, s autoridades

    e a atos da administrao pblica estadual, podendo, porm, em trabalho assinado, critic-los do ponto de vista doutrinrio ou da organizao do servio;

    II - retirar, modificar ou substituir, sem prvia permisso da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente na repartio;

    III - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato;

    IV - ingerir bebidas alcolicas durante o horrio de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de embriaguez ou drogado ao servio;

    V - atender pessoas na repartio para tratar de interesses particulares, em prejuzo de suas atividades;

    VI - participar de atos de sabotagem contra o servio pblico; VII - entregar-se a atividades poltico-partidrias nas horas e locais de trabalho; VIII - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo

    de servio; IX - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio; X - exercer ou permitir que subordinado seu exera atribuies diferentes das definidas

    em lei ou regulamento como prprias do cargo ou funo, ressalvados os encargos de chefia e as comisses legais;

    XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de carter oneroso, com o Estado, por si ou como representante de outrem;

    XII - participar de gerncia ou administrao de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio, salvo quando se tratar de funo de confiana de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor ser considerado como exercendo cargo em comisso;

    XIII - exercer, mesmo fora do horrio de expediente, emprego ou funo em empresa, estabelecimento ou instituio que tenha relaes industriais com o Estado em matria que se relacione com a finalidade da repartio em que esteja lotado;

    XIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge ou parente at o segundo grau civil, ressalvado o disposto no artigo 267;

    XV - cometer, a pessoas estranhas repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que competirem a si ou a seus subordinados;

    XVI - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se associao profissional ou sindical, ou com objetivos poltico-partidrios;

    XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em atividades particulares ou polticas;

    XVIII - praticar usura, sob qualquer das suas formas; XIX - aceitar representao, comisso, emprego ou penso de pas estrangeiro; XX - valer-se do cargo ou funo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em

    detrimento da dignidade do servio pblico; XXI - atuar, como procurador, ou intermedirio junto a repartio pblica, salvo quando

    se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau e do cnjuge;

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  • XXII - receber propinas, comisses, presentes ou vantagens de qualquer espcie, em razo de suas atribuies;

    XXIII - valer-se da condio de servidor para desempenhar atividades estranhas s suas funes ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;

    XXIV - proceder de forma desidiosa; XXV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo

    ou funo e com o horrio de trabalho. 1 - No est compreendida na proibio dos incisos XII e XIII deste artigo a

    participao do servidor na presidncia de associao, na direo ou gerncia de cooperativas e entidades de classe, ou como scio.

    2 - Na hiptese de violao do disposto no inciso IV, por comprovado motivo de

    dependncia, o servidor dever, obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento mdico especializado.

    CAPTULO III

    DA ACUMULAO

    Art. 179 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, excetuadas as hipteses previstas em dispositivo constitucional.

    Art. 180 - A proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange

    autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes mantidas pelo Poder Pblico.

    Art. 181 - VETADO Art. 182 - VETADO

    Pargrafo nico - VETADO

    CAPTULO IV

    DAS RESPONSABILIDADES

    Art. 183 - Pelo exerccio irregular de suas atribuies, o servidor responde civil, penal e administrativamente.

    Art. 184 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

    culposo, que importe em prejuzo Fazenda Estadual ou a terceiros. 1 - A indenizao de prejuzo causado ao errio somente ser liquidada na forma

    prevista no artigo 82, na falta de outros bens que assegurem a execuo do dbito pela via judicial.

    2 - Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor perante a Fazenda

    Pblica, em ao regressiva.

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  • 3 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputadas ao servidor nesta qualidade.

    Art. 185 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo

    praticado no desempenho do cargo ou funo. Art. 186 - As sanes civis, penais e administrativas podero acumular-se, sendo umas e

    outras independentes entre si, assim como as instncias civil, penal e administrativa.

    CAPTULO V DAS PENALIDADES

    Art. 187 - So penas disciplinares: I - repreenso; II - suspenso e multa; III - demisso; IV - cassao de disponibilidade; V - cassao de aposentadoria; 1 - Na aplicao das penas disciplinares, sero consideradas a natureza e a gravidade

    da infrao e os danos delas resultantes para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

    2 - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade,

    no demande aplicao das penas previstas neste artigo, ser o servidor advertido particular e verbalmente.

    Art. 188 - A repreenso ser aplicada por escrito, na falta do cumprimento do dever

    funcional ou quando ocorrer procedimento pblico inconveniente. Art. 189 - A suspenso, que no poder exceder a 90 (noventa) dias, implicar a perda

    de todas as vantagens e direitos decorrentes do exerccio do cargo e aplicar-se- ao servidor: I - na violao das proibies consignadas nesta lei; II - nos casos de reincidncia em infrao j punida com repreenso; III - quando a infrao for intencional ou se revestir de gravidade; IV - como gradao de penalidade mais grave, tendo em vista circunstncia atenuante; V - que atestar falsamente a prestao de servio, bem como propuser, permitir, ou

    receber a retribuio correspondente a trabalho no realizado; VI - que se recusar, sem justo motivo, prestao de servio extraordinrio; VII - responsvel pelo retardamento em processo sumrio; VIII - que deixar de atender notificao para prestar depoimento em processo

    disciplinar; IX - que, injustificadamente, se recusar a ser submetido inspeo mdica determinada

    pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinao.

    1 - A suspenso no ser aplicada enquanto o servidor estiver afastado por motivo de

    gozo de frias regulamentares ou em licena por qualquer dos motivos previstos no artigo 128.

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  • 2 - Quando houver convenincia para o servio, a pena de suspenso poder ser convertida em multa na base de 50% (cinqenta por cento) por dia de remunerao, obrigando-se o servidor a permanecer em exerccio durante o cumprimento da pena.

    3 - Os efeitos da converso da suspenso em multa no sero alterados, mesmo que

    ao servidor seja assegurado afastamento legal remunerado durante o respectivo perodo. 4 - A multa no acarretar prejuzo na contagem do tempo de servio, exceto para

    fins de concesso de avanos, gratificaes adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) e licena-prmio.

    Art. 190 - Os registros funcionais de advertncia, repreenso, suspenso e multa sero

    automaticamente cancelados aps 10 (dez) anos, desde que, neste perodo, o servidor no tenha praticado nenhuma nova infrao.

    Pargrafo nico - O cancelamento do registro, na forma deste artigo, no gerar nenhum

    direito para fins de concesso ou reviso de vantagens. Art. 191 - O servidor ser punido com pena de demisso nas hipteses de: I - ineficincia ou falta de aptido para o servio, quando verificada a impossibilidade

    de readaptao; II - indisciplina ou insubordinao grave ou reiterada; III - ofensa fsica contra qualquer pessoa, cometida em servio, salvo em legtima

    defesa prpria ou de terceiros; IV - abandono de cargo em decorrncia de mais de 30 (trinta) faltas consecutivas; V - ausncias excessivas ao servio em nmero superior a 60 (sessenta) dias,

    intercalados, durante um ano; VI - improbidade administrativa; VII - transgresso de quaisquer proibies dos incisos XVII a XXIV do artigo 178,

    considerada a sua gravidade, efeito ou reincidncia; VIII - falta de exao no desempenho das atribuies, de tal gravidade que resulte em

    leses pessoais ou danos de monta; IX - incontinncia pblica e conduta escandalosa na repartio; X - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; XI - aplicao irregular de dinheiro pblico; XII - reincidncia na transgresso prevista no inciso V do artigo 189; XIII - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio estadual; XIV - revelao de segredo, do qual se apropriou em razo do cargo, ou de fato ou

    informao de natureza sigilosa de que tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo-disciplinar;

    XV - corrupo passiva nos termos da lei penal; XVI - exercer advocacia administrativa; XVII - prtica de outros crimes contra a administrao pblica. Pargrafo nico - A demisso ser aplicada, tambm, ao servidor que, condenado por

    deciso judicial transitada em julgado, incorrer na perda da funo pblica na forma da lei penal.

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  • Art. 192 - O ato que demitir o servidor mencionar sempre o dispositivo legal em que se fundamentar.

    Art. 193 - Atendendo gravidade da falta, a demisso poder ser aplicada com a nota "a

    bem do servio pblico", a qual constar sempre no ato de demisso fundamentado nos incisos X a XIV do artigo 191.

    Art. 194 - Uma vez submetido a inqurito administrativo, o servidor s poder ser

    exonerado, a pedido, ou aposentado voluntariamente, depois da concluso do processo, no qual tenha sido reconhecida sua inocncia.

    Pargrafo nico - Excetua-se do disposto neste artigo o servidor estvel processado por

    abandono de cargo ou por ausncias excessivas ao servio. Art. 195 - Ser cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que: I - houver praticado, na atividade, falta punvel com a pena de demisso; II - infringir a vedao prevista no 2 do artigo 158; III - incorrer na hiptese do artigo 53. Art. 196 - Para a aplicao das penas disciplinares so competentes: I - o Governador do Estado em qualquer caso; II - os Secretrios de Estado, dirigentes de autarquias e de fundaes de direito pblico e

    os titulares de rgos diretamente subordinados ao Governador, at a de suspenso e multa limitada ao mximo de 30 (trinta) dias;

    III - os titulares de rgos diretamente subordinados aos Secretrios de Estado, dirigentes de autarquias e de fundaes de direito pblico at suspenso por 10 (dez) dias;

    IV - os titulares de rgos em nvel de superviso e coordenao, at suspenso por 5 (cinco) dias;

    V - as demais chefias, em caso de repreenso. Art. 197 - A ao disciplinar prescrever em: I - 6 (seis) meses, quanto repreenso; II - 12 (doze) meses, nos casos de suspenso ou multa; III - 18 (dezoito) meses, por abandono de cargo ou faltas sucessivas ao servio; IV - 24 (vinte e quatro) meses, quanto s infraes punveis com cassao de

    aposentadoria ou disponibilidade, e demisso. 1 - O prazo de prescrio comea a fluir a partir da data do conhecimento do ato por

    superior hierrquico. 2 - Quando as faltas constiturem, tambm, crime ou contraveno, a prescrio ser

    regulada pela lei penal.

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  • TTULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 198 - A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico estadual

    ou prtica de infrao funcional obrigada a promover sua apurao imediata, mediante meios sumrios ou processo administrativo disciplinar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de se tornar co-responsvel, assegurada ampla defesa ao acusado.

    Art. 199 - As denncias sobre irregularidades sero objeto de averiguao, desde que

    contenham a identidade do denunciante e sejam formuladas por escrito, para fins de confirmao da autenticidade.

    Pargrafo nico - Quando o fato narrado no configurar evidente infrao disciplinar ou

    ilcito penal, a denncia dever ser arquivada por falta de objeto material passvel de ensejar qualquer punio consignada nesta lei.

    Art. 200 - As irregularidades e as infraes funcionais sero apuradas por meio de: I - sindicncia, quando os dados forem insuficientes para sua determinao ou para

    apontar o servidor faltoso ou, sendo este determinado, no for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente;

    II - inqurito administrativo, quando a gravidade da ao ou omisso torne o autor passvel das penas disciplinares de suspenso por mais de 30 (trinta) dias, demisso, cassao de aposentadoria ou de disponibilidade, ou ainda, quando na sindicncia ficar comprovada a ocorrncia de irregularidades ou falta funcional grave, mesmo sem indicao de autoria.

    CAPTULO II

    DA SINDICNCIA

    Art. 201 - Toda autoridade estadual competente para, no mbito da jurisdio do rgo sob sua chefia, determinar a realizao de sindicncia, de forma sumria, a qual dever ser concluda no prazo mximo de 30 (trinta) dias teis, podendo ser prorrogado por at igual perodo.

    1 - A sindicncia ser sempre cometida a servidor de hierarquia igual ou superior

    do implicado, se houver. 2 - O sindicante desenvolver o encargo em tempo integral, ficando dispensado de

    suas atribuies normais at a apresentao do relatrio final, no prazo estabelecido neste artigo. Art. 202 - O sindicante efetuar diligncias necessrias ao esclarecimento da ocorrncia

    e indicao do responsvel, ouvido, preliminarmente, o autor da representao e o servidor implicado, se houver.

    1 - Reunidos os elementos coletados, o sindicante traduzir no relatrio as suas

    concluses gerais, indicando, se possvel, o provvel culpado, qual a irregularidade ou transgresso praticada e o seu enquadramento nas disposies da lei reguladora da matria.

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  • 2 - Somente poder ser sugerida a instaurao de inqurito administrativo quando, comprovadamente, os fatos apurados na sindicncia a tal conduzirem, na forma do inciso II do artigo 200.

    3 - Se a sindicncia concluir pela culpabilidade do servidor, ser este notificado para

    apresentar defesa, querendo, no prazo de 3 (trs) dias teis. Art. 203 - A autoridade, de posse do relatrio do sindicante, acompanhado dos

    elementos que instrurem o processo, decidir pelo arquivamento do processo, pela aplicao da penalidade cabvel de sua competncia, ou pela instaurao de inqurito administrativo, se estiver na sua alada.

    Pargrafo nico - Quando a aplicao da penalidade ou a instaurao de inqurito for de

    autoridade de outra alada ou competncia, a esta dever ser encaminhada a sindicncia para apreciao das medidas propostas.

    CAPTULO III

    DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

    Art. 204 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor no venha a influir na apurao da irregularidade ou infrao funcional, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poder determinar o afastamento preventivo do exerccio das atividades do seu cargo, pelo prazo de at 60