1001 questões comentadas direito administrativo esaf

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    1001 Questes Comentadas Direito Administrativo - ESAF Professores Gabriel Rabelo & Elaine Marsula

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    Esta obra composta de 1.001 enunciados adaptados de questes

    de concursos pblicos realizados pela banca organizadora Escola de Administrao Fazendria ESAF.

    A adaptao dos enunciados foi realizada pelo autor da obra, que tambm o responsvel pelos comentrios de cada um dos itens.

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    Sumrio

    Captulo 1 Introduo e Princpios Fundamentais da Administrao Pblica itens 1 a 85.

    Captulo 2 Administrao Pblica itens 86 a 232.

    Captulo 3 Poderes e Deveres Administrativos itens 233 a 315

    Captulo 4 Reforma Administrativa e Terceiro Setor itens 316 a 347

    Captulo 5 Atos Administrativos itens 348 a 485

    Captulo 6 Servidores Pblicos itens 486 a 641

    Captulo 7 Servios Pblicos, Consrcios Pblicos e PPP itens 642 a 698.

    Captulo 8 Licitaes itens 699 a 789.

    Captulo 9 - tica do Administrador Pblico itens 790 a 808.

    Captulo 10 - Bens Pblicos itens 809 a 829.

    Captulo 11 Interveno itens 830 a 847.

    Captulo 12 - Responsabilidade Extracontratual do Estado itens 848 a 882.

    Captulo 13 Controle da Administrao Pblica itens 883 a 925.

    Captulo 14 Improbidade Administrativa itens 926 a 969.

    Captulo 15 - Contratos Administrativos itens 970 a 1.001

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    Captulo 1 Introduo e Princpios Fundamentais da Administrao Pblica

    1.1 Noes Gerais

    1. (ESAF/AFC/CGU/2006) A primordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil a lei.

    2. (ESAF/Analista/IRB/2006/Adaptada) Considerando-se os princpios que regem a Administrao Pblica, est correta a correlao entre cada princpio com o respectivo ato administrativo: 1)Punio de ato de improbidade moralidade; 2) Divulgao de atos da Administrao Pblica Publicidade; 3) Concurso Pblico Impessoalidade; 4) Pagamento por Precatrio Eficincia; 5) Escolha da melhor proposta em sede de licitao eficincia.

    3. (ESAF/AFC STN/2002) No possvel, no ordenamento jurdico brasileiro, a sano penal em decorrncia de ato administrativo que viole, exclusivamente, princpio, ainda que ele no acarrete leso ao errio ou enriquecimento ilcito do seu autor.

    1.2 Princpio da Legalidade

    4. (ESAF/APOFP/2009) O princpio da legalidade significa que existe autonomia de vontade nas relaes travadas pela Administrao Pblica, ou seja, permitido fazer tudo aquilo que a lei no probe.

    5. (ESAF/APOFP/2009) A Administrao Pblica pode, por ato administrativo, conceder direitos de qualquer espcie, criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados.

    6. (ESAF/AFC TCU/2000) O princpio da legalidade impede que a Administrao crie direitos de qualquer espcie mediante ato administrativo.

    7. (ESAF/Procurador do DF/2007) Em face da sistemtica constitucional do Estado brasileiro, regido que pelo fundamento do Estado Democrtico de Direito, a plenitude da vigncia do princpio da legalidade (art. 37, caput, da CF) no pode sofrer constrio provisria e excepcional.

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    8. (ESAF/Analista/SUSEP/2006) A legalidade, como princpio bsico da Administrao Pblica, especificamente, consiste mais em que, a autoridade administrativa s pode praticar atos, quando autorizados ou permitidos em lei.

    9. (ESAF/AFC STN/2002) A legalidade, como elemento sempre essencial dos atos administrativos em geral, consiste em que o seu objeto no seja vedado em lei.

    10. (ESAF/AFC/TCU/2000) Ao contrrio dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei no veda, pelo princpio da legalidade, a Administrao s pode realizar o que lhe expressamente autorizado em lei.

    11. (ESAF/Analista/SUSEP/2006) A legalidade, como princpio bsico da Administrao Pblica, especificamente, consiste mais em que, a autoridade administrativa s pode praticar atos, quando indicada sua fundamentao.

    12. (ESAF/AFC/CGU/2006) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que ao administrador lcito fazer o que a lei no probe.

    13. (ESAF/Gestor Fazendrio MG/2005) O princpio da legalidade no autoriza o gestor pblico a, nessa qualidade, praticar todos os atos que no estejam proibidos em lei.

    14. (ESAF/AFRFB/2005) Os princpios constitucionais da legalidade e da moralidade vinculam-se, originalmente, noo de administrao burocrtica.

    15. (ESAF/Gestor Fazendrio MG/2005) O princpio da legalidade de observncia obrigatria apenas para a Administrao direta, em vista do carter eminentemente privatstico das atividades desenvolvidas pela Administrao indireta.

    16. (ESAF/Gestor Fazendrio MG/2005) A inobservncia ao princpio da legalidade, uma vez verificada, cria para o administrador o dever - e no a simples faculdade - de revogar o ato.

    17. (ESAF/Gestor Fazendrio MG/2005) O princpio da legalidade caracterstico da atividade administrativa, no se estendendo atividade legislativa, pois esta tem como caracterstica primordial a criao de leis, e no sua execuo.

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    18. (ESAF/Auditor de Tesouro Municipal de Recife/2003) A observncia da legalidade alcana os atos legislativos materiais, ainda que no formais.

    19. (ESAF/Auditor de Tesouro Municipal de Recife/2003) O princpio da legalidade, conjugado com o poder discricionrio, permite afirmar que a autoridade administrativa municipal s pode fazer o que a lei determina, conforme nela previsto.

    20. (ESAF/Auditor de Tesouro Municipal de Recife/2003) O princpio da legalidade, conjugado com o poder discricionrio, permite afirmar que a autoridade administrativa municipal pode fazer o que a lei permite, quando for conveniente e oportuno.

    21. (ESAF/AFC STN/2002) A legalidade, como elemento sempre essencial dos atos administrativos em geral, consiste em que o seu objeto seja autorizado ou permitido em lei.

    1.3 Princpio da Moralidade

    22. (ESAF/Agente Executivo/SUSEP/2006) O princpio constitucional do Direito Administrativo, cuja observncia forosa, na prtica dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse pblico, o da moralidade.

    23. (ESAF/AFRE MG/2005) O princpio da moralidade administrativa se vincula a uma noo de moral jurdica, que no se confunde com a moral comum. Por isso, pacfico que a ofensa moral comum no implica tambm ofensa ao princpio da moralidade administrativa.

    24. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura de Recife/2003) A moralidade tem relao com a noo de costumes.

    25. (ESAF/AFC TCU/2000) A conduta tica do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princpio da moralidade.

    1.4 Princpio da Impessoalidade

    26. (ESAF/Analista de Tecnologia da Informao/SEFAZ CE/2007) exemplo de princpio da impessoalidade a licitao.

    27. (ESAF/AFC/CGU/2004) Entre os princpios bsicos da Administrao Pblica, conquanto todos devam ser observados em conjunto, o que se aplica, particular e apropriadamente, exigncia de o administrador, ao realizar uma obra pblica, autorizada por lei, mediante procedimento licitatrio, na modalidade de menor preo

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    global, no exerccio do seu poder discricionrio, ao escolher determinados fatores, dever orientar-se para o de melhor atendimento do interesse pblico, seria o da impessoalidade.

    28. (ESAF/Analista de Tecnologia da Informao/SEFAZ CE/2007) exemplo de princpio da impessoalidade a expedio de precatrio.

    29. (ESAF/Analista de Tecnologia da Informao/SEFAZ CE/2007) exemplo de princpio da impessoalidade a otimizao da relao custo-benefcio.

    30. (ESAF/Agente Executivo/SUSEP/2006) O princpio constitucional do Direito Administrativo, cuja observncia forosa, na prtica dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse pblico, o da impessoalidade.

    31. (ESAF/TRT 7/Juiz do Trabalho Substituto/2005) A estrutura lgica do Direito Administrativo est toda amparada em um conjunto de princpios que integram o denominado regime jurdico-administrativo. Assim, para cada instituto desse ramo do Direito Pblico h um ou mais princpios que o regem. Assim, o princpio da impessoalidade o identificado pela doutrina como aquele que, fundamentalmente, sustenta a exigncia constitucional de prvia aprovao em concurso pblico para o provimento de cargo pblico.

    32. (ESAF/AFRE MG/2005/Adaptada) O princpio da impessoalidade no se relaciona ao fim legal previsto para o ato administrativo.

    33. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal de Recife/2003) A impessoalidade pode significar finalidade ou isonomia.

    34. (ESAF/AFPS/INSS/2002) Entre os princpios de Direito Administrativo, que a Administrao Pblica est obrigada a obedecer e observar nos seus atos, por fora de expressa previso constitucional e legal, os que se correspondem entre si, quanto escolha do objeto e ao alcance do seu resultado, porque a violao de um deles importa de regra na inobservncia do outro, so finalidade e impessoalidade.

    35. (ESAF/AFC STN/2002) Macula o princpio da isonomia a exigncia, em edital de concurso pblico, de altura mnima do candidato, para provimento de cargo pblico inerente carreira de policial militar.

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    36. (ESAF/AFC TCU/2000) Pelo princpio da finalidade, no se admite outro objetivo para o ato administrativo que no o interesse pblico.

    1.5 Princpio da Publicidade

    37. (ESAF/APOFP/2009) decorrncia do princpio da publicidade a proibio de que conste nome, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos em divulgao de atos, programas ou campanhas de rgos pblicos.

    38. (ESAF/AFC/STN/2008) O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princpios da administrao pblica brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Consagra-se, com o princpio da publicidade, o dever de a administrao pblica atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgao possvel de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e s repercusses desse princpio, podemos afirmar que todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

    39. (ESAF/AFC/STN/2008) O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princpios da administrao pblica brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Consagra-se, com o princpio da publicidade, o dever de a administrao pblica atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgao possvel de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e s repercusses desse princpio, podemos afirmar que assegurada a todos a obteno de certides em reparties pblicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal.

    40. (ESAF/AFC/STN/2008) O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princpios da administrao pblica brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Consagra-se, com o princpio da publicidade, o dever de a administrao pblica atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgao possvel de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e s repercusses desse princpio, podemos afirmar que da publicidade dos atos e programas dos rgos pblicos poder constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos, desde que tal iniciativa possua carter educativo.

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    41. (ESAF/Procurador do DF/2007) Na esfera administrativa, o sigilo, como exceo ao princpio da publicidade, inadmissvel ante a existncia de preceito constitucional expresso que veda sua adoo pela Administrao Pblica.

    42. (ESAF/AFC/CGU/2006) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que a Administrao prescinde de justificar seus atos.

    43. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal de Recife/2003) A publicidade impe que todos os atos administrativos sejam publicados em dirio oficial.

    44. (ESAF/AFC TCU/2000) O princpio da publicidade impe a publicao, em jornais oficiais, de todos os atos da Administrao.

    1.6 Princpio da Eficincia

    45. (ESAF/Agente Tributrio Estadual/SEFAZ PI/2001) O mais recente princpio constitucional da Administrao Pblica, introduzido pela Emenda Constitucional no 19/98, o da eficincia.

    46. (ESAF/APOFP/2009) O modo de atuao do agente pblico, em que se espera melhor desempenho de suas funes, visando alcanar os melhores resultados e com o menor custo possvel, decorre diretamente do princpio da razoabilidade.

    47. (ESAF/EPPGG/MPOG/2008) A Agncia executiva a qualificao dada autarquia ou fundao que celebre contrato de gesto com o rgo da Administrao Direta a que se acha vinculada, introduzida no direito brasileiro em decorrncia do movimento da globalizao. Destarte, o princpio da administrao pblica, especificamente, que as autarquias ou fundaes governamentais qualificadas como agncias executivas visam observar nos termos do Decreto n. 2.487/98 a eficincia.

    48. (ESAF/Tcnico Administrativo/ANEEL/Adaptada) So princpios norteadores da Administrao Pblica que se encontram implcitos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil e explcitos na Lei n. 9.784/99 a razoabilidade e a eficincia.

    49. (ESAF/AFC/CGU/2004) Entre os princpios bsicos da Administrao Pblica, conquanto todos devam ser observados em conjunto, o que se aplica, particular e apropriadamente, exigncia de o administrador, ao realizar uma obra pblica, autorizada por lei,

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    mediante procedimento licitatrio, na modalidade de menor preo global, no exerccio do seu poder discricionrio, ao escolher determinados fatores, dever orientar-se para o de melhor atendimento do interesse pblico, seria o da eficincia.

    50. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal de Recife/2003) A eficincia vincula-se ao tipo de administrao dito gerencial.

    51. (ESAF/Procurador Municipal/Fortaleza/2002) O princpio constitucional da eficincia vincula-se noo de administrao patrimonialista.

    52. (ESAF/AFC STN/2002) A adoo do princpio da eficincia no texto constitucional, nos termos da Emenda Constitucional n 19/98, autoriza a prevalncia deste princpio em relao ao da legalidade, na busca pela administrao pblica gerencial.

    53. (ESAF/Procurador do BACEN/2001) A vedao Administrao Pblica de, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigaes ou impor proibies, vincula-se ao princpio da eficincia.

    1.7 Outros Princpios

    54. (ESAF/ATRFB/2009) Por meio do princpio da tutela, a Administrao Pblica direta fiscaliza as atividades dos seus entes, com o objetivo de garantir a observncia de suas finalidades institucionais.

    55. (ESAF/AFC/CGU/2008) Quanto aplicao de princpios constitucionais em processos administrativos, entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal, constituindo smula vinculante para toda a administrao e tribunais inferiores, que, nos processos perante o Tribunal de Contas da Unio, asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive na apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso.

    56. (ESAF/Procurador do DF/2007) luz do Princpio da Motivao, a validade do ato administrativo independe do carter prvio ou da concomitncia da motivao pela autoridade que o proferiu com relao ao momento da prtica do prprio ato.

    57. (ESAF/Procurador do DF/2007) O denominado interesse secundrio do Estado, na lio de Celso Antnio Bandeira de Mello, no se insere na categoria dos interesses pblicos propriamente ditos.

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    58. (ESAF/Procurador do DF/2007) O Princpio da Finalidade prescreve que a Administrao Pblica detm a faculdade de alvejar a finalidade normativa, isto porque o princpio em questo inerente ao princpio da legalidade.

    59. (ESAF/AFC/CGU/2006) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que os interesses pblicos e privados so eqitativos entre si.

    60. (ESAF/AFC/CGU/2006) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que so inalienveis os direitos concernentes ao interesse pblico.

    61. (ESAF/AFC/CGU/2006) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que so insusceptveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.

    62. (ESAF/APO MPOG/2005) Os princpios da Administrao Pblica esto presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Aquele princpio que melhor se vincula proteo do administrado no mbito de um processo administrativo, quando se refere interpretao da norma jurdica o princpio da legalidade.

    63. (ESAF/Procurador do BACEN/2001) A recente Lei Federal relativa aos processos administrativos adotou diversos princpios da Administrao Pblica entre os seus comandos. O inciso XIII do art. 2o desta Lei tem a seguinte redao: "XIII- interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao." Este comando alude ao princpio da segurana jurdica.

    64. (ESAF/APO MPOG/2005) Os princpios da Administrao Pblica esto presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Aquele princpio que melhor se vincula proteo do administrado no mbito de um processo administrativo, quando se refere interpretao da norma jurdica o princpio da segurana jurdica.

    65. (ESAF/AFRE MG/2005) O princpio da autotutela faculta a Administrao Pblica que realize policiamento dos atos administrativos que pratica.

    66. (ESAF/AFRE MG/2005) A inobservncia ao princpio da proporcionalidade pelo ato administrativo, por dizer respeito ao mrito do ato, no autoriza o Poder Judicirio a sobre ele se manifestar.

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    67. (ESAF/AFRE MG/2005) O princpio da continuidade do servio pblico impediu que ocorresse um abrandamento com relao proibio de greve nos servios pblicos.

    68. (ESAF/MRE/Oficial de Chancelaria/2004) A determinao constitucional de tratamento isonmico encontra, na Administrao Pblica, seu principal apoio no seguinte princpio: razoabilidade.

    69. (ESAF/Analista Administrativo/MPU/2004) Um dos princpios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relaes jurdicas, sob sua incidncia, o da comutatividade na soluo dos interesses em questo.

    70. (ESAF/Analista Administrativo/MPU/2004) Um dos princpios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relaes jurdicas, sob sua incidncia, o da predominncia da liberdade decisria.

    71. (ESAF/Analista Administrativo/MPU/2004) Um dos princpios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relaes jurdicas, sob sua incidncia, o da supremacia do interesse pblico sobre o privado.

    72. (ESAF/TRT 7/Analista Administrativo/2003) A vedao do nepotismo no servio pblico vincula-se, diretamente, ao seguinte princpio da Administrao Pblica: finalidade.

    73. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal de Recife/2003) A rejeio figura do nepotismo no servio pblico tem seu amparo original no princpio constitucional da impessoalidade.

    74. (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal de Recife/2003) A rejeio figura do nepotismo no servio pblico tem seu amparo original no princpio constitucional da moralidade.

    75. (ESAF/TRT 7/Analista Administrativo/2003) A vedao do nepotismo no servio pblico vincula-se, diretamente, ao seguinte princpio da Administrao Pblica: segurana jurdica.

    76. (ESAF/AFRFB/2003) O estudo do regime jurdico-administrativo tem em Celso Antnio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador. Para o citado jurista, o regime jurdico-administrativo construdo, fundamentalmente, sobre dois princpios bsicos, dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princpios so indisponibilidade do

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    interesse pblico pela Administrao e supremacia do interesse pblico sobre o particular.

    77. (ESAF/EPPGG/MPOG/2003) A Lei Federal n 9.784 de 1999, que cuida do processo administrativo, dispe sobre diversos princpios da Administrao Pblica. Todavia, existem outros princpios reconhecidos pela doutrina que no se incluem neste rol. O princpio da boa-f princpio da Administrao Pblica que no mencionado pela referida norma legal.

    78. (ESAF/EPPGG/MPOG/2003) A Lei Federal n 9.784 de 1999, que cuida do processo administrativo, dispe sobre diversos princpios da Administrao Pblica. Todavia, existem outros princpios reconhecidos pela doutrina que no se incluem neste rol. O princpio do contraditrio princpio da Administrao Pblica que no mencionado pela referida norma legal.

    79. (ESAF/AFC STN/2002) A atual inaplicabilidade do instituto da arbitragem no mbito da Administrao Pblica Brasileira decorre, tambm, do entendimento de que haveria leso ao princpio da indisponibilidade do interesse pblico.

    80. (ESAF/AFC STN/2002) No mbito do regime jurdico-administrativo, no licito Administrao Pblica alterar unilateralmente relaes jurdicas j estabelecidas, constituindo o administrado em obrigaes por meio de atos unilaterais.

    81. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2002) O sistema do Direito Administrativo tem como contedo do seu regime jurdico a consagrao do princpio bsico da indisponibilidade dos bens e interesses pblicos.

    82. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2002) O sistema do Direito Administrativo tem como contedo do seu regime jurdico a consagrao do princpio bsico da supremacia do interesse pblico sobre o privado.

    83. (ESAF/Auditor TCE GO/2007) Correlao entre meios e fins expresso que costuma ser diretamente associada ao princpio da proporcionalidade.

    84. (ESAF/Auditor Fiscal Prefeitura Municipal de Natal/2001) O ato de remoo de servidor pblico, de ofcio, como forma de punio do mesmo, confronta o princpio da Administrao Pblica da razoabilidade.

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    85. (ESAF/Assistente Jurdico AGU/1999) No mbito do processo administrativo, o princpio que autoriza a instituio do processo por iniciativa da Administrao, sem necessidade de provocao, denomina-se princpio da oficialidade.

    Gabarito Captulo 1

    1 C 21 C 41 E 61 E 81 E2 E 22 E 42 E 62 E 82 C3 E 23 E 43 E 63 C 83 C4 E 24 C 44 E 64 C 84 E5 E 25 C 45 C 65 E 85 C6 C 26 C 46 E 66 E 7 E 27 C 47 C 67 E 8 C 28 C 48 E 68 E 9 E 29 E 49 E 69 E 10 C 30 C 50 C 70 E 11 E 31 C 51 E 71 C 12 E 32 E 52 E 72 C 13 C 33 C 53 E 73 E 14 C 34 C 54 C 74 C 15 E 35 E 55 E 75 E 16 E 36 C 56 E 76 C 17 E 37 E 57 C 77 C 18 C 38 C 58 E 78 E 19 E 39 C 59 E 79 C 20 C 40 E 60 C 80 E

    Gabarito Comentado Captulo 1

    1. Correto. So fontes do Direito Administrativo a lei (inclui a Constituio, leis em sentido estrito e atos normativos), a doutrina, a jurisprudncia e os costumes.

    2. Errado. So cinco os princpios constitucionais expressos para a Administrao Pblica em geral: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia (juntos formam o famoso LIMPE). Analisando os itens da questo: 1) Correto. O princpio da moralidade exige que, junto atuao legal, aja o administrador pblico em prol do tico, do que justo e decoroso. 2) Correto. O princpio da publicidade possui duas facetas: a) produo de efeitos externos de atos administrativos; b) informaes a todos das atividades realizadas na administrao. 3) Correto. O princpio da impessoalidade cobe que o

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    agente aja a seu bel-prazer. Deve ele obedecer aos preceitos legais, sem favorecimentos a determinadas pessoas ou coisas. 4) Incorreto. O pagamento por precatrio est previsto no art. 100 da CF, que prescreve que os valores devidos pelas Fazendas devem ser feitos em ordem cronolgica, impedindo tratamento diferenciado, obedecendo ao princpio da impessoalidade. 5) Correto. O princpio da eficincia visa a propiciar o alcance dos melhores resultados possveis para a atuao da Administrao, buscando-se um timo custo-benefcio.

    3. Errado. Os atos de improbidade administrativa podem ser de trs espcies (Lei 8.429/92): a) que importem enriquecimento ilcito; b) que causem prejuzo ao errio; c) que atentam contra os princpios da Administrao Pblica. A Constituio de 88 assim dispe sobre a improbidade: Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. No necessariamente h de existir leso ao errio ou enriquecimento ilcito para que seja cominada sano penal. A simples ofensa a princpio pode, sim, acarretar a sano.

    4. Errado. O princpio da legalidade, no mbito exclusivo da Administrao Pblica, significa que esta - ao contrrio do particular, que pode fazer tudo que no seja proibido em lei - s poder agir segundo as determinaes legais. Repita-se: A Administrao s age segundo a vontade da lei.

    5. Errado. O Poder Executivo tem por funo concretizar os comandos contidos nas leis. No pode ele, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados. Complementa este dispositivo o artigo 5, II, da Carta Magna, que dispe que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    6. Correto. O Poder Executivo tem por funo concretizar os comandos contidos nas leis. No pode ele, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados. Complementa este dispositivo o artigo 5, II, da Carta Magna, que dispe que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    7. Errado. O princpio da legalidade no pode sofrer constrio provisria e excepcional, mas a plenitude do princpio pode, pois a Constituio autoriza casos de exceo plenitude do princpio, como a

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    supresso de garantias fundamentais no Estado de stio via decreto, ou a utilizao das medidas provisrias com fora de lei, ou, ainda, os decretos autnomos do Poder Executivo e, tambm, aumento de alquota de certos impostos atravs de decreto (apesar de nos limites da lei), ou concesso de isenes de ICMS atravs de convnios entre Estados-membros.

    8. Correto. O princpio da legalidade, no mbito exclusivo da Administrao Pblica, significa que esta - ao contrrio do particular, que pode fazer tudo que no seja proibido em lei - s poder agir segundo as determinaes legais. Repita-se: A Administrao s age segundo a vontade da lei.

    9. Errado. A acepo da legalidade tal como apresentada na questo (objeto no vedado em lei) vlida para os particulares. Para a Administrao, j vimos que necessria a previso que determine ou permita a atuao.

    10. Correto. O princpio da legalidade, no mbito exclusivo da Administrao Pblica, significa que esta - ao contrrio do particular, que pode fazer tudo que no seja proibido em lei - s poder agir segundo as determinaes legais. Repita-se: A Administrao s age segundo a vontade da lei.

    11. Errado. A fundamentao de ato administrativo tambm conhecida no Direito Administrativo como motivao. A motivao exposio dos motivos que fizeram o administrador agir e seu embasamento encontra-se na necessidade de transparncia dos atos da Administrao Pblica, derivando, portanto, do princpio da publicidade.

    12. Errado. O princpio da legalidade, no mbito exclusivo da Administrao Pblica, significa que esta - ao contrrio do particular, que pode fazer tudo que no seja proibido em lei - s poder agir segundo as determinaes legais. Repita-se: A Administrao s age segundo a vontade da lei.

    13. Correto. O princpio da legalidade, no mbito exclusivo da Administrao Pblica, significa que esta - ao contrrio do particular, que pode fazer tudo que no seja proibido em lei - s poder agir segundo as determinaes legais. Repita-se: A Administrao s age segundo a vontade da lei.

    14. Correto. Para a Administrao Pblica, o princpio da legalidade significa que pressuposto de sua atuao a existncia de lei que

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    autorize ou determine que atue. A moralidade, por sua vez, torna jurdica a exigncia de atuao tica dos agentes da Administrao. A incluso desses dois princpios no regime jurdico-administrativo deu-se no contexto da denominada administrao burocrtica, a qual prima pela imposio de rigorosos controles atuao da Administrao, tendo como objetivo assegurar a prevalncia dos interesses pblicos e dos direitos fundamentais dos administrados.

    15. Errado. Segundo a Constituio Federal A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    16. Errado. Segundo a doutrina, atos administrativos so manifestaes da Administrao Pblica extradas no mbito das relaes jurdicas de direito pblico. Existem diversas formas de extino desses atos, estejam ou no eivados de vcio. As principais para concurso so: a) anulao: quando o ato estiver viciado, como, por exemplo, a nomeao de um parente em autarquia, sem aprovao em concurso pblico; b) revogao: quando se faz desnecessria a existncia do ato no ordenamento jurdico, sem que haja vcio em sua formao, como, por exemplo, a revogao de uma autorizao concedida a um particular que utilizava espao pblico para comercializar produtos (feira). Na questo, trata-se de caso de anulao, uma vez que o ato ilegal e no de revogao, como proposto.

    17. Errado. O atendimento aos princpios constitucionais, incluindo, portanto, o da legalidade rege perfeitamente a atividade legislativa. infundado pensar em leis que no atendam a princpios. Assim, o legislador deve observar na sua atuao as outras leis vigentes no ordenamento, bem como a prpria Constituio Federal.

    18. Correto. Lei em sentido formal todo ato produzido pelo Legislativo em sua funo tpica. J lei em sentido material todo ato com natureza normativa, seja qual for o rgo, entidade ou Poder que o tenha produzido. O que importa para a classificao o contedo do ato, no quem o produziu. Assim, uma lei que institui o ICMS em determinado Estado, lei em sentido formal e em sentido material, inovando no ordenamento jurdico, devendo respeitar o princpio da legalidade. O Poder Executivo por sua vez, ao editar decreto que pormenorizar a aplicao desta lei, no criando direitos e obrigaes no ordenamento jurdico, tambm dever observar o princpio da legalidade. Tal decreto, trata-se de lei apenas em aspecto material (no em sentido formal).

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    19. Errado. Questo interessante! De acordo com o princpio da legalidade, a Administrao s pode fazer ou deixar de fazer algo que a lei autoriza ou permita. O poder discricionrio, por seu turno, a utilizao, pelo administrador pblico, da convenincia e oportunidade para a expedio de ato administrativo. Assim, existem atos que devem ser expedidos (poder vinculado) e atos que podem ser expedidos (poder discricionrio). Portanto, a questo, ao afirmar que a autoridade s fazer o que lei determina, conforme nela previsto, est incorreta. Ora, se a lei determina que se faa conforme nela previsto, no h margem para atuao discricionria.

    20. Correto. De acordo com o princpio da legalidade, a Administrao s pode fazer ou deixar de fazer algo que a lei autoriza ou permita. O poder discricionrio, por seu turno, a utilizao, pelo administrador pblico, da convenincia e oportunidade para a expedio de ato administrativo. Assim, existem atos que devem ser expedidos (poder vinculado) e atos que podem ser expedidos (poder discricionrio). A atuao do poder discricionrio, grave-se, s pode se dar dentro dos limites legais.

    21. Correto. Este um assunto divergente na doutrina. A norma autoriza Administrao agir em determinada hiptese quando estamos frente a uma competncia vinculada, em que, se presentes os elementos delineados na lei, no tem o administrador outra conduta possvel que no a prtica do ato, na forma nela exarada. Ao revs, quando se diz que a norma permite que a Administrao aja, estamos perante um poder discricionrio, em que, uma vez presente os pressupostos legais, o administrador pode ou no adotar o que previsto em lei, no sendo obrigado a faz-lo.

    22. Errado. A questo tratou, em verdade, do princpio da impessoalidade. Segundo a doutrina, o princpio da impessoalidade, referido na Constituio de 1988 (art. 37, caput), nada mais que o clssico princpio da finalidade, o qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal. O princpio da moralidade exige a atuao tica dos agente pblicos.

    23. Errado. Segundo a doutrina, o princpio da moralidade tornou jurdica a exigncia de que o agente pblico aja de maneira honesta, proba. A moralidade administrativa difere da moral comum. A moral comum individual, subjetiva, e no tem observncia coercitiva. Por isso, a primeira parte da assertiva est correta. A moral administrativa

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    um conceito jurdico, portanto heternomo (no determinado pelo prprio agente pblico, mas por algo externo a ele, especificamente, por lei). A infringncia da moral administrativa uma infrao jurdica, que acarreta conseqncias jurdicas. Embora no sejam sinnimos, nem obrigatoriamente coincidam, dizer que a ofensa moral comum no implica tambm ofensa ao princpio da moralidade administrativa incorreto. Mais incorreto ainda dizer que isso pacfico. O correto seria dizer que a ofensa moral comum pode, ou no, implicar ofensa ao princpio da moralidade administrativa.

    24. Correto. O princpio da moralidade tornou jurdica a exigncia de que o agente pblico aja de maneira tica, honesta, proba, de acordo com os bons costumes.

    25. Correto. O princpio da moralidade tornou jurdica a exigncia de que o agente pblico aja de maneira tica, honesta, proba.

    26. Correto. A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos (Lei 8.666/93, artigo 3).

    27. Correto. A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos (Lei 8.666/93, artigo 3). Portanto, a escolha atravs de licitao visa a permitir que todos os empresrios, desde que atendam aos requisitos, possam contratar com o poder pblico em condies de igualdade.

    28. Correto. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim (CF, art. 100, caput). Esse mais um exemplo de aplicao do princpio da impessoalidade.

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    29. Errado. A eficincia princpio constitucional que se traduz na necessidade de qualidade da prestao do servio universalidade de sujeitos e de interesses, visando sempre a obteno de resultados timos em prol do cidado.

    30. Correto. Segundo a doutrina, o princpio da impessoalidade, referido na Constituio de 1988 (art. 37, caput), nada mais que o clssico princpio da finalidade, o qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal.

    31. Correto. O princpio da impessoalidade impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal. Assim, o provimento atravs de concurso visa justamente a impedir que os interesses dos detentores do poder prevaleam em detrimento do interesse dos verdadeiros detentores do poder: o povo.

    32. Errado. O princpio da impessoalidade impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal.

    33. Correto. O princpio apresentado em trs aspectos: a) finalidade, o ato deve ser produzido visando ao fim previsto em lei; b) isonomia, a Administrao no pode tratar com desigualdade administrados na mesma situao; c) vedao promoo pessoal dos agentes pblicos.

    34. Correto. Questo polmica da ESAF. O candidato mais atencioso notaria que a parte fora de expressa previso constitucional e legal induziria a pensar que deveramos tratar de dois princpios expressos na CF. Ora, o princpio da finalidade um dos desdobramentos possveis para o princpio da impessoalidade e no se encontra expresso na Carta Magna. Mesmo com esse deslize do examinador, podemos compreender a finalidade como aquele princpio que determina que todo e qualquer ato administrativo ter sempre um nico fim mediato: resguardar o interesse pblico. Assim, ofendendo-se ao princpio da finalidade, resta tambm ofendido ao princpio da impessoalidade, uma vez que o ato estar sendo expedido em detrimento do interesse pblico.

    35. Errado. Perguntemo-nos: plausvel que uma lei preveja que um policial militar tenha mais de 1,40 metros de altura para ser apto ao

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    cargo? Sim, uma vez que o exerccio das atribuies pode exigir uma altura mnima para o timo aproveitamento do agente pblico no cargo. Agora, essa mesma restrio para o cargo de tcnico judicirio. justificvel? No! Estaramos, neste caso, violando o princpio da isonomia, uma vez que se est excluindo um grupo de pessoas, sem qualquer razoabilidade e proporcionalidade para tanto. A jurisprudncia tem seguido essa linha de raciocnio, ok?

    36. Correto. Podemos compreender a finalidade como aquele princpio que determina que todo e qualquer ato administrativo ter sempre um nico fim mediato: resguardar o interesse pblico.

    37. Errado. A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos (CF, art. 37, 1). O texto constitucional em comento decorrncia do princpio da impessoalidade (e no publicidade, como props a questo), tendo por escopo a proibio de vinculao de obras pblicas s pessoas que administram o errio.

    38. Correto. A assertiva literalidade. Segundo o art. 5, XXXIII, da CF Todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado. Lembrem-se do que foi dito: O princpio da publicidade possui duas facetas: a) produo de efeitos externos de atos administrativos; b) informaes a todos das atividades realizadas na administrao. Assim, o texto constitucional traz concomitantemente um direito para o cidado e um dever para o administrador pblico, baseando-se no princpio da publicidade.

    39. Correto. So a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal (CF, art. 5, XXXIV).

    40. Errado. Visando a atender os princpios da publicidade e impessoalidade, a Constituio Federal dispe que: A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela

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    no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos (CF, art. 37, 1).

    41. Errado. A publicidade constitui regra essencial. Todavia, as informaes cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado esto ressalvadas regra (como prescreve a CF, art. 5, XXXIII).

    42. Errado. A justificativa dos atos administrativos regra a ser seguida na Administrao Pblica. Essa justificativa a que o enunciado se referiu, em provas, recebe o nome de motivao. Nem todo ato administrativo precisa ser motivado. Por exemplo, a nomeao para cargo em comisso prescinde de motivao. Contato, tais situaes, so excepcionais, uma vez que vige o princpio da publicidade.

    43. Errado. Via de regra, os atos que devem ser publicados em dirio oficial so: a) os atos que devam produzir efeitos externos; e b) os atos que onerem o errio. Alm disso, pode ocorrer de no haver dirio oficial na localidade. Outrossim, temos que ressalvar algumas hipteses constitucionais que impedem a publicao de determinados atos, por questes de sigilo, tal como: a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5, LX).

    44. Errado. Via de regra, os atos que devem ser publicados em dirio oficial so: a) os atos que devam produzir efeitos externos; e b) os atos que onerem o errio. Alm disso, pode ocorrer de no haver dirio oficial na localidade. Outrossim, temos que ressalvar algumas hipteses constitucionais que impedem a publicao de determinados atos, por questes de sigilo, tal como: a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5, LX).

    45. Correto. O princpio da eficincia, que visa a propiciar o alcance dos melhores resultados possveis para a Administrao, buscando um timo custo-benefcio no desempenho das funes pblicas, foi introduzido pela Emenda Constitucional n. 19/98 (mais conhecida como Reforma Administrativa) no ordenamento jurdico ptrio. Essa Reforma, trouxe para a Constituio algumas diretrizes do que a doutrina moderna nomina de administrao gerencial.

    46. Errado. O princpio da eficincia (e no o da razoabilidade, como props a assertiva) visa a propiciar o alcance dos melhores resultados

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    possveis para a Administrao, buscando um timo custo-benefcio. Portanto, a questo est incorreta.

    47. Correto. A EC 19/98 reforma administrativa trouxe algumas mudanas provenientes da chamada administrao gerencial para a gesto pblica brasileira. Entre as mudanas inclui-se a figura das Agncias Executivas, que nada mais so que autarquias e fundaes pblicas que celebram contrato de gesto com o Poder Executivo para possuir maior autonomia em sua gesto, bem como recursos para cumprimento de seu planejamento.

    48. Errado. A eficincia princpio expresso na Constituio e na Lei 9.784/99, artigo 2. J a razoabilidade princpio implcito na Constituio (oriundo do devido processo legal em sua acepo substantiva CF, art. 5, LIV) e expresso na Lei 9.784/99. Ateno: Cuidado com questes que tratem sobre o princpio da razoabilidade, pois se trata de princpio implcito na Constituio Federal, todavia, trata-se de princpio explcito no ordenamento jurdico, uma vez que consagrado na 9.784/99.

    49. Errado. A ESAF deu como gabarito (era uma questo de mltipla escolha) o princpio da impessoalidade. A nosso ver, ao se escolher a modalidade menor preo global se est primando pela otimizao dos recursos pblicos, o que coaduna com o que dispe o princpio da eficincia. Portanto, questes que tratem sobre concurso pblico e licitao, h grande probabilidade de a resposta estar relacionada ao princpio da impessoalidade, quando se tratar de ESAF.

    50. Correto. A administrao gerencial um modelo de administrao em que se privilegia a descentralizao, a autonomia do Estado quanto forma de aplicar a lei ao caso concreto e a desburocratizao de toda a estrutura administrativa, otimizando a relao custo-benefcio dos atos praticados pelos agente pblico. Da administrao gerencial deriva o princpio da eficincia, eregido situao de princpio constitucional atravs da EC 19/98 (Reforma Administrativa).

    51. Errado. No patrimonialismo a administrao pblica atende aos interesses da classe dominante, representando mero instrumento de usurpao de poder. O poder que emana do povo passa a ser utilizado pelo governante para seu interesse. O princpio da eficincia vincula-se noo de administrao gerencial.

    52. Errado. J dissemos anteriormente que no h hieraquia entre princpios. Assim, a ttulo de exemplo, no poder o administrador

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    pblico realizar contratao direta com determinada empresa, sem o devido procedimento licitatrio, sem que haja previso legal para tanto, pois, no obstante a maior agilidade da contratao, estar-se- ferindo o princpio da legalidade.

    53. Errado. A vedao Administrao Pblica de, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigaes ou impor proibies, vincula-se ao princpio da legalidade, e no da eficincia, como props a questo.

    54. Correto. Para assegurar que as entidades da Administrao Indireta observem o princpio da especialidade, elaborou-se outro princpio: o do controle ou tutela, em consonncia com o qual a Administrao Pblica direta fiscaliza as atividades dos referidos entes, com o objetivo de garantir a observncia de suas finalidades institucionais. Ateno: no confundir com autotutela, que o princpio que possibilita Administrao a reviso de seus prprios atos, anulando-os, quando ilegais, ou revogando-os, por convenincia e oportunidade.

    55. Errado. A questo abordou o teor da Smula Vinculante n 3, editada pelo STF, cuja redao a seguinte: Nos processos perante o tribunal de contas da unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso. Portanto, o item encontra-se incorreto, pois prescindem de contraditrio a ampla defesa a apreciao da concesso inicial, reforma e penso.

    56. Errado. A motivao de ato administrativo deve conter carter prvio ou concomitante, nunca a posteriori.

    57. Correto. O interesse pblico pode ser considerado primrio ou secundrio. Interesse pblico primrio ( o propriamente dito) o da sociedade (ex: aplicar o dinheiro dos impostos em obras). Interesse pblico secundrio o do estado (ex: cobrar impostos).

    58. Errado. O princpio da finalidade impe que o administrador, ao manejar as competncias postas a seu encargo, atue com rigorosa obedincia finalidade de cada qual. Isto , cumpre-lhe cingir-se no apenas finalidade prpria de todas as leis, que o interesse pblico, mas tambm finalidade especfica obrigada na lei a que esteja dando execuo. Assim, no h faculdade em alvejar a finalidade normativa, mas, sim, obrigao.

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    59. Errado. O Princpio da Supremacia do Interesse Pblico sobre o Interesse Privado coloca os interesses da Administrao Pblica em sobreposio aos interesses particulares que com os dela venham eventualmente colidir. Questo, portanto, incorreta.

    60. Correto. este o conceito de um dos princpios basilares da Administrao Pblica: o Princpio da indisponibilidade dos interesses pblicos. Este princpio afirma que o administrador no pode dispor livremente do interesse pblico, pois no representa seus prprios interesses quando atua, devendo assim agir segundo os estritos limites impostos pela lei.

    61. Errado. A questo refere-se ao princpio da inafastabilidade da jurisdio, consagrado na Constituio Federal da seguinte forma: a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito (CF, art. 5, XXXV). Portanto, so suscetveis de controle jurisdicional os atos administrativos (essa regra comporta algumas pequenas excees a serem estudadas no captulo de atos administrativos).

    62. Errado. O princpio que visa proteo do administrado em mbito de processo administrativo, no mbito da interpretao (esta a palavra-chave), o da segurana jurdica. A Lei n 9.784/99, art. 2, par. nico, inc. XIII, veda a aplicao retroativa de nova interpretao de matria administrativa j anteriormente avaliada. Se a Administrao adotou determinada interpretao como a correta para determinado caso concreto vem, por respeito boa-f dos administrados, a lei estabilizar tal situao, vedando a anulao de atos anteriores sob pretexto de que os mesmos teriam sido praticados com base em errnea interpretao de norma legal administrativa.

    63. Correto. O princpio que visa proteo do administrado em mbito de processo administrativo, no mbito da interpretao (esta a palavra-chave), o da segurana jurdica. A Lei n 9.784/99, art. 2, par. nico, inc. XIII, veda a aplicao retroativa de nova interpretao de matria administrativa j anteriormente avaliada. Se a Administrao adotou determinada interpretao como a correta para determinado caso concreto vem, por respeito boa-f dos administrados, a lei estabilizar tal situao, vedando a anulao de atos anteriores sob pretexto de que os mesmos teriam sido praticados com base em errnea interpretao de norma legal administrativa.

    64. Correto. O princpio que visa proteo do administrado em mbito de processo administrativo, no mbito da interpretao (esta a

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    palavra-chave), o da segurana jurdica. A Lei n 9.784/99, art. 2, par. nico, inc. XIII, veda a aplicao retroativa de nova interpretao de matria administrativa j anteriormente avaliada. Se a Administrao adotou determinada interpretao como a correta para determinado caso concreto vem, por respeito boa-f dos administrados, a lei estabilizar tal situao, vedando a anulao de atos anteriores sob pretexto de que os mesmos teriam sido praticados com base em errnea interpretao de norma legal administrativa.

    65. Errado. A autotutela o princpio que possibilita Administrao a reviso de seus prprios atos, anulando-os, quando ilegais, ou revogando-os, por convenincia e oportunidade. O erro da questo est em dizer que o princpio faculta, pois, essa reviso pode ser facultativa (se o ato for discricionrio) ou obrigatria (se o ato for vinculado).

    66. Errado. O princpio da proporcionalidade significa dizer que a Administrao no deve restringir os direitos dos particulares alm do necessrio. J o princpio da razoabilidade refere-se necessidade e adequao para a prtica do ato. Os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade so apontados pela doutrina como os maiores limitadores ao poder discricionrio da Administrao Pblica. O Judicirio, via de regra, no pode analisar a convenincia e oportunidade com que so expedidos os atos administrativos. Todavia, se os agentes agirem de forma desproporcional pode o Judicirio intervir nesta relao, pois encontra-se o ato viciado.Um exemplo, a interdio de um estabelecimento, pois apenas uma unidade de iogurte estava com a data de validade vencida, em meio a 100 mil itens.

    67. Errado. Em Constituies pretritas o direito de greve era de certa forma obstado, por conta da necessidade de continuidade da prestao de servios pblicos. A CF de 88 dispe que o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica (CF, art. 37, VII). Houve, sim, com a edio da atual Constituio, um abrandamento com relao proibio de greve nos servios pblicos. Lembrem-se, contudo, de que o STF entende que em casos de paralisao no funcionalismo pblico deve ser aplicada a Lei 7.783/89, que regulamenta as greves dos trabalhadores da iniciativa privada.

    68. Errado. A determinao constitucional de tratamento isonmico encontra, na Administrao Pblica, seu principal apoio no princpio da impessoalidade e no da razoabilidade.

    69. Errado. O princpio da Supremacia do interesse pblico sobre o particular implcito na constituio. Segundo a doutrina, atravs do

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    princpio da Supremacia do interesse pblico entende-se, que sempre que houver conflito entre um interesse particular e um interesse pblico coletivo, deve prevalecer o interesse pblico tutelado pelo Estado. Portanto, no h comutatividade entre os interesses. O interesse pblico indisponvel! Nas relaes de Direito Pblico, prevalece o interesse pblico.

    70. Errado. J vimos que o princpio da legalidade restringe o poder decisrio conferido aos agentes pblicos em geral, uma vez que a Administrao deve agir segundo os preceitos legais, e no a seu bel-prazer.

    71. Correto. O princpio da Supremacia do interesse pblico sobre o particular implcito na constituio. Segundo a doutrina, atravs do princpio da Supremacia do interesse pblico entende-se, que sempre que houver conflito entre um interesse particular e um interesse pblico coletivo, deve prevalecer o interesse pblico tutelado pelo Estado. No contencioso, nas relaes de Direito Pblico, prevalecer o interesse pblico.

    72. Correto. O nepotismo fere frontalmente dois princpios da Administrao Pblica, a saber: a) impessoalidade (em sua acepo de finalidade); b) moralidade. Gabarito indubitavelmente correto.

    73. Errado. E a? Falamos acima que o nepotismo fere frontalmente a impessoalidade e a moralidade. Todavia, a ESAF deu este item como incorreto. Por qu? Bem, nem mesmo o E. STF entrou nesta seara quando tratou da matria na Smula Vinculante n. 13 "A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, (...), viola a Constituio Federal". Ora, assim, penso que temos de seguir a seguinte linha para a ESAF: 1) nepotismo viola diretamente o nepotismo e a impessoalidade; 2) Todavia, a vedao ao nepotismo tem sua origem no princpio da moralidade (e no no princpio da impessoalidade).

    74. Correto. Seguir a seguinte linha para a ESAF: 1) nepotismo viola diretamente o nepotismo e a impessoalidade; 2) Todavia, a vedao ao nepotismo tem sua origem no princpio da moralidade (e no no princpio da impessoalidade).

    75. Errado. Seguir a seguinte linha para a ESAF: 1) nepotismo viola diretamente o nepotismo e a impessoalidade; 2) Todavia, a vedao ao nepotismo tem sua origem no princpio da moralidade (e no no princpio da impessoalidade).

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    76. Correto. Existem, para a doutrina, dois princpios dos quais decorrem todos os outros existentes no ordenamento jurdico: a indisponibilidade do interesse pblico e a supremacia do interesse pblico sobre o particular. O princpio da supremacia do interesse pblico fundamenta a denominada verticalidade nas relaes entra Administrao Pblica e particular. Fundamenta a imposio de obrigaes ao particular por ato unilateral. O princpio da indisponibilidade do interesse pblico traz restries Administrao Pblica e, em lio comezinha, significa dizer que a Administrao no dona da coisa pblica, mas sim o povo, no podendo, por isso, dispor dos bens pblicos segundo sua vontade. Age o agente apenas sob o comando da lei.

    77. Correto. A lei 9.784/99, em seu artigo 2, lista uma srie de princpios para a Administrao Pblica no mbito federal, so eles: legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia. Vejam que so muitos. Mas, vou ser concurseiro aqui. Vejam apenas as iniciais maisculas e em negrito. MOralidade, RAzoabilidade, CONtraditrio, Eficincia, Legalidade, Ampla defesa, INTERESSe pblico, SEGURana jurdica, PROPRorcionalidade, FINalidade. Vamos l...Abstraindo apenas os negritos, temos o seguinte macete: MORAr CON ELA INTERESSA, SEGURO, mas o PRPRIO FIN. Viram como facilita? E no tem erro! Gravem!

    78. Errado. Vamos l, para o macete: Contraditrio est na 9.784? E agora? Vejamos. MORAr CON ELA INTERESSA, SEGURO, mas o PRPRIO FIN. Moralidade, Contraditrio. Beleza! J achamos a resposta: est na norma! Viu como o macete ajuda?

    79. Correto. A arbitragem nada mais do que a atribuio a um terceiro da deciso de um litgio entre Administao Pblica e administrado, deciso esta que substitui a administrativa, dirimindo o litgio. Vimos, porm, que o interesse pblico indisponvel. Assim, se vlido fosse o instituto da arbitragem, seria possvel que o terceiro decidisse por caminhos que no trilhassem para a satisfao do interesse pblico. Sem embargo de expendido, a Lei n 11.079/04 e a Lei n 8.987/95, autorizam o uso da arbitragem, respectivamente, nos contrato de parceria pblico privada e nos contratos de concesso e permisso de servios pblicos. Atente-se!

    80. Errado. Em virtude do princpio da supremacia do interesse pblico sobre o particular, a Administrao Pblica pode alterar relao jurdicas j estabelecidas, atravs de ato unilateral, como, por exemplo,

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    o caso de interdio de um estabelecimento vendedor de gs pela ANP, por conta de desobedincia s exigncias normativas. Esse o chamado poder extroverso do Estado e decorre de um atributo dos atos admionistrativos denomidado imperatividade.

    81. Errado. Temos um erro sutil nesta questo. A indisponibilidade do interesse pblico, apenas. Os bens pblicos so disponveis se houver previso legal para tanto.

    82. Correto. O Princpio da Supremacia do Interesse Pblico sobre o Interesse Privado coloca os interesses da Administrao Pblica em sobreposio aos interesses particulares que com os dela venham eventualmente colidir.

    83. Correto. Segundo o princpio da proporcionalidade ou princpio da proibio de excessos no basta que a aplicao da lei tenha sido feita conforme os procedimentos nela previstos. A restrio aos direitos fundamentais deve ser adequada ao padro de justia social. o exemplo que j citamos: por mais que uma lei preveja uma sano que varie de R$ 100,00 ao fechamento do estabelecimento para venda de produtos vencidos, desproporcional o fechamento do estabelecimento por conta de um nico item vencido, em meio a 100 mil itens, por exemplo. No houve correlao entre meios e fins.

    84. Errado. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede (Lei, 8.112/90, art. 36). A remoo de ofcio deve ser feita por interesse pblico (a Lei diz interesse da Administrao). Chefe que remova subordinado como forma de punio estar incorrendo em desvio de finalidade, violando, assim, este princpio, e no o da razoabilidade.

    85. Correto. O princpio da oficialidade caracteriza-se pelo dever da Administrao em impulsionar o procedimento de forma automtica, sem prejuzo da atuao dos interessados. Este princpio aplica-se ao processo administrativo, previsto no Brasil na lei 9.784/99. Por fora do princpio da oficialidade a autoridade competente para decidir tem tambm o poder/dever de inaugurar e impulsionar o processo, at que se obtenha um resultado final conclusivo e definitivo, pelo menos no mbito da Administrao Pblica.

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    Captulo 2 - Administrao Pblica

    Noes Gerais

    86. (ESAF/Auditor/TCE-PR/2003) O regime jurdico-administrativo entendido como um conjunto de regras e princpios que informa a atuao do Poder Pblico no exerccio de suas funes de realizao do interesse pblico.

    87. (ESAF/Procurador do DF/2007) A Administrao Pblica, em sentido objetivo, deve ser compreendida como o conjunto das pessoas jurdicas e dos rgos incumbidos do exerccio da funo administrativa do Estado.

    88. (ESAF/Procurador do DF/2007) Na evoluo do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do Servio Pblico, que se desenvolveu em torno de duas concepes. Na concepo de Lon Duguit, o Servio Pblico deveria ser entendido em sentido estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime exorbitante do direito comum, desenvolvida pelo Estado para a satisfao de necessidades da coletividade.

    89. (ESAF/AFRF/2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administrao Pblica abrange o poder de polcia administrativa.

    90. (ESAF/AFRF/2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administrao Pblica abrange o servio pblico.

    91. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2004) A expresso administrao pblica admite diversos significados. De acordo com a doutrina, em seu sentido material ou funcional, Administrao Pblica, enquanto finalidade do Estado, no abrange a polcia administrativa.

    92. (ESAF/AFRFB/2009) A administrao pblica federal brasileira indireta composta por autarquias, fundaes, sociedades de economia mista, empresas pblicas e entidades paraestatais.

    93. (ESAF/AFRFB/2009) Diferentemente das pessoas jurdicas de direito privado, as entidades da administrao pblica indireta de personalidade jurdica de direito pblico so criadas por lei especfica.

    94. (ESAF/AFC/CGU/2006) O Direito Administrativo considerado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princpios, que regem

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    o exerccio das funes administrativas estatais e os rgos inferiores, que as desempenham.

    95. (ESAF/ATRFB/2009) A expresso regime jurdico da Administrao Pblica utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de direito pblico e de direito privado a que pode submeter-se a Administrao Pblica.

    96. (ESAF/ATRFB/2009) Na Administrao Pblica Federal, entre outros princpios estabelecidos na Constituio (Ttulo III, Captulo VII, art. 37), vigora o de que s por lei especfica poder ser criada autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista, o servio social autnomo e subsidirias daquelas entidades.

    97. (ESAF/Analista ANA/2009) As entidades da administrao pblica indireta do Poder Executivo, apesar de no submetidas hierarquicamente ao Ministrio a que se vinculam, sujeitam-se sua superviso ministerial.

    98. (ESAF/Analista ANA/2009) O Poder Judicirio e o Poder Legislativo constituem pessoas jurdicas distintas do Poder Executivo e, por isso, integram a administrao pblica indireta.

    99. (ESAF/Processo Seletivo Simplificado MF/2008) As entidades da administrao pblica indireta podero criar subsidirias mediante autorizao legislativa, em cada caso, sendo-lhes vedada, contudo, a participao em empresas privadas.

    100. (ESAF/Analista de TI/SEFAZ CE/2007) A autonomia gerencial, financeira e oramentria dos rgos e entidades da Administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante convnio.

    101. (ESAF/Administrador/ENAP/2006) So entidades polticas, com personalidade jurdica de direito pblico interno, integrantes da Repblica Federativa do Brasil as autarquias da Unio e dos Estados.

    102. (ESAF/Administrador/ENAP/2006) So entidades polticas, com personalidade jurdica de direito pblico interno, integrantes da Repblica Federativa do Brasil os Estados brasileiros.

    103. (ESAF/AFC/STN/2005) Em virtude da Emenda Constitucional n 32/2001, introduziu-se a figura do decreto autnomo na organizao administrativa brasileira.

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    104. (ESAF/Analista/IRB/2004) O que caracteriza as entidades da Administrao Indireta Federal que so dotadas de personalidade jurdica de direito privado.

    105. (ESAF/AFC CGU/2004) As entidades polticas e administrativas, centralizadas ou descentralizadas, so criadas por lei. Incorreta a assertiva, porque as entidades polticas estatais so de sede constitucional e as administrativas que so criadas por lei.

    106. (ESAF/AFT/MTE/2003) A Constituio Federal estabeleceu a possibilidade de se firmar um contrato de gesto entre organismos da Administrao Pblica para concesso de autonomia gerencial, oramentria e financeira a rgos e entidades. A norma constitucional prev uma lei para reger o assunto. No est prevista para esta lei dispor sobre o seguinte: prazo de durao do contrato.

    107. (ESAF/AFT/MTE/2003) A Constituio Federal estabeleceu a possibilidade de se firmar um contrato de gesto entre organismos da Administrao Pblica para concesso de autonomia gerencial, oramentria e financeira a rgos e entidades. A norma constitucional prev uma lei para reger o assunto. No est prevista para esta lei dispor sobre o seguinte: formas de contratao de obras, compras e servios.

    108. (ESAF/TRF RFB/2003) Entre outras, integram a Administrao Pblica Federal Indireta, tambm, as seguintes entidades, dotadas de personalidade jurdica de direito privado: as autarquias, organizaes sociais e sociedades de economia mista.

    109. (ESAF/AFT/2003) O regime jurdico administrativo consiste em um conjunto de princpios e regras que balizam o exerccio das atividades da Administrao Pblica, tendo por objetivo a realizao do interesse pblico. Vrios institutos jurdicos integram este regime. No decorre da aplicao de tal regime: clusulas exorbitantes dos contratos administrativos.

    110. (ESAF/AFTM Recife/2003) No sistema brasileiro, a noo de pessoa poltica engloba as seguintes entidades: Estados-Federados, autarquias e fundaes pblicas.

    111. (ESAF/Analista de Compras/Recife/2003) O Municpio do Recife (PE) qualificado como sendo uma entidade da administrao indireta.

    112. (ESAF/AFPS/2002) O que distingue, fundamentalmente, os rgos da Administrao Direta Federal das entidades da Administrao

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    Indireta o fato de integrarem ou no a estrutura orgnica da Unio Federal.

    113. (ESAF/ACE/TCU/2006) O regime jurdico-administrativo entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princpios que norteiam a atuao da Administrao Pblica, de modo muito distinto das relaes privadas. No se submete ao regime jurdico-administrativo a concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

    114. (ESAF/AFRF/2005) Por decorrncia do regime jurdico-administrativo no se tolera que o Poder Pblico celebre acordos judiciais, ainda que benficos, sem a expressa autorizao legislativa.

    115. (ESAF/AFRF/2005) O regime jurdico-administrativo compreende um conjunto de regras e princpios que baliza a atuao do Poder Pblico, exclusivamente, no exerccio de suas funes de realizao do interesse pblico primrio.

    116. (ESAF/Auditor/TCE/PR/2003) As relaes entre entidades pblicas estatais, de mesmo nvel hierrquico, no se vinculam ao regime jurdico-administrativo, em virtude de sua horizontalidade.

    117. (ESAF/AFTE/Sefaz PI/2001) A expresso administrao pblica possui um sentido unvoco.

    118. (ESAF/AFTE/Sefaz PI/2001) A administrao pblica manifesta-se, com exclusividade, no Poder Executivo.

    Noes de centralizao, descentralizao e desconcentrao

    119. (ESAF/AFT MTE/2009) A criao da Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), para prestar servios oficiais de estatstica, geologia e cartografia de mbito nacional exemplo de descentralizao.

    120. (ESAF/AFT MTE/2009) A criao de delegacia regional do trabalho a ser instalada em municipalidade recm emancipada e em franco desenvolvimento industrial e no setor de servios exemplo de desconcentrao.

    121. (ESAF/AFT MTE/2009) A concesso de servio pblico para a explorao do servio de manuteno e conservao de estradas exemplo de desconcentrao.

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    122. (ESAF/AFT MTE/2009) A criao de novo territrio federal exemplo de descentralizao.

    123. (ESAF/Analista ANA/2009) A realizao das atividades administrativas do Estado, de forma desconcentrada, caracteriza a criao de pessoas jurdicas distintas, componentes da administrao pblica indireta.

    124. (ESAF/Processo Seletivo Simplificado/2008) A fim de promover maior especializao na atividade administrativa, o Estado pode criar pessoas jurdicas de direito pblico a quem transfere o exerccio de atividades que lhes so pertinentes, fenmeno esse denominado desconcentrao.

    125. (ESAF/Processo Seletivo Simplificado/2008) A administrao pblica indireta decorre de um processo de descentralizao administrativa e est representada atualmente, entre outros, nas autarquias, fundaes pblicas, sociedades de economia mista e organizaes sociais.

    126. (ESAF/Procurador do DF/2007) idia de descentralizao administrativa est estreitamente ligado o Princpio da Especialidade, segundo o qual, quando o Estado cria uma entidade autrquica, seus administradores no podem afastar-se dos objetivos definidos em lei, ainda que sob o argumento de que sua atuao (fora dos objetivos legais) se d com vistas a atender interesse pblico, fim maior da atividade administrativa.

    127. (ESAF/Procurador do DF/2007) Descentralizao, conceito ligado idia de hierarquia, a distribuio interna de competncias, ou seja, no mbito da mesma Pessoa Jurdica.

    128. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) A autonomia gerencial, financeira e oramentria dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato de gesto.

    129. (ESAF/AFC CGU/2006) A criao e extino de Ministrios e rgos da Administrao Pblica competncia legislativa do Congresso Nacional, prevista na Constituio Federal.

    130. (ESAF/AFC CGU/2006) O Banco Central do Brasil um rgo do Ministrio da Fazenda.

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    131. (ESAF/AFC CGU/2004) No contexto da Administrao Pblica Federal, o que distingue e/ou assemelha os rgos da Administrao Direta em relao s entidades da Administrao Indireta, que os primeiros integram a estrutura orgnica da Unio e as outras no.

    132. (ESAF/AFRE/MG/2005) A descentralizao tem, para o Direito Administrativo, significado de distribuio de competncias dentro de uma mesma pessoa jurdica.

    rgos pblicos

    133. (ESAF/Analista Administrativo/ANA/2009) Os rgos so compartimentos internos da pessoa pblica que compem, sua criao bem como sua extino so disciplinas reservadas lei.

    134. (ESAF/Processo Simplificado/MF/2008) Os rgos pblicos constituem parties internas da pessoa jurdica que integram e, se investidos de poder jurdico, ainda que s aparente, possuem o poder de manifestao da vontade do prprio Estado, assim o defende a teoria do rgo.

    135. (ESAF/PGDF/2007) De acordo com a clssica classificao dos rgos pblicos de Hely Lopes Meirelles, os denominados rgos singulares ou unipessoais so aqueles integrados por um nico agente administrativo, por existir neles um nico cargo em sua estrutura.

    136. (ESAF/AFRF/2005/Adaptada) Pode ser considerada correta a seguinte definio de rgo pblico: Centro de competncias, com patrimnio, responsabilidades e agentes prprios, criado para uma determinada atividade.

    137. (ESAF/AFTE RN/2005) O patrimnio personificado, destinado a um fim especfico, que constitui uma entidade da Administrao Pblica, com personalidade jurdica de direito pblico, cuja criao depende de prvia autorizao expressa por lei, se conceitua como sendo um rgo autnomo.

    138. (ESAF/AFRE/MG/2005) Os rgos pblicos tm personalidade jurdica, podendo, por isso, assumir em nome prprio obrigaes.

    139. (ESAF/AFC CGU/2004) No contexto da Administrao Pblica Federal, o que distingue e/ou assemelha os rgos da Administrao Direta em relao s entidades da Administrao Indireta, que os primeiros integram a estrutura orgnica da Unio e as outras no.

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    140. (ESAF/AFRFB/2003) No h previso legal para a celebrao de contrato de gesto entre a pessoa jurdica de direito pblico poltica e a seguinte espcie: rgo pblico.

    141. (ESAF/AFTE PA/2002) O contrato de gesto pode ser celebrado com rgo despersonalizado da Administrao Direta.

    142. (ESAF/ATE SEFAZ PI/2001) A Administrao Pblica Direta composta de rgos pblicos.

    143. (ESAF/ATE MS/2001) Caracteriza o rgo autnomo a personalidade jurdica prpria.

    Autarquias

    144. (ESAF/AFRFB/2009) Em regra, a execuo judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA enquanto autarquia federal est sujeita ao regime de precatrios previsto no art. 100 da Constituio Federal, respeitadas as excees.

    145. (ESAF/AFRFB/2009) O Instituto Nacional do Seguro Social INSS enquanto autarquia vinculada ao Ministrio da Previdncia Social est subordinada sua hierarquia e sua superviso.

    146. (ESAF/Analista Tcnico SUSEP/2010) A SUSEP uma autarquia, atua na regulao da atividade de seguros (entre outras), e est sob superviso do Ministrio da Fazenda. Logo, incorreto dizer que ela integrante da chamada Administrao Indireta.

    147. (ESAF/Analista Tcnico SUSEP/2010) A SUSEP uma autarquia, atua na regulao da atividade de seguros (entre outras), e est sob superviso do Ministrio da Fazenda. Logo, incorreto dizer que ela tem personalidade jurdica prpria, de direito pblico.

    148. (ESAF/Analista Tcnico SUSEP/2010) A SUSEP uma autarquia, atua na regulao da atividade de seguros (entre outras), e est sob superviso do Ministrio da Fazenda. Logo, incorreto dizer que ela est hierarquicamente subordinada a tal Ministrio.

    149. (ESAF/Analista Tcnico SUSEP/2010) A SUSEP uma autarquia, atua na regulao da atividade de seguros (entre outras), e est sob superviso do Ministrio da Fazenda. Logo, incorreto dizer que ela tem patrimnio prprio.

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    150. (ESAF/Analista Tcnico SUSEP/2010) Para que uma autarquia tenha existncia regular, h a necessidade de observncia dos seguintes procedimentos: criao diretamente por lei, ou respectiva autorizao legal para sua criao, sendo necessria a inscrio de seu ato constitutivo em serventias registrais, apenas nesta ltima hiptese.

    151. (ESAF/ATRFB/2009) Quanto estrutura das autarquias, estas podem ser fundacionais e corporativas.

    152. (ESAF/Analista de TI/SEFAZ CE/2007) A pessoa jurdica de direito pblico que pode se apresentar nas formas ordinria, de regime especial e fundacional a autarquia.

    153. (ESAF/Administrador/ENAP/2006) Entre as chamadas pessoas administrativas de direito pblico, integrantes da Administrao Indireta Federal, incluem-se as autarquias da Unio.

    154. (ESAF/Analista Tcnico/SUSEP/2006) As autarquias e empresas pblicas se equivalem, estruturalmente, no sentido de que elas so entidades da Administrao Indireta.

    155. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2004) O que distingue entre si, no seu essencial, a autarquia da empresa pblica, com conseqncias jurdicas relevantes, a natureza de sua personalidade.

    156. (ESAF/ATRFB/2006) A entidade da Administrao Indireta, que se conceitua como sendo uma pessoa jurdica de direito pblico, criada por fora de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimnio personalizado, gerido pelos seus prprios rgos e destinado a uma finalidade especfica, de interesse pblico, a autarquia.

    157. (ESAF/EPPGG MPOG/2005) As autarquias territoriais so entidades conhecidas no direito brasileiro.

    158. (ESAF/APO MPOG/2005) Em virtude de suas caractersticas e peculiaridades jurdicas e administrativas, o Departamento de Polcia Federal, instituio integrante da estrutura do Ministrio da Justia, pode ser classificado, no mbito da organizao administrativa brasileira, como autarquia.

    159. (ESAF/AFRE MG/2005) Os bens de uma autarquia no podem ser objeto de penhora, no obstante tais entidades no integrarem a Administrao direta.

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    160. (ESAF/AFRE MG/2005) H subordinao hierrquica entre a autarquia e a Administrao direta.

    161. (ESAF/AFRE MG/2005) Nosso sistema legislativo expressamente exclui a possibilidade de criao de autarquias municipais.

    162. (ESAF/AFRE MG/2005) No se pode dizer que as autarquias tenham capacidade de auto-administrao, tendo em vista a tutela que sobre ela exerce a Administrao direta.

    163. (ESAF/Analista Administrativo/MPU/2004) O servio pblico personificado, com personalidade jurdica de direito pblico, e capacidade exclusivamente administrativa, conceituado como sendo uma autarquia.

    164. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2002) A pessoa jurdica de direito pblico, de capacidade exclusivamente administrativa, caracterizada como sendo um servio pblico personalizado, o que na organizao administrativa brasileira chama-se de autarquia.

    165. (ESAF/ATE MS/2001) No momento, somente existem no Brasil autarquias classificadas como de servio.

    Fundaes Pblicas

    166. (ESAF/AFRFB/2009) A Administrao Pblica, ao criar fundao de direito privado, submete-a ao direito comum em tudo aquilo que no for expressamente derrogado por normas de direito pblico.

    167. (ESAF/AFT MTE/2006) A fundao pblica de direito pblico tem natureza autrquica e integra a Administrao Pblica Direta.

    168. (ESAF/AFT MTE/2006) A fundao de apoio s instituies federais de ensino superior tem natureza de direito privado e integra a Administrao Pblica Indireta.

    169. (ESAF/AFRFB/2005) As denominadas fundaes de apoio s instituies federais de ensino superior integram o rol da Administrao Pblica Indireta.

    170. (ESAF/AFT MTE/2006) A fundao pblica de direito privado equipara-se, em sua natureza jurdica, sociedade de economia mista.

    171. (ESAF/AFC CGU/2006) As fundaes pblicas de direito pblico esto impedidas de exercer poder de polcia administrativa.

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    172. (ESAF/AFTE RN/2005) O patrimnio personificado, destinado a um fim especfico, que constitui uma entidade da Administrao Pblica, com personalidade jurdica de direito pblico, cuja criao depende de prvia autorizao expressa por lei, se conceitua como sendo uma fundao pblica.

    173. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2004) A entidade que se caracteriza, conceitualmente, como sendo um determinado servio pblico personalizado, com autonomia financeira e patrimnio prprio, de capacidade exclusivamente administrativa, a fundao pblica.

    174. (ESAF/Assistente de Chancelaria/MRE/2004) Conceitualmente, o que assemelha autarquia de fundao pblica a circunstncia jurdica de ambas serem um servio pblico personificado.

    175. (ESAF/Assistente de Chancelaria/MRE/2004) Conceitualmente, o que assemelha autarquia de fundao pblica a circunstncia jurdica de ambas serem um patrimnio personificado.

    176. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2004) A entidade que se caracteriza, conceitualmente, como sendo um determinado servio pblico personalizado, com autonomia financeira e patrimnio prprio, de capacidade exclusivamente administrativa, a fundao pblica.

    177. (ESAF/AFPS/2002) De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundaes pblicas, na rea federal, so entidade da Administrao Indireta.

    178. (ESAF/ATE MS/2001) Aps a Emenda Constitucional 19/98, ficou vedado ao Poder Pblico criar fundaes sob regime de direito privado.

    Sociedades de Economia Mista e Empresas Pblicas

    179. (ESAF/AFRFB/2009) A Caixa Econmica Federal enquanto empresa pblica exemplo do que se passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentrao da atividade estatal.

    180. (ESAF/APOFP SEFAZ SP/2009) A criao de uma empresa pblica feita diretamente por autorizao do Secretrio de Estado da respectiva pasta qual est vinculada, seguida da aprovao, pelo Governador do Estado.

    181. (ESAF/APOFP SEFAZ SP/2009) As sociedades de economia mista, por se tratarem de pessoas jurdicas com personalidade jurdica de direito privado, quando publicarem programas, obras ou servios de

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    suas atividades, no esto vinculadas vedao de no inserirem nomes, smbolos e imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades.

    182. (ESAF/APOFP SEFAZ SP/2009) As empresas pblicas e sociedades de economia mista no esto vinculadas aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivao, interesse pblico e eficincia.

    183. (ESAF/APOFP SEFAZ SP/2009) A empresa pblica pode criar subsidiria diretamente por ordem de seu Presidente, com a subsequente aquiescncia do Governador do Estado.

    184. (ESAF/Analista Administrativo ANA/2009) A entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, instituda mediante autorizao por lei especfica, com patrimnio prprio e capital exclusivo da Unio, para desempenhar atividades de natureza empresarial e que pode se revestir de qualquer das formas em direito admitidas, denomina-se sociedade de economia mista.

    185. (ESAF/AFC STN/2008) A constituio de sociedades de economia mista e de empresas pblicas decorre de um processo de descentralizao do Estado que passa a exercer certas atividades por intermdio de outras entidades.

    186. (ESAF/AFC STN/2008) Apesar de serem constitudas como pessoas jurdicas de direito privado, as sociedades de economia mista e as empresas pblicas esto submetidas hierarquicamente pessoa poltica da federao que as tenha criado.

    187. (ESAF/AFC STN/2008) Somente por lei especfica podem ser criadas sociedades de economia mista e empresas pblicas, bem como necessria autorizao legislativa, em cada caso, para a criao de suas subsidirias.

    188. (ESAF/AFC STN/2008) As empresas pblicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econmica sujeitam-se ao regime prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios.

    189. (ESAF/AFC STN/2008) Quanto ao regime de compras, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se aos princpios da administrao pblica e devem observar procedimento licitatrio.

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    190. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ CE/2007) Um ponto de distino entre a empresa pblica e a sociedade de economia mista a formao do capital.

    191. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ CE/2007) Um ponto de distino entre a empresa pblica e a sociedade de economia mist