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Câmara

Criação de cargos pode ser alvo de açãoo tempo - p. 6 - 10.06.2011

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Para Eduardo Nepomuceno, há cargos que não podem ser terceirizados

RODRIGO CLEMENTE - 22.7.2008

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BARBACENAAs condecorações mais importantes de Barbacena serão

entregues hoje à noite na Câmara Municipal. Personalidades que se destacam na prestação de serviços ao município vão re-ceber a Medalha Sobral Pinto e a Medalha do Mérito Legisla-tivo. O promotor de Justiça José Maria Ferreira de Castro será o único agraciado com a aprimeira homenagem, instituída em 1984. Outras seis pessoas conquistaram a segunda, criada em 1998, nos graus mérito especial e mérito. Entre elas, encon-tra-se este colunista, que foi indicado pelo vereador Amarílio Andrade. A sessão solene vai começar às 19h30.

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Obras criam disputa em São Sebastião

MP quer devolução de R$ 12 mi

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Pedro Ferreira Duas promotorias especializadas – a de Fiscalização da

Atividade Policial e a do Patrimônio Público – serão acionadas para investigar as denúncias de irregularidades no licenciamen-to e vistoria de veículos novos no Detran, conforme revelado pelo Estado de Minas nas edições de 23 a 25 de maio. Ontem, em audiência pública na Assembleia Legislativa, o promotor de Justiça Rodrigo Filgueira, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Fiscalização da Atividade Policial, afirmou que as supostos ilegalidades envolveriam várias esferas do governo. Será apurada eventual ação irregular de delegados e agentes de polícia, além da suspeita de que o esquema venha causando pre-juízos aos cofres públicos.

O representante do Ministério Público também questionou a prerrogativa mantida à Polícia Civil na função administrativa de Detran-MG quanto a licenciamento, vistoria e transferências. “Na maioria dos estados brasileiros isso já é uma autarquia”, observa. Ele defende que o controle policial se restrinja aos re-gistros dos automóveis, por causa dos furtos e acidentes.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da As-sembleia, deputado Durval Ângelo, informou que vai acionar o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para que se po-sicione sobre os procedimentos em Minas. “Vamos pedir que a Corregedoria apure essa denúncia de que 30% dos emplaca-mentos de veículos em Minas são feitos por empresas privadas. Elas podem pegar o lacre de carro e documentos em branco para emplacá-los”, criticou Durval, para quem prevalece o pagamen-to diferenciado no emplacamento. “O cidadão comum paga R$ 106 a R$ 130 e temos empresas que pagam R$ 49 a R$ 53. Não há uma lei estadual que autorize isso.”

Servidor estadual, o vistoriador do Detran-MG Lucas Go-mes Arcanjo denunciou aos deputados que , sem autorização legal, funcionários de empresas particulares, como concessio-nárias e locadoras de veículos, estariam com carta branca para fazer retirada de documentos do departamento de trânsito. “Eles circulam normalmente por lá fazendo trabalho de funcionário e há conivência da administração do Detran-MG”, acusou Ar-canjo. Segundo ele, uma portaria do Detran-MG teria permitido esse acesso. Vídeos que comprovariam o suposto abuso foram entregues à comissão.

Lucas também denunciou que o cidadão comum paga R$ 106,38 pela vistoria e emplacamento de um veículo novo, mas que para as concessionárias e locadoras o Detran-MG cobra R$ 49, estimando que os cofres públicos deixaram de recolher R$ 20 milhões. O ouvidor de polícia Paulo Alkmim disse que vai avaliar o caso. “Vou abrir um procedimento na Corregedoria para apurar essas denúncias”, reforçou Paulo Alkmim. DeFesA

O chefe do Detran-MG, delegado Oliveira Santiago, negou a diferença nos valores cobrados entre particulares e empresas. “Os R$ 106,38, cobrados pelo registro do veículo, qualquer ci-dadão vai pagar, seja na empresa ou fora dela”, afirmou. Ele ne-gou ter conhecimento sobre documentos em branco que tenham saído do órgão. “Os que saem para locadoras e concessionárias já vão preenchidos, assinados, e com o lacre de placa já mencio-nado”, declarou. Quanto à atuação de funcionários de empresas que atuam no Detran, ele confirmou o procedimento, observando que há uma regulamentação por meio de portaria, com assinatura de termo de responsabilidade por parte do setor privado.

público ou privado?

Detran entra na mira do MPPromotores vão investigar denúncias de irregularidades no licenciamento e vistoria de

veículos, esquema revelado pelo EM. Delegado nega ilegalidade ou cobrança diferenciada

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GABRIELA SALESA ação, segundo os repre-

sentantes do sindicato, denuncia o governo mineiro pelo des-cumprimento da lei federal nº 11.738, de 2008, que institui o pagamento de um piso salarial nacional para os professores, de R$ 1.597, referente a uma carga horária de 24 horas semanais. A norma entrou em vigor em 2009.

Para a coordenadora geral

do Sind-UTE, Beatriz Cerquei-ra, a representação, que aconte-cerá simultaneamente em todo o país, poderá garantir o cum-primento da lei. “O governo diz que já paga o piso para os pro-fessores, o que não é verdade, pois o nosso piso é de R$ 369”, disse.

A Secretaria de Estado da Educação reafirmou que cumpre o piso nacional estabelecido.

o tempo - p. 25 - 10.062011 professores

Ação pelo pagamento do piso nacional

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Emmanuel PinheiroVentos de até 70 quilômetros por hora

no início da noite desta quinta-feira (9) der-rubaram pelo menos 54 árvores e provoca-ram o maior apagão registrado na Região Metropolitana de Belo Horizonte nos últi-mos 30 anos. Com o desligamento de 62 cir-cuitos de transmissão de energia da Compa-nhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), pelo menos 300 mil consumidores ficaram sem luz na Grande Belo Horizonte. Segun-do a Cemig, a previsão de normalização do fornecimento de energia era previsto para o final da manhã desta sexta-feira (10).

O Aeroporto da Pampulha ficou sem energia das 18h15 até às 22 horas. Um avião de pequeno porte que estava no han-gar foi derrubado pela força do vento, mas ninguém ficou ferido. Na Vila São Tomaz, na Região da Pampulha, a força do vento derrubou o telhado de uma casa e atingiu uma criança de 12 anos. Ela teve ferimentos leves ao ficar presa debaixo dos escombros por cerca de 40 minutos. Na Rua 12 de Ou-tubro, no Bairro São João Batista, também na Região Pampulha, o telhado de um posto de combustíveis foi arrancado, mas nin-guém foi atingido.

Na Avenida do Contorno, esquina da Rua Aquiles Lobo, no Bairro Floresta, Re-gião Leste, uma árvore caiu sobre uma via-tura do 1º Batalhão da Polícia Militar. Ho-mens do Corpo de Bombeiros tiveram que usar máquinas para cortar os troncos que

impediram a saída dos militares. Também nesta ocorrência ninguém ficou ferido.

No trecho da BR-040 entre Belo Hori-zonte e o Rio de Janeiro, a Polícia Rodovi-ária Federal (PRF) registrou várias ocorrên-cias de quedas de árvores e a rodovia foi in-terditada nos dois sentidos próximo a Nova Lima, na Grande BH, e ao trevo de Ouro Preto. No trecho da BR-040, que liga a ca-pital a Brasília, também houve registro de interdição próximo a Sete Lagoas. Na BR-262, quedas de árvores também interrom-peram o tráfego próximo a Bom Despacho, na Região Centro-Oeste. Nas avenidas de maior circulação na cidade, como Avenida Antônio Carlos, Amazonas e Cristiano Ma-chado, o tráfego de veículos praticamente parou.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o forte temporal também derrubou árvores. Já em Uberaba, na mesma região, o vento destelhou várias casas. Também não houve registro de feridos.

Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, o temporal foi provocado por uma frente fria que veio do Sul do Brasil e se des-locou para a Região Leste do Estado e para o Vale do Aço. A previsão do tempo para esta sexta-feira em Belo Horizonte é de sol com muitas nuvens durante o dia com perí-odos de nublado e chuva a qualquer hora. De sábado até terça-feira, a previsão é de sol com algumas nuvens. Não chove.

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Belo Horizonte vive seu maior apagão em 30 anos

poderes

Legislativos de Estados pedem maior autonomia

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Girleno Alencar - RepórterMONTES CLAROS – A cidade de Montes Claros vai

implantar uma força-tarefa para combater a guerra do tráfico de drogas, que neste ano já matou 51 pessoas em 23 sema-nas, com uma média de 2,2 crimes por semana. O projeto foi discutido nesta quinta-feira (9) em reunião na Região Integrada de Segurança Pública. Participaram representan-tes do Poder Judiciário, do Ministério Público, das Polícias Militar, Civil e Federal e entidades de classes, além do pre-feito Luiz Tadeu Leite. As ações que serão desenvolvidas não serão reveladas.

Os levantamentos policiais mostram que dos 51 assassi-natos, 46 estão vinculados ao tráfico de drogas. Desde o mês de março, a guerra entre os grupos de “Malboro” e “Ninha”, que dominam o tráfico de drogas em Montes Claros, tem espalhado o terror na cidade. O assassinato de um irmão de um dos traficantes teria provocado a reação, com a morte de pessoas ligadas ao grupo adversário, por vingança. Desde então o número de homicídios aumentou, o que passou a ser percebido nas estatísticas policiais. Na reunião foi cobrada maior união das corporações.

Na tarde de quarta-feira (8), uma operação cumpriu

mandado de busca e apreensão em um imóvel de Carlos Fabrício da Conceição, de 34 anos, quando encontrou um tablete de maconha enterrado no quintal, próximo a uma ár-vore. Nas buscas também foi encontrado um cofre no quarto do suspeito Carlos Fabrício, com sete chaves mestras usa-das para abrir diversos tipos de fechaduras, um binóculo de visão noturna, equipamentos de uso restrito da polícia, um cartucho calibre .28 marca CBC e duas espingardas de pres-são calibre 4.5. Arley Andre dos Santos se identificou como dono da droga. Carlos Fabrício não se encontrava no local.

A Polícia Federal também apreendeu, na quarta-feira, um forte arsenal que estava em um apartamento na rua Co-ronel Antônio dos Anjos. As suspeitas são de que o material pertenceria a uma quadrilha que assaltava bancos no Norte de Minas e Sul da Bahia.

Foram encontrados um fuzil 7.62mm FAL, de uso ex-clusivo das Forças Armadas, uma espingarda Calibre 12, um Rifle Winchester calibre 38 e farta munição de calibres 12mm, 9mm, 7.62mm e 38. Também foram apreendidos dois coletes à prova de balas, placas adulteradas, três toucas ninja, luvas, além de um rádio comunicador que capta as frequências policiais.

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Força-tarefa contra o aumento da violência será implantadaMontes Claros teve 51 homicídios em 2011, sendo 46 ligados ao tráfico de drogas

Flórence Couto - Repórter

A Receita Federal destruiu, nesta quinta-feira (9), 4.079 toneladas de mercadorias falsificadas ou que chegaram ao Brasil por meio de contrabando e descaminho. Essa é a maior destruição da história realizada pelo órgão, atingindo R$ 219 milhões.

Nessa operação, denominada VII Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias, foram destruídos Cds e DVDs piratas, cigarros, bebidas, cosméticos, preservativos, me-

dicamentos e alimentos impróprios para consumo ou utili-zação, produtos químicos e falsificados - como brinquedos, pilhas, isqueiros, relógios e agrotóxicos -, dentre outros con-denados por não atenderem normas da vigilância sanitária ou defesa agropecuária.

Em Minas Gerais foram destruídas 167 toneladas de mercadorias, chegando ao valor de R$ 5,728 milhões.No Rio de Janeiro e Espírito Santo houve o maior número de produtos destruídos. Foram 772 toneladas, atingindo R$ 93,831 milhões.

Agência BrasilRIO – A alfândega do Aeroporto Internacional Antô-

nio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, começou nesta quinta-feira (9) a destruição de 27 toneladas de produtos ilícitos apreendidos de maio a dezembro de 2010. Entre as mer-cadorias, estão celulares, baterias, câmeras, filmadoras e óculos. O valor estimado dos produtos apreendidos passa de R$ 10,5 milhões.

De acordo com o inspetor-chefe da Receita Federal no aeroporto, Cláudio Ribeiro, os produtos eram falsificados. A maioria dos celulares, que correspondem a 17 toneladas do montante do material apreendido, e óculos veio da Chi-na. Já as câmeras e filmadoras vieram dos Estados Unidos. “Foram feitos laudos, averiguou-se que o material é falsifi-cado e, consequentemente, [esse material] é destinado para

a destruição. Ele não pode ser doado, leiloado. A legislação determina que eles [os produtos] devem ser destruídos”, disse o inspetor.

O inspetor-chefe da Receita afirmou ainda que, após a destruição, feita por moinhos trituradores, os restos dos produtos serão doados a de reciclagem. Esse trabalho deve durar uma semana. “Nós tivemos essa preocupação com o meio ambiente. É uma preocupação mundial”, explicou Ribeiro.

Segundo ele, os cerca de 5 mil itens de carga que che-gam pelos Correios diariamente são verificados pelos audi-tores fiscais da Receita Federal. Ribeiro informou ainda que foram adquiridos oito scanners fixos para a fiscalização de bagagens. Até agosto, a intenção é que 100% das bagagens, inclusive as de mão, sejam fiscalizadas.

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Destruído o maior número de mercadorias ilegais da históriaEm Minas Gerais foram destruídas 167 toneladas de mercadorias, chegando ao valor de R$ 5,728 milhões

Receita destrói 27 toneladas de mercadorias falsificadasA maioria dos celulares, que correspondem a 17 toneladas do montante do material apreendido, e óculos veio da China

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Paula Sarapu Dois homens roubaram o depósito de mercadorias con-

trabandeadas e falsificadas apreendidas pela Receita Fede-ral, no Bairro Lagoinha, na Região Nordeste da cidade. A invasão aconteceu no fim da madrugada de ontem. A dupla encostou um carrinho de madeira usado para transportar en-tulho, arrancou a tranca de um portão soldada no chão com um “pé de cabra” e arrombou a grade de um segundo acesso. Mesmo com o alarme, os ladrões não se intimidaram e con-seguiram levar objetos recolhidos pela Receita na capital e na Região Metropolitana, como roupas, tênis e relógios fal-sificados. Duas garrafas de bebida também foram violadas.

Segundo o inspetor-chefe da Receita Federal em Belo Horizonte, Bernardo Costa Prates Santos, a suspeita é de que a dupla seja usuária de drogas, ligada a um grupo que pe-rambula pelo entorno do viaduto da Lagoinha. “Eles abriram várias caixas, procurando o que levar. Deixaram o carrinho de madeira para trás, abriram duas garrafas de bebida falsi-ficadas e experimentaram sapatos: levaram alguns pares e abandonaram os tênis velhos e surrados para trás. Mesmo com o alarme, ainda tiveram tempo de roubar alguma coisa até a chegada da polícia”, contou.

Os funcionários terão que fazer inventário para saber o que foi roubado e calcular o prejuízo. Câmeras de segurança instaladas na área externa e dentro do galpão registraram a ação, o que pode facilitar na identificação dos assaltantes. A Polícia Federal vai investigar o caso. Esta é a terceira in-vasão ao depósito desde 2010. No fim do ano, o sistema de alarme não funcionou e o bandido levou R$ 35 mil em mer-cadorias que seriam destruídas ou doadas.

O depósito é grande e recebe produtos contrabandea-dos, que aguardam ordem judicial para destruição, ou mate-rial falsificado, que em alguns casos pode ser doado a insti-tuições de caridade, creches e forças armadas. Há ainda bens apreendidos em investigações da Receita, que acabam leilo-ados. Em um ambiente protegido dentro do galpão existe um estacionamento com carros e motos importadas. Numa outra sala, por exemplo, há 42 toneladas de óculos falsificados e contrabandeados. Ontem, 12 toneladas de cigarros falsos fo-ram destruídas, totalizando 70 toneladas só este mês.

Todo o material guardado no galpão é monitorado por câmeras de segurança, acionadas com sensor de movimento. Vigilantes armados acompanham as imagens em uma cen-tral próxima dali e fazem rondas no entorno do depósito.

estADo De mINAs - p. 28 - 10.06.2011 Furto

Depósito da receita invadido

Danilo Emerich - Repórter Mais da metade da população de Minas Gerais afirma

não confiar nas polícias Militar e Civil. Segundo a pesquisa do Índice de Qualidade de Vida à Defesa Social (IQVDS), realizada pela Fundação Guimarães Rosa em parceria com a Fundação João Pinheiro, somente 47,3% dos mineiros con-fiam no trabalho das duas corporações.

O estudo foi realizado em 2010 e ouviu 2.808 pessoas com mais de 16 anos, em 96 cidades mineiras. Os entre-vistados contemplam os diferentes estratos de escolaridade, classe social, sexo e cor de pele. Somente em Belo Hori-zonte, foram 315 entrevistados. Em todo o Estado, cerca de 80% dos cidadãos ouvidos eram da cor parda ou branca. A maioria das pessoas tinha renda entre três e quatro salários mínimos e com o Ensino Fundamental completo.

Segundo o sociólogo e coordenador da pesquisa, Muri-lo Cássio Xavier Fahel, o surpreendente é que as pessoas de poder aquisitivo maior avaliaram pior o trabalho das polí-cias. No total, 42,3% das pessoas da classe A disseram con-fiar na Polícia Militar e 34,7%, na Polícia Civil. Na classe E, o percentual sobe para 60,5% para a Polícia Militar e 59,7%, para a Polícia Civil. Outro ponto é que homens e idosos ava-liam melhor as corporações do que mulheres e jovens.

“A população vem alterando seu comportamento para autoproteção, como fechar o vidro do carro no sinal de trân-sito. Os números ainda não são bons o suficiente e há muito o que avançar. Há uma perspectiva muito clara da necessi-dade de melhora da eficácia da polícia, como o atendimento

mais rápido ao crime. É uma pesquisa cíclica e terá continui-dade”, disse Murilo Fahel.população confia mais no Corpo de Bombeiros

Enquanto as polícias causam desconfiança na popula-ção, o Corpo de Bombeiros é a instituição mais bem ava-liada. Conforme a pesquisa, 84,2% dos entrevistados consi-deram a corporação eficaz, 79,2% avaliam como honesta e 85,3% têm respeito pelos bombeiros.

Segundo Murilo Fahel, a confiança no Corpo de Bom-beiros se dá pela própria natureza dos trabalhos prestados. “Como são trabalhos de resgate e socorro à vida, isso tende a sensibilizar mais as pessoas”, disse.

Para o sociólogo e especialista em Segurança Pública Eduardo Batitucci, notícias de violência aumentam a sensa-ção de insegurança. Ele afirmou que erros policiais também afetam a confiança na corporação. “Qualquer atuação falha de um profissional, arranha a imagem de toda a categoria”, explicou.

A subsecretária de Promoção da Qualidade e Integra-ção do Sistema de Defesa Social, Geórgia Ribeiro Rocha, disse que Minas apresenta números melhores que a média do Sudeste. Ela se refere à pesquisa do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), que apontou que apenas 24% da popula-ção da região confia nas polícias. “Com os números, vamos nortear nossos trabalhos e intensificar as ações já realizadas, como cursos de capacitações das policias e investimentos em mediação de conflitos e nos trabalhos das corregedo-rias”, disse..

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Mineiro não confia nas polícias Militar e CivilPesquisa surpreende ao revelar que as pessoas de poder aquisitivo maior avaliaram pior o trabalho das duas corporações

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Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa fixou 30 dias de prazo para o procurador geral da República, Roberto Gurgel, e outros 30 dias para os réus no caso do mensalão fazerem suas alegações finais. No processo, 38 pessoas são acusadas de participação no supos-to esquema, denunciado em 2005, pelo qual parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo. O prazo começou a ser contado desde a última quarta-feira.

Essa é a última fase do processo, o que significa o en-

cerramento das etapas de coletas de provas, depoimentos e diligências.

Terminado o prazo, o relator vai elaborar o voto e liberar o processo para ser colocado em pauta no plenário. O relator afirmou não ter previsão do tempo que levará para concluir o voto. A ação penal tramita no Supremo desde 2007.

Nesses 60 dias, acusação e defensores poderão revisar todas as informações produzidas desde o início do inquérito e apresentar as últimas argumentações.

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Mensalão.Processo entra em fase final de tramitação no SupremoDefesa e acusação têm 60 dias de prazo

RAPHAEL RAMOSUm ano após o ex-diretor do presídio de Lagoa Santa,

na região metropolitana de Belo Horizonte, Diovane Car-doso Ribeiro, 31, ser encontrado morto dentro de um carro com um tiro na cabeça, a Polícia Civil concluiu que o caso foi um suicídio.

Segundo o delegado Christiano Xavier, na próxima se-mana, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que poderá decidir pelo arquivamento ou pedir novas inves-tigações.

Familiares do diretor não acreditam em suicídio. On-tem, pais e amigos realizaram um ato exigindo investiga-ções. O pai de Ribeiro, Geraldo da Paixão, 59, acredita no envolvimento de algum colega de trabalho. Ele afirma que o filho havia recebido ameaças antes de ser encontrado morto. “Tinha gente que tinha inveja do meu filho. Ele estava feliz. Tinha acabado de ter uma filha e planejava o futuro. Não iria fazer isso”.

Segundo o delegado Xavier, todas as suspeitas foram descartadas e os laudos confirmaram o suicídio.

o tempo - p. 26 - 10.06.2011Lagoa Santa.Investigação sobre morte foi concluída, mas família contesta

Morte de ex-diretor de presídio foi suicídio

o gLoBo - p. 14 - 10.06.2011

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Lei Seca completa 3 anos marcada pela impunidade

Sem fiscalização, Lei Seca não pega em MinasPrestes a completar três anos, legislação não conta com blitz específica e favorece motoristas infratores

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Ações intensificadas neste mês

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DIÁRIo Do ComÉRCIo - p.19 - 10.06.2011

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MÁRCIO THOMAZ BASTOS e PIER-PAOLO CRUZ BOTTINI

Recentemente, foi sancionada -após dez anos de tramitação- a lei nº 12.403/11, que trata da prisão preventiva e de outras cautelares penais, merecedora de atenção.

A legislação processual penal brasileira é antiquada. Além de contribuir para a mo-rosidade das discussões, guarda resquícios de modelo autoritário, ultrapassado e pouco afeito a garantias individuais. A racionalida-de e a eficiência na aplicação do direito pe-nal exigem um novo marco legal, que evite a eternização dos debates e a impunidade pela prescrição, mas que, ao mesmo tempo, assegure direitos fundamentais e a dignida-de daqueles que são acusados mas ainda não foram condenados.

A nova lei segue essa lógica ao regu-lamentar as medidas cautelares pessoais no processo penal.

Cautelares pessoais são aquelas deci-sões do juiz, tomadas durante o processo, para impedir que o réu destrua provas, inti-mide testemunhas ou impeça a execução da pena, sempre que existam veementes indí-cios desses elementos.

Até agora, para assegurar a ordem no processo, o juiz dispunha de uma única cau-telar: a prisão preventiva. O sistema pro-cessual vivia uma medíocre dualidade: ou o juiz decretava a prisão do acusado ou não determinava medida alguma.

Muitas vezes, a simples apreensão de um passaporte seria suficiente para impedir a fuga do réu, mas o juiz não dispunha des-sa alternativa -ou prendia o acusado ou não agia. Agora, o Código de Processo Penal possibilita o uso de várias outras medidas menos agressivas que a prisão para contro-lar a ordem processual.

Permite-se, dentre outras, a suspensão do exercício de função pública, a decretação de prisão domiciliar, a proibição de acesso a determinados lugares ou de manter contato com pessoas específicas e o monitoramento eletrônico, usado para controlar o cumpri-mento das medidas fixadas pelo juiz.

A prisão preventiva continua prevista, mas deixa de ser a cautelar única. Seu uso será limitado aos casos mais sérios, sempre

que o juiz constate grave tumulto à ordem processual causado pelo réu ou quando as outras medidas tenham sido descumpridas.

Além de assegurar a proporcionalida-de, a nova regra contribui para diminuir o impressionante número de presos provisó-rios no Brasil -32% dos 470 mil presos são provisórios, sendo que tal número cresceu 247% nos últimos dez anos.

Outra novidade que merece destaque e atenção é a salutar proibição da decretação de prisão preventiva nos crimes punidos com pena igual ou inferior a quatro anos.

A inovação faz todo o sentido. Os con-denados por esse tempo de prisão não vão presos ao final do processo. Sua pena, pela lei, é substituída por restrição de direitos. Ora, se mesmo com a condenação o réu não será preso, não é lógico restringir sua liber-dade durante o processo, antes da decisão final do juiz.

Em síntese, as novas regras não apenas concretizam direitos fundamentais como conferem racionalidade ao sistema proces-sual. Evitam-se longas discussões sobre a qualidade das medidas cautelares, e, ao mesmo tempo, não se banaliza a prisão, re-servada a casos mais graves, aos réus mais perigosos.

O processo judicial brasileiro ainda precisa de transformações, mas a nova lei é bem-vinda: ela é mais um passo em direção a um sistema penal mais célere, razoável e civilizado.

MÁRCIO THOMAZ BASTOS, advo-gado criminalista, foi ministro da Justiça (2003-2007).

PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, advo-gado, é professor doutor de direito penal da Faculdade de Direito da USP. Foi secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça (2005-2007).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua pu-blicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mun-diais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. [email protected]

FoLHA De sp - p. A3 - 10.06.2011 teNDÊNCIAs/DeBAtes

Processo penal mais eficiente e humano O processo judicial ainda precisa de mudanças, mas a lei sobre prisão preventiva é mais um passo em direção a sistema penal mais razoável

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