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PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT/DF DIRETÓRIO REGIONAL DO DISTRITO FEDERAL DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT/DF Endereço:CRS-505, Bloco: A, Loja: 28, Brasília-DF - CEP: 70.350-510 Telefone / Fax: (61) 3225-5103 / 3225-5149 / 3322-4225 Email: [email protected] - Home Page: www.ptdf.org.br 1 VI CONGRESSO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DO DF REUNIÃO DO DIRETÓRIO REGIONAL DO PTDF 22/05/2017 RELATÓRIO Esclarecimento inicial: O VI Congresso remeteu à reunião do DR, os itens da pauta que não puderam ser apreciado naquela instância. O que foi feito, conforme relato abaixo: DATAS: VI Congresso: 5,6 e 7/05/17 DR: 22/05/2017 LOCAIS: CLDF/SINDSEP PARTICIPANTES: Delegados eleitos no PED nas zonais/membros do DR. MESAS: Do VI Congresso: Abimael, Policarpo, América, Auriene, Saulo e Danielle; Da reunião do DR: Érika Kokay, Abimael, América, Jacy Afonso e Valéria. 1) REGIMENTO: aprovado com abstenções, destacando que qualquer delegado poderia inscrever chapa para concorrer à direção e a delegados. Pauta: a) Cenário internacional; b) Cenário Nacional; c) Balanço dos governos nacionais petistas; d) Estratégia política e programa. 2) DEFESA DE TESES - Militante, de luta e contra o golpe (CNB) Raimundo Júnior; - Unidade pela reconstrução do PT Edson Cardoni; - Reconstruir a esperança José Wilson; - A esperança é vermelho, Brasil urgente, Lula presidente Bruno Elias; - Articulação e Partido de Lutas Andressa e Zé Luis; Mudar para Reencantar Arlete Sampaio; - Mas Avante Encantar, acolher e lutar Vinícius. Participaram do debate: MarciusSidartha, Valéria, Márcio Vieira, Maria Luiza, Chico Vigilante, Beneildes, Afonso Magalhães, Érika Kokay, Cleiton, Wiliam, Saulo, América, Torquato, Rosilene, Beto Almeida, Auriene, Chico Machado, Mara, Cleber, Daniele, Welington, Wilmar Lacerda. 3) VOTAÇÃO DA TESE GUIA Preliminares: - A tese do Bloco Popular e de Base foi retirada em apoio à tese da Articulação e Partido de Lutas; - A tese MAS AVANTE foi retirada em apoio à tese da Articulação e Partido de Lutas; - A tese Reconstruir a Esperança Retirou foi retirada para efeito de votação. Votação: - tese 400 (CNB) 62 votos; - tese 410 (Unidade pela Reconstrução do PT) 15 votos; - tese 420 (A esperança é vermelha) 5 votos; - tese 499 (Articulação e Partido de Lutas) 106 votos; - tese 444 (Mudar para reencantar) 36 votos; - abstenções 0 voto

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PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT/DF

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VI CONGRESSO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DO DF

REUNIÃO DO DIRETÓRIO REGIONAL DO PTDF – 22/05/2017

RELATÓRIO

Esclarecimento inicial: O VI Congresso remeteu à reunião do DR, os itens da pauta que não puderam ser apreciado naquela instância. O que foi feito, conforme relato abaixo: DATAS: VI Congresso: 5,6 e 7/05/17 DR: 22/05/2017 LOCAIS: CLDF/SINDSEP PARTICIPANTES: Delegados eleitos no PED nas zonais/membros do DR. MESAS: Do VI Congresso: Abimael, Policarpo, América, Auriene, Saulo e Danielle; Da reunião do DR: Érika Kokay, Abimael, América, Jacy Afonso e Valéria.

1) REGIMENTO: aprovado com abstenções, destacando que qualquer delegado poderia

inscrever chapa para concorrer à direção e a delegados.

Pauta: a) Cenário internacional;

b) Cenário Nacional;

c) Balanço dos governos nacionais petistas;

d) Estratégia política e programa.

2) DEFESA DE TESES

- Militante, de luta e contra o golpe (CNB) – Raimundo Júnior; - Unidade pela reconstrução do PT – Edson Cardoni; - Reconstruir a esperança – José Wilson; - A esperança é vermelho, Brasil urgente, Lula presidente – Bruno Elias; - Articulação e Partido de Lutas – Andressa e Zé Luis; Mudar para Reencantar – Arlete Sampaio; - Mas Avante – Encantar, acolher e lutar – Vinícius. Participaram do debate: MarciusSidartha, Valéria, Márcio Vieira, Maria Luiza, Chico Vigilante, Beneildes, Afonso

Magalhães, Érika Kokay, Cleiton, Wiliam, Saulo, América, Torquato, Rosilene, Beto Almeida, Auriene, Chico Machado, Mara, Cleber, Daniele, Welington, Wilmar Lacerda.

3) VOTAÇÃO DA TESE GUIA

Preliminares: - A tese do Bloco Popular e de Base foi retirada em apoio à tese da Articulação e

Partido de Lutas; - A tese MAS AVANTE foi retirada em apoio à tese da Articulação e Partido de Lutas; - A tese Reconstruir a Esperança Retirou foi retirada para efeito de votação. Votação: - tese 400 (CNB) – 62 votos; - tese 410 (Unidade pela Reconstrução do PT) – 15 votos; - tese 420 (A esperança é vermelha) – 5 votos; - tese 499 (Articulação e Partido de Lutas) – 106 votos; - tese 444 (Mudar para reencantar) – 36 votos; - abstenções – 0 voto

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Não ocorreu o 2º turno para a escolha da tese guia, vez que a 2ª colocada (tese 400) abriu mão da disputa. Por conseguinte, a tese 499 foi declarada tese guia do congresso. 4) VOTAÇÃO DAS EMENDAS (RELATÓRIO DA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO) - Emendas e tese parte resolvida no congresso e o restante submetido à votação no DR, conforme anexo: 5) ELEIÇÃO DA DIREÇÃO E DELEGADOS(AS)

I) PRESIDÊNCIA

Erika Kokay – eleita por unanimidade

II) DIREÇÃO

a) Chapa 1 – Unidade Petista – 258 votos;

b) Chapa 2– A Esperança é Vermelha – 5 votos.

c) Abstenções – 0 voto

Composição da Direção:

CHAPAS VOTOS COEFICIENTE % VOTOS VALIDOS VAGAS

263 263

A ESPERAÇA É VERMELA 5 1.55% 1

CHAPA UNIDADE PETISTA: FORA TEMER, LULA PRESIDENTE. 258 98.55% 45

TOTAL 46

III) DELEGADOS(AS)

a) Chapa 1 – 258 votos

b) Chapa 2 – 5 votos

c) Abstenções – 0 voto

Composição de delegados(as):

CHAPAS VOTOS COEFICIENTE % VOTOS VALIDOS VAGAS

0,034220532 263

A ESPERAÇA É VERMELA 5 00.18% 0

CHAPA UNIDADE PETISTA: FORA TEMER, LULA PRESIDENTE. 258 98.82% 9

TOTAL 9

6) ITENS PENDENTES DA PAUTA

O VI Congresso, por maioria, decidiu que os itens pendentes, a seguir relacionados, serão submetidos ao Diretório Regional: 1 - conclusão da votação das emendas à tese guia;

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2 - resoluções; 3 - moções; 4 - composição da Executiva Regional; 5 - composição dadelegaçãoao Congresso Nacional do PT. 1 - Votação do texto da Comissão de Sistematização, relativa às emendas à tese guia:

a)Consensos em vermelho (votado no Congresso Regional) e azul (votado no Diretório Regional) – aprovados, conforme anexo;

b) Dissenso em amarelo – parte resolvida no Congresso Reggional e partesubmetida à votação no Diretório Regional, conforme anexo.

2 - Resoluções: a) Resolução apresentada por diversos companheiros e companheiras,

capitaneada pelo companheiro Wilmar Lacerda, sobre os ataques que o partido

vem sofrendo;

Deliberação: Aprovada pelo Diretório. b) Resolução apresentada pela Secretaria de Mulheres do PTDF, tratando da

independência e autonomia da referida secretaria, da garantia e cumprimento

de recursos, investimento material, financeiro e político em candidaturas

femininas petistas, internas e externas;

Deliberação: O Diretório Regional decidiu realizar um Seminário para debater o papel da Secretaria de Mulheres do PTDF, considerando a sub-representação da mulher nos espaços de poder. As Secretarias de Organização e de Mulheres ficaram responsáveis pela organização.

c) Contribuição dos militantes petistas propondo o fortalecimento da Frente Brasil

Popular, apresentada pelo companheiro Rodrigo Rodrigues;

Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

d) Resolução sobre o funcionamento das instâncias e eleições das direções

partidárias, proposta por Raul-AE,defendendo o fim do Processo Eleitoral Direto

- PEDe a criação de uma comissão de finanças, coordenada pelo Secretário de

Finanças, para gerir os recursos partidários;

Deliberação: O Diretório decidiu remeter a discussão da proposta para a próxima reunião.

e) Resolução ao IV Congresso Regional do PTDF versando sobre o combate às

violências contra as mulheres (sexual, física, psicológica, moral e patrimonial)

realizadas por filiados do PT;

Deliberação: O Diretório decidiu, por maioria, retirar a discussão da pauta.

f) Resolução em defesa do socialismo democrático e sustentável, proposta por

Cleber – Sinpro.

Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

3 – Moções:

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a) Moção de repúdio ao Governador Rollemberg, proposta pela companheira Meg,

que efetivou o corte de salários dos professores e orientadores educacionais

grevistas e contra a judicialização da legítima greve da categoria, realizada entre

os dias 15 de março e 12 de abril deste ano;

Foi apresentada outra moção sobre o tema, que não conseguimos identificar a autoria.

Deliberação: Aprovadas pelo Diretório.

b) Moção de apoio ao Haiti, proposta pela tese Unidade pela Reconstrução do PT, em

defesa da democracia, contra a barbárie e pela punição dos responsáveis pelo

assassinato de David TchenSimeón e Romário Dangelo Saint Jean e punição do

policial Jean Maxime por tentativa de assassinado contra David Oxigène;

Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

c) Moção de apoio a Republica Bolivariana da Venezuela;

d) Deliberação: Aprovadapelo Diretório

.

e) Moção/resolução, proposta pelo Núcleo Legalidade Democrática do PTDF, que

contém uma proposta de mudança de rumos e de volta do povo brasileiro;

Deliberação: O Diretório decidiu que a Secretaria de Organização organizará o debate sobre o tema e após enviará as conclusões à Comissão Executiva Regional para deliberação.

f) Moção de apoio aos resistentes do Golpe na GEAP. Trata-se do processo de

resistência envidados pelos companheiros contra a deposição do presidente do

CONAD, da diretoria escolhida pelo conselho e seus assessores imediatos. Medida

revertida judicialmente, mas que coloca os companheiros em alerta contra novos

ataques;

Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

g) Moção de apoio ao #OCUPABRASÍLIA, atividade promovida pela CUT e demais

centrais sindicais na luta contra as “reformas da previdência e trabalhista”.

Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

h) Moção de autoria do MRS em repúdio ao deputado Nilson Leitão – PSDB-MT, pela

apresentação do Projeto de Lei nº 6.442/2016 que trata da flexibilização da

legislação de quem exerce atividade no campo impondo um regime de

semiescravidão aos trabalhadores rurais.

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Deliberação: Aprovada pelo Diretório.

Bsb, 23 de maio de 2017.

Comissão Executiva Regional

2) Anexos

a) Tese Guia aprovada

I - A Conjuntura Internacional

1.O cenário para 2017 indica a continuidade do que foi 2016, ou seja, oacirramento da guerra na Síria com ataques terroristas pelo mundo e o tensionamento da relação entre os países envolvidos, agravamento da crise do capitalismo e uma disputa política com fortalecimento das forças de extrema direita pelo mundo.

2.O ano de 2016 ficará marcado como o recrudescimento da crise do capitalismo que vem desde 2008. A falta de solução apresentada pelas esquerdas para essa crise fez com que o sistema neoliberal trouxesse o fortalecimento de setores de extrema direita no mundo inteiro.

3.O caso do Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia; a eleição de Donald Trump nos EUA, o avanço da extrema direita na Áustria, Hungria e ainda a possibilidade de seu crescimento nas eleições desse ano na França e outros países é a prova de que na falta de uma alternativa e até mesmo iniciativas à esquerda, grande parte da população tem optado por votar nas políticas populistas de extrema direita apresentadas por esses grupos, não há explicação fácil no “endireitamento das massas populares” no mundo, como se os partidos não tivessem responsabilidade na frustração dos anseios populares.

4.Nessa mesma direção apontada pelo capitalismo transnacional, a política externa do governo golpista deve seguir fragilizando instituições como o Mercosul, Unasul, Celac e BRICS para voltar a priorizar as relações norte-sul com total subserviência ao governo americano e União Européia.

5. Cabe ressaltar que o ataque Americano à Síria aponta para um novo nível de tensionamento mundial. Os interesses do EUA e aliados, chocam-se frontalmente com a política que defendemos via BRICS. O PT deve

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reafirmar a política internacional progressista adotada em nossos governos, trabalhando para o fortalecendo a Integração da América Latina e dos BRICS.

6.No rastro dessa perspectiva, o capitalismo mundial aprofunda seu lado mais perverso: o capitalismo financeiro. Sai de cena o capitalista dono dos meios de produção e dá lugar ao dono do dinheiro, que com a parafernália tecnológica fornecida pelos avanços tecnológicos da Informação, pode comprar e vender conglomerados empresariais em quase qualquer lugar do planeta e transferir cifras bilionárias com um simples comando bancário.

7. Esta situação decorre de um conjunto de fatores: a) a hegemonia sem precedentes do capitalismo no mundo; b) a natureza do capitalismo no mundo, altamente financeirizado e confirmando a tendência à concentração e centralização do capital; c) o declínio relativo da potência hegemônica - os EUA; d) a ascensão de outros pólos de poder e a disputa entre diferentes vias de desenvolvimento capitalista; e) a defensiva estratégica da classe trabalhadora, com o aumento das taxas de exploração, piora nas condições de trabalho e reversão de direitos sociais. Diante disso, a situação internacional torna ainda mais imprescindível e urgente nossa luta pelo socialismo.

8.Atualmente 80% da riqueza mundial encontra-se nas mãos de cerca de 750 grupos empresariais, dos quais três quartos são comandados pelos bancos. Nunca tão poucos tiveram tanto e tantos tiveram tão pouco. Vinte e duas famílias detêm a riqueza equivalente ao que possui a metade dos indivíduos da Terra, ou seja, possuem o mesmo que 3,6 bilhões de pessoas.

9.Este novo desenho traz consequências diretas para as soberanias dos povos e para os interesses dos trabalhadores e dos excluídos do mundo todo, além dos riscos ao meio ambiente.

10.Com a possibilidade de rápida movimentação financeira, além dos tradicionais instrumentos de pressão (agências de risco, FMI, constrangimentos diplomáticos, etc), os donos do capital chantageiam os estados nacionais interferindo no orçamento (superávit primário) e destacando homens da sua confiança para postos-chaves nos mesmos estados nacionais (vide atuais Ministro da Fazenda – Bank Boston e do presidente BACEN – Itaú).

11.Com a aquisição de empresas estratégicas, fruto das privatizações promovidas por governos entreguistas, os ricos transferem o comando final dessas empresas para fora do país, onde, alheios aos interesses nacionais, tudo é decidido sob a ótica do lucro. A devastação ambiental causada pela Vale do Rio Doce em Minas Gerais é um triste exemplo de quão nociva é esta política.

12.Além do ataque aos estados nacionais, são crescentes as ofensivas aos salários e aos benefícios sociais em todo o País e conquistas históricas são

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usurpadas. Tudo em nome do lucro e da garantia dos recursos serem canalizados para a Banca. Trata-se de um perverso cálculo matemático: a redução dos salários aumenta o lucro do patrão e a redução dos gastos sociais proporciona dinheiro para pagamento de juros.

13.E o afã do lucro jamais considerará conceitos como o desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente. Ao contrário, este modelo de capitalismo ataca o futuro da humanidade. As florestas são drasticamente afetadas para a produção de alimentos; o uso de venenos é base da produção criminosa de significativa parcela do Agronegócio. Enormes cargueiros são transformados em frigoríficos flutuantes que aniquilam cardumes inteiros localizados por satélite nos mares e oceanos mais remotos do planeta. O efeito estufa altera o clima com consequências finais imprevisíveis. A Terra clama por socorro.

14. Há de se ressaltar que na América Latina, os chamados “governos progressistas” do continente, impulsionados pelo protagonismo popular originaram novas instituições de estado por meio de processos constituintes na Venezuela, Bolívia e Equador, onde seguem resistindo ao imperialismo.

15.Diante dessas considerações, propomos que o Partido dos Trabalhadores se posicione claramente em relação a temas em que seja requerida a solidariedade de classe, principalmente nos processos em que a mídia empresarial monopolista mostra a sua verdadeira cara, seja imperialista, colonialista, racista ou sionista, por exemplo, Venezuela, Bolívia, Equador, Coréia Socialista, Síria, Rússia, Palestina, etc.E aprofunde o tema em suas ações e no processo de formação política, bem como nos textos de formulação e resolução. A solidariedade internacional e a união dos trabalhadores não reconhecem um mundo de fronteiras fechadas.

II - A conjuntura nacional

16.A economia capitalista, apoiada pelas necessidades geopolíticas dos países ricos, em especial os EUA, e ditado pelo retorno do receituário neoliberal exigia, no Brasil, um grande golpe visando a eliminação de quatro sucessivos governos democráticos e populares, à promoção de sequestro histórico dos direitos dos trabalhadores e das classes menos favorecidas. Assim, as classes dominantes, os ricos desse país com o apoio do capitalismo internacional decidiram usurpar o poder apoiados em:

·Uma classe média de moralismo seletivo;

·Uma imprensa hegemônica venal, a quem coube compor a narrativa do golpe;

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·O súbito protagonismo de um elemento formal, neutro e apolítico, representado pelo TCU, Ministério Público e Polícia Federal;

·Um poder Judiciário acovardado e absolutamente desmoralizado;

Uma base política nada confiável, conservadora, amplamente corrupta, como o PMDB, e protegida pelos atores acima descritos.

17.Não apenas DN/PT, mas importantes companheiros/as petistas de todos os agrupamentos que se encontravam no governo federal, preferiram enxergar os alertas de parte da militância sobre a prática da conspiração como uma distante fantasia, ou a velha “teoria da conspiração”, e deixou que sinais claros de ingerência imperialista no estado brasileiro passassem como “insatisfação de parte da sociedade que queria ampliar consumo”.

18.Sucedeu, então, que nossa brava militância reagiu por seus próprios meios, foi às ruas, à luta, impulsionada pela história de suas próprias lutas e pelo desejo de resistir, de manter os avanços alcançados nos governos do PT e de garantir o Estado Democrático de Direito.

19.Com origem claramente identificada, hoje, nos métodos da CIA para destruir economias nacionais, desestabilizar Estados de Direito e fazer sumir do cenário político nacional, apenas e tão-somente as lideranças do Partido dos Trabalhadores, a “Operação Lava Jato” foi, durante todo o tempo, um claro atentado à ordem jurídica, com sua seletividade e sua falta de transparência.

20.Em uma análise posterior, fica claro que uma conjunção de equívocos tornou o partido exageradamente tático, perdendo ou abandonando, muitas vezes, sua visão estratégica e tais equívocos abriram caminho a desvios explorados e amplificados pela narrativa da direita. A priorização institucional necessária, sobretudo para o governo, atingiu a direção partidária, isolou o protagonismo militante e provocou uma autonomia ativista de suas instâncias, em especial, de suas bancadas.

21.Todavia, outros fatores levaram ao atual estado de crise e devem ser fruto de análise neste VI Congresso do PT, senão vejamos:

22.·A exploração das próprias contradições na esquerda contribuiu miseravelmente para o aparecimento e fortalecimento de um movimento de massa no seio da classe média, instrumentalizado pela direita e garantido pelo incentivo da grande imprensa brasileira. Essa exploração abriu uma cunha na esquerda, gerou dúvidas e desconfiança nos movimentos sociais e, mais grave, imobilismo e defensiva no interior do PT.

23. Imobilismo e defensiva palpáveis, aliás, verificados desde o intraduzível recolhimento do partido, quando das acusações sobre o chamado “mensalão”, em 2005, as quais, por falta de reação do DN/PT, em sua totalidade e não apenas de um ou outro grupo, e demais quadros dirigentes que, mesmo sem compor a direção nacional do PT, ditam muitos dos seus

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rumos, se consolidaram nas condenações de lideranças fundamentais à condução do PT.

· 24.Quanto à atuação no Congresso Nacional, é importante perceber o fortalecimento do conservadorismo nas duas casas e um enfraquecimento em nossa atuação enquanto bancada. Foi esse congresso que elegeu Eduardo Cunha como presidente da Câmara. Enquanto isso, nos perguntávamos porque parecia que nossas bancadas no Senado e na Câmara se resumiam a quatro ou cinco companheirosOnde estavam os/as demais? As direções do PT, em todos os níveis têm que, de uma vez por todas, dizer à população, aos militantes e aos parlamentares que a bancada do PT é do PT, é de seu ideário, é de seu programa, pondo um fim à privatização dos mandatos.

25. A derrota sofrida em 2016 confirma o completo esgotamento da estratégia de conciliação de classes adotada pelo PT. Em face da constatação, é preciso que o PT se debruce em uma nova estratégia.

26.O resgate do partido será feito sob a correta análise das razões de todos os seus equívocos e a adaptação da nova conjuntura ao compromisso histórico do partido. O PT sabe que não pode ser o único a estar presente na resistência popular, mas deve estar ciente de que, sem ele, as lutas ficarão muito reduzidas, caso ocorram. E sabe, também, que é necessário construir uma contra hegemonia de esquerda, que só será feita com uma frente ampla democrática e de esquerda. A construção dessa hegemonia passa por uma postura militante do partido e dê centralidade às lutas populares com movimentos sociais e articulações, como a Frente Brasil Popular.

27.Consideramos superado o modelo de aliança ampla, que não considera a posição dos partidos no espectro ideológico. Essas alianças têm nos trazido mais problemas do que meios que nos tirem do isolamento. Entendemos que o conjunto da militância e grande parte da sociedade que nutre simpatia pelos ideais do PT deseja, verdadeiramente, que o nosso Partido promova um deslocamento para a esquerda, onde estão situados os movimentos sociais, as populações exploradas, os artistas e intelectuais, os setores marginalizados da sociedade e parcela da classe média que enxerga no PT um ponto de confluência para o exercício da solidariedade, da generosidade e do pensamento igualitário.

28.Não devemos perder de vista que as eleições representam o ponto crucial de todo e qualquer partido político que disputa a hegemonia na sociedade. Nossa missão, contudo, vai bem além dos limites da democracia burguesa. Representamos um projeto político libertador, socialista, inclusivo, solidário e transformador. Essa é a origem e a finalidade do nosso Partido.

29.Sabemos, todos e todas, que o PT é o protagonista nesse processo. Para isto, se faz necessário uma frente ampla também dentro do PT. Esta construção deve ser realizada, de maneira política, debatendo as

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diferenças, visando, não a uma mera disputa hegemônica interna, mas ao fortalecimento e ao resgate programático e seu papel estratégico. O PT deve entender as disputas, contradições no interior da esquerda, mas não deve ampliá-las nem aguçá-las e, sim, explorar as contradições no seio da direita.

30. Cada vez mais o caráter classista e conservador do golpe fica mais claro. A cada dia novos ataques contra os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro. A cada dia mais desmonte das políticas, programas e ações dos Governos Lula/Dilma acontece. O país padece sob um governo ilegítimo formado por ministros golpistas, incompetentes e a serviço da dilapidação do patrimônio público e da destruição dos serviços públicos. A farsa da luta contra a corrupção se revela nas crescentes denúncias de envolvimento da cúpula do governo, a começar do próprio presidente, nos históricos esquemas de propinas e de apropriação de recursos públicos.

31. As reformas da Previdência e Trabalhista, que visam retirar direitos da classe trabalhadora consolidados há décadas em nosso ordenamento jurídico, significam para o golpista Michel Temer uma tentativa de apresentar aos setores do capital nacional e internacional que patrocinaram o golpe o esforço do governo ilegítimo em adotar ao máximo possível os ditames da cartilha neoliberal. A própria grande imprensa, aliada incondicional da camarilha que tomou de assalto o poder, concede espaço ainda que marginal a vozes da direita descontentes com o ritmo das desregulamentações, do desmonte do Estado e do programa recessivo na economia.

32. As reformas de Temer afetarão de forma profunda as parcelas sociais mais beneficiadas nos governos de Lula e Dilma, parte delas rompidas com nosso partido depois da ofensiva midiática-jurídica-política contra nós. Trata-se de uma oportunidade importante de reatarmos as relações com estes setores e apresentarmos alternativas reais de um programa político renovado de disputa de corações e mentes da classe trabalhadora e todos os seus recortes.

33. Portanto, os nossos esforços devem estar dirigidos para a formação de uma ampla frente oposicionista de caráter democrático e popular – ao nível social e parlamentar – que unifique as lutas contra as reformas neoliberais do governo usurpador. Ao mesmo tempo que promova os movimentos necessários para a convocação de eleições gerais, visando pôr fim ao governo ilegítimo e golpista de Temer e sua quadrilha.

34. Devemos propor às forças sociais e partidárias que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo um fórum unificado para orientar todo o processo de luta para derrubar o golpismo e organizar comitês populares que tenham condições de mobilização e de tomada de decisão sobre os rumos das nossas lutas.

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35. Greve Geral Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista - 28 de abril foi a maior greve geral já feita no Brasil. De norte a sul, a classe trabalhadora aderiu ao chamado da CUT en unidade com as demais centrais sindicais , com participação dos movimentos populares, para dizer “Não” ao desmonte da Previdência e das Leis Trabalhistas, e “Não” à terceirização ilimitada.

36. Por mais que a imprensa golpista tenha tentado esconder, o apoio popular à greve geral foi enorme, indicando uma mudança na correlação de forças. Os direitos sociais e trabalhistas fazem parte da democracia, hoje pisoteada pelo governo usurpador repudiado pela esmagadora maioria do povo. Por isso, dia 28, o grito de “Fora Temer” apareceu identificando de onde vem os ataques. Agora, derrotar as contrarreformas de Temer é nosso objetivo imediato.

37. Na sequência, o PT apoia as mobilizações programadas, retomando e aprofundando sua relação com a base social. Vamos participar e apoiar a “ocupação de Brasília”, anunciada pelas centrais, para impedir a destruição dos direitos e empregos. Vamos todos nos manter em estado de mobilização permanente, dispostos a atender ao novo chamado da CUT e das centrais à uma greve geral num patamar superior ao do 28 de abril para derrotar as contrareformas.

38. Defesa de Lula e do PT, Liberdade para os nossos presos - O PT, como instrumento construído pelos trabalhadores para sua emancipação, se encontra ameaçado.

39. A „República de Curitiba‟ mantém dirigentes do PT presos há mais de ano, alguns sequer condenados, no “regime de exceção” que se instala no país. Mas seu objetivo persecutório inclui criminalizar e condenar o companheiro Lula.

40. É um erro e faz o jogo do juiz Moro, punir alguns petistas “culpados” por delatores manipulados por procuradores, juízes e policiais, quando os presos sabidamente não tem liberdade para se defender. Na verdade, o PT deve exigir a liberdade para seus presos políticos, Zé Dirceu, Vaccari e Palocci.

41. Antecipação das Eleições, Lula Presidente com Constituinte - Rejeitando o regime golpista, na luta pelo Fora Temer, combatendo cada uma das medidas dos golpistas, o PT deve apresentar um “Programa Alternativo de Emergência” para tirar o país da crise.

42. Ele começa pela retirada das reformas da Previdência e trabalhista, a revogação da lei de terceirização, da PEC de congelamento dos gastos e a PEC que quebrou o marco regulatório do Pré-Sal.

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43. Um conjunto de medidas que contemple demandas imediatas de emprego - com um Fundo Nacional de Desenvolvimento financiado pelas reservas acumuladas -, investimentos em educação, saúde, moradia, cultura, reforma agrária para os acampados, retomada da titulação das terras dos quilombos e demarcação das terras indígenas, recuperação das estatais e dos bancos públicos, com recursos do imposto das grandes fortunas, tributação de lucros e dividendos e imposto territorial rural progressivo.

44.“ O povo não pode esperar 2018” (Lula em Rio Grande, 29/04). A realização dessas medidas pedem a antecipação de eleições para um novo governo com legitimidade para aplicá-las.

45. Essa plataforma pede um governo de Lula Presidente com uma proposta de Constituinte Soberana unicameral, proporcional e eleita em lista, com financiamento público - desembaraçada da maioria reacionária do Congresso e da ditadura do Judiciário, que anule as medidas dos golpistas, e dê suporte popular para fazer o que não se fez, abrindo caminho para as reformas populares.

46. Alianças Consequentes - A política de alianças para a reconquista do governo deve ser compatível com esses objetivos. Aponta para um governo encabeçado pelo PT, Lula Presidente, com partidos e correntes de caráter "antiimperialista, antimonopolista e antilatifundiário” - PCdoB e PSOL, além de setores populares do PDT, PSB e outros. O que não deve ser confundido com as frentes de mobilização necessárias, como a Frente Brasil Popular e, menos ainda com os acordos táticos pontuais mais amplos.

III - Balanço dos Governos Nacionais Petistas

47. Temos muito orgulho das transformações que os nossos Governos Lula e Dilma implementaram no país. Das grandes obras de infraestrutura às importantes realizações na área social, não temos dúvida em afirmar que o PT e seus governos mudaram a cara do Brasil e mudaram o seu lugar no contexto mundial.

48. No campo das relações exteriores o Brasil de Lula e Dilma jogou um papel decisivo na construção da unidade latino-americana, com o fortalecimento do Mercosul, a criação da Unasul, assim como na implementação de relações com a China, Rússia, Índia e África do Sul, com a instalação dos BRICS. Deu contribuição decisiva para o desmonte da Alca, contribuindo positivamente para a afirmação da nossa soberania nacional.

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49. Na área econômica destacam-se o crescimento do Produto Interno Bruto, da substantiva elevação de nossas reservas cambiais, o financiamento da produção, a geração de empregos, o aumento real do salário mínimo, entre outras realizações.

50. No campo social, realizamos o maior processo de inclusão social da história brasileira, com programas como o Bolsa Família, o Luz para todos, o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos, a Farmácia Popular, entre outros. Cerca de trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a linha da extrema pobreza. Investimos na reafirmação do SUS. Mudamos a face da educação, com programas de qualificação do ensino, o piso salarial dos educadores, além da criação de 18 novas Universidades, expansão de mais de 50 campi, criação de mais de 300 Institutos Federais de Educação Técnica. Implantamos a política de cotas, que permitiu o ingresso na Universidade de jovens negros e indígenas. Demos visibilidade à luta das mulheres , da cidadania LGBT e a luta por igualdade racial.

51. A partir de 2012 às classes dominantes começam a se unificar para o enfrentamento ao nosso programa de governo. Em 2013 estimulam importantes mobilizações que encontram eco em setores significativos da sociedade embalados pela campanha expressa da grande mídia contra o PT e o nosso governo.

52. Por outro lado, desde o segundo turno das eleições de 2014, pudemos ver uma importante mobilização social, com forte presença da juventude e das mulheres, para além do PT e demais partidos da esquerda. Em meio a este cenário de antagonismos, ganhamos as eleições de 2014.

53. As medidas de política econômica adotadas para enfrentamento da maior crise econômica de todos os tempos, iniciada em 2008, visaram compensar a redução da demanda existente e seu ímpeto no mercado de trabalho local buscando o aumento da demanda no mercado interno, visa aumento das linhas de créditos e desonerações fiscais em diversos setores da economia.

54. Entretanto, em 2015, a capacidade do governo de manter estes incentivos exigiam ajustes do governo. Ajustes estes que ao serem conduzidos por um ministro com visão neoliberal extrema, potencializou a crise e facilitou a obtenção de apoio de grande parcela da população ao golpe.

55. Em paralelo, o afastamento progressivo da base partidária e a aposta total na governabilidade institucional levaram ao desgaste da imagem do PT junto a segmentos que caminharam conosco historicamente, e que resultaram em uma mobilização antigolpe tímida ou em alguns casos envergonhada devido à distância entre lideranças do governo, as direções partidárias e as classes populares.

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56. O balanço do Diretório Nacional do PT de maio de 2016 aponta o seguinte:

“ Diante da crise, o país foi colocado em uma encruzilhada: acelerar o programa distributivista, como havia sido defendido na campanha da reeleição presidencial, ou aceitar a agenda do grande capital, adotando medidas de austeridade sobre o setor público, os direitos sociais e a demanda, mais uma vez na perspectiva de retomada dos investimentos privados. O governo enveredou pela segunda via.

O ajuste fiscal, além de intensificar a tendência recessiva, foi destrutivo sobre a base social petista, gerando confusão e desânimo nos trabalhadores, na juventude e na intelectualidade progressista, entre os quais se disseminou a sensação, estimulada pelos monopólios da comunicação, de estelionato eleitoral. A popularidade da presidenta rapidamente despencou. As forças conservadoras sentiram-se animadas para buscar a hegemonia nas ruas, pela primeira vez desde as semanas antecederam o golpe militar de 1964. O enfraquecimento da esquerda,nos meses seguintes, à vitória apertada no segundo turno de 2014, rapidamente alterou a correlação de forças no país, dentro e fora das instituições A direita retomou a ofensiva. As frações de centro, assistindo à rejeição do governo na opinião pública, começaram a se afastar da coalisão presidencial, deslocando-se para uma aliança conservadora que impôs seguidas derrota parlamentares à administração federal.”

57. Desde o 5° Congresso os dirigentes da CUT propunham o fim da política recessiva e a imediata retomada do emprego e do investimento, entretanto o PT errou ao não exigir do governo essas medidas.

Muitas são as lições a serem tiradas deste período.

58. A conquista da direção do Estado pelas classes trabalhadoras ultrapassa o comando das velhas instituições: apenas a radicalização da democracia, no curso de um processo de transformações políticas que conduza à uma Constituinte, com efetiva participação popular, poderá sedimentar esse processo de transformação. Novas instituições e métodos que combinem a participação e o controle popular, são indispensáveis para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, que assegure entre outros, o direito fundamental do voto universal e secreto, a liberdade de livre manifestação e expressão, a livre organização partidária e sindical. O PT nasceu para reformar o sistema político e libertá-lo dos

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grilhões impostos pela força do capital, e esta deve ser uma das diretrizes a serem encampadas por todas as futuras direções partidárias.

59. É nosso objetivo retomar a Presidência da República, com um novo programa de reformas democráticas e populares e com uma política de alianças baseada na unidades das forças políticas e sociais de esquerda. Um governo que promova profundas reformas no Estado brasileiro,a começar uma reforma política e a democratização das comunicações.

IV - A conjuntura Local

O governo Rollemberg e o PT na oposição

60.Todas as críticas, autocríticas e demais avaliações em relação ao governo passado, comandado por Agnelo Queiroz, foram feitas em sucessivas reuniões do diretório do PT. Apesar de consideramos que este episódio está vencido e que é necessário apontar caminhos para o futuro do nosso Partido, ainda há muito a ser revisado em nossos programas estratégicos, métodos e tática eleitoral. Tais avaliações são fundamentais para não persistirmos no erro.

61.Nossa realidade atual é que há uma definição clara, expressa em resolução política do PT-DF, de que somos um partido de oposição ao governo de Rodrigo Rollemberg. Mas parece que isto ainda que não está bem claro para alguns segmentos do partido.

62.Como haveríamos de cogitar qualquer apoio ou eventual composição como atual governador, depois de todo o conjunto de sua obra? Basta lembrar que Rollemberg foi eleito, muito em função do sentimento antipetista, fortemente presente na população do DF, recusou apoio do PT no segundo turno e apoiou a candidatura de Aécio Neves. Em seguida, apoiou o golpe que destituiu a presidenta Dilma e foi linha de frente de diversas candidaturas de direita nas cidades do Entorno. Coube a ele, também, dar protagonismo, na Câmara Legislativa e em seu governo aos integrantes da direita mais inescrupulosa e corrupta do Distrito Federal, como revelado recentemente.

63. O desgaste precoce do governo Rollemberg não tem nenhum mistério. Deve-se à péssima gestão sobre todos os setores de governo, mas, em especial, à sua inépcia em propor e executar soluções que pudessem contornar a crise hídrica, um dos problemas que impactarão mais negativamente o futuro e a sustentabilidade do DF. O governo também demonstra igual irresponsabilidade no trato com as questões relacionadas à segurança pública, bem como na completa ausência de políticas para a saúde pública.

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64.Este VI Congresso do PT no DF não deve deixar, portanto, nenhuma dúvida quanto ao papel que o PT deve desempenhar até 2018, que é o de fazer oposição forte e consistente, visando explorar as próprias contradições e fragilidades de um péssimo governo.

V - Estratégia Política e Programa

As eleições de 2018

65. O desgaste ético ao qual Rollemberg está sendo submetido, aliado à sua péssima gestão à frente do GDF e às escolhas que fez para construir seu arranjo de governabilidade, embaralharam o jogo político na capital. A tão aclamada "terceira via", que corria por fora da raia política desde a década de 90, parece ter chegado ao final.

66. A direita, outrora envergonhada, que apoiava Rollemberg sob uma perspectiva de "terceira via" deve assumir uma candidatura aos moldes de seu comportamento e convicções, ou seja, de cunho neoliberal, com restrições às liberdades individuais e fortemente influenciada por grupos religiosos. Nessa direção, ganham fôlego figuras como o deputado Fraga.

67. Apresenta-se, assim, nova chance para que o PT volte à cena política local que caminhava para uma polarização entre o grupo da direita tradicional (Roriz/Arruda/Luiz Estevão/Filipelli) e o atual governador, tendo como uma espécie de outsider o senador Reguffe.

68.Cabe ao PT, diante desse cenário, se esforçar para consolidar uma frente de partidos de esquerda, entidades do movimento social e sindical e organizações populares para fazer frente ao avanço da direita. Nosso Partido, porém, jamais deverá abdicar de disponibilizar seus nomes para as disputas majoritárias, afinal, temos tamanho e tradição para tal.

69.Lembremos, por fim, que o PT também enfrentará uma duríssima batalha para fazer suas bancadas de deputados distritais e federais e também de senadores, sendo esta uma das principais tarefas para o nosso projeto político.

70. Neste sentido, propomos desde já:

I. Retomar imediatamente o fórum de Partidos – PCdoB, PDT, PSOL e PT, visando prosseguir conversações sobre o processo eleitoral no DF, discutindo, em comum, a ampliação deste fórum para outras legendas.

II. Assumir a partir da Executiva Regional – sendo portanto missão imediata da nova direção a partir de maio – o debate interno visando a discussão nas zonais e na direção regional, do processo de construção do programa de governo, listas de candidaturas.

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III. Fixar data para um Encontro Extraordinário do PT-DF, com os mesmo delegados e delegadas desse Congresso Regional, para o mês de Setembro, para definir a estratégia final do partido, a partir do que se acumulou no processo neste ano de 2017.

VI - Funcionamento do PT e Organização Partidária

Juventude

71.Há um sentimento geral no interior do PT que indica grandes dificuldades em renovar o partido. Grande parte da juventude que faz política e que votará em 2018 conheceu apenas os governos do PT, ignorando por completo os sombrios governos de Collor, Sarney e FHC, os três de cunho neoliberal.

72.Devido à nossa própria omissão, não foi apresentada à necessária politização de muitas ações governamentais dos governos petistas, que se revelaram transformadoras para a juventude, pois trouxeram muitos avanços no que diz respeito ao combate à desigualdade, discriminação e ações que propugnam soberania popular, como os conselhos e espaços de participação popular.

73.Uma significativa parcela da juventude politizada tem buscado outros espaços para lutar por seus direitos, como em organizações como o Levante Popular, PCdoB, PSOL e outros. A parcela não politizada da juventude, por outro lado, viveu durante todo o tempo dos governos petistas sob a influência da campanha incessante de criminalização da política, dos movimentos sociais e, especialmente, do PT, realizada diuturnamente pela mídia oligárquica. Tudo isso agravado pelo fato de que o Partido não soube atualizar suas práticas e sua linguagem para a realidade dessa geração.

74.É, portanto, tarefa imperativa deste VI Congresso fazer uma leitura renovada sobre a intervenção política do Partido junto à juventude e buscar meios para recompor os laços com ela e revigorar o PT.

75.Cabe também à juventude petista ocupar os espaços estratégicos de decisões dentro e fora do partido, protagonizando as lutas em defesa da juventude brasileira. Burocracia e institucionalização não devem pautar a organização da juventude do PT, mas sim o trabalho de base por meio de atividades com a comunidade, movimento estudantil e movimentos populares em geral.

Formação política

76. A crise revela, também, a falta que a formação política tem feito para o processo de desenvolvimento do PT. O IV Congresso Extraordinário, realizado em 2014, definiu regras importantes para a formação política que,

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no entanto, foram abandonadas. As regras são boas e devem ser revalidadas e aperfeiçoadas neste VI Congresso, sobretudo no que diz respeito aos métodos empregados, que devem ser mais rígidos, sob pena de perdermos a oportunidade de formar novos e importantes quadros.

Política de ampliação de quadros

77. Na década de 80 a militância do PT que atuava nos sindicatos, associações e outras entidades fez um notável processo de filiação, ao ponto de hegemonizar politicamente o movimento sindical. Hoje, no entanto, a quantidade de dirigentes sindicais filiados e que participam da vida orgânica do Partido é muito pequena, cerca de apenas 20%, mesmo nos sindicatos combativos filiados à CUT. Esse é um importante caminho a ser retomado.

78. Promover a formação temática, transversalizando na formação geral.

79. Programar para o segundo semestre de 2017 uma jornada de Formação Política em todo o Distrito Federal, com ênfase zonal, se apropriando dos materiais e conteúdos disponibilizados pela Fundação Perseu Abramo e pela Escola Nacional de Formação Política do PT.

80. Rearticular o coletivo de formação.

A relação do PT com as esquerdas e movimentos

81. É recorrente o discurso que aponta para a necessidade de mais interação entre o PT e os movimentos sociais. Mas a conjuntura indica que isso é insuficiente, dado o elevado quadro de crise. É necessário que o PT vá ao encontro dos movimentos sociais de forma sistemática e orgânica, disposto a aprender com eles e se deixar oxigenar pelas suas experiências.

82. Ao contrário dos movimentos por moradia e de trabalhadores sem terra, por exemplo, que estiveram na linha de frente na luta contra o golpe, a ação do PT foi tímida. E é necessário reconhecer que, mesmo diante da atuação incansável e corajosa de alguns grupos de petistas, é inegável que faltou militância. E esse não é apenas um problema de direção, mas de conjunto, ou seja, direção, compromisso de militantes, forças políticas e movimentos alinhados.

83.O PT organizado em suas várias instâncias precisa adquirir a capacidade de construir uma relação que aponte para o fortalecimento da organização dos excluídos sociais.

84.Uma simples pergunta que pode nos ajudar nessa reflexão: quantos e quais são os movimentos que atuam no Distrito Federal e que têm inspiração de esquerda? Ao não respondermos, revelamos a nossa incapacidade de ir ao encontro dos mesmos.

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85.Para que o PT fosse fundado, em muito contribuíram as Igrejas, em particular as pastorais, além de movimentos religiosos que propugnam a igualdade, o respeito aos direitos humanos, reforma agrária, paz no campo. Esse é um setor com o qual precisamos restabelecer diálogo, recriar laços ideológicos e contemplar nas discussões programáticas, refazendo o caminho que nos aproximou há quase quatro décadas.

86. Em junho de 2015, no 5º Congresso Nacional do PT, realizado emSalvador, os sindicalistas CUTistas e PeTistas lançaram um manifesto propondo que o PT voltasse à classe trabalhadora, já antevendo o imperativo de interromper as tentativas de implementação de uma agenda neoliberal no país que tinha como objetivo central reduzir o custo do trabalho através do desemprego e da flexibilização das leis trabalhistas.

87. Em novembro de 2015, os sindicalistas petistas do Distrito Federal ratificaram o manifesto nacional, exigindo a manutenção de direitos, o avanço na economia, nos direitos sociais e trabalhistas e propondo para tanto, a atuação sindical diária para reavivar a esperança, fortalecer o compromisso com a democracia e a justiça social e efetivar a opção pelo Setorial Sindical do PT.

88. E, para além disso, faz-se imprescindível nesse momento conjuntural grave, de destruição de direitos sociais e trabalhistas, convocar um congresso de sindicalistas do PT, acredito na nossa capacidade para a formulação de uma concepção e uma prática do sindicalismo petista que contemple propostas de fortalecimento de nossa ação em nossas entidades

Empoderamento das Mulheres

89. É necessário fortalecer o papel do PT-DF nas lutas das mulheres, no enfrentamento diário e irrestrito ao machismo e à misoginia, dentro e fora do partido. As companheiras petistas protagonizam lutas imprescindíveis à vida das mulheres e devem ter o suporte partidário para concretizar ações no combate às violências de qualquer natureza contra a mulher, pela autonomia diante de seus corpos, contra a desigualdade salarial.

90. Parte fundamental da luta das mulheres encontra-se protagonizada pelas mulheres negras, companheiras que levam o debate e realizam ações sobre a relação intrínseca entre machismo e racismo que violenta as mulheres negras em todo o Brasil. Sem dúvidas, a violência sexista possui, profundamente, um viés racial.

91 .Atuar na luta contra o machismo, o racismo e a homofobia faz parte da história do PT, portanto, aprofundar e ampliar as relações com movimentos

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e organizações feministas, antirracistas e anti-homofóbicas do Distrito Federal é de suma importância para a próxima direção regional do PT.

Negros (as)

92. A luta do movimento negro brasileiro teve conquistas relevantes durante os

governos petistas, avançando em 12 anos o que não havia avançado em

todo o período republicano, mas muito ainda havia a avançar, tanto no

acesso à emprego, renda, educação e cidadania quanto na valorização e

preservação da cultura brasileira.

93. Na contramão dos avanços conquistados pela luta do movimento negro

durante os governos petistas, no contexto do golpe é preciso fortalecer

essa luta, pois as reformas trabalhistas e previdenciária, além das demais

desconstruções do governo Temer, atingem principalmente a população

pobre do país, em que a população negra está em sua maioria inserida,

impactando inclusive no genocídio desta juventude. O PT precisa fortalecer

sua relação com o Movimento Negro Brasileiro e reafirmar as políticas

afirmativas contra todo tipo de racismo e fortalecer o combate absoluto ao

racismo.

Índios

94. De forma ainda mais agressiva, o povo indígena sofre com o avanço da

direita, com o risco de seu extermínio. Latifundiários e ruralistas estão

fortalecidos no enfrentamento direto na disputa por terra. No governo

Temer, em que o Estado também ataca indígenas em protesto pacífico

pela volta da demarcação de terras, o PT precisa se posicionar em defesa

da manutenção da política de demarcação de terras e de proteção das

nações indígenas, construídas e encaminhadas durante o governo Lula.

LGBTI

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95. Com o avanço da direita fascista, os preconceitos de orientação sexual, até

então velados, estão exaltados e matam. Anualmente milhares LGBTI´s

morrem vítimas de violência no Brasil. O discurso fascista e homofóbico

mata diariamente e restringe o avanço de direitos. É preciso enfrentar o

preconceito sexual de forma enfática, denunciando todas as atitudes que

ataquem moral ou fisicamente lésbicas, gays, bissexuais e transexuais e

intersexuais, e fortalecer os movimentos sociais LGBTI‟s e continuar a luta

de forma constante pela aprovação do PLC 122/2006, também conhecido

como Lei Anti-homofobia.

Comunicação

96. É fundamental que a próxima direção do PT atualize métodos e linguagem para adequá-los ao contexto atual. Nesse sentido, precisamos reconhecer a importância da comunicação para a construção partidária, do uso das tecnologias para ouvir e falar com a sociedade.

97.No passado, todas e todos as/os militantes acorriam sem hesitar às reuniões, muitas vezes apenas para assistir alguma liderança proferir uma análise de conjuntura. Hoje, às 9 da manhã de cada dia, a maioria da militância já leu em seus celulares ou computadores a um conjunto de análises e já, inclusive, manifestou publicamente sua própria opinião. Ou entendemos essa mudança de dinâmica, e todas as suas consequências sobre a própria organização partidária, ou não conseguiremos dar o salto necessário sobre a crise que agora vivemos.

98.Essa mudança de dinâmica trouxe para a cena da luta social atores que antes não existiam, por exemplo, todos os que conformam a rede de comunicadores independentes, cujas opiniões têm sido capazes de pautar inclusive a mídia hegemônica. Mudou também a forma como cada militante se posicionar na luta política, com uma tolerância cada vez menor a ser apenas informada ou informado a posteriori das decisões da cúpula.

99. O poder da comunicação – demonstrado ao longo da história e hoje no dia a dia das redes sociais – impõe que o PT trate essa competência com a atenção de quem de fato quer conquistar a hegemonia da classe trabalhadora na sociedade. Nesse sentido, a competência comunicação precisa ser desenvolvida em três vertentes:

I - Comunicação interna do PT: o PT precisa organizar uma ampla rede

de comunicadores internos coordenada pelo Diretório Regional, realizar

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atividades de formação sobre comunicação e promover a política de

comunicação interna, que deve espelhar a política de comunicação que

defendemos para o país.

II - Comunicação com a sociedade: o PT precisa dialogar com toda a

sociedade, precisa ter meios e canais de comunicação adaptados a

todos os segmentos da sociedade. Precisa também tornar seu site uma

fonte de informação e formação para os movimentos sociais, precisa

estar sempre atualizado sobre a análise da conjuntura local e nacional. É

urgente que o PT use as redes sociais para pautar a política do DF e do

país, além de imprimir seu posicionamento ideológico nos temas de

interesse geral. Precisa ter jornais impressos para serem distribuídos nos

meios de transporte coletivos e realizar pesquisas e estudos que

subsidiem a construção de uma estratégia de comunicação do PT com a

sociedade, atentando para a linguagem adequada e para as mídias de

maior alcance.

III - Comunicação como direito fundamental: No Brasil, a ausência de

política pública de comunicação é tanto resultado da luta de classe

quanto a principal arma da mídia privada e comercial, que concentra em

poucos grupos familiares a hegemonia da mídia de massa. Para garantir

a permanência dessa política hegemônica de comunicação, a aliança

entre esses grupos de controle da mídia de massa e a elite política se

fortalece e é ampliada.

Por ser a comunicação um direito fundamental e para enfrentar essa

concentração da comunicação de massa nas mãos da elite política e

econômica, o Partido dos Trabalhadores precisa realizar um amplo

debate e construir parcerias que o insira na luta por esse direito.

Empoderar-se do debate sobre a democratização da comunicação e

atuar permanentemente na luta por esse direito é responsabilidade do PT

e deve ser uma de suas prioridades.

Estrutura e Funcionamento

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100. Retomar o espaço dos Diretórios Zonais como o canal direto do partido com a população do Distrito Federal, ampliando sua capacidade de discutir os problemas locais e incidindo junto aos movimentos sociais e a sociedade civil como um polo formulador de ideias e alternativas aos problemas da cidade.

101. No plano institucional, ou ao que ainda resta de democracia, será necessário promover um reposicionamento na ação da bancada parlamentar contra o avanço do conservadorismo, do fundamentalismo, da tese do estado mínimo, dos ataques aos direitos dos trabalhadores e da redução das liberdades individuais. Os mandatos somente terão a capacidade de resistir no circo dos horrores que se tornou o Parlamento se acompanhados de fortes mobilizações em todos os estados, em todas as cidades.

102.Hoje, no campo das disputas com a direita, a palavra de ordem “Fora Temer!” só faz sentido se acompanhada de “Volta, Dilma!”. A palavra de ordem “Eleições Diretas, Já!” só faria sentido se eleições gerais e uma constituinte exclusiva com participação popular para a reforma política, pois o atual congresso nacional brasileiro não encontra parâmetros na história da corrupção, do conservadorismo, do mercantilismo e do atraso, mesmo no Brasil.

103.Será tarefa da próxima direção, também, reformular táticas de lutas populares em combate ao aprofundamento do autoritarismo e avanço da violência policial, preparar dirigentes e militantes para o enfrentamento a uma provável cassação do registro do PT.

104. Por fim, propomos que todo o conjunto do Partido dos Trabalhadores pactue ações coordenadas em torno de eventuais Jornadas de apoio ao presidente Lula, no caso de sua privação de liberdade.

105. O PT tem que dar respostas à sociedade brasileira, à América Latina, ao mundo, sobre as questões colocadas e apontar caminhos que levem a classe trabalhadora a vencer as crises geradas pela ganância e pela exploração capitalista. É tarefa inalienável do PT denunciar constantemente os ataques aos direitos duramente conquistados com a democracia e consolidados nos 13 anos de gestão petista.

106.Os agrupamentos internos do PT devem, com responsabilidade, apontar os caminhos para o futuro do PT, sempre pautados pela coletividade da militância, não pelo que pensam poucos dirigentes, em sua maioria homens, brancos e heterossexuais, que parecem ter parado no tempo. Não se trata de trocar apenas os nomes que compõem as direções em seus diversos níveis, como parecem pensar algumas tendências que buscam certa hegemonia, trata-se de uma necessária e profunda transformação na política, com renovação de ideias e práticas e com uma urgente atualização programática. Há, nitidamente, novas formas de organização social, novos pensamentos e o PT deve compreender

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profundamente este novo momento político e, a partir daí, promover ações que voltem a dialogar, sobretudo, com as periferias de todo o Brasil.

107.Direções zonais, municipais, estaduais, nacional, vereadores/as, deputados/as distritais e estaduais, deputados/as federais, senadores/as, governadores do PT, militantes de movimentos sociais ligados ao PT, militantes partidários/as, enfim, todos/as devem assumir o compromisso de lutar em defesa de nosso partido e seus ideais. A militância seguirá atenta e cobrando de nossos representantes nas direções e no parlamento, uma conduta que seja condizente com a história do PT.

108. Não à PEC 55! Não à de-formada Previdência! Não à reforma do ensino médio! Não ao ministério machista, racista, corrupto, integrante de facções criminosas, conservador e velho! Não ao machismo! Não à política de encarceramento massivo da população, que afeta, principalmente, jovens pobres e negros! Não à privatização do nosso futuro! Não a uma política externa que sirva de quintal para o imperialismo econômico, sacrificando nossa soberania e tirando de nós a solidariedade a países vizinhos e em conjuntura próxima a do Brasil! Não podemos aceitar nenhum direito a menos!

109. A tarefa dos militantes nos PED‟s e Congressos que se aproximam é eleger direções plurais, combativas, responsáveis, que deem conta dos imensos desafios que estão colocados. Direção ou candidatos/as escolhidos em reunião de cúpulas já mostraram que só ferem a democracia interna do PT e acabam por destruir uma democracia muito mais ampla. É esse o nosso dever histórico.

110. Opomo-nos à ideia da tese de "refundação do PT". Fundado em condições excepcionais, que jamais se repetirão, o PT sofre mais com os métodos de direção, com a excessiva autonomia de mandatos (muitos transformados em instâncias) com a condescendência ética e ideológica no trato com a construção de alianças, e até mesmo com a disputa por hegemonia, do que com suas orientações ideológicas propriamente ditas. Propõe-se, nesse sentido, corrigir rumos, para credenciar nosso partido a retomar bandeiras e a atualizar as lutas que se colocam, hoje, por um Brasil, uma América Latina e um mundo com desenvolvimento sustentável e equânime para todas as pessoas, contra o imperialismo, a opressão, a miséria e as discriminações. Aprender com os erros é o que se espera.

Convivência

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111. Compreendemos que os militantes de um partido formam uma espécie de comunidade. Claro que como em toda comunidade, especialmente uma que se vincula pela política, há no seu seio divergências e desentendimentos.

Contudo, se a convivência se dê apenas em torno delas, acaba por resultar numa deterioração das relações e torna o ambiente de interação dessas pessoas cada vez mais árido.

112. Sendo assim, é preciso investir em espaços de convivência com outras formas de interação e com experiências de fruição cultural. Para isso, as sedes do PT também precisam ter um outro perfil. As sedes do partido tem que mudar radicalmente a infra-estrutura e arquitetura.

113. É preciso estruturar formatos de sedes que considerem espaços de trabalho colaborativo para a militância. Espaços mais abertos, integradores, com Wi-Fi de alta intensidade, se possível funcionando 24 horas por dia em locais centrais das cidades, cujo acesso é combinado com o custeio coletivo pelos filiados e frequentadores.

114. Portanto, propomos que o PT/DF constitua uma nova sede que seria um espaço em que se faria de tudo: da política à convivência, da mobilização para causas de interesse coletivo ao debate dos temas da comunidade mesmo que não tenham cunho partidário.

Ativismo político: o "petismo ninja"

115. Na nossa concepção um dos desafios do PT é recuperar aquilo que já foi uma grande vantagem do partido: a sua militância. O ativismo político ligado ao PT precisa avançar tanto em quantidade quanto em qualidade. Nesse sentido, o partido deve propiciar aos militantes a aquisição de novas habilidades.

116. Um militante, hoje, deve ser, também, um influenciador nas redes sociais, um combatente dos boatos e um analista hábil da notícia. Um sujeito bem informado com capacidade de ligar o que acontece no cotidiano ao que está acontecendo na conjuntura geral e, assim, permitir que tenha maior capacidade de organizar as pessoas em torno de causas coletivas.

117. O PT/DF deve oferecer ao militante uma formação para dominar técnicas de comunicação audiovisual e frequentemente contribuir com conteúdo para mídia independente.

118. Nossa militância deve estar conectada com as novas frentes de luta da sociedade atual que envolvem as questões urbanas, como a mobilidade e a ocupação do espaço público, a transparência e democratização do Estado, a defesa das liberdades democráticas e a organização de coletivos de ação política em diversas temáticas. E, neste contexto, cada vez mais, ganha centralidade a atuação militante nas lutas e reivindicações comunitárias.

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119. Portanto, propomos que o PT/DF invista em bons programas de formação política e na abertura do partido para acolher e apoiar grupos de ativistas que já realizam iniciativas de dest

RESOLUÇÕES O PT vem sendo atacado por todos os lados pelas forças políticas conservadoras, que usam o Ministério Público e a Polícia Federal, em conluio permanente com a grande imprensa, para desgastar o nosso Partido. Um dos pontos que estas forças tentam montar e manter em pé é a tese de que o PT criou um sistema de corrupção no Estado brasileiro. Além dos ataques ao PT, tentam esconder a verdade sobre muitos dos processos atuais, que tem sua origem na estrutura de financiamento dos partidos e das eleições no Brasil. Como já ficou muito claro, este processo de financiamento partidário e eleitoral é o mesmo há pelo menos trinta anos ou mais e foi criado e sempre utilizado pelos partidos que dirigiram o país naqueles tempos. O PT não conseguiu mudar este método de financiamento, mesmo que tenha feito diversas tentativas no Congresso Nacional. O PT não deixará de assumir a responsabilidade pelos erros cometidos e esclarecerá que eles estão ligados à tradição de financiamento empresarial da política brasileira, que o Partido acabou aceitando e praticando. Diversos de nossos companheiros ex-dirigentes e parlamentares são presos injustamente, processados e condenados em inquéritos viciados, como se fossem bandidos e corruptos, quando os seus erros - se existiram, foram por captação de financiamento das campanhas eleitorais e do Partido. Não podemos admitir que aquilo que é de conhecimento e domínio público de que as campanhas neste país recebem recursos não contabilizados, sirva para punir o PT e os petistas. Defendemos que as bancadas petistas se empenhem para a aprovação de uma reforma política que implante o financiamento público da política e que impeça o abuso do poder econômico nas eleições.

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Da mesma forma, defendemos a liberdade para todos os companheiros do Partido. Queremos as eleições e a gestão pública livres de todas as influências econômicas. Precisamos ter a coragem e a determinação de defender todas as medidas para que, a partir de agora, todos os partidos e todas as eleições sejam financiados exclusivamente por recursos públicos, sem a criminalização que atualmente se faz da política. Devemos levar este debate ao Congresso Nacional e para as nossas bancadas afim de que tenhamos uma posição unificada e que sirva para melhorar a política brasileira.

CONTRIBUIÇÃO DOS MILITANTES PETISTA QUE ATUAM NA FRENTE BRASIL POPULAR AO 6º CONGRESSO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DO DISTRITO FEDERAL.

A constituição de uma frente de organizações politicas e sociais vem sendo defendida em resoluções interna no Partido dos Trabalhadores desde a nossa vitória eleitoral no ano de 2014. O trecho abaixo faz parte da resolução do Diretório Nacional do PT, reunidos em 28 e 29/11/2014: “(...) em conjunto com partidos de esquerda, desencadear um amplo processo de mobilização e organização de milhões de brasileiros e brasileiros que saíram às ruas para apoiar Dilma Rousseff, mas também para defender nossos direitos humanos, nossos direitos à democracia, ao bem-estar social, ao desenvolvimento, à soberania nacional” Tal necessidade foi reafirmada naCarta de Salvador, de junho de 2015,oriunda das discussões do V Congresso do PT: “(...) a construção de uma frente democrática e popular, de partidos e movimentos sociais, do mundo da cultura e do trabalho, (...) a constituição de uma nova coalizão, organiza e plural, que se enraíze nos bairros, locais de trabalho e estudo, centro de cultura e pesquisa, capaz de organizara a mobilização social, o enfretamento politico-ideológico, a disputa de hegemonia e a construção de uma nova maioria nacional. (...) a reunificar os movimentos, agrupamentos, coletivos e militantes que tornaram possível a reeleição da presidente Dilma Rousseff em outubro de 2014.Apenas com a existência de um bloco desta natureza poderemos disputar as bases do centro politico e da sociedade e atrair suas lideranças mais dispostas a se separar do conservadorismo, em torno do nosso projeto democrático e popular de desenvolvimento com inclusão social, democracia e respeito aos direitos dos trabalhadores, além de dialogar com enormes contingentes de brasileiros e brasileiras sem partido”

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O surgimento da FrenteBrasil Popular representou a possibilidade de reorganização dos diversos movimentos de esquerda na construção de uma resistência unitária ao golpe de estado que teve inicio com o resultado das eleições presidenciais em 2014 e avançou até a concretização do impeachment da presidenta Dilma. Golpe esse que agora avança ameaçando findarcom os direitos da classe trabalhadora por meio das reformas trabalhistas, previdenciária, educacionais e com congelamento dos gastos primários do governo em área sociais. O esforço de uma construção de uma avaliação de conjuntura com os debates organizados e as ações e ações articuladas pela Frente Brasil Popular foramde fundamental importância para que disputássemos nas ruas a narrativa do que esta acontecendo no Brasil e ainda para que pudéssemos dizer que ação orquestrada por uma direita inconformada com a derrota, somada à cumplicidade tendenciosa dos grandes veículos de comunicação de massa e a conivência do poder jurídico, era na verdade um Golpe. Foi golpe! È Golpe! Continua sendo um golpe contra a classe trabalhadora. E para que possamos continuar fazendo o enfrentamento ao golpe é preciso fortalecemos a Frente Brasil Popular. É preciso que comitês sejam constituídos em todas cidades, e até mesmo nos bairros, reunindo militante de diferentes movimentos e partidos, num esforço conjunto de construir análises, planos de lutas e encaminhamentos às orientações que são tomadas pelas instâncias de debate e construção da Frente. Seja nacionalmente, ou nos estados. Neste sentido, o Partido dos Trabalhadores deve orientar seus militantes para que assumam o papel de atuarem nas diversas instâncias da Frente Brasil Popular por meio de um programa unitário e que seja fruto dos debates próprios doPartido. Os diretórios zonais do Partido devem ter como tarefa se transformar em comitêsaglutinadores das diversas forças sociais progressistas e democráticas, e que seus dirigentes cumpram o papel de chamarem o debate do mais amplo setor da esquerda para o enfrentamento da continuidade do golpe. A experiência nessa trajetória nos mostra que onde as zonais partidárias são bem estruturadas há o enraizamento daFrente Brasil Popular e as ações localizadas são construídas. Mas, fundamentalmente, temos que ter clareza sobre qual a natureza da Frente, como afirma a Cartilha nº 1 da própria Frente Brasil Popular: “somos um campo politico de forças sociais que votamosna Dilma, no segundo turno de outubro de 2014. Os movimentos populares, sindicais, políticos e pastorais que se formaram no ultimo período histórico na luta contra a ditadura militar e contra o neoliberalismo. Uma aliança popular, que possa aglutinar (diferente de apenas representar) todas as formas do povo se organizar: partidos, sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares, sociais, pastorais das igrejas, movimentos de mulheres, jovens, negros, povos indígenas, campanhas, frentes, fóruns, entidades de direitos humanos, homo afetivos, movimentos

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culturais, de comunicação social, intelectual, artistas, parlamentares e militantes sociais em geral” Assim, o papel que ela deve cumprir é o de aglutinar forças, alinhar o debate, encaminhar ações conjuntas e construir a unidade da esquerda. A Frente Brasil Popular não deve suplantar as entidades que a compõe. Não deve se sobrepor aos partidos, às centrais sindicais e aos movimentos sociais. A esses cabem o protagonismo das ações. À Frente BrasilPopular cabe a construção da unidade na ação. Ao PT cabe o compromisso de priorizar a construção dos movimentos sociais que compõem a frente. Portanto, conclamamos o Partido dos Trabalhadores a cumprir o seu papel de instrumento, organização e encaminhamento das transformações davida da classe trabalhadora e que assuma seu protagonismo histórico de polo da esquerda brasileira, impulsionando a organização, o enraizamento e o fortalecimento da Frente Brasil Popular.

EM DEFESA DO SOCIALISMO DEMOCRÁTICO E SUSTENTÁVEL

1.Desde a Carta de Princípios de 1979 o PT “entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores”, e o Manifesto do Colégio Sion, São Paulo, em 10 de fevereiro de1980, afirma que “o PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores”. Em 1981, no discurso do Lula que se tornou documento oficial, está mais explícito: “Não queremos apenas melhorar as condições do trabalhador explorado pelo capitalismo. Queremos mudar a relação entre capital e trabalho. Queremos que os trabalhadores sejam donos dos meios de produção e dos frutos de seu trabalho”. Essa concepção clássica do socialismo tinha um contraponto moderno, ao afirmar os trabalhadores e o povo como sujeitos históricos dessa construção sem cair no reducionismo de imputar tal protagonismo ao partido. 2.Em 1984, o 3º Encontro Nacional articula a participação na luta pela democracia que “não se esgota nas instituições” com a luta pelo socialismo: “Esta participação deve conduzir a uma sociedade sem explorados nem exploradores e sem a divisão entre governados e governantes”. E conclui, “a nossa luta é pela construção do socialismo”. Esta conceituação será sistematizada no 5º Encontro Nacional, em 1987, quando define “a conquista do socialismo e a construção de uma sociedade socialista são os principais objetivos estratégicos do PT.” E define os movimentos estratégicos para alcançá-los: “realizar uma mudança política radical; os trabalhadores precisam transformar-se em classe hegemônica e dominante no poder do estado”.

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3. Do ponto de vista conceitual o 3º Congresso avança quando afirmou a máxima “o socialismo petista ou será democrático e sustentável, ou não será socialismo”, incorporando o conceito da sustentabilidade ambiental ao núcleo central da utopia. E avança ao definir uma posição política de que “os recursos naturais não podem ser apropriados sob regime de propriedade privada, mas de forma coletiva e democrática, em sintonia com o meio ambiente e solidária com as futuras gerações” – importante para a aproximação da utopia. 4. Em 1990, o tema foi objeto de resolução específica “O socialismo Petista”, no 7º Encontro Nacional, muito influenciado por dois acontecimentos importantes: a derrota eleitoral e vitória política de 1989; e a derrocada do socialismo soviético. A definição central fortalece a relação entre socialismo e democracia: “o socialismo para o PT, ou será radicalmente democrático ou não será socialismo”. Ao mesmo tempo nega qualquer determinismo econômico, e afirma que “o socialismo é um projeto humano cuja realização é impensável sem a luta consciente dos explorados e oprimidos”. 5. E do ponto de vista da definição do caminho, o VII Encontro Nacional o PT foi taxativo ao negar o chamado socialismo real devido ao “nosso compromisso estratégico com a democracia”, e a social democracia porque não acreditava que se poderia construir o socialismo “a partir dos governos e instituições do Estado, sobretudo o Parlamento, sem a mobilização das massas pela base”. 6. O avanço teórico não correspondeu a um avanço da nossa prática, tanto na esfera da luta social quanto na esfera da luta institucional. Pelo contrário, nos últimos anos houve um afastamento da utopia socialista da luta política, do cotidiano, da vivência e da própria formação política e ideológica dos militantes. Trata-se agora de reaproximar o PT da utopia da sociedade socialista democrática e sustentável na teoria e na prática, a partir da compreensão da sociedade capitalista atual, dos novos padrões das lutas sociais e políticas, e de qual socialismo tratamos. 7. O PT luta, em última instância, pela realização da sociedade socialista democrática e sustentável, onde homens e mulheres poderão usufruir tanto dos bens comuns herdados da natureza como dos bens produzidos pelo trabalho humano de acordo com suas necessidades materiais, culturais e espirituais. Essa é a utopia que nos orienta e nos anima e deve estar presente no discurso e na prática.

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8. Esta conceituação dialoga com elaborações de pensadores utópicos de diferentes épocas e vertentes filosóficas desde Karl Marx, que escreveu “a natureza é a fonte dos valores de uso (que são os que verdadeiramente integram a riqueza material) nem mais nem menos que o trabalho, que não é mais que a manifestação de uma força natural, da força de trabalho do homem”. E o papa Francisco que definiu “O clima é um bem comum, um bem de todos e para todos”, e defendeu “unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral”. 9. A utopia da sociedade socialista democrática e sustentável é realizável. As condições materiais estão dadas em função da extraordinária capacidade de produção do trabalho alcançado no sistema capitalista, suficiente não apenas para satisfazer as necessidades básicas, mas, também, de assegurar nível médio elevado de bem estar para toda a humanidade. 10. No capitalismo, contudo, isto é impossível porque todo o produto social e acesso aos bens comuns é desigualmente apropriado em função da relação jurídico-política que garante a apropriação privada da maior parte do trabalho acumulado, do produto do trabalho e dos bens comuns e da submissão da maior parte do trabalho humano por uma minoria bem pequena que detém o poder econômico e controla o poder político. 11. O banco CreditSuisse, da cúpula do sistema financeiro mundial, concluiu que “o 1% mais rico da população mundial acumula mais riqueza atualmente que todo o resto do mundo junto”. Aprofundando os estudos, a ONG Oxfam concluiu que “em 2015, apenas 62 indivíduos detinham a mesma riqueza que 3,6 bilhões de pessoas - a metade mais afetada pela pobreza da humanidade”. Conclusão: a ruptura desta relação se torna condição necessária para se adequar a produção às necessidades sociais equitativamente atendidas 12. As condições subjetivas amadurecem, de um lado pela crescente consciência da iniquidade e insustentabilidade do sistema e de outro pelas novas dimensões assumidas pelas lutas da classe trabalhadora contra a exploração e da cidadania contra todas as formas de opressão. 13. O PT entende que a realização dessa utopia, só será possível se conduzirmos conjuntamente ao mesmo tempo a luta contra a exploração do trabalho e as lutas contra todas as formas de

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dominação e opressão arcaicas presentes e fortes mesmo em sociedades de maior desenvolvimento capitalista e regime democrático (e até mesmo nas experiências nacionais de transição ao socialismo) como o domínio do gênero masculino, a discriminação étnica e racial, a homofobia e o preconceito ao LGBT, o patriarcalismo e os preconceitos geracionais. 14. As lutas das mulheres, jovens, comunidades LGBT, povos indígenas, negros e outras etnias, se desenvolveram na maioria das vezes independentemente da luta política classista que, para muitos antigos e alguns novos socialistas, era suficiente para libertar a classe trabalhadora da exploração e a humanidade de todas as formas de opressão. Contudo, a experiência histórica mostrou que “as formas de opressão e dominação assentes na raça, na etnia, na religião e no sexo afirmaram-se pelo menos tão importantes quanto as assentes na classe”, relembra Boaventura de Souza Santos. 15. Essas lutas alcançaram tal dimensão e conseguiram tantas vitórias que se incluíram na agenda política e social atual e redesenharam o ideário utópico e revolucionário socialista com as cores do feminismo, do combate ao racismo e ao xenofobismo, o respeito às identidades nacionais, comunitárias e religiosas, afirmação LGBT e contra a homofobia e a discriminação geracional. 16. De igual forma, a luta em defesa do meio ambiente e contra a degradação acelerada dos ecossistemas naturais assumiu tal dimensão que ganhou aceitação geral a tese de que o modo de produção e consumo capitalista está conduzindo a humanidade para uma catástrofe ecológica global. O Acordo de Paris, assinado pelos estados nacionais quando da XXI Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas, em 2015, reflete o reconhecimento dessa tendência global. 18. Nesta questão, vital para a humanidade e a natureza, aproximaram-se futuro, presente e passado. O conhecimento científico sobre os bens comuns e os serviços dos ecossistemas naturais dialoga com os conhecimentos das comunidades tradicionais e povos originários. As formas e objetos das lutas assumiram dimensões econômicas e políticas, mas também simbólicas e místicas quando se percebeu os riscos existenciais. Essa mescla de diferentes percepções e conhecimentos, convicções e sentimentos, suporta uma diversidade enorme de lutas de comunidades, povos e movimentos autônomos que se firmaram pelos seus próprios objetivos e se incluíram nas agendas

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políticas nacionais e globais. Os conhecimentos, os valores éticos, as iniciativas alternativas de produção e consumo sustentáveis, de comportamentos e atitudes individuais e coletivas compõe uma contracultura ao modo de vida dominante. As concepções do bem viver, da natureza enquanto sujeito de direitos, do conceito ampliado de bens comuns, exigem um redimensionamento teórico e prático da militância socialista libertária. 19. Enfim, as diferentes lutas, de classes, ecológica, de identidade racial, da igualdade de gênero, dos direitos das crianças, jovens e idosos; e as lutas pela soberania nacional contra o domínio econômico e geopolítico dos impérios se mesclam e se interagem para nos possibilitar um novo modo de ver a realidade a partir de uma nova crítica, não acabada, mas consistente, ao sistema capitalista e à sociedade burguesa dos tempos da exploração não apenas da classe trabalhadora, mas de quase toda a humanidade e de uma nova forma de ver a utopia da sociedade socialista, democrática e sustentável. 19. Está se forjando uma nova alternativa político-ideológica ao sistema capitalista (além da proposta socialista clássica), com experiências produtivas e comerciais alternativas (além do combate aos produtos de origem não sustentável), com novas ideias e valores (além do respeito aos direitos humanos), novos sujeitos coletivos (além dos partidos políticos e aparelhos estatais) e novas formas de luta (além das greves e manifestações organizadas) que procuram fugir dos limites impostos pelo estado com suas moderníssimas tecnologias de controle social e monitoramento político (que vão bem além da polícia). São essas ideias e sujeitos que estão pontuando a disputa de hegemonia na sociedade, ou melhor, na humanidade, sem a qual não se pode pensar realização da utopia da sociedade socialista democrática e sustentável.

b) MOÇÕES APROVADAS

MOÇÃO DE REPUDIO

Moção de repudio ao governador do Distrito Federal Rollemberg, que efetivou o corte de salários dos professores e orientadores educacionais grevistas e contra judicialização dalegitima greve da categoria, realizada entre os dias 15 de março e 12 abril deste ano. O 6º CongressoRegional do PT/DF, preparatório ao 6º Congresso Nacional (junho/2017), se solidariza com o SINPRO/DF (SINDICATO DOS PROFESSORES E ORIENTADORES EDUCACIONAIS) e repudia veementemente, a postura truculenta do governador Rollemberg, que segue aplicando as medidas do golpista Temer contra os servidores e demais trabalhadores do DF, e que, covardemente, se apoiou no ministério publico e no TJDFT, para descumprir acordo de greve e

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cortar ponto dos professores e orientadores que participaram do movimento que duro 29 dias. E cujo o desfecho foi mediado por uma comissão de entidades, abrindo condições para um acordo, acertado entre o Sinpro, o Ministério Publico e o GDF. A solidariedade ao combativo SINPRO/DF estende-se a todos os sindicatos e movimentos sociais e populares que estão sendo perseguidos, punidos e criminalizados por expressarem a luta e o interesse dos trabalhadores da cidade e do campo.

MOÇÃO DE REPÚDIO (autoria não identificada) Nós delgadas e delegados eleitos ao VI Congresso etapa Regional do PT/DF, manifestamos MOÇÃO DE REPÚDIO ao governador do Distrital Federal Rodrigo Rollemberg, que descontou do salário dos Professores da Secretária de Educação os dias parados durante a greve realizada no dia 15 de março a 12 de abril. Rollemberg descontou no pagamento de março os dias parados, se comprometeu com o sindicato da categoria adevolução desses descontos em folha suplementar, não cumpriu o acordado e, agora em abril, descontou o restantes dos dias parados, chegando ao absurdo de professores terem recebidos apenas R$57,00 (cinquenta e sete reais) de salário e até mesmo “salário negativo”. A greve dos professores foi realizada em razão dos sucessivos descumprimentos de leis que regem a relação trabalhista e salarial da categoria com o GDF desde 2015, com acúmulo de perdas, não pagamento de direitos e vários outros prejuízos que vêm se acumulando ao longo desses dois últimos anos e contra a reforma da previdência. A categoriatem responsabilidade com o cumprimento do calendário letivo e de reposição dos dias parados com garantia de qualidade da educação à comunidade escolar, além de ser a greve um direito constitucional e o principal instrumento de luta da classe trabalhadora.

MOÇÃO DE APOIO AO HAITI UNIDADE PELA RECONSTRUÇÃO DO PT

Em defesa da democracia, conta a barbárie: punição dos responsáveis pelos assassinatos de nossos companheiros David TchenSimeón, RomarioDangelo Saint Jean e Punição do Policial JEAN MAXIME por tentativa de assassinato contra David Oxigène! Abaixo a Ocupação, abaixo a barbárie! FORA NAÇÕES UNIDAS!

MOÇÃO DE REPÚDIO À REPRESSÃO POLICIAL NAS MANIFESTAÇÕES POPULARES

Nós delegadas e delegados eleitos ao VI Congresso etapa regional do PT/DF, apresentamos MOÇÃO DE REPÚDIO contra a violenta e constante repressão militar às manifestações de enfretamento ao golpe e aos retrocessos do governo Temer e Rollemberg. È consenso desse VI Congresso que vivemos sob um estado de exceção e que o conjunto de direitos arduamente conquistados pela classe trabalhadora brasileira estão sendo ameaçados pelo o golpe jurídico, político e midiático todos os dias pelos governos executivos do DF e do Brasil, pelo o poder jurídico e pelo o Congresso mais conservador e corrupto da história do pais. A cada manifestação temos acompanhado os crescentes casos de violência desmedida com consequências e ameaças reais às nossas vidas.

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O que não faltam são exemplos como o da professora MEG, vice-presidente da CUT/DF e do estudante da UFRJ, Matheus Ferreira da Silva. Vale ressaltar que essa violência e também ameaça antiga e constante para a juventude negra e periférica. Por isso, pedimos a aprovação dessa MOÇÃO DE REPÚDIO à repressão militar em nossas manifestações diretamente comandada pelos governos golpistas do Michel Temer e seu cúmplice desgovernador do DF, Rodrigo Rollemberg. E que haja respeito absoluto aos Direitos Humanos e à liberdade de expressão e manifestação no Brasil. Fascistas não passarão!

MOÇÃO DE APOIO AOS RESISTENTES DO GOLPE NA GEAP

Enquanto o Brasil tinha sua democracia golpeada pelo o Congresso Nacional, Geap Autogestão em Saúde, plano de saúde dos servidores públicos federais, conquistava um antigo pleito dos movimentos sindicais e seus conselheiros eleitos pelos os trabalhadores ao Conselho de Administração (CONAD), a mudança estatutária que permitiu que o presidente fosse pelos trabalhadores. Com isso, uma gestão democrática, de dialogo e transparência, pôde se consolidar em meio a uma conjuntura de ameaça á democracia. No entanto, no dia 15 de junho de 2016, o governo golpista conseguiu um mandato de segurança que desfez a alteração estatutária e depôs o presidente do CONAD, toda a diretoria escolhida pelo o conselho e seus assessores imediatos. Em seguida, o que se viu nos corredores da GEAP foi um clima de terror e perseguição violenta a todos os trabalhadores que ousaram externar sua posição politica de esquerda nas manifestações contra o golpe. Todos, assessores, gerentes, analistas e até assistentes técnicos sofreram assédio m oral e foram demitidos sem a assistência de um sindicato que os representasse, mesmo que todos eles trabalhassem sob o regime da CLT e tenha passado por processo seletivo admissional. Movidos pela injustiça, o grupo de demitidos recebeu o apoio jurídico do SINECOF/DF e entraram com ação por demissão discriminatória. No dia 24 de abril de 2017, a juíza da 2ª vara do TR/DF, emitiu sentença para reintegração imediata, pagamento dos salários perdidos desde a demissão até a data do julgamento e indenização por danos morais. Reintegração essa que se encontra temporariamente suspensa por outro mandato de segurança de um desembargador a pedido da atual Diretória da Geap. O processo continua com seus tramites jurídicos e a resistência dessas companheiras e companheiros tem todos nossos apoio do Partido dos Trabalhadores do DF, reunidos no VI Congresso, etapa regional.

MOÇÃO DE APOIO AO #OCUPABRASÍLIA

Nós delegadas e delegados eleitos ao VI Congresso etapa Regional do PT/DF, manifestamos MOÇÃO DE APOIO à ocupação de Brasília, atividade promovida pela CUT e demais centrais sindicais na luta contra as “reformas” da previdência e trabalhista. Adesão massiva à greve geral dodia 30 de abril em Brasília e no Brasil mostrou que o povo brasileiro não aceita a destruição dos direitos trabalhista e previdenciários promovida pelo ilegítimo governo temer e é o momento de a sociedade brasileira ocupar Brasília.

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A ocupação de Brasília, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de maio, contra os projetos de Reforma Trabalhista e da Previdência e exigirá a retirada dos projetos, “nenhum direito a menos”. O PT DF deverá ter participação ativa na ocupação de Brasília, com o envolvimento de toda militância, fortalecendo sua intervenção junto à classe trabalhadora do Distrito Federal. Por nenhum direito a menos, #Ocupabrasília

MOÇÃO DE REPÚDIO

Delegados e Delegadas presentes ao VI Congresso do Partido dos Trabalhadores, repudiam o Deputado Nilson Leitão – PSDB–MT, pela apresentação do Projeto de Lei de nº 6.442/2016 que tratar da flexibilização da legislação de quem exerce atividade no campo, impondo um regime de semiescravidão aos trabalhadores rurais. Não se pode admitir nessa etapa de desenvolvimento da humanidade se tenha um retrocesso de tamanha magnitude como o da substituição do salário por alimento e moradia, prática usual da época da escravidão nos tempos do Brasil colônia .