1 universidade federal de minas gerais escola de ciência

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência da Informação Programa de Pós-Graduação em Gestão & Organização do Conhecimento Mariana Freitas Canielo de Carvalho METODOLOGIA DE MODELAGEM DE PROCESSOS BPM ACADÊMICO: formalização a partir dos procedimentos aplicados no projeto ECI/UFMG Belo Horizonte 2021

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Page 1: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Escola de Ciência da Informação

Programa de Pós-Graduação em Gestão & Organização do Conhecimento

Mariana Freitas Canielo de Carvalho

METODOLOGIA DE MODELAGEM DE PROCESSOS BPM ACADÊMICO: formalização a partir

dos procedimentos aplicados no projeto ECI/UFMG

Belo Horizonte

2021

Page 2: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

Mariana Freitas Canielo de Carvalho

METODOLOGIA DE MODELAGEM DE PROCESSOS BPM ACADÊMICO:

formalização a partir dos procedimentos aplicados no projeto ECI/UFMG

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Gestão & Organização do

Conhecimento da Escola de Ciência da

Informação da Universidade Federal de Minas

Gerais como requisito para a obtenção do título

de Mestre em Gestão & Organização do

Conhecimento, na área de concentração Ciência

da Informação.

Orientadora: Prof.ª Dra. Elisângela Cristina

Aganette

Coorientadora: Prof.ª Dra. Benildes Coura

Moreira dos Santos Maculan

Belo Horizonte

2021

Page 3: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

Ficha catalográfica: Maianna Giselle de Paula CRB: 2642

Biblioteca Profª Etelvina Lima, Escola de Ciência da Informação da UFMG.

Carvalho, Mariana Freitas Canielo de.

C331m Metodologia de modelagem de processos BPM acadêmico

[recurso eletrônico] : formalização a partir dos procedimentos aplicados no projeto ECI/UFMG / Mariana Freitas Canielo de Carvalho. – 2021.

1 recurso eletrônico (114 f. : il., color.) : pdf.

Orientadora: Elisângela Cristina Aganette Coorientadora: Benildes Coura Moreira dos Santos Maculan. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas

Gerais, Escola de Ciência da Informação. Referências: f. 126-132. Anexos: f. 133-141 Exigências do sistema: Adobe Acrobat Reader.

1. Ciência da Informação – Teses. 2. Modelagem de processos – Teses. 3. Processo de negócio – Teses. I. Título. II. Aganette, Elisângela Cristina. III. Maculan, Benildes Coura Moreira dos Santos. IV. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação.

CDU: 659.2

Page 4: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

Logotipo PPGCC

Logotipo UFMG

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO

CONHECIMENTO

FOLHA DE APROVAÇÃO

METODOLOGIA DE MODELAGEM DE PROCESSOS BPM ACADÊMICO:

FORMALIZAÇÃO A PARTIR DOS PROCEDIMENTOS APLICADOS NO PROJETO

ECI/UFMG

MARIANA FREITAS CANIELO DE CARVALHO

Dissertação submetida à Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO, como requisito para obtenção do grau de Mestre em GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO, área de concentração CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, linha de pesquisa Gestão e Tecnologia da Informação e

Aprovada em 23 de abril de 2021, todos por videoconferência, pela banca constituída pelos membros:

Prof(a). Elisângela Cristina Aganette (Orientadora)

ECI/UFMG

Prof(a). Benildes Coura Moreira dos Santos Maculan (Coorientadora)

ECI/UFMG

Prof(a). Fabrício Martins Mendonça

UFJF

Prof(a). Ricardo Rodrigues Barbosa

Aposentado/UFMG

Prof(a). Cíntia de Azevedo Lourenço

ECI/UFMG

Belo Horizonte, 23 de abril de 2021.

Page 5: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

Logotipo PPGCC

Logotipo UFMG

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO

CONHECIMENTO

ATA DA DEFESA DA DISSERTAÇÃO DA ALUNA

MARIANA FREITAS CANIELO DE CARVALHO

Realizou-se, no dia 23 de abril de 2021, às 14:00 horas, todos por videoconferência, da Universidade Federal de Minas Gerais, a defesa de dissertação, intitulada METODOLOGIA DE MODELAGEM DE PROCESSOS BPM ACADÊMICO: FORMALIZAÇÃO A PARTIR DOS PROCEDIMENTOS APLICADOS NO PROJETO ECI/UFMG, apresentada por MARIANA FREITAS CANIELO DE CARVALHO,

número de registro 2019663508, graduada no curso de BIBLIOTECONOMIA, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO, à seguinte Comissão Examinadora: Prof(a). Elisângela Cristina Aganette - ECI/UFMG (Orientadora), Prof(a). Benildes Coura Moreira dos Santos Maculan - ECI/UFMG (Coorientadora), Prof(a). Fabrício Martins Mendonça - UFJF, Prof(a). Ricardo Rodrigues Barbosa - Aposentado/UFMG, Prof(a). Cíntia de Azevedo Lourenço - ECI/UFMG.

A Comissão considerou a dissertação:

( x ) Aprovada

( ) Reprovada

Finalizados os trabalhos, lavrei a presente ata que, lida e aprovada, vai assinada por mim e pelos membros da Comissão. Belo Horizonte, 23 de abril de 2021.

Prof(a). Elisângela Cristina Aganette

Prof(a). Benildes Coura Moreira dos Santos Maculan

Prof(a). Fabrício Martins Mendonça

Prof(a). Ricardo Rodrigues Barbosa

Prof(a). Cíntia de Azevedo Lourenço

Page 6: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

Dedico esta pesquisa a todos que participaram

e contribuíram para o sucesso do projeto BPM

Acadêmico e à minha família, que sempre me

apoiou e incentivou nesse árduo e gratificante

desafio.

Page 7: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

AGRADECIMENTOS

A realização desta pesquisa decorreu devido à contribuição de várias pessoas, de forma

direta ou indireta, que me inspiraram, motivaram e orientaram, do início ao fim. Assim, gostaria

de agradecê-las pelas contribuições para a construção desta dissertação.

Agradeço imensamente à minha orientadora, Elisângela Aganette e à minha

coorientadora, Benildes Maculan, pela dedicação, atenção e paciência para a construção deste

conhecimento científico, aliás, a orientação de vocês me fez amadurecer como estudante,

profissional e me ajudou a superar limitações da minha vida pessoal. Muitíssimo obrigada!

Ao meu marido, Allan, que esteve sempre presente com todo seu amor e paciência para

me ouvir, agradeço por seu apoio, incentivo e motivação, que foram fundamentais para mais

uma conquista em minha vida.

Agradeço às minhas filhas Luísa e Clara, pela paciência e amor dado.

À minha mãe Grace pelas orientações de português, pela empatia, por compartilhar

momentos felizes e difíceis e a toda minha família pela paciência, tolerância, apoio e motivação

que me deram ao longo desta jornada.

A todos que participaram do projeto BPM Acadêmico e que o tornaram possível, pois

sem o esforço de cada um de vocês esta pesquisa não teria acontecido.

Aos professores que compuseram a banca, com orientações importantes e propostas de

melhorias que contribuíram para o final desta pesquisa.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa

de estudos investida para o desenvolvimento desta pesquisa.

E a Deus, por me encaminhar até esta conquista, me dando forças para superar meus

desafios e limitações, saúde para meu corpo e minha mente, persistência para não desistir e

gratidão por tudo!

A coorientadora agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq), pela bolsa de Produtividade em Pesquisa, Processo número 303650/2019-

2.

Page 8: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

RESUMO

As instituições de ensino superior (IES) públicas buscam melhorar seu desempenho

administrativo e superar as adversidades encontradas em sua gestão. Entretanto, essas

instituições se defrontam com dificuldades para a aplicação de métodos capazes de superar tais

desafios, devido às barreiras impostas pelo conjunto de normas que as regem. A modelagem de

processos pode ser utilizada para auxiliar na gestão institucional, pois consiste em identificar,

analisar e apresentar melhorias aos processos executados, a exemplo do que ocorreu no projeto

de extensão BPM Acadêmico. Esse projeto foi executado na Escola de Ciência da Informação

da Universidade Federal de Minas Gerais, uma IES pública, e alcançou resultados positivos na

melhoria do seu desempenho administrativo. Contudo, a documentação do conjunto de

procedimentos aplicados não foi formalmente registrada, com isso, o objetivo desta pesquisa é

realizar a formalização da metodologia, denominando-a metodologia BPM Acadêmico. Para

tanto, esta pesquisa buscou identificar as atividades desenvolvidas pela metodologia BPM

Acadêmico com a aplicação do método 5W2H, correlacionar essas atividades de acordo com

as diretrizes propostas na gestão de projetos do PMBOK e apresentar os requisitos e

recomendações dos programas utilizados para aplicação de tal metodologia. No percurso da

pesquisa, foram consultados estudos capazes de fornecer o embasamento teórico sobre

modelagem de processos, fluxo de processos e fluxo informacionais, gestão de projetos e o

método 5W2H. Os procedimentos metodológicos foram baseados na pesquisa documental e

nos princípios da engenharia reversa, contendo sete etapas: 1) levantamento documental

produzido pelo projeto BPM Acadêmico; 2) identificação das atividades desenvolvidas em tal

projeto; 3) aplicação do método 5W2H nas atividades identificadas; 4) identificação das

atividades referentes ao grupo de processos da gestão de projeto do PMBOK; 5) correlação

entre as atividades identificadas na metodologia BPM Acadêmico com as atividades descritas

na gestão de projetos; 6) a identificação dos requisitos e recomendações dos programas

utilizados para execução das atividades e 7) a formalização da metodologia BPM Acadêmico.

Destaca-se como resultado a própria formalização da metodologia BPM Acadêmico, que pode

ser aplicada na modelagem de processos de outras instituições, podendo contribuir com os

gestores na difícil tarefa de melhoria de seus processos. Conclui-se que esta pesquisa traz o

debate de conceitos ainda não efetivamente delimitados na literatura em Ciência da Informação,

sobretudo no que se refere à interlocução entre a modelagem de processos de negócio e o fluxo

informacional.

Palavras-chave: Modelagem de processos. Fluxo informacional. Fluxo de processos. Gestão

de projetos. Método 5W2H.

Page 9: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

ABSTRACT

The public higher education institutions (IES) have the will to improve their administrative

performance and overcome the adversities faced in their management. However, these

institutions endure difficulties to apply methods capable of getting around those challenges,

mainly for the barriers imposed by a group of norms that rule the same institutions. The

modeling processes can be used to help these institutions, for it consists in identifying,

analyzing, and presenting improvements for the completed projects – like what was done to the

BPM Academic extension project. This modeling project of processes was executed in the

School of Information Science located in Minas Gerais Federal University, a public IES. It has

achieved positive results concerning the improvement of its administrative performance.

Nonetheless, the documentation of the applied procedures was not registered on an official

basis. For that reason, the purpose of this research is to accomplish the official registration of

the methodology, defining it by the BPM Academic methodology. In order to fulfil the required

formalization, this research seeks to identify the activities developed by the BPM Academic

methodology with the appliance of the PMBOK, presenting its requirements and

recommendations. Throughout the research, some studies were consulted, the ones capable of

providing the theoretical background about modeling processes, processes and informational

flow, project management and the 5W2H method. The methodological procedures were based

on the documentary research with its principles established on the reverse engineering in seven

steps: 1) documentary analysis produced by the BPM Academic project; 2) identification of the

activities developed by the BPM Academic project; 3) appliance of the 5W2H method is its

identified activities; 4) identification of the activities concerning the group of processes from

the management of the PMBOK project; 5) correlation between the identified activities from

the BPM Academic project with the activities described on the projects’ management; 6) the

identification of the requirements and recommendations for the execution of the activities and

7) formalizations of the BPM Academic methodology, being this last item the main goal

achieved. It is evident as a result the very formalization of the BPM Academic methodology,

that can be applied in other institutions modeling processes, contributing to the hard task

managers have to improve their processes. It is to be concluded that this research brings forward

the debate regarding the concepts not yet effectively delimited in the academic writings by the

Information Science, especially in relation to the argument between the modeling processes on

business and the informational flow.

Keywords: Process modeling. Informational flow. Process flow. Project management. 5W2H

Method.

Page 10: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Exemplo de diagrama 32

FIGURA 2 - Exemplo de mapa 33

FIGURA 3 - Exemplo de modelo 35

FIGURA 4 - Interações entre os grupos de processos em um projeto 45

FIGURA 5 - Método 5W2H 46

FIGURA 6 - Organograma da ECI 50

FIGURA 7 - Etapas do projeto BPM Acadêmico - Operacionalização 54

FIGURA 8 - Equipe do BPM Acadêmico 55

FIGURA 9 - Missão, visão e valores do projeto BPM Acadêmico 58

FIGURA 10 - Criação do logo do projeto 59

FIGURA 11 - Caracterização da pesquisa 63

FIGURA 12 - Exposição das pastas no programa Zotero 68

FIGURA 13 - Procedimentos metodológico aplicados na pesquisa 73

FIGURA 14 - Estrutura de assuntos na pasta compartilhada do projeto BPM Acadêmico 74

FIGURA 15 - Formalização da metodologia BPM acadêmico 119

Page 11: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - Definições de modelagem de processos 26

QUADRO 2 - Notações de modelagem de processos 27

QUADRO 3 - Descrição dos símbolos e elementos da notação BPMN 29

QUADRO 4 - Componentes do fluxo informacional 40

QUADRO 5 - Grupos e tipos de processos 43

QUADRO 6 - Definições dos termos 5W2H 47

QUADRO 7 - Entregáveis do projeto BPM Acadêmico 57

QUADRO 8 - Identificação e descrição dos documentos analisados do projeto BPM

Acadêmico 77

QUADRO 9 - Aplicação do método 5W2H nas atividades do Projeto BPM Acadêmico 85

QUADRO 10 - Grupo de processos de iniciação 95

QUADRO 11 - Grupo de processos de planejamento 97

QUADRO 12 - Grupo de processos de execução 104

QUADRO 13 - Grupo de processos de monitoramento e controle 108

QUADRO 14 - Grupo de processos de encerramento 112

QUADRO 15 - Síntese dos quadros 10 a 14 - correlação entre PMBOK e projeto BPM

Acadêmico 114

QUADRO 16 - Requisitos e recomendações dos programas 118

QUADRO 17 - Formalização da metodologia BPM Acadêmico 120

Page 12: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas

ABPMP – Association of Business Process Professionals

ANSI – American National Standards Institute

ARIS – Architecture of Integrated Information Systems

BPM – Business Process Management

BPMN – Business Process Model and Notation

Brapci – Base de Dados em Ciência da Informação

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CATI – Centro de Apoio à Tecnologia da Informação

CENEX – Centro de Extensão

CI – Ciência da Informação

COEP – Comitê de Ética em Pesquisa

DDP – Divisão de Desenvolvimento de Pessoal

DOTI – Departamento de Organização e Tratamento da Informação

DPM – Divisão de Provimentos e Movimentação

DRH – Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos

DTGI – Departamento de Teorias e Gestão da Informação

ECI – Escola da Ciência da Informação

EPC – Event-driven Process Chain

ER – Engenharia Reversa

FORPED – Fórum de Pesquisa Discente

GesPública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização

IDEF – Integrated Definition Language

IES – Instituições de Ensino Superior

ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto

MEC – Ministério da Educação e Cultura

MHTX – Modelagem Conceitual para Organização e Representação da

Informação Hipertextual

NAPQ – Núcleo de Apoio à Pesquisa

NITEG – Núcleo de Informação Tecnológica e Gerencial

PDF – Portable Document File

PMBOK – Project Management Body of Knowledge

Page 13: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

PMI – Project Management Institute

PNG – Portable Network Graphics

PPGCC – Programa de Pós-Graduação Gestão e Organização do Conhecimento

PPGCI – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação

PRORH – Pró-Reitora de Recursos Humanos

RECRI – Grupo de Pesquisa em Representação de Conhecimento e Recuperação

da Informação

RT – Responsáveis Técnicos

SEI – Sistema Eletrônico de Informações

SIEX – Sistema de Informação da Extensão

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

UML – Unified Modeling Language

Page 14: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 16

1.1 Problema e justificativas ......................................................................................... 18 1.2 Objetivos ................................................................................................................... 21 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................................ 22 1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 22 1.3 Estrutura da pesquisa .............................................................................................. 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO 24

2.1 Modelagem de Processos ......................................................................................... 25 2.2 Fluxo de Processos e Fluxo Informacional ............................................................ 36

2.3 Gestão de Projeto ..................................................................................................... 41 2.4 Método 5W2H .......................................................................................................... 45

3 AMBIENTALIZAÇÃO DA PESQUISA 49 3.1 Escola da Ciência da Informação – ECI ................................................................ 49 3.2 Projeto BPM Acadêmico ......................................................................................... 51

3.2.1 Escopo do projeto ...................................................................................................... 51 3.2.2 Fases do projeto ......................................................................................................... 52 3.2.3 Equipe do projeto ....................................................................................................... 54

3.2.4 Entregáveis do projeto ............................................................................................... 56

4 METODOLOGIA 62

4.1 Caracterização e delimitação da pesquisa ............................................................. 62 4.2 Coleta de dados: técnica da pesquisa documental ................................................ 63 4.3 Princípios da Engenharia Reversa ......................................................................... 64

4.4 Insumos tecnológicos ............................................................................................... 66 4.4.1 Zotero ......................................................................................................................... 67

4.4.2 Bizagi Process Modeler ............................................................................................. 68 4.5 Procedimentos metodológicos aplicados ................................................................ 69 4.5.1 Etapa 1 – Levantamento documental ......................................................................... 69

4.5.2 Etapa 2 – Identificação das atividades no projeto BPM Acadêmico. ....................... 70 4.5.2.1 Subetapa 1: Identificação e descrição dos documentos selecionados na Etapa 1 ...... 70

4.5.2.2 Subetapa 2: Listagem das atividades identificadas, conforme as

subsequentes ações: .................................................................................................................. 70 4.5.3 Etapa 3 - Aplicação do método 5W2H ...................................................................... 70

4.5.4 Etapa 4 – Identificação das atividades referentes ao grupo de processos da Gestão de

projetos do PMBOK ................................................................................................................. 71 4.5.5 Etapa 5 - Correlacionar as atividades do projeto BPM Acadêmico com as atividades

da Gestão de projetos PMBOK. ............................................................................................... 71

4.5.6 Etapa 6 - Indicar os requisitos e recomendações dos programas utilizados no projeto

BPM Acadêmico ....................................................................................................................... 72 4.5.7 Etapa 7- Formalização da metodologia BPM Acadêmico ........................................ 72

5 RESULTADO E DISCUSSÕES 74 5.1 Resultado da Etapa 1 - Levantamento documental .............................................. 74

Page 15: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

5.2 Resultado da Etapa 2 - Identificação das atividades no projeto

BPM Acadêmico ..................................................................................................................... 76 5.2.1 Subetapa 1: Identificação e descrição dos documentos: ........................................... 76 5.2.2 Subetapa 2: Listar as atividades identificadas do projeto BPM Acadêmico ............ 82 5.3 Resultado da Etapa 3 - Aplicação do método 5W2H ............................................ 84 5.4 Resultado da Etapa 4 - Identificação das atividades referentes ao grupo de

processos da Gestão de projetos do PMBOK ....................................................................... 93 5.5 Resultado da Etapa 5 - Correlacionar as atividades do projeto BPM Acadêmico

com as atividades da Gestão de projetos PMBOK .............................................................. 93 5.6 Resultado da Etapa 6 - Indicar os requisitos e recomendações dos programas

utilizados pelo projeto BPM Acadêmico ............................................................................ 117

5.7 Resultado da Etapa 7 – Formalização da metodologia BPM Acadêmico ......... 118

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 126

6.1 Limitações da Pesquisa .......................................................................................... 127

6.2 Trabalhos Futuros ................................................................................................. 127 6.3 Contribuições da Pesquisa .................................................................................... 127

REFERÊNCIAS 129

ANEXO A – PLANILHA DE PAPÉIS E RESPONSABILIDADES 136 ANEXO B – CRONOGRAMA DO PROJETO 137 ANEXO C – DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS 139

ANEXO D – FLUXOGRAMA DE UM PROCESSO 140

ANEXO E – MANUAL 141

ANEXO F – LIÇÕES APRENDIDAS 142

Page 16: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

16

1 INTRODUÇÃO

As Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras têm como missão a prestação de

serviços educacionais de nível superior para a sociedade, promovendo a geração de mão de

obra especializada e estudos científicos para o desenvolvimento econômico e tecnológico do

país (MAGALHÃES et al., 2010). De acordo com dados de 2020 do Ministério da Educação e

Cultura (MEC), o Brasil dispõe de 2.3641 IES, que oferecem mais de 33 mil cursos de

graduação, prestando serviços e projetos educacionais e sociais para o país, atendendo ao tripé:

pesquisa, ensino e extensão (BRASIL, 2020).

Conforme levantamento de dados realizado no site do MEC (BRASIL, 2020), existem

duas categorias administrativas utilizadas pelo Governo Federal em relação às IES existentes:

a) públicas, podendo ser municipais, estaduais ou federais; e, b) privadas, sem fins lucrativos

ou com fins lucrativos. Além dessa classificação, o MEC ainda categoriza as IES em relação

ao tipo de organização acadêmica, podendo ser: escola, faculdade, centro universitário ou

universidade.

As instituições particulares ou privadas possuem uma gestão administrativa dinamizada

devido à autonomia de sua gestão e independência quanto ao uso de seus recursos financeiros.

Já as públicas são instituições sem fins lucrativos, com o direcionamento da administração

voltada para a produção de conhecimento científico e com responsabilidades sociais, sendo uma

delas a busca de melhorias para a sociedade (ROSA, 2004).

No contexto contemporâneo em que mercado, governo e sociedade exigem melhorias

na prestação de serviços e maior transparência nos processos e atividades desenvolvidas, “[...]

os administradores encontram-se sob constante pressão no sentido de melhorar o desempenho

das instituições, de modo a satisfazer os vários stakeholders – cidadãos, servidores, governo,

sociedade – e aumentar a eficácia e a eficiência dos processos” (BIAZZI, 2007, p. 20). Tal

cenário evidencia a procura dos gestores por métodos, técnicas e ferramentas que os auxiliem

na gestão de seus processos de negócio e em sua consequente e contínua melhoria.

As IES privadas, por atuarem em um mercado mais competitivo, isto é, por terem como

concorrentes, instituições com características e performance semelhantes e por terem uma

administração mais flexível, que pode direcionar a gestão conforme interesses próprios,

1 Dados retirados do site cadastro nacional de cursos e instituições de educação superior cadastro e-MEC

(BRASIL, 2020).

Page 17: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

17

possuem maior facilidade para investir em práticas que as auxiliem a tornar sua gestão mais

eficiente (MEYER; MUGNOL, 2004). Podem, inclusive, contratar profissionais especialistas,

para facilitar o processo de mudanças na gestão de processos e implementação de novas práticas

nas referidas instituições.

Já nas IES públicas, principalmente as universidades, os gestores têm que agir de acordo

com leis e normas. Segundo Rosa (2004), as IES públicas são consideradas muito complexas

em razão do seu caráter público, pois são submetidas às normas burocráticas e leis que regem

as instituições de administração pública no Brasil. Tal fato não exclui que essas instituições não

possuam incentivos para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo governo. Pode-se

tomar como exemplo o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização

(GesPública), publicado em fevereiro de 2005 pelo Decreto nº 5.378 (revogado pelo Decreto nº

9.094/2017) com a finalidade de “[...] apoiar o desenvolvimento e a implantação de soluções

que permitam um contínuo aperfeiçoamento dos sistemas de gestão das organizações públicas

e de seus impactos junto aos cidadãos” (BRASIL, [entre 2005-2017]).

Um dos instrumentos sugeridos no GesPública é a gestão de processos que permite

projetar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e, assim, detectar os pontos de

melhorias nos processos para aumentar a eficiência e a transparência das instituições, além de

possibilitar resultados positivos para melhorar o atendimento das demandas da sociedade

(KOCH, 2016). Utilizando-se de técnicas e ferramentas de aperfeiçoamento, a gestão de

processos tem o intuito de otimizar os resultados obtidos pelas organizações, por meio da

melhoria de seus processos de negócio (DANDA, 2011).

A importância da gestão de processos para as instituições decorre do fato de possibilitar

o gerenciamento de atividades, assim como de pessoas responsáveis direta e indiretamente pela

execução das atividades e tarefas que compõem os processos. Acredita-se que, por meio do

Business Process Management (BPM), traduzido no Brasil como Gestão de Processo de

Negócio, uma organização pode criar processos de alto desempenho, que funcionem com custos

mais baixos, maior velocidade, maior acurácia, melhor uso de ativos e maior flexibilidade

(AGANETTE; MACULAN; LIMA, 2018).

Para alcançar resultados promissores, o BPM tem como etapa fundamental a

modelagem de processos, que consiste na criação de uma representação dos processos

praticados em uma instituição, de modo completo e preciso (ABPMP, 2013). A modelagem de

processos possui o propósito de “[...] fornecer uma visão simplificada, mas integrada, dos

processos da organização para uma finalidade predeterminada” (CAVALCANTI, 2017, p. 9).

Page 18: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

18

Assim, a implementação da modelagem de processos em uma IES é uma ação que pode trazer

resultados positivos imediatos, uma vez que proporciona uma visão geral dos processos a fim

de estabelecer melhorias em sua gestão.

Em busca de ter uma visão geral de seus processos e consequentemente poder realizar

análises e proposições de melhorias, atividades e registros informacionais, a direção da Escola

da Ciência da Informação (ECI), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), patrocinou

um projeto, cujo escopo consiste na modelagem e documentação de seus processos.

Assim, por meio de parceria com alguns docentes e discentes da escola, em outubro de

2017, teve início o projeto de extensão2 denominado “BPM Acadêmico: Mapeamento e

modelagem de processos” (BPM Acadêmico). Com duração de 27 meses, esse projeto teve

como objetivo: levantar, mapear, revisar e reestruturar os processos, isto é, realizar a

modelagem de processos de cada setor da instituição, visando levantar os processos existentes,

mapeá-los e propor melhorias, com intuito de aprimorar seu desempenho e de suas respectivas

atividades, registrar o conhecimento existente e, consequentemente, aperfeiçoar o atendimento

à comunidade acadêmica.

Como membro efetivo do projeto desde fevereiro de 2018, no início de sua

operacionalização, a autora atuou como analista de processos e apoio à coordenação para o

desenvolvimento das atividades de gestão e controle do projeto. A experiência vivida

evidenciou o problema de pesquisa discutido na seção a seguir.

1.1 Problema e justificativas

BPM é uma disciplina que busca alinhar os processos de negócio de uma instituição

com seus objetivos estratégicos, fornecendo ferramentas, técnicas e metodologias que

subsidiem a descrição dos processos de negócio até alcançarem uma melhoria contínua

(CONFORT, 2016). A fim de esclarecer e delimitar a presente pesquisa, adota-se o conceito de

BPM, fornecido por Hamanaka (2019), elaborado a partir dos estudos de Hammer (2013),

Baldam et al. (2007) e da Associação de Profissionais de Gestão de Processos de Negócio –

ABPMP (2013):

2 Projetos de extensão são processos interdisciplinares educativos, culturais, científicos e políticos com objetivo

focalizado, integrando o ensino e a pesquisa, que promovem a interação transformadora entre universidade e outros

setores da sociedade. (UFMG, 2012)

Page 19: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

19

[...] conjunto de etapas, (como por exemplo, a etapa de planejamento,

modelagem dos processos atuais, análise dos processos, modelagem dos

processos futuros, implementação dos processos otimizados e o

monitoramento e controle dos processos) com procedimentos bem definidos

com o objetivo de melhorar o desempenho estratégico, tático e operacional de

uma organização (HAMANAKA, 2019, p. 27).

A partir dessa definição, entende-se que para que uma instituição implemente o BPM, é

necessário considerar as etapas citadas, desde o planejamento até o monitoramento, de maneira

cíclica. Para tal prática é essencial uma mudança de maneira significativa na gestão da

instituição, no entanto, a implementação de BPM, demandará a composição e capacitação de

uma equipe especializada para modelagem e monitoramento dos processos, uma vez que esses

processos sofrem contínua influência do ambiente interno e externo.

A modelagem dos processos atuais (as-is), análise dos referidos processos e o redesenho

desses processos, com proposições de melhoria, a serem implementadas no futuro (to-be),

foram escopo do projeto BPM Acadêmico. Escopo este que teve como objetivo auxiliar no

possível processo de transição da instituição, em que se busca uma gestão por processos,

horizontalizada, em detrimento da gestão funcional, verticalizada, tendo como principal

instrumento, o BPM. Para que essa transição seja realizada, são necessárias outras ações, uma

vez que “[...] fazer modelagem de processos (representação em fluxos) simplesmente não é

BPM. O BPM envolve um contexto mais amplo [...] está relacionado a um programa efetivo de

melhoria e alinhamento de toda a organização” (SILVA, 2017, p. 105).

Hamanaka (2019) evidenciou que, apesar da existência de muitas metodologias de

BPM, estas se encontram isoladas, não havendo uma única metodologia abrangente e holística

que possa ser generalizada para aplicação em diversas instituições. Esse fato foi observado

empiricamente, quando houve a necessidade de desenvolver uma metodologia própria para ser

aplicada no Projeto BPM Acadêmico, executado na ECI/UFMG, já que não havia, naquele

momento, um conjunto de procedimentos metodológicos específicos adequados à instituição

de ensino em questão.

Assim, a metodologia aplicada no projeto BPM Acadêmico foi construída a partir das

melhores práticas de mercado, no que tange à modelagem de processos. À medida que o

planejamento e a execução avançavam, redefinia-se, aprimorava-se, adaptava-se a metodologia,

de acordo com a necessidade e as especificidades do projeto. Tal contexto favoreceu para que

o percurso metodológico do projeto BPM Acadêmico de modelagem dos processos não tivesse

sido documentado. O que justifica, neste estudo, a formalização da metodologia do projeto

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20

BPM Acadêmico, em busca de proporcionar clareza e padronização para sua aplicação. Nesta

pesquisa, o conceito formalização está relacionado ao ato de documentar, definir e padronizar

a metodologia aplicada no projeto BPM Acadêmico, para que facilite sua replicação em

diferentes contextos que necessitem da implementação de práticas de BPM, especificamente da

modelagem de processos.

Durante as fases de planejamento e operacionalização do projeto BPM Acadêmico,

produziram-se documentos, aplicaram-se métodos e técnicas, levantaram-se e definiram-se

programas para realização da modelagem de processos na ECI e no Departamento de

Desenvolvimento de Recursos Humanos (DRH) da Pró-Reitoria de Recursos Humanos

(PRORH) da UFMG, o que, acredita-se, pode contribuir para o aumento da eficiência e eficácia3

nos processos de maneira geral e auxiliar na implementação dos processos no Sistema

Eletrônico de Informações (SEI), utilizado pela universidade.

O projeto BPM Acadêmico teve como principal resultado a modelagem de 582

processos, sendo 414 processos e 97 subprocessos das áreas meio e finalísticas da ECI e 28

processos e 41 subprocessos da Divisão de Desenvolvimento de Pessoal (DDP) e da Divisão de

Provimento e Movimentação (DPM), setores da PRORH. Além da representação em linguagem

Business Process Model and Notation (BPMN) dos referidos processos, foram gerados manuais

descritivos para cada setor, com intuito de documentar os processos de negócios existentes.

Ter como resultado tais entregáveis, deixa claro que a formalização das etapas da

metodologia empregada não foi realizada, uma vez que não fazia parte do escopo do projeto.

Diante disso, considera-se que a formalização de tal metodologia trará ganhos no que se refere

ao seu reuso, principalmente, no que diz respeito à facilidade de replicação do método, que

garantirá otimização de recursos humanos e financeiros. E ainda facilitará sua aplicação em

outras instituições com objetivo de realizar a modelagem dos processos, que segundo Teixeira

e Aganette (2019), pode trazer benefícios como o entendimento dos processos e dos fluxos

documentais realizados, a identificação de possíveis melhorias e a compreensão da instituição

por meio dos processos. Segundo Miranda (2010), um dos fatores que explica o interesse pela

modelagem de processos é o crescimento de exigências quanto à transparência nas transações

executadas pelas organizações. Além de questões como: cobranças por responsabilidade social;

3 Os conceitos de eficácia e eficiência possuem características diferentes, mas que se complementam. A eficácia é

a qualidade daquilo que se produz e eficiência é capacidade de se fazer algo com o mínimo de desperdício e

máxima produtividade, e a junção de ambos seria a máxima produtividade com qualidade (ROBALO, 1995).

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21

intensa evolução da tecnologia da informação; e necessidade de dar um papel mais relevante

aos usuários dos sistemas, reconhecendo-os como responsáveis pelos processos.

Durante as fases de planejamento e execução do projeto BPM Acadêmico, foi relevante

a utilização de práticas oriundas de diferentes metodologias, tais como a BPM e a gestão de

projetos, por se tratar de um cenário peculiar. Assim, o BPM foi o instrumento norteador para

a definição das diretrizes e etapas necessárias para realização da modelagem de processos.

Enquanto a metodologia de gestão de projetos foi utilizada para possibilitar a identificação dos

ajustes a serem feitos, questionar sobre os procedimentos utilizados durante o projeto e a

estratégia adotada para garantir um melhor desempenho (ARMANI, 2004).

A formalização da metodologia BPM Acadêmico, proposta do presente estudo, exigiu

que as etapas e entregáveis de cada uma das fases do projeto, fossem revisitadas e para tal,

utilizou-se tanto os princípios da engenharia reversa, quanto a análise de documentos a fim de

definir as atividades que compõem tal metodologia. Além disso, aplicou-se o método 5W2H

que, permite organizar e estruturar as ações, processos ou projetos por meio de perguntas diretas

(o quê; quem; quando; onde; por quê; quanto; e, como) sendo suas respostas, as principais

informações para estruturar a execução do que se pretendente, nas principais atividades e

critérios considerados em cada fase, para em seguida correlacionar as diretrizes da gestão de

projetos do guia Project Management Body of Knowledge (PMBOK) com as atividades

desenvolvidas nas fases de planejamento e execução no projeto BPM Acadêmico. Essa

trajetória empreendida permite que os gestores e servidores administrativos que buscam

mecanismos de gestão eficientes possam aplicar a metodologia de maneira sistematizada.

Acredita-se que, após ser formalizada, a metodologia de modelagem de processos BPM

Acadêmico, não se limitará ao contexto das IES públicas, ambiente onde foi implementada e

homologada inicialmente, sendo possível sua aplicação em outros tipos de IES e em instituições

que atuem em outros segmentos de mercado.

Com base no exposto, este estudo busca responder à seguinte questão de pesquisa: como

formalizar a metodologia BPM Acadêmico, com completude e detalhamento de seus

procedimentos, para que possa ser reaplicada em outras instituições e/ou organizações?

1.2 Objetivos

Nesta seção apresentam-se os objetivos geral e específicos que norteiam a pesquisa.

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22

1.2.1 Objetivo geral

Formalizar os procedimentos da metodologia de modelagem de processos BPM

Acadêmico, a partir das ações desenvolvidas no projeto realizado na ECI/UFMG e da sua

correlação com as diretrizes da gestão de projetos do PMBOK.

1.2.2 Objetivos específicos

• Aplicar conceitos de modelagem de processos e fluxos informacionais na formalização

da metodologia BPM Acadêmico.

• Identificar e descrever as ações desenvolvidas, os documentos elaborados, as atividades,

os procedimentos e as técnicas executadas no projeto BPM Acadêmico, por meio do

emprego do método 5W2H.

• Analisar, descrever e sistematizar as diretrizes propostas pela gestão de projetos do

PMBOK.

• Correlacionar as diretrizes propostas na gestão de projetos do PMBOK com as

atividades executadas no projeto BPM Acadêmico.

1.3 Estrutura da pesquisa

Para atender aos objetivos propostos nesta pesquisa, o estudo foi organizado conforme

os seguintes capítulos: (1) introdução, que apresenta a temática mais abrangente da modelagem

de processos, destacando os tipos de IES e o contexto em que elas estão inseridas, incluindo: a)

o problema identificado e as justificativas que evidenciam os possíveis benefícios em formalizar

uma metodologia de modelagem de processos já aplicada no projeto BPM Acadêmico e b) os

objetivos da pesquisa que orientam a realização deste estudo; (2) referencial teórico e

metodológico com a apresentação dos conceitos de modelagem de processo, fluxos de

processos e fluxos informacionais, além da explanação sobre a gestão de projetos do PMBOK

e do método 5W2H como instrumentos para formalização da metodologia BPM Acadêmico;

(3) ambientação da pesquisa, com a apresentação da ECI, como exemplo de IES pública e a

descrição do projeto BPM Acadêmico para a contextualização dos documentos que foram

analisados para a formalização da metodologia; (4) a metodologia caracterizada e delimitada,

sendo descritos os instrumentos, a técnica da pesquisa documental aliada ao princípio da

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23

engenharia reversa; os insumos tecnológicos utilizados; e os procedimentos metodológicos

aplicados; (5) resultados e discussões finais, revelando os quadros para a formalização e suas

respectivas análises; e, finalmente, o capítulo (6) em que são tecidas considerações finais

contendo as limitações da pesquisa, bem como suas contribuições e possibilidades de projeções

futuras.

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24

2 REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO

O desenvolvimento desta pesquisa engloba um conjunto de noções debatidas na Ciência

da Informação, em especial no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Organização do

Conhecimento, a exemplo dos estudos de Hamanaka (2019), Lara (2020) e Bueno (2020), que

trazem conceitos como processo, gestão de e por processos, BPM, entre outros. Alguns desses

conceitos serão retomados nesta pesquisa, de maneira sucinta, com ênfase em: modelagem de

processos, fluxos de processos e fluxos informacionais, com o objetivo de solidificar

concepções já discutidas, apresentando suas definições, descrevendo as principais

características e exemplificando sua aplicação.

O referencial metodológico será abordado a partir de conceitos e características da

gestão de projetos, de acordo com o PMBOK4 e com o método 5W2H. O primeiro item se

aplica, na medida em que a prática da gestão de projetos foi utilizada no projeto BPM

Acadêmico para planejar, identificar e controlar as atividades realizadas durante o projeto. Já o

método 5W2H, será adotado para detectar e detalhar, de maneira objetiva, todas as ações que

foram desenvolvidas, a partir do mapeamento nos documentos analisados e selecionados.

A pesquisa bibliográfica realizada para compor este capítulo foi alinhada à revisão

narrativa da literatura, apropriada para discutir o estado da arte de determinados assuntos

(VOSGERAU; ROMANOWSKI, 2014) e se constituiu na busca de artigos, teses, dissertações

e livros, que possuem conceitos para subsidiar o referencial teórico e metodológico. Para tal,

utilizou-se como fontes de informação duas bases de dados: a) Base de Dados em Ciência da

Informação (Brapci), que apresenta como tema principal a Ciência da Informação (CI),

mantendo interlocução com outras áreas do conhecimento como: administração, engenharia de

produção, entre outros. Nesta base foram recuperados em torno 120 artigos científicos e o b)

Catálogo de Tese e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), que acessa de maneira on-line várias bases de dados que disponibilizam o

acesso a teses e dissertações produzidas no Brasil. Recuperaram-se aproximadamente 150

estudos em relação aos conceitos tratados nesta pesquisa. A linha de corte temporal foi definida

considerando-se o período de 1980 a 2020, pois, segundo Brocke e Rosemann (2013), a partir

de 1980 começaram os estudos sobre gestão de processos de negócios, tema principal que

contempla os conceitos discutidos nesta pesquisa. As áreas de amplitude abarcadas nas bases

4 De acordo com 5ª edição do PMBOK

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25

de dados Brapci e no Portal CAPES foram: Administração, Ciência da Informação e Engenharia

de Produção.

2.1 Modelagem de Processos

Dentro da modelagem de processos, faz-se necessário delimitar o conceito do termo

“processo”, que consiste em “[...] um conjunto de atividades com uma ou mais espécies de

entradas e que cria uma saída de valor para o cliente.” (HAMMER; CHAMPY, 2014, p. 24).

Esse termo também pode ser definido como:

Um conjunto finito, sequencial e ordenado de passos que devem ser

executados para transformar um insumo (uma entrada) em algo útil (uma

saída), válido, que atenda a especificação predefinida (parâmetros, dimensões,

prazos etc.) Nesse sentido, ele é repetido por pessoas ou por máquinas e vai

ao encontro de requisitos da organização previamente programados, de forma

que seu desempenho possa ser avaliado diante do objetivo geral estabelecido.

(WILDAUER; WILDAUER, 2015, p. 21)

Com isso, entende-se que o processo determina o funcionamento e o caminho das

atividades realizadas nas instituições. Esse é o ponto principal para se ter uma visão sistêmica

da mesma ao ser associado a um sistema em que a análise das partes e suas interações propiciam

uma visão do todo, identificando também as possíveis influências internas e externas que podem

alterar o funcionamento do sistema ou da própria instituição (MARTINELLI et al., 2006). A

respeito da importância de se detectar os processos desenvolvidos em uma instituição, destaca-

se o seguinte trecho:

Os processos, por sua natureza sistêmica, guardam forte relação com outros

elementos conceituais. Aqui podem ser destacados a estratégia, a estrutura

organizacional, o desempenho, os conhecimentos e informações, as

competências individuais, a tecnologia e a cultura organizacional. (PAIM et

al., 2009, p. 52)

A partir da demonstração sobre a importância dos processos para as instituições, a

prática de efetuar a modelagem de processos, a identificação dos fluxos de processos e fluxos

informacionais podem oferecer insumos para evidenciar os problemas na rotina processual e

embasamento para indicar melhorias aos processos desenvolvidos em IES de maneira pontual.

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26

A modelagem está relacionada à identificação, análise, e redesenho de processos com o

apoio de ferramentas que auxiliem em sua representação, a partir de uma linguagem específica.

Segundo Maranhão e Macieira (2011, p. 83), a modelagem é “[...] o conjunto de atividades

necessárias para redesenhar e documentar os processos de trabalho anteriormente mapeados.”

Nesta definição, evidencia-se que o mapeamento de processos é uma das atividades realizadas

durante a modelagem de processos. O QUADRO 1 apresenta definições de modelagem de

processos que facilitam a exposição de alguns conceitos, sob a perspectiva de autores

relevantes.

QUADRO 1 -

Definições de modelagem de processos

Ano Autor Definição

2012 BARBARÁ “Modelagem é a visão da empresa por meio da construção de

diagramas funcionais sobre o comportamento de seus processos.” (p.

218).

2013 ABPMP “Modelagem de processos de negócio é o conjunto de atividades

envolvidas na criação de representações de processos de negócios

existentes ou propostos.” (p. 72).

2017 CAVALCANTI “Modelagem dos processos visa representar graficamente, através do

mapeamento, da análise e do redesenho, o encadeamento de

atividades que formam um processo, mostrando as dimensões de

interesse conforme os objetivos.” (p. 9)

2017 FERREIRA; SOUZA “A modelagem de negócio é um fator fundamental para o sucesso do

BPM. Com a modelagem de negócio é possível identificar, analisar e

melhorar os processos de negócio da organização, trazendo um

melhor juízo do negócio como ele é e como ele deve ser. Essa

identificação permite testar as melhorias sugeridas antes de

implementá-las, verificando se elas irão prover os resultados

desejados” (p. 2).

2020 AGANETTE “O mapeamento de processo é uma das etapas da modelagem de

processo, ou seja, uma etapa de representação. A modelagem de

processos possui outras etapas que vão além da representação dos

processos, contempla outros elementos, tais como, definição de

requisitos, definição de metadados, indexadores, tipos documentais,

templates, papéis, responsabilidades etc.” (p. 192).

Fonte: Elaborado pela autora.

A partir das definições expostas no QUADRO 1, é possível afirmar que a modelagem

de processos pode ser caracterizada como um conjunto de atividades necessárias para

identificar, analisar e propor modificações para a melhoria no desenvolvimento dos processos

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27

de uma instituição, dentre estas uma IES. Segundo Wildauer e Wildauer (2015), o resultado da

modelagem de processos pode ser direcionado para a apresentação de alternativas de soluções

para problemas identificados na análise dos processos, com o propósito de realizar mudanças e

melhorias.

Existem algumas notações específicas que facilitam a aplicabilidade da modelagem de

processos e que podem variar de acordo com o objetivo que se quer atingir e a estrutura da

organização. De acordo com o BPM CBOK, versão 3.0, existem seis tipos de padrões de

notações utilizadas para modelar processos, conforme mostra o QUADRO 2.

QUADRO 2 -

Notações de modelagem de processos

Notação Descrição

BPMN (Business Process

Model and Notation)

Padrão criado pelo Object Management Group, útil para apresentar

um modelo para públicos-alvo diferentes.

Fluxograma Originalmente aprovado como um padrão ANSI (American National

Standards Institute), inclui um conjunto simples e limitado de

símbolos não padronizados; facilita entendimento rápido do fluxo de

um processo.

EPC (Event-driven Process

Chain)

Desenvolvido como parte da estrutura de trabalho ARIS (Architecture

of Integrated Information Systems), considera eventos como “gatilhos

para” ou “resultados de” uma etapa do processo; útil para modelar

conjuntos complexos de processos.

UML (Unified Modeling

Language)

Mantido pelo Object Management Group, consiste em um conjunto-

padrão de notações técnicas de diagramação orientado à descrição de

requisitos de sistemas de informação.

IDEF (Integrated Definition

Language)

Padrão de Federal Information Processing Standard dos EUA que

destaca entradas, saídas, mecanismos, controles de processo e relação

dos níveis de detalhe do processo superior e inferior; ponto de partida

para uma visão corporativa da organização.

Value Stream Mapping Do Lean Manufacturing, consiste em um conjunto intuitivo de

símbolos usados para mostrar a eficiência de processos por meio do

mapeamento de uso de recursos e elementos de tempo.

Fonte: ABPMP (2013, p. 79)

De acordo com a associação ABPMP (2013), a notação Business Process Model and

Notation (BPMN) constitui-se em um conjunto significativo de símbolos para descrever as

atividades e seus fluxos, podendo destacar as relações que se sucedem em uma instituição para

realização dos processos. Além disso, a notação consegue atender à demanda de diferentes

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28

instituições e aspectos desenvolvidos nos processos, sendo, portanto, utilizada para realizar a

modelagem de processos no projeto BPM Acadêmico.

Em contrapartida, o fluxograma possui um conjunto de símbolos mais simples e não

padronizados que facilitam a rápida captura de um fluxo de processos, porém sem um

detalhamento exaustivo. O EPC pode variar o nível de detalhamento, e “[...] varia do muito

simples ao mais complexo e descreve eventos desencadeantes ou resultantes de uma etapa do

processo” (ABPMP, 2013 p. 85), tendo como foco enfatizar as principais atividades e a relação

lógica entre elas.

A notação UML também pode ser conceituada como uma linguagem-padrão para a

produção em relação à estrutura de projetos de software, podendo ser empregada para a

visualização, especificação, construção e documentação de produtos que façam uso de sistemas

complexos de software (BOOCH, 2012). Assim, está direcionada para o desenvolvimento de

requisitos para sistemas de informação, ao descrever relacionamentos entre os elementos que

interagem e constituem o sistema (ABPMP, 2013). Outra notação, identificada no QUADRO

2, é a IDEF, conceituada como “[...] uma notação e técnica que fazem parte da metodologia

para definir processos de trabalho e sistemas de informação em ambiente de manufatura”

(ABPMP, 2013, p. 88).

Por fim, é apresentada a notação Mapeamento do fluxo de valor (Value Stream

Mapping) que tem como diferencial a possibilidade de representar custos, recursos e elementos

de tempo em um modelo de processo. Cada notação apresentada corrobora com a especificidade

da instituição e com a finalidade que se pretende alcançar com a modelagem, podendo ser

utilizadas uma ou mais notações em uma mesma modelagem para realizar as ações necessárias

e, assim, atingir o objetivo proposto.

A notação utilizada para modelagem dos processos de negócio da ECI, escopo do

projeto BPM Acadêmico, foi a BPMN (Business Process Modeling Notation). Tal escolha se

deu por se tratar de uma notação padronizada, de fácil compreensão, e que permite uma

representação detalhada e ampla dos processos diagramados. A modelagem BPMN foi

desenvolvida para proporcionar aos usuários uma notação padronizada e aberta, livre de

royalties, facilitando a representação dos processos analisados e destes para processos

informatizados (BPMN, 2007). A referida notação também foi utilizada para ilustrar o percurso

metodológico desta pesquisa conforme FIGURA 11. O QUADRO 3 apresenta e descreve, de

modo sucinto, os principais símbolos e os respectivos elementos que compõem a notação

BPMN.

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29

QUADRO 3 -

Descrição dos símbolos e elementos da notação BPMN

Símbolo Elemento e descrição

Eventos - podem ser de início (círculo verde), fim

(círculo vermelho) e intermediários (círculo

amarelo). São identificados como algo que ocorre

nos processos nos períodos indicados.

Gateway (condicionante) - controla as interações do

fluxo, com a indicação de caminhos alternativos ou

paralelos.

Atividades ou tarefas - são ações realizadas para

atingir os objetivos dos processos.

Subprocessos - são um conjunto de atividades para

um propósito específico.

Repositório de dados (banco de dados, sistemas de

arquivo).

Pools e Lane – “piscinas” que representam entidades

e “raias” que representam setores ou departamentos.

Objetos de dados - documentos ou sistemas.

Anotação - forma de acrescentar informações

adicionais.

Fonte: Projeto BPM Acadêmico, adaptado pela autora.

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30

Existem vários programas que utilizam a notação BPMN para a modelagem de

processos, tais como WBI Modeler (IBM), ARIS Business Architect (IDS Scheer), Intalio

Designer, TIBCO Business Studio, iGrafx e Savvion Process e Bizagi Process Modeler

(RODRIGUES, 2015). Tanto para o desenho dos processos do projeto BPM Acadêmico, quanto

para representação do percurso metodológico desta pesquisa, foi utilizado o Bizagi Process

Modeler, conforme descrito na seção 4.4 de insumos tecnológicos (subseção 4.4.2 Bizagi

Process Modeler).

A partir do objetivo para qual se pretende realizar a modelagem de processos é

necessário identificar qual ou quais programas serão utilizados para sua execução e as diretrizes

que irão orientar todas as etapas da modelagem. Além disso, a importância de realizar a

modelagem de processos em uma instituição se encontra na possibilidade de visualizar os

principais problemas que podem ocorrer durante a execução dos mesmos e pode repercutir na

proposição de mudanças pontuais para identificar melhorias no desempenho dos processos da

instituição.

Na literatura, de acordo com ABPM (2013) e Baldim et al. (2007), é apresentada uma

similaridade entre os conceitos de mapeamento e modelagem de processos, ao contrário do que

é adotado nesta pesquisa, que considera o mapeamento como uma etapa da modelagem de

processo (PAVANI; SCUCUGLIA, 2011). Com intuito de debater de maneira mais detalhada

sobre os dois conceitos, se faz necessário apresentar o conceito de mapeamento.

Segundo Wildauer e Wildauer (2015), o mapeamento de processos pode ser considerado

uma ferramenta administrativa. Tem por finalidade identificar o conjunto de atividades que

compõem o processo, a partir da descrição de suas tarefas, ações e seus respectivos

responsáveis. Para melhorar a compreensão e facilitar a exposição de melhorias em um

processo, é possível elaborar um desenho ou figura do mesmo e, assim, realizar modificações

significativas para torná-lo mais eficiente e eficaz. Concordando com essa definição,

mapeamento também pode ser conceituado como:

O conhecimento e a análise dos processos e seu relacionamento com os dados,

estruturados em uma visão do topo (top down), da organização para sua base,

até um nível que permita perfeita compreensão das atividades (processos)

realizadas no escopo organizacional selecionado para análise.

(MARANHÃO; MACIEIRA, 2011, p. 65).

Ao mapear o negócio da instituição, é primordial que ela seja conhecida e entendida em

sua totalidade. Para isso, define-se, inicialmente, sua cadeia de valor que, segundo Porter (1990,

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31

p. 31), “[...] desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância estratégica para que se

possa compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais de

diferenciação”. A partir dessa decomposição, é possível especificar os principais processos

desenvolvidos na instituição para que seja possível classificá-los como: processos de gestão,

relacionados a ações executadas pelos gestores da instituição; processos finalísticos que

caracterizam a ação da empresa; e processos organizacionais que dão suporte para os anteriores.

Feita tal distinção e classificação dos processos, ou seja, definida a cadeia de valor da

instituição, priorizam-se e elegem-se os processos que comporão o escopo inicial do

mapeamento (FERREIRA, 2013).

Para a caracterização do mapeamento, Cavalcanti (2017) apresenta um conjunto de

quatro macro atividades que compõem o mapeamento: a) análise documental, que objetiva

detectar a estrutura organizacional, as regras e as diretrizes que orientam a instituição, bem

como os principais fundamentos operacionais, como leis e normas que regulamentam as

atividades realizadas; b) desenho, que permite a representação das atividades e sua sequência

de execução a fim de atingir o resultado esperado; c) fatores de desempenho dos processos,

que são pontos importantes a serem observados para a definição de indicadores futuros, mas

que são variáveis de acordo com o objetivo que a instituição deseja alcançar; e d) constatações,

riscos e impactos, que consiste em identificar os problemas, as dúvidas, riscos e demais eventos

que possam causar desvios positivos ou negativos na operacionalização dos processos. A partir

desta macro atividade, é possível orientar o mapeamento de processos de maneira mais efetiva

e coerente com os processos desenvolvidos nas instituições.

Para realizar o mapeamento de processos, pode-se utilizar instrumentos como

diagramas, mapas e modelos, sendo que cada um deles possui um nível de detalhamento e pode

ser designado a um propósito específico. Segundo ABPMP (2013), o diagrama é utilizado para

descrever e entender as principais atividades do processo, porém, sem detalhar as interações

dos setores, ou partes documentais do processo, entre outros aspectos. O mapa pode propiciar

uma visão mais completa dos principais componentes do processo com mais detalhes do que o

diagrama, tais como atores, eventos e resultados. Enfim, o modelo pode representar um

determinado estado de negócio, já que é possível identificar as relações entre os diferentes

níveis de processos e seus relacionamentos dentro da instituição.

A FIGURA 1 representa um diagrama simples, usado para a identificação e o

entendimento das atividades de um processo, sem especificar o nível de detalhes da interação

entre os setores de uma instituição, ou do fluxo documental vinculado ao processo.

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FIGURA 1- Exemplo de diagrama

Fonte: DIAS (2004)

Na FIGURA 2, a representação é de um mapa, que consta de elementos mais

sofisticados, com a apresentação de setores e suas interações, propiciando, assim, uma visão

dos principais componentes do processo, tais como atores, eventos e resultados, de modo mais

detalhado do que o diagrama da FIGURA 1.

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33

FIGURA 2 - Exemplo de mapa

Fonte: DIAS (2004)

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34

Na FIGURA 3, o exemplo é de um modelo, que contém mais detalhes sobre o processo

e a especificação de todas as interações, permitindo, assim, representar o estado de negócio.

Por meio do modelo, é possível identificar as relações entre os diferentes níveis de processo e

seus relacionamentos dentro da instituição.

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35

FIGURA 3 - Exemplo de modelo

Fonte: DIAS (2004)

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36

Observando-se as FIGURAS 1, 2 e 3, é possível perceber um aumento gradativo no

nível de especificação, detalhamento e uso de diferentes símbolos para cada tipo de

representação gráfica, o que possibilita o acréscimo significativo da quantidade de informações.

Para se definir qual o instrumento será mais adequado para realizar a etapa de mapeamento de

processos é necessário, primeiramente, identificar o objetivo a ser alcançado com o projeto de

modelagem e, assim, definir qual recurso visual (diagrama, mapa ou modelo) melhor atenderá

às expectativas da instituição. Ressalta-se que a importância da realização da etapa de

mapeamento de processos de modo estruturado, detalhado e com qualidade, irá produzir o

conteúdo necessário para realização das próximas etapas da modelagem de processos, que tem

em vista (para) a promoção de mudanças organizacionais e tomadas de decisões significativas

pela gestão.

Outra característica do mapeamento de processos é a relação dessa atividade com o

levantamento de dados ou informações sobre os processos. Segundo Aganette, Maculan e Lima

(2018), o mapeamento de dados ou informações é um dos elementos mais importantes nesse

trabalho, pois permite evidenciar as necessidades informacionais dos funcionários da instituição

que dependem dessas informações para executar suas atividades. Diante disso, acredita-se que

o mapeamento de dados ou informações e o mapeamento de processos são complementares, e

tal complementaridade é essencial para a modelagem na gestão por processos, pois, a partir da

realização combinada dessas ações, torna-se possível identificar todas as atividades

desenvolvidas e as informações necessárias.

2.2 Fluxo de Processos e Fluxo Informacional

Para evidenciar a relação existente entre os conceitos de fluxo de processos e fluxo

informacional na gestão de processos, é necessário, primeiramente, definir o termo “fluxo”.

Segundo o dicionário Michaelis, a definição é “escoamento ou movimento contínuo que segue

um curso, uma corrente” (FLUXO, 2021). Portanto, fluxo é algo contínuo e que pode ser

submetido a alterações, de acordo com o contexto em que está inserido.

Partindo dessa definição, o conceito de fluxo de processos também carrega em si a ideia

de movimento contínuo. Segundo ABPMP (2013, p. 423), fluxo de processos é a “[...]

agregação de subprocessos e respectivas orquestrações de atividades funcionais em um fluxo

que mostra o movimento e a ordem em que são executados”. De maneira semelhante, Segov

(2019) complementa:

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37

O fluxo do processo, que representa o passo-a-passo das atividades, oferece

uma visão detalhada sobre como os processos caminham dentro de uma

organização. Além de adicionar detalhes sobre pessoas, finanças, insumos,

prazos de execução e outros dados que afetam o comportamento do processo.

(SEGOV, 2019, p. 19)

O fluxo descrito visa, portanto, aprimorar as atividades desenvolvidas nos setores de

maneira unificada, o que pode gerar indicadores específicos sobre setores ou profissionais

envolvidos, aliados a uma avaliação do desenvolvimento do processo de modo geral na linha

do tempo (ROJAS et al., 2011). A partir da descrição de fluxos de processos, de como eles se

comportam, por quais departamentos perpassam e quais são as atividades vinculadas a eles,

pode-se analisar e detectar mudanças significativas na execução dos processos.

Ressalta-se, ainda, a diferença entre fluxo de processos e fluxo de trabalho. O fluxo de

trabalho “é uma agregação de atividades em uma área funcional com foco em eficiência”

(ABPMP, 2013, p. 143). Sendo, assim, restrito às atividades desenvolvidas em determinada

área da instituição. Já o fluxo de processos é mais amplo, pois permite verificar como as

atividades que ocorrem entre as áreas da instituição estão entrelaçadas e como são realizadas.

O fluxo de processos de uma instituição é de grande importância, pois ele orienta o

modo como os processos estão atrelados e como a instituição atua para atingir seus objetivos.

Sua representação pode auxiliar no alcance de um entendimento geral sobre o comportamento

dos processos executados. Segundo Cavalcanti (2017), o fluxo de processos pode ser utilizado

como uma ferramenta de análise de processos, apresentando as seguintes vantagens:

a) é uma ferramenta gráfica que facilita a visualização e o entendimento rápido sobre as

atividades devido à sua representatividade;

b) propicia uma visão global do processo analisado e identifica a integração dos

participantes como integrantes que compõem o processo e suas influências sobre as

atividades desenvolvidas;

c) expõe com clareza os pontos que podem ser aperfeiçoados no processo;

d) define, com precisão, o profissional que está envolvido nas atividades do processo e

os possíveis problemas sobre a satisfação dos clientes;

e) facilita a visualização das informações necessárias para explicar o desenvolvimento

do processo;

f) permite fixar limites com maior facilidade.

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38

A partir dos conceitos e das características apresentadas, o fluxo de processos pode ser

considerado o resultado parcial da modelagem, pois sua representação pode ser feita por meio

de um fluxograma que, segundo Wildauer e Wildauer (2015, p. 17), é “[...] um diagrama que

representa os processos, as operações e os fluxos dos materiais do sistema por meio de

decomposições de sua complexidade.” Em conformidade com a afirmação dos autores, a

ABPMP (2013) corrobora a ideia de que o fluxograma é um tipo de diagrama que pode

representar graficamente um processo, sendo uma captura rápida de seus fluxos.

A determinação do nível de detalhamento da representação de um fluxo de processos,

segundo a ABPMP (2013), dependerá da escolha do instrumento (tais como diagrama, mapa

ou modelo, já apontados anteriormente) a ser utilizado para tal finalidade, pois, “[...] na prática,

são diferentes os estágios do desenvolvimento do fluxo de processos, cada qual agregando mais

informação e utilidade para entendimento e análise de processos.” (CAVALCANTI, 2017, p.

72).

Assim, a representação do fluxo de processos pode ser considerada como o produto final

da etapa de mapeamento dos processos, pois, a partir da identificação dos processos e da

elaboração da sua representação é possível detectar o modo como os mesmos decorrem e como

fluem na instituição.

Já nos fluxos informacionais, o foco está direcionado em como a informação é obtida,

organizada, armazenada, disseminada e a qual(is) processo(s) e atividade(s) está(ão)

vinculada(s). Segundo Valentim (2010), os fluxos informacionais são elementos fundamentais

nos ambientes institucionais, de maneira que um não existe sem o outro. Eles são como reflexos

naturais dos ambientes em que estão inseridos, obedecendo a uma relação tanto no conteúdo

quanto na forma.

Jamil (2001, p. 165) afirma que o fluxo informacional pode ser definido como “[...] a

transmissão de dados ou conjunto de dados através de unidades administrativas [...],

organizações e profissionais, [...] para alguém que delas necessitem" considerando que, para

identificar tal fluxo, é necessário detectar as etapas que o compõem, que inclui identificar como

as informações são obtidas, distribuídas e utilizadas para gerar o conhecimento necessário.

Com o objetivo de gerar conhecimento em uma instituição e contribuir de maneira

eficiente para desempenhar um papel estratégico em seu crescimento e sua capacidade de

adaptação, a informação pode ser estabelecida por meio de três arenas distintas segundo Choo

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39

(2003): a criação de significado, a construção do conhecimento e a tomada de decisão. Elas

podem assim serem descritas:

A criação de significado expressa o que é vital para a organização e para seus

membros. A construção do conhecimento gera inovações e competências que

ampliam o horizonte de escolha. Na tomada de decisões, os executivos são

guiados por rotinas, regras e princípios heurísticos pessoais que simplificam e

legitimam suas ações (CHOO, 2003, p. 61).

Assim, a informação está vinculada à produção de conhecimento que pode auxiliar as

instituições a entenderem como se comportam diante do mercado, como devem se comportar e

quais medidas são necessárias para realizar essa mudança. Ressalta-se que tais informações

podem ser identificadas nos diversos níveis administrativos de uma instituição. Segundo

Chiavenatto (1999) as instituições possuem três níveis: a) operacional: responsável pela

execução das operações e tarefas; b) gerencial: trata da captação dos recursos humanos e

materiais, além da distribuição e colocação dos produtos e serviços da instituição; c)

instrucional ou estratégico: que define os principais objetivos e as estratégias da instituição de

acordo com ambiente externo.

Cada nível requer um acervo diferente de informações que estão diretamente

relacionados com os processos executados em cada nível, como os processos decisórios no

nível estratégico, os processos operacionais no nível operacional e os processos gerenciais ou

intermediários no nível gerencial. Para atender às diferentes necessidades informacionais, de

uma instituição é indispensável a identificação dos fluxos informacionais, pois eles são os

responsáveis pela distribuição, adequação e qualidade da informação (CALAZANS, 2006).

Em um estudo sobre o fluxo informacional, Inomata, Araújo e Varvakis (2015)

apresentaram e descreveram oito modelos de fluxos informacionais encontrados na literatura e

difundidos na Ciência da Informação, referenciando os seguintes autores: Leitão (1985); Lesca

e Almeida (1994); Davenport e Prusak (1998); Navarro (2000); Forza e Salvador (2001);

Barreto (2002); Choo (2006) e Beal (2007). Apesar desta pesquisa ter como objetivo apresentar,

de modo detalhado, os referidos modelos de fluxo informacional, serão estabelecidas discussões

e análises a partir do que foi apontado por Inomata, Araújo e Varvakis (2015).

Segundo os autores, todos os estudos afirmam que seus modelos de fluxo informacional

podem reproduzir com eficiência o processo de gestão da informação. Esta gestão envolve

atividades que verificam como a informação interna e externa é utilizada para gerar

conhecimento na organização; os tipos de informações existentes e necessárias para a tomada

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40

de decisão; o contexto e os cenários diferenciados encontrados nos fluxos, e a influência dos

relacionamentos humanos, já que tais elementos interferem na percepção e condução dos

processos (INOMATA, ARAÚJO, VARVAKIS, 2015).

Os autores apresentam, ainda, alguns fatores que compõem o fluxo informacional,

conforme QUADRO 4.

QUADRO 4 -

Componentes do fluxo informacional

Dimensões Categorias de análise Conceito

Elementos

Atores Todos os envolvidos no fluxo de informação e nas atividades

inerentes ao fluxo, e que, de alguma forma, são responsáveis para

que o fluxo ocorra.

Canais Responsáveis pelo suporte à transmissão de informação no

processo de comunicação.

Fontes de informação Insumo para a obtenção dos mais variados tipos de informação

que darão suporte para as atividades em que o fluxo de

informação está inserido.

Tecnologia da informação e

comunicação

Suportes para que as operações do fluxo aconteçam de modo

exequível.

Aspectos

Barreiras Entraves ocasionalmente encontrados no caminho que a

informação deve percorrer.

Escolha e uso da informação Aspectos que interferem na escolha da fonte e do uso da

informação.

Necessidades informacionais Fator responsável pelo início do processo e do fluxo de

informação.

Velocidade Tempo de resposta entre a necessidade da informação e a

resposta obtida.

Fonte: Elaborado pela autora, com base em INOMATA; ARAÚJO; VARVAKIS, 2015.

Cada um dos oito modelos de fluxo informacional, citados anteriormente, destaca

diferentes elementos ou aspectos apresentados no QUADRO 4, demonstrando que tal fluxo

pode ser representado por diferentes tópicos e contextos, sendo descrito pelos autores como um

processo executado para proporcionar a criação de valor à informação, pois é mediante o uso

da informação que as atividades ocorrem, de acordo com a necessidade das instituições.

Além disso, é possível observar na literatura uma relação entre a informação e os

processos desenvolvidos pelas instituições, sendo que “[...] a informação pode desempenhar

vários papéis de sustentação na tentativa de tornar os processos mais eficientes e eficazes”

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41

(DAVENPORT, 1994, p. 89). Parte-se, assim, da premissa de que “[...] o uso da informação é

a seleção e o processamento das informações, que resultam em novos conhecimentos ou ações.

A informação é usada para responder a uma questão, solucionar um problema, tomar uma

decisão, negociar uma posição ou dar sentido a uma situação” (CHOO, 2003, p. 119). A

informação está presente nos processos desenvolvidos nas instituições e pode ser utilizada para

gerar conhecimentos específicos, aliados com os objetivos propostos pelos processos, fazendo

com que o fluxo informacional faça interlocução com a modelagem de processos.

Dessa maneira, a modelagem dos processos pode e deve ser vista, pelos gestores nas

instituições, como uma perspectiva direcionada também para o fluxo informacional,

evidenciando-se como sucede a utilização da informação, e conciliando-se a execução dos

processos com os respectivos fluxos informais existentes.

O profissional bibliotecário, nesse contexto, é considerado o profissional com perfil

adequado para conciliar o fluxo informacional com os fluxos dos processos, uma vez que possui

capacidade técnica para identificar o fluxo informacional de uma instituição e aliar esse fluxo

à modelagem de processos. Com essa unificação para apresentação dos fluxos, a representação

elaborada irá conter o comportamento da informação fluida, de acordo com o fluxo dos

processos na instituição, refletindo a interligação entre o fluxo processual e informacional na

instituição.

2.3 Gestão de Projeto

Para iniciar a discussão desse conceito, é necessário definir o termo “projeto”, pois é o

principal elemento de estudo na gestão por processos. De acordo com Project Management

Institute PMI (2013), um projeto tem um objetivo específico, tal como: criar um produto,

serviço ou obter um resultado específico advindo de um esforço temporário com início e

término estabelecidos. Em concordância com esta descrição, a norma ISO 10006 define o termo

“projeto” como “[...] um processo único, que consiste em um grupo de atividades coordenadas

e controladas com datas para início e fim, empreendido para o alcance de um objetivo, conforme

requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos” (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2). Mas para que seja possível atingir o(s)

objetivo(s) de um projeto é necessário gerenciar suas atividades com a aplicação de métodos,

ferramentas e técnicas que administram o desenvolvimento das ações necessárias, para o

alcance do objetivo proposto.

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42

A partir da definição acima e segundo o PMI, gestão de projeto é “[...] a aplicação do

conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus

requisitos” (PMI, 2013, p. 5). Em concordância com este conceito, o gerenciamento de projetos

pode ser considerado um conjunto de ferramentas gerenciais, visando auxiliar a instituição no

desenvolvimento de habilidades, incluindo conhecimento e capacidades individuais, destinados

ao controle de eventos únicos e complexos, em relação ao tempo, custo e qualidade num período

predeterminado para alcançar um objetivo específico (VARGAS, 2009). Portanto, a gestão de

projetos é importante para o desenvolvimento de mecanismos, identificando as probabilidades

existentes e analisando os riscos, a fim de realizar intervenções necessárias para que o objetivo

seja atingido.

O guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (guia PMBOK) apresenta

diretrizes e definições de conceitos importantes sobre o tema, tal como a descrição de ações

necessárias para realizar uma gestão de projetos. Essa metodologia não é rígida, pois, segundo

o PMI (2013), os projetos podem ter características e objetivos distintos, além de percursos bem

diversos, mas se alinham às diretrizes apresentadas no guia, por meio do ciclo de vida de um

projeto.

Embora todos os projetos tenham um início e um fim definidos, as entregas e

atividades específicas conduzidas neste ínterim poderão variar muito de

acordo com o projeto. O ciclo de vida oferece uma estrutura básica para o

gerenciamento do projeto, independentemente do trabalho específico

envolvido. (PMI, 2013, p.38)

O ciclo de vida de um projeto tem o objetivo de estruturá-lo de acordo com grupos de

processos que decorrem do início até o seu final. A gestão de projetos se aplica de acordo com

os seguintes grupos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e

encerramento. Cada grupo comporta processos que dão orientação para aplicação de um projeto

de maneira completa, conforme o QUADRO 5, a seguir.

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43

QUADRO 5 -

Grupos e tipos de processos

Grupo de processos Tipos de processos utilizados

Iniciação Processos executados para definir um projeto novo ou uma nova fase de um

projeto existente, por meio da obtenção de autorização para sua iniciação.

Planejamento Processos exigidos para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e

desenvolver o curso de ação necessário para alcançar os objetivos do projeto.

Execução Processos realizados para executar o trabalho definido no plano de

gerenciamento do projeto.

Monitoramento e controle

Processos necessários para acompanhar, analisar e controlar o progresso e o

desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão necessárias

mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes.

Encerramento Os processos são executados para concluir todas as atividades de todos os

grupos de processos, a fim de encerrá-lo formalmente.

Fonte: Elaborado pela autora, com base no Guia PMI 2013.

De acordo com o PMI (2013), no grupo de iniciação, os processos são constituídos por

atividades necessárias para definir o início de um projeto ou uma nova fase. Isso pode ser

oficializado por meio de uma autorização para o início do projeto ou fase, como a apresentação

de termos de abertura, um documento formal que autoriza a existência de um projeto,

identificando o seu gerente e sua autoridade para aplicação dos recursos organizacionais às

atividades do projeto.

A principal ação desse grupo é alinhar as expectativas das partes interessadas, que

consistem em “[...] pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem impactados

por uma decisão, atividade ou resultado do projeto” (PMI, 2013, p. 391), com o objetivo do

projeto ou fase, e ainda apresentar inicialmente a atuação dos envolvidos para atingir o(s)

objetivo(s) proposto(s).

O grupo de planejamento propõe desenvolver o plano de gerenciamento, principal

instrumento para definir as atividades que serão executadas no projeto. Além disso, é

responsável pela elaboração de documentos necessários para guiar as atividades em relação ao

seu propósito e o curso de ação para que consiga atingir o objetivo proposto. “O benefício

principal deste grupo de processos é delinear a estratégia e a tática, e também o curso de ação

ou o caminho para a conclusão do projeto ou fase com sucesso.” (PMI, 2013, p. 55). Outro fator

importante ao grupo de planejamento é a elaboração progressiva das atividades, que consiste

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44

no levantamento das possibilidades para identificar possíveis alterações necessárias com o

intuito de amenizar as adversidades que podem ocorrer durante a execução do projeto.

Em seguida, o guia PMBOK identifica a fase de execução que engloba os processos

necessários para executar o trabalho planejado, para isso é necessário “[...] coordenar pessoas

e recursos, gerenciar as expectativas das partes interessadas, e também integrar e executar as

atividades do projeto em conformidade com o plano de gerenciamento do projeto.” (PMI, 2013,

p. 56). É necessário observar, a partir dos resultados obtidos e durante a execução das tarefas,

algumas demandas que podem ocasionar em realizar atualizações no planejamento e possíveis

mudanças no escopo, cronograma e custos, mantendo foco no(s) objetivo(s) proposto(s).

O guia ainda apresenta, a fase de monitoramento e controle que consiste em “[...]

acompanhar, analisar e organizar o progresso e o desempenho do projeto; identificar quaisquer

áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano; e iniciar as respectivas mudanças” (PMI,

2013, p. 57). Nessa fase é necessário identificar e solucionar os possíveis problemas, que

possam comprometer o andamento do projeto, para isso, se faz necessária a realização da

análise e da medição do desempenho do projeto periodicamente, a fim de realizar ações

corretivas ou preventivas para que o mesmo atinja o(s) objetivo(s) proposto(s).

Em conclusão, a fase de encerramento que “[...] verifica se os processos definidos estão

completos em todos os grupos de processos a fim de encerrar o projeto ou uma fase do projeto,

da forma apropriada, e define formalmente a finalização do projeto ou da fase” (PMI, 2013, p.

57). A importância desta fase deve ser atribuída aos seguintes tópicos: dar ciência do cliente ou

patrocinar, realizar os registros sobre as mudanças ocorridas durante a execução do projeto e

arquivar a documentação do projeto.

No QUADRO 5, os grupos estão identificados de maneira independente, porém, os

processos dos grupos interagem de maneira sobreposta ao longo do projeto, e, às vezes, a

conclusão de um processo em um dos grupos pode ser o que iniciará o processo em outro (PMI,

2013). Para demonstrar como ocorre essa dinâmica, a FIGURA 4 mostra a representação gráfica

das interações entre os grupos dos processos relatados, e permite observar os níveis de

interações entre os grupos de processos identificados na gestão de projetos do PMBOK em

relação ao tempo do ciclo de vida de um projeto.

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45

FIGURA 4 - Interações entre os grupos de processos em um projeto

Fonte: PMI, 2013, p. 419.

As interações representadas na FIGURA 4 podem ocorrer a partir do material produzido

em um grupo de processo e do material necessário para execução de atividades dentro do

próprio grupo de processos ou de outros grupos, com isso pode ocorrer uma sobreposição de

um grupo com outro. Além disso, não é possível relacionar grupos de processos como fases de

um projeto, uma vez que cada fase poderá conter todos os grupos de processos para conduzir

sua atuação (PMI, 2013).

A importância da gestão de projeto, é a base teórica que pode guiar os projetos,

independentemente do tipo ou tamanho da instituição. Esse insumo pode auxiliar a estruturar

as ações para que o alcance de resultados seja positivo.

2.4 Método 5W2H

O método 5W2H permite estruturar um projeto ou atividade a partir de questionamentos

simples cujas respostas possam proporcionar uma visão dos principais aspectos para realizar tal

atividade ou projeto. Segundo Behr, Moro e Estabel (2008, p.39) o método 5W2H “[...] consiste

em uma maneira de estruturarmos o pensamento de uma forma bem organizada e materializada

antes de se implantar alguma solução no negócio.” Assim, o método pode ser considerado

simples e eficaz para ser empregado em instituições com objetivo de alinhar as atividades

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desenvolvidas em busca de soluções. Além disso, o método 5W2H pode ser considerado um

checklist de ações e atividades que devem ser realizadas por uma equipe de trabalho, com

clareza e eficiência para atingir os melhores resultados.

O 5W2H representa as iniciais (em inglês) de sete diretrizes que, quando adequadamente

realizadas, podem eliminar inconsistências ao longo da realização de um projeto. São elas: What

(o que será feito?); Why (por que será feito?); Where (onde será feito?); When (quando?); Who

(por quem será feito?); How (como será feito?); e How much (quanto vai custar?), conforme

FIGURA 5.

FIGURA 5 - Método 5W2H

Fonte: KELBERT (2017)

Para melhorar a compreensão sobre as definições das siglas que compõem o método

citado, segue o QUADRO 6, onde se apresenta a questão em inglês, sua tradução e o

direcionamento que cada questão pode ter. Posteriormente foi detalhado como cada

questionamento foi utilizado nesta pesquisa.

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QUADRO 6 -

Definições dos termos 5W2H

1. What? O que? Ação, problema, desafio.

2. Why? Por quê? Justificativa, explicação, motivo.

3. Who? Quem? Responsável.

4. Where? Onde? Local.

5. When? Quando? Prazo, cronograma.

6. How? Como? Procedimentos, etapas.

7. How much? Quanto? Custos, desembolsos.

Fonte: Nakagawa (2014)

O direcionamento para a resposta à primeira pergunta (o que?) pode ser uma ação,

problema ou desafio, conforme apresentado no QUADRO 6. Nesta pesquisa o direcionamento

seguido será em relação à ação que deverá ser descrita. Com relação à segunda pergunta (por

quê?), será apresentada a justificativa dessa ação, o motivo pelo qual será realizada e qual

objetivo deve ser alcançado. Na terceira (quem?), serão listados os responsáveis por aquela

ação; já na quarta (onde?), será identificado o local físico onde será realizado. Na quinta

pergunta (quando), será identificado o momento da execução em que será desenvolvida a ação

em relação ao todo.

Nas duas últimas questões 2H, (como? e quanto?) cada uma terá o seguinte

direcionamento: na primeira (como?) expõe-se todos os passos que foram realizados nesta ação,

de maneira detalhada. Quanto à última pergunta, (quanto?), o direcionamento para a presente

pesquisa consistirá na identificação das quantificações do tempo em relação ao número de horas

trabalhadas por mês por quem exerceu a ação, o que facilitará o cálculo para quantificar o custo

monetário das atividades.

Originalmente, o método 5W2H foi utilizado para auxiliar a elaboração de projetos

direcionados à melhoria da qualidade dos produtos e serviços. Na área administrativa, segundo

Bassan (2018), essa origem se deu na indústria automobilística, associada à área da gestão da

qualidade de produção de veículos e foi empregado com o propósito de desenvolver um

planejamento estratégico, a fim de organizar as atividades que compõem um processo das

indústrias automobilísticas de maneira a limitar quais e como serão realizadas tais atividades.

Atualmente, esse método é utilizado e aplicado em diversos ramos da administração por

ser descomplicado, eficiente e capaz de auxiliar em diferentes áreas do conhecimento, devido

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48

à sua alta aplicabilidade e didática simples (LIMA JÚNIOR, FREITAS, 2005). Esse método

pode ser utilizado de diversas maneiras para atingir propósitos diferentes, como colocar em

prática uma decisão, ou para a aquisição de um equipamento e na execução de uma atividade

ou de um projeto como um todo (NAKAGAWA, 2014).

Em concordância a essa diversidade de aplicações do 5W2H vários autores

(BARBARÁ, 2012; CAVALCANTI, 2017; SILVA, 2015; PAIM et al., 2009) identificaram

suas aplicações na implementação de melhorias, tais como plano de ações para promover

mudanças, execução de atividades e projetos com intuito de atingir um objetivo específico, ou

ainda como ferramenta para descrever tarefas de modo preciso e objetivo. Nesta pesquisa, a

utilização desse método tem o objetivo de identificar e descrever detalhadamente as atividades

que compõem a metodologia BPM Acadêmico, a partir da análise dos documentos produzidos

pelo projeto de mesmo nome.

A importância do método 5W2H é sua capacidade em contribuir para a segmentação de

tarefas dentro de um processo e a visualização de como elas serão desenvolvidas, fornecendo

uma perspectiva ordenada sobre as atividades desenvolvidas para o alcance de uma finalidade.

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49

3 AMBIENTALIZAÇÃO DA PESQUISA

O objetivo desta seção, consiste em descrever com mais detalhes e precisão o projeto

BPM Acadêmico ECI/UFMG para facilitar o entendimento das atividades que compõem a

metodologia de modelagem de processos utilizada e que também herdou este nome.

3.1 Escola da Ciência da Informação – ECI

A ECI é uma das 20 unidades acadêmicas que pertencem à Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG, 2019), uma instituição federal com autarquia em regime especial, com

sede em Belo Horizonte. Esta unidade oferece três cursos de graduação: Arquivologia,

Biblioteconomia e Museologia, um curso de especialização, ofertado pelo Núcleo de

Informação Tecnológica e Gerencial (NITEG) e os seguintes programas de pós-graduação:

Programa de Pós-Graduação Gestão e Organização do Conhecimento (PPGGOC) e Programa

de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI).

A Escola possui 23 setores, que podem ser classificados de acordo com o tipo de gestão

em que exercem suas responsabilidades. São elas: a) Gestão Executiva composta pela Secretaria

Geral e os seguintes setores: Almoxarifado; Compras; Contabilidade; Patrimônio e Serviços

Gerais; b) Gestão de Tecnologia e Informação, composta pela Biblioteca; Seção de publicação;

Centro de Apoio à Tecnologia da Informação (CATI); Setor de Arquivo e Audiovisual; c)

Gestão de Recursos Humanos: Seção de Pessoal e d) Gestão Acadêmica composta pelo

Departamento de Organização e Tratamento da Informação (DOTI) e o Departamento de

Teorias e Gestão da Informação (DTGI), pelo Centro de extensão (CENEX), o Núcleo de Apoio

à Pesquisa (NAPQ) e três colegiados dos cursos de graduação e dos dois programas de pós-

graduação. Para realizar todos os processos existentes na ECI, ela conta com a lotação de 85

servidores, sendo 43 docentes e 42 técnicos administrativos.

Para ilustrar a estrutura organizacional da ECI, a FIGURA 6 representa o organograma

da escola elaborado pela equipe do projeto BPM Acadêmico em conjunto com os servidores

alocados no setor da Secretaria Geral e validado pela Diretoria da ECI, porém ainda não

publicado oficialmente.

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FIGURA 6 - Organograma da ECI

Fonte: Documentação do Projeto BPM Acadêmico (2017)

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Por meio do organograma da FIGURA 6 é possível visualizar a distribuição e hierarquia

dos setores, bem como identificar quais setores foram contemplados em cada fase pelo projeto

BPM Acadêmico. A definição dos setores modelados em cada fase foi baseada no critério

estratégico da ECI, vinculado com a decisão da diretoria, identificando prioritariamente os

setores que possuem ligação direta com a tomada de decisão e os que possuem processos

finalísticos da ECI.

Assim, a ECI é um exemplo de uma IES pública em que foi aplicada a metodologia

BPM, tendo como resultado o detalhamento dos processos desenvolvidos e a identificação de

possíveis entraves que prejudicam o funcionamento mais eficiente de seus processos, entre

outros.

3.2 Projeto BPM Acadêmico

O BPM Acadêmico foi desenvolvido a partir de um projeto de extensão coordenado

pelas professoras doutoras Elisângela Cristina Aganette e Benildes Coura M. S. Maculan, que

o idealizaram, planejaram e coordenaram. Na ECI, o projeto teve início em outubro de 2017 e

encerrou em dezembro de 2019, com a duração de 27 meses. Na PRORH, foi iniciado em maio

de 2019 e finalizado em agosto de 2020, com duração de 15 meses.

3.2.1 Escopo do projeto

O projeto BPM Acadêmico foi composto por atividades processuais contínuas,

gerenciadas por meio de algumas práticas de gestão de projetos, tendo como escopo a

modelagem e o aperfeiçoamento dos processos vinculados às áreas meio e finalísticas da ECI.

O objetivo principal do BPM Acadêmico consistiu em modelar os processos de negócios e os

fluxos informacionais, bem como descrever e documentar as atividades vinculadas a cada

processo da ECI. De acordo com Aganette, Maculan e Lima (2018), os objetivos do BPM

Acadêmico foram:

● mapear e descrever os processos de negócios da ECI;

● implementar uma metodologia de gestão de processos;

● relatar os principais desafios enfrentados durante o projeto;

● servir de referência para orientar a execução de outros projetos;

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52

● desenvolver cientificamente a abordagem do assunto na Ciência da Informação.

Para alcançar tais objetivos, a coordenação do BPM Acadêmico utilizou-se das

premissas e práticas da gestão de projetos durante as fases do projeto, o que auxiliou no

planejamento, organização, execução, monitoramento e desenvolvimento das atividades. Para

a representação dos processos modelados, utilizou-se de técnicas e melhores práticas de uma

metodologia internacionalmente conhecida e aplicada, a Business Process Management (BPM).

Metodologia esta que influenciou no nome do projeto: BPM Acadêmico.

Ressalta-se que, por se tratar de um escopo amplo, ou seja, uma quantidade

representativa de setores contemplados e da quantidade de pessoas envolvidas, tanto no

planejamento quanto na execução do projeto, foi necessário dividi-lo em fases: sendo uma de

planejamento e quatro de operacionalização. Essas fases foram definidas seguindo o

cronograma acadêmico da UFMG.

3.2.2 Fases do projeto

Cada fase do projeto foi desenvolvida considerando o semestre letivo, com exceção da

fase de planejamento. Dessa forma, o projeto ocorreu conforme as seguintes fases e períodos:

FASE 0: Planejamento - outubro de 2017 a fevereiro de 2018;

FASE 1: Operacionalização - março a julho de 2018;

FASE 2: Operacionalização - agosto a dezembro de 2019;

FASE 3: Operacionalização - março a julho de 2019;

FASE 4: Operacionalização e Encerramento - agosto a dezembro de 2019.

Conforme preconiza o PMBOK, cada uma das fases teve como marco inicial e final,

uma reunião de abertura (kickoff) ou de encerramento, com a finalidade de apresentar o escopo,

objetivos e entregáveis. Além destas reuniões, foram realizadas as reuniões de trabalho e

acompanhamento, conforme definido no cronograma do projeto, sendo previamente agendadas

com os responsáveis pelos setores e com a equipe de gestão e operacionalização. Tais reuniões

tinham como objetivo, atualizar o cronograma do projeto, verificar possíveis atrasos e

principalmente motivar a equipe, evidenciando os resultados alcançados até aquele momento.

A Fase 0, referente ao planejamento, teve como premissa documentar os planos do

projeto, definir o escopo, os objetivos, os requisitos do projeto e criar o seu cronograma geral.

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53

Além disso, foi criado um plano a fim de capacitar e orientar a equipe por meio das fases de

operacionalização do projeto e, ainda, elaborar e apresentar os documentos necessários, aos

órgãos competentes da universidade, para torná-lo um projeto de extensão. Assim, de maneira

sucinta essa fase, buscou: a) aprovação do projeto de acordo com as diretrizes dos órgãos

competentes; b) composição da equipe; c) definição do local físico para operacionalização do

projeto e d) treinamento e capacitação dos integrantes que fizeram parte da equipe do projeto.

Para (a) aprovação do projeto junto aos órgãos competentes, foi necessário: a elaboração

de uma proposta de projeto, com definição dos objetivos, escopo, metodologia, equipe etc.;

cadastro da proposta de projeto no Sistema de Fomento da ECI; submissão da proposta de

projeto à Congregação e à Câmara Departamental da ECI. E finalmente, envio de toda

documentação gerada ao CENEX/UFMG que finalizou o processo, por meio da autorização

para realização e cadastro do projeto no sistema de projetos de extensão. O trâmite dessas ações

durou 70 dias.

No que se refere à (b) composição da equipe, optou-se por separá-la em dois grupos, a

equipe de gestão e a equipe de operacionalização. Sendo a primeira composta por uma

Patronesse; Coordenadora; Subcoordenadora; Gerente do projeto e Analista de processos. E a

equipe de operacionalização composta por Responsáveis Técnicos (RT), que contou com cinco

professoras do Grupo de Pesquisa em Representação do Conhecimento e Recuperação da

Informação de Pesquisa (RECRI) da ECI e bolsistas voluntários, conforme detalhado na

subseção 3.2.3.

Quanto ao (c) local e a estrutura física para realização das atividades rotineiras do

projeto, a direção da ECI disponibilizou uma sala, no prédio da escola, e o grupo de pesquisa

do RECRI emprestou os computadores, impressoras e scanners. Para a instalação de softwares

específicos, teve-se o apoio da equipe de tecnologia da ECI.

No momento de (d) capacitação e treinamento das equipes de gestão e operacionalização

do projeto, optou-se por dividi-lo por temáticas, assim elaborou-se e aplicou-se treinamento

referente aos fundamentos e uso do programa Bizagi Process Modeler e às técnicas iniciais de

modelagem de processos, conforme cronograma previamente definido.

As quatro fases seguintes foram marcadas pela execução das atividades previstas no

cronograma do projeto. Ressalta-se que a metodologia aplicada em cada uma delas foi a mesma,

no entanto, algumas adaptações e melhorias foram realizadas à medida que o projeto foi sendo

colocado em prática. Tais adaptações e melhorias foram feitas em busca de melhor eficiência e

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54

qualidade do projeto. A FIGURA 7, a seguir, apresenta as sete etapas que compõem cada uma

das quatro fases de operacionalização do projeto BPM Acadêmico.

FIGURA 7 - Etapas do projeto BPM Acadêmico - Operacionalização

Fonte: Elaborado pela autora

O detalhamento de cada uma das etapas evidenciadas na FIGURA 7, bem como a

possível identificação de outras etapas integrantes da metodologia BPM Acadêmico foram

estudadas e apresentadas no capítulo 5, conforme objetivo proposto nesta pesquisa.

3.2.3 Equipe do projeto

As duas equipes que compuseram o projeto BPM Acadêmico: equipe de gestão,

responsável pelo planejamento, gerenciamento e monitoramento do projeto e; a equipe de

operacionalização, para a execução das atividades necessárias, estão ilustradas na FIGURA 8.

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55

FIGURA 8 - Equipe do BPM Acadêmico

Fonte: Projeto BPM Acadêmico

A equipe de gestão foi responsável pela definição dos seguintes elementos: os setores a

serem mapeados (juntamente com a direção da ECI); elaboração do planejamento das atividades

a serem executadas; verificação do andamento das atividades; validação da produção da

execução do projeto e administração dos possíveis entraves; realização das reuniões de abertura

e encerramento de cada fase; realização das reuniões de acompanhamento de cada uma das

cinco equipes operacionais; e atualização do cronograma geral e de cada fase do projeto.

A equipe de operacionalização foi dividida em cinco, conforme demonstra a FIGURA

8, sendo cada equipe responsável pela realização das atividades definidas e programadas em

um setor específico, previamente determinado. Assim, cada uma das equipes operacionais foi

composta por um Responsável Técnico (RT), por um ou dois bolsistas e pelo técnico-

administrativo responsável pelo setor. Os RTs foram de fundamental importância para o

desenvolvimento progressivo do projeto, pois atuaram tanto na equipe de gestão quanto na

equipe de operacionalização, com o intuito de, não apenas acompanhar e controlar o

cronograma do projeto, mas, principalmente, capacitar os responsáveis por cada setor,

garantindo, assim, a replicação da metodologia e sua continuidade, mesmo após o encerramento

do projeto.

Page 56: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

56

O número de bolsistas atuantes variou por equipe e por fase do projeto. Isso ocorreu

devido ao volume de processos a serem mapeados em cada setor e, principalmente, por serem

bolsistas voluntários. Durante as quatro fases de operacionalização do projeto, contou-se com

16 bolsistas voluntários, alunos da graduação e da pós-graduação, que atuaram efetivamente

nas seguintes atividades:

● realização de entrevistas com os responsáveis por cada setor contemplado;

● documentação e registro dos conteúdos levantados nas entrevistas, em conjunto

com o responsável pelo setor. Essa atividade, teve como entregável os descritivos

na linguagem do projeto e sua representação gráfica em linguagem BPMN, por

meio do uso do Bizagi Process Modeler;

● treinamento do responsável pelo setor na utilização dos programas de modo correto,

possibilitando atualizações futuras.

A atuação dos servidores técnico-administrativos, responsáveis pelos setores

contemplados foi essencial, já que eles detêm mais conhecimento (tácito e explícito) para

auxiliarem na etapa de levantamento de informações, necessário para se realizar a modelagem

dos processos. Conforme já mencionado, esses servidores foram devidamente treinados e

capacitados na metodologia e no programa utilizado, com o propósito de darem continuidade e

a devida manutenção, no que tange à modelagem de processos. Destaca-se que a qualidade das

informações obtidas em cada setor está proporcionalmente relacionada à dedicação e aderência

ao projeto dos técnico-administrativos responsáveis pelo setor ou departamento.

Contabilizou-se, ao final do projeto, a participação de 55 integrantes (equipe de gestão

e de operacionalização), sendo estes professores, técnico-administrativos, alunos da graduação

e da pós-graduação.

3.2.4 Entregáveis do projeto

O escopo inicial do projeto BPM Acadêmico restringia-se ao mapeamento dos

processos de negócio, vinculados às áreas meio e finalísticas da ECI, escopo este que geraria a

formatação de dois entregáveis: o descritivo e a representação gráfica dos referidos processos

em notação BPMN. No entanto, conforme o projeto foi sendo planejado e executado, seu

escopo sofreu algumas alterações. Alterações que, assim como previsto no guia de gestão de

Page 57: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

57

projetos PMBOK, foram devidamente validadas junto à equipe de gestão do projeto, da qual a

diretora da ECI, patrocinadora e cliente do projeto, era integrante. Diante disso, novos

entregáveis foram elaborados e compuseram os resultados finais, conforme QUADRO 7.

QUADRO 7 -

Entregáveis do projeto BPM Acadêmico

Entregáveis Descrição Quantidade

Cronograma geral do

projeto e de suas fases

Documento de planejamento e controle com a definição e

detalhamento das atividades que foram executadas durante

o período estimado (cronograma geral) e durante o período

de cada fase do projeto. Por meio dos cronogramas, pode-se

controlar sua duração, período de execução e os

responsáveis pelas atividades conforme Anexo B.

5

Matrizes de papéis e

responsabilidades

Consiste em um instrumento de controle, em formato de

tabela, utilizada no alinhamento do nível de envolvimento

da equipe do projeto em cada atividade proposta e ainda

como apoio à gestão e à execução do projeto, por dar

visibilidade aos papéis que cada membro do projeto possui.

Nele tem-se a relação dos responsáveis pelo setor, dos

integrantes do projeto e seus respectivos contatos, conforme

Anexo A.

4

Material de

treinamento

Consiste em um conjunto de documentos usados para

orientar e treinar os envolvidos no projeto para a

modelagem de processos, são eles: um manual de

modelagem de processos utilizando o Bizagi Process

Modeler; modelos de tabelas para realizar as descrições das

atividades nos setores e vídeos tutoriais para prática do

Bizagi Process Modeler.

8

Organograma da ECI Representação gráfica da estrutura da ECI. Permite

visualizar a estrutura da instituição conforme FIGURA 6.

1

Registro de Lições

aprendidas

Documento com o registro do conhecimento adquirido

durante a realização do projeto. Foram identificados pontos

positivos e negativos ao longo de todas as fases do projeto:

planejamento, execução e encerramento, conforme Anexo

F.

10

Descritivos dos

processos

Documento descrito em linguagem natural, em formato de

tabela, referente ao mapeamento dos processos (As Is). O

descritivo é composto pelos seguintes campos: área de

demanda do processo; nome do processo; atividades

vinculadas ao processo; documentos vinculados às

atividades; tempo de execução das atividades e um campo

de observação, para possíveis notas extras, conforme

explicitado no Anexo C.

20

Page 58: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

58

Representação gráfica

dos processos em

notação BPMN

A representação gráfica dos processos em notação BPMN é

elaborada a partir do descritivo dos processos, por meio de

um programa específico de acordo com essa linguagem de

notação, e consiste no desenho dos fluxos dos processos,

atividades e registros informacionais, conforme Anexo D.

511

Manuais dos

processos

Documento formal e sistematizado com todos os processos

mapeados que têm como objetivo a padronização de tal

prática. Contém a representação gráfica do processo e a

descrição de suas atividades, conforme Anexo E.

20

Fontes: Dados da pesquisa

No que se refere à modelagem dos processos, contabilizaram-se 139 processos

mapeados na Fase 1; 176 na Fase 2; 152 processos mapeados na Fase 3; e 44 na Fase 4, somando

um total de 511 processos mapeados. Esse foi um número elevado, pois o principal objetivo foi

documentar todos os procedimentos executados nos setores, para a criação de um documento

oficial que garantisse um padrão para a realização dos processos.

Além dos entregáveis apresentados, a equipe do projeto definiu sua missão, visão e

valores, que são pontos importantes para o contínuo trabalho em busca de uma alta qualidade,

conforme mostra FIGURA 9.

FIGURA 9 - Missão, visão e valores do projeto BPM Acadêmico

Fonte: Projeto BPM Acadêmico

Tendo em vista dar maior visibilidade ao projeto, foi criado um logo que o representasse.

O logo foi elaborado com o auxílio de uma servidora técnico-administrativo da ECI e, a partir

de então, tornou-se a identidade do projeto, conforme FIGURA 10.

Page 59: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

59

FIGURA 10 - Criação do logo do projeto

Fonte: Projeto BPM Acadêmico

Para promover o projeto e facilitar a comunicação com a comunidade acadêmica, criou-

se um perfil5 no Facebook, e ainda o site oficial do BPM Acadêmico6, por meio dos quais foi

feita a divulgação de informações, tais como: informes sobre os objetivos e andamento das

fases, promoção de eventos, seleção de bolsistas, publicação de artigos, participação e

promoção de eventos.

Todos os entregáveis do projeto foram disponibilizados à Diretoria da ECI e aos

respectivos setores envolvidos, com o propósito de orientação e constante atualização. Estes

entregáveis têm servido de insumo para o reconhecimento e a implementação de melhorias na

gestão corporativa, tais como, a eliminação de atividades que burocratizam alguns processos,

tornando-os mais eficientes; a eliminação de processos duplicados realizados por setores

diferentes, definindo-se o setor que iria executá-los; fornecimento do manual de processos

modelados como documento norteador de atividades para novos servidores, com intuito de

facilitar a ambientação às novas atividades, entre outros.

Além disso, o projeto BPM Acadêmico alcançou outros objetivos, conforme

identificado no escopo. Entre eles, desenvolver o tema BPM na Ciência da Informação, e isso

ocorreu por meio da realização de dois eventos promovidos pelo projeto:

● I Encontro do BPM Acadêmico, com o objetivo de apresentar o projeto em

execução para toda a comunidade acadêmica da UFMG e intensificar o debate

científico sobre o tema de BPM, ocorrido em setembro de 2018;

● Minicurso: A construção de uma arquitetura corporativa: arquitetura de processos

de negócio x arquitetura dos sistemas de informação, com a participação do

Professor Doutor Luís Silva Rodrigues do Instituto Superior de Contabilidade e

5 Perfil do Facebook: http://www.facebook.com/bpm.academico.3 6 Site oficial do projeto BPM Acadêmico: http://bpmacademico.eci.ufmg.br

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60

Administração do Porto (ISCAP), Portugal, com objetivo de troca de

conhecimentos e debate científico sobre o tema, ocorrido em novembro de 2018.

Nessa perspectiva, os participantes do projeto também publicaram três artigos

científicos em periódicos; oito resumos para participação em dois eventos da “Semana do

Conhecimento”, desenvolvida pela UFMG, nos anos de 2018 e 2019, com a finalidade de

divulgar os estudos dos bolsistas da iniciação científica e do projeto de extensão; participaram

do III Seminário do Grupo de Pesquisa MHTX, com a apresentação do projeto BPM

Acadêmico, em junho de 2018; elaboraram e apresentaram um banner no evento BPM Day

Minas, realizado pela ABPMP do Brasil, em novembro de 2018; e participaram de três estudos

científicos no 2º Fórum de Pesquisa Discente (FORPED) PPGGOC, em novembro de 2019.

Antes do encerramento do projeto BPM Acadêmico, a metodologia BPM Acadêmico

foi replicada em outra unidade da UFMG, a PRORH. A parceria foi formada durante o primeiro

semestre de 2019, e teve duração de 15 meses, com a seleção e treinamento de estagiários

remunerados para realizar a modelagem de processos. Finalizado em julho de 2020, o projeto

nomeado BPM PRORH/UFMG, resultou num total de 70 processos modelados e a elaboração

de três manuais de processos e fluxos informacionais, realizados em duas divisões da DRH,

conforme mencionado na introdução desta pesquisa.

Esse projeto foi realizado por uma equipe composta por três estagiários e uma professora

da ECI, que atuou como responsável técnica. Devido ao reduzido número de participantes do

projeto BPM Acadêmico, a gestão das atividades, com o planejamento, organização de pessoal,

entre outras ações, foi de responsabilidade dos membros do DRH da UFMG, sendo a execução

das atividades feita pela equipe destinada pelo projeto BPM Acadêmico, em conjunto com

servidores.

O objetivo do BPM PRORH/UFMG consistiu em realizar a modelagem de processos

para facilitar a utilização do sistema SEI. Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão

(2020), o SEI é uma plataforma com módulos e funcionalidades para promover a eficiência

administrativa, por meio de um sistema de gestão de processos e documentos eletrônicos,

eliminando a produção de documentos físicos e facilitando o compartilhamento do

conhecimento. Nesse sentido, a modelagem de processos é um importante passo para que a

utilização desse sistema seja realizada de maneira mais eficiente e completa, mediante às

atividades executadas pelos servidores que atuam nos processos.

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61

Com isso, nota-se que a metodologia BPM Acadêmico pode ser utilizada em diferentes

unidades acadêmicas e setores de uma IES, independente da especificidade dos processos de

negócio e objetivos estratégicos da instituição. No caso deste estudo, tanto o BPM Acadêmico

ECI/UFMG, quanto o BPM PRORH/UFMG, alcançaram resultados positivos com a prática e

a implementação da metodologia de modelagem de processos adotada.

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62

4 METODOLOGIA

A metodologia é o conjunto de métodos científicos e de procedimentos intelectuais e

técnicos usados para atingir o conhecimento, identificando sua verificabilidade de investigação

(GIL, 2008). Neste capítulo é retratada a metodologia adotada no desenvolvimento desta

pesquisa, que tem por objetivo formalizar a metodologia de modelagem de processos BPM

Acadêmico.

Para tanto, este capítulo está organizado em cinco seções: 4.1 caracterização e

delimitação da pesquisa; 4.2 coleta de dados: técnicas da pesquisa documental; 4.3 princípios

da Engenharia Reversa; 4.4 insumos tecnológicos e 4.5 procedimentos metodológicos

aplicados.

4.1 Caracterização e delimitação da pesquisa

No que se refere à natureza da pesquisa, essa se classifica como aplicada, pois seus

resultados têm em vista gerar consequências práticas, a fim de apresentar resoluções para

problemas específicos, tanto na esfera acadêmica, quanto na organizacional (GIL, 2008).

Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva, por descrever o fenômeno em estudo,

estabelecendo possíveis relações com outros conceitos que o envolvem. Em relação à

abordagem de análise, a presente pesquisa se caracteriza como qualitativa, pois tem como

objetivo interpretar os elementos e questões relacionadas ao fenômeno em estudo (GIL, 2008).

O procedimento técnico utilizado é do tipo pesquisa documental, que, segundo Silva e Menezes

(2000), perpassa pela análise de documentos tais como atas, relatórios, contratos, ementas,

ofícios, portarias, entre outros, durante o planejamento e execução de um projeto. Nesta

pesquisa, destaca-se que a documentação do projeto BPM Acadêmico não recebeu tratamento

analítico, podendo ser utilizado para o estudo proposto.

Tendo em vista que, na pesquisa documental, as fontes de informação foram o próprio

objeto de estudo, adota-se, nesta pesquisa, o princípio da engenharia reversa, que consiste no

estudo para o mapeamento daquilo que já foi criado e aplicado. O princípio da engenharia

reversa proporciona o entendimento do funcionamento do objeto, instrumento ou técnica, com

o propósito de identificar possíveis melhorias ou até mesmo produzir algo novo. Assim, tais

princípios auxiliaram no levantamento dos documentos e registros gerados durante as fases de

Page 63: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

63

planejamento e operacionalização do projeto BPM Acadêmico, buscando, assim, formalizar a

metodologia produzida e utilizada.

Para ilustrar a caracterização da presente pesquisa, tem-se a FIGURA 11, que representa

a abordagem, natureza, objetivos e procedimentos adotados.

FIGURA 11 - Caracterização da pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora.

A delimitação da pesquisa se faz necessária para estabelecer o escopo do estudo,

conforme recomendação de Lakatos e Marconi (2010). Nesta pesquisa, as delimitações

seguiram os três níveis propostos por Ander-Egg (1978):

a) quanto ao campo de investigação: metodologias de modelagem de processos;

b) quanto ao objeto de estudo: metodologia BPM Acadêmico - formalização a partir

do levantamento da documentação desenvolvida durante o projeto BPM

Acadêmico;

c) quanto ao nível de investigação: levantamento de dados, sob o pressuposto de que

é possível formalizar a metodologia BPM Acadêmico a partir da exploração e

análise da documentação referente ao projeto desenvolvido na ECI/UFMG.

4.2 Coleta de dados: técnica da pesquisa documental

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64

As técnicas empregadas em uma investigação se constituem como um dos pilares do

desenvolvimento do estudo. Bogdan e Biklen (1994) e Quivy e Campenhoudt (2003) destacam

três técnicas de coleta de dados em pesquisas qualitativas: a observação, a entrevista e/ou

questionário, e a análise de documentos.

Na pesquisa documental, de abordagem qualitativa, “[...] o processo de coleta e análise

dos dados é recursivo e dinâmico, além de ser altamente intuitivo”, conforme afirma Teixeira

(2003, p. 191). Segundo Pádua (1997, p. 62), a “pesquisa documental é aquela realizada a partir

de documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos

(não fraudados) [...]”. Os documentos podem ser utilizados tanto para complementar

informações já parcialmente conhecidas pelo investigador sobre o objeto em estudo, quanto

para serem, eles próprios, foco exclusivo ou central do estudo (BELL, 1993). Assim, os

documentos servem para identificar, verificar e apreciar uma análise científica voltada para

revelar um dado fenômeno ou objeto de estudo.

Em geral, a pesquisa documental é realizada em fontes que ainda não receberam

tratamento analítico, que são aquelas consideradas primárias. Bell (1993), defende que também

é possível incluir documentos considerados secundários na análise, uma vez que a distinção

entre fontes (documentos) primárias e secundárias, às vezes, se torna imprecisa, já que a fonte

pode ser considerada ora primária (documentos oficiais, contratos, diários, gravações), ora

secundária (relatórios de pesquisa, manuais), a depender do ponto de vista da análise. Nesta

pesquisa, esses dois tipos de fontes (primárias e secundárias) serão analisados, incluindo-se os

artigos e resumos expandidos já publicados em periódicos e eventos, desde que tratem,

especificamente, do projeto de extensão BPM Acadêmico desenvolvido na ECI/UFMG.

Na pesquisa documental adotou-se três passos: 1) pré-análise: definição dos objetivos

da pesquisa documental, com a determinação das perguntas a serem respondidas [empregou-se

o método 5W2H], e identificação de fontes de dados; 2) organização do material: determinação

das categorias e tipologias de documentos para análise, e os fichamentos para reunião de

informações sobre os documentos; e 3) análise dos dados coletados: análise e interpretação das

informações coletadas (BELL, 1993).

4.3 Princípios da Engenharia Reversa

A Engenharia Reversa (ER) é uma técnica ou processo que permite entender o

funcionamento de algo (objeto, instrumento, técnica), a fim de melhorar um fenômeno

Page 65: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

65

existente, ou produzir algo novo. O método ainda “[...] constitui na obtenção de informação que

caracteriza e especifica o objeto da ação de ER, identificando seus componentes e seu padrão

de inter-relacionamento” (DIAS, 1998, p. 2). Com isso, o objetivo da ER é identificar as

especificações, tanto de estrutura física como também os requisitos mínimos para a produção

de algo.

Na literatura foi identificado um debate sobre a utilização da ER para a produção de

cópias de um produto ou serviço, porém, o seu objetivo está condicionado a identificar as

variáveis que podem alterar o desempenho do produto ou serviço, pois,

A ER transcende a simples cópia de produtos sob pelo menos dois

aspectos. No que tange ao desenvolvimento ou adaptação de um

produto, o ponto crítico na ER é a formulação de especificações do novo

produto, sendo, para tanto, necessárias atividades de pesquisa e

desenvolvimento. (MURY; FOLIATTO, 2002, p. 6)

Com isso, é possível observar que a aplicação da ER tem o objetivo de descrever o

funcionamento de algo para identificar possíveis melhorias ou adaptações de um produto ou

programa, para atender melhor ao mercado e à sociedade. Assim, essa técnica que, em sua

origem foi “[...] desenvolvida para permitir a manutenção de produtos de hardware ou software

em que não sejam conhecidos seus dados técnicos de criação” (FURTADO; ASSAD, 2012, p.

3), agora já é reconhecida como um modo para se fazer melhorias em produtos, tendo em vista

o seu aperfeiçoamento.

Para realizar uma ER de Software, por exemplo, são necessários dois passos

fundamentais: a) identificar os elementos e as inter-relações que compõem o sistema em análise,

e, b) elaborar uma representação diferente do sistema com qualidade superior (FLORES, 2005).

Ainda sobre sua realização, deve-se observar um padrão a ser seguido que facilite a obtenção

da documentação do projeto, além de agilizar o processo de ER e minimizar as perdas de

informações. Para isso, é necessário seguir tal padrão que pode ser dividido em três elementos:

identificar, organizar e recuperar (KLUG, 2008).

O elemento identificar está correlacionado com a definição do objetivo que se pretende

realizar com a ER, os processos vinculados ao que será analisado e sua utilização. O elemento

organização constitui-se em organizar as informações coletadas, de maneira clara e objetiva,

podendo utilizar-se de diagramas para representar a realização da ER. Finalmente, o elemento

Page 66: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

66

recuperado tem como objetivo identificar os principais requisitos utilizados de acordo com o

que está sendo analisado (KLUG, 2008).

Como princípio, portanto, a técnica de ER não se restringe à engenharia de software ou

hardware, uma vez que “[...] qualquer um que se disponha a analisar algo de forma minuciosa

com o objetivo de entender seu funcionamento, a partir de seus efeitos ou estrutura está fazendo

engenharia reversa” (MERCÊS; CABRAL, [2017]). Várady, Martin e Cox (1997, p. 255,

tradução da autora) afirmam que “enquanto a engenharia convencional transforma conceitos e

modelos de engenharia em peças reais, na engenharia reversa as peças reais são transformadas

em modelos e conceitos de engenharia”7, ou em “modelos de negócios” (STEFANELLI, E. J.

et al, [2010]).

Tanto em relação aos elementos tecnológicos quanto aos modelos de negócio, a ER

parte “[...] de um baixo nível de abstração para um alto nível de abstração” (FURTADO;

ASSAD, 2012, p. 2), como um mecanismo dinâmico e sistêmico de levantamento de

informações para ganho de conhecimento, a partir de três elementos básicos: identificar,

organizar e recuperar. Pensando nos diferentes tipos de modelos de negócio nas organizações,

os “[...] processos de negócio são as partes ativas de uma organização”, e a “[...] modelagem de

processo [...] é usada [...] na engenharia e reengenharia de processos” (MONTEIRO, 2004 apud

MONTEIRO, 2008, p. 21), tendo em vista o conhecimento e melhoramento desses processos.

Assim, a partir dos princípios da ER, pretendeu-se localizar, na documentação gerada

durante o planejamento e a operacionalização do projeto BPM Acadêmico ECI/UFMG, os

elementos (atividades, tarefas) que foram realizados, e ainda perceber as falhas e lacunas para

se propor mudanças e adições necessárias para assim documentar e formalizar a metodologia

BPM Acadêmico, tornando-a mais robusta, completa e replicável, numa reengenharia da

metodologia BPM Acadêmico. A ER, nesse caso, auxiliou a análise e a descrição da referida

metodologia mapeada tendo em vista reconstitui-la, trazendo, assim, melhorias, quando foi o

caso.

4.4 Insumos tecnológicos

Esta pesquisa utilizou dois insumos tecnológicos, o programa Zotero e o Bizagi Process

Modeler. O Zotero auxiliou na organização dos dados referenciais e bibliográficos coletados

7 Original em inglês.

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67

para a fundamentação do referencial teórico-metodológico e na organização dos documentos

referentes ao projeto BPM Acadêmico. Já o programa Bizagi Process Modeler foi utilizado para

a representação gráfica das atividades descritas no percurso metodológico.

4.4.1 Zotero

O Zotero é um programa que atua na organização das referências bibliográficas, a partir

do armazenamento eletrônico de documentos, podendo estes serem, artigos, teses, dissertações,

livros, sites organizacionais, entre outros. Trata-se de “[...] uma ferramenta de pesquisa gratuita

e de código aberto que ajuda a coletar, organizar e analisar pesquisas e compartilhá-las de várias

maneiras” (ZOTERO, 2020).

É uma ferramenta de colaboração capaz de gerenciar as referências bibliográficas, as

citações e o arquivamento de documentos (YAMAKAWA et al., 2014). As características

identificadas deste programa, de acordo com Carreño (2014), são: a) oferecer a possibilidade

de importar outros dados bibliográficos, a partir de outros programas de referência, em

diferentes formatos como Zotero RDF, MODS, Bibtex; b) disponibilizar 7.041 estilos

diferentes para criar citações ou referências bibliográficas como ABNT, Chicago, MLA, APA,

Vancouver; c) possibilitar a identificação de documentos duplicados; d) ter um buscador para

encontrar documentos rapidamente; e) dar a opção aos usuários de se conectarem a um banco

de dados online como ArXiv, CiteSeer, PubMed, para a exportação direta dos documentos

destes bancos de dados para o programa.

Para utilizar o Zotero é necessário anexar a ele os documentos que serão úteis na

elaboração de um estudo, isso pode ser feito a partir da instalação de extensões nos navegadores

Google e Mozilla Firefox que enviam os documentos e dados necessários para a utilização dos

recursos do programa em questão, outra forma é anexar os documentos do próprio acervo digital

que o usuário possua. A partir dos documentos organizados e armazenados no Zotero é possível

estabelecer uma integração com os programas de produção de textos e os documentos inseridos

para a elaboração de citações, notas de rodapé e referências bibliográficas, de acordo com as

normas definidas pelo usuário.

Os documentos usados nesta pesquisa foram divididos em pastas criadas a partir da

estrutura da pesquisa, como: introdução, referencial teórico e metodológico, ambientação da

pesquisa, entre outros, com o objetivo de facilitar a organização e o acesso aos documentos. Na

pasta do referencial teórico e metodológico foi necessário criar subpastas para cada conceito

Page 68: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

68

analisado. Além disso, os documentos recuperados do projeto BPM Acadêmico também foram

inseridos no Zotero para melhor organização e recuperação dos dados necessários.

A FIGURA 12 ilustra a organização das pastas desta pesquisa, por meio do programa

Zotero.

FIGURA 12 - Exposição das pastas no programa Zotero

Fonte: Elaborado pela autora

A importância da utilização deste programa na presente pesquisa foi estruturar a

documentação utilizada para as citações, elaboração do referencial teórico e metodológico e

coleta de dados do projeto BPM Acadêmico. Os critérios para escolha do programa Zotero

foram: ser gratuito, didaticamente autoexplicativo e já ter sido utilizado anteriormente pela

autora desta pesquisa em outros estudos.

4.4.2 Bizagi Process Modeler

O Bizagi Process Modeler é um programa que permite elaborar fluxogramas em notação

BPMN, tal notação é uma das opções para efetuar a modelagem de processos. É um “[...]

software de mapeamento de processos comerciais gratuito, intuitivo e potente” (BIZAGI,

Page 69: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

69

2020). A notação BPMN é utilizada para realizar a modelagem de processos de negócios e

permite estabelecer um padrão para representar os processos em fluxogramas ou diagramas, por

meio de um conjunto de símbolos e regras que permite a ação em diferentes tipos de processos

e níveis de detalhamento (ALMEIDA, 2017).

Segundo Brandão e Costa (2014), o programa permite modelar, documentar e publicar

processos de negócios, utilizando a notação BPMN que podem ser exportados para outros

formatos como: PNG8, DOCX9, PDF10, XPDL11 e Microsoft Visio. Esta exportação permitiu

que o programa gerasse a primeira versão do manual de processos, principal entregável do

projeto BPM Acadêmico, com a possibilidade de editar de acordo com os padrões necessários.

A importância de se utilizar uma notação específica para realizar a modelagem de

processo é definir um padrão que possa ser compreendido e utilizado de modo eficiente como

instrumento de transmissão de conhecimento. Além de mapear processos, o programa também

pode ser utilizado para a criação de mapas mentais, diagramas e fluxogramas de modo geral

(ARAÚJO, FERRO, 2019).

Esse programa foi utilizado tanto no projeto BPM Acadêmico quanto nesta pesquisa por

ser livre, gratuito e de fácil operacionalização, com materiais e cursos disponíveis de maneira

online e gratuita.

4.5 Procedimentos metodológicos aplicados

Nesta seção estão descritos os procedimentos efetivamente aplicados para a

formalização da metodologia BPM Acadêmico que foram sistematizados em sete etapas:

4.5.1 Etapa 1 – Levantamento documental

Nessa etapa foi feito o levantamento documental com a coleta de dados sobre os

documentos que foram produzidos durante o desenvolvimento do projeto BPM Acadêmico, em

relação ao seu conteúdo e tipologia. Para isso foram realizadas as seguintes ações:

a) identificação do local de armazenamento dos documentos a serem analisados;

b) detecção dos documentos produzidos;

8 Portable Network Graphics

9 Document para extension do Microsoft Word

10 Portable Document File

11 XML Process Definition Language

Page 70: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

70

c) seleção dos documentos relacionados com a metodologia BPM Acadêmico;

d) identificação dos elementos necessários para a análise dos documentos

selecionados a fim de recuperar as informações necessários para a formalização da

metodologia.

Além disso, de acordo com os princípios da ER, nesta etapa atendeu-se aos seus três

elementos básicos: identificar, organizar e recuperar, conforme descrito na seção 4.3.

4.5.2 Etapa 2 – Identificação das atividades no projeto BPM Acadêmico.

A etapa 2 foi composta por duas subetapas:

4.5.2.1 Subetapa 1: Identificação e descrição dos documentos selecionados na Etapa 1

Esta subetapa foi realizada a partir das seguintes ações:

a) elaboração de um quadro com a análise dos seguintes itens: fase de produção do

documento; título, tipo, descrição da função do documento; descrição do conteúdo

do documento e atividade relacionada;

b) análise dos documentos de acordo com os itens do quadro elaborado;

c) preenchimento de uma coluna do quadro para a identificação das atividades

executadas no projeto.

4.5.2.2 Subetapa 2: Listagem das atividades identificadas, conforme as subsequentes ações:

a) análise das atividades identificadas na subetapa 1 e seleção das atividades que farão

parte da metodologia BPM Acadêmico;

b) elaboração de uma lista com as atividades identificadas.

4.5.3 Etapa 3 - Aplicação do método 5W2H

A aplicação do método 5W2H ocorreu de acordo com as seguintes ações:

a) elaboração de um quadro para a aplicação do método 5W2H, contendo, na primeira

coluna, a atividade identificada na Etapa 2, e nas outras colunas as sete questões do

método 5W2H (o que?; por quê?; quem?; onde?; quando?; como?; quanto?);

b) análise das atividades a partir das questões do método 5W2H;

Page 71: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

71

c) preenchimento do quadro de acordo com as informações contidas nos documentos e

com sua ocorrência durante o desenvolvimento do projeto.

4.5.4 Etapa 4 – Identificação das atividades referentes ao grupo de processos da Gestão de

projetos do PMBOK

Esta etapa teve o objetivo de identificar as atividades da Gestão de Projetos, a partir do

guia PMBOK e das seguintes ações:

a) identificação e descrição das atividades dos grupos de processos de iniciação,

planejamento, execução, monitoramento e encerramento, pré-definidos no guia

PMBOK, que detalha o nome de cada uma das atividades, com a sua descrição.

b) elaboração de quadros para organizar as atividades que compõem os grupos de

processos do guia PMBOK.

4.5.5 Etapa 5 - Correlacionar as atividades do projeto BPM Acadêmico com as atividades

da Gestão de projetos PMBOK.

O objetivo desta etapa foi correlacionar as atividades desenvolvidas durante o projeto

BPM Acadêmico, mapeadas na Etapa 3, com as atividades referentes ao grupo de processos da

Gestão de Projetos, mapeadas na Etapa 4, a partir das seguintes ações:

a) verificação da ocorrência de equivalência de cada uma das atividades do projeto BPM

Acadêmico em relação às atividades do grupo de processos do guia PMBOK;

b) classificação de cada atividade do projeto BPM Acadêmico como:

● identificada - caso a atividade tenha ocorrido;

● não identificada - se não houve ocorrência de equivalência entre as atividades

do Guia PMBOK e do projeto BPM Acadêmico;

c) estabelecimento de uma correlação entre as atividades do Guia PMBOK com as

atividades do projeto BPM Acadêmico, colocando-as lado-a-lado, dentro de uma

mesma linha no quadro;

d) consolidação das atividades do projeto BPM Acadêmico, de acordo com os grupos

de processos definidos no PMBOK: (1) identificação das atividades que ocorreram

na correlação; (2) elaboração de um quadro com os grupos de processos do guia

PMBOK e as atividades definidas da metodologia BPM Acadêmico.

Page 72: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

72

4.5.6 Etapa 6 - Indicar os requisitos e recomendações dos programas empregados no projeto

BPM Acadêmico

Nesta etapa o objetivo foi identificar os programas utilizados pelo projeto BPM

Acadêmico, apresentar os requisitos e indicar as recomendações, por meio das seguintes ações:

a) elaboração de um quadro com cada programa utilizado no projeto BPM Acadêmico,

para expor os requisitos e as recomendações da atividade;

b) identificação dos requisitos necessários nos programas utilizados pelo projeto para a

execução das atividades identificadas;

c) indicação de recomendações de outros programas para obtenção do mesmo resultado

desenvolvido pelo projeto.

4.5.7 Etapa 7- Formalização da metodologia BPM Acadêmico

O objetivo desta etapa foi apresentar a metodologia BPM Acadêmico, a partir do

conhecimento produzido nas etapas anteriores, para isso foram realizadas as seguintes ações:

a) elaboração de um quadro com a estrutura orientada pelo PMBOK (iniciação,

planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento) de acordo com

ordem cronológicas das ações;

b) identificação da ordem das atividades;

c) identificação das atividades que compõem a metodologia BPM Acadêmico;

d) detalhamento da atividade;

e) indicar um exemplo ocorrido no projeto BPM Acadêmico.

A FIGURA 13 demonstra, graficamente, os procedimentos metodológicos em

linguagem BPMN, aplicados na presente pesquisa.

Page 73: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

73

FIGURA 13 - Procedimentos metodológico aplicados na pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora.

Page 74: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

74

5 RESULTADO E DISCUSSÕES

Nesta seção são apresentados os resultados obtidos nas seis etapas descritas nos

procedimentos metodológicos e discussões acerca de cada uma.

5.1 Resultado da Etapa 1 - Levantamento documental

Para realizar o levantamento dos documentos produzidos no projeto BPM Acadêmico

foi necessário acessar a estrutura de assuntos criada no Google Drive pela equipe do projeto.

Tal estrutura comportou toda a documentação que foi produzida sendo dividida em pastas, de

acordo com os seguintes temas: Planejamento do projeto; Capacitação e treinamento;

Operacionalização do projeto; Site do projeto; Banco de imagens e Eventos, conforme

apresenta a FIGURA 14.

FIGURA 14 - Estrutura de assuntos na pasta compartilhada do projeto BPM Acadêmico

Fonte: Dados do projeto BPM Acadêmico, elaborado pela autora.

A pasta 1, nomeada Planejamento do Projeto, é composta por documentos elaborados

e utilizados tanto na fase 0 de planejamento quanto nas fases de operacionalização do projeto.

A referida pasta possui subpastas que abarcam assuntos específicos tais como: apresentação e

aprovação do projeto de extensão; cronogramas de trabalho; equipe do projeto; organograma

da ECI e reuniões em geral.

A pasta 2, nomeada Capacitação e Treinamento, possui conteúdo referente aos

treinamentos e às técnicas de modelagem utilizadas para capacitar a equipe.

Page 75: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

75

A pasta 3, nomeada Operacionalização do Projeto, possui uma subpasta referente a

cada uma das 4 fases da operacionalização do projeto, tendo mais 4 subpastas para o

arquivamento dos documentos produzidos em cada fase, contendo os seguintes nomes: Etapa 1

- Descritivos dos processos (contendo as versões produzidos dos descritivos); Etapa 2 –

Mapeamento dos processos (contendo as versões dos fluxogramas dos processos); Lições

Aprendidas; e Manuais (contendo as versões dos manuais). Em cada uma destas pastas, existe

uma subdivisão referente aos setores que fizeram parte das respectivas fases do projeto.

A pasta 4, nomeada Site do Projeto, refere-se às imagens, textos, organogramas, tabelas

utilizadas para a construção do site do projeto e o documento referente ao controle de atividades,

utilizado para identificar as atividades necessárias para o desenvolvimento do site e o

responsável por sua execução.

A pasta 5, nomeada Banco de imagens, armazena as imagens para a divulgação no site,

logotipos e apresentações.

Finalmente, a pasta 6, nomeada Eventos, possui os conteúdos referentes aos eventos que

a equipe do projeto organizou e dos quais participou.

Ressalta-se que, para a gestão dos conteúdos produzidos, utilizou-se a estrutura de

pastas do projeto BPM Acadêmico, disposta no Google Drive. E para seu controle, por

solicitação do CENEX, adotou-se a plataforma do Sistema de Informação da Extensão

(SIEX/UFMG), “um sistema on-line de dados e informação da Pró-Reitoria de Extensão da

UFMG. Tal sistema permite o registro e a visualização das ações e produções de extensão da

Universidade, inclusive de forma georreferenciada.” (UFMG, 2020). Por meio do SIEX foi

possível atualizar as informações sobre a descrição do projeto de extensão, equipe, parcerias,

abrangência, ações vinculadas, resultados alcançados e situação do projeto durante suas cinco

fases, até o seu encerramento.

A partir da análise dos conteúdos e dos dados dispostos nos ambientes apresentados, foi

possível acessar, selecionar e analisar a documentação necessária para a identificação das

atividades que compuseram a metodologia de modelagem de processos BPM Acadêmico. Para

atingir tal propósito, de maneira sucinta, desconsiderou-se três pastas da estrutura apresentada

na FIGURA 12, que não estão dentro do escopo desta pesquisa. São elas: a pasta 4, referente

ao site do projeto; a pasta 5, referente ao banco de imagens, com documentos para a divulgação

do projeto; e a pasta 6, referente ao banco de eventos, por conter documentos relacionados aos

debates científicos.

Page 76: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

76

5.2 Resultado da Etapa 2 - Identificação das atividades no projeto BPM Acadêmico

Para apresentar o resultado desta etapa 2 foi necessário dividi-la em duas subetapas:

uma com o levantamento e a descrição dos documentos identificados, e a outra com a

identificação das atividades.

5.2.1 Subetapa 1: Identificação e descrição dos documentos:

Para a apresentação do resultado desta subetapa foi elaborado o QUADRO 8, que

contém as seguintes informações dos documentos analisados: o título do documento; a fase do

projeto em que o documento foi elaborado; o tipo de documento; a descrição do conteúdo; a

função do documento; e a atividade relacionada para a produção de tais documentos analisados.

Page 77: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

77

QUADRO 8 -

Identificação e descrição dos documentos analisados do projeto BPM Acadêmico

Item Título do

documento

Fase do

projeto

(produção)

Tipo de

documento

Descrição do conteúdo do

documento

Descrição da função Atividade relacionada

1. Matriz Projeto de

Extensão

Modelagem de

Processo ECI.

Fase 0 Matriz do

projeto

Descrição detalhada do projeto

com escopo, metodologia,

execução e cronograma das

atividades.

Orientar o planejamento e a

operacionalização do projeto.

Definir escopo do projeto

BPM Acadêmico.

2. Folha de Rosto para

pesquisa envolvendo

seres humanos.

Fase 0 Termo de

compromisso

Declaração para consciência e

cumprimento dos requisitos da

resolução CNS466/12.12

Documentar a aprovação do

projeto de extensão em relação

à pesquisa envolvendo seres

humanos (regulamento da

UFMG).

Cumprir a legislação em

relação à documentação

exigida para projeto de

extensão.

3. Aprovação de ações

de extensão pela

câmara

departamental.

Fase 0 Ofício Aprovação para a execução do

projeto de acordo com a Câmara

Departamental13 da ECI

Documentar a aprovação do

projeto de extensão pelo

departamento da ECI.

Cumprir a legislação em

relação à documentação

exigida para projeto de

extensão.

4. Aprovação de ações

de extensão pela

congregação ou

órgão de deliberação

superior da unidade.

Fase 0 Ofício Aprovação para a execução do

projeto de acordo com a

congregação14 da ECI.

Documentar a aprovação do

projeto de extensão pela

Congregação da ECI.

Cumprir a legislação em

relação à documentação

exigida para projeto de

extensão.

12

Resolução elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde, para apresentar diretrizes e normas regulamentares que devem ser cumpridas nos projetos de pesquisa envolvendo

seres humanos para atender aos fundamentos éticos e científicos (BRASIL, 2012). 13

Órgão de caráter consultivo e deliberativo sobre assuntos de natureza administrativa (UFMG, 2000). 14 Congregação é o órgão de deliberação superior da Unidade Acadêmica, competindo-lhe supervisionar a política de ensino, pesquisa e extensão (UFMG, 200).

Page 78: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

78

Item Título do

documento

Fase do

projeto

(produção)

Tipo de

documento

Descrição do conteúdo do

documento

Descrição da função Atividade relacionada

5. Termo de

consentimento livre e

esclarecido.

Fase 0 Termo de

consentimento

Declaração sobre a coleta,

depósito, armazenamento e

descarte de materiais

desenvolvidos pelos membros da

equipe do projeto em questão.

Documentar a aprovação do

termo TCLE para o projeto de

extensão.

Cumprir a legislação em

relação à documentação

exigida para projeto de

extensão.

6. Parecer

consubstanciado do

COEP.15

Fase 0 Parecer Aprovação do projeto de

extensão pelo COEP.

Apresentar conclusões ou

pendências e listas de

inadequações que devem ser

realizadas para aprovação do

projeto.

Elaborar documento oficial

para início do projeto –

Termo de Abertura.

7. Reunião de

acompanhamento

com a diretoria da

ECI.

Ao longo

das fases

Ata de reunião

de

acompanhamen

to

Descrição do local, hora e data;

seus participantes; os assuntos

debatidos e as decisões tomadas,

bem como seus respectivos

responsáveis pela execução.

Registrar os dados e as

informações relevantes da

reunião.

Identificar e coletar os

requisitos das partes

interessadas; coletar o

engajamento das partes

interessadas.

8. Cronograma geral do

projeto.

Fase 0 Ofício Descrição das principais

atividades a serem executadas,

como prazos e envolvidos.

Documentar as orientações

gerais do projeto.

Elaborar o cronograma geral

do projeto.

9. Plano de trabalho de

orientação e

iniciação científica

para as bolsistas.

Fase 0 Plano de

trabalho

Apresentação das metas, ações,

resultados esperados e

cronograma das atividades

executadas pelas bolsistas para

elaboração do edital.

Nortear os trabalhos

realizados pelos bolsistas.

Planejar o gerenciamento

dos recursos humanos.

15

Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG, é encarregado da avaliação ética de qualquer projeto de pesquisa envolvendo seres humanos (UFMG, 2017).

Page 79: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

79

Item Título do

documento

Fase do

projeto

(produção)

Tipo de

documento

Descrição do conteúdo do

documento

Descrição da função Atividade relacionada

10. Edital para seleção

de bolsistas.

Fase 0 Edital Apresentação dos critérios que

irão reger o processo seletivo de

bolsistas voluntários.

Normatizar a seleção de

candidatos para o

recrutamento de bolsistas

voluntários.

Mobilizar a equipe de

projeto.

11. Reunião de abertura

do projeto.

Fase 0 Slides Apresentação do escopo, a

metodologia e os resultados

esperados.

Apresentar o projeto para as

partes interessadas.

Orientar e gerenciar o

trabalho do projeto.

12. Manual de

modelagem de

processos com

Bizagi Modeler.

Ao longo

das fases

Manual Apresentação do texto contendo

a padronização adotada de

fluxogramas de processos

utilizando o Bizagi Process

Modeler pela Secretaria de

planejamento do Estado de

Goiás.

Orientar e treinar os

envolvidos na utilização do

programa Bizagi Process

Modeler.

Desenvolver a equipe do

projeto.

13. Vídeos tutoriais

sobre Bizagi .

Fase 0 Vídeos Material de treinamento para

utilização do programa Bizagi.

Realizar o treinamento da

equipe de operacionalização.

Desenvolver a equipe do

projeto.

14. Modelo de tabelas

para realizar as

descrições das

atividades nos

setores.

Fase 0 Planilha Seleção de modelos na literatura

para a realização do mapeamento

das atividades, tendo em vista

elaborar um modelo próprio.

Descrever as atividades a

partir do modelo da planilha.

Desenvolver a equipe do

projeto.

15. Organograma ECI. Ao longo

das Fases

Imagem Documento que formaliza a

organização dos setores,

departamentos e hierarquias que

compõem a ECI.

Definir quais setores serão

modelados nas distintas fases

do projeto.

Planejar o gerenciamento

dos recursos humanos.

Page 80: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

80

Item Título do

documento

Fase do

projeto

(produção)

Tipo de

documento

Descrição do conteúdo do

documento

Descrição da função Atividade relacionada

16. Matriz de papéis e

responsabilidades.

Fases 1 a 4 Planilha Formulário com os envolvidos

no projeto, seus papéis,

responsabilidades e dados para

contato, conforme Anexo A.

Documentar a organização dos

recursos humanos de acordo

com a fase em execução.

Planejar o gerenciamento

dos recursos humanos.

17. Cronograma por

fases do projeto.

Fases 1 a 4 Ofício Definição das ações e dos prazos

para realização das fases,

conforme anexo B.

Apresentar as atividades, os

prazos de execução e os

responsáveis em cada fase.

Elaborar o cronograma de

cada fase e criação de

estrutura analítica do

projeto.

18. Reuniões de abertura

das Fases.

Fases 1 a 4 Slides Slides com as principais

informações sobre a fase

correspondente.

Apresentar os objetivos e a

metodologia a ser adotada

para os envolvidos, sendo o

evento que marca o início das

fases.

Mobilizar a equipe do

projeto.

19. Descritivos dos

processos.

Fases 1 a 4 Tabela Informações sobre os processos,

conforme Anexo C.

Identificar as principais

informações para elaborar o

fluxo de processos.

Mobilizar a equipe do

projeto.

20. Mapa dos

fluxogramas dos

processos.

Fases 1 a 4 Imagem A representação visual dos

fluxogramas conforme Anexo D.

Realizar o mapeamento dos

processos.

Mobilizar a equipe do

projeto.

21. Reuniões de

acompanhamento

para validação dos

descritivos e dos

mapas dos processos.

Fases 1 a 4 Ofício Apresentação do que foi

produzido e avaliação da

coordenação sobre o andamento

das atividades.

Validar o trabalho que foi

realizado.

Monitorar e controlar o

trabalho do projeto.

Page 81: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

81

Item Título do

documento

Fase do

projeto

(produção)

Tipo de

documento

Descrição do conteúdo do

documento

Descrição da função Atividade relacionada

22. Reuniões de

acompanhamento

com o grupo de

gestão.

Fases 1 a 4 Atas de

reuniões de

acompanhamen

to

Descrição do local, hora e data;

seus participantes; os assuntos

debatidos e as decisões definidas

e os respectivos responsáveis

para execução.

Registrar os dados e as

informações relevantes da

reunião.

Acompanhar e atualizar os

cronogramas; estimar os

recursos das atividades;

identificar e planejar o

gerenciamento do escopo e

dos riscos.

23. Manuais dos

processos.

Fases 1 a 4 Manual Informações e imagens contidas

nos descritivos e dos

fluxogramas.

Reunir os resultados do

descritivo e dos fluxos de

processos.

Elaborar os Manuais.

24. Reunião de

encerramento da

fase.

Fases 1 a 4 Slides Metas atingidas durante o

projeto.

Identificar e registrar o que foi

produzido durante a fase

terminada.

Encerrar a fase.

25. Lições aprendidas. Fases 1 a 4 Tabelas Registro de situações e

acontecimentos que ocorreram

durante as fases de planejamento

e execução do projeto.

Orientar as equipes durante o

desenvolvimento do projeto,

tendo em vista manter as

melhores práticas.

Realizar o controle integrado

de mudanças.

26. Reunião de

Encerramento do

Projeto.

Fase 4 Slides Apresentação dos resultados

obtidos em toda a trajetória do

projeto BPM Acadêmico.

Registrar e apresentar aos

envolvidos o percurso e os

resultados alcançados pelo

projeto.

Encerrar o projeto.

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.

Page 82: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

82

A partir da exposição e descrição dos documentos gerados no projeto (QUADRO

8), foi possível identificar as atividades desenvolvidas ao longo do projeto BPM Acadêmico

e o vínculo de cada atividade com seu respectivo documento. Ao total foram analisados 26

documentos localizados na pasta compartilhada conforme descrição na Etapa 1.

Os documentos 11,18, 24 e 26, descritos no QUADRO 8 (ata de reunião de abertura

geral do projeto, atas das reuniões de abertura e encerramento de cada uma das cinco fases

do projeto e a ata da reunião de encerramento geral do projeto, respectivamente), englobam

duas atividades, a primeira referente à elaboração da apresentação do conteúdo em

PowerPoint para a reunião final e, a segunda, ao registro das informações geradas durante

a reunião em si. Na Etapa 3 foi possível identificar os desdobramentos das atividades para

estes documentos.

Além disso, é importante constatar que algumas atividades realizadas durante o

projeto não resultaram na elaboração de documentos específicos, pois foram decisões,

verificações ou sugestões produzidas em reuniões. Essas atividades foram identificadas na

apresentação dos resultados da Etapa 5. A identificação dessas atividades só foi possível

pelo envolvimento e participação direta das autoras desta pesquisa no projeto BPM

Acadêmico.

5.2.2 Subetapa 2: Listar as atividades identificadas do projeto BPM Acadêmico

Essa subetapa teve como objetivo a identificação das atividades desenvolvidas

durante as fases do projeto BPM Acadêmico, para isso, foi necessário analisar as atividades

identificadas na subetapa 1. A partir da análise, com objetivo de manter o escopo da

presente pesquisa foram excluídas as atividades que não tiveram relação direta com a

modelagem de processos, que se referem aos itens 2 a 5 do QUADRO 8. Essas atividades

foram desenvolvidas de acordo com exigências específicas para a aprovação de um projeto

de extensão na ECI, podendo ser modificadas de acordo com as diretrizes de cada unidade

acadêmica, universidade ou outro tipo de instituição, assim como por mudança no tipo de

escopo do projeto que se pretende executar.

Na subetapa anterior foram analisados 26 tipos de documentos, conforme exposto

no QUADRO 8; desses, quatro foram desconsiderados por não estarem de acordo com a

metodologia BPM Acadêmico, conforme explicação anterior. Obteve-se, ao final, 22 tipos

de documentos nos quais foram identificadas 24 atividades. São elas:

Page 83: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

83

1. definir o escopo do projeto;

2. elaborar termo de abertura do projeto;

3. identificar e coletar os requisitos das partes interessadas;

4. constatar o engajamento das partes interessadas;

5. elaborar o cronograma geral do projeto;

6. planejar o gerenciamento dos recursos humanos (plano de trabalho dos

bolsistas);

7. mobilizar a equipe do projeto (com relação ao processo seletivo dos bolsistas);

8. controlar e gerenciar as comunicações;

9. orientar e gerenciar o trabalho do projeto;

10. treinar a equipe do projeto;

11. planejar o gerenciamento dos recursos humanos (organograma);

12. planejar o gerenciamento dos recursos humanos (matriz de responsabilidades);

13. mobilizar a equipe do projeto (a respeito da importância do projeto);

14. mobilizar a equipe do projeto (com relação à produção dos descritivos);

15. mobilizar a equipe do projeto (a respeito da produção dos fluxogramas);

16. monitorar e controlar a execução do projeto;

17. acompanhar e atualizar cronograma geral e por fases;

18. elaborar o cronograma de cada fase e criar estrutura analítica do projeto;

19. estimar os recursos das atividades;

20. identificar e planejar o gerenciamento do escopo e dos riscos;

21. elaborar os manuais de processos;

22. encerrar a fase;

23. realizar o controle integrado de mudanças; e

24. encerrar o projeto.

É importante destacar que uma atividade pode gerar ou estar relacionada a um ou

mais documentos, como é o caso da atividade 10, “treinar a equipe do projeto”, que tem

relação direta com três documentos distintos: Manual de modelagem de processos do

programa Bizagi Process Modeler; vídeos tutoriais para treinamento do referido programa;

e os descritivos dos processos. Os três documentos têm relação com a atividade de

desenvolvimento da equipe, e se referem ao treinamento realizado.

Page 84: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

84

Como também ocorreu na atividade denominada “mobilizar a equipe do projeto”,

que foi utilizada em quatro situações, porém produziram documentos para diferentes

contextos são eles: o edital do processo seletivo dos bolsistas voluntários; as reuniões de

abertura das fases; a produção dos descritivos e dos fluxogramas dos processos mapeados.

Contém uma diferença em relação à questão anterior pois se refere ao mesmo termo, porém

corresponde a documentos com contextos diferentes.

Também é possível que um documento seja composto por mais de uma atividade,

tais como as reuniões de acompanhamento do projeto com a diretoria da ECI ou com a

equipe de gestão, para a tomada de decisões, entre outras questões para o desenvolvimento

de distintas atividades. Todas essas atividades compõem o mesmo documento: as atas das

respectivas reuniões.

Além disso, foi identificada uma atividade que não produziu um documento

específico, a atividade 8 “controlar e gerenciar as comunicações” que consiste na

construção da estrutura de pastas compartilhadas e a utilização de aplicativos e programas

para a comunicação dos integrantes da equipe do projeto. Mesmo assim, tal atividade foi

identificada para que fosse possível a aplicação do método 5W2H em todas elas.

5.3 Resultado da Etapa 3 - Aplicação do método 5W2H

Nessa etapa, o objetivo é a descrição das atividades identificadas na Etapa 2,

aplicando-se, para isso, o método 5W2H em cada uma das 24 atividades. Para apresentar o

resultado dessa aplicação, foi elaborado o QUADRO 9, que apresenta, em cada coluna,

uma questão do método 5W2H, com a resposta dos respectivos questionamentos de modo

sucinto.

Page 85: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

85

QUADRO 9 -

Aplicação do método 5W2H nas atividades do Projeto BPM Acadêmico

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

1) Definir o

escopo do

projeto.

Elaborar os

objetivos que

deverão ser

alcançados, os

envolvidos e as

principais ações

para execução do

projeto.

Para documentar as

diretrizes e os

objetivos do projeto,

de modo claro e

objetivo, para sua

apresentação em

busca de aprovação

dos envolvidos.

Coordenador

do projeto.

Sem local

específico.

No início do

projeto.

Definir os objetivos que se

pretende alcançar de acordo com

as necessidades identificadas;

definir os envolvidos para sua

execução e o percurso utilizado

para alcançar os objetivos

propostos com uma descrição

detalhada do projeto.

30 horas

trabalhadas

por

professor

adjunto.16

2) Elaborar o

termo de

abertura do

projeto.

Elaborar documento

oficial que

representa

aprovação de um

projeto de extensão.

Para documentar o

início dos trabalhos

do projeto de

extensão.

Comissão que

aprova os

projetos de

extensão da

UFMG.

A aprovação

é enviada

via sistema

(online).

Após a

validação dos

documentos

exigidos para

um projeto de

extensão.

Analisar a documentação enviada

pela Comissão Coordenadora,

que confere se está de acordo

com a legislação vigente e enviar

o parecer.

De 90 a 120

dias.17

3) Identificar e

coletar os

requisitos das

partes

interessadas.

Identificar os

envolvidos no

projeto: toda

comunidade

acadêmica da ECI e

da UFMG e suas

necessidades para

que seja alinhado

Para garantir que as

necessidades

estratégicas e

operacionais sejam

alinhadas aos

objetivos do projeto,

já que os resultados

influenciam a todos os

envolvidos.

Coordenadora

do projeto e a

direção da ECI.

Sala da

diretoria.

Após a

definição do

escopo, para a

apresentação

do projeto

para a direção

da ECI.

Acompanhar, por meio de uma

reunião com a coordenação do

projeto e a diretoria da ECI, para

a apresentação do escopo e a

definição das partes interessadas.

4 horas

trabalhadas

por

professor

adjunto e

diretora.

16

No projeto BPM Acadêmico a figura da coordenadora foi exercida por uma professora adjunta da ECI, isto é, uma professora efetiva, concursada pela UFMG. 17

A quantificação foi representada por Dias, pois os profissionais responsáveis pela a produção do documento fazem parte da comissão de projetos de extensão da UFMG, não

sendo possível quantificar com exatidão os profissionais envolvidos e o tempo necessário.

Page 86: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

86

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

com os objetivos

propostos.

4) Constatar

engajamento

das partes

interessadas.

Avaliar como

desenvolveu o

engajamento das

partes interessadas

com a equipe do

projeto.

Para identificar

possíveis problemas

ou solucionar entraves

para o

desenvolvimento do

projeto.

Coordenadora

do projeto e a

direção da ECI.

Sala da

diretoria.

Durante o

andamento

das fases de

operacional

(ou de acordo

com a

necessidade).

Realizar reunião de

acompanhamento com a

coordenação do projeto e a

diretoria da ECI, para a

apresentação dos entraves e

definição das soluções para o

melhor desenvolvimento do

projeto.

16 horas

trabalhadas

por

professor

adjunto e

diretora.

5) Elaborar

cronograma

geral do

projeto.

Elaborar tabela

contendo as

atividades devidas, o

tempo gasto e os

responsáveis por sua

execução.

Para organizar as

atividades em relação

ao período proposto e

os responsáveis pelas

ações.

Equipe de

gestão do

projeto.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Após a 1ª

reunião com a

diretoria da

ECI.

Estimar as principais atividades;

o tempo necessário para sua

execução; prazo para execução

do projeto e os possíveis

responsáveis para executar cada

atividade.

20 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.18

6)Planejar o

gerenciamento

de recursos

humanos.

Identificar as

pessoas necessárias

para a execução do

projeto e quais

atividades deverão

realizar

Para orientar as

atividades que

deverão ser feitas

pelas bolsistas.

Coordenador

do projeto.

Auditório da

ECI.

Logo após a

seleção das

bolsistas.

Definir as metas, as ações, os

resultados esperados pelas

bolsistas e o cronograma das

atividades.

15 horas

trabalhadas

por

professor

adjunto.

18

A equipe de gestão foi formada por uma patronesse: a diretora da ECI; coordenadora e subcoordenadora do projeto: professoras adjuntas da ECI; gerente do projeto: aluno

da pós-graduação PPGGOC/ECI e analista de processos: aluna da graduação em biblioteconomia. Todos são voluntários.

Page 87: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

87

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

7) Mobilizar a

equipe do

projeto.

Elaborar o edital e

realizar o processo

seletivo das

bolsistas

voluntárias.

Para formar a equipe

de operacionalização

para execução do

projeto.

Equipe de

gestão do

projeto e

servidores da

secretaria da

ECI.

Auditório da

ECI.

Ao final da

Fase 0.

Elaborar edital e sua publicação,

a partir das diretrizes de um

processo seletivo para bolsistas

voluntárias; apuração dos

inscritos; realização de

entrevistas e dinâmicas de grupo

para seleção das bolsistas e a

divulgação dos resultados da

seleção.

15 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

8) Controlar e

gerenciar as

comunicações.

Controlar e

gerenciar as

comunicações entre

os integrantes do

projeto adotando

instrumentos ou

programas para sua

gestão.

Para uma fluida

comunicação e

desenvolvimento do

projeto, foram

utilizados

instrumentos que

garantiriam isso,

sendo necessário

identificar e gerenciar

tais instrumentos.

Equipe de

gestão do

projeto.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao final da

Fase 0.

Acompanhar as etapas criando

pasta compartilhada no Google

Drive conforme apresentada na

etapa 1, com o acesso de todos os

documentos do projeto, sendo

gerida para a atualização

documental; a definição da

utilização do aplicativo

WhatsApp para a comunicação

informal entre os integrantes e o

e-mail como comunicação

formal.

30 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

9) Orientar e

gerenciar o

trabalho do

projeto.

Orientar e gerenciar

a produção e a

realização da

reunião de abertura

do projeto para ECI.

Apresentação geral do

projeto para

conhecimento de

todos os envolvidos,

principalmente os

bolsistas e os

responsáveis pelos

setores da ECI.

Equipe de

gestão do

projeto.

Auditório da

ECI.

Antes de

iniciar as

fases de

operacionaliz

ação.

Identificar as principais

informações do projeto como os

objetivos, os integrantes das

equipes, os papéis e as principais

atividades. Em paralelo era

enviado o convite para os

envolvidos e realizada a reunião

em local e hora definida.

8 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão; 2

horas de

reunião com

todos os

envolvidos.

Page 88: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

88

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

10) Treinar a

equipe do

projeto.

Capacitar e orientar

a equipe de

operacionalização

para utilização do

programa Bizagi

Process Modeler e

as planilhas de

descritivos dos

processos.

Impossibilidade de

executar a modelagem

de processos sem

conhecimento

específico prévio dos

instrumentos de

execução das

atividades.

A coordenadora

do projeto

realizou o

treinamento da

equipe de

operacionalizaç

ão e tal equipe

repassou os

conhecimentos

aos servidores

dos setores.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico e

nos setores

de atuação

do projeto.

Entre o final

da fase 0 e

início de cada

fase de

operacionaliz

ação.

A partir do material sobre o

Bizagi Process Modeler,

disponibilizado na pasta

compartilhada (texto e vídeos), as

bolsistas foram instruídas

teoricamente e com treinamento

presencial foi realizada a prática

e o esclarecimento de dúvidas.

Também foi ensinada a maneira

correta de preenchimento da

planilha de descritivo.

30 horas

trabalhadas

por

professor

adjunto e

bolsistas.

11) Planejar o

gerenciamento

dos recursos

humanos.

Identificar os setores

que participaram da

fase correspondente,

a partir da análise do

organograma da

ECI.

Como o projeto

possui uma equipe

pequena, foi

necessário limitar 5

(cinco) setores por

fases para atingir o

objetivo final.

Equipe de

gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao início de

cada fase.

A partir da reunião de

acompanhamento com a equipe

de gestão, analisando a demanda

de cada setor, com as

necessidades da direção da ECI.

4 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

12) Planejar o

gerenciamento

dos recursos

humanos.

Definir os papéis e

as responsabilidades

de cada um dos

envolvidos de cada

fase.

Para identificar e

apresentar quais

responsáveis técnicos

e bolsistas iriam atuar

em quais setores.

Equipe de

gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao início de

cada fase.

A partir da definição dos setores

que participariam da fase e seus

respectivos responsáveis era

definido, em reunião, quais

responsáveis técnicos e quais

bolsistas iriam atuar em quais

setores, para preenchimento da

Matriz de responsabilidade

conforme Anexo A.

2 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

Page 89: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

89

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

13) Mobilizar a

equipe do

projeto

(importância do

projeto).

Organizar a reunião

de abertura da fase.

Para apresentar os

setores envolvidos

naquela fase, a

metodologia

empregada, os

objetivos esperados e

o esclarecimento de

dúvidas.

Equipe de

gestão, equipe

de

operacionaliza-

ção, e os

responsáveis

pelos setores

envolvidos.

No auditório

da ECI.

Início de cada

fase.

A equipe de gestão elabora a

apresentação para reunião com os

seguintes tópicos: os objetivos a

serem alcançados, as equipes de

atuação nos respectivos setores,

as atividades a serem executadas,

o prazo geral para execução e os

resultados obtidos. Em paralelo

era enviado o convite para os

envolvidos e realizada a reunião

em local e hora definidos.

8 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão; 2

horas de

reunião com

todos os

envolvidos.

14) Mobilizar a

equipe do

projeto (para a

produção dos

descritivos).

Realizar o

preenchimento da

planilha com a

descrição dos

processos.

Para documentar a

descrição detalhada

de cada processo

executado no setor

envolvido, para que

tal documento possa

orientar na elaboração

dos fluxogramas.

Equipe de

operacionalizaç

ão e os

responsáveis

pelos setores.

Nos setores

definidos

para cada

fase.

De acordo

com o período

pré-definido

no

cronograma

do projeto.

É marcado um horário entre a

equipe de operacionalização e os

responsáveis de cada setor para

preencherem a planilha de

descritivo conforme Anexo C.

Foram necessárias pelo menos

quatro entrevistas, em que o

servidor explicava o

desenvolvimento dos processos e

o bolsista preenchia a planilha

explicando como deveria ser

feito tal preenchimento.

96 horas de

trabalho da

equipe de

operacionali

zação e dos

servidores

técnico-

administrati

vo ao longo

do projeto.

15) Mobilizar a

equipe do

projeto (para a

produção dos

fluxogramas).

Produzir o

fluxograma em

linguagem BPMN,

no programa Bizagi

Process Modeler.

Para atingir o objetivo

proposto no projeto e

produzir o manual dos

processos dos setores.

Equipe de

operacionalizaç

ão e os

responsáveis

pelos setores.

Nos setores

definidos

para cada

fase.

Após a

validação do

descritivo e

de acordo

com o período

pré definido

Para executar essa atividade, foi

necessária a instalação do

programa Bizagi Process

Modeler nos computadores dos

servidores e a criação de um

login para sua utilização, bem

96 horas de

trabalho da

equipe de

operacionali

zação e dos

servidores

Page 90: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

90

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

no

cronograma

do projeto.

como uma apresentação inicial

do programa. Depois ocorreram

entrevistas entre a equipe de

operacionalização e os

responsáveis de cada setor para

elaborar os desenhos no

programa conforme

exemplificado no Anexo D.

técnicos

administrati

vos ao longo

do projeto.

16) Monitorar e

controlar a

execução do

projeto.

Reunir para a

validação dos

descritivos e dos

fluxogramas.

Para monitorar e

acompanhar o

desenvolvimento do

projeto.

Equipe de

gestão, equipe

de

operacionalizaç

ão e os

responsáveis

pelos setores

envolvidos.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Quinze dias

após início da

produção dos

descritivos e

dos

fluxogramas.

Na elaboração do cronograma

foram definidas reuniões de

validação dos descritivos e dos

fluxogramas para monitorar e

auxiliar na correta execução da

descrição e na elaboração dos

fluxogramas.

52 horas

trabalhadas;

todos os

envolvidos.

17)

Acompanhar e

atualizar o

cronograma.

Identificar possíveis

entraves que podem

atrapalhar o

cronograma e,

assim, o andamento

do projeto, a partir

de diversas reuniões

ao longo do projeto.

Para alinhar as

atividades de acordo

com decisões da

coordenação do

projeto e buscar

soluções para os

entraves identificados.

Equipe de

Gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao longo do

projeto, de

acordo com a

demanda de

alinhamento.

A partir da identificação de

alguns entraves eram realizadas

reuniões de acompanhamento

para diagnosticar e encontrar

soluções.

68 horas

trabalhadas;

equipe de

gestão ao

longo da

fase.

18)

Cronograma

das fases e

criação de

Realizar o

planejamento das

atividades no

Para organizar as

atividades necessárias

de acordo com o

Equipe de

gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

Início de cada

fase.

A partir da elaboração do

cronograma de cada fase,

conforme Anexo B.

14 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

Page 91: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

91

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

estrutura

analítica do

projeto.

período determinado

para cada fase.

período estipulado

para executá-las.

acadêmico e

remotament

e.

19) Estimar os

recursos das

atividades.

Identificar os

materiais e

programas

necessários para

execução do projeto.

Para que seja possível

uma organização de

como os recursos

foram utilizados.

Equipe de

Gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Na fase 0. Em reuniões da equipe de gestão,

junto com a avaliação de outras

questões.

4 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão.

20) Identificar

e planejar o

gerenciamento

do escopo e dos

riscos.

Identificar o

desenvolvimento do

escopo e os

possíveis riscos que

podem atrapalhar o

andamento do

projeto, a partir de

diversas reuniões ao

longo do projeto.

Para alinhar as

atividades de acordo

com decisões da

coordenação do

projeto e buscar

soluções para os

entraves identificados.

Equipe de

Gestão.

Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao longo do

projeto, de

acordo com a

demanda de

alinhamento.

Identificar entraves que surgiram,

como a ausência de um servidor

ou de bolsistas; dificuldades em

executar as atividades. A partir

da identificação dessas questões

era realizada uma reunião para

diagnóstico e para encontrar

soluções.

68 horas

trabalhadas;

equipe de

gestão ao

longo da

fase.

21) Elaboração

dos manuais.

Elaborar os Manuais

(em formato PDF).

Para formalizar num

documento, a

descrição e os

fluxogramas dos

processos analisados.

Bolsistas. Laboratório

do

RECRI/BP

M

acadêmico.

Ao final de

cada fase.

A partir dos fluxogramas

produzidos no Bizagi, foi

possível gerar um documento

editável que foi padronizado de

acordo com as definições do

projeto.

14 horas

trabalhadas;

bolsistas.

22)

Encerramento

da fase.

Organizar reunião

de encerramento da

fase.

Para apresentar aos

envolvidos daquela

fase, os resultados

Equipe de

gestão, equipe

de

Auditório da

ECI

Ao final de

cada fase.

A apresentação produzida pela

equipe de gestão com os

resultados obtidos nas fases e as

7 horas

trabalhadas

pela equipe

Page 92: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

92

Atividade O que? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?

obtidos, os pontos de

atenção e formalizar o

encerramento da fase.

operacionalizaç

ão, e os

responsáveis

pelos setores

envolvidos.

soluções encontradas para os

entraves identificados. Em

paralelo foi enviado o convite

para os envolvidos e realizada a

reunião em local e hora definida.

de gestão; 2

horas de

reunião com

todos os

envolvidos.

23) Realizar o

controle

integrado de

mudanças.

Elaborar planilha

contendo perguntas

sobre a execução do

projeto.

Para esclarecer como

estão sendo

empregadas as

atividades do projeto

e suas dificuldades.

Bolsistas. Sem local

específico.

Ao final de

cada fase.

A partir da planilha das lições

aprendidas, com questões

predefinidas, as bolsistas

responderam aos

questionamentos, sendo possível

identificar as dificuldades

encontradas.

8 horas;

analistas ao

longo do

projeto.

24) Encerrar o

projeto.

Organizar reunião

de encerramento do

projeto.

Para apresentar a

todos os envolvidos

do projeto e

convidados, os

procedimentos e os

objetivos alcançados

pelo projeto.

Equipe de

gestão, equipe

de

operacionalizaç

ão,

responsáveis

pelos setores

envolvidos e

convidados.

No auditório

da ECI.

Ao final do

projeto.

Apresentação produzida pela

equipe de gestão para reunião,

enviados os convites para os

envolvidos e realizada a reunião

em local específico.

7 horas

trabalhadas

pela equipe

de gestão

para elaborar

a reunião; 2

horas de

reunião com

todos os

envolvidos.

Fonte: elaborado pela autora com base em dados da pesquisa.

Page 93: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

93

A elaboração do QUADRO 9 teve como objetivo apresentar, de maneira sucinta, os

desdobramentos das principais atividades identificadas no projeto BPM Acadêmico. Cada

atividade tem um objetivo específico, para atender requisitos do planejamento, execução e

monitoramento.

Vale ressaltar que o projeto não contou com um financiamento específico para sua

execução, assim, na última coluna (quanto), que geralmente é utilizada para identificar o custo

financeiro para a execução da atividade analisada, foi identificado o tempo em horas,

despendido na tarefa (valor da hora-salário de acordo com o cargo mencionado na tabela do

servidor público) do membro da equipe que foi designado para executar a atividade descrita

para que assim, fosse possível encontrar um valor monetário.

5.4 Resultado da Etapa 4 - Identificação das atividades referentes ao grupo de processos

da Gestão de projetos do PMBOK

Nesta etapa, foram identificadas 47 atividades, de acordo com o guia PMBOK,

agrupadas da seguinte maneira:

a) iniciação: 2 atividades;

b) planejamento: 24 atividades;

c) execução: 8 atividades;

d) monitoramento e controle: 11 atividades;

e) encerramento: 2 atividades.

5.5 Resultado da Etapa 5 - Correlacionar as atividades do projeto BPM Acadêmico com

as atividades da Gestão de projetos PMBOK

A partir das diretrizes estabelecidas na Etapa 4, foi possível elaborar cinco quadros (10,

11, 12, 13 e 14) com a finalidade de apresentar a correlação existente entre as atividades

sugeridas no PMBOK, as atividades e os documentos desenvolvidos na metodologia do BPM

Acadêmico.

Para isso cada quadro foi elaborado a partir de cada grupo de processos do PMBOK:

a) QUADRO 10: Grupo de processos de Iniciação;

b) QUADRO 11: Grupo de processos de Planejamento;

c) QUADRO 12: Grupo de processos de Execução;

Page 94: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

94

d) QUADRO 13: Grupo de processos de monitoramento e controle; e

e) QUADRO 14: Grupo de processos de encerramento.

Para cada grupo de processos apresentado no guia PMBOK elaborou-se um quadro,

contendo os seguintes tópicos:

a) grupo de processos;

b) atividades de acordo com o guia PMBOK;

c) descrição das atividades;

d) ocorrência da atividade - projeto BPM Acadêmico;

e) atividade correlacionada com o projeto BPM Acadêmico;

f) o item que corresponde ao documento identificado no Quadro 8.

O projeto BPM Acadêmico, conforme já mencionado, baseou-se em algumas práticas

do guia PMBOK para organização, execução e controle das atividades. Isso fez com que a

metodologia BPM Acadêmico tivesse uma base de gestão alinhada ao guia PMBOK, porém

sem um detalhamento exaustivo.

O guia PMBOK é exaustivo ao detalhar os processos, com intuito de abarcar todas as

esferas necessárias para um planejamento efetivo. Porém, isso não obriga os gestores de projeto

a usarem todo seu arcabouço metodológico disponibilizado. Assim, para o projeto BPM

Acadêmico, utilizou-se apenas das atividades e documentos propostos pelo guia PMBOK, que

foram necessários, uma vez que a quantidade de atividades e documentos elaborados por um

projeto, ou o nível de detalhamento dos processos, pode variar de acordo com o tipo de projeto,

com a instituição e com objetivo proposto.

O QUADRO 10 abarca duas atividades vinculadas ao início do projeto, e as respectivas

ações que as compõem, tendo como principal objetivo a abertura oficial de um projeto.

.

Page 95: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

95

QUADRO 10 -

Grupo de processos de iniciação

Grupo de

processos

Iniciação

Atividades propostas

pelo Guia PMBOK

Descrições das atividades Ocorrência da

atividade - BPM

Acadêmico

Atividade – BPM

Acadêmico

Documento

correspondente –

BPM Acadêmico

1. Desenvolver o termo de

abertura do projeto

Desenvolver um documento que

autoriza a existência de um projeto ou

fase e inicia a autonomia da atuação do

gerente do projeto.

Identificada Elaboração do termo de

abertura.

Termo de abertura, item

6.

2. Identificar as partes

interessadas

Identificar as pessoas, grupos ou

organizações que podem impactar ou

serem impactadas pelas atividades s do

projeto.

Identificada Reunião de

acompanhamento para

apresentação do projeto para

diretoria da ECI.

Ata de reunião de

acompanhamento com

a diretoria da ECI, item

7.

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa e no PMI (2013).

Page 96: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

96

A atividade 1 “Desenvolver o termo de abertura do projeto” foi correlacionada com

a documentação produzida para aprovação pelo departamento e pela congregação da ECI/

UFMG, do projeto de extensão BPM Acadêmico. E a atividade 2 “Identificar as partes

interessadas” ocorreu em uma reunião com a Diretoria da ECI para apresentar o projeto e

definir a prioridade dos setores da ECI em relação aos setores contemplados em cada fase

do projeto, além de definir a equipe do projeto, composta por servidores técnico-

administrativos, professores e alunos, da graduação e da pós-graduação.

No QUADRO 11, identificaram-se as atividades que compõem o grupo de

processos referente ao grupo do planejamento do PMBOK, sendo o principal documento o

plano de gerenciamento do projeto, uma vez que a partir dele pode-se definir, preparar e

coordenar outros planos auxiliares, como planejar o gerenciamento de escopo, cronograma,

custos, a qualidade, recursos humanos, comunicação, riscos, aquisições e partes

interessadas.

Page 97: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

97

QUADRO 11 -

Grupo de processos de planejamento

Atividades de acordo com o Guia

PMBOK

Descrições das atividades Ocorrência da

atividade -

BPM

Acadêmico

Atividade – BPM

Acadêmico

Documento

correspondente –

BPM Acadêmico

Grupo de

processos de

Planejamento

1. Desenvolver o plano de

gerenciamento do projeto.

Definir, preparar e coordenar as ações do

projeto de modo geral.

Identificada Elaborar o cronograma

geral do projeto.

Cronograma geral do

projeto, item 8.

2. Planejar o gerenciamento do

escopo.

Elaborar um plano de gerenciamento do escopo

para documentar como ele será definido,

validado e controlado.

Identificada Elaborar o cronograma

geral do projeto.

Cronograma geral do

projeto, item 8.

3. Coletar os requisitos. Identificar os requisitos das partes interessadas

ao objetivo do projeto.

Identificada Reunião de

acompanhamento para

apresentação do projeto

para a diretoria da ECI.

Ata da reunião de

acompanhamento com

a diretoria da ECI,

item 7.

4. Definir escopo. Desenvolver uma descrição detalhada do

projeto.

Identificada Definir escopo do projeto. Matriz do projeto,

item 1.

5. Criar a estrutura analítica do

projeto.

Subdividir as entregas e o trabalho do projeto

em componentes menores.

Identificada Desenvolver o cronograma

das fases.

Cronograma das fases,

item 17.

6. Planejar o gerenciamento do

cronograma.

Estabelecer as políticas, os procedimentos e a

documentação para os demais grupos de

processo.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão, item

22.

7. Definir atividades. Identificar e documentar as ações específicas a

serem realizadas.

Identificada Desenvolver o cronograma

das fases.

Cronograma das fases,

item 17.

Page 98: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

98

8. Sequenciar as atividades. Identificar e documentar os relacionamentos

entre as atividades do projeto.

Identificada Desenvolver o cronograma

das fases.

Cronograma das fases,

item 17.

9. Estimar os recursos das

atividades.

Estimar os tipos e a quantidade de material,

recursos humanos, equipamentos ou

suprimentos que serão necessários.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião da

equipe de gestão, item

22.

10. Estimar as durações das

atividades.

Estimar o número de períodos de trabalho que

serão necessários para as atividades específicas

com os recursos estimados.

Identificada Desenvolver o cronograma

geral e de cada fase.

Cronograma geral do

projeto, item 8 e

Cronograma das fases,

item 17.

11. Desenvolver o cronograma. Analisar o sequenciamento das atividades, suas

durações, recursos necessários e restrições.

Identificada Desenvolver o cronograma

geral e de cada fase.

Cronograma geral do

projeto, item 8 e

Cronograma das fases,

item 17.

12. Planejar o gerenciamento dos

custos.

Estabelecer as políticas, os procedimentos e a

documentação necessária para o planejamento,

gerenciamento, desembolso e controle dos

custos do projeto.

Não

identificada19 - -

13. Estimar os custos. Estimar os custos dos recursos monetários

necessários para as atividades.

Não

identificada - -

14. Determinar o orçamento. Agregar os custos estimados das atividades para

estabelecer uma linha de base de custos

autorizada.

Não

identificada - -

15. Planejar o gerenciamento da

qualidade.

Identificar os requisitos de qualidade do projeto

e suas entregas.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião de

acompanhamento da

19 As atividades que não foram identificadas no projeto BPM Acadêmico serão apresentadas e descritas na etapa 7, formalizações da metodologia.

Page 99: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

99

equipe de gestão, item

22.

16. Planejar o gerenciamento dos

recursos humanos.

Identificar e documentar os papéis,

responsabilidade, habilidades necessárias e

relações hierárquicas do projeto.

Identificada Desenvolver a matriz de

responsabilidades dos

envolvidos por fase.

Organograma item 15

e matriz de

responsabilidade, item

16.

17. Planejar o gerenciamento das

comunicações.

Desenvolver uma abordagem apropriada e um

plano de comunicação do projeto.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata -reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão, item

22.

18. Planejar o gerenciamento dos

riscos.

Definir como conduzir as atividades de

gerenciamento dos riscos de um projeto.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão, item

22.

19. Identificar os riscos. Determinar os riscos que podem afetar o projeto

e a documentação de suas características.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão, item

22.

20. Realizar a análise qualitativa

dos riscos.

Priorizar os riscos posteriormente à análise

combinando a sua probabilidade de ocorrência

e impacto.

Não

identificada - -

21. Realizar a análise quantitativa

dos riscos.

Analisar numericamente o efeito dos riscos

identificados nos objetivos gerais.

Não

identificada - -

22. Planejar as respostas aos

riscos.

Desenvolver opções e ações para melhorar as

oportunidades e reduzir as ameaças aos

objetivos do projeto.

Identificada Reunir a equipe de gestão. Ata da reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão, item

22.

Page 100: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

100

23. Planejar o gerenciamento das

aquisições.

Documentar as decisões de compras do projeto,

especificando a abordagem e identificando

fornecedores em potencial.

Identificada Adquirir programa para

elaborar os fluxogramas

projeto.

Cronograma das fases,

item 17.

24. Planejar o gerenciamento das

partes interessadas.

Desenvolver estratégias apropriadas de

gerenciamento para engajar as partes

interessadas de maneira eficaz.

Identificada Elaborar a reunião de

abertura das fases do

projeto.

Reunião de abertura

do projeto, item 11.

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa e no PMI (2013).

Page 101: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

101

No projeto BPM Acadêmico, o documento que apresentou o plano de

gerenciamento de maneira objetiva, foi o cronograma geral do projeto, sendo identificadas

as principais atividades, os prazos, as diretrizes e as etapas necessárias para atingir o

objetivo proposto. Tendo como correspondente os itens 1 e 2, desenvolver o plano de

gerenciamento e planejar o gerenciamento do escopo.

Além do cronograma geral, foram elaborados cronogramas específicos para cada

uma das quatro fases de operacionalização do projeto, e tais atividades estão

correlacionadas com os itens 7, 8, 10, 11 e 23 e tratam, respectivamente, do tempo para sua

execução, dos recursos necessários para executá-las e da estimativa de tempo para execução

das atividades de acordo com o cronograma. O modelo de cronograma utilizado no projeto

BPM Acadêmico, está disposto no Anexo B. Ressalta-se que o cronograma foi elaborado

usando o Word, processador de texto produzido pela Microsoft Office, uma vez que o

projeto não contou com recursos financeiros para compra de licença de um programa para

gerenciamento do projeto. Essa aquisição teria facilitado sobremaneira a gestão do mesmo,

pois o programa permite atualizar o cronograma em tempo real e de modo automatizado,

ver quais atividades estão em atraso e se algum integrante da equipe está sobrecarregado

ou ocioso, entre outros controles e acompanhamentos.

Já as atividades referentes ao item 4, definir o escopo, foram executadas para a

produção de um documento, a matriz do projeto que consta das principais diretrizes,

objetivos e especificações necessárias para definir um projeto de extensão.

As reuniões de abertura, acompanhamento e encerramento, tanto do projeto como

um todo, quanto de cada uma de suas fases, foram as atividades que mais tiveram correlação

com as atividades de planejamento, expostas no QUADRO 11, por se abordar de atividades

ligadas às tomadas de decisão, às estimativas e ao planejamento do projeto. Para cada tipo

de reunião, houve um propósito a ser alcançado no projeto BPM Acadêmico, conforme

detalhado a seguir:

a) Reuniões de abertura (de projeto e de fase): também conhecida como reunião

de kick-off, consistiram em reuniões com todos os envolvidos no projeto para

apresentar e alinhar os detalhes do mesmo. Foram apresentadas, ajustadas e

validadas questões como: restrições, prazos, entregáveis, cronograma, recursos

e equipe. Foram momentos de extrema importância, pois pôde-se esclarecer

dúvidas e alinhar entendimentos.

Page 102: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

102

b) Reuniões de acompanhamento de projeto: estas reuniões foram realizadas para

verificar o andamento do projeto como um todo e em cada uma de suas fases

em específico. Vários tipos de reunião de acompanhamento foram realizados,

como: reunião de acompanhamento com a equipe; reunião de acompanhamento

com a diretoria; reunião de acompanhamento com os servidores envolvidos

diretamente com o projeto e reunião de status report.

c) Reunião de encerramento (de projeto e de fase): também conhecida como

reunião de entrega do projeto, foi realizada em duas partes: i) realizou-se

primeiro uma reunião com o coordenador, o gerente de projeto e a equipe do

projeto com o intuito de revisar o documento de lições aprendidas e validar toda

documentação de projeto; ii) em seguida realizou-se a segunda reunião de

encerramento, composta por toda a equipe de gestão e de operacionalização do

projeto, com o patrocinador e com todos os responsáveis pelos setores

envolvidos, para revisar o escopo do projeto e formalizar seu encerramento.

O item 16, planejar o gerenciamento dos recursos humanos, teve correlação com o

projeto BPM Acadêmico no que se refere à elaboração da matriz de papéis e

responsabilidades, documento que contém a identificação dos papéis, responsabilidades e

habilidades necessárias aos membros da equipe do projeto. A matriz ainda identifica cada

membro da equipe de operacionalização, de acordo com o setor a ser mapeado, conforme

Anexo A, que consiste em um modelo adaptado do guia PMBOK, para as necessidades do

projeto BPM Acadêmico.

No item 23, referente ao planejamento do gerenciamento de aquisição, a correlação

com o projeto BPM Acadêmico encontra-se nas atividades referentes à escolha do

programa Bizagi Process Modeler para a representação gráfica dos processos, na definição

em quais computadores seriam instalados tal programa e na escolha de quem faria a

instalação. No guia PMBOK essas atividades são detalhadas como a compra de produtos e

a identificação de fornecedores, ações que não foram necessários no projeto BPM

Acadêmico.

Por fim, pode-se observar que cinco atividades propostas pelo PMBOK, não foram

identificadas no projeto BPM Acadêmico, trata-se dos itens 12, 13 e 14, referentes às

atividades planejar o gerenciamento dos custos, estimar os custos e determinar o orçamento.

Essas atividades estão relacionadas aos custos monetários necessários para a execução de

um projeto, por se tratar de um projeto de extensão, foi executado por ações voluntárias,

não tendo a necessidade de discutir tais questões.

Page 103: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

103

Os itens 20 e 21, também não foram identificados, uma vez que abordam a

necessidade de analisar os riscos de maneira qualitativa e quantitativa, atividade que não

foi executada no projeto BPM Acadêmico. Tais itens, no entanto, irão compor a

formalização da metodologia BPM Acadêmico, para atender a diferentes situações de

aplicação da metodologia.

Já no QUADRO 12, são detalhadas as atividades que compõem o grupo de

processos em relação à execução do projeto, identificando quais são as principais diretrizes

necessárias para uma execução de maneira eficiente e de acordo com os objetivos do

projeto.

Page 104: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

104

QUADRO 12 -

Grupo de processos de execução

Grupo de

processos de

execução

Atividades de acordo com o

Guia PMBOK

Descrições das atividades Ocorrência da

atividade -BPM

Acadêmico

Atividade – BPM

Acadêmico

Documento correspondente –

BPM Acadêmico

1. Orientar e gerenciar o

trabalho do projeto.

Liderar e realizar o trabalho definido no

plano de gerenciamento do projeto.

Identificada Mobilizar a equipe para a

produção dos descritivos,

do fluxograma e dos

manuais.

Descritivo dos processos, item

19; fluxograma dos processos,

item 20 e elaboração dos

manuais, item 23.

2. Realizar a garantia de

qualidade.

Realizar a auditoria dos requisitos de

qualidade e dos resultados das mediações

de controle de qualidade.

Identificada Acompanhamento do

responsável técnico em

relação aos documentos

produzidos pelo projeto.

Documento não identificado.

3. Mobilizar a equipe do

projeto.

Confirmar a disponibilidade dos recursos

humanos e obtenção da equipe necessária

para atingir o objetivo proposto.

Identificada Marcar e realizar as

entrevistas com os

servidores responsáveis

pelo setor a ser mapeado.

Edital para seleção de bolsistas

item 10 e reunião de abertura

das fases item 18;

4. Treinar a equipe do projeto. Realizar a melhoria de competências, da

interação da equipe e do ambiente global

da equipe.

Identificada Reuniões de

acompanhamento da

coordenação com a

equipe de

operacionalização.

Manual de modelagem de

processos com Bizagi Modeler,

item 12; vídeos tutoriais sobre

Bizagi, item 13 e modelo de

tabelas para realizar as

descrições das atividades nos

setores, item 14.

5. Gerenciar a equipe do

projeto.

Acompanhar o desempenho dos

membros da equipe, dar o feedback,

resolver problemas e gerenciar

mudanças.

Identificada Monitoramento e auxílio

fornecido pela analista

(equipe de gestão) para a

equipe de

operacionalização.

Documento não identificado.

Page 105: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

105

6. Gerenciar as comunicações. Criar, coletar, distribuir, armazenar,

recuperar e disponibilizar as informações

do projeto.

Identificada Disponibilizar as

informações do projeto

nos locais pré-definidos.

Documento não identificado.

7. Conduzir as aquisições. Obter respostas de fornecedores. Identificada Instalação do programa

Bizagi nos computadores

dos responsáveis pelo

setor.

Cronograma das fases, item 17.

8. Gerenciar o engajamento

das partes interessadas.

Comunicar e trabalhar com as partes

interessadas para atender às suas

necessidades.

Identificada Reuniões com a diretoria

da ECI.

Ata da reunião com a diretoria

da ECI, item 7.

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa e no PMI (2013).

Page 106: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

106

No QUADRO 12, a atividade disposta no item 1, trata-se de orientar e gerenciar o

trabalho do projeto tendo correlação com a atividade do projeto BPM Acadêmico referente

à modelagem de 511 processos organizacionais da ECI. Essa modelagem foi possível a

partir de recorrentes encontros entre os responsáveis pelos setores e a equipe de

operacionalização do projeto, com intuito de elaborar os descritivos dos processos e seus

respectivos fluxogramas, conforme apresentados nos anexos C e D.

Na atividade “realizar a garantia de qualidade dos resultados” (item 2), no projeto

BPM Acadêmico, era de responsabilidade da equipe de professores, incumbida em revisar

os documentos e os entregáveis elaborados pela equipe operacional de cada setor

contemplado. A atividade tinha como objetivo orientar e garantir a qualidade técnica dos

documentos elaborados e dos entregáveis previstos. Ressalta-se que não foi gerado um

documento que a evidencie diretamente, no entanto pode-se identificá-la por meio das

várias versões existentes, dos descritivos dos processos, da representação destes e dos já

citados manuais.

A atividade disposta no item 3, mobilizar a equipe do projeto, foi correlacionada ao

processo seletivo realizado para compor a equipe de operacionalização e às reuniões de

abertura de cada uma das fases do projeto, uma vez que nestes momentos, o contato direto

entre a equipe de operacionalização e os responsáveis pelos setores da ECI contemplados

naquela fase foi formalizado. Essa atividade possibilitou a validação das datas, previstas no

cronograma para realização dos encontros de elaboração dos entregáveis do projeto.

No item 4, treinar a equipe do projeto, refere-se às atividades direcionadas para a

capacitação e treinamento da equipe de operacionalização, com a seleção e disponibilização

de conteúdos teóricos e práticos de acordo com os programas e modelos que foram

escolhidos para executar as atividades do projeto. Já o item 5, gerenciar a equipe do projeto,

contou com o apoio integral da analista de processos que realizava o monitoramento das

atividades junto às bolsistas voluntárias e as auxiliava nos casos de imprevistos ou

dificuldades nas questões relacionadas à execução de suas tarefas.

A atividade de gerenciar as comunicações do item 6 correlaciona-se com a atividade

do projeto BPM Acadêmico, uma vez que foi criada uma estrutura hierárquica de pastas,

onde se compartilhou todo o conteúdo produzido durante as fases de planejamento e

operacionalização do projeto, conforme FIGURA 12. Tanto os membros da equipe de

gestão, quanto de operacionalização tiveram acesso aos referidos conteúdo do projeto. Toda

Page 107: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

107

comunicação do projeto referente a agendamentos de reuniões, contatos com os

responsáveis pelos setores e as equipes do projeto, foi formalizada por meio do e-mail, do

projeto. A equipe do projeto utilizou o aplicativo WhatsApp para comunicação mais direta

e informal.

O item 7, conduzir as aquisições, que segundo o guia PMBOK refere-se ao

fornecimento das aquisições necessárias, tem correlação com a atividade do projeto BPM

Acadêmico, de instalação do programa Bizagi Modeler nos computadores necessários. Esta

atividade foi planejada conforme o cronograma de cada uma das fases, identificando quais

setores demandariam a instalação e definindo-se o período para instalação e o responsável

para tal.

Finalmente, tem-se o item 8, gerenciar o engajamento das partes interessadas,

atividade que possibilitou a interação entre os responsáveis dos setores contemplados e a

equipe de operacionalização do projeto BPM Acadêmico. Para isso, o projeto contou com

o apoio da diretoria da ECI, patrocinadora e incentivadora do projeto, o que garantiu a

motivação e participação efetiva dos responsáveis pelos setores e seus servidores.

Na sequência, o QUADRO 13, trata do grupo de monitoramento e controle e

apresenta a relação de atividades necessárias para garantir que o projeto seja executado no

prazo previsto em cronograma, prezando-se pela qualidade dos resultados.

Page 108: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

108

QUADRO 13 -

Grupo de processos de monitoramento e controle

Grupo de

processos de

monitorament

o e controle

Atividades de acordo

com o Guia PMBOK

Descrições das atividades Ocorrência da

atividade -

BPM

Acadêmico

Atividade – BPM Acadêmico Documento

correspondente –

BPM Acadêmico

1. Monitorar e controlar

o trabalho do projeto.

Acompanhar, analisar e relatar o progresso para

atender aos objetivos de desempenho definidos

anteriormente.

Identificada Reuniões de validação das etapas de

produção dos descritivos e

fluxogramas.

Reuniões de

validações, item 21.

2. Realizar o controle

integrado de mudanças.

Analisar as solicitações de mudanças, aprovar e

gerenciar as mudanças necessárias.

Identificada Análise dos documentos sobre as

lições aprendidas.

Lições aprendidas,

item 25.

3. Validar o escopo. Formalizar a aceitação das entregas terminadas

do projeto.

Identificada Reuniões de validação das etapas de

produção dos descritivos e

fluxogramas.

Reuniões de

validações, item 21.

4. Controlar o escopo. Monitorar o progresso do escopo do projeto e do

produto e gerenciar as mudanças feitas na linha

de base do escopo.

Identificada Reuniões de validação das etapas de

produção dos descritivos e

fluxogramas.

Reuniões de

validações, item 21.

5. Controlar o

cronograma.

Monitorar o andamento das atividades do projeto

para atualização de seu progresso.

Identificada Reuniões de validação das etapas de

produção dos descritivos e

fluxogramas.

Reuniões de

validações, item 21.

6. Controlar os custos. Monitorar o andamento do projeto e atualizar seu

orçamento.

Não

identificada - -

7. Controlar a qualidade. Monitorar e registrar os resultados da execução

das atividades de qualidade para avaliar o

desempenho e recomendar mudanças.

Identificada Acompanhamento do responsável

técnico em relação aos documentos

produzidos pelo projeto.

Cronograma das

fases, item 17.

Page 109: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

109

8. Controlar as

comunicações.

Monitorar e controlar a comunicação no decorrer

de todo o ciclo de vida do projeto

Identificada Manter a pasta compartilhada

atualizada com a inserção dos

documentos.

Cronograma das

fases, item 17.

9. Controlar os riscos. Implementar respostas aos riscos, acompanhar os

riscos identificados, monitorar os riscos e avaliar

a eficácia dos processos de gerenciamento de

riscos.

Identificada Flexibilizar as datas de entrega dos

documentos.

Ata da reunião de

acompanhamento da

equipe de gestão,

item 22.

10. Controlar as

aquisições.

Gerenciar as relações de aquisição,

monitoramento do desempenho do contrato e

realizar as mudanças necessárias.

Identificada Instalação do programa Bizagi nos

computadores dos responsáveis pelo

setor.

Cronograma das

fases, item 17.

11. Controlar o

engajamento das partes

interessadas.

Monitorar o relacionamento das partes

interessadas no projeto.

Identificada Reuniões com a diretoria da ECI. Ata da reunião de

acompanhamento

com a diretoria da

ECI, item 7.

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa e no PMI (2013).

Page 110: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

110

No projeto BPM Acadêmico, a principal atividade que se correlaciona com os itens

1, 3, 4 e 5 refere-se à realização das reuniões de acompanhamento do projeto que, conforme

já descrito, atribui-se a reuniões para verificar o andamento do projeto em cada uma de suas

fases. Teve como foco o acompanhamento da equipe; o acompanhamento com a diretoria;

o acompanhamento com os servidores envolvidos ou para status report. Essas reuniões

eram previamente definidas, de acordo com o cronograma e tinham como objetivo verificar

e acompanhar tecnicamente a produção dos entregáveis do projeto, prezando-se por sua

qualidade e exequibilidade.

Essas reuniões ocorreram em dois momentos em cada uma das fases de

operacionalização do projeto: a) após trinta dias do início da fase em cada setor, para ajustar

e validar a descrição dos processos e; b) trinta dias após a elaboração final dos descritivos

de processos, para ajustar e validar representação gráfica dos fluxos de processos do setor,

em notação BPMN.

No item 7, a atividade controlar a qualidade, pode ser relacionada ao monitoramento

realizado pelos RTs do BPM Acadêmico, responsáveis pelo acompanhamento da equipe de

bolsistas voluntários e pela validação dos entregáveis com os servidores técnico-

administrativos, garantindo assim o bom andamento das atividades e a qualidade dos

entregáveis.

No item 8, controlar as comunicações, a atividade foi realizada pelo projeto BPM

Acadêmico com a inserção das versões finais dos documentos produzidos, na estrutura de

pastas do projeto, para fácil acesso de todos os envolvidos. Além disso, foram criados

grupos de comunicação específicos no aplicativo WhatsApp para que as informações

fossem compartilhadas e controladas de modo eficiente. Enfim, estabeleceu-se que as

comunicações via e-mail teriam em cópia a coordenadora e a subcoordenadora do projeto,

mantendo-as, assim, constantemente atualizadas.

O item 9, controlar os riscos, foi correlacionada com a atividade reunião de

acompanhamento da equipe de gestão do BPM Acadêmico, que avaliava os prazos para

fazer atualizações no cronograma, para assim flexibilizar as datas de entregas de alguns

entregáveis, tais como os descritivos dos processos e seus respectivos fluxogramas. Isso

permitiu amenizar os riscos do não cumprimento de se realizar a modelagem em alguns

setores com processos mais complexos devido ao grande volume representativo de

processos ou com dificuldades de agendas.

Page 111: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

111

Para a correlação da atividade apresentada no item 10, controlar as aquisições, a

correlação encontra-se, no documento cronograma das fases, de acordo com a atividade,

instalação do programa Bizagi Process Modeler nos computadores dos servidores, nos

quais foram instaladas e verificadas as funcionalidades do programa, definidas as senhas e

capacitação do servidor para o seu uso.

No item 11, a atividade que controla o engajamento das partes interessadas ocorreu

de modo constante, uma vez que a equipe do projeto tinha previsto encontros semanais, e

às vezes, diários. Foi possível identificar de imediato dificuldades de relacionamento ou

desmotivação por parte de alguns integrantes, o que facilitou a aplicação de ações corretivas

também de modo precoce, podendo dar continuidade ao projeto. A imediata intervenção da

coordenação do projeto contou sempre com o apoio da diretoria da ECI, quando necessário,

o que foi fundamental para manter a equipe engajada e motivada.

A única atividade do guia PMBOK que não tem correlação com o BPM Acadêmico,

refere-se ao item 6, controlar os custos, uma vez que o projeto não contou com valores

monetários para seu planejamento e execução.

Por último, o grupo de processos, de encerramento, de acordo com as diretrizes do

guia PMBOK, representado no QUADRO 14. em que apresenta as últimas atividade

necessárias para finalizar um projeto.

Page 112: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

112

QUADRO 14 -

Grupo de processos de encerramento

Grupo de

processos de

encerramento

Atividades de acordo

com o Guia PMBOK

Descrições das atividades Ocorrência da

atividade - BPM

Acadêmico

Atividade – BPM Acadêmico Documento

correspondente –

BPM Acadêmico

1. Encerrar o projeto. Finalizar todas as atividades de todos os

grupos de processos.

Identificada Reunião de encerramento do

projeto e finalização do projeto

no SIEX.

Reunião de

encerramento da

fase, item 25 e

reunião de

encerramento do

projeto, item 26.

2. Encerrar as

aquisições.

Finalizar todas as aquisições. Não identificada - -

Fonte: elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa e no PMI (2013).

Page 113: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

113

No QUADRO 14, foram identificadas apenas duas atividades: a) o encerramento do

projeto, conforme item 1, e b) encerramento das aquisições, de acordo com item 2. E

somente a primeira foi possível ter uma correlação com o projeto BPM Acadêmico.

O encerramento ocorreu em dois momentos do projeto BPM Acadêmico: ao final

de cada fase, para a apresentação dos resultados obtidos, para propostas de sugestões de

melhorias, apresentação das lições aprendidas, chamadas de pontos de atenção, e reunião

de encerramento geral do projeto, na qual foram relembrados o escopo e os objetivos do

projeto, apresentou-se o percurso metodológico do projeto, os entregáveis de cada fases e

os entregáveis gerais do projeto, salientando-se sempre os benefícios e aprendizados

proporcionados.

Além disso, foi necessário finalizar o projeto no SIEX20, plataforma da UFMG, para

apresentação dos projetos de extensão, a partir da atualização dos dados do projeto em

relação à descrição, equipe, parcerias, abrangência, ações vinculadas, resultados atingidos

e histórico.

Quanto ao encerramento das aquisições, esta atividade não teve correlação com o

projeto, uma vez que o programa utilizado pelo projeto foi o Bizagi Process Modeler, e

conforme mencionado, trata-se de um programa gratuito, o que não gerou nenhum custo

para o projeto.

Após realizar as correlações das atividades propostas pelo guia PMBOK com as

atividades do projeto BPM Acadêmico, foi possível verificar que algumas dessas atividades

não foram identificadas por meio da análise documental, uma vez que nem todas as

atividades do projeto geraram algum registro informacional, ou seja, não geraram

documentos específicos. Algumas atividades tiveram mais de uma correlação, por se tratar

de atividades que precisavamm estar relacionadas a outras para, assim, gerar um

documento.

Devido ao número elevado de atividades identificadas no guia PMBOK (47

atividades) e com intuito de evidenciar a visualização da correlação dispostas nos quadros

de 10 a 14, foi elaborado o QUADRO 15, que sintetiza tais informações.

20 Disponível em: <https://sistemas.ufmg.br/siex/PrincipalVisitante.do>

Page 114: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

114

QUADRO 15 -

Síntese dos quadros 10 a 14 - correlação entre PMBOK e projeto BPM Acadêmico

Grupo de processos

gestão de projetos

(PMBOK)

Atividades da gestão de projetos

(PMBOK) apresentadas

Atividades principais do projeto BPM

Acadêmico

Correlação com os documentos

analisados na etapa 1, apresentada

no QUADRO 8

INICIAÇÃO

Desenvolver o termo de abertura do

projeto.

Elaboração do termo de abertura. Termo de abertura, item 6.

Identificar as partes interessadas. Reunião de acompanhamento para

apresentação do projeto para a diretoria

da ECI.

Ata da reunião de acompanhamento

com a diretoria da ECI, item 7.

PLANEJAMENTO

Desenvolver o plano de gerenciamento

do projeto.

Elaborar o cronograma geral do projeto. Cronograma geral do projeto, item 8.

Planejar o gerenciamento do escopo;

definir o escopo.

Definir o escopo do projeto. Matriz do projeto, item 1.

Coletar requisitos. Reunião de apresentação do projeto para

a diretoria da ECI.

Ata da reunião de acompanhamento

com a diretoria da ECI, item 7.

Definir escopo. Definir escopo do projeto. Matriz do projeto, item 1.

Planejar o gerenciamento do

cronograma;

estimar os recursos das atividades;

planejar o gerenciamento da qualidade;

das comunicações; e dos riscos;

identificar os riscos;

planejar as respostas aos riscos.

Reunião de acompanhamento da equipe

de gestão.

Ata da reunião de acompanhamento da

equipe de gestão, item 22.

Criar a estrutura analítica do projeto;

definir as atividades;

sequenciar as atividades.

Desenvolver o cronograma das fases. Cronograma das fases, item 17.

Page 115: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

115

Estimar as durações das atividades;

desenvolver cronograma.

Desenvolver o cronograma geral do

projeto e o cronograma das fases.

Cronograma geral do projeto, item 8 e

cronograma das fases, item 17.

Planejar o gerenciamento dos recursos

humanos.

Desenvolver a matriz de

responsabilidades dos envolvidos por

fase.

Organograma, item 15 e matriz de

responsabilidade, item 16.

Planejar o gerenciamento das

aquisições.

Aquisição do programa Bizagi Modeler

para elaborar os fluxogramas projeto.

Ata da reunião da equipe de gestão,

item 22.

Planejar o gerenciamento das partes

interessadas.

Elaboração da reunião de abertura das

fases do projeto.

Reunião de abertura do projeto, item

11.

EXECUÇÃO

Orientar e gerenciar o trabalho do

projeto.

Mobilizar a equipe para a produção dos

descritivos, fluxograma e dos manuais.

Descritivo dos processos, item 19;

fluxograma dos processos, item 20 e

elaboração dos manuais, item 23.

Realizar a garantia de qualidade. Acompanhamento do responsável técnico

em relação aos documentos produzidos

pelo projeto.

Documento não identificado.

Mobilizar a equipe do projeto. Marcar e realizar as entrevistas com os

servidores responsáveis pelo setor a ser

mapeado.

Edital para seleção de bolsistas item 10

e reunião de abertura das fases item

18;

Treinar a equipe do projeto. Reuniões de acompanhamento da

coordenação com a equipe de

operacionalização.

Manual de modelagem de processos

com Bizagi Modeler, item 12; vídeos

tutoriais sobre Bizagi, item 13 e

modelo de tabelas para realizar as

descrições dos processos, item 14.

Gerenciar a equipe do projeto. Monitoramento e auxílio fornecido pela

analista para os bolsistas

Documento não identificado.

Page 116: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

116

Gerenciar as comunicações. Disponibilizar as informações do projeto

nos locais previamente definidos

Documento não identificado.

Conduzir as aquisições. Instalação do programa Bizagi nos

computadores dos servidores pelo setor.

Cronograma das fases, item 17.

Gerenciar o engajamento das partes

interessadas.

Reuniões com a diretoria da ECI. Ata da reunião com a diretoria da ECI,

item 7.

MONITORAMENTO

E CONTROLE

Monitorar e controlar o trabalho do

projeto; validar o escopo; controlar o

escopo; e controlar o cronograma.

Reuniões de validação das etapas de

produção dos descritivos e fluxogramas.

Reuniões de acompanhamento para

validações, item 21.

Realizar o controle integrado de

mudanças.

Análise dos documentos sobre as lições

aprendidas.

Lições aprendidas, item 25.

Controlar a qualidade. Acompanhamento do responsável técnico

na produção dos documentos produzidos.

Cronograma das fases, item 17.

Controlar as comunicações. Manter a pasta compartilhada atualizada

com a inserção dos documentos.

Cronograma das fases, item 17.

Controlar os riscos. Flexibilizar as datas de entrega dos

documentos.

Ata da reunião de acompanhamento

com grupo de gestão, item 22.

Controlar as aquisições. Instalação do programa Bizagi nos

computadores dos setores.

Cronograma das fases, item 17.

Controlar o engajamento das partes

interessadas.

Reuniões com a diretoria da ECI. Ata da reunião de acompanhamento

com a diretoria da ECI, item 7.

ENCERRAMENTO

Encerrar o projeto. Reunião de encerramento das fases,

reunião geral do projeto e finalização do

projeto no SIEX.

Reunião de encerramento da fase, item

24 e reunião de encerramento do

projeto, item 26.

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados de pesquisa.

Page 117: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

117

O QUADRO 15 apresenta, assim, uma síntese dos resultados da Etapa 5, com o

agrupamento das atividades do PMBOK correlacionado às atividades do projeto BPM

Acadêmico, excluindo-se as atividades não identificadas. A compilação evidenciou a

correlação de 25 atividades do projeto BPM Acadêmico com 40 atividades (de um total de 47)

do guia PMBOK, sendo que, dessas, apenas sete atividades não apresentaram correlação com

o projeto BPM Acadêmico.

5.6 Resultado da Etapa 6 - Indicar os requisitos e recomendações dos programas

utilizados pelo projeto BPM Acadêmico

Nessa etapa, o objetivo principal consistiu em apresentar os requisitos e as

recomendações dos programas utilizados no projeto BPM Acadêmico, conforme QUADRO 15.

Os programas utilizados na elaboração dos principais documentos e entregáveis do

projeto na Fase 0, de planejamento, foram o Word, para a elaboração dos ofícios, editais, atas,

cronogramas e manuais de processos; nas fases de operacionalização, 1 a 4, os programas foram

o Excel, para elaboração da matriz de papéis e responsabilidades, os descritivos dos processos

e as lições aprendidas; o programa Bizagi Process Modeler, utilizado para representação gráfica

dos fluxogramas dos processos em notação BPMN e para gerar a primeira versão dos manuais

que documentaram os processos; e o PowerPoint, para elaboração das apresentações das

reuniões de abertura, acompanhamento e encerramento do projeto.

Conforme já mencionado, para facilitar a comunicação e o compartilhamento de

documentos entre os envolvidos do projeto, foi criada uma estrutura hierárquica de pastas no

drive do Google, e-mail e aplicativo WhatsApp.

O QUADRO 16 apresenta tais programas, os requisitos necessários e as recomendações.

Page 118: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

118

QUADRO 16 - Requisitos e recomendações dos programas

Programa Requisito Recomendação

Word Programa editor de textos com possibilidade de

construir tabelas.

Polaris Office, Libre Office,

Dropbox Paper.

Excel Programa de criação de planilhas. ThinkFree, Numbers, BIRT, Zho

Sheet.

PowerPoint Programa para a criação ou edição e exibição

de apresentações gráficas.

Google apresentações, Prezi,

Libre Office Impress, Slidebean.

Bizagi Process

Modeler

Programa para produção de fluxograma em

linguagem BPMN.

WBI Modeler (IBM), ARIS

Business Architect (IDS Scheer),

Intalio Designer, TIBCO Business

Studio, iGrafx e Savvion Process

Google drive Oferecer serviço de utilização de disco virtual

para o arquivamento, compartilhamento e

organização de diversos tipos de documentos.

Dropbox, MediaFire, pCloud,

Mega.

WhatsApp Aplicativo para troca de mensagens escritas e

comunicação em áudio e vídeo pela internet,

em tempo real.

Skype, Hangouts, Telegram, Line.

Fonte: Elaborado pela autora

O QUADRO 16 apresenta, de modo objetivo, os programas e aplicativos utilizados pelo

projeto BPM Acadêmico, porém não existe a necessidade de serem utilizados os mesmos

programas para aplicação da metodologia BPM Acadêmico, é possível se adaptar à necessidade

e à estrutura que a instituição possui.

5.7 Resultado da Etapa 7 – Formalização da metodologia BPM Acadêmico

Nesta última etapa, o objetivo é formalizar a metodologia BPM Acadêmico, com a

apresentação das atividades que a compõem, a ordem em que deverão ser executadas; o

detalhamento das atividades e exemplos que podem ser correlacionados ao projeto BPM

Acadêmico. Para ilustrar a metodologia BPM Acadêmico, de maneira objetiva, foi elaborado o

diagrama com as etapas e as atividades que compõe a metodologia BPM Acadêmico conforme

FIGURA 15. Tendo em seguida o QUADRO 17 com a descrições dos componentes de cada

atividade.

Page 119: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

119

FIGURA 15 - Formalização da metodologia BPM acadêmico

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.

Page 120: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

120

QUADRO 17 -

Formalização da metodologia BPM Acadêmico

Etapas da metodologia

BPM Acadêmico

Ordem das

atividades

Atividades Detalhamento das atividades Exemplo no projeto BPM

Acadêmico

1ª etapa:

INICIAÇÃO

1ª Elaboração do

escopo do projeto.

Definir os principais pontos do projeto: os objetivos,

as principais atividades a serem realizadas, identificar

os principais envolvidos que projeto irá atingir e a

quantidade de pessoas disponíveis para sua

realização.

Documento - Projeto de extensão

Modelagem de Processos ECI.

2ª Apresentação do

projeto para o

principal

responsável pela

instituição em que

o projeto será

executado.

Alinhar as necessidades da instituição em que será

executado o projeto com seus objetivos. Realização

de uma reunião com o principal responsável da

instituição, garantindo a parceria e aprovação para

execução do projeto.

Reunião de acompanhamento com a

Diretoria da ECI, para alinhamento das

necessidades da escola com os

objetivos propostos pelo projeto e o

apoio para sua execução.

3ª Elaborar um

diagnóstico da

instituição.

Identificar a estrutura da instituição, os níveis

hierárquicos dos setores e os principais processos

desenvolvidos.

Reunião de acompanhamento com a

Diretoria da ECI e com setor

administrativo para a realização de um

diagnóstico.

4ª Elaborar um plano

de ação do projeto.

Identificar as atividades necessárias com a definição

de prazos, orçamento e responsável para execução de

cada uma delas alinhando o objetivo da atividade

com a meta definida pelo projeto.

A ação ocorreu na elaboração do

escopo do projeto e dos cronogramas

do projeto e das fases.

2ª etapa:

PLANEJAMENTO

1ª Identificar o

organograma da

instituição.

Identificar a estrutura da instituição e os recursos

humanos necessários para executar as atividades

planejadas.

Organograma da ECI, FIGURA 6.

2ª Definir as equipes

do projeto.

Definir os membros que irão compor a equipe de

gestão e operacionalização, realizando processos de

seleção, se necessário, ou convidando profissionais

da instituição para execução do projeto.

Foi feito um processo seletivo para a

atuação de bolsistas voluntários e a

confirmação da participação dos outros

integrantes das equipes.

3ª Definir o

cronograma geral

do projeto.

Definir o primeiro cronograma com as principais

ações, como irão ocorrer e o tempo proposto para

realizá-las.

Identificou-se a necessidade de dividir

o projeto em fases, as principais

atividades, a previsão do tempo

Page 121: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

121

necessário para executar as atividades

e os responsáveis por cada atividade.

4ª Estimar os custos

necessários.

Realizar um levantamento dos possíveis gastos em

relação a recursos humanos e materiais para

execução do projeto.

Não foi realizado no projeto.

5ª Planejar o

gerenciamento dos

custos.

Identificar as ações necessárias para adquirir os

recursos financeiros necessários e quais premissas

orientam a sua utilização.

Não foi realizado no projeto.

6ª Definir um local

físico para dar

suporte ao projeto.

Definir o local para realizar reuniões, treinamentos e

dar suporte à equipe de operacionalização para

execução das atividades necessárias. O local deve

contar com computadores e programas essenciais

para o desenvolvimento do projeto.

Laboratório de pesquisa BPM

Acadêmico e RECRI.

7ª Definir um local

virtual para o

compartilhamento

de documentos e

sua organização de

acordo com as

necessidades do

projeto.

Criar ou definir uma estrutura, de acordo com o

modo com o qual será executado o projeto, e anexar

os documentos existentes. Compartilhar a

documentação com os participantes do projeto.

Pasta compartilhada BPM Acadêmico,

conforme FIGURA 14.

8ª Definir os

programas a serem

utilizados.

Identificar quais os programas necessários para o

desenvolvimento do projeto e quais precisam ser

adquiridos.

Programas utilizados: Word; Excel;

PowerPoint; Bizagi Process Modeler.

9ª Adquirir os

programas.

Realizar a compra ou a instalação dos programas. Instalação do programa Bizagi Process

Modeler.

10ª Selecionar,

organizar e

disponibilizar os

materiais para a

capacitação dos

integrantes do

projeto.

Selecionar, organizar e disponibilizar os seguintes

materiais: modelos de planilhas para auxiliar na

elaboração das matrizes que serão utilizadas no

projeto, manuais, apostilas e vídeos tutoriais para o

treinamento de acordo com programa de linguagem

BPN utilizado.

As planilhas utilizadas como modelo

foram definidas pela coordenadora do

projeto, juntamente com material para

o treinamento do programa Bizagi.

Page 122: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

122

11ª Capacitar os

integrantes.

Realizar o treinamento para a execução do projeto de

acordo com material selecionado.

O treinamento ocorreu com a

coordenadora do projeto e a equipe de

operacionalização.

12ª Realizar a análise

quantitativa e

qualitativa dos

riscos.

Fazer uma análise dos possíveis riscos e dos impactos

que podem ocorrer no desenvolvimento do projeto de

forma probabilística e numérica.

Não foi realizado no projeto

3ª etapa: EXECUÇÃO

1ª Definir os setores

que serão

modelados.

Definir os setores de acordo com as necessidades da

instituição, o recurso humano para a execução do

projeto e o contexto de cada setor.

Em reunião de acompanhamento com

a diretoria da ECI, a partir da

identificação dos contextos dos setores

em relação à aposentadoria dos

servidores e a demanda da instituição

foram definidos os setores.

2ª Definir os papéis e

as

responsabilidades

dos integrantes do

projeto.

Definir os papéis e as responsabilidades utilizando,

por exemplo, uma planilha com as seguintes

informações: responsáveis pelo setor, quais

integrantes do projeto vão atuar em cada setor

definido e o contato de cada um.

Matriz de responsabilidades, anexo A.

3ª Elaborar o

cronograma para a

modelagem dos

processos nos

setores definidos.

Elaborar o cronograma com as atividades necessárias

para a iniciar a modelagem de processos, o período

das atividades e quem irá executar.

Cronograma das fases, anexo B.

4ª Realizar reunião de

abertura.

Reunir para apresentação dos objetivos que se

pretende alcançar, o cronograma elaborado, as

equipes identificadas na matriz de responsabilidades

e esclarecer as dúvidas dos envolvidos.

Reunião de abertura das fases de

operacionalização do projeto.

5ª Elaborar os

descritivos dos

processos.

Mapear o processo atual (As Is) para identificar quem

faz, o que faz, quando faz e para onde vai,

elaborando uma descrição dos processos a partir dos

seguintes requisitos: a demanda para execução do

processo; o nome; as atividades necessárias que

compõem o processo; os documentos que são

utilizados; o tempo de execução e complementos.

Para executar essa atividade foi

necessário realizar entrevistas da

equipe de operacionalização com os

responsáveis dos setores para o

preenchimento da planilha utilizada

para descrever os processos conforme

Anexo C.

Page 123: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

123

6ª Registrar

informações sobre

gargalos.

Registrar informações sobre gargalos, que são os

pontos que merecem maior atenção da organização,

sobretudo aqueles que poderão ter alguma melhoria

significativa.

Foram realizadas, após o encerramento

do projeto BPM Acadêmico, reuniões

entre a analista de processos da equipe

de gestão, a diretora da ECI e os

respectivos responsáveis pelos setores

para identificar os gargalos, avaliar os

processos e apresentar informações

necessárias para novos desenhos.

7ª Avaliar os

processos “As Is”.

Avaliar o mapeamento dos processos “As Is”,

coletando as informações que serão necessárias para

o novo processo (“To Be”), tais como: se o processo

é executado pela pessoa correta, elementos da cultura

organizacional, competências necessárias,

tecnologias utilizadas etc.

Reunião pós projeto com a analista do

projeto, responsável pelo setor e

diretora da ECI.

8ª Elaborar os

fluxogramas dos

processos em

linguagem BPMN.

Elaborar os fluxogramas dos processos com o seu

descritivo utilizando um programa específico de

acordo com a linguagem BPMN.

Para executar essa atividade foi

necessário realizar entrevistas da

equipe de operacionalização com os

responsáveis dos setores para elaborar

os fluxogramas no programa Bizagi

Process Modeler, conforme

exemplificado no Anexo D.

9ª Validar os

fluxogramas.

Validar os fluxos em workshops ou reuniões para

verificar se representam os processos que foram

mapeados, alinhando o entendimento dos analistas

com a realidade da organização e ajustando os fluxos

dos processos quando necessário.

Reunião de acompanhamento de

validação dos entregáveis.

10ª Avaliar o novo

modelo de

processo.

Avaliar o novo modelo de processo juntamente com

os responsáveis pela execução dos processos, a

equipe que realizou o mapeamento dos processos e o

responsável pela instituição para propor as mudanças

necessárias para um novo modelo de processos.

Reunião de acompanhamento entre a

analista do projeto, os responsáveis

pelo setor e a diretoria da ECI

11ª Produzir o manual

com os processos

dos setores.

Produzir o manual a partir do arquivo criado com os

fluxogramas dos processos, gerando um arquivo

editável para elaborar o manual, e realizar a edição

do mesmo.

No programa Bizagi foi gerado a

versão dos fluxogramas para edição, de

acordo com padrões definidos pela

coordenadora do projeto.

Page 124: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

124

4ª etapa:

MONITORAMENTO E

CONTROLE

1ª Acompanhar a

produção do

projeto.

Acompanhar o responsável técnico em relação aos

documentos produzidos pelo projeto, manter uma

comunicação para esclarecer dúvidas e solucionar

possíveis entraves.

O acompanhamento ocorreu tanto de

modo remoto, com a avaliação dos

documentos produzidos e

disponibilizados no Drive, como

também presencialmente nas

entrevistas com setores.

2ª Validar as

produções do

projeto.

Validar as produções em conjunto com a

coordenadora e a equipe de cada setor para verificar

o que foi produzido, esclarecer dúvidas e garantir a

qualidade da produção, tanto dos descritivos como

nos fluxogramas e nos manuais.

Reuniões de acompanhamento para

validação dos entregáveis

3ª Monitorar o

andamento do

projeto e atualizar

seu orçamento.

Verificar se os valores adquiridos estão sendo

suficientes para a execução do projeto e realizar

atualizações para adequar a quantia adquirida às

necessidades.

Não foi realizado no projeto.

4ª Identificar

melhorias.

Avaliar os procedimentos que foram executados e os

resultados obtidos para identificar as melhorias

necessárias no desenvolvimento do projeto.

Lições aprendidas.

5ª etapa:

ENCERRAMENTO

1ª Apresentar os

resultados.

Apresentar o que foi produzido em cada setor, os

principais pontos de atenção, esclarecimento de

dúvidas.

Reunião de encerramento das fases e

geral do projeto.

2ª Disponibilizar os

documentos

produzidos.

Entregar os documentos produzidos de acordo com

cada setor para os respectivos responsáveis e para o

responsável pela instituição

A entrega formal dos documentos, foi

realizada com envio dos documentos

por e-mail, aos envolvidos com o

projeto, e disponibilização destes

documentos nas pastas de conteúdos

do projeto, disponibilizada no Google

Drive

3ª Encerrar os

contratos de

aquisições de

recursos ou

materiais.

Encerrar as contratações realizadas, tanto em relação

a recursos humanos quanto em recursos materiais.

Não foi realizado no projeto.

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.

Page 125: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

125

Para a elaboração do QUADRO 17, foram utilizadas as informações e conhecimentos

produzidos nas etapas anteriores com objetivo identificar as atividades que compõem a

metodologia BPM Acadêmico para que seja possível formalizar tal metodologia em um quadro

único.

Nota-se que cinco atividades não foram realizadas no projeto, sendo elas: a) estimar os

custos necessários; b) planejar o gerenciamento dos custos; c) monitorar o andamento do

projeto e atualizar seu orçamento; d) encerrar os contratos de aquisições de recursos ou

materiais; e) realizar a análise quantitativa e qualitativa dos riscos.

Page 126: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

126

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As IES, sobretudo as públicas, possuem uma estrutura diferente das demais

organizações que exige dos gestores métodos diferenciados, devido às exigências legais e

entidades reguladoras, desafios que dificultam a busca de recursos financeiros e de técnicas,

que possam melhorar a eficácia e eficiência da sua gestão.

A inspiração e motivação para iniciar esta pesquisa foi impulsionada pela efetiva

participação da autora no projeto de extensão BPM Acadêmico, como analista de processos.

Tal projeto teve como objetivo realizar a modelagem de processos na ECI, com o intuito de

tornar a gestão nesta Unidade mais eficiente e eficaz. Esse projeto desenvolveu uma

metodologia própria ao longo de sua execução e, ao final, obteve resultados considerados

positivos, porém sem a produção de um documento específico para apresentação dos

procedimentos metodológicos adotados.

Sabendo-se que a busca por métodos de gestão para as IES é uma recorrente ação e que

o projeto BPM Acadêmico alcançou resultados positivos para melhorias na gestão, sem,

contudo, registrar formalmente a metodologia aplicada em tal projeto, buscou-se responder à

seguinte questão: como formalizar a metodologia BPM Acadêmico, com completude e

detalhamento de seus procedimentos, para que possa ser replicada em outras instituições?

Tendo essa questão como norte, o objetivo desta pesquisa correspondeu à especificação da

metodologia BPM Acadêmico, baseada no projeto BPM Acadêmico, capaz de apresentar as

atividades necessárias para modelar os processos de instituições.

Para alcançar tal objetivo foi necessário aplicar os conceitos de modelagem de processos

e fluxos informacionais na formalização da metodologia. Para tanto, explorou-se a literatura da

área para compor o referencial teórico, que apresenta definições que esclarecem conceitos

importantes para esta pesquisa, como modelagem de processo; fluxo de processos e fluxo

informacionais; gestão de projetos e o método 5W2H.

Outra ação necessária foi a identificação e descrição das atividades executadas no

projeto BPM Acadêmico. Para isso, foi adotada a técnica da pesquisa documental, embasada

nos princípios da engenharia reversa, que permitiu mapear todas as ações e atividades que

haviam sido realizadas. Além disso, foi aplicado o método 5W2H, com o objetivo de descrever

de maneira detalhada e precisa as atividades identificadas. Também foi necessário analisar,

descrever e sistematizar as diretrizes propostas pela gestão de projetos, a partir do guia

PMBOK, pois tal gestão foi utilizada pelo projeto BPM Acadêmico com o intuito de organizar

Page 127: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

127

e planejar as ações no projeto. Além disso, foi realizada a correlação entre essas diretrizes e as

atividades identificadas e executadas no projeto BPM Acadêmico. Com esses procedimentos,

foi possível organizar e apresentar atividades que compõem a metodologia BPM Acadêmico,

assim como a sua ordem de execução.

6.1 Limitações da Pesquisa

A principal limitação desta pesquisa, refere-se ao fato de que a metodologia BPM

Acadêmico formalizada foi aplicada em um projeto de extensão, sem recursos financeiros para

sua execução. Desta maneira, não foi possível abordar e nem verificar as atividades

relacionadas aos orçamentos, aquisições e custos sobre bens materiais e recursos humanos.

Outras limitações também ocorreram a partir desta principal, como a impossibilidade de

aquisições de versões mais completas dos programas utilizados, o que poderia evitar erros ou

retrabalhos ao longo da execução do projeto, bem como possibilitar remuneração às bolsistas

que se dedicaram ao projeto e a aquisição de cursos específicos para a capacitação dos

integrantes do projeto.

6.2 Trabalhos Futuros

Como proposta de trabalhos futuros, sugere-se a aplicação da metodologia BPM

Acadêmico a uma instituição que não seja de ensino superior, para validar se é possível a

aplicação de tal metodologia independentemente do tipo de instituição e se os resultados obtidos

serão satisfatórios para melhoria da gestão neste tipo de instituição.

Outra sugestão para próximos estudos é a aplicação da metodologia BPM Acadêmico,

com o objetivo de auxiliar na automatização do fluxo informacional em IES como o SEI, tendo

em vista verificar o comportamento dessa aplicação nesse contexto específico. Podendo

também estabelecer uma correlação entre a modelagem de processos e automatização de

processos com a utilização da Inteligência Artificial.

6.3 Contribuições da Pesquisa

Esta pesquisa contribui para o debate de conceitos ainda não efetivamente delimitados

na literatura, esboçando a diferença entre modelagem e mapeamento de processos, entre o fluxo

Page 128: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

128

de processos e o fluxo informacional. Assim como o estudo do método 5W2H, que é pouco

debatido teoricamente na literatura, mas que foi apresentada a sua conceituação, características

e aplicações em diferentes contextos científicos, além de sua utilização empírica.

Outra contribuição foi a identificação das atividades apresentadas pela gestão de

projetos, descritas no guia PMBOK, que permite uma análise detalhada sobre tais atividades

para estabelecer uma correlação com outras atividades executadas em qualquer projeto. Na

literatura são recorrentes os debates sobre quais e como são os documentos necessários para a

gestão de projetos, mas pouco se veem debatidas as atividades que compõem os grupos de

processos apresentados no guia PMBOK.

Além disso, considera-se que a própria metodologia desenvolvida nesta pesquisa para a

formalização da metodologia BPM Acadêmico seja uma contribuição, pois tais etapas podem

ser replicadas para a formalização de outras metodologias, já que essa ação é, também, pouco

debatida na literatura.

Por fim, destaca-se a formalização da metodologia BPM Acadêmico, para a modelagem

de processos, que pode ser aplicada em outras instituições, contribuindo com os gestores na

difícil tarefa de melhoria de seus processos.

Page 129: 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Ciência

129

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136

ANEXO A – PLANILHA DE PAPÉIS E RESPONSABILIDADES

A planilha matriz de responsabilidade foi adaptada para as limitações e necessidades do

projeto BPM acadêmico, sendo compartilhada com os envolvidos de cada fase.

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ANEXO B – CRONOGRAMA DO PROJETO

O cronograma foi o principal documento utilizado para organização das atividades do

processo, de maneira simples e acessível para todos os envolvidos.

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139

ANEXO C – DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS

Esta foi a planilha adaptada para utilizar nos descritivos das atividades, que foi preenchida de acordo com as recomendações de cada coluna,

pelos bolsistas e os responsáveis de cada setor.

Descritivo Processos

Setor: Responsável pelo setor:

E-mail:

Telefone:

Bolsista:

E-mail:

Telefone:

Data:

DEMANDA

De onde vem a demanda

para a execução dos

processos e suas

respectivas atividades?

PROCESSOS

Nome do processo

DESCRITIVO DAS

ATIVIDADES

Como você executa cada um

dos processos apresentados?

Descreva por meio das

atividades.

DOCUMENTO

Quais documentos

estão envolvidos nas

atividades?

DESTINO

Para onde/setor da

ECI é encaminhada

o documento ou a

informação gerada?

TEMPO

Qual o tempo

médio gasto para

cada atividade?

OBSERVAÇÃO

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ANEXO D – FLUXOGRAMA DE UM PROCESSO

O fluxograma abaixo é um exemplo retirado de um dos manuais elaborados pela equipe de operacionalização do projeto BPM

Acadêmico.

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ANEXO E – MANUAL

Capa do manual elaborado pela equipe de operacionalização do projeto BPM

Acadêmico.

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ANEXO F – LIÇÕES APRENDIDAS

Estas são imagens da planilha que foi utilizada no projeto para avaliar o desenvolvimento das atividades de acordo com os bolsistas

voluntários.

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