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Ralph Lima TerraVice-presidente executivo da Abdib
São Paulo 15 de junho de 2015
Uma Agenda para Dinamizar a Exportação de Serviços
Fundada em 1955, Abdib é composta por empresas que investem e fornecem bens e serviços de infraestrutura e indústria de base
Abdib em números:
129 grupos empresariais representados
Faturamento estimado das empresas: R$ 720 bi
Empregos diretos: 380 mil
Balança comercial de serviços de engenharia do Brasil (em US$ bilhões)
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 20140.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
9.0
10.09.3
3.94.7
1.5
Exportação Importação
Saldo (exportação – importação)US$ 4,5 bi em 2012US$ 2,4 bi em 2014
Fonte: AEB, Inter B.
Mercado global de exportação de serviços de engenharia e empresas atuantes
País exportador Participação no mercado global
Empresas entre 250 maiores do mundo
Espanha 14,3 12Estados Unidos 14,0 33China 13,1 55Alemanha 8,5 -França 8,5 -Coreia do Sul 8,1 15Itália 6,1 17Japão 4,1 15Turquia 3,3 -Grã-Bretanha 2,4 -Brasil 2,3 4Austrália 2,0 -Outros 13,3 -
Fonte: AEB/LCA Estudo de 2014.
Exportação de serviços do Brasil e concorrentes para principais mercados: AMÉRICA LATINA
Fonte: AEB/LCA Estudo de 2014.
Em 2004, Brasil estava inserido no grupo “outros países”, devido à baixa participação no comércio global de serviços de engenharia
2004 2012
China 1,6% 12,1%
Brasil - 17,8%
Itália 17,3% 8,6%
EUA 27,0% 15,0%
Espanha 26,0% 29,6%
Exportação de serviços do Brasil e concorrentes para principais mercados: ÁFRICA
Fonte: AEB/LCA Estudo de 2014.
Em 2004, Brasil estava inserido no grupo “outros países”, devido à baixa participação no comércio global de serviços de engenharia
2004 2012
China 14,7% 44,8%
Brasil - 4,1%
Itália 9,1% 13,0%
EUA 13,8% 4,7%
França 24,7% 8,9%
Financiamento das exportações de serviços de engenharia das empresas brasileiras
1) É preciso fortalecer o Proex-Equalização
2) Implementar apólice de garantia incondicional
3) Maior alavancagem para o FGE
4) Fortalecer BNDES-Exim
5) Financiamento e garantia a gastos locais
1) É preciso fortalecer o Proex-Equalização
• Orçamento para Proex-Equalização precisa aumentar.• Mecanismo é compatível com OMC e OCDE.• Brasil pratica juros muito mais altos que a média
mundial e que os principais concorrentes no mercado global de serviços de engenharia.
• Proex custou 0,01% do OGU (US$ 110 milhões) em 2014, mas alavancou US$ 6,3 bi em exportações.
• Cada US$ 1 para equalizar juros alavancou US$ 57 em exportações de alto valor agregado.
1) É preciso fortalecer o Proex-Equalização
• Essencial para exportar serviços de engenharia para países não atingidos pelo CCR (América Central, Caribe e África).
• Proex-Equalização contribui para atrair bancos para financiar exportações.
• Orçamento não tem sido suficiente nos últimos anos (R$ 1,5 bi para 2015, mas há R$ 1,1 bi de restos a pagar na fila).
• Operações de exportação significativas perdidas nos últimos anos.
1) É preciso fortalecer o Proex-Equalização
• Houve redução das taxas de equalização aprovadas, insuficiente para atingir a CIRR (taxa mundial de juros de referência para operações).
• Alterar forma de contabilizar operações de equalização no orçamento: em vez do regime de competência, usar o regime de caixa.
• Em vez de empenhar valor total do crédito de equalização no prazo completo da operação (até 15 anos), empenhar somente valor devido no ano.
2) Implementar apólice de garantia incondicional
• Para seguradora indenizar o agente financiador, basta comprovar inadimplência do devedor.
• Repartição mais adequada de responsabilidades entre financiador e seguradora, já comum no mercado segurador privado. EUA, França e Alemanha já adotam este tipo de apólice.
• Confere segurança maior aos financiadores quanto ao recebimento de indenizações. Assim, tal mercado fica mais atraente aos financiadores privados, reduzindo urgência de recursos públicos.
• Matéria sob análise no Ministério da Fazenda (PGFN).
3) Maior alavancagem para o FGE
• União concede o seguro de crédito à exportação (SCE) aos agentes financiadores para riscos comerciais, políticos e extraordinários.
• União cobra prêmio de seguro do importador, o que protege patrimônio do BNDES.
• Brasil ainda exige contra-garantias (ativos, recebíveis) para mitigar riscos, com redução no valor dos prêmios.
• Fundo de Garantia à Exportação (FGE) recebe valor dos prêmios (US$ 1,2 bi entre 1999 e 2012) e paga sinistros (US$ 94 mi no período).
3) Maior alavancagem para o FGE
• Em comparação a outras agências internacionais de seguro de crédito à exportação, FGE apresenta a menor taxa de sinistros (14% do FGE, contra 32% a 75% de outras agências de referência mundial).
• Isso permite aumentar alavancagem autorizada pela Camex (cinco vezes patrimônio líquido do FGE, contra 16 vezes de outras agências).
• Aumentar a alavancagem permitiria apoiar volume maior de operações de exportação de bens e serviços de alto valor agregado, e atrair bancos comerciais a utilizar apólices de seguros do FGE.
4) Fortalecer BNDES-Exim
• Exportadores em geral, e de serviço de engenharia em particular, contam basicamente com BNDES para financiamento de longo prazo de exportações.
• Bancos privados, nacionais ou estrangeiros, não estão dispostos a aceitar garantias oferecidas por meio do FGE por causa de restrições inerentes ao fundo.
• Desembolsos do BNDES-Exim subiram de US$ 5,8 bi (2005) para US$ 11,2 bi (2010). Em 2014, US$ 4,8 bi.
• Desembolsos do BNDES-Exim representaram 5,5% do total de desembolsos do BNDES em 2014. Inadimplência zero.
5) Financiamento e garantia a gastos locais
• Recursos do BNDES não podem ser utilizados para gastos locais.
• Prática é permitida pela OCDE e utilizada por outros países.
• Gastos locais poderiam ser financiados por linhas do BNDES decorrentes de captações externas, sem utilizar recursos do FAT ou aportes do Tesouro.
• Garantias emitidas pela FGE.
Comitê de Exportação de Serviços / Infraestrura
• Escopo: Engenharia, Construção e Operação • Trabalho abrangente e permanente• Difusão de informações consistentes• BRICS• Estratégias setoriais para exportação de
serviços• Foco América Latina e África
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