1 problematizaÇÃo

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1 PROBLEMATIZAÇÃO É natural em qualquer esfera da justiça que a parte vencida, diante do inconformismo perante a decisão prolatada, recorra com a medida processual cabível, para ver reformada a decisão do juízo monocrático, revertendo-a a seu favor. Neste contexto, o processo do trabalho, por apresentar características marcantes, tais como a celeridade, a informalidade e a simplicidade dos procedimentos, exerce importante papel em razão de sua eficácia na prestação jurisdicional. Em relação à definição jurídica de Recurso, MARTINS aponta que: No sentido jurídico, recurso é o meio processual estabelecido para provocar o reexame de determinada decisão, visando à obtenção de sua reforma ou modificação. A natureza jurídica do recurso é um direito subjetivo processual que nasce no transcurso do processo quando proferida uma decisão (grifo nosso). (MARTINS, 2009. p. 388). Quanto ao cabimento do recurso ordinário, o mesmo encontra guarida no artigo 895, da CLT, in verbis: Art. 895- Cabe recurso ordinário para a instância superior: a) das decisões definitivas das Juntas e Juízos no prazo de 8 (oito) dias; b) das decisões definitivas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 5

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Page 1: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

1 PROBLEMATIZAÇÃO

É natural em qualquer esfera da justiça que a parte vencida, diante do

inconformismo perante a decisão prolatada, recorra com a medida processual

cabível, para ver reformada a decisão do juízo monocrático, revertendo-a a seu

favor. Neste contexto, o processo do trabalho, por apresentar características

marcantes, tais como a celeridade, a informalidade e a simplicidade dos

procedimentos, exerce importante papel em razão de sua eficácia na prestação

jurisdicional.

Em relação à definição jurídica de Recurso, MARTINS aponta que:

No sentido jurídico, recurso é o meio processual estabelecido para provocar o reexame de determinada decisão, visando à obtenção de sua reforma ou modificação. A natureza jurídica do recurso é um direito subjetivo processual que nasce no transcurso do processo quando proferida uma decisão (grifo nosso). (MARTINS, 2009. p. 388).

Quanto ao cabimento do recurso ordinário, o mesmo encontra guarida no

artigo 895, da CLT, in verbis:

Art. 895- Cabe recurso ordinário para a instância superior:a) das decisões definitivas das Juntas e Juízos no prazo de 8 (oito) dias;b) das decisões definitivas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.

Em sede de recurso ordinário, em razão dos princípios que norteiam os

procedimentos desta justiça especializada, e das características a ela inerentes,

percebe-se em alguns casos que, a parte interessada, com o intuito de obter o mais

rápido possível a tutela pretendida – qual seja a reforma da sentença – por meio do

manejo do recurso ordinário, o faça, suprimindo alguns atos processuais, em razão

de interesses específicos do constituinte.

Nesse aspecto, o recurso ordinário tido como extemporâneo, vem na tentativa

de quebrar o paradigma do formalismo processual. É o chamado recurso precoce,

prematuro, interposto antes da publicação da sentença, por ocasião apenas do

conhecimento da parte, do teor da sentença, inclusive na própria audiência de

instrução. Isso também é possível por meio da consulta virtual, já que todos os atos

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Page 2: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

processuais na esfera trabalhista podem ser acompanhados via processo eletrônico

– concebido pela Lei 11.419/2006 – tornando o acesso aos atos processuais fácil,

ágil e desburocratizado em relação às partes.

Mesmo assim, em razão desta nova realidade, concebida a partir desse novo

contexto, por ocasião da dinâmica imposta a partir da rapidez com a digitalização

dos procedimentos e outras decisões proferidas até mesmo em audiência,

questiona-se a plausibilidade da interposição do recurso ordinário, antes da

publicação “oficial” da sentença. É sabido que pelo moderno princípio da

instrumentalidade das formas, entende-se que dentro da relação triangular formada,

os sujeitos da relação processual devem buscar a efetividade dos procedimentos e o

juiz especialmente, a postura diligente em dar eficácia e rapidez no ato por ele

impulsionado.

Essa efetividade e eficácia visam – em consonância com o moderno princípio

da instrumentalidade processual – promover o desprezo a formalidades desprovidas

de efeitos prejudiciais, aplicando-se a teoria da aparência, para reconhecer a

validade do ato processual realizado por aquele que se apresente legitimado

processualmente para tal, segundo o referido princípio, com o intuito de se atingir

sua finalidade, ainda que praticado de forma diversa da prevista.

Desta forma, considerando outro princípio, qual seja o da celeridade, como

forma legítima de se buscar a tutela jurisdicional pretendida. Há, no entanto, que se

refletir sobre o cabimento do recurso ordinário, ao atropelo da formalidade

processual, no tocante aos prazos e a própria ciência da parte contrária em

decorrência disto, especialmente diante da orientação Jurisprudencial do Tribunal

Superior do Trabalho, através da SBDI-1.

De fato, o que a parte recorrente pretende, ao se antecipar no manejo do

referido recurso, não é atropelar prazos, mas sim, agir diligentemente, perseguindo o

direito da parte constituinte, sob o argumento de que tal recurso não fere o devido

processo legal e atinge seu objetivo essencial, sem prejudicar a defesa da parte

contrária. Desta forma, pergunta-se até que ponto os critérios de admissibilidade e o

devido processo legal podem ser relativizados para se harmonizarem com os

princípios que norteiam o processo do trabalho?

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Page 3: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

2 JUSTIFICATIVA

A pesquisa será desenvolvida a partir de motivações empíricas e teóricas em

razão da relevância jurídica, social e acadêmica em torno das discussões que o

tema aglutina.

No tocante ao estudo acadêmico, sua importância ascende em razão do

ineditismo na discussão teórica do tema, posto não existirem estudos

pormenorizados ou acervo doutrinário específico sobre o assunto, que é tratado de

forma subliminar pela jurisprudência pátria, sem a necessária pesquisa do ponto de

vista doutrinário, limitando a discussão da problemática apenas ao posicionamento

exposto pelos tribunais em suas orientações jurisprudenciais e súmulas.

Em relação à relevância jurídica, pode-se afirmar que, em razão da escassez

na discussão científica no campo acadêmico, se faz necessário que se busquem

meios de efetivar a tutela jurisdicional para conferir as partes, instrumentos aptos a

promover o impulsionamento do feito, rechaçando-se medidas e procedimentos de

cunho basicamente burocrático.

Com este estudo, poderemos alcançar a partir de uma altercação mais

aprofundada, a conclusões que poderão romper com o dogma processual vigente

nos tribunais superiores, notadamente na esfera trabalhista e dessa forma promover

novos entendimentos e um avanço na interpretação do procedimento na seara

trabalhista.

Constituindo-se o direito do trabalho em um ramo das ciências jurídicas apta a

pacificar as relações laborais, no qual predominam os princípios da celeridade,

instrumentalidade das formas e fungibilidade recursal, mostra-se importante que se

avaliem novos mecanismos de manejo processual, aptos a conceder maior

brevidade às lides trabalhistas, visto que tratam dos direitos dos trabalhadores,

constitucionalmente tutelados.

De outro norte, em relação ao jurisdicionado, tal estudo poderá acarretar em

profundas transformações sociais uma vez que, como se sabe, esta justiça

especializada tem como máxima apaziguar os conflitos decorrentes das relações de

trabalho, posto que, geralmente, recorre-se a tutela jurisdicional, para haver direitos

elementares, de caráter eminentemente alimentar. Portanto, tal estudo poderá

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Page 4: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

fomentar a partir do aprofundamento da problemática recursal, uma nova construção

jurisprudencial que corrobore com uma maior eficácia no tocante a prestação

jurisdicional.

Ante a perspectiva de se poder traçar uma nova diretriz, cientificamente

balizada, em razão do aprofundamento no estudo desse tema, poderá ser

apresentada aos agentes que estão diretamente ligados as suas conseqüências,

quais sejam, os operadores jurídicos e o cidadão, uma nova perspectiva doutrinária,

com a devida relevância que o tema merece, ao tratá-lo, dentro de uma conjuntura

vanguardista, em favor do avanço da ciência do direito.

Necessário, portanto, conferir ao direito, à luz da dinâmica processual, novas

áreas de escape para fomentar a prestação jurisdicional, adequando aos avanços

tecnológicos que devem se refletir não só na logística, mas, principalmente, na

casuística processual, possibilitando a obtenção da tutela de forma mais ágil,

preservando ainda o princípio da segurança jurídica.

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Page 5: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Analisar a ocorrência do fenômeno da extemporaneidade do recurso

ordinário, levando em consideração os critérios técnicos de admissibilidade e

norteando o procedimento sob a égide dos princípios que regem o direito processual

trabalhista, para recebimento e regular processamento do recurso ante prévia

ciência inequívoca.

3.2 Objetivos específicos

Examinar a plausibilidade da interposição do recurso ordinário no tocante aos

prazos, levando-se em consideração os princípios da celeridade e da

instrumentalidade das formas em consonância com o devido processo legal.

Investigar se é possível manejar o recurso ordinário considerando a

publicação da sentença antes da expedição da nota de foro, em atenção aos

princípios que norteiam o processo trabalhista e se tais princípios violam o

disposto no art. 506, II, do CPC.

Interpretar a inteligência do entendimento expresso na Orientação

Jurisprudencial de nº 357 da SDI-1 do TST e até que ponto deve prevalecer o

entendimento de que a contagem do prazo recursal se dá no primeiro dia útil

após a publicação oficial da decisão impugnada, nos estritos termos dos arts.

184, § 2º, 240 e 506 do CPC.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Page 6: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

A discussão acerca da extemporaneidade do recurso ordinário limita-se

essencialmente a esfera jurisprudencial, porquanto não existe bibliografia

especializada no assunto e os poucos autores de artigos veiculados na internet não

promovem um estudo amplo sobre a matéria, especialmente no tocante a análise

processual do cabimento do recurso ordinário, sob a égide dos princípios que regem

o direito processual civil e do trabalho.

De igual modo, também não existe uma análise esmiuçada dentro de

aspectos constitucionais que considerem o direito ao acesso do cidadão à justiça, o

compromisso do aparato judicial com a celeridade processual, a reforma dos

procedimentos judiciais ou qualquer outra linha de pensamento que foque no

desenvolvimento e na ampliação dos instrumentos utilizados pelo poder judiciário

para dar efetividade à justiça.

O CNJ tem propagado os programas de cumprimento de metas, os mutirões

para desafogar a pauta de processos “ancorados” nas varas de todas as instâncias

judiciais do nosso país, a despeito de se dar celeridade ao processo, cobrando dos

agentes do Judiciário agilidade no cumprimento de seu mister, entretanto, sem

qualquer modificação relevante quanto a legislação hodierna aplicável.

Indubitavelmente, não se consegue dar vazão a demanda de ações e

recursos que transitam em todos os graus de jurisdição. Por isso, a Justiça acaba

sendo falha e tardia. É preciso, portanto, buscar meios de agilizar a Justiça, por meio

de uma integração cada vez mais forte dos mecanismos facilitadores do acesso e

manuseio do processo, que certamente beneficiaria a toda sociedade.

Qualquer que seja a base principiológica e doutrinária de uma ciência, esta

deve se adequar aos novos rumos que ela própria com o seu desenvolvimento

proporciona tanto aos agentes captadores do conhecimento, quanto àqueles que

dela usufruem. Hodiernamente, há que se promover o debate sobre a validade dos

procedimentos impulsionados pelo aparato tecnológico, notadamente a internet, no

tocante aos benefícios que esta ferramenta traz aos jurisdicionados.

Neste ponto, a ciência do direito ainda não alcançou uma resposta

sedimentada. Sob o argumento de que tal tecnologia não se coaduna com a prática

oficial e torna inválido o ato, em razão de não se reconhecer a ciência inequívoca

das partes, fato este que se traduz como um viés da processualística tradicionalista,

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Page 7: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

atribui-se relevância dogmática ao formalismo processual em detrimento da

celeridade processual, que culmina com prejuízo material a razoável duração do

processo e macula o princípio da efetividade tão almejado atualmente.

A manutenção da dogmática da publicação dos atos e impulsos do judiciário,

em relação ao processo, no diário oficial, mesmo com a ciência inequívoca das

partes sobre os termos da decisão, através dos meios virtuais ou mesmo diante da

intimação pessoal das partes em audiência, vem com o intuito de quebrar esses

dogmas e traçar um novo paradigma a matéria processualística.

O Supremo Tribunal Federal, instância máxima do poder judiciário em nosso

país, e que de forma típica procura atribuir interpretação subjetiva a norma legal, é a

Corte que há mais tempo tem se manifestado a respeito do tema, adotando a

mesma posição dogmática, ao considerar intempestivo o recurso apresentado antes

da publicação oficial da decisão impugnada.

Neste sentido, atualmente, somente a publicação da sentença ou do acórdão

gera efeitos processuais específicos, pois, além de formalizar a sua integração ao

processo, confere-lhe existência jurídica, fixando-lhe o próprio conteúdo material.

Nos termos da lição proferida pelo saudoso professor Moacyr Amaral Santos, é

mediante a sua efetiva ocorrência que se procede à intimação das partes, ou seja, é

da publicação que se conta o prazo para interposição do recurso.

O Supremo Tribunal Federal tem decidido reiteradamente neste sentido,

ratificando o precedente jurisprudencial daquela Corte ao apontar a impossibilidade

de reconhecer o recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida, sob o

fundamento de serem extemporâneos tais recursos, estando em desconformidade

com o art. 506, III do Código de Processo Civil, pois, segundo tal entendimento, o

prazo para interposição de recurso contra decisão colegiada só começa a fluir da

publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial (conforme redação atual dada

pela Lei n.° 11.276/06).

Em síntese, a lógica empregada é a de que na pendência dessa publicação,

qualquer recurso eventualmente manifestado, é tido como intempestivo. Ao adotar

um posicionamento formal, o magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal

Federal, aponta, ainda, que a simples notícia do julgamento não dá ensejo ao início

da fluência do prazo recursal, não legitimando, por conseguinte, a interposição de

recurso, por falta absoluta de objeto.

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Page 8: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Também o Tribunal Superior do Trabalho, modificou a até então posição

firmada pelo Pleno da mesma Casa, passando a indicar que os recursos

apresentados antes da publicação da decisão recorrida são intempestivos uma vez

que a contagem inicial do prazo para interposição de recurso somente ocorre depois

da publicação oficial da decisão objeto da impugnação.

No entanto, o Superior Tribunal de Justiça, curvando-se à modernidade,

assumiu recentemente, após a decisão proferida junto ao Agravo Regimental nos

Embargos de Divergência em Recurso Especial (AgRg nos EREsp 492461-MG), no

ano de 2004, o entendimento de que não é concebível apenar quem se antecipa,

entendendo que o direito de recorrer nasce com a decisão.

Hoje, ao se disponibilizar ao cidadão e ao Poder Judiciário a tecnologia

empregada para o acompanhamento processual via internet, notícias inseridas em

tempo real junto aos sites dos Tribunais, voto por meios eletrônicos, a transmissão

ao vivo de sessões de julgamento através do rádio e da televisão e Revistas

Eletrônicas – não se pode mais conceber a idéia de que a existência jurídica e o

conteúdo material do acórdão fiquem condicionados à publicação oficial.

Como bem observou a Eminente Ministra Eliana Calmon em seu voto

vencedor junto ao Agravo Regimental nos Embargos de Divergência em Recurso

Especial (AgRg nos EREsp 492461-MG): “O STJ é uma corte de precedentes, cuja

função constitucional precípua é a uniformização do direito federal. Assim, não se

pode aceitar que, em nome da segurança jurídica, fique a jurisprudência defasada

da realidade”.

A jurisprudência, permeada de divergências entre os julgados das três mais

elevadas Cortes do país, carece de atualizações para adequar-se ao panorama

vanguardista tecnológico, até o presente momento aceito apenas tacitamente,

mesmo ante o inevitável marchar do desenvolvimento que impõe, e cobra, que os

julgados reconheçam e se ajustem ao momento atual do fato e do direito, não

podendo continuar subjugados a fria e morta letra da Lei, como se imutável fosse.

Não se encontram pacificados os entendimentos sobre a extemporaneidade

do recurso interposto antes do prazo e que posteriormente não ratificado pela parte,

devendo ser analisados os requisitos da tempestividade dos recursos sob a égide do

atendimento dos requisitos que comprometem o prazo, notadamente pelo fato de

que as decisões judiciais que não conhecem dos recursos apresentados antes de a

decisão objeto de impugnação, baseiam-se no fato de estas não terem sido

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Page 9: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

oficialmente publicadas, inobstante existir a ciência inequívoca das partes acerca da

decisão a ser recorrida.

Cabível uma observação minuciosa à luz dos vetores acima destacados

visando analisar se de fato, deve-se considerar extemporâneo a interposição de

recurso ordinário que antecipa o termo inicial do prazo recursal sem a posterior

ratificação, uma vez que se pode considerar que a sentença foi publicada

independente da publicação oficial por nota de foro, desde que atendidos os critérios

de admissibilidade do recurso para se harmonizarem com os princípios que norteiam

a dinâmica processual na esfera trabalhista, quais sejam os da celeridade, da

simplicidade e o da instrumentalidade das formas.

Antevendo que ante a ciência inequívoca das partes acerca da sentença,

qualquer recurso interposto tem o prazo contado a partir de tal ciência, considerar-

se-á intempestivo e observando que as partes tomaram ciência de forma inequívoca

acerca do julgado quando este é publicado no site do TRT, poder-se-ia contar o

prazo, inclusive para considerar intempestivos os recursos interpostos após 08 dias

da ciência da referida decisão.

Ensina Amauri Mascaro Nascimento:

Prazo é o tempo no qual se deve ser praticado um ato processual. A fixação de prazos é necessária como condição de desenvolvimento do processo. Sem a rígida determinação de prazos, o processo poderia ser comprometido pela inércia das pessoas que nele figuram (grifo nosso). Assim, os prazos resultam da exigência própria do processo, que é um movimento traçado para o futuro. A inexistência de prazos, traria, como conseqüência, a impossibilidade de andamento do processo. (NASCIMENTO, 2007. p. 441.)

Por tal raciocínio, se o prazo pode ser contado a partir da data que a parte

obteve a ciência inequívoca para julgá-lo intempestivo, certamente pode-se

considerá-lo para julgar tempestivo o recurso. Estudando a incidência do requisito da

tempestividade, por recursos interpostos “prematuramente”, faz-se necessário, logo

de início, citar, brevemente, 03 (três) precedentes judiciais que tratam do tema em

apreço e que demonstram a existência de dissenso entre os Tribunais Superiores

acerca do assunto.

O primeiro a ser considerado como ponto de análise é o acórdão proferido

pelo STF1, cuja ementa é a seguinte:

1 Processo N° RE 450443-AgR-AgR, publicado no DJ do dia 03.02.2006.

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Page 10: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO ANTES DO PRAZO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. 1. É de se considerar extemporâneo o agravo regimental protocolado antes de publicada a decisão recorrida, tendo em vista que não se abriu o prazo para sua impugnação. Necessidade de ratificação do ato de interposição do recurso, após a publicação do despacho atacado no órgão oficial. 2. Agravo regimental improvido.

Corroborando tal entendimento, em 2002, em despacho que não conheceu de

recurso extraordinário por tal motivo, o Ministro Celso de Mello afirmou que “a

intempestividade dos recursos tanto pode derivar de impugnações prematuras (que

se antecipam à publicação dos acórdãos), quanto decorrer de oposições tardias

(que se registram após o decurso dos prazos recursais)”. Em qualquer dessas duas

situações – impugnação prematura e oposição tardia – a conseqüência de ordem

processual é uma só: o não conhecimento do recurso, por efeito de sua

extemporânea interposição.

Para Dinamarco (2003), tal entendimento já fazia parte da jurisprudência da

Corte Suprema muito antes dessa decisão, citando vários exemplos em que a

posição firmada apontava no sentido de considerar intempestivo o recurso

apresentado antes da intimação ocorrida com a publicação oficial das razões da

decisão impugnada.

Entoando tal assertiva, ratifica Nelson Nery Júnior:

A tempestividade do recurso somente tem lugar a partir da impugnabilidade do ato judicial, isto é, a partir da prolação do provimento jurisdicional. O direito brasileiro não conhece o recurso ante tempus contra decisão não definitiva a respeito da qual se fez reserva. O prazo é contado da intimação do ato judicial. Esta intimação pode dar-se pela leitura do ato em audiência, pela intimação da parte quando o ato não for proferido em audiência ou pela publicação da súmula do julgamento no órgão oficial (NERY JÚNIOR, 2004, p. 343).

Já Fredie Didier Júnior, em lição diversa, assinala que:

O termo inicial do prazo recursal é o da intimação da decisão”, mas, em seguida, comentando a polêmica levantada em razão do tema exposto, aponta ser “esdrúxula a tese da intempestividade do recurso prematuro”, considerando que, se o recurso foi interposto, o recorrente dera-se por intimado da decisão independentemente de publicação (DIDIER JÚNIOR,2006, p.42/44).

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Page 11: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

O segundo precedente a ser apreciado é o da Corte Especial do Superior

Tribunal de Justiça, tratado no acórdão do E-RESP, de nº 492.461-MG, cujo

resultado do julgamento foi publicado no Informativo nº 229 do STJ, de novembro de

2004 (Rel. originário Min. Gilson Dipp, Rel. para acórdão Min. Eliana Calmon,

julgado em 17/11/2004), conforme abaixo transcrito:

“RECURSO PROTOCOLIZADO ANTERIOR. PUBLICAÇÃO. TEMPESTIVIDADE. A Corte Especial por maioria deu provimento ao agravo regimental entendendo que o recurso de embargos de divergência protocolizado em data anterior à publicação do acórdão embargado não é intempestivo. Se o advogado tomou ciência inequívoca da decisão e se antecipou à publicação na imprensa oficial, protocolizando o recurso, não pode ser punido com a intempestividade dos embargos se quis dar celeridade ao processo. AgRg nos EREsp 492.461-MG, Rel. originário Min. Gilson Dipp, Rel. para acórdão Min. Eliana Calmon, julgado em 17/11/2004.”

Já o terceiro julgado aqui destacado trata de decisão recentemente proferida

pelo Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do processo trabalhista nº TST-ED-

ROAR-11607/2002-000-02-00.4, cuja conclusão foi noticiada em 08 de maio do

corrente ano no “site” daquela Corte. Tal decisão, em resumo, modificou a até então

posição firmada pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho quanto à situação em

debate, passando a indicar que os recursos apresentados antes da publicação da

decisão recorrida são intempestivos uma vez que a contagem inicial do prazo para

interposição de recurso somente ocorre depois da publicação oficial da decisão

objeto da impugnação.

O cotejo das 03 (três) decisões supra mencionadas revela a existência de

dissenso interpretativo entre o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior do

Trabalho e o Superior do Tribunal de Justiça acerca da possibilidade de

conhecimento de recursos apresentados antes de a decisão contra a qual se

insurgiram ter sido efetivamente publicada na imprensa oficial.

Como brilhantemente expôs o professor e mestre Andrei Zenkner Schmidt, do

mesmo modo que a insegurança e o autoritarismo caminham juntos, toda verdade

supostamente absoluta necessita de estabilidade para camuflar a sua própria

fragilidade. A tarefa atual da ciência jurídica, ainda na doutrina de Schmidt, “não é

mais agarrar-se ao dogma da segurança jurídica, mas sim reconhecer a própria

necessidade da contradição, da dúvida, da divergência, para a consolidação de um

pensamento sistemático adequado à complexidade”.

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Page 12: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Negar o recurso prematuro é, na visão de alguns especialistas, o mesmo que

negar a função social efetiva da justiça, que é a de entregar, de modo adequado –

considerando a celeridade e o custo – a prestação jurisdicional que lhe for pleiteada.

Desta forma, há que se avaliar se precedentes reiterados do STF, para este caso

em especial, devem continuar servindo como uma espécie de verdade absoluta em

detrimento da efetiva celeridade dada aos atos processuais. O Processo Civil está

passando por uma grande transformação, desde a reforma promovida pela lei

11.232/2005, e, por conta disso, alguns paradigmas deverão ser quebrados,

adequando-se a realidade atual.

Sendo assim, conclui-se que, realizando por meio da internet, ato processual

válido que dá respaldo técnico e jurídico ao instrumento tecnológico de protocolo de

petição via site do TRT da 13ª Região, a razão pela aceitação do recurso, nasce

justamente da lógica de que se o expediente forense é fixado pelas leis que regulam

o funcionamento do Judiciário ou regimento dos Tribunais, e os atos processuais

das partes, geralmente são feitos pela internet por meio de protocolo eletrônico por

assinatura digital, não haveria que se falar em intempestividade ou

extemporaneidade do recurso interposto em razão da eficácia jurídico-legal que tem

o referido instrumento eletrônico, por ser além de oportuno, dotado de publicidade.

Partindo-se desse paradigma, hodiernamente o Poder Judiciário –

notadamente os tribunais – tem-se utilizado largamente da tecnologia da informação

em suas diversas facetas para auxiliar suas tarefas com vistas ao alcance de uma

prestação jurisdicional mais célere e efetiva.

Os exemplos disso são variados e vão desde a simples informatização dos

tribunais, da instituição legal da utilização do sistema de fac-símile, cuja finalidade foi

a de agilizar a prática dos atos processuais para a apresentação de documentos (Lei

9.800/99), da criação do sistema “push” que alguns tribunais - notadamente os

Superiores – têm utilizado para possibilitar um acompanhamento mais célere por

parte daqueles com eles operam – advogados e partes – até a utilização de meios

eletrônicos para fins de intimação, tal qual preconizado pela recentíssima Lei nº

11.280/06, já em vigor, a qual introduziu o parágrafo único no art. 154 do CPC para

fins de permitir aos tribunais que, no âmbito de suas jurisdições, disciplinem a

prática e a comunicação dos atos processuais de tal forma.

Certamente que a previsão do parágrafo único do art. 154 do CPC,

introduzido pela Lei nº 11.280/06, trata de mais um meio de comunicação oficial de

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Page 13: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

atos processuais, o que se coaduna com o preconizado pelo artigo 506 do mesmo

diploma legal que, por seu turno, é o dispositivo utilizado como fundamento das

decisões que consideram intempestivo um recurso apresentado antes da decisão ter

sido objeto de publicação oficial.

Posteriormente, com a publicação em 20.12.2006, da Lei 11.419/06, que

dispõe sobre a informatização do procedimento judicial, corroborando com o foco do

judiciário em dar celeridade ao informatizar seus procedimentos, constitui-se a

referida lei, como um verdadeiro marco. Muito se discutiu sobre a sua viabilidade,

abrangência, segurança jurídica e, principalmente, a reunião de mecanismos que

pudessem estar sempre atualizados, face às constantes inovações tecnológicas que

diariamente são apresentadas à sociedade.

Neste sentido, pactuamos do entendimento de Mauro Schiavi, que é

categórico ao afirmar que:

A recente Lei n. 11.419/06, disciplinou a utilização do sistema eletrônico para a prática de atos processuais, bem como de comunicação de tais atos. Mediante cadastro prévio nos Tribunais, com a certificação da assinatura digital, todos os atos processuais, que não dependam do comparecimento da parte em juízo, poderão ser praticados pela internet, como distribuição da inicial, recursos, petições, etc. Ficou assim instituído o chamado processo eletrônico que muito contribuíra para a celeridade e efetividade do processo. (SCHIAVI, 2009. p. 332)

A Eminente Ministra Ellen Gracie, ex-presidente do STF no biênio 2006/2008,

ao decidir o primeiro processo por meio da certificação digital declarou que “a

virtualização do Poder Judiciário é um caminho sem volta”. Sendo assim, o que se

verifica em relação ao uso da tecnologia da informação para fins de aceleração do

trâmite processual - e até da facilitação da prática de atos processuais - é que a

mesma não é completa, mas já assume papel considerável em determinados casos.

O art. 770, da CLT, diz que os atos processuais serão públicos, salvo quando o

contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20

horas. Já o artigo 172, do CPC § 3º, indica que os atos processuais que incumbem

às partes devem ser realizados até o fechamento normal do expediente forense. O

mestre Carrion, enfatiza:

A publicidade como princípio do direito processual, se desdobra em dois aspectos: o primeiro, de que qualquer pessoa pode presenciar a realização dos atos processuais, examinar os autos e obter certidão; o segundo, de

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Page 14: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

que os atos das partes e do juiz devem ser levados ao conhecimento da parte contrária. (CARRION, 2008. p. 586).

Desta forma, o entendimento que se extrai do disposto do artigo 770, da CLT,

combinado com o artigo 172 § 3º, do CPC, aponta no sentido de que, inobstante os

atos processuais na justiça do trabalho se realizem em horário estipulado pelas leis

que regulam o expediente forense, pode-se protocolar petições até a meia noite

(00h00) do dia que se conta como sendo o ultimo dia de prazo fixado para

interposição do recurso, nos termos da lei de organização judiciária da Justiça

Laboral, regulamentada pela instrução normativa N°.28/05 do TST que possibilita a

prática de atos processuais por meio eletrônico e pela instrução normativa N°

30/2007, além dos vários provimentos editados pelos TRT´s, disciplinando a prática

de atos processuais pela internet (recebimento de petições, recursos, etc), com

certificação digital da assinatura do advogado.

Também o artigo 779, da CLT, aponta que as partes, ou seus procuradores,

poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias.

A publicidade dos atos processuais visa garantir a ordem pública, ao permitir o

controle da opinião pública nos serviços prestados pela justiça aos jurisdicionados.

Cabe destacar que a ciência inequívoca ocorre em razão da data da efetiva

publicação da sentença em audiência pelas partes, o que ocorre já no traslado da

sentença por meio do ato processual eletrônico que notifica as partes do teor da

decisão. No tocante a definição e a distinção entre citação, intimação e notificação,

ensina MARTINS (2009. p, 158)., que:

Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (art. 234, CPC). Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender (art. 213, CPC). Notificação, em sentido amplo, é um ato em que se dá conhecimento a uma pessoa de alguma coisa ou fato (MARTINS, 2009. p; 158).

Segundo Sergio Pinto Martins, a respeito de tais definições, a CLT usa

indiscriminadamente o termo notificação, tanto no que se refere à citação, como

para a intimação e mesmo para a própria notificação, como se esses termos fossem

sinônimos.

Para Sérgio Pinto Martins, a contagem do prazo recursal se dá, in verbis:

18

Page 15: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

A partir da data em que for feita pessoalmente a intimação, ou recebida a notificação, ou a data em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Vara, Juízo ou Tribunal, salvo se houver determinação em sentido contrário (...) não há necessidade de que a intimação seja pessoal, bastando que seja entregue no endereço indicado ou na Caixa Postal. (MARTINS,2009. p.152)

Em relação especificamente ao prazo para recurso, MARTINS, afirma ainda

que:

Esclarece a súmula 197 do TST que “o prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação”. Se a sentença é juntada aos autos no prazo de 48 horas, de que fala o par 2º do art. 851 da CLT, o prazo para recurso é contado da data em que foi juntada a sentença aos autos, quando é considerada publicada. Se a sentença for juntada aos autos fora desse prazo, há necessidade de notificação das partes, contando-se o prazo a partir da data do recebimento da notificação. (MARTINS,2009. p.152)

Diante desse panorama, há que se concluir que, se a parte a quem interessa

a interposição de um recurso em razão de ter tido, contra si, uma decisão

desfavorável, dá-se por intimada por meios outros que não o oficial, o faz para

acelerar o andamento do processo e, portanto, dispensa a garantia que a publicação

oficial efetivamente proporciona que é o conhecimento, pela parte a quem favorece

a utilização de uma via impugnatória recursal, da suma da decisão.

5 METODOLOGIA

Este trabalho se orienta essencialmente pela linha metodológica

jurisprudencial, no sentido de promover uma análise da jurisprudência relacionada

ao tema por meio de uma pesquisa documental dos julgados do TST, do STJ e do

19

Page 16: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

STF, propondo-se a compreender dentro da dialética e hermenêutica estabelecida

entre os problemas jurídicos e a realidade social, as soluções cientificamente mais

adequadas.

A vertente metodológica que se impõe para o caso é a jurídico-dogmática,

dimensionada entre os limites da norma processual e a apuração da efetividade de

tais normais com vistas a aproximar os extremos dessa discussão com o intuito de

equacioná-los em favor do jurisdicionado, analisando os vetores dessa temática a

fim de proporcionar o alargamento da discussão e uma conclusão em prol da

celeridade e da efetividade da justiça.

O modelo de raciocínio a ser utilizado será, preferencialmente, o hipotético-

dedutivo, sendo essencial o próprio questionamento dos julgados relacionados, para

a sua correta ponderação, objetivando realizar uma análise documental a partir da

coleta de julgados dos principais Tribunais do nosso país, e a partir destes, enfatizar

a opinião de autores renomados na área do processo trabalhista e cível e contrapor

suas conclusões com a base principiológica do direito processual trabalhista

brasileiro.

A investigação pretendida será do tipo jurídico-interpretativo-compreensivo,,

buscando-se também – através da consulta a artigos jurídicos e material relacionado

publicado na internet – analisar a opinião dos operadores do direito acerca dos

meios que tragam efetividade e celeridade ao processo, sempre relacionando-os a

temática discutida nos Tribunais Pátrios acerca do Recurso Extemporâneo.

Serão analisados além de tais decisões, os institutos do recurso ordinário,

quanto ao seu cabimento, interposição, prazos e também será analisado a

aplicabilidade dos princípios que norteiam a dinâmica processual vigente, no tocante

as suas deficiências e perspectivas, sempre focando na realidade atual brasileira,

quanto a necessidade de dar efetividade ao procedimento judicial, em favor da

sociedade.

De outro modo serão reavaliados alguns conceitos, sendo pertinente uma

correção de rumo da jurisprudência, a fim de prevalecer a corrente que melhor se

coadune com as decisões judiciais que dêem maior efetividade a justiça, quer sejam

monocráticas ou colegiadas, depois de divulgadas oficialmente, por qualquer meio,

ou, antes disso, diante da ciência inequívoca da parte, independentemente de

publicação no Diário de Justiça, com o objetivo final de levar uma contribuição

20

Page 17: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

significativa no tocante a construção de um processo mais dinâmico e que traga

efetivos resultados.

6 CRONOGRAMA

Cronograma de Execução

das Atividades

21

Page 18: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Período de Duração

2010

JAN FEV MAR ABR MAI

Leitura e Fichamento da Bibliografia

Pesquisa e Leitura da Jurisprudências

Pesquisa e Leitura de Artigos e periódicos na Internet

Análise, Interpretação e Seleção dos Dados coletados

Redação de conclusões Preliminares

Elaboração da 1ª parte da monografia

Entrega da primeira parte da monografia

Elaboração da fundamentação jurídica da monografia

Revisão da monografia e ajustes finais

Entrega da monografia aos membros da banca

Apresentação e defesa oral da monografia

7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, Paulo Gustavo Sampaio. A Importância da Informática para o Profissional do Direito. Disponível em 20.11.2002: http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=1758. Acesso em 06 de Outubro de 2009.

22

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BLUM, Renato M. S. Ópice. A Internet e os Tribunais. Disponível em 20.11.2002: http://www.neofito.com.br/artigos/art01/inform14.htm. Acesso em 10 de Outubro de 2009.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 33. ed. São Paulo : Saraiva, 2008.

CLT Saraiva acadêmica e Constituição Federal / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. – 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil.. Salvador: JUSODIUM. 2006, p. 42 e 44. Vol. 03

DINAMARCO, Cândido Rangel. Instrumentalidade do processo. 11. ed.. São Paulo: Malheiros. 2003, p. 330-331.

GUIMARÃES, Janaína Rosa. Recursos extemporâneos – A discussão acerca da tempestividade dos recursos interpostos antes da publicação. Revista Jus Vigilantibus, 09 de Maio de 2008. Disponível em: http://jusvi.com/artigos/33314. Acesso em: 12 de Outubro de 2009.

LIMA, Márcio Vinicius Jaworski de. O excesso de formalismo na aplicação do

Direito. Comentários acerca do princípio da instrumentalidade das formas

processuais. Jus Navigandi, Teresina, Ano 04, N°44, Ago. 2000. Disponível em:

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=777. Acesso em: 09 de Outubro de

2009.

MARINONI, Luiz Guilherme. O custo e o tempo do Processo Civil brasileiro. Jus

Navigandi, Teresina, Ano 08, N° 441, 21 de Setembro de 2004. Disponível em:

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5717. Acesso em: 22 de Outubro de

2009.

MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho: doutrina e prática

forense; modelos de petições, recursos, sentenças e outros. 29. ed. São Paulo:

Atlas, 2009.

23

Page 20: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 22. ed.

São Paulo: Saraiva, 2007.

NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria geral dos recursos. 6. ed. Revista, ampliada e

reformada. São Paulo: RT, 2004. p. 343.

PASSOS, J. J. Calmon de. Instrumentalidade do processo e devido processo

legal. Jus Navigandi, Teresina, ano 06, N° 58, Agosto de 2002. Disponível em:

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3062. Acesso em: 22 de Outubro de

2009.

PAULA, Arquilau de. O acesso à justiça. Jus Navigandi, Teresina, ano 07, N° 60,

Novembro de 2002. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?

id=3401. Acesso em: 22 de Outubro de 2009.

SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 2. ed. São Paulo:

LTr, 2009.

SOUZA, Maiko Rogério Santiago de. Instrumentalidade das formas: o futuro do

processo civil moderno. Centro Universitário Vila Velha: 2006. Disponível em:

http://www.uvv.br/cursos/publicacoesDireito/Monografia%20Instrumentalidade

%20das%20formas. Acessado em 25 de Outubro de 2009.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil: Teoria Geral

do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. 44. ed. Rio de Janeiro:

Forense, 2006. Volume 01.

24

Page 21: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

1 APRESENTAÇÃO GRÁFICA

25

Page 22: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

O texto deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm),

digitado na cor preta, com exceção das ilustrações (podem aparecer em cor

diferente da preta), e impresso apenas no anverso da folha, exceto folha de rosto,

que possui ficha catalográfica em seu verso.

Recomenda-se a utilização de fonte Times New Roman ou Arial. O tamanho da

fonte deve ser necessariamente 12 para o texto, e tamanho menor 10 para citações

com mais de 3 linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e

tabelas.

É vedada a inserção de figuras, desenhos ou letras artísticas. O tamanho da

fonte para títulos e subtítulos poderá ser 14.

1.1ESCRITA

Times New Roman ou Arial;

Título da capa e folha de rosto: 14 à 18;

Texto: 12;

Título do capítulo: 14;

Título das seções dos capítulos: 12;

Nota de rodapé: 10;

Citações com mais de três linhas ou longas: 10;

Títulos de ilustrações e tabelas: 10 em negrito;

Legendas de ilustrações e tabelas, fonte 10 sem negrito;

1.2MARGENS

As folhas devem apresentar:

Margem esquerda: 3 cm;

Margem direita: 2 cm;

Margem superior: 3 cm

26

Page 23: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Margem inferior: 2 cm.

Cabeçalho: 2 cm;

Rodapé: 2 cm;

Alinhamento do texto: justificado;

Alinhamento de título e capítulos: à esquerda;

Alinhamento de títulos sem indicação numérica (resumo, abstract, listas,

sumário, referencias), centralizado;

Recuo de parágrafo para citação direta longa (com mais de três linhas)

4 cm.

1.3 PARÁGRAFO

O parágrafo (recuo da primeira linha) deve estar a 1,25 cm da margem (uma

tabulação padrão).

1.4 ESPAÇAMENTO

O espaçamento entre linhas do texto deverá ser 1,5 cm.

No entanto, existem alguns elementos no trabalho que devem apresentar

espaçamento diferente do especificado anteriormente:

As citações com mais de três linhas;

As notas de rodapé;

As referências bibliográficas;

As legendas das ilustrações e tabelas;

A natureza do trabalho (que está na folha de rosto),

27

Page 24: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

O objetivo, o nome da instituição a que é submetida e a área de

concentração devem ser digitados em espaço simples (que está na folha

de aprovação).

O espaçamento entre os parágrafos deve ser 0 ou simples, já entre os

capítulos de seções e subseções, e entre as referências, ao final do documento,

deve ser duplo.

1.6 TÍTULOS DE CAPÍTULOS E SUBSEÇÕES DO TEXTO

Utiliza-se a mesma fonte do corpo do texto Arial ou Times New Roman,

tamanho 12, alinhados à esquerda em negrito e caixa alta para os títulos de

capítulos.

As subseções do texto devem constar em tamanho 12 e negrito sem caixa alta

(maiúscula)

EXEMPLO:

CAPÍTULO I – HISTÓRICO DO DIREITO DE FAMÍLIA

1.1 A família arcaica

1.2 A família pequeno burguesa

2 ESTRUTURA DE TRABALHO ACADÊMICO ORIENTADO

28

Page 25: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Ao elaborar qualquer trabalho acadêmico, é necessário, primeiramente,

visualizar a sua estrutura geral, composta de três partes principais, e, em seguida,

os seus respectivos elementos, obrigatórios ou opcionais.

É importante conhecer e planejar todos os elementos e, antes de redigir o

trabalho, pensar em cada um deles e na sua localização no documento.

As três partes gerais são:

Pré-textual;

Textual;

Pós-textual.

29

Page 26: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto com informações

que ajudam na identificação e utilização da obra.

Cada um deve ocupar uma página exclusiva do trabalho.

Envolvem os seguintes itens, listados conforme a ordem na qual devem

aparecer no documento:

Capa (obrigatório);

Folha de Rosto (obrigatório)

Folha de Aprovação da Banca Examinadora (obrigatório);

30

Page 27: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Sumário (obrigatório).

3.1 CAPA

A capa é um elemento obrigatório e tem a função de proteger e identificar o

documento.

O curso de Direito da UNESC adota como padrão a capa em encadernação

dura na cor vermelha e em letras amarelas (douradas).

Depois de submetido à banca e feitas às devidas considerações o trabalho

deve ser encadernado em duas vias que será encaminhada a Biblioteca central.

A capa deve conter:

Nome da instituição;

Nome do autor;

Título;

Variações do título (subtítulo) se houver;

Local (cidade);

Ano de entrega.

OBS: ATENÇÃO A ESTETICA

31

Page 28: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

3.3FOLHA DE ROSTO

A folha de rosto é obrigatória, sendo a principal fonte de informação sobre um

documento, uma vez que descreve os principais dados bibliográficos, essenciais à

identificação do trabalho acadêmico.

É constituída de anverso e verso.

No anverso da folha de rosto, os elementos devem figurar na seguinte ordem:

Nome do autor (centralizado);

Título (centralizado/ caixa alta);

Subtítulo se houver (centralizado e precedido por dois pontos);

Natureza acadêmica do trabalho – monografia, dissertação, tese, o

objetivo do trabalho – aprovação em disciplina, para obtenção de grau

de etc -, identificação da instituição de ensino e a área de concentração

(recuo de 4 cm da margem esquerda e justificado);

Nome do professor orientador e, se houver, do professor co-orientador

(alinhado a direita);

Local (cidade) da Instituição (centralizado);

Data de defesa (centralizado).

A folha de rosto é obrigatória, sendo a principal fonte de informação sobre um

documento, uma vez que descreve os principais dados bibliográficos, essenciais à

identificação do trabalho acadêmico.

É constituída de anverso e verso.

No anverso da folha de rosto, os elementos devem figurar na seguinte ordem:

Nome do autor (centralizado);

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Page 29: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

Título (centralizado/ caixa alta);

Subtítulo se houver (centralizado e precedido por dois pontos);

Natureza acadêmica do trabalho – monografia, dissertação, tese, o

objetivo do trabalho – aprovação em disciplina, para obtenção de grau

de etc -, identificação da instituição de ensino e a área de concentração

(recuo de 4 cm da margem esquerda e justificado);

Nome do professor orientador e, se houver, do professor co-orientador

(alinhado a direita);

Local (cidade) da Instituição (centralizado);

Data de defesa (centralizado).

3.4MODELO DE FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO

NOME DO AUTOR(tamanho 12/ caixa alta/ negrito/ centralizado)

TÍTULO DA PESQUISA: subtítulo do trabalho (se houver)

(centralizado / caixa alta/ negrito/ tamanho 16)

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Page 30: 1 PROBLEMATIZAÇÃO

MODELO DA CAPA

UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE – UNESC

FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC-CGCURSO: BACHARELADO EM DIREITO

(centralizado/ fonte arial/ tamanho 14/ caixa alta/ negrito)

NOME DO AUTOR(centralizado/ fonte arial/ tamanho 12/ caixa alta/ negrito)

TÍTULO DA PESQUISA: subtítulo

(centralizado/fonte arial/ tamanho 18 ou 16/ caixa alta ( para o título)/ negrito)

CAMPINA GRANDE 2010

(centralizado/ tamanho 12/ negrito/ caixa alta)

NOME DO AUTOR(tamanho 12/ caixa alta/ negrito/ centralizado)

TÍTULO DA PESQUISA: subtítulo do trabalho (se houver)

(centralizado / caixa alta/ negrito/ tamanho 16)

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