1 principais tópicos a gestão financeira e a economia social a contabilidade como sistema de...

81
1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos Financeiros Balanço Demonstração de Resultados Demonstração dos Fluxos Monetários Medidas de desempenho económico-financeiro Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros EXERCÍCIO

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

104 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

1

Principais tópicos

A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos Financeiros Balanço Demonstração de Resultados Demonstração dos Fluxos Monetários Medidas de desempenho económico-financeiro Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros EXERCÍCIO

Page 2: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

2

Objectivo geral do Módulo

Pretende-se que os/as formandos/as:

Conheçam o significado da contabilidade, da análise financeira e da gestão financeira como ferramentas fundamentais para o processo de tomada de decisão das instituições do sistema de solidariedade e de segurança social na área financeira;

Conheçam os objectivos dos principais documentos financeiros e saibam interpretar o significado das principais rubricas neles incluidas;

Fiquem habilitados a identificar e a interpretar os acontecimentos económicos e financeiros mais importantes, a partir dos principais documentos financeiros;

Conheçam as principais medidas e indicadores que permitem apreciar o cumprimento da missão e o desempenho da instituição em termos económicos (evolução da sua actividade e eficiência da gestão) e em termos financeiros (estrutura de capitais, equilíbrio financeiro e liquidez).

Page 3: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

3

A Gestão Financeira e a Economia Social

Principais indicadores e critérios de desempenho

Número de pessoas ou entidades servidas;

Apoio da comunidade para os projectos desenvolvidos;

Diversidade das fontes de recursos;

Aumento e diversificação dos activos, financeiros e não financeiros;

Capacidade de demonstrar práticas de gestão efectivas;

Utilização de investimentos (edifícios, por exemplo).

Page 4: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

4

A Gestão Financeira e a Economia Social

Pontos fracos e fortes do ponto de vista de doadores e financiadores

São pontos fracos:

A fraca capacidade de planeamento e de gestão financeira;

A falta de activos para garantir segurança económica e financeira.

São pontos fortes:

Fontes variadas e mistas de fundos (doações, subsídios e rendimento comercial)

Possibilidade de se obterem condições favoráveis de financiamento (taxas de juro reduzidas)

Page 5: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

5

A Gestão Financeira e a Economia Social

Nas organizações sem fins lucrativos:

Objectivos geralmente sociais e económicos,

Necessidade de não se verificarem deficits financeiros.

Geralmente:

Baixos níveis de excedentes

Activos fixos reduzidos

Actividade considerada frequentemente em base anual

Reduzido número de planos de actividades (explícitos) a longo prazo.

Page 6: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

6

A Gestão Financeira e a Economia Social

É necessário:

Mais conhecimento sobre finanças para permitir uma mais eficiente utilização de recursos;

Melhor avaliação do desempenho financeiro (medidas para os recursos utilizados e para os benefícios gerados);

Procurar avaliar e maximizar o valor social associado aos programas desenvolvidos;

Procurar formas de governação com mais inovação, sustentabilidade financeira e participação;

Valorizar a utilização de instrumentos financeiros com vista a contribuir para a criação de emprego e para efeitos multiplicadores que justifiquem ajudas directas (subsídios) ou indirectas (deduções fiscais).

Page 7: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

7

A Gestão Financeira e a Economia Social

A gestão baseada no valor (“value based management”) possibilita uma melhor utilização dos recursos disponíveis.

Entre os recursos estão, naturalmente, os recursos financeiros.

Importa que estes recursos sejam obtidos de modo adequado ao ciclo de vida das actividades e dos programas, isto é:

Fontes de fundos de curto prazo para programas de curto prazo;

Fontes de apoio mais significativas e fiáveis para apoio a necessidades financeiras de natureza mais permanente.

Importa também procurar garantir os recebimentos atempados destes fundos para fazer face às necessidades de pagamentos. .

Page 8: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

8

Gestão e Análise Financeira

A gestão e a análise financeira começam geralmente com um conjunto de demonstrações financeiras:

Demonstração da Situação Financeira (Balanço) Apresenta a composição do património

Demonstração dos Resultados Líquidos (Receitas – Despesas) Apresenta o modo como se formam os resultados Demonstração dos Fluxos Monetários Apresenta o modo como se formam as disponibilidades em dinheiro

A partir destes documentos é possível:

Estudar decisões financeiras alternativas de investimento Realizar análises financeiras que permitem avaliar o desempenho financeiro

Page 9: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

9

Contabilidade

A Contabilidade é o processo de identificar, medir e comunicar informação económica e financeira, útil a utilizadores internos e externos (beneficiários, clientes, trabalhadores, gestores, Estado, investidores, credores, público).

Permite aos gestores julgar, avaliar e controlar os recursos existentes e decidir com conhecimento de causa, a partir da elaboração de demonstrações financeiras que relevem:

- a situação económica e a capacidade de gerar valor - a situação patrimonial e financeira - a situação monetária e a capacidade de gerar liquidez - o cumprimento das obrigações, incluindo as de carácter fiscal.

Possibilita a resposta a questões como:

- Quais os resultados da instituição? - Qual o valor gerado para os beneficiários ? - Qual a posição, devedora ou credora, da instituição face a terceiros? - Como se estão a processar os recebimentos e os pagamentos?

Page 10: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

10

Várias perspectivas da Contabilidade

Contabilidade geral

Dá-nos a situação económico-financeira da empresa e a sua situação perante o exterior (endividamento, responsabilidades em geral) em concordância com os preceitos de normalização contabilística.

É uma contabilidade externa relativa à instituição no seu todo.

Contabilidade analítica

Permite um controlo mais directo e pormenorizado das actividades da instituição sendo uma importante fonte de informação (análise de custos, dos proveitos, rendibilidade, impacte das decisões, etc.).

É uma contabilidade interna visando apurar resultados não só globais mas também por produtos, serviços, mercados, etc.

Page 11: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

11

Plano Oficial de Contabilidade das Instituições do Sistema de Solidariedade e de Segurança Social (POCISSSS)

Aprovado pelo Decreto-Lei nº 21/2002, de 25 de Janeiro, elaborado e adaptado em conformidade com as normas, regras, métodos, conceitos e princípios consignados no Plano Oficial de Contabilidade Pública;

Constitui um importante instrumento para a gestão do sistema de informação financeiro da segurança social, base do controlo orçamental e fonte fiável de informação económico-financeira para a gestão, na óptica do reforço da transparência do sector.

“O sistema contabilístico, englobando as várias perspectivas da contabilidade, consiste num conjunto de operações, metodologias e suportes de informação, através dos quais se processa o tratamento de toda a actividade das instituições, tendo em vista relevar o orçamento e o controlo da sua execução, a situação económico-financeira e o valor patrimonial bem como a análise dos custos e proveitos por forma a obter a informação simultâneamente relevante, fiável e atempada” (POCISSSS, p.540).

Page 12: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

12

A Contabilidade como sistema de informação

Três formas ou ópticas de olhar para os fluxos de uma instituição

óptica financeira

óptica económica

óptica monetária

Page 13: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

13

A Contabilidade como sistema de informação

Óptica financeira

Considera os direitos e as obrigações de carácter financeiro: receitas e despesas respectivamente.

A perspectiva financeira permite analisar a importância dos recursos económicos da instituição, o equilíbrio financeiro, a liquidez e a autonomia financeira. Obtém-se a partir da leitura do Balanço.

Óptica económica

Considera os fluxos reais externos e internos (consumos ou utilizações de meios ou recursos (matérias-primas, energia, mão de obra, equipamentos, instalações) e obtenção de produções: custos e proveitos.

Nesta perspectiva, procura analisar-se a economicidade dos meios e a capacidade de gerar bens e serviços. Obtém-se a partir das Demonstrações de Resultados.

Page 14: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

14

A Contabilidade como sistema de informação

Óptica monetária:

Para se assegurarem os fluxos reais externos de entradas dos fornecedores (despesas) e de saídas para os utentes ou clientes (benefícios ou receitas), torna-se necessário proceder à correspondente contraprestação pecuniária (ou à valorização monetária no caso de benefícios sociais).

Gera-se um conjunto de fluxos externos monetários (com sentido inverso ao dos fluxos reais): pagamentos (fluxos de saída de meios líquidos de pagamento) e recebimentos (fluxos de entrada de meios líquidos de pagamento).

A preocupação agora é a de existirem ou não meios líquidos de pagamento e capacidade de a instituição os gerar. A sua representação faz-se na Demonstração de Fluxos Monetários.

Page 15: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

15

Tipo de Fluxos Perspectiva Quadros demonstrativos

Fluxos financeiros- externos: Despesas Receitas

Financeira Balanço

Fluxos económicos- internos: Custos Proveitos

EconómicaDemonstrações de Resultados (por natureza e por funções)

Fluxos monetários- externos: Pagamentos Recebimentos

MonetáriaDemonstração de Fluxos Monetários

A Contabilidade como sistema de informação

Page 16: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

16

Gestão Financeira

Cabe – lhe gerir os fluxos financeiros (de entrada e saídas de dinheiro), visando maximizar a sua utilidade relativamente aos objectivos da instituição. Para isso, ocupa-se das decisões financeiras.

As decisões financeiras podem ser encaradas numa dupla perspectiva:

- Temporal: decisões a curto prazo ou a médio e longo prazo; - Conteúdo específico: Decisões estratégicas – programas/projectos, obtenção de fundos e realização de benefícios sociais; Decisões tácticas – planos e orçamentos financeiros anuais, orçamentos de tesouraria; Decisões operacionais – gestão das dívidas a curto prazo, crédito concedido e depósitos em instituições financeiras e caixa, etc.

Page 17: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

17

Horizonte temporal Decisões financeiras

Gestão Financeira

Médio/Longo Prazo(estratégia financeira)

- Investimentos em Programas e Projectos para Realização de benefícios sociais- Obtenção de fundos

Curto Prazo ou Gestão da tesouraria em sentido lato(decisões operacionais)

Gestão:- do Activo Circulante- dos Passivos de Curto Prazo

Gestão Financeira

Page 18: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

18

Decisões financeiras

As principais decisões financeiras são as seguintes:

- Que Programas/Projectos de longo prazo realizar ? - Como obter o dinheiro necessário para a sua implementação ?

- Qual o montante de recursos financeiros de curto prazo que possibilita a satisfação das necessidades financeiras da instituição ?

Gestão Financeira

Page 19: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

19

Numa organização sem fins lucrativos, o objectivo fundamental será - a maximização do valor dos benefícios sociais realizados.

Numa organização com fins lucrativos, o objectivo será - a maximização dos fluxos de caixa (cashflows) ou fluxos monetários e a maximização da riqueza dos accionistas/sócios, medida como o valor actual dos fluxos de caixa a conferir aos titulares do capital da organização no futuro

Numa perspectiva económica e financeira mais ampla e que procure compatibilizar os vários interesses em jogo na organização e os objectivos da gestão, será - a maximização do valor da organização/criação de valor para o accionista

Gestão Financeira

Page 20: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

20

Análise Financeira

Conjunto de instrumentos e métodos (que estabelecem relações ou indicadores entre contas, agrupamentos de contas ou grandezas económico-financeiras) cuja finalidade é avaliar o desempenho económico e a realização de políticas e os seus efeitos na situação financeira da instituição em cada momento, a partir de documentos de informação contabilística e financeira.

Assim, a análise financeira: - Habilita os gestores com informação útil para a tomada de decisão; - Fornece elementos de controlo importantes sobre as decisões tomadas.

O Balanço e a Demonstração de Resultados têm constituído os elementos financeiros de base para a realização da análise financeira e, mais recentemente, também a Demonstração de Fluxos Monetários.

Page 21: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

21

Vertentes de análise: resultados e risco

A análise das decisões financeiras deverá ter em conta duas vertentes complementares:

Resultados: - Capacidade de uma instituição para realizar benefícios sociais a partir das actividades desenvolvidas (numa organização com fins lucrativos, os resultados ou a rendibilidade é a capacidade de gerar fluxos monetários com saldo positivo).

- Permite analisar a existência ou não de condições para assegurar o equilíbrio financeiro ou mesmo o crescimento sustentado e a independência financeira da instituição.

Risco: Capacidade da instituição para obter fundos e para pagar as suas dívidas e os custos financeiros associados.

Análise Financeira

Page 22: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

22

Complementaridades das duas vertentes

Capacidade de cumprir o serviço da dívida não pode ignorar os resultados de médio e longo prazo da instituição;

Paralelamente, boas perspectivas de resultados e crescimento podem ser comprometidas por uma fraca capacidade de obtenção de fundos e de gestão das necessidades de crédito.

Análise Financeira

Page 23: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

23

Documentos Financeiros de prestação de contas Balanço Demonstração de Resultados Demonstração dos Fluxos Monetários

Funções económicas dos Documentos Financeiros:

Informar sobre o desempenho histórico e a situação financeira presente da instituição; Meio adequado para a fixação de objectivos e restrições de gestão; Suporte adequado para o planeamento financeiro.

Documentos Financeiros

Page 24: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

24

Apresentam – se neste Módulo demonstrações financeiras exemplificativas (com base nos modelos incluídos no POCISSSS)

Nota:

O quadro e o código de contas apresentados no diploma de apresentação do POCISSSS pretendem dar resposta à necessidade de informação que as instituições do sistema de solidariedade e de segurança social devem dispor com vista a captarem as actividades económicas que desenvolvem e a sua situação financeira.

Documentos Financeiros

Page 25: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

25

Balanço

Fornece um retrato da situação financeira da instituição numa determinada data (geralmente no fim do ano fiscal):

- de um lado apresenta os activos (o que a instituição tem), - do outro os passivos (dívidas ou capitais alheios) e os fundos próprios da instituição.

Os dois lados do Balanço têm de estar sempre (estruturalmente) equilibrados, de acordo com a identidade fundamental

Activos = Passivos + Fundos Próprios,

uma vez que cada activo tem de ser financiado por recursos fornecidos por outros ou pela própria instituição.

Page 26: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

26

Duas formas de definir o Balanço

Perspectiva patrimonial

O Balanço apresenta – se como um quadro que evidencia a situação patrimonial da instituição, ou seja, o conjunto dos bens e direitos e o conjunto das obrigações que lhe estão afectos.

Perspectiva financeira

O Balanço traduz um conjunto de aplicações de fundos e as correspondentes origens.

Page 27: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

27

Perspectiva patrimonial

Esquematicamente:

Balanço

1º membro 2º membro

Bens e direitos = Activo

Obrigações

Para com Terceiros = Passivo

Para com a instituição = Situação Líquida ou Património Líquido

Page 28: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

28

Os grandes componentes do Balanço

Activo Elementos patrimoniais activos, que correspondem a: - bens ou direitos possuídos ou controlados pela instituição; e a - dívidas a receber resultantes de operações efectuadas no passado e que se poderão traduzir no futuro em benefícios.

Passivo Elementos patrimoniais passivos, que correspondem a dívidas ou encargos a pagar resultantes de operações passadas.

Situação Líquida ou Património Líquido Diferença entre Activo e Passivo, ou seja o que sobra do Activo depois de deduzido o Passivo e que, naturalmente, corresponde ao valor dos fundos que pertencem à instituição. Traduz-se nos direitos da instituição sobre o Activo.

Page 29: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

29

Perspectiva financeira

Esquematicamente:

1º membro 2º membro

Aplicações

Imobilizações Existências Dívidas a receber Depósitos em Inst. Fin. e caixa

= Activo Total

Origens

Obtidas/geradas pela instituição:

= Fundos Próprios (ou Activo Líquido)

De Terceiros: = Capital Alheio ou Passivo

Balanço

Page 30: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

30

Balanço

Activo Fundos Próprios e Passivo

Activo Imobilizado Fundos Próprios 

Passivo de Médio/Longo Prazo

Activo Circulante

Passivo de Médio/Longo Prazo

 

Page 31: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

31

Balanço

1º membro do Balanço: Para onde vai o dinheiro

Trata-se de uma demonstração de todas as aplicações de capital (Activo ou Capital): - Capital fixo (imobilizações, investimentos financeiros), e - Capital circulante (existências, dívidas de terceiros de curto ou médio/longo prazo).

2º membro do Balanço: De onde vem o dinheiro Demonstração de todas as fontes de financiamento (origens) dessas aplicações: - Donativos, quotizações, subsídios e resultados gerados pela própria instituição (Fundos Próprios) e - Bancos, fornecedores, Estado, credores diversos (Capital Alheio).

O Balanço pode ser entendido como um instrumento de informação financeira global, mas também pode ser construído por segmento da instituição, no interesse do seu melhor conhecimento e apoio à decisão.

Page 32: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

32

Ordenação das rubricas

As rubricas estão ordenadas por ordem natural das aplicações de capitais (e também por ordem crescente de liquidez, isto é, da sua capacidade de serem convertidos em dinheiro), pelo que surgem no início as imobilizações incorpóreas e em particular as despesas de instalação da instituição.

Depois, as restantes rubricas dos imobilizados (corpóreos e investimentos financeiros), e os activos circulantes.

No 2º membro, as rubricas aparecem ordenadas por ordem natural das origens de fundos (e também por ordem crescente de prazos de exigibilidade).

Os Fundos Próprios encontram-se acima do Passivo MLP pois, ao contrário deste, não têm carácter exigível.

Page 33: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

33

Elementos e descrição (geral)

Activo(primeiro membro)

Conjunto de bens e direitos da instituição (são recursos económicos adquiridos), também designado por conjunto das aplicações de fundos.

Activo Imobilizado Inclui terrenos, edifícios, equipamentos, despesas de instalação, investimentos financeiros e outras aplicações de fundos com carácter de permanência (> 1 ano).

Activo Circulante São aplicações de curto prazo que resultam em geral das operações correntes da instituição (existências, dívidas de terceiros, depósitos em Inst. Financeiras e caixa).

Fundos Próprios e Passivo (segundo membro)

Conjunto das origens de fundos que financiam o conjunto das aplicações reflectido no Activo.

Fundos Próprios Entradas e aumentos de fundos da instituição e resultados retidos.

Passivo de Médio/Longo Prazo

Valor das dívidas com data de vencimento superior a 1 ano.

Passivo de Curto Prazo Valor das dívidas com data de vencimento inferior a 1 ano.

Page 34: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

34

Exemplo de Balanço (rubricas mais comuns)

Imobilizado LíquidoIncorpóreo BrutoCorpóreo Bruto- Amortizações AcumuladasInvestimentos Financeiros- Provisões para invest. financeirosActivo CirculanteExistênciasDívidas de Terceiros – Médio e Longo PrazoDívidas de Terceiros – Curto PrazoClientesUtentes Títulos NegociáveisDepósitos em Instituições Financeiras e CaixaTotal do Activo

PatrimónioDoaçõesSubsídiosReservas Resultados TransitadosResultado Líquido do exercício Total dos Fundos Próprios

Provisões para Riscos e EncargosDívidas a Terceiros – Médio e Longp PrazoDívidas a Terceiros – Curto PrazoDívidas a FornecedoresDívidas ao Estado Total do PassivoTotal do Fundos Próprios e do Passivo

Page 35: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

35

Demonstração de Resultados

O Balanço reporta -se a uma data (normalmente 31/12 de cada ano), e nunca a um período; assim, o resultado líquido apurado – excedente ou prejuizo – por intermédio das diferenças da situação patrimonial líquida, limita-se a constatar um facto, mas não o explica. Através dele não é possível conhecer as fontes geradoras de excedente. Esse papel cabe à Demonstração de Resultados.

A Demonstração de Resultados (DR) evidencia a formação dos resultados obtidos num dado período (ano) a partir das receitas e das despesas, de natureza operacional e financeira.

No caso das organizações não lucrativas, poderá não captar completamente os “inputs” das actividades realizadas ou os “outputs”, atendendo às dificuldades inerentes ao processo de avaliação dos benefícios sociais.

Normalmente, essa evidência é efectuada tendo em conta: - A natureza dos valores positivos e negativos das rubricas (dos custos e proveitos) (D R por natureza); - A afectação funcional dos referidos valores positivos e negativos (em particular de acordo com as funções da instituição – produção, comercial, financeira, etc.) (D R por funções).

Page 36: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

36

Demonstração de Resultados

O princípio

Nas unidades económicas suportam-se custos com a utilização de recursos visando, no final do processo, acrescentar valor e obter proveitos ou benefícios.

A definição contabilística de resultado é: Receitas – Despesas = Resultado

O método utilizado para registo das receitas e despesas, de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites, requer o seu registo no momento em que são obtidos os compromissos de receita (não necessariamente os recebimentos correspondentes) e em que se incorre em despesas (mesmo que não pagas nesse momento). Desta forma, melhor fica reflectida a situação económica da instituição.

Ou seja, a Demonstração de Resultados expressa proveitos e custos (fluxos constituintes dos resultados do período) e não propriamente recebimentos e pagamentos (fluxos monetários). Existem também, aliás, valores de custos que não correspondem a fluxos monetários: é o caso das amortizações e das provisões

Page 37: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

37

Demonstração de Resultados

Demonstração de Resultados por natureza

São os quadros demonstrativos dos resultados apurados, evidenciando os custos e os proveitos segundo a natureza dos elementos de proveitos e custos.

Que tipo de resultados ? Os mais importantes para apreciar a situação económica da instituição:

Resultado operacional ou económico Respeita aos excedentes ou prejuízos obtidos nas actividades normais da instituição. É calculado por diferença entre proveitos e custos operacionais, que derivam do exercício das actividades de vendas e de prestação de serviços. Permite evidenciar a capacidade da instituição em gerar excedentes, independentemente da forma de financiamento dos seus recursos. Traduz a viabilidade ou a inviabilidade económica das actividades desenvolvidas.

Page 38: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

38

Demonstração de Resultados

Resultado financeiro Evidencia os excedentes ou prejuízos decorrentes das decisões financeiras, quer quanto à aplicação dos excedentes, quer quanto ao financiamento das necessidades financeiras. É calculado por diferença entre proveitos e ganhos financeiros e custos e perdas financeiras.

Resultado extraordinário Diz respeito a valores meramente ocasionais ou eventuais. Em regra, são imprevisíveis e aleatórios. É calculado por diferença entre proveitos e ganhos extraordinários e custos e perdas extraordinários.

Estes resultados englobam componentes que são calculados com base na aplicação de critérios, princípios e normas contabilísticas que comportam soluções alternativas e/ou possibilitam interpretações subjectivas. Em particular, trata-se das Amortizações (cobrem os custos decorrentes da utilização dos imobilizados) e das Provisões (cobrem as perdas ou despesas prováveis de montante previsível).

Page 39: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

39

Demonstração de Resultados por natureza

PROVEITOS E GANHOS

Proveitos e Ganhos OperacionaisProveitos e Ganhos FinanceirosProveitos e Ganhos Extraordinários

CUSTOS E PERDAS

Custos e Perdas OperacionaisCustos e Perdas FinanceirosCustos e Perdas Extraordinários

Imposto sobre o rendimento do exercício

Resultado Líquido

Page 40: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

40

Elementos e descrição

Proveitos e Ganhos/ Custos e Perdas Operacionais

Respeitam as actividades habituais da instituição

Proveitos e Ganhos/ Custos e Perdas Financeiros

Juros e outros resultados de natureza financeira

Proveitos e Ganhos/ Custos e Perdas Extraordinários

Resultados não relacionados com as actividades habituais da instituição, de carácter eventual ou ocasional

Imposto sobre o rendimento

IRC apurado

Resultado Líquido Lucro ou prejuízo (líquido de impostos) apurado

Demonstração de Resultados

Page 41: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

41

Indicadores associados:

Resultado Operacional =Proveitos Operacionais

-Custos Operacionais

Resultados Correntes =Resultados Operacionais

+Resultados Financeiros

Resultados Antes de Impostos =Resultados Correntes

+Resultados Extraordinários

Resultado Líquido =Resultados Antes de Impostos

-Imposto sobre o rendimento

Demonstração de Resultados

Page 42: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

42

Demonstração de Resultados

Demonstração de Resultados por funções

Neste caso, os custos e proveitos são agregados por funções, evidenciando os custos das funções clássicas das organizações(produção, distribuição, administrativa e financeira). A afectaçãodos custos em termos funcionais (custo das vendas, administrativos,de distribuição) exige a utilização de uma classificação complementar,ou seja, um sistema de contabilidade interna ou analítica (ou de gestão).

Page 43: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

43

Demonstração de Resultados por funções

Vendas e prestações de serviços- Custo das vendas e das prestações de serviços= +/- Resultados brutos

- Custos de distribuição- Custos administrativos- Outros proveitos e custos operacionais= +/- Resultados operacionais

+/- Resultados financeiros= +/- Resultados correntes+/- Resultados extraordinários= +/- Resultados antes de impostos

Imposto sobre o rendimento do exercício

= +/- Resultado líquido

Page 44: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

44

Demonstração dos Fluxos Monetários

Na Demonstração dos Fluxos Monetários (DFM) faz-se a síntese entre todos os recebimentos e pagamentos anuais, relativos aos três tipos de decisões: operacionais (actividades normais de funcionamento), de investimento (aquisição de terrenos, edifícios ou equipamentos) e de financiamento (obtenção do dinheiro necessário à realização dos investimentos e das actividades operacionais). Deste modo, torna-se possível o esclarecimento da natureza das entradas e saídas em dinheiro na instituição.

Embora reflectindo uma visão mais elementar da informação financeira (o que se recebeu e pagou), o certo é que o desenvolvimento das actividades económicas das instituições fica muito condicionado pela falta de liquidez (dinheiro no momento certo). Importa, assim, conhecer o modo como a instituição gere e utiliza o dinheiro num determinado período.

Page 45: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

45

Demonstração dos Fluxos Monetários

A importância da Demonstração dos Fluxos Monetários resulta do facto de nem sempre existir uma correlação entre os resultados apurados (na Demonstração de Resultados) e os fluxos monetários.

É assim útil como complemento da Demonstração de Resultados, mostrando qual a variação dos meios monetários (disponibilidades monetárias) num dado período e o que a originou.

Pode, com efeito, acontecer que instituições apresentem saldos anuais positivos na Demonstração de Resultados, passando por dificuldades financeiras e vice-versa. Melhora assim a possibilidade de uma apreciação quantitativa do resultado do exercício.

Page 46: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

46

De acordo com o disposto nas directrizes contabilísticas oficiais, os fluxos monetários devem ser classificados tendo por base o tipo de actividade que os originou (operacional, de investimento, de financiamento).

Demonstração dos Fluxos Monetários

Fluxos das actividades operacionais-Recebimentos e pagamentos relativos às actividades normais de funcionamento

Fluxos das actividades de investimento-Recebimentos e pagamentos relativos à compra e alienação de imobilizado corpóreo, incorpóreo e outros activos fixos.

Fluxos das actividades de financiamento-Recebimentos e pagamentos relativos a aumentos de capital, pagamento de juros, e angariação e reembolso de empréstimos.

Variação de disponibilidades e seus equivalentes-Variação das disponibilidades e de aplicações de tesouraria.

Page 47: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

47

Demonstração dos Fluxos Monetários

Actividades operacionais: São as que constituem o objecto das actividades normais de funcionamento da instituição, isto é, os recebimentos que decorrem das quotizações recebidas, ou das prestações de serviços e vendas realizadas, e os pagamentos que decorrem das compras de bens e serviços ou outras associadas às actividades e serviços realizados pela instituição.

Actividades de investimento:Compreendem os pagamentos e os recebimentos relativos às compras ou às vendas de investimentos (imobilizações corpóreas e incorpóreas) e de activos financeiros de médio e longo prazo (investimentos financeiros) e os recursos provenientes de alienações de imobilizações corpóreas e incorpóreas e de investimentos financeiros.

Actividades de financiamento: Compreendem os recebimentos provenientes de doações, subsídios ou empréstimos obtidos e os pagamentos respeitantes à amortização dos empréstimos obtidos e respectivos juros.

Page 48: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

48

Demonstração dos Fluxos Monetários

Para elaborar esta Demonstração, os recebimentos e os pagamentos do período deverão, ser obtidos a partir do ajustamento do resultado líquido do exercício, através da exclusão de todas as rubricas que não tenham expressão monetária (não correspondem a entradas ou a saídas em dinheiro) e da adição de outras rubricas que correspondem a fluxos monetários ainda não considerados na Demonstração de Resultados.

Assim:

Fluxos operacionais: Aos resultados líquidos reúnem-se as amortizações e as provisões, e ajustam-se as variações nos activos e passivos correntes (que correspondem a diferimentos nos recebimentos e nos pagamentos relativamente às receitas e às despesas realizadas);

Page 49: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

49

Demonstração dos Fluxos Monetários

Fluxos investimento: Consideram-se também estes fluxos, que envolvem alterações nos activos de capital: aquisição de activos fixos e vendas de activos fixos

Fluxos financiamento: E consideram-se ainda os fluxos em dinheiro para os credores e os fluxos em dinheiro dos credores e da instituição, que incluem variações na dívida e nos fundos próprios.

Page 50: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

50

Demonstração dos Fluxos Monetários

A variação de disponibilidades monetárias (ou de fluxos monetários), ou seja, o saldo anual em dinheiro gerado na instituição, é a soma dos fluxos dos três tipos de actividades. Designa-se por fluxo monetário, fluxo de caixa ou “cash flow”. Irá aparecer no balanço, na rubrica Depósitos em Instituições Financeiras e Caixa (ou Disponibilidades) do Activo.

É a rubrica mais importante que se pode obter a partir dos documentos financeiros. O que importa em finanças é o dinheiro recebido ou pago. Este documento explica a variação anual desse valor.

Page 51: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

51

Exemplo de Demonstração dos Fluxos Monetários (rubricas mais comuns)

Fluxos monetários das actividades operacionaisResultado Antes de Juros e Impostos+ AmortizaçõesVariação deValores a receber (dívidas de utentes)Valores a receber (dívidas de clientes)ExistênciasValores a pagar (dívidas a fornecedores)Valores a pagar (Estado)- Pagamento de ImpostosTotal

Fluxos monetários de investimentoAquisição de activos fixos (instalações e equipamento)- Venda de activos fixosTotal

Fluxos monetários de financiamento+ Variação das dívidas de Curto Prazo+ Variação das dívidas de Médio e Longo Prazo- Pagamento de Juros de Curto Prazo- Pagamento de Juros de Médio e Longo Prazo+ Variação do Património, Doações e SubsídiosTotal

Variação de disponibilidades

Page 52: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

52

Medidas de desempenho económico-financeiro

A razão fundamental para a avaliação do desempenho financeiro é determinar como é que a instituição está a cumprir a sua missão. Os valores financeiros não podem só por si dar resposta a esta questão mas podem esclarecer quanto à origem de fundos, o custo da prestação de serviços ou a capacidade da instituição para actuar no futuro, dando resposta a questões como as seguintes:

- Existem ou não fundos líquidos em dinheiro ? - Quão prudente é a gestão dos meios financeiros disponíveis e dos investimentos ? - A instituição é ou não estável financeiramente ? - Existe ou não riqueza acumulada que permita sustentar financeiramente a instituição no caso em que a angariação de fundos se venha a reduzir no futuro ?

Muito importante é também procurar avaliar os benefícios dos programas sociais realizados, o que deverá incluir a avaliação do “capital social” de uma instituição (liderança, conhecimento, relações com outras entidades).

Page 53: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

53

Medidas de desempenho económico-financeiro

Os três tipos seguintes de medidas ou indicadores deverão ser considerados:

Medidas de Valor dos Benefícios Sociais

Medidas de Dimensão

Indicadores ou Rácios Económicos e Financeiros.

Page 54: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

54

Medidas de Valor dos Benefícios Sociais

É muito importante medir os benefícios sociais dos programas de actividades sociais da instituição. Há que

- Procurar conhecer a procura de um dado programa social em termos de volume de participação; - Procurar medir os resultados ou o impacto social do programa a longo prazo, o que geralmente requer investigação, dados estatísticos e avaliação dos custos e benefícios. - Comparar custos e benefícios e calcular o Valor Actual Líquido (VAL) do programa (valor total do programa hoje). Se o VAL tiver um valor maior do que 0, então o programa cria e aumenta o valor social em relação ao investimento que foi feito no programa.

Importante é não esquecer que o objectivo principal da gestão financeira deve ser a maximização do valor social dos investimentos realizados nos programas sociais

Page 55: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

55

Medidas de Dimensão

Análise global de recursos a partir das Demonstrações Financeiras

Balanço Distribuição percentual dos activos totais por grandes grupos de rubricas (imobilizações, activo circulante, passivo de médio e longo prazo, passivo de curto prazo, fundos próprios).

- Ajuda a identificar os recursos disponíveis para prestar serviços no futuro (mas não inclui valores menos tangíveis) Demonstração de resultados: Distribuição percentual das receitas e das despesas totais por grandes grupos de rubricas.

- Permite avaliar a importância relativa dos diferentes tipos de receitas (doações, quotizações, prestação de serviços, etc.); - Permite revelar a importância relativa dos custos de pessoal nos custos totais, a importância do consumo de outros recursos na prestação de serviços do programa social (por exemplo, serviços de angariação de fundos ou administrativos).

Page 56: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

56

Indicadores ou Rácios Económicos e Financeiros

Os indicadores ou rácios económicos e financeiros permitem analisar os principais aspectos do desempenho da instituição:

- A evolução da actividade - A eficiência da gestão - A evolução das origens e aplicações de fundos - O equilíbrio liquidez versus exigibilidade

A análise dos Rácios - Deve ter em conta o ponto de vista adoptado da instituição, dos credores ou outra; - Deve dispor de referências para comparação e monitorização de valores: . outras instituições com missão, actividades e dimensão similares; . a instituição em períodos anteriores

Page 57: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

57

Limitações dos Rácios

- Permitem a quantificação de factos mas não a sua explicação;

- Necessitam de informação complementar para confirmação das conclusões obtidas; - Necessitam de comparação com outros rácios de outros períodos ou instituições;

- Não existem valores absolutos de referência;

- Dificuldade em definir instituições comparáveis

Page 58: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

58

Rácios de actividade ou eficiência

Rácio de eficiência de um programa de actividades

Despesas totais/ Despesas das actividades do Programa

Este rácio mede os custos dos “inputs” das actividades ou serviços prestados.

Para conhecer os “outputs” ou os resultados em termos dos benefícios de longo prazo e do cumprimento eficiente da missão deverá recorrer-se às medidas de valor dos benefícios sociais.

Page 59: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

59

Rácios de rendibilidade

O conceito de rendibilidade: é um dos mais importantes para a situação económica e financeira de uma organização com fins lucrativos. É uma relação entre um dado resultado gerado e um montante de recurso ou investimento que o permitiu gerar.

Nas organizações não lucrativas, o excesso de receitas em relação àsdespesas não é necessariamente um indicador de bom desempenho.

Nas instituições de maior dimensão, em que se realizem investimentose actividades geradoras de dinheiro, o objectivo será obter lucros quepermitam financiar as actividades dos programas sociais. Para estas actividades, é comum comparar o lucro realizado com a dimensão da actividade. Por exemplo:

Margem de lucro (ou Rendibilidade das Vendas) Resultado Operacional/ Vendas

Page 60: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

60

Rácios de estrutura de capital

Os rácios de estrutura ou de endividamento avaliam a estrutura de capital da instituição e a sua capacidade para pagar os seus compromissos financeiros a longo prazo. Avaliam a utilização da dívida e dos fundos próprios para o financiamento dos activos. Endividamento

Passivo Total / Activo Total Esta medida indica que parte dos activos é financiada pelos fundos alheios.

Autonomia Financeira Global

Fundos Próprios / (Fundos Próprios + Passivo)

Esta medida indica o peso dos Fundos Próprios no total dos fundos.

Page 61: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

61

Rácios de estrutura de capital

- A definição mais simples de “solvabilidade financeira” é serem positivos os activos líquidos.

- Porém, as organizações não lucrativas poderão ser viáveis com activos líquidos negativos, uma vez que muitos activos importantes não são registados ou são subavaliados no sistema financeiro (como os valores menos tangíveis dos benefícios sociais, o valor do “staff” existente ou da “expertise” desenvolvida na instituição).

- O financiamento com fundos alheios é importante porque permite o crescimento das instituições e ajuda instituições com alguma intensidade de activos a expandir os seus equipamentos. Porém, não convém ter uma grande dependência desses fundos para preservar o controlo da instituição.

Page 62: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

62

Rácios de liquidez

Os rácios de liquidez avaliam a capacidade da instituição para fazer face às suas obrigações financeiras de curto prazo e ao seu funcionamento normal.

Liquidez Geral Liquidez Geral = Activo Circulante / Passivo de curto prazo

Os valores activos circulantes correspondem aos bens activos que serão convertidos em dinheiro nos próximos 12 meses, e os valores passivos de curto prazo são as dívidas que serão regularizadas nos próximos 12 meses. Assim, este rácio é uma medida da capacidade da instituição para satisfazer os seus compromissos financeiros em devido tempo. Um baixo valor deste rácio significa possíveis problemas de insolvência.

Page 63: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

63

Rácios de cobertura

Cobertura dos encargos financeiros Resultado Operacional / Juros Financeiros

É o número de vezes que o Resultado Operacional cobre os Juros Financeiros. Representa a “margem de segurança” quanto ao pagamento dos juros. Um valor alto é desejável, quer para credores quer para a gestão.

Cobertura do serviço da dívida

Resultado Operacional / Juros e Dívida Financeira

É o número de vezes que o Resultado Operacional cobre os Juros Financeiros e a Dívida bancária.

Page 64: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

64

Rácios de rotação

Os rácios de rotação avaliam a capacidade da instituição para utilizar os seus activos produtivamente na criação de resultados.

Prazo de médio de recebimentos (PMR, em meses)

PMR = (Valor médio das Dívidas de Utentes (ou Clientes) / Valor dos serviços prestados (ou Vendas)) x 12 É uma medida específica da eficiência das cobranças da instituição. Interessa um valor baixo para este rácio.

Prazo de médio de pagamentos (PMP, em meses)

PMP = (Valor médio das Dívidas a Fornecedores / Compras) x 12 É uma medida específica das condições de pagamento da instituição. Interessa um valor elevado para este rácio.

Page 65: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

65

Rácios de rotação

Necessidades em Fundo de Maneio

O valor das Necessidades em Fundo de Maneio de exploração de uma instituição é dado por: NFM = PMR * V + PMA * CMV – PMP* CMF,

onde V – Vendas, CMV – Consumo de mercadorias e matérias CMF – Compras a fornecedores

As Necessidades em Fundo de Maneio de exploração podem ser analisadas tomando como referência as práticas habituais das condições financeiras da área de actividade em que a instituição se situa ou as práticas vigentes na própria instituição.

Trata-se de um outro indicador da capacidade da instituição para satisfazer os seus compromissos financeiros de curto prazo.

Page 66: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

66

Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros

A sequência de elaboração dos 3 Documentos poderá ser a seguinte:

1º Demonstração de Resultados 2º Demonstração dos Fluxos Monetários 3º Balanço

Os valores a introduzir para as diferentes rubricas destes Documentos são, em termos gerais, os valores dos pressupostos ou condições previstas relativamente às actividades de funcionamento operacional, de investimento e de financiamento da instituição.

Page 67: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

67

Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros

1º Demonstração de Resultados (DR)

Os pressupostos a introduzir directamente na DR são valores relativos às condições de funcionamento ou de actividade operacional da instituição (proveitos e custos operacionais, amortizações), juros, impostos.

2º Demonstração dos Fluxos Monetários (DFM)

Os pressupostos a introduzir directamente na DFM são valores relativos a actividades operacionais da instituição (variação de valores a receber, de existências e de valores a pagar), às actividades de investimento e a actividades de financiamento (variação de dívidas, variação dos fundos próprios).

Os valores das restantes rubricas da DFM poderão obter-se na DR, anteriormente já construída: Resultado Antes de Juros e Impostos (RAJI), Amortizações e Impostos (actividades operacionais) e Pagamento de Juros (actividades de financiamento). É a partir destas rubricas que é feita, assim, a ligação entre a DR e a DFM.

Page 68: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

68

Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros

Demonstração dos Fluxos Monetários (DFM)

Recorde-se, a este respeito, que a variação de valores a receber, a pagar e de existências corresponde às diferenças verificadas entre os valores anuais de proveitos/custos operacionais indicados na DR e os respectivos valores anuais de recebimentos/pagamentos, caso a totalidade dos proveitos ou dos custos não seja paga no ano a que respeitam. Neste caso, aumentarão as dívidas anuais de utentes/clientes relativamente ao valor total dos serviços prestados/vendas anuais, as dívidas aos fornecedores de mercadorias relativamente ao valor total das compras anuais, ou o stock (existências) de mercadorias (cujo pagamento não vem reflectido na DR)).

Page 69: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

69

Elaboração articulada das três Demonstrações Financeiros

3º Balanço (B)

Os valores das diferentes rubricas do B serão obtidos a partir da DFM (ver quais as rubricas no modelo de B a seguir) e da DR (o Resultado Líquido do exercício), anteriormente já construídas.

Os valores das rubricas do B relativo ao final de um dado ano, resultam da variação verificada em relação ao final do ano anterior e são facilmente obtidos a partir da DR e da DFM devendo ser adicionados aos valores do B do ano anterior.

Finalmente, para comprovar que todos os valores estão correctamente indicados n o B, deverá confirmar-se a verificação da identidade fundamental do B, Activos = Passivos + Fundos Próprios.

Page 70: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

70

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR

(relativos a 2006)

Pressupostos

Para a Demonstração de Resultados:

Proveitos operacionais totais Vendas 80 Prestação de serviços 120 Subsídios e Doações obtidas 60

Custos operacionais totais: Custo das Vendas e Prestação de serviços 96 Fornecimentos e Serviços Externos 30 Custos com Pessoal 20 Outros Custos Operacionais 10

Amortizações do Exercício 30 Resultados Financeiros (Juros) -35 Imposto sobre o Rendimento 15,6

Page 71: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

71

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR

(relativos a 2006)

Para a Demonstração dos Fluxos Monetários:

Fluxos monetários das actividades operacionais Variação de

- Valores a receber (dívidas de utentes) -10 - Valores a receber (dívidas de clientes) -10 - Existências -10 - Valores a pagar (dívidas a fornecedores) +10 Fluxos monetários de investimento

- Aquisição de activos fixos (instalações e equipamento) 90

Fluxos monetários de financiamento - Variação das dívidas de Curto Prazo (a bancos) 94,6

Page 72: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

72

2005

Imobilizado LíquidoIncorpóreo BrutoCorpóreo Bruto- Amortizações AcumuladasInvestimentos Financeiros- Provisões para invest. financeirosActivo CirculanteExistênciasDívidas de Terceiros – Curto PrazoClientesUtentesDepósitos em Instituições Financeiras e CaixaTotal do Activo

204001005010

50

4050100600

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR

(relativos a 2006)

Para o Balanço:

Page 73: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

73

PatrimónioResultados TransitadosResultado Líquido do exercícioTotal dos Fundos Próprios

200805

285

Provisões para Riscos e EncargosDívidas a Terceiros – CPDívidas a Instituições de CréditoFornecedoresOutros CredoresTotal do PassivoTotal dos Fundos Próprios e do Passivo

101651003010

315600

Page 74: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

74

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR

Resultados

Demonstração de Resultados2006

VendasPrestação de serviçosTransferências e subsídios correntes obtidos

8012060

Proveitos operacionais totais 260

MercadoriasFornecimentos e Serviços ExternosCustos com PessoalOutros Custos Operacionais

96302010

Custos Operacionais Totais 156

Result. Antes Jur., Imp., Amort. 104

Amortizações do Exercício 30

Resultados Operacionais 74

Resultados Financeiros - 35

Resultados antes de ImpostosImposto sobre o Rendimento

39-15,6

Resultado Líquido 23,4

Page 75: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

75

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR

(relativos a 2006)

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR Resultados

Demonstração dos Fluxos Monetários

2005

Fluxos monetários das actividades operacionaisResultado Antes de Juros e ImpostosAmortizaçõesVariação deValores a receber (dívidas de utentes)Valores a receber (dívidas de clientes)ExistênciasValores a pagar (dívidas a fornecedores)Pagamento de ImpostosTotal

7430-10-10-1010

-15,668,4

Fluxos monetários de investimentoAquisição de activos fixos (instalações e equipamento)Total

-90-90

Fluxos monetários de financiamentoVariação das dívidas de Curto PrazoPagamento de Juros de Médio e Longo PrazoTotal

94,6-3559,6

Variação de disponibilidades 38

Page 76: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

76

Elaboração dos Documentos Financeiros da Associação AJUDAR Resultados

Balanço

2005 2006

Imobilizado LíquidoIncorpóreo BrutoCorpóreo Bruto- Amortizações AcumuladasInvestimentos Financeiros- Provisões para invest. financeirosActivo CirculanteExistênciasDívidas de Terceiros – Curto PrazoClientesUtentes Depósitos em Instituições Financeiras e CaixaTotal do Activo

204001005010

50

4050

100600

204901305010

60

5060

138728

Page 77: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

77

PatrimónioResultados TransitadosResultado Líquido do exercício Total dos Fundos Próprios

200805

285

20085

23,4308,4

Provisões para Riscos e EncargosDívidas a Terceiros – MLPDívidas a Terceiros – CPDívidas a Instituições de CréditoFornecedoresOutros CredoresTotal do PassivoTotal dos Fundos Próprios e do Passivo

10165

-1003010

315600

10165

-194,6

4010

419,6728

Page 78: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

78

EXERCÍCIO

Uma instituição em 2004 tem títulos a pagar de 1200, contas a pagar de 2400, e dívida de longo prazo de 3000. Os valores correspondentes de 2005 são 1600, 2200 e 2800. Quanto aos activos, a empresa tinha, em 2004, 800 de disponibilidades, 400 em títulos a receber e 1800 de existências. Os valores correspondentes de 2005 são 500, 300 e 2000. As contas a receber no fim de 2004 são de 900 e no fim de 2005 de 800. As fábricas e equipamentos líquidos são de 6000 em 2004 e de 6500 em 2005. Construa o balanço da organização para 2004 e 2005. Qual é o valor dos fundos próprios da instituição em 2005 ?

R = 3700; 5200; 8400; 11600 ?

Em continuação do problema anterior, considere que a instituição teve vendas de 1000 em 2005, o custo das mercadorias vendidas foi de 400, as amortizações de 100 e pagou 160 de juros. A taxa de imposto é de 35% e todos os impostos são pagos no próprio ano. Qual é o resultado líquido de 2005 ? R = 119; 340; 325; 221

Page 79: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

79

ANEXO 1 – Descrição das principais rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados, de acordo com o POCISSSS (Decreto-lei nº 21, de 25 de Janeiro de 2002, DR – I Série – A)

Balanço

Os activos mais comuns das instituições do sistema de solidariedade e de segurança social incluem:

Imobilizações corpóreas – Imobilizados tangíveis, móveis ou imóveis (com excepção dos bens de domínio público), que a entidade utiliza na sua actividade operacional, que não se destinem a ser vendidos ou transformados, com carácter de permanência superior a um ano. Inclui terrenos e recursos naturais, edifícios e outras construções, equipamento básico e administrativo.

Imobilizações incorpóreas – Elementos patrimoniais intangíveis, englobando, nomeadamente, direitos e despesas de constituição, arranque e expansão.

Amortizações acumuladas – Valores das amortizações acumuladas do imobilizado corpóreo e incorpóreo.

Investimentos financeiros – Aplicações financeiras de carácter permanente.

Provisões para investimentos financeiros – Diferenças entre o custo de aquisição de títulos e outras aplicações financeiras e o respectivo preço de mercado, quando este for inferior àquele.Existências – Custo das aquisições de matérias-primas e de bens aprovisionáveis destinados a consumo ou venda.

Page 80: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

80

ANEXO 2 – Mapas de prestação de contas (Balanço e Demonstração de resultados) segundo o POCISSSS

Page 81: 1 Principais tópicos A Gestão Financeira e a Economia Social A Contabilidade como sistema de informação Gestão Financeira Análise Financeira Documentos

81