1. núcleo de estudos ambientais-projetos e naturezas e...

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1 1. Núcleo de Estudos Ambientais-Projetos e Naturezas e Trajetórias do Jaguary O projeto de Pesquisa Sociedade e Naturezas que vem sendo desenvolvido pelo Prof. Dr. João Luiz de Moraes Hoeffel e a Profa. Ms. Almerinda Antonia Barbosa Fadini tem como seu objetivo geral apresentar, dentro de uma perspectiva histórica: A evolução da problemática ambiental no compartimento da Região Bragantina, caracterizando as estrutura básica; As diferentes concepções sobre o mundo natural existente e seus reflexos nas propostas de intervenção decorrentes; Elaborar plano de manejo adequado e cenário prognosticam para o referido compartimento. O projeto utiliza como área de estudo o compartimento ambiental denominado de região Bragantina, banhada pelas Bacias Hidrográficas dos Rios Jaguary e a Atibaia.Uma das características deste compartimento ambiental é a abundante de recursos hídricos com a presença de nascentes e pontos de captação de importância regional que levaram à construção do Sistema Cantareira, a principal fonte de recursos hídricos para as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas. O Projeto “Sociedades e Naturezas” envolvem levantamento sobre a realidade ambiental da área de estudo e a elaboração de um programa ideal de sustentabilidade, associado a um programa de educação ambiental e propostas de atividades econômicas ambientalmente adequadas como, por exemplo, de turismo ambiental. A pesquisa esta centrada na caracterização de dois eixos importantes que estão relacionados com características sócio-ambientais e culturais da Região Bragantina: -Eixo da Rodovia D. Pedro I envolvendo como área de trabalho a Bacia do Rio Atibaia.Os estudos de campo, as atividades de pesquisa e as propostas de planejamento e educação ambiental para este eixo estão centrados na Bacia Ribeirão do Moinho,

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1. Núcleo de Estudos Ambientais-Projetos e Naturezas e

Trajetórias do Jaguary

O projeto de Pesquisa Sociedade e Naturezas que vem sendo

desenvolvido pelo Prof. Dr. João Luiz de Moraes Hoeffel e a Profa. Ms. Almerinda

Antonia Barbosa Fadini tem como seu objetivo geral apresentar, dentro de uma

perspectiva histórica:

A evolução da problemática ambiental no compartimento da Região

Bragantina, caracterizando as estrutura básica;

As diferentes concepções sobre o mundo natural existente e seus reflexos nas

propostas de intervenção decorrentes;

Elaborar plano de manejo adequado e cenário prognosticam para o referido

compartimento.

O projeto utiliza como área de estudo o compartimento ambiental denominado

de região Bragantina, banhada pelas Bacias Hidrográficas dos Rios Jaguary e a

Atibaia.Uma das características deste compartimento ambiental é a abundante de

recursos hídricos com a presença de nascentes e pontos de captação de importância

regional que levaram à construção do Sistema Cantareira, a principal fonte de recursos

hídricos para as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas.

O Projeto “Sociedades e Naturezas” envolvem levantamento sobre a realidade

ambiental da área de estudo e a elaboração de um programa ideal de sustentabilidade,

associado a um programa de educação ambiental e propostas de atividades econômicas

ambientalmente adequadas como, por exemplo, de turismo ambiental.

A pesquisa esta centrada na caracterização de dois eixos importantes que estão

relacionados com características sócio-ambientais e culturais da Região Bragantina:

-Eixo da Rodovia D. Pedro I envolvendo como área de trabalho a Bacia do Rio

Atibaia.Os estudos de campo, as atividades de pesquisa e as propostas de planejamento

e educação ambiental para este eixo estão centrados na Bacia Ribeirão do Moinho,

2

afluente do Rio Atibainha, formador do Rio Atibaia, que representa diversos elementos

que refletem a problemática ambiental da Região Bragantina.

A Bacia do Ribeirão do moinho, localizada de Nazaré Paulista –SP é um

contribuinte importante para o Reservatório do Rio Atibainha que compõe o Sistema

Cantareira, que apresenta um núcleo urbano com características culturais importantes

e atualmente em sofrendo intensos processos de urbanização e parcelamento do

solo.Outro ponto significativo é a expansão do uso turístico associado a chácaras e

lazer que também contribui significativamente para diversos problemas ambientais

verificando tanto no entorno do Reservatório do Rio Atibainha quanto em outras áreas

da região Bragantina.

-Eixo da Rodovia Fernão Dias envolvendo como área de trabalho a Bacia do

Rio Jaguary. Os estudos de campo, as atividades de pesquisa e as propostas de

planejamento e educação ambiental para este encontram-se centradas do Distrito de

Monte Verde, município de Camanducaia-MG.A escolha desta área justifica-se em

função do Distrito de Monte verde conter importantes áreas de nascentes da Bacia do

Rio Jaguary e ser um núcleo turístico em expansão que não tem apresentado

preocupações com questões ambientais, situação que vem gerando reflexos diversos

tanto na qualidade quanto na quantidade dos recursos hídricos regionais.

O Projeto Sociedades e Naturezas vêm incentivando a participação de alunos de

graduação do Curso e de outros cursos da Universidade São Francisco, em programas

de Iniciação Científicas. Os alunos bolsistas têm participado ativamente de todas as

etapas da pesquisas, tanto em suas vertentes teóricas quanto práticas, de forma a

familiariza-los com as diversas fases da metodologia científica.

A partir de 2003 com a aprovação do Auxilio a pesquisa pela FAPESP do

Projeto Trajetórias do Jaguary, o grupo de pesquisa consolidou-se como Núcleo de

Estudos Ambientais-Sociedades e Naturezas (NEA-SN).

O NEA-SN, atualmente conta com duas alunas do 5° semestre de turismo, bolsistas de

treinamento técnico I e duas ex-alunas bolsistas de treinamento técnico XIII

FAPESP,além de dois alunos voluntários.

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1.1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O território brasileiro é constituído por importantes bacias hidrográficas,

sendo a do Rio Amazonas, do Rio Tocantins e a do Rio São Francisco, além de dois

complexos de Bacias, o do Prata e do Atlântico. O complexo da Bacia Hidrográfica do

Prata é constituído por três outras bacias: Alto Paraguai, Paraná e Uruguai e o

complexo atlântico é subdividido em Atlântico Norte, Atlântico Nordeste, Atlântico

Leste 1, Atlântico Leste 2 e Sudeste (SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS,

1998).

Uma bacia hidrográfica é constituída por um rio principal e seus afluentes, e com

o avanço das tecnologias e do despertar para o desenvolvimento muitas vezes

desenfreado e dos grandes impactos que isso gera na natureza, observa-se cada vez

mais a destruição dos rios e a perda da biodiversidade.

Segundo a Convenção da Diversidade Biológica que ocorreu no Brasil durante a

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada na

cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de junho de 1992, toda interação que a

humanidade provoca na Terra recebe o nome de impactos, sendo eles positivos ou

negativos, e o mais comum dos impactos que ocorrem em relação à natureza são os

diretamente ligados ao solo.

Existem diversos tipos de impactos causados pela degradação e uso indevido

dos solos e das bacias hidrográficas e segundo Araujo, Almeida & Guerra (2005) eles

podem ser classificados em Erosão, Deterioração Química, Deterioração Física,

Desertificação:

1) Erosão: É a perda da camada Superficial do solo pela ação da água e/ou vento,

reduzindo assim a fertilidade dos solos, a capacidade de retenção de água, e os

nutrientes do solo são facilmente perdidos;

2) Deterioração Química: esta pode ser constituída em quatro tipos:

a) Perda dos nutrientes do solo, ou matéria orgânica, por ação da erosão;

b) Salinização ou a concentração de sais na camada superior do solo, que ocorre

pela má irrigação, ou alta concentração de sais na água, invasão da água do

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mar ou águas subterrâneas salinas em reservatórios de água de boa qualidade,

e atividades humanas que elevam a evaporação em solos com material salino;

c) Acidificação, que pode ocorrer pela aplicação excessiva de fertilizantes, ou por

conta da drenagem em determinados tipos de solos;

d) Poluição de diversas origens, que reduz drasticamente o potencial agrícola dos

solos;

3) Deterioração Física, esta é constituída por três tipos:

a) Compactação do solo: ocorre pelo uso de máquinas pesadas ou pisoteamento

do solo pelo gado, ou ainda pelo impacto das gotas de chuvas;

b) Elevação do Lençol Freático, por causa da dificuldade de drenagem do solo;

c) Subsidência (isto é, o rebaixamento da superfície da terra) de solos orgânicos,

causados pela drenagem ou oxidação;

4) Desertificação: é a redução de processos vitais nos ambientes. Tem sido usado para

especificar a expansão de áreas desérticas em países de clima quente e seco. Há fortes

evidências de que resultam, em muitos casos, das formas antibiologizantes

desenvolvidas pelas atividades humanas. Implica, portanto, na redução das condições

agrícolas do planeta. Milhares de hectares de terras produtivas são transformados em

zonas irrecuperáveis anualmente no mundo. Para tanto, contribuem o desmatamento, o

uso de tecnologias agropecuárias inadequadas e as queimadas.

Com base nestes impactos que podem ser causados no meio ambiente, é possível

analisar algumas conseqüências disso na vida dos seres humanos, mas isso só vem em

decorrência da má utilização dos recursos naturais, que tem acompanhado a

civilização desde o surgimento das primeiras cidades.

A maioria das cidades cresceram as margens dos grandes rios, e um dos

exemplos mais importantes que temos da importância dos rios para a vida foi o do

desenvolvimento da civilização egípcia, que desabrochou as margens do Rio Nilo.

Outras civilizações também tiveram seu florescimento em torno dos rios, sempre

dependendo da utilização dos recursos naturais e principalmente no que diz respeito

aos recursos hídricos e a destruição acarreta sempre em sérias conseqüências para

aqueles que dependem desses recursos.

Muitos povos pelo uso indevido pagaram com alto preço chegando à extinção

de sua cultura, ou mesmo escravizados por outras nações, como é o caso de alguns

povos que viviam na América Central, que esgotaram todo o recurso natural a sua

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volta, tornando assim mais difícil a vida, tanto com a destruição das árvores, como

poluição dos rios e lagos que tinham. (FERMINO.,2008)

O uso indevido dos rios e seus afluentes são motivos de preocupação devido à

importância que a água tem para a manutenção da vida na Terra, todavia a

humanidade utiliza-se dos recursos naturais para poder sobreviver assim como toda

a sorte de seres vivos.

Para que a variabilidade de organismos vivos seja mantida, pode-se contar com

áreas denominadas Unidades de Conservação (UC’s), que são locais de proteção

ambiental estabelecidos legalmente, onde se visa à proteção da natureza, para que

ocorra uma continuidade da biodiversidade. Diversas UC’s estão sendo criadas na

atualidade, e com isso é necessário ter ciência da importância destes locais e tomar

as devidas providências para sua preservação.

No Brasil, as Unidades de Conservação (UC´s) foram criadas com o objetivo de

minimizar os impactos ambientais causados pela ocupação desordenada em áreas com

características naturais e culturais singulares, assim como difundir na sociedade a

importância da preservação e conservação (SÃO PAULO, 2000).

Nesta perspectiva este trabalho tem por objetivo analisar as dinâmicas de uso

do solo e seus impactos sócio-ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia

espeficicamente na porção localizada no Município de Itapeva, em Minas Gerais.

1.1.2 Caracterizações da área de estudo

1.1.3 Referências Históricas:

Através dos dados coletados junto ao Acervo Municipal de Itapeva (s/data) este

município teve sua origem na passagem dos bandeirantes que desbravaram a região

à procura de ouro e esmeraldas e que pernoitavam naquele local. A história do

município de Itapeva é bastante recente. Um dos primeiros habitantes foram Heitor

Clemente e Bento dos Santos, que doaram meio alqueire de terra a São Sebastião,

onde foi construída uma igreja, tendo este santo como padroeiro da cidade. Surgem

então em volta da mesma, algumas casas formando uma praça. O primeiro nome de

Itapeva foi Pouso Alegre, dado pelos que por aqui pernoitavam.

Somente em 1948 foi criado o Distrito de Itapeva e a partir de 1962 é que

ocorreu um maior desenvolvimento administrativo, econômico e político ocorreu,

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quando houve seu desligamento de Camanducaia. Este território pertencia ao

município de Camanducaia e com o aumento de casas passou a categoria de vila e,

mais tarde foi levado à condição de distrito pela lei 366 de 27/12/1948, a qual

estabeleceu a divisão administrativa e judiciária do estado de Minas Gerais. Alguns

dados informam a data do dia 30/12/1963 para a emancipação, passando a

categoria de município.

O Governador do Estado, Dr. José de Magalhães Pinto, sancionou a lei 2.764,

na qual continha a divisão administrativa do Estado de Minas Gerais e declarava a

criação do município de Itapeva. Sua emancipação foi oficializada em 10/03/1963.

O nome Itapeva significa “Pedra Chata” em Tupi Guarani. O aniversário da cidade

é comemorado no dia 1º de março.

O município, considerado de pequeno porte, apresenta aproximadamente 7.952

habitantes e tem sua economia baseada na agropecuária. Como atrativos naturais e

culturais, além de outros, o município oferece a Cachoeira do Augusto Caipira, com

várias quedas d'águas; a Fazenda, que produz flores tipo exportação e a Pedra

Chata, onde existem piscinas naturais, formadas pelas pedras do local.

1.1.4 Aspectos econômicos

A estrutura econômica do município baseia-se na agricultura, pecuária e

comércio, sendo que a agricultura baseia-se em produtos agrícolas cultivados a batata,

feijão, milho, morango, mandioquinha, repolho, couve-flor, cenoura, tomate e flores; a

pecuária em sua grande maioria com gado bovino leiteiro e de corte e em menor

quantidade suínos, eqüinos, aves em geral, principalmente galináceos e ranicultura e o

comércio que apresenta algumas empresas como: a DUBAR, Xiboquinha, Plascotec

Indústria de Fios e Cabos LTDA, ACMOS LTDA, Starminas do Brasil S.A., IMPACTO,

UNICOASTING, Supermercado Suriane, Padaria Central, Pizzaria Paradise.

1.1.5 Aspectos sociais

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Grande parte da população se dedica ao transporte de carretas e caminhões,

oferecendo muitos empregos aos carreteiros, destacando-se a importância desta

profissão que há até uma tradicional festa no mês de julho para homenagens à

categoria. A proximidade com o município de Extrema e Camanducaia,

conseqüentemente com seus parques industriais, possibilita o fluxo diário de pessoas

àqueles municípios para que trabalhem nos mais diversos segmentos industriais,

embora o município esteja iniciando seu processo de industrialização, já contando com

as empresas DUBAR, ACMOS, PLASCOTEC, STARMINAS, UNICOASTING,

IMPACTO. A existência em Itapeva de pequenas confecções e comércios abre também

espaço para emprego às mulheres. Destaca-se, também, a FAZENDA TROPICAL

FLORES ,que inclusive cede nome ao bairro que a abriga e que dista da sede da cidade

à 12 km. Esta fazenda cultiva rosas para exportação, sendo os principais Estados

Unidos, Argentina, Holanda, Itália, e Japão.

Foto: Fazenda Tropical Flores (Godoi.R.A)

1.1.6 Localização

O município de Itapeva localizada no extremo sul de Minas Gerais, situa-se às

margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381), na encosta da Serra da Mantiqueira, dista-

se 115 km de São Paulo/SP e 469 km de Belo Horizonte/MG, ocupando uma área de

183 km², é banhada pelas águas do Rio Camanducaia e se abriga nas Serra da

Mantiqueira. Os municípios limítrofes são: Camanducaia, Cambuí, Munhoz, Toledo e

Extrema.

1.1.7 Hidrologia

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O município é banhado pelos rios Camanducaia, Rio Sertão Grande e por sub-

bacias hidrográficas localizadas nas zonas rural e urbana do município.

1.1.8 Clima

O município apresenta clima tropical de altitude, proporcionando um clima

temperado com verões e invernos suaves. A temperatura média anual é de 24º C. Em

relação ao período de chuvas o índice pluviométrico anual é de mais ou menos 1.800

mm. No conjunto, Itapeva apresenta um clima agradável e apreciado pelos

munícipes e pelos visitantes.(www.inpe.com.br)

1.1.9 Relevo

O município situa-se no extremo sul do Estado de Minas Gerais, junto à Serra

da Mantiqueira (espigão sul), possuindo conseqüentemente relevo bastante

acidentado.

1.1.10 Vegetação

Há grande área com vegetação rasteira, campos antrópicos, (campos e

cerrados), servindo de pastagens para animais e também, reservas florestais.

1.1.11 Sistemas demográficos

Aproximadamente 7.952 habitantes, dos quais 4.540 aproximadamente são

eleitores. Cerca de 4.000 habitantes moram na cidade e os outros na zona rural.

1.1.12 Saneamento básico

Água canalizada (Copasa), COLETA DE ESGOTO, NÃO SENDO REALIZADO

O TRATAMENTO DO MESMO, coleta de lixo, energia elétrica Bragantina S/A.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral:

Esse trabalho tem por objetivo realizar o levantamento dos sentimentos

topofilicos das pessoas que vivem no entorno do Ribeirão da Olaria, assim como um

levantamento socioeconômico do mesmo.

2.2 Objetivos específicos:

- Levantar bibliografia sobre diagnóstico sócio-ambiental e gestão e planejamento

de Áreas de Proteção Ambiental;

- Verificar, através de estudos de campo e de material cartográfico, como os

processos de ocupação do entorno da sub-bacia hidrográfica do Rio Camanducaia

contribuem para as transformações ambientais na área de estudo;

- Coletar dados sócio-econômicos, ambientais e culturais do Município de Itapeva,

localizado no extremo sul de Minas Gerais;

- Coletar dados sobre a Área de Proteção Ambiental Fernão Dias e seu processo de

criação e regulamentação e acompanhar o trabalho da mesma no Município em

Estudo;

- Identificar e caracterizar as principais atividades econômicas e os diferentes usos

do solo, rurais e urbanos, na área de estudo;

- Aplicar metodologia sobre percepção ambiental na área de estudo buscando

contribuir em ações de educação ambiental;

- Caracterizar os principais impactos ambientais decorrentes dos diferentes usos do

solo na área de estudo.

- Conhecer como a comunidade e os órgãos competentes utilizam os recursos

naturais disponíveis no município;

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- Analisar a questão da sustentabilidade no município para que possa ser mantida e

melhorada a qualidade de vida.

3. METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos utilizados envolvem levantamento

bibliográfico sobre conservação de bacias hidrográficas, e sobre os impactos causados

por diferentes atividades antrópicas.

Foi realizado o levantamento dos dados da área a ser estudada através de

entrevistas, aplicação de questionários para levantamento da realidade ambiental,

coleta de dados secundários junto aos diversos órgãos governamentais (Prefeituras

Municipais, Secretarias de Meio Ambiente municipal e estadual, IBAMA, IBGE, IEF,

etc.) e não governamentais (Associações representativas da Sociedade Civil,

Universidades Privadas, etc.) atuantes na região, e por pesquisas de campo, de forma a

identificar as características culturais, naturais e sócio-econômicas regionais.

A metodologia para a realização dos estudos e análises de alterações

ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia teve como base as pesquisas

desenvolvidas por Fermino (2008), Fadini (1998 e 2005) e Santos (2004), sobre uso e

ocupação do solo através da tecnologia de geoprocessamento. Foi utilizada também, a

Matriz de Leopold apud Tommasi (1994) e, o trabalho de Piva (2003), para a

identificação e interação dos impactos sócio-ambientais, que permitem avaliar os

principais impactos e as suas interdependências com as ações ocorridas no meio

ambiente e no próprio sistema.

Foi analisado o programa que a APA Fernão Dias está desenvolvendo na região,

o qual foi utilizado na obtenção de dados sobre melhoria da qualidade de vida e melhor

utilização do solo.

Com base nesta metodologia, pode assim realizar um eventual programa de

educação ambiental no município.

O projeto envolveu um levantamento da realidade ambiental do município de

Itapeva, e uma caracterização das tendências atuais do uso e ocupação do solo e os

principais impactos decorrentes dos diferentes usos de solo na área de estudo.

11

Os resultados dos levantamentos de dados realizados foram agrupados em

categorias e apresentados em tabelas com base nos trabalhos desenvolvidos por Bardin

(1983). Os valores percentuais utilizados refletem números aproximados.

3.1 Materiais e Métodos

Os procedimentos metodológicos se distribuem em três etapas – planejamento,

processo e produto.

3.2 Planejamento:

Durante o planejamento estão previstas as seguintes atividades:

1. Levantamento geral de dados envolvendo um inventário ambiental da área de

estudo e a identificação de aspectos sócio-econômicos e culturais. As informações

foram obtidas por pesquisas de campo, coleta de relatos da população local e através

de consultas bibliográficas.

2. Sistematização de informações sobre a região, através da avaliação e análise

dos resultados de estudos e pesquisas já existentes.

3.3 Processo:

Esta fase envolveu a coleta de dados e registros fotográficos e foi acompanhada

de avaliações periódicas das ações adotadas.

3.4 Produto e Análise de Resultados:

Os dados foram analisados dentro de uma abordagem sistêmica (NOVO, 2002),

procurando integrar os diferentes aspectos – sociais, econômicos, e culturais. Após

análise, os dados foram sistematizados de forma a permitir os seguintes produtos:

1. Elaborar um diagnóstico sócio-ambiental do entorno do ribeirão da olaria

contribuinte da Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia;

2.Compor uma caracterização da problemática ambiental nos municípios

mineiros da Bacia Hidrográfica do Rio Camanducaia;

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3. Apresentar um quadro da realidade ambiental da área de estudo, incluindo

seus aspectos sócio-econômicos e culturais;

4. RIBEIRÃO DA OLARIA

4.1. A Bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria e seus principais

impactos ambientais:

A área núcleo de estudos desta pesquisa é o Ribeirão da Olaria, e os usos do

solo no entorno do ribeirão em estudo. Verificou-se que ainda existe uma pequena

estrutura rural, onde se tem como base a criação de gado e um trecho totalmente

urbanizado, onde vem ocorrendo um serie de impactos ambientais no Ribeirão da

Olaria. Outras atividades tradicionais envolvem uma fabrica de farinha.

A área urbana do município de Itapeva vem crescendo muito devido a sua

localização as margens da BR 381 (Rodovia Fernão Dias), a disponibilidade de

recursos naturais e por estar próximo ao pólo industrial de Extrema, atraindo muitas

pessoas em busca de moradia, transformando Itapeva em uma cidade dormitório, além

do êxodo rural, onde a população busca cada vez melhores condições financeiras, nos

centros urbanos.

Para melhor estudar o Ribeirão da Olaria este foi zoneado em cinco áreas

distintas, a saber: área da nascente, área das casas, área da prefeitura, área

canalizada e área da Divinéia.

a) Área da Nascente: área onde estão localizadas as nascentes do Ribeirão em

estudo, e onde encontra-se uma intensa atividade agropecuária, com cultivo de

feijão e milho, e onde estão inseridas pequenas propriedades rurais,

abrangendo uma área onde o Ribeirão passa por várias transformações, onde

antigamente estava situado a caixa d’água municipal, que foi desativada pela

água não ser considerada potável pelos índices da COPASA, ainda hoje pode se

ver a existência de quatro famílias que bebem dessa água, por alegarem não ter

condições de pagar a taxa de manutenção da água, e por acharem que a água é

potável.

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b) Área das Casas: denominada assim por ser a parte do córrego que está em

contato com início da área urbana, onde já se nota uma intensa poluição por

esgotos domésticos e a presença de muitas casas, na Área de Preservação

Permanente (APP), e muitas casas estão em contato direto com o local de cheia

máxima do ribeirão em estudo;

c) Área da Prefeitura: área denominada assim por se ter a presença do

Almoxarifado e da Creche Municipal, onde é encontrado parte da área ao redor

do ribeirão totalmente degradada, com assoreamento, nenhuma presença de

mata ciliar, onde muitas pessoas depositam lixo para que possa ser realizada a

coleta, despejo do esgoto;

d) Área Canalizada: recebeu este nome por ser uma pequena área do ribeirão que

esta canalizada, uma área onde se pode notar a degradação do ribeirão e a

quantidade de água que se é perdida da nascente até onde ele vem a desaguar

no rio Camanducaia;

e) Área da Divinéia: recebe este nome por ser a parte do ribeirão que esta no

Bairro da Divinéia e por ser a parte que ele vem a desaguar no Rio

Camanducaia, ao decorrer deste percurso, muitas casas despejam seus esgotos,

e algumas fábricas entre elas uma fábrica de fermentados de cana-de-açúcar,

onde nota-se uma mudança drástica na coloração da água.

4. Resultados e Discussões :

4.1.1. Levantamento de dados:

Para identificar as diferentes percepções e concepções dos diversos atores

sociais da área de estudo utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada proposta

por Laville & Dionne (1999) e Gaskell (2002) a qual é composta por uma série de

perguntas abertas feitas verbalmente que têm um papel de roteiro de entrevista ou

tópico guia do entrevistador.

O roteiro de entrevistas ou tópico guia foi composto por 25 questões, que

procuram evidenciar as concepções e percepções ambientais dos atores sociais com

base nos aspectos: percepção, valor e atitude (Tuan, 1980), que acabam por influenciar

direta e indiretamente o modo como a gestão local vem sendo determinada.

14

Os resultados das entrevistas realizadas foram agrupados em categorias e

apresentados em tabelas com base nos trabalhos desenvolvidos por Bardin (1983). Os

valores percentuais utilizados refletem números aproximados.

4.1.1. Levantamento de dados:

O levantamento do perfil sócio-econômico foi importante para a caracterização

dos diferentes atores sociais que atuam de formas diversas na área de estudo, sendo

este estudo dividido em: sexo, faixa etária, grau de escolaridade, renda mensal

familiar, ocupação e procedência.

Sexo:

Tabela 4.1 – Sexo

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

Nº %

Masculino 9 45

Feminino 11 55

Total 20 100

Da quantidade dos moradores, a maior parcela foi de pessoas do sexo feminino

(55%), sendo somente 45% a população masculina.

Tabela 4.2 – Faixa etária

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

De 18 a 30 anos 5 25

15

De 31 a 40 anos 8 40

De 41 a 50 anos 3 15

De 51 a 60 anos 2 10

De 61 a 70 anos 2 10

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma maior

quantidade de pessoas na faixa etária de 31 a 40 anos, representando um total de 40%.

Tabela 4.3– Tempo de Residência no Município de Itapeva

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

De 1 a 5 anos 2 10

De 11 a 20 anos 1 5

De 21 a 30 anos 15 55

De 31 a 50 anos 2 10

Total 20 100

Verificou-se que a maior parte dos moradores residem no município de Itapeva

de 21 a 30 anos, representado 75%.

Tabela 4.4 – Grau de escolaridade

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Ensino Fundamental Incompleto 9 45

Ensino Fundamental Completo 3 15

Ensino Médio Incompleto 3 15

Ensino Médio Completo 5 25

Total 20 100

16

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma grande

parte que não concluíram o ensino fundamental, representando um total de 45%.

Tabela 4.5– Renda mensal familiar

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

Nº %

Até 1 salário mínimo 1 5

Até 2 salários mínimos 12 60

De 2 a 5 salários mínimos 5 25

De 5 a 10 salários mínimos 2 10

De 10 a 30 salários mínimos 0 0

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, a maior quantidade de

pessoas possui uma renda mensal de até 2 salários mínimos representando 60%.

Tabela 4.6-procedência

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

N° Nº

Região Bragantina* 2 10

São Paulo/Capital e outras cidades

paulistas 4 20

Região Nordeste 3 15

Outras cidades mineiras 11 55

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior

quantidade de pessoas que nasceram em outras cidades mineiras, representado 55%.

17

Tabela 4.7 – Usos da Água nas Residências

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

Nº %

Poço/Mina 2 10

Encanada 18 90

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, 90% possuem água

encanada, e os outros 10% utilizam a água de poço/mina alegando não possuir renda

para pagar a taxa cobrada pela COPASA para manutenção da água.

Tabela 4.8– Destinação do esgoto

Categorias

População do

Ribeirão da Olaria

Nº %

No rio / “Céu Aberto” 20 100

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, todos depositam seus

esgotos a céu aberto.

Tabela 4.9 – Destinação do Lixo

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

Nº %

Coleta pública 20 100

Total 20 100

Da quantidade dos moradores do Ribeirão da Olaria, 100% destinam seus lixos

para coleta publica.

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Análise geral: infra-estrutura

Dos moradores do Ribeirão da Olaria quase todos utilizam água que é tratada

pela COPASA apenas duas famílias utilizam água do Ribeirão da Olaria devido a falta

de condições financeiras para pagar a taxa que é cobrada para manter a manutenção

da água.

Todo o esgoto gerado pelo município é apenas coletado, não possuindo nenhum

tipo de tratamento, e na maioria das casas ao entorno do Ribeirão da Olaria é lançado

a céu aberto, desaguando posteriormente no Rio Camanducaia.

Figura 4.1 do Ribeirão da Olaria(Godoi.R.A)

É de extrema importância enfatizar que todo o esgoto do município ocorre sem

nenhum tratamento comprometendo a qualidade da água e de vida em seu entorno,

embora não aconteça apenas somente no município de Itapeva, mas sim em varias

cidades brasileiras.

19

Figura 4.2 do Ribeirão Olaria(Godói.R.A)

Segundo os moradores do Ribeirão da Olaria o município faz coleta de lixo,

mas não é feita nenhuma atividade de reciclagem, mas sendo destinado ao aterro

controlado no município localizado no Bairro do Ribeirão Fundo, sendo realizada

coleta do lixo praticamente todos os dias revezando ora no período da tarde e ora no

período da manhã.

No passado o município não tinha aterro controlado, e os resíduos eram

depositados em um lixão situado no Bairro da Capetinga onde todo lixo ficava

armazenado em um relevo de declive e quando chovia grande parte daquele lixo era

lixiviado para um corpo de água a jusante.

Através desses relatos verifica-se que a ausência de infra-estrutura em um

município pode trazer muitos problemas como comprometimento da saúde e renda

familiar de varias pessoas que são afetadas devida a precária infra-estrutura do

município.

20

Estudo da percepção, valor e atitude dos atores sociais

Percepção:

Tabela 4.10 – Problemas Sócio-ambientais na Sub-bacia do Ribeirão

da Olaria

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Deficiência ou ausência de infra-

estrutura 6 30

Acúmulo de lixo 2 10

Poluição da água 1 5

Conflitos políticos 11 55

Total 20 100

A maior parte dos moradores (55%) vê como um dos principais problemas do

Ribeirão da Olaria os conflitos políticos, expressados como os conflitos políticos

devido a falta de organização no município, já que na gestão anterior o município teve

4 prefeitos e segundo os depoimentos houve falta de tempo para aqueles que estavam

no poder.

Tabela 4.11 – Mudanças ocorridas no entorno do Ribeirão da Olaria

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Não mudou 11 55

Aumento da violência 6 30

Aumento de pessoas de fora 3 15

Total 20 100

Verificou-se que 55% dos moradores destacaram que ao redor do Ribeirão não se mudou nada.

21

Tabela 4.12 – Atividade turística envolvendo o Ribeirão da Olaria

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

N° %

Esporte (futebol) 6 30

Não tem 14 70

Total 20 100

Verificou-se que 70% dos moradores disseram que não existem atividades

turísticas no Ribeirão da Olaria.

Tabela 4.13 – Conservação do Município

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

N° %

Sim 6 30

Não 14 70

Total 20 100

Verificou-se que 70% dos moradores do Ribeirão da Olaria, não consideram o

local ambientalmente conservado.

22

Tabela 4.14 – Município conservado/não conservado

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Acúmulo de lixo 8 40

Córrego poluído 5 25

Desmatamento 3 15

Má administração pública 4 20

Total 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se 40% que não

considera o Ribeirão conservado devido o acúmulo de lixo nas margens.

Tabela 4.15 – Causas dos problemas ambientais

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Não tem problemas 6 30

Falta de consciência

ambiental/educação/informação 3 15

Não respondeu 10 50

Falta de coleta seletiva e reciclagem 1 5

Total 20 100

Verificou-se que 50% dos moradores não souberam as causas dos problemas

ambientais enfrentados ao decorrer do córrego.

23

Tabela 4.16 – Nível de conservação do Ribeirão da Olaria

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Acúmulo de lixo 8 40

Córrego poluído 3 15

Desmatamento 2 10

Má administração pública 7 35

Total 20 100

Verificou-se que 40% não consideram o córrego conservado devido o acumulo

de lixo a suas margens.

Tabela 4.17 – Interpretação do termo qualidade de vida

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Bom relacionamento humano 8 40

Tudo 11 55

Não sei 1 5

Total 20 100

24

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, 55% consideram como

qualidade de vida tudo o que há no meio ambiente.

Tabela 4.18 – Conceito de Educação ambiental

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Respeitar a natureza 9 45

Não sei 2 10

Não poluir a natureza 6 30

Respeito com a natureza e o próximo 3 15

Total 20 100

A maior parte dos moradores compreende como educação ambiental - respeitar

a natureza e tudo o que nos fornece, representado 45%.

Tabela 4.19 – Passado do Ribeirão da Olaria antigamente

Categorias

População do Ribeirão

da Olaria

Nº %

Conservado 5 25

Não sabe 11 55

Não respondeu 4 20

Total 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se uma grande

maioria que não se sabe como era antigamente o Ribeirão devida a pouca idade que as

pessoas que moram nas margens do Ribeirão possuem,representando 55%.

Análise geral: percepção

No município de Itapeva pode se notar que grande parte dos entrevistados mora

desde o nascimento e uma pequena parte dos entrevistados moram a pouco tempo e não

conhecem o município por inteiro, assim esses entrevistados desconhecem alguns

problemas que vem sendo enfrentados no município.

25

A maioria dos problemas apontados no município estão relacionados a ausência

de infra estrutura e problemas políticos segundo os entrevistados da Bacia do Ribeirão

da Olaria.

Alguns dos problemas enfrentados pelos moradores entrevistados da Sub-bacia

do Ribeirão da Olaria são a falta de tratamento do esgoto do município que é todo

depositado a céu aberto ocasionando mau cheiro e comprometendo a qualidade de vida

dos moradores que estão situados no entorno do Ribeirão. Mas o mau cheiro também

afeta outros locais como a creche e uma escola municipal que estão pertos do Ribeirão.

Valor:

Tabela 4.20– Sentimento local - moradia/trabalho

Categorias

População do

Ribeirão da Olaria

Nº %

Sim 8 40

Não 12 60

Total 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior parte 60%

que não gosta da onde eles moram,porque o município não oferece oportunidades de

emprego e lazer.

Tabela 4.21 – Sentimento Local - Motivos

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Nascido e criado 7 35

População hospitaleira 3 15

Amizade 6 30

Tranqüilidade do local 4 20

Total Parcial 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, tem-se a maior parte 35%

só vivem no local devido ter nascido e crescido na área de estudo.

26

Tabela 4.22– Atitude e Preservação

Categorias

População do

Ribeirão da Olaria

Nº %

Não sei 12 60

Obrigação da

prefeitura 8 40

Total 20 100

Verificou-se que 60% não sabem como o Ribeirão deve ser preservado.

Análise geral: valor

Dos moradores do Ribeirão da Olaria a maioria não gosta de onde mora devido

o município não fornecer empregos e lazer para os finais de semana, assim tendo que

sair pra outro município tanto para trabalhar quanto para se divertirem.

A maioria dos moradores desconhece como o Ribeirão da Olaria pode ser

conservado dentre essa maioria, alguns relatam que o Ribeirão é daquela forma devido

a problemas políticos que o município vem enfrentando.

Atitude

Tabela 4.23 – Participação e questões ambientais

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Sim 0 0

Não 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria,100% não participam de

instituições relacionadas as questões ambientais, porque não tem-se o interesse nestas

questões.

27

Tabela 4.24- Cuidado Local

Categorias

População do Ribeirão da

Olaria

Nº %

Poder Público 14 70

Todos 2 10

Moradores 4 20

Total 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, 70% acham que quem deve

cuidar do local é o Poder Público.

Tabela 4.25– Contribuição para a solução dos problemas ambientais

Categoria

População do Ribeirão da

Olaria

N° %

Não contribui 20 100

Contribui 0 0

Total 20 100

Da quantidade de moradores do Ribeirão da Olaria, todos acham que não

contribui para solução dos problemas ambientais que vem acontecendo no Ribeirão da

Olaria.

Análise geral: atitude

De todos os moradores do Ribeirão da Olaria, nenhum deles disse participar de

alguma instituição ligada ao meio ambiente, e de mesmo modo todos disseram que não

estão contribuindo, para soluções dos problemas ambientais detectados e mencionado

por eles conforme as tabelas: 4.10, 4.11 4.14, 4.15 e 4.16.

28

Podemos perceber pelos depoimentos como no exemplo abaixo, que existe um

sentimento das pessoas com o Ribeirão, demonstrando o que Tuan(1980) diz sobre

topofilia, ou seja, o sentimento de uma pessoa com algum lugar.

Assim neste depoimento pode ser notado que as pessoas não somente

perceberam as mudanças na administração publica, já que durante a realização deste

trabalho ocorreu a cinco vezes a troca de prefeito municipal, prejudicando assim o

desenvolvimento municipal. Durante toda a realização deste trabalho a cada coleta de

dados os moradores esporam seus pontos de vista, em relação a preferência ambiental

das pessoas necessitaríamos compreender a preferência ambiental de cada uma das

pessoas e ainda assim, necessitaríamos examinar sua herança biológica, criação,

educação, trabalhos e arredores físicos (TUAN 1980)

Portanto nem todas as vezes é tão simples trazer industrias para o município,

pois sem um planejamento urbano e industrial pode acorrer uma escassez de recursos

naturais e com isso há um comprometimento maior da qualidade de vida e ambiental

do município.

MATRIZ DE INTERAÇÕES AMBIENTAIS

De acordo com as alterações ambientais detectadas na Sub-bacia Hidrográfica

do Ribeirão da Olaria aplicou-se uma Matriz de Interações baseada nos trabalhos de

Leopold apud Tommasi (1994) e Piva (2003), visando caracterizar os níveis de

impactos ocorridos no decorrer do tempo pela ação antrópica.

Conforme verificado na tabela 4.26, foram analisados os impactos.

29

Tabela 4.26 - Características dos Impactos Ambientais pela Matriz de

Interações Fonte: Leopold apud Tommasi (1994) e Piva (2003).

Características dos Impactos Ambientais pela Matriz de Leopold

Tipo de Impacto Cor Representada Características

Positivo pouco significativo

Verde escuro

Ações que geram impactos positivos

de pequena magnitude e/ou

importância.

Positivo significativo

Verde claro

Ações que geram impactos positivos e

média magnitude e/ou importância.

Positivo muito significativo

Amarelo

Ações que geram impactos positivos

de grande magnitude e/ou

importância.

Negativo pouco significativo

Laranja

Ações que geram impactos negativos

de pequena magnitude e/ou

importância.

Negativo significativo

Vermelho

Ações que geram impactos negativos

de média magnitude e/ou

importância.

Negativo muito significativo

Marrom

Ações que geram impactos negativos

de grande magnitude e/ou

importância.

Não identificado/Não se aplica

Branco

Ações que não são identificadas.

30

Figura 4.3-Matriz de Interações e impactos ambientais.

Avaliado os impactos existentes, os potenciais e a intensidade de cada um deles,

foram somados grupos de impactos da mesma categoria e os resultados da somatória

foram representados no final da Matriz de Interações Quantitativa indicando os que

predominam. Optou-se por este procedimento de quantificação por possibilitar a

valoração e a verificação dos impactos que mais necessitam de práticas adequadas.

Com relação à soma dos impactos positivos ou negativos muito significativos,

optou-se por multiplicar por um peso relativo 2, enquanto que os impactos positivos e

negativos pouco significativos foram multiplicados por 1. A finalidade desse artifício

foi priorizar e enfatizar os impactos mais relevantes na área de estudo.

31

Saúde:

O fator saúde foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Alterações na paisagem podem causar fadiga visual e cansaço

mental, principalmente para os antigos moradores que estavam acostumados com outro

tipo de cenário. Outro fator a considerar são as mudanças na identidade existente entre

os moradores com as configurações paisagísticas locais.

Urbanização: O processo de urbanização pode gerar um stress na comunidade

local, devido à perturbação causada pelos impactos de poluição sonora e visual.

Desmatamento: Pode gerar interferências na identidade em função das

alterações na paisagem, bem como, mudanças no micro-clima local que podem se

refletir no bem-estar e na saúde da população.

Condições das estradas: Melhoria das vias publicas vêm promovendo melhor

acesso aos órgãos de saúde.

Reflorestamento: Além de alterar a paisagem, no momento do corte das árvores

é prática comum na região, limpezas com fogo que podem determinar problemas

respiratórios.

Abertura de novas vias: O tráfico que vem intensificando-se na bacia, pela

vinda de novos moradores pode gerar, se não houver um controle, um stress

psicológico, acidentes de trânsito e poluição do ar.

Usos Agrícolas: O uso de produtos químicos sem adoção de práticas adequadas

de manipulação, pode causar danos à saúde com conseqüências futuras. Vale ressaltar

que estes produtos podem atingir os cursos d´água e o lençol freático comprometendo a

qualidade dos recursos hídricos.

Esgoto/Lixo: Pode causar sérias doenças pelo contato direto, ou por veiculação

hídrica, com o depósito de lixo em áreas abertas e/ou lançamento de esgoto em corpos

d’água.

Canalização: Evita a contaminação por doenças pela canalização do esgoto.

Uso de drogas/Marginalidade: Pode gerar um stress emocional e psicológico

em decorrência do medo e da insegurança, e pela possibilidade de violência física e

patrimonial.

Descaracterização Cultural: Pode causar stress e conflitos entre gerações.

32

Desemprego: Pode provocar um stress emocional, inquietação e

marginalização.

Fábrica de destilados: Gera despejo de resíduos de sua produção diretamente

no Ribeirão do Sertão Grande, podendo gerar problemas de saúde, além da

contaminação do mesmo.

Agropecuária: Pode gerar além de uma alteração visual, além de promover

sérios problemas ambientais.

Educação:

O fator educação foi relacionado com as seguintes ações:

Urbanização: Pode promover o aumento no número de escolas e conseqüente

diminuição no índice de analfabetismo local.

Condições estradas /Abertura de novas vias: Pode promover um aumento na

freqüência dos alunos nas escolas e facilitar a chegada dos mesmos.

Trabalho com a Comunidade: Pode-se buscar parcerias para a adoção de

projetos voltados para uma educação informal que possibilite o acesso a alfabetização

adulta local.

Educação Ambiental: Através da educação informal pode-se despertar atitudes

mais responsáveis da população e valores para com o meio ambiente em que vivem,

orientar quanto à conservação e a disposição adequada do lixo e do esgoto.

Canalização:Proporciona descaracterização da mata ciliar.

Uso de Drogas/Marginalidade/Desemprego: O uso de drogas, a marginalidade

e o desemprego são fatores preocupantes na área da educação, entretanto este fator

sócio-ambiental coloca-se como um importante instrumento de discussão e alerta a

comunidade sobre os malefícios à saúde e como forma de minimizar a violência local.

Migrações: Pode causar o aumento na procura de vagas gerando, se não forem

bem dimensionadas, conflitos na comunidade local.

Agropecuária: Quando relacionada à educação promove o uso adequado do

solo, aumento na renda familiar e qualidade de vida.

Quantidade de emprego: Promove a alfabetização e conseqüente

profissionalização da mão-de-obra local.

33

Empregabilidade:

O fator empregabilidade foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Por ser um atrativo turístico a sua alteração pode refletir na baixa

demanda interferindo na empregabilidade local.

Urbanização: Pode gerar emprego pela presença de comércio, pequenas

indústrias e turismo na região.

Desmatamento: Altera a paisagem refletindo-se no fluxo de turistas.

Reflorestamento: Provoca a homogeneidade e artificialização da paisagem e

pode influenciar na geração de emprego.

Condições das Estradas / Abertura de novas vias: Possibilita um maior acesso

das pessoas ao local aumentando o fluxo turístico.

Uso agrícola: Atualmente vem ocupando uma parte significativa da mão-de-

obra local e é uma atividade que apresenta grande expressão econômica.

Trabalho com a comunidade e Educação Ambiental: Podem promover novas

alternativas de emprego, possibilitando uma renda sustentável.

Descaracterização Cultural: com entrada de novas culturas possibilitou o

surgimento de novos empregos ligados a construção civil e a industrialização do

município.

Migrações: Pode gerar uma competição por vagas de emprego na bacia.

Fábrica de Destilados: Contribui com a geração de empregos para uma

pequena parcela da população local.

Agropecuária: Absorve parte da mão-de-obra local, diminuindo o número de

desempregados.

Cultura local:

O fator cultura local foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem/Desmatamento: Interfere na identidade da população local com o

lugar de vivência.

Condições das estradas: Por ser muito difundido o uso das estradas promove

alteração no modo de vida da comunidade local.

34

Reflorestamento: pode promover o resgate da cultura local.

Abertura de novas vias: Aumenta o número de pessoas trazendo um novo modo

de vida para a área.

Uso agrícola: Conserva os aspectos culturais locais e permite subsídios para a

subsistência da comunidade local.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

valorização da cultura e do meio ambiente.

Esgoto/Lixo: A presença destes resíduos pode alterar as características sócio-

culturais e ambientais locais.

Canalização: Descaracterização da cultura local devida a perda da cobertura

vegetal original.

Uso de drogas/Marginalidade: Interfere nas tradições, no modo de vida, na

estrutura familiar e na educação.

Descaracterização cultural: A população local deixa as atividades tradicionais

como agropecuária para se ocupar com outras atividades como, turismo.

Migrações: A comunidade local que migra para outros locais e a entrada de

outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a descaracterizar a cultura

local.

Agropecuária: Apesar de ser em baixa escala somente para subsistência,

mantém algumas características da cultural do local.

Quantidade de empregos: A quantidade de empregos disponíveis pode gerar o

fenômeno da migração e promover a descaracterização da cultura local

Economia local:

O fator economia local foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: É um importante atrativo turístico e se alterado pode interferir

negativamente no segmento turístico, refletindo na renda familiar.

Urbanização: Pode promover na localidade uma dinâmica econômica.

Condições das estradas/ Abertura de novas vias: Aumento no fluxo turístico,

tendo uma ação indireta no aumento da renda familiar.

Desmatamento: degradação para criação de lotes urbanos;

35

Reflorestamento: A cultura de eucalipto na região, se adotar locais e práticas de

manejo adequados, pode ser mais uma fonte de renda local.

Uso Agrícola: Embora importante para a região esta atividade econômica, nos

dias atuais, é utilizada basicamente para a subsistência da comunidade local.

Formação de lagos: Promove a criação de empregos

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Atividades junto à

comunidade local como encontros, palestras e cursos de capacitação pode promover

uma sustentabilidade econômica e ambiental.

Esgoto/Lixo: Pode ser extremamente negativo se não houver a implantação de

infra-estrutura básica.

Canalização: Possibilita a venda de novos lotes pela presença da canalização

Uso de drogas/Marginalidade: Gera muita insegurança interferindo

comunidade local.

Descaracterização cultural: A alteração cultural pode se refletir negativamente

sobre a economia local.

Migrações: Pode ser negativa por gerar uma concorrência pela mão de obra,

desvalorizando a local.

Desemprego: Pode gerar diversos problemas sócio-econômicos na região.

Olaria: Apesar dos problemas ambientais associados, esta atividade continua

absorvendo parte da mão de obra local.

Agropecuária: Embora não tenha um alto retorno econômico, promove a renda

familiar e garante a subsistência.

Quantidade de Empregos: A maior disponibilidade de empregos estimula a

economia local.

Qualidade de vida:

O fator qualidade de vida foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: A sua alteração pode gerar efeitos negativos como o desconforto

ambiental, perda de uma memória paisagística e até prejuízo para a saúde.

Urbanização: O aumento populacional e os efeitos negativos deste processo

podem abalar a qualidade de vida rural.

Uso das estradas / Abertura de novas Vias: Altera o modo de vida da

comunidade local, podendo causar problemas como trafego intenso.

36

Desmatamento: Problemas relacionados à perda da qualidade visual e de

microclimas poderão afetar a localidade.

Reflorestamento: O fato desta cultura ser caracterizada como monocultura pode

trazer reflexos negativos na paisagem e na qualidade visual.

Trabalho com a comunidade loca/Educação Ambiental: Pode despertar a

importância de encontros e o espírito de cidadania.

Esgoto/Lixo: Afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos e

compromete o meio ambiente.

Canalização: Evita a proliferação de doenças.

Uso de drogas/Marginalidade: Afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida

dos cidadãos.

Descaracterização cultural: Altera a tradição local e conseqüentemente abala a

identidade local.

Migrações: A comunidade local que migra para outros locais e a entrada de

outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a descaracterizar a cultura

local.

Desemprego: Gera diversos problemas sociais, psicológicos e de saúde física.

Agropecuária: Apesar de seu papel econômico, os dejetos dos animais que são

lançados nos corpos d’água podem gerar doenças por veiculação hídrica e

comprometer a qualidade da água.

Quantidade de empregos: Gera diversos problemas sociais, psicológicos e de

saúde física.

Parcelamento do solo:

O fator parcelamento do solo foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Altera as características paisagísticas e ambientais.

Urbanização: Provoca a impermeabilização do solo e o adensamento

populacional.

Condições das estradas / Abertura de novas vias : Gera maior degradação

paisagística pois aumenta o número populacional.

Desmatamento: Provoca erosão, ravinamentos e assoreamento dos rios.

Uso Agrícola: Embora seja uma atividade economicamente importante, pode

provocar a contaminação do solo e seu empobrecimento.

37

Formação de Lagos: desvio de água dos corpos d’água, diminuindo a

quantidade de água nos mesmos.

Esgoto/Lixo: Intensifica a contaminação do solo e conseqüentemente dos corpos

hídricos, prejudicando novos empreendimentos.

Canalização:Piora pois ocasiona um maior parcelamento do solo,ocasionando

um maior despejo de esgoto.

Descaracterização Cultural: A influência de pessoas externas na comunidade

vem gerando significativos impactos culturais.

Migrações: Provocam um aumento populacional na área e estimulam o

parcelamento do solo.

Agropecuária: Intensifica o parcelamento do solo.

Quantidade de emprego: O aumento populacional e da empregabilidade

determinam a criação de novos loteamentos.

Uso e ocupação:

O fator uso e ocupação foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem/Urbanização: A alteração paisagística pode determinar uma

descaracterização da região onde existia mata secundária outrora.

Condições das estradas / Abertura de novas vias das estradas: Intensifica e

facilita o uso das estradas por novos moradores gerando uma maior alteração

ambiental.

Desmatamento: Provoca erosão, ravinamentos e assoreamento dos rios.

Uso agrícola: Aumento de ravinamentos, erosão e assoreamento dos rios por

conta do desmatamento e do uso de técnicas adequadas para o plantio.

Formação de lagos: Descaracterização da paisagem e má distribuição de água

para a população local.

Trabalhos com a comunidade/Educação ambiental: Promove um processo

educativo para a conservação e preservação do solo com técnicas adequadas de

manejo.

Esgoto/Lixo: Promove a contaminação do solo e conseqüentemente dos corpos

hídricos prejudicando a saúde dos usuários.

38

Canalização:Piora pois ocasiona um maior parcelamento do solo,ocasionando

um maior despejo de esgoto

Marginalidade: prejudica a aquisição / venda de terrenos.

Descaracterização cultural: Perda de valores e dos usos tradicionais do solo.

Migrações: Aumento populacional com conseqüente parcelamento do solo.

Fábrica de destilados: promove o escoamento dos resíduos no próprio Ribeirão

do Sertão Grande.

Agropecuária: Quando não há adoção de práticas adequadas, promove o

empobrecimento do solo.

Quantidade de emprego: A maior oferta de empregos favorece a população

local e estimula os usos turísticos.

Erosão e ravinamentos:

Os fatores erosão e ravinamentos foram relacionados com as seguintes ações:

Paisagem: promove alterações na paisagem, podendo provocar fadiga visual

nos antigos moradores.

Urbanização: Se a ocupação do solo for mal planejada pode gerar processos

erosivos intensos.

Uso das estradas: Quando o fluxo é intensivo promove pequenos ravinamentos

com futuros processos erosivos.

Desmatamento: Pode intensificar a erosão e conseqüente assoreamento dos

recursos hídricos.

Reflorestamento (eucalipto): Este cultivo se mal manejado pode intensificar

processos erosivos

Abertura de novas vias: Devido à elevada declividade e sinuosidade local estes

processos se intensificam afetando o solo e acelerando o escoamento para água.

Uso agrícola: A ausência de manejo adequado vem acelerando os processos

erosivos locais.

Formação de lagos: Provoca alterações na paisagem natural podendo refletir

diretamente em erosões e ravinamentos.

Canalização: Evita erosões e ravinamentos nas áreas marginais do Ribeirão.

39

Agropecuária: A retirada de mata nativa ou ciliar para a pastagem gera

grandes erosões seguidas de assoreamento dos rios.

Pastagens:

O fator pastagens foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Há um empobrecimento da paisagem e do uso turístico se for

estimulado o crescimento da área de pasto.

Urbanização: Ocupa áreas de pastagens descaracterizando a cultura local

Reflorestamento (eucalipto): Quando o processo é mal planejado promove o

empobrecimento do solo e danos aos corpos d’água.

Uso agrícola: Pode afetar a qualidade dos solos, das nascentes e da água, no

caso do uso de produtos químicos.

Formação de lagos: locais para dessedentação de animais.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode alertar e educar a

comunidade sobre práticas adequados do uso do solo.

Agropecuária: Intensifica o processo de desmatamento de mata nativa ou ciliar,

contamina o solo e o corpo hídrico.

Assoreamento:

O fator assoreamento foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Alterações na paisagem podem, a depender de suas características,

acelerar o processo de assoreamento.

Urbanização: Se não forem bem planejados os loteamentos podem acelerar o

assoreamento devido às construções em declividade.

Desmatamento: Acelera os processos de erosão e conseqüentemente os

assoreamentos.

Reflorestamento (eucalipto): O reflorestamento com eucalipto pode ser maléfico

para os recursos naturais,secando corpos d’água e acabando com as

40

propriedades do solo.(Existe uma polêmica que o eucalipto possa a vir

contribuir para a minimização do assoreamento após ter mais de 10 anos que

foi plantado).

Abertura de novas vias: Devido às declividades e o desrespeito aos cursos

d’água pode acelerar o assoreamento.

Uso agrícola: Se mal planejados aumenta os processos de ravinamentos, de

erosão e conseqüentemente o assoreamento dos rios.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode alertar, prever e

educar a comunidade sobre práticas adequados do uso do solo.

Lixo / Esgoto: Pode assorear e contaminar o recurso hídrico devido ao

depósito de sedimentos nos cursos d’água.

Canalização; Melhora devida a contenção de impactos ambientais

Agropecuária: A retirada da mata ciliar para pastagens intensifica os processos de

assoreamento.

População local:

O fator população local foi relacionado com as seguintes ações:

Urbanização: O contato intensivo com diferentes culturas modifica o modo de

vida da população local, podendo interferir na cultura local.

Uso das estradas/Abertura de novas vias: O uso intensivo das estradas provoca

alteração no modo de vida da comunidade local.

Desmatamento: Problemas relacionados à perda da qualidade visual e de

microclimas poderão afetar a localidade.

Reflorestamento: O fato de esta cultura ser caracterizada como monocultura

pode trazer reflexos negativos na paisagem e na qualidade visual.

Uso agrícola: Conserva os aspectos culturais locais e permite subsídios para a

subsistência da comunidade local, embora exija um manejo ambiental adequado.

Uso do reservatório como balneário: Pode ocorrer uma intervenção na cultura

local devido à presença de diferentes turistas nesta localidade.

41

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

valorização da cultura e do meio ambiente.

Esgoto/Lixo: Afeta a qualidade de vida da população local e o desenvolvimento

turístico.

Canalização:Pode proporcionar atividades físicas entorno do Ribeirão.

Uso de drogas/Marginalidade: Interfere nas tradições, no modo de vida, na

estrutura familiar e na educação.

Migrações: A população autóctone que migra para outros locais e a entrada de

outras pessoas, trazendo novos modos de vida, podem vir a interferir na cultura local.

Descaracterização Cultural: Afeta diretamente o modo de vida e as tradições da

comunidade local.

Quantidade de empregos: Com a presença de turistas e excursionistas no local,

a quantidade de empregos aumenta gerando uma nova fonte de renda familiar, ligado a

construção civil.

Nascentes:

Os fatores nascentes foram relacionados com as seguintes ações:

Paisagem: Qualquer alteração na paisagem pode provocar o desaparecimento

das nascentes, olhos d’água e brejos.

Urbanização: Altamente impactante podendo provocar o desaparecimento das

nascentes e brejos.

Desmatamento: Promove erosão, assoreamento e grande dano aos brejos e

nascentes.

Reflorestamento: Estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso aos

olhos e corpos d’água.

Abertura de novas vias: Afeta o recurso hídrico, brejos e suas nascentes.

Uso agrícola: Contaminação do solo e das águas em conseqüência do uso de

produtos químicos.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse

da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.

42

Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água e contaminação dos

brejos e cursos d’água.

Agropecuária: O lançamento inadequado de dejetos dos animais gera poluição no

curso d’água.

Córregos:

O fator córregos foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Qualquer alteração pode provocar assoreamento e prejuízo a

qualidade da água.

Urbanização: Pode provocar a impermeabilização do solo provocando

voçorocas e assoreamento nos córregos.

Desmatamento: Provoca erosão e conseqüente assoreamento.

Reflorestamento: Pode ser extremamente danoso quando cultivado nas margens

dos córregos, substituindo a mata ciliar.

Abertura de novas vias: Escoamento superficial de grande velocidade

provocando assoreamento.

Uso agrícola: Provoca a degradação da camada fértil do solo devido ausência

de manejo adequado afetando a qualidade dos córregos.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse

da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.

Esgoto/Lixo: Prejuízo a qualidade da água e contaminação dos cursos d’água.

Canalização: Ocasiona impermeabilização de nascentes.

Agropecuária: Contaminação de córregos e recursos hídricos em geral.

Brejos:

O fator brejos foi relacionado com as seguintes ações:

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Paisagem: Alteração na paisagem pode provocar o desaparecimento dos brejos,

nascentes e olhos d’água.

Urbanização: Altamente impactante podendo provocar o desaparecimento das

nascentes e brejos.

Desmatamento: Provoca erosão, assoreamento e grande dano aos brejos e

nascentes.

Reflorestamento: O reflorestamento com eucalipto não prevê a compensação do

plantio de essências nativas, sendo impactante aos corpos d’água.

Abertura de novas vias: Afeta o recurso hídrico, brejos e suas nascentes.

Uso agrícola: Contaminação do solo e das águas em conseqüência do uso de

produtos químicos.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover o interesse

da comunidade pela preservação e conservação dos recursos naturais da área.

Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água e contaminação dos

brejos e cursos d’água.

Canalização:Permite a drenagem dos brejos que estão ao seu decorer.

Agropecuária: Contaminação da água devido à pastagem dos animais ser

próximo ao curso d’água.

Lagos:

O fator lagos foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem/Urbanização: A alteração da paisagem afeta diretamente os cursos

d’água.

Desmatamento: Provoca sérios danos aos lagos, como por exemplo o

assoreamento.

Reflorestamento: Estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso aos

cursos d’água.

Abertura de novas vias: Provoca alterações nos cursos d’água devido à retirada

de mata nativa.

Uso agrícola: Prejudica a qualidade da água devido à utilização de produtos

químicos.

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Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

minimização de impactos do atual e futuro cenário cultural e ambiental.

Esgoto/Lixo: Prejuízo intensivo na qualidade da água quando não há adoção de

práticas adequadas como depósito e lançamento de resíduos em locais específicos.

Agropecuária: Prejuízo na qualidade da água devido à pastagem de animais em

locais próximo aos lagos.

Piscinas:

O fator piscinas foi relacionado com as seguintes ações:

Desmatamento: Pode reduzir o volume de água disponível.

Uso agrícola: Pode reduzir o volume e alterar a qualidade de água disponível.

Esgoto: Quando lançado sem adequações provoca a contaminação da água e

pode alterar a qualidade de água disponível.

Descaracterização cultural: O processo de descaracterização cultural pode ser

intensificado com a instalação de piscinas, gerando conflitos na cultura da população

local.

Quantidade de empregos: Apesar de incipiente, absorve parte da mão-de-obra

local para a construção e manutenção de piscinas.

Edificações:

O fator edificações foi relacionado com as seguintes ações:

Uso das estradas: Estimula a construção de novas edificações devido ao acesso

facilitado.

Desmatamento: O desmatamento de mata nativa para construção de edificações

gera intensivos danos ao solo e ao recurso hídrico.

Abertura de novas vias: Estimula o deslocamento favorecendo a construção de

novas edificações.

Uso agrícola: Utiliza o solo que possibilita a construção das edificações.

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Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

valorização da caracterização cultural e do meio ambiente local.

Esgoto/Lixo: Afeta a qualidade ambiental se não tiver uma infra-estrutura

adequada.

Descaracterização cultural: Pode influenciar no desenvolvimento turístico.

Migrações/Quantidade de empregos: Pode estimular a construção civil e

ocupação de mão de obra.

Mata Nativa:

O fator mata nativa foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas

locais.

Urbanização: Provoca a degradação da floresta e perda da fauna local.

Uso das estradas: Pode provocar o aumento dos desmatamentos da mata nativa

com conseqüentes erosões e ravinamentos.

Desmatamento: Gera diversos impactos ambientais refletindo-se na perda da

flora e fauna local.

Reflorestamento: Provoca uma homogeneidade da flora, prejudicando a

diversidade da vegetação e o equilíbrio ecológico.

Abertura de novas vias: Pode provocar desmatamentos.

Uso agrícola: Uso do solo em áreas florestadas geram sérios impactos na

cobertura vegetal nativa.

Formação de lagos: Inunda áreas de florestas e altera a paisagem natural.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

conscientização e preservação das matas nativas e ciliares, e a substituição do

eucalipto por outras formas mais sustentáveis de cultivos.

Lixo: Interferência direta na qualidade vegetal.

Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.

Fabrica de destilados: Retirada do solo afetando diretamente na qualidade da

vegetação local.

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Agropecuária: Provoca a degradação da floresta para áreas de pastagens.

Mata ciliar:

O fator mata ciliar foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagem: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas

locais.

Urbanização: Provoca a degradação da floresta e perda da fauna local.

Uso das estradas: Pode provocar o desmatamento da mata nativa com

conseqüentes erosões e ravinamentos.

Desmatamento: Qualquer alteração na paisagem reflete diretamente nas matas

locais.

Reflorestamento: Provoca uma homogeneidade da flora, prejudicando a

diversidade da vegetação e o equilíbrio ecológico.

Abertura de novas vias: Pode provocar desmatamentos.

Uso agrícola: Ocupação de áreas florestadas e uso inadequado do solo.

Formação de lagos: Alteração na paisagem natural.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover a

conscientização e preservação das matas nativas e ciliares, e a substituição do

eucalipto por outras formas mais sustentáveis de cultivos.

Lixo: Interferência direta na qualidade vegetal.

Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.

Fábrica de Destilados: promove o empobrecimento do solo, e descaracterizando

a mata ciliar.

Agropecuária: Provoca a degradação da floresta para áreas de pastagens,

quando este processo de degradação ocorre próximo ao recurso hídrico provoca

erosão e assoreamento do mesmo.

Reflorestamento de eucalipto:

O fator reflorestamento de eucalipto foi relacionado com as seguintes ações:

Urbanização: Embora o eucalipto seja impactantes, se bem manejado, o seu

impacto é inferior ao processo de urbanização local.

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Desmatamento: O desmatamento da mata nativa para o cultivo de eucalipto

gera grandes impactos no solo em algumas vezes o torna inutilizável.

Formação de lagos: Pode ser impactante reflorestar com eucalipto uma área

que tem lago uma vez que vários estudos apontam o cultivo de eucalipto como danoso

ao recurso hídrico.

Trabalho com a comunidade/Educação Ambiental: Pode promover uma maior

compreensão dos processos impactantes do cultivo intensivo do eucalipto e apontar

novas formas sustentáveis de subsistência econômica.

Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.

Quantidade de empregos: Pode gerar emprego ocupando mão de obra local.

Área de Preservação Permanente – APP’s:

O fator Área de Preservação Permanente foi relacionado com as seguintes ações:

Paisagens: Pode gerar alteração da fauna e flora local e provocar

assoreamentos nos rios.

Urbanização/Uso das estradas/Abertura de novas vias: Se houver ocupação

imobiliária e intensificação do trânsito nas áreas de APP’s pode vir a gerar

degradação do ecossistema local.

Desmatamento: Perda da fauna e flora local, gerando desequilíbrio ambiental.

Reflorestamento: Substituição da flora nativa por cobertura exótica e possíveis

reflexos nos recursos hídricos.

Uso agrícola/Agropecuária: Substituição da flora nativa por culturas

temporárias afetando o ecossistema local.

Formação de lagos: Alteração na paisagem e intervenção no regime hídrico.

Trabalhos com a comunidade/Educação ambiental: Demonstra a importância

da preservação das APP’s e promover ações de recuperação de áreas já degradadas.

Esgoto/Lixo: Poluição e contaminação do recurso hídrico e impacto na

vegetação, fauna e em seu entorno.

Canalização: Ocasiona a perda de mata nativa.

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Fabrica de destilados: está presente na área de APP, nas margens do Ribeirão

do Sertão Grande.

Agropecuária: Poluição e contaminação do recurso hídrico e impacto na

vegetação, fauna e em seu entorno.

Através da Matriz pode ser notado diversos impacto positivos, tendo como um

deles o trabalho junto as escolas de educação ambiental que pode vir ocasionar uma

mudança de atitude não só dos docentes mas também dos discentes. No entanto tem-se

a maior porcentagem dos impactos negativos na Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão

da Olaria, ligados especialmente ao uso e ocupação inadequados do solo.

5. Conclusão: Com a elaboração deste trabalho foi possível adquirir um bom entendimento

dos problemas que vem acontecendo na Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria

relacionados a ação antrópica que vem prejudicando os aspectos naturais na área de

estudo.

Para implementação desse trabalho ocorreram várias visitas a campo para um

inventário e diagnóstico da problemática na área de estudo e aplicar o que foi

aprendido em sala de aula e os conhecimentos adquiridos através dos livros.

Outro aspecto a considerar foi o contato direto com a área de estudo,

demonstrando a importância da percepção ambiental, da interpretação e

caracterização dos problemas que vem agravando a escassez dos recursos naturais na

Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão em estudo.

A área de estudo está localizada na APA Fernão Dias, que está em processo de

regulamentação, para que no futuro possa vir a oficializar uma lei para melhoria na

utilização do solo e todos os seus recursos naturais disponíveis no local, evitando o

comprometimento às gerações futuras.

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O município de Itapeva apresenta uma economia ligada à atividades agrícolas,

pecuária e silvicultura sem adequado planejamento, o que vem gerando a degradação

da mata nativa remanescente.

Pode ser observado que para a melhoria da qualidade de vida dos moradores

que estão no entorno da Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão da Olaria ocorre um

incipiente entendimento dos problemas que vem acontecendo na sub-bacia,

comprometendo a busca para resolução destes, assim como a cobrança de seus direitos

que estão na lei orgânica.

A coleta de dados junto a comunidade ressaltou a importância de uma

participação de diversos atores sociais no planejamento e nas ações, contribuindo

assim para uma melhor gestão dos recursos naturais e culturais da localidade.

Acredita-se que este trabalho possa ser utilizado em planos voltados a

sustentabilidade dos recursos naturais e das características sócio-culturais existentes

na sub-bacia em estudo, assim como contribuir para aprofundamento de estudos

ambientais que contemplem a realidade do município de Itapeva-MG

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Atlas das Unidades

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2000.

TOMMASI, L. R. Estudo de Impacto Ambiental. São Paulo: CETESB, 1994.

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