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1 NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.653 BELO HORIZONTE, 21 DE SETEMBRO DE 2017. www.bhauditores.com.br www.bornsolutions.com.br “Se tudo parecer estar sob controle, então você não está indo rápido o suficiente.” Mario Andretti CIRCUITO DOS FÓRUNS REGIONAIS DE GOVERNO LEVA AÇÕES PARA O TERRITÓRIO TRIÂNGULO SUL ......................... 3 BC REDUZ PREVISÃO DE INFLAÇÃO PARA ESTE ANO E 2018 .......................................................................................... 7 ALOCAÇÃO EM ATIVO EXTERNO GANHA ESPAÇO .......................................................................................................... 8 TEMER ARBITRARÁ DISPUTA SOBRE NOVO REFIS .......................................................................................................... 9 PATENTES POR DECRETO ............................................................................................................................................. 11 REGULAÇÃO DEVE ESTIMULAR 'FINTECHS' .................................................................................................................. 13 NOVAS REGRAS TRABALHISTAS TRAVAM ACORDOS, DIZ FIPE ..................................................................................... 14 MINERADORAS RECLAMAM DE TIMIDEZ DAS REFORMAS LEGAIS ............................................................................... 15 PRESIDENTE DA RIACHUELO VIRA ALVO DE PROCESSO ............................................................................................... 16 IMPRESSÕES SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA............................................................................................................. 17 PGFN APURA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE COMPANHIAS ........................................................................................... 19 COAF APRIMORA SISTEMA CONTRA LAVAGEM ........................................................................................................... 20 GOVERNO AVALIA SE IRÁ OU NÃO ADOTAR HORÁRIO DE VERÃO NESTE ANO ............................................................ 21 RECEITA ATUALIZA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS ................... 21 RECEITA ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE NORMA QUE OBRIGA INFORMAR OPERAÇÕES LIQUIDADAS EM ESPÉCIE . 22 EXECUÇÃO FISCAL: AGU CONFIRMA PREFERÊNCIA DO USO DE ATIVOS FINANCEIROS COMO GARANTIA.................... 22 CAMEX REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE FIOS DE VISCOSE POR DESABASTECIMENTO ....................................... 23 NOVA LEI DO BEM AMPLIARÁ ACESSO A BENEFÍCIO FISCAL ........................................................................................ 24 OBRIGAÇÃO DE INFORMAR NA GUIA DO FGTS E DA GFIP OS VALORES DAS CONTRIBUIÇÕES CUJA EXIGIBILIDADE FOI SUSPENSA.................................................................................................................................................................... 25 PIS/COFINS – DIREITO DE CRÉDITOS – BENFEITORIAS – EDIFICAÇÕES – PRAZO DE 24 MESES ...................................... 25 ECD – OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO A PARTIR DE 2014 – CRITÉRIO ............................................................. 26 ADMINISTRADOR EMPREGADO – FÉRIAS E DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO – DESPESAS DEDUTÍVEIS ............................. 26 DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT .................................................................................................................................................................................... 27 DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT .................................................................................................................................................................................... 27 Sumário

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.653

BELO HORIZONTE, 21 DE SETEMBRO DE 2017.

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“Se tudo parecer estar sob controle, então você não está indo rápido o suficiente.”

Mario Andretti

CIRCUITO DOS FÓRUNS REGIONAIS DE GOVERNO LEVA AÇÕES PARA O TERRITÓRIO TRIÂNGULO SUL ......................... 3

BC REDUZ PREVISÃO DE INFLAÇÃO PARA ESTE ANO E 2018 .......................................................................................... 7

ALOCAÇÃO EM ATIVO EXTERNO GANHA ESPAÇO .......................................................................................................... 8

TEMER ARBITRARÁ DISPUTA SOBRE NOVO REFIS .......................................................................................................... 9

PATENTES POR DECRETO ............................................................................................................................................. 11

REGULAÇÃO DEVE ESTIMULAR 'FINTECHS' .................................................................................................................. 13

NOVAS REGRAS TRABALHISTAS TRAVAM ACORDOS, DIZ FIPE ..................................................................................... 14

MINERADORAS RECLAMAM DE TIMIDEZ DAS REFORMAS LEGAIS ............................................................................... 15

PRESIDENTE DA RIACHUELO VIRA ALVO DE PROCESSO ............................................................................................... 16

IMPRESSÕES SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA ............................................................................................................. 17

PGFN APURA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE COMPANHIAS ........................................................................................... 19

COAF APRIMORA SISTEMA CONTRA LAVAGEM ........................................................................................................... 20

GOVERNO AVALIA SE IRÁ OU NÃO ADOTAR HORÁRIO DE VERÃO NESTE ANO ............................................................ 21

RECEITA ATUALIZA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS ................... 21

RECEITA ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE NORMA QUE OBRIGA INFORMAR OPERAÇÕES LIQUIDADAS EM ESPÉCIE . 22

EXECUÇÃO FISCAL: AGU CONFIRMA PREFERÊNCIA DO USO DE ATIVOS FINANCEIROS COMO GARANTIA .................... 22

CAMEX REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE FIOS DE VISCOSE POR DESABASTECIMENTO ....................................... 23

NOVA LEI DO BEM AMPLIARÁ ACESSO A BENEFÍCIO FISCAL ........................................................................................ 24

OBRIGAÇÃO DE INFORMAR NA GUIA DO FGTS E DA GFIP OS VALORES DAS CONTRIBUIÇÕES CUJA EXIGIBILIDADE FOI

SUSPENSA .................................................................................................................................................................... 25

PIS/COFINS – DIREITO DE CRÉDITOS – BENFEITORIAS – EDIFICAÇÕES – PRAZO DE 24 MESES ...................................... 25

ECD – OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO A PARTIR DE 2014 – CRITÉRIO ............................................................. 26

ADMINISTRADOR EMPREGADO – FÉRIAS E DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO – DESPESAS DEDUTÍVEIS ............................. 26

DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT

.................................................................................................................................................................................... 27

DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT

.................................................................................................................................................................................... 27

Sumário

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CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS – SUBVENÇÃO ............................................................................................................ 28

PIS/COFINS – BIODIESEL – CRÉDITO PRESUMIDO ........................................................................................................ 29

PIS/COFINS – VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO – CRÉDITO COM BASE NA DEPRECIAÇÃO. ............................... 30

EM CASO DE CISÃO PARCIAL, EMPRESA SUCESSORA DEVE SUPORTAR INDENIZAÇÃO NA MESMA PROPORÇÃO DO

PATRIMÔNIO RECEBIDO .............................................................................................................................................. 30

COMISSÃO FAZ MUDANÇAS NAS NORMAS REGULAMENTADORAS 12 E 22 ................................................................. 32

TRABALHO EM FERIADO COMPENSADO COM FOLGA EM OUTRO DIA NÃO É REMUNERADO EM DOBRO ................... 32

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CIRCUITO DOS FÓRUNS REGIONAIS DE GOVERNO LEVA AÇÕES PARA O TERRITÓRIO TRIÂNGULO SUL

Fonte: JUCEMG. O circuito dos Fóruns Regionais de Governo chega nesta quinta-feira (21/9)

ao Território Triângulo Sul, formado por 27 municípios. O 12º evento da temporada será em

Frutal, com previsão da transferência simbólica do gabinete do governador Fernando Pimentel

para a cidade e agendas com prefeitos, representantes das câmaras municipais e da sociedade

civil organizada.

O evento é aberto ao público e será na Escola Estadual Maestro Josino de Oliveira, de 8h às

17h. O espaço vai abrigar estandes onde instituições, empresas públicas, fundações e

secretarias vão mostrar seus programas, expor projetos em andamento, informar as entregas já

realizadas, assim como prestar serviços à sociedade.

A programação envolve mais de 40 órgãos de Governo, que prepararam cerca de 150 ações

para o território. O público também poderá visitar as feiras da agricultura familiar, da economia

popular solidária e a exposição do artesanato local. Paralelamente, serão realizadas palestras,

oficinas e debates.

Acerto de contas

Assunto de interesse dos municípios, o acerto de contas entre Minas e a União será pauta de

um debate público, programado para às 10h, com a participação da Assembleia Legislativa de

Minas Gerais (ALMG). O tema se refere às perdas de Minas Gerais com a Lei Kandir, que

desonerou do ICMS os produtos exportados pelos estados.

Durante o debate, serão apresentados os valores que seriam destinados a cada um dos 27

municípios do Território Triângulo Sul.

Estima-se que Minas deixou de arrecadar cerca de R$ 135 bilhões. Desse montante, os

municípios teriam direito a aproximadamente R$ 33 bilhões, ou seja, 25% do total.

Maratona de encontros

O circuito dos Fóruns Regionais de Governo começou em maio deste ano e já esteve nos

territórios Triângulo Norte (Ituiutaba), Norte (Montes Claros), Mata (Juiz de Fora), Caparaó

(Manhuaçu), Noroeste (João Pinheiro), Central (Abaeté), Médio e Baixo Jequitinhonha

(Almenara), Mucuri (Nanuque), Sudoeste (Passos), Metropolitano (Betim) e Alto Jequitinhonha

(Itamarandiba).

Esta etapa reforça a política de regionalização das ações implantada por Fernando Pimentel. O

governador tem percorrido cada território junto com os secretários de Estado e sempre reitera

a importância dos Fóruns Regionais como instrumento de gestão pública.

“Essa é uma mudança histórica na forma de governar. É trazer a Minas real para dentro do

Governo, estreitando o diálogo e a interlocução com a população das diversas regiões“, ressalta

Pimentel.

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Para o secretário Extraordinário de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif),

Wadson Ribeiro, o objetivo é aproximar o Governo da população de cada território, dos gestores

públicos dos municípios, assim como estreitar o vínculo entre a administração central e os órgãos

estaduais na região. “Queremos mostrar de forma prática que estamos de fato descentralizando

as ações”, afirma.

Os Fóruns Regionais de Governo estão vinculados à Seedif. Para esta etapa, a secretaria tem

realizado, desde o início do ano, reuniões com os interlocutores dos órgãos de Governo para

planejar as ações que são levadas a cada território.

O coordenador dos trabalhos, Fernando Tadeu David, subsecretário dos Fóruns Regionais,

observa que o evento é uma oportunidade para que o cidadão conheça de perto o que está

sendo feito pelos órgãos estaduais, tirar dúvidas, consultar a equipe técnica e fazer solicitações.

“Queremos que as pessoas saibam como o Governo atua e como podem participar e demandar

serviços”, diz.

Gestores municipais

O circuito dos fóruns contém atividades para os prefeitos e gestores públicos. As secretarias de

Governo (Segov), Planejamento e Gestão (Seplag), Transportes e Obras Públicas (Setop) e

Cidades e Integração Regional (Secir), por exemplo, vão esclarecer dúvidas em relação às

parcerias com o Estado, ao calendário de celebração de convênios e ao protocolo de

documentos.

No local, os representantes das prefeituras vão conhecer o Programa de Apoio aos Municípios

e ao Desenvolvimento Regional, que prevê a doação de um projeto técnico de engenharia e

arquitetura para prefeituras com menos de 100 mil habitantes. Eles ainda receberão orientações

sobre os convênios de obras públicas e a doação de materiais, como mata-burro, vigas e bueiros

metálicos.

O plantão técnico vai informar como funciona a Rede de Desenvolvimento Institucional e

Capacitação dos Municípios (Redic), assim como fornecer uma cartilha com orientações. O

prefeito poderá se guiar pelo documento para ter acesso às políticas públicas de planejamento

das cidades, regularização fundiária, saneamento básico, infraestrutura urbana, habitação e

associativismo por consórcios públicos.

A superintendente de Apoio Institucional aos Municípios da Segov, Ana Carolina Queiroz,

explica que o objetivo é estreitar o relacionamento com as prefeituras, oferecendo

assessoramento técnico e oportunidades de captação de recursos. “Estaremos inclusive

protocolando documentos para agilizar sua tramitação”, afirma Queiroz.

Diversos programas de incentivo econômico também serão apresentados aos representantes

das prefeituras, que vão poder firmar parcerias com a Junta Comercial de Minas Gerais para a

implantação da Sala Mineira do Empreendedor em sua cidade.

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Segundo Gabriel Tavares, gerente de Integração da Jucemg, a meta é implantar o serviço em

300 municípios mineiros até 2018.

Pecuária e fruticultura

O Triângulo Sul possui uma economia diversificada, com destaque para a pecuária de corte e

leiteira, além da fruticultura. O município de Frutal, por exemplo, é o maior produtor de abacaxi

do estado e ocupa o segundo lugar na produção de laranja em Minas.

Durante o evento, os produtores rurais, representantes da agroindústria, sindicatos e

associações terão à disposição diversos serviços dos sistemas estaduais da agricultura e do meio

ambiente.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) pretende oferecer materiais,

assistência técnica e apresentar as tecnologias desenvolvidas para o setor.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/MG) vai detalhar as linhas de

crédito, investimento e custeio para fornecimento de alimentos para a merenda escolar.

Os produtores também vão conhecer mais sobre o Portal do Produtor lançado pelo Instituto

Mineiro de Agricultura (IMA) e saber como fazer o cadastro.

Uso da água

Os técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) vão tirar dúvidas sobre o sistema

online para cadastro de pequenos usos de água. O projeto vai beneficiar, por ano, cerca de 30

mil produtores rurais, que passarão a ter acesso ao cadastro e à regularização de forma

eletrônica e gratuita.

Outra atividade para os proprietários e posseiros de imóveis rurais é a divulgação da retomada

do pagamento do Bolsa Verde. O Triângulo Sul possui 25 beneficiários do Bolsa Verde,

programa executado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Esses beneficiários têm o

compromisso de conservar uma área de vegetação nativa de 750 hectares.

O IEF vai divulgar também o Projeto ASA, com o cadastro de áreas de soltura de animais

silvestres, e distribuir mudas de espécies nativas para proprietários rurais e prefeituras.

Cooperativismo

O encontro terá espaço para uma roda de conversa sobre o cooperativismo, considerado uma

das formas mais avançadas de organização dos agricultores. Segundo o analista de

Desenvolvimento Rural, Divino Nascimento, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Agrário (Seda), serão abordados os modelos de cooperativismo, as vantagens, mercado e como

criar uma cooperativa.

“Com o debate queremos identificar o nível de organização dos agricultores familiares e

fomentar ações para a inserção deles nas políticas públicas do Governo do Estado”, enfatiza

Nascimento.

Esporte e turismo

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No estande da Secretaria de Estado de Esportes (Seesp), gestores públicos e entidades do

segmento vão poder conhecer mais sobre a Lei de Incentivo ao Esporte e sobre o ICMS

Esportivo.

"Nesse momento de crise, os municípios têm a possibilidade de se organizarem e buscarem no

ICMS Esportivo e na Lei Estadual de Incentivo ao Esporte um auxílio para a execução de projetos

importantes", comenta o secretário Arnaldo Gontijo.

O público poderá obter informações sobre os Jogos do Interior de Minas (JIMI), que voltaram

ao calendário esportivo em 2017 no seu formato original, e o Geração Esporte, que passa a ser

realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE).

Além disso, as pessoas vão poder se cadastrar no Observatório do Esporte e visitar as

exposições de futebol de mesa e a de bolas indestrutíveis.

Já a secretaria de Estado de Turismo (Setur) vai apresentar aos empreendedores do segmento

e gestores públicos os serviços e programas direcionados ao setor, como: o sistema de Cadastro

de Pessoas Físicas e Jurídicas (Cadastur); o “Minas Recebe”, projeto que oferece capacitação,

assim como oportunidades de divulgação e participação em feiras.

Educação fiscal

“Educação fiscal e cidadania” também será um tema abordado no evento dos Fóruns em Frutal.

Segundo técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), as questões tributárias serão

apresentas de forma didática ao público.

O objetivo é mostrar o valor social do tributo e conscientizar as pessoas da importância de

participar do controle da utilização dos recursos públicos.

“A proposta é que as pessoas passem a ter uma melhor consciência de que o tributo é pago por

elas e retorna à sociedade em forma de obras e serviços públicos, além de conhecer os canais

participação”, ressalta Luiz Antônio Zanon, gestor do Programa de Educação Fiscal da SEF.

Carteira de identidade de graça

O público que for ao evento vai ter acesso a diversos serviços essenciais. A Polícia Civil vai

emitir carteira de identidade, atestado de antecedentes e fazer registro de ocorrências.

A pessoa que quiser tirar a carteira de identidade precisa levar duas fotos 3x4 e certidão original

de nascimento ou casamento.

No mesmo local, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MG) vai disponibilizar consulta

ao licenciamento de 2017, requerimento de certidão negativa de propriedade do veículo,

alteração de endereço, consulta sobre a situação do veículo, multa, pontuação na carteira,

solicitação de CNH, entre outros.

Já a base móvel comunitária da Polícia Militar vai distribuir dicas de segurança e receber registro

de ocorrências, denúncia e sugestão de policiamento.

Distribuição de lâmpadas

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A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas

Gerais (Copasa) terão sala exclusiva, que vai funcionar como uma agência de atendimento.

O consumidor poderá negociar dívidas, quitar e solicitar emissão de segunda via da conta, tirar

dúvidas sobre faturas, tarifas e requisitar religação.

Durante a programação, a Cemig vai distribuir lâmpadas para quem apresentar a última conta

de luz paga, limitada a duas lâmpadas por consumidor. A entrega das lâmpadas será a partir do

meio-dia.

O público poder vai conhecer ainda a maquete do sistema elétrico que simula o consumo de

energia, aprender um pouco sobre segurança e os novos canais de atendimento.

Para acessar a programação geral clique aqui.

Serviço/Circuito dos Fóruns Regionais – Território Triângulo Sul

Dia: 21/9/2017 (quinta-feira)

Cidade: Frutal

Local: Escola Estadual Maestro Josino de Oliveira

Rua João Pinheiro 977 – Bairro Princesa Isabel

Horário: 8h às 17h.

BC REDUZ PREVISÃO DE INFLAÇÃO PARA ESTE ANO E 2018

Fonte: Valor Econômico. A inflação anual medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2017 em 3,2%, chegar a 4,3% em 2018, marcar 4,2% em 2019 e 4,1% em 2020. Essa é a trajetória da inflação no cenário que considera as estimativas dos analistas financeiros coletadas no Boletim Focus do Banco Central (BC). As projeções foram divulgadas nesta quinta-feira no Relatório de Inflação (RI), que tem data de corte em 15 de setembro, e levaram em conta dólar a R$ 3,2 neste ano, a R$ 3,3 em 2018, a R$ 3,4 em 2019 e a R$ 3,45 em 2020. A taxa básica de juros assumida é de 7% em 2017 e em 2018, e de 8% em 2019, mantendo-se neste patamar até o fim de 2020 e 2021. No Relatório de Inflação de junho, a projeção para a inflação no fim de 2017 era de 3,8%, subindo a 4,5% no fim de 2018 e marcando 4,3% nos 12 meses findos em junho de 2019. Essa é a primeira vez que o BC abre as projeções até 2020. O horizonte de política foi alongado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, quando fixou a meta de inflação até 2020. Para 2017 e 2018, a meta é de 4,5%, para 2019 recua a 4,25% e para 2020 cai a 4%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No cenário que considera as taxas de juros e câmbio constantes ao longo do horizonte, a autoridade monetária projeta que a inflação deve encerrar 2017 em 3,2%, subir para 3,8% no ano seguinte, marcar 3,7% em 2019 e se situar em 3,8% em 2020. Em junho, as expectativas eram de uma alta no IPCA de 3,8% para este ano e 3,9% para 2018, e 3,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2019.

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O BC aponta que no contexto do processo de flexibilização da política monetária em curso, o Comitê de Política Monetária (Copom) julga que projeções com taxa de juros inalteradas são pouco informativas. Situação fiscal No relatório apresentado nesta quinta, a autoridade monetária diz que o processo de aprovação de reformas da economia, somado a outros ajustes, é necessário para a melhora do quadro fiscal e para a redução dos juros. “A consolidação fiscal está condicionada ao avanço do processo de reformas e de outros ajustes necessários, que serão fundamentais para reversão da trajetória ascendente da dívida pública e redução da taxa de juros estrutural”, afirma o texto. O BC lembra que o governo alterou as metas para o setor público consolidado em 2017 e 2018 para um déficit de R$ 159 bilhões, em ambos os anos, “com indicação de recuperação gradual do equilíbrio das contas públicas nos anos seguintes”.

ALOCAÇÃO EM ATIVO EXTERNO GANHA ESPAÇO

Fonte: Valor Econômico. Investir no exterior sempre foi para poucos. Motivos não faltam, como volume de recurso necessário, conhecimento e questões regulatórias. O principal entrave à maior presença global do investidor brasileiro ainda é a taxa Selic, que desestimula tanto a compra de ativos financeiros internacionais quanto imóveis. "Quando o juro doméstico está muito alto, fica difícil convencer o investidor a correr risco ou olhar para fora. Ao associarmos Selic em queda com as regras para investimento no exterior via fundos, alteradas em 2015, as perspectivas começam a mudar", diz Daniel Pettine, gestor de fundos da Rio Bravo, que cita a instabilidade política e a fragilidade da economia doméstica como estímulos adicionais para a alocação internacional dos recursos. A alternativa de investimento mais citada pela segurança e o custo da operação são os fundos que têm na carteira ações ou bonds de empresas do exterior. A nova regra, em vigor desde 2015, permitiu a criação de fundos que podem ter até 100% de ativos no exterior (o mínimo é 67% do PL), acessíveis apenas a investidores qualificados ou com R$ 1 milhão em ativos financeiros. As aplicações podem ser de qualquer valor. Para o varejo, o regulador dobrou a parcela que os fundos em geral podem aplicar no exterior, para até 20% do PL. "Vários produtos foram criados nos últimos 18 meses para atender a uma demanda que crescerá com a Selic menor", diz Pettine. Para o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos André, o varejo ainda precisa aproveitar melhor as oportunidades de alocação em ativos externos. "Desde que as regras mudaram, o investidor mais qualificado, do private banking, já deu a largada e está incrementando o portfólio, mas o varejo também precisa trilhar este caminho", afirma. Ele observa que esses fundos podem ser afetados pela variação cambial. "Escolher um fundo com ou sem hedge (cambial) depende também do perfil do investidor, por isto é muito importante um suitability bem feito ", diz.

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Segundo a Anbima, os fundos Renda Fixa Investimento Exterior acumulam retorno, de janeiro a julho, de 5,97%; os Multimercado Exterior conseguiram ganhos de 5,70% e os de melhor desempenho, os Ações Investimento Exterior, bateram em 7,27%. Para Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, o mercado de ações é o mais interessante hoje para o investidor que busca diversificação regional. "Na renda fixa, os ativos brasileiros ainda são muito competitivos, já nossa bolsa é menor e menos consistente que a de outros países, que têm mais ativos no pregão e maior liquidez, portanto investir em fundo com ações do exterior na carteira vale a pena". Na London Capital, um multi-family office, 17% dos recursos dos clientes estão alocados no exterior. "Historicamente, o brasileiro sempre olhou pouco para outros mercados, o que começa a mudar", diz Jonathan Camargo, cofundador e head comercial. Ele separa o público em duas fatias. Uma é dos clientes com mais recursos e idade que buscam segurança e não querem correr riscos. "É um público que prefere a renda fixa no exterior, bonds corporativos. Do outro lado, temos o investidor mais novo e com mais tolerância a risco que começa a incluir a renda variável na carteira, mas sem abandonar a renda fixa", afirma. Para Camargo, a questão é que a maioria dos fundos com aportes no exterior só é acessível ao investidor qualificado. Para quem prefere a compra de ativos físicos, como imóveis, o mercado americano sempre atraiu os brasileiros. O problema, explica Daniel Toledo, sócio fundador da consultoria Loyalty Miami, é que avaliar uma boa oportunidade vai além do preço. "É preciso uma consultoria especializada porque o mercado americano oscila muito de uma região para outra por vários fatores, inclusive sazonais ou de clima, afetando a perspectiva de valorização".

TEMER ARBITRARÁ DISPUTA SOBRE NOVO REFIS

Fonte: Valor Econômico. O presidente Michel Temer irá decidir o futuro da medida provisória (MP) do programa de parcelamento de dívidas tributárias, o Refis. Conforme antecipou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, na manhã de ontem, a Fazenda considera que a arrecadação já é satisfatória e defende internamente deixar a MP perder a validade. A postura da Fazenda provocou reação na Câmara dos Deputados. Temer receberá hoje um grupo de parlamentares para decidir se apoiará a equipe econômica ou determinará a votação de um texto alternativo, com desconto maior nas multas. Parte da base ameaça se rebelar, às vésperas de a Câmara analisar a segunda denúncia criminal contra o presidente. A arrecadação do Refis com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) chegou a valor considerado "satisfatório" pela equipe econômica e, para evitar "flexibilização" nas regras, a Ministério da Fazenda passou a defender que a MP 783 não seja mais votada, conforme antecipou o Valor PRO. Insatisfeitos, deputados procuraram o presidente da Câmara no exercício da Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para defender a votação. O valor mais atualizado da arrecadação é mantido sob sigilo pela Fazenda. O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), disse a deputados ser de R$ 6 bilhões. Já Maia relatou que a informação da Receita é que já entraram nos cofres da União R$ 9 bilhões - mas

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ele próprio afirmou desconfiar dos números. A estimativa do governo era receber este ano R$ 13 bilhões, quantia considerada irreal pelos parlamentares. A equipe econômica ainda espera que a arrecadação aumente mais até o fim do prazo de adesão, dia 29 de setembro, e passou a defender internamente que o governo trabalhe para não votar o texto negociado com o relator da MP, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG). A proposta seria discutida ontem na Câmara, mas foi adiada de novo. A ideia da Fazenda, segundo o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), é deixar a MP 783 caducar para não ver flexibilizadas as regras do programa. "O André [Moura] me disse que o Henrique [Meirelles, ministro da Fazenda] não quer mais votar. O governo ficou semanas discutindo o texto, fez na versão que ele queria, mas agora eles querem deixar caducar, é um desrespeito", disse. Como a MP tem efeito a partir da publicação, as pessoas físicas e empresas que aderirem durante o prazo de validade da medida não perderão os benefícios. Mas havia expectativa de que o Congresso alterasse o texto, com regras mais benéficas para os devedores, e que só valerão caso o novo texto seja aprovado e sancionado - o que a Fazenda quer agora evitar. Meirelles, o líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e os deputados negociaram uma versão intermediária do projeto nas últimas semanas. Três concessões seriam feitas pelo governo: ampliação no desconto das multas, para até 70%; aumento no que é considerada "dívida de menor valor", de R$ 15 milhões para R$ 30 milhões, e redução no pagamento de entrada nestes casos para 5% da dívida - a MP exigia sinal de 7,5%. Os deputados ainda cobravam a "unificação dos regimes", com a permissão para que empresas usem créditos de prejuízo fiscal para abater débitos já inscritos na Dívida Ativa da União - esse tipo de benefício só está autorizado, na atual versão do Refis, para as dívidas ainda em discussão administrativa na Receita e que não foram para execução fiscal. Diante da arrecadação "satisfatória" e da ameaça de que emendas fossem aprovadas no plenário, porém, a Fazenda passou a defender no governo que nem o texto do acordo seja votado. A Casa Civil e a articulação política tentam uma resposta de Meirelles sobre a questão dos créditos fiscais há semanas, sem retorno, o que foi interpretado como mais um sinal da falta de disposição. A MP perde os efeitos se não for votada até o dia 11 de outubro. A intenção dos parlamentares é, com a aprovação, estender o prazo de renegociação das dívidas até 31 de outubro, data divulgada pelo próprio Meirelles em evento com empresários da indústria caso ocorresse acordo para votação. A preocupação dos articuladores políticos é irritar a base aliada às vésperas de a Câmara receber a segunda denúncia criminal contra Temer. Dois dos partidos mais fiéis a Temer na primeira denúncia, PP e PR estão na linha de frente das articulações para aprovar o Refis com regras mais atraentes para os devedores. "O presidente terá que decidir. A opção é política ou financeira", afirmou o deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR). Ao saber do plano de deixar a MP caducar, o líder de um grande partido da base afirmou que "aí cai o governo". O relator do projeto lembrou ainda que, apesar da posição da Fazenda, as negociações envolvem também outras parte do governo. "Existe de forma infeliz e míope para

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o país uma posição muito resistente da equipe econômica em não defender o texto apesar de muitas negociações", criticou Cardoso.

PATENTES POR DECRETO

Por Reinaldo Guimarães e Ana Oliveira para o Valor Econômico. Há muito é sabido que o INPI apresenta enormes dificuldades para o efetivo cumprimento de sua missão. No plano operacional, há grande carência de recursos materiais, humanos e de gestão que resultam no inadmissível tempo levado entre o depósito e a decisão final quanto ao patenteamento de um produto ou processo. Segundo o próprio INPI, o backlog de patentes está acima de 14 anos para medicamentos, bem como no campo das telecomunicações. Ainda segundo o INPI, vale ressaltar que o backlog acelerou intensamente na última década, de 126 mil para 231 mil depósitos, em números redondos. Para tentar resolver o problema, o INPI lançou uma consulta pública propondo a concessão de todas as 231 mil patentes do backlog mais as depositadas no órgão até 90 dias após a publicação da norma que implantará a proposta, após um exame sumário das mesmas. Concessões massivas de patentes sem um exame criterioso sobre os seus impactos na economia do país implicam perda importante de soberania em tema em que ela deveria ser compulsória e estrita, tal qual se apresenta nos países industrializados de economia complexa. É bem conhecido o crescimento das pressões oriundas de países desenvolvidos em harmonizar globalmente os critérios e a cultura patentária segundo os seus interesses comerciais. Poucos países de porte possuem políticas de propriedade intelectual que dispensam um exame substantivo de patentes com vistas à concessão. Um deles é a África do Sul que, tradicionalmente, não realiza buscas e exame substantivos para a concessão de patentes, fazendo exclusivamente o exame de aspectos formais dos pedidos. Conforme as palavras de seu governo, utiliza um sistema exclusivamente cartorial (depository system). Pois mesmo a África do Sul está atualmente empenhada em modificar sua política de propriedade intelectual na direção de abandonar o cartório e passar a ter um sistema de exames substantivos com vistas a equilibrar os interesses comerciais e o interesse público. A proposta apresentada pelo INPI caminha no sentido oposto: de um sistema de exame substantivo para um sistema cartorial, no qual seriam examinados exclusivamente os aspectos formais dos pedidos com o objetivo de eliminar rapidamente o backlog. O INPI esclarece que essa medida, temporária e excepcional, deverá ser aplicada para debelar uma crise e, em seguida, abandonada. Em outros termos, corrigir o passado para que o futuro, agora ausente o backlog, possa ser manejável. Mas é razoável argumentar que, com mais de 30 mil novos depósitos ao ano, voltando ao sistema de exames substantivos o backlog tenderá a ser recomposto caso outras medidas no plano administrativo-financeiro não sejam tomadas. E se isso se confirmar, a tentação de tornar permanente a medida pontual poderá vir a ser perpetuada, instituindo-se no país um novo padrão de política de propriedade intelectual no que se refere a patentes, agora definitivamente cartorial.

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A despeito da dedicação de seu quadro técnico, o INPI sofre de várias deficiências no terreno institucional, a começar pelo reduzido quadro de examinadores de patentes e essas deficiências são o principal responsável pelo crescimento do backlog. A maior evidência da escassez de examinadores está na comparação da relação entre depósitos por examinador por ano entre o INPI e o escritório norte-americano de patentes (USPTO). Para o ano de 2016 no INPI essa relação foi de cerca de 114 depósitos por examinador. Para o USPTO foi de cerca de 64, pouco mais da metade. Vale notar que o INPI não está alheio a essas dificuldades e a disposição de enfrentá-las sem abrir mão de suas competências e métodos de trabalho tradicionais esteve presente em maio de 2017 quando da apresentação ao ministro da, Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MDIC) de seu plano de trabalho para o ano1. Nele foram destacados o enfrentamento do backlog, a solução dos problemas imobiliários e a valorização dos servidores e da carreira do INPI. Além disso, a redução de 44% do backlog e aumento de 234% da produção; aumento de 60% da produção de decisões técnicas de pedidos de patentes em relação a 2016 e de 93% em relação a 2015; aumento de 57% na produtividade individual dos examinadores de patentes em relação a 2015. Não havia então qualquer menção a propostas de mudanças radicais como a contida na consulta pública. A pergunta que fica é por que esse corajoso plano de trabalho foi substituído por uma proposta tão problemática e inusitada, que transforma o INPI em pouco mais do que um escritório notarial? Por que entre maio e agosto de 2017, a direção do órgão se convenceu ou foi convencida de que ao invés de perseverar no exame substantivo de patentes e de continuar a perseguir as medidas de reestruturação institucional com as quais acreditamos que esteja de pleno acordo, decidiu por caminho "cirúrgico"? Por que escolheu esse caminho que, na melhor das hipóteses deverá estabelecer um notável aumento de demandas judiciais decorrentes de disputas entre patentes com reivindicações similares sendo concedidas e, principalmente, por uma enxurrada de patentes muito frágeis do ponto de vista substantivo, portanto passíveis de contestação judicial? E, na pior das hipóteses - caso em que ele seja acionado a cada vez que o backlog for reconstituído pela dinâmica tecnológica global - resultará numa confissão de que também no campo da política de propriedade industrial o Brasil estará deixando de ser um país industrializado soberano. Dando à direção do INPI o benefício da dúvida que é mister conceder a uma equipe séria e profissional, especulamos que essa opção possa ter sido trazida de instâncias superiores a serviço de um governo central cada vez mais frágil e isolado, à procura de "fatos" positivos de que tanto necessita para melhorar sua legitimidade. No caso, trombetear "o fim do backlog do INPI". As consequências? Essas não vêm ao caso, pelo menos para essas instâncias superiores. Para o INPI, sua direção e corpo técnico, restará o ônus de tentar responder à nova norma sem ter as mínimas condições de pessoal, tecnologia e instalações físicas para fazê-lo adequadamente.

1. www.inpi.gov.br/noticias/publicado-plano-de-acao-do-inpi-para-2017

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REGULAÇÃO DEVE ESTIMULAR 'FINTECHS'

Fonte: Valor Econômico. As novas empresas de tecnologia financeira - conhecidas como "fintechs" - dedicadas ao crédito passarão a ser oficialmente reconhecidas pelo Banco Central (BC). A expectativa é que a chancela do regulador ajude a estimular o setor e a concorrência no mercado de crédito, altamente concentrado no país. Essas empresas vêm ocupando nichos que os bancos tradicionais não alcançam ou não têm interesse em atuar, o que também é visto com bons olhos pelas autoridades do setor. O BC colocou a proposta de regulação das fintechs de crédito em consulta pública no fim do mês passado. A norma prevê a autorização para funcionamento de dois tipos de empresas: as sociedades de crédito direto (SCD), que usam capital próprio para emprestar, e as sociedades de empréstimo entre pessoas (SEP), que usam uma plataforma digital para conectar tomadores de crédito e investidores - operação também conhecida como "peer to peer" ou P2P. Empresas que adotam ambos os modelos já atuam no país, mas para operar de acordo com as normas do sistema financeiro precisaram fazer acordos para atuarem como correspondentes bancários de outras instituições. Com a nova regulação, as fintechs poderão operar de forma independente. "A regulação traz mais competitividade para o mercado de crédito", diz Marcelo Ciampolini, presidente da Lendico. Criada em julho de 2015, a empresa atua como correspondente do Banco BMG, que também é sócio da companhia, e já atendeu 20 mil pessoas, com um volume total de R$ 130 milhões em crédito. Ainda não há números sobre o volume movimentado por essas empresas no país, mas os dados do mercado internacional sinalizam que há um grande potencial de crescimento. Apenas o mercado de crédito P2P deve alcançar um volume de US$ 290 bilhões em 2020 no mundo, sem considerar a China, de acordo com estimativas do Morgan Stanley. O gigante asiático é um caso à parte. Sem uma regulação, as plataformas se proliferaram acompanhadas de uma série de problemas que vão desde má administração a esquemas de pirâmide, com captação ilegal de fundos entre investidores. Segundo o China Banking Regulatory Commission (CBRC), em junho de 2016 o país asiático tinha 4.127 plataformas P2P das quais 1.778 eram "problemáticas". No Brasil, a proposta do BC proíbe que as fintechs captem recursos de terceiros, como os bancos tradicionais ao emitir, por exemplo, certificados de depósito bancário (CDB). As empresas precisarão de um capital mínimo de R$ 1 milhão para operar. Nas companhias autorizadas a operar como sociedades de crédito direto (SCD), o funding virá de recursos próprios dos acionistas. Uma das novidades da regra é a possibilidade de as companhias terem fundos de investimento como sócios, segundo Fábio de Almeida Braga, sócio da área de finanças corporativas do Demarest Advogados. "É uma tendência observada claramente no mercado internacional, onde os fundos são participantes dessas estruturas e fornecem funding para as operações", afirma. Outro ponto elogiado na norma foi a previsão de que as fintechs autorizadas a operar terão acesso ao sistema de informações de crédito (SCR) do BC, que hoje é de acesso restrito aos

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bancos. Em contrapartida, as empresas também serão obrigadas a enviar os dados de suas operações ao sistema. "As instituições vão conseguir mais informações sobre o tomador de crédito e o sistema financeiro terá um maior acesso às pessoas que estão tomando crédito", diz o advogado Rodrigo Menezes, sócio fundador do escritório Derraik Menezes e integrante do conselho consultivo da ABFintech, associação que representa o segmento. O simples reconhecimento das fintechs de crédito dentro do sistema financeiro já deve ajudar a atrair recursos para o segmento, segundo Jorge Vargas Neto, fundador e presidente da Biva, plataforma de financiamento P2P - ou SEP, na denominação criada pelo BC. "A regulação estimula os investimentos em tecnologia", diz, ao destacar casos como o da moeda virtual bitcoin e do aplicativo de mobilidade Uber. O fim da necessidade de atuar como correspondente de instituição financeira levará a redução de custos das fintechs que pode chegar a 40%, segundo Vargas Neto. "Essa economia deve se refletir nas taxas de juros ao tomador e também aos investidores", diz. Pela regra proposta no projeto em consulta pública, qualquer pessoa poderá investir concedendo crédito por meio de uma SEP, até o limite de R$ 50 mil. No caso de investidores qualificados, não existe essa restrição por valor. Em operação desde maio de 2015, a Biva realizou até o momento R$ 47 milhões em empréstimos a microempresas com recursos dos investidores que se cadastram na plataforma.

NOVAS REGRAS TRABALHISTAS TRAVAM ACORDOS, DIZ FIPE

Fonte: Valor Econômico. Após a aprovação da reforma trabalhista, em julho, a quantidade de negociações entre patrões e trabalhadores para definir reajuste salarial despencou para as campanhas com data-base em agosto. De acordo com o Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), até hoje foram fechadas 71 negociações salariais com data-base de agosto, 56% menos que as 167 concluídas no mesmo período do ano passado. Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro, a queda pode ser explicada pela inclusão nas negociações, pelos sindicatos, de cláusulas que neutralizassem as novas normas, o que o especialista chama de "antídoto à reforma" ou "pauta antirreforma". "Os sindicatos estão muito receosos, e as empresas, tateando, ainda não escolheram a estratégia de negociação diante de uma nova realidade da legislação trabalhista. Esse quadro interrompe as decisões", diz Zylberstajn. Ele elenca três pontos que impedem a assinatura de acordos: ultratividade, terceirização e contribuição, todos itens que foram derrubados com a reforma trabalhista, que só entra em vigor em novembro. Clemente Ganz-Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pondera que as regras da reforma ainda não entraram em vigor, mas reconhece que elas "seguram" a negociação. "A reforma abrir um campo de disputa que não vai ser pequeno. Todo mundo vai ter que olhar com cuidado. Poucos conhecem a extensão da reforma, ela traz uma série de incertezas. Mas

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há muitas empresas forçando negociações com data-base em agosto para fechar acordos por dois, três meses e revê-los em novembro, já sob as novas regras", diz Ganz-Lúcio. O Boletim Salariômetro também mostra que a inflação baixa é um aspecto que reduz a concretização dos acordos salariais, uma vez que os trabalhadores tendem a recusar reajustes baixos, embora um pouco acima da inflação. De acordo com a Fipe, a proporção de ajustes acima da inflação medida pelo INPC (2,1% em 12 meses encerrados em agosto) nos principais acordos de negociação coletiva é de 73,2% em agosto. Na média do ano, os reajustes registraram ganho médio de 5,5%, mais de três pontos percentuais acima da inflação.

MINERADORAS RECLAMAM DE TIMIDEZ DAS REFORMAS LEGAIS

Fonte: Valor Econômico. Na principal mesa de discussão do 17º Congresso Brasileiro de Mineração, que termina hoje em Belo Horizonte, governo e mineradoras discutiram as mudanças regulatórias do setor em curso. Em debate acalorado, diretores jurídicos das empresas criticaram a timidez das três medidas provisórias que reformam o padrão legal da atividade. Por seu turno, representantes do Ministério das Minas e Energia defenderam que os avanços são "os possíveis" ante a crise política e o caráter transitório do atual governo. As MPs foram publicadas pelo governo em julho e precisam ser votadas pelo Congresso até 28 de novembro para não perderem a validade. Elas tratam da criação da agência reguladora da mineração, da reforma do Código de Mineração e da nova estrutura de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), que na prática representará aumento do royalty que é pago pelas mineradoras para compensar danos ambientais e problemas sociais aos municípios e Estados. As mineradoras reclamam que não é hora de aumentar custos tributários (apesar de a Cfem não ser, a rigor, um tributo), já que o setor atravessa fase de volatilidade dos preços internacionais das commodities minerais e enfrenta o acirramento da concorrência australiana no fornecimento de minério de ferro para a China. As mudanças tirariam competitividade das mineradoras brasileiras, que já arcam com custos de frete substancialmente maiores que suas concorrentes na Austrália (são 45 dias de frete oceânico entre o Brasil e a China, e 20 a partir da Austrália). Especificamente sobre o minério de ferro, a MP prevê o aumento escalonado da alíquota da Cfem baseado na cotação internacional do minério. Ela iria de 2% a 4% da receita bruta das empresas menos o pagamento de impostos. Hoje, a alíquota é de 2% sobre a receita líquida. "Virou lugar comum dizer que, no Brasil, se paga pouco royalty. Mas a Cfem não pode ser vista isoladamente da carga tributária que incide sobre o setor. Há países em que só se paga royalty, e aqui pagamos Imposto de Renda, Pis, Cofins e uma série de taxas", disse Renata Ribeiro, gerente global de Impostos da Vale. Em relação às mudanças no Código de Mineração, as empresas reclamam da não inclusão de quatro pontos que consideram cruciais: a declaração da atividade de mineração como de utilidade pública, para dar segurança jurídica aos regimes de desapropriações ou servidão de áreas; estabelecer que a concessão de lavra pode ser oferecida como garantia de empréstimos

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para financiamento da atividade; reconhecer a legalidade das operações de crédito com pagamento vinculado à produção futura; e a permissão para que todo tipo de contratação, inclusive de créditos, possa ser incluída no "registro mineral", para dar garantia jurídica ao contratado em caso de mudança do titular da concessão. "Precisamos de reconhecimento jurídico para práticas consagradas de mercado. Contratos (garantidos) por royalty, por exemplo. O financiador, que empresta dinheiro, e tem direito a um percentual da produção futura da mina, precisa estar garantido em caso de transferência da titularidade da concessão", disse ao Valor Carlos Vilhena, do escritório Pinheiro Neto Advogados Vicente Lôbo, secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia, admitiu que as MPs "não são perfeitas e não contemplam todos os pleitos do setor", mas defendeu que as peças trazem os avanços possíveis de serem aprovados pelo Congresso. "O código (de Mineração) foi discutido durante quase cinco anos no Congresso sem chegar a uma definição real e objetiva. Eu cheguei há um ano e dois meses. E esse governo terá apenas dois anos. Era necessário haver definição quanto ao código mineral, era premente transformar DNPM em agência reguladora, era preciso tratar a questão dos royalties", defendeu Lôbo.

PRESIDENTE DA RIACHUELO VIRA ALVO DE PROCESSO

Fonte: Valor Econômico. O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que vai criar um grupo de trabalho para conduzir a ação civil pública movida contra o Grupo Guararapes, para responsabilizar a companhia por irregularidades em confecções que prestam serviços terceirizados. A decisão foi tomada para "despersonalizar" a ação, informou o MPT. A procuradora Ileana Neiva Mousinho, que estava à frente do processo, que tem sido alvo de ataques nas redes sociais. A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) também informou que vai processar criminalmente o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, por crimes contra a honra, difamação e injúria. O executivo citou nominalmente a procuradora em críticas publicadas nas redes sociais. "A senhora tem sistematicamente enviado denúncias a todas as delegacias do MPT em todos os Estados, com exigências absurdas que não faz a nenhum de nossos concorrentes. Por que nós?", questionou Rocha no Instagram recentemente. Rocha também afirmou em redes sociais que a atuação da procuradora teria causado perda de empregos no Estado potiguar. A ANPT afirmou em nota que, "ao atacar a procuradora, usando expressões como 'louca', 'exterminadora do emprego' e 'câncer', atribuindo à sua pessoa a figura de perseguidora da empresa ou dos seus sócios/fundadores, os executivos da Guararapes buscam pessoalizar e individualizar a atuação do Ministério Público do Trabalho na figura da Procuradora ofendida, instigando o ódio das pessoas contra a agente pública". Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, disse que se excedeu nas críticas à procuradora nas redes sociais. "De fato, escrevi bobagem mesmo", afirmou. "Mas acho ótimo ser processado, porque me dá oportunidade de explicar essa história, que é emblemática para todas as empresas do país", disse. O executivo voltou a afirmar que o MPT persegue a Guararapes. "A procuradora move ações contra a empresa desde 2008. Somos o

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alvo preferencial dela. Pensei que o procurador geral [do Trabalho, Ronaldo Fleury] iria propor alguma solução, mas ele só criou um grupo especial para processar a Guararapes. É inacreditável", disse Rocha. O MPT move ação civil pública contra a Guararapes, na qual pede indenização no valor de R$ 37,7 milhões e exige que a companhia assuma de forma solidária a responsabilidade sobre os empregados contratados por 50 oficinas de costura que fazem trabalho terceirizado ao grupo. O MPT inspecionou mais de 50 confecções no Rio Grande do Norte e constatou que os empregados das confecções recebem remuneração mais baixa e têm menos direitos trabalhistas do que os contratados diretamente pela Guararapes. Na avaliação de Rocha, a ação do MPT tenta "condenar a prática da produção terceirizada". O executivo afirmou também que as exigências feitas pelo MPT nos últimos anos tornaram a produção no Rio Grande do Norte menos competitiva em relação a outros Estados e a produtos importados. De acordo com o executivo, há dez anos, 90% da produção da Guararapes era própria e concentrada no Rio Grande do Norte. Hoje, o índice baixou para 24%. Em 2013, o governo do Rio Grande do Norte criou o programa Pró-Sertão, que concede incentivos a pequenas confecções que fabricam para grupos como a Guararapes. A meta era chegar a 300 confecções e gerar 20 mil empregos, mas o programa atinge hoje 60 confecções e gera 4 mil empregos. O executivo afirmou que a perda de competitividade no Estado pode levar a empresa a redirecionar a produção para outras regiões. "Não estou ameaçando fechar fábrica, mas pensando no mercado de vestuário, precisamos nos pensar nos custos", disse. Rocha disse ainda que as exigências do MPT teriam levado a Alpargatas e a Coteminas a fechar fábricas no Estado. A Alpargatas fechou quatro unidades no Rio Grande do Norte, entre 2008 e 2017. As unidades empregavam em torno de 3 mil pessoas. A Alpargatas alegou como motivos a falta de incentivos fiscais e a crise financeira. A Coteminas fechou fábrica em São Gonçalo em 2012 e demitiu 500 pessoas e a produção foi transferida para Macaíba (RN) e Campina Grande. A área foi alugada para redes de varejo. O Sindconfecções-RS, que representa as costureiras, emitiu nota informando que "espera que haja um entendimento entre as partes da ação", e que o efeito da ação não provoque mais desemprego.

IMPRESSÕES SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA

Por Gileno Barreto para o Valor Econômico. Quando alguém enfrenta um obstáculo, tenta apoiar-se em solo firme, para que seus pés possam impulsionar o corpo adequadamente. Caso contrário, tombará, e por óbvio, gastará mais energia para levantar-se e tentar superá-lo novamente. Assim é a segurança jurídica em matéria tributária. A reação dos contribuintes - e do Estado - é e será sempre a de rejeitar tudo aquilo que por hipótese puder minar seus alicerces. Principalmente em tempos de crise.

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Assim, buscamos aqui apresentar nossas impressões sob a ótica dos contribuintes, que possam servir para o aperfeiçoamento do (anti) sistema tributário nacional. Primeiramente, a PEC apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) é inteligente. Busca a neutralidade tributária ao máximo, por meio de um sofisticado mecanismo de deslocamento de competências tributárias para simplificar o sistema por meio da extinção de alguns tributos, da consolidação de outros, e da criação dos novos Imposto Seletivo (IS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Quanto ao IS o legislador deveria ser mais preciso. Uma das maiores discussões doutrinárias diz respeito a como seria possível a um mesmo valor (a essencialidade) ser vinculado discricionariamente ao veículo que lhe possibilita a existência (a seletividade). A seletividade orienta o intérprete das leis e o legislador sobre a necessidade do tributo recair sobre os bens, na razão inversa de sua necessidade para o consumo popular e na razão direta de sua superfluidade. Geralmente são aqueles mais raros e, por isso, mais caros. Ora, então fazer incidir o Imposto Seletivo sobre energia elétrica e telecomunicações, veículos automotores e seus componentes é a antítese da lógica jurídica e principalmente da lógica econômica, pois são insumos básicos para a economia moderna. Acresça-se a essa constatação que, ao revogar o parágrafo 3º do artigo 153, elimina-se três limites subjetivos à sua incidência, a não cumulatividade, a não incidência sobre produtos a serem exportados, e o direcionador de redução de incidência sobre bens de capital, caríssimos à retomada do crescimento. Importante atentarmos para a retirada da "trava" da não cumulatividade. Isso quer dizer que para uma parcela de R$ 249 bilhões arrecadados pelo sistema de débitos menos créditos pelo ICMS e IPI, a União poderá instituir novamente tributação "em cascata" para posterior compartilhamento com os Estados, sem qualquer obrigação quanto à concessão de créditos nas etapas anteriores de agregação de valor. Finalmente, é de se arguir a quem interessaria a completa extinção do IOF. Ainda que se pretendesse com isso baratear o crédito no Brasil, resultaria na perda de um imprescindível instrumento de política econômica e monetária, existente em qualquer país com um sistema financeiro com um mínimo de sofisticação. E ainda pode resultar em um efeito colateral: o crescimento da tributação pelo ISS, agora IBS (ou pelo próprio IS, considerando o tributo que o revoga), sobre as receitas de intermediação financeira, o que poderá encarecer exponencialmente o já elevado custo do crédito no Brasil. O IBS, por sua vez, pretende substituir o ICMS, o IPI, o IOF, o PIS e a COFINSImportação, o PIS e a COFINS do mercado interno e o ISS. Primeiramente, as regras de transição, a serem incluídas nas ADCTs. O artigo 4º traz a possibilidade de um grande calote nos contribuintes. Remete à Lei Complementar a forma de aproveitamento dos saldos credores dos impostos extintos, em especial PIS e Cofins, ICMS e IPI. Dados apresentados pelo professor José Roberto Afonso a partir de informações da Receita Federal indicam que os contribuintes detém créditos não pagos de Estados e da União no valor de R$ 182 bilhões, que em grande parte não seriam devolvidos Quanto ao IBS propriamente dito, a primeira observação a fazer refere-se ao novo artigo 155. Pelo fato de o IBS ter absorvido

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o II, torna-o "não cumulativo" por tabela, o que se por um lado é interessante, basicamente inexiste possibilidade econômica de sua cumulação. Facilitaria o drawback, talvez. Importante que sejam detalhadas as características dessa não cumulatividade, pois a própria observação feita pelo legislador é a de que o IBS é não-cumulativo, mas com "créditos financeiros" - outro trauma do PIS e da Cofins. O inciso III, "c", estabelece a tributação sobre todas as operações com bens intangíveis e direitos. A atual legislação, bem ou mal, confere segurança aos contribuintes que sabem quais são as hipóteses de incidência. Esse dispositivo (e o IBS "abrange" o ISS), estabelece a sua incidência absolutamente indiscriminada, em qualquer operação, interna ou oriunda do exterior. Além de aumento de carga, vai de encontro à atual tendência internacional de incentivar a criação de propriedade intelectual nos seus respectivos mercados. A respeito da nova redação do artigo 156, anteriormente dedicado ao ISS, torna cristalina a intenção e os potenciais efeitos do novo texto. Ao revogar o inciso III incorpora-o ao IBS, como anteriormente dito, porém, ao revogar o parágrafo 3º do dispositivo traz como efeito simplesmente permitir a incidência do IBS sobre a exportação de serviços. Ora, simplesmente quebra o dogma da isenção tributária sobre a exportação tanto de bens quanto de serviços, o que também é um absoluto contrassenso quando falamos de inserção do Brasil na economia e no sistema tributário globais. Resumidamente, a partir dessas impressões sumaríssimas sobre o IS e o IBS, podemos concluir que, se sob o ponto de vista jurídico são um meio inteligente de simplificar o sistema e concentrar a arrecadação, por outro lado o texto ainda é obscuro e em nossa opinião traz consigo a semente de um aumento de carga tributária.

PGFN APURA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE COMPANHIAS

Fonte: Valor Econômico. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) criou um procedimento administrativo para apurar a responsabilidade de terceiros – geralmente sócios - na dissolução irregular de empresa com débitos inscritos na dívida ativa da União. O objetivo da medida, segundo o órgão, é unificar o processo no país, diante de um "percentual alto" de empresas esvaziadas de forma anormal. Para a PGFN, o contribuinte ganha a garantia de que será ouvido ainda na esfera administrativa. E o órgão espera ganhar em efetividade. A regulamentação consta da Portaria nº 948, publicada na edição de terça-feira do Diário Oficial. A questão também está na pauta da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidirá, em recurso repetitivo, como pode ser redirecionada a execução fiscal quando ocorre a dissolução irregular de sociedade. Até lá, todos os processos sobre o tema estão com o andamento suspenso. Por meio da Portaria nº 948, a PGFN institui o Procedimento Administrativo de Reconhecimento de Responsabilidade (PARR). Segundo a norma, o órgão deverá indicar no processo os indícios de dissolução irregular, a empresa, o terceiro, os fundamentos legais e a discriminação e valor consolidado dos débitos inscritos na dívida ativa.

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Os terceiros serão notificados por carta com aviso de recebimento para apresentar contestação no prazo de 15 dias corridos. Se desse modo não der certo, a notificação será realizada por Diário Oficial. Apresentada a contestação, todas as comunicações entre contribuinte e PGFN serão realizadas por meio do sistema e-CAC da PGFN. A decisão será proferida em até 30 dias corridos, prorrogáveis por igual período. Depois, ainda será possível interpor recurso administrativo, no prazo de dez dias corridos, sem efeito suspensivo. Porém, segundo a PGFN, a instauração do procedimento não é obrigatória. O pedido de desconsideração da personalidade jurídica - para alcançar os bens de terceiros -, segundo a PGFN, continua a poder ser feito diretamente na esfera judicial. Apesar da criação do PARR, a PGFN continua a entender que o Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica - um instrumento prévio instituído pelo novo Código de Processo Civil (CPC) para a esfera judicial -, não se aplica a execuções fiscais. Isso porque a medida facilitaria a dilapidação de patrimônio. Para o advogado Luis Augusto Gomes, da Tess Advogados, com a criação do PARR, a PGFN reconhece a necessidade de prévio procedimento. "Há juízes que entendem que o incidente instituído pelo CPP não se aplica para execução fiscal. Porém, a Lei de Execução Fiscal (nº 6.830, de 1980) diz que, no caso de omissão em seu texto, aplica-se o CPC", diz Gomes. A advogada Marluzi Andrea Costa Barros, sócia do Siqueira Castro, afirma que procuradoria costuma pesquisar no quadro societário a identificação dos responsáveis legais da empresa para solicitar o redirecionamento da cobrança para os sócios, seguido de penhora on-line. "Fiquemos atentos para que o PARR funcione, no âmbito da PGFN, como legítimo filtro das ilegalidades, evitando arbitrariedades vistas nas execuções fiscais", diz. "Ou, mais uma vez, teremos que contar com o Judiciário para salvaguardar a aplicação adequada da legislação."

COAF APRIMORA SISTEMA CONTRA LAVAGEM

Fonte: Valor Econômico. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) recebeu quase 800 mil comunicações de operações suspeitas, incluindo retiradas de dinheiro em espécie, neste ano até agosto. Essa demanda fez com que o Coaf, junto com a Receita Federal, buscassem soluções tecnológicas para otimizar a análise das informações obtidas. Segundo o diretor de inteligência financeira do Coaf, Antonio Carlos Ferreira de Sousa, há um esforço para aprimorar as ferramentas e a metodologia de trabalho utilizada nessas investigações. Assim, o sistema usado conseguiria prever se uma fraude está prestes a acontecer ou detectar se ela está acontecendo. O novo modelo de trabalho, segundo o diretor, deve ficar pronto entre 2019 e 2020. "O Coaf hoje trabalha com essa abordagem muito linear. Estamos saindo desse modelo mais binário, de sim ou não", explica. "Nossa comunicação com as instituições continua muito forte, mas vamos mudar a concepção de entrada de informações, repaginando essa lógica de captura de dados em parceria com os bancos e supervisores", completou.

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O executivo explica que as informações que forem filtradas passarão por análises mais minuciosas, levando com consideração dados, exemplos de situações já ocorridas, expectativas de cenário e atividade econômica.

GOVERNO AVALIA SE IRÁ OU NÃO ADOTAR HORÁRIO DE VERÃO NESTE ANO

Fonte: Valor Econômico. O governo está avaliando a conveniência ou não de adotar o horário de verão neste ano, de acordo com informação da Casa Civil da Presidência da República. Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa de economia de energia. A última edição foi de 16 de outubro de 2016 a 19 de fevereiro de 2017. No período, a economia foi de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução do uso de usinas termelétricas para complementar a geração de energia. O valor ficou abaixo do verificado na edição anterior (2015/2016), quando foram poupados R$ 162 milhões. A economia reflete o maior uso de iluminação natural neste período, quando os relógios são adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. A alteração não vigora nos Estados do Norte e Nordeste. O horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado estão em operação. O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985.

RECEITA ATUALIZA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

Fonte: Receita Federal. Com o objetivo de reduzir a quantidade de expressões escritas de forma distinta entre o texto utilizado no Brasil e o utilizado nos demais países de língua portuguesa, o Grupo de Trabalho do Sistema Harmonizado (GTSH) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovou alterações no texto da Nomenclatura do SH/2017, as quais constam da Instrução Normativa RFB nº 1.738/2017 publicada hoje no Diário Oficial da União. Com a entrada em vigor da nova norma, pode-se destacar como benefícios relativos aos usuários do Sistema Harmonizado: maior clareza e menos divergências entre os textos oficiais em língua portuguesa, facilitando assim o comércio internacional, divulgação das alterações na tradução do texto do SH 2017 e base legal para publicação do texto atualizado da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). A Nomenclatura do SH é o anexo à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, da qual o Brasil é parte contratante desde 1º de

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janeiro de 1989, sendo de utilização obrigatória para as classificações fiscais adotadas no nosso País.

RECEITA ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE NORMA QUE OBRIGA INFORMAR OPERAÇÕES LIQUIDADAS EM ESPÉCIE

Fonte: Receita Federal. A Receita Federal acaba de submeter a consulta pública minuta de Instrução Normativa, disponível na Internet, que torna obrigatória a prestação de informações relativas a operações em valores iguais ou superiores a R$ 30 mil, cuja liquidação se dê em moeda em espécie. Pela proposta de norma, operações serão reportadas em formulário eletrônico disponível no sitio da Receita Federal na internet, denominado Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie (DME). A necessidade de a Administração Tributária receber informações sobre todas as operações relevantes liquidadas em espécie decorre da experiência verificada em diversas operações especiais que a Receita Federal tem participado ao longo dos últimos anos. Observou-se que operações em espécie têm sido utilizadas para esconder operações de sonegação, de corrupção e de lavagem de dinheiro, em especial quando os beneficiários de recursos ilícitos fazem aquisições de bens ou de serviços e não tencionam ser identificados pela autoridade tributária. Exemplos de reporte de operações relevantes em espécie têm sido uma direção adotada por diversos países como medida para o combate à prática de ilícitos financeiros, entre os quais a lavagem de dinheiro e o financiamento ao tráfico de armas e ao terrorismo. A proposta de IN não busca identificar os atuais estoques de moeda física mantidos por pessoas físicas ou jurídicas, mas identificar a utilização desses recursos quando essas pessoas efetivamente liquidarem aquisições diversas. Atualmente o Fisco tem condições de identificar a pessoa que faz a liquidação das operações de venda a prazo (que resultam em emissão de duplicata mercantil) e na modalidade à vista quando liquidadas por transferência bancária ou por pagamento com cartão de crédito. A norma proposta busca fechar a lacuna de informações sobre as operações liquidadas em moeda física. As sugestões poderão ser encaminhadas até 6 de outubro, por meio da seção “Consultas Públicas e Editoriais” do sítio da Receita Federal na Internet.

EXECUÇÃO FISCAL: AGU CONFIRMA PREFERÊNCIA DO USO DE ATIVOS FINANCEIROS COMO GARANTIA

Fonte: AGU. A Advocacia-Geral da União (AGU) assegurou, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a preferência do bloqueio de ativos financeiros via BacenJud como garantia em execução fiscal. O BacenJud é um sistema que interliga o Poder Judiciário ao Banco Central e às instituições financeiras para agilizar a solicitação de informações e o envio de ordens judiciais, como ordens de bloqueio, desbloqueio e transferência de valores bloqueados.

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A decisão favorável foi obtida em agravo de instrumento interposto contra decisão da 1ª Vara Federal de Vitória da Conquista (BA) em execução fiscal movida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para cobrar multa de R$ 4,2 milhões aplicada a infrator que devastou 287,46 hectares de mata atlântica. O magistrado de primeira instância decidiu por acolher um imóvel como garantia em execução fiscal no lugar de ativos financeiros via Bacenjud, além de suspender a exigibilidade da multa e a inscrição no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) por causa de ação anulatória movida pelo infrator contra as penalidades aplicadas pelo Ibama. Entretanto, a Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região (PFR1) e a Procuradoria Federal Especializada junto à autarquia ambiental (PFE/Ibama) recorreram ao TRF1 contra a decisão. As unidades da AGU apontaram que a decisão recorrida aceitou como garantia imóvel sem certidão de propriedade, avaliação imobiliária atual e outorga uxória – o consentimento escrito do outro cônjuge. As procuradorias alertaram, ainda, que essas circunstâncias sequer puderam ser apontadas pelo Ibama no processo, já que a autarquia ambiental não foi intimada, como exigido por lei, para se manifestar sobre o bem oferecido para penhora ou pela preferência pelo bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema BacenJud. Segundo os procuradores federais, a preferência de ativos financeiros como garantia em relação à penhora de imóvel está prevista no artigo 11 da Lei nº 6.830/80 e no artigo 835 do novo CPC. “A penhora via sistema Bacenjud, no caso, se mostra plenamente cabível e em particular deve ser realizada preferencialmente”, apontaram. Jurisprudência Além disso, a Advocacia-Geral destacou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendimento consolidado no sentido de que a Fazenda Pública não está obrigada a aceitar bens oferecidos à penhora, uma vez que os mesmos podem ser de difícil comercialização ou insuficiente para quitar o débito do executado. As procuradorias argumentaram, ainda, que, há jurisprudência pacífica nos tribunais superiores de que o simples fato de existir ação anulatória pendente de julgamento não é suficiente para impedir o andamento de execução fiscal. O relator do caso no TRF1, desembargador Novély Vilanova da Silva Reis, acolheu os argumentos da AGU e suspendeu a decisão da 1ª Vara Federal de Vitória da Conquista. “O Ibama pode recusar o imóvel nomeado à penhora pelo executado”, resumiu o magistrado em trecho da decisão. A PRF1 e a PFE/Ibama são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU. Ref.: Agravo de Instrumento nº 13622-88.2017.4.01.0000/BA – TRF1.

CAMEX REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE FIOS DE VISCOSE POR DESABASTECIMENTO

Fonte: MDIC. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu de 18% para 2%, por um período de 12 meses, a alíquota do Imposto de Importação para o produto “fio de raiom viscose”, classificado no código 5403.31.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), com a

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seguinte especificação técnica: sem torção ou com torção não superior a 120 voltas por metro. A medida entrou hoje em vigor com a publicação da Resolução Camex nº 75/2017, no Diário Oficial da União (DOU). A compra externa com redução de imposto está limitada a uma cota de 1.249 toneladas. O produto é o insumo inicial a ser submetido a processos de acabamento, retorção e tingimento. A matéria prima, obtida por meio do tratamento químico da celulose, é utilizada na indústria têxtil para produção de linhas de costura e de bordado, tecidos planos ou malhas. Cabe à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), editar norma complementar para estabelecer os critérios de alocação da cota estabelecida. A medida tem por base a Resolução nº 08/08 do Grupo Mercado Comum do Mercosul, que permite redução tarifária temporária nos países do bloco, de forma unilateral e com limites quantitativos, em casos de problemas ocasionados por desequilíbrios de oferta e de demanda.

NOVA LEI DO BEM AMPLIARÁ ACESSO A BENEFÍCIO FISCAL

Fonte: Folha de S. Paulo. A nova Lei do Bem deverá facilitar o acesso de empresas a benefícios fiscais do programa e prevê mais opções de investimentos em inovação, segundo o MDIC (Indústria) e o Ministério de Ciência e Tecnologia. Uma das propostas permitir que as empresas que tiverem prejuízo fiscal em um ano possam usufruir do benefício nos anos seguintes, diz Marcos Vinicius de Souza, secretário de inovação do MDIC. Até agora, apenas companhias com lucro real conseguiam a dedução, que feita em cima do Imposto de Renda e da CSLL (contribuição social). “Propomos um alargamento de até três anos para que o desconto possa ser usado, quando houver lucro”, diz. As propostas serão colocadas para aprovação no próximo encontro do Conselho, ainda sem data. Outra mudança que 100% dos valores gastos com pesquisa e desenvolvimento, que só a contrapartida do programa, tenham dedução fiscal. A regra atual prevê descontos a partir de 60% dos aportes em inovação. “A ideia simplificar o acesso e tornar todos os gastos passíveis de incentivo.” Além disso, os investimentos poderão ser aplicados em fundos de private equity e em aceleradoras de start-ups. A Lei do Bem foi uma das políticas industriais condenadas pela OMC em agosto. As discussões em torno das mudanças, porém, j ocorriam desde o início deste ano, segundo Souza. INOVAÇÃO INCENTIVADA Propostas da nova Lei do Bem: > exclusão dos gastos com inovação na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, de 60% para 100%; > inclusão de empresas que operaram com prejuízo fiscal

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> previsão de investimentos em fundos de private equity e start-ups > estímulo contratação de mestres e doutores. R$ 2 bilhões foi a renúncia fiscal estimada do governo federal com a Lei do Bem em 2016 R$ 10,5 bilhões só os investimentos beneficiados pela dedução fiscal no ano passado

OBRIGAÇÃO DE INFORMAR NA GUIA DO FGTS E DA GFIP OS VALORES DAS CONTRIBUIÇÕES CUJA EXIGIBILIDADE FOI SUSPENSA

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 4031 Disit/SRRF04 DOU de 21/09/2017 Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias A decisão judicial proferida em caráter liminar, ou que antecipe os efeitos da tutela, suspende a exigibilidade do crédito tributário relativo às contribuições previdenciárias e às devidas a terceiros, mas não dispensa o sujeito passivo da obrigação de informar, no campo próprio da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), os valores das contribuições cuja exigibilidade foi suspensa. As GFIP apresentadas sem esses valores devem ser retificadas. Tem-se, ainda, que a GFIP não tem campo especial para declaração de valores com exigibilidade suspensa; as declarações que foram apresentadas sem esses valores devem ser retificadas. Dispositivos Legais: Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional – CTN), art. 113, §§ 2° e 3°, e art. 175, parágrafo único; Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 32, inciso IV; Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009, art. 47, inciso VIII; Instrução Normativa RFB n° 880, de 2008, que aprova o Manual da GFIP, Capítulo IV, item 7. SOLUÇÃO VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279 – Cosit, de 02 de junho de 2017 (Publicada no DOU de 06/06/2017, seção 1, pág. 40).

PIS/COFINS – DIREITO DE CRÉDITOS – BENFEITORIAS – EDIFICAÇÕES – PRAZO DE 24 MESES

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 423 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. DIREITO DE CREDITAMENTO. BENFEITORIAS. EDIFICAÇÕES. PRAZO DE 24 MESES. LEI Nº 11.488, DE 2007. A apuração de créditos da Cofins em relação à aquisição/construção de edificações incorporadas ao ativo imobilizado, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, de que trata o art. 6º da Lei nº 11.488, de 2007, alcança apenas aquelas destinadas à produção de bens ou à prestação de serviços. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, VII, e § 1º, III; Lei nº 11.488, de 2007, art. 6º. ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

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EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. DIREITO DE CREDITAMENTO. BENFEITORIAS. EDIFICAÇÕES. PRAZO DE 24 MESES. LEI Nº 11.488, DE 2007. A apuração de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep em relação à aquisição/construção de edificações incorporadas ao ativo imobilizado, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, de que trata o art. 6º da Lei nº 11.488, de 2007, alcança apenas aquelas destinadas à produção de bens ou à prestação de serviços. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, VII, e § 1º, III; Lei nº 11.488, de 2007, art. 6º.

ECD – OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO A PARTIR DE 2014 – CRITÉRIO

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 425 Cosit 21/09/2017 ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS EMENTA: ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL – ECD. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO PARA FATOS CONTÁBEIS OCORRIDOS A PARTIR DE JANEIRO DE 2014. CRITÉRIO. O que deve ser levado em consideração para se aferir a obrigatoriedade ou não de apresentação da ECD em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, no caso de pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, é o ano de formação do lucro a ser distribuído (se posterior a 1º de janeiro de 2014) e não o ano em que houve a efetiva distribuição. Não está obrigada a apresentar a ECD a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido que distribuiu, no ano-calendário de 2014, apenas lucros apurados no ano-calendário de 2011. DISPOSITIVOS LEGAIS: IN RFB 1.420, de 2013, art. 3º, caput e inciso II.

ADMINISTRADOR EMPREGADO – FÉRIAS E DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO – DESPESAS DEDUTÍVEIS

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 435 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ EMENTA: ADMINISTRADOR EMPREGADO. FÉRIAS E DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO. DESPESAS DEDUTÍVEIS. A pessoa jurídica poderá deduzir, como custo ou despesa operacional, em cada período de apuração, importância destinada a constituir provisão para pagamento de remuneração correspondente a férias e décimo-terceiro salário, acrescida dos respectivos encargos sociais cujo ônus caiba à pessoa jurídica, de diretores e administradores, desde que estes sejam caracterizados como empregados, ou seja, estejam vinculados à pessoa jurídica por intermédio de um contrato de trabalho regido pela CLT, para fins de apuração do lucro real. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 3.000, de 1999, arts. 337 e 338. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL EMENTA: ADMINISTRADOR EMPREGADO. FÉRIAS E DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO. DESPESAS DEDUTÍVEIS. A pessoa jurídica poderá deduzir, como custo ou despesa operacional, em cada período de apuração, importância destinada a

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constituir provisão para pagamento de remuneração correspondente a férias e décimo-terceiro salário, acrescida dos respectivos encargos sociais cujo ônus caiba à pessoa jurídica, de diretores e administradores, desde que estes sejam caracterizados como empregados, ou seja, estejam vinculados à pessoa jurídica por intermédio de um contrato de trabalho regido pela CLT, para fins de apuração do resultado ajustado. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, I. REFORMA A SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 52, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2013.

DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 437 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. EMENTA: INCENTIVO FISCAL. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR. PESSOA JURÍDICA INSTALADA NA ÁREA DA SUDENE. CRÉDITO IPI. PREJUÍZO FISCAL. CONDIÇÃO. Diante da apuração de prejuízo fiscal, inexiste a possibilidade de utilização do benefício fiscal instituído pela Lei nº 6.542, de 1978. DISPOSITIVOS LEGAIS: Medida Provisória nº 2.199-14, de 2001, art. 1º Decreto nº 3.000, de 1999, Regulamento do Imposto de Renda, arts. 369, 547, 581, 582, 588 e 589; Portaria Interministerial MF/MTE nº 3.396, de 1978, item 2; Parecer Normativo CST nº 31, de 1980. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO EMENTA: PROCESSO DE CONSULTA. INEFICÁCIA PARCIAL. É ineficaz a consulta que trate de fato definido em disposição literal de lei e disciplinado em ato normativo publicado na Imprensa Oficial antes da consulta. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 70.235, de 1972, arts. 46 a 58. Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, IX.

DIANTE DA APURAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL, INEXISTE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL – PAT

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 437 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. EMENTA: INCENTIVO FISCAL. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR. PESSOA JURÍDICA INSTALADA NA ÁREA DA SUDENE. CRÉDITO IPI. PREJUÍZO FISCAL. CONDIÇÃO. Diante da apuração de prejuízo fiscal, inexiste a possibilidade de utilização do benefício fiscal instituído pela Lei nº 6.542, de 1978. DISPOSITIVOS LEGAIS: Medida Provisória nº 2.199-14, de 2001, art. 1º Decreto nº 3.000, de 1999, Regulamento do Imposto de Renda, arts. 369, 547, 581, 582, 588 e 589; Portaria Interministerial MF/MTE nº 3.396, de 1978, item 2; Parecer Normativo CST nº 31, de 1980. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO EMENTA: PROCESSO DE CONSULTA. INEFICÁCIA PARCIAL. É ineficaz a consulta que trate de fato definido em disposição literal de lei e disciplinado em ato normativo publicado na

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Imprensa Oficial antes da consulta. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 70.235, de 1972, arts. 46 a 58. Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, IX.

CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS – SUBVENÇÃO

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 438 Cosit 21/09/2017 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ EMENTA: PRESUMIDO. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. SUBVENÇÃO. OUTRAS RECEITAS. Os créditos presumidos de ICMS, na modalidade subvenção, são classificados como receitas diversas da receita bruta, devendo ser acrescidos em sua totalidade na apuração do lucro presumido. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12; Parecer Normativo CST nº 112, de 1978; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15; Lei nº 9.430, de 1996, art. 25, II; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 215. ASSUNTO: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL EMENTA: RESULTADO PRESUMIDO. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. SUBVENÇÃO. OUTRAS RECEITAS. Os créditos presumidos de ICMS, na modalidade subvenção, são classificados como receitas diversas da receita bruta, devendo ser acrescidos em sua totalidade na apuração do resultado presumido. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12; Parecer Normativo CST nº 112, de 1978; Lei nº 9.249, de 1995, art. 20; Lei nº 9.430, art. 29, II; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 215. ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: CUMULATIVIDADE. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. SUBVENÇÃO. OUTROS RESULTADOS. NÃO INCIDENCIA. A Contribuição para o PIS/Pasep devida pelas pessoas jurídicas em regime cumulativo é calculada com base no seu faturamento, assim entendido como a receita bruta definida nos termos do art. 12 do DL nº 1.598, de 1977. Os créditos presumidos de ICMS, na modalidade subvenção, incluem-se nos “outros resultados operacionais” da pessoa jurídica, sobre os quais não incide a contribuição. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12; Lei nº 9.718, de 1998, arts. 2º e 3º, caput; Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12. ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins EMENTA: CUMULATIVIDADE. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. SUBVENÇÃO. OUTROS RESULTADOS. NÃO INCIDENCIA. A Cofins devida pelas pessoas jurídicas em regime cumulativo é calculada com base no seu faturamento, assim entendido como a receita bruta definida nos termos do art. 12 do DL nº 1.598, de 1977. Os créditos presumidos de ICMS, na modalidade subvenção, incluem-se nos “outros resultados operacionais” da pessoa jurídica, sobre os quais não incide a contribuição. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12; Lei nº 9.718, de 1998, arts. 2º e 3º, caput; Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL EMENTA: É ineficaz a consulta, não produzindo efeitos, quando não versar sobre a interpretação de dispositivos da legislação tributária. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 70.235, de 1972, art. 52, I, c/c art. 46; IN RFB nº 1.396, de 2013, art. 3º, §2º, IV.

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PIS/COFINS – BIODIESEL – CRÉDITO PRESUMIDO

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 439 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA : BIODIESEL. CRÉDITO PRESUMIDO. O crédito presumido da Contribuição para o PIS/Pasep de que trata o art. 47 da Lei nº 12.546, de 2011, calculado sobre o valor das matérias-primas adquiridas entre 15 de dezembro de 2011 e 9 de outubro de 2013 e usadas como insumo na produção de biodiesel, deve ser apurado e utilizado nos termos dos arts. 13 a 17 da IN RFB nº 1.514, de 2014. O crédito presumido do art. 47 da Lei nº 12.546, de 2001, em relação a uma mesma operação, não pode ser apurado pela pessoa jurídica em concomitância com o crédito básico da Contribuição para o PIS/Pasep do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, ou com o crédito presumido do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004. A partir de 10 de outubro de 2013, é facultado à pessoa jurídica sujeita à incidência não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, a apropriação e a utilização do crédito presumido dessas contribuições, relativo à receita de venda no mercado interno ou exportação de biodiesel de que tratam arts. 31 e 32 da Lei nº 12.865, de 2013, desde que atendidos os termos e as condições ali exigidos, os arts. 28 e 29 de referida lei, e a legislação pertinente. DISPOSITIVOS LEGAIS: arts. 47 a 47-B da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011; arts. 55 e 78 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, e arts. 29 a 32, e inciso III do art. 42 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013; e IN RFB nº 1.514, de 20 de novembro de 2014. ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins EMENTA: BIODIESEL. CRÉDITO PRESUMIDO. O crédito presumido da Cofins de que trata o art. 47 da Lei nº 12.546, de 2011, calculado sobre o valor das matérias-primas adquiridas entre 15 de dezembro de 2011 e 9 de outubro de 2013 e usadas como insumo na produção de biodiesel, deve ser apurado e utilizado nos termos dos arts. 13 a 17 da IN RFB nº 1.514, de 2014. O crédito presumido do art. 47 da Lei nº 12.546, de 2001, em relação a uma mesma operação, não pode ser apurado pela pessoa jurídica em concomitância com o crédito básico da Cofins do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, ou com o crédito presumido do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004. A partir de 10 de outubro de 2013, é facultado à pessoa jurídica sujeita à incidência não cumulativa da Cofins, a apropriação e a utilização do crédito presumido dessas contribuições, relativo à receita de venda no mercado interno ou exportação de biodiesel de que tratam arts. 31 e 32 da Lei nº 12.865, de 2013, desde que atendidos os termos e as condições ali exigidos, os arts. 28 e 29 de referida lei, e a legislação pertinente. DISPOSITIVOS LEGAIS: arts. 47 a 47-B da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011; arts. 55 e 78 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, e arts. 29 a 32, e inciso III do art. 42 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013; e IN RFB nº 1.514, de 20 de novembro de 2014.

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PIS/COFINS – VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO – CRÉDITO COM BASE NA DEPRECIAÇÃO.

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 99102 Cosit DOU de 21/09/2017 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO. CRÉDITO COM BASE NOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. No regime de apuração não cumulativa, o desconto de créditos em relação à aquisição de veículo por locadoras de automóveis para incorporação ao ativo imobilizado deve ser feito com base nos encargos de depreciação do veículo. No caso de revenda do veículo antes de exaurida a sua depreciação, o desconto de créditos deve ser feito somente em relação aos encargos de depreciação incorridos até a data da revenda. Vinculada à Solução de Consulta Cosit nº 07, de 27 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial Da União (DOU) de 02 de fevereiro de 2015 e à Solução de Divergência Cosit nº 6, de 13 de junho de 2016, publicada no DOU de 29 de junho de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, VI, com redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005, e art. 3º, § 1º, III, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014; e Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, § 14, incluído pela Lei nº 10.865, de 2004, e art. 15, II, com redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO. CRÉDITO COM BASE NOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. No regime de apuração não cumulativa, o desconto de créditos em relação à aquisição de veículo por locadoras de automóveis para incorporação ao ativo imobilizado deve ser feito com base nos encargos de depreciação do veículo. No caso de revenda do veículo antes de exaurida a sua depreciação, o desconto de créditos deve ser feito somente em relação aos encargos de depreciação incorridos até a data da revenda. Vinculada à Solução de Consulta Cosit nº 07, de 27 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial Da União (DOU) de 02 de fevereiro de 2015 e à Solução de Divergência Cosit nº 6, de 13 de junho de 2016, publicada no DOU de 29 de junho de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, VI, com redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005, art. 3º, § 1º, III, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014, e art. 3º, § 14, incluído pela Lei nº 10.865, de 2004.

EM CASO DE CISÃO PARCIAL, EMPRESA SUCESSORA DEVE SUPORTAR INDENIZAÇÃO NA MESMA PROPORÇÃO DO PATRIMÔNIO RECEBIDO

Fonte: STJ. Após a cisão parcial de sociedade anônima, podem ser cobradas por meio de ação de regresso eventuais obrigações indenizatórias assumidas integralmente pela empresa cindida em virtude de desproporção acionária que se mantém após a subscrição realizada em favor das empresas sucessoras. A ação de regresso deve, porém, ser limitada à proporção do patrimônio cindido recebido pela empresa devedora.

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O entendimento foi fixado pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar procedente pedido de ressarcimento ajuizado por empresa de telecomunicações que arcou sozinha com dívida reconhecida por sentença em favor de credor societário, que teve suas debêntures convertidas em ações de forma desproporcional. A empresa autora buscava a restituição proporcional correspondente ao acervo líquido transferido à empresa ré após a cisão da requerente. Em sua defesa, a empresa ré argumentou que o ato de cisão foi taxativo ao afastar a responsabilidade das sociedades para as quais foi transferido o patrimônio da autora em relação às obrigações ocorridas até a data da cisão parcial. Por maioria de votos, o colegiado entendeu que a empresa sucessora não poderia manter o benefício pela mesma desproporção acionária que ocasionou a condenação da empresa cindida. Titularidade passiva No voto que foi acompanhado pela maioria do colegiado, o ministro Marco Aurélio Bellizze destacou inicialmente que o caso dos autos não se confunde com a tese jurídica de responsabilidade solidária estabelecida pela Lei das Sociedades Anônimas (LSA), já que, tendo em vista que a demanda regressiva busca a reparação contra codevedores por uma dívida assumida exclusivamente por um responsável, o que se discute é a própria titularidade passiva da obrigação. Ao alertar para o debate jurídico novo no âmbito do STJ, o ministro lembrou que a cisão envolve duas classes de obrigações: as decorrentes do vínculo societário que agrega os acionistas (obrigações tipicamente societárias) e aquelas advindas da apuração do patrimônio líquido da sociedade cindida (obrigações cíveis). “Nos termos do artigo 229, parágrafo 1º, da LSA, verifica-se que haverá indiscutível sucessão de direitos e obrigações relacionados no protocolo de cisão. Com efeito, da cisão decorrerá o aumento de capital da empresa destinatária, que absorverá a parcela do patrimônio líquido cindido a título de integralização das ações subscritas em benefício dos sócios da empresa cindida. Assim, há um completo entrelaçamento do quadro societário das empresas em negociação”, explicou o ministro. Credores cíveis e societários Após analisar dispositivos da Lei 6.404/76, o ministro Bellizze também apontou que o tratamento legal dispensado aos credores societários não pode ser confundido com a proteção atribuída aos credores cíveis da sociedade parcialmente cindida. Enquanto para os credores cíveis é imprescindível a verificação do protocolo da cisão e da relação patrimonial envolvida, a fim de se extrair a extensão do patrimônio transferido, no caso dos credores societários é necessária apenas a manutenção da proporção das ações ou a existência de deliberação social unânime em sentido diferente. No caso analisado, o ministro observou que a natureza da obrigação debatida era de direito societário, pois a dívida teve origem em ações que foram convertidas a partir de debêntures – o debenturista alegou que a conversão ocorreu em proporção inferior à estabelecida em sentença. “Esse descompasso entre sua participação no capital social e as ações efetivamente atribuídas a si, que foi inaugurado no momento do exercício da opção de conversão, prolongou-se para além do momento da cisão, refletindo-se na proporção de ações percebidas pelo debenturista

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na empresa sucessora. E aqui exsurge o liame obrigacional das empresas sucessoras, fulcrado no alcance do benefício decorrente da desproporção acionária, que tem reflexos diretos na dispersão acionária e no patrimônio transferido às empresas receptoras da parcela cindida”, concluiu o ministro ao reconhecer a procedência do pedido de ressarcimento.

COMISSÃO FAZ MUDANÇAS NAS NORMAS REGULAMENTADORAS 12 E 22

Fonte: MTE. A Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), reunida no Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (20), aprovou mudanças nas normas regulamentadoras nºs 12 e 22, respectivamente no que se refere ao transporte de cargas e à atualização de termos na nomenclatura utilizada em itens do Plano de Atendimento a Emergências. As mudanças realizadas na NR-12 dispõem sobre a possibilidade do uso de teleféricos para transporte de cargas, obedecendo certas medidas de segurança, regras adicionais sobre o uso de dispositivos de acionamento bimanual de máquinas, sinalização de máquinas autopropelidas; além da inserção de quatro termos e alteração de outros três no glossário da norma. As decisões serão publicadas em Diário Oficial da União nos próximos dias. Outra decisão da CTPP foi a criação de um grupo de estudos para normatizar a prevenção no trabalho com agentes cancerígenos. Outras comissões, que tratam de temas como limpeza urbana, estufagem de contêineres e calor nos ambientes de trabalho, também realizaram discussões e devem iniciar suas atividades ainda neste ano

TRABALHO EM FERIADO COMPENSADO COM FOLGA EM OUTRO DIA NÃO É REMUNERADO EM DOBRO

Fonte: TRT 3 Região. A lei garante o direito do empregado ao descanso em dias de feriado ou a remuneração em dobro pelos feriados trabalhados e não compensados (artigo 9º da Lei 605/49). Assim, se o trabalho no feriado for compensado com folga em outro dia da semana, o empregador não estará obrigado ao pagamento da dobra. Com esse fundamento, a 3ª Turma do TRT-MG julgou desfavoravelmente o recurso de uma trabalhadora e manteve a sentença que rejeitou o pedido de remuneração em dobro pelo trabalho nos feriados. É que foi constatado que o serviço da empregada nesses dias era compensado com folga aos sábados. A reclamante sustentou que os controles de frequência comprovaram o trabalho em feriados, sem o pagamento devido. Disse que a lei determina que o trabalho em feriados civis e religiosos sejam pagos em dobro e que a existência de compensação não exclui o direito. Mas, segundo o relator, o juiz convocado Danilo Faria, cujo voto foi acolhido pela Turma, a existência de folga compensatória pelo trabalho nos feriados desonera o empregador do pagamento da remuneração de forma dobrada. E, no caso, em depoimento pessoal, a própria reclamante reconheceu que “se o feriado recaísse nos dias de semana, de segunda a sexta-feira, a folga era no sábado”, fato também comprovado pelos cartões de ponto. Por isso, a conclusão foi de que ela não tem direito à dobra pretendida.

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O entendimento do relator foi fundamentado na Súmula n. 146 do TST, segundo a qual: “O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.” Ou seja, havendo trabalho em feriado, será devido o pagamento do dia trabalhado de forma dobrada; havendo compensação, não será devida a dobra, mas apenas a remuneração relativa ao repouso. Na hipótese, “se havia folga compensatória do feriado trabalhado, nada é devido a este título”, arrematou o juiz convocado. Processo

PJe: 0010088-39.2017.5.03.0052 (RO) — Acórdão em 30/06/2017 O boletim jurídico da BornHallmann Auditores Associados é enviado gratuitamente para clientes e usuários cadastrados. Para cancelar o recebimento, favor remeter e-mail informando “CANCELAMENTO” no campo assunto para: <[email protected]>.