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  • Didatismo e Conhecimento 1

    LNGUA PORTUGUESA

    INTERPRETAO DE TEXTO: VERBAL E NO VERBAL.

    Linguagem Verbal e No Verbal

    Linguagem a capacidade que possumos de expressar nossos pensamentos, ideias, opinies e sentimentos. Est relacionada a fenmenos comunicativos; onde h comunicao, h linguagem. Podemos usar inmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicao, tais como: sinais, smbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mmica, por exemplo). Num sentido mais genrico, a linguagem pode ser classifi cada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivduos para comunicar-se.

    A linguagem pode ser:

    - Verbal: aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.

    As fi guras acima nos comunicam sua mensagem atravs da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informao).

    - No Verbal: aquela que utiliza outros mtodos de comunicao, que no so as palavras. Dentre elas esto a linguagem de sinais, as placas e sinais de trnsito, a linguagem corporal, uma fi gura, a expresso facial, um gesto, etc.

    Essas fi guras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.

    A Lngua um instrumento de comunicao, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da lngua portuguesa.

    A lngua possui um carter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expresso. Por outro lado, no possvel criar uma lngua particular e exigir que outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivduo pode usar de maneira particular a lngua comunitria, originando a fala. A fala est sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da lngua, mas sufi cientemente ampla para permitir um exerccio criativo da comunicao. Um indivduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:

    A famlia de Regina era pauprrima.

    Outro, no entanto, pode optar por:

    A famlia de Regina era muito pobre.

    As diferenas e semelhanas constatadas devem-se s diversas manifestaes da fala de cada um. Note, alm disso, que essas manifestaes devem obedecer s regras gerais da lngua portuguesa, para no correrem o risco de produzir enunciados incompreen-sveis como:

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    lngua portuguesa

    Famlia a pauprrima de era Regina.

    No devemos confundir lngua com escrita, pois so dois meios de comunicao distintos. A escrita representa um estgio pos-terior de uma lngua. A lngua falada mais espontnea, abrange a comunicao lingustica em toda sua totalidade. Alm disso, acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mmicas, incluindo-se fisionomias. A lngua escrita no apenas a representao da lngua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rgido, uma vez que no conta com o jogo fisionmico, as mmicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a lngua portuguesa, mas existem usos diferentes da lngua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

    - Fatores Regionais: possvel notar a diferena do portugus falado por um habitante da regio nordeste e outro da regio su-deste do Brasil. Dentro de uma mesma regio, tambm h variaes no uso da lngua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, h diferenas entre a lngua utilizada por um cidado que vive na capital e aquela utilizada por um cidado do interior do estado.

    - Fatores Culturais: o grau de escolarizao e a formao cultural de um indivduo tambm so fatores que colaboram para os diferentes usos da lngua. Uma pessoa escolarizada utiliza a lngua de uma maneira diferente da pessoa que no teve acesso escola.

    - Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situao em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, no usamos os termos que usaramos se estivssemos discursando em uma solenidade de formatura.

    - Fatores Profissionais: o exerccio de algumas atividades requer o domnio de certas formas de lngua chamadas lnguas tcni-cas. Abundantes em termos especficos, essas formas tm uso praticamente restrito ao intercmbio tcnico de engenheiros, qumicos, profissionais da rea de direito e da informtica, bilogos, mdicos, linguistas e outros especialistas.

    - Fatores Naturais: o uso da lngua pelos falantes sofre influncia de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criana no utiliza a lngua da mesma maneira que um adulto, da falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

    Fala

    a utilizao oral da lngua pelo indivduo. um ato individual, pois cada indivduo, para a manifestao da fala, pode escolher os elementos da lngua que lhe convm, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situao, o contexto, sua persona-lidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da lngua, h uma grande diversificao nos mais variados nveis da fala. Cada indivduo, alm de conhecer o que fala, conhece tambm o que os outros falam; por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa.

    Devido ao carter individual da fala, possvel observar alguns nveis:

    - Nvel Coloquial-Popular: a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situaes informais. Esse nvel da fala mais espontneo, ao utiliz-lo, no nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou no com as regras formais estabelecidas pela lngua.

    - Nvel Formal-Culto: o nvel da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situaes formais. Caracteriza-se por um cuida-do maior com o vocabulrio e pela obedincia s regras gramaticais estabelecidas pela lngua.

    Signo

    um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequncia de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrana deles que est em nossa memria. Essa lembrana constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso crebro que o significante do signo cachorro. Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse concei-to que nos vem mente o significado do signo cachorro e tambm se encontra armazenado em nossa memria.

    Ao empregar os signos que formam a nossa lngua, devemos obedecer s regras gramaticais convencionadas pela prpria lngua. Desse modo, por exemplo, possvel colocar o artigo indefinido um diante do signo cachorro, formando a sequncia um cachorro, o mesmo no seria possvel se quisssemos colocar o artigo uma diante do signo cachorro. A sequncia uma cachorro contraria uma regra de concordncia da lngua portuguesa, o que faz com que essa sentena seja rejeitada. Os signos que constituem a lngua obedecem a padres determinados de organizao. O conhecimento de uma lngua engloba tanto a identificao de seus signos, como tambm o uso adequado de suas regras combinatrias.

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    lngua portuguesa

    Signo: elemento representativo que possui duas partes indissolveis: significado e significante. Significado ( o conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + Significante ( a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas).

    Lngua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem s regras gramaticais.Fala: uso individual da lngua, aberto criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expresso e compreenso.

    Interpretao de Texto

    O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decomp-lo, aps uma primeira leitura, em suas ideias bsicas ou ideias ncleo, ou seja, um trabalho analtico buscando os conceitos definidores da opinio explicitada pelo autor. Esta operao far com que o significado do texto salte aos olhos do leitor. Ler uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretao dos smbolos grficos, de cdigos, requer que o indivduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorporando-o sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivduo mantenha um comportamento ativo diante da leitura.

    Os diferentes nveis de leitura

    Para que isso acontea, necessrio que haja maturidade para a compreenso do material lido, seno tudo cair no esquecimento ou ficar armazenado em nossa memria sem uso, at que tenhamos condies cognitivas para utilizar.

    De uma forma geral, passamos por diferentes nveis ou etapas at termos condies de aproveitar totalmente o assunto lido. Essas etapas ou nveis so cumulativas e vo sendo adquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.

    O Primeiro Nvel elementar e diz respeito ao perodo de alfabetizao. Ler uma capacidade cerebral muito sofisticada e requer

    experincia: no basta apenas conhecermos os cdigos, a gramtica, a semntica, preciso que tenhamos um bom domnio da lngua.

    O Segundo Nvel a pr-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funes especficas: primeiro, prevenir para que a leitura pos-terior no nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impresso sobre o livro. a leitura que comumente desenvolvemos nas livrarias. Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente s seguintes perguntas:

    - Por que ler este livro?- Ser uma leitura til?- Dentro de que contexto ele poder se enquadrar? Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de vista

    do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se voc se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crtico, rejeitando-o antes de conhec-lo, provavelmente o aproveitamento ser muito baixo.

    Ler armazenar informaes; desenvolver; ampliar horizontes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever melhor; relacionar-se melhor com o outro.

    Pr-LeituraNome do livroAutorDados BibliogrficosPrefcio e ndice Prlogo e Introduo O primeiro passo memorizar o nome do autor e a edio do livro, fazer um folheio sistemtico: ler o prefcio e o ndice (ou

    sumrio), analisar um pouco da histria que deu origem ao livro, ver o nmero da edio e o ano de publicao. Se falarmos em ler um Machado de Assis, um Jlio Verne, um Jorge Amado, j estaremos sabendo muito sobre o livro. muito importante verificar estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na atualidade das informaes que ele contm. Verifique detalhes que possam contribuir para a coleta do maior nmero de informaes possvel. Tudo isso vai ser til quando formos arquivar os dados lidos no nosso arquivo mental. A propsito, voc sabe o que seja um prlogo, um prefcio e uma introduo? Muita gente pensa que os trs so a mesma coisa, mas no:

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    lngua portuguesa

    Prlogo: um comentrio feito pelo autor a respeito do tema e de sua experincia pessoal.

    Prefcio: escrito por terceiros ou pelo prprio autor, referindo-se ao tema abordado no livro e muitas vezes tambm tecendo comentrios sobre o autor.

    Introduo: escrita tambm pelo autor, referindo-se ao livro e no ao tema. O segundo passo fazer uma leitura superficial. Pode-se, nesse caso, aplicar as tcnicas da leitura dinmica. O Terceiro Nvel conhecido como analtico. Depois de vasculharmos bem o livro na pr-leitura, analisamos o livro. Para isso,

    imprescindvel que saibamos em qual gnero o livro se enquadra: trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste caso, existe apenas teoria ou so inseridas prticas e exemplos. No caso de ser um livro terico, que requeira memorizao, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, veja, realmente, o que est lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e a primeira coisa a fazer ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. J temos algum contedo para isso, pois o encadeamento das ideias j de nosso conhecimento. Procure, agora, ler bem o livro, do incio ao fim. Esta a leitura efetiva, aproveite bem este momento. Fique atento! Aproveite todas as informaes que a pr-leitura ofe-receu. No pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionrios ou sublinhar textos, isto ser feito em outro momento.

    O Quarto Nvel de leitura o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qual vamos efetivamente acabar com qual-

    quer dvida que ainda persista. Normalmente, os termos desconhecidos de um texto so explicitados neste prprio texto, medida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicolgico far com que fiquemos com aquela dvida incomodando-nos at que tenhamos a resposta. Caso no haja explicao no texto, ser na etapa do controle que lanaremos mo do dicionrio.

    Veja bem: a esta altura j conhecemos bem o livro e o ato de interromper a leitura no vai fragmentar a compreenso do assunto como um todo. Ser, tambm, nessa etapa que sublinharemos os tpicos importantes, se necessrio. Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto prximo a eles, visando principalmente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a cronologia e a sequncia deste fato importante, situando-o no livro.

    Aproveite bem esta etapa de leitura. Para auxiliar no estudo, interessante que, ao final da leitura de cada captulo, voc faa um breve resumo com suas prprias palavras de tudo o que foi lido.

    Um Quinto Nvel pode ser opcional: a etapa da repetio aplicada. Quando lemos, assimilamos o contedo do texto, mas

    aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prtica, ou seja, que tenhamos experincia do que foi lido na vida. Voc s pode compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada como unir a teoria prtica. Na leitura, quando no passamos pela etapa da repetio aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos queles brancos quando queremos evocar o assunto. Para evitar isso, faa resumos.

    Observe agora os trechos sublinhados do livro e os resumos de cada captulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para traduzi-lo com suas prprias palavras. Procure associar o assunto lido com alguma experincia j vivida ou tente exemplific-lo com algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando para uma turma de alunos interessados. importante lembrar que esquecemos mais nas prximas 8 horas do que nos 30 dias posteriores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e ao retornarmos ao livro, consultamos os resumos. No pense que um exerccio montono. Ns somos capazes de realizar diariamente exerccios fsicos com o propsito de melhorar a aparncia e a sade. Pois bem, embora no tenhamos condies de ver com o que se apresenta nossa mente, somos capazes de senti-la quando melhoramos nossas aptides como o raciocnio, a prontido de informaes e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale a pena se esforar no incio e criar um mtodo de leitura eficiente e rpido.

    Ideias Ncleo

    O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decomp-lo, aps uma primeira leitura, em suas ideias bsicas ou ideias ncleo, ou seja, um trabalho analtico buscando os conceitos definidores da opinio explicitada pelo autor. Esta operao far com que o significado do texto salte aos olhos do leitor. Exemplo:

    Incalculvel a contribuio do famoso neurologista austraco no tocante aos estudos sobre a formao da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o incosciente e subconsciente. Comeou estudando casos clnicos de comportamentos anmalos ou patolgicos, com a ajuda da hipnose e em co-laborao com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o mtodo que at hoje usado pela psicanlise: o das livres associaes de ideias e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbaes mentais. Para este caminho de regresso s origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onrica dos pacientes, considerando os sonhos como compensao dos desejos insatisfeitos na fase de viglia.

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    lngua portuguesa

    Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da poca, foi a apresentao da tese de que toda neurose de origem sexual.

    (Salvatore DOnofrio)

    Primeiro Conceito do Texto: Incalculvel a contribuio do famoso neurologista austraco no tocante aos estudos sobre a formao da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o incosciente e subconsciente. O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a cincia a compreender os nveis mais profundos da personalidade humana, o incosciente e subconsciente.

    Segundo Conceito do Texto: Comeou estudando casos clnicos de comportamentos anmalos ou patolgicos, com a ajuda da hipnose e em colaborao com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o mtodo que at hoje usado pela psicanlise: o das livres associaes de ideias e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbaes mentais. A segunda ideia ncleo mostra que Freud deu incio a sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse mtodo, criou o das livres associaes de ideias e de sentimentos.

    Terceiro Conceito do Texto: Para este caminho de regresso s origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-guagem onrica dos pacientes, considerando os sonhos como compensao dos desejos insatisfeitos na fase de viglia. Aqui, est explicitado que a descoberta das razes de um trauma se faz por meio da compreenso dos sonhos, que seriam uma linguagem meta-frica dos desejos no realizados ao longo da vida do dia a dia.

    Quarto Conceito do Texto: Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da poca, foi a apresentao da tese de que toda neurose de origem sexual. Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicolgico de origem sexual.

    Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretao de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:

    - Ler todo o texto, procurando ter uma viso geral do assunto;- Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura, v at o fim, ininterruptamente;- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas trs vezes;- Ler com perspiccia, sutileza, malcia nas entrelinhas;- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;- No permitir que prevaleam suas ideias sobre as do autor;- Partir o texto em pedaos (pargrafos, partes) para melhor compreenso;- Centralizar cada questo ao pedao (pargrafo, parte) do texto correspondente;- Verificar, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo;- Cuidado com os vocbulos: destoa (=diferente de...), no, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;

    palavras que aparecem nas perguntas e que, s vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;- Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;- Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lgica objetiva;- Cuidado com as questes voltadas para dados superficiais;- No se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opo que melhor se enquadre no sentido do texto;- s vezes a etimologia ou a semelhana das palavras denuncia a resposta;- Procure estabelecer quais foram as opinies expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;- O autor defende ideias e voc deve perceb-las;- Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito so importantssimos na interpretao do texto. Exemplos:

    Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realizao do fato (= morte de ele).Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, o estado em que ele se encontrava quando morreu.

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    lngua portuguesa

    - As oraes coordenadas no tm orao principal, apenas as ideias esto coordenadas entre si;- Os adjetivos ligados a um substantivo vo dar a ele maior clareza de expresso, aumentando-lhe ou determinando-lhe o signi-

    ficado;- Esclarecer o vocabulrio;- Entender o vocabulrio;- Viver a histria;- Ative sua leitura;- Ver, perceber, sentir, apalpar o que se pergunta e o que se pede;- No se deve preocupar com a arrumao das letras nas alternativas; - As perguntas so fceis, dependendo de quem l o texto ou como o leu;- Cuidado com as opinies pessoais, elas no existem;- Sentir, perceber a mensagem do autor;- Cuidado com a exatido das questes em relao ao texto;- Descobrir o assunto e procurar pensar sobre ele;- Todos os termos da anlise sinttica, cada termo tem seu valor, sua importncia;- Todas as oraes subordinadas tm orao principal e as ideias se completam.

    Vcios de Leitura

    Por acaso voc tem o hbito de ler movimentando a cabea? Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando bai-xinho... Voc no percebe, mas esses movimentos so alguns dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos so conhecidos como vcios de linguagem.

    Movimentar a cabea: procure perceber se voc no est movimentando a cabea enquanto l. Este movimento, ao final de pouco tempo, gera muito cansao alm de no causar nenhum efeito positivo. Durante a leitura apenas movimentamos os olhos.

    Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que tm dificuldade de memorizar um assunto, que no compreendem algumas expresses ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movimento apenas incrementa a falta de memria, pois secciona a linha de raciocnio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter uma sequncia e no fique indo e vindo no livro. O assunto pode se tornar um bicho de sete cabeas!

    Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas palavras que apenas servem como adereos. Procure ler o conjunto e perceber o seu significado.

    Sub-vocalizao: o ato de repetir mentalmente a palavra. Isto s ser corrigido quando conseguirmos ultrapassar a marca de 250 palavras por minuto.

    Usar apoios: algumas pessoas tm o hbito de acompanhar a leitura com rguas, apontando ou utilizando um objeto que salta linha a linha. O movimento dos olhos muito mais rpido quando livre do que quando o fazemos guiado por qualquer objeto.

    Leitura Eficiente

    Ao ler realizamos as seguintes operaes:

    - Captamos o estmulo, ou seja, por meio da viso, encaminhamos o material a ser lido para nosso crebro.- Passamos, ento, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, nmeros, etc.) e a organiz-lo segundo nossa bagagem de

    conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de motivao, de forma a tornar o processo mais otimizado possvel.- Assimilamos o contedo lido integrando-o ao nosso arquivo mental e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano.

    A leitura um processo muito mais amplo do que podemos imaginar. Ler no unicamente interpretar os smbolos grficos, mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos todo o nosso tempo lendo!

    O psicanalista francs Lacan disse que o olhar da me configura a estrutura psquica da criana, ou seja, esta se v a partir de como v seu reflexo nos olhos da me! O beb, ento, segundo esta citao, l nos olhos da me o sentimento com que recebido e interpreta suas emoes: se o que encontra rejeio, sua experincia bsica ser de terror; se encontra alegria, sua experincia ser de tranquilidade, etc. Ler est to relacionado com o fato de existirmos que nem nos preocupamos em aprimorar este processo. len-do que vamos construindo nossos valores e estes so os responsveis pela transformao dos fatos em objetos de nosso sentimento.

    Leitura um dos grandes, seno o maior, ingrediente da civilizao. Ela uma atividade ampla e livre, fato comprovado pela frustrao de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja histria j foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as informa-es lidas imensa bagagem de conhecimentos que temos armazenados em nosso crebro e ento somos capazes de criar, imaginar e sonhar.

  • Didatismo e Conhecimento 7

    lngua portuguesa

    por meio da leitura que podemos entrar em contato com pessoas distantes ou do passado, observando suas crenas, convices e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita. Esta possibilita o avano tecnolgico e cientfico, registrando os conhe-cimentos, levando-os a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem, interpretando os smbolos usados como registro da informao. A leitura o verdadeiro elo integrador do ser humano e a sociedade em que ele vive!

    O mundo de hoje marcado pelo enorme fluxo de informaes oferecidas a todo instante. preciso tambm tornarmo-nos mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados e competitivos. Para isso, imprescindvel leitura que nos estimule cada vez mais em vista dos resultados que ela oferece. Se voc pretende acompanhar a evoluo do mundo, manter-se em dia, atualizado e bem informado, precisa preocupar-se com a qualidade da sua leitura.

    Observe: voc pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pessoa prxima no se interessar por este assunto. Por outro lado, ser que esta mesma pessoa se interessa por um livro que fale sobre Histria ou esportes? No caso da leitura, no existe livro interessante, mas leitores interessados.

    A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado que poder obter, deve pensar no ato de ler como um comportamento que requer alguns cuidados, para ser realmente eficaz.

    - Atitude: pensamento positivo para aquilo que deseja ler. Manter-se descansado muito importante tambm. No adianta um desgaste fsico enorme, pois a reteno da informao ser inversamente proporcional. Uma alimentao adequada muito impor-tante.

    - Ambiente: o ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Nada de ambientes com muitos estmulos que forcem a disperso. Deve ser um local tranquilo, agradvel, ventilado, com uma cadeira confortvel para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura que possibilite postura corporal adequada. Quanto a iluminao, deve vir do lado posterior esquerdo, pois o movimento de virar a pgina acontecer antes de ter sido lida a ltima linha da pgina direita e, de outra forma, haveria a formao de sombra nesta pgina, o que atrapalharia a leitura.

    - Objetos necessrios: para evitar que, durante a leitura, levantarmos para pegar algum objeto que julguemos importante, de-vemos colocar lpis, marca-texto e dicionrio sempre mo. Quanto sublinhar os pontos importantes do texto, preciso aprender a tcnica adequada. No o fazer na primeira leitura, evitando que os aspectos sublinhados parecem-se mais com um mosaico de informaes aleatrias.

    Os concursos apresentam questes interpretativas que tm por finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de necessitar de um bom lxico internalizado.

    As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que esto inseridas. Torna-se, assim, necessrio sempre fazer um confronto entre todas as partes que compem o texto. Alm disso, fundamental apreender as informaes apresentadas por trs do texto e as inferncias a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideolgica do autor diante de uma temtica qualquer.

    Exerccios

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 01 a 03, considere o texto abaixo.

    Os governos e os parlamentos devem achar que a astronomia uma das cincias que custam mais caro: o menor instrumento custa centenas de milhares de francos; o menor observatrio custa milhes; cada eclipse acarreta depois de si despesas suplementares. E tudo isso para astros que ficam to distantes, que so completamente estranhos s nossas lutas eleitorais, e provavelmente jamais desempenharo qualquer papel nelas. impossvel que nossos homens polticos no tenham conservado um resto de idealismo, um vago instinto daquilo que grande; realmente, creio que eles foram caluniados; convm encoraj-los, e lhes mostrar que esse instinto no os engana, e que no so logrados por esse idealismo.

    Bem poderamos lhes falar da navegao, cuja importncia ningum ignora, e que tem necessidade da astronomia. Mas isso seria abordar a questo por seu lado menos importante.

    A astronomia til porque nos eleva acima de ns mesmos; til porque grande; til porque bela; isso que se precisa dizer. ela que nos mostra o quanto o homem pequeno no corpo e o quanto grande no esprito, j que essa imensido resplandecente, onde seu corpo no passa de um ponto obscuro, sua inteligncia pode abarcar inteira, e dela fruir a silenciosa harmonia. Atingimos assim a conscincia de nossa fora, e isso uma coisa pela qual jamais pagaramos caro demais, porque essa conscincia nos torna mais fortes.

    Mas o que eu gostaria de mostrar, antes de tudo, a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras cincias, mais diretamente teis, porque foi ela que nos proporcionou um esprito capaz de compreender a natureza.

    [Adaptado de Henri Poincar (1854-1912). O valor da cincia. Traduo Maria Helena Franco Martins. Rio de Janeiro: Contraponto, 1995, p.101]

  • Didatismo e Conhecimento 8

    lngua portuguesa

    01. Para o autor, a astronomia tem um custo(A) muito menor do que outros campos do conhecimento humano, como a navegao, que alis acaba por se beneficiar do

    conhecimento astronmico.(B) elevado, de centenas de milhares a milhes de francos, cabendo aos polticos o equilbrio desses gastos de modo a permitir

    que essa cincia continue a engrandecer o homem.(C) muito alto quando comparado com o de outras cincias mais teis, o que deve, contudo, ser relativizado em funo da

    contribuio que recebem do conhecimento astronmico.(D) alto, de fato, mas que acaba plenamente compensado pela importncia dessa cincia em si mesma e para outros campos do

    conhecimento humano.(E) bem menor do que aquele que os polticos divulgam, interessados que esto na transferncia de recursos para outras reas

    que possam trazer dividendos eleitorais.

    02. ela que nos mostra o quanto o homem pequeno no corpo e o quanto grande no esprito, j que essa imensido resplandecente, onde seu corpo no passa de um ponto obscuro, sua inteligncia pode abarcar inteira, e dela fruir a silenciosa harmonia.

    A frase acima pode ser corretamente entendida, no contexto, como o reconhecimento(A) da pequenez do homem diante da grandeza do universo, que pode, no entanto, a partir da cincia astronmica, ser conhecido

    em sua totalidade pela inteligncia humana.(B) de que o homem pequeno fisicamente, mas tem uma alma que pode ser lcida, generosa e to grande como o universo

    mostrado pela astronomia.(C) da grandeza da inteligncia humana que, colocada em um ser to pequeno, pode faz-lo um dia capaz de transportar-se para

    qualquer galxia do universo.(D) da insignificncia do homem quando visto a partir do conhecimento astronmico, revelando que sua inteligncia, por maior

    que seja, incapaz de compreender a harmonia universal.(E) de que h no homem uma diviso radical entre corpo e alma, que s poder ser superada na medida da compreenso integrada

    da presena humana no universo.

    03. ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras cincias ...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima est empregado em:(A) ... astros que ficam to distantes ...(B) ... que a astronomia uma das cincias ...(C) ... que nos proporcionou um esprito ...(D) ... cuja importncia ningum ignora ...(E) ... onde seu corpo no passa de um ponto obscuro ...

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 04 e 05, considere o texto abaixo.A msica alcanou uma onipresena avassaladora em nosso mundo: milhes de horas de sua histria esto disponveis em

    disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos de mp3 com 40 mil canes podem ser colocados no bolso. No entanto, a msica no mais algo que fazemos ns mesmos, ou at que observamos outras pessoas fazerem diante de ns. Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos ouvidos registram msica em quase todos os momentos pedaos de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metr, o sinal do celular de um advogado tocando a Ode alegria, de Beethoven , mas quase nada disso ser resultado imediato de um trabalho fsico de mos ou vozes humanas, como se dava no passado.

    Desde que Edison inventou o cilindro fonogrfico, em 1877, existe gente que avalia o que a gravao fez em favor e desfavor da arte da msica. Inevitavelmente, a conversa descambou para os extremos retricos. No campo oposto ao dos que diziam que a tecnologia acabaria com a msica esto os utpicos, que alegam que a tecnologia no aprisionou a msica, mas libertou-a, levando a arte da elite s massas. Antes de Edison, diziam os utpicos, as sinfonias de Beethoven s podiam ser ouvidas em salas de concerto selecionadas. Agora, as gravaes levam a mensagem de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multido saudada na Ode alegria: Abracem-se, milhes!. Glenn Gould, depois de afastar-se das apresentaes ao vivo em 1964, previu que dentro de um sculo o concerto pblico desapareceria no ter eletrnico, com grande efeito benfico sobre a cultura musical.

    (Adaptado de Alex Ross. Escuta s. Traduo Pedro Maia Soares. So Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)

  • Didatismo e Conhecimento 9

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    04. No texto, o autor(A) apresenta duas posies radicalmente opostas em relao aos efeitos da tecnologia sobre a fruio da msica.(B) critica os que fazem msica de maneira annima, contrapondo-os aos grandes msicos do passado.(C) comprova que a msica se desvalorizou na medida em que deixou de ser apresentada ao vivo, passando a ser uma arte menor.(D) lamenta os efeitos nefastos da tecnologia sobre a msica, que se transformou em mero toque de celular.(E) conclui com ironia que os adolescentes desfrutam msica de qualidade inferior cultivada por pessoas j formadas.

    05. No entanto, a msica no mais algo que fazemos ns mesmos, ou at que observamos outras pessoas fazerem diante de ns.Considerando-se o contexto, INCORRETO afirmar que o elemento grifado pode ser substitudo por:(A) Porm.(B) Contudo.(C) Todavia.(D) Entretanto.(E) Conquanto.

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 06 a 09.

    Temos o poder da escolha

    Os consumidores so assediados pelo marketing a todo momento para comprarem alm do que necessitam, mas somente eles podem decidir o que vo ou no comprar. como se abrissem em ns uma caixa de necessidades, mas s ns temos o poder da escolha.

    Cada vez mais precisamos do consumo consciente. Ser que paramos para pensar de onde vem o produto que estamos consumindo e se os valores da empresa so os mesmos em que acreditamos? A competitividade entre as empresas exige que elas evoluam para serem opes para o consumidor. Nos anos 60, saber fabricar qualquer coisa era o suficiente para ter uma empresa. Nos anos 70, era preciso saber fazer com qualidade e altos ndices de produo. J no ano 2000, a preocupao era fazer melhor ou diferente da concorrncia e as empresas passaram a atuar com responsabilidade socioambiental.

    O consumidor tem de aprender a dizer no quando a sua relao com a empresa no for boa. Se no for boa, deve comprar o produto em outro lugar. Os cidados no tm ideia do poder que possuem.

    importante, ainda, entender nossa relao com a empresa ou produto que vamos eleger. Temos uma expectativa, um envolvimento e aceitao e a preferncia depender das aes que aprovamos ou no nas empresas, pois podemos mudar de ideia.

    H muito a ser feito. Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas acreditam no consumo consciente, mas essas mesmas pessoas admitem que j compraram produto pirata. Temos de refletir sobre isso para mudar nossas atitudes.

    (Jornal da Tarde 24.04.2007. Adaptado)

    06. De acordo com a leitura do texto, pode-se afirmar que os consumidores(A) raramente sofrem interferncias do marketing.(B) sabem dizer no quando uma empresa age incorretamente.(C) devem selecionar melhor empresas e produtos.(D) ameaam deixar de continuar consumindo ao descobrirem irresponsabilidades.(E) resistem aos apelos do marketing, evitando as compras.

    07. Conforme informaes do texto, o consumo consciente depende(A) da reflexo sobre a origem dos produtos e da honestidade das empresas.(B) de os preos serem acessveis ao consumidor e o produto estar na moda.(C) do marketing, que consegue convencer as pessoas.(D) de um produto ser atraente ou no para o consumidor.(E) das vantagens que a empresa pode oferecer ao se pagar vista.

    08. Na frase Os consumidores so assediados pelo marketing... , a palavra destacada pode ser substituda, sem alterao de sentido, por:

    (A) perseguidos.(B) ameaados.(C) acompanhados.(D) gerados.(E) preparados.

  • Didatismo e Conhecimento 10

    lngua portuguesa

    09. No trecho Temos uma expectativa, um envolvimento e aceitao... , a palavra destacada apresenta sentido contrrio de(A) vontade.(B) apreciao.(C) avaliao.(D) rejeio.(E) indiferena.

    Texto para os itens de 10 a 15

    Ouvir a voz da rua, por meio da literatura, constitui um bom comeo para a apreenso dos espaos de interao das pessoas destinatrias do texto literrio com o direito e com o seu fenmeno de expresso mais notvel, que a lei. A leitura do texto literrio que narra a perplexidade das pessoas em relao lei pode interferir positivamente na compreenso do problema da adeso aos centros de tutela que nela se estabelecem.

    A dialtica prpria do conhecimento aplica-se especialmente ao direito como grande cena da cultura humana e lugar de residncia ou de visibilidade do conflito. O texto literrio pode mudar o leitor, pode confrontar suas crenas e faz-lo pensar. Ele pode, tambm, fazer o apostolado das necessidades. Esse, porm, no um processo automtico e no prescinde de uma mobilizao por aqueles que detm as ferramentas operacionais de gerao do direito legisladores, professores, tericos e agentes mximos da informao pelo argumento, como os juzes, os advogados, os promotores etc. para chamar a ateno do leitor acerca do contedo proposto no texto literrio.

    O texto literrio pode mudar o leitor, dar-lhe voz, chamar-lhe a ateno para algo no percebido espontaneamente, preencher-lhe as lacunas com o alvio de ouvir o que queria que fosse dito. Esse texto pode abrir uma vereda para a expanso do conhecimento por meio das promessas e perguntas que faz.

    Mnica Sette Lopes. A imagem do direito e da justia no Machado de Assis cronista. Internet: (com adaptaes).

    Com relao s ideias do texto, julgue os itens de 10 a 15 como Certo ou Errado.

    10. Infere-se do texto que o texto literrio um dos agentes capazes de garantir que o cidado comum tome conhecimento de seus direitos estabelecidos em lei.

    11. Depreende-se da leitura do texto que, de modo geral, os inconformados com o sistema judicial utilizam os escritos literrios como meio de expresso.

    12. No texto, caracteriza-se a dialtica como grande cena da cultura humana e lugar de residncia ou de visibilidade do conflito (R.10-11).

    13. O debate de diferentes aspectos pertinentes a determinados fatos regulados pela lei promovido pelos agentes que detm as ferramentas operacionais de gerao do direito importante para que o texto literrio possa levar o leitor a questionar seu modo de pensar e at a mudar seu ponto de vista a respeito dos assuntos nele abordados.

    Julgue os itens a seguir, referentes aos sentidos e aos aspectos estruturais do texto.

    14. O trecho dar-lhe voz, chamar-lhe a ateno para algo (R.21-22) poderia ser corretamente entendido da seguinte forma: dar voz ao leitor, chamar a ateno do leitor para algo.

    15. A palavra cena (R.10) foi empregada no texto com o sentido de arte.

    Texto para os itens de 16 a 19

    O exerccio da advocacia criminal constitui instrumento de equilbrio social. No haveria paz e tranquilidade se os julgamentos fossem realizados sem leis antecipadamente organizadas e se os rus por mais graves que fossem os crimes cometidos pudessem ser condenados sumariamente sem defesa. Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a deciso no for favorvel. O recurso ampara-se em dois fundamentos de natureza psicolgica. De um lado, o sentimento inato, inerente ao gnero humano, de inconformidade com a derrota. De outro, a certeza universal da falibilidade humana. Da o impulso 13 existencial legtimo de ver um julgamento desfavorvel reexaminado, de preferncia por quem lhe parea mais qualificado por melhores dotes de sabedoria e experincia, e mesmo, ainda que por simples presuno, por melhores valores culturais e morais.

  • Didatismo e Conhecimento 11

    lngua portuguesa

    Se, na vida, recorrer ao amparo dos nossos semelhantes uma necessidade, a lei no poderia deixar de acolher a utilizao de recursos para o seu trato dirio, como uma forma de ver-se prestigiada, ou seja, para que as partes envolvidas no processo se sintam amparadas, com a sensao de que a deciso foi, tanto quanto possvel, devidamente apreciada, imparcial e justa.

    Tales Castelo Branco. Todo ru deve ter defesa. Internet: (com adaptaes).

    Considerando as ideias e a tipologia do texto apresentado, julgue os itens subsequentes como Certo ou Errado.

    16. De acordo com o texto, o direito de ampla defesa contempla o direito de interposio de recurso contra uma sentena judicial.

    17. O texto pode ser classificado como dissertativo, visto que nele se defende a ideia da importncia da ampla defesa e se desenvolve argumentao a partir dela.

    18. De acordo com o texto, a previso em lei do direito de recorrer contra deciso judicial contribui tanto para a manuteno da reputao do sistema judicial quanto para a promoo do bem-estar do ru.

    19. O texto sugere que a ausncia de paz e tranquilidade em uma sociedade advm do fato de o exerccio da advocacia criminal ser falho ou inexistente.

    Texto para os itens de 20 a 25

    O matemtico americano Salman Khan, ou Sal, tornou-se o mais bem-sucedido professor de todos os tempos sem nenhuma base terica na rea da pedagogia nem trnsito no mundo dos especialistas em educao. Aos 36 anos, ele nunca chegou a demonstrar ambio de se converter em um grande pensador da sala de aula, mas vem se firmando como algum com um olhar muito pragmtico e cido sobre a escola. Sal no muda o tom em seu recm-lanado The One World Schoolhouse: Education Reimagined, best-seller nos Estados Unidos, com chegada ao Brasil prevista para janeiro com o ttulo Um Mundo, uma Escola (...). Preservando o estilo coloquial e ao mesmo tempo assertivo de suas aulas j vistas 200 milhes de vezes na rede , ele expe pela primeira vez de forma mais organizada suas descobertas sobre o aprendizado. Incentivado pelos colegas do Vale do Silcio, onde fincou sua Khan Academy, At arrefeceu um pouco o ritmo frentico com que produz contedo reas do conhecimento algo que parecia impossvel para quem o conhece bem para concluir o texto sobre o qual se debruou por dois anos. No tenho a pretenso dos grandes tericos, mas uma experincia concreta que sinaliza para uma escola menos chata, resume a VEJA o entusiasmado Sal.

    O mrito nmero 1 desse jovem matemtico que coleciona ainda graduaes em cincias da computao e engenharia eltrica e uma passagem pelo mercado financeiro mostrar que a transformao da escola ainda baseada no velho modelo prussiano do sculo XVIII no requer nada de muito mirabolante nem to dispendioso. Sal , acima de tudo, um defensor do bom-senso. Ele indaga: Se todas as pesquisas da neurocincia j provaram que as pessoas perdem a concentrao em longas palestras, por que a aula-padro expositiva e leva uma hora?. Suas lies virtuais no passam de vinte minutos. Sal se declara ainda contra a falta de ambio acadmica, uma das razes do fracasso escolar. O aprendizado de hoje como um queijo suo, cheio de buracos, e isso estranhamente tolerado. Os alunos mudam de captulo sem ter assimilado o anterior, dispara com o mesmo mpeto com que combate a monotonia da sala de aula. Enquanto o mundo requer gente criativa e com alta capacidade inovadora, o modelo vigente refora refora a passividade, diz.

    Uma de suas grandes contribuies mostrar como a tecnologia pode revirar velhas convices sobre a escola, rea em que ainda paira uma zona de sombra inclusive no Brasil. As iniciativas nesse campo costumam se limitar a prover acesso a computadores e tablets sem que se faa nada de verdadeiramente til, muito menos revolucionrio, com eles. Sal aponta dois caminhos. O primeiro requer bons professores para lanar na rede contedo do mais alto nvel para ser visto de qualquer lugar e no ritmo de cada um. De to simples parece banal, mas ele refora que pode estar a a chave para um novo tipo de escola: A criana assiste em casa melhor aula possvel, e o tempo na escola passa a ser usado de forma muito mais produtiva, para dvidas e projetos intelectualmente desafiantes, explica. O outro caminho descortinado por ele passa pela possibilidade que o computador traz de monitorar o desempenho dos alunos em tempo real algo que, se bem aplicado, pode se converter em uma ferramenta valiosa. O prprio Sal desenvolveu um programa que permite ao professor visualizar o desempenho do aluno no instante exato em que ele resolve os desafios propostos no site da Khan Academy. (...)

    (BUTTI, Nathlia. Abaixo a chatice na sala de aula. Veja. So Paulo: Editora Abril, 05 dez. 2012, p. 158-60.)

  • Didatismo e Conhecimento 12

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    20. Na passagem ... At arrefeceu um pouco..., a forma verbal presente tem como antnimo:(A) esfriou(B) abrandou(C) estimulou(D) prejudicou(E) desanimou

    21. No trecho ... o mais bem-sucedido professor de todos os tempos... possvel reconhecer o emprego adequado do:(A) comparativo analtico(B) superlativo de totalidade(C) superlativo absoluto sinttico(D) comparativo de superioridade(E) superlativo relativo de superioridade

    22. Nos sintagmas abaixo, a mudana de posio dos termos provoca alterao de sentido, EXCETO em:(A) ... velho modelo...(B) ... ritmo frentico...(C) ... grande pensador...(D) ... jovem matemtico...(E) ... matemtico americano...

    23. A passagem do texto em que se pode perceber o emprego de uma figura de linguagem :(A) ... O aprendizado de hoje como um queijo suo...(B) .... Sal , acima de tudo, um defensor do bom-senso...(C) ... o tempo na escola passa a ser usado de forma muito mais produtiva...(D) ... Preservando o estilo coloquial e ao mesmo tempo assertivo de suas aulas...(E) ... O primeiro requer bons professores para lanar na rede contedo do mais alto nvel...

    24. A orao ... sem que se faa nada de verdadeiramente til, muito menos revolucionrio, com eles... apresenta valor semntico de:

    (A) condio(B) finalidade(C) proporo(D) concesso(E) consequncia

    25. Considere o trecho a seguir: ...A criana assiste em casa melhor aula possvel, e o tempo na escola passa a ser usado de forma muito mais produtiva, para dvidas e projetos intelectualmente desafiantes, explica....

    Segundo o autor, casa e escola estabelecem relao de:(A) complementaridade(B) incompatibilidade(C) mecanicidade(D) reduplicao(E) introjeo

    Leia o texto e responda as questes de 26 a 30.

    ESCOLA DA DROGA

    Liana Melo

    Era pra ser um dia como outro qualquer. O carioca A.E. Acordou cedo e iniciou sua rotina matinal. Vestiu-se para ir escola, tomou caf e despediu-se da av, com quem morava na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ao sair, checou se o cigarro de maconha que costumava esconder na mochila estava l. Antes de ir para a sala de aula de um dos colgios religiosos tradicionais da cidade, foi ao banheiro. Ali, deixou o baseado cair. Foi denunciado e expulso. O episdio ocorreu h trs anos, quando A.E. Tinha 12 anos. Hoje (...) um dos 92 mil jovens que fazem uso regular de drogas e um dos cerca de milhes de estudantes brasileiros que admitem a existncia de entorpecentes nas escolas. (...).

  • Didatismo e Conhecimento 13

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    Iluso pensar que o traficante quem oferece drogas nas escolas. So os prprios amigos do colgio que fazem esse papel, analisa a sociloga carioca Mary Castro.

    Foi exatamente isso que aconteceu com A.E. Um colega da escola de seu primo foi quem apertou o primeiro baseado para ele fumar. (...). Ao galgar a posio de usurio regular, A.E. Comeou a ficar sem dinheiro. Com a mesada curta, passou a roubar celulares na escola. No incomum que o uso de drogas gerem distrbios de comportamento como o de A.E.: 92% dos alunos pesquisadores afirmaram j ter cometido algum tipo de transgresso.

    no entorno dos colgios, mais do que dentro deles, que se constata a presena do trfico e do consumo de drogas. No o aluno que vai atrs das drogas, a droga que vai ao encontro dele, analisa o psiquiatra paulista Jos Antnio Ribeira da Silva. A UNESCO confirma essa tese ao apontar os bares como os lugares onde, com maior frequncia, so vendidas as drogas aos menores. Dentro das escolas, o banheiro o lugar preferido para usar entorpecentes no horrio das aulas. A maconha disparadamente a droga ilcita mais consumida pelos estudantes. Costumo dizer que a droga se matriculou na escola- palavras do mdico psicanalista Jos Outeiral.

    Num passado recente, o jovem debutava no mundo das drogas aos 14 anos: hoje, aos 11 anos. Isso no significa que todos esses jovens evoluam para a dependncia, assim como nem todo adolescente que usa droga est envolvido com trfico. Os mais vulnerveis so aqueles oriundos de famlias cujos limites no so claros, analisa o psicanalista Luiz Alberto Pinheiro de Freitas. A ausncia do no na vida desses jovens cria uma espcie de ideal manaco pela felicidade eterna e ininterrupta. (...) Segundo pesquisa, o consumo de drogas entre meninas 30% inferior ao dos meninos estudantes.

    As drogas, sobretudo a maconha, provocam prejuzo cognitivo- comenta o mdico Jorge Jaber. Na faixa etria de 18 anos, por terem ainda o sistema nervoso imaturo, as drogas podem causar danos irreparveis. S que ao contrrio do que se pensa, no a maconha a porta de entrada para o mundo das drogas ilcitas, mas o lcool e o cigarro. L.S. iniciou nas drogas pelo lcool. Hoje aos 18 anos, ele j repetiu de ano algumas vezes e cursa a 8 srie. J agrediu a me e costuma roubar: Meus alvos preferidos so as velhinhas indefesas. Em muitas escolas impera mesmo a lei do silncio, que vem acompanhada do medo e da ameaa, o que demonstra as tnues fronteiras entre a droga e a violncia.

    Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1718074-escola-da-droga/#ixzz2McJ3RQ3F ltimo acesso em 04 /03/2012.

    26. De acordo com o texto:(A) Colegas da mesma escola oferecem drogas aos seus amigos(B) A droga chega na escola por intermdio de traficantes.(C) Colgios religiosos so os que mais denunciam os traficantes(D) O traficante oferece drogas nos colgios tradicionais

    27. Era pra ser um dia como outro qualquer. Essa frase do texto, referindo-se ao carioca A.E., faz supor que esse dia no foi igual aos demais porque ele:

    (A) No encontrou seu cigarro na mochila(B) Deixou cair seu cigarro na sala de aula(C) Foi descoberto como um usurio de droga(D) Em vez de ir para a escola, foi para a zona sul do Rio.

    28. correto afirmar que o trfico das drogas acontece, na maioria das vezes:(A) nas salas de aula(B) nos arredores da escola(C) nos banheiros das escolas(D) no ptio do colgio

    29. Costumo dizer que a droga se matriculou na escola. Com essa frase, o mdico quis dizer que:(A) Os alunos usurios de droga se matriculam nas escolas para us-las mais facilmente.(B) A droga convive com os alunos, na escola.(C) A escola o lugar mais visitado pelos traficantes(D) O aluno matricula-se na escola porque sabe que l h drogas

    30. O texto informa que:(A) Todo jovem dependente de droga aos 11 anos traficante.(B) Todo jovem que usa droga acaba se envolvendo com o trfico(C) Alguns jovens que comeam a usar drogas aos 11 anos no se tornam dependentes dela(D) Jovens de 14 anos tornam-se dependentes da droga mais depressa.

  • Didatismo e Conhecimento 14

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    Leia o texto para responder s questes de nmeros 31 a 34.

    Mais denso, menos trnsito

    As grandes cidades brasileiras esto congestionadas e em processo de deteriorao agudizado pelo crescimento econmico da ltima dcada. Existem deficincias evidentes em infraestrutura, mas importante tambm considerar o planejamento urbano.

    Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentrao, incentivando a criao de diversos centros urbanos, na viso de que isso levaria a uma maior facilidade de deslocamento.

    Mas o efeito tem sido o inverso. A criao de diversos centros e o aumento das distncias multiplicam o nmero de viagens, dificultando o investimento em transporte coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.

    Se olharmos Los Angeles como a regio que levou a desconcentrao ao extremo, ficam claras as consequncias. Numa regio rica como a Califrnia, com enorme investimento virio, temos engarrafamentos gigantescos que viraram caracterstica da cidade.

    Os modelos urbanos bem-sucedidos so aqueles com elevado adensamento e predominncia do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tquio.

    O centro histrico de So Paulo a regio da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicao, gua, eletricidade etc. Como em outras grandes cidades, essa deveria ser a regio mais adensada da metrpole. Mas no o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento das atividades para diversas regies da cidade.

    A viso de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, ser possvel reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do transporte individual, fruto no s do novo acesso da populao ao automvel, mas tambm da necessidade de maior nmero de viagens em funo da distncia cada vez maior entre os destinos da populao.

    (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)

    31. A partir da leitura do primeiro pargrafo, pode-se concluir que a degenerao das grandes cidades brasileiras tem sido acelerada

    (A) pelo crescimento econmico da ltima dcada.(B) pela ausncia de manuteno das grandes rodovias.(C) pela falta de investimento por parte de empresas privadas.(D) pela inexistncia de transporte individual.(E) pela concentrao de moradores em zonas muito pobres.

    32. Para o autor, a criao de diversos centros urbanos dificulta o deslocamento, porque(A) limita as atividades dos indivduos a uma nica rea da cidade.(B) obriga os cidados a usar o transporte coletivo.(C) acarreta uma reduo do nmero de rodovias.(D) diminui a necessidade de construo de vias pblicas.(E) multiplica o nmero de viagens da populao.

    33. Uma alternativa apontada no texto para a melhoria do trnsito nas grandes cidades, alm do adensamento, est em(A) ampliar a malha viria no entorno das cidades.(B) proibir a circulao de veculos nas regies centrais.(C) investir no transporte coletivo.(D) estimular a aquisio de automveis.(E) restringir o horrio de circulao de veculos.

    34. Na opinio do autor, o centro histrico de So Paulo deveria ser a regio mais adensada da metrpole, uma vez que a mais(A) populosa e concentra o maior nmero de empresas.(B) rica em termos de infraestrutura e transporte pblico.(C) frequentada por trabalhadores e paulistanos no geral.(D) tradicional e considerada polo turstico da cidade.(E) carente quanto oferta de servios de saneamento.

  • Didatismo e Conhecimento 15

    lngua portuguesa

    35. Leia o cartum de Jean Galvo.

    (https://www.facebook.com/jeangalvao.cartunista)

    Considerando a relao entre a fala do personagem e a imagem visual, pode-se concluir que o que o leva a pular a onda a necessidade de

    (A) demonstrar respeito s religies.(B) realizar um ritual mstico.(C) divertir-se com os amigos.(D) preservar uma tradio familiar.(E) esquivar-se da sujeira da gua

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 36 a 38.

    Pulseira high-tech ajuda a encontrar criana na praia

    Pulseiras de silicone prova dgua ligadas a um sistema eletrnico so as novas estratgias disponveis aos pais para ajudar a localizar filhos perdidos na praia.

    S no perodo de 21 de dezembro de 2012 a 10 de janeiro de 2013, o litoral paulista somou 323 casos de crianas perdidas, segundo o Corpo de Bombeiros o que representa um avano de 41% em relao temporada de 2011/2012 e de 201% ante a de 2010/2011.

    De fabricao chinesa, a nova pulseirinha chega primeiro s areias do Guaruj. A ideia da ONG Anjos do Vero. O grupo de voluntrios instala um cdigo numrico em baixo relevo na pulseira que pode ser usada por at dois anos e cadastra no sistema dados da criana, celular e e-mail dos pais e de outros familiares.

    Se a criana se perder, quem encontr-la ver na pulseira instrues para que envie uma mensagem eletrnica ao grupo ou acione o cdigo na internet. Assim que o cdigo digitado, familiares cadastrados recebem automaticamente uma mensagem dizendo que a criana foi encontrada.

    O sistema permite ainda cadastrar o nome e o telefone de quem a encontrou e informar um ponto de referncia. Um geolocalizador tambm avisar os pais de onde o cdigo foi acionado.

    Segundo o coordenador da Anjos do Vero, Rui Silva, a ideia instituir uma nova forma de identificao, sem correr o risco de expor dados da criana e da famlia.

    A ONG planeja levar o sistema para alm da faixa de areia. Queremos criar um ponto de encontro eletrnico que sirva no s para as praias, mas tambm para o pai que leva os filhos ao

    shopping, ao aeroporto ou at rua 25 de Maro, diz Silva.(Natlia Cancian, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)

    Glossriohigh-tech: de alta-tecnologia

  • Didatismo e Conhecimento 16

    lngua portuguesa

    36. De acordo com o texto, a pulseira eletrnica distribuda pela ONG Anjos do Vero com a finalidade de(A) impedir crianas de se distanciarem dos pais.(B) facilitar a localizao de crianas perdidas.(C) alertar os pais sobre o risco de perder os filhos.(D) auxiliar a encontrar vtimas de afogamento nas praias.(E) identificar possveis sequestradores de crianas.

    37. Segundo o coordenador da Anjos do Vero, a pulseira eletrnica(A) apresenta alta durabilidade, que ultrapassa dois anos de uso contnuo.(B) ser distribuda gratuitamente aos frequentadores das praias do Guaruj.(C) deve ser usada por menores de todas as faixas etrias.(D) auxiliou o trabalho dos bombeiros durante os ltimos veres.(E) oferece maior proteo aos dados da criana e da famlia.

    38. Considerando o conjunto das informaes do ltimo pargrafo, com a frase A ONG planeja levar o sistema para alm da faixa de areia. , a autora quer dizer que a ONG planeja

    (A) expandir o sistema para outras reas.(B) demarcar as fronteiras de uso do sistema.(C) levar o sistema para praias de todo o litoral paulista.(D) tornar o sistema mais resistente areia da praia.(E) agilizar o acesso ao sistema nas praias.

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 39 a 42.

    Perdida, s me lembrava do ndio do prdio

    A nica coisa que ela sabe que tem o desenho de um ndio na porta do prdio, dizia o sorveteiro, um pouco confuso, sem saber o que fazer com aquela criana perdida na avenida em frente praia. Ele tentava convencer duas senhoras a assumir o problema, que, no caso, era eu.

    Em silncio, de cabea baixa, eu morria de vergonha diante de tamanha proeza conseguir me perder entre os poucos metros que separavam o edifcio onde estava com minha famlia e a banca de revistas. To senhora de mim aos oito anos de idade, nem percebi que segui em direo praia, quando deveria voltar. E l fui eu com as duas novas tutoras e o sorveteiro, em busca do tal edifcio. Para elas, o jeito era chamar a polcia.

    Anda de um lado, pergunta do tal ndio pro outro, at que ouo uma voz: achamos. Uma prima, quase em prantos, me abraou e disse: estvamos desesperados.

    L pelos anos 70, sem celular, iPhone, iPad ou outras tantas muletas, a estratgia foi cada integrante da famlia se dividir e fixar um tempo para voltar porta do prdio. Estavam todos l, minha me, primos, tia, o sorveteiro, as duas mulheres e eu ainda muda. S choro, abrao e, para o meu espanto, nenhuma bronca. E a cara de surpresa quando todos viram que s eu havia reparado no tal ndio pintado na porta do prdio.

    Talvez nada disso teria acontecido se tivesse uma dessas pulseirinhas de identificao. Mas talvez tambm no tivesse aprendido que sempre bom saber como voltar pra casa.

    (Denise Chiarato, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)

    39. No texto, a narradora(A) conta o episdio de quando se perdeu dos familiares aos oito anos.(B) relata sua experincia de encontrar uma criana perdida na rua.(C) fala da experincia de ter voltado para casa com a ajuda de um dispositivo eletrnico.(D) expe sua indignao contra pais que perdem seus filhos.(E) lembra quando foi severamente repreendida pelos pais por ter se perdido.

    40. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.O fato de a menina saber que havia o desenho de um ndio na porta do prdio mostrou-se para que ela soubesse voltar para casa

    sozinha.

  • Didatismo e Conhecimento 17

    LNGUA PORTUGUESA

    (A) indispensvel(B) intil(C) essencial(D) conveniente(E) vantajoso

    41. Releia o ltimo pargrafo.Talvez nada disso teria acontecido se tivesse uma dessas pulseirinhas de identifi cao. Mas talvez tambm no tivesse aprendido

    que sempre bom saber como voltar pra casa.A autora conclui que a experincia de perder-se pode ser(A) divertida.(B) traumtica.(C) letal.(D) instrutiva.(E) destrutiva.

    42. Observe a passagem do penltimo pargrafo.L pelos anos 70, sem celular, iPhone, iPad ou outras tantas muletas, a estratgia foi cada integrante da famlia se dividir e fi xar

    um tempo para voltar porta do prdio. Estavam todos l, minha me, primos, tia, o sorveteiro, as duas mulheres e eu ainda muda.O termo l, nas expresses L pelos anos 70 e Estavam todos l, expressa ideia de(A) dvida e modo, respectivamente.(B) tempo, em ambas as ocorrncias.(C) modo, em ambas as ocorrncias.(D) lugar e dvida, respectivamente.(E) tempo e lugar, respectivamente.

    A tirinha a seguir serve de base para as questes 43 e 44. Observe-a com ateno:

    43. Comparando a fala do primeiro balo com a do ltimo, CORRETO afi rmar que:a) h uma relao intertextual entre elas, embora haja diferenas de estrutura sinttica entre uma e outra.b) sob o ponto de vista conceitual, a expresso lei da selva tem uma extenso mais ampla que lei da gravidade, que tem

    sentido especializado.c) a forma verbal Lamento sugere a relao respeitosa que as personagens estabelecem entre si na tirinha.d) a conjuno mas poderia ser substituda, somente no primeiro quadrinho, por porm ou no entanto.e) a expresso lei da gravidade no pode ser entendida, devido ao contexto sarcstico, como um termo tcnico da Fsica.

    44. A imagem no segundo quadrinho a) comprova que a lei da selva vlida em todas as situaes.b) incompatvel com o que ocorreu no primeiro quadrinho.c) refora o lamento do gato no comeo da tirinha.d) permite ao rato fazer a observao que est no ltimo balo.e) mostra a indignao do rato para com a postura do gato.

    Gabarito: (1-D), (2-A), (3-D), (4-A), (5-E), (6-C), (7-A), (8-A), (9-D), (10-E), (11-E), (12-E), (13-C), (14-C), (15-E), (16-C), (17-C), (18-C), (19-E), (20-C), (21-E), (22-B), (23-A), (24-D), (25-A), (26-A), (27-C), (28-B), (29-B), (30-C), (31-A), (32-E), (33-C), (34-B), (35-E), (36-B), (37-E), (38-A), (39-A), (40-B), (41-D), (42-E), (43-B), (44-D).

  • Didatismo e Conhecimento 18

    LNGUA PORTUGUESA

    SINNIMOS, ANTNIMOS E PARNIMOS.SENTIDO PRPRIO E

    FIGURADO DAS PALAVRAS.

    Quanto signifi cao, as palavras so divididas nas seguintes categorias:

    Sinnimos: so palavras de sentido igual ou aproximado. Exemplo:- Alfabeto, abecedrio.- Brado, grito, clamor.- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.- Justo, certo, exato, reto, ntegro, imparcial.

    Na maioria das vezes no indiferente usar um sinnimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinnimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de signifi cao e certas propriedades que o escritor no pode desconhecer. Com efeito, estes tm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrpede); uns so prprios da fala corrente, desata-viada, vulgar, outros, ao invs, pertencem esfera da linguagem culta, literria, cientfi ca ou potica (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinreo).

    A contribuio Greco-latina responsvel pela existncia, em nossa lngua, de numerosos pares de sinnimos. Exemplos:- Adversrio e antagonista.- Translcido e difano.- Semicrculo e hemiciclo.- Contraveneno e antdoto.- Moral e tica.- Colquio e dilogo.- Transformao e metamorfose.- Oposio e anttese.

    O fato lingustico de existirem sinnimos chama-se sinonmia, palavra que tambm designa o emprego de sinnimos.

    Antnimos: so palavras de signifi cao oposta. Exemplos:- Ordem e anarquia.- Soberba e humildade.- Louvar e censurar.- Mal e bem.

    A antonmia pode originar-se de um prefi xo de sentido oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simptico/antiptico, progredir/regredir, concrdia/discrdia, explcito/implcito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/anticomunista, simtrico/assimtrico, pr-nupcial/ps-nupcial.

    Homnimos: so palavras que tm a mesma pronncia, e s vezes a mesma grafi a, mas signifi cao diferente. Exemplos:- So (sadio), so (forma do verbo ser) e so (santo).- Ao (substantivo) e asso (verbo).

    S o contexto que determina a signifi cao dos homnimos. A homonmia pode ser causa de ambiguidade, por isso consi-derada uma defi cincia dos idiomas.

    O que chama a ateno nos homnimos o seu aspecto fnico (som) e o grfi co (grafi a). Da serem divididos em:

    Homgrafos Heterofnicos: iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais.- Rego (substantivo) e rego (verbo).- Colher (verbo) e colher (substantivo).- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).

  • Didatismo e Conhecimento 19

    lngua portuguesa

    - Apoio (verbo) e apoio (substantivo).- Para (verbo parar) e para (preposio).- Providncia (substantivo) e providencia (verbo).- s (substantivo), s (contrao) e as (artigo).- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contrao de per+o).

    Homfonos Heterogrficos: iguais na pronncia e diferentes na escrita.- Acender (atear, pr fogo) e ascender (subir).- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).- Concerto (harmonia, sesso musical) e conserto (ato de consertar).- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).- Aprear (determinar o preo, avaliar) e apressar (acelerar).- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).- Censo (recenseamento) e senso (juzo).- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).- Pao (palcio) e passo (andar).- Hera (trepadeira) e era (poca), era (verbo).- Caa (ato de caar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = anular).- Cesso (ato de ceder), seo (diviso, repartio) e sesso (tempo de uma reunio ou espetculo).

    Homfonos Homogrficos: iguais na escrita e na pronncia.- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).- Cedo (verbo), cedo (advrbio).- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).- Pomos (substantivo), pomos (verbo pr).- Alude (avalancha), alude (verbo aludir).

    Parnimos: so palavras parecidas na escrita e na pronncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetnico e titnico, atoar e atuar, degradar e degredar, ctico e sptico, prescrever e proscrever, descrio e discrio, infligir (aplicar) e infringir (trans-gredir), osso e ouo, sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).

    Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significao. A esse fato lingustico d-se o nome de polissemia. Exemplos:- Mangueira: tubo de borracha ou plstico para regar as plantas ou apagar incndios; rvore frutfera; grande curral de gado.- Pena: pluma, pea de metal para escrever; punio; d.- Velar: cobrir com vu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao vu do palato.Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que tm dezenas de

    acepes.

    Sentido Prprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser empregadas no sentido prprio ou no sentido figurado. Exemplos:- Constru um muro de pedra. (sentido prprio).- nio tem um corao de pedra. (sentido figurado).- As guas pingavam da torneira, (sentido prprio).- As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).

    Denotao e Conotao: Observe as palavras em destaque nos seguintes exemplos:- Comprei uma correntinha de ouro.- Fulano nadava em ouro.

    No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido prprio, real, denotativo.

    No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, glria, luxo, ostentao; tem o sentido conotativo, possui vrias conotaes (ideias associadas, sentimentos, evocaes que irradiam da palavra).

  • Didatismo e Conhecimento 20

    lngua portuguesa

    Exerccios

    01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado.a) eminente, deflagrao, incidiramb) iminente, deflagrao, reincidiramc) eminente, conflagrao, reincidiramd) preste, conflaglao, incidirame) prestes, flagrao, recindiram

    02. Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do mestre diante da ....... demonstrada pelo poltico.a) seo - fragrante - incipinciab) sesso - flagrante - insipinciac) sesso - fragrante - incipinciad) cesso - flagrante - incipinciae) seo - flagrante - insipincia

    03. Na ..... plenria estudou-se a ..... de direitos territoriais a ..... .a) sesso - cesso - estrangeirosb) seo - cesso - estrangeirosc) seco - sesso - extrangeirosd) sesso - seo - estrangeirose) seo - sesso - estrangeiros

    04. H uma alternativa errada. Assinale-a:a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem poltica.b) A catstrofe torna-se iminente.c) Sua ascenso foi rpida.d) Ascenderam o fogo rapidamente.e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.

    05. H uma alternativa errada. Assinale-a:a) cozer = cozinhar; coser = costurarb) imigrar = sair do pas; emigrar = entrar no pasc) comprimento = medida; cumprimento = saudaod) consertar = arrumar; concertar = harmonizare) chcara = stio; xcara = verso

    06. Assinale o item em que a palavra destacada est incorretamente aplicada:a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.b) A justia infligiu a pena merecida aos desordeiros.c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.d) Devemos ser fiis ao cumprimento do dever.e) A cesso de terras compete ao Estado.

    07. O ...... do prefeito foi ..... ontem.a) mandado - caadob) mandato - cassadoc) mandato - caadod) mandado - casadoe) mandado - cassado

  • Didatismo e Conhecimento 21

    LNGUA PORTUGUESA

    08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: Necessitando ...... o nmero do carto do PIS, ...... a data de meu nascimento.

    a) ratifi car, proscrevib) prescrever, discriminei c) descriminar, retifi queid) proscrever, prescrevie) retifi car, ratifi quei

    09. A ......... cientfi ca do povo levou-o a .... de feiticeiros os ..... em astronomia.a) insipincia tachar expertosb) insipincia taxar expertosc) incipincia taxar espertosd) incipincia tachar espertose) insipincia taxar espertos

    10. Na orao: Em sua vida, nunca teve muito ......, apresentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras adequadas para preenchimento das lacunas so:

    a) censo - lasso - cumprimento - eminentesb) senso - lasso - cumprimento - iminentesc) senso - lao - comprimento - iminentesd) senso - lao - cumprimento - eminentese) censo - lasso - comprimento - iminentes

    Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B)(08.E)(09.A)(10.B)

    CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVRBIO, PREPOSIO E CONJUNO (EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM

    S RELAES QUE ESTABELECEM).

    Artigo

    Artigo a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o gnero e o nmero, determinando-o ou generalizando-o. Os artigos podem ser:

    - defi nidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de um ser j conhecido; denota familiaridade: A grande reforma do ensino superior a reforma do ensino fundamental e do mdio. (Veja maio de 2005)

    - indefi nidos: um, uma, uns, umas; estes; trata-se de um ser desconhecido, d ao substantivo valor vago: ...foi chegando um caboclinho magro, com uma taquara na mo. (A. Lima)

    Usa-se o artigo defi nido:- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados foram punidos.- com nomes prprios geogrfi cos de estado, pais, oceano, montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o oceano

    Pacfi co, a Sua, o Par, a Bahia. / Conheo o Canad mas no conheo Braslia.- com nome de cidade se vier qualifi cada: Fomos histrica Ouro Preto.- depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os vinte atletas participaro do campeonato.- com toda a/todo o, a expresso que vale como totalidade, inteira. Toda cidade ser enfeitada para as comemoraes de ani-

    versrio. Sem o artigo, o pronome todo/toda vale como qualquer. Toda cidade ser enfeitada para as comemoraes de aniversrio. (qualquer cidade)

    - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas fl ores da fl oricultura.- com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo tem dois amigos: Rui alto e lindo, o outro atltico e simptico.- antes dos nomes das quatro estaes do ano: Depois da primavera vem o vero.- com expresses de peso e medida: O lcool custa um real o litro. (=cada litro)

  • Didatismo e Conhecimento 22

    lngua portuguesa

    No se usa o artigo definido:- antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos:Vossa Excelncia, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa Alteza.Vossa Alteza estar presente ao debate? Nosso Senhor tinha o olhar em pranto / Chorava Nossa Senhora.- antes de nomes de meses:O campeonato aconteceu em maio de 2002. Mas: O campeonato aconteceu no inesquecvel maio de 2002.- alguns nomes de pases, como Espanha, Frana, Inglaterra, Itlia podem ser construdos sem o artigo, principalmente quando

    regidos de preposio.Viveu muito tempo em Espanha. / Pelas estradas lricas de Frana. Mas: Snia Salim, minha amiga, visitou a bela Veneza.- antes de todos / todas + numeral: Eles so, todos quatro, amigos de Joo Lus e Laurinha. Mas: Todos os trs irmos eu vi

    nascer. (o substantivo est claro)- antes de palavras que designam matria de estudo, empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar: Estudo Ingls

    e Cristiane estuda Francs.

    O uso do artigo facultativo:- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetncia irritante.- antes de nomes prprios de pessoas: Voc j visitou Luciana / a Luciana?- Daqui para a frente, tudo vai ser diferente. (para a frente: exige a preposio)

    Formas combinadas do artigo definido: Preposio + o = ao / de + o,a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.

    Usa-se o artigo indefinido:- para indicar aproximao numrica: Nicole devia ter uns oito anos / No o vejo h uns meses.- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: Usava umas calas largas e umas botas longas.- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela uma meiguice s. - para comparar algum com um personagem clebre: Lus August um Rui Barbosa.

    O artigo indefinido no usado:- em expresses de quantidade: pessoa, poro, parte, gente, quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro.- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: No h suficiente espao para todos.- com substantivo que denota espcie: Co que ladra no morde.

    Formas combinadas do artigo indefinido: Preposio de e em + um, uma = num, numa, dum, duma.

    O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. O ato literrio o conjunto do ler e do escrever.

    Exerccios

    01. Em que alternativa o termo grifado indica aproximao:a) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava.b) Tinha, na poca, uns dezoito anos.c) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam.d) No havia um s homem corajoso naquela guerra.e) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que no.

    02. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:a) Estes so os candidatos que lhe falei.b) Procure-o, ele o mdico! Ningum o supera.c) Certeza e exatido, estas qualidades no as tenho.d) Os problemas que o afligem no me deixam descuidado.e) Muito a procura; pouca a oferta.

  • Didatismo e Conhecimento 23

    lngua portuguesa

    03. Em uma destas frases, o artigo definido est empregado erradamente. Em qual?a) A velha Roma est sendo modernizada.b) A Paraba uma bela fragata.c) No reconheo agora a Lisboa de meu tempo.d) O gato escaldado tem medo de gua fria.e) O Havre um porto de muito movimento.

    04. Assinale a alternativa em que os topnimos no admitem artigo:a) Portugal, Copacabana.b) Petrpolis, Espanha.c) Viena, Rio de Janeiro.d) Madri, Itlia.e) Alemanha, Curitiba.

    Respostas: 01-B / 02-B / 03-D / 04-A /

    Substantivo

    Substantivo a palavra que d nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitolgica: vegetao, sereia, cidade, anjo, rvore, passarinho, abrao, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criana.

    Os substantivos exercem, na frase, as funes de: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo.

    Os substantivos classificam-se em:- Comuns: nomeiam os seres da mesma espcie: menina, piano, estrela, rio, animal, rvore.- Prprios: referem-se a um ser em particular: Brasil, Amrica do Norte, Deus, Paulo, Luclia.- Concretos: so aqueles que tm existncia prpria; so independentes; reais ou imaginrios: me, mar, gua, anjo, mulher,

    alma, Deus, vento, DVD, fada, criana, saci.- Abstrato: so os que no tm existncia prpria; depende sempre de um ser para existir: necessrio algum ser ou estar triste

    para a tristeza manifestar-se; necessrio algum beijar ou abraar para que ocorra um beijo ou um abrao; designam qualidades, sentimentos, aes, estados dos seres: dor, doena, amor, f, beijo, abrao, juventude, covardia, coragem, justia. Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caa para a cabana. (caa = ato de caar, substantivo abstrato; a caa, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto).

    - Simples: como o nome diz, so aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda, po, raio, gua, l, terra, flor, mar, raio, cabea.

    - Compostos: so os que so formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, gua-de-colnia, po de l, para raio, sem-terra, mula sem cabea.

    - Primitivos: so os que no derivam de outras palavras; vieram primeiro,deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, ms, queijo, chave, chuva, po, trovo, casa.

    - Derivados: so formados de outra palavra j existente; vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijo, chaveiro, chuvei-ro, padeiro, trovoada, casaro, casebre.

    - Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espcie: bando, povo, frota, batalho, biblioteca, constelao.

    Eis alguns substantivos coletivos: lbum de fotografias; alcateia de lobos; antologia de textos escolhidos; arquiplago ilhas; assembleia pessoas, professores; atlas cartas geogrficas; banda de msicos; bando de aves, de crianas; baixela uten-slios de mesa; banca de examinadores; biblioteca de livros; binio dois anos; bimestre dois meses; boiada de bois; cacho de uva; cfila camelos; caravana viajantes; cambada de vadios, malvados; cancioneiro de canes; cardume de peixes; casario de casas; cdigo de leis; colmeia de abelhas; conclio de bispos em assembleia; conclave de cardeais; confraria de religiosos; constelao de estrelas; cordilheira de montanhas; cortejo acompanhantes em comitiva; discoteca de discos; elenco de atores; enxoval de roupas; fato de cabras; fornada de pes; galeria de quadros; hemeroteca de jornais, revistas; horda de invasores; iconoteca de imagens; irmandade de religiosos; mapoteca de mapas; milnio de mil anos; mirade de muitas estrelas, insetos; nuvem de gafanhotos; panapan de borboletas em bando; penca de frutas; pinacoteca de quadros; piquete de grevistas; pliade de pessoas notveis, sbios; prole de filhos; quarentena quarenta dias; quinqunio cinco anos; renque de rvores, pessoas, coisas; repertrio de peas teatrais, msica; resma de quinhentas folhas de papel; sculo de cem anos; sextilha de seis versos; scia de malandros, patifes; terceto de trs pessoas, trs versos; trduo perodo de trs dias; trinio perodo de trs anos; tropilhas de trabalhadores, alunos; vara de porcos; videoteca de videocassetes; xiloteca de amostras de tipos de madeiras.

  • Didatismo e Conhecimento 24

    lngua portuguesa

    Reflexo do Substantivo

    Na feira livre do arrabaldezinho Um homem loquaz apregoa balezinhos de cor __ O melhor divertimento para crianas! Em redor dele h um ajuntamento de menininhos pobres, Fitando com olhos muito redondos os grandes Balezinhos muito redondos.

    (Manoel Bandeira)

    Observe que o poema apresenta vrios substantivos e apresentam variaes ou flexes de gnero (masculino/feminino), de n-mero (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo).

    Na lngua portuguesa h dois gneros: masculino e feminino. A regra para a flexo do gnero a troca de o por a, ou o acrscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra.

    Formao do Feminino

    O feminino se realiza de trs modos:- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / mestre, mestra / leo, leoa;- Acrescentando-se ao masculino a desinncia a ou um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cnsul, consulesa / cantor,

    cantora / reitor, reitora.- Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai, me / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha / cavalo,

    gua.

    Observe como so formados os femininos: parente, parenta / hspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta / gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidado, cidad / aldeo, alde / ancio, anci / guardio, guardi / charlato, charlat / es-crivo, escriv / papa, papisa / faiso, faisoa / hortelo, horteloa / ilhu, ilhoa / mlro, mlroa / folio, foliona / imperador, imperatriz / profeta, profetisa / pton, pitonisa / abade, abadessa / czar, czarina / perdigo, perdiz / co, cadela / pigmeu, pigmeia / ateu, ateia / hebreu, hebreia / ru, r / cerzidor, cerzideira / frade, freira / frei, sror / raj, rani / dom, dona / cavaleiro, dama / zango, abelha /

    Substantivos Uniformes

    Os substantivos uniformes apresentam uma nica forma para ambos os gneros: dentista, vtima. Os substantivos uniformes dividem-se em:

    - Epicenos: designam certos animais e tm um s gnero, quer se refiram ao macho ou fmea. jacar macho ou fmea / a cobra macho ou fmea / a formiga macho ou fmea.

    - Comuns de dois gneros: apenas uma forma e designam indivduos dos dois sexos. So masculinos ou femininos. A indicao do sexo feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intrprete / o, a colega / o, a mdium / o, a personagem / o, a cliente / o, a f / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o, a reprter / o, a manequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a pianista / o, a rival / o a jornalista.

    - Sobrecomuns: designam pessoas e tm um s gnero para homem ou a mulher: a criana (menino, menina) / a testemunha (homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cnjuge (marido, mulher) / o guia (homem, mulher) / o dolo (homem, mulher).

    Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gnero: o lotao (veculo) - a lotao (efeito de lotar); o capital (di-nheiro) - a capital (cidade); o cabea (chefe, lder) - a cabea (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentao); o moral (nimo) - a moral (tica); o grama (peso) - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rdio (aparelho) - a rdio (emissora); o crisma (leo salgado) - a crisma (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o cura (vigrio) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitrio) - a lente (vidro de aumento); o lngua (intrprete) - a lngua (rgo, idioma); o voga (o remador) - a voga (moda).

    Alguns substantivos oferecem dvida quanto ao gnero. So masculinos: o eclipse, o d, o dengue (manha), o champanha, o soprano, o cl, o alvar, o sanduche, o clarinete, o Hosana, o espcime, o guaran, o diabete ou diabetes, o tapa, o lana-perfume, o praa (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o ssia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma.

  • Didatismo e Conhecimento 25

    lngua portuguesa

    So geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em ma: o dilema, o teorema, o emblema, o trema, o eczema, o edema, o enfisema, o fonema, o antema, o tracoma, o hematoma, o glaucoma, o aneurisma, o telefonema, o estratagema.

    So femininos: a dinamite, a derme, a hlice, a aluvio, a anlise, a cal, a gnese, a entorse, a faringe, a clera (doena), a cata-plasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rs, a sentinela, a sucuri, a usucapio, a omelete, a hortel, a fama, a Xerox, a aguardante.

    Plural dos Substantivos

    H vrias maneiras de se formar o plural dos substantivos: Acrescentam-se:

    - S aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo, povos / feira, feiras / srie, sries.- S aos substantivos terminados em N: lquen, lquens / abdmen, abdomens / hfen, hfens. Tambm: lquenes, abdmenes,

    hfenes.- ES aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes / motor, motores / ms, meses. Alguns terminados em R mudam

    sua slaba tnica, no plural: jnior, juniores / carter, caracteres / snior, seniores.- IS aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais / sol, sis / tnel, tneis / mel, meles, mis. Excees: mal,

    males / cnsul, cnsules / real, ris (antiga moeda portuguesa).- O aos substantivos terminados em o, acrescenta S: cidado, cidados / irmo, irmos / mo, mos.

    Trocam-se:

    - o por es: boto, botes / limo, limes / porto, portes / mamo, mames.- o por e: po, pes / charlato, charlates / alemo, alemes / co, ces.- il por is (oxtonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / pernil, pernis, e por EIS (Paroxtonas): fssil, fsseis / rptil, rpteis

    / projtil, projteis.- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintm, vintns / atum, atuns.- zito, zinho - 1 coloca-se o substantivo no plural: balo, bales; 2 elimina-se o S + zinhos.Balo bales bales + zinhos: balezinhos;Papel papis papel + zinhos: papeizinhos;Co ces - ce + zitos: Cezitos.- alguns substantivos terminados em X so invariveis (valor fontico = cs): os trax, os trax / o nix, os nix / a fnix, as fnix

    / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.- Outros (fora de uso) tm o mesmo plural que suas variantes em ice (ainda em vigor): apndix ou apndice, apndices / clix o

    uclice, clices (x, som de s) / ltex, ltice ou lteces / cdex ou cdice, cdices / crtex ou crtice, crtices / ndex ou ndice, ndices (x, som de cs).

    - substantivos terminados em O com mais de uma forma no plural: aldeo, aldees, aldeos; vero, veres, veros; ano, anes, anos; guardio, guardies, guardies; corrimo, corrimos, corrimes; hortelo, horteles, hortelos; ancio, ancies, ancies, an-cios; ermito, ermites, ermites, ermitos.

    A tendncia utilizar a forma em ES.

    - H substantivos que mudam o timbre da vogal tnica, no plural. Chama-se metafonia. Apresentam o o tnica fechado no singular e aberto no plural: caroo (), coroos () / imposto (), impostos () / forno (), fornos () / miolo (), miolos () / poo (), poos () / olho (), olhos () / povo (), povos () / corvo (), corvos (). Tambm so abertos no plural (): fogos, ovos, ossos, portos, porcos, postos, reforos. Tijolos, destroos.

    - H substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separao de bens. (patri-mnio); Conferiu a fria do dia. (salrio); As frias foram maravilhosas. (descanso); Sua honra foi