1 lei processual penal no tempo - teseconcursos.com.br 1.pdf · inquÉrito policial 4.5prazos...

1 Lei processual penal no tempo

1.1

Lei processual penal no tempo1.2

Lei processual penal no tempo

INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO1.3

Lei processual penal no tempo

4 INQUÉRITO POLICIALPRINCIPAIS ITENS DE ESTUDO

Leitura Obrigatória. (arts. 4º a 23 do C.P.P.)Introdução ao Inquérito Policial

a) O inquérito apresenta elementos de informação e não de prova.Art. 155 do CPP “o juiz formará sua convicção pela livre apreciaçãoDA PROVA PRODUZIDA EM CONTRADITÓRIO JUDICIAL, não podendofundamentar sua decisão exclusivamente nos elementosinformativos colhidos na investigação, ressalvas provas cautelares,não repetíveis e antecipada”‐AS PROVAS CAUTELARES: BUSCA E APREENSÃO, INTERCEPTAÇÃOTELEFÔNICA‐NÃO REPETÍVEIS: PROVAS OBTIDAS POR EXAMES PERICIAIS CUJOSVESTÍGIOS TENDEM A DESAPARECER‐ANTECIPADAS: INCIDENTE DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA,DEVE TRAMITAR PERANTE O MAGISTRADO, COM APRESENÇA DASPARTES.



b) Nos termos da lei 12830/2013 o inquérito prestapara apurar circunstância, materialidade e autoria dainfração (art. 2º, §1º). É importante acentuar que oinquérito também contribui para decretação demedidas cautelares no decorrer da persecução (prisãopreventiva, determinação de interceptação telefônica)CUIDADO: Apesar da utilidade do inquérito policial, nostermos da súmula 444 do STJ é vedada a sua utilização,assim como as ações penais em curso para agravar apena base.



c) Procedimento inquisitivo.d) Produz elementos informativos.e) Inquisitivof) Existência de inquéritos não policiais : inquéritoparlamentares/ inquéritos policiais militares/inquérito civil(para a existência de futura ação civil pública)/Inquéritos decrimes praticas por magistrados e promotores/ Inquéritopara investigar as autoridades com foro por prerrogativa defunção/ investigação particular nos termos da lei13.432/2017/Investigações a cargo do MP (Procedimentoinvestigatório criminal‐teoria dos poderes implícitos)


Leitura Obrigatória. (arts. 4º a 23 do C.P.P.)4.1 ESPÉCIES DE POLÍCIAS:

*militar: preventiva e ostensiva*civil e federal: investigativa e judiciária

Cuidado: dependendo do caso políciainvestigativa deverá ser interpretadadiversamente da polícia judiciária, pois nostermos da lei 12.830/2013 em seu art 2º “asfunções de polícia judiciária e a apuração deinfrações penais exercidas pelo delegado depolícia são de natureza jurídica.”

INQUÉRITO POLICIAL

PRINCIPAIS ITENS DE ESTUDOEspécies de polícias*militar: preventiva e ostensiva ADMINISTRATIVA

*civil e federal: investigativaJUDICIÁRIA

ATENÇÃO PARA AS ATRIBUIÇÕES EXPRESSAS DA POLÍCIA FEDERAL QUE CONFIRMAM A DIFERENÇA

ENTE POLÍCIA INVESTIGATIVA E JUDICIÁRIAArt. 144 § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgãopermanente, organizado e mantido pela União e estruturado emcarreira, destina‐se a:I – (INVESTIGATIVA)apurar infrações penais contra a ordem política esocial ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou desuas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outrasinfrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacionale exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;II – (INVESTIGATIVA) prevenir e reprimir o tráfico ilícito deentorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, semprejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivasáreas de competência;

IV – (JUDICIÁRIA) exercer, com exclusividade, as funções de políciajudiciária da União.

CUIDADO. SOBRE TRATAR DE MODO DIVERSO AS FUNÇÕES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA E

INVESTIGATIVASomos obrigados a admitir que prevalece na doutrina ena jurisprudência a utilização da expressão políciajudiciária para se referir ao exercício de atividadesrelacionadas à apuração da infração penal. Basta atentarpara o teor da súmula vinculante nº 14 do Supremo:“É direito do defensor, no interesse do representado, teracesso amplo aos elementos de prova que, jádocumentados em procedimento investigatório realizadopor órgão com competência de polícia judiciária, digamrespeito ao exercício do direito de defesa” (RENATOBRASILEIRO)

QUEM PRESIDE O INQUÉRITO POLICIAL?

Regra: autoridade policial, Delegado de polícia.

Exceção: ‐ no caso de crime militar = presidência daautoridade policial judiciária militar

‐ no caso de crimes federais= polícia federal,Delegado.

‐ nos crimes eleitorais= polícia federal, ouexcepcionalmente civil, se não houver políciafederal na localidade do crime.

Verificação de procedência de informação (VPI)?

Procedimento simplificado e anterior aoInquérito, fundamentado no art. 5 §3º do CPP,pois diz‐se que levada a notitia criminis aoconhecimento da autoridade policial, esta,verificada a procedência das informações,ordenará a instauração de inquérito.

Inquéritos não policiaisO art. 4, parágrafo único, do CPP, permite inquéritos não policiais:a) Inquéritos parlamentares nas CPIs com relatórios remetidos aos

Chefes do MP da União e dos Estados.b) Inquéritos policiais militares: a cargo da polícia judiciária militar.

Cuidado: no caso de crimes dolosos contra a vida, contra civil, o fatoda competência ser do tribunal do júri, o inquérito será militar,podendo coexistir com um inquérito na polícia civil.

c) Inquérito civil: objetiva reunir elementos para propositura da ação civilpública.

d) Inquéritos por crimes praticados por magistrados ou promotores, nosquais as investigações são presididas pelos órgãos de cúpula de cadacarreira, de acordo com o que dispõe LOMAN e a LONMP

e) Investigações a cargo do MP (procedimento investigatório criminal),com base na teoria dos poderes implícitos, não presidindo inquérito,mas viabilizando futuro processo com a colheita de materialprobatório.

Poder de investigação do MPO Ministério Público pode realizar diretamente ainvestigação de crimes?SIM. O MP pode promover, por autoridade própria,investigações de natureza penal.Mas a CF/88 expressamente menciona que o MPtem poder para investigar crimes?NÃO. A CF/88 não fala isso de forma expressa.Adota‐se aqui a teoria dos poderes implícitos.Fonte:http://www.dizerodireito.com.br/2015/05/plenario‐do‐stf‐decide‐que‐ministerio_15.html

Poder de investigação do MP

Esse é o entendimento do STF e do STJ.“O Ministério Público dispõe de competência para promover, porautoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal,desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquerindiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas,sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional dejurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se achaminvestidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º,notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo dapossibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – dopermanente controle jurisdicional dos atos, necessariamentedocumentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessainstituição”.

STF. Plenário. RE 593727/MG, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes,julgado em 14/5/2015.

INQUÉRITO POLICIAL

4.2 CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITOPOLICIAL

SEI O DOIDOSigilosoEscrito

Inquisitivo

DiscricionárioOficioso

IndisponívelDispensávelObrigatório

Oficial

INQUÉRITO POLICIAL

*CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIALSEI O DOIDO

Das características as que mais interessamem termos de revisão são:a) Sigilosidadeb) Discricionariedadec) Indisponibilidade

SigilosoEscrito

Inquisitivo



Oficial

INQUÉRITO POLICIAL*CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

SEI O DOIDO

Das características as que mais interessam em termos de revisão são:a) Sigilosidade: art 20 do CPP “para à elucidação do fato ou... pelo

interesse da sociedade”‐previsão legal nos termos doa rt. 7, XIII a XV e §1º do EOAB‐se houver decretação de sigilo é necessário mandato, nos termos doNOVO TEXTO do § 10, art. 7 do estatuto.‐Súmula Vinculante número 14 “É direito do defensor, no interesse dorepresentado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jádocumentados em procedimento investigatório realizado por órgão comcompetência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito dedefesa.‐Acesso do advogado a oitiva do investigado sob pena de nulidade, cujofundamento constitucional , art. 5 LXIII da CF regulamentado por meio doart. 7º, XXI do EOAB‐(princípio da consequencialidade)

SigilosoEscrito

Inquisitivo



Oficial


SEI O DOIDO

Das características as que mais interessam em termos de revisão são:a) Sigilosidade: art. 20 do CPP “para à elucidação do fato ou... pelo

interesse da sociedade”‐da negativa de observância a súmula vinculantes caberá mandado desegurança, ou reclamação constitucional e até mesmo o HC.

b) Discricionariedade‐Diligências realizadas no IP‐‐‐‐art. 6 e 7‐‐‐‐‐facultativas e obrigatórias‐Requerimento do indiciado ou vítima‐‐‐‐conveniência e oportunidade dodelegado‐‐‐‐‐havendo denegação poderia caber recurso‐Infrações que deixam vestígios‐‐‐o delegado está obrigado a fazer oexame de corpo de delito.

SigilosoEscrito

Inquisitivo



Oficial


SEI O DOIDO

Das características as que mais interessam em termos de revisão são:a) Sigilosidade: art. 20 do CPP “para à elucidação do fato ou... pelo interesse da

sociedade”‐da negativa de observância a súmula vinculantes caberá mandado de segurança, oureclamação constitucional e até mesmo o HC.

b) Discricionariedade‐Diligências realizadas no IP‐‐‐‐arts. 6 e 7‐‐‐‐‐facultativas e obrigatórias‐Requerimento do indiciado ou vítima‐‐‐‐conveniência e oportunidade do delegado‐‐‐‐‐havendo denegação poderia caber recurso‐Infrações que deixam vestígios‐‐‐o delegado está obrigado a fazer o exame de corpo dedelito.c) Oficiosidade: a atuação da autoridade policial nos crimes sujeitos a AÇÃO PENALPÚBLICA INCONDICIONADA (ATENÇÃO COM ISSO)

SigilosoEscrito

Inquisitivo



Oficial

ATRIBUIÇÃO X COMPETÊNCIADelegado tem atribuição e não possui competência, já que aúltima é destinada ao juiz de direitos.Já que competência, dos juízes, significa a própria delimitaçãoda jurisdição, sendo entendido a partir daí onde irá atuar umdeterminado juiz, como é o critério para delimitar o âmbito deatuação dos Delegados?São os seguintes critérios:‐territorial (circunscrição): o Delegado irá atuar em crimesconsumados no âmbito de sua circunscrição que diz respeito adelimitação territorial.‐material (natureza da infração): por meio das delegaciasespecializadas no combate de um determinado crime.‐em razão da pessoa: Delegacia da mulher, turista, idoso.

INQUÉRITO POLICIAL4.3 COMO SE DÁ INÍCIO AO INQUÉRITOPOLICIAL?‐Requerimento: requerimento, representação(chamada de delatio criminis postulatória ‐açãopenal pública condicionada a representação) equeixa (ação penal privada)‐Requisição: pelo juiz ou pelo MP‐De ofício‐Por meio de prisão em flagranteTodas essas formas estão inseridas comomodalidades de notitia criminis

INQUÉRITO POLICIAL4.4 QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE NOTITIA CRIMINIS?a) Espontânea (cognição imediata): através das investigações ou

pela imprensa (não é permitido dar início a inquérito pornotitia criminis inqualificada (apócrifa ou anônima)

b) Provocada (cognição mediata): requisição, ou requerimentoExemplos: delatio criminis (artigo 5º, II, CPP e §§ 1º e 5º), requisiçãode autoridade judiciária do Ministério Público (artigo 5º, II ,CPP) erequisição do Ministro da Justiça (artigo 7º, § 3º, b, CP e artigo 141º, I c/c § único do artigo 145) e representação do ofendido (artigo 5º,§ 4º do CPP) e queixa.Obs.: do indeferimento do requerimento pelo Delegado de Polícia,caberá recurso para o chefe de polícia

*requerimento na forma de representação (delatio criminispostulatória‐qualquer do povo ou vítima comunica o fato e pede ainstauração do inquérito)c) Coercitiva: prisão em flagrante

INQUÉRITO POLICIAL4.5 PRAZOSSituação TIPO DE JUSTIÇA PRAZOS

PRESO

FEDERAL15 DIAS PRORROGÁVER POR IGUAL PERÍODO

SOLTO 30 DIAS PRORROGÁVELDEFINIDO PELO JUIZ

PRESO FEDERAL OU ESTADUAL NO ÂMBITO DA LEI 11.343/2006

30 DIAS, DUPLICÁVEIS

SOLTO 90 DIAS, DUPLICÁVEIS

PRESOMILITAR

20 DIAS

SOLTO 40 DIAS, PRORROGÁVEI POR MAIS 20 DIAS

PRESO

ESTADUAL10 DIAS

SOLTO 30 DIAS, PRORROGÁVEL QUANTAS FOREM AS VEZES NECESSÁRIAS

PRESO ECONOMIA POPULAR 10 DIAS

SOLTO 10 DIAS

INQUÉRITO POLICIALAtenção com este artigo:Art. 155 O juiz formará sua convicção pelalivre apreciação da prova produzida emcontraditório judicial, não podendofundamentar sua decisão exclusivamente noselementos informativos colhidos nainvestigação, ressalvada a provas cautelares,não repetíveis e antecipadas.

INQUÉRITO POLICIAL4.6 ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

PEDIDO DE ARQUIVAMENTO

PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

PODE OCORRER DESARQUIVAMENTO?

COISA JULGADA FORMAL COISA JULGADA MATERIAL

‐falta de justa causa‐ausência de pressupostoprocessual ou condição daação‐excludente de ilicitude

‐atipicidade do fato ouinexistência do crime‐existência de causaextintiva de punibilidade‐existência de causamanifesta excludente deculpabilidade,salvoinimputabilidade

SÚMULA 524 STF: ARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHO DO JUIZ, AREQUERIMENTO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA, NÃO PODE A AÇÃO SER INICIADA SEMNOVAS PROVAS

SIM NÃO

INQUÉRITO POLICIALO que ocorre quando houver divergência quanto aoarquivamento?

No caso de conflito entre JUIZ E PROMOTOR, aplica‐seo art. 28 do CPP.Se o órgão do Ministério Público, ao invés deapresentar a denúncia, requerer o arquivamento doinquérito policial ou de quaisquer peças de informação,o juiz, no caso de considerar improcedentes as razõesinvocadas, fará remessa do inquérito ou peças deinformação ao procurador‐geral, e este oferecerá adenúncia, designará outro órgão do Ministério Públicopara oferecê‐la, ou insistirá no pedido dearquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado aatender.

INQUÉRITO POLICIALO que ocorre quando houver divergência quanto aoarquivamento?

No caso de conflito entre JUIZ E PROMOTOR, aplica‐se o art.28 do CPP.CUIDADO: Há diferenças quanto a quem dará a últimapalavra a depender da Justiça, se estadual ou federalEstadual: do conflito haverá remessa ao PGJ (Chefe doMinistério Público estadual) que fará ou designará outro,longa manus, que estará obrigado a fazê‐lo.

Federal: do conflito haverá remessa para as Câmaras deCoordenação ou Revisão do MPF

No STF pelo PGR sem análise jurisdicional pelo STF a nãoser que o arquivamento reflita coisa julgada material, omesmo se aplicando nos casos entre TJs e PGJ

INQUÉRITO POLICIALO que é o arquivamento implícito?(majoritariamente não é admitido pelajurisprudência, ou pela doutrina, pelaausência de disciplinamento legal)Quando o MP deixa de incluir na Denúncia, fatoou investigado, ou algum indiciado, semjustificação.Tal arquivamento ocorrerá quando o juizremeter os autos para o PGJ, PGR ou Câmaras,para que se pronunciem sobre eventualausência do MP em relação a fato, investigadoou indiciado.

INQUÉRITO POLICIALO que é o arquivamento indireto?Quando o MP deixa de fazer denúncia porentender que o juízo é incompetente. Daí há orequerimento de que os autos sejamdestinados ao juízo competente.Se o magistrado discordo, analogicamente,ocorrerá aplicação do art. 28 do CPP.

INQUÉRITO POLICIALNo tocante ao inquérito policial, é correto afirmar que

a) a autoridade policial poderá mandar arquivar autosde inquérito por ausência de materialidade do delito.b) o inquérito é procedimento administrativo,informativo e indispensável.c) o Código de Processo Penal impossibilita odesarquivamento do inquérito policial.d) o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciadopoderão requerer à autoridade policial a realização dequalquer diligência.e) é irrecorrível o despacho que indeferir a abertura deinquérito policial.

INQUÉRITO POLICIALNo tocante ao inquérito policial, é correto afirmar quea) a autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito por ausência dematerialidade do delito.Errado: mera letra de lei “Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivarautos de inquérito.”b) o inquérito é procedimento administrativo, informativo e indispensável.Errado: é procedimento anterior ao processo (administrativo) e nos termos do art.46 §1º Quando o Ministério Público dispensar (DISPENSÁVEL) o inquérito policial, oprazo para o oferecimento da denúncia contar‐se‐á da data em que tiver recebidoas peças de informações ou a representaçãoc) o Código de Processo Penal impossibilita o desarquivamento do inquérito policial.Errado: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridadejudiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá procedera novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.d) o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderãorequerer à autoridade policial a realização de qualquer diligência.CORRETA: Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e oindiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ounão, a juízo da autoridade.e) é irrecorrível o despacho que indeferir a abertura de inquérito policial.Errado: art. 5 § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura deinquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

INQUÉRITO POLICIALSe o IP for arquivado pelo juiz, a requerimentodo promotor de justiça, sob o argumento deque o fato é atípico, a decisão que determinar oarquivamento do IP impedirá a instauração deprocesso penal pelo mesmo fato, ainda quetenha sido tomada por juiz absolutamenteincompetente.

Certo ( )Errado ( )

INQUÉRITO POLICIALSe o IP for arquivado pelo juiz, a requerimento do promotor de justiça,sob o argumento de que o fato é atípico, a decisão que determinar oarquivamento do IP impedirá a instauração de processo penal pelomesmo fato, ainda que tenha sido tomada por juiz absolutamenteincompetente. Certo ( x )A decisão que determina o arquivamento do inquérito policial, quando fundadoo pedido do Ministério Público em que o fato nele apurado não constitui crime,mais que preclusão, produz coisa julgada material, que ‐ ainda quandoemanada a decisão de juiz absolutamente incompetente ‐, impede ainstauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio. HC 83346 / SP‐ SÃO PAULO, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Julgamento: 17/05/2005.A decisão de arquivamento do inquérito policial no âmbito da Justiça Comum,em virtude de promoção ministerial no sentido da atipicidade do fato e daincidência de causa excludente de ilicitude, impossibilita a instauração de açãopenal perante a Justiça Especializada, uma vez que o Estado‐Juiz já semanifestou sobre o fato, dando‐o por atípico (precedentes). Ainda que se tratede decisão proferida por juízo absolutamente incompetente, deve‐sereconhecer a prevalência dos princípios do favor rei, favor libertatis e ne bis inidem, de modo a preservar a segurança jurídica que o ordenamento jurídicodemanda (HC 173397 / RS/ Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA /6ªTURMA/ JULGAMENTO 17/03/2011).

INQUÉRITO POLICIAL

Em relação ao inquérito policial eà prisão em flagrante, julgue oitem subsequentes: O inquéritopolicial é um instrumentoindispensável à averiguação dofato e da autoria criminosa.Certa. ( )Errada. ( )

INQUÉRITO POLICIALEm relação ao inquérito policial e à prisão emflagrante, julgue o item subseqüentes: Oinquérito policial é um instrumentoindispensável à averiguação do fato e daautoria criminosa.Certa. ( )Errada. ( X )Art. 39 § 5o O órgão do Ministério Públicodispensará o inquérito, se com arepresentação forem oferecidos elementosque o habilitem a promover a ação penal, e,neste caso, oferecerá a denúncia no prazo dequinze dias.

INQUÉRITO POLICIALVia de regra, em crimes deatribuição da polícia federal, caso oindiciado esteja preso, o prazo paraconclusão do inquérito será de 15dias, podendo ser prorrogado e casoo agente esteja solto, será de 30dias, podendo também serprorrogado.

Certo ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIAL

Via de regra, em crimes de atribuiçãoda polícia federal, caso o indiciadoesteja preso, o prazo para conclusãodo inquérito será de 15 dias,podendo ser prorrogado e caso oagente esteja solto, será de 30 dias,podendo também ser prorrogado.

Certo ( x ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIAL

Em crimes de atribuição da políciacivil estadual no âmbito da lei dedrogas, caso o indiciado esteja preso,o prazo para conclusão do inquéritoserá de 30 dias, não podendo serprorrogado e caso o agente estejasolto, será de 90 dias, podendotambém ser prorrogado.Certo ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIAL

Em crimes de atribuição da políciacivil estadual no âmbito da lei dedrogas, caso o indiciado esteja preso,o prazo para conclusão do inquéritoserá de 30 dias, não podendo serprorrogado e caso o agente estejasolto, será de 90 dias, podendotambém ser prorrogado.Certo ( ) Errado ( x )

INQUÉRITO POLICIAL

Via de regra, em crimes deatribuição da polícia civil estadual,caso o indiciado esteja preso, oprazo para conclusão do inquéritoserá de 20 dias. Caso o réu estejasolto, o prazo será de 40 dias,podendo também ser prorrogadopor igual períodoCerto ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIAL

Via de regra, em crimes deatribuição da polícia civil estadual,caso o indiciado esteja preso, oprazo para conclusão do inquéritoserá de 20 dias. Caso o réu estejasolto, o prazo será de 40 dias,podendo também ser prorrogadopor igual períodoCerto ( ) Errado ( x )

INQUÉRITO POLICIAL

O arquivamento do inquéritopolicial não gera preclusão, sendouma decisão tomada rebus sicstantibus, todavia, uma vezarquivado o inquérito a pedido dopromotor de justiça, somentecom novas provas poderá seriniciada a ação penal.Certo ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIAL

O arquivamento do inquéritopolicial não gera preclusão, sendouma decisão tomada rebus sicstantibus, todavia, uma vezarquivado o inquérito a pedido dopromotor de justiça, somentecom novas provas poderá seriniciada a ação penal.Certo ( x ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIALNa atual sistemática processual penal, restavedada instauração de inquérito policial emrelação aos crimes de menor potencialofensivo, em qualquer hipótese, em face dopreceito legal expresso que determina alavratura de termo circunstanciado, peloqual não se admite submissão do autor dofato ao constrangimento do procedimentoinquisitivo, como por exemplo, à conduçãocoercitiva e identificação criminal.Certo ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIALNa atual sistemática processual penal, resta vedadainstauração de inquérito policial em relação aos crimesde menor potencial ofensivo, em qualquer hipótese, emface do preceito legal expresso que determina a lavraturade termo circunstanciado, pelo qual não se admitesubmissão do autor do fato ao constrangimento doprocedimento inquisitivo, como por exemplo, àcondução coercitiva e identificação criminal.Certo ( ) Errado ( x )Lei 9099/95 Art. 69. A autoridade policial que tomarconhecimento da ocorrência lavrará termocircunstanciado e o encaminhará imediatamente aoJuizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando‐se as requisições dos exames periciais necessários.

INQUÉRITO POLICIAL

As partes, poderão, no curso doinquérito policial, opor suspeiçãoda autoridade policial, nasmesmas situações previstas noCódigo de Processo Penal emrelação ao juiz.

Certo ( ) Errado ( )

INQUÉRITO POLICIALAs partes, poderão, no curso do inquéritopolicial, opor suspeição da autoridadepolicial, nas mesmas situações previstas noCódigo de Processo Penal em relação ao juiz.

Certo ( ) Errado ( x )

Art. 107 do CPP não se poderá oporsuspeição às autoridades policiais nos atosdo inquérito, mas deverão elas declarar‐sesuspeitas, quando ocorrer motivo legal

INQUÉRITO POLICIALPraticado o crime na via pública, o delegado de polícia deverá,dentre outras providências,

a dirigir‐se ao local, providenciando para que não se alterem oestado e conservação das coisas, até a chegada dos peritoscriminais.b apreender os objetos que tiverem relação com o fato,independentemente da liberação pelos peritos criminais.c colher, após a realização da perícia do local, todas as provasque servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.d determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo dedelito e a quaisquer outras perícias, desde que haja expressoconsentimento da vítima ou quem a represente.e proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta nãocontrarie a moralidade ou a ordem pública e haja peritos oficiaispara a realização do laudo pericial.

INQUÉRITO POLICIALPraticado o crime na via pública, o delegado de políciadeverá, dentre outras providências,

a dirigir‐se ao local, providenciando para que não sealterem o estado e conservação das coisas, até a chegadados peritos criminais.

LEIA A LETRA DA LEI, PEQUENINO, CARÍSSIMO

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática dainfração penal, a autoridade policial deverá:

I ‐ dirigir‐se ao local, providenciando para que não sealterem o estado e conservação das coisas, até a chegadados peritos criminais;

INQUÉRITO POLICIALDe acordo com o Código de Processo Penal, é corretoafirmar sobre o inquérito policial.a) As diligência requisitadas pela parte ofendidadeverão ser realizadas pela autoridade policial, no prazode até dez dias.b) Apenas a autoridade judiciária poderá requisitar arealização de diligência durante a fase indiciária.c) A prática de diligências durante as investigaçõesindiciárias deverão ser suportadas pela parte que asrequerer.d) Ficará a juízo da autoridade policial a realização, ounão, das diligências requeridas pelo representante legaldo ofendido.e) Estando o réu solto, as diligências requeridas peloindiciado deverão ser realizadas no prazo máximo desetenta e duas horas pela autoridade policial.

INQUÉRITO POLICIALDe acordo com o Código de Processo Penal,é correto afirmar sobre o inquérito policial.d) Ficará a juízo da autoridade policial arealização, ou não, das diligências requeridaspelo representante legal do ofendido.

Art. 14. O ofendido, ou seu representantelegal, e o indiciado poderão requererqualquer diligência, que será realizada, ounão, a juízo da autoridade.

INQUÉRITO POLICIALAcerca da Lei n° 12.830/2013, a qual dispõe sobre a investigaçãocriminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a alternativacorreta,a) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial,cabe a condução da investigação criminal por meio de inquéritopolicial ou outro procedimento previsto em lei, que tem comoobjetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e daautoria das infrações administrativas.b) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar‐se‐á porato fundamentado, mediante análise técnico‐jurídica do fato, quedeverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.c) A remoção do delegado de polida independe de atofundamentado.d) O inquérito policial não poderá ser avocado. ainda que pormotivo de interesse público mediante fundamentação dosuperior hierárquico.e) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia arequisição de perícia, informações, documentos e dados queinteressem à apuração dos fatos.

INQUÉRITO POLICIALAcerca da Lei n° 12.830/2013, a qual dispõe sobre a investigação criminalconduzida pelo delegado de polícia, assinale a alternativa correta,a) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe acondução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outroprocedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração dascircunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações administrativas. (Infrações penais ‐ Art. 2º, §1º da lei 12.830/13)b) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar‐se‐á por atofundamentado, mediante análise técnico‐jurídica do fato, que deverá indicar aautoria, materialidade e suas circunstâncias.( CORRETA ‐ ART.2º, §6º da Lei12.830/13).c) A remoção do delegado de polida independe de ato fundamentado.( ERRADO ‐ ART. 2º, § 5º da Lei 12.830/13).d) O inquérito policial não poderá ser avocado ainda que por motivo deinteresse público mediante fundamentação do superior hierárquico.(ERRADO ‐ ART. 2º, § 4º da Lei 12.830/13)e) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição deperícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dosfatos. ( ERRADO ‐ ART. 2º,§ 2º da lei 12.830/13 ‐ durante a investigaçãocriminal).

5 AÇÃO PENAL

Leitura obrigatória: arts. 24 a 62 do C.P.P Atenção faça a leitura de todos os artigos constantes desse material que

comentará cada um deles. A ação penal é um Direito Público Subjetivo, de natureza jurídica híbrida e

portanto, conforme estudado, nem sempre terá aplicada sobre si o art. 2 º do CPP,tempus regit actum, aplicando‐se a retroatividade e ultratividade no caso denormas benéficas.

INTRODUÇÃOArt. 24. Nos crimes de ação pública, ‐esta será promovida por denúncia do Ministério

Público, AÇÃO PENAL PÚBLICAINCONDICIONADA

Mas, dependerá quando a lei o exigir, derequisição AÇÃO PENAL PÚBLICACONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTRO DAJUSTIÇA

ou de representação AÇÃO PENAL PÚBLICACONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DOOFENDIDO) do ofendido ou de quem tiverqualidade para representá‐lo.

AÇÃO PENAL Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do MinistérioPúblico, mas dependerá (NESTE PONTO FICA CLARO QUE O MP É O TITULAR DA AÇÃOPENAL “PÚBLICA”), quando a lei o exigir, de requisição (PÚBLICA CONDICIONADA AREQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA ) do Ministro da Justiça, ou de representação(PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO) do ofendido ou dequem tiver qualidade para representá‐lo.Sobre este artigo, em especial, devemos entender que para o MP iniciar a Ação Penal,por meio da Denúncia ele deve inicialmente ter elementos mínimo que comprovem amaterialidade e que apresentem indícios de autoria, logo este é o lastro probatóriomínimo.

CONDIÇÕES GERAISTodavia, o MP também precisa analisar certos, antecedentes,pressupostos, condições gerais sem a qual a ação penal não irá existir.

Quais são esses pressupostos econdições gerais da ação penal?(estão no art. 395 do CPP)

Legitimidade da parte

Interesse de agir

AÇÃO PENAL INTRODUÇÃO

Quais são esses pressupostos eCONDIÇÕES GERAIS da ação penal?(estão no art. 395 do CPP, constante doedital da FUNRIO no quesito Processosem espécies, ou seja, é cobrado por esta banca)

Após, satisfeitas as condiçõesgerais (APÓS, VOCÊ ESTÁ PRESTANDOATENÇÃO? AAAAAPÓS)Temos tambémas CONDIÇÕES ESPECÍFICAS que parao nosso concurso interessamapenas as condições de procedibilidade

Legitimidade daparte

Interesse de agir

Representação da vítima nos crimes deAção Penal Pública Condicionada aRepresentação

Requisição do Ministro da Justiça noscrimes de ação penal públicacondicionada a requisição do MJ

Legitimidade da parte: a ação só pode ser proposta pelotitular do interesse (MP ou particular). Interessantenotar que a pessoa jurídica pode figurar no polo passivoda ação penal nos termos do art. 173 §5º e 225º, § 3º,todos da CFArt. 173, § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individualdos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá aresponsabilidade desta, sujeitando‐a às punições compatíveiscom sua natureza, nos atos praticados contra a ordemeconômica e financeira e contra a economia popular. (ESSSASNÃO SOFRERAM REGULAMENTAÇÃO)Art. 225, §3º § 3º As condutas e atividades consideradaslesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoasfísicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,independentemente da obrigação de reparar os danoscausados. (A LEI 9605/98, art. 3º regulamenta isso, dizendoque Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadasadministrativa, civil e penalmente conforme o disposto nestaLei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão deseu representante legal ou contratual, ou de seu órgãocolegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.)(STJ: NÃO SE APLICA ATUALMENTE O SISTEMA DA DUPLAIMPUTAÇÃO, STF jamais adotou tal entendimento)Interesse de agir

Percebam a diferençaentre a letra da lei na CFe a nos crimesambientais

Quais são essespressupostos econdições gerais da açãopenal?(nos editais de polícia,tal tema ocorre no item“processos em espécie”,portanto, inclui o art.395 do CPP,)

AÇÃO PENAL (arts. 24 a 62 do C.P.P.)Atenção faça a leitura de todos os artigosconstantes desse material que comentará cada umdeles.Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será

promovida por denúncia do Ministério Público, masdependerá, quando a lei o exigir, de requisição doMinistro da Justiça, ou de representação do ofendidoou de quem tiver qualidade para representá‐lo.§ 2o SEJA QUAL FOR O CRIME, QUANDO PRATICADOEM DETRIMENTO DO PATRIMÔNIO OU INTERESSEDA UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO, A AÇÃO PENALSERÁ PÚBLICA.

5.1 A AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA‐prescindi de qualquer condição;‐seja qual for o crime, quando praticado em detrimento dopatrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penalserá pública.‐nos termos do art. 129 I da CF:

são funções institucionais do Ministério Público: I ‐promover, privativamente, a ação penal pública, na formada lei;

Oras, se de acordo com a CF a Ação SOMENTE irá ser iniciada com aDenúncia, como podemos assimilar que na contravenção, o APF e aportaria expedida por autoridades, judicial ou policial, são possíveis?Esse texto é anterior a CF de 88, lembre‐se de que o CPP é de 1941,sendo essa peculiaridade chamada de processo judicialiforme (açãopenal ex officio) e revogado no nosso ordenamento

Como explicar o art. 26 do CPP que diz que “ação penal, nascontravenções, será iniciada com o auto de prisão emflagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridadejudiciária ou policial.”?

AÇÃO PENAL

Se cobrarem na prova “DE ACORDOCOM A LETRA DA LEI”, infelizmente,o art. 26 teria que ser apontadocomo correto.

5.2 A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

‐necessita de suprir condições de procedibilidade, a representação;‐seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ouinteresse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.‐nos termos do art. 129 I da CF: são funções institucionais do MinistérioPúblico: I ‐ promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;‐cuidado, nem mesmo o auto de prisão em flagrante poderá ser lavrado semautorização da vítima. (ATENÇÃO NO CASO DA LESÃO CORPORAL LEVE, NOÂMBITO DA LEI MARIA DA PENHA, A AÇÃO É PENAL PÚBLICAINCONDICIONADA)‐a representação é realizada:

* pela vítima,*por seu representante legal,*ou por procurador COM PODERES ESPECIAIS‐não precisa seradvogado

‐a representação é destinada:*ao MP*ao Juiz

5.2 A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

Art. 39 O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente oupor procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ouoral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinaturadevidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ouprocurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial,presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sidodirigida.§ 2o A representação conterá todas as informações que possam servir àapuração do fato e da autoria.§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policialprocederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê‐lo‐á àautoridade que o for.§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida atermo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda ainquérito.§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com arepresentação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover aação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias

5.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

‐o MP poderá promover o arquivamento, por meio de pedido, nãoestando, portanto, vinculado a representação.

‐não há rigor formal, podendo ser realizada a representação oralmente,ou por escrito

‐prazo: 6 meses do conhecimento da autoria da infração penal, sendoum prazo decadencial contado nos termos doa art. 10 do CP e não doart. 798 do CPP, já que é prazo de índole material, incluindo‐se o dia deinício e excluindo‐se o do vencimento, não se interrompendo,suspendendo ou prorrogando.

5.2 A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO5.2.1 A SUCESSÃO PROCESSUAL

Quais os casos de sucessão processual?* Art. 24, §1º , CP No caso de morte do ofendido ou quando declaradoausente por decisão judicial, o direito de representação passará aoCADI (cônjuge (doutrinariamente, majoritariamente, inclui‐se acompanheira), ascendente, descendente ou irmão. (essa ordem épreferencial e taxativa, perceba os dispositivos abaixo) ).Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa,terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo naordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto,qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista dainstância ou a abandone.

Obs.:*Representação no caso do menor o direito a representação deveser exercido pelo representante legal*Representação no caso do menor emancipado representante legalou espera que o menor complete a maior idade, sendo que nestaúltima hipótese o prazo iniciará da maioridade.

5.2A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO5.2.1 A SUCESSÃO PROCESSUAL

*Representação no caso do mentalmente enfermo, no caso do menorsem representante legal Sucessão Processual pelo curadorArt. 33. Se o ofendido for mentalmente enfermo, ou retardado mental,e o menor, DESDE QUE (ATENÇÃO), NÃO TENHA REPRESENTANTELEGAL‐É possível curador também nos casos de existência de representantelegal, quando os interesses do representado colidirem com os dorepresentante.‐O curador será nomeado de ofício ou a requerimento do MinistérioPúblico, pelo juiz competente para o processo penal.‐O curador atua em nome próprio em prol de direito de terceiro, NÃOESTANDO OBRIGADO A REPRESENTAR.

A pessoa jurídica poderá representar?Sim, em tese, por intermédios de quem consta dos contratos ouestatutos.Na falta de previsão, com contrato ou estatuto, pelos seus diretores ousócios gerentes.Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmenteconstituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadaspor quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, nosilêncio destes, pelos seus diretores ou sócios‐gerentes.

AÇÃO PENAL

A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

A ATUAÇÃO DO MP NESTE TIPO DE AÇÃO‐Caso a vítima represente apenas contraum dos autores do crime, poderá o MP,ofertar denúncia contra todos, semnecessidade de nova manifestação doofendido.

5.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO5.2.2 RETRATAÇÃO

Art. 25. A representação será irretratável, depois deoferecida a denúncia‐Ou seja, é possível retratação antes do oferecimento dadenúncia.‐Para a doutrina majoritária caberá retratação da retrataçãoda representação

5.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO5.2.2 RETRATAÇÃO

5.3 A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

‐ato conveniência política;‐destinatário: endereçada ao MP, na figura do Procurador Geral‐prazo: a qualquer tempo, enquanto não estiver prescrita a infração, ouextinta a punibilidade por outra causa.‐possibilidade de retratação: por ausência de previsão legal, e por serum ato de natureza política a cargo do MJ, não cabe retratação darequisição.‐ausência de vinculação do MP.‐caso a Requisição seja realizada apenas em desfavor de um doscoautores, o MP poderá, de pronto, denunciar os que não foramenquadrados.

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA

a) Obrigatoriedade (legalidade processual): obrigação de dar inicio aação penal diante dos elementos necessários, não cabendoqualquer conveniência sobre isso. Lembre‐se do art. 24 do CPP quediz que “nos crimes de ação pública, ESTA SERÁ PROMOVIDA PORDENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO.

Pergunta: Há exceções?Sim,‐o principio da obrigatoriedade mitigada ou discricionariedade regradacom a possibilidade de aplicação da transação penal (art. 76 da lei9099/95) para evitar a denúncia, sem qualquer reconhecimento deculpa e não implicando em reincidência e com aplicação imediata depenas restritivas de direito.‐o acordo de leniência nos crimes contra a ordem econômica‐o parcelamento de débitos nos crimes contra a ordem tributária

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL


a) Obrigatoriedade (legalidade processual)

a) Da indisponibilidade (indesistibilidade ): O MP não poderá dispordaquilo que já realizou e isso tem fundamentos claros:

Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que hajainterposto.Cuidado o MP não é obrigado a recorrer, mas se o fizer, não poderádesistir.Pergunta: Há exceções?Sim,‐o art. 89 da lei 9.099/95, suspensão condicional do processo

PRINCÍPIOS


a) Obrigatoriedade (legalidade processual)

b) Da indisponibilidade (indesistibilidade )

c) Da oficialidade: persecução penal à cargo de órgão oficial

d) Da oficiosidade: a ação penal pública incondicionada não carece dequalquer autorização para instauração.

e) Da indivisibilidade: a ação penal deve estender‐se a todos quepraticam a infração penal (Majoritariamente‐para a doutrina)

Obs: para o STF e para o STJ vige a divisibilidade

PRINCÍPIOS


Da indivisibilidade: a ação penal deve estender‐se atodos que praticam a infração penal(Majoritariamente‐para a doutrina)Obs: para o STF e para o STJ vige a divisibilidade pelapossibilidade de aditamento da denúncia.

PRINCÍPIOS


a) Obrigatoriedade (legalidade processual)b) Da indisponibilidade (indesistibilidade )c) Da oficialidaded) Da oficiosidadee) Da indivisibilidadef) Da intranscendência ou da pessoalidade: a ação

deve ser direcionada em desfavor de que é osuspeito da prática do crime, não podendoprejudicar terceiros.

PRINCÍPIOS

5.4 A AÇÃO PENAL PRIVADA

CUIDADO: nem mesmo o auto de prisão em flagrante poderá serlavrado sem autorização da vítima, quando for crime de ação penalprivada.‐a queixa é realizada:

* pela vítima (ofendido)*por seu representante legal,*ou por procurador COM PODERES ESPECIAIS‐não precisa seradvogado

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá‐locaberá intentar a ação privada.

Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento dopatrimônio ou interesse da União, Estado e Município, aação penal será pública (NÃO PODERÁ SER PRIVADA NESTECASO).

AÇÃO PENAL

A AÇÃO PENAL PRIVADA

‐não há rigor formal, podendo ser realizada arepresentação oralmente, ou por escrito‐prazo: 6 meses do conhecimento da autoria dainfração penal, sendo um prazo decadencial contadonos termos doa art. 10 do CP e não do art. 798 doCPP, já que é prazo de índole material, incluindo‐se odia de início e excluindo‐se o do vencimento, não seinterrompendo, suspendendo ou prorrogando

AÇÃO PENAL PRIVADA

LETRA DE LEI É IMPORTANTE!

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade pararepresentá‐lo caberá intentar a ação privada.Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declaradoausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ouprosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,descendente ou irmão.Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento daparte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado parapromover a ação penal.§ 1o Considerar‐se‐á pobre a pessoa que não puder prover àsdespesas do processo, sem privar‐se dos recursosindispensáveis ao próprio sustento ou da família.§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado daautoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.

AÇÃO PENAL PRIVADA

LETRA DE LEI É IMPORTANTE!

Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmenteconstituídas poderão exercer a ação penal, devendo serrepresentadas por quem os respectivos contratos ou estatutosdesignarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios‐gerentesArt. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa doofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quemcaberá intervir em todos os termos subsequentes do processo.Art. 46. § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,contado da data em que o órgão do Ministério Público receber osautos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender‐se‐áque não tem o que aditar, prosseguindo‐se nos demais termos doprocesso.Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará aoprocesso de todos, e o Ministério Público velará pela suaindivisibilidade.

AÇÃO PENAL PRIVADAa) Oportunidade: com prazo decadencial de 6 meses

‐decadência: vítima inerte pelo prazo de 6 meses a partir dequando conhece quem é o autor do fato. (art. 38, CPP, c/c oart. 107, IV do CP)‐renúncia:

*é a prática de atos incompatíveis com a vontadede ver processado o infrator*se tácita admite todos os meios de provas,*se expressa será reconhecida apenas pordeclaração assinada pelo ofendido, porrepresentante legal ou procurador com poderesespeciais) da vítima nesse sentido*unilateral/préprocessual/irretratável (extingue apunibilidade*outorgada para um dos coautores e ou partícipes, seestenderá a todos

PRINCÍPIOS

AÇÃO PENAL PRIVADAa) Oportunidade: com prazo decadencial de 6 meses

‐decadência‐renúncia:

b) Disponibilidade: pode o particular desistir da ação quando já realizada, sejaperdoando (art 51 e segs do CPP), seja diante da perempção

‐perdão:*no caso da vítima não desejar prosseguir com a ação*extingue a punibilidade*ato bilateral que precisa ser declarado nos autos com aceite doacusado (silêncio é interpretado como um “sim”)*pode ser no bojo do processo ou fora dele, se fora deverá ocorrerdeclaração assinada pelo querelado ou por procurador compoderes especiais (não precisa ser advogado), art. 59 CPP, sendonecessária a ratificação em juízo.*pode ser expresso ou tácito*será estendido a todos os coautores e participes quando aplicadoa um.*pode ocorrer até o trânsito em julgado da sentença final. (art.106, §2º do CP)

PRINCÍPIOS

QUAL A DIFERENÇA ENTRE RENÚNCIA E PERDÃO?

TITULARIDADE

RENÚNCIA PERDÃOVinculada ao princípio da

oportunidade Vinculada ao princípio da

disponibilidade

Ato unilateral Ato bilateralAnterior ao processo Processual

Nos dois casos, oferecido o instituto a um dos corréus estende‐se a todos, mas no perdão precisa ser aceito.

Extingue a punibilidade

AÇÃO PENAL PRIVADAa) Oportunidade:

‐decadência‐renúncia

b) Disponibilidade:‐perdão:‐perempção: desídia do querelante

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar‐se‐áperempta a ação penal:I ‐ quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processodurante 30 dias seguidos;II ‐ quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, nãocomparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta)dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê‐lo, ressalvado o disposto no art. 36;III ‐ quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;IV ‐ quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixarsucessor.

c) Da indivisibilidade

PRINCÍPIOS

RESUMODAS MODALIDES DE AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL A respeito da ação penal, é correto afirmar:a) Na ação penal pública condicionada à representação, oofendido poderá retratá‐la a qualquer tempo, desde queantes da sentença.b) Na ação penal privada, o ofendido apresentará queixa‐crime ao Ministério Público, a quem caberá apresentar adenúncia em Juízo.c) O direito de representação, titularizado pelo ofendido nasações penais públicas condicionadas, é personalíssimo,portanto, impassível de transmissão causa mortis .d) A queixa, ainda quando a ação penal for privativa doofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, aquem caberá intervir em todos os termos subsequentes doprocesso.e) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação aum dos autores do crime, deve ser interpretadarestritivamente, não se estendendo, portanto, aos demais.

AÇÃO PENAL A respeito da ação penal, é correto afirmar:a) Na ação penal pública condicionada à representação, o ofendido poderá retratá‐la a qualquertempo, desde que antes da sentença.ERRADO: Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia (Ou seja até ooferecimento da denúncia pode ocorrer retratação)b) Na ação penal privada, o ofendido apresentará queixa‐crime ao Ministério Público, a quem caberáapresentar a denúncia em Juízo.ERRADO: Não apresentará a queixa para o MP e sim para o juiz.Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá‐lo caberá intentar a ação privada.Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito deoferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza,nomeará advogado para promover a ação penal.c) O direito de representação, titularizado pelo ofendido nas ações penais públicas condicionadas, épersonalíssimo, portanto, impassível de transmissão causa mortis .ERRADO: Artigo 24, § 1o: No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisãojudicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmãod) A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada peloMinistério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo.e) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, deve serinterpretada restritivamente, não se estendendo, portanto, aos demais.ERRADO: Artigo 48: A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e oMinistério Público velará pela sua indivisibilidade.

AÇÃO PENAL A respeito da ação penal, é correto afirmar:d) A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá seraditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termossubsequentes do processo.CERTO: Artigo 45: A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido,poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos ostermos subsequentes do processo.Nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima, como o MPnão é dotado de "legitimatio ad causam", não tem legitimidade para incluir coautores,partícipes e outros fatos delituosos de ação penal de iniciativa privada, podendo aditar aqueixa‐crime apenas para incluir circunstâncias de tempo, lugar, modus operandi, etc.Admite‐se, portanto, apenas o ADITAMENTO IMPRÓPRIO, cujo prazo é de 3 dias, nos termosdo artigo 46. §2º, do CPP.Na ação penal privada SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA, como a ação penal é em sua origemPÚBLICA, conclui‐se que o MP tem ampla legitimidade para proceder ao aditamento, sejapara incluir novos fatos delituosos, coautores e partícipes (ADITAMENTO PRÓPRIO), seja paraacrescentar elementos acidentais como dados relativos ao local e ao momento em que ocrime foi praticado (art. 29, CPP) ou seja, ADITAMENTO IMPRÓPRIO.Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditadapelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes doprocesso.Art. 46 § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que oórgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo,entender‐se‐á que não tem o que aditar, prosseguindo‐se nos demais termos do processo.

AÇÃO PENAL Assinale a opção correta acerca de ação penal.a) Nos crimes de ação penal pública condicionada àrepresentação, o ofendido poderá retratar‐se darepresentação formulada antes do oferecimento dadenúncia.b) Não é permitida a intervenção do Ministério Públicoem processo de ação penal privada.c) Entre os princípios que regem a ação penal públicaincondicionada inclui‐se o da disponibilidade.d) A divisibilidade consiste em um dos princípios queregem a ação penal privada.e) Se tratando de crimes de ação penal públicaincondicionada, em nenhuma hipótese será permitidoao ofendido intentar ação privada.

AÇÃO PENAL Assinale a opção correta acerca de ação penal.a) Nos crimes de ação penal pública condicionada àrepresentação, o ofendido poderá retratar‐se darepresentação formulada antes do oferecimento dadenúncia. CORRETAb) Não é permitida a intervenção do Ministério Públicoem processo de ação penal privada.c) Entre os princípios que regem a ação penal públicaincondicionada inclui‐se o da disponibilidade.d) A divisibilidade consiste em um dos princípios queregem a ação penal privada.e) Se tratando de crimes de ação penal públicaincondicionada, em nenhuma hipótese será permitidoao ofendido intentar ação privada.

AÇÃO PENAL Nas ações penais públicascondicionada a representação,será esta irretratável, depois deoferecida a denúncia.Certo ( ) Errado ( )

AÇÃO PENAL Nas ações penais públicas condicionadaa representação, será esta irretratável,depois de oferecida a denúncia.Certo ( x ) Errado ( )Art. 25, CPP A representação seráirretratável, depois de oferecida adenúncia. Irretratabilidade darepresentação Art. 102 ‐ Arepresentação será irretratável depoisde oferecida a denúncia

AÇÃO PENAL Nas ações penais públicas condicionada arepresentação, será esta irretratável,depois de oferecida a denúncia.

AÇÃO PENAL O princípio da obrigatoriedade émitigado em infrações de menorpotencial ofensivo, vez que, nessescasos, há possibilidade de oferta detransação penalCerto ( ) Errado ( )

AÇÃO PENAL O princípio da obrigatoriedade émitigado em infrações de menorpotencial ofensivo, vez que, nessescasos, há possibilidade de oferta detransação penal Certo (x )Art. 76. Havendo representação outratando‐se de crime de ação penalpública incondicionada, não sendo casode arquivamento, o Ministério Públicopoderá propor a aplicação imediata depena restritiva de direitos ou multas, aser especificada na proposta

AÇÃO PENAL A ação penal será classificada como:A. pública condicionada, quando a atuação doMinistério Público estiver subordinada à requisiçãodo Ministro da Justiça ou à determinação daautoridade policial.B. privada personalíssima, quando somente oMinistério Público puder ajuizá‐la.C. pública incondicionada, quando qualquer do povopuder ajuizá‐la.D. privada subsidiária da pública, admitida noscrimes de ação pública, se esta não for intentada noprazo legal.

AÇÃO PENAL A ação penal será classificada como:D. privada subsidiária da pública, admitida nos crimes de açãopública, se esta não for intentada no prazo legal.Correta: Mera letra de leiArt. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, seesta não for intentada no prazo legal (QUAL O PRAZO? 5 DIAS PARAO MP FAZER A DENÚNCIA NO CASO DE RÉU PRESO E 15 DIAS NOCASO DE RÉU SOLTO), cabendo ao Ministério Público aditar aqueixa, repudiá‐la e oferecer denúncia substitutiva, intervir emtodos os termos do processo, fornecer elementos de prova,interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência doquerelante, retomar a ação como parte principal.Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réupreso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do MinistérioPúblico receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réuestiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução doinquérito à autoridade policial (art. 16), contar‐se‐á o prazo da dataem que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.

6 DAS PROVAS

O QUE DISPENSA A PROVA?‐O direito‐Fatos notórios: Não precisa provar que 25 dedezembro é natal‐Fatos axiomáticos ou intuitivos: Desnecessidade doexame cadavérico para dizer acerca da causa damorte na decapitação.‐Fatos inúteis‐Presunções legais: Presunção legal de que o menorde 18 anos é inimputável, nos termos do art. 27 doCP.

6.1 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DAS PROVASa) Sistema do livre convencimento motivado, ou persuasão racional: b) Sistema da íntima convicção, ou da certeza moral do juiz:

Aplicável ao tribunal do júri, pois este em sua segunda fase,confere ampla liberdade aos juízes leigos, inclusive, dispensando‐os de fundamentar a decisão.Confira a decisão: “As decisões proferidas pelo Tribunal do Júridecorrem do juízo de íntima convicção dos jurados e representamexceção à obrigatoriedade de fundamentação dos provimentosjudiciais (art. 93, IX, da CF) contemplada pela própria CartaPolítica, que assegura o sigilo das votações aos integrantes doConselho de Sentença (art. 5º, XXXVIII, b, da CF)” (STJ — HC81.352/RJ — 5ª Turma — Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima”Atenção: Mesmo ausente de fundamentação a decisão pode serquestionado por meio de Recurso de Apelação, para a promoçãode novo julgamento pelo tribunal do júri nos termos do art.593,inc. III, d do CPP

6.1 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DAS PROVASa) Sistema do livre convencimento motivado, ou persuasão racional: b) Sistema da íntima convicção, ou da certeza moral dojuiz:Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:III ‐ das decisões do Tribunal do Júri, quando:a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;b) for a sentença do juiz‐presidente contrária à leiexpressa ou à decisão dos jurados;c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação dapena ou da medida de segurança;d) for a decisão dos jurados manifestamente contráriaà prova dos autos.

a) Sistema do livre convencimento motivado, ou persuasão racional: b) Sistema da íntima convicção, ou da certezamoral do juiz:c) Sistema de prova tarifada, ou legal, ou certeza moraldo legislador:Ocorre timidamente em nosso ordenamento jurídico, natentativa de refrear o arbítrio da autoridade judicante,estabelecendo, a priori, valores para as provas aodeterminar qual delas é prioritária em confronto comoutras.OBS: Há esse tipo de limitação em nosso sistema?Claro que há, por exemplo o fato de que o juiz paradeclarar a extinção da punibilidade por morte, somentepoderá fazê‐lo, por meio de certidão de óbito.

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livreapreciação da prova produzida em contraditóriojudicial, não podendo fundamentar sua decisãoexclusivamente nos elementos informativoscolhidos na investigação, ressalvadas as provascautelares, não repetíveis eantecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto AO ESTADODAS PESSOAS SERÃO OBSERVADAS ASRESTRIÇÕES estabelecidas na lei civil.

dasdas

6.2 MEIOS DE PROVASEXAUSTIVOS OU EXEMPLIFICATIVOS?

Os meios de provas apresentados no CPP, sãomeramente exemplificativos, sendo permitidos meiosque não estão ali admitidos expressamente.

Apesar de nosso sistema de avaliação de provasser o do livre convencimento motivado, não significaque na defesa do acusado possamos utilizarirrestritamente provas de natureza ilícita, pois nostermos da CF “são inadmissíveis no processo, asprovas obtidas por meio ilícito.” (art. 5, LVI, CF). Portal comando magno o CPP estabeleceu as minuciassobre tal questão:

6.2 MEIOS DE PROVASMeios de provasArt. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas doprocesso, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas emviolação a normas constitucionais ou legais.§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.§ 2º Considera‐se fonte independente aquela que por si só,seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigaçãoou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto daprova.§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da provadeclarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial,facultado às partes acompanhar o incidente

DAS PROVASMeios de provasDiante deste comando normativo, podemos nos perguntar:Como classificar as provas ilícitas? Se você, caríssimo, prestaratenção no dispositivo anterior verá alguns trechos significativospara a promoção desta classificação, por exemplo, “as provasilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normasconstitucionais ou legais”Certamente, fica claro que provas ilícitas, são de duas espécies: asilícitas que violam normas constitucionais e as ilícitas que violamnormas legais. Logo temos que saber a que espécie de violaçãoestamos nos referindo, conquanto a violação pode ser de umprocedimento descrito na lei e de observância obrigatória para obom andamento processual ou, ser violação com repercussãosobre o indivíduo e a sua liberdade. Estas últimas se referem aodireito material e aquelas ao direito processual. Diante de tal fatotemos uma representação de como devemos classificar as provas:

DAS PROVASMeio de provas

PROVAS ILÍCITASA prova ilícita por derivaçãoArt. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas doprocesso, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas emviolação a normas constitucionais ou legais. § 1º São tambéminadmissíveis as PROVAS DERIVADAS DAS ILÍCITAS, salvoquando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas eoutras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por umafonte independente das primeiras. § 2º Considera‐se fonteindependente aquela que por si só, seguindo os trâmitestípicos e de praxe, próprios da investigação ou instruçãocriminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da provadeclarada inadmissível, esta será inutilizada por decisãojudicial, facultado às partes acompanhar o incidente.

PROVAS ILÍCITASA prova ilícita por derivaçãoHá uma teoria importada do direito norte americano que dizrespeito a ilegalidade das provas derivadas de ilícitas, chama‐se teoria dos fruto da árvore envenenada que diz respeito aimprestabilidade de prova LÍCITA, quando for oriunda deprova ILÍCITA.Ex: Caso ocorra busca a apreensão em um dado imóvel e láseja encontrada substância entorpecente, esta prova seráilícita se a expedição do mandado tiver sido obtida porinterceptação telefônica ilegal.

PROVAS ILÍCITAS

DAS PROVASMeios de provasCasos concretos: 1‐Gravação de conversa ao telefone é prova válida? Sim, gravação ambiental é lícita, pois se resume a gravação realizada por um dos interlocutores

Obs: a interceptação de comunicações telefônicas ou de dados só éadmitida para fins de produção de prova em investigação criminal ouem instrução processual penal referente a crimes apenados comreclusão e seus conexos

Interceptação telefônica Gravação clandestina Escuta telefônica

Captação de conversa, feitapor um terceiro, SEM OCONHECIMENTOS DOSINTERLOCUTORES E DESDEQUE OCORRA ORDEMJUDICIAL (é a referenciadano art. 5 XII, CF)

Captação de conversa feitapor um dos interlocutores,SEM O CONHECIMENTO DOOUTRO.

Captação de conversatelefônica feita por umterceiro, COM OCONHECIMENTO DE UMDOS INTERLOCUTORES

DAS PROVAS

Meios de provasX

Fontes de ProvasX

Provas

DAS PROVASMeios de provasCasos concretos: 1‐Gravação de conversa ao telefone é prova válida?Art. 5º (...)X ‐ são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem daspessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material oumoral decorrente de sua violação;(...)XII ‐ é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicaçõestelegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no últimocaso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecerpara fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

DAS PROVASMeios de provasCuidado com o chamado SIGILO DE DADOS:O sigilo bancário é protegido pela CF/88?SIM. A CF/88 não utiliza a expressão "sigilo bancário", mas isso está sim protegido emdois incisos do art. 5º da CF/88. Confira:Art. 5º (...)X ‐ são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de suaviolação;(...)XII ‐ é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dadose das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nashipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ouinstrução processual penal;

O legislador infraconstitucional reafirmou a proteção ao sigilo bancário no caput doart. 1º da LC 105/2001:Art. 1º As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas epassivas e serviços prestados.

DAS PROVASMeios de provasCuidado com o chamado SIGILO DE DADOS:O sigilo bancário é protegido pela CF/88?SIM. A CF/88 não utiliza a expressão "sigilo bancário", mas isso está sim protegido em doisincisos do art. 5º da CF/88.

Para que haja acesso aos dados bancários (quebra do sigilo bancário), é necessária autorizaçãojudicial?Em regra, sim. Segundo entende o STF, em regra, para que se tenha acesso aos dados bancáriosde uma pessoa, é necessário prévia autorização judicial por se tratar de verdadeira cláusula dereserva de jurisdição.E no caso do Fisco? A Receita Federal pode requisitar, sem autorização judicial, informaçõesbancárias das instituições financeiras?SIM. Essa possibilidade está prevista no art. 6º da LC 105/2001 acima transcrito e lá não se exigeautorização judicial. Logo, a lei autoriza que a Receita Federal requisite diretamente dasinstituições financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes.

Tudo bem. Entendi que a Lei prevê essa possibilidade. Mas tal previsão é constitucional? Esteart. 6º da LC 105/2001, que autoriza o Fisco a ter acesso a informações bancárias semautorização judicial, é compatível com a CF/88?SIM. O STF decidiu que o art. 6º da LC 105/2001 é CONSTITUCIONAL.

DAS PROVASMeios de provasNão há mais dúvidas de que o Fisco poderá requisitar diretamente asinformações bancárias. Isso está previsto no art. 6º da LC 105/2001, éconstitucional e não configura quebra de sigilo.Mas, esses dados poderão ser utilizados em processos criminais ousomente em processos administrativo‐tributários?

STF STJResta indefinido. Os dados bancários

requisitados diretamente peloFisco poderão ser utilizados?• Em processo administrativofiscal: SIM.• Em processo penal: NÃO.

INDÍCIOS E PRESUNÇÕES

Art. 239. Considera‐se indício acircunstância conhecida e provada,que, tendo relação com o fato,autorize, por indução, concluir‐se aexistência de outra ou outrascircunstâncias.

BUSCA E APREENSÃOArt. 243. O mandado de busca deverá:I ‐ indicar, o mais precisamente possível, a casa em que serárealizada a diligência e o nome do respectivo proprietário oumorador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoaque terá de sofrê‐la ou os sinais que a identifiquem;II ‐ mencionar o motivo e os fins da diligência;III ‐ ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade queo fizer expedir.§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio textodo mandado de busca.§ 2o Não será permitida a apreensão de documento empoder do defensor do acusado, salvo quando constituirelemento do corpo de delito.

BUSCA E APREENSÃOArt. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentirque se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão elerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando‐o, em seguida, aabrir a porta.§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e oobjeto da diligência.§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisasexistentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.§ 4o Observar‐se‐á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores,devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver eestiver presente.§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimadoa mostrá‐la.§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida eposta sob custódia da autoridade ou de seus agentes.§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando‐o comduas testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.

BUSCA E APREENSÃOArt. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradoresmais do que o indispensável para o êxito da diligência.Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importarretardamento ou prejuízo da diligência.Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdiçãoalheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem noseguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar‐se à competente autoridadelocal, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.§ 1o Entender‐se‐á que a autoridade ou seus agentes vão em seguimento da pessoaou coisa, quando:a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a seguirem seminterrupção, embora depois a percam de vista;b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas oucircunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou transportada em determinadadireção, forem ao seu encalço.§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidadedas pessoas que, nas referidas diligências, entrarem pelos seus distritos, ou dalegalidade dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas dessalegitimidade, mas de modo que não se frustre a diligência.

BUSCA E APREENSÃO1‐ATENÇÃO: Temos as seguintes modalidades de busca:a) Domiciliar :

‐procedida, quando fundadas razões a autorizem para: prendercriminoso, apreender coisa achada ou obtida por meios criminosos, aprenderinstrumentos de falsificação, ou contrafação e objetos criados a partir dessesinstrumentos, armas e munições ou destinados a fins delituosos, descobrir objetosdestinados à prova da infração ou defesa do réu, apreender CARTAS ABERTAS OUNÃO, DESTINADAS AO ACUSADO OU EM SEU PODER, quando haja suspeita de que oconteúdo possa ser útil para o fato, apreender pessoas vítimas de crimes, colherqualquer elemento de convicção.b) Pessoal: quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo armaproibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafoanterior. apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;c) apreenderinstrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;d)apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime oudestinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou àdefesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seupoder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil àelucidação do fato; h) colher qualquer elemento de convicção.

BUSCA PESSOAL EM MULHERArt. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se nãoimportar retardamento ou prejuízo da diligência.Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no territóriode jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim deapreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendoapresentar‐se à competente autoridade local, antes da diligência ouapós, conforme a urgência desta.§ 1o Entender‐se‐á que a autoridade ou seus agentes vão emseguimento da pessoa ou coisa, quando:a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, aseguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista;b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informaçõesfidedignas ou circunstâncias indiciárias, que está sendo removida outransportada em determinada direção, forem ao seu encalço.

BUSCA DOMICILIAR BUSCA PESSOAL

Quando fundadas razões autorizem, para: quando houver fundada suspeita de que alguémoculte consigo arma proibida ou objetos, como:

Art. 240§1ºb) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos defalsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas emunições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e)descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas,abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando hajasuspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; h) colherqualquer elemento de convicção.a) prender criminosos;g) apreender pessoas vítimas de crimes;

Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas:‐COM MANDADO, A NÃO SER QUE PELA PRÓPRIAAUTORIDADE POLICIAL OU JUDICIÁRIACom o advento da CF/88 sobretudo face ao dispositivo doart. 5°, XI da CF. que determina de maneira expressa anecessidade de mandado judicial tanto para agentes,quanto para autoridade. o Art. 241 do CPP não foirecepcionado pela CF.Essa interpretação é majoritária do ponto de vistadoutrinário e a celeuma terminou com o julgado do STF em2008 (HC 93050/RJ julgado em 10/06/2008) e do STJ em2005 (STJ HC 43234/SP julgado em 03/11/2005)‐de dia‐‐‐> REGRA

Art. 244. A busca pessoal :‐INDEPENDERÁ DE MANDADO

*no caso de prisão*ou quando houver fundada suspeita de que a

pessoa esteja na posse de arma proibida ou deobjetos ou papéis que constituam corpo de delito,

*ou quando a medida for determinada nocurso de busca domiciliar.

ATENÇÃO, CARÍSSIMO.

Há exceções para inviolabilidade ao domicílio independente do dia e da hora?Sim!

a) Flagrante delitob) Desastrec) Prestação de socorrod) Autorização do morador

Exame de Corpo de Delito Espécies de exame de corpo de delito: ‐direito: é a regra(art. 158 do CPP) em que há relação imediata entre perito eaquilo que esta sendo periciado.Art. 158 Quando a infração deixar vestígios, seráindispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,não podendo supri‐lo a confissão do acusado‐indireto: admitido pelo art. 167 do CPP nos casos em quenão for possível o exame de corpo de delito direto.Art. 167 Não sendo possível o exame de corpo de delito, porhaverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhalpoderá suprir‐lhe a faltaCUIDADO: Não sendo possível o exame de corpo de delito direto eindireto, haverá possibilidade de supri‐los por meio de provatestemunhal.

Exame de Corpo de Delito Espécies de corpo de delito: ‐direito: é a regra (art. 158 doCPP) em que há relação imediata entre perito e aquilo queesta sendo periciado.

Exame de Corpo de DelitoProcedimento para o exame de corpo de delito

Realização de perícia por um Perito oficial, portadorde diploma de curso superior, com prévio vínculo como Estado;Se não houver perito oficial, haverá nomeação deoutros peritos, realizada SEM intervenção das partes(Art. 276 do CPP), que devem ser nos termos do art.159, §1º:

» 2 pessoas idôneas; » formação preferencialmente em área específica;» prestarão compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, nos termos do art. 159, §2º do CPP (a falta desse compromisso é considerada mera irregularidade);

Exame de Corpo de DelitoProcedimento para o exame de corpo de delito

ATENÇÃO: LER COM ATENÇÃO A LETRA DA LEI,INCLUSIVE AQUELES ARTIGOS QUE NÃO FORAMINSERIDOS NESTE MATERIALArt. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serãorealizados por perito oficial, portador de diploma de cursosuperior§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de cursosuperior preferencialmente na área específica, dentre as quetiverem habilitação técnica relacionada com a natureza doexame.§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de beme fielmente desempenhar o encargo.

Exame de Corpo de DelitoProcedimento para o exame de corpo de delito§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente (o assistente técnico éindicado pela parte e sua atuação ocorre após a admissão previa pelo juiz e quandoencerrada as atividades pelos peritos) de acusação, ao ofendido, ao querelante e aoacusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. ( Juiz e autoridadepolicial também podem realizar quesitos, mas, se estiverem na fase do IP)§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusãodos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadasdesta decisão.§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem aquesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a seremesclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias,podendo apresentar as respostas em laudo complementar;II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a serfixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.

Exame de Corpo de Delito

Procedimento para o exame de corpo de delito

§ 6o (Como o exame é realizado pelos assistentes técnicos) Havendorequerimento das partes, o material probatório que serviu de base àperícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterásempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelosassistentes, salvo se for impossível a sua conservação.

§ 7o Tratando‐se de perícia complexa que abranja mais de uma área deconhecimento especializado, poder‐se‐á designar a atuação de mais deum perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

Exame de Corpo de Delito Questões peculiares:

É possível perícia por carta precatória, com a nomeação do perito feita pelo juízo deprecado?

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far‐se‐á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.


O que fazer no caso de divergência entre os peritos?

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas noauto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada umredigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará umterceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandarproceder a novo exame por outros peritos.


Caso não seja observadas as formalidades descritas no CPP aautoridade judicial tem nova oportunidade de requisitar perícia?

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso deomissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciáriamandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer olaudo. Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que seproceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.


Após feito o laudo pelo perito, o juiz ficará adstrito ao que revelar estesobre o fato?

Não, nos termos do Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo,podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte.

Exame de Corpo de Delito Exemplos de espécies de perícias:Autopsia ou necropsiaArt. 162. REGRA: autópsia será feita pelo menos seis horas DEPOIS DOÓBITO,EXCEÇÃO: salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte,julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão noauto.Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exameexterno do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ouquando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e nãohouver necessidade de exame interno para a verificação de algumacircunstância relevante

Exame de Corpo de DelitoExemplos de espécies de perícias:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridadeprovidenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realizea diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particularindicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso derecusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar‐se ocadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederáàs pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

Exame de Corpo de DelitoExemplos de espécies de perícias:‐Autópsia ou necropsia : pelo menos 6 horas depois do óbito‐Exumação: desenterramento em dia e hora previamente marcados‐Lesões corporais

Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiversido incompleto, proceder‐se‐á a exame complementar pordeterminação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou arequerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou deseu defensor.§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente oauto de corpo de delito, a fim de suprir‐lhe a deficiência ou retificá‐lo.§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delitono art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra oprazo de 30 dias, contado da data do crime. § 3o A falta de examecomplementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.

Exame de Corpo de DelitoExemplos de espécies de perícias:‐Autópsia ou necropsia : pelo menos 6 horas depois do óbito‐Exumação: desenterramento em dia e hora previamente marcados‐Lesões corporais‐Incêndio

Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa eo lugar em que houver começado, o perigo que dele tiverresultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensãodo dano e o seu valor e as demais circunstâncias queinteressarem à elucidação do fato.

Exame de Corpo de DelitoExemplos de espécies de perícias:‐Autópsia ou necropsia : pelo menos 6 horas depois do óbito‐Exumação: desenterramento em dia e hora previamente marcados‐Lesões corporais‐Incêndio‐Perícia de comparação de material genéticoDescrita na lei 12.654 de 2012 que inseriu na lei 12037 de 2009 tal modalidade deperícia, pois, esta lei trata da a identificação criminal do civilmente identificado,regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal. Tal lei foi alterada pelalei.Tem o caráter identificador e assim como o exame fotográfico e datiloscópico nãopodem ser opostos pelo princípio da “não autoincriminação” , a perícia de obtençãodo perfil genético pode ser realizada independentemente da vontade do acusado,todavia apenas com a autorização judicial (o exame datiloscópico e o fotográfico nãoprecisam desta autorização)A técnica para extração de material genético deve ser indolor

QUAL O VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO

É relativo diante do princípio da persuasão racional, inclusive tal valor é ratificado peloCPP.Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outroselementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá‐la com as demaisprovas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ouconcordância.Vale dizer que a confissão é pessoal porque só é válida se feita pelo próprio acusado,vedada sua substituição por procurador ou por advogadoATENÇÃO: A letra da lei é de extremada importância para compreensão, pois nesteponto a doutrina trata apenas de peculiarizar alguns aspectos da jurisprudência.Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituirelemento para a formação do convencimento do juiz.Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nosautos, observado o disposto no art. 195.Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimentodo juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

Considere as seguintes situações:I. Provas de autoria de crime hediondo obtidas mediante interceptaçãotelefônica determinada por Delegado de Polícia.II. Provas de prática de crime obtidas mediante cumprimento, durante odia, de mandado judicial de busca e apreensão de documentos,executado pela Polícia Civil, no domicílio de parente do autor do crime.III. Provas de prática de crime obtidas no âmbito de investigação penal,mediante quebra de sigilo bancário determinada por ordem judicial.Consideram‐se provas ILÍCITAS, inadmissíveis no processo, as referidasAPENAS ema I.b I e II.c II e III.d II.e III

Considere as seguintes situações:I. Provas de autoria de crime hediondo obtidas mediante interceptaçãotelefônica determinada por Delegado de Polícia.II. Provas de prática de crime obtidas mediante cumprimento, durante odia, de mandado judicial de busca e apreensão de documentos,executado pela Polícia Civil, no domicílio de parente do autor do crime.III. Provas de prática de crime obtidas no âmbito de investigação penal,mediante quebra de sigilo bancário determinada por ordem judicial.Consideram‐se provas ILÍCITAS, inadmissíveis no processo, as referidasAPENAS ema I. Incorreta: Provas de autoria de crime hediondo obtidas medianteinterceptação telefônica determinada por Delegado de Polícia.(nunca)Lei 9.296 Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, dequalquer natureza, para prova em investigação criminal e em instruçãoprocessual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordemdo juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.

A cláusula constitucional do due process of law ‐ que sedestina a garantir a pessoa do acusado contra açõeseventualmente abusivas do Poder Público tem, no dogma dainadmissibilidade das provas ilícitas ou ilegítimas, uma desuas projeções concretizadoras mais expressivas, na medidaem que o réu tem o impostergável direito de não serdenunciado, de não ser julgado e de não ser condenado combase em elementos instrutórios obtidos ou produzidos comdesrespeito aos limites impostos pelo ordenamento jurídicoao poder persecutório e ao poder investigatório do Estado.(STF, HC 69912, Min. Celso de Mello).A par de tal orientação jurisprudencial é possível afirmarcorretamente:

a As provas ilícitas são inadmissíveis e a ilicitude só poderá ser excluída,excepcionalmente, em razão da boa fé do agente, nos casos deorganização criminosa e tráfico.b As provas ilícitas são inadmissíveis, sendo a doutrina pacífica nosentido de que não podem servir nem mesmo quando forem as únicascapazes de demonstrar a inocência do réu.c As informações colhidas na fase do inquérito que dão esteio àacusação devem guardar perfeita obediência ao princípio da legalidadesobre pena de refletir na rejeição da denúncia por falta de justa causaproduzida licitamente.d As provas derivadas das ilícitas não são alcançadas pelainadmissibilidade.e Em nenhuma hipótese os vícios do inquérito policial serãoconsiderados, uma vez que se trata de fase administrativa que nãocontamina o processo penal.

a As provas ilícitas são inadmissíveis e a ilicitude só poderá ser excluída,excepcionalmente, em razão da boa fé do agente, nos casos de organização criminosae tráfico. (Não é admitida no direito brasileiro a Exceção da boa‐fé, segundo a qual éválida a prova obtida com violação da CF/ Lei, desde que sua obtenção não tenhadecorrido da vontade de quem investigou, mas sim de uma situação de erro ouignorância)b As provas ilícitas são inadmissíveis, sendo a doutrina pacífica no sentido de que nãopodem servir nem mesmo quando forem as únicas capazes de demonstrar a inocênciado réu. (Doutrina e Jurisprudência admitem o que o juiz pode proferir sentençaabsolutória com base em prova ilícita)c As informações colhidas na fase do inquérito que dão esteio à acusação devemguardar perfeita obediência ao princípio da legalidade sobre pena de refletir narejeição da denúncia por falta de justa causa produzida licitamente. (o réu tem oimpostergável direito de não ser denunciado, de não ser julgado e de não sercondenado com base em elementos instrutórios obtidos ou produzidos comdesrespeito aos limites impostos pelo ordenamento jurídico)d As provas derivadas das ilícitas não são alcançadas pela inadmissibilidade.e Em nenhuma hipótese os vícios do inquérito policial serão considerados, uma vezque se trata de fase administrativa que não contamina o processo penal. (nenhumahipótese)

Assinale a alternativa correta a respeito de prova, indiciamento e inquérito policial,com base na legislação, na jurisprudência e na doutrina majoritária.a Conforme a lei, o indiciamento é ato privativo do delegado de polícia ou do órgão doMinistério Público, devendo ocorrer por meio de ato fundamentado, que, medianteanálise técnico‐jurídica do fato, deverá indicar a autoria, a materialidade e suascircunstâncias.b O relatório de inquérito policial, a ser redigido pela autoridade que o preside, éindispensável para o oferecimento da denúncia ou da queixa‐crime pelo titular da açãopenal.c As provas ilegítimas são as obtidas por meio de violação de normas de direitomaterial, ao passo que as provas ilícitas são as obtidas por meio de violação de normasde direito processual.d Consoante o Código de Processo Penal (CPP), admitem‐se as provas derivadas dasilícitas, desde que não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou queas derivadas possam ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.e No ordenamento jurídico brasileiro, não se adota a denominada teoria da árvoredos frutos envenenados, de modo que a prova derivada da prova ilícita tem existênciaautônoma e deverá ser apreciada em juízo.

Assinale a alternativa correta a respeito de prova, indiciamento e inquérito policial,com base na legislação, na jurisprudência e na doutrina majoritária.a Conforme a lei, o indiciamento é ato privativo do delegado de polícia ou do órgão doMinistério Público, devendo ocorrer por meio de ato fundamentado, que, medianteanálise técnico‐jurídica do fato, deverá indicar a autoria, a materialidade e suascircunstâncias.O indiciamento foi regulamentado pela Lei 12.830/2013, no seu artigo 2º, § 6º.Art. 2º, § 6º ‐ O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar‐se‐á por atofundamentado, mediante análise técnico‐jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,materialidade e suas circunstâncias.Nos termos do artigo, podemos fazer as seguintes conclusões sobre o indiciamento: a‐) trata‐se de ato privativo do Delegado de Polícia; b‐) deve ser, necessariamente,precedido de um despacho fundamentado; c‐) deverão ser apontadas as razõesjurídicas do convencimento da Autoridade Policial, indicando‐se a autoria, amaterialidade e suas circunstâncias

Assinale a alternativa correta a respeito de prova, indiciamento einquérito policial, com base na legislação, na jurisprudência e nadoutrina majoritária.b O relatório de inquérito policial, a ser redigido pela autoridade que opreside, é indispensável para o oferecimento da denúncia ou da queixa‐crime pelo titular da ação penal.DISPENSÁVELc As provas ilegítimas são as obtidas por meio de violação de normas dedireito material, ao passo que as provas ilícitas são as obtidas por meiode violação de normas de direito processual.d Consoante o Código de Processo Penal (CPP), admitem‐se as provasderivadas das ilícitas, desde que não evidenciado o nexo decausalidade entre umas e outras, ou que as derivadas possam serobtidas por uma fonte independente das primeiras.e No ordenamento jurídico brasileiro, não se adota a denominadateoria da árvore dos frutos envenenados, de modo que a prova derivadada prova ilícita tem existência autônoma e deverá ser apreciada emjuízo.

O Código de Processo Penal dispõe que qualquer do povo poderá e as autoridadespoliciais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrantedelito. Diante de tal contexto, é correto afirmar:a Em até 48 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente oauto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,cópia integral para a Defensoria Pública.b A prisão em flagrante deve ser relaxada quando a autoridade policial a considerar,fundamentadamente, ilegal.c Se a autoridade policial verificar que o agente praticou o fato acobertado poralguma excludente de ilicitude, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusadoliberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais,sob pena de revogação.d Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega dopreso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e aointerrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cadaoitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.e Considera‐se em flagrante delito quem é surpreendido na fase dos atospreparatórios da infração penal.

O Código de Processo Penal dispõe que qualquer do povo poderá e as autoridadespoliciais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrantedelito. Diante de tal contexto, é correto afirmar:a Em até 48 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente oauto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,cópia integral para a Defensoria Pública.Errada ‐ Art. 306, § 1º, do CPP. Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização daprisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso oautuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a DefensoriaPública.b A prisão em flagrante deve ser relaxada quando a autoridade policial a considerar,fundamentadamente, ilegal.Errada‐ é o juiz quem irá relaxar ou revogar.c Se a autoridade policial verificar que o agente praticou o fato acobertado poralguma excludente de ilicitude, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusadoliberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais,sob pena de revogação.Errada ‐ CPP ‐ Art.310 ‐ Parágrafo único ‐ Se o juiz verificar, pelo auto de prisão emflagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III docaput do art. 23 do Código Penal (causas excludentes de ilicitude), poderá,fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo decomparecimento a todos os atos processuais sob pena de revogação

d Apresentado o preso à autoridade competente, ouviráesta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura,entregando a este cópia do termo e recibo de entrega dopreso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas queo acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre aimputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suasrespectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, oauto. (Art. 304 do CPP)e Considera‐se em flagrante delito quem é surpreendido nafase dos atos preparatórios da infração penal.

Sobre a prisão em flagrante, é correto afirmar quea é ato exclusivo da autoridade policial nos casos de perseguiçãologo após a prática do delito.b deve o delegado de polícia representar pela prisão preventiva,quando o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos oupapéis que façam presumir ser ele autor da infração, dada aimpossibilidade de prisão em flagrante.c é vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crimepermanente, diante da possibilidade de prisão temporária.d a falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto deprisão em flagrante, devendo a autoridade policial instaurarinquérito policial para apuração do fato.e o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até24 horas após a realização da prisão, e, caso não seja indicado onome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para aDefensoria Pública.

Sobre a prisão em flagrante, é correto afirmar quea é ato EXCLUSIVO da autoridade policial nos casos deperseguição logo após a prática do delito.b deve o delegado de polícia representar pela prisão preventiva,quando o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos oupapéis que façam presumir ser ele autor da infração, DADA AIMPOSSIBILIDADE DE PRISÃO EM FLAGRANTE.c é VEDADA pelo Código de Processo Penal, em caso de crimepermanente, diante da possibilidade de prisão temporária.d a falta de testemunhas do crime IMPEDE a lavratura do auto deprisão em flagrante, devendo a autoridade policial instaurarinquérito policial para apuração do fato.e o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até24 horas após a realização da prisão, e, caso não seja indicado onome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para aDefensoria Pública.

Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar quea inexiste dever da autoridade policial comunicar a prisão àfamília do preso, constituindo mera liberalidade quando realizada.b da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar ainformação sobre a existência de filhos, respectivas idades e sepossuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventualresponsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.c o auto de prisão em flagrante deve ser comunicado ao juizcompetente em até 48 horas após a realização da prisão.d a pessoa que for encontrada, logo depois, com instrumentos eobjetos que façam presumir ser ele o autor do crime, a autoridadepolicial deve representar pela prisão preventiva, pois o flagrantedelito já se esvaiu no tempo.e a falta de testemunhas do crime impede a realização do auto deprisão em flagrante.

Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar quea inexiste dever da autoridade policial comunicar a prisão àfamília do preso, constituindo mera liberalidade quando realizada.Errada‐CPP Art. 306, caput: "A prisão de qualquer pessoa e o localonde se encontre serão comunicados imediatamente ao juizcompetente, ao Ministério Público e à família do preso ou àpessoa por ele indicada."b da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar ainformação sobre a existência de filhos, respectivas idades e sepossuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventualresponsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoapresa.Certa‐CPP Art. 304, §4º: "Da lavratura do auto de prisão emflagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos,respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e ocontato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,indicado pela pessoa presa "

Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar quec o auto de prisão em flagrante deve ser comunicado ao juizcompetente em até 48 horas após a realização da prisão.Errada‐A prisão deve ser comunicada imediatamente (Art. 306 caput)e o auto de prisão deve ser encaminhado dentro de 24 horas (Art.306, §1º)d a pessoa que for encontrada, logo depois, com instrumentos eobjetos que façam presumir ser ele o autor do crime, a autoridadepolicial deve representar pela prisão preventiva, pois o flagrantedelito já se esvaiu no tempo.Errada‐ art. 322, IV DO CPPe a falta de testemunhas do crime impede a realização do auto deprisão em flagrante.CPP Art. 304, §2º: "A falta de testemunhas da infração não impediráo auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor,deverão assiná‐lo pelo menos duas pessoas que hajamtestemunhado a apresentação do preso à autoridade."

Cessará o estado de flagrância sea findar a perseguição sem que o acusado sejaalcançado.b estiver ausente ou impedido escrivão quelavre o auto de prisão.c transcorrer o prazo de vinte e quatro horasapós a prática do ato criminoso.d inexistirem testemunhas da infração.e recursar‐se o acusado a assinar o auto deprisão.

Cessará o estado de flagrância sea findar a perseguição sem que o acusado sejaalcançado.O §1º do art. 290 do CPP exprime o conceito legal deperseguição, entendendo‐a quando a autoridade:a) tendo avistado o infrator, for perseguindo‐o seminterrupção, embora depois o tenha perdido de vista.Portanto, o contato visual não é elemento essencialpara a caracterização da perseguição.b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas,que o infrator tenha passado, há pouco tempo, em talou qual direção, pelo lugar em que o procura, for noseu encalço.

José subtraiu o carro de Ana mediante grave ameaça exercida com arma de fogo. Apósa prática do ato, ele fugiu do local dirigindo o veículo em alta velocidade, mas foiperseguido por outros condutores que passavam pela via e atenderam ao pedido deajuda da vítima.A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.a Uma vez preso em flagrante, José deverá ser conduzido até autoridade policial, quelavrará o auto de prisão e entregará a nota de culpa no prazo máximo de quarenta eoito horas.b José poderá ser preso em flagrante pelo roubo enquanto estiver na posse do veículode Ana, independentemente do lapso temporal transcorrido.c A interrupção da perseguição de José descaracteriza o flagrante impróprio, emboraJosé possa ser preso se encontrado, em seguida, com o objeto do crime e em situaçãopela qual se presuma ser ele o autor do fato.d Caso seja preso em flagrante, José deverá ser informado de suas garantiasconstitucionais e de seu direito de permanecer calado e de estar acompanhado poradvogado, bem como terá direito ao acesso à identificação completa do responsávelpor sua prisão e da vítima do fato.e Embora a perseguição realizada por pessoas da sociedade civil seja importante paraas investigações porque propicia a recuperação do veículo e a identificação do autordo fato, esse tipo de perseguição não caracteriza situação de flagrância.

José subtraiu o carro de Ana mediante grave ameaça exercida com arma de fogo. Apósa prática do ato, ele fugiu do local dirigindo o veículo em alta velocidade, mas foiperseguido por outros condutores que passavam pela via e atenderam ao pedido deajuda da vítima.A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.a Uma vez preso em flagrante, José deverá ser conduzido até autoridade policial, quelavrará o auto de prisão e entregará a nota de culpa no prazo máximo de quarenta eoito horas.b José poderá ser preso em flagrante pelo roubo enquanto estiver na posse do veículode Ana, independentemente do lapso temporal transcorrido.c A interrupção da perseguição de José descaracteriza o flagrante impróprio, emboraJosé possa ser preso se encontrado, em seguida, com o objeto do crime e emsituação pela qual se presuma ser ele o autor do fato.d Caso seja preso em flagrante, José deverá ser informado de suas garantiasconstitucionais e de seu direito de permanecer calado e de estar acompanhado poradvogado, bem como terá direito ao acesso à identificação completa do responsávelpor sua prisão e da vítima do fato.e Embora a perseguição realizada por pessoas da sociedade civil seja importante paraas investigações porque propicia a recuperação do veículo e a identificação do autordo fato, esse tipo de perseguição não caracteriza situação de flagrância.

7 MODALIDADES DE PRISÃOPRISÃO EM FLAGRANTE

PRISÃO PREVENTIVA

PRISÃO TEMPORÁRIA

PRÓPRIO

IMPRÓPRIO

PRESUMIDO

Quem está cometendoou

Acaba de cometê‐la

Quem é perseguido, logo após o fato

Quem é encontrado, logo depois do fato

FUMUS COMISSI DELICTI+

PERICULUM LIBERTATIS

A) GARANTIA DA ORDEMPÚBLICAB) CONVENIÊNCIA DAINSTRUÇÃO CRIMINALC) ASSEGURAR A APLICAÇÃODA LEI PENALD) Garantia da ordemeconômicaE) Descumprimento demedida cautelaranteriormente imposta.Obs. É IMPOSSÍVEL A PRISÃOPREVENTIVA NASCONTRAVENÇÕES PENAIS.

PRISÃO EM FLAGRANTE

PRISÃO PREVENTIVA PRISÃO

TEMPORÁRIA

PRÓPRIO

IMPRÓPRIO

PRESUMIDO

Quem está cometendoou

Acaba de cometê‐la

Quem é perseguido, logo após o fato

Quem é encontrado, logo depois do fato

Flagrante próprio, perfeito, real ouverdadeiro para quem: ‐comete (I) ou ‐acaba de cometer a infração penal (II)‐aplica‐se a quem não consegue se afastarda vítima e do local do crimeFlagrante IMpróprio, IMperfeito, IRreal ouquase flagrante, para quem:‐é perseguido + logo após o crime +presunção de autoriaFlagrante Presumido, ou ficto de quem épreso: ‐ logo depois + com instrumentosque façam presumir ser o agente o autor

‐crime com pena máxima > a 4 anos‐reincidente específico‐violência doméstica e familiar contra a mulher,criança , adolescente, idoso, doente mental edeficiente para assegurar a aplicação dasmedidas protetivas

‐crime com pena máxima > a 4 anos‐reincidente específico‐violência doméstica e familiar contra a mulher,criança , adolescente, idoso, doente mental edeficiente para assegurar a aplicação dasmedidas protetivas

FUMUS COMISSI DELICTIPERICULUM LIBERTATIS

‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica

‐garantia da aplicação da lei penal‐conveniência da instrução criminal

REP. DelegadoREQ. MP

REP. DelegadoREQ. MP/ASSIST/ Ofendido

FUMUS COMISSI DELICTIPERICULUM LIBERTATISFUMUS COMISSI DELICTIPERICULUM LIBERTATIS

Prazo de 5 dias, prorrogável por +5‐Imprescidível para as investigações‐ausência de residência fixa oufornecimento de identidade‐autoria ou participação nosseguintes crimes:*homicídio doloso (incluifeminicídio e o homicídio funcional)*sequestro ou cárcere privado*roubo/extorsão/extorsãomediante sequestro*estupro*epidemia com resultadomorte *envenenamento de águapotável ou substância alimentíciaou medicinal qualificada pela morte*associação criminosa (não envolveo 288 A, constituição de milíciaprivada) *genocídio *tráfico*crimes contra o sistema financeiro

Prazo de 30 dias, prorrogável pormais 30*crimes hediondos e osequiparadosCuidado: lei 7960/89 x 8072/90‐não é admissível prisão temporáriaem contravenção penal e crimeculposos

Prazo de 5 dias, prorrogável por +5‐Imprescidível para as investigações‐ausência de residência fixa oufornecimento de identidade‐autoria ou participação nosseguintes crimes:*homicídio doloso (incluifeminicídio e o homicídio funcional)*sequestro ou cárcere privado*roubo/extorsão/extorsãomediante sequestro*estupro*epidemia com resultadomorte *envenenamento de águapotável ou substância alimentíciaou medicinal qualificada pela morte*associação criminosa (não envolveo 288 A, constituição de milíciaprivada) *genocídio *tráfico*crimes contra o sistema financeiro

Prazo de 30 dias, prorrogável pormais 30*crimes hediondos e osequiparadosCuidado: lei 7960/89 x 8072/90‐não é admissível prisão temporáriaem contravenção penal e crimeculposos

MODALIDADES DE PRISÃO

É POSSÍVEL:A) Nas ações penais Privadas e públicas condicionadasB) Nas infrações de menor : capturaC) Crime permanente e continuado

‐O auto de prisão em flagrante deve ser lavrado no prazo de vinte e quatro horas acontar do ato da prisão.‐A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão imediatamentecomunicados ao juiz competente, MP e à família do preso ou a pessoa por ele indicada‐Aliás, a não comunicação imediata ao juiz, desde que dolosa, constitui modalidadeespecífica do crime de abuso de autoridade, descrito no art. 4º, c, da Lei n. 4.898/65.

PRISÃO EM FLAGRANTE

Flagrante preparado, provocado, crime de ensaio, delitode experiência ou delito putativo por obra do agenteprovocador

Instigação do delito +

Providência necessárias paraEVITAR A CONSUMAÇÃO DO DELITO

Súmula nº 145 do Supremo Tribunal Federal: “Não hácrime, quando a preparação do flagrante pela políciatorna impossível a sua consumação”. A leitura da súmulafornece os dois requisitos do flagrante preparado:preparação e não consumação do delito. Logo, mesmoque o agente tenha sido induzido à prática do delito,porém operando‐se a consumação do ilícito, haverá crimee a prisão será considerada legal.

Flagrante esperado

Não há agente provocador, neste o policial ou terceiroaguardam o momento do cometimento do delito,respondendo o agente pelo crime praticado namodalidade consumada, ou tentada.

Flagrante prorrogado, protelado, retardado ou diferido:ação controlada e entrega vigiada

Na Lei de Drogas, na Lei de Lavagem de Capitais e na novaLei das Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/13).

Flagrante forjado, fabricado, maquinado ou urdido

Flagrante totalmente artificial, policiais ou particularescriam provas de um crime inexistente, a fim de ‘legitimar’(falsamente) uma prisão em flagrante

QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE FLAGRANTE LEGAL E ILEGAL

Flagrante legal: ‐próprio‐impróprio‐presumido‐esperado‐prorrogado

Flagrante ilegal: ‐preparado (agente provocador)‐forjado‐cataléptico

Prisão em flagrante em várias espécies de crimeNos crimes permanentes: possível enquanto não cessar a permanência, nos seguintes exemplos:

a) sequestro e cárcere privado (CP, art. 148);b) redução à condição análoga de escravo (CP, art. 149);c) extorsão mediante sequestro (CP, art. 159, caput, eparágrafos);d) receptação, nas modalidades de transportar, ocultar,ter em depósito (CP, art. 180);e) ocultação de cadáver (CP, art. 211, caput);f) quadrilha ou bando (CP, antiga redação do art. 288);g) associação para o tráfico de drogasNos crimes continuados

Prisão em flagrante em várias espécies de crimeNos crimes permanentes: possível enquanto não cessar a permanência, nos seguintes exemplos:

Nos crimes continuados (flagrante fracionado):possível em cada evento que é considerado, porficção, mera continuidade dos anteriores

Nos crimes habituais: exigência da habitualidade éoriunda do próprio tipo penal.

Nos crimes formais: por exemplo, a mera exigênciade vantagem indevida no crime de concussão (CP, art.316, caput) já é suficiente para sua consumação,configurando o recebimento mero exaurimento dodelito.

Nos crimes de ação privada e publica condicionada arepresentação.

A prisão em flagrante (Etapas frente aos crimes de menor potencialofensivo)a) A captura flagrancial- art. 69, parágrafo único da lei 9099/95estabelece que a lavratura do termo circunstanciado ocorrerá desdeque o suposto autor do fato faça o compromisso de comparecer aojuizado especial criminal;b) caso o capturado se recuse a comparecer, ele será preso emflagrante;c) com lavratura do APF deve surgir atenção especial com o art. 309do CPP, que cumulado com o art. 283, §1º, do CPP, gera opermissivo daquele que “SE LIVRA SOLTO”.d) liberação do flagranteado, pois se livra solto, pela falta de possibilidadeda fiança

Quando o indivíduo livrar-se-á solto?Quando a infração praticada não possuir pena privativa deliberdade, isolada, alternada ou cumulada. Logo a fiança nãoalcança as infrações penais sem PPL (exemplos: importunaçãoofensiva ao pudor que tem pena apenas de multa- haverá lavraturade APF e como não cabe fiança ele será liberado- livrar-se solto).

Art. 309. Se o réu se livrar solto, deveráser posto em liberdade, depois de lavradoo auto de prisão em flagrante.Art. 283. Ninguém poderá ser presosenão em flagrante delito ou por ordemescrita e fundamentada da autoridadejudiciária competente, em decorrência desentença condenatória transitada emjulgado ou, no curso da investigação oudo processo, em virtude de prisãotemporária ou prisão preventiva.

No caso do preso em flagrante ser inimputável, comoproceder?

Depende:

-se já estiver interditado civilmente: entrar emcontato com o curador que assumirá o compromisso decomparecer ao JECRIM;

-se não está civilmente interditado: entrar emcontato com o responsável de fato, pai, mãe, etc.,comparecendo à delegacia ocorrerá aplicação por analogiado art. 15 do CPP, com nomeação de um curador que façao compromisso de apresenta-lo ao JECRIM.

Art. 15. Se o indiciado for menor (por analogia in bonampartem, doente mental poderá ser incluído), ser-lhe-ánomeado curador pela autoridade policial.

-se não está civilmente interditado e não temfamiliar: lavra-se o APF, análise do que for pertinente afiança e simplesmente, o cárcere.

PREVENTIVA (Art. 312 e 312) TEMPORÁRIA (LEI 7960/89)

IP/PROCESSO APENAS NO IP

de ofício, se no curso da ação penal: JUIZRequerimento: MP, assistente, querelanteRepresentação: Autoridade Policial

Representação da autoridadepolicialRequerimento do MP e doassistente de acusação

Pressupostos:1 fumus comissi delicti (prova daexistência do crime e indíciossuficientes da autoria)

_____2 periculumlibertatis________________3 impossibilidade de aplicação dequaisquer outras medidas diversas daprisão

Pressupostos:1 Fumus comissi delict (inciso III)

2 Periculum libertatis (Iimprescindibilidade para asinvestigações , e II indiciado nãotem residência fixa, ou não forneceelementos para a suaidentificação(lei 12037/09determinada identificação criminale não a prisão)

Prisão Preventiva Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida adecretação da prisão preventiva:I ‐ nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdademáxima superior a 4 (quatro) anos;II ‐ se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentençatransitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput doart. 64 do Decreto‐Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 ‐ CódigoPenal;III ‐ se o crime envolver violência doméstica e familiar contra amulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa comdeficiência, para garantir a execução das medidas protetivas deurgência;Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quandohouver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando estanão fornecer elementos suficientes para esclarecê‐la, devendo opreso ser colocado imediatamente em liberdade após aidentificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção damedida.

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública: “entende‐se garantia da ordempública como risco considerável de reiteração de açõesdelituosas por parte do acusado, caso permaneça emliberdade, seja porque se trata de pessoa propensa à práticadelituosa, seja porque, se solto, teria os mesmos estímulosrelacionados com o delito cometido, inclusive pelapossibilidade de voltar ao convívio com os parceiros do crime”(Renato Brasileiro)É por isso que a Suprema Corte tem censurado decisões quefundamentam a privação cautelar da liberdade noreconhecimento de fatos que se subsumem à própria descriçãoabstrata dos elementos que compõem a estrutura jurídica dotipo penal. Os elementos próprios à tipologia bem como ascircunstâncias da prática delituosa não são suficientes arespaldar a prisão preventiva, sob pena de, em última análise,antecipar‐se o cumprimento de pena ainda não imposta

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica: a assemelha‐se ao de garantia da ordempública, porém relacionado a crimes contra a ordem econômica, ou seja,possibilita a prisão do agente caso haja risco de reiteração delituosa emrelação a infrações penais que perturbem o livre exercício de qualqueratividade econômica, com abuso do poder econômico, objetivando adominação dos mercados, a eliminação da concorrência e o aumentoarbitrário dos lucros (CF, art. 173, § 4º).Esses crimes que atentam contra a ordem econômica estão previstos na Leinº 1.521/51 (crimes contra a economia popular), Lei nº 7.134/83 (crimes deaplicação ilegal de créditos, financiamentos e incentivos fiscais), Lei nº7.492/86 (crimes contra o sistema financeiro nacional), Lei nº 8.078/90(crimes previstos no Código de Defesa do Consumidor), Lei nº 8.137/90(crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações deconsumo), Lei nº 8.176/91 (crimes contra a ordem econômica), Lei nº9.279/96 (crimes em matéria de propriedade industrial) e Lei nº 9.613/98(crimes de lavagem de capitais).

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica‐garantia da aplicação da lei penalAlém disso, diante da regra probatória que deriva do princípio dapresunção de não culpabilidade, não é do réu o ônus de assegurarque não pretende fugir, mas sim da acusação e do juízo o dedemonstrar, à vista dos fatos concretos, ainda que indiciários – enão de vagas suposições – haver motivos para temer a fuga àsconsequências da condenação eventual. Os tribunais têm analisadoessa intenção de se subtrair à aplicação da lei penal com certotemperamento. Assim, uma ausência momentânea, seja para evitaruma prisão em flagrante, seja para evitar uma prisão decretadaarbitrariamente, não caracteriza a hipótese de garantia de aplicaçãoda lei penal. Além disso, não pode justificar uma ordem de prisão afuga posterior à sua decretação, cuja validade se contesta em juízo:do contrário, seria impor ao acusado, para questioná‐la, o ônus desubmeter‐se à prisão processual que entende ser ilegal ou abusiva

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica‐garantia da aplicação da lei penal‐conveniência para aplicação da lei penalLevando‐se em conta que o interrogatório é considerado meio de defesa, aausência do acusado ao interrogatório não autoriza, por si só, a decretaçãoda prisão preventiva com base na conveniência da instrução criminal. Odireito de audiência, que se materializa através do interrogatório,desdobramento da autodefesa, é renunciável, o que significa que o acusadopode abrir mão do direito de formar a convicção do juiz quanto a sua versãosobre os fatos, sem que isso importe em risco à aplicação da lei penal e/ou àconveniência da instrução criminal.A prisão preventiva decretada com base na conveniência da instruçãocriminal subsiste enquanto persistir a instrução processual. Em outraspalavras, uma vez encerrada a instrução processual (ou até mesmo ouvida atestemunha que estava sendo ameaçada), deve o juiz revogar a prisãopreventiva decretada

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica‐garantia da aplicação da lei penal‐conveniência para aplicação da lei penal‐descumprimento de qualquer das obrigaçõesimpostas por força de outras medidas cautelares

Prisão Preventiva Art. 312.‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica‐garantia da aplicação da lei penal‐conveniência para aplicação da lei penal‐descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outrasmedidas cautelares‐dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou não fornecimento de elemento paraesclarecê‐la.Nestes casos devemos observar que para decretação é necessário que ocorra:*crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos*investigado ou acusado condenado por outro crime doloso, em sentença transitadaem julgado, ressalvado o disposto no inciso I, do art. 64 do CP. (reincidênciaespecífica em crime doloso e nesse caso a prisão poderá ser decretadaindependentemente da quantidade de pena dada pelo legislador)*quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher , criança,adolescente, idoso, enfermo, ou pessoa com deficiência , para garantir a execuçãodas medidas protetivas de urgências. (devem ser crimes dolosos/ nas últimas cincohipóteses pouco interessa ser a vítima homem ou mulher‐independentemente daquantidade de pena)

MEDIDAS CAUTELARES PESSOAL DIVERSAS DA PRISÃO PRISÃO

PREVENTIVA

‐crime com pena máxima > a 4anos‐reincidente específico‐violência doméstica e familiarcontra a mulher, criança ,adolescente, idoso, doente mentale deficiente para assegurar aaplicação das medidas protetivas

‐crime com pena máxima > a 4anos‐reincidente específico‐violência doméstica e familiarcontra a mulher, criança ,adolescente, idoso, doente mentale deficiente para assegurar aaplicação das medidas protetivas

FUMUS COMISSI DELICTIPERICULUM LIBERTATIS

‐garantia da ordem pública‐garantia da ordem econômica

‐garantia da aplicação da lei penal‐conveniência da instrução criminal

REP. DelegadoREQ. MP/ASSIST/ Ofendido

Comparecimento periódico em juízo

Proibição de acesso ou frequência adeterminados lugares

Proibição de manter contato com pessoadeterminada

Proibição de ausentar‐se da comarca oudo paísRecolhimento domiciliar (noite e dias defolga) se o agente tiver residência etrabalho fixosSuspensão de exercício:‐função pública‐atividade econômica‐financeira

Internação provisória

LIBERDADE PROVISÓRIA

Cabimento:‐quando não estiverempresentes os requisitos dapreventiva‐quando à vista a prisão emflagrante, o juiz constatar queo agente praticou o fatoamparado por umaexcludente de ilicitude‐Pela autoridade policial noscrimes com pena máxima nãosuperior a 4 anos

1 2 3

VEDAÇÕES DE FIANÇA1‐Inafiánçaveis (art. 323)‐Crimes hediondos‐Terrorismo ‐Tortura‐Tráfico ‐Racismo‐Ação de grupos armadoscivis ou militares contra aordem constitucional e oEstado Democrático deDireito.2‐Art. 324‐Quebra de fiança‐Prisão civil ou militar‐Gozo de Sursis ouLivramento condicional‐Autorização de Pris. Prev.

Monitoração eletrônica

Fiança

Prisão TemporáriaDe acordo com o art. 1º da Lei nº 7.960/89, caberá prisão temporária:I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; / II – quando o indiciado nãotiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal,de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121,caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, eparágrafo único);h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);i)epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte(art. 270, caput, combinado com art. 285);l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de suasformas típicas;n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986)

Prisão TemporáriaDe acordo com o art. 1º da Lei nº 7.960/89, caberá prisão temporária:I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários aoesclarecimento de sua identidade;III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislaçãopenal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso(art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e2°);

Pergunta: Basta a ocorrência de qualquer dos incisos para a prisãotemporária?Não! Nunca!

De acordo com a posição majoritária, com o objetivo de consertar a falta detécnica do legislador, somente é possível decretar a prisão temporária quandohouver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes listadosno inciso III do art. 1º, associada à imprescindibilidade da segregação cautelar paraa investigação policial ou à situação de ausência de residência certa ou identidadeincontroversa.Tendo em conta tratar‐se a prisão temporária de espécie de prisão cautelar,conjugam‐se, assim, seus pressupostos: 1) fumus comissi delicti, previsto no incisoIII; 2) periculum libertatis, previsto no inciso I ou no inciso II.

Prisão TemporáriaDe acordo com o art. 1º da Lei nº 7.960/89, caberá prisão temporária:III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislaçãopenal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso(art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e2°);a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);‐inclui o feminicídio e o homicídio funcional‐homicídio na atividade típica de grupo de extermínio (lei 8072/90)b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);O parágrafo terceiro foi incluído em 2009 e tipificou o sequestro relâmpago qualificado peloresultado morte, que não foi incluído na lei da prisão temporária e sequer na lei de crimeshediondos, portanto NÃO ADMITE PRISÃO TEMPORÁRIAe) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);‐inclui a prisão temporária por meio de lei de crime hediondos, portanto, não cabe combase na lei de prisão temporária, mas cabe com base na lei de crimes hediondos. (g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, eparágrafo único);

Prisão TemporáriaDe acordo com o art. 1º da Lei nº 7.960/89, caberá prisão temporária:III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislaçãopenal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso(art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e2°);h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);i)epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pelamorte (art. 270, caput, combinado com art. 285);l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer desuas formas típicas;n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986)

AÇÃO PENAL‐PRINCÍPIOSCONSTITUCIONAIS EXPRESSOS

1. Princípio da presunção da inocência ou do estado de inocência ou da situaçãojurídica de inocência ou da não culpabilidade (art. 5º, LVII, CF)2. Princípio da igualdade processual ou da paridade das armas – par conditio (art.5º, caput, CF)3. Princípio da ampla defesa (art. 5º, LV, CF)4. Princípio da plenitude da defesa (art. 5º, XXXVIII, alínea “a”, CF)5. Princípio da prevalência do interesse do réu ou favor rei, favor libertatis, in dubiopro reo, favor inocente (art. 5º, LVII, CF)6. Princípio do contraditório ou da bilateralidade da audiência (art. 5º, LV, CF)7. Princípio do juiz natural (art. 5º, LIII, CF)8. Princípio da publicidade (art. 5º, LX e XXXIII, e art. 93, IX,CF)9. Princípio da vedação das provas ilícitas (art. 5º, LVI, CF)10. Princípios da economia processual, celeridade processual e duração razoável doprocesso (art. 5º, LXXVIII, CF)11. Princípio constitucional geral do devido processo penal – devido processo legalou due process of law (art. 5º, LIV, CF)12. Princípio da inviolabilidade do domicílio (art. 5º, XI, CF)

A DESCOBERTA DO RITO

RITOS COMUM

ESPECIAL

ORDINÁRIO: Pena máxima = ou> a 4 anosexcepcionalmente < a 4nos

a) Houver citação por editalb) Questão complexa.

SUMÁRIO: Pena máxima < a 4 anos

SUMARÍSSIMO: Crimes de menor potencial ofensivos:Contravenção penalCrimes com pena máxima =/< a 2 anos

RITO COMUM ORDINÁRIOAté essa parte, o que interessa para a OAB segundo a banca FGV?Peça que deve ser formulado diante da inércia ministerial em promover a denuncia, pedir o arquivamento ou novas diligencias‐Queixa Supletiva ou Subsidiária (já estudada nas formas de ação Penal)‐Habeas Corpus

Peça que deve ser formulada diante da negativa de recebimento da queixacrime pelo juiz:‐Recurso em Sentido Estrito que não apresenta qualquer dificuldade deidentificação, pois o seu cabimento esta descrito no art. 581, do CPP‐Ou Apelação em relação ao juizados. (art. 82 da lei 9099/95)‐Cuidado: Caso o Juiz rejeite a denuncia ministerial e este faça o RESE, énecessário intimar o denunciado para oferecer contrarazões ao recurso interpostoda rejeição da denuncia, não podendo suprir essa intimação a nomeação dedativo. (SUMULA 707 STF)

Peça que deve ser formula se a denúncia for recebida pelo juiz que determina a citação da parte:‐Resposta a Acusação

RITO COMUM ORDINÁRIOPeça que deve ser formula se a denúncia for recebida pelo juiz que determina a citação da parte:‐Resposta a Acusação

FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPA denúncia ou a queixa será rejeitada quando:I for manifestamente ineptaII faltar pressuposto processual ou condição daaçãoIII faltar justa causa para o exercício da ação penal.

RITO COMUM ORDINÁRIO


FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPArt. 397 do CPPI Existência manifesta de causa excludente de ilicitudedo fatoII existência manifesta de causa excludente deculpabilidade, salvo inimputabilidadeIII que o fato narrado evidentemente não constituicrimeIV extinta a punibilidade do agente

RITO COMUM ORDINÁRIOII existência manifesta de causa excludente deculpabilidade, salvo inimputabilidade

A INIMPUTABILIDADE, NÃO AUTORIZA ABSOLVIÇÃOSUMÁRIA

, EXCETO NO JURI, APÓS A INSTRUÇÃO DAPRIMEIRA FASE, DESDE QUE SEJA O ÚNICOARGUMENTO APRESENTADO PELA DEFESA (art. 415,parágrafo únicoDA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA:

‐CABE APELAÇÃODA NEGATIVA DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA

‐CABE HABEAS CORPUS



FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPArt. 397 do CPP ... O juiz deverá absolver sumariamente oacusado quando verificar:I Existência manifesta de causa excludente de ilicitude dofatoII existência manifesta de causa excludente de culpabilidade,salvo inimputabilidadeIII que o fato narrado evidentemente não constitui crimeIV extinta a punibilidade do agente


FORMA DA INTIMAÇÃO

Deve ser pessoal Em relação ao réu preso

Deve ser pessoal ou na figura de seu

defensor

Em relação ao réu solto

Obs: É majoritário na jurisprudência que no caso de réu solto, este também

precisa ser intimado, e também o seu defensor, contando‐se o prazo da ultima

intimação

Deve ser na figura de seu defensor Em relação ao réu não encontrado

Deve ser por edital Em relação ao réu e ao defensor

não encontrados

TESTEMUNHASESPÉCIES DE TESTEMUNHA

Testemunhas que podem serecusar

a)cônjugeb)ascendentec) descendented) afim em linha reta

Testemunhas que não prestam compromisso quando aceitem depor

a) as pessoas que podem se recusar b)deficientes mentaisc) menores de 14 anos.

Proibidas de testemunhar a) pessoas que devem guardar segredo, salvo quando liberadas pelo titular do segredo (médicos, psicólogos advogados etc)

CITAÇÃOA citação se classifica em:‐real (pessoal) *por mandado

*por precatória*carta rogatória*carta de ordem

‐ficta (presumida) *editalícia*hora certa (trazida pela lei11.719/2008)



Excepcionada pelas disposições existentes no art. 358 do CPP e 352, 368 e 369, todos doCPP)Art. 358. A citação do militar far‐se‐á por intermédio do chefe do respectivo serviço.Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante cartarogatória, suspendendo‐se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimentoArt. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadasmediante carta rogatória.Cuidado:‐não basta a condição de desertor, em relação ao militar, para realização da citação poredital‐se o acusado estiver preso, a sua citação será feita pessoalmente (art. 360)‐o funcionário público deve ser citado pessoalmente, por mandado, com a comunicação aochefe da repartição (segundo alguns autores esse dispositivo não se coaduna com arealidade do atual procedimento, pois a citação é apenas para o réu exercer defesa escrita enão para se apresentar, portanto não haveria ausência a justificar a comunicação ao chefeda repartição, restando a comunicação no caso da intimação de comparecimento aaudiência, art. 359 do CPP.


*por precatória (art. 353)‐ da emissão da carta precatória devem

ser intimados os o acusado e o seudefensor.

‐ Precatória “itinerante” (art. 355, §1º)

*carta rogatória*carta de ordem


*por precatória (art. 353)*carta rogatória: para o réuestrangeiro, ou em legaçãoestrangeira em lugar sabido


*por precatória (art. 353)*carta rogatória*carta de ordem: quando oprocesso criminal tramita emtribunal, cuja superioridade em serorgão colegiado garante essenome diverso da precatória.

CITAÇÃOA citação se classifica em:‐real (pessoal) *por mandado*por precatória *carta rogatória *carta de ordem

‐ficta (presumida) *editalícia (art. 362 do CPP e segs)Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituiradvogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendoo juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se foro caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.Questão: O que é crise de instância?Significa a suspensão do processamento após a produção de provas urgentes.Obs: da decisão que permite de modo fundamentado a produção antecipada deprovas, cabe correição parcial, além do Habeas Corpus ou mandado de segurança,a depender se o interesse é da defesa ou acusação.Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processoobservará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código

CITAÇÃO‐ficta (presumida) *editalícia (art. 362 do CPP e segs.)Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituiradvogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendoo juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se foro caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processoobservará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código Tem prazo de 15 dias Analogia do NCPC: art. 256, II : citação por edital quando ignorado, incerto ou

inacessível –ex.: país que recusar o cumprimento de carta rogatória‐ o localart. 256, §2º: citação por edital com divulgação de sua

citação via editora de radiofusão. Súmula 366 e 351, STF. Nos juizados não é admitido citação por edital.

RITO SUMÁRIOAplicado aos crimes com pena máxima em abstrato

superior a 2 anos e inferior a 4 anos de pena privativade liberdade,

salvo se houver rito especial.Tem a mesma sequência de atos do procedimento

comum ordinário com as seguintes modificações:a) Até 5 testemunhas (no rito ordinário são 8)b) A AIDJ deve ser marcada no prazo de 30 dias (no rito

comum ordinário são 60 dias)c) Não há substituição dos debates orais por memoriais

escritos e nem o requerimento de diligências ao fimda instrução.

RITO SUMARÍSSIMO Aplica‐se as infrações penais como pena máximo não superior a 2 anos (Lei

9.099/95 art. 61) Aplica‐se também aos crimes sujeitos aos ritos especiais como por exemplo os

crimes contra a honra e os crimes contra funcionários públicos.‐Exceções:

a) Lei 11.340 de 2006 (Lei Maria da Penha) que em seu artigo 41 diz “Aos crimespraticados com violência domestica e familiar contra a mulher,independentemente da pena prevista, não se aplica a lei 9.099/95”. Portantoexcluída a competência dos juizados e por conseguinte do rito sumaríssimo.Sumula 536 do STJ, segundo a qual: “ A suspensão condicional do processo e atransação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da LeiMaria da Penha.

b) Lei 9503/97 , art. 303 (Código de Trânsito Nacional)Crime de ação penal publica condicional a representação que pode vir a ser

incondicionada quando:‐ O agente estiver sob efeito de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que

determine dependência.‐ Estar participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição

automobilística

Jurisdição Duas características acentuadas:

‐Unidade

‐Indivisibilidade

Portanto, tecnicamente não é bom dar a competênciacomo limite da jurisdição, que por sua vez como umae indivisível não poderia ser fracionada.A competência (pressuposto de validade do processo)fixa os limites para o exercício válido da jurisdição(pressuposto de existência)

Jurisdição Outras características:‐Substitutividade:Comporta exceção: procedimento de jurisdiçãovoluntária, pois nestes a vontade do estado juiz integra avontade das partes, conferindo eficácia a vontade daspartes.Um exemplo é a justiça penal pactuada, negocial,consensuada, dos juizados especiais criminais com atransação penal, suspensão condicional do processo,renúncia‐Definitividade: Expressa por meio da preclusão, cuja forma maisconhecida é a coisa julgada.Comporta exceção: prisão cautelar.

Introdução ‐ Embora a jurisdição seja una, ela édistribuída entre diversos órgãos. Essa distribuiçãotécnica do poder jurisdicional, a fim de facilitar aorganização e sistematização do trabalho é achamada Competência.Competência – É a delimitação do exercício dopoder jurisdicional. Fala‐se que competência é a‘medida da jurisdição”.

COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA

ABSOLUTA

RATIONE MATERIAE

RARIONE PERSONAE

IMPRORROGÁVELAUSENTE A COMPETÊNCIA TODOS OS ATOS DECISÓRIOS SÃO NULOS (ART. 567, do CPP)

RELATIVA

RATIONE LOCI

PRORROGÁVEL

ATOS NULOSNa incompetência absoluta temos atosdecisórios nulos, como por exemplo o ato derecebimento da denúncia, que como atodecisório, será considerado nulo.Com tal nulidade persistirá a fluência do prazoprescricional.Corrente contrária, Pacelli e MPF: orecebimento por juiz incompetente é umdespacho e não uma sentença e está de acordocom a tese de que não é necessáriafundamentação para a denúncia.

ATOS NULOSNa incompetência absoluta temos atos decisóriosnulos, como por exemplo o ato de recebimento dadenúncia, que como ato decisório, será consideradonulo.Com tal nulidade persistirá a fluência do prazoprescricional.Obs.: os atos meramente instrutórios podem seraproveitados, laudos, documentos já juntados,mas sobre a prova oral a preocupação é com oprincípio da identidade física do juiz (art. 399, §2ºdo CPP). Mesmo neste caso, bastará que o juizcompetente designe audiência para que astestemunhas ouvidas pelo juízo incompetente,ratifiquem ou não os depoimentos já prestados.

ATOS NULOSNa incompetência absoluta temos atosdecisórios nulos, como por exemplo o ato derecebimento da denúncia, que como atodecisório, será considerado nulo.Com tal nulidade persistirá a fluência do prazoprescricional.Obs.: provas obtidas por meio de medidascautelares, também, serão nulas e isso comarrimo nos dispositivos do CPP que dizemrespeito a prova ilícita. (causalidade danulidade, art. 573, §1º c/ art. 157, §1º, todosdo CPP)

ATOS NULOSNa incompetência absoluta temos atos decisórios nulos,como por exemplo o ato de recebimento da denúncia,que como ato decisório, será considerado nulo.Com tal nulidade persistirá a fluência do prazoprescricional.Obs.: Teoria da competência jurisdicional aparente, queé aplicável pela doutrina que foi ampliada pelo STJ nocampo jurisprudencial.Ex: Juízo competente ao longo do processo é tornadoincompetente pela jurisprudência e nesse momento, àluz da jurisprudência até então praticada era imaginadoque o juiz fosse competente e portanto os seus atosdecisórios devem ser convalidados

STF E STJ DITAM QUE A COMPETÊNCIA É PRESSUPOSTO DE VALIDADE

Isso que dizer que o ato do juiz existe e produz efeitosaté a decretação da nulidade. Por consequência, estarásujeito a preclusão que ocorre quando se tem otrânsito em julgado para a acusação.

Nesta linha temos:‐ Reformatio in pejus ex officio‐ Reformatio in pejus indireta‐ Súmula 160 do STF Súmula 160

‐ É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu,nulidade não argüida no recurso da acusação,ressalvados os casos de recurso de ofício.

ATOS ANULÁVEIS – RATIFICÁVEIS ‐SANÁVEIS

‐ Prorrogável‐ Contemplada apenas mediante provocação,ocorrente no prazo da resposta a acusação.(art. 108 c.c 396 A, §1º do CPP)

Obs. Se for intempestiva a resposta, mesmoassim será conhecido o pleito de incompetênciarelativa, diversamente do caso da exceção deincompetência, se intempestiva causará aprorrogação da competência.

TRANSALATIO IUDICIU

Ministros Barroso e Luis Fux afirmam que osatos de juízes absolutamente incompetentesdevem ser considerados, quando tais atos forempraticados em regime de urgência, com nulidadeunicamente da sentença

COMPETÊNCIACritérios para a fixação de competência:

A doutrina, para fins didáticos, estabelece a seguinte divisão.ratione materiae: Em razão da matéria/natureza da infração ratione personae (função): Em razão do cargo ou função do acusado ratione loci: Em razão do local do crime ou da residência do acusado

Competência

Material Funcional‐Ratione materiae ‐Fases do processo ‐Ratione personae ‐Objeto do Juízo‐Ratione Loci ‐Grau de jurisdição

Obs: Fases do processo, ocorre a chamada competênciafuncional horizontal, eis que não há hierarquia entrejuízes competentes de acordo com a fase processualObs: Grau de jurisdição, ocorre a chamada competênciafuncional vertical (ou hierárquica)

Critérios legais para fixação da competênciaArt. 69. Determinará a competência jurisdicional:I ‐ o lugar da infração: (ratione loci)II ‐ o domicílio ou residência do réu; (ratione loci)III ‐ a natureza da infração; (ratione materiae)IV ‐ a distribuição;V ‐ a conexão ou continência;VI ‐ a prevenção;VII ‐ a prerrogativa de função.(ratione personae)

Delimitação da competência em razão da matériaPara definirmos quem irá julgar um dado fato criminoso oque nos perguntamos primeiro é sobre a natureza da ação.“Como assim, professor?”Oras, caríssimo, danificar bem da União Federal, do Estado,dos Municípios é o mesmo que danificar a televisão dealguém? Claro que não!Então temos uma justiça comum estadual, uma federal etemos ainda justiças especializadas como a militar e aeleitoral.Mas, professor, quando vou saber que será o fato analisadopela justiça comum estadual?É simples, o critério é residual, será estadual quando não forfederal ou especial. Basta ler a CF em seu artigo 109, o quenão estiver ali, será estadual, o que não for especial seráestadual. A regra, portanto é que a competência seráestadual.

Competência em razão da matéria‐Justiça Comum Estadual

‐Cuidado com as regras de deslocamento da justiça estadualpara a federal. Ocorrerá tal deslocamento “toda vez queenvolver grave violações a direitos humanos, em face detratados e convenções que o Brasil subscreveu e de previsãoconstitucional, conferida pela Emenda à Constituição nº45/2044 (art. 109, §5º, CF)” (NESTOR TÁVORA)‐Os destaques nesse tipo de competência são:a) Contravenções penais, mesmo que em detrimento daUnião.ATENÇÃO: quando perpetradas por agentes com prerrogativasde função na Justiça Federal é evidente que lá serão julgadas.b) Tráfico ilícito de entorpecentes sem a transnacionalidade.c) Procedimento para a apuração de ato infracional

Competência em razão da matéria‐Justiça Comum FederalDestaque para o seguintes núcleos:a) Crimes políticos : Definidos pela doutrina e pelajurisprudência, sua abrangência. O paradigma é a lei7.170/1983 (Segurança Nacional) cujo art. 30 informa acompetência da Justiça Militar, todavia, tal dispositivo não foirecepcionado, pelo que a competência é da Justiça Federal.STF: Majoritariamente tem reconhecido tais crimes apenasnos casos de “motivação política” tendente a comprometer asoberania nacional.b) Infrações penais praticadas contra bens, serviços einteresses da União ou de suas entidades autárquicas,empresas públicas, excluída as contravenções penais eressalvada a competência da Justiça Militar e da Eleitoral.‐sobre bens da União:

Competência em razão da matéria‐Justiça Comum Federal

*crimes contra bens do DF? Ainda que organizado ou mantido pela União, osseus bens não são da União, portanto, a competência será da Justiça do DF eTerritórios e não da Justiça Federal.

*serviços? No caso do crime de remoção de tecidos e órgãos (art. 14, caput,da lei 9434/97, irá depender de impacto imediato na União, se for mediato, indiretoatingindo reflexamente o Ministério da Saúde como órgão central do Sistema Nacionalde Transplante, não há competência da Justiça Federal.

*bem particular submetido a tombamento? Se for tombamento federal será aJustiça Federal, a competente.

*compartilhar sinal de internet, mediante a sua transmissão, via rádio, demaneira clandestina (art. 183, lei 9472/97) será de Competência da Justiça Federal,todavia a mera receptação clandestina de sinal, a competência é da Justiça Estadual.

*crimes previstos no estatuto do desarmamento são, em regra, decompetência da Justiça Estadual, não sendo relevante para atribuir a competência àJustiça Federal o fato de ser a arma de uso restrito. Caso surja transnacionalidade,teremos a atuação da Justiça Federal.

*crimes de lavagem de capital apenas serão da Justiça Federal se o crimeantecedente o for.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:I ‐ as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal foreminteressadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, asde acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;II ‐ as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoadomiciliada ou residente no País;III ‐ as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismointernacional;IV ‐ os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ouinteresse da União ou de suas entidades autárquicas (Banco Central, INSS, as agênciasReguladoras) ou empresas públicas (Correios, CEF) , excluídas as contravenções e ressalvada acompetência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; (NÃO INCLUI SOCIEDADE DE ECONOMIAMISTA: BANCO DO BRASIL, PETROBRÁS)V ‐ os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execuçãono País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; (Ainternacionalidade da conduta, ou a existência de tratado, individualmente considerados nãopermite a competência da Justiça Federal)V‐A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluídopela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)VI ‐ os crimes contra a organização do trabalho (STF e STJ afirmam que devem atingir umgrupo de trabalhadores, a coletividade, sendo possível a competência da JF no caso de“homem trabalhador”, quando for o crime de redução a condição análoga de escravo.) e, noscasos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico‐financeira;

VII ‐ os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provierde autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;VIII ‐ os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casosde competência dos tribunais federais;IX ‐ os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;X ‐ os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o"exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade,inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI ‐ a disputa sobre direitos indígenas.Atenção sobre os crimes praticados contra indígenas:‐As demandas criminais só serão apreciadas na JF houver afetação da coletividadeindígena. (Súmula 140 STJ “compete à Justiça Comum Estadual processar e julgarcrime em que o indígena figure como autor ou vítima”)‐Se houver disputa de direitos indígenas com a prática de homicídio, a competênciaserá do Tribunal do Júri Federal.‐Caso o crime cometido seja de genocídio a competência poderá sera) Justiça Federal: no caso de concurso formal impróprio, sendo que o genocídio,

por si só, não atrai a competência federal, tendo que ocorrer lesão acoletividade indígena, ou transnacionalidade, ou ainda o incidente dedeslocamento de competência.

b) Tribunal do Júri Federal: caso o genocídio ocorra em concurso formalimpróprio com o homicídio, por exemplo

QUAIS SÃO OS ASPECTOS MAIS CONTROVERSOS, NACOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL E QUE PODEMCAIR NA SUA PROVA?

No caso de falso documental, quando será da competência da Justiça Federal?Inciso XI, do art. 109 da CF.

Art. 109 do CPP. Compete a Justiça Federal XI - adisputa sobre direitos indígenas.

Súmula 140 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor vítima

COMPETÊNCIA NO FALSO DOCUMENTAL

1º o tipo penal 2º órgão expedidor do documento 3º órgão ao qual éapresentado o documento

Regra 1: falsidade material ou ideológica quanto importar apenas na falsificaçãodo documento, competência da Justiça Federal, quando o documento tiver comoresponsável pela sua produção a União, ou entes federais.

Súmula nº 36 STF Compete à Justiça Federal comum processar e julgarcivil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falsoquando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro(CIR) ou de Carteira de Habilitação de Arrais-Amador (CHA), ainda queexpedidas pela Marinha do Brasil

Caso concreto vinculado a Súmula (Fonte: Dizer o Direito)

Pedro, civil, foi convidado para trabalhar em um navio mercante comoaquaviário. Ocorre que ele nunca concluiu o Ensino Profissional Marítimo (EPM),razão pela qual não possuía a chamada “Caderneta de Inscrição e Registro(CIR)”, documento necessário para o exercício da atividade profissional emembarcações.

Diante disso, Pedro comprou uma CIR falsificada e a apresentou para embarcar eprestar serviço em um navio de frota privada.

Vale ressaltar que a expedição da CIR é de responsabilidade da Capitania dosPortos (Marinha do Brasil).

De quem será a competência para julgar esse delito? Justiça Federal ou JustiçaMilitar?

JUSTIÇA FEDERAL

COMPETÊNCIA NO FALSO DOCUMENTAL

1º o tipo penal 2º órgão expedidor do documento 3º órgão ao qual éapresentado o documento

Regra 1: falsidade material ou ideológica quanto importar apenas nafalsificação do documento, competência da Justiça Federal, quando odocumento tiver como responsável pela sua produção a União, ouentes federais.

Súmula nº 36 STF Compete à Justiça Federal comum processare julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação e de usode documento falso quando se tratar de falsificação daCaderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira deHabilitação de Arrais-Amador (CHA), ainda que expedidas pelaMarinha do Brasil

Regra 2: no caso de delito que implique o uso do documento falso énecessário distinguir se quem ou usou foi quem o falsificou, sendo amesma pessoa, seguirá a regra acima, já que o uso será mero postfactum impunível, se for pessoa diversa a competência será fixada deacordo com o órgão prejudicado.Regra 3: se o falso for meio para alcançar outro delito, estelionato porexemplo, será absorvido, pelo que a competência será fixada deacordo com o sujeito passivo lesado.

Delimitação da competência em razão da matériaA CF criou justiças especializadas paradeterminadas matérias, sendo o restante julgadopela justiça comum (caráter residual).Justiça Eleitoral (artigos 118 a 121 da CF) – Julgainfrações de natureza eleitoral e as infraçõesconexas.Justiça Militar (art. 124 CF) – Julga os crimesmilitares previstos no artigo 9º do Código PenalMilitar.

Da Justiça Comum Federal e Estadual Justiça Federal ‐ Sua competência é delimitada no artigo 109, IV, da CF, e julgará:‐Crimes Políticos – São aqueles previstos na Lei deSegurança Nacional (lei 7170/83)‐Infrações penais praticadas em detrimento de bens,serviços ou interesse da união, suas entidadesautárquicas ou empresas públicas, excluídas ascontravenções.‐Quanto a este ponto, importante destacar aimportância dos enunciados de súmulas do STJ denº 38, 42 e 147.

Súmula 38 do STJ: “Compete à Justiça EstadualComum, na vigência da Constituição de 1988, oprocesso por contravenção penal, ainda quepraticada em detrimento de bens, serviços ouinteresse da União ou de suas entidades.”Súmula 42 do STJ: “Compete à Justiça ComumEstadual processar e julgar as causas cíveis em queé parte sociedade de economia mista e os crimespraticados em seu detrimento.”Súmula 147 do STJ: “Compete à Justiça Federalprocessar e julgar os crimes praticados contrafuncionário público federal, quando relacionadoscom o exercício da função.”

Crimes previstos em tratado ou convençãointernacional, quando iniciada a execução no País, oresultado devesse ter ocorrido no estrangeiro, oureciprocamenteExemplo: Tráfico internacional de drogas, por força daconvenção de Viena e artigo 70 da Lei 11343/2006.Casos de grave violação de direitos humanos, sehouver necessidade de assegurar o cumprimento deobrigações decorrentes de tratados internacionaissobre direitos humanos de que o Brasil faça parte.Previsto no artigo 109, § 5º da CFNeste caso, se oprocedimento se iniciar na justiça estadual, cabe aoProcurador Geral da República pleitear o deslocamentode competência

Crimes contra a organização do trabalho ‐ Não bastaque o crime esteja inserido neste título para que acompetência seja da justiça federal, devendo, para isto,haver violação aos direitos dos trabalhadorescoletivamente considerados.os "habeas‐corpus", em matéria criminal de suacompetência ou quando o constrangimento provier deautoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitosa outra jurisdição;os mandados de segurança contra ato de autoridadefederal, excetuados os casos de competência dostribunais federais;Crimes contra o sistema financeiro ou a ordemeconômica, quando determinados em lei.

Crime cometido a bordo de navios ou aeronavesressalvada a competência da Justiça MilitarCrimes de ingresso e permanência irregular deestrangeiro – Trata‐se dos crimes previstos noestatuto do estrangeiro (lei 6815/80).

Competência em razão do lugar

Partiremos de alguns questionamentos.

Qual a regra para definir o juízo de qual lugar será competente paraprocessar e julgar um dado crime? A regra geral gira em torno do art. 70 doCPP“A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que seconsumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que forpraticado o último ato de execução.”O ART. 70, PORTANTO, ADOTA A TEORIA DO RESULTADO!

Tudo bem que a regra é o do lugar em que a infração é consumada, mas ese .... a execução for iniciada no território nacional e a consumação fora dele?Competente será o juízo do lugar, no Brasil, em que ocorreu o último atode execução o último ato de execução foi realizado fora do Brasil?Competente será o juízo do lugar, em que o crime parcialmente produziuou deveria produzir seu resultado.

É POSSÍVEL UTILIZAR A TEORIA DA ATIVIDADE?Sim! Nos casos:

a)De crime tentado.

b)De crime ocorrente no âmbito dos juizadosespeciais.( Art. 63. A competência do Juizado serádeterminada pelo lugar em que foi praticada ainfração penal.)

c)De aplicação do princípio do esboço do resultado(homicídio e latrocínio), quando o resultado ocorreem lugar diverso daquele em que foi exaurido ocomportamento.

PREVENÇÃO

Nos casos anteriores, teremos a prevenção fora do âmbitoda teoria do resultado, nas seguintes situações:

-crime permanente ou continuado: Art. 71, CPP.Tratando-se de infração continuada ou permanente,praticada em território de duas ou mais jurisdições, acompetência firmar-se-á pela prevenção.

-lugar incerto: art. 70 § 3º, CPP. Quando incerto o limiteterritorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incertaa jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentadanas divisas de duas ou mais jurisdições, a competênciafirmar-se-á pela prevenção.

-incerto o domicílio ou residência quando não sesouber o lugar: Art. 72. Não sendo conhecido o lugar dainfração, a competência regular-se-á pelo domicílio ouresidência do réu. § 1º Se o réu tiver mais de umaresidência, a competência firmar-se-á pela prevenção. § 2ºSe o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seuparadeiro, será competente o juiz que primeiro tomarconhecimento do fato.

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO FORO OU DOMICÍLIO DO RÉU

Apesar de o art. 69 definir essa competência em alíneaprópria, sabido que ela tem a natureza subsidiária, nasações penais públicas e não inaugural, optamos porcolocá-la a reboque por questão didática, tomando ocuidado de diferenciar com exatidão essa possibilidadecomo subsidiária na ação penal pública e inaugural naação penal privada.Obs.: Nas ações exclusivamente privadas, o querelantepoderá optar entre o local da consumação do delito e odomicílio ou residência do réu.

PREVENÇÃO

Art. 83. Verificar‐se‐á a competência por prevençãotoda vez que, concorrendo dois ou mais juízesigualmente competentes ou com jurisdiçãocumulativa, um deles tiver antecedido aos outros naprática de algum ato do processo ou de medida aeste relativa, ainda que anterior ao oferecimento dadenúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o,e 78, II, c).

Ocorre também quando:Art. 70, §3º CPP: o crime ocorrer na divisa entrecomarcas ou se for incerto o limite entre elasEm caso de crime continuado ou permanente, elesatravessem duas ou mais jurisdições (art. 71 CPP)

Já sabe a natureza do crime? Sim, professor, o agente não está abrangido pela competência em razão do cargo. Já sabe o lugar em que ocorreu? Não, professor. Não há como descobrir onde

ocorreu o crime. E agora, caríssimo?

Competência delimitada pelo domicílio do acusadoConforme o art. 72 do CPP, trata‐se de regra subsidiária, sóservindo nos casos em que não se consegue determinar olocal da infração.

Prorrogação de competência em casos de Conexão ou Continência A lei estabelece a necessidade de unidade de processo ejulgamento em casos de conexão e continência, visandoconferir maior segurança jurídica aos julgados (evitandodecisões conflitantes) e celeridade processual.

Examinadores de concursos na área jurídica parecem se atentar mais àsexceções do que às regras gerais, imperioso nesse ponto estudar asregras excepcionais em relação ao artigo 70, CPP.

Ou seja, aplica‐se a Teoria do Resultado ao crimes em geral, salvo:

a) Crime de homicídio (doloso ou culposo): em que pese ser a regra geral olugar do crime onde a vítima faleceu, tem‐se que, nos crimes plurilocais(conduta em uma comarca e resultado na outra), o entendimento pacíficode nossa jurisprudência é o de que o juízo natural para analisar o caso seráo local onde o crime de homicídio exteriorizou seus efeitos, vale dizer,onde provocou impacto na sociedade.

b) Lei 11.101/05 (Lei de Falências): só há interesse do examinador quandoforem praticados crimes falimentares em diversas comarcas e, então, ojuízo natural será o do local onde o juiz cível decretar a falência ouhomologar o plano de recuperação judicial ou extrajudicial, poucoimportando onde tenham sido praticados os crimes – daí chamar‐se dejuízo universal, detentor da vis atractiva.

c) Lei 9.099/95 (JECRIM): lugar do crime será onde foi praticada a infração.

Examinadores de concursos na área jurídica parecem se atentar mais às exceçõesdo que às regras gerais, imperioso nesse ponto estudar as regras excepcionaisem relação ao artigo 70, CPP.

Ou seja, aplica‐se a Teoria do Resultado ao crimes em geral, salvo:

d) Estelionato mediante emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos: sóhá interesse nas provas quando o cheque é emitido em uma cidade e sacado emoutra. O lugar do crime será o do local do banco sacado.

e) Estelionato mediante cheque falsificado: como o cheque é falso, não há que sefalar em agência. O local é onde se deu efetivamente o prejuízo (observação: casoo agente tenha hackeado o computador da vítima, será o local onde ela tem conta,e não da residência dela).

f) Crime formal: são compreendidos como sendo aqueles em que não se faznecessária a ocorrência de um resultado naturalístico para sua consumação,bastando a conduta do agente. Caso ocorra o resultado, tem‐se o exaurimento docrime, mero indiferente penal. Assim, se o agente extorquir a vítima na cidade deSão Paulo, combinar de receber o dinheiro no Rio de Janeiro, o lugar do crime seráSão Paulo, posto ali ter se consumado a infração

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO (RATIONE PERSONAE)

É o chamado foro privilegiado por prerrogativade função. Em razão da relevância do papel desempenhadopor determinadas autoridades, a CF e algumasconstituições estaduais determinam que taisautoridades sejam julgadas, originariamente, pelostribunais. A CF delimita essa competência:

DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO CARGO PELO STF

STF (Art. 102) – Julga originariamente, nos crimes comuns –‐Presidente da República‐Vice‐presidente da República‐Deputados Federais‐Senadores da república‐Ministros do próprio STF‐Procurador Geral da República‐Ministros de Estado‐Comandantes da marinha/exército/aeronáutica‐Membros dos tribunais Superiores‐Membros dos tribunais de contas da União‐Chefes de missão diplomática de caráter permanente

DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO CARGO PELO STJ

STJ (art. 105) –Julgam originariamente, nos crimes comuns:

‐Governadores dos Estados e do DF‐Desembargadores‐Membros dos Tribunais de contas dos estados e do DF‐Membros dos Tribunais regionais (TRE,TRF e TRT)‐Membros dos tribunais de contas dos Municípios‐Membros do MPU que oficiem perante tribunais

DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO CARGO PELO TJ

TJ dos estados e do DF (art. 29, X; art. 96, III)Julgam, originariamente, nos crimes comuns

‐Prefeitos municipais‐Os juízes estaduais e do DF, inclusive os dajustiça Militar estadual, ressalvada acompetência da Justiça Eleitoral(art. 96, IIIda cf)‐Os membros do MPE e do DF, ressalvada a competência da justiça eleitoral.

Foro por prerrogativa de função e cessação domandato – Apesar as tentativas do legislador nosentido de regulamentar a prorrogação do foroprivilegiado mesmo após o fim do mandato(vide lei10.628 que acrescentou o § 1º ao artigo84 do CPP), o STF, em julgamento da ADIN 2797a declarou inconstitucional.Assim, o foro privilegiado só prevalecerá duranteo exercício da função pública. Quando o agentedeixar o cargo/emprego/função que ocupa, seuprocesso deverá ser remetido ao juízo deprimeiro grau.

Ampliação da competência originária dos Tribunais de Justiça pelas Constituições estaduaisÉ possível, desde que não haja confronto com a CF. Exemplo – Júri.

Ressalva da justiça EleitoralA CF, ao delimitar a competência originária dos TJ´s ouTRF´s, em relação à juízes e promotores, ressalva acompetência da Justiça Eleitoral.A jurisprudência amplia essa ressalva para incluir osprefeitos.Já as autoridades com foro privilegiado para seremjulgados originariamente pelo STJ ou STF serão assimjulgadas ainda que tenham cometido crimes eleitorais,diante da omissão da Constituição.

CUIDADO:CASOS DE AFASTAMENTO DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TJ

Afastamento da competência originária dos TJ dosestados em face do Caráter Federal do crime cometidopelo prefeitoSe o prefeito cometer crime de natureza federal, seráJulgado pelo TRF.‐Súmula 208 do STJ: “Compete a Justiça Federalprocessar e julgar prefeito municipal por desvio deverba sujeita a prestação de contas perante órgãofederal.”‐Súmula 209 do STJ: “Compete a Justiça Estadualprocessar e julgar prefeito por desvio de verbatransferida e incorporada ao patrimônio municipal.”

SE UM DETERMINADO INDIVÍDUO TIVER FORO PORPRERROGATIVA DE FUNÇÃO NO TJ GO E COMETERCRIME EM OUTRO ESTADO, QUEM IRÁ JULGÁ‐LO?

Alcance da competência dos Tribunais de Justiça em razão do local da infraçãoNestes casos, independentemente do local em queo crime ocorreu, a competência será atraída pro TJcompetente em razão DO CARGO, DA PESSOA .

Vejamos as súmulas do STF e do STJ em relação à matéria:Súmula nº 151 do STJ ‐ A competência para o processo ejulgamento por crime de contrabando ou descaminhodefine‐se pela prevenção do Juízo Federal do lugar daapreensão dos bens.Súmula nº 200 do STJ ‐O Juízo Federal competente paraprocessar e julgar acusado de crime de uso depassaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.Súmula 208 do STJ: “Compete a Justiça Federalprocessar e julgar prefeito municipal por desvio de verbasujeita a prestação de contas perante órgão federal.”Súmula 209 do STJ: “Compete a Justiça Estadualprocessar e julgar prefeito por desvio de verbatransferida e incorporada ao patrimônio municipal.”

Súmula 451 do STF: “A competência especial porprerrogativa de função não se estende ao crimecometido após a cessação definitiva do exercíciofuncional.”Súmula 702 do STF: “A competência do tribunal dejustiça para julgar prefeitos restringe‐se aos crimesde competência da justiça comum estadual; nosdemais casos, a competência originária caberá aorespectivo tribunal de segundo grau.”Súmula 721 do STF: “A competência constitucionaldo Tribunal do Júri prevalece sobre o foro porprerrogativa de função estabelecidoexclusivamente pela Constituição Estadual.”

CONEXÃO E CONTINÊNCIAConceito: Critério de fixação ou de modificação decompetência a depender do caso.‐No caso de funcionarem como critério de alteraçãode competência, apenas incidem sobre hipótesesde competência relativa.‐Não observância das regra de conexão econtinência ensejam nulidade relativa, cujoreconhecimento fica condicionado à arguição emmomento oportuno, sob pena de preclusão, alémda necessária comprovação do prejuízo

CONEXÃO E CONTINÊNCIAConceito de conexão: Segundo Renato Brasileiro é a“dependência recíproca que dois ou mais fatosdelituosos guardam entre si, recomendando a reuniãode todos em um mesmo processo, perante o mesmoórgão jurisdicional, evitando julgamento contraditóriosentre juízos diversos sobre o mesmo fato econtribuindo para a celeridade.• Espécies: ‐intersubjetiva

Vários crimes (se fosse apenas um crime teríamos a continência)

+Várias pessoas


‐objetiva, lógica ou material ou teleológica Para garantir a impunidade, a vantagem

+Facilitar a prática de outro crime


‐objetiva, lógica ou material ou teleológica ‐instrumental, processual ou probatória

Prova de um crime+

Influência dessa prova em outro crime

Nas hipóteses de crime continuado, a competêncianão será determinada pela conexão, nem tampoucopela continência, mas sim pela prevenção, nos exatostermos do art. 71 do CPPObs:Ensina Hélio Tornaghi (apud NUCCI, op. cit. p. 290)que, havendo vários fatos, mas a prática de um sódelito (como ocorre nos casos de crime continuado,crime progressivo, crime plurissubsistente), temos ahipótese de crime único; existindo vários fatos, emboradetecte‐se o cometimento de inúmeros delitos, desdeque haja, entre eles, elementos em comum, temos aconexão; havendo fato único, porém com a prática devários crimes, aponta‐se para a continência.

Cuidado

CONEXÃO Então, temos as seguintes espécies de conexão:

Espécies:

a) Intersubjetiva

b) Objetiva, lógica,material oulógica

c) Instrumental, probatória ou processual

Pessoas que não se conhecem + ao mesmotempo, com mesmas circunstâncias de tempo elugarpor simultaneidade ou ocasional

Pessoas em concurso + mesmo que em tempo elugares diversos por concurso

Várias pessoas, umas contra as outras PORRECIPROCIDADE

‐vários crimes+

‐várias pessoas

vários crimes e várias pessoas +

Facilitar a execução de outro+

garantir a vantagem ou impunidade

Objetiva Teleológica

Objetiva Consequencial

Prova de um crime+

Influência dessa prova na existência de outro crime

CONEXÃO DE CRIMES

1‐ Pessoas que não se conhecem + ao mesmo tempo,com mesmas circunstâncias de tempo e lugar porsimultaneidade ou ocasionalEx: diversos torcedores depredando um estádio, ou ode um saque simultâneo a um supermercado,cometido por várias pessoas que nem se conhecem.

2‐Pessoas em concurso + mesmo que em tempo elugares diversos por concursoEx: Três indivíduos em concurso que tenham praticado4 crimes de roubo no intervalo de 2 meses.

3‐Várias pessoas, umas contra as outras PORRECIPROCIDADEEx: Grupos rivais que combinam para brigar, portanto,teremos várias pessoas e várias lesões

‐vários crimes+

‐várias pessoasCONEX

ÃO

CONEXÃO E CONTINÊNCIAConceito de conexão: Segundo Renato Brasileiro é a “dependência recíproca quedois ou mais fatos delituosos guardam entre si, recomendando a reunião de todosem um mesmo processo, perante o mesmo órgão jurisdicional, evitandojulgamento contraditórios entre juízos diversos sobre o mesmo fato e contribuindopara a celeridade.• Espécies: ‐intersubjetiva‐objetiva, lógica ou material ou teleológica ‐instrumental, processual ou probatóriaConceito de continência: Configura‐se a continência quando uma demanda, emface de seus elementos (partes, pedido e causa de pedir), estiver contida em outra.Nela uma conduta humana contem dois ou mais fatos delitivos ou um fato delitivocontem duas ou mais condutas humanasEspécies :‐por cumulação subjetiva ou subjetiva: várias pessoas + uma infração penal‐por cumulação objetiva: vária infrações penais em concurso formal, aberratio ictuse aberratio criminis

CONTINÊNCIA DE PESSOAS 1‐Continência por cumulação subjetiva:prevista no art. 77, inciso I, do CPP,VÁRIAS PESSOAS + ÚNICA INFRAÇÃO‐ocorre quando duas ou mais pessoas sãoacusadas pela mesma infração penal – é o que ocorre no concurso eventual depessoas (art. 29 do CP) e no concurso necessário de pessoas (crimes plurissubjetivos).Atente‐se para a diferença entre a conexão intersubjetiva e a continência subjetiva, naconexão são vários crimes e várias pessoas; na continência, são várias pessoas e umúnico crime.Como exemplo de continência por cumulação subjetiva, imagine‐se um crime dehomicídio praticado por dois agentes.

2Continência por cumulação objetiva: prevista no art. 77, inciso II, do CPP,VÁRIOS CRIMES + CONDUTA ÚNICA‐ocorre nas hipóteses de concurso formal decrimes (CP, art. 70), aberratio ictus ou erro na execução (CP, art. 73, segunda parte), eaberratio delicti ou resultado diverso do pretendido (CP, art. 74, segunda parte).O concurso formal consiste na prática de uma única ação ou omissão pelo agente,provocando a realização de dois ou mais crimes. O art. 73, segunda parte, do CPdetermina a aplicação da regrado concurso formal quando o agente, por acidente ouerro no uso dos meios de execução, além de atingir a pessoa que pretendia ofender,atinge pessoa diversa. De sua parte, o art. 74, segunda parte, do CP, também prevê aaplicação do concurso formal, quando o agente, por erro na execução, atinge nãosomente o resultado desejado, mas ainda outro, além de sua expectativa inicial (ex:visando atingir uma vitrine de uma loja com uma pedra, o agente acaba tambémacertando um vendedor do estabelecimento comercial)

CONTINÊN

CIA

Nas hipóteses de crime continuado, a competêncianão será determinada pela conexão, nem tampoucopela continência, mas sim pela prevenção, nos exatostermos do art. 71 do CPPObs:Ensina Hélio Tornaghi (apud NUCCI, op. cit. p. 290)que, havendo vários fatos, mas a prática de um sódelito (como ocorre nos casos de crime continuado,crime progressivo, crime plurissubsistente), temos ahipótese de crime único; existindo vários fatos, emboradetecte‐se o cometimento de inúmeros delitos, desdeque haja, entre eles, elementos em comum, temos aconexão; havendo fato único, porém com a prática devários crimes, aponta‐se para a continência.

Cuidado

Imagine que o indivíduo “1”, que tem conta‐correnteno banco “2”, emitiu cheque sem fundo em desfavor doestabelecimento comercial “3”, que efetuou o depósitodo cheque no banco “4”. De acordo com ajurisprudência dos Tribunais Superiores (Súmula 244 doSTJ), o estelionato mediante a emissão de cheque semprovisão de fundosa) será processado no local da residência de “1”.b) será processado no local em que se situa o banco“2”, onde se deu a recusa.c) será processado no local em que se situa oestabelecimento comercial “3”, que recebeu o cheque.d) será processado no local em que se situa o banco“4”, no qual o cheque foi depositado.e) é fato atípico se recompensado o prejuízo até orecebimento da denúncia.

Imagine que o indivíduo “1”, que tem conta‐corrente no banco “2”,emitiu cheque sem fundo em desfavor do estabelecimentocomercial “3”, que efetuou o depósito do cheque no banco “4”. Deacordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores (Súmula 244do STJ), o estelionato mediante a emissão de cheque sem provisãode fundosb) será processado no local em que se situa o banco “2”, onde sedeu a recusa.Competência para processo e julgamento na modalidadeestelionato por emissão de título público sem provisão de fundosé do local em que se der a recusa do pagamento.Assim diz o enunciado da súmula 244 do STJ ‐ Compete ao foro dolocal da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediantecheque sem provisão de fundos.e) é fato atípico se recompensado o prejuízo até o recebimento dadenúncia.Súmula 554, STJ: O pagamento de cheque emitido sem provisãode fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta aoprosseguimento da ação penal.

A, morador de São Paulo, cidade na qual mantémconta bancária, deliberadamente, desejando obtervantagem indevida, emite cheque sem fundos emfavor de B, que reside no Rio de Janeiro.Qual será o juízo competente ?a‐ o local em que houver a recusa do pagamentob‐ o local em que houver a emissão do chequec‐ o local da obtenção da vantagem ilícitad‐ nenhuma das alternativas anteriores

A, morador de São Paulo, foi até um mercadinhosituado no Rio de Janeiro e lá comprou 5kg decarne, pagando a conta com um cheque furtado.Quando B, dono da mercearia, foi descontar o títulona agência bancária de onde mora, no Rio deJaneiro, recebeu a informação de que não haviafundos.Qual o juízo competente?Súmula 48 STJ Compete ao juízo do local daobtenção da vantagem ilícita processar e julgarcrime de estelionato cometido mediantefalsificação de cheque.

Atenção para as súmulas

• 521, STF: O foro competente para o processo ejulgamento dos crimes de estelionato, sob amodalidade da emissão dolosa de cheque semprovisão de fundos, é o do local onde se deu a recusado pagamento pelo sacado.

• 244, STJ: Compete ao foro do local da recusa processare julgar o crime de estelionato mediante cheque semprovisão de fundos.

• 48, STJ: Compete ao juízo do local da obtenção davantagem ilícita processar e julgar crime de estelionatocometido mediante falsificação de cheque

Após desentendimento em jantar em sua residência, umdeputado estadual esfaqueou um colega, que morreu nolocal. Para ocultar o ato criminoso, o parlamentar enterrouo corpo da vítima no quintal de sua residência. Após oindiciamento, o MP ofereceu denúncia contra oparlamentar.Nessa situação hipotética, a competência para julgar oscrimes de homicídio e de ocultação de cadáver será doa) tribunal de justiça e do juiz singular da justiça comumestadual, respectivamente.b) juiz singular da justiça comum estadual.c) tribunal do júri da comarca em que os crimes forampraticados.d) tribunal de justiça do estado em que o parlamentarexercer o seu mandato. e) tribunal do júri e o do juizsingular da justiça comum estadual, respectivamente.

Após desentendimento em jantar em sua residência, umdeputado estadual esfaqueou um colega, que morreu nolocal. Para ocultar o ato criminoso, o parlamentar enterrouo corpo da vítima no quintal de sua residência. Após oindiciamento, o MP ofereceu denúncia contra oparlamentar.Nessa situação hipotética, a competência para julgar oscrimes de homicídio e de ocultação de cadáver será doa) tribunal de justiça e do juiz singular da justiça comumestadual, respectivamente.b) juiz singular da justiça comum estadual.c) tribunal do júri da comarca em que os crimes forampraticados.d) tribunal de justiça do estado em que o parlamentarexercer o seu mandato.e) tribunal do júri e o do juiz singular da justiça comumestadual, respectivamente.

Após desentendimento em jantar em sua residência, um deputado estadual esfaqueou um colega, quemorreu no local. Para ocultar o ato criminoso, o parlamentar enterrou o corpo da vítima no quintal de suaresidência. Após o indiciamento, o MP ofereceu denúncia contra o parlamentar.Nessa situação hipotética, a competência para julgar os crimes de homicídio e de ocultação de cadáverserá doc) tribunal do júri da comarca em que os crimes foram praticados.As Constituições Estaduais também podem outorgar foro especial por prerrogativa de função aautoridades dos seus Estados, isso em razão da simetria ou paralelismo com a carta maior e esta é aorientação do STF, CONSOLIDADA (uma vez que o art. 27, § 1º, da CF, determina que aos deputadosestaduais apliquem‐se as regras da Constituição Federal sobre o sistema eleitoral, inviolabilidade,imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às ForçasArmadas (princípio da simetria)).Para consideramos a alternativa D como correta, a questão deveria demonstrar que a ConstituiçãoEstadual preceituou acerca do foro por prerrogativa de função aos deputados estaduais.Como bem explica Norberto Avena (p. 661):(...) o STJ, interpretando‐o, consolidou o entendimento de que, para os deputados estaduais nãoincidem os termos da mencionada súmula vinculante. Portanto, se cometerem eles crimes dolososcontra a vida, não estarão sujeitos ao Tribunal do Júri, mas sim a julgamento perante o Tribunal deJustiça do respectivo Estado (desde que haja tal determinação na Constituição Estadual, por óbvio).Isso significa que as autoridades estaduais que podem ter foro especial são aquelas que, se comparadascom as mesmas autoridades em nível federal, teriam direito de foro por prerrogativa de função naConstituição de 1988.Todavia, se o foro especial por prerrogativa de função for estabelecido “exclusivamente” naConstituição Estadual, neste caso, esta regra não poderá prevalecer sobre a competência constitucionaldo Júri (art. 5º, XXXVIII da CF).Sobre o tema, em 2015, o Supremo Tribunal Federal aprovou a Súmula Vinculante nº 45, vejamos:“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de funçãoestabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”.

ATENÇÃONOVO ENTENDIMENTO

Redução teleológicaAs normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro porprerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando‐seapenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e emrazão dele.Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomadocomo Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele serjulgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal.Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura nomandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas,também não haverá foro privilegiado.Foi fixada, portanto, a seguinte tese:O foro por prerrogativa de função aplica‐se apenas aos crimes cometidos durante oexercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018.Ministro do STJ aplica entendimento do STF a respeito do foro privilegiado edetermina que Governador do Estado responda o processo criminal em 1ªinstância.http://www.dizerodireito.com.br/2018/05/entenda‐decisao‐do‐stf‐que‐restringiu‐o.htmlhttp://www.dizerodireito.com.br/2018/05/ministro‐do‐stj‐aplica‐entendimento‐do.html

Em determinado estado da Federação, um juiz de direitoestadual, um promotor de justiça estadual e um procuradordo estado cometeram, em momentos distintos, crimescomuns dolosos contra a vida. Não há conexão entre essescrimes. Sabe‐se que a Constituição do referido estado prevêque crimes comuns praticados por essas autoridades sejamprocessados e julgados pelo respectivo tribunal de justiça.

Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do STF,será do tribunal do júri a competência para processar e julgarsomente oa) promotor de justiça.b) juiz de direito.c) procurador do estado e o promotor de justiça.d) promotor de justiça e o juiz de direito.e) procurador do estado.

Em determinado estado da Federação, um juiz de direito estadual, umpromotor de justiça estadual e um procurador do estado cometeram,em momentos distintos, crimes comuns dolosos contra a vida. Não háconexão entre esses crimes. Sabe‐se que a Constituição do referidoestado prevê que crimes comuns praticados por essas autoridadessejam processados e julgados pelo respectivo tribunal de justiça.

Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do STF, será dotribunal do júri a competência para processar e julgar somente oe) procurador do estado.Podemos reparar que nos termos da CF, art. 96, inciso 96 Competeprivativamente:III ‐ aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do DistritoFederal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, noscrimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência daJustiça Eleitoral.Daí que a previsão em C.E é mera reprodução de norma absoluta, coisaque não ocorre em relação ao procurador do Estado que na hipóteseteria o seu foro definido EXCLUSIVAMENTE em C.E e portanto emcontrate com o foro do Tribunal do Júri, constitucional, cederia.

Precedente Representativo"Ementa: ‐ Habeas Corpus. 2. Procurador do Estado daParaíba condenado por crime doloso contra a vida. 3. AConstituição do Estado da Paraíba prevê, no art. 136, XII, foroespecial por prerrogativa de função, dos procuradores doEstado, no Tribunal de Justiça, onde devem ser processados ejulgados nos crimes comuns e de responsabilidade. 4. O art.136, XII, da Constituição da Paraíba, não pode prevalecer, emconfronto com o art. 5º, XXXVIII, letra 'd', da ConstituiçãoFederal, porque somente regra expressa da Lei Magna daRepública, prevendo foro especial por prerrogativa de função,para autoridade estadual, nos crimes comuns e deresponsabilidade, pode afastar a incidência do art. 5º,XXXVIII, letra 'd', da Constituição Federal, quanto àcompetência do Júri. 5. Em se tratando, portanto, de crimesdolosos contra a vida, os procuradores do Estado da Paraíbahão de ser processados e julgados pelo Júri. (...)". (HC 78168,Relator Ministro Néri da Silveira, Tribunal Pleno, julgamentoem 18.11.1998, DJ de 29.8.2003)

No estado de Mato Grosso, Pedro cometeu crimecontra a economia popular; Lucas cometeu crimede caráter transnacional contra animal silvestreameaçado de extinção; e Raí, um agricultor,cometeu crime comum contra índio, no interiorde reserva indígena, motivado por disputa sobredireitos indígenas.Nessa situação hipotética, a justiça comumestadual será competente para processar e julgara) somente Pedro e Raí.b) somente Lucas e Raí.c) Pedro, Lucas e Raí.d) somente Pedro.e) somente Pedro e Lucas.

No estado de Mato Grosso, Pedro cometeu crime contra aeconomia popular; Lucas cometeu crime de carátertransnacional contra animal silvestre ameaçado de extinção; eRaí, um agricultor, cometeu crime comum contra índio, nointerior de reserva indígena, motivado por disputa sobredireitos indígenas.Nessa situação hipotética, a justiça comum estadual serácompetente para processar e julgard) somente Pedro.Crimes contra sistema financeiro a competência é da JUSTIÇAFEDERAL ‐ art 26 da Lei 7492/86 (art. 26. A ação penal, noscrimes previstos nesta lei, será promovida pelo MinistérioPúblico Federal, perante a Justiça Federal)Crimes contra a economia popular a competência é daJUSTIÇA ESTADUAL ‐ Súmula 498 (Compete à Justiça dosEstados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamentodos crimes contra a economia popular) ‐ art. 2º da Lei1521/51

d) somente Pedro.Crimes contra sistema financeiro a competência é da JUSTIÇA FEDERAL‐ art 26 da Lei 7492/86 (art. 26. A ação penal, nos crimes previstos nestalei, será promovida pelo Ministério Público Federal, perante a JustiçaFederal)Crimes contra a economia popular a competência é da JUSTIÇAESTADUAL ‐ Súmula 498 (Compete à Justiça dos Estados, em ambas asinstâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economiapopular) ‐ art. 2º da Lei 1521/51Lucas cometeu crime de caráter transnacional contra animal silvestreameaçado de extinção = Justiça FederalCompete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental decaráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados deextinção, espécimes exóticas, ou protegidos por compromissosinternacionais assumidos pelo Brasil”. (RE 835558/SP, Rel. Min. Luiz Fux,julgado em 09/02/2017)Raí, um agricultor, cometeu crime comum contra índio, no interior dereserva indígena, motivado por disputa sobre direitos indígenas. =Justiça FederalArt. 109 ‐ CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:XI ‐ a disputa sobre direitos indígenas.

A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relativo a roubohavido em uma agência franqueada dos Correios. Encaminhados osautos à justiça estadual, o órgão do MP ofereceu denúncia contra osautores, a qual foi recebida pelo juízo competente.Nessa situação hipotética, conforme o posicionamento dos tribunaissuperiores acerca dos aspectos processuais que definem acompetência para processar e julgar delitos,a)por ser o sujeito passivo do delito uma empresa pública federalfranqueada, a competência para o processo e o julgamento do crimeserá da justiça federal.b)por se tratar de uma agência franqueada de uma empresa pública, acompetência para o processo e o julgamento do crime será da justiçaestadual.c)a competência para o processo e o julgamento do crime seráconcorrente, tornando‐se prevento o juízo que receber a peçainaugural.d)o critério balizador para determinar a competência do juízo seráexclusivamente territorial.e)a polícia civil e o MP estadual não têm competência para apersecução pré‐processual e processual do delito, respectivamente.

A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relativoa roubo havido em uma agência franqueada dos Correios.Encaminhados os autos à justiça estadual, o órgão do MPofereceu denúncia contra os autores, a qual foi recebida pelojuízo competente.Nessa situação hipotética, conforme o posicionamento dostribunais superiores acerca dos aspectos processuais quedefinem a competência para processar e julgar delitos,b)por se tratar de uma agência franqueada de uma empresapública, a competência para o processo e o julgamento docrime será da justiça estadual.ATENÇÃO:Agência dos Correios explorada por particular por meio decontrato de franquia = JUSTIÇA ESTADUALAgência dos Correios explorada diretamente pela EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) = JUSTIÇA FEDERALAgência Comunitária dos Correios, operada mediante convênioentre EBCT e o Município = JUSTIÇA FEDERAL

A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relativo a roubo havido emuma agência franqueada dos Correios. Encaminhados os autos à justiça estadual,o órgão do MP ofereceu denúncia contra os autores, a qual foi recebida pelo juízocompetente.Nessa situação hipotética, conforme o posicionamento dos tribunais superioresacerca dos aspectos processuais que definem a competência para processar ejulgar delitos,b)por se tratar de uma agência franqueada de uma empresa pública, acompetência para o processo e o julgamento do crime será da justiça estadual.STJ: “(...) Nos crimes praticados em detrimento das agências da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos ‐ ECT, esta Corte Superior já firmou oentendimento de que a fixação da competência depende da natureza econômicado serviço prestado. Se explorado diretamente pela empresa pública ‐ na formade agência própria ‐, o crime é de competência da Justiça Federal. De outrovértice, se a exploração se dá por particular, mediante contrato de franquia, acompetência para o julgamento da infração é da Justiça estadual. A espécie,contudo, guarda peculiaridade, pois a agência alvo do roubo é tida como"comunitária". Constituída sob a forma de convênio entre a ECT e a prefeituramunicipal, ostenta interesse recíproco dos entes contratantes, inclusive daempresa pública federal. Embora noticiado que o ilícito importou em pequenoprejuízo à empresa pública, o fato é que houve perda material e prejuízo aoserviço postal; logo é o caso de firmar a competência da Justiça Federal paraconhecer do feito, nos termos do art. 109, IV, da ConstituiçãoFederal”. (STJ, 3ª Seção, CC 122.596/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j.08/08/2012).

Sobre competência no direito processual penal, afirma‐se quea) a investigação de tráfico internacional de drogas pode ser iniciadapela autoridade policial estadual, em virtude das leis de cooperaçãoentre as polícias.b) o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal,previsto na atual Constituição Federal nas hipóteses de grave violaçãode direitos humanos, poderá ser suscitado pelo Procurador‐Geral daRepública, atendidos os requisitos legais, perante o Superior Tribunal deJustiça, em qualquer fase do inquérito policial.c) ocorre conexão intersubjetiva por simultaneidade quando duas oumais infrações são praticadas ao mesmo tempo, por várias, pessoas,umas contra as outras, devendo a investigação e o processo seguirconjuntamente.d) conforme entendimento do STJ, compete à Justiça Comum Estadualprocessar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima,desde que haja pertinência com direitos indígenas e seja comunicado ofato à FUNAI.e) tom ando conhecimento de que o crime não é de competência dajustiça estadual, o Delegado de Polícia estadual deve encaminhar osautos de investigação à autoridade policial competente, a qual deverárepetir todos os atos praticados, sob pena de nulidade do processojudicial.

Sobre competência no direito processual penal, afirma‐se quea) a investigação de tráfico internacional de drogas pode ser iniciada pelaautoridade policial estadual, em virtude das leis de cooperação entre aspolícias. (NUNCA, ART. 109, V, CF)b) o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal,previsto na atual Constituição Federal nas hipóteses de grave violação dedireitos humanos, poderá ser suscitado pelo Procurador‐Geral da República,atendidos os requisitos legais, perante o Superior Tribunal de Justiça, emqualquer fase do inquérito policial. (ART. 109, §5º, CF)c) ocorre conexão intersubjetiva por simultaneidade (SERÁ PORRECIPROCIDADE)quando duas ou mais infrações são praticadas ao mesmotempo, por várias, pessoas, umas contra as outras, devendo a investigação e oprocesso seguir conjuntamente.d) conforme entendimento do STJ, compete à Justiça Comum Estadualprocessar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima, desdeque haja pertinência com direitos indígenas e seja comunicado o fato à FUNAI.(SÚMULA 140 DO STJ)e) tom ando conhecimento de que o crime não é de competência da justiçaestadual, o Delegado de Polícia estadual deve encaminhar os autos deinvestigação à autoridade policial competente, a qual deverá repetir todos osatos praticados, sob pena de nulidade do processo judicial.

Cláudio, maior e capaz, residente e domiciliado emGoiânia – GO, praticou determinado crime, para o qualé prevista ação penal privada, em Anápolis – GO. Avítima do crime, Artur, maior e capaz, é residente edomiciliada emMineiros – GO.Nessa situação hipotética, considerando‐se o dispostono Código de Processo Penal, o foro competente paraprocessar e julgar eventual ação privada proposta porArtur contra Cláudio seráa) Anápolis – GO ou Goiânia – GO.b) Goiânia – GO ou Mineiros – GO.c) Goiânia – GO, exclusivamente.d) Anápolis – GO, exclusivamente.e) Mineiros – GO, exclusivamente.

Cláudio, maior e capaz, residente e domiciliado emGoiânia – GO, praticou determinado crime, para o qualé prevista ação penal privada, em Anápolis – GO. Avítima do crime, Artur, maior e capaz, é residente edomiciliada emMineiros – GO.Nessa situação hipotética, considerando‐se o dispostono Código de Processo Penal, o foro competente paraprocessar e julgar eventual ação privada proposta porArtur contra Cláudio seráa) Anápolis – GO ou Goiânia – GO.

Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir oforo de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar dainfração.ATENÇÃO:A situação contemplada no referido dispositivo do Código deProcesso Penal não se aplica às ações privadas subsidiárias, nem,evidentemente, às ações públicas condicionadas ou incondicionadas.

Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, acompetência regular‐se‐á pelo domicílio ou residênciado réu.§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, acompetência firmar‐se‐á pela prevenção.§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignoradoo seu paradeiro, será competente o juiz que primeirotomar conhecimento do fato.Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, oquerelante poderá preferir o foro de domicílio ou daresidência do réu, ainda quando conhecido o lugar dainfração.ATENÇÃO:A situação contemplada no referido dispositivo do Código deProcesso Penal não se aplica às ações privadas subsidiárias, nem,evidentemente, às ações públicas condicionadas ou incondicionadas.

CONFLITO ENTRE JURISDIÇÕESCabelo de Anjo, residente em Anápolis/GO, em concurso com Malacúria, residenteem Rio Verde/GO, praticaram furto qualificado na cidade de Luziânia/GO. Atocontínuo, a lavagem de dinheiro, delito mais grave, cometida mediante operaçõesfinanceiras de mascaramento de recursos auferidos pelo furto qualificado, foiperpetrada, pelos mesmos criminosos, em Goiânia/GO. Nesse caso, segundo asregras de competência decorrentes dos critérios originários previstos no Código deProcesso Penal, verifica‐se quea) o juízo de Luziânia/GO é o competente para julgar crime de furto qualificado, eo juízo de Goiânia/GO o é para o crime de lavagem de dinheiro, uma vez que éobrigatória a separação dos processos, porquanto praticados em locais diferentes.b) há conexão entre os dois delitos, sendo prorrogada a competência do juízo deLuizânia/GO, que passará a ser competente para julgar, além do crime de furtoqualificado, o crime de lavagem de dinheiro praticado em Goiânia/GO.c) há conexão entre os dois delitos, sendo prorrogada a competência do juízo deGoiânia/GO, que passará também a ser competente para julgar, além do crime delavagem de dinheiro, o crime de furto qualificado praticado em Luziânia/GO.d) a competência será fixada no juízo de Anápolis/GO ou no de Rio Verde/GO queprimeiro tomar conhecimento dos fatos, uma vez que os autores do crime residememmunicípios diversos e, nesses casos, a competência é fixada pela prevenção.

CONFLITO ENTRE JURISDIÇÕESart. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serãoobservadas as seguintes regras:REGRA 1: I – JÚRI X ÓRGÃO DA JURISDIÇÃO COMUM = JÚRINeste ponto vale acentuar que a conexão e a continência importam emreunião de processos, mas isso não ocorrerá quando houver concurso entre:‐Jurisdição Comum x Jurisdição Militar‐Jurisdição Comum x Juízo de menoresAtenção: Alteração da Competência da Justiça Militar pela lei 13491/2017.Alteração 1: ‐o art. 9, II, passou a prever que são crimes militares em tempo depaz aqueles descritos no Código Penal e também em legislação penal.Alteração 2:‐em relação aos crimes dolosos contra a vida praticados por militarcontra civil. Art. 9º (...)§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida ecometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.

CONFLITO ENTRE JURISDIÇÕESart. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serãoobservadas as seguintes regras:REGRA 2: Il ‐ no concurso de jurisdições da mesma categoria:a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; b)prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se asrespectivas penas forem de igual gravidade;c) firmar‐se‐á a competência pela prevenção, nos outros casos;III ‐ no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maiorgraduação; TJ X JUÍZO A QUOIV ‐ no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta (RESSALVADAA JUSTIÇA MILITAR NOS TERMOS DO ART. 79).Ex: crime eleitoral conexo com um crime comum= Justiça Eleitoral Nesse caso deve ser crime comum estadual, pois se federal temos competência

expressamente delimitada pela CF, o que forçará a separação dos processos.‐Conexão ou continência de crime eleitoral e militar= ambos insertos na CF

SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Justiça comum x militar Jurisdição comum x juízo de menores (vara da infância e juventude) Sobrevindo doença mental a um dos acusados, ficará suspenso o processo quanto

ao enfermo Citação por edital de um dos corréus, seguida de seu não comparecimento e não

constituição de defensor Suspensão do processo em relação ao colaborador Recusas de jurados

SEPARAÇÃO FACULTATIVAArt. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sidopraticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando peloexcessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou poroutro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

São duas espécies de incidentes que operam sobre um processo principal, ou seja, para o julgamento doprocesso principal necessário será o seu enfrentamento.

a) Questões prejudiciais: ‐são de resolução prévia‐ligadas ao mérito da ação principal

Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o juiz reputeséria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cívelseja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição dastestemunhas e de outras provas de natureza urgente.Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessário, promoverá a açãocivil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos interessados.Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre questão diversada prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação pararesolvê‐la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direitocuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realizaçãodas outras provas de natureza urgente. § 1o O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá serrazoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cíveltenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência pararesolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da defesa. § 2o Do despacho que denegar asuspensão não caberá recurso. § 3o Suspenso o processo, e tratando‐se de crime de ação pública, incumbiráao Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de promover‐lhe o rápidoandamento. Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, será decretadapelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.


São duas espécies de incidentes que operam sobre um processo principal, ou seja, para ojulgamento do processo principal necessário será o seu enfrentamento.

a) Questões prejudiciais: ‐são de resolução prévia‐ligadas ao mérito da ação principal

‐Questões prejudiciais homogêneas, não devolutivas: tem solução no próprio juízo criminalEx: calúnia x exceção da verdade‐Questões prejudiciais heterogêneas, devolutivas: tem solução em juízo extrapenal

*absolutas, ou obrigatórias*relativas, ou facultativas

ATENÇÃO: PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA DA AÇÃO PENAL: NESSE CASO O PROCESSO PENAL SERÁSUFICIENTE PARA DIRIMIR CONTROVÉRSIA, SEM NECESSIDDE DE REMESSA DOS AUTOS AINSTÂNCIA EXTRAPENAL, SEJA NAS QUESTÕES PREJUDICIAIS HOMOGÊNEAS OU HETEROGÊNEASNÃO RELATIVAS AO ESTADO DE PESSOAS E QUE NÃO SEJA DE DIFÍCIL SOLUÇÃO.


São duas espécies de incidentes que operam sobre um processoprincipal, ou seja, para o julgamento do processo principal necessárioserá o seu enfrentamento.

a) Processos incidentes em sentido estrito:‐exceções, incompatibilidades e impedimentos, conflito decompetência, a restituição de coisa apreendida, medidas assecuratória‐tramitam em autos apartados

‐ Questões tipicamente preliminares: são resolvidas antes do exame demérito

‐ Questões de natureza acautelatória de cunho patrimonial‐ Questões tipicamente probatórias: relacionados a culpabilidade do

agente e na materialidade do crime


São duas espécies de incidentes que operam sobre um processo principal, ou seja, para o julgamento doprocesso principal necessário será o seu enfrentamento.

a) Processos incidentes em sentido estrito: ‐exceções, incompatibilidades e impedimentos, conflito decompetência, a restituição de coisa apreendida, medidasassecuratória‐tramitam em autos apartados

Exceções: IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO

Veda atuação do juiz no processo:‐‐ De que for parte‐ De que for diretamente interessado (inc. IV).‐ No qual desempenhou função de defensor, MP, autoridade policial, perito, auxiliar da justiça, testemunha‐ Tiver funcionado como juiz de outra instância‐Tiver funcionado seu cônjuge ou afim, emlinha reta ou colateral até o terceiro grau(inclusive se parte diretamente interessada),inclusive como defensor ou advogado, orgãodo Ministério Público, autoridade policial,auxiliar da justiça ou perito,

Veda a atuação do juiz no processo:‐Em que tiver amigo íntimo ou inimigo capitaldentre as partes‐Em que for tutor, curador, credor ou devedorde qualquer das partes‐Se tiver aconselhado qualquer das partes‐Se ele, seu cônjuge, ou parente,consanguíneo ou afim, até o terceiro grau,inclusive, sustentar demanda ou responder aprocesso que tenha de ser julgado porqualquer das partes‐Se for sócio, acionista, ou administrador desociedade interessada no processo

AÇÃO CIVIL EX DELICTO

Nosso Código de Processo Penal adotou o sistema da independência das instâncias,com certo grau de mitigação.

Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover‐lhe aexecução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seurepresentante legal ou seus herdeiros. (Ação de execução ex delicto)

Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento dodano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contrao responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) (Ação civil ex delicto)Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o cursodesta, até o julgamento definitivo daquela.

Quando o resultado último da ação penal fará coisa julgada no cível?Provado que não existiu o fato ou que o indivíduo não participou.

AÇÃO CIVIL EX DELICTO

ATENÇÃO:‐Não fará coisa julgado no cível*Não haver prova da existência do fato*Não constituir o fato infração penal*Não existir prova de que o acusado concorreu para a infração*Nos casos de absolvição por excludente de ilicitude e culpabilidade‐se houver excludente de ilicitude real (defensiva‐ estado denecessidade defensivo) contra o autor, por exemplo de uma injustaagressão= coisa julgada no cível‐se há uma excludente de ilicitude putativa em aberratio ictus= não farácoisa julgada no âmbito cível‐nas excludentes de culpabilidade, não irá ocorrer coisa julgada no cível.

. CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o doservidor público, o lugar em que exercer permanentemente suasfunções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou daAeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamentesubordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o dopreso, o lugar em que cumprir a sentença



‐ficta (presumida) *editalícia*hora certa (trazida pela lei11.719/2008)



Excepcionada pelas disposições existentes no art. 358 do CPP e 352, 368 e 369, todos doCPP)Art. 358. A citação do militar far‐se‐á por intermédio do chefe do respectivo serviço.Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante cartarogatória, suspendendo‐se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimentoArt. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadasmediante carta rogatória.Cuidado:‐não basta a condição de desertor, em relação ao militar, para realização da citação poredital‐se o acusado estiver preso, a sua citação será feita pessoalmente (art. 360)‐o funcionário público deve ser citado pessoalmente, por mandado, com a comunicação aochefe da repartição (segundo alguns autores esse dispositivo não se coaduna com arealidade do atual procedimento, pois a citação é apenas para o réu exercer defesa escrita enão para se apresentar, portanto não haveria ausência a justificar a comunicação ao chefeda repartição, restando a comunicação no caso da intimação de comparecimento aaudiência, art. 359 do CPP.


*por precatória (art. 353)‐ da emissão da carta precatória devem

ser intimados os o acusado e o seudefensor.

‐ Precatória “itinerante” (art. 355, §1º)

*carta rogatória*carta de ordem


*por precatória (art. 353)*carta rogatória: para o réuestrangeiro, ou em legaçãoestrangeira em lugar sabido


*por precatória (art. 353)*carta rogatória*carta de ordem: quando oprocesso criminal tramita emtribunal, cuja superioridade em serorgão colegiado garante essenome diverso da precatória.

CITAÇÃOA citação se classifica em:‐real (pessoal) *por mandado*por precatória *carta rogatória *carta de ordem

‐ficta (presumida) *editalícia (art. 362 do CPP e segs)Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituiradvogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendoo juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se foro caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.Questão: O que é crise de instância?Significa a suspensão do processamento após a produção de provas urgentes.Obs: da decisão que permite de modo fundamentado a produção antecipada deprovas, cabe correição parcial, além do Habeas Corpus ou mandado de segurança,a depender se o interesse é da defesa ou acusação.Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processoobservará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código

CITAÇÃO‐ficta (presumida) *editalícia (art. 362 do CPP e segs.)Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituiradvogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendoo juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se foro caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citaçãodo acusado.§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processoobservará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código Tem prazo de 15 dias Analogia do NCPC: art. 256, II : citação por edital quando ignorado, incerto ou

inacessível –ex.: país que recusar o cumprimento de carta rogatória‐ o localart. 256, §2º: citação por edital com divulgação de sua

citação via editora de radiofusão. Súmula 366 e 351 ( É nula a citação a citação por edital de réu preso NA MESMA

UNIDADE DA FEDERAÇÃO em que o juiz exerce a sua jurisdição), STF. Nos juizados não é admitido citação por edital.

QUESTÕESSegundo o Código de Processo Penal, a citação doréu preso será feitaa) por hora certa.b) por edital, independentemente de onde o réuse encontrar preso.c) mediante requisição à autoridade prisional,dispensando‐se o mandado.d) pessoalmente..

QUESTÕESSegundo o Código de Processo Penal, a citação doréu preso será feitaa) por hora certa.b) por edital, independentemente de onde o réuse encontrar preso.c) mediante requisição à autoridade prisional,dispensando‐se o mandado.d) pessoalmente.

Atenção Súmula 455 do STJ “A decisão que determina aprodução antecipada de provas com base no artigo366 do CPP deve ser concretamente fundamentada,não a justificando unicamente o mero decurso dotempo”.Súmula 273 do STJ: "Intimada a defesa daexpedição da carta precatória, torna‐sedesnecessária intimação da data da audiência nojuízo deprecado".

QUESTÃOSegundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça:a) o decurso do tempo pode ser único fundamento para,validamente, alicerçar decisão que determina a produçãoantecipada de provas em face da suspensão do processo pela nãolocalização do acusado.b) intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna‐sedesnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.c) incabível a suspensão condicional do processo quando houverdesclassificação do crime ou procedência parcial da pretensãopunitiva, antes ou no momento da prolação da sentença.d) o benefício da suspensão condicional do processo é aplicávelem relação às infrações penais cometidas em concurso materialquando a pena mínima cominada, pelo somatório, ultrapassar olimite de um ano.

QUESTÃOSegundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça:a) o decurso do tempo pode ser único fundamento para, validamente, alicerçardecisão que determina a produção antecipada de provas em face da suspensão doprocesso pela não localização do acusado.ERRADO: Súmula 455 do STJ “A decisão que determina a produção antecipada deprovas com base no artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, nãoa justificando unicamente o mero decurso do tempo”.b) intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna‐se desnecessáriaintimação da data da audiência no juízo deprecado.c) incabível a suspensão condicional do processo quando houver desclassificaçãodo crime ou procedência parcial da pretensão punitiva, antes ou no momento daprolação da sentença.ERRADO: Súmula 337 do STJ "É cabível a suspensão condicional do processo nadesclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva"d) o benefício da suspensão condicional do processo é aplicável em relação àsinfrações penais cometidas em concurso material quando a pena mínimacominada, pelo somatório, ultrapassar o limite de um ano.ERRADO: Súmula 243 do STJ "O benefício da suspensão do processo não é aplicávelem relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formalou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório,seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano".

A DESCOBERTA DO RITO

RITOS COMUM

ESPECIAL

ORDINÁRIO: Pena máxima = ou> a 4 anosexcepcionalmente < a 4nos

a) Houver citação por editalb) Questão complexa.

SUMÁRIO: Pena máxima < a 4 anos

SUMARÍSSIMO: Crimes de menor potencial ofensivos:Contravenção penalCrimes com pena máxima =/< a 2 anos

RITO COMUM ORDINÁRIOdiante da inércia ministerial em promover a denuncia, pedir o arquivamento ou novas diligencias‐Queixa Supletiva ou Subsidiária (já estudada nas formas de ação Penal)‐Habeas Corpus

diante da negativa de recebimento da queixa crime pelo juiz:‐Recurso em Sentido Estrito que não apresenta qualquer dificuldade deidentificação, pois o seu cabimento esta descrito no art. 581, do CPP‐Ou Apelação em relação ao juizados. (art. 82 da lei 9099/95)‐Cuidado: Caso o Juiz rejeite a denúncia ministerial e este faça o RESE, énecessário intimar o denunciado para oferecer contrarazões ao recursointerposto da rejeição da denuncia, não podendo suprir essa intimação anomeação de dativo. (SUMULA 707 STF)

se a denúncia for recebida pelo juiz que determina a citação da parte:‐Resposta a Acusação

RITO COMUM ORDINÁRIOPeça que deve ser formula se a denúncia for recebida pelo juiz que determina a citação da parte:‐Resposta a Acusação

FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPA denúncia ou a queixa será rejeitada quando:I for manifestamente ineptaII faltar pressuposto processual ou condição daaçãoIII faltar justa causa para o exercício da ação penal.



FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPArt. 397 do CPPI Existência manifesta de causa excludente de ilicitudedo fatoII existência manifesta de causa excludente deculpabilidade, salvo inimputabilidadeIII que o fato narrado evidentemente não constituicrimeIV extinta a punibilidade do agente

RITO COMUM ORDINÁRIOII existência manifesta de causa excludente deculpabilidade, salvo inimputabilidade

A INIMPUTABILIDADE, NÃO AUTORIZA ABSOLVIÇÃOSUMÁRIA

, EXCETO NO JURI, APÓS A INSTRUÇÃO DAPRIMEIRA FASE, DESDE QUE SEJA O ÚNICOARGUMENTO APRESENTADO PELA DEFESA (art. 415,parágrafo únicoDA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA:

‐CABE APELAÇÃODA NEGATIVA DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA

‐CABE HABEAS CORPUS



FUNDAMENTO GERALArt. 395 do CPPArt. 397 do CPP ... O juiz deverá absolver sumariamente oacusado quando verificar:I Existência manifesta de causa excludente de ilicitude dofatoII existência manifesta de causa excludente de culpabilidade,salvo inimputabilidadeIII que o fato narrado evidentemente não constitui crimeIV extinta a punibilidade do agente


FORMA DA INTIMAÇÃO

Deve ser pessoal Em relação ao réu preso

Deve ser pessoal ou na figura de seu

defensor

Em relação ao réu solto

Obs: É majoritário na jurisprudência que no caso de réu solto, este também

precisa ser intimado, e também o seu defensor, contando‐se o prazo da ultima

intimação

Deve ser na figura de seu defensor Em relação ao réu não encontrado

Deve ser por edital Em relação ao réu e ao defensor

não encontrados

TESTEMUNHASESPÉCIES DE TESTEMUNHA

Testemunhas que podem serecusar

a)cônjugeb)ascendentec) descendented) afim em linha reta

Testemunhas que não prestam compromisso quando aceitem depor (informantes)

a) as pessoas que podem se recusar b)deficientes mentaisc) menores de 14 anos.

Proibidas de testemunhar a) pessoas que devem guardar segredo, salvo quando liberadas pelo titular do segredo (médicos, psicólogos advogados etc)

TESTEMUNHAS

Toda pessoa pode ser testemunha. A regra afirma que os depoimento devem ser prestados oralmente, todavia no

casos de O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes doSenado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federalpoderão optar pela prestação de depoimento por escrito.

O juiz poderá ouvir outras testemunhas além da indicada pela partes, inclusiveàquelas as quais as partes fizerem referência.

Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fezafirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento àautoridade policial para a instauração de inquérito.

As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, nãoadmitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação coma causa ou importarem na repetição de outra já respondida.

QUESTÕESQuanto ao processo comum, às testemunhas e aoarquivamento de inquérito policial, assinale a opção correta.

a) Apenas o delegado de polícia poderá mandar arquivar osautos de inquérito policial, sendo vedado tal ato ao juiz.b) O depoimento da testemunha será prestado oralmente,sendo permitido trazê‐lo por escrito.c) O procedimento comum sumário será adotado quandotiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada forinferior a 6 anos de pena privativa de liberdade.d) Será observado o procedimento comum ordinárioquando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominadafor igual ou superior a quatro anos de pena privativa deliberdade.

QUESTÕESQuanto ao processo comum, às testemunhas e aoarquivamento de inquérito policial, assinale a opção correta.

a) Apenas o delegado de polícia poderá mandar arquivar osautos de inquérito policial, sendo vedado tal ato ao juiz.b) O depoimento da testemunha será prestado oralmente,sendo permitido trazê‐lo por escrito.c) O procedimento comum sumário será adotado quandotiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada forinferior a 6 anos de pena privativa de liberdade.d) Será observado o procedimento comum ordinárioquando tiver por objeto crime cuja sanção máximacominada for igual ou superior a quatro anos de penaprivativa de liberdade.

LEI 9099/95 PRINCIPAIS ASPECTOSTRANSAÇÃO PENALÉ a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, diante de proposta do MP, nos casos dos crimes cuja pena máxima é não superior a 2 anos‐É possível redução pela metade da multa quando for a única pena aplicada.‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐Quando não será admitida a proposta?*Em razão de sentença definitiva por crime que tenha pena privativa de liberdade*Em razão do agente já ter sido beneficiado em período anterior a inferior a 5 anos*Em razão das circunstâncias judiciais (os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos), ser necessária e suficiente a adoção da medida.‐Não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.‐Da sentença concessiva caberá apelação

LEI 9099/95 PRINCIPAIS ASPECTOSCOMPOSIÇÃO CIVIL DOS DANOSArt. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escritoe, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, teráeficácia de título a ser executado no juízo civil competente.Parágrafo único. Tratando‐se de ação penal de iniciativaprivada ou de ação penal pública condicionada àrepresentação, o acordo homologado acarreta a renúncia aodireito de queixa ou representação.Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dadaimediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer odireito de representação verbal, que será reduzida a termo.Parágrafo único. O não oferecimento da representação naaudiência preliminar não implica decadência do direito, quepoderá ser exercido no prazo previsto em lei.

LEI 9099/95 PRINCIPAIS ASPECTOSSUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSOOcorrerá quando a pena mínima cominada for igual ou inferior a um na + art. 77do CP (agente não reincidente em crime doloso, ausência de possibilidade desubstituição da ppl por prd e a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social epersonalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem aconcessão do benefício) 8428* Suspensão do processo por dois a quatro anos.

Obs: o acusado não pode estar sendo processado ou condenado por outro crime,presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena(art. 77 do Código Penal).

‐Período de prova, sob as seguintes condições:‐ reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê‐lo;‐ proibição de frequentar determinados lugares;‐ proibição de ausentar‐se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;‐ comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar ejustificar suas atividades.

Obs.: as condições acima não são taxativas.

HABEAS CORPUSMarreco é investigado, pela polícia federal, pela prática de uso de documentofalso, a partir de notícia encaminhada pela Receita Federal, uma vez que suaempresa teria sido fraudulentamente transferida, mediante falsificação deassinaturas. Inconformado, impetra habeas corpus pessoalmente alegando tersido ameaçado de indiciamento pelo delegado. Outrossim, averba que a políciafederal não teria competência para investigar os fatos, bem como o prazo paraconclusão das investigações extrapolou 30 dias, já alcançando quase 60 dias sem odevido termo. Destarte, pede que o inquérito policial seja trancado. Nesse caso,verifica‐se quea) a ordem de habeas corpus deve ser denegada, pois, além de não existirprevisão constitucional do “delegado natural”, a autoridade policial não exercejurisdição, mas pratica atos de natureza administrativa.b) o habeas corpus não poderá ser conhecido, uma vez que impetrado porpessoa que, além de não possuir capacidade postulatória para impetração doremédio heroico, também é paciente da impetração.c) deve ser concedida a ordem de habeas corpus, uma vez que a alegação deameaça de indiciamento, mesmo não lastreada em elementos concretos deilegalidade na condução das investigações, é suficiente para caracterizar coaçãopassível de trancamento de inquérito policial.d) deve ser concedida a ordem de habeas corpus, uma vez que o excesso deprazo para a conclusão do inquérito policial, mesmo com atos investigatóriospendentes, é suficiente para caracterizar ameaça, mesmo indireta, à liberdadeambulatorial.

HABEAS CORPUS‐ Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçadode sofrer violência ou coação em sua liberdade delocomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.‐Os tribunais tem admitido o seu uso comosucedâneo recursal, impugnando decisões quecausem gravame a parte diante de crime ao qual écominada a pena privativa de liberdade.Obs.: Se o delito não cominar PPL, mas apenasmulta ou restrição de direitos, a via manejável é omandado de segurança.

1 lei processual penal no tempo - teseconcursos.com.br 1.pdf · inquÉrito policial 4.5prazos...

Documents