1 lc 24 a perda da esperança
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Como viver a Como viver a EucaristiaEucaristia
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No entanto, podemos interrogar-nos se todos estes momentos, inclusive a Eucaristia, são capazes de moldar a nossa vida quotidiana. Será que sabemos participar na Eucaristia? Não caímos, porventura, na rotina? Finalmente, será que a Eucaristia – tal como deveria ser - nos transmite vida, uma vida capaz de ultrapassar a morte?
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Participamos todos os dias, ou semanalmente, na Eucaristia e comungamos. Pedimos perdão, rezamos o credo e outras orações, pedindo a Deus que o nosso dia possa dar bons frutos.Talvez, todos os dias costumamos ler alguma reflexão que alimenta a nossa vida espiritual.
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50 - EM NOME DO PAI
Em nome do Pai, em Nome do Filho,Em Nome do Espírito Santo,
estamos aqui. (2x)Para louvar e agradecer,Bendizer e adorar,Estamos, aqui, senhor, Ao Teu dispor! Para louvar e agradecer, Bendizer e adorar, E aclamar Deus Trino de Amor!
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Em cada Eucaristia, finalmente, somos enviados ao mundo, em missão, para renovarmos a face da terra. Por isso, a Eucaristia, resume a vida que somos chamados a viver em Nome de Deus.
Em cada Eucaristia, de coração contrito, rezamos o Kyrie Eleison. Escutamos a Palavra de Deus e a homilia, professamos a nossa fé, oferecemos a Deus a nossa vida e recebemos, de Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus.
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Os dois discípulos de Emaús: do ressentimento à gratidão
Nos deixaremos ajudar pelos dos dois discípulos de Emaús. Uma história que fala de
perda, presença, convite, comunhão e missão,
os cinco aspectos principais da celebração eucarística.Os dois discípulos fizeram uma caminhada espiritual que
vai do ressentimento à gratidão, ou seja, de um coração endurecido a um coração agradecido.
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13Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; 14e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. (Lc 24-13-14)
Leitura do EvangelhoLeitura do Evangelho
PERDAÉ este o primeiro ponto. Resume os sentimentos com que participamos na Eucaristia.
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Tinham encontrado Alguém que mudara as suas vidas, Alguém que interrompera de forma radical as suas rotinas diárias e imprimira uma nova vitalidade a sua existência. Com Ele, descobriram o perdão, o amor, uma vida mais forte do que a morte …
Por isso, deixaram a sua aldeia e seguiram-no.
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Caminham lado a lado. Pela sua postura, vê-se que não estão felizes. Caminham lentamente, de ombros encurvados, olhando no chão. Embora sigam o mesmo caminho, parecem não ter destino. Regressam à casa, simplesmente porque não têm outro lugar para onde ir. Um regresso cheio de vazio, desilusão e desespero.
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Quando nascemos, perdemos a segurança do ventre materno; quando fomos para a escola, perdemos a segurança da vida familiar; quando arranjámos o trabalho, perdemos a liberdade da juventude; quando casámos ou fomos ordenados, perdemos a alegria de optar; por fim, quando envelhecemos, perdemos a nossa boa aparência, a saúde, os amigos, a nossa independência física e, quando morremos, perdemos absolutamente tudo! Mas … quem perder a sua vida neste mundo … guarda-a para a Vida eterna
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Há perdas dolorosas: • a perda de intimidade devido a separações, • a perda de segurança devido à violência, • a perda de inocência devido a abusos, • a perda de amigos devido a traições, • a perda de amor através do abandono, • a perda de casa devido à guerra, • a perda de bem-estar devido à fome, ao calor ou ao frio,• a perda de filhos devido a doenças e acidentes,• a perda de pátria devido a sublevações políticas, • e a perda de vidas devido a terramotos, inundações, quedas de aviões, bombardeamentos e doenças…
As perdas fazem parte da nossa vidaAs perdas fazem parte da nossa vida
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É verdade, algumas dessas perdas trágicas estão longe de nós: pertencem ao mundo dos jornais, da televisão … pertencem aos outros, mas poderiam ser as nossas, enfim, somos pessoas como as outras, pois cada um tem as suas perdas.
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Perdi a capacidade de sonhar. Pensava em ser uma pessoa querida e profundamente amada,
queria ser generoso, fazer o bem, ajudar os outros … mas, falhei, sinto-me perdido, desnorteado.
Sim, perdi a capacidade de sonhar, nem sei como!
A perda dos sonhosA perda dos sonhos
Há perdas que tocam a minha, a tua, a nossa vida pessoal:
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Perda de féPerda de fé
Arrefeci, perdi a capacidade de perseverar, de aproximar-me de Deus. Os sofrimentos da vida me fizeram perder a confiança em Deus. A oração e os sacramentos, o conhecimento do amor de Deus, perderam a força que tinham antigamente.
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Tornei-me um pessoas preocupada e ansiosa, agarrada às poucas coisas que tenho, vivo o dia-a-dia sem mudar nada … esta falta de espírito é que, muitas vezes, mais me custa reconhecer e confessar.
Perda de espíritoPerda de espírito
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… eu perdi, nós perdemos. Enquanto caminhamos, podemos descobrir que muitas – se não a maior parte – dessas perdas, também, fazem parte da nossa vida.
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Perda de entusiasmoPerda de entusiasmo
Jesus era uma presença viva na minha vida, era o amigo mais íntimo, o meu conselheiro e guia. E agora? Já não penso muito n’Ele, já não tenho vontade de rezar, meditar, falar com Ele. Custa-me reconhecer que perdi o antigo entusiasmo, o fervor pela vida espiritual …
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Que fazer das nossas perdas? Estamos a ocultá-las? Tentamos ignorá-las, afastá-las como se não fosses companheiras de viagem? A nada serve convencer-nos de que são pequenas comparadas com os nossos ganhos! A nada serve dar a culpa aos outros, à sociedade…
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Chorar as nossas perdasChorar as nossas perdas
Sim, podemos chorar pelas nossas perdas. Chorando, as perdas são algo de verdadeiramente nosso. Chorar, derramar lágrimas, manifestar o nosso profundo desgosto significa permitir que as nossas perdas desfaçam os nossos sentimentos de segurança e nos conduzam à dolorosa verdade da nossa fragilidade. Entramos, assim, no abismo da nossa própria vida, em que nada é firme, claro ou óbvio, em que tudo se encontra em constante mudança e transformação.
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No meio da nossa dor ressoa uma voz, estranha e chocante, que sempre nos surpreende. É a voz d’Aquele que proclama «Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.» Esta voz diz-nos que as nossas «perdas» escondem uma «bênção».
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A dolorosa consciência da nossa fragilidade, das nossas perdas, abre o caminho da esperança. O coração despedaçado e contrito torna-nos capazes de ouvir os gemidos e as lamentações da humanidade sofredora.
A fragilidade abre o caminho de esperançaA fragilidade abre o caminho de esperança
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Ele não disse: «bem-aventurados os que consolam»Ele não disse: «bem-aventurados os que consolam»
Ele disse «bem-aventurados os que choram»! As nossas lágrimas são abençoadas! Trazem o dom escondido de uma bem-aventurança.
Começam assim a dar-se os primeiros passos de dança … Em certo sentido, os gritos que se elevam das nossas perdas anunciam os nossos cânticos de gratidão e de louvor.
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52. DEIXA A LUZ DO CÉU ENTRAR
1. Tu anseias eu bem sei a salvação,Tens desejo de banir a escuridão,Abre, pois de par em par o coraçãoE deixa a luz do Céu entrar.
Deixa a luz do Céu entrar (2x)Abro bem as portas do teu coraçãoE deixa a luz do Céu entrar.
2. Cristo, a Luz do Céu, em ti quer habitar,Para as trevas do pecado dissipar,Teu caminha e coração iluminarE deixa a luz do Céu entrar.