1 introdu˘c~ao - rio de janeiro
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Professor Luiz Fernando Abend
1 Introducao
Quando voce “bate par ou ımpar”com algum colega, o que voce prefere escolher: parou ımpar?
Se voce pensou em responder par, qual o motivo? Mas se voce pensou em responderımpar, qual o motivo?
A sua resposta para os questionamentos acima sao respostas tecnicas, baseadas emalgum raciocınio logico? Ou voce gosta mais dos numeros pares do que dos ımpares ouvice-versa?
Normalmente, quando “batemos par ou ımpar”, fazemos por que ha algo em disputae queremos vencer. Podemos ganhar, mas podemos perder. E queremos sempre ganhar,correto?
Quando apostamos um jogos de azar, ou em uma loteria oficial, ou estamos empreen-dendo algum negocio, temos a possibilidade de ter sucesso mas temos a possibilidade dedar errado e tanto os apostadores quanto os homens de negocios querem saber das suaspossibilidades de ganhar e de perder, voce concorda?
Situacoes como estas podem ser analisadas com o auxılio do Estudo das Probabilida-des, que teve inıcio com apostadores de jogos de azar na idade media. Atribui-se a BlasePascal (1623 - 1662) e Pierre de Fermat (1607 -1665) as situacoes relacionando apostas nojogo de dados levantaram diversas hipoteses envolvendo possıveis resultados, marcando oinıcio da teoria das probabilidades como ciencias.
2 Espaco Amostral
Um experimento que pode apresentar resultados diferentes, quando repetido nas mes-mas condicoes e chamado experimento aleatorio.
Chamamos espaco amostral ao conjunto de todos os resultados possıveis de um ex-perimento aleatorio. Dizemos que um espaco amostral e equiprovavel quando todos seuselementos tem a mesma chance de ocorrer.
Vamos denotar o espaco amostral por A e numero de elementos do espaco amostralpor n(A)
1
2.1 Exemplo 1
Quando lancamos um dado que tem suas faces numeradas de 1 a 6 e observamos aface voltada para cima, podemos obter como resultado qualquer um dos seis numeros.Portanto, o Espaco Amostral deste experimento aleatorio e o conjunto
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(A) = 6
2.2 Exemplo 2
Quando lancamos uma moeda e observamos a face voltada para cima, podemos obtercomo resultado cara (K) ou coroa (C). Portanto, o Espaco Amostral pelo lancamento deduas moedas e o conjunto
A = {(K,K); (k, C); (C,K); (C,C)} e n(A) = 4
2.3 Exemplo 3
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para representante de turma. O espaco amostral e o conjunto
A = {(T,C); (T,A); (T,G), (C,A); (C,G); (A,G)} e n(A) = 6
2.4 Exemplo 4
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para presidente e tesoureiro de uma comissao. O espaco amostral e o conjunto
A = {(T,C); (T,A); (T,G), (C, T ); (C,A); (C,G); (A, T ); (A,C); (A,G); (G, T ); (G,C); (G,A)}
en(A) = 12
3 Eventos
Evento e qualquer subconjunto de um espaco amostral.Vamos denotar um evento por E e o numero de elementos de um evento por n(E)
3.1 Exemplo 1
Quando lancamos um dado que tem suas faces numeradas de 1 a 6 e observamos aface voltada para cima, podemos obter como resultado qualquer um dos seis numeros.Portanto, um exemplo de evento seria sair um numero primo e terıamos
E = {2, 3, 5} e n(E) = 3
3.2 Exemplo 2
Quando lancamos uma moeda e observamos a face voltada para cima, podemos obtercomo resultado cara (K) ou coroa (C). Um evento quando lancamos duas moedas seriasair duas caras e terıamos o conjunto
E = {(K,K)} e n(E) = 1
2
3.3 Exemplo 3
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para representante de turma. Um exemplo de evento e Thais ser uma das selecio-nadas e, neste caso, terıamos o conjunto
E = {(T,C); (T,A); (T,G)} e n(E) = 3
3.4 Exemplo 4
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para presidente e tesoureiro de uma comissao. Um exemplo de evento e Thais seruma das selecionadas e, neste caso, terıamos o conjunto
E = {(T,C); (T,A); (T,G), (C, T ); (A, T ); (G, T ); } e n(E) = 6
4 Probabilidade de Ocorrer um Evento
Em experimento aleatorio, onde A e um espaco amostral equiprovavel, a probabilidadede ocorrer um evento E e o numero p(E), dado por
p(E) =n(E)
n(A)
Atencao para o fato de que o n(E) ≤ n(A) pois um evento jamais podera ter maispossibilidades do que o espaco amostral. No maximo ter a mesma quantidade.
Daı, podemos concluir que a probabilidade e, no mınimo zero e no maximo 1 (0 ≤p ≤ 1), que tambem pode ser calculada em porcentagem e, neste caso, no mınimo 0% eno maximo 100% (0% ≤ p ≤ 100%).
4.1 Exemplo 1
Qual a probabilidade de sair duas caras quando dois dados sao lancados?Solucao: n(A) = 4;n(E) = 1
p(E) =n(E)
n(A)
p(E) =1
4
p(E) = 25%
4.2 Exemplo 2
Qual a probabilidade de sair um numero primo no lancamento de um dado?Solucao: n(A) = 6;n(E) = 3
p(E) =n(E)
n(A)
p(E) =3
6Sempre simplifique
p(E) =1
2
3
p(E) = 50%
4
4.3 Exemplo 3
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para representante de turma. Qual a probabilidade de Thais ser uma das selecio-nadas?
Solucao:Neste caso, ja sabemos quantos elementos tem o espaco amostral e tambem o evento
pois foram demonstrados nos exemplos ja estudados. Entretanto, podemos aplicar astecnicas de contagem para determinar n(a) e n(E).
n(A) = C4,2 =4!
2! · 2!= 6;
n(E) = C3,1 =3!
1! · 2!= 3
E a probabilidade sera
p(E) =n(E)
n(A)
p(E) =3
6
Sempre simplifique
p(E) =1
2
p(E) = 50%
4.4 Exemplo 4
Thais (T), Cristiane (C), Adriana (A) e Gisela (G) disputam duas vagas em umaeleicao para presidente e tesoureiro de uma comissao. Qual a probabilidade de Thais serselecionada?
Aqui tambem ja sabemos quantos elementos tem o espaco amostral e o evento poisforam demonstrados nos exemplos ja estudados. Vamos aplicar as tecnicas de contagempara determinar n(a) e n(E).
n(A) = A4,2 = 4× 3 = 12;n(E) = A3,1 = 3E a probabilidade sera
p(E) =n(E)
n(A)
p(E) =3
12
Sempre simplifique
p(E) =1
4
p(E) = 25%
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5 Exercıcios sobre Probabilidade
1. Considerando o lancamento de um dado, calcule a probabilidade de sair:
(a) Um numero par; R: 50%
(b) Um numero primo; R: 50%
(c) Um multiplo de 3; R: 1/3
(d) Um divisor de 6; R: 2/3
(e) Um divisor de 120; R: 100%
(f) Um multiplo de 7. R: 0%
2. Considere o lancamento de duas moedas. Calcule a probabilidade de sair duas caras.R: 25%
3. Considere o lancamento de tres moedas. Calcule a probabilidade de sair:
(a) Exatamente duas caras; R: 3/8
(b) Duas caras seguidas; R: 3/8
4. Qual a probabilidade de, com um unico cartao de jogo simples, acertar a MEGA-SENA?
5. Uma urna contem 15 bolas, sendo cinco verdes numeradas de 1 a 5, quatro bolasamarelas numeradas de 6 a 9 e seis bolas brancas, numeradas de 10 a 15. Uma delase retirada ao acaso. Calcule a probabilidade de sair uma bola:
(a) Verde; R: 1/3
(b) Com numero ımpar; R: 8/15
(c) Amarela com numero ımpar; R: 2/15
(d) Branca com numero multiplo de 3. R: 2/15
6
PREFEITURA DE PETRÓPOLIS SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
Ano de escolaridade: 3ª série do Ensino Médio
*Atividade elaborada com a colaboração dos professores do Liceu Cordolino Ambrósio
CADERNO 18
06/11 – SEXTA-FEIRA
FILOSOFIA
Professora Renata Martins
Conteúdo: Filosofia Política - Poder
Competências gerais:
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
Competências:
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional,
nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos,
científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles,
considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza
científica.
Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
Habilidades: EM13CHS101, EM13CHS104, EM13CHS501.
Política: Poder, democracia e cidadania - Parte 2
Continuando nossos estudos vamos relembrar a cena que indiquei na última semana.
https://www.google.com/search?q=poder+%C3%A9+poder&oq=poder+%C3%A9+poder&aqs=chro
me..69i57j0l2j0i22i30l5.6417j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
Poder é uma palavra originada do latim e tem a mesma raiz que a palavra potência. Ambas remetem
à capacidade de fazer algo, de empreender algo. Com o passar do tempo, poder também passou a
significar a capacidade de impor, de mandar e de submeter os outros à própria vontade. Podendo ser
político, econômico, familiar ou de persuasão, esse elemento social acompanha a humanidade desde os
seus primórdios. A fascinação com o poder rendeu boas teorias filosóficas, antropológicas e sociológicas na
tentativa de desvendar o que há por trás dele.
O que é poder para a filosofia
Poder é potência, não é à toa que as duas palavras têm a mesma origem e praticamente o mesmo
significado. A única diferença semântica de potência para poder é que a primeira denota uma capacidade
futura, virtual, de transformar-se ou fazer-se. A palavra poder denota a capacidade presente de fazer.
O poder é força, capacidade e, ao mesmo tempo, autoridade. Trata-se da capacidade de imposição ou
de conquista, seja pela força bruta, seja pelo convencimento. A capacidade de convencimento torna as
pessoas poderosas, tanto pela argumentação, quanto pelo charme carismático e apaixonante.
O poder é a capacidade de domínio, de expressão da vontade ou até mesmo uma ação natural que se
sobrepõe à vontade individual.
Diante de tanto fascínio com algo tão singular e tão sedutor na humanidade, vários pensadores tentaram
explicar, racionalizar, entender o poder. Nesse sentido, os filósofos Aristóteles, Nicolau Maquiavel, Friedrich
Nietzsche, Karl Marx, Norberto Bobbio e Michel Foucault desenvolveram curiosas e intensas teorias sobre
o poder, entendendo-o como artifícios do âmbito político e social e como um aspecto natural da vida.
Para o filósofo grego antigo Aristóteles, o poder é um elemento natural que permeia as relações animais,
mas há um animal que transpassa o meio selvagem com o poder justamente por sua capacidade de falar: o
ser humano. Nesse sentido, o poder não é somente o ato de dominação pela força, mas um atributo que
o ser humano leva consigo como elemento-chave para o entendimento das relações sociais.
Conceito de poder na visão de alguns filósofos
O filósofo e teórico político renascentista Nicolau Maquiavel entendeu o poder como o principal elemento
da política. A atitude política, na visão do pensador, deve visar à conquista e à manutenção do poder. Para
o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, poder é uma força natural que impulsiona a vida, e é a vontade
de poder, não no sentido político, de simples dominação, mas num sentido ontológico, de querer viver, que
faz com que todo o Universo movimente-se.
Karl Marx, filósofo, sociólogo e economista alemão vê o poder como um jogo de dominação
política existente na humanidade, desde o seu princípio, por meio do embate entre classes diferentes, o
que se evidenciou com o desenvolvimento do capitalismo industrial.
As teorias que explicam o poder de maneira mais próxima com a nossa sociedade parecem ser a de Norberto
Bobbio, filósofo italiano, e a de Michel Foucault, filósofo francês (ambos contemporâneos). Para Bobbio, o
poder é uma teia de relações entre elementos em diferentes posições na sociedade, enquanto,
para Foucault, o poder é uma relação que se dá, na contemporaneidade, entre pessoas e instituições.
A esse fenômeno, Foucault denominou microfísica do poder, pois, ao contrário do que ocorria no antigo
regime, o poder deixa de ser central e dissolve-se na humanidade por meio das diversas relações.
Formas de poder
Max Weber formulou uma teoria do poder baseada na dominação.
O poder tornou-se objeto central do pensamento político no renascimento, mas, antes disso, ele já era
discutido na obra política dos autores clássicos. No entanto, as relações de poder passam a ser
amplamente discutidas a partir do século XVII, em meio à crise e ao início do declínio do antigo regime
(as monarquias absolutistas).
Os filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke já discutiam esse tema em meio à situação em que se
encontrava a Inglaterra naquela época (contexto da Revolução Gloriosa e da luta contra o absolutismo
inglês). Hobbes defendia o poder total do Estado por um governo monarquista, enquanto Locke
defendia um poder dissolvido nas instituições para garantir certos direitos à população. O poder, nesse
caso, era iminentemente político e do âmbito do domínio pela esfera estatal.
Karl Marx, situado historicamente no século XIX, entendeu o poder como uma relação de dominação
econômica. O pensador via na história da humanidade uma relação material e contraditória, de maneira
dialética, que sintetizava a vida e o desenvolvimento na luta entre diferentes camadas da população. Isso
se evidenciou na Europa industrializada de seu tempo, que dividiu as pessoas em duas classes sociais:
burguesia (os donos dos meios de produção) e proletariado (os trabalhadores). A luta dessas classes
mostrava o conflito de poder como uma relação essencialmente econômica.
Para o sociólogo alemão Max Weber, poder é a imposição da vontade de uma pessoa ou instituição
sobre os indivíduos. Essa imposição é direta e deliberada e pode ter aceitação como força de ordem ou
não. Quando as pessoas submetidas ao poder de alguém aceitam a ordem, há uma transição de forças do
âmbito do poder para o âmbito da dominação, sendo que a pessoa que aceita a imposição de ordem fica
submetida à autoridade da outra.
Para o sociólogo francês Pierre Bourdieu, o poder é compreendido em uma esfera social e coletiva
permeada pelo que o pensador chamou de habitus. O habitus é um conjunto de valores, normas, regras,
gostos e elementos culturais, como religião, arte etc., que moldam a sociedade e têm a capacidade de
juntar e de separar as pessoas. O habitus é completamente inconsciente, e a sua assimilação dá-se por
meio das representações culturais a que somos submetidos e pela interiorização e imitação dessas
representações.
Para Bourdieu, há um poder por trás disso tudo que faz com que as pessoas, inconscientemente, busquem
consumir, gostar, adequar-se a certos elementos em detrimento de outros. O comando coletivo e
inconsciente dessas preferências confere a certos atores um poder econômico ou social no sentido em
que criam representações simbólicas a serem seguidas por outras pessoas.
Formas de exercício do poder
Essa imagem sintetiza o poder para Marx. Os
piões (peças fracas e de poucos movimentos)
juntos formam uma rainha (peça mais estratégica
do xadrez).
O poder é, na sociedade atual, classificado e entendido de diversas maneiras, de acordo com o modo como
ele é exercido e o meio em que ele se encontra. Norberto Bobbio classificou-o em três formas, sendo elas:
Poder econômico: é exercido por quem possui a propriedade privada. Quem tem terras,
dinheiro e bens exerce influência sobre os despossuídos.
Poder ideológico: é exercido por quem pode criar e influenciar as massas com suas criações,
seja no âmbito midiático, seja no religioso. Geralmente, os atores desse tipo de poder
trabalham para os atores dos outros dois poderes: o político e o econômico.
Poder político: é exercido pelas instituições oficiais, ligadas ao Estado. Pode ser legítimo,
quando visa a finalidade da vida política, ou ilegítimo, quando é usurpado para gerar uma
situação de dominação simples de certas classes ou pessoas.
Exemplos de poder
Ficou exposto que o poder dá-se, em nosso tempo, como uma relação que passa pelos âmbitos públicos e
privados da vida. Nesse sentido, ter poder é exercer mando sobre alguém por meio da posse (material
ou imaterial) de algo.
Então podemos encontrar exemplos de poder nas seguintes relações:
Chefe de família e filhos: uma mãe ou um pai que chefia uma família exerce poder sobre
seus filhos. Durante muito tempo, a nossa sociedade entendeu esse poder como pátrio
(patriarcal, delegado naturalmente ao homem). No entanto, hoje percebemos que em muitos
lares é uma mulher quem exerce poder sobre a prole.
Patrão e empregado: nessa relação, temos uma força poderosa de poder emanada por quem
detém a posse (patrão) sobre quem trabalha para o que possui (empregado).
Professor e aluno: professor (entendido como uma autoridade no assunto, não
necessariamente alguém que ensina no âmbito acadêmico ou escolar) é alguém que detém o
poder pela posse do conhecimento. O aluno (também não necessariamente um aprendiz
formal matriculado na escola ou na universidade, mas alguém que não detém aquele
conhecimento da autoridade) é quem tem menos força, portanto, menos poder nessa relação.
O conhecimento é poder, do mesmo modo que, em nossa sociedade, diplomas e chancelas
emitidas por instituições oficiais conferem a certas pessoas uma posição de poder.
Governante e governado: no âmbito político, aquele que governa e os que são governados
têm poderes distintos. Para solucionar o problema da falta de distribuição do poder nessa
relação, as democracias contemporâneas deram aos governados a capacidade de escolher
seus governantes.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/poder.htm <acesso em 19 de outubro
de 2020>
Vídeo aulas:
https://www.youtube.com/watch?v=m-Foun0YhbI&ab_channel=PensamentoRadical
https://www.youtube.com/watch?v=UI67v44GQ6A&t=28s&ab_channel=CursoEnemGratuito
PROPOSTA DE TRABALHO
1) Leia a tirinha e responda.
Imagem disponível em: mondepois.wordpress.com
A tirinha mostra uma relação social de:
a) Indiferença da atendente.
b) De eficiência da atendente.
c) Poder pela burocracia.
d) Brincadeira por parte da atendente.
2) Analise a imagem e responda
Imagem disponível
em: mondepois.wordpress.com
A imagem induz a pensarmos em um burocrata que, segundo Weber, deveria ser uma pessoa ágil e
eficiente. Porém, a imagem passa a ideia de:
a) Um burocrata que está engessado pela rotina do trabalho e que não consegue perceber onde teria um
erro.
b) Um burocrata altamente eficiente, uma vez que o documento está correto.
c) Um burocrata que não pertence ao departamento que utiliza o documento que ele está analisando.
d) Um burocrata com cargo de gerência, que se mostra indiferente quanto ao trabalho de um subordinado.
3) Analise a imagem, leia o texto e responda:
Idealista e Revolucionário
Aventureiro, rebelde e sonhador. Este era o perfil de Che Guevara, que, em um século marcado por
revoluções e rebeldias, conquistou a posição e o reconhecimento como o maior ícone político da América
do Sul. E ainda hoje, após 40 anos de sua morte, ainda é uma lenda revolucionária mística.
Disponível em: <www.escala.com.br/detalhe.asp?id=8915&grupo=16&cat=51>. Acessado em:
13/04/2012.
Pelo texto e imagem, podemos afirmar que Che Guevara produziu nas pessoas um tipo de poder que ainda
hoje se manifesta das mais variadas formas. Este tipo de poder se encaixa no conceito weberiano de:
a) Dominação tradicional.
b) Dominação de microfísica.
c) Dominação carismática.
d) Dominação legal.
4) Foucault analisa as relações de poder
Filósofo francês desvenda as formas sutis de controle na sociedade moderna
O Globo Ciência desta semana fala sobre o pensamento do filósofo francês Michel Foucault. Por meio de
uma investigação histórica, ele desenvolveu uma genealogia do poder. Em vez de pensar o poder como
uma coisa, Foucault dizia que o poder estava nas relações, em uma rede de poderes que se expande por
toda a sociedade, com o intuito não somente repressivo, mas, também, normalizador.
“Foucault fala que na sociedade capitalista urbano-industrial, que vai até mais ou menos os anos 1960/70,
o tipo de poder é disciplinar. Segundo ele, a sociedade que liberta o escravo, que fala em democracia, a tal
da sociedade do contrato, é a sociedade onde esse poder disciplinar, que é invisível, sofisticado, que passa
pelas coisas, nos captura, daí a ideia de instituições de sequestro. Ele diz que esse poder está na
estruturação do espaço, na organização do espaço”, explica a professora titular do Departamento de História
da Universidade de Campinas (Unicamp), Luzia Margareth Rago.
Globo Ciência. 17/09/2011 06h43 – Atualizado em 08/03/2012 14h59
Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2011/09/foucault-analisa-relacoes-de-
poder.html> (com adaptações)
O conceito de Foucault que explica o texto é:
a) Microfísica do poder.
b) Dominação burocrática.
c) Macrofísica do poder.
d) Redes de Sequestro.
PREFEITURA DE PETRÓPOLIS SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
Ano de escolaridade: 3º ano do Ensino Médio
*Atividade elaborada com a colaboração dos professores do Liceu Cordolino Ambrósio
CADERNO 18
06/11 - SEXTA-FEIRA
DISCIPLINA GEOGRAFIA
PROFESSOR FELIPE LISBOA
Economias Americana e Asiática: comparando alguns países
O México tem uma economia de livre mercado voltada
para a exportação. Trata-se da segunda maior economia
da América Latina (seu PIB, em 2018 foi de 1,221 trilhões de
dólares e o PIB per capita foi de 9.673 dólares), ficando atrás
somente do Brasil e a quarta economia do continente
americano. No ranking mundial o México está em 12° lugar.
Hoje o México mantém tratados de livre comércio com mais
de 40 países, incluindo Japão, Israel, União Europeia e diversos
países da América Central e da América do Sul, inclusive com o
Brasil.
As bases da economia mexicana são: serviços, a indústria, o comércio, a agricultura e a exploração de minérios.
São destaques da produção agrícola: frutas como morango, laranja, limão, abacate, manga, abacaxi, banana e melão,
cereais (milho e cevada), feijão, cana-de-açúcar e algodão.
Já a indústria mexicana se destaca nos setores automotivo, petroquímico, têxtil e papeleira, cimento e construção,
alimentos e bebidas e mineral onde o país extrai ferro, zinco, cobre, chumbo, magnésio, prata, mercúrio, enxofre e
ouro.
Por último os serviços (comércio, transporte, hotéis,
telecomunicações, etc.) contribuem com cerca de 70% do PIB e
empregam quase 60% da população economicamente ativa,
sendo, portanto, o mais importante de todos, incluindo aí os
trabalhadores informais, isto é, sem emprego fixo ou direitos trabalhistas.
Fonte: https://www.infoescola.com/mexico/economia-do-mexico/
O Canadá sempre foi uma terra riquíssima na produção de diversas atividades que atraíram os primeiros
imigrantes ao país em função da extração de recursos naturais e do comércio com as tribos indígenas. A pesca, a
caça e a troca de peles de animais entre nativos e colonizadores
marcou o início de uma cadeia econômica evolutiva, que
posteriormente seria fortalecida pela agricultura, mineração e
pecuária.
A agricultura, pecuária, pesca e silvicultura são atividades do
setor primário da economia do Canadá. Juntas, representam 3%
do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
No setor secundário, a manufatura (fábricas de automóveis e de
peças para aviões, por exemplo), a mineração e a construção
civil correspondem a 27% da riqueza produzida anualmente no
Canadá.
Os outros 70% restante do PIB canadense provêm do comércio,
turismo, transporte, energia e da prestação de serviços
(financeiros, imobiliários e comunitários), bem como das ações
de utilidades públicas e de responsabilidade do Governo.
Em 2016, o Canadá apareceu em 20º lugar na lista dos países
mais ricos do mundo, de acordo com levantamento da
revista Global Financial Magazine, que analisou o PIB per capita
(Produto Interno Bruto por pessoa) canadense de 2015, que
apresentou uma economia de US$ 45,981.99.
Fonte: https://www.canadaintercambio.com/vamos-conhecer-economia-canandense/
A China é atualmente o país que mais cresce no mundo, por essa razão tem se destacado no cenário geopolítico
mundial.
O país tem exercido grande influência política, militar e econômica no cenário regional e internacional graças a
fatores determinantes, como grande extensão de seu território (ocupa o terceiro lugar em dimensão), elevadíssimo
número de habitantes (cerca de 1,350 bilhão, o mais populoso do mundo) e dinamismo de sua economia
(atualmente é a economia que apresenta maiores índices de crescimento em todo o planeta).
O país tem se despontado em razão do modo agressivo de sua aplicação política interna e externa. A política
interna está vincula a uma extrema centralização do poder, que se encontra sob os domínios do único partido
político do país, o Partido Comunista; que coíbe todo e qualquer tipo de movimento de caráter social (greves,
manifestações, discursos, entre outros), caso ocorra, é rigorosamente interceptado pelo uso da força.
No âmbito internacional, a China está obtendo maior força e participação nas decisões políticas, tal fato levou o
país a usufruir o direito de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organizações das
Nações Unidas).
Seu potencial militar tem contribuído para o incremento de sua influência internacional, pois o país detém um
enorme exército (evidente no país mais populoso do mundo), além de possuir um numeroso e diversificado arsenal
bélico, como bombas atômicas e mísseis. O país domina tecnologias espaciais, é fabricante de satélites artificiais e
foguetes.
Diante desses aspectos, parece claro que a China possui praticamente todos os requisitos para se tornar uma
grande potência mundial, senão a maior potência mundial. Diversos estudos apontam que a China, no século XXI,
será a principal potência; perspectiva alicerçada no índice de crescimento econômico, e no potencial político e
militar do país.
A Índia possui a segunda maior população do mundo (cerca de 1,3 bilhão), ficando atrás somente da China
(1,350 bilhão de habitantes). Economicamente, a Índia tem crescido de forma significativa, especialmente no
seguimento industrial, isso após a descolonização europeia que ocorreu na segunda metade do século XX.
Atualmente, a Índia figura com uma economia emergente. Segundo o Fundo Monetário Internacional, o país é a
12° economia do mundo. Essa nação vem apresentando um crescimento anual de cerca de 6,3% nos últimos anos;
dentre os principais fatores estão as multinacionais instaladas no país. Os principais atrativos que levaram essas
empresas a se instalarem na Índia foram o elevado número de mão-de-obra com baixo custo e o enorme mercado
consumidor.
Hoje a Índia se destaca na produção industrial de tecnologia de ponta, pois é grande produtora de
eletroeletrônicos, agroindustriais, informática (maior produtora de softwares do mundo), biotecnologia. Tais
produtos concorrem diretamente com as indústrias de países desenvolvidos. Sem contar que o país possui uma
grande representatividade na produção industrial de base, tais como: têxtil, siderúrgica e química.
O acelerado crescimento econômico da Índia foi barrado em virtude de questões geopolíticas envolvendo o
Paquistão. Além disso, no ano de 1997 ocorreu a crise da Ásia, fazendo com que o desempenho econômico sofresse
uma queda, a desaceleração só não foi maior graças ao grande mercado interno, que consome muitos dos seus
produtos.
A Rússia possui a maior extensão territorial do mundo, com 17.075.400 Km2, ela faz parte de dois continentes,
o Leste Europeu e Norte da Ásia. Por ser um país continental, o clima é temperado e não sofre tanta influência da
maritimidade, o inverno é bastante rigoroso e ao norte, o clima é polar.
A população totaliza 140,8 milhões de habitantes, a densidade demográfica é de 8,2 habitantes por quilômetro
quadrado. A maioria da população, cerca de 78%, reside na parte europeia do país.
A federação Russa é formada por 21 Repúblicas com variadas etnias, a república mais importante é a Rússia.
No século XXI, a Rússia tem enfrentado problemas de países de terceiro mundo, como crises econômicas, grande
número de desempregados e pobreza da população. Por outro lado apresenta em sua parte europeia condições de
vida melhores, sendo também onde estão a maioria de suas indústrias, sua região mais desenvolvida.
Uma década após o fim do socialismo a economia e, principalmente, o setor industrial ainda possui heranças da
política socialista que deixou a Rússia atrasada tecnologicamente em relação às nações capitalistas.
A Rússia tem produzido produtos primários que tem pouco valor em relação aos produtos industrializados, que
geralmente são produtos de tecnologia avançada, atualmente alguns segmentos têm prosperado, outros não.
Seu projeto mais ousado é a construção de um gigantesco ramal de distribuição de gás natural e petróleo que
levará esses recursos até as regiões mais industrializadas da China e Índia, o que poderá devolver à Rússia o status
de potência econômica mundial.
Agora faça o que se pede:
Com base na leitura dos textos acima, elabore uma redação com no mínimo 20 linhas que seja capaz de descrever as
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS entre as economias asiáticas e as americanas em relação aos países citados. O que
mais se destaca?
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