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Estudo Prospectivo
EquipamentosMdicos, Hospitalarese Odontolgicos
Braslia, 2008
Srie Cadernos da Indstria ABDI
Volume VIII
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Ficha Catalogrfica
AGNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL.
Estudo Prospectivo: Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos. / Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial,Centro de Gesto e Estudos Estratgicos. Braslia: Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2008.
398p.: il.; graf.; tab. (Srie Cadernos da indstria ABDI, v.VIII.)
ISBN 9788561323073
1 - Equipamento mdico. 2 - Equipamento hospitalar. 3 - Equipamento odontolgico I - Ttulo. II - Centro de Gesto e EstudosEstratgicos. III - Srie
CDD 681.761
2008 - Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Srie Cadernos da Indstria ABDI Volume VIII
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Centro de Gesto e Estudos Estratgicos (CGEE)
Equipe da ABDIClayton Campanhola (Diretor)Claudionel de Campos Leite (Lder do Projeto)Tamar Prouse de Andrade (Apoio Tcnico e Reviso)Maruska Freitas (Reviso)
Equipe tcnica do CGEELiliane Rank (Coordenao Geral)Adriano Braun Galvo (Assessor e Responsvel Tcnico)Cludio Chauke Nehme (Coordenao Metodolgica)Cristiane Pamplona (Reviso Geral de Texto)Priscilla Matos (Apoio Tcnico)
Reviso de textoAnna Cristina de Arajo Rodrigues
FotosArquivo da ABDI e Via Braslia
Projeto Grfico e Diagramao
Via Braslia Editora
SupervisoMarcio de Miranda SantosMarcia Oleskovicz (Comunicao Social ABDI)
ConsultoresRenato Garcia OjedaLester Amaral Jr.Priscila AvelarCcera Henrique da SilvaFbio MeloRenato ZaniboniMarcos Signori
ABDIAgncia Brasileira de Desenvolvimento IndustrialSetor Bancrio Norte
Quadra 1 - Bloco B - Ed. CNC - 14 andar70041-902 - Braslia - DFTel.: (61) 3962-8700www.abdi.com.br
CGEECentro de Gesto e Estudos EstratgicosSetor Comercial Norte
Quadra 2 - Bloco AEd. Corporate Financial Center - Sala 110270712-900 Braslia - DFTel.: (61) 3224 9600www.cgee.org.br
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Repblica Federativa do Brasil
Luiz Incio Lula da SilvaPresidente
Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior
Miguel JorgeMinistro
Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial
Reginaldo Braga ArcuriPresidente
Clayton CampanholaDiretor
Maria Luisa Campos Machado LealDiretora
Claudionel de Campos LeiteResponsvel Tcnico
Centro de Gesto e Estudos EstratgicosLucia Carvalho Pinto de MeloPresidenta
Mrcio de Miranda SantosDiretor Executivo
Antnio Carlos Filgueira Galvo
Diretor
Fernando Cosme Rizzo AssunoDiretor
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Sumrio
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Lista de Tabelas, Quadros e Figuras .................................................................... 10
Apresentao ......................................................................................................20
Sumrio Executivo .............................................................................................. 24
Lista de Siglas .....................................................................................................30
Introduo ...........................................................................................................361.1 Conceitos iniciais ...........................................................................................................43
1.2 Descrio dos Subsetores ...............................................................................................44
1.3 Cadeia Produtiva do Setor de EMHO ..............................................................................48
2. Descrio doPanorama Atual .......................................................................... 522.1 Mercado Internacional e Nacional ..................................................................................55
2.1.1Anlise do Mercado .............................................................................................. 552.1.1.1 Estratgias de Mercado ................................................................................59
2.1.2 Comrcio Exterior .................................................................................................63
2.1.2.1 Equipamentos e Subsetores ..........................................................................67
2.1.3 Empresas Lderes de Mercado e Patentes ..............................................................178
2.2. Inovao e Tendncias Tecnolgicas no Setor Sade ......................................................192
2.2.1 Fomento em Pesquisas ........................................................................................194
2.2.2Aspectos Tecnolgicos e Operacionais ................................................................. 2002.2.2.1 Micro e Nano-eletrnica ............................................................................201
2.2.2.2 Novos Protocolos de Inter-Conectividade.....................................................203
2.2.3 Cenrios de Aplicaes .......................................................................................205
2.2.3.1 e-Sade ....................................................................................................205
2.2.4 Potencial de Inovao .........................................................................................206
2.2.4.1 Novos Procedimentos de Diagnstico e Terapias .......................................... 208
2.2.4.2 Pesquisa em Desenvolvimento para os Subsetores de EMHO ....................... 2092.3 Formao, Capacitao e Qualificao ........................................................................209
2.4 Infraestrutura Fsica .....................................................................................................213
2.4.1Adequao ao Uso da Tecnologia ....................................................................... 213
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2.4.1.1Atendimento Mdico Domiciliar .................................................................. 213
2.4.2Aspecto Legal ..................................................................................................... 214
2.4.2.1 Certificao, Registro & Metrologia .............................................................216
2.4.2.2 Polticas Tributrias e Fiscais .......................................................................221
3. Priorizao de Segmentos ............................................................................. 2283.1 Breve Anlise da Competitividade Atual do Setor ............................................................231
3.2A Viso de Futuro do Setor e a Escolha de Prioridades ....................................................234
3.3 Imagens Mdicas: Radiologia Digital e Ultrassom ...........................................................236
3.4 Equipamentos de Hemodilise ......................................................................................240
3.5 Equipamentos de Neonatologia: Incubadoras para Recm Nascido ................................. 243
3.6 Equipamentos Mdicos Fundamentados em ptica: Endoscpios e Similares ...................244
3.7Vetores do Mercado de EMHO ..................................................................................... 247
4. Perspectivas de Futuro ................................................................................... 252
4.1 Tendncias de Futuro ....................................................................................................2584.1.1 Tendncias Abrangentes ......................................................................................259
4.1.2 Tendncias Levantadas por Especialistas ...............................................................261
4.2 Perspectivas Tecnolgicas .............................................................................................264
4.3A anlise SWOTe Definio de Objetivos Estratgicos....................................................268
5. Estudo Prospectivo .........................................................................................270
5.1 Rotas Estratgicas do Setor EMHO ................................................................................2775.1.1 Rota Estratgica para o Segmento de Neonatal ........................................................ 278
5.1.2 Rota Estratgica para o Segmento de Imagens Mdicas e ptica ........................... 282
5.1.3 Rota Estratgica para o Segmento de Hemodilise ................................................285
5.2 Rotas e Agendas Tecnolgicas .......................................................................................288
5.2.1Agendas Tecnolgicas .........................................................................................289
5.2.1.1Agenda Tecnolgica para Incubadoras Neonatal ......................................... 289
5.2.1.2Agenda Tecnolgica para Mquina de Hemodilise ....................................2915.2.2 Rota Tecnolgica para Ultrassom .........................................................................292
6. Concluses e Recomendaes ....................................................................... 302
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Referncias Bibliogrficas .................................................................................. 310
Anexos ..............................................................................................................318Anexo INormas Tcnicas Publicadas no Brasil .....................................................................321
Anexo IISubsetor de Laboratrios ........................................................................................322
Anexo IIISubsetor de Radiologia e Diagnstico por Imagem ..................................................323
Anexo IVSubsetor de Equipamentos Mdico-Hospitalares .....................................................324
Anexo VSubsetor de Implantes e Material de Consumo ........................................................326
Anexo VISubsetor de Odontolgicos ...................................................................................329
Apndices..........................................................................................................330Apndice I Entidades e Membros do Comit Gestor..............................................................333
Apndice IILista de Participantes na 3 Oficina de Trabalho no SEBRAE-SP ............................ 336
Apndice IIIProgramao da 3 Oficina de Trabalho - Rotas Estratgicas ............................... 338
Apndice IVAnlise SWOT Imagens Mdicas e ptica ......................................................340
Apndice VAnlise SWOT hemodilise .............................................................................349Apndice VIAnlise SWOT Neonatal ................................................................................357
Apndice VIILista de Participantes na 4 Oficina de Trabalho na ABIMO - SP ......................... 365
Apndice VIIIProgramao da 4 Oficina de Trabalho Rota Tecnolgica ............................. 366
Apndice IXEstudo de patentes no segmento imagens mdicas ultrassom ............................ 367
Apndice XSntese do Estudo The Future of Medical Devices ..............................................382
Apndice XIConsulta Estruturada: O Futuro da Hemodilise ..............................................384
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Lista de Tabelas,Quadros e Figuras
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ListadeTab
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TabelasTabela 1Distribuio das empresas por regio e subsetor ......................................................58
Tabela 2Evoluo das importaes por subsetor no perodo de 2001 a 2006 (mil US$/FOB) ..64Tabela 3Evoluo das exportaes por subsetor no perodo de 2001 a 2006 (mil US$/FOB) ...64Tabela 4Importaes de equipamentos em cinco pases da Amrica do Sul
at 2005 (1000xUS$) ..........................................................................................65Tabela 5Taxas de crescimento das importaes por subsetor .................................................. 65Tabela 6Taxas de crescimento das exportaes por subsetor ..................................................66Tabela 7Balana comercial brasileira dos subsetores, em 2006 (US$).....................................66Tabela 8Balana comercial brasileira de equipamentos do setor, em 2006 (US$) .................... 66Tabela 9Comrcio em 2006 e evoluo 2005/2006 do subsetor de laboratrios (mil US$) ..... 67Tabela 10Origem das importaes e destino das exportaes de outros reagentes
de diagnstico ou do subsetor de laboratrio, 2006 ............................................... 69Tabela 11Origem das importaes e destino das exportaes para artigos de laboratrio
ou de farmcia, plstico, 2006 .............................................................................70Tabela 12Exportaes e importaes de outros centrifugadores, em 2006
(milhes US$/FOB) ..............................................................................................72
Tabela 13Exportaes e importaes de aparelhos para filtrar ou depurar gua,2006 (milhes US$/FOB) ..................................................................................73
Tabela 14Importaes e exportaes de espectrofotmetros, 2006 (milhes US$/FOB) ........... 76Tabela 15Importaes e exportaes de colormetros, 2006 (milhes US$/FOB) ..................... 78Tabela 16Importaes e exportaes de fotmetros, 2006 (milhes US$/FOB) ....................... 78Tabela 17Importaes e exportaes de instrumentos e aparelhos que utilizaram radiaes
ticas, 2006 (milhes US$/FOB)...........................................................................80
Tabela 18Origem das importaes e destino das exportaes de outros instrumentose aparelhos para anlise, ensaio, medida, etc., 2006 ............................................. 81Tabela 19Resumo do subsetor de laboratrios, 2006 (milhes US$/FOB) ............................... 82Tabela 20Comrcio em 2006 e evoluo 2005/2006 do subsetor de radiologia
e diagnstico de imagem (mil US$) .......................................................................84Tabela 21Exportaes e importaes de tubos de raios X, 2006(milhes US$/FOB).................86Tabela 22Exportaes e importaes de outros aparelhos de raios X para diagnstico
mdico cirrgico, 2006 (milhes US$/FOB) ........................................................... 89
Tabela 23Exportaes e importaes de outros aparelhos de raios X para uso mdico,cirrgico e veterinrio, 2006 (milhes US$/FOB) ...................................................90
Tabela 24Exportaes e importaes de outros aparelhos de raios X para radiofotografia eradioterapia ........................................................................................................91
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Tabela 25Equipamentos de raios X, acessrios e insumos, 2006 (milhes US$/FOB) ............... 92
Tabela 26Importaes e exportaes de ecgrafos de anlises espectral doppler,2006 (milhes US$/FOB) .....................................................................................94
Tabela 27Importaes e exportaes de equipamentos de diagnstico por varredurade ultrassom ........................................................................................................95
Tabela 28Exportaes e importaes de equipamentos de diagnsticos por ressonnciamagntica, 2006 (milhes US$/FOB) ....................................................................96
Tabela 29Resumo do subsetor de radiologia e diagnstico de imagem (milhes US$/FOB) ...... 97Tabela 30Comrcio em 2006 e evoluo 2005/2006 do subsetor de equipamentos
mdico-hospitalares, 2006 (mil US$) .....................................................................99Tabela 31Importaes de microscpios ticos binoculares de platina mvel e outros
microscpios ticos, 2006 (milhes US$/FOB).....................................................102Tabela 32Principais fabricantes de equipamentos de monitorao no Brasil e no mundo ....... 103Tabela 33Exportaes e importaes de cardiodesfibriladores automticos,
2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................106Tabela 34Importaes de aparelhos de osmose reversa, 2006 (milhes US$/FOB) ............... 107
Tabela 35Exportaes e importaes de aparelhos de oxigenoterapia (milhes US$/FOB) ..... 108Tabela 36exportaes e importaes de respiratrios de reanimao (milhes US$/FOB) ...... 109Tabela 37Exportaes e importaes de respiradores automticos (pulmes de ao),
2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................110Tabela 38Exportaes e importaes de aparelhos de ozonoterapia e outros de terapia
respiratria, 2006 (milhes US$/FOB).................................................................111Tabela 39Exportaes e importaes de outros aparelhos respiratrios,
2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................112Tabela 40Destino das exportaes e origem das importaes de incubadoras (US$/FOB) ...... 115Tabela 41Exportaes de incubadoras no ano de 2006.......................................................116Tabela 42Exportaes e importaes de outros instrumentos e aparelhos de oftalmologia ...... 120Tabela 43Exportaes e importaes de aparelhos de mecanoterapia, massagem e
psicotcnica, no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ...............................................121Tabela 44Principais fabricantes no Brasil de equipamentos mdico-hospitalares em
processos cirrgicos ...........................................................................................123
Tabela 45Principais fabricantes mundiais de equipamentos mdico-hospitalares emprocessos cirrgicos ...........................................................................................123
Tabela 46Exportaes e importaes de bisturis eltricos, no ano de (milhes US$/FOB) ....... 125Tabela 47Principais fabricantes no Brasil de mesas cirrgicas ...............................................126
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ListadeTab
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urasTabela 48Principais fabricantes mundiais de mesas cirrgicas ..............................................126
Tabela 49Exportaes e importaes de mesas cirrgicas (milhes US$/FOB) ....................... 128
Tabela 50Exportaes e importaes de camas hospitalares (milhes US$/FOB) ...................129Tabela 51Exportaes e importaes de outros mobilirios para Medicina, Cirurgia
e Odontologia, no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ...........................................130
Tabela 52Principais fabricantes no Brasil de foco cirrgico ................................................... 132
Tabela 53Principais fabricantes mundiais de foco cirrgico ..................................................132
Tabela 54Destino das exportaes e origem das importaes de outros instrumentos
e aparelhos para medicina, cirurgia, etc, no ano de 2006 ....................................134
Tabela 55Comrcio em 2006 e evoluo 2005/2006 do subsetor de implantes e
material de consumo, 2006 (mil US$) .................................................................138
Tabela 56Exportaes e importaes de outras prteses articulares nos anos de 2005
e 2006 (milhes US$/FOB) ................................................................................142
Tabela 57Resumo da famlia de prteses e dispositivos ativos e no-ativos ortopdicos,
2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................143
Tabela 58Importaes e exportaes de stents jan. a nov. de 2006 (milhes US$/FOB) ...... 146
Tabela 59Prteses e dispositivos ativos e no-ativos vasculares e cardacos,
2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................147
Tabela 60Aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra-oculares, 2006
(milhes US$/FOB) ............................................................................................149
Tabela 61Origem das importaes e destino das exportaes de outras sondas,
cateteres e cnulas, 2006...................................................................................152
Tabela 62Importaes e exportaes de luvas para uso cirrgico e teraputico,no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................154
Tabela 63Importaes e exportaes de mscaras, sapatilhas, toucas cirrgicas e outros,
no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................156
Tabela 64Materiais e insumos de uso cirrgico e teraputico, 2006 (milhes US$/FOB) ........ 157
Tabela 65Exportaes e importaes de outros pensos adesivos e artigos anlogos
de camada adesiva, no ano de 2006 (milhes US$/FOB).....................................158
Tabela 66Exportaes e importaes de outras pastas, gazes e semelhantes parauso medicinal e cirrgico, no ano de 2006 (milhes US$/FOB). ...........................160
Tabela 67Importaes e exportaes de bolsas para hemodilise, colostomia, outros usos
mdicos, 2006 ..................................................................................................161
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Tabela 68Exportaes e importaes de outros sacos, bolsas e cartuchos de polmerosde etileno, 2006 ................................................................................................162
Tabela 69Exportaes e importaes de absorventes e outros artigos higinico depapel, no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ........................................................164
Tabela 70Exportaes e importaes de instrumentos e equipamentos de infusoe transfuso por regies, no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ............................. 168
Tabela 71Exportaes e importaes de instrumentos e equipamentos de infusoe transfuso por pases, no ano de 2006 (milhes US$/FOB).............................. 168
Tabela 72Importaes e exportaes de insumos e materiais de consumo,no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................170
Tabela 73Resumo do subsetor de insumos e materiais de consumo, no ano de2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................170
Tabela 74Comrcio em 2006 e evoluo 2005/2006 do subsetor de odontologia, 2006(milhes US$/FOB) ............................................................................................171
Tabela 75Materiais e insumos odontolgicos, no ano de 2006 (milhes US$/fob) ................. 174
Tabela 76Exportaes de conjuntos odontolgicos, jan. a out. de 2006 (milhes US$/FOB) ..176
Tabela 77Empresas lderes de todo o setor no mercado mundial, 2005 (bilhes US$) ............ 180
Tabela 78Descrio das principais classes da CIP no Brasil .................................................. 185Tabela 79Descrio das principais classes da classificao derwent no Brasil ........................ 186
Tabela 80Empresas lderes de todo o setor no mercado mundial,2006 (milhes US$/FOB) ...................................................................................187
Tabela 81Resumo de alguns protocolos de comunicao que devem ser implementados emaplicaes de e-sade. .......................................................................................203
Tabela 82Matriz de impacto das dimenses nos objetivos estratgicos dosegmento de neonatal ........................................................................................274
Tabela 1aDescrio do contedo das subclasses CIP selecionadas Estratgia 1 .................368
Tabela 2aDescrio do contedo das subclasses CIP selecionadas Estratgia 2 ..................369
Tabela 3aPrincipais temas dos depsitos das empresas lderes .............................................373
Tabela 4aDescrio dos depsitos brasileiros de origem domstica ...................................... 377
QuadrosQuadro 1Famlias de equipamentos pelo sistema de harmonizao (SH6) ..............................47
Quadro 2Principais fabricantes no Brasil de equipamentos mdico-hospitalares ....................117Quadro 3Fabricantes mundiais de equipamentos mdico-hospitalares .................................. 117
Quadro 4Resumo do subsetor de equipamentos mdico-hospitalares, no anode 2006 (milhes US$/FOB) ..............................................................................135
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ListadeTabelas,QuadroseFig
uras
Quadro 5Resumo do subsetor odontolgicos, no ano de 2006 (milhes US$/FOB) ............... 177
Quadro 6Editais do DECIT em parceria com a FINEP e o CNPq (C&T MS, 2006) ............... 196
Quadro 7Percentual de postos de trabalhos de ocupaes tcnicas/auxiliares e dequalificao elementar segundo forma de vnculo com os estabelecimentos desade. Brasil 1999 a 2002 ..............................................................................211
FigurasFigura 1Novo foco dos sistemas de sade ............................................................................40
Figura 2Cadeia produtiva do sistema de sade suplementar no Brasil .....................................41
Figura 3Gesto, avaliao e regulao da qualidade dos EMHO ..........................................43
Figura 4Subsetores de equipamentos mdicos, hospitalares, odontolgicos e laboratoriais ....... 46Figura 5Cadeia produtiva do setor de EMHO .......................................................................49
Figura 6Distribuio regional das empresas do setor .............................................................57
Figura 7Caracterstica quanto ao capital das empresas do setor de EMHO .............................59
Figura 8Aspectos de sustentabilidade do produto: causas de falhas de novos produtos ............60
Figura 9Estratgia de crescimento e insero da PITCE ..........................................................61
Figura 10Ranking dos pases por depsitos de patentes no mercado mundial ........................ 179
Figura 11Ranking dos principais depositantes no mercado mundial ......................................181Figura 12Ranking dos principais depositantes de patentes no Brasil ......................................183
Figura 13Ranking das principais classes da CIP no Brasil .....................................................184
Figura 14Ranking das principais classes da CIP no Brasil Detalhamento ............................. 185
Figura 15Ranking das principais classes da derwent no Brasil ...............................................186
Figura 16Composio do mercado: empresas nacionais x empresas estrangeiras ..................188
Figura 17Destino produo domstica do Brasil ..................................................................189
Figura 18Principais destinos das exportaes brasileiras em 2005 ........................................190Figura 19Evoluo das atividades de fomento no DECIT, 2003 a 20057 (DECIT, 2007). ....... 198
Figura 20Distribuio percentual dos recursos financeiros para fomento a pesquisasnas regies norte, nordeste e centro-oeste ..........................................................199
Figura 21Potencial de inovao - MIT, 1997 ......................................................................206
Figura 22Perfil de inovao: distribuio de pesquisadores e engenheiros de P&Dna indstria, governo e universidades .................................................................207
Figura 23Potencial de mercado em nanotecnologia esperado para 2015, (bilhes US$) ........ 208Figura 24Complexidade tecnolgica e recursos humanos ....................................................210
Figura 25Importaes e exportaes, solues opacificantes (US$x106 FOB),1996 2007 ...................................................................................................236
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
Figura 26Importaes e exportaes, filmes e chapas (US$x106 FOB) - 996 2007 ............ 237Figura 27Importaes e exportaes, tubos de raios X (US$x106 FOB), 1996 2007 ........... 237
Figura 28Importaes e exportaes, partes e acessrios (US$x106 FOB), 1996 2007 ....... 237Figura 29Importaes e exportaes, tomgrafos (US$x106 FOB), 1996 2007 ..................238Figura 30Importaes e exportaes, mamgrafos (US$x106 FOB), 1996 2007 ................ 238Figura 31Importaes e exportaes de equipamentos para angiografia
(US$x106 FOB), 1996 2007 ..........................................................................238Figura 32Importaes e exportaes, densitometria ssea (US$x106 FOB), 1996 2007 ...... 239Figura 33Exportaes e importaes, outros equipamentos de raios X (US$x106 FOB),
1996 2007 ...................................................................................................239Figura 34Importaes e exportaes, raios X odontolgicos (US$x106 FOB), 1996 2007 ... 239Figura 35importaes e exportaes, diagnstico de imagem por ultrassom (US$x106 FOB),
1996 2007 ...................................................................................................240Figura 36Importaes e exportaes, mquinas de hemodilise (US$ FOB), 1996 2007 ..... 241Figura 37Importaes e exportaes, dialisadores capilares (US$ FOB). 1996 2007 .......... 242Figura 38Exportaes e importaes, equip. de osmose reversa (US$ FOB) 1996 2007 ... 242Figura 39Exportaes e importaes, incubadoras para recm-nascidos
(US$ x 106 FOB), 1996 - 2007 .........................................................................243Figura 40Importaes e exportaes de equip. endoscopia e similares
(US$x106 FOB) 1996 2007 ........................................................................ 245Figura 41Segmentos priorizados e tecnologias transversais, portadoras de futuro ...................246Figura 42Evoluo tecnolgica prevista at 2050................................................................249Figura 44Principais etapas do estudo prospectivo ................................................................256Figura 45Modelo de anlise da situao atual do setor. ......................................................256
Figura 46Exemplo de rede de inter-relacionamento do segmento de hemodilise ..................276Figura 47Rota estratgica para desenvolver o mercado interno e manter excelncia
no mercado externo ..........................................................................................279Figura 48Rota estratgica para desenvolver um padro de qualidade internacional ............... 280Figura 49Rota estratgica para estruturao poltica e institucional do segmento ...................281Figura 50Rota estratgica para ganhar escala produtiva explorando novos mercados
com maior competitividade ................................................................................283
Figura 51Rota estratgica para consolidar os segmentos de imagens mdicas e ptica .......... 283Figura 52Rota estratgica para polticas de capacitao e garantia da qualidade ..................284Figura 53Rota estratgica para reestruturao do segmento ................................................. 286Figura 54Rota estratgica para atender a demanda crescente ..............................................286
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ListadeTabelas,QuadroseFig
uras
Figura 54Rota estratgica para atender a demanda crescente ..............................................287Figura 56Agenda tecnolgica para o segmento de neonatal ................................................290
Figura 57Agenda tecnolgica para o segmento de hemodilise ...........................................291Figura 58Tendncias extradas do estudo The Future of Medical Devices ............................... 293Figura 59Mdulos funcionais do equipamento de Ultrassom suas linhas de pesquisa ............. 297Figura 60Rota tecnolgica para Ultrassom, segmentao de mercado .................................. 299Figura 60Rota tecnolgica para Ultrassom, segmentao de mercado .................................. 300Figura 60Rota tecnolgica para Ultrassom, segmentao de mercado .................................. 300Figura 1aDistribuio dos depsitos de patentes (1997-2005) de acordo com as
estratgias 1 e 2. ..............................................................................................370Figura 2aPrincipais pases de prioridade no perodo Estratgia 2 .......................................371Figura 3aPrincipais empresas depositantes no perodo (resultado preliminar) ......................... 372Figura 4aPrincipais depositantes no perodo (viso consolidada) ..........................................373Figura 5aEmpresas lderes e temas .....................................................................................374Figura 6aExemplo de interao entre empresas lderes.........................................................375Figura 7aEmpresas lderes e pases de prioridade ................................................................376
Figura 8aDistribuio dos depsitos por pas de prioridade ..................................................377Figura 9aDistribuio dos depsitos de patentes no Brasil, 1995-2005 .................................378Figura 10aPrincipais depositantes no Brasil .........................................................................378Figura 11aGrau de interao dos principais depositantes no Brasil ....................................... 379
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Apresentao
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ApresentaoA Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI tem
como misso institucional promover a execuo de poltica de
desenvolvimento industrial, em consonncia com as polticas decomrcio exterior e de cincia e tecnologia.
O principal enfoque da ABDI est nos programas e projetos estabelecidos
pela Poltica de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lanada em 12 de
maio de 2008. Dentro do conjunto de programas estruturantes para
sistemas produtivos esto inseridos os Programas Mobilizadores em
reas Estratgicas, nos quais a construo da competitividade est
fortemente relacionada superao de desafios cientfico-tecnolgicos
para inovao, exigindo o compartilhamento de metas entre setor
privado, institutos tecnolgicos e comunidade cientfica. Os programas
Mobilizadores contemplam o Complexo Industrial da Sade (CIS), do
qual o setor de Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
(EMHO) parte fundamental. O programa Complexo Industrial da
Sade foi estruturado em forte articulao com o programa Mais
Sade, tambm lanado em 2008.
Para cumprir a sua misso, e alinhada s diretrizes da PDP, a Agncia
desenvolveu um Estudo Prospectivo com o objetivo de contribuir para
a articulao e construo de uma estratgia competitiva para o setor
de Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos, em umhorizonte de 15 anos.
Para a elaborao desse estudo, a ABDI contratou o Centro de Gesto
e Estudos Estratgicos (CGEE) - rgo que tem contrato de gesto com
a Unio, supervisionado pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT) -
rgo especializado na elaborao de estudos e pesquisas prospectivas na
rea de Cincia e Tecnologia e setores correlatos. Graas metodologiaempregada, o estudo prospectivo setorial possibilitou uma ativa
participao do seu comit gestor, que se constituiu em fator fundamental
para a delimitao e construo das rotas tecnolgicas e estratgicas.
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
O comit gestor foi formado por representantes do setor pblico
e privado. A relao das entidades e nomes de seus respectivos
representantes constam no Apndice I deste caderno. A ABDI agradecea cada um destes partcipes por seu empenho e contribuio neste
projeto.
Esta publicao apresenta o Estudo Prospectivo Setorial da Cadeia
Produtiva de Equipamentos Mdicos, Hospitales e Odontolgicos, que
teve como referncia as anlises do Panorama Setorial Equipamentos
Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos - volume VII da Srie Cadernos
da Indstria ABDI, e que consideram de forma integrada as questes
de mercado, infraestrutura fsica, infraestrutura poltico-legal,
investimentos, tecnologia e talentos, sendo, ao final, seus resultados
apresentados no formato de rotas estratgicas e tecnolgicas.
A seguir, para melhor contextualizao do Estudo, apresenta-se o
Sumrio Executivo.
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Sumrio Executivo
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Sumrioexec
utivoO Estudo Prospectivo Setorial (EMHO), desenvolvido pelo Centro de Gesto e
Estudos Estratgicos (CGEE), sob demanda da ABDI,busca sinalizar tendncias
e questes relevantes para a formulao e implantao de uma Agenda Tec-nolgica com vistas ao aumento da competitividade do setor num horizonte
temporal de quinze anos por meio de medidas, projetos, metas, recursos e
apontamento dos respectivos responsveis. O estudo tem como foco o de-
senvolvimento tecnolgico e a inovao, sendo estes, fatores de contribuio
para uma indstria nacional mais competitiva no mercado global.
O objetivo principal gerar maior capacidade dos lderes empresariais dosetor para desenvolver novas competncias e estratgias que os possibilitem
atingir metas especficas, organizadas no tempo. O estudo est dividido em
trs etapas: Panorama Setorial, Perspectivas de Futuro e Estudo Prospectivo.
Cada etapa relaciona-se a uma seco deste relatrio que foi validada por
um grupo no estudo denominado Comit Gestor que composto por
diversos membros governamentais, acadmicos, empresariais e entidades de
classe, como a prpria Associao Brasileira da Indstria de Artigos e Equipa-mentos Mdicos, Odontolgicos, Hospitalares e de Laboratrios (ABIMO).
A construo dos elementos prospectivos do estudo baseia-se nos comen-
trios e recomendaes de especialistas do setor, obtidos por meio de ofici-
nas de trabalho e consultas estruturadas. A seo Panorama Setorial apre-
senta um primeiro olhar sobre o posicionamento atual do setor, levando-se
em considerao a dinmica do mercado alinhada as dimenses: talentos,
tecnologia, investimento, infraestrutura fsica e poltico-institucional.
Em destaque, est o mercado brasileiro descrito por dados de segmentao
do setor, evoluo comercial, porte das empresas, estratgias de mercado,
dentre outras informaes. importante ressaltar que o estudo, iniciado em
2007, teve como referncia os dados comerciais consolidados at 2006, su-
ficientes para uma abordagem analtica evolutiva e atualizada do setor.
Com base nessa anlise inicial, foram adotados critrios de seleo com
a finalidade de estabelecer prioridades e definir os segmentos de foco do
estudo. Os segmentos escolhidos foram:
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
Imagens Mdicas, focando em Radiologia Digital e Ultrassom;Hemodilise, focando em mquinas e filtros;
Neonatal, focando nas incubadoras para recm-nascidos; e,
Equipamentos Mdicos fundamentados em ptica: Endoscpios eSimilares.
Os critrios adotados para escolha desses segmentos foram a Excelencia
na rea Mdica, os resultados da Balana Comercial, o potencial de Re-
cursos Humanos, o alinhamento com as Polticas de Governo, e o Impac-
to Social. A escolha incorpora tambm prioridades e demandas indicadas
pelo Ministrio da Sade e sugestes do setor no que tange as fronteirastecnolgicas e a tecnologia dominada e desenvolvida comercialmente.
Tambm, como plataformas do desenvolvimento sustentvel da viso de
futuro foram definidas algumas reas transversais, como a nanotecnolo-
gia, a biotecnologia, as tecnologias de informao e comunicao esof-
twaresembarcados, por serem considerados fatores essenciais na busca
de um padro tecnolgico internacional.
A seo Perspectivas de Futuro apresenta um conjunto de tendncias
que deve impactar os segmentos priorizados at o ano de 2023, ba-
seadas no Panorama Setorial, no estudo customizado de tendncias
globais e na percepo de especialistas do setor. Essas informaes
apontam como a Indstria de EMHO precisa se posicionar em 2023 e
fornecem subsdios para a anlise de perspectivas da ltima etapa do
estudo que inclui as rotas estratgicas e tecnolgicas para os segmen-tos priorizados.
A seo Estudo Prospectivo, subsidiada pelas Perspectivas de Futuro do
setor, apresenta rotas estratgicas e tecnolgicas a fim de se atingir a viso
de futuro no ano de 2023. A viso de futuro desejada para aquele ano :
alcanar o reconhecimento internacional como produtores de equipamen-
tos mdicos, hospitalares e odontolgicos de padro tecnolgico mundial
das reas de diagnstico de imagem, ptica, neonatal e hemodilise.
As rotas estratgicas, traadas para os segmentos de imagens mdicas, p-
tica, neonatal e hemodilise, organizam um conjunto de objetivos estratgi-
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Sumrioexec
utivocos no curto, mdio e longo prazo. Esses objetivos so divididos em diretri-
zes conforme uma sequncia lgica de implementao. A rota tecnolgica,
traada apenas para equipamentos de ultrassom, est alinhada a rota estra-tgica do segmento de imagens mdicas e tem como objetivo identificar no-
vas tecnologias, pesquisas emergentes e seus impactos no desenvolvimento
de novos produtos. As aes dessa rota orientam o desenvolvimento gradu-
al de equipamentos de ultrassom por meio de trs geraes.
A primeira gerao baseia-se em tcnicas e componentes eletrnicos
j existentes e foca na portabilidade de uso. A segunda gerao prevdemandas de mdia complexidade e aplicaes em trs dimenses. Na
terceira gerao, prevista para o intervalo de 2019 a 2023, esperas-
se melhorias na qualidade da imagem e a incorporao de mtodos
inovadores com equipamentos de alta frequncia e sistemas de pro-
cessamento de imagens em quatro dimenses.
Alm dessas rotas, duas agendas tecnolgicas descrevem prioridadesde pesquisa e apresentam novas tecnologias para atender os merca-
dos futuros das Incubadoras de Recm-Nascidos e das Mquinas de
Hemodilise. O conjunto de rotas e agendas servir de base para a
elaborao do Plano Estratgico Setorial, a ser desenvolvido pela ABDI
em sintonia com a Poltica do Desenvolvimento Produtivo (PDP), lan-
ada em maio de 2008 pelo Governo Federal.
A ltima seo do estudo apresenta recomendaes e consideraes fi-
nais necessrias para o desenvolvimento tecnolgico e consolidao da
competitividade do setor de EMHO. Todas essas recomendaes devem
integrar uma Poltica Industrial de Estado que na etapaseguinte a esse es-
tudo permitir o planejamento e implantao de aes, por meio dos Pla-
nos Executivos, com intuito de contribuir para alcanar, nos prximos 15
anos, o reconhecimento internacional como produtores de equipamentosmdicos, hospitalares e odontolgicos de padro tecnolgico mundial
nos segmentos de diagnstico de imagens mdicas, ptica, hemodilise
e neonatal, com empresas nacionais competitivas mundialmente.
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Lista de Siglas
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Listades
iglas
ABDI Agncia Brasileira do Desenvolvimento IndustrialABIMED Associao Brasileira dos Importadores de Equipamen-
tos, Produtos e Suprimentos Mdico-Hospitalares
ABIMO Associao Brasileira da Indstria de Artigos e Equi-pamentos Mdicos, Odontolgicos, Hospitalares ede Laboratrios
ANPPS Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa emSade
ANS Agncia Nacional de Sade SuplementarANSI American National Standardization InstituteANVISA Agncia Nacional de Vigilncia SanitriaAMS Pesquisa de Assistncia Mdico-SanitriaAPEX Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes e Inves-
timentosBNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e
SocialCE Comunidade EuropiaCEP Comit de tica em PesquisaCGEE Centro de Gesto e Estudos Estratgicos
CHF Congestive Heart FailureCNI Confederao Nacional da IndustriaCNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e
TecnolgicoCOFINS Contribuio para o Financiamento da Seguridade So-
cialCONEP Comisso Nacional de tica em PesquisaCO2 Gs Carbnico
CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia, Normalizao eQualidade IndustrialCSA Canadian Standards AssociationC&T Cincia e TecnologiaCT&I Cincia, Tecnologia & InovaoCSLL Contribuio Social Sobre o Lucro LquidoDECIT-MS Departamento de Cincia e Tecnologia do Ministrio da
SadeEAS Estabelecimento Assistencial de Sade
ECTI Transactions on Electrical Eng. Electronics and Commu-nications
ELSA Estudo Longitudinal de Sade do AdultoEMHO Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
EUA Estados Unidos da AmricaEXP ExportaoFDA Food and Drug Administration
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de ServioFINEP Financiadora de Estudos e ProjetosFNDCT Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tec-
nolgicoGHTF Global Harmonization Task ForceIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatsticaIEB-UFSC Instituto de Engenharia Biomdica da Universidade Fe-
deral de Santa Catarina
IEC International Electrotechnical CommissionIEMI Instituto de Estudos e MarketingIndustrialISO International Organization for StandardizationICMS Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e ServiosINMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e
Qualidade IndustrialIMP ImportaoINPI Instituto Nacional da Propriedade Intelectual
INSS Instituto Nacional do Seguro SocialIPI Imposto sobre Produtos IndustrializadosIR Imposto de RendaIRPJ Imposto de Renda Pessoa JurdicaISO International Standards OrganizationIOF Imposto sobre Operaes FinanceirasLED Light Emitting DiodeLCD Light Cristal DisplayMCT Ministrio da Cincia e TecnologiaMDIC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comr-
cio ExteriorMERCOSUL Mercado Comum do SulMIT Massachusetts Institute of TechnologyMS Ministrio da SadeNBIC Nanotecnologia, Biotecnologia, Tecnologias da
Informao e ComunicaoNBR Norma Brasileira
NCM Nomenclatura Comum do MERCOSULOMC Organizao Mundial do ComrcioOMS Organizao Mundial da SadePAPPE Programa de Apoio a Pesquisa em Empresas
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Listades
iglas
PAC Programa de Acelerao de CrescimentoPasep Programa de Formao do Patrimnio do Servidor
Pblico
PC Personal ComputerPDP Poltica de Desenvolvimento ProdutivoPIS Programa de Integrao SocialPNN Programa Nacional de NanotecnologiaPNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Sade da Criana e
da MulherPPSUS Programa Pesquisa para o Sistema nico de SadePROSOFT Programa para o Desenvolvimento da Indstria de
Software e Servios de Tecnologia da InformaoPITCE Poltica Industrial, Tecnolgica e de Comrcio ExteriorP&D Pesquisa e DesenvolvimentoRBT Rede Brasil de TecnologiaRDC Resoluo da Diretoria ColegiadaREMATO Rede Multicntrica de Avaliao de Implantes
OrtopdicosRX Raio XSECEX Secretaria do Comrcio Exterior
SH Sistema de HarmonizaoSCTIE Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos
EstratgicosSEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas
EmpresasSENAI Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialSINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e
Qualidade Industrial
SUS Sistema nico de SadeTIB Tecnologia Industrial BsicaTIC Tecnologias da Informao e ComunicaoUFSC Universidade Federal de Santa CatarinaUSDOC United States Department of CommerceWHO World Health Organization
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Introduo
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39
Introd
uo
O mercado de servios de sade cada vez mais pressionado pelos custos
e influenciado por importantes fatores, como mudanas epidemiolgicas,
demandas demogrficas, mudanas poltico-econmicas e desenvolvimentode novas solues tecnolgicas para os problemas da sade.
Do ponto de vista da epidemiologia, existe um aumento de doenas
agudas e crnicas na populao, que condicionam fortemente as
caractersticas do desenvolvimento tecnolgico e clnico. Este cenrio
trar consequncias importantes na assistncia medica, como por
exemplo, no Sistema nico de Sade (SUS), do Brasil.
As demandas geogrficas, o aumento da expectativa de vida e a taxa
de urbanizao da populao, bem como, o processo acelerado da
insero da mulher no mercado de trabalho, so fatores importantes
na definio de um sistema de ateno diferenciado.
Mudanas das polticas institucionais para promoo da sade, da
medicina curativa para medicina preventiva, modificam o mercado e
vem engendrando as novas solues tecnolgicas. Tais solues buscam
responder: a reduo do tempo de internao hospitalar, programas de
sade da famlia, Tecnologia de Informao e Comunicao (TIC), solues
tecnologias que permitam ao prprio paciente operar de forma segura o
equipamento e no conforto do seu domiclio (Home Care).
Do ponto de vista das solues tecnolgicas, elas devem estar
sempre orientadas para o aumento da qualidade de vida, da efeti-
vidade dos procedimentos clnicos, e recuperao das capacidades
funcionais e profissionais.
Tudo isto deve consolidar um desenvolvimento sustentvel, com o
equilbrio dos recursos humanos, das tecnologias e da infraestrutura
necessria para a rea da sade, reconhecendo que a participao
do estado importante como agente regulador para oferecer
equidade dos servios.
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
As novas formas de organizaes de sistemas de sade pblica,
privada e filantrpica influenciam no desenvolvimento tecnolgico
e nas polticas e servios de sade. O antigo paradigma da atenocentrada nos servios, representado pela ateno primria, hospitais
sem paredes e ateno comunitria, transformou-se num novo
paradigma baseada na ateno centrada no paciente, com tecnologias
de ponto de cuidado (Point-of-Care), dispositivos de monitorao
pessoal e uma tendncia consolidada em plataforma de e-Sade.
Essa mudana de foco do sistema de sade, representada na Figura 1,evidncia uma revoluo tecnolgica para poder atender a necessidade
desse novo sistema. A exigncia por uma maior pr-atividade dos gestores
e fornecedores da rea da sade proporcionando uma infraestrutura
integrada, seja hospitalar ou clnica, totalmente diferenciada da que
se tinha antigamente. A possibilidade da manipulao da tecnologia
pelo prprio paciente sob orientao, por exemplo, em sistemas de
internao domiciliar (Home Care), uma tendncia de mudana deperfil tecnolgico e de ergonomias com uma interao maior entre os
atores do sistema, oferecendo condies de atendimento ao paciente
de forma mais adequada com servios personalizados.
Figura 1Novo foco dos sistemas de sadeFonte: OUFIERO, 2002
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41
Introd
uoOs sistemas de sade atuais so ampliados por sistemas suplementares,
que oferecem servios adicionais aos oferecidos pelos sistemas pblicos.
O grande contingente de instituies prestadoras, com inmerosprofissionais de variadas especialidades, exige das operadoras:
controle, avaliao e superviso das organizaes que atendem aos
seus beneficirios.
A cadeia produtiva do sistema de sade suplementar no Brasil,
representada na Figura 2, tem buscado aperfeioamentos no
relacionamento institucional, maior integrao e melhoria do valoragregado. Mas necessita ainda de indicadores e parmetros de
produo, produtividade, qualidade e custos desta cadeia e das
operadoras para uma melhor avaliao da evoluo do setor. Os
custos crescentes da assistncia mdico-hospitalar e a necessidade da
manuteno dos padres de qualidade mnimos de assistncia tornam
a tarefa ainda mais desafiadora (JUNIOR & PICCHIAI, 2007).
Figura 2Cadeia produtiva do sistema de sade suplementar no BrasilFonte: JUNIOR & PICCHIAI, 2007
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
A regulao das relaes que compe a cadeia produtiva da sade,
de responsabilidade do Ministrio da Sade, especialmente por
meio da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), dos Mi-nistrios da Educao, Planejamento e Fazenda e das Secretarias
Estaduais e Municipais da Sade, geram efeitos importantes e di-
versificados nas distintas vises dos principais atores (JUNIOR &
PICCHIAI, 2007).
O impacto da incorporao de tecnologias diversas tem desen-
volvido novos cenrios de qualidade para os sistemas de sade,como os programas de registro e certificao de equipamentos,
tecnovigilncia, farmacovigilncia e hemovigilncia. Sistemas de
classificao de hospitais como os programas de acreditao de
hospitais, sistemas de gesto de tecnologia, sistemas de metro-
logia na sade, formam parte desse novo cenrio tecnolgico,
que modifica a forma de desenvolvimento da tecnologia na rea
da sade.
Como detalhado na Figura 3, so muitas as tendncias e os de-
safios para os empresrios do setor de Equipamentos Mdicos,
Hospitalares e Odontolgicos (EMHO). Por exemplo, o desenvol-
vimento de sistemas de informaes que formam plataformas de
e-Sade, Tele-Sade e Telemedicina e proporcionam cada vez mais
a integrao de equipamentos mdicos no sistema de Estabele-
cimento Assistencial de Sade (EAS). O grande desafio est nas
polticas institucionais que muitas vezes retarda o crescimento do
mercado. Para venc-lo, fica clara a necessidade cada vez maior de
informao e conectividade, bem como solues criativas e inova-
doras. As empresas que melhor se integrarem no setor, seja pelos
seus produtos de baixa, mdia ou alta complexidade, so as que
obtero maiores vantagens competitivas.
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Introd
uo
1.1 Conceitos iniciais
O setor de EMHO compreende uma diversidade de produtos etecnologias que vo desde os mais tradicionais, como seringas, at
equipamentos sofisticados que incorporam tecnologias de informao
e comunicao (TICs) e nanotecnologia.
Inicialmente, importante definir o que se entende por equipamentos
mdicos, hospitalares e odontolgicos. Para a finalidade desse estudo, o
setor de Equipamentos Mdicos, Hospitalares, Odontolgicos constitudo
por fabricantes de equipamentos, eletroeletrnicos ou que utilizam outra
fonte de energia, inclusive energia potencial da gravidade, incluindo
as partes aplicadas, sensores e dispositivos de controle e sistemas de
proteo (CGEE, 2007). Abarcam tambm os equipamentos e dispositivos
utilizados no suporte aos diagnsticos e procedimentos mdicos, ainda
que no estabeleam interao direta com os pacientes, como o caso de
equipamentos de laboratrios e os utilizados nos processos de limpeza,
desinfeco e esterilizao. Engloba, ainda, os produtos de mobilirio
hospitalar, ainda que no acionados por fonte de energia (CGEE, 2007).
Figura 3Gesto, avaliao e regulao da qualidade dos EMHOFonte: PAHO, 2006
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
O estudo prospectivo envolve atributos de diferentes dimenses, tais
como: tecnologia, mercado, infraestrutura fsica e legal, talentos e
investimentos. Esse estudo inicia-se com a anlise do Panorama Setorialda cadeia produtiva do setor, descrevendo seus subsetores e tomando
como base os fatores de competitividade das referncias nacionais e
internacionais.
1.2 Descrio dos Subsetores
Os equipamentos integrantes de cada subsetor so considerados,segundo Nomenclatura Comum do MERCOSUL NCM, bens de capital,
e parte significativa deles, foi inicialmente concebida como produtos
de tecnologia eltrica ou metal-mecnica. Com o passar do tempo,
foram recebendo controles e comandos eletrnicos ou tendo suas
sadas processadas por sistemas informatizados. Hoje, praticamente,
todos os equipamentos de uso mdico dispem de, pelo menos, um
mdulo de eletrnica embarcada.
Os subsetores de interesse para este estudo so classificados como
(ABIMO, 2007):
Laboratrios empresas fabricantes de equipamentos e
materiais para laboratrios de anlises clnicas, de pesquisa e de
empresas. Identificam-se contadores de clulas, equipamentos
automticos para exames clnicos, microscpios de laboratrio,
espectrofotmetros, agitadores, cmaras climticas, centrfugas;
reagentes para diagnsticos, para determinao de tipo sanguneo e
de fator Rh; sistemas coletores, tubos de ensaio, pipetas, recipientes
em vidro, dentre outros.
Radiologia e diagnstico por imagem compreendem empresas
fabricantes de equipamentos para raios X, processadores, filmes
(diagnstico) e de consumo. Destacam-se aparelhos, acessrios e
materiais de consumo, utilizados em exames baseados em exposio
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uoa radiaes, principalmente os raios X. So eles: aparelhos de raios X
mvel, estacionrio ou telecomandado, arcos cirrgicos, simuladores
de radioterapia e braquiterapia, protetores plumbferos, chassisradiogrficos, processadores e identificadores de filmes, filmes para
raios X para uso mdico e para uso odontolgico, contrastes etc.
Equipamentos mdico-hospitalares compreendem
empresas fabricantes de eletromdicos, mobilirios hospitalares,
instrumentais cirrgicos, equipamentos fisioterpicos, cozinhas
e lavanderias hospitalares. Dentre os elementos principais deste
subsetor, destacam-se: mesa cirrgica, bisturi eltrico, incubadora,aparelho de anestesia, ventilador pulmonar, monitor cardaco,
eletrocardigrafo, equipamentos para hemodilise, endoscpio,
aparelho para tomografia computadorizada e para diagnstico por
ressonncia magntica, pinas, tesouras, aparelho de ultrassom e
de ondas curtas, esterilizadores etc.
Implantes integram empresas fabricantes de produtos
implantveis, destinados a usos ortopdicos, cardacos, neurolgicose outros. Os ortopdicos constituem: prteses articulares de
quadril, ombro, cotovelo, implantes para coluna, buco-maxilares,
placas, parafusos etc. Os cardacos compreendem: marca-passos,
desfibriladores, vlvulas, stents, cateteres etc. Os neurolgicos
constituem-se por vlvulas e cateteres, implantes cocleares, de
mama e testculos.
Material de consumo mdico-hospitalar so empresas
fabricantes de materiais de consumo hipodrmicos (agulha, seringa,
escalpe, etc.), txteis e outros.
Odontolgico so empresas fabricantes de equipamentos
odontolgicos (consultrios completos), materiais de consumo
(resinas, amlgamas e outros) e de implantes odontolgicos. Os
principais elementos correspondem a cadeiras odontolgicas,
equipos, refletores, mochos, dosadores e misturadores de
amlgamas, resinas, amlgamas, ceras, cimentos para restauraes,
massas para moldagem, etc.
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
A Figura 4 apresenta os subsetores com as respectivas cores que
serviro de legenda para a identificao nas tabelas descritas ao longo
do estudo.
O que define a que famlia pertencem os produtos so os regulamentos
vigentes do mercado de destino e a inteno de uso do produto. O
Quadro 1 apresenta as famlias de equipamentos (excludos os insumos)
que integram o panorama setorial, classificados conforme o Sistema
de Harmonizao (SH6), utilizado por 65 pases que respondem por
92% das importaes mundiais.
Figura 4Subsetores de equipamentos mdicos, hospitalares, odontolgicose laboratoriaisFonte: CGEE, 2007
LABORATRIOS
RADIOLOGIA E DIAGNSTICO POR IMAGEM
EQUIPAMENTOS MDICO-HOSPITALARES
IMPLANTES E REABILITAO
MATERIAL DE CONSUMO
ODONTOLGICOS
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IntroduoQuadro 1Famlias de equipamentos pelo sistema de harmonizao (SH6)
Sistema de classificao utilizado por 65 pases que respondem por 92% das importaes
mundiais841920 - Esterilizadores mdicos-cirrgicos ou de laboratrios
842119 - Outros Esterilizadores
901110/ 20/80/90 - Microscpios estereoscpicos, fotomicrografia, outros e partes e acessrios
901811 - Eletrocardigrafos
901812 - Aparelhos de diagnstico por varredura ultrassnica ("scanners")
901813 - Aparelhos de diagnstico por visualizao de ressonncia magntica
901814 - Aparelhos de cintilografia
901819 - Outros aparelhos de eletrodiagnstico
901820 - Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos, para uso mdico, cirrgico, odontolgico ouveterinrio
901841 - Aparelhos dentrios de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentrios
901849 - Outros instrumentos e aparelhos para odontologia
901850 - Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia
901890 - Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia ou veterinria
901910 - Aparelhos de mecanoterapia, de massagem ou de psicotcnica
901920 - Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia e outros de terapia respiratria
902000 - Outros aparelhos respiratrios e mscaras contra gases, exceto as de proteo desprovidas de filtroamovvel
902139 - Vlvulas cardacas no mecnicas inclusive partes e acessrios
902140 - Aparelhos para facilitar a audio dos surdos, exceto as partes e acessrios902150 - Marca-passos (estimuladores) cardacos, exceto as partes e acessrios
902212 - Aparelhos de tomografia computadorizada
902213 - Outros aparelhos baseados no uso de raios X, para uso odontolgico
902219 - Outros aparelhos baseados no uso de raios X, para usos mdicos, cirrgicos ou veterinrios
902221 - Aparelhos de radiao alfa, beta, gama, para usos mdicos, cirrgicos, odontolgicos ouveterinrios
902229 - Aparelhos de radiaoalfa, beta, gama, para outros usos902230 - Tubos de Raios X
Continua
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
1.3 Cadeia Produtiva do Setor de EMHO
Atualmente so considerados alguns elementos estratgicos e essenciais
para a insero competitiva de empresas brasileiras no mercadointernacional. A identificao dos principais concorrentes, a forma
como atuam no mercado-alvo, o potencial de inovao e a abrangncia
da cadeia, que envolve os insumos, representam estratgias que fazem
parte da contextualizao da cadeia do setor EMHO.
A importncia de ambientes competitivos na indstria de EMHO no
Brasil tem influenciado a cadeia do setor, facilitando a superao
de impeditivos tcnicos e uma maior insero internacional para a
promoo das exportaes.
O complexo industrial de EMHO, representado pela Figura 5,
envolve um conjunto de indstrias que produzem bens de consumo
e equipamentos especializados para uso mdico e um conjunto de
organizaes prestadoras de servios em sade que so as consumidoras
dos produtos manufaturados pelos consumidores destes produtos e
organizadores da demanda.
Quadro 1 Continuao
902290 - Outros dispositivos geradores de raios X, mesas de comando, telas de visualizao e partes eacessrios
902720 - Cromatgrafos e aparelhos de eletroforese
902730 - Espectrmetros, espectrofotmetros e espectrgrafos que utilizem radiaes pticas (uv, visveis, iv)
902750 - Outros aparelhos e instrumentos para anlises fsicas ou qumicas que utilizem radiaes pticas (uv,visveis, iv)
902780 - Outros instrumentos e aparelhos para anlises fsicas ou qumicas
902790 - Micrtomos; partes e acessrios de espectrmetros, espectrgrafos e outros aparelhos semelhantes
940210 - Cadeiras de dentista, para sales de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, e suas partes
940290 - Outros mobilirios para medicina, cirurgia, odontologia ou veterinria
Fonte: CGEE, 2007
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Introduo
Figura 5Cadeia produtiva do setor de EMHOFonte: OLIVEIRA e PORTO, 2004
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
Os diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva do setor foram
agrupados dentro de um contexto que envolve atores principais,
atores secundrios, fabricantes e consumidores finais. Cada um dessesagentes estabelece alguma relao com os demais.
O contexto da cadeia do setor refere-se s influncias das polticas
governamentais quanto ao incentivo exportao e mudana do
perfil epidemiolgico, ocasionando maior expanso do sistema de
sade e destacando, na sade pblica brasileira, legislaes vigentes
como a Lei n 8.080/90, de 19 de setembro de 1990, que dispe sobreas condies para a promoo, proteo e recuperao da sade,
a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes; as
polticas econmicas, apresentando variveis macro-econmicas,
como aumento da taxa de juros, variaes cambiais e linhas de
crdito; ao impacto no meio ambiente pela diminuio dos nveis
de poluio, buscando os produtos reutilizveis; e, dimenso
da infraestrutura fsica como estradas, aeroportos, eletricidade,terrenos e saneamento bsico.
Destaca-se tambm o papel fundamental das entidades de ensino e
pesquisa especialmente as Universidades dos poderes pblicos
federal, estadual e municipal e das indstrias de base tecnolgica. As
entidades de ensino e pesquisa possuem, no mnimo, um duplo papel
nos processos de inovao: gerar conhecimento cientfico e fornecer
fora de trabalho qualificada. As empresas, sobretudo as de base
tecnolgica, so responsveis pela utilizao, difuso e multiplicao
da inovao. O poder pblico define as polticas gerais em Cincia,
Tecnologia & Inovao (CT&) e as prioridades particulares em Sade,
subsidiando a maior parte dos estudos e processos responsveis pela
criao dos ambientes de Inovao.
Apenas medidas focadas em infraestrutura de C&T no tm se mos-
trado eficientes. Para produzir inovaes utilizando conhecimentos j
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Introduoexistentes, preciso investir esforos em produtos especficos de for-
ma articulada com o setor industrial, ou seja, enfatizar a transferncia
de tecnologia. Mais uma vez, a ao do Estado torna-se decisiva parao avano tecnolgico do setor. As iniciativas para a constituio de n-
coras tecnolgicas, que permitem orientar os resultados das atividades
cooperativas para inovao, devem ser integradas s iniciativas para o
estmulo aos fornecedores desse setor.
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2. Descrio do
Panorama Atual
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2.DescriodoPanorama
AtualA descrio do panorama atual do setor de EMHO tem incio com
a apresentao dos dados gerais e fatos relevantes que retratam o
dinamismo dos mercados internacional e nacional e se encerra comuma abordagem da infraestrutura fsica necessria ao suporte para o
uso adequado das tecnologias da sade envolvidas na cadeia produtiva
do setor. O mercado brasileiro descrito por dados de segmentao
do setor, evoluo comercial, porte das empresas e estratgias para se
manterem no mercado, dentre outras informaes.
2.1 Mercado Internacional e NacionalA anlise mercadolgica do setor de EMHO abrange uma pluralidade
de segmentos, com caractersticas e dinmicas distintas entre si, e
com produtos de baixa complexidade tecnolgica e equipamentos
altamente sofisticados de alto valor agregado.
2.1.1 Anlise do Mercado
De acordo com dados do Departamento de Comrcio dos Estados Unidos
(United States Department of Commerce USDOC) e o Sistema Radar
Comercial, desenvolvido pela Secretaria de Comrcio Exterior (Secex), do
Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior apresentou
(MDIC), em parceria com a Agncia de Promoo de Exportaes do Brasil
(Apex), em 2006, o setor de EMHO, compreendendo equipamentos einsumos, teve produo mundial de 310 bilhes de dlares, importaes
mundiais de 170 bilhes de dlares, com crescimento mdio de 13% nos
ltimos trs anos. A produo brasileira nesse contexto foi de 3,09 bilhes
de dlares, o equivalente a 1% da produo mundial, e as importaes
atingiram 1,6 bilhes de dlares. Entre os principais fatores de crescimento
do setor esto:
mudana do perfil epidemiolgico apresentado pelo aumento da
expectativa de vida da populao;
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d M d l Od l
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
capacidade de inovao tecnolgica das empresas, do sistema
produtivo e institucional;
regulamentao do mercado;atuao nos mercados externos;
crescimento da economia em vrios pases, tanto os desenvolvidos
quanto em desenvolvimento.
O mercado mundial do setor EMHO est fortemente concentrado
nos pases desenvolvidos, cabendo aos pases em desenvolvimento
uma participao menor. Os Estados Unidos despontam como maiormercado, com uma participao de 37%, seguido por Alemanha,
Japo e Frana (USDOC, 2006).
A competitividade de cada pas pode variar conforme o subsetor em
que o produto est inserido. Os Estados Unidos apresentam constante
supervit com os pases da Unio Europia, exceto a Alemanha, e
apresentam tambm importante supervit com o Canad, Japo,Austrlia, e mesmo com a Frana em quase todos os subsetores de
EMHO. Suas exportaes reduziram de 43% para 27% no perodo
de 1999 a 2006. Longe da perda de vigor, tal mudana, se deve
intensificao de uma estratgia de descentralizao de grandes
fabricantes que instalaram plantas em outros pases, a partir dos quais
abastecem o mercado mundial. Reflexo disso demonstrado no dficit
da balana comercial com o Mxico e Irlanda de aproximadamente 2bilhes de dlares cada, em 2006 (USDOC, 2006).
No Brasil, com a abertura econmica na dcada de 1990, marca-se o
fim do processo de substituio das importaes e das dificuldades em
gerar tecnologia prpria e mais sofisticada. Com isso, surge um novo
ambiente de concorrncia entre as empresas, o que provoca o aumento
da produo de equipamentos mdicos e o desenvolvimento de novas
tecnologias na produo de equipamentos eletroeletrnicos. Assim, a
produo de equipamentos mdicos cresceu consideravelmente nesta
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2.DescriodoPanorama
Atualpoca com a expanso e a diversificao do mercado interno e uma maior
especializao da oferta, gerando um grande aumento das importaes e
retrao na oferta de produtos tecnologicamente mais complexos.
A presente competitividade do mercado tem incorporado desde empresas
multinacionais, com tecnologias inovadoras e grande diversidade de
produtos, at microempresas, algumas delas de base tecnolgica,
geralmente especializadas em materiais de consumo e insumo.
No Brasil, h uma prevalncia de pequenas e mdias empresas, masparte substancial do faturamento, quase 70%, obtida pelas grandes
empresas. Segundo a ABIMO, o setor de EMHO formado por cerca de
500 empresas que obtiveram um faturamento mdio de 3,09 bilhes
de dlares nos ltimos anos, sendo que, de acordo com a classificao
do IBGE, 19,07% formado por empresas de pequeno porte, 57,20%
de porte mdio, 15,68% mdias/grandes e 8,05% de grande porte.
A distribuio das empresas por regio, apresentada na Figura 6,
demonstram a predominnacia na regio Sudeste, sendo 75% somente
no Estado de So Paulo, seguida da regio Sul, com 12,5%, e os outros
12,5% distribuidas pelas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com
essa distribuio, aproximadamente 60% do faturamento concentra-se
na regio Sudeste, onde est a maior parte das grandes empresas.
Figura 6Distribuio regional das empresas do setorFonte: CGEE, 2007
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E t d P ti E i t Mdi H it l Od t l i
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
Analisando a distribuio das empresas por regio e subsetor, como indicado
na Tabela 1, percebe-se que na regio Sudeste concentra-se um total de
359 empresas, sendo 129 pertencentes ao subsetor de EquipamentosMdico-Hospitalares e 84, ao de Odontologia. O subsetor de Implantes
e Material de Consumo tem, pelo menos, uma empresa por regio.
Tabela 1Distribuio das empresas por regio e subsetor
Distribuio Odont. Labor. Radiol. Equip. Impl. M. Cons. Total Part.
REGIO NORTE 1 - - - - 1 2 0,47%
Amazonas - - - - - 1 1 0,24%
Tocantins 1 - - - - - 1 0,24%
REGIONORDESTE
- - 1 1 4 6 1,42%
Bahia - - - - - 2 2 0,47%
Paraba - - - - - 1 1 0,24%
Pernambuco - - - 1 1 1 3 0,71%
REGIO CENTRO-OESTE - - - - 1 3 4 0,94%
Distrito Federal - - - - 1 1 2 0,47%
Gois - - - - - 2 2 0,47%
REGIO SUL 16 - 1 26 6 4 53 12,50%
Paran 7 - 1 13 3 1 25 5,90%
Santa Catarina 7 - - 4 - 2 13 3,07%
Rio Grande DoSul
2 - - 9 3 1 15 3,54%
REGIO SUDESTE 84 28 21 129 38 59 359 84,67%
Esprito Santo - - - 1 - - 1 0,24%
Minas Gerais 1 3 3 5 3 1 16 3,77%
Rio De Janeiro 11 - 1 6 - 6 24 5,66%
So Paulo Capital 43 22 17 83 17 38 220 51,89%So Paulo Interior 29 3 - 34 18 14 98 23,11%
Fonte: ESTUDO IEMI/ABIMO, 2007
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2.DescriodoPanorama
AtualSegundo a Associao Brasileira da Indstria de Artigos e Equipamentos
Mdicos, Odontolgicos, Hospitalares e de Laboratrios (ABIMO),
93,44% das empresas de EMHO so de capital nacional, entre ossetores pblico e privado, e 6,56%, de capital estrangeiro, como
representado na Figura 7.
2.1.1.1 Estratgias de Mercado
A competio via diferenciao de produtos tecnologicamente maissofisticados predomina no setor de EMHO. As estratgias competitivas
das empresas envolvem, alm da agregao tecnolgica, a oferta de
solues integradas produtos associados a servios e linhas de
financiamento. Essas estratgias tm proporcionado alta margem de
lucro para a indstria de insumos e equipamentos de uso mdico,
contudo a sustentabilidade dos produtos-servios exige uma anlise de
vrios aspectos que influenciam o mercado. A Figura 8 ilustra os fatores
que levam ao insucesso do produto no mercado, segundo estudo dos
Centros de Referncia em Tecnologias Inovadoras (Fundao Certi).
Figura 7Caracterstica quanto ao capital das empresas do setor de EMHOFonte: ABIMO, 2007
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos Hospitalares e Odontolgicos
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Estudo Prospectivo Equipamentos Mdicos, Hospitalares e Odontolgicos
O setor industrial e o governo tm procurado incentivar o crescimento
do mercado de EMHO com programas de aes polticas. A ABDI e
representantes dos setores industriais tm promovido e executadoaes como a Poltica Industrial, Tecnolgica e de Comrcio Exterior
(PITCE). Esse programa composto de linhas estratgicas definidas,
com aes integradas, focadas e com vistas ao futuro, capazes de
promover mudana do patamar da indstria nacional. Os eixos
estratgicos definidos pela ABDI na PITCE esto relacionados com
aumento da capacidade inovadora das empresas e fortalecimento e
expanso da Base Industrial Brasileira (ABDI, 2005).
Para cada um dos eixos, foram desenvolvidos os macroprogramas:
Indstria Forte para que a indstria possa atingir a meta de mudar
o patamar competitivo.
Inova Brasil para mobilizar empresas, universidades, institutos de
pesquisa e desenvolvimento tecnolgico, entidades empresariais,
sindicatos de trabalhadores e diversos rgos de Estado e da
sociedade civil.
Figura 8Aspectos de sustentabilidade do produto: causas de falhas de novos produtosFonte: Fundao CERTI, 2006
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2.DescriodoPanorama
AtualOs rumos do desenvolvimento industrial brasileiro esto relacionados
PITCE e ao arcabouo institucional. Uma vez que a mudana do
paradigma produtivo provoca a melhora da competitividade sistmicae consequentemente o crescimento industrial sustentvel, promove
tambm o crescimento econmico e a gerao de emprego e renda,
como pode ser visto na Figura 9.
O objetivo de induzir a mudana do patamar