1 direito penal teoria da lei penal teresa pizarro beleza fdunl2007/2008

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1 DIREITO PENAL DIREITO PENAL TEORIA DA LEI PENAL TEORIA DA LEI PENAL TERESA PIZARRO BELEZA TERESA PIZARRO BELEZA FDUNL FDUNL 2007/2008 2007/2008

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DIREITO PENALDIREITO PENALTEORIA DA LEI PENALTEORIA DA LEI PENAL

TERESA PIZARRO BELEZATERESA PIZARRO BELEZAFDUNLFDUNL

2007/20082007/2008

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NORMAS PENAISNORMAS PENAISPREVISÃO: CRIME (“FACTO TÍPICO”)PREVISÃO: CRIME (“FACTO TÍPICO”)ESTATUIÇÃO: PENA (SANÇÃO)ESTATUIÇÃO: PENA (SANÇÃO)

““Quem matar outra pessoa…”Quem matar outra pessoa…”““O médico que não prestar auxílio…”O médico que não prestar auxílio…”

Estes preceitos contêmEstes preceitos contêm normas de comportamentonormas de comportamento::

- proibições (de matar, de roubar, de violar)- proibições (de matar, de roubar, de violar)- comandos (de prestar auxílio)- comandos (de prestar auxílio)

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PRISÃOPRISÃO

"For prison life with its endless privations "For prison life with its endless privations and restrictions makes one rebellious. The and restrictions makes one rebellious. The most terrible thing about it is not that it most terrible thing about it is not that it breaks one's heart - hearts are made to be breaks one's heart - hearts are made to be broken - but that it turns one's heart to broken - but that it turns one's heart to stone." stone."

Oscar Wilde, Oscar Wilde, De Profundis De Profundis (1895)(1895)

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

CONTEÚDO DIREITO PENALCONTEÚDO DIREITO PENAL– CRIMESCRIMES

Artº 18: “intervenção mínima” (ex: legitimidade de Artº 18: “intervenção mínima” (ex: legitimidade de tipificação de crimes de perigo abstracto?)tipificação de crimes de perigo abstracto?)

– PENASPENASNão há pena de morte, nem penas perpétuas, Não há pena de morte, nem penas perpétuas, indefinidas, crueis ou degradantes (artºs 24, 25, indefinidas, crueis ou degradantes (artºs 24, 25, 30)30)ProporcionaisProporcionaisIntransmissíveisIntransmissíveisAplicação Aplicação judicial judicial

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Princípios constitucionais penaisPrincípios constitucionais penais

LegalidadeLegalidadeIntervenção mínimaIntervenção mínimaCulpaCulpaHumanidade das penasHumanidade das penasProporcionalidade das penas (igualdade)Proporcionalidade das penas (igualdade)Pessoalidade da responsabilidade criminalPessoalidade da responsabilidade criminalProibição efeitos automáticos das penasProibição efeitos automáticos das penasJudicialização processo crime (mediação?)Judicialização processo crime (mediação?)

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

LEGALIDADELEGALIDADE– Não há crime nem pena sem leiNão há crime nem pena sem lei– Lei da AR (ou autorização legislativa ao Lei da AR (ou autorização legislativa ao

Governo)Governo)– Lei anteriorLei anterior– Lei clara, precisa, expressaLei clara, precisa, expressa

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LEGALIDADELEGALIDADE

Proibição integração de lacunasProibição integração de lacunasProibição interpretação extensivaProibição interpretação extensivaProibição aplicação retroactivaProibição aplicação retroactiva

– DAS NORMAS “DESFAVORÁVEIS”DAS NORMAS “DESFAVORÁVEIS”

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DISTINÇÃO NECESSÁRIADISTINÇÃO NECESSÁRIA

NORMAS “DESFAVORÁVEIS”NORMAS “DESFAVORÁVEIS”– Definem crimesDefinem crimes– Definem penasDefinem penas– Definem circunstâncias agravantesDefinem circunstâncias agravantes– Agravam regimes anterioresAgravam regimes anteriores

NORMAS “FAVORÁVEIS”NORMAS “FAVORÁVEIS”– Excluem, atenuam, diminuem Excluem, atenuam, diminuem

responsabilidaderesponsabilidade

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TEMPOTEMPO

IRRETROACTIVIDADEIRRETROACTIVIDADE– Normas desfavoráveis -> legalidadeNormas desfavoráveis -> legalidade

RETROACTIVIDADERETROACTIVIDADE– Normas favoráveis -> intervenção mínimaNormas favoráveis -> intervenção mínima

Momento Momento prática do facto prática do facto CP, artº 3.CP, artº 3.

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RETROACTIVIDADERETROACTIVIDADE

Normas descriminalizadorasNormas descriminalizadorasNormas que diminuem penasNormas que diminuem penasNormas que estabeleçam “regime mais Normas que estabeleçam “regime mais favorável” artº 2, nº 4 CP (p. ex. crime favorável” artº 2, nº 4 CP (p. ex. crime público transformado em semi-público).público transformado em semi-público).

O problema da ressalva do caso julgado.O problema da ressalva do caso julgado.

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LIMITES?LIMITES?

Alteração “valor elevado” (furto) por via da Alteração “valor elevado” (furto) por via da passagem do tempo - mecanismo legal passagem do tempo - mecanismo legal (UC indexada a salário mínimo) - pode (UC indexada a salário mínimo) - pode beneficiar retroactivamente arguido?beneficiar retroactivamente arguido?

Ver Ac. TC na página!!!Ver Ac. TC na página!!!

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CASO JULGADOCASO JULGADO

CRP não ressalva caso julgadoCRP não ressalva caso julgado

TC, Ac nº 644/98TC, Ac nº 644/98TC, Ac nº 677/98TC, Ac nº 677/98

Solução da Lei de Revisão (59/2007): máximo Solução da Lei de Revisão (59/2007): máximo pena da nova medida legal cumpridopena da nova medida legal cumprido

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Artigo 29.ºArtigo 29.º

(Aplicação da lei criminal)(Aplicação da lei criminal) 1. 1. Ninguém pode ser sentenciado criminalmente senão Ninguém pode ser sentenciado criminalmente senão em virtude de lei anterior que declare punível a acção ou em virtude de lei anterior que declare punível a acção ou a omissão, nem sofrer medida de segurança cujos a omissão, nem sofrer medida de segurança cujos pressupostos não estejam fixados em lei anterior. pressupostos não estejam fixados em lei anterior. 2. 2. (…)(…)3. 3. Não podem ser aplicadas penas ou medidas de Não podem ser aplicadas penas ou medidas de segurança que não estejam expressamente cominadas segurança que não estejam expressamente cominadas em lei anterior. em lei anterior. 4. 4. Ninguém pode sofrer pena ou medida de segurança Ninguém pode sofrer pena ou medida de segurança mais graves do que as previstas no momento da mais graves do que as previstas no momento da correspondente conduta ou da verificação dos correspondente conduta ou da verificação dos respectivos pressupostos, aplicando-se retroactivamente respectivos pressupostos, aplicando-se retroactivamente as leis penais de conteúdo mais favorável ao arguido. as leis penais de conteúdo mais favorável ao arguido. 5. 5. (…) (…) 6. 6. (…)(…)

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Artigo 282.ºArtigo 282.º

(Efeitos da declaração de inconstitucionalidade ou de ilegalidade)(Efeitos da declaração de inconstitucionalidade ou de ilegalidade) 1. 1. A declaração de inconstitucionalidade ou de A declaração de inconstitucionalidade ou de ilegalidade com força obrigatória geral produz ilegalidade com força obrigatória geral produz efeitos desde a entrada em vigor da norma efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional ou ilegal e determina declarada inconstitucional ou ilegal e determina a repristinação das normas que ela, a repristinação das normas que ela, eventualmente, haja revogado. eventualmente, haja revogado. 2. 2. (…)(…)3. 3. Ficam ressalvados os casos julgados, salvo Ficam ressalvados os casos julgados, salvo decisão em contrário do Tribunal Constitucional decisão em contrário do Tribunal Constitucional quando a norma respeitar a matéria penal, quando a norma respeitar a matéria penal, disciplinar ou de ilícito de mera ordenação social disciplinar ou de ilícito de mera ordenação social e for de conteúdo menos favorável ao arguido. e for de conteúdo menos favorável ao arguido. 4. 4. (…)(…)

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LEIS DE EMERGÊNCIALEIS DE EMERGÊNCIA

Excepção à retroactividade das leis favoráveis?Excepção à retroactividade das leis favoráveis?DistinguirDistinguir– Cessação da situação de emergênciaCessação da situação de emergência– Revogação da lei de emergência (AR “muda de Revogação da lei de emergência (AR “muda de

ideias”)ideias”)

Possibilidade de a realidade politico-social “misturar” as Possibilidade de a realidade politico-social “misturar” as duas coisas: a exportação ilícita de capitais (1974).duas coisas: a exportação ilícita de capitais (1974).

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Precisão das normas penaisPrecisão das normas penais

Normas penais em branco:Normas penais em branco:– Imprecisas (conceitos vagos)Imprecisas (conceitos vagos)– Atribuindo competência definidora de Atribuindo competência definidora de

pressupostos de responsabilidade a pressupostos de responsabilidade a instâncias “inferiores”instâncias “inferiores”

Inevitabilidade?Inevitabilidade?

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Normas penais em brancoNormas penais em branco

Ac do Tc 427/95Ac do Tc 427/95(Rel. M. F. Palma)(Rel. M. F. Palma)aditivos alimentaresaditivos alimentares

Decreto-Lei nº  28/84, de 20 de JaneiroDecreto-Lei nº  28/84, de 20 de Janeiroartigo 24º, nº 1, alínea a)artigo 24º, nº 1, alínea a)artigo 82º, nº 2, alínea a), Iartigo 82º, nº 2, alínea a), I

Portaria nº 833/89, de 22 de SetembroPortaria nº 833/89, de 22 de Setembro

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Normas penais em brancoNormas penais em branco"O Decreto-Lei nº 192/89, de 8 de Junho, vem regular a "O Decreto-Lei nº 192/89, de 8 de Junho, vem regular a 'utilização de aditivos nos géneros alimentícios', 'utilização de aditivos nos géneros alimentícios', referindo no seu artigo 4º, nº 1, que 'os aditivos referindo no seu artigo 4º, nº 1, que 'os aditivos alimentares admissíveis nos géneros alimentícios, os alimentares admissíveis nos géneros alimentícios, os respectivos critérios de pureza e as condições da sua respectivos critérios de pureza e as condições da sua utilização constarão de portaria conjunta ...'.utilização constarão de portaria conjunta ...'.

                      Tal Portaria consiste precisamente na nº 833/89, de Tal Portaria consiste precisamente na nº 833/89, de 22 de Novembro, invocando-se no seu preâmbulo que 22 de Novembro, invocando-se no seu preâmbulo que se utilizou tal forma 'porque a constante evolução dos se utilizou tal forma 'porque a constante evolução dos conhecimentos técnico-científicos neste domínio, o conhecimentos técnico-científicos neste domínio, o eventual aparecimento de novos aditivos e a eventual aparecimento de novos aditivos e a necessidade de harmonização com a legislação necessidade de harmonização com a legislação comunitária impõem uma disciplina legal que permita comunitária impõem uma disciplina legal que permita uma maior flexibilidade ...'. uma maior flexibilidade ...'. (Juiz de instrução)(Juiz de instrução)

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2020

Normas penais em brancoNormas penais em branco““A norma remissiva não é uma norma em branco que A norma remissiva não é uma norma em branco que delegue na portaria o poder de definir o conteúdo da delegue na portaria o poder de definir o conteúdo da incriminação. Os critérios do ilícito penal - desvalor da acção incriminação. Os critérios do ilícito penal - desvalor da acção proibida, desvalor do resultado lesivo e identificação do bem proibida, desvalor do resultado lesivo e identificação do bem jurídico tutelado - encontram-se nas normas dos artigos 24º, jurídico tutelado - encontram-se nas normas dos artigos 24º, nº 1, alínea a), e 82º, nº 2, alínea a), I, do Decreto-Lei nº nº 1, alínea a), e 82º, nº 2, alínea a), I, do Decreto-Lei nº 28/84 (aprovado mediante autorização legislativa da 28/84 (aprovado mediante autorização legislativa da Assembleia da República). Tais critérios hão-de ser Assembleia da República). Tais critérios hão-de ser compreendidos a partir da ideia de utilização de aditivos que compreendidos a partir da ideia de utilização de aditivos que afectem a pureza dos produtos alimentares. A descrição, afectem a pureza dos produtos alimentares. A descrição, feita pela portaria, dos aditivos admissíveis é apenas uma feita pela portaria, dos aditivos admissíveis é apenas uma concretização do critério legal, através da enumeração de concretização do critério legal, através da enumeração de substâncias que são insusceptíveis de afectar a pureza dos substâncias que são insusceptíveis de afectar a pureza dos produtos, apesar de constituirem aditivos alimentares. Mas produtos, apesar de constituirem aditivos alimentares. Mas tal enumeração de substâncias não documenta nenhum tal enumeração de substâncias não documenta nenhum critério autónomo de ilicitude - consiste apenas numa critério autónomo de ilicitude - consiste apenas numa aplicação de conhecimentos técnicos.”aplicação de conhecimentos técnicos.”

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

O princípio da O princípio da culpaculpa, a dignidade humana , a dignidade humana e a integridade moral inviolável da pessoa e a integridade moral inviolável da pessoa (Constituição, artºs 1º e 25º)(Constituição, artºs 1º e 25º).. – Ambiguidade (polissemia) de “culpa”Ambiguidade (polissemia) de “culpa”

Responsabilidade subjectiva (dolo ou negligência, Responsabilidade subjectiva (dolo ou negligência, artº 13 CP)artº 13 CP)Imputabilidade (liberdade, artºs 19 e 20 CP)Imputabilidade (liberdade, artºs 19 e 20 CP)Medida de culpa como limite a medida de pena Medida de culpa como limite a medida de pena (artº 40 CP)(artº 40 CP)

E as pessoas colectivas?E as pessoas colectivas?

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Exercícios: Governo “original”Exercícios: Governo “original”

Governo publica decreto-lei:Governo publica decreto-lei:““Durante três anos, homicídio a pedido Durante três anos, homicídio a pedido

passa a ser punido com pena de multa. passa a ser punido com pena de multa. No final desse período, resultados serão No final desse período, resultados serão avaliados e lei será revista.”avaliados e lei será revista.”

““Quem fumar dentro de estabelecimentos Quem fumar dentro de estabelecimentos de ensino será punido com proibição de de ensino será punido com proibição de conduzir veículos automóveis durante três conduzir veículos automóveis durante três anos.”anos.”

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BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

Beleza, T. P. 1º volBeleza, T. P. 1º volBrito, J. de S. (1978) “A lei penal na Brito, J. de S. (1978) “A lei penal na Constitução” in Constitução” in Textos de Apoio de DPTextos de Apoio de DPCarvalho, A. T. de (1997) Carvalho, A. T. de (1997) Sucessão de Sucessão de leis penais leis penais Dias, J. de F. (2004)Dias, J. de F. (2004)Palma, M. F. (1998) “A aplicação da lei no Palma, M. F. (1998) “A aplicação da lei no tempo..” in tempo..” in Jornadas sobre a Revisão do Jornadas sobre a Revisão do CPCP