1 consultoria e projetos em arqueologia giovani scaramella

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA (coordenador) Marcelo Paiva GATTI Keyla Maria Ribeiro FRAZÃO Roselene de Cássia Coelho MARTINS Claudio Peixoto GOMES Gilmara Ferreira ALVIM Vitor Uchoa Pinto SCARAMELLA Luana Martins CARDOSO Cristiane Sampaio Oliveira NASCIMENTO Nancy Maria Lopes KOW PROJETO MORRO DE SANTO ANTÔNIO / BNDES: AVENIDA REPÚBLICA DO PARAGUAI - RIO DE JANEIRO (ETAPA DIAGNÓSTICO) Diagnóstico arqueológico, apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Rio de Janeiro 2015

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Page 1: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 1

Consultoria e Projetos em Arqueologia

GIOVANI SCARAMELLA

(coordenador) Marcelo Paiva GATTI

Keyla Maria Ribeiro FRAZÃO Roselene de Cássia Coelho MARTINS

Claudio Peixoto GOMES Gilmara Ferreira ALVIM

Vitor Uchoa Pinto SCARAMELLA Luana Martins CARDOSO

Cristiane Sampaio Oliveira NASCIMENTO Nancy Maria Lopes KOW

PROJETO MORRO DE SANTO ANTÔNIO / BNDES: AVENIDA REPÚBLICA DO PARAGUAI - RIO DE JANEIRO

(ETAPA DIAGNÓSTICO)

Diagnóstico arqueológico, apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Rio de Janeiro

2015

Page 2: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 2

GIOVANI SCARAMELLA (coordenador)

PROJETO MORRO DE SANTO ANTÔNIO / BNDES: AVENIDA REPÚBLICA DO PARAGUAI - RIO DE JANEIRO

(ETAPA DIAGNÓSTICO)

Diagnóstico arqueológico, apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015

Encaminhamento:

Coordenador:

Prof. MS Giovani Scaramella

Arqueólogo

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 3

EMPRESA DE ARQUEOLOGIA

Razão social: G Scaramella Consultoria e Projetos em Arqueologia ME

Nome de fantasia: GRIFO Consultoria e Projetos em Arqueologia

CNPJ: 14.721.707/0001-00

Inscrição Municipal: 110343

Email : [email protected]

Site: www.grifo.arq.br

Endereço: Avenida das Jabuticabeiras, 55 - Cinco Lagos

Mendes - RJ - 26700-000

Telefones: (24) 2465-7022

(21) 9 9284-2434

(21) 9 7239-1122

Page 4: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 4

EQUIPE

Arqueólogo Coordenador Giovani Scaramella Telefones: (21) 9 9284-2434 (21) 9 7239-1122 (24) 2465-7022 E-mail: [email protected]

Arqueólogo Coordenador de Campo Marcelo Paiva Gatti Arqueóloga Auxiliar de Campo Keyla Maria Ribeiro Frazão Consultora em História e respon- sável pela Educação Patrimonial Roselene de Cássia Coelho Martins Assessoria em Topografia Cláudio Peixoto Gomes Consultora em Biologia Gilmara Ferreira Alvim Técnicos em Arqueologia Luana Martins Cardoso

Vítor Uchoa Pinto Scaramella Cristiane Sampaio Oliveira Nascimento

Auxiliares de Campo Carlos Roberto dos Santos Ramos

Adriane Martins Hermenegildo

Consultora Jurídica Nancy Maria Lopes Kow

Page 5: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 5

EMPRESA CONTRATANTE

Razão Social

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Dados da Contratante

CNPJ: 33.657.248/0001-89

Inscr. Mun.: 047.146-1

Endereço: Avenida República do Chile, 100, 19º andar - Centro

CEP 20031-917

Rio de Janeiro - RJ

http://www.bndes.gov.br/

Contatos

Mônica Monteiro (021) 3747-9717 Área de Administração [email protected] Departamento de Logística e Patrimônio Bianca Spotorno (021) 2172-8356 Coordenadora de Serviços [email protected] Gerência de Orçamentos e Projetos - AA/DELOP/GEOP

Page 6: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 6

AGRADECIMENTOS

Para a execução do diagnóstico arqueológico na área destinada à

construção do Edifício Anexo do BNDES, na Avenida República do Paraguai, Rio de

Janeiro, RJ, esta coordenação contou com a colaboração de vários profissionais,

especialmente aqueles que compuseram a base da equipe de arqueologia,

destacando-se o arqueólogo Marcelo Paiva Gatti, a arqueóloga auxiliar de campo

Keyla Maria Ribeiro Frazão, a historiadora Roselene de Cássia Martins, a bióloga

Gilmara Ferreira Alvim, o topógrafo Cláudio Peixoto e Nancy Lopes Kow esta última

pelas revisões e orientações jurídicas.

Nossos agradecimentos aos técnicos em arqueologia Luana Martins

Cardoso, Cristiane Sampaio Oliveira Nascimento e Vitor Uchoa Pinto Scaramella, bem

como aos auxiliares de campo Carlos Roberto dos Santos Ramos e Adriane Martins

Hermenegildo.

Salvo as operações mais próximas aos trabalhos de coordenação, campo

e laboratório que caracterizam as pesquisas arqueológicas, outros profissionais e

instituições influíram decisivamente para que os trabalhos fossem bem sucedidos

tendo como referencial o primor pela qualidade, dentre estes: a 6ª Superintendência

Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN,

representado por Ivo Matos Barreto Júnior, Regina Coeli Pinheiro, Regiane Gambim

Barreto, Tatiane Freire, Marcela Andrade, Cristina Leal, Simone Ribeiro e Cristiano

Oliveira; ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade - IRPH, especificamente por sua

Gerência de Arqueologia, representada por Eliana Teixeira de Carvalho e Carlos Rosa

de Azevedo; ao Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional do Janeiro e

Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, reservas e fontes de nossa memória.

Nossos agradecimentos ao BNDES pelo investimento e constante apoio

para o bom desenvolvimento dos trabalhos de arqueologia, assim como à Venerável

Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT, por ter aberto suas portas e

bem nos recebido em prol do desenvolvimento dos trabalhos de arqueologia naquela

localidade.

Agradecemos a Universidade Severino Sombra, localizada no municipio de

Vassouras-RJ por gentilmente ceder o Laboratório de Anatomia Veterinária para que

as comparações anatômicas pudessem ser realizadas. Aos funcionários Marcio Luiz

do Nascimento Carlos, Jorge Luiz Calixto de Souza e Carlos Magno dos Santos

Page 7: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 7

Oliveira, agradecemos pela atenção e presteza durante o período em que se realizou

o trabalho de identificação.

Nossos agradecimentos se estendem também ao pessoal técnico-

administrativo que operacionalizou tecnicamente o nosso trabalho.

Page 8: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 8

RESUMO

O presente documento é o resultado de um serviço especializado de diagnóstico

arqueológico na área destinada à construção do Edifício Anexo do BNDES na Cidade

do Rio de Janeiro/RJ. O presente relatório parcial técnico-científico detalha as

atividades de campo e práticas laboratoriais que permitiram trazer à luz os bens

materiais, diante da necessidade de se cumprir a legislação vigente e de se entender

o contexto arqueológico que tem como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro. A

execução dos trabalhos foi coordenada pelo arqueólogo Prof. MS. Giovani Scaramella

e visou trazer a público os achados arqueológicos. Assim, foi estabelecido contrato

entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e a GRIFO

Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Palavras-chave: Diagnóstico. BNDES. Morro de Santo Antônio. Rio de Janeiro. Arqueologia Urbana.

Page 9: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 9

ABSTRACT

This document is the result of a specialized service archaeological diagnosis in the

area for the construction of the BNDES Annex Building in the City of Rio de Janeiro/

RJ. This technical-scientific partial report details the field activities and laboratory

practices has as an objective a reflection regarding the archeological context that has

the city of Rio de Janeiro as a background. The project was coordinated by the

archeologist Prof. Giovani Scaramella. Thus, a contract was established between the

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES and GRIFO

Consultoria e Projetos em Arqueologia has been signed.

Keywords: Diagnosis. BNDES. Rio de Janeiro. Morro de Santo Antônio. Urban

Archaeology.

Page 10: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 10

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Imagem de satélite com a localização da área do serviço de

arqueologia _____________________________________________29

Figura 2 - Planta com a localização da área do serviço de Arqueologia _____30

Figura 3 - Convento Santo Antônio e arredores ________________________34

Figura 4 - Lagoa de Santo Antônio (165-) ______________________________34

Figura 5 - Detalhe da gravura Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama

pintado em Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio

Taunay (18--) ____________________________________________36

Figura 6 - Detalhe do Plano da cidade do Rio de Janeiro (1791) ___________36

Figura 7 - Detalhe do Plano da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

(1812) __________________________________________________37

Figura 8 - Detalhe da Planta da Cidade do Rio de Janeiro e Subúrbios (1875)

_______________________________________________________38

Figura 9 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo

Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)__________________38

Figura 10 - Detalhe da planta da cidade do Rio de Janeiro e de parte dos seus

subúrbios (1885- 1905) ___________________________________39

Figura 11 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e subúrbios (18--) 39

Figura 12 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo

Antônio e aterro da enseada da Glória (1890) ________________43

Figura 13 - Vista lateral norte da igreja da Ordem Terceira da Penitência , Moro

de Santo Antônio (1864-1957) ____________________________43

Figura 14 - Morro de Santo Antônio, vista lado norte (19--) _______________44

Figura 15 - Morro de Santo Antônio (1920) ____________________________44

Figura 16 - Favela do Morro de Santo Antônio (1954) ____________________46

Figura 17 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1954) _______________46

Figura 18 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo

Antônio e aterro da enseada da Glória (1890) ________________47

Figura 19 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1921) _______________49

Figura 20 - Morro de Santo Antônio: vista do lado Norte/Oeste (1958) ______49

Figura 21 - Morro de Santo Antônio: obras na encosta do morro (195-) _____50

Page 11: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 11

Figura 22 - Morro de Santo Antônio (195-) _____________________________50

Figura 23 - Desmonte do Morro de Santo Antônio (1959) _________________51

Figura 24 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (195-) ________________51

Figura 25 - Abertura da Avenida Chile (1959) __________________________52

Figura 26 - Morro de Santo Antônio (1960) ____________________________52

Figura 27 - Esplanada de Santo Antônio (1968) ________________________52

Figura 28 - Localização das sondagens geológicas na área de estudo _____56

Figura 29 - Mapa geológico da cidade do Rio de Janeiro, destacando a região

sul do Município e a área onde está esculpido o Morro de Santo

Antônio ________________________________________________57

Figura 30 - Mapa de localização da cidade do Rio de Janeiro, destacando a área

de abrangência do Maciço da Tijuca ________________________57

Figura 31 - Levantamento planialtimétrico evidenciando a área de abrangência

do empreendimento e as intervenções arqueológicas realizadas 59

Figura 32 - Levantamento planialtimétrico evidenciando as intervenções

arqueológicas realizadas _________________________________60

Figura 33 - Vista parcial do sítio coberto por vegetação rasteira __________77

Figura 34 - Remoção da cobertura vegetal do terreno ___________________77

Figura 35 - Levantamento topográfico ________________________________78

Figura 36 - Levantamento topográfico ________________________________78

Figura 37 - Escada e rampa (Área A) _________________________________79

Figura 38 - Muro de contenção superior e inferior situado na porção Norte do

sítio ___________________________________________________79

Figura 39 - Escada inferior (Área A) __________________________________80

Figura 40 - Muro de interseção entre o sítio e as instalações da Venerável

Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT _________80

Figura 41 - Material votivo de agradecimento a Santo Antônio ____________81

Figura 42 - Antiga porta presente no paredão de interseção da área com as

instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da

Penitência - VOT ________________________________________81

Figura 43 - Vista geral da Área A evidenciando a abertura dos poços-testes,

escadarias e muro de contenção ____________________________82

Figura 44 - Detalhe do suporte para grade do muro de contenção _________82

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 12

Figura 45 - Registro da escada situada na porção superior da Área A

permitindo o acesso às demais áreas _______________________83

Figura 46 - Imagem demonstrando a existência de piso cimentado na Área B,

além das demais estruturas edificadas ______________________83

Figura 47 - Vista geral das intervenções efetuadas nas Áreas B, C, D e E,

respectivamente (direito-esquerda) _________________________84

Figura 48 - Evidenciação parcial das intervenções realizadas nas Áreas (C, D, E

e H), esta última situa-se paralela a Área C __________________84

Figura 49 - Vista geral (Área E) demonstrando as intervenções realizadas no

subsolo________________________________________________85

Figura 50 - Vista geral (Área F) testemunhando a ocorrência de materiais

diversificados na superfície e intervenções realizadas na

subsuperfície ___________________________________________85

Figura 51 - Imagem evidenciando as sondagens realizadas nas Áreas G e H 86

Figura 52 - Vista parcial do sítio evidenciando as intervenções realizadas em

subsuperfície ___________________________________________87

Figura 53 - Vista geral da sondagem I1 e da caixa d’água (Área I) _________87

Figura 54 - Parte do muro construído em alvenaria de pedra situado na porção

sul do sítio _____________________________________________88

Figura 55 - Abertura de poços-testes - Área J __________________________89

Figura 56 - Abertura de poços-testes - Área K _________________________90

Figura 57 - Vista geral da sondagem C1 (Área C) _______________________91

Figura 58 - sondagem D1 (Área D) ___________________________________92

Figura 59 - sondagem E1 (Área E) ___________________________________93

Figura 60 - sondagem F1 (Área F) ____________________________________94

Figura 61 - sondagem F2 (Área F), evidenciando a base da caixa d’água ___95

Figura 62 - sondagem G1 (Área G) ___________________________________96

Figura 63 - Vista geral da sondagem H1 (Área H) _______________________97

Figura 64 - sondagem I1 (Área I) _____________________________________98

Figura 65 - sondagem K1 (Área K) ___________________________________99

Figura 66 - poço-teste 01 (Área A) ___________________________________100

Figura 67- poço-teste 01 (Área A) ____________________________________100

Figura 68 - poço-teste 03 (Área A) ___________________________________101

Figura 69 - poço-teste 04 (Área A) ___________________________________101

Page 13: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 13

Figura 70 - poço-teste 05 (Área A) ___________________________________102

Figura 71 - poço-teste 06 (Área A) exibindo sedimento avermelhado _______102

Figura 72 - poço-teste 07 (Área A) ___________________________________103

Figura 73 - poço-teste 08 (Área A) ___________________________________103

Figura 74 - poço-teste 09 (Área A) ___________________________________104

Figura 75 - poço-teste 10 (Área A) ___________________________________104

Figura 76 - poço-teste 11 (Área A) ____________________________________105

Figura 77- poço-teste 12 (Área A) ____________________________________105

Figura 78 - poço-teste 13 (Área C) ___________________________________106

Figura 79 - poço-teste 14 (Área D) ___________________________________106

Figura 80 - poço-teste 15 (Área E) ___________________________________107

Figura 81 - poço-teste 16 (Área F) ____________________________________107

Figura 82 - poço-teste 17 (Área D) ___________________________________108

Figura 83 - poço-teste 18 (Área E) ___________________________________108

Figura 84 - poço-teste 19 (Área F) ____________________________________109

Figura 85 - poço-teste 20 (Área C) ___________________________________109

Figura 86 - poço-teste 21 (Área D) ___________________________________110

Figura 87 - poço-teste 22 (Área G) ___________________________________110

Figura 88 - poço-teste 23 (Área G) ___________________________________111

Figura 89 - poço-teste 24 (Área J) ____________________________________111

Figura 90 - poço-teste 25 (Área J) ____________________________________112

Figura 91 - poço-teste 26 (Área J) ____________________________________112

Figura 92 - poço-teste 27 (Área J) ____________________________________113

Figura 93 - poço-teste 28 (Área K) ___________________________________113

Figura 94 - poço-teste 01 (Área A) ___________________________________114

Figura 95 - poço-teste 30 (Área K) ___________________________________114

Figura 96 - poço-teste 31 (Área K) ___________________________________115

Figura 97 - poço-teste 32 (Área K) ___________________________________115

Figura 98 - poço-teste 33 (Área K) ___________________________________116

Figura 99 - poço-teste 34 (Área K) ___________________________________116

Figura 100 - poço-teste 35 (Área K) __________________________________117

Figura 101 - poço-teste 36 (Área K) __________________________________117

Figura 102 - poço-teste 37 (Área K) __________________________________118

Figura 103 - poço-teste 38 (Área K) __________________________________118

Page 14: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 14

Figura 104 - poço-teste 39 (Área K) __________________________________119

Figura 105 - poço-teste 40 (Área K) __________________________________119

Figura 106 - poço-teste 41 (Área K) __________________________________120

Figura 107 - poço-teste 42 (Área K) __________________________________120

Figura 108 - poço-teste 43 (Área K) __________________________________121

Figura 109 - poço-teste 44 (Área K) __________________________________121

Figura 110 - poço-teste 45 (Área K) __________________________________122

Figura 111 - poço-teste 46 (Área K) __________________________________122

Figura 112 - poço-teste 47 (Área K) __________________________________123

Figura 113 - poço-teste 48 (Área K) __________________________________123

Figura 114 - poço-teste 49 (Área K) __________________________________124

Figura 115 - Perfil estratigráfico SC1 _________________________________126

Figura 116 - Perfil estratigráfico setor SD1 ____________________________127

Figura 117 - Perfil estratigráfico setor SE1 ____________________________128

Figura 118 - Perfil estratigráfico setor SF1 ____________________________129

Figura 119 - Perfil estratigráfico setor SF2 ____________________________130

Figura 120 - Perfil estratigráfico setor SG1 ____________________________131

Figura 121 - Perfil estratigráfico setor SH1 ____________________________132

Figura 122 - Perfil estratigráfico setor SI1 _____________________________133

Figura 123 - Perfil estratigráfico setor SK1 ____________________________134

Figura 124 - Etiquetagem autoadesiva em BOPP com impressão por

transferência térmica (TT) com ribbon _____________________137

Figura 125 - Representação de Debret ________________________________142

Figura 126 - Fragmento de Cachimbo Cerâmico (Tipo X) _________________145

Figura 127 - Destaque para fornilho de Cachimbo Cerâmico (Tipo X) ______145

Figura 128 - Exemplar de bico de bule - Cerâmica Utilitária Simples Vidrada -

(Tipo VIII) _____________________________________________146

Figura 129 - Exemplares de Alças Cerâmicas __________________________146

Figura 130 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Com Banho - (Tipo II) _147

Figura 131 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples - (Tipo I) ____________147

Figura 132 - Exemplar de provável “puxador” cerâmico _________________148

Figura 133 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII) __148

Figura 134 - Exemplar de Louça Pintada - (Tipo III) _____________________153

Figura 135 - Exemplar de Padrão Willow - (Tipo III) _____________________153

Page 15: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 15

Figura 136 - Exemplar de aplique - Louça Pintada com Relevo Padrão Willow -

(Tipo III) ______________________________________________154

Figura 137 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII) ___________________156

Figura 138 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII) ___________________156

Figura 139 - Exemplares de Porcelanas Pintadas - (Tipo XI) ______________158

Figura 140 - Exemplar de provável xícara de porcelana __________________158

Figura 141 - Exemplar de provável alça de Porcelana ___________________159

Figura 142 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI) _______159

Figura 143 - Exemplar de Porcelana Pintada Com Relevo - (Tipo XII) _______160

Figura 144 - Exemplar de borda de provável pires de Porcelana __________160

Figura 145 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI) _______161

Figura 146 - Exemplar de Porcelana __________________________________161

Figura 147 - Exemplar de faiança fina sob efeito do feixe de laser _________162

Figura 148 - Exemplar de porcelana sob efeito do feixe de laser __________162

Figura 149 - Evolução da marca Pozzani ______________________________164

Figura 150 - Evolução da marca Schmidt______________________________165

Figura 151 - Evolução da marca D. Pedro II ____________________________166

Figura 152 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

____________________________________________________171

Figura 153 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

_____________________________________________________171

Figura 154 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

_____________________________________________________172

Figura 155 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

_____________________________________________________172

Figura 156 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

_____________________________________________________173

Figura 157 - Exemplar de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

_____________________________________________________173

Figura 158 - Fragmento de vidro doméstico - Xicara (Tipo II-b) ____________174

Figura 159 - Fragmento de vidro doméstico - base de Cálice (Tipo II-d) _____174

Figura 160 - Fragmentos de embalagens de vidro - corpo de garrafa - (Tipo I-c)

_____________________________________________________175

Figura 161 - Exemplares de Embalagens - Frascos (Tipo I-b) _____________175

Page 16: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 16

Figura 162 - Tipologia de formas de garrafas __________________________177

Figura 163 - Fotografia de garrafeiros tomada por Marc Ferraz em 1895 ____178

Figura 164 - Exemplar de embalagem de vidro - Garrafa tipo Bourguignonne

_____________________________________________________182

Figura 165 - Exemplar de embalagem de vidro - pescoço de garrafa _______183

Figura 166 - Exemplar de embalagem de vidro - ombro e pescoço de frasco 183

Figura 167 - Exemplar de embalagem de vidro - fundos de garrafas _______184

Figura 168 - Exemplares de embalagem de vidro - garrafas século XX(Tipo I-b)

_____________________________________________________184

Figura 169 - Primeira foto das instalações da Fábrica Santa Marina 1896 ___186

Figura 170 - Funcionários na oficina mecânica da Santa Marina em 1919 ___186

Figura 171 - Fábrica Wheaton & Co. em Millville, 1888 __________________188

Figura 172 - Propaganda de embalagem verde produzida pela Wheaton & Co.

em 1893 ______________________________________________188

Figura 173 - Trabalhadores da T. C. Wheaton Glass Company em 1890 ____189

Figura 174 - Interior da Fábrica T. C. W. em 1937 _______________________189

Figura 175 - Evolução da marca Wheaton _____________________________190

Figura 176 - Confeitaria Colombo 1894 _______________________________191

Figura 177 - Automóvel das Fábricas Peixe ____________________________193

Figura 178 - Fachada da Fábricas Peixe ______________________________194

Figura 179 - Exemplar de Telha Canal Cerâmica - (Tipo I) ________________207

Figura 180 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V) ___________________207

Figura 181 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V) ___________________208

Figura 182 - Exemplar de Telha de Francesa Cerâmica - (Tipo II) __________208

Figura 183 - Exemplar de Telha Colonial Cerâmica - (Tipo I) ______________209

Figura 184 - Exemplar de Telha Francesa Cerâmica - (Tipo II) _____________209

Figura 185 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Policromático - (Tipo III) _____214

Figura 186 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Bicromático - (Tipo II) _______214

Figura 187 - Exemplar de Ladrilho - Faiança (Portuguesa) Pintada Sem Relevo -

(Tipo VII) - Motivo decorativo “rendas”. Possivelmente Século

XVII/XVIII ______________________________________________221

Figura 188 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo

VII)___________________________________________________221

Page 17: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 17

Figura 189 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo

VII)___________________________________________________222

Figura 190 - Exemplares de ladrilhos de faiança pintada sem relevo e

policromático - (Tipo VII) ________________________________222

Figura 191 - Exemplares de ladrilhos de louça sem relevo e sem decoração -

(Tipo III) ______________________________________________223

Figura 192 - Exemplar de ladrilho Pintado em padrão grego ______________223

Figura 193 - Exemplar de peça votiva em ladrilho ______________________224

Figura 194 - Antiga fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo, na década de 1960

_____________________________________________________226

Figura 195 - Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - KIC ______226

Figura 196 - Exemplar de Piso Cerâmico Monocromático Sem Relevo - (Tipo I)

_____________________________________________________230

Figura 197 - Exemplar de Mármore (Peça Votiva) _______________________232

Figura 198 - Placa votiva em metal ___________________________________232

Figura 199 - Exemplar de fogareiro __________________________________234

Figura 200 - Exemplar de colher _____________________________________234

Figura 201 - Exemplar de base para espelho de bolso ___________________235

Figura 202 - Exemplar de compasso _________________________________235

Figura 203 - Exemplares de prego ___________________________________236

Figura 204 - Exemplar de provável sacho _____________________________236

Figura 205 - Exemplar de provável peça de máquina de escrever _________237

Figura 206 - Exemplar de haste de luminária de parede __________________237

Figura 207 - Exemplar de chave Gorja ________________________________238

Figura 208 - Exemplar de tampa de garrafa - “chapinha” _________________238

Figura 209 - Vendedores de capim e leite _____________________________244

Figura 210 - Epífise distal de fêmur de bovino _________________________245

Figura 211 - fragmentos de metatarso de bovino _______________________245

Figura 212 - Caravana de comerciantes indo para Tijuca à cavalo _________246

Figura 213 - fragmentos de costela, rádio e ulna de equino ______________247

Figura 214 - Aldeia de caboclos em Cantagalo _________________________248

Figura 215 - fragmentos de mandíbula inferior de cão doméstico _________248

Figura 216 - Propaganda do projeto de saneamento urbano do Rio de Janeiro

do início do século XX __________________________________249

Page 18: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 18

Figura 217 - Crânio de Rattus rattus __________________________________250

Figura 218 - Vértebra de peixe fragmentada ___________________________250

Figura 219 - Mercado da Praia do Peixe, Centro do Rio de Janeiro, c. 1893-1894

_____________________________________________________251

Figura 220 - Negros vendedores de galinhas e perus ___________________252

Figura 221 - Fragmentos de ossos de galinha doméstica (Gallus gallus) ___252

Figura 222 - Ossos de galinha doméstica (Gallus gallus) ________________253

Figura 223 - Concha de Achatina fulica, Bowdich (1822) _________________255

Figura 224 - Concha de Stramonita haemastoma, Linneaus (1767) ________255

Figura 225 - Valva de Ostrea spp ____________________________________256

Figura 226 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico _______287

Figura 227- Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico _______288

Figura 228 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico na área

diretamente afetada e na área de influência direta _______________289

Page 19: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 19

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Sobreposição de imagem de atual satélite e Planta da Cidade do

Rio de Janeiro da Diretoria de Obras Públicas (1870) _________41

Quadro 02 - Dimensões e profundidades dos setores escavados _________74

Quadro 03 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados _____75

Quadro 04 - Tempo de secagem em ambiente seco e arejado _____________136

Quadro 05 - Características dos tipos cerâmicos _______________________141

Quadro 06 - Classificação da faiança fina adotada ______________________151

Quadro 07 - Marcas de louça _______________________________________167

Quadro 08 - Marcas em vidros ______________________________________195

Quadro 09 - Marcas levantadas em telhas _____________________________210

Quadro 10 - Algumas etapas de preparação do ladrilho hidráulico ________215

Quadro 11 - Utensílios utilizados na produção de ladrilho hidráulico ______216

Quadro 12 - Marcas em ladrilho _____________________________________228

Quadro 13 - Marcas levantadas de metal ______________________________239

Quadro 14 - Cronologia dos padrões monetários brasileiros _____________241

Quadro 15 - Moedas ______________________________________________242

Quadro 16 - Síntese de meterial ósseo identificado _____________________258

Quadro 17 - Quantidade de material coletado por intervenção subsuperficial

_______________________________________________________286

Page 20: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 20

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1) _______260

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2) _______268

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3) ________276

Page 21: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 21

LISTA DE GRAFICOS

Gráfico 01 - Quantidade de material ósseo identificado _________________257

Gráfico 02 - Quantidade absoluta de Materiais _________________________284

Page 22: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 22

LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS E SÍMBOLOS

6a SR - 6a Superintendência Regional /IPHAN

AN - Arquivo Nacional

BN - Biblioteca Nacional

BOPP - Polipropileno Biaxialmente Orientado (Biaxially Oriented Polypropylene)

CNA - Centro Nacional de Arqueologia / IPHAN

EIA/Rima - Estudo de Impacto Ambiental/Rima

GAR - Gerência de Arqueologia /Instituto Rio Patrimônio da Humanidade

INEA - Instituto Estadual do Ambiente

INEPAC - Instituto Estadual de Patrimônio Cultural

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

IRPH - Instituto Rio Patrimônio da Humanidade

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

TAC - Termo de Ajustamento de Conduta

TT - Impressão por Transferência Térmica (Thermal Transfer printing)

Page 23: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 23

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO __________________________________________________27

2 A GRIFO CONSULTORIA E PROJETOS EM ARQUEOLOGIA ____________31

3 BNDES - BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL ________________________________________________________32

4 HISTÓRIA LOCAL _______________________________________________33

4.1 A ocupação e as transformações na área do Morro de Santo Antônio ___40

4.2 Os planos de urbanização: o sacrifício do Morro de Santo Antônio _____47

5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL ____________________________54

5.1 Geologia _____________________________________________________54

5.2 Geomorfologia ________________________________________________56

6 INTERVENSÕES ARQUEOLÓGICAS SUBSUPERFICIAIS _______________58

6.1 Limpeza do sítio _______________________________________________62

6.2 Prospecção de superfície _______________________________________62

6.3 Prospecção de subsuperfície ____________________________________62

6.4 Área A _______________________________________________________63

6.4.1 Poços-testes ________________________________________________63

6.5 Área B _______________________________________________________64

6.6 Área C _______________________________________________________64

6.6.1 Poços-testes ________________________________________________65

6.6.2 Sondagem C1 _______________________________________________65

6.7 Área D _______________________________________________________66

6.7.1 Poços-testes ________________________________________________66

6.7.2 Sondagem D1 _______________________________________________67

6.8 Área E _______________________________________________________68

6.8.1 Poços-testes ________________________________________________68

Page 24: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 24

6.8.2 Sondagem E1 ________________________________________________68

6.9 Área F _______________________________________________________69

6.9.1 Poços-testes ________________________________________________69

6.9.2 Sondagem F1 ________________________________________________69

6.9.3 Sondagem F2 _______________________________________________69

6.10 Área G ______________________________________________________70

6.10.1 Poços-testes _______________________________________________70

6.10.2 Sondagem G1 ______________________________________________70

6.11 Área H ______________________________________________________71

6.11.1 Sondagem H1 ______________________________________________71

6.12 Área I _______________________________________________________71

6.12.1 Sondagem I 1 _______________________________________________72

6.13 Área J ______________________________________________________72

6.13.1 Poços-testes _______________________________________________72

6.14 Área K ______________________________________________________73

6.14.1 Poços-testes _______________________________________________73

6.14.2 Sondagem K1 ______________________________________________73

7 Perfis estratigráficos ____________________________________________125

8 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO _____________________________135

8.1 Procedimentos técnicos ________________________________________135

8.2 Fotografias de laboratório _______________________________________137

8.3 Análise do material arqueológico _________________________________138

9 MATERIAL CERÂMICO ___________________________________________139

9.1 Tipos de cerâmica _____________________________________________139

10 LOUÇA _______________________________________________________149

10.1 Marcas de fabricante de porcelana _______________________________163

Page 25: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 25

10.1.1 Pozzani ____________________________________________________163

10.1.2 Schmidt ___________________________________________________164

10.1.3 Porcelana D. Pedro II _________________________________________166

11 VIDRO _______________________________________________________169

11.1 Marcas de fabricante de vidro ___________________________________185

11.1.1 Santa Marina _______________________________________________185

11.1.2 Wheaton ___________________________________________________187

11.1.3 Confeitaria Colombo _________________________________________190

11.1.4 Cisper _____________________________________________________192

11.1.5 Fábrica Peixe _______________________________________________193

12 MATERIAIS CONSTRUTIVOS _____________________________________205

12.1 Telha _______________________________________________________205

12.2 Ladrilho hidráulico ____________________________________________211

12.3 Ladrilhos ____________________________________________________217

12.3.1 Marcas de fabricante de ladrilho _______________________________224

12.3.1.1 Klabin Irmãos& Cia __________________________________________224

12.3.1.2 INCEPA __________________________________________________227

12.4 Piso cerâmico _______________________________________________230

13 PEÇAS VOTIVAS _______________________________________________231

14 METAL _______________________________________________________233

14.1 Marcas de fabricante de metal __________________________________239

14.2 Moedas _____________________________________________________240

15 ZOOARQUEOLOGIA ____________________________________________243

15.1 Metodologia _________________________________________________243

15.2 Mamíferos identificados _______________________________________244

15.2.1 Família Bovidae _____________________________________________224

Page 26: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 26

15.2.2 Família Equidae _____________________________________________246

15.2.3 Família Canidae _____________________________________________247

15.2.4 Família Muridae _____________________________________________249

15.3 Peixes ______________________________________________________250

15.4 Aves _______________________________________________________251

15.4.1 Família Phasianidae _________________________________________251

15.5 Moluscos ____________________________________________________253

15.5.1 Classe Gastropoda, Curvier (1797) _____________________________253

15.5.2 Classe Bivalve, Linneaus (1758) _______________________________256

15.6 Resultados __________________________________________________256

16 QUANTITATIVO _______________________________________________259

17 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS E PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO _________285

RERERÊNCIAS __________________________________________________294

ANEXO A - Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961 - Dispõe sobre os

Monumentos Arqueológicos e Pré-históricos _________________303

ANEXO B - Portaria n° 07/SPHAN de 01 de dezembro de 1988 ____________307

ANEXO C - Decreto nº 22872 de 7 de maio de 2003 - Cria a Obrigatoriedade da

Pesquisa Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana _______310

ANEXO D - Decreto nº 22873 de 7 de maio de 2003 - Cria a Carta Arqueológica

do Município do Rio de Janeiro _____________________________312

ANEXO E - Inventário Projeto Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida

República do Paraguai - Rio de Janeiro (Etapa Diagnóstico) _____314

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 27

1 INTRODUÇÃO O presente documento intitulado Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida

República do Paraguai - Rio de Janeiro (Etapa Diagnóstico), coordenado pelo Prof.

MS Giovani Scaramella, apresentado à empresa contratante teve como objetivo a

realização de diagnóstico arqueológico na área destinada à construção do Edifício

Anexo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,

especificamente, em terrenos situados no lado par da Avenida República do Paraguai,

Centro da Cidade do Rio de Janeiro, em área de 4.483,03 m².

A área de estudo compreende dois terrenos, registrados no 7º Ofício de Registro de Imóveis da Cidade do Rio de Janeiro, sob a matrícula nº 18066-2-AO, e no 2º Ofício de Registro de Imóveis da Cidade do Rio de Janeiro, sob a matrícula 101275, que estão em processo de desmembramento e remembramento (BNDES, 2014).

O projeto de construção do Edifício Anexo do BNDES prevê a subtração da

parcela do Morro de Santo Antônio marcado pelo corte da área diretamente afetada

até alcançar o nível da Avenida República do Paraguai.

As atividades tiveram início no dia 27 de janeiro de 2015, com autorização

através da Portaria n° 05 de 23 de janeiro de 2015 publicada em 26/01/2015 no Diário

Oficial da União n° 17 p. 4.

O presente relatório foi elaborado dentro de uma perspectiva interdisciplinar

de ação integrada contando com o trabalho e a cooperação de profissionais de

diferentes áreas.

O espaço exibe, dentre outras características, estruturas em cimento com

compartimentos diversos, muros em alvenaria de pedra e tijolo, muros de contenção,

escadas e rampas, uma antiga caixa d’água de alvenaria de tijolo, e materiais

arqueológicos diversificados em superfície, como garrafas, fragmentos de cerâmicas

vidradas, louça, porcelana, vidro, telhas, tijolos, placas votivas, sacos plásticos e

moedas.

Buscou-se compreender este espaço como algo vivo, considerando que o

mesmo apresenta vestígios relacionados a atividades humanas, o que permite

caracterizá-lo como Patrimônio Histórico Cultural que remonta ao período colonial.

Entende-se por patrimônio “os bens de natureza material e imaterial, tomados

Page 28: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 28

individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à

memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (BRASIL, 2012,

p. 124). Diante disso, os vestígios culturais presentes no Morro de Santo Antônio são

bens de natureza material, de valor histórico.

Partindo desse pressuposto, este relatório contempla o desenvolvimento

de pesquisa na área do Patrimônio Arqueológico, baseado em conceitos teórico-

metodológicos de campos de atuação como a Arqueologia Histórica. Os primeiros

trabalhos em sítios históricos no Brasil foram desenvolvidos por volta da década de

1930, no entanto, foi a partir da década de 1980 que essa disciplina vivenciou

mudanças significativas, especialmente com a incorporação de novas temáticas e

pressupostos teóricos e metodológicos. A partir de 1990, a Arqueologia Histórica se

consolidou como campo de pesquisa na academia, surgindo assim, vários trabalhos

tratando sobre as temáticas pertinentes. Em virtude de pesquisas desenvolvidas no

contexto da arqueologia de contrato, vários relatórios técnicos emergiram,

fortalecendo ainda mais esse campo de pesquisa.

A Arqueologia Histórica consiste no estudo dos aspectos materiais

seguindo uma perspectiva histórica, cultural e social, dos efeitos do mercantilismo e

do capitalismo na sociedade moderna (OLSER JR, 1992). Desta forma, a Arqueologia

Histórica constitui o estudo de um determinado período histórico, neste caso o

moderno, em alusão a perspectiva preconizada pelo efeito capitalista instaurado na

sociedade moderna (FUNARI, 2002). De maneira geral, a Arqueologia Histórica

possui um campo de análise vasto e promissor que fornece informações das quais

pode-se reconstituir e interpretar as sociedades do passado, e na dialética entre

passado e presente conhecermos a nós mesmos.

Desse modo, os resultados obtidos com a realização do presente

diagnóstico arqueológico permitirão a elaboração e implantação de medidas que

visem à mitigação dos impactos negativos ao patrimônio arqueológico situado na área

de construção do Edifício Anexo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico

e Social - BNDES. A variedade de fontes de informação utilizada nas pesquisas da

arqueologia histórica, como documentos escritos, imagens pictóricas, informações

orais, artefatos, arquitetura e estruturas (OLSER JR, 1992), ajudam a compreender

as evidências de atividades humanas nesse ambiente.

Page 29: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 29

Figura 1 - Imagem de satélite com a localização da área do serviço de Arqueologia

Fonte: Adaptado do GOOGLE EARTH, 2014. OBS: a demarcação em vermelho aponta

para a localização do terreno.

Page 30: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 30

Figura 2 - Planta com a localização da área do serviço de Arqueologia

Fonte: Adaptado de BNDES, 2014. OBS: a demarcação em verde aponta para a

localização do terreno.

Page 31: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 31

2 A GRIFO CONSULTORIA E PROJETOS EM ARQUEOLOGIA

A GRIFO é uma empresa de consultoria e projetos especializada em

Arqueologia - urbana, histórica e pré-histórica - gerenciamento, restauração e

conservação de patrimônio cultural. Sua atuação atende as exigências da legislação

brasileira sobre áreas de interesse histórico, como também aquelas de potencial

arqueológico que apresentam a probabilidade de ocorrência de vestígios materiais

não documentados. A empresa opera no mercado com o objetivo de dar suporte

técnico-científico, assim como no de gerenciamento e coordenação de projetos em

qualquer ponto do território brasileiro, visando o máximo de eficiência e

responsabilidade com o patrimônio cultural e arqueológico nacional.

Os profissionais que atuam nesta equipe são qualificados para o

desenvolvimento de estudos de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto

ambiental (EIA/RIMA), em atendimento a legislação brasileira, em especial aos

princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente,

especificamente para área arqueológica que caracteriza a empresa.

A GRIFO elabora diagnósticos, analisa impactos ambientais, define

medidas mitigadoras dos impactos negativos e elabora programas de

acompanhamento, prospecção, resgate, monitoramento arqueológico e educação

patrimonial.

A Empresa elabora projetos e acompanha pedidos de permissão e

autorização para a realização de trabalhos arqueológicos junto ao IPHAN, sob

permanente orientação de um coordenador responsável, devidamente qualificado

para o desenvolvimento desse trabalho.

Page 32: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 32

3 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,

empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo

prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em

uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental.

Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à

agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições

especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem

implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde,

agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano.

Em seu Planejamento Corporativo 2009/2014, o BNDES elegeu a

inovação, o desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental

como os aspectos mais importantes do fomento econômico no contexto atual, e que

devem ser promovidos e enfatizados em todos os empreendimentos apoiados pelo

Banco.

Assim, o BNDES reforça seu compromisso histórico com o

desenvolvimento de toda a sociedade brasileira, em alinhamento com os desafios

mais urgentes da dinâmica social e econômica contemporânea.

Page 33: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 33

4 HISTÓRIA LOCAL O levantamento histórico a seguir tem o objetivo de fornecer informações

básicas a fim de que se conheça a evolução pela qual passou o Morro de Santo

Antônio, localizado no centro da Cidade do Rio de Janeiro, onde foi realizado o

Diagnóstico Arqueológico.

Para o conhecimento do referido local, nos baseamos em imagens

cartográficas, fotográficas de época e referências bibliográficas pertinentes a cada

período a ser estudado.

A área em pesquisa, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, foi

outrora parte de um extenso morro denominado Santo Antônio. Interessa-nos aqui

estudar a parte remanescente do referido morro, área pouco explorada por pesquisas

anteriormente elaboradas, mais precisamente o lado limite com a Rua da Carioca e

com a atual Avenida República do Paraguai, onde serão realizadas as construções do

prédio anexo do BNDES.

AACom a chegada dos frades da Ordem do Carmo ao Brasil, requisitou-se

junto à população abastada que se ofertassem terras para se erigir um convento de

sua Ordem. Crispim da Costa ofereceu o morro contíguo a uma pequena lagoa, oferta

que foi recusada de mediato. Apesar de não terem se transferido para lá, o morro ficou

por determinado tempo sendo conhecido como “do Carmo”. (GERSON, 2000, p. 103)

Em 1592, chegaram os frades franciscanos ao Rio de Janeiro instalando-

se próximo ao morro do Castelo. Somente em 1607, decidiram construir um convento.

Foi então oferecido aos frades franciscanos o mesmo local anteriormente oferecido

aos carmelitas que, diferentemente dos antecessores, logo se interessaram em

ocupar e ali construir o convento em homenagem a Santo Antônio, desde que as

autoridades construíssem uma rua ligando a ermida ao mar e uma vala para o

escoamento das águas paradas da lagoa, no que foram prontamente atendidos

(COARACY, 1988, p. 110).

Page 34: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 34

Figura 3 - Convento Santo Antônio e arredores

Fonte: GOOGLE MAPS, 2014. Legenda: A - Convento de Santo Antônio; B - Venerável

Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.

Figura 4 - Lagoa de Santo Antônio (165-)

Fonte: PORTAL GEORIO, 2014.

A

B

Page 35: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 35

Parte do convento com a igreja dedicada a Santo Antônio ficaram prontos

em 1615. Tendo sido construída em parte elevada do morro.

O acesso ao convento fazia-se por uma ladeira rasgada no próprio local onde hoje se acha a escadaria que leva à Igreja da Ordem Terceira da Penitência. Um século mais tarde, foi aberta uma segunda ladeira, de que hoje resta uma mínima fração, mas aproximadamente representada pelo atual trajeto dos bondes de Santa Teresa. (COARACY, 1988, p.115)

Em 1619 foi fundada a Ordem Terceira da Penitência por Luís de

Figueiredo e sua esposa Antônia Carneiro e lhes foi dada uma parte de terras ao lado

da igreja do Convento do Santo Antônio para que fosse erguida a Igreja de São

Francisco da Penitência (GERSON, 2000, p. 105). A situação das terras pertencentes

aos franciscanos foi, desde o momento em que nela se instalaram, um problema a ser

resolvido. Os limites do terreno a eles pertencentes era muito vago, sem

detalhamentos (COARACY, 1988, p. 116).

Além da Igreja de São Francisco da Penitência e do Convento de Santo

Antônio, ao sopé do morro foi criado um cemitério para o repouso dos escravos

pertencentes aos franciscanos. O pequeno cemitério próximo à lagoa de Santo

Antônio precisou ser ampliado para abrigar escravos de outros proprietários. O

cemitério localizado à frente da Igreja da Penitência funcionou até o ano de 1741.

Após, os escravos do convento passaram a ser enterrados “nas quadras do claustro

e no corpo da igreja” (RÖWER, 2008, p. 67). Em 1850, tal prática foi proibida por D.

Pedro II. Entretanto, os religiosos continuaram os enterramentos até o ano de 1889,

pois constituíam uma fonte de renda para o convento (RÖWER, 2008, p. 177).

O pedaço de terra do dito campo santo foi doado à Ordem Terceira da

Penitência para que se construísse um hospital, dando fundos para o mosteiro e frente

para o atual Largo da Carioca. O Hospital da Penitência foi demolido por ocasião do

alargamento do Largo da Carioca, projeto do prefeito Pereira Passos. O Hospital da

Penitência é a construção quadrangular que aparece na parte direita inferior da pintura

de Ronmy intitulada “Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama pintado em

Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio Taunay”.

Page 36: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 36

Figura 5 - Detalhe da gravura Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama pintado em Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio Taunay (18--)

Fonte: FRIEDRICH. (18--)

Figura 6 - Detalhe do Plano da cidade do Rio de Janeiro (1791)

Fonte: BETANCOURT, 1791. Obs.: em destaque o Morro de Santo Antônio.

Page 37: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 37

Observando o Plano da cidade do Rio de Janeiro, de autoria de Betancourt,

é possível verificar a antiga construção do Convento de Santo Antônio e destaca-se

aqui a presença de três pequenas construções em uma parte mais elevada, próxima

aos fundos do convento.

As mesmas construções podem ser encontradas na Planta da Cidade de

São Sebastião do Rio de Janeiro, de 1812.

Em Planta de estudos para arrasamento do morro de Santo Antônio, de

1890, observa-se que as construções são representadas mais distantes das

edificações do Convento de Santo Antônio.

Na área a ser estudada, interessa a esta pesquisa o morro de Santo

Antônio e as muitas alterações que sofreu em virtude dos projetos de remodelação do

centro da cidade do Rio de Janeiro, promovido pela iniciativa pública.

Figura 7 - Detalhe da planta da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1812)

Fonte: IMPRESSÃO RÉGIA, 1812

Page 38: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 38

Figura 8 - Detalhe da Planta da Cidade do Rio de Janeiro e Subúrbios (1875)

Fonte: GARRIGA, 1875. Obs.: em destaque, a primeira construção do Teatro Lyrico,

situado no atual Largo da Carioca

Figura 9 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)

Fonte: COSTA, 1890 Obs.: curvas de nível do morro e as construções nos fundos e

laterais do Convento de Santo Antônio e Ordem Terceira da Penitência

Page 39: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 39

Figura 10 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e de parte dos seus subúrbios (1885- 1905)

Fonte: MASCHECK, 1885-1905. Obs.: em destaque, a segunda construção do Teatro

Lyrico, situado no atual.

Figura 11 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e subúrbios (18-- )

Fonte: GREINER, (18--) Em destaque, a Tipografia Nacional, situada no atual

Largo da Carioca.

Page 40: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 40

4.1 A ocupação e as transformações na área do Morro de Santo Antônio

O projeto de arrasamento do Morro de Santo Antônio vem desde os

meados do século XIX, mais precisamente no ano de 1845, pois já havia documento

solicitando o desmonte do mesmo invocando a questão da salubridade para a cidade

do Rio de Janeiro.

Tendo sido por Decreto Nº 1187 de 4 de junho do ano passado, determinada a obra do desmoronamento do morro de Santo Antônio desta Corte pelas razões, e para os fins declarados no dito decreto, da conformidade com a Lei Nº 353 de 12 de julho de 1845, e havendo-se procedido ás formalidades subsequentes, prescritas nesta lei: Hei por bem, nos termos do Artigo 9 da mesma Lei, aprovar o plano da referida obra, e Ordenar que segundo suas disposições, se promova o competente processo judicial.” (DECRETO EXECUTIVO Nº 1187, 1853)

No século XIX, as muitas lagoas existentes na cidade do Rio de Janeiro,

suas águas paradas, o calor, a umidade, a pouca ventilação que corria no centro da

cidade em virtude de uma barreira natural pela disposição de morros ao litoral, aliados

a outros fatores, foram considerados os causadores da pouca salubridade vivenciada

pelos moradores. Tornou-se imperativo às autoridades do Império e da Primeira

República tentar sanar tais problemas. Durante o Império, lagoas e pequenos

pântanos foram aterrados, tais como a do Boqueirão, da Sentinela, o mangal de São

Diogo, o pântano de Pedro Dias Paes Leme e outros.

Não somente os terrenos encharcados, mas também os morros foram alvo

de ataques em prol da salubridade pública.

Tendo chegado ao Meu conhecimento uma petição assinada pelo Visconde de Barbacena, solicitando autorização para organizar uma empresa, para cuja realização se torna indispensável o desmoronamento dos morros do Castelo e de S. Antônio, com decidia vantagem da salubridade pública [...] (DECRETO EXECUTIVO Nº 1187, 1853)

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 41

Quadro 1 - Sobreposição de imagem de atual satélite e Planta da Cidade do Rio de Janeiro da Diretoria de Obras Públicas (1870)

GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 42

Em imagens sobrepostas é possível verificar os contornos da antiga e atual

construção do Convento de Santo Antônio e Ordem Terceira da Penitência, bem como

uma pare da extensão do antigo morro demolido para ensejar abertura de ruas no

centro da cidade.

A partir dos meados do século XIX, as terras do Morro de Santo Antônio

passaram por diversos proprietários. Excetuando as terras no entorno próximo do

Convento, o restante foi vendido a José Maria da Silva e Joaquim Ribeiro de Avelar,

Conselheiros do Império no ano de 1852 (BARROS, 2014). Em 1856, as tais terras

passam à Fazenda Nacional. O seguinte proprietário foi a empresa industrial

Melhoramentos do Brasil, em 1891. Em 1897, as terras foram vendidas a José

Marcelino Pereira de Moraes, depois a seu sobrinho, sendo repassada à Cia.

Industrial Santa Fé. Essa venda representou o maior corte que teve o terreno, pois

“Desde então o muro de clausura corre em pequena distância do antigo cárcere em

linha até quase ao cimo do morro, onde faz ligeira curva para fora.” (RÖWER, 2008,

p. 183).

Pode-se encontrar outra descrição do morro, de 1938, do jornalista Luiz

Edmundo relatando que:

Alcançamos, enfim, uma parte do povoado mais ou menos plana e onde se desenrola a cidadela miseranda. O chão é rugoso e áspero, o arvoredo pobre de folhas, baixo, tapetes de tiririca ou de capim surgindo pelos caminhos mal traçados e tortos. Perspectivas medíocres. Todo um conjunto desmantelado e torvo de habitações sem linha e sem valor [...]. Construções, em geral, de madeira servida, tábuas imprestáveis das que se arranca a caixotes que serviram ao transporte de banha ou bacalhau, mal fixado, remendado, de cores e qualidades diferentes, umas saltando aqui, outras entortando acolá, apodrecidas, estilhaçadas ou negras. Coberturas de zinco velho, raramente ondulado, lataria que se aproveita ao vasilhame servido, feitas em folha-de-flandres. Tudo entrelaçando toscamente, sem ordem e sem capricho. (EDMUNDO, 1938, p. 251-252)

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 43

Figura 12 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)

Fonte: COSTA, 1890

Figura 13 - Vista lateral norte da Igreja da Ordem Terceira da Penitência,

Morro de Santo Antônio (1864-1957)

Fonte: MALTA, 1864-1957

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 44

Figura 14 - Morro de Santo Antônio, vista lado norte (19--)

Fonte: DECOURT, (19--) Foi um Rio que Passou (Blog)

Figura 15 - Morro de Santo Antônio (1920)

Fonte: MALTA, 1920.

Em 1931, a Prefeitura do então Distrito Federal do Rio de Janeiro toma

posse das terras do morro, iniciando uma contenda jurídica de forte interesse

econômico, não pela sua conservação e sim pelo desmonte do morro, pois os terrenos

do chão arrasado seriam todos do então proprietário do “antigo” morro (BARROS,

2014).

A batalha judicial em torno da propriedade do morro e também dos títulos

de concessão para o seu arrasamento estão transcritos na obra intitulada “A questão

do morro de Santo Antônio: coletânea de notícias, pareceres e documentos”, reunidos

pela Companhia Industrial Santa Fé, em 1937.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 45

À parte da questão da propriedade do terreno, ocorreu durante todo esse

processo a ocupação do morro pela população, nem sempre proprietária. As notícias

sobre a primeira fase de ocupação remonta aos anos de 1893-94, quando o governo

autorizou a construção de barracões destinados ao alojamento de soldados da

Revolta da Armada. Com o aumento da demanda por moradia, mais barracões foram

sendo construídos de forma ilegal a ponto de serem contabilizados, em 1897, “43

barracões de madeira, cobertos de zinco” (ALVITO; ZALUAR, 2004, p. 105).

Barros comenta que ocorreu um intenso movimento de ocupação e

desocupação ao longo das primeiras décadas do século XX. Sem mencionar os

fatores, os moradores teriam sido removidos em 1901. Não durou muito e o terreno já

teria sido ocupado novamente por causa das reformas de Pereira Passos. Nova

remoção ocorreu em 1910, que também não tardou a voltar a ocupação. Em 1916, a

remoção foi motivada por um incêndio (BARROS, 2014).

Ao longo desses anos entre ocupações e desocupações de moradores na

área, o morro se apresentou na descrição do cronista João do Rio como:

Um caminho amplo e maltratado, descobrindo de um lado, em planos que mais e mais se alargavam, a iluminação da cidade. [...] Acompanhei-os e dei num outro mundo. A iluminação desaparecera. Estávamos na roça, no sertão, longe da cidade. O caminho, que serpeava descendo era ora estreito, ora largo, mas cheio de depressões e de buracos. De um lado e de outras casinhas estreitas, feitas de tábua de caixão, com cercados indicando quintais. A descida tornava-se difícil [...] (RIO, 1911, p. 51-53).

Em observação à fotografia de Augusto Malta (Vista lateral norte da Igreja

da Ordem Terceira da Penitência, Morro de Santo Antônio - 1864-1957), da fachada

lateral da Igreja da Ordem Terceira da Penitência, é possível constatar a presença de

pequenos barracões na encosta do morro voltado para a Rua da Carioca. Cenário

muito parecido com o que se pode ver na foto de Milton Santos, datada de 1954.

A frase “Estávamos na roça, no sertão, longe da cidade”, de 1911, vem ao

encontro de uma fotografia de Milton Santos, datada de 1954, época em que o morro

estava em desmonte. Pelo que demonstra a mesma, há o que parece ser uma família

de moradores, humilde, observando o desmonte do morro de uma parte mais elevada.

O cenário em torno da família lembra a “roça” descrita por João do Rio, em 1911.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 46

Figura 16 - Favela do Morro de Santo Antônio (1954)

Fonte: SANTOS, 1954.

Figura 17 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1954)

Fonte: SANTOS, 1954.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 47

4.2 Os planos de urbanização: o sacrifício do Morro de Santo Antônio

Protagonista de muitos planos urbanísticos dos tempos do Império

(Relatório de Obras de Henrique Beaurepaire-Rohan em 1843; Plano da Comissão de

Melhoramentos em 1875; Guiseppe Fogliani em 1880) e também desde os primeiros

anos da República (Joaquim Galdino Pimentel em 1890; Sabino Pessoa), foi na

segunda década do século XX que o prefeito Carlos Sampaio ordenou o

“embelezamento” do morro. Desta vez, o objetivo não seria o desmonte e sim a

abertura de ruas de acesso para o topo do morro e escadarias para pedestres. Dentre

essas havia uma que se localizava ao lado do convento e no centro do Largo da

Carioca, outra entre a Av. Senador Dantas e Rua Evaristo da Veiga, Rua Francisco

Belisário, Beco da Carioca e Rua Silva Jardim.

Entretanto, a abertura de ruas e escadarias foi interrompida, em 1929, pelo

Plano Agache que preconizava o arrasamento do morro para o surgimento da

Esplanada de Santo Antônio.

Figura 18 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio

e aterro da enseada da Glória (1890)

Fonte: COSTA, 1890. Obs.: em destaque, área dos fundos do Convento

Santo Antônio e Igreja da Ordem Terceira da Penitência. Legenda: A - cemitério; B - platôs com escadarias.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 48

Outros projetos surgiram tais como o de Paulo Camargo e Almeida em

1938 e o de José Saboya Ribeiro, em 1942. Affonso Eduardo Reidy (1948-52) e

Adalberto Szilard (1950) também planejaram alterações naquela paisagem, mas foi

José de Oliveira Reis (1956) o autor do projeto que mais convinha com a situação

econômica da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O plano contemplava a

construção de blocos de altos edifícios (torres) destinados a escritórios de grandes

empresas para que se obtivessem lucros com a venda dos terrenos para superar os

gastos com as obras do desmanche do morro (SEGRE; KOATZ, 2013, 1-14).

O desmonte pretendia além de criar novos terrenos valorizados no centro da

cidade, fornecer material para o aterro da praia do Flamengo. Para tanto, os

moradores seriam despejados do morro em prol do “progresso”, e isso não parecia

ser a preocupação dos vários planos surgidos ao longo dos anos. Tal situação foi

narrada em versos e música por Herivelto Martins e Benedito Lacerda na composição

“Morro de Santo Antônio”, em 1950.

Seu dotô não bote abaixo Tem pena do meu barracão Quem é rico se atrapalha Pra arranjar onde morar Quanto mais eu que sou pobre Como vou me arrumar Pra me mudar Seu doto me compreende O progresso é necessário Mas seu dotô Pense um pouco no operário Meu barracão é todo meu patrimônio Por favor não bote abaixo O morro de Santo Antônio (MARTINS; LACERDA, 1958).

O bota abaixo do morro simbolizou naquele momento a dialética do progresso

x atraso, do urbano x rural, da burguesia x proletariado.

Considera-se aqui de especial interesse o caráter ilustrativo das etapas do

desmanche, objetivando observar a indicação de alguma construção de significativa

importância no local da pesquisa.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 49

Figura 19 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1921)

Fonte: MALTA, 1921.

Figura 20 - Morro de Santo Antônio: vista do lado Norte/Oeste (1958)

Fonte: CORREIO DA MANHÃ, 1958.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 50

Figura 21 - Morro de Santo Antônio: obras na encosta do morro (195-)

Fonte: CORREIO DA MANHÃ, (195-)

Figura 22 - Morro de Santo Antônio (195-)

Fonte: SKYSCRAPERCITY, (195-)

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 51

Figura 23 - Desmonte do Morro de Santo Antônio (1959)

Fonte: O GLOBO, 1959.

Figura 24 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (195-)

Fonte: O GLOBO, (195-).

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 52

Figura 25 - Abertura da Avenida Chile (1959)

Fonte: O GLOBO, 1959.

Figura 26 - Morro de Santo Antônio (1960)

Fonte: FOTOLOG DO LUIZ, 2014.

Figura 27 - Esplanada de Santo Antônio (1968)

Fonte: NORONHA SANTOS, 1968.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 53

Na nova Esplanada, na década de 1960 foi construída a Catedral Metropolitana

por determinação do governador Carlos Lacerda; durante a Ditadura Militar foram

construídas as sedes da Petrobrás (1968), Banco Nacional da Habitação - BNH

(1968), do Banco de desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (1974), a torre

Metropolitan (1995) e Ventura Towers (2007) (SEGRE; KOATZ, 2013, 1-14).

Por tudo isso, o local objeto do projeto de Arqueologia encontra-se justamente

no limiar do Rio de Janeiro dos tempos coloniais com o Rio de Janeiro contemporâneo,

no limite dos contrapontos.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 54

5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL

A disciplina arqueológica apresenta dentre outras particularidades caráter

interdisciplinar, envolvendo diferentes áreas do conhecimento na compreensão das

paisagens culturais. Partindo desse princípio, o conhecimento geológico e

geomorfológico da área de estudo é essencial no entendimento das características

litológicas e dos fatores genéticos e evolutivos da formação dinâmica da paisagem

natural e cultural abordada neste trabalho.

5.1 Geologia

O município do Rio de Janeiro é formado, essencialmente, por rochas pré-

cambrianas pertencentes ao domínio tectono-magmático Serra do Mar, além de

coberturas farenozóicas e cenozoicas (CPRM, 2000). Mais especificamente na área

do Morro de Santo Antônio, as rochas Pré-Cambrianas são representadas pelo

Complexo Paraíba do Sul e pela Suíte Granítica Rio de Janeiro de idade

neoproterozóica. As unidades litoestratigráficas sedimentares presentes nessa área

correspondem principalmente a coberturas coluvionares e coberturas flúvio-marinhas,

presentes nas áreas mais baixas (CPRM, 2000a; BNDES, 2011).

O Complexo Paraíba do Sul (MNps), representado no Mapa Geológico da

Cidade do Rio de Janeiro, caracteriza-se pela presença de rochas com extensas

zonas de falhas transcorrentes e faixas cataclásticas associadas, intrusões e

depressões tectônicas diversas. Essas depressões tectônicas estão preenchidas por

sedimentos originando o Grabén Guanabara. Dentre as rochas aflorantes

representativas dessa unidade litoestratigráfica predominam os biotita-gnaisses,

rochas calciossilicáticas, metacarbonáticas e xistos grfitosos (CPRM, 2000a; BNDES,

2011).

A Suíte granítica Rio de Janeiro (Ny2r), representado no Mapa Geológico

da Cidade do Rio de Janeiro, constituem granitoides foleados e ortognaisses. Na área

do empreendimento verificam-se unidades de caráter magmático, representadas, por

exemplo, pelos granitos Pão de Açúcar e Corcovado. A estrutura física do Morro é

constituída por um apêndice do grande corpo do Granito Corcovado, encaixado entre

os biotita-gnaisses do Complexo Paraíba do Sul, em contato com uma faixa de brecha

tectônica (BNDES, 2011). Em decorrência da escala utilizada quando da elaboração

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 55

do mapa geológico (1:500.000) destacado acima, algumas litologias destacadas não

são observadas no mapa para esta região.

Em relação às coberturas coluvionares, estas certamente foram formadas

por solos residuais decorrentes de gnaisses e granitos e ocupam as partes mais

elevadas das encostas e vertentes. No que concerne às coberturas flúvio-marinhas

ou quaternárias (Qphm) estas foram formadas através da deposição de sedimentação

marinha e flúvio lagunar (CPRM, 2000a; BNDES, 2011). Os estratos quaternários são

compostos, no sítio em questão, por areia, silte argiloso e camadas ricas em matéria

orgânica.

Estudos geológicos realizados no ano de 2011 na Área de Influência Direta

do Empreendimento, através de reconhecimento de campo com perfurações de

quatro (04) sondagens, evidenciaram as seguintes características pedológicas para

cada corte estratigráfico (BNDES, 2011), conforme será exemplificado a seguir:

a) SP-01: Situa-se no talude próximo ao muro que divide a área do Convento de Santo Antônio. Em relação à pedologia, verificou-se camada superficial de 0,20 m seguida por solo coluvionar constituído por área fina a média, siltosa, e solo pouco a mediamente compacto;

b) SM-02: Encontra-se na porção intermediária do talude. Está representada por camada superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar/residual laterizado composto por silte, e bem compactado;

c) SM-03: Localizado na crista do talude. Apresenta camada superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar residual laterizado, silto-arenoso, e bem compactado;

d) SM-04: Está situado na porção inferior do talude, próximo a Avenida República do Paraguai. Apresentou cobertura superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar, silto-arenoso e mediamente compacto.

Em decorrência das intervenções arqueológicas realizadas no subsolo não

terem ultrapassado a profundidade de 1,40 m, a descrição contempla apenas as

características litológicas observadas até 2,00 m de profundidade quando da

realização das análises geológicas no local. No que diz respeito às características

pedológicas de toda a área onde foi desenvolvido o diagnóstico interventivo, verificou-

se que a mesma está marcada pela incidência de aterros artificiais, sedimentos

coluviais, coberturas quaternárias, além de solo residual (rocha alterada in situ)

consequente da decomposição de rochas por processos de intemperismo. Em relação

ao tipo de sedimento observado, registrou-se areia, arenito, silte, silto-arenoso e silto-

argiloso, típicos do contexto geológico apresentado para esta região.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 56

Figura 28 - Localização das sondagens geológicas na área de estudo.

Fonte: BNDES, 2011.

5.2 Geomorfologia

Geomorfologicamente, o município do Rio de Janeiro apresenta três grupos

montanhosos, algumas serras e morros isolados. Os maciços montanhosos estão

representados pelos maciços costeiros da Tijuca, Pedra Branca e do Mendanha,

situados no extremo sudeste, na porção central e norte do município, respectivamente

(CPRM, 2000b). Cabe ressaltar, ainda, que as áreas de planícies correspondem à

Baixada da Baía de Guanabara, situada na porção norte-nordeste, e Baixada de

Jacarepaguá, localizada na porção sul-sudoeste.

O Morro de Santo Antônio está inserido em uma área representada pela

unidade de relevo maciço costeiro da Tijuca, assentado em rochas Pré-Cambrianas,

constituídas por gnaisses diversos, por exemplo biotita e granitoides, e granitos, com

cota acima de 40,00 m (FERNANDES, 1998; CPRM, 2000b). Em decorrência, das

alterações em virtude do arrasamento do Morro ao longo dos anos, não foi possível

determinar com precisão a sua altitude.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 57

Figura 29 - Mapa geológico da cidade do Rio de Janeiro, destacando a região sul do Município e a área onde está esculpido o Morro de Santo Antônio.

Fonte: Adaptado do Mapa Geológico do Estado do Rio de Janeiro (CPRM, 2000a).

Figura 30 - Mapa de localização da cidade do Rio de Janeiro, destacando a área de abrangência do Maciço da Tijuca.

Fonte: GRIFO Consultoria e Projetos em Arqueologia. Adaptado de Fernandes, 1998.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 58

6 INTERVENSÕES ARQUEOLÓGICAS SUBSUPERFICIAIS As atividades de prospecção subsuperficial, assim como as estruturas

arquitetônicas evidenciadas, foram registradas através de uma Estação Total

TOPCON mod 3207N, com precisão de 5mm, e inseridas em uma planta preexistente

georreferenciada no datum SAD69 (BNDES, 2014). Dessa forma, tornou-se

necessária a conversão de todas as coordenadas de acordo com os parâmetros

estabelecidos pelo novo Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas.

A escolha da Estação Total no levantamento das coordenadas geográficas das

atividades arqueológicas desenvolvidas no Morro de Santo Antônio levou em

consideração as características físicas do local, bem como os objetivos da pesquisa

e a distância existente entre um ponto em relação a outro. Tal ação se justifica pela

maior precisão dos dados, tendo em vista que o georreferenciamento realizado

anteriormente pelo BNDES com a utilização de um GPS geodésico apresenta

precisão com menos de 0,50 m. Enquanto isso, o levantamento com o uso de um

receptor de Sistema de Posicionamento Global (GPS) de navegação, por exemplo, da

marca Garmin Etrex, oferece precisão mínima acima de 1,00 m, podendo chegar a

vários metros dependendo do nível de interferência durante o rastreamento.

Desde 25 de fevereiro de 2015, o SIRGAS2000 (Sistema de Referência

Geocêntrico para as Américas) é o sistema geodésico de referência oficialmente

adotado no Brasil. Entre 25 de fevereiro de 2005 e 25 de fevereiro de 2015, admitia-

se o uso, além do SIRGAS2000, dos referenciais SAD 69 (South American Datum,

1969) e Córrego Alegre. Vale ressaltar, que o emprego de outros sistemas que não

possuam respaldo por Lei, podem provocar inconsistências e imprecisões na

combinação de diferentes bases de dados georreferenciados.

Os dados fornecidos pelo SAD69 e pelo SIRGAS2000 não são compatíveis

entre si, ou seja, não podem ser inseridos em um mesmo mapa. Há um deslocamento

espacial entre as coordenadas determinadas pelos dois sistemas (variável

dependendo do local onde se está). A distância média para o mesmo ponto em SAD69

e SIRGAS2000 chega a aproximadamente 65,00 m. Dessa maneira, a conversão dos

dados revelou uma alternativa viável na geração de dados com margem de erro

mínima, fornecendo assim, um melhor georreferenciamento das atividades

arqueológicas realizadas no local.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 59

Figura 31 - Levantamento planialtimétrico evidenciando a área de abrangência do empreendimento e as intervenções arqueológicas realizadas

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de ATOL, 2013.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 60

Figura 32 - Levantamento planialtimétrico evidenciando as intervenções arqueológicas realizadas

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de ATOL, 2013.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 61

No mês de janeiro de 2015, com base no levantamento histórico

devidamente executado, deu-se início as ações relativas à etapa de levantamento

arqueológico de campo, neste caso, prospecções (superfície e subsuperfície), que

foram realizadas de acordo com as legislações ambientais, arqueológicas e

patrimoniais pertinentes, aliadas às especificidades do contexto local, com o objetivo

de conhecer o estado contextual dos vestígios arqueológicos in situ.

Define-se aqui como “prospecção de superfície” o caminhamento exaustivo

em todo o terreno de abrangência do projeto evidenciando possíveis vestígios em

superfície. Em relação à “prospecção de subsuperfície”, a mesma compreende a

realização de tradagens e sondagens em áreas de baixo potencial e alto potencial

arqueológico, respectivamente. A metodologia adotada em cada área levou em

consideração as características da mesma, assim como os objetivos da pesquisa.

Os equipamentos utilizados em campo são comumente empregados em

trabalhos de cunho arqueológico. Considerando às especificidades do local, utilizou-

se ferramentas manuais como, enxadas, cavadeiras articuladas (boca de lobo), pás,

colheres de pedreiro, pincéis, espátulas, peneiras, dentre outros. A abertura de alguns

poços-testes em áreas de baixo potencial arqueológico foi realizada com o auxílio de

um perfurador de solo mecânico, tendo em vista a ocorrência de solo bastante

consolidado. No entanto, as demais atividades foram realizadas manualmente,

buscando preservar a integridade física dos artefatos, evitando possíveis perdas de

informações.

As intervenções arqueológicas foram realizadas com a utilização da técnica

de níveis artificiais em camadas de 0,20 m, possibilitando a análise detalhada das

características estratigráficas do sítio. O material recuperado em cada nível foi

armazenado em sacos plásticos com etiquetas de identificação da área de

proveniência, assim como da sondagem ou poço-teste escavado.

Por fim, todas as escavações arqueológicas foram fechadas, utilizando os

procedimentos recomendados pelo IPHAN. Após este procedimento, as intervenções

foram reaterradas utilizando o sedimento retirado das mesmas.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 62

6.1 Limpeza do Sítio O terreno tratado neste trabalho encontrava-se parcialmente coberto por

vegetação rasteira, o que impedia uma visualização detalhada das edificações

parcialmente soterradas e dos artefatos culturais em superfície. Dessa maneira,

optou-se pela remoção da cobertura vegetal de modo a aumentar as chances de

localização de estruturas e materiais arqueológicos, como fragmentos de louças e

vidros, cerâmica, azulejos e ladrilhos.

6.2 Prospecção de superfície Os trabalhos de prospecção de superfície são indispensáveis na ciência

arqueológica, pois além de possibilitar a identificação de sítios ou artefatos

arqueológicos, permitem uma análise pormenorizada da constituição física do sítio.

Neste sentido, esta etapa assume papel indispensável no diagnóstico do patrimônio

arqueológico de uma determinada área ou região.

A partir dos dados obtidos por meio do caminhamento exaustivo em todo o

terreno que será impactado diretamente e indiretamente pela obra de construção do

Edifício Anexo do BNDES, o sítio foi dividido em Áreas (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K),

de modo a facilitar as atividades interventivas no subsolo. A delimitação de cada área

levou em consideração o relevo, o acesso e as estruturas arquitetônicas do sítio. Vale

ressaltar que as Áreas J e K representam o ‘’entorno’’ do sítio e compreendem as

porções Norte (vertente do morro) e Sul/Sudoeste (área alterada na época da

construção do Edifício Sede do BNDES), respectivamente.

Acredita-se que alguns dos artefatos arqueológicos observados na

superfície do solo, especialmente na Área F, foram descartados no local, o que permite

inferir que estão relacionados a outros contextos, como por exemplo, ao Convento de

Santo Antônio e a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. O fator

principal que permite tal inferência consiste na presença de peças votivas.

6.3 Prospecção de subsuperfície As intervenções no subsolo são de extrema importância para a localização

de artefatos arqueológicos, além do estudo pedológico do terreno. As tradagens (Ø =

0,40 m), obedeceram às especificidades de cada área quanto à profundidade, sendo

perfuradas até a camada estéril. A abertura de sondagens (0,50 m x 1,00 m) nos locais

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 63

que apresentaram uma maior incidência de artefatos culturais permitiu ampliar a área

de busca e evidenciar os perfis estratigráficos antropomorfizados. As intervenções

subsuperficiais foram realizadas em linhas paralelas com distância mínima de 5,00 m

e máxima de 10,00 m entre elas. A abertura das sondagens ocorreu de forma gradual,

determinadas de acordo com os indicadores culturais e as camadas arqueológicas

das intervenções já abertas. Ressalta-se ainda, que a cada 0,20 m escavado o

sedimento foi peneirado, evitando assim, a mistura de artefatos culturais provenientes

de níveis arqueológicos diferenciados. Em virtude das características culturais e

pedológicas do terreno, alguns poços-testes não obedeceram a metodologia de

escavação por níveis artificiais com camadas de 0,20 m.

6.4 Área A Este espaço está localizado, de maneira geral, na parte inferior do terreno.

As principais características dessa área consistem na presença de uma escada na

parte inferior, interligada a um muro em alvenaria de cerâmica, responsável por dividir

a área em questão com o espaço de uso contínuo da Ordem Terceira de São

Francisco da Penitência. Neste muro registrou-se a ocorrência de duas aberturas

fechadas com alvenaria de pedra, possivelmente, pertencentes a uma porta e/ou

janela. Verificou-se, ainda, a presença de uma rampa seguida por outra escada com

as mesmas características arquitetônicas da anterior na extremidade superior da área.

Dentre os materiais arqueológicos evidenciados em superfície, destacam-se sacos

plásticos, moluscos, borrachas, fragmentos de piso cimentado, ladrilhos, telhas,

tijolos, vidros, louças e garrafas plásticas. A partir dessas características, optou-se por

realizar 12 poços-testes (Ø = 0,40 m), com profundidade mínima de 0,75 m e máxima

de 1,10 m, escavados até a camada arqueologicamente estéril. As intervenções foram

realizadas em linhas paralelas com distância de 5,00 m entre elas.

6.4.1 Poços-testes Os 12 (doze) poços-testes perfurados nessa área registraram artefatos

culturais em superfície e subsuperfície, com exceção do Poço-teste 07 (000-080) que

não registrou ocorrências arqueológicas no subsolo. O material cultural coletado

pertence, sobretudo, aos primeiros níveis escavados (000-020) e (020-040), dentre

eles, fragmentos de telhas, vidros, louças brancas e decoradas, metal, piso

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 64

(cimentado), azulejos, tijolos e material ósseo diversificado. A partir da observação

estratigráfica, constatou-se a predominância da tonalidade vermelha com

intercalações esbranquiçadas, principalmente, em camadas arqueológicas mais

profundas.

As características expostas acima em conjunto com observações visuais

realizadas in loco, permitem inferir que o local, provavelmente, recebeu sedimento

e/ou materiais provenientes de outros contextos no aterramento da área para a

construção da rampa cimentada, atualmente, representada apenas por alguns

fragmentos em superfície. Em decorrência disso, o material arqueológico coletado nos

poços-testes abertos nessa área, encontrava-se misturado temporalmente, fato esse

que não obedece aos princípios temporais da estratigrafia, uma vez que quanto mais

profunda for a camada, mais antigo será o material associado à mesma.

É importante salientar, ainda, que o poço-teste 08 ao contrário dos demais,

registrou clara predominância da tonalidade amarela no que diz respeito ao

sedimento, devido à grande concentração de ferro (goethita). De maneira geral, os

artefatos evidenciados em subsuperfície na área A, bastante diversificados, podem

estar relacionados às atividades cotidianas a partir do século XX, enquanto a grande

maioria do material verificado em superfície, provavelmente, foi descartada nesse

ambiente, mais recentemente.

6.5 Área B Após a retirada da camada superficial, constatou-se a ocorrência de piso

cimentado em bom estado de conservação. Diante disso, não foram realizadas

intervenções na subsuperfície, mantendo assim a integridade física da estrutura.

Desse modo, realizou-se o registro fotográfico e topográfico da mesma.

6.6 Área C Delimitada por estruturas arquitetônicas com detalhes ovais na parte

superior da mesma, na porção Sul, Leste e Oeste, tradicionalmente utilizados em

locais destinados à jardinagem ou pomar. No que concerne à presença de elementos

culturais em superfície, observou-se poucos registros, porém, por ser uma área

situada próxima ao platô do Morro, não sofreu grandes intervenções antrópicas

quando da preparação do terreno, preservando uma estratigrafia bem definida.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 65

As intervenções efetuadas nesta área consistem em 02 (dois) poços-testes

(Ø = 0,40 m), com profundidade de 0,80 m e 0,90 m, respectivamente. Diante da

quantidade razoável de materiais arqueológicos recuperados com a abertura dos

poços-testes, realizou-se uma sondagem (SC1 - 0,50 m X 1,00 m) para uma melhor

visualização e compreensão da sequência estratigráfica, sendo a mesma escavada

até o nível arqueologicamente estéril, neste caso, 1,40 m.

6.6.1 Poços-testes Buscando evidenciar o potencial arqueológico dessa área, a princípio,

foram perfurado 02 (dois) poços-testes, com profundidade máxima de 0,90 m. A partir

da análise estratigráfica dos mesmos, concluiu-se que ambos apresentavam camadas

semelhantes, tanto no que diz respeito ao sedimento, quanto aos elementos

arqueológicos coletados. Constatou-se, também, uma maior concentração de

artefatos culturais a partir do nível 0,60 m, dentre eles, elementos ósseos

diversificados e louça. Em relação ao sedimento, observou-se a predominância da

tonalidade cinza médio.

6.6.2 Sondagem C1

Na Sondagem C1 desde seu primeiro nível de escavação (000-020)

apresentou raízes e artefatos arqueológicos, dentre eles, fragmentos ósseos. No nível

020-040 foram coletados materiais arqueológicos diversificados, como fragmentos

ósseos, vidros (corpos e bases), metais (pregos), botões confeccionados em

plásticos, piso hidráulico, azulejos, fragmentos de telhas, louças brancas e com

motivos decorativos (v.g. Shell Held) enquanto no nível 040-060 foram coletados

pregos, fragmentos de vidros e material ósseo; 060-080 observou-se fragmentos

ósseos, metais, vidro, fragmentos cerâmicos com marcas de queima, louça, piso

hidráulico e um cachimbo com figura antropomorfa.

No nível 080-100 evidenciou-se material ósseo, fragmentos de piso

(ladrilhos e azulejos), fragmentos de peças cerâmicas de superfície lisa e vidrada,

algumas com marcas de queima, metais (prego), fragmentos de louças brancas e

decoradas (por exemplo, faiança portuguesa). Seguido pelo nível 100-120 constatou-

se a presença de fragmentos ósseos, piso hidráulico, azulejo; vale ressaltar que este

nível apresentou poucas ocorrências arqueológicas, enquanto no nível 120-140, este,

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 66

com sedimento consolidado, apresentava tonalidade vermelha com algumas

intercalações amareladas (provavelmente hematita e goethita), além da ausência de

artefatos arqueológicos; essas características permitem inferir que esta camada exibe

o solo original do morro.

As características expostas acima indicam a existência de uma camada de

ocupação humana com evidências arqueológicas associadas seguramente ao século

XVIII ou até mesmo ao século XVII. Partindo dessa premissa, o sítio em análise serviu

em uma época anterior ao pomar, como espaço onde teriam sido fixadas moradias,

possivelmente ilegais, que foram removidas em prol da urbanização do local.

6.7 Área D As atividades desenvolvidas nesta área contemplaram a abertura de 03

(três) poços-testes (Ø = 0,40 m), com profundidade mínima de 0,55 m e máxima de

1,00 m, além de uma sondagem (SD1 - 0,50 m x 1,00 m x 1,00 m). Assim como a área

descrita anteriormente, a perfuração dos poços-testes evidenciaram abundantes

artefatos arqueológicos e um contexto estratigráfico bem definido. Desse modo, a

abertura de uma sondagem neste local permitiu o exame detalhado dos perfis do solo

e das ocorrências arqueológicas. Igualmente, possibilitou a comparação dos dados

com os registros observados na sondagem realizada na Área C (SC1), tendo em vista

que ambas apresentaram registro estratigráfico semelhante, possibilitando assim,

uma melhor compreensão do local.

6.7.1 Poços-testes Inicialmente, foram perfurados 03 (três) poços-testes nessa área. Tal ação

evidenciou artefatos arqueológicos em grandes quantidades, principalmente no PT 17

e 21, como material construtivo, fragmentos de vidro, louça, dentre outros. Vale

ressaltar, ainda, que o material coletado no PT 14 e no PT 17 não obedeceu aos níveis

artificiais de 0,20 m conforme os demais. Tal medida foi adotada em virtude da

ocorrência de rocha alterada no PT 14, motivo pela qual a escavação foi interrompida

no nível 0,55 m; em relação ao PT 17, o diâmetro do mesmo em conjunto com a

constituição física/material, exigiu uma análise diferenciada. Vale destacar que

embora esse poço-teste não tenha sido escavado em níveis artificiais de 0,20 m, o

contexto estratigráfico do material foi levado em consideração, conforme poderá ser

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 67

verificado no inventário, em apêndice. Quanto ao sedimento, verificou-se a

predominância da tonalidade marrom, tendendo ao vermelho. A abertura de uma

sondagem (0,50 m x 1,00 m) forneceu dados relevantes acerca das camadas

estratigráficas do local, conforme descrito a seguir.

6.7.2 Sondagem D1 Na sondagem D1, em seu primeiro nível escavado, 000-020, notou-se

sedimento exibindo tonalidade cinza escuro com intercalações esbranquiçadas;

material arqueológico, dentre eles, louças (v. g. fragmentos de pratos), metais, vidro,

moluscos, fragmentos ósseos, tomadas de louça, piso cimentado e destroços de

telhas. O nível 020-040 apresentou sedimento de coloração predominantemente

marrom; artefatos arqueológicos, como material ósseo, pregos e fragmentos de peças

cerâmicas (paredes e um fragmento de borda revestida externamente), sendo certo

que no nível 040-060, também apresentando sedimento de tonalidade

predominantemente marrom; e abundantes artefatos arqueológicos, ósseos (v. g.

peixe), fragmentos de peças em cerâmica com superfície vidrada na parte interna e

borda revestida externamente, além de exibir sinais de queima, metais, louças

(fragmentos de pires, prato fundo e raso com motivos decorativos) e fragmentos de

vidro.

No nível 060-080 foi registrado sedimento de coloração

predominantemente marrom com aspecto esbranquiçado; dentre os artefatos

arqueológicos examinados, destacam-se alguns fragmentos ósseos, louças, pregos e

vidro; vale ressaltar que ao final deste nível observou-se o início da camada vermelha

verificada também na sondagem anterior (SC1). No nível 080-100 manteve-se o

sedimento exibindo tonalidade vermelha com aspecto homogêneo, contudo

diferenciando-se pela ausência de artefatos culturais. Assim, representando a camada

arqueologicamente estéril.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 68

6.8 Área E Está situada no platô do morro (parte superior do terreno). Neste espaço

realizou-se a abertura de 02 (dois) poços-testes. Além disso, realizou-se a abertura

de 01 (uma) sondagem (SE1 - 0,50 m x 1,00 m) para melhor visualização dos níveis

e/ou camadas de ocupação.

6.8.1 Poços-testes Os poços-testes perfurados nessa área foram escavados até a

profundidade de 0,40 m, em virtude da ocorrência de rochas no espaço escolhido para

a realização dos mesmos. Diante disso, o material coletado não foi separado por nível.

A partir dessas intervenções, foram recuperados alguns fragmentos ósseos, peças em

metal oxidado, fragmentos de vidro e louça. Tendo em vista a interrupção das

escavações dos referidos poços-testes, foi aberta uma sondagem para uma melhor

compreensão das camadas antropomorfizadas.

6.8.2 Sondagem E1 O exame estratigráfico da sondagem E1 apresentou em seu primeiro nível

(000-020) sedimento na tonalidade cinza escuro tendendo ao marrom avermelhado

(camada pouco consolidada); quanto aos artefatos arqueológicos, observou-se

material ósseo, vidro, louça e pregos. No nível 020-040, o sedimento consolidado

exibia a tonalidade vermelha (contendo hematita) e ausência de material

arqueológico, enquanto no nível 040-060, sedimento consolidado exibindo a

tonalidade vermelha com algumas intercalações amareladas (presença de hematita e

goethita), chegou-se a camada arqueologicamente estéril.

Diante das características expostas, possivelmente, o solo avermelhado

pertence à estrutura física do Morro de Santo Antônio, não sendo evidenciados

artefatos culturais nesta camada.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 69

6.9 Área F Situado paralelamente a área I, neste espaço foram registrados

abundantes artefatos culturais em superfície, principalmente vidros inteiros e

fragmentos diversificados (louças, porcelana, piso hidráulico, dentre outros.). A

princípio, realizou-se a abertura de 02 (dois) poços-testes (Ø = 0,40 m) de

profundidade máxima de apenas 0,40 m, tendo em vista a existência de pequenos

blocos rochosos bastante compactados. Neste sentido, efetuou-se a abertura de uma

sondagem (0,50 m x 1,00 m), visando um maior esclarecimento da pedologia local.

Ademais, realizou-se outra sondagem (SF2 - 0,50 m X 0,50 m) contigua à parede

Norte da caixa d’água, com o objetivo de evidenciar e demonstrar a constituição física

da base da mesma.

6.9.1 Poços-testes Os materiais culturais evidenciados são semelhantes àqueles verificados

em superfície. Em relação ao sedimento, constatou-se a predominância da tonalidade

laranja. A ausência de uma camada superficial (matéria orgânica) exibindo tonalidade

escura pode ser indicativa de que houve a retirada da mesma em decorrência de

ações antrópicas nessa área, mais recentemente.

6.9.2 Sondagem F1 A escavação dessa sondagem foi interrompida no nível 000-020, em virtude

da ocorrência de cascalho e rochas conglomeráticas. Este nível registrou sedimento

na tonalidade cinza escuro no topo seguida pelo bege médio tendendo ao marrom.

Dentre os materiais arqueológicos observados destacam-se: louças brancas (v. g.

fragmentos de prato), porcelana, vidro, fragmentos de piso, peças cerâmicas e

elementos ósseos.

6.9.3 Sondagem F2

Com o objetivo de evidenciar possíveis estruturas arquitetônicas nas

proximidades da caixa d’água, realizou-se a remoção da camada superficial e abertura

de uma sondagem (SF2 - 0,50 m x 0,50 m) com 0,20 m de profundidade. Tais

intervenções evidenciaram artefatos culturais em superfície, estrutura de cimento

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 70

constituída por alvenaria de pedra (base da caixa d’água) e ausência de indícios que

indiquem a existência de outras estruturas edificadas neste local.

6.10 Área G Situa-se paralelamente a Área (A), no estrato superior do morro.

Considerando os abundantes artefatos culturais localizados em superfície, o

procedimento aplicado consistiu na abertura de 02 (dois) poços-testes (Ø = 0,40 m),

ambos com profundidade de 0,60 m. Além de uma sondagem (0,50 m x 1,00 m)

implantada a 0,50 m do paredão Norte da área.

6.10.1 Poços-testes Os poços-testes foram perfurados em uma área com bastante material

arqueológico em superfície. Essas intervenções evidenciaram materiais

diversificados, nos primeiros níveis escavados (000-020 e 020-040), representantes

de diferentes contextos ocupacionais. O sedimento verificado em ambos os poços,

apontam para a predominância da tonalidade marrom escuro.

6.10.2 Sondagem G1 O exame estratigráfico da Sondagem G1, em seu primeiro nível (000-020)

apresentou a ocorrência de materiais arqueológicos diversificados, como fragmentos

ósseos, vidro (corpo e gargalo), cerâmica (borda revestida externamente, bojo com

sinais de queima), fragmentos de telha, louças (borda de um prato e parede sem

decoração). Em relação à estratigrafia, observou-se a tonalidade cinza escura próxima

à superfície, seguida pelo marrom com intercalações amareladas. Vale ressaltar,

ainda, a presença de um encanamento a 0,10 m da parede sul desta sondagem,

supostamente, utilizada para levar a água da caixa d’água às áreas mais distantes;

No nível 020-040 os artefatos arqueológicos observados consistem em

fragmentos diversificados, como ossos longos, cerâmica, louças brancas e decoradas.

No que se refere à estratigrafia, constatou-se a predominância da tonalidade marrom,

à medida que no nível 040-060 contatou-se a presença de alguns fragmentos ósseos

e sedimento exibindo a tonalidade esverdeada com intercalações avermelhadas.

No nível 060-080 constatou-se a ausência de material arqueológico,

consequentemente a camada arqueologicamente estéril. A tonalidade predominante

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 71

é o marrom claro com aspecto esbranquiçado devido ao material constituinte. Além

disso, evidenciou-se a ocorrência da tonalidade vermelha, verificada também em

sondagens anteriores.

6.11 Área H Situa-se paralelamente a Área C e diferencia-se das demais pela maior

preocupação com a aparência estética das estruturas arquitetônicas que delimitam

esse ambiente. Assim, foi realizada a sondagem H1 (0,50 m X 1,00 m), buscando

identificar ocorrências arqueológicas na subsuperfície.

6.11.1 Sondagem H1 No exame estratigráfico da Sondagem H1, em seu primeiro nível escavado

(000-020), observou-se artefatos arqueológicos, como fragmentos de vidro, ossos,

louças brancas e decoradas, pregos, piso cimentado e fragmentos de peças

cerâmicas. No que concerne à estratigrafia, constatou-se a tonalidade cinza escura

próxima à superfície, tendendo ao marrom escuro. Na profundidade de 0,20 m, em

decorrência da presença de uma rocha dura, provavelmente um lajeado contendo

óxido de ferro, não foi possível continuar a escavação desta sondagem.

6.12 Área I Situada na parte mais elevada do sítio, distingue-se das demais por abrigar

a caixa d’água construída em alvenaria de cerâmica. Neste ambiente, realizou-se a

abertura de uma sondagem (0,50 m x 1,00 m), definida como SI1, escavada até a

profundidade de 0,80 m.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 72

6.12.1 Sondagem I 1 O exame estratigráfico da Sondagem I1, em seu primeiro nível escavado

(000-020) apresentou a ocorrência de elementos ósseos, fragmentos de peças

cerâmicas e louças, ambos em quantidades ínfimas, enquanto no nível 020-040 foram

coletados apenas poucos fragmentos ósseos.

Nos níveis 040-060 e 060-080 não foram registrados artefatos culturais.

Quanto à estratigrafia, de maneira geral, há predominância da tonalidade laranja com

algumas intercalações amareladas e avermelhadas. No topo, verifica-se a tonalidade

cinza escuro.

6.13 Área J Outra área investigada consiste na vertente do morro situada na porção

norte do terreno, paralela à Rua da Carioca, definida como Área J (entorno do sítio).

Tendo em vista a baixa potencialidade arqueológica desse local, foram realizados 04

(quatro) poços-testes (Ø = 0,40 m) com profundidade máxima de 0,80 m, em uma

linha paralela ao paredão norte do sítio (PT 24 a 27). Por questão de segurança do

arqueólogo e do pessoal de apoio, não foram realizadas tradagens na parte mais

íngreme do morro.

6.13.1 Poços-testes As prospecções de superfície e subsuperfície executadas nessa área

apontam também para o baixo potencial arqueológico da mesma, uma vez que a

maioria dos materiais arqueológicos foram verificados em superfície, referentes a uma

área de depósito de lixo, com materiais diversificados, provavelmente, depositados

intencionalmente no local. Nessa área, ainda se encontram evidências da existência

de uma porta no paredão situado na porção leste do terreno (responsável por separar

o local de estudo com a área de uso contínuo pela Venerável Ordem Terceira de São

Francisco da Penitência, reforçando que o local foi ocupado em época anterior às

estruturas arquitetônicas evidenciadas in loco.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 73

6.14 Área K Situada no entorno do sítio, especificamente, na porção sul e sudoeste do

mesmo, essa área apresenta evidentes alterações antrópicas, possivelmente,

realizadas na época de construção do Edifício Sede do BNDES com o serviço de

contenção do Morro. Em virtude dessas modificações, a constituição física dessa

porção do morro foi impactada, o que provavelmente suprimiu o patrimônio

arqueológico ali existente. Diante das características desse local, optou-se pela

realização de poços-testes (Ø = 0,40 m X 0,60 m) em linhas paralelas à extensão da

área, obedecendo a uma distância mínima de 5,00 m e máxima de 10,00 m entre eles.

Ao total foram abertos vinte e dois (22) poços-testes, além de uma sondagem (0,50 m

x 0,50 m x 0,60 m) nas proximidades do muro situado na parte sul do sítio.

6.14.1 Poços-testes Com exceção da presença de dois artefatos de vidro verificados no poço-

teste 29, os demais não registraram ocorrências arqueológicas. Durante as atividades,

observou-se a existência de um montículo de materiais arqueológicos diversificados

em superfície, situado a aproximadamente 2,00 m do PT 28. Considerando as

características dessa área, seguramente, esses materiais foram alojados

intencionalmente naquele ambiente. Em relação aos artefatos verificados no subsolo,

é possível que tenham sido depositados durante os serviços de contenção do Morro.

A estratigrafia observada aponta para a predominância de sedimento nas tonalidades

cinza claro e cinza médio, embora tenha sido constatada em alguns poços-testes, a

ocorrência de sedimento na tonalidade vermelho-alaranjado e marrom médio.

6.14.2 Sondagem K1

A presente intervenção subsuperficial registrou vários artefatos culturais

em superfície, com predominância de fragmentos de vidros e peças metálicas

oxidadas. Em relação ao subsolo, não foram verificados artefatos culturais, com

exceção de alguns blocos de tijolos em alvenaria dispostos um ao lado do outro, sem

vestígios de argamassa, provavelmente um piso rudimentar. Em relação ao

sedimento, verificou-se a tonalidade cinza escuro no topo (camada superficial) com

uma intercalação esbranquiçada, seguido pelo marrom médio tendendo ao vermelho.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 74

Quadro 2 - Dimensões e profundidades dos setores escavados Sondagem Dimensões Profundidade

S1C - Área C 0,50 m X 1,00 m 1,40 m

S1D - Área D 0,50 m X 1,00 m 1,00 m

S1E - Área E 0,50 m X 1,00 m 0,60 m

S1F - Área F 0,50 m X 1,00 m 0,20* m

S2F - Área F 0,50 m X 0,50 m 0,20* m

S1G - Área G 0,50 m X 1,00 m 0,80 m

S1H - Área H 0,50 m X 1,00 m 0,20* m

S1I - Área I 0,50 m X 1,00 m 0,80 m

S1K - Área K 0,50 m X 0,50 m 0,60 m

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: * Em virtude da ocorrência de solo residual compactado e/ou estruturas rochosas semelhantes a um

lajeado, a escavação foi interrompida.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 75

Quadro 3 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados

Poço-teste Dimensões Profundidade

Poço-teste 01 Ø = 0,40 m 1,10 m

Poço-teste 02 Ø = 0,40 m 0,85 m

Poço-teste 03 Ø = 0,40 m 0,80 m

Poço-teste 04 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 05 Ø = 0,40 m 0,85 m

Poço-teste 06 Ø = 0,40 m 0,80 m

Poço-teste 07 Ø = 0,40 m 0,80 m

Poço-teste 08 Ø = 0,40 m 0,85 m

Poço-teste 09 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 10 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 11 Ø = 0,40 m 0,75 m

Poço-teste 12 Ø = 0,40 m 0,80 m

Poço-teste 13 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 14 Ø = 0,40 m 0,55 m

Poço-teste 15 Ø = 0,40 m 0,40 m

Poço-teste 16 Ø = 0,40 m 0,40 m

Poço-teste 17 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 18 Ø = 0,40 m 0,40 m

Poço-teste 19 Ø = 0,40 m 0,20 m

Poço-teste 20 Ø = 0,40 m 0,90 m

Poço-teste 21 Ø = 0,40 m 1,00 m

Poço-teste 22 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 23 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 24 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 25 0,40 m X 0,40* m 0,80 m

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: * Em decorrência das características físicas e pedológicas do terreno optou-se por realizar os poços-testes

com dimensões 0,40 m X 0,40 m.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 76

Quadro 3 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados (continuação)

Poço-teste Dimensões Profundidade

Poço-teste 26 Ø = 0,40 m 0,40 m

Poço-teste 27 0,40 m X 0,40* m 0,80 m

Poço-teste 28 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 29 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 30 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 31 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 32 Ø = 0,40 m 0,80 m

Poço-teste 33 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 34 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 35 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 36 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 37 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 38 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 38 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 40 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 41 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 42 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 43 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 44 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 45 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 46 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 47 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 48 Ø = 0,40 m 0,60 m

Poço-teste 49 Ø = 0,40 m 0,60 m

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: * Em decorrência das características físicas e pedológicas do terreno optou-se por realizar os poços-testes

com dimensões 0,40 m X 0,40 m.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 77

Figura 33 - Vista parcial do sítio coberto por vegetação rasteira

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 34 - Remoção da cobertura vegetal do terreno

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 78

Figura 35 - Levantamento topográfico

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 36 - Levantamento topográfico

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 79

Figura 37 - Escada e rampa (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia

Figura 38 - Muro de contenção superior e inferior situado na porção Norte do sítio

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 80

Figura 39 - Escada inferior (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 40 - Muro de interseção entre o sítio e as instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 81

Figura 41 - Material votivo de agradecimento a Santo Antônio

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 42 - Antiga porta presente no paredão de interseção da área com as instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 82

Figura 43 - Vista geral da Área A evidenciando a abertura dos poços-testes, escadaria e muro de contenção

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 44 - Detalhe do suporte para grade do muro de contenção

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 83

Figura 45 - Registro da escada situada na porção superior da Área A permitindo o acesso às demais áreas.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 46 - Imagem demonstrando a existência de piso cimentado na Área B, além das

demais estruturas edificadas.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 84

Figura 47 - Vista geral das intervenções efetuadas nas Áreas B, C, D e E, respectivamente (direito-esquerda).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 48 - Evidenciação parcial das intervenções realizadas nas Áreas (C, D, E e H), esta última situa-se paralela a Área C

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 85

Figura 49 - Vista geral (Área E) demonstrando as intervenções realizadas no subsolo

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 50 - Vista geral (Área F) testemunhando a ocorrência de materiais diversificados na superfície e intervenções realizadas na subsuperfície

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 86

Figura 51 - Imagem evidenciando as sondagens realizadas nas Áreas G e H.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 87

Figura 52 - Vista parcial do sítio evidenciando as intervenções realizadas em subsuperfície

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 53 - Vista geral da sondagem I1 e da caixa d’água (Área I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 88

Figura 54 - Parte do muro construído em alvenaria de pedra situado na porção sul do sítio

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 89

Figura 55 - Abertura de poços-testes - Área J

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 90

Figura 56 - Abertura de poços-testes - Área K

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 91

Figura 57 - Vista geral da sondagem C1 (Área C)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 92

Figura 58 - sondagem D1 (Área D)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 93

Figura 59 - sondagem E1 (Área E)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 94

Figura 60 - sondagem F1 (Área F)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 95

Figura 61 - sondagem F2 (Área F), evidenciando a base da caixa d’água

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 96

Figura 62 - sondagem G1 (Área G)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 97

Figura 63 - Vista geral da sondagem H1 (Área H)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 98

Figura 64 - sondagem I1 (Área I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 99

Figura 65 - sondagem K1 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 100

Figura 66 - poço-teste 01 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 67- poço-teste 01 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 101

Figura 68 - poço-teste 03 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 69 - poço-teste 04 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 102

Figura 70 - poço-teste 05 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 71- poço-teste 06 (Área A) exibindo sedimento avermelhado

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 103

Figura 72 - poço-teste 07 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 73 - poço-teste 08 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 104

Figura 74 - poço-teste 09 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 75 - poço-teste 10 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 105

Figura 76 - poço-teste 11 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 77 - poço-teste 12 (Área A)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 106

Figura 78 - poço-teste 13 (Área C)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 79 - poço-teste 14 (Área D)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 107

Figura 80 - poço-teste 15 (Área E)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 81 - poço-teste 16 (Área F)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 108

Figura 82 - poço-teste 17 (Área D)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 83 - poço-teste 18 (Área E)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 109

Figura 84 - poço-teste 19 (Área F)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Em virtude da presença de solo residual compactado e a ausência de artefatos arqueológicos, a escavação

deste poço-teste foi interrompida no nível 000-020 cm.

Figura 85 - poço-teste 20 (Área C).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 110

Figura 86 - poço-teste 21 (Área D).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 87 - poço-teste 22 (Área G).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 111

Figura 88 - poço-teste 23 (Área G)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 89 - poço-teste 24 (Área J)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 112

Figura 90 - poço-teste 25 (Área J)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 91 - poço-teste 26 (Área J)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 113

Figura 92 - poço-teste 27 (Área J)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 93 - poço-teste 28 (Área K).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 114

Figura 94 - poço-teste 29 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 95 - poço-teste 30 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 115

Figura 96 - poço-teste 31 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 97 - poço-teste 32 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 116

Figura 98 - poço-teste 33 (Área K).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 99 - poço-teste 34 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 117

Figura 100- poço-teste 35 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 101 - poço-teste 36 (Área K).

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 118

Figura 102 - poço-teste 37 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 103 - poço-teste 38 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 119

Figura 104 - poço-teste 39 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 105 - poço-teste 40 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 120

Figura 106 - poço-teste 41 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 107 - poço-teste 42 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 121

Figura 108 - poço-teste 43 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 109 - poço-teste 44 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 122

Figura 110 - poço-teste 45 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 111 - poço-teste 46 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 123

Figura 112 - poço-teste 47 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 113 - poço-teste 48 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 124

Figura 114 - poço-teste 49 (Área K)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 125

7 PERFIS ESTRATIGRÁFICOS Os perfis estratigráficos foram produzidos através do registro direto em

campo, sendo certo que optou-se preferencialmente pelo perfil leste como aquele de

padrão comparativo para os demais setores, registrando-se inclusive, os níveis

arqueologicamente estéreis. São apresentados neste relatório os perfis de cada setor,

em folha modelo A3, acompanhados de legenda que permitem a compreensão do seu

conteúdo. Como forma de padronização, a GRIFO utiliza seu modelo para todos os

perfis elaborados pela empresa.

Para realização do procedimento, as paredes dos setores escavados

receberam tratamento de limpeza e prumo, para que fossem evidenciadas as

camadas. Com a utilização da colher de pedreiro foi realizado trabalho de raspagem

sempre em sentido horizontal, seguindo o sentido natural das camadas.

Subsequentemente os desenhos são refeitos em computador para fins de

padronização do traçado, adição de carimbo e legendas.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 126

Figura 115 - Perfil estratigráfico SC1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 127

Figura 116 - Perfil estratigráfico setor SD1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 128

Figura 117 - Perfil estratigráfico setor SE1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 129

Figura 118 - Perfil estratigráfico setor SF1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 130

Figura 119- Perfil estratigráfico setor SF2

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 131

Figura 120 - Perfil estratigráfico setor SG1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 132

Figura 121 - Perfil estratigráfico setor SH1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 133

Figura 122 - Perfil estratigráfico setor SI1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 134

Figura 123 - Perfil estratigráfico setor SK1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 135

8 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO

As atividades desenvolvidas em laboratório contemplam a análise dos

materiais arqueológicos coletados nas sondagens e nos poços-testes escavados,

além de artefatos encontrados em superfície. Nesta parte serão apresentados os

procedimentos técnicos envolvidos, da preparação até o armazenamento do material,

seguido pela análise dos artefatos culturais.

8.1 Procedimentos técnicos A gestão do acervo em laboratório teve como cerne a realização de

conservação preventiva do material arqueológico. Por conservação preventiva

entende-se o conjunto de ações e medidas indiretas que objetivem “evitar ou

minimizar futuras deteriorações ou perdas” (ABRACOR, 2010, p. 3).

A coleção em questão é formada por materiais de naturezas distintas, o

que pode demandar ações específicas de gerenciamento. Muito além da simples

execução de procedimentos técnicos, a realização da conservação preventiva, prevê

a necessidade de conhecimento do acervo, objeto da conservação.

O acervo composto por material arqueológico carece de uma série de

cuidados. No ato da escavação, os objetos, antes em condições química e biológica

relativamente estáveis, são expostos em novo ambiente e, a partir de então, passam

a sofrer reações de deterioração (CRONYN, 1990). Por essa razão deve-se primar

pela manipulação, limpeza e acondicionamento adequado ainda no laboratório de

campanha.

Como fase da execução do projeto foram realizados os trabalhos de

limpeza, classificação, catalogação, registro fotográfico, armazenamento, análise e

restauro do material arqueológico coletado, sempre buscando a estabilização e

conservação do acervo.

A maior parte do material arqueológico foi lavado em água corrente limpa

sendo depois alocado em bandejas empilháveis para secagem, que propiciaram um

melhor aproveitamento do espaço e maior tempo de secagem.

Apesar de majoritariamente ter-se utilizado o procedimento de lavagem em

água corrente, em alguns casos foi feita opção pela limpeza mecânica, dependendo

do estado de conservação da peça. No caso dos objetos metálicos, visando à

estabilização do processo de oxidação, e de faiança portuguesa, visando a

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 136

manutenção do esmalte, foi realizada limpeza mecânica com escovas pouco

abrasivas.

Quadro 04 - Tempo de secagem em ambiente seco e arejado

Tipo de material Tempo de secagem

Inorgânicos Mínimo de 20 dias

Orgânicos Mínimo de 30 dias

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

A equipe foi orientada a etiquetar as embalagens dos materiais em campo

com as devidas referências aos contextuais. Em laboratório, durante processo de

higienização e secagem, os mesmos materiais são mantidos associados à essas

etiquetas. Uma vez secadas, todas as peças foram acondicionadas em sacos

plásticos, recebendo uma etiqueta provisória de papel, sendo essa posteriormente

substituída por uma permanente. Cada embalagem foi numerada de forma sequencial

para o projeto, facilitando a localização das peças listadas em inventário.

Para a produção das etiquetas de identificação das embalagens e das

caixas plásticas onde foram armazenados os materiais recuperados durante o

monitoramento arqueológico, foi utilizada a impressora Zebra TLP-2844 com

impressão por transferência térmica com ribbon sobre etiquetas autoadesivas.

A impressora TLP 2844 foi projetada para utilização no envio e recepção,

armazenagem, rotulagem e controle de estoques, hospitais, saúde e laboratórios

médicos, transporte e logística, e envio de e-commerce, uma vez que sua etiqueta,

por transferência térmica, é um produto de polipropileno biaxialmente orientado

(Biaxially Oriented Polypropylene - BOPP) obtido a partir de um processo de

transformação da resina granulada de polipropileno (PP).

O BOPP é caracterizado pela excelente proteção contra gases, oxigênio e

umidade, resistente a um amplo nível de temperaturas, alta resistência tênsil,

excelente estabilidade dimensional, rigidez, sua superfície garante boa impressão, As

etiquetas de BOPP são versáteis e eficientes em sua utilização, encontrando na área

de alimentação um espaço importante na manutenção das condições de higiene,

limpeza e saúde pública. Atualmente, muitos livros estão sendo produzidos em BOPP,

o que torna esse produto conhecido como papel sintético.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 137

O processo de transferência térmica (TT) que culmina propriamente na

impressão é realizado com a utilização de um ribbon, isto é, uma fita de silicone com

um dos lados resinados. Quando o ribbon é aquecido, a resina é transferida para a

etiqueta processando assim a impressão. A qualidade da impressão é excelente e

durabilidade dessa impressão é extremamente alta e resistente, inclusive a solventes

(tanto a etiqueta em BOPP quanto a tinta impressa).

Também foram etiquetadas e numeradas, de forma sequencial a todo o

projeto, as caixas plásticas (Modelo IPHAN) utilizadas para o transporte a

acondicionamento permanente. O acesso às documentações e ao material

arqueológico ficará a critério das normas institucionais em obediência a legislação e

deliberações governamentais.

Figura 124 - Etiquetagem autoadesiva em BOPP com impressão por transferência térmica (TT) com ribbon

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

8.2 Fotografias de laboratório Os trabalhos fotográficos em laboratório estão associados à etapa de

análise dos materiais recuperados em campo e apontamento de características

consideradas importantes nesse procedimento. Normalmente como objetiva-se a

publicação dos trabalhos realizados há a necessidade de maior controle da técnica

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 138

fotográfica de forma a obter melhor qualidade na apresentação da documentação

arqueológica e de seus detalhes, por essa razão recomenda-se que se fotografe

primeiramente a ficha de identificação. Feito isso, é importante padronizar em mesa a

distância entre a câmera e o objeto. Verificar a posição da escala, da ficha de

identificação e a posição da iluminação a partir das quatro direções que compõem o

quadro da fotografia.

Deste modo, em laboratório, além das fotografias de cadastramento,

realizadas com a Câmera Sony Cybershot HX200, refletores angulares, lâmpadas

frias, tripé, rebatedor, escala gráfica ou numérica.

Foram seguidos alguns critérios para seleção de peças a serem

fotografadas. Primeiramente peças inteiras e fragmentos com marcas de fabricante

foram separados para fotografia, bem como algumas que independentemente de

apresentarem algum tipo de marcação, possuíam representativo potencial de

contextualização arqueológica.

8.3 Análise do material arqueológico

As prospecções superficiais e subsuperficiais realizadas em terrenos

pertencentes ao Morro de Santo Antônio revelaram uma cultura material diversificada,

representativa dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX. A análise dos artefatos arqueológicos

desempenha um papel de extrema importância na compreensão do modo de vida das

sociedades passadas. Por meio de registros materiais e documentos históricos, os

pesquisadores podem “reconstituir” situações cotidianas dos grupos que viveram no

local, contribuindo para a geração de conhecimento.

Por marca de fabricante entende-se qualquer marca feita pelo fabricante

intencionalmente na peça. Tais marcas podem indicar o próprio nome do fabricante,

origem, data ou aplicação. As marcas podem ser em alto relevo; baixo relevo ou

prensadas; pintadas a mão ou por transferência. Todos os exemplares com marca de

fabricante foram fotografados ao longo do projeto.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 139

9 MATERIAL CERÂMICO

Esta seção objetiva analisar o material cerâmico com finalidade de

subsidiar parte da pesquisa arqueológica histórica realizada em área urbana do atual

centro da Cidade do Rio de Janeiro.

Tecnicamente, de acordo com a definição de Rice (1987) o conceito

abrangente de cerâmica, entendido por ele como todo o material de silicato

manufaturado e formado pela aplicação de calor, tradicionalmente é associado a

peças e fragmentos em terracota, stoneware, earthenwares e porcelana, também

podem englobar telhas, manilhas, ou mesmo o vidro. O termo derivado do grego

keramos se aplica a toda uma gama de materiais produzidos por meio do tratamento

de componentes da sílica expostos a altas temperaturas.

Deste modo, o termo cerâmico abrange todos os produtos derivados de

uma composição de argila e outras substâncias minerais, que, postos ao cozimento,

obtêm solidez e inalterabilidade (PILEGGI apud TOCCHETTO et al., 2001 p. 21). Em

verdade, é um tipo de material bastante resistente, podendo suportar milhares de anos

sob a terra.

Considerando a plasticidade e as possibilidades decorativas da arte oleira,

muitas culturas passaram a desenvolver estilos próprios, transformando e

aprimorando seus estilos, padrões e motivos artísticos. Desta forma, acredita-se que,

sendo uma das mais antigas e resistentes produções e manifestações artísticas, os

artefatos produzidos com essa tecnologia possibilitam melhor identificação das

culturas e seu entendimento. Pode-se dizer que, sob a ótica arqueológica e,

considerando a possibilidade de conservação, a cerâmica permite que bem sejam

expressadas as ideias das culturas que as produzem e, talvez, melhor entendida em

sua essência.

9.1 Tipos de cerâmica

Quando nos referimos à cerâmica, dependendo do contexto, pode ser

entendida como classe de materiais produzidos pelo homem a partir do barro

ressecado e endurecimento a partir da exposição a altas temperaturas (BECKWITH,

1872, p. 6), englobando, da terracota à porcelana. A cerâmica arqueológica

comumente observada em escavações realizadas em centros urbanos brasileiros se

resumem, em linha geral a quatro tipos, são eles:

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 140

a) Terracota, ou simplesmente cerâmica (terracota): Tipo de cerâmica que

normalmente corresponde a tradicional cerâmica produzida pelas

sociedades indígenas e africanas. Significa barro cozido, sendo que

alguns autores associam terracota à cerâmica secada ao sol e não

queimada (SOUZA, 1997, p. 122);

b) Louça (earthenware, ceramic, ceramic ware): Tipo de cerâmica

branca opaca, normalmente esmaltada (impermeável), com temperatura

de queima entre 1100-1150°C;

c) Grés (stoneware): Tipo de cerâmica opaca impermeável com

temperatura de queima entre 1250-1280°C;

d) Porcelana (porcelain): Tipo de cerâmica branca impermeável com

temperatura de queima entre 1350-1400oC.

Para o entendimento da cultura material resgatada em escavações

arqueológicas em espaços urbanos, as fontes iconográficas são subsídios muito

importantes na análise associativa. As formas, a funcionalidade, o uso, o reuso, o

descarte e as correlações sociais, por exemplo podem ser alcançadas na tentativa

de entendimento da vida real original (DELPORTE, 1984).

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 141

Quadro 05 - Características dos tipos cerâmicos Características Cerâmica

(terracota) Louça (earthenware, ceramic, ceramic ware)

Grés (stoneware)

Porcelana (porcelain)

Porosidade 30% ou mais 10%-25% 0.5% - 2% Menos de 1%

Temperatura de queima

-1000 Cº 900-1200 Cº 1200-1350 Cº 1300-1450 Cº

Funcionalidade Vasos de flor; telhas; cerâmica pré-histórica

Serviço de mesa; canos; filtros; recipientes em geral

recipientes, serviço de mesa, materiais de construção

Serviço de mesa; fins decorativos

Espessura Tendência a grossa

Tendência a fina

Impermeabilidade Não Não Sim Sim

Translucidez Não Não Não Sim

Cor Vermelho, terracota, escuro

Branco Bege, terracota, escura

Branco

Textura Grossa Fina Áspero Fina

Densidade e peso Menos densa e leve

Mais densa e pesada

Regularidade Não Sim Não Sim

Aparência Cerâmica Branco áspero (?)

Cerâmica Branco vítreo

Resistência a altas e baixas temperaturas

Pequena Grande

Resistência Não Não Sim Não

Dureza Baixa Baixa Alta Alta

Sem esmalte Normal Possível Possível

Esmalte (vidrado) (Glaze)

Possível Normal Possível Não

Salt glazed (Salt-glazing)

possível possível Normal Não

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 142

Neste documento entende-se como material cerâmico aquele classificado

como terracota, sendo classificado de acordo com a seguinte tipologia:

a) Tipo I - cerâmicas simples;

b) Tipo II - cerâmicas simples com banho;

c) Tipo III - cerâmicas simples finas;

d) Tipo IV - cerâmicas simples finas escovadas;

e) Tipo V - cerâmicas simples finas e banhadas;

f) Tipo VI - cerâmicas com relevo;

g) Tipo VII - cerâmicas com relevo e vidradas;

h) Tipo VIII - cerâmicas simples vidradas;

i) Tipo IX - cerâmicas simples finas e vidradas;

j) Tipo X - cachimbos cerâmicos;

As representações iconográficas que Debret fez, durante sua passagem

pelo Brasil entre 1816 e 1831 (DEBRET, 1989), possibilita que os profissionais da

memória acessem através de sua arte, instantes eternizados por esse artista. Esses

instantes próximos da realidade presenciada por Debret fornecem a cor que dos seus

pincéis se integram às nossas canetas: o trabalho torna-se uno.

Figura 125 - Representação de Debret

Fonte: DEBRET, 1989 (E58, P6).

No Brasil, o início dos estudos sobre cerâmica voltavam-se às primitivas

formas indígenas descobertas em escavações ou produzidas pelas conhecidas

culturas indígenas que aqui se encontravam a milhares de anos. Essa arte em grande

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 143

parte utilitária sofre influência de outras culturas, sobretudo portuguesa, assim como

de diversas culturas africanas, importadas juntamente com a mão de obra escrava.

A cerâmica utilitária indígena é caracterizada, sobretudo, pela produção

com a utilização de roletes que, sobrepostos em espiral ou forma semelhante, são

unidos com a utilização dos dedos, formando, assim a parede com a forma do

vasilhame. A cerâmica artesanal, tanto para o uso doméstico quanto artístico, é

bastante produzida na atualidade, tendo sido extinta pela produção em larga escala

das olarias ou por outras indústrias com utilização de outras tecnologias ou materiais.

Até os dias de hoje, os artesãos continuam transformando blocos de argila em

utilidades para a sociedade.

As técnicas de manufatura de origem indígena que imperaram nas terras

brasileiras por milênios, sofreram modificações com a chegada das olarias, nas quais

se empregou o uso do torno.

Com as novas tecnologias de produção, outras também foram

incorporadas: a produção de tijolos, telhas e louças de barro para uso diário, são

exemplos das transformações ocorridas na cultura brasileira, se assim pode ser

chamada. As novas técnicas estão, por sua vez, também associadas a maior

quantidade de produção, economia de material, durabilidade, dureza e menor tempo

de produção. Não se deve esquecer que além das ideias importadas, os próprios

produtos também eram vendidos ou trazidos para as terras brasileiras.

O material cerâmico coletado no referido projeto consiste em fragmentos de

cerâmica simples, tanto aquelas que apresentam espessura fina quanto a grossa,

sendo que alguns fragmentos apresentam superfície vidrada, na parte interna ou

externa, principalmente a cerâmica de espessura fina. Raros são os fragmentos que

apresentam o escovado como técnica decorativa. Através da análise dos artefatos

cerâmicos, alguns fragmentos permitiram um melhor entendimento do espaço cultural,

dentre eles, um bico de bule, o pegador de uma tampa e fragmentos de uma alça e

vasos, ambos associados ao espaço doméstico. Observou-se, ainda, que alguns

fragmentos, de maneira geral, a cerâmica simples e de espessura fina, aparentemente

estão voltados ao espaço de cozinha, alguns apresentam inclusive sinais de

exposição ao fogo. Os fragmentos com espessuras mais grossas estão associados a

elementos decorativos, por exemplo, vasos e seus pratos correspondentes.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 144

As atividades arqueológicas permitiram, também, a recuperação de dois

fragmentos de cachimbos diferenciados, certamente associados à influência e/ou

presença de africanos e seus descendentes transplantados para o Brasil durante o

regime escravocrata. Um cachimbo, de maneira geral, é constituído por um fornilho

(recipiente onde se queima o fumo) e uma piteira (por onde se aspira a fumaça

produzida pelo fumo). Os artefatos evidenciados in situ foram produzidos com o uso

de argila, exibem coloração marrom escuro, decoração e marcas de queima.

Especificamente, consistem em uma peça parcialmente completa com presença de

fornilho com figura antropomórfica e piteira com boquilha em alto relevo, e uma piteira

com decoração floral feita por meio de excisões na superfície da peça, além de exibir

boquilha em alto relevo.

Agostini (1998) analisando algumas questões relativas à cultural material de

escravos do século XIX, chama à atenção para o potencial informativo dos cachimbos

enquanto registros culturais. Revela, ainda, que cachimbos apresentando figuras

antropomórficas no fornilho são comuns em descrições e pinturas pertencentes ao

contexto do Rio de Janeiro dos finais do século XVIII e principalmente no século XIX.

Os fragmentos de cachimbos encontrados, provavelmente, estão correlacionados ao

ambiente doméstico e/ou uso ritual, mantendo assim, relação direta com a favela que

se estabeleceu no local no século XIX.

Os fragmentos cerâmicos utilitários coletados durante as etapas de sondagem

arqueológica correspondem aproximadamente a 14% (234 fragmentos) de todo o

material coletado.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 145

Figura 126- Fragmento de Cachimbo Cerâmico (Tipo X)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial. Em destaque imagem ampliada da peça.

Figura 127 - Destaque para fornilho de Cachimbo Cerâmico (Tipo X)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial. Em destaque imagem ampliada da peça.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 146

Figura 128 - Exemplar de bico de bule - Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial.

Figura 129 - Exemplares de Alças Cerâmicas

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: C/Setor:

Sondagem C1/ Nível: 080-100; B - Área: D/Setor: Poço Teste 17/ Nível: 070-090; C - Área: C/ Nível: Coleta Superfícial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 147

Figura 130 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Com Banho - (Tipo II)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Setor: Poço Teste

21/Nível: 060-080.

Figura 131 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples - (Tipo I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 148

Figura 132 - Exemplar de provável “puxador” cerâmico

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial.

Figura 133 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta

Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 149

10 LOUÇA

Louças e porcelanas europeias eram utilizadas nas mesas e nos lares no

Rio de Janeiro do século XIX. Como parte do processo civilizador propagado

principalmente após a Corte Portuguesa transferir-se para os trópicos, a capital do

império português urgia por artigos que remetessem ao modus vivendi europeu. Foi

então que o mercado brasileiro, pós-abertura dos portos, tornou-se um importante

centro consumidor das faianças finas produzidos em grande parte pelos centros

ceramistas ingleses.

As louças são classificadas de acordo com a seguinte tipologia:

a) Tipo I - Louça simples sem relevo;

b) Tipo II - Louça simples com relevo;

c) Tipo III - Louça pintada sem relevo;

d) Tipo IV - Louça pintada com relevo;

e) Tipo V - Faiança simples sem relevo;

f) Tipo VI - Faiança simples com relevo;

g) Tipo VII - Faiança pintada sem relevo;

h) Tipo VIII - Faiança pintada com relevo;

i) Tipo IX - Porcelana simples sem relevo;

j) Tipo X - Porcelana simples com relevo;

k) Tipo XI - Porcelana pintada sem relevo;

l) Tipo XII - Porcelana pintada com relevo.

Todas as faianças finas têm como característica comum o fabrico alvo e de

baixa porosidade. Este trabalho não se propôs a uma análise química e mineralógica

das faianças finas, portanto, utilizou-se a categorização em nível de processo,

englobando as faianças finas em um mesmo grupo.

Por não ser completamente impermeável a faiança é geralmente vitrificada

para fins práticos decorativos. No caso de peças decoradas, a pintura pode ser

aplicada sobre o esmalte ou por baixo dele (CARVALHO, 2007).

No século XVIII, a Europa, e em especial a Inglaterra e a França, vivenciou

um momento de fortalecimento econômico das classes médias e da alta burguesia. O

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 150

convívio entre as classes fomentou o anseio burguês de fazer parte da alta sociedade

e de serem tratados como iguais. Ao seguir os padrões de conduta social, antes

restritos à corte, o modo de vida burguês foi tomando forma e dando origem a muitos

dos rituais diários contemporâneos.

Foi nesse contexto e devido aos avanços da revolução industrial, que os

produtores ceramistas ingleses passaram a se dedicar à popularização do luxo.

Enquanto a França se especializava em produzir artigos finos necessários ao

processo de distinção social, a Inglaterra buscava formas baratas de criar produtos de

qualidade, produzidos em larga escala.

A faiança fina inglesa é fruto do “esforço dos oleiros ingleses na busca por

processos para substituir a faiança clássica e alcançar a porcelana do oriente”

(BRANCANTES, p. 129). A faiança fina integra o gênero cerâmico denominado

earthenware. Mais barata que a porcelana, no transcurso do século XIX, as pastas de

pó de pedra rapidamente conquistaram não apenas o mercado europeu, sendo

exportadas para a América, onde alguns padrões decorativos foram desenvolvidos

para atender as demandas do próprio mercado americano.

No que diz respeito às técnicas decorativas, em função da agilidade e os

baixos custos, necessários a uma produção em larga escala, desenvolveu-se a

tranfer-printing ou pintura de transferência, uma técnica inglesa que revolucionou a

produção de louça, tornando-a mais simples e barata.

As primeiras tentativas de tranfer-printing foram realizadas sobre a

vitrificação, contudo seu resultado não foi satisfatório, já que a durabilidade da pintura

ficava comprometida. Foi então na região de Staffordshire, que em 1759 foram criadas

as primeiras peças decoradas por transferência sob o esmalte.

Além da técnica decorativa, o motivo ou padrão empregado também trazem

informações relevantes sobre o material analisado. Por motivo entende-se aquilo em

que foi inspirada a decoração da peça. O padrão é em geral produzido em série por

um ou mais fabricantes.

Em laboratório inicialmente foi feito o levantamento dos fragmentos com

marca de fabricante, a fim de obter informações como origem e período de produção.

Devido ao alto grau de fragmentação das amostras, o número de marcas era

relativamente pequeno se comparada ao volume coletado.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 151

Por marca de fabricante entende-se qualquer marca feita pelo fabricante

intencionalmente na peça. Tais marcas podem indicar o próprio nome do fabricante,

origem, data ou aplicação. As marcas podem ser em alto relevo; baixo relevo ou

prensadas; pintadas a mão ou por transferência. Todos os exemplares com marca de

fabricante foram fotografados ao longo do projeto.

A louça decorada traz em si indícios que permitem uma leitura quanto à

natureza do material e do sítio analisado. A técnica decorativa, motivo e cor fornecem

uma série de informações quanto ao uso, padrões de consumo, gostos e indicadores

temporais.

Ao longo do século XIX a faiança fina inglesa era utilizada por diversos

níveis sociais, padrões de consumo de uma “sociedade civilizada”, que foram aos

poucos absorvidos pelos cariocas no Rio de Janeiro do século XIX.

Quadro 06 - Classificação da faiança fina adotada

Motivo Descrição

Floral

Flores localizadas na parte central da peça. É importante lembrar que diversos padrões utilizam flores na decoração das bordas o que não torna o motivo floral.

Cênico Peças decoradas com motivos cênicos que em geral tratam de temas românticos, bucólicos, campestres.

Juvenille Peças voltadas para o uso infantil em geral de caráter educativo.

Chinoiserie Vistas chinesas, inspirados na porcelana oriental. O padrão decorativo Willow é o exemplar mais popular desta categoria.

Gênero

Cenas com homens e mulheres em primeiro plano, exercendo funções rotineiras ou admirando a natureza.

Oriental

Figuras em trajes estrangeiros em paisagens exóticas. Muitas vezes na presença de animais como camelos elefantes ou girafas.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 152

O trabalho de laboratório sobre a louça permitiu a identificação de padrões

decorativos, sendo eles: o padrão Willow e o Flow Blue.

O padrão willow foi criado no final do século XVIII, tornou-se mundialmente

conhecida a partir do início do século XIX. A mais famosa Chinoiserie surgiu na

Inglaterra no intuito de copiar as padronagens orientais tão populares na época.

Produzido por centenas de ceramistas não apenas na Inglaterra, o padrão

Willow, associado à técnica de pintura por transferência, foi aplicado a uma grande

diversidade de peças. As cores e as formas dos desenhos podem variar, no entanto,

é difícil uma leitura mais detalhada de fragmentos em que não consta marca do

fabricante.

O padrão Willow que a partir do século XIX ganhou o mercado Norte e Sul

Americano foi citado em obras literárias e mesmo poemas foram escritos sobre a

história representada nessa padronagem. São muitas versões que contam a história

representada por esse padrão, mas todas têm em comum o amor impossível entre a

filha de um Mandarim e seu empregado. A moça aprisionada por seu pai no castelo

decide fugir com seu amado com a ajuda do barqueiro. O casal acaba morto pela ira

do poderoso Mandarim e passam a viver eternamente na forma de pombas.

O efeito Borrão Azul ou Flow Blue não é um padrão decorativo, mas sim

um acabamento que pode ser associado às mais diversas técnicas. O efeito de halo

é atingido pela adição de cloretos voláteis, como cloreto de amônia ou óxido de cálcio,

no forno durante a queima da vitrificação. A pintura escorre e funde-se com o esmalte.

Apesar de serem mais comuns os exemplares na cor azul, o mesmo acabamento

também é aplicado em outras cores.

Os fragmentos associados à faiança fina, predominantemente de origem

inglesa e brasileira, consistem em louças de uso doméstico, dentre elas, xícaras,

canecas, pratos e tigelas. Verificou-se, ainda, fragmentos pertencentes a elementos

construtivos, como louça sanitária e alguns exemplares de peças e/ou isolantes

elétricos.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 153

Figura 134 - Exemplar de Louça Pintada - (Tipo III)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta

Superficial.

Figura 135 - Exemplar de Padrão Willow - (Tipo III)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno

do Sítio/Área: K/Nível: Coleta Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 154

Figura 136 - Exemplar de aplique - Louça Pintada Com Relevo - (Tipo IV)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno do

Sítio/Área: K/Nível: Coleta Superficial.

Como integrante da classe das louças, a faiança tipo “portuguesa” foi

amplamente utilizada na metrópole e nas colônias. Produzida desde o século XVI teve

seu auge no século XVIII quando da política pombalina de estimulo a indústria. A louça

que veio para o Brasil era em geral a de uso comum, tais como pratos, tigelas, jarros,

vasos, potes e recipientes em geral. Apesar de abundante em muitos sítios brasileiros,

pouca é a produção bibliográfica sobre o assunto.

Porosa, por ser cozida a baixas temperaturas, a faiança portuguesa tende

a ser mais espessa e de coloração mais amarelada. Devido à tonalidade de sua pasta,

é o esmaltamento que lhe confere a coloração branca.

O diagnóstico no Morro de Santo Antônio proporcionou a identificação de um

conjunto de peças bastante característico dos finais do século XVII e século XVIII,

associado, essencialmente, ao período colonial (BRANCANTE, 1981; DORDIO;

TEIXEIRA; SÁ, 2001). Essas louças refletem, principalmente, o uso doméstico como

pratos, tigelas, dentre outros. Tais particularidades corroboram a existência de

residências no local, fato este demonstrado no levantamento histórico apresentado no

início deste trabalho.

Page 155: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 155

Dentre os motivos decorativos observados, destacam-se: fragmentos de bordo

e bojo de pratos decorados na cor azul e vinoso, típico de faiança de brioso, a pasta

apresenta-se textura compacta na cor creme, bojo extrovertido e lábio afilado;

fragmentos de perfis de pratos com pasta de textura semi-compacta de coloração

creme e decoração em azul cobalto com círculos na superfície interna do bordo e da

base, além de exibir bordo com inflexão externa e lábio afilado; fragmento de bordo e

bojo com decoração do tipo “contas” em azul e vinoso, característica da faiança

portuguesa policroma do final do século XVII e início do século XVIII. Desde o século

XVI que o azul cobalto era aplicado na decoração das faianças por garantir a

resistência às altas temperaturas utilizadas no processo de vitrificação das peças

(ALBUQUERQUE; VELOZO, 1993).

No tocante à técnica de decoração utilizada, observam-se pinturas feitas à mão,

diferenciando da faiança inglesa, por exemplo, onde se predomina a técnica do tipo

“transfer printing”. No que concerne a decoração feita a mão, a pintura das peças era

realizada por mulheres nas olarias e a esmaltagem, geralmente, era efetuada por

artistas especializados.

Durante as escavações arqueológicas foram encontrados 147 faianças

representando aproximadamente 9% de todo o material coletado.

Apesar de não ser possível precisar quando surgiram as primeiras peças

em porcelana no mundo, uma coisa que não se discute é quanto a sua origem chinesa

na Dinastica Tãng de 618-907, período este em que surgiram os primeiros laboratórios

para confeccionar porcelana, visando abastecer os palácios imperiais. Contudo, esse

produto só chegou a Europa aproximadamente no ano de 1602, quando também

estava sendo criada a Companhia das Índias Orientais. Nessa época, em Delft,

observa-se o aperfeiçoamento da chamada porcelana holandesa (COSTA, 2000,

p.21).

O caulim foi durante muitos anos o maior segredo entre os chineses na

confecção da porcelana. Tanto é verdade que, os operários eram tratados como

escravos e se alguma informação, mesmo que insignificante, vazasse, eram punidos

com a morte (CARVALHO, 2007, p. 3). Assim sendo, entende-se porque razão as

primeiras fábricas de porcelana só apareceram na Coreia depois no século XIII, no

Reino de Annan, atual Vietnã, somente após o século XIV e no Japão no século XVII

(PORCELANA BRASIL, 2009).

Page 156: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 156

Figura 137 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: C/ Nível: Coleta Superficial; B - Área: C/ Nível: Coleta Superficial; C - Área: D/Nível: Coleta Superficial.

Figura 138 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: G/Setor:

Sondagem G1/Nível: 020-040; B - Área: D/Setor: Sondagem D1/Nível: 040-060; C - Área: D/Setor: Sondagem D1/Nível: 040-060.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 157

Quando se compara a porcelana com a faiança, percebe-se uma diferença

marcante, pois a porcelana é composta por uma substância argilosa especial

chamada caulim e por outra de feldspato, além disso, pode-se incluir também, o

quartzo e o alabastro. Logo, esses componentes vão lhe conferir características

genuínas como a sonoridade, a homogeneidade e a translucidez (PILEGGI, 1958, p.

2).

Os exemplares recuperados consistem em fragmentos de porcelana lisa e

decorada, pertencentes a objetos de uso doméstico como xícaras, canecas e pratos.

Dentre as peças decoradas destacam-se três fragmentos de uma mesma peça que

apresentam motivos decorativos, provavelmente geométrico, na coloração verde

(padrão monocromo), realizados a partir da técnica “transfer printing”. No que diz

respeito aos fragmentos de porcelana lisa, evidenciou-se uma xícara parcialmente

inteira (contendo base, corpo, borda e lábio), uma porção da borda de um pires, um

fragmento do corpo de uma xícara sextavada, dentre outros. Com exceção de um

fragmento todos os demais não apresentam relevo. No presente projeto foram

coletados durante os trabalhos 38 fragmentos de porcelana (66% simples e 34%

decoradas), aproximadamente 2% do material coletado,

Com relação a fabricação da porcelana no Brasil, PILEGGI (1958) entende

que, a primeira indústria que a produziu foi a Companhia Cerâmica Brasileira do Rio

de Janeiro, fundada por Américo Ludof, em 1910, e que veio substituir à Companhia

de Grés e Faiança Nacional, criada em 1907 (PILEGGI, 1958, p. 2). As tentativas de

empresas para fabricar porcelana no Brasil foram muitas, porém nem todas puderam

alcançar um nível desejado de industrialização. Acredita-se que possa ter ocorrido

falta de recursos, não só financeiros como técnicos.

Para facilitar a identificação dos fragmentos de porcelana, utilizou-se o

princípio a translucidez desse material como elemento de diferenciação da faiança

fina. Assim, foi utilizado um feixe de laser sobre as peças, como técnica de laboratório.

Page 158: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 158

Figura 139 - Exemplares de Porcelanas Pintadas - (Tipo XI)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: D/ Nível: Coleta

Superficial.

Figura 140 - Exemplar de provável xícara de porcelana

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno do Sítio/

Área: K/ Nível: Coleta Superficial.

Page 159: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 159

Figura 141 - Exemplar de provável alça de Porcelana

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta

Superficial.

Figura 142 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta

Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 160

Figura 143 - Exemplar de Porcelana Pintada Com Relevo - (Tipo XII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta

Superficial.

Figura 144 - Exemplar de borda de provável pires de Porcelana

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta

Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 161

Figura 145 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta

Superficial.

Figura 146 - Exemplar de Porcelana

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: D/ Nível: Coleta

Superficial.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 162

Figura 147 - Exemplar de faiança fina sob efeito do feixe de laser

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: registra-se a

opacicidade da peça.

Figura 148 - Exemplar de porcelana sob efeito do feixe de laser

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: registra-se a

translucidez da peça.

Page 163: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 163

10.1 Marcas de fabricante de porcelanas

As faianças e as porcelanas, principalmente a partir do século XIX,

passaram a receber marcas que indicam muitas vezes o fabricante, sua aplicabilidade,

padrões decorativos ou mesmo o tipo do fabrico cerâmico. A seguir são apresentadas

as marcas de fabricantes identificados nas louças coletadas durante as intervenções

arqueológicas.

10.1.1 Pozzani

Fundada em maio de 1934 por Francisco Pozzani como uma fábrica de

filtros cerâmicos, deu iniciou a suas atividades, na cidade de Jundiaí, São Paulo, onde

se encontrava as instalações da antiga Cerâmica Santa Josefina, fundada em 1913

(CARVALHO,2008).

Francisco Pozzani, seu fundador, iniciou a produção com velas para filtros cerâmicos, devido à necessidade de conseguir água filtrada e fervida para um de seus filhos, de acordo com prescrições médicas. Nessa época, os filtros eram estrangeiros e mesmo o mercado paulistano ressentia-se da falta deste produto (INDUSTRIA BRASILEIRA DE ARTEFATOS DE CERÂMICA, 2015).

Cabe destacar que embora a fábrica Pozzani fosse destinada a produção

de filtros cerâmicos, até conseguir impor seus produtos no mercado, também foram

produzidos bibelôs e pedras refratárias, quando por volta de 1939 alterou sua linha de

produção para a porcelana doméstica, assim tornando-se uma das grandes

exportadoras da época chegando a mais de 50 países em todos os continentes

(CARVALHO,2008).

Em 13 de dezembro de 2002, a Francisco Pozzani S/A foi comprada por

um grupo de investidores, alterando sua razão social para Indústria Brasileira de

Artefatos de Cerâmica - IBAC Ltda.

As linhas de produtos são compostas de: 1) Porcelana de mesa: Canecas, xícaras de chá e café, açucareiros, aparelhos de jantar, jarras, bules e uma variedade de outros itens. 2) Linha de Travessas e assadeiras refratarias; 3) Velas cerâmicas e produtos para purificação de água: Velas, filtros, torneiras e acessórios: 4) Produtos promocionais e personalizados. Nossos departamentos de arte, pesquisa e desenvolvimento são dinâmicos e atualizados com as tendências do mercado e estão aptos a desenvolver novos modelos,

Page 164: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 164

designs e cores (INDUSTRIA BRASILEIRA DE ARTEFATOS DE CERÂMICA, 2015).

Figura 149 - Evolução da marca Pozzani

Fonte: CARVALHO, 2008.

10.1.2 Schmidt

Impulsionados por Fritz Schmidt, proprietário da Porcelana Mauá e

Porcelana Real, Rodolpho Pedro, Hans Ernst, Arthur Leopoldo, Alfredo e Hilda

Schimidt fundaram no ano de 1945 a primeira fábrica da Schimidt , no Estado de Santa

Catarina. (CARVALHO,2008)

Cabe ressaltar que a produção da Porcelana Schmidt só foi iniciada em

1946. Na mesma década, como a fábrica não possuía recursos para produzir modelos

originais, os mesmos eram baseados em amostras trazidas da Alemanha e seus

decalques importados de países como o Japão e a Holanda, quando no final da

referida década também começaram a utilizar decalques produzidos em Curitiba pela

Fábrica de Fontana.

Page 165: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 165

Em 1948, devido à crescente demanda, a família Schmidt tornou-se uma

sociedade anônima e assumiram o controle da Porcelana Real e oito anos mais tarde,

também incorporando a Porcelana Steatita na cidade de Campo Largo - PR.

(CARVALHO,2008)

Durante década de 50, várias novidades tecnológicas foram surgindo e o

grupo Schmidt cresceu exportando seus produtos, sendo a primeira vez para os

Estados Unidos. A partir da década de 70, a família Schmidt, fundiu suas 03 (três)

outras marcas (Schmidt, Steatita e Real) assumindo somente o nome da família,

Schmidt:

Na década de 70, atuando em todos os segmentos, funde-se em uma única marca: Porcelana Schmidt. Nos anos 80 e 90, com uma grande linha de produtos, a Schmidt se solidifica como líder no setor, reconhecida internacionalmente como lançadora de tendências e referência mundial de qualidade. Sua atuação durante o início dos anos 2000, a consolida na liderança no setor hoteleiro, tornando-se cada vez, referência de produtos de extrema qualidade (PORCELANAS SCHMIDT, 2015).

Figura 150 - Evolução da marca Schmidt

Fonte: CARVALHO, 2008.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 166

10.1.3 Porcelana D. Pedro II

Fundada em 1928 pelo industrial Tinoco Machado, no Rio de Janeiro. A

fábrica D. Pedro II foi a primeira fábrica de porcelana autêntica em escala industrial

Brasil, sendo um dos maiores fornecedores de porcelana comercial do país (segmento

hoteleiro, empresarial e de restaurantes), além de também produzir adornos,

porcelana para mesa, eletricidade e revestimento. Acredita-se que a fábrica D. Pedro

II durou até meados da década de 80 (CARVALHO,2008).

Inicialmente funcionou onde antes havia uma fábrica de sabão e Tinoco Machado, em São Cristovão. Trocou de mãos duas vezes: Luiz Steárica (1930) e Nadir Figueiredo (1950), Em 1940 mudou seu endereço definitivo, próximo ao endereço inicial. Apenas em 1956 passou a ter razão social própria (CARVALHO, 2008, p .24).

.

Figura 151 - Evolução da marca D. Pedro II

Fonte: CARVALHO, 2008.

Page 167: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 167

QUADRO 07 - MARCAS DE LOUÇA

INFORMAÇÕES IMAGEM TRANSCRIÇÃO

Contexto: Área J/Setor : Poço Teste 01/Nível : 020-040 Fábrica: Davenport / Staffordshire - Inglaterra Data da Fábrica: 1793 - 1887 Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: 1866 Localização da marca: Informações complementares:

DAVENPORT

Contexto: Área C/Setor : Sondagem C1/Nível : 000-020 Fábrica: ? / São Paulo / Brasil Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

6 +

S PAULO

Contexto : Área J / Nível : Coleta Superficial Fábrica: John Meir e Son / Staffordshire - Inglaterra Data da Fábrica: 1812-1897 Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Louça Data do Produto: 1837-1897 Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

WARRANTED STAFFORDSHIRE

J.M.&S.

Contexto: Área A /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Porcelana Schmidt Ltda. / Santa Catarina - Brasil Data da Fábrica: 1945 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:

PORCELANA SCHMIDT

[S.] CATARINA [MADE IN] BRAZIL

Contexto: Área D /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Francisco Pozzani S/A / Jundiaí - SP Data da Fábrica: 1934 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

POZZANI MADE IN BRAZIL

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 168: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 168

QUADRO 07 - MARCAS DE LOUÇA

INFORMAÇÕES IMAGEM TRANSCRIÇÃO

Contexto: Área F /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Teixeira Barreto & Cia/São Caetano - SP Data da Fábrica: 1940 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora:----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

PORCELANA SÃO

PAULO SÃO CAETANO

Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Francisco Pozzani S/A / Jundiaí - SP Data da Fábrica: 1934 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

POZZANI MADE IN BRAZIL

Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Teixeira Barreto & Cia/ São Caetano - SP Data da Fábrica: 1940 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora:----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

PORCELANA SÃO

PAULO SÃO CAETANO

Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

[...]

MA[...]

Contexto: Local : Entorno do Sítio/Área : K/Nível : Coleta Superficial Fábrica: Porcelana D. Pedro II S.A Data da Fábrica: 1928 - 1985

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: c. 1940 Localização da marca: Informações complementares:

PORCELANA P.II

D. PEDRO II

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 169: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 169

11 VIDRO Os vidros são materiais obtidos com o resfriamento da sílica que fora

aquecida ao ponto de fusão de 1.250 oC. Os vidros comuns são compostos por

dióxido de silício (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3).

De acordo com modelo da ABIVIDRO (2011) os vidros podem ser divididos

de acordo com as seguintes classes:

a) Vidros para embalagem: Potes para alimentos, frascos e garrafas para bebidas, produtos farmacêuticos, higiene pessoal e mais incontáveis outras aplicações: a utilização do vidro para embalagens é uma das mais antigas e frequentes aplicações para o vidro. Por ordem de consumo, a maior utilização é a do setor de bebidas, principalmente com cervejas, seguida pela indústria de alimentos e, logo após, produtos não alimentícios, sobretudo farmacêuticos e cosméticos.

b) Vidros domésticos: São aqueles usados em utensílios como louças de mesa, copos, xícaras e objetos de decoração como vasos.

c) Vidros planos: Os chamados vidro planos, fabricados em chapas, são consumidos principalmente pela construção civil, seguida pela indústria automobilística e moveleira, depois na produção de espelhos e um pequeno percentual para múltiplas outras aplicações. Além dos vidros translúcidos. Um outro tipo de vidro plano, chamado impresso ou fantasia, atende, com menos frequência, também o mercado da construção civil. Vários outros setores vêm aumentando seu consumo de vidro, como a indústria moveleira e o dos eletrodomésticos da chamada linha branca, como fogões, geladeiras, microondas etc.

d) Vidros especiais: São vidros com composições e características especiais, adequadas a necessidades muito específicas de utilização, como os usados na produção de cinescópios para monitores de televisão e computadores, bulbos de lâmpadas, garrafas térmicas, fibras óticas, blocos oftálmicos, blocos isoladores e até tijolos de vidro (ABIVIDRO, 2011).

Recorrente em grande parte dos sítios históricos urbanos brasileiros em

horizontes posteriores ao século XVIII, o vidro normalmente compõe uma parcela

expressiva do material arqueológico resgatado.

Há muitos anos na América do Norte o colecionismo de garrafas é bastante

desenvolvido, até porque o interesse comercial gera estímulo para a busca de novas

informações. Assim, grande parte das referências dessas fontes não se ajusta aos

Page 170: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 170

rigores científicos, embora, aparentemente, essa produção apresente um norte para

os cientistas que se baseiam nos trabalhos dos colecionadores.

O século XIX, para o vidro, foi marcado por uma revolução no que diz

respeito ao aprimoramento das técnicas industriais de produção. Nesse momento,

diversas foram as invenções que aprimoraram a fabricação do vidro, fomentando o

aumento da produção e a padronização dos recipientes fabricados.

O mais antigo dos métodos de fabricação de vidro é o sopro-livre. Por não

se utilizar de nenhuma espécie de molde, a forma do recipiente fica completamente

ao encargo de um mestre sendo, portanto, muito difícil uma perfeita padronização da

peça. As garrafas fabricadas desta forma são normalmente assimétricas e irregulares,

apresentam superfície lisa e brilhante e nenhuma marca de molde, sendo o lábio na

maioria das vezes finalizado manualmente, consequentemente apresentando

deformações. Essa técnica foi largamente utilizada até meados de década de 1860.

Técnicas que utilizam moldes na fabricação de garrafas deixam em sua

superfície uma marca, importante indicador temporal. Durante o século XIX várias

técnicas de produção com moldes foram utilizadas, normalmente associadas a

acabamentos manuais.

Os vidros são classificados de acordo com a seguinte tipologia:

a) Tipo I-a - Embalagem de vidro - Potes; b) Tipo I-b - Embalagem de vidro - Frascos; c) Tipo I-c - Embalagem de vidro - Garrafas; d) Tipo II-a - Vidro doméstico - Copo; e) Tipo II-b - Vidro doméstico - Xícara; f) Tipo II-c - Vidro doméstico - Jarra; g) Tipo II-d - Vidro doméstico - Cálice; h) Tipo II-e - Vidro doméstico - Candeeiro; i) Tipo II-f - Vidro doméstico - Prato de uminária; j) Tipo III-a - Vidro plano - Simples; k) Tipo III-b - Vidro plano - Decorado; l) Tipo IV-a - Vidro especial - Lente; m) Tipo IV-b - Vidro especial - Bulbo de lâmpada; n) Tipo IV-c - Vidro especial - Tijolo; o) Tipo IV-d - Vidro especial - Telha; p) Tipo IV- e - Vidro especial - Piso.

O material vítreo coletado durante o levantamento prospectivo corresponde

a 24% do total de materiais resgatados (414 peças), sendo predominantes os

fragmentos de garrafas. Do material vítreo, 71% representam embalagens, 3% vidro

Page 171: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 171

doméstico, 24% vidro plano e 2% de vidros especiais.

Figura 152 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Nível:

Coleta superficial.

Figura 153 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível: Coleta superficial.

Page 172: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 172

Figura 154 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Nível:

Coleta superficial.

Figura 155 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível:

Coleta superficial.

Page 173: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 173

Figura 156 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível: Coleta superficial. Legenda: A - Frasco de remédio; B - ampola para seringa.

Figura 157 - Exemplar de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:

Coleta superficial.

Page 174: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 174

Figura 158 - Fragmento de vidro doméstico - Xicara (Tipo II-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:

Coleta superficial.

Figura 159 - Fragmento de vidro doméstico - base de Cálice (Tipo II-d)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:

Coleta superficial.

Page 175: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 175

Figura 160 - Fragmentos de embalagens de vidro - corpo de garrafa - (Tipo I-c)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível: Coleta superficial. OBS: os fragmentos correspondem a linha de refrigerantes

da Brahma, c. décadas de 1970-1980.

Figura 161 - Exemplares de Embalagens - Frascos (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: A- Área B - Coleta

superficial; B- Área: A - Poço teste 09- Nível: 020-040. Legenda: A - tampa de frasco de remédio; B - ampola para seringa.

Page 176: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 176

A literatura arqueológica revela uma variedade de tipos de garrafas. Isso

se explica pela diversidade de produtos importados face a uma tímida indústria

brasileira do século XIX.

Para o estabelecimento de uma tipologia das formas de garrafa, observou-

se uma gama muito grande de tipologias apresentadas, o que permitiu algumas

conclusões e o estabelecimento do modelo aqui apresentado.

Primeiramente, registra-se uma quantidade bastante grande de tipos de

garrafas, tais como: alsácia, renana, bordelaise, bordaux spalla alta, bourguignonne,

albeisa, champenoise, champagne cuvée, ligérienne, rhôdanienne, vallée de la loire,

jura, savoie, clavelin, sud de France, gaillacoise, provençale, anfora provenzale,

provence et la corse, fiasco, chiantigiana, fancônia, pulcianella, bocksbeutel,

espanhola estilo bordeaux, jerez, madeira, porto, marsala, ungherese, black glass,

torpedo, hutchinson, dentre outras. Grande parte das classificações volta-se a

produções regionais de vinho e produções regionais de garrafa. Assim o binômio

vinho-garrafa, inicialmente, aponta para identidades regionais, onde o tipo de garrafa

aponta para um tipo de vinho. Logo, muitas denominações de garrafas são idênticas

às denominações regionais e às dos tipos de vinho. De maneira geral, observa-se que

as vinícolas, inclusive no novo mundo, ao envasarem seus vinhos procuram manter a

relação entre tipo de uva e forma de embalagem, o que não necessariamente é uma

regra.

Difícil foi estabelecer um quadro tipológico que aponte de forma clara e

definida para as diversas formas utilizadas. Optou-se pelo estabelecimento do critério

regional, eliminando e variações e escolhendo denominações de maior penetração.

Assim, foi criado o primeiro quadro com os seguintes tipos: bordelaise,

bourguignonne, champenoise, alsacienne, provençale, clavelin, porto, francônia e

fiasco. Como se trata de uma tipologia, mesmo fazendo referência a uma região ou

cidade, as denominações aqui descritas serão apresentadas como substantivos

simples. De todos os tipos o bordelaise é o mais popular. A experiência em

arqueologia histórica na cidade do Rio de Janeiro permitiu que à essa tipologia fosse

acrescida os tipos: cobb, torpedo e hutchinson ou pop. Incluiu-se a essa lista mais

quatro tipos de garrafas: tipo-A, ou Industry Standard Beer - ISB (660 ml); tipo-S (330

ml), tipo-V (330 ml); tipo-C (210/215 ml) e tipo-1: (330 ml). Essa última tipologia foi

incorporada a este trabalho a partir de observações de registros em relevo nas

Page 177: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 177

garrafas enquadradas nessa classe. Esses tipos foram padrões por décadas no Brasil

para o envasamento, sobretudo de cerveja, refrigerantes e aguardentes,

predominantemente utilizados desde o início até o último quartel do século XX.

Figura 162 - Tipologia de formas de garrafas

Bo

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Tip

o-A

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Be

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ISB

(6

60 m

l)

Tip

o-S

(330

ml)

Tip

o-X

(330

ml)

Tip

o-V

(330

ml)

Tip

o-C

(921

0/2

15 m

l)

Tip

o-1

(330

ml)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 178

Figura 163 - Fotografia de garrafeiros tomada por Marc Ferrez em 1895

Fonte: FERREZ, 1895 (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 179

Contando com o eterno perdão dos enólogos que, lato sensu, estudam

também as garrafas que envasam seus apreciados vinhos, é apresentada uma

tipologia de garrafas que, como inúmeras tentativas parece apontar para uma divisão

apropriada aos estudos arqueológicos brasileiros:

a Garrafa tipo Bordelaise: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo

reto, pescoço relativamente reto e curto. A garrafa de vinho mais

difundida no mundo. Chamada também de frontignan.

b Garrafa tipo Bourguignonne: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo,

ombro suave, corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da

garrafa.

c Garrafa tipo Champenoise: Forma cilíndro-cônica, ombro suave,

pescoço curto, corpo cilindrico e base larga (ombro e base mais

pronunciados que bourguignonne), anel terminal para fixar a armação da

rolha. A parede da garrafa é mais grossa e homogênea para suportar a

pressão de até 10 atm. Usada, sobretudo, para espumantes.

d Garrafa tipo Alsacienne: Forma cilíndro-cônica alongada, não possui

ombro, originalmente na região do rio Reno. Sobretudo para vinho

branco. Também conhecida como renana.

e Garrafa tipo Provençale: Forma cilíndrica, pescoço longo, ombro suave,

corpo cilíndrico e cinturado.

f Garrafa tipo Clavelin: Forma cilíndrica, ombro bastante pronunciado,

pescoço curto, corpo reto. De origem francesa (Jura). Caracteriza-se,

sobretudo, pela capacidade de 0,62l, o que resta de um litro de vinho

amarelo depois de 6 anos em barris.

g Garrafa tipo Porto: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,

pescoço dilatado. De origem portuguesa (Porto), apresenta semelhança

com as garrafas jerez ou sherry (Espanha) e Madeira (Portugal) e

Marsala (Itália), com maior altura, aqui enquadradas no mesmo tipo.

h Garrafa tipo Francônia. Origem alemã e italiana (Toscana). Forma

relativamente oval, corpo largo (em secção transversal, apresenta forma

elíptica), ombro pronunciado, pescoço curto, altura em torno de 0,20 m.

De origem alemã e italiana (Toscana), é também conhecida como

bocksbeutel e pulcianella.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 180

i Garrafa tipo Fiasco: Forma relativamente globular, pescoço longo e

ombro levemente pronunciado, base originalmente convexa. De origem

italiana era revestido de palha de forma a posicioná-la em pé.

j Garrafa tipo Cobb: Forma cilíndro-cônica, sem ombro, caracterizada pela

forma de fechamento onde, na área do pescoço existem dois

estreitamentos que limitam o movimento de uma bola de vidro. Utilizada

para bebidas gaseificadas, dependendo da posição da garrafa, permite

a passagem da bebida ou a impele pela pressão que se faz sobre a bola

de vidro e a parte interna do orifício.

k Garrafa tipo Torpedo: Forma cilíndrica, tamanho variado, não possui

ombro, a base e o top do corpo apresenta-se em pronunciado

afinamento, cujo conjunto assemelhasse a um torpedo.

l Garrafa tipo Hutchinson: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, pescoço

bastante curto, cujo fechamento era feito internamente com um disco de

borracha de onde se estendia uma alça de arame que se pronunciava

para fora da garrafa. Utilizada para bebidas gaseificadas, a pressão

interna mantinha o disco de borracha sempre pressionado à superfície

interna do ombro da garrafa. Também conhecida como “garrafa pop”.

m Garrafa tipo Tipo-A: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,

pescoço levemente dilatado. Apresenta semelhança com o tipo porto,

sendo mais alongada, com capacidade de 660 ml. Também conhecida

como industry standard beer - ISB.

n Garrafa tipo Tipo-S: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,

pescoço levemente dilatado. É uma versão com a metade da capacidade

(330 ml) do tipo-A, com tamanho reduzido a aproximadamente sua

metade e mantido seu diâmetro. Na cidade do Rio de Janeiro, na década

de 60, era conhecida como "mini-saia".

o Garrafa tipo Tipo-V: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo, ombro suave,

corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da garrafa, em suma

semelhante ao tipo bourguignonne, entretanto com com capacidade de

330 ml.

p Garrafa tipo Tipo-C: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo, ombro suave,

corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da garrafa, ou seja,

Page 181: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 181

semelhante ao tipo bourguignonne, entretanto com capacidade variando

entre 210 e 215 ml.

q Garrafa tipo Tipo-1: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,

pescoço relativamente reto e curto, ou seja, semelhante ao tipo

bordelaise, entretanto com capacidade de 330 ml.

Seguramente existem inúmeras formas que podem ser enquadradas como

tipos, por se tratarem de modelos personalizados de garrafas de marcas específicas.

A indústria de bebidas ditas quentes (whisky, conhaque, rum, vodca, licor, etc.) e de

refrigerantes são especialmente criativas na elaboração de formas para seus

produtos. Esses últimos poderão ser utilizados, inclusive, como referências para o

estabelecimento de cronologias.

O material vítreo resgatado revelou materiais predominantemente do

século XX, facilmente identificados pela presença de emendas características do

emprego da tecnologia de produção de embalagens automáticas para vidro, que

alcança inclusive a borda dos vasilhames, neste caso, garrafas e pequenos frascos.

Em menor quantidade, encontram-se fragmentos de vidro com tecnologia mais antiga,

como fundo de garrafas, que provavelmente remontam ao século XIX.

Os fragmentos e as peças recuperadas apresentam uma grande

diversificação quanto a sua utilidade. Registra-se a presença de garrafas, frascos de

remédios, frascos para perfumes, êmbolos de seringas, fragmentos e peças inteiras,

possivelmente, relacionadas a uma enfermaria. Observam-se, ainda, tampas de

frascos associadas a produtos químicos, possivelmente, ligadas a uma botica ou a

uma enfermaria, fragmentos concernentes a adornos, como lustres ou algum tipo de

abajur, típicos de um espaço social mais requintado como, igrejas ou conventos. Além

do mais, os registros materiais contemplam também, bases de cálices pertencentes a

taças e vidros planos. Algumas marcas também foram identificadas, permitindo a

identificação do fabricante e do produto, conforme será verificado mais adiante em

seção própria.

Page 182: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 182

Figura 164 - Exemplar de embalagem de vidro - Garrafa tipo Bourguignonne

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.OBS: Área: Oeste/Setor:

S2A/Nível: 000-020.

Page 183: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 183

Figura 165 - Exemplar de embalagem de vidro - pescoço de garrafa

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área H - Coleta

superficial.

Figura 166 - Exemplar de embalagem de vidro - ombro e pescoço de frasco

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área H - Coleta

superficial.

Page 184: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 184

Figura 167 - Exemplares de embalagens de vidro - fundos de garrafas

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área D - Poço

teste 17 - Nível: 000-020. OS: provavelmente século XIX.

Figura 168 - Exemplares de embalagens de vidro - garrafas século XX (Tipo I-b)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: A - Área D -

Coleta superficial; B - Área: H/ Nível: Coleta superficial.

Page 185: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 185

11.1 Marcas de Vidro Muitas peças de vidro de uso cotidiano podem apresentar forma

patenteada, marcas e inscrições em relevo que apontam para uma indústria produtora

da embalagem, distribuidora da embalagem, processadora do produto ou para a

produtora do produto propriamente dito.

11.1.1 Santa Marina

Fundada em 1895, por Antônio da Silva Prado e o Dr. Elias Fausto Pacheco

Jordão, anteriormente chamava-se Prado & Jordão, sua produção concentrava-se em

vidros planos, contudo devido a baixa demanda alternaram para a garrafaria em 1896

(BRANDÃO, 1996, p.50).

Seu atual nome tivera origem quando Antônio da Silva Prado comprara

parte da sociedade dos herdeiros de Jordão, assim rebatizando-a de Fábrica de

Vidros Santa Marina, em homenagem a uma de suas filhas falecida (BRANDÃO,

1996, p.52). Em 1903 a firma foi transformada em sociedade anônima, finalmente,

tornando-se a Companhia Vidraria Santa Marina.

No que diz respeito à revolução de 1932, a Companhia Santa Marina teve

relativo destaque, pois:

A Vidraria Santa Marina participou do processo de diversificação da indústria de São Paulo para a produção de “material de guerra” (fuzis, bombas, vestuário e comestíveis. Com o início da Segunda Guerra em 1939, a gasolina ficou racionada e fornos passaram a ser aquecidos por gasogênio. Nesse período, houve também uma diversificação da linha de produção da vidraria: fabricação de frascos para remédios e perfumes (tubos de vidros, ampolas, flaconetes e também os vidros azuis, marca registrada do Leite de Magnésia de Philips) (RODRIGUES, 2011).

Em 1944, associada à Corning Glass Works, dos Estados Unidos, que

detinha a marca Pyrex, a Santa Marina atua na sua recuperação enfrentando o

período pós-guerra (BARCELOS, 1983, p.115). Durante as décadas de 1950 e 1960

a empresa passou por uma complexa reestruturação não só administrativa, mas

Page 186: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 186

também física associando-se à Saint-Gobain e a Souchon-Neuvesel (RODRIGUES,

2011).

Nos anos 80, com o término da concessão com a Corning Glass Works,

tornou-se proibido o uso do termo Pyrex, desta forma, a empresa lançara o mesmo

produto, porém com outro nome: Marinex.

Figura 169 - Primeira foto das instalações da Fábrica Santa Marina 1896

Fonte : SANTA MARINA, 2014.

Figura 170 - Funcionários na oficina mecânica da Santa Marina em 1919

Fonte : SANTA MARINA, 2014.

Page 187: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 187

11.1.2 Wheaton Uma das indústrias do mundo no segmento de embalagens de vidro a T.

C. Wheaton foi fundada em 1888 quando o farmacêutico e médico Dr. T. C. Wheaton

associou-se aos empresários, Shull e Goodwin na Companhia de vidro Shull-Goodwin

em Millville, em New Jersey, nos Estados Unidos. Contudo, particularmente

interessado na confecção de vidros farmacêuticos, Dr. Wheaton comprou a

participação majoritária, fundando assim T. C. Wheaton.

A nova empresa cresceu rapidamente para refletir os interesses médicos

de seu fundador, atendendo laboratórios científicos, químicos, perfumistas,

farmacêuticos e médicos.

Em 1910 a fábrica Wheaton começa a fazer garrafas em sílex, âmbar,

verde claro, verde esmeralda e vidro. Anos mais tarde, com o início da Primeira Guerra

Mundial, as demandas aumentaram devido aos Estados Unidos torarem-se o principal

fornecedor principal de materiais de guerra, assim, enfrentando o domínio alemão no

mercado mundial. Na década de 20 a marca Registada é alterada para WHEATON.

Em 1946, a Wheaton estabeleceu uma nova empresa, Wheaton Glass Company,

projetado para funcionar separadamente, mas em conjunto com a empresa mais

antiga. A marca para um “W” em um círculo. (PRODUCT MANUFACTURES, 2015)

Nos anos 50, em decorrência do surgimento do plástico industrial a

Wheaton antecipou-se as concorrentes e investiu neste novo e poderoso meio de

confecção de embalagens, assim criando a Wheaton Plastics, onde desenvolveram

máquinas automáticas com a mesma função de injeção do molde de sopro usado para

o vidro, no entanto com a função de fabricar recipientes de plástico. Em 1952 é criado

o Grupo Wheaton Brasil (REFERENCE FOR BUSINESS, 2015).

Em 1952, após 64 anos de sua fundação, e com muitas experiências acumuladas, a Wheaton Brasil é fundada em São Paulo, e é pioneira ao colocar no mercado, em 1953, o primeiro frasco de penicilina fabricado numa máquina I.S. de 4 seções e dupla gota. No mesmo ano, a Wheaton Brasil passa a fabricar frascos que, além do mercado farmacêutico, também atendem a indústria de perfumaria e cosméticos (WHEATON BRASIL, 2015).

Page 188: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 188

Figura 171 - Fábrica Wheaton & Co. em Millville, 1888

Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015

Figura 172 - Propaganda de embalagem verde produzida pela Wheaton & Co. em 1893

Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015

Page 189: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 189

Figura 173 - Trabalhadores da T. C. Wheaton Glass Company em 1890

Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015.

Figura 174 - Interior da Fábrica T. C. W. em 1937

Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015

Page 190: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 190

Figura 175 - Evolução da marca Wheaton

Fonte: REFERENCE FOR BUSINESS, 2015.

11.1.3 Confeitaria Colombo

Localizada no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro e um dos

principais pontos turísticos da cidade, a Confeitaria Colombo foi fundada pelos

imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão setembro

em 1894. Integrada ao cotidiano do Rio de Janeiro, a Confeitaria tornou-se ponto de

encontro da intelectualidade, sendo frequentada por ícones como Olavo Bilac,

Machado de Assis, José do Patrocínio, João do Rio, Washington Luiz, Epitácio

Pessoa, Getúlio Vargas, Rei Alberto da Bélgica e a rainha Elizabeth da Inglaterra, o

ex-presidente Juscelino Kubitschek, o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, o

jornalista e escritor Lima Barreto e Chiquinha Gonzaga (CONFEITARIA COLOMBO,

2015).

Atualmente, parte do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio de Janeiro,

como símbolo da belle époque na vida da cidade, com decoração art nouveau, com

enormes espelhos de cristal trazidos da Antuérpia, bancadas de mármore italiano e

móveis em madeira de jacarandá recria uma representação fidedigna ao que existia

dessa época nos salões europeus. (CONFEITARIA COLOMBO, 2015)

Page 191: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 191

Figura 176 - Confeitaria Colombo 1894

Fonte: COLOMBO, 2015.

Page 192: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 192

11.1.4 Cisper

Fundada em 1908 como Fábrica Carmita, no Rio de Janeiro, a Companhia

Industria São Paulo e Rio produzia garrafas de cervejas em série quando em 1916,

durante seu processo de falência, foi comprada pelos engenheiros, Alberto Monteiro

de Carvalho e Silva e Olavo Egídio de Sousa Aranha Júnior, também criadores do

Grupo Monteiro Aranha. A Indústria de vidro CISPER, possuí fábricas localizadas

em São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, sendo a de São Paulo sede atualmente.

A Companhia Industria São Paulo e Rio - Cisper - começou em 1908, como uma pequena fábrica chamada Carmita, no Rio de Janeiro , com tecnologia americana e máquinas automáticas da empresa Owens que produzia garrafas de cervejas em série. Mas a Carmitas faliu em 1916 e foi então adquirada pelos engenheiros , Olavo Egydio de Souza Aranha Jr e Alberto Monteiro de Carvalho e Silva, com a razão social de Companhia Industrial São Paulo e Rio - Cisper (LINO,2011).

Cabe ressaltar que a Cisper foi à primeira empresa brasileira produtora de

garrafas com máquinas automáticas e, em termos de tecnologia, era a mais avançada

do país em produção de embalagens de vidro. Uma de suas principais clientes - desde

1918, com a encomenda de 100 garrafas - a Cervejaria Brahma tornou-se o um cliente

significativo em 1923 ao encomendar a produção de 100.000 garrafas. Outro ponto

de destaque, aconteceu em 1949 quando os primeiros frascos de vidro azul para Leite

magnésia e frascos na cor verde para a Companhia Antártica Paulista (ORIGEM DAS

MARCAS, 2015).

Page 193: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 193

11.1.5 Fábrica Peixe

A Indústria Alimentícia Carlos de Britto S.A, conhecida como Fábricas

Peixe, foi uma das primeiras indústrias a ser construída no Nordeste brasileiro

expandindo-se para São Paulo e Rio de Janeiro. Fundada em 1898 por Carlos

Frederico Xavier de Britto e sua esposa Maria da Conceição Cavalcanti de Brito para

o fabrico de goiabada caseira, em Pesqueira Pernambuco. (JC ONLINE, 2015)

Futuramente, uma das principais indústrias alimentícias nacionais, a

Fábricas Peixe Na primeira década do século XX adquiriu tachos a vapor de

fabricação inglesa mecanizando sua a produção, além de contratar dezenas de

operários. Em 1910 a empresa recebeu o Grande Prêmio da Exposição Internacional

de Bruxelas, na Bélgica assim tornando-se umas das maiores indústrias do Brasil. No

ano de 1990 a empresa entra em falência. (O NORDESTE, 2015)

A Peixe produziu e doces de frutas e produtos derivados de tomate,

destacando-se o Ketchup Peixe.

Figura 177 - Automóvel das Fábricas Peixe.

Fonte: PESQUEIRABR, 2015.

Page 194: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 194

Figura 178 - Fachada da Fábricas Peixe

Fonte: PESQUEIRABR, 2015.

Page 195: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 195

Quadro 08 - Marcas em vidros Informações Imagem Transcrição

Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

M [...]D

Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

L.W EXPOR

Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

155

Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

8TM S 63 TK ?

Contexto: Área : C/Setor : Poço Teste 20/Nível :060-090 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ------ Localização da marca: Informações complementares:

[...]A

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 196: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 196

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação) Informações Imagem Transcrição

Contexto: Área C/Setor : Sondagem C1/Nível : 020-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

DESENHO DE UMA COROA M

Contexto: Área D/Setor : Sondagem D1/Nível : 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

----- CI

31 b

Contexto: Área D/Setor : Sondagem D1/Nível : 040-060 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

VCL A II

Contexto: Área F/Setor : Sondagem F1/Nível : 000-020 Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

33 705 SM

Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Indústria Alimentícia Carlos de Britto S.A / Pesqueira - PE Data da Fábrica: 1898 - ? Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

FABRICA PEIXE

BRASIL

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 197: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 197

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ------ Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

S

Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ---- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

BA 342 :2 :

Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

223 m [...]39

Contexto: Área : D/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888- atualmente Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:

W 46

Contexto: Área : A/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

W 21

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 198: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 198

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área : D/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

W

71

Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

500ml. 18 CIV 71 21350_

Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: CISPER Data da Fábrica: Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:

Ci

300 ml

15

Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

W 26

Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:---- Data da Processadora:---- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

SM [...]HEBO

730

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 199: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 199

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

W

28

Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: CISPER Data da Fábrica: 1918 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

CISPER

88

Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ------ Produto: ------ Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ------ Localização da marca: Fundo Informações complementares:

SM

Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

N S

Contexto: Área: E / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946 - Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

W 16

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 200: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 200

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

216ml 12 CIV 76

611

Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

W 50

Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

67 SM

Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946 - Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:

W 4

Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

13 SM

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 201: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 201

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

VCL 2

Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: DISUL PERFUMES E COSMÉTICOS LTDA Data da Fábrica: 1930 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Perfume Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

PERFUMES CJ

LEGALION

Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Data da Fábrica: Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:

ARGENTINA

Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: 1946- Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:

W

Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ---- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

44 SM

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 202: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 202

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Data da Fábrica: Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Fundo Informações complementares:

IND BRAS 1,5

Colo[...] MA[...]

Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Confeitaria Colombo/Rio de Janeiro Data da Fábrica: 1894 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

CONFEITARIA K

COLOMBO

Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

215 ml 18 CIV 70

82220

Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

33 SM

Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Corpo----- Informações complementares: -----

MAGNESIA RE[...]BON[...]

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 203: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 203

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

K 17

Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

D 15 1869

Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: F. Hoffmann-La Roche & Co ? Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Fundo Informações complementares:

W ROCHE

17

Contexto: Local: Entorno do Sítio / Área: K / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

D 13 330 ml

[...]-369-A

Contexto: Local: Entorno do Sítio / Área: K / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: 1946 - Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:

W

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 204: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 204

Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)

Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

PATENT

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 205: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 205

12 MATERIAIS CONSTRUTIVOS Neste relatório foi adotada a classificação dos vestígios arqueológicos de

acordo com o tipo de material e aplicação. Em se tratando de materiais construtivos,

essa regra será rompida por ser entendido que a análise dessa classe, independente

da natureza do material, torna mais objetivo o entendimento do contexto. De maneira

geral, o material de caráter construtivo evidenciado no sítio cobre uma grande

extensão temporal, se estendendo desde o período colonial até os dias atuais.

12.1 Telhas

No que tange as telhas normalmente recuperadas em sítios arqueológicos

históricos na cidade do Rio de Janeiro, essas normalmente se enquadram em três

tipos: meia cana ou telha canal, tipo francesa ou plana e telha de amianto. As telhas

do tipo meia cana ou canal, geralmente, são fabricadas em pequenas olarias ou em

instalações industriais, a partir da mistura de argilas, tendo suas características

associadas ao tipo de material de origem e a duração do cozimento utilizado. Esse

tipo de telha foi bastante utilizada no período colonial. Em relação aos vestígios de

telhas do tipo francesa ou plana, observa-se que algumas peças, possivelmente,

foram importadas da Europa, especificamente de Marselha, enquanto outras devem

ter sido confeccionadas aqui no Brasil, pois embora a fábrica não tenha sido

identificada, constatou-se a presença do nome “cerâmica” em português.

O amianto, conjunto de minerais constituídos basicamente por silicato de

magnésio, é utilizado na produção de diversos produtos, sendo mais comum na

confecção de telhas de fibrocimento (constitui uma mistura de amianto, celulose,

cimento, calcário e água). Segundo dados do MMA (2010) embora a extração do

amianto no Brasil tenha iniciado no ano de 1923, até 1930 quase todo o amianto

utilizado no país era importado. Ainda conforme o MMA (2010), foi a partir de 1950,

com a popularização do fibrocimento, que houve uma grande demanda por amianto,

principalmente, para a confecção de telhas. O uso desse tipo de telha desenvolve

coberturas em placas onduladas, podendo ser utilizada em diversas situações, o que

reduz os custos da construção.

A telha cerâmica coletada foi pouco representativa, destacando-se as telhas

canal e francesa. Os fragmentos de exemplares de telha colonial de cerâmica

Page 206: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 206

apresentaram decoração e as telhas francesas apresentam inscrições que podem

permitir a identificação das olarias que as fabricaram.

Os fragmentos telhas de amianto recuperados no Morro de Santo Antônio

podem estar associados a barracões ligados a reformas realizadas no Convento de

Santo Antônio ou na Ordem Terceira da Penitência, sendo estes descartados no

terreno em análise. Não se descarta também a possibilidade de terem sido utilizadas

em barracões de ocupações ilegais, embora os dados históricos apontem para

telhados de cinco.

As telhas são classificadas observada a seguinte tipologia:

a) Tipo I - Telha canal cerâmica

b) Tipo II - Telha canal faiança

c) Tipo III - Telha francesa cerâmica

d) Tipo IV - Telha cumeeira cerâmica

e) Tipo V - Telha amianto

A totalidade de telhas coletadas durante o levantamento prospectivo

corresponde a aproximadamente 4% (74 peças) de todo o material resgatado com

maior incidência de telha canal cerâmica.

Page 207: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 207

Figura 179 - Exemplar de Telha Canal Cerâmica - (Tipo I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/Setor:

Sondagem C1/Nível: 020-040.

Figura 180 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/Setor:

Sondagem D1/Nível: 000-020.

Page 208: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 208

Figura 181 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/Nível:

Coleta Superficial.

Figura 182 - Exemplar de Telha de Francesa Cerâmica - (Tipo II)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: I/Nível:

Coleta Superficial.

Page 209: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 209

Figura 183 - Exemplar de Telha Colonial Cerâmica - (Tipo I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/Nível:

Coleta Superficial.

Figura 184 - Exemplar de Telha Francesa Cerâmica - (Tipo II)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: E/Nível:

Coleta Superficial.

Page 210: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 210

Quadro 09 - Marcas levantadas em telhas Informações Imagem Trnscrição

Contexto: Área: A/Setor : Poço Teste 05/Nível :000-020

Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:

Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

[...]ER[...]

Contexto: Área: E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Marseille - França

Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:

[GRANDE ECAILLE POUR TOITURE]

[BREVE]TES S G [D.G] [St HENR]Y-MARSE[ILLE]

[ROUX FRÉRES]

Contexto : Área H/Nível : Coleta Supefícial

Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

3

CERÂM[ICA]

Contexto: Área H/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França

Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

[GRAND]E ECAILLE [POUR TOITURE]

[BREVETES S/ G D.G] [St HENRY-MARSEILLE]

[ROUX FRÉRES]

Contexto: Área H/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França

Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

[GRANDE ECAILLE POUR TOITURE]

[B]REVE[TES S/ G D.G] [St] HENR[Y - MARSEILLE]

[ROUX FRÉRES]

Contexto: Área I/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França

Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: Telha Cerâmica

Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----

[G]RANDE ECA[ILLE POUR TOITURE]

BREVE[TES S/ G D.G] St HENR[Y-MARSEILLE]

[ROUX FRÉRES]

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 211: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 211

12.2 Ladrilho hidráulico Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 9457, 1986)

ladrilho hidráulico é definido como:

[...] placa de concreto de alta resistência ao desgaste para acabamento de paredes e pisos internos e externos, contendo uma superfície com textura lisa ou em relevo, colorida ou não, de formato quadrado, retangular ou outra forma geométrica definida (ABNT, 1986).

A principal característica do ladrilho hidráulico é a alta resistência a zonas

de tráfego intenso, aliando características antiderrapantes e de alta resistência à

abrasão, o que o torna indicado para calçadas, passeios públicos, praças, garagens,

estacionamentos, rampas para automóveis, ambientes internos, bordas de piscinas

etc, oferecendo segurança para as pessoas mesmo quando molhados.

O ladrilho hidráulico também é conhecido como ladrilho de cimento e

diversos são os autores que ilustram quanto à origem de seu nome. Para Catoia (2007

apud CAMPOS, 2011) a origem de seu nome está relacionada com o seu principal

composto, um aglomerante hidráulico (cimento Portland) que adquire dureza e

resistência com a adição de água (hidratação do cimento). Para Ramos (2011 apud

CAMPOS, 2011) a derivação do termo refere-se à máquina utilizada para a fabricação

do ladrilho, a prensa hidráulica e, finalmente, para alguns fabricantes de ladrilho está

atribuído ao fato das peças, em seu processo produtivo, ficarem imersas em água por

um período de até 8 horas ou se manterem úmidas no processo de cura (para

adquirirem resistência), dispensando qualquer submissão a altas temperaturas.

No Brasil, o ladrilho hidráulico surge na segunda metade do século XIX,

sendo inicialmente importado de Portugal, França e Bélgica. Posteriormente, os

ladrilhos são fabricados artesanalmente pelos imigrantes italianos, residentes em São

Paulo. O emprego inicial nas edificações se dá como revestimento de paredes e, em

seguida, de pisos, tendo seu auge nas décadas de 1930 e 1940.

O processo de produção continua até hoje de forma artesanal e a sua característica é, apesar da possibilidade da fabricação em série, o fato de um único ladrilheiro operar o processo de produção do início ao fim. Este contato direto com o produto final é uma condição para a boa consumação de seu trabalho e até

Page 212: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 212

mesmo para a correção de pequenas imperfeições nas peças (MARQUES, 2012).

Os padrões decorativos encontrados nos ladrilhos apresentam desenhos

de temas variados (padrões geométricos, florais, arabescos e suas combinações),

com características muito específicas desta tipologia de revestimento. As cores mais

utilizadas são os vermelhos, amarelos e tons terrosos.

A partir do conjunto de ladrilhos hidráulicos encontrados em campo,

durantes foi possível identificar três decorativos padrões: sem decoração, com

decoração (geométricos e florais) e antiderrapante. Os ladrilhos sem decoração

(monocromáticos) foram observados a sua aplicação em rodapé, podendo apresentar

formato quadrangular ou retangular, sendo que as peças quadrangulares

apresentaram tardoz de acabamento mais grosseiro. Não teve variação de cores,

sendo observados apenas na cor vermelha. Os ladrilhos que apresentaram decoração

(com motivo de desenhos geométricos), tiveram em sua maioria as cores preta e

branca, porém outras cores também foram identificadas, como azul, marrom e

avermelhado. O motivo chamado “estrela de oito pontas”, característico do padrão

geométrico, se fez presente. Os que apresentaram decoração com motivos florais,

arabescos ou suas combinações, possuíam seus desenhos em policromia.

Quanto ao formato, outras peças foram identificadas como rodapé,

cercadura ou tabeira; sua forma é retangular e a decoração também apresentou

modelos monocromáticos e policromáticos. Este último, com desenhos florais ou

geométricos.

A partir da década de 1960 o ladrilho hidráulico foi perdendo mercado,

paulatinamente, com o surgimento dos revestimentos cerâmicos esmaltados. A

superfície vítrea de esmalte impermeabiliza e decora a face de cada placa. Estas

características, para a época, representaram e proporcionaram maiores vantagens

sobre os ladrilhos hidráulicos como limpeza, higiene, durabilidade, impermeabilidade

e preço baixo, além do novo aspecto de modernização. Nos anos de 1970, foi o limiar

para o fechamento de muitas fábricas em virtude da não viabilidade econômica para

os empresários do ramo. Aquelas que persistiram abertas, adotaram medidas

paliativas como diminuição da quantidade de mão-de-obra e compra de matéria-prima

mais barata o que desencadeou o processo de decadência da qualidade do produto

Page 213: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 213

(SILVA, 2005). Dessa forma, o ladrilho hidráulico deixou de ter aceitação no mercado

e, praticamente, caiu no esquecimento.

A partir dos anos 1980 o ladrilho hidráulico é mais uma vez valorizado

como revestimento, sendo utilizado novamente pelos arquitetos e decoradores como

forma de personalizar projetos na composição de mosaicos ou com outros materiais.

Hoje eles proporcionam um novo meio para a reprodução dos desenhos tradicionais

ou um novo campo para expressões de artistas e designers. Sua produção continua

artesanal e atende a uma demanda de consumidores que desejam possuir um projeto

personalizado como na formação de variados tapetes assim como combinações com

outros materiais como, por exemplo, madeiras e pedras (WAMZER, 2011).

No presente projeto, a tipologia adotada para a classificação dos ladrilhos hidráulicos :

a) Tipo I - Monocromático sem relevo

b) Tipo II - Bicromático sem relevo

c) Tipo III - Policromático sem relevo

d) Tipo IV - Monocromático Quadriculado

e) Tipo V - Monocromático Hachurado

f) Tipo VI - Bicromático Quadriculado

Os fragmentos de ladrilhos hidráulicos recuperados por intermédio das

intervenções arqueológicas no Morro de Santo Antônio apresentam um único padrão

decorativo, podendo ser bicromáticos ou policromáticos. Faz-se necessário registrar

que os fragmentos bicromáticos observados podem representar apenas uma parcela

do piso, dessa forma, podem ser na realidade, apenas um fragmento de um piso

policromático. Tendo em vista o processo artesanal que envolve a produção dos

ladrilhos, este deve ser visto como patrimônio material e imaterial, cujo seguimento é

de suma importância na preservação da herança cultural do nosso país.

A totalidade de ladrilhos hidráulicos coletados durante o levantamento

prospectivo corresponde aproximadamente a 0,5 % (5 peças) de todo o material.

Page 214: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 214

Figura 185 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Policromático - (Tipo III)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legendo: A - Área: E/

Nível: Coleta Superficial; B - Área: I/ Nível: Coleta Superficial.

Figura 186 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Bicromático - (Tipo II)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível: Coleta Superficial.

Page 215: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 215

Quadro 10 - Algumas etapas de preparação do ladrilho hidráulico

1 Pigmento de Óxido de Ferro

2 O molde vazado (cobre ou latão)

3 Distribuição dos pigmentos

4 Retirada do molde

5 Preencimento com argamassa

6 Ladrilho é prensado

7 Imersão em tanques de água

Fonte: Adaptado de BEKER, 2009.

Page 216: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 216

Quadro 11 - Utensílios utilizados na produção de ladrilho hidráulico

Fonte: FÁBRICA CERÂMICA E DE FUNDIÇÃO DAS DEVEZAS. Catálogo da

Fábrica Cerâmica e de Fundição das Devezas, p. 232, s.d.

Page 217: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 217

12.3 Ladrilhos Denominado como um produto especial da arte do barro cozido, tem

formato de placa, regular (quadrada, retangular ou poligonal), com espessura e

tamanho variáveis, destinado ao revestimento de paredes. É constituído por duas

faces: uma externa, seu anverso, vitrificada e decorativa; a outra interna, em barro,

constitui o biscoito ou tardoz, seu verso, que fica em contato com a superfície sobre a

qual é assentado.

A manufatura deste material provém da escolha da argila que deve ser

acompanhada de outros materiais antiplásticos, denominados de pasta cerâmica que

deverá ter 70% de substância plástica e 30% de substância antiplástica. Esta pasta é

bem amassada para evitar bolhas de ar, cuja presença provoca fratura na hora da

queima. Em seguida, é feito o recorte um pouco maior do desejado devido a

ocorrência de retração. A secagem deve ser lenta, em local sem variação térmica,

livre do sol e correntes de ar. O biscoito, como assim é conhecido nessa etapa de

fabricação, deve estar totalmente seco para a sua cozedura, pois a existência de

umidade no seu interior provocará quebras durante o processo. Quando levados ao

forno, devem ser arrumados de forma que o ar circule entre eles, devendo a cozedura

deve ser lenta até alcançar 980º. Após a preparação do biscoito, inicia-se o vidrado,

que cobre o corpo cerâmico sob a forma de camada vítrea. Esta camada é obtida a

uma temperatura de 900º a 1020º. Além de fazer parte integrante da decoração da

peça, torna a superfície cerâmica mais impermeável e resistente. A coloração dos

vidrados pode ser obtida com a aplicação de diversos óxidos, e suas variações, que

produzem uma ampla diversidade de cores, como por exemplo a coloração azul é

obtida do óxido de cobalto e a coloração verde acinzentado é obtida do óxido de

níquel. Após a aplicação do vidrado, tem início o procedimento para a pintura do

azulejo. Depois de pintados são levados novamente ao forno para total fixação do

vidrado e da pintura (MACHADO, 2015).

As técnicas usadas quanto à fabricação do ladrilho, mais particularmente

do azulejo, possuem diferentes tipos, entre eles a Hispano-Mourisco (séculos XV-XVI)

e a Majólica (século XVII). A técnica Hispano-Mourisco foi desenvolvida e

implementada pelos mouros na Península Ibérica onde utilizavam a decoração

geométrica, laçaria e vegetalista. São as primeiras utilizações conhecidas do azulejo

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 218

em Portugal como revestimento de parede. Para BRANCANTE (1981), são três tipos

que compõem a influência Hispano-Mourisco.

a) Alicatado ou Mosaico (séculos XVI e XVII): Técnica para revestimento

que resulta da combinação de fragmentos cerâmicos esmaltados de

várias cores e múltiplas formas, recortados com torquês a partir de

placas coloridas, que se “encaixam” formando mosaicos geométricos. É

um processo que exigia grande habilidade e delicadeza, tornando-se

moroso e caro, acabando por ser substituído por outras técnicas

posteriores. Durante muito tempo foi produzido na região de Valência.

b) Corda-seca (final século XV e início século XVI): técnica em que a

separação das cores ou motivos decorativos é feita abrindo sulcos na

peça que, preenchidos com uma mistura de óleo de linhaça, óxido de

manganês e matéria gorda, evitam que haja mistura de cores (hidro-

solúveis) durante a aplicação e a cozedura. A superfície de cada placa

apresenta separadores destinados a impedir a mistura de várias cores.

Os motivos mais utilizados eram os mouriscos através de formas

geométricas.

c) Aresta ou Cuenca (século XVI): Utilizavam um processo mais avançado

que o anterior, onde a fabricação consistia em aplicar um molde no barro

ainda mole, criando espaços delimitados por arestas, mais altas, que

tornavam seguro o isolamento das cores, não permitindo misturas

durante a cozedura da argila e davam maior rapidez à execução do

trabalho. Daí o nome aos azulejos confeccionados a partir dessa técnica.

A processo de fabrico da técnica Majólica (século XVII) consiste em aplicar

sobre a peça um esmalte estanífero, agindo como um engobe, logo após a primeira

cozedura. O óxido de estanho produz uma coloração branca translúcida à superfície

vidrada na qual é possível aplicar diretamente os pigmentos da cor que desejar que

logo serão absorvidos e será possível fazer, posteriormente, as correções. O azulejo

é então colocado novamente no forno revelando, só após a cozedura, as respectivas

cores utilizadas. Três tipos de decoração se empregaram: o de laçaria (de tradição

mudéjar; presença de círculos com enfeites reforçados de flores); o renascentista

(inspirado nas composições de tratadistas de arquitetura; buscavam sua origem no

estilo românico) e o de grotescos (sua aplicação geralmente é feita em barras e

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 219

cercaduras de painéis). Este tipo é o menos empregado dos três (BRANCANTE,

1981).

No Brasil, os registros mais antigos de azulejo datam do século XVII, foram

trazidos de Portugal e estão concentrados na região nordeste, devido à economia

açucareira, aos engenhos e à riqueza. Segundo BARATA (1955), o primeiro registro

da azulejaria no Brasil data de cerca de 1620-1640, quando chegaram de Portugal as

peças de cerâmica vidrada para ornamentar o Convento de Santo Amaro de Água-

Fria, do Engenho Fragoso, em Olinda, hoje expostas no Museu regional de Olinda,

PE. Os azulejos existentes na Bahia foram chamados do tipo tapetes (AMARAL, s/d).

Durante os séculos XVIII-XIX chegaram no Brasil os azulejos, vindos de

Portugal, sendo utilizados principalmente na decoração de igrejas e posteriormente

na proteção (revestimento) das fachadas de edificações urbanas. Porém,

especificamente durante o século XVIII é que ocorre essa nova modalidade:

revestimento de fachadas. Esta modalidade atendia às condições climáticas de um

país tropical, com abundância de chuva e sol, tornando o azulejo um excelente

isolante térmico quando utilizado nas fachadas, transformando os interiores das

edificações em locais mais frescos. Essa nova moda acaba repercutindo em Portugal,

gerando, segundo SIMÕES (1980) “um curioso fenômeno de inversão de influências,

extraordinário exemplo de comunhão cultural”. Ainda segundo SIMÕES (1980), esse

período de fixação e nacionalização do azulejo, ou seja, o uso do azulejo na

arquitetura das fachadas foi confirmado como uma tendência normal e tipicamente

brasileira (A RELIQUIA, 2014).

A produção industrial de revestimentos cerâmicos em grande escala

começou no Brasil a partir da após a Segunda Guerra. As empresas pioneiras na

produção contínua foram a Klabim, no Rio de Janeiro; a Matarazzo, em São Paulo e

a Iasa no Nordeste. A mudança para a produção industrial ocasionou mudanças

também no caráter do material. Os revestimentos cerâmicos, antes usados apenas

pela elite, passaram a ser usados também por todas as classes sociais, inclusive em

projetos de habitação popular que gerou um aumento da produção nas indústrias de

material de construção e fez surgir vários pólos industriais, na década de 90, como

em Mogi Guaçu (SP), Criciúma (SC) e Santa Gertrudes (SP). O revestimento

cerâmico, devido às suas características de isolamento de água, facilidade de limpeza

e assepsia, tornou-se sinônimo de higiene e passou a ser exigido por vários códigos

Page 220: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 220

da construção civil, principalmente em ambientes de banheiros e cozinhas

residenciais, de restaurantes, lojas, indústrias e hospitais (WANDERLEY, 2006).

Os ladrilhos são classificados observada a seguinte tipologia:

f) Tipo I - Louça simples sem relevo

g) Tipo II - Louça simples com relevo

h) Tipo III - Louça pintada sem relevo

i) Tipo IV - Louça pintada com relevo

j) Tipo V - Faiança simples sem relevo

k) Tipo VI - Faiança simples com relevo

l) Tipo VII - Faiança pintada sem relevo

m) Tipo VIII - Faiança pintada com relevo

Em relação ao material encontrado durante as etapas de sondagem

arqueológico, podemos considerar que os fragmentos de azulejos são bastante

diversificados e estão representados, essencialmente, por materiais associados a

períodos cronológicos mais recentes. Destacam-se nas fotografias abaixo os

fragmentos que apontam para uma antiguidade relacionada ao Brasil Colonial e

também, àqueles associados a períodos mais recentes, inclusive ao século XX.

Observa-se que alguns exibem, sobretudo os mais recentes, uma variação de cores,

dentre elas, o rosa, azul, marrom e branco. Alguns fragmentos apresentam padrão

grega e passagens de texto de função votiva.

A totalidade de ladrilhos hidráulicos coletados durante o levantamento

prospectivo corresponde aproximadamente a 4 % (67 peças) de todo o material.

Page 221: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 221

Figura 187- Exemplar de Ladrilho - Faiança (Portuguesa) Pintada Sem Relevo -

(Tipo VII) - Motivo decorativo “rendas”. Possivelmente Século XVII/XVIII.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças

correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 080-100.

Figura 188 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo VII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças

correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 080-100.

Page 222: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 222

Figura 189 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo VII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças

correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 060-080.

Figura 190 - Exemplares de ladrilhos de faiança pintada sem relevo e policromático - (Tipo VII)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Setor: Poço Teste

21/Nível: 040-060.

Page 223: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 223

Figura 191 - Exemplares de ladrilhos de louça sem relevo e sem decoração - (Tipo III)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do

Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superficial.

Figura 192 - Exemplar de ladrilho Pintado em padrão grego

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do

Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superfícial.

Page 224: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 224

Figura 193 - Exemplar de peça votiva em ladrilho

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do

Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superfícial. Fragmento da Benção de São Francisco: “O Senhor Te abençoe e te guarde; O Senhor Te mostre sua face e

tenha misericórdia de ti; O Senhor volva para ti seu rosto e te dê a Paz; O Senhor te abençoe”.

12.3.1 Marcas de Ladrilho

Azulejos industrializados recebem marcas que podem indicar o fabricante,

procedência e modelo ou série.

12.3.1.1Klabin Irmãos & Cia

Sediada em São Paulo, a Klabin Irmãos e Cia.(KIC) - derivada da empresa

M.F.Klabin e Irmão, tipografia (Empreza Graphica Klabin, criada em 1880 - foi fundada

em 1899, pelos imigrantes lituanos, Maurício Freeman Klabin, Miguel Lafer, Salomão

Klabin e Hessel Klabin. “A empresa tinha como finalidade a importação de produtos

de papelaria e artigos para escritório, comércio, repartições públicas e bancos.”

(KLABIN,2015)

A primeira década do século XX, além do primeiro anúncio da KIC, família

Klabin-Lafer arrendou da Fábrica de Papel Paulista de Vila do Salto de Itu e a

constituição da Companhia Fabricadora de Papel (CFP) pela KIC e outros acionistas.

Page 225: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 225

Devido a expansão do empreendimento, e o interesse do grupo em investir na

construção de uma grande industria de papel e celulose, na década de 20 surgiu o

primeiro escritório da KIC no Rio de Janeiro, então Capital Federal e, anos mais tarde,

o arrendamento da Manufatura Nacional de Porcelanas S/A (MNP, assim como a

compra da Fazenda Monte Alegre em Tibagi, Paraná, (PR), para a construção da

primeira fábrica integrada do Grupo e do país, denominada Indústrias Klabin do

Paraná (IKP). (KLABIN,2015)

Foi a partir do ano de 1932 que se iniciou realmente os interesses do grupo Klabin em investir na construção de uma grande industria de papel e celulose. Nesse ano o interventor do Estado do Paraná, Manuel Ribas veio para a Capital Federal para encontrar o presidente Vargas, no intuito de resolver problemas administrativos. Ribas e Wolff Klabin se conheciam desde os anos 1920, quando Wolff representava os interesses da KIC em Porto Alegre (MARGALHO,2012).

Cabe ressaltar que na década 40, tem-se inicio as atividades fabris na

unidade de Monte Alegre, assim como a alteração da a razão social da IKP para

Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S/A (IKPC). “Primeira vez na história da

indústria nacional que uma parcela da demanda de mercado interno de papel

imprensa é suprida por indústria brasileira.” (KLABIN,2015)

Entre as o início de década de 50 do século XX e o fim da década de 90 do

mesmo período, pode ser tido como o de maior expansão dos empreendimentos da

Klabin Irmãos e Cia.

Atualmente a Klabin Irmãos & CIA possuí 17 (dezessete) unidades

industriais no Brasil e 01(um) na Argentina, Inaugurado ao fim do em 15 de setembro,

após dois anos, o Projeto de Expansão MA - 1100, que colocou a Unidade Monte

Alegre, atualmente a maior fábrica de papéis do Brasil, entre as 10 maiores fábricas

de papel do mundo,

Page 226: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 226

Figura 194 - A antiga fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo, na década de 1960

Fonte: KLABIN,2015

Figura 195 - Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - KIC

Fonte: KLABIN,2015. OBS: Registra-se na fotografia a presença de familiares e funcionários da Companhia Fabricadora de Papel - CFP em frente de prédio da

fábrica.

Page 227: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 227

12.3.1.2 INCEPA

Uma das mais tradicionais fábricas do ramo da cerâmica no Brasil, a

INCEPA foi fundada em 1952 no estado do Paraná. Operando inicialmente com 120

funcionários em pouco tempo tornou-se uma das maiores empresas do estado,

quando na década de 70, a INCEPA, foi adquirida pelo grupo suíço Keramik Holding

AG Laufen, assim como diversas outras empresas brasileiras do ramo de louça

sanitárias. Atualmente INCEPA pertence ao Grupo Roca, um dos maiores grupos

industriais da Espanha que desde 1999 adquiriu a Keramik Holding AG Laufen

(INCEPA, 2015).

Page 228: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 228

Quadro 12 - Marcas em ladrilho informações imagem trnscrição

Contexto: Área: C / Setor: Sondagem C1 / Nível: 020-040 Fábrica: Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

BRASIL

Contexto: Área: C / Setor: Sondagem C1 / Nível: 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

P48

Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ------ Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

[...]CISTRA[...]

Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Incepa Revestimentos Cerâmicos Ltda / Campo Largo - PR Data da Fábrica: 1952 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

[Ince]pa

Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Klabin Irmãos & Cia Data da Fábrica: 1899 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

Klabin MADE

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 229: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 229

Quadro 12 - Marcas em ladrilho (continuação)

informações imagem trnscrição Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Incepa Revestimentos Cerâmicos Ltda / Campo Largo - PR Data da Fábrica: 1952 - atualmente

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

Incepa INDUS[TRIA]

24 3[...]

Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

[FR]ANCE

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 230: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 230

12.4 Pisos Cerâmico Com pouca representatividade, os fragmentos de ladrilhos cerâmicos

coletados durante as etapas de sondagem são exemplares de piso antiderrapantes.

Sua aplicação é de uso externo, geralmente utilizados em pátios, calçadas e rampas.

Os fragmentos coletados apresentaram variação na composição da face superior;

algumas peças com subdivisões quadrangulares enquanto que outras apresentaram

tracejados com linhas em diagonal. A maior parte dos fragmentos apresentou

coloração amarelada, sendo raros aqueles com cor preta.

A totalidade de fragmentos de piso cerâmico coletados durante o

levantamento prospectivo corresponde aproximadamente a 0,5 % (11 peças) de todo

o material.

Figura 196 - Exemplares de piso cerâmico monocromático sem relevo - (Tipo I)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - Local:

Área: C/ Nível: Coleta Superficial; B - Local: Área: C/ Nível: 060-080. C - Local: Área: C/ Setor: Sondagem C1/Nível: 060-080. OBS: As peças A e B são

comumente conhecidas como pastilhas.

Page 231: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 231

13 PEÇAS VOTIVAS

O trabalho prospectivo desenvolvido no morro de Santo Antônio evidenciou

duas peças votivas, de agradecimento a Santo Antônio, o que aponta para uma área

de descarte do Convento. São peças recentes, sem dúvida, referentes ao século XX,

confeccionadas em mármore e aço inoxidável, respectivamente.

As práticas votivas são marcadas pela presença do devoto (aquele que pede a

graça) e da divindade (entidade/ser/santo que atenderá ao pedido). Como resultado

deste processo, temos o agradecimento ou retribuição, um gesto público ou presente

dado pelo fiel ao seu santo de devoção em agradecimento à divindade. Essas

expressões votivas são tradicionalmente reconhecidas sob as formas de desenhos,

figuras esculpidas em madeira, modeladas em argila ou cera, na maioria das vezes,

representando estruturas do corpo que estavam precisando da cura. Além disso,

comumente são representados através de placas com inscrições, manuscritos em

papel, objetos de uso cotidiano e fotografias, ressignificados no contexto religioso. A

representação física, muitas vezes, é substituída também por sacrifícios pessoais,

interdições e ritos, demonstrando valores litúrgicos variados.

A eficácia simbólica das trocas votivas deriva do catolicismo popular e

ultrapassam as fronteiras determinadas pelos ex-votos. Embora os indivíduos

manifestem sua fé através de formas expressivas variadas, conservam o mesmo

aspecto cíclico do dar-receber-retribuir, conforme destacado no parágrafo anterior. A

infinidade de objetos votivos encontrados em sítios dessa natureza, como nas igrejas,

guardam diferentes significados e funções nos ciclos de ofertas, possuindo assim, não

apenas valor estético, mas também antropológico.

Vistos sob a ótica da cultura popular, os ex-votos são bens culturais

representativos das condições materiais e expressivas dos sistemas simbólicos e das

formas de relações sociais envolvidas e podem ser enquadrados dentro da categoria

de “objetos de arte de natureza folclórica” (BONFIM, 2012). Desse modo, as peças

votivas assumem papel importante na compreensão dos valores e costumes de um

povo.

Page 232: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 232

Figura 197 - Exemplar de Mármore (Peça Votiva)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: F/ Nível:

Coleta Superficial.

Figura 198 - Placa votiva em mental

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível:

Coleta Superficial.

Page 233: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 233

14 METAL A cultura material de origem metálica advinda das intervenções arqueológicas

reflete a sua utilidade em pelo menos dois tipos de ambiente: no espaço doméstico e

na arquitetura local. No primeiro registra-se a presença de um pequeno vasilhame de

ágata com sinais de queima e também um fogareiro feito a partir de ferro fundido, além

de uma peça bastante danificada que se integrava a uma lamparina e uma colher.

Relacionado também ao espaço doméstico, foi coletada uma chave de um capacitor

produzido no século XX, comum nos antigos rádios, e um compasso bastante utilizado

em marcação em metais ou madeira. Associados a vidros, embora na classe de

materiais metálicos, faz-se necessário registrar a presença de tampinhas de modelo

crow, utilizadas no fechamento de garrafas. É possível que essas peças estejam

associadas às antigas habitações irregulares que existiam no terreno analisado.

No que diz respeito à arquitetura, observa-se uma peça associada à luminária,

vários pregos e também objetos que, possivelmente, estejam associados ao gradil ou

a outro detalhe arquitetônico. Foram também coletadas peças metálicas de

maquinário que podem estar associadas ao próprio desmanche do morro de Santo

Antônio ou ao uso eventual, seja por aqueles que habitavam o espaço religioso ou até

mesmo a favela. Os objetos consistem, essencialmente, em pequenos parafusos

associados ao maquinário pesado e ao encanamento da área. Ambos podem estar

relacionados ao arrasamento do morro ou a construção das residências/barracões,

naquele ambiente.

É importante destacar também um fragmento que integrava uma máquina de

escrever, bastante comum no século XX, com evidentes marcas de fogo e

intempéries.

No decorrer do projeto foram coletados 150 fragmentos de metal,

representando aproximadamente 9% do material resgatado.

Page 234: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 234

Figura 199 - Exemplar de fogareiro

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: E/ Setor:

Poço teste 01/Nível: 020-040.

Figura 200 - Exemplar de colher

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Setor: Poço teste

21/Nível: 060-080.

Page 235: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 235

Figura 201 - Exemplar de base para espelho de bolso

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor:

Poço teste 13/Nível: 060-080.

Figura 202 - Exemplar de compasso

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor: Sondagem C1/Nível: 040-060.

Page 236: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 236

Figura 203 - Exemplares de prego

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Setor: Sondagem D1/Nível: 020-040.

Figura 204 - Exemplar de provável sacho

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Setor:

Sondagem D1/Nível: 040-080.

Page 237: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 237

Figura 205 - Exemplar de provável peça de máquina de escrever

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: B/ Nível:

Coleta Superficial.

Figura 206 - Exemplar de haste de luminária de parede

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H /Nível: Coleta superficial.

Page 238: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 238

Figura 207 - Exemplar de chave Gorja

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: I /Nível:

Coleta superficial.

Figura 208 - Exemplar de tampa de garrafa - “chapinha”.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor:

Poço teste 13/Nível: 020-040.

Page 239: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 239

14.1 Marcas De Metal Azulejos industrializados recebem marcas que podem indicar o fabricante,

procedência e modelo ou série.

Quadro 13 - Marcas levantadas de metal Informações Imagem Trnscrição

Contexto: Área: C / Setor: Poço Teste 13 / Nível: 060-080 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ------

Distribuidor: ------ Data do Distribuidor: ------ Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ------ Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

[Desenho de flor]

Contexto: Área: D / Setor: Sondagem D1 / Nível: 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Zíper Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

REC

Contexto: Área: H / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Placa de alumínio Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

Á Frei Fabiano de Cristo Octavio C. Genú

E familia, agradecem a graça alcaçada. Rio março de 1984

Contexto: Área: H / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Bhering & Cia S/A / Santo Cristo - RJ Data da Fábrica: 1930 - ?

Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:

BHERING

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 240: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 240

14.2 Moedas Ao longo dos séculos, em função de sua sobrevivência e do conforto, o

homem buscou através do sistema de trocas sanar suas necessidades individuais.

Esse sistema, denominado escambo, deu origem ao mais variado câmbio de produtos

e mercadorias, inclusive os metais sob as formas mais diversas, que futuramente se

tornariam a matéria prima para a confecção das moedas.

Confeccionadas, no século VII A.C, as primeiras moedas, tal como

conhecemos, surgiram na Lídia (atual Turquia), sendo seu cunho, ou demais

características, prensadas através do golpe de um objeto pesado, onde o valor

empregado também era calculado pela nobreza dos metais utilizados. Deste modo, a

moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.

No Brasil, em 1645 surgiram as primeiras moedas cunhadas no país com

a palavra Brasil, o Florim, foram confeccionadas pelos holandeses que ocupavam o

Nordeste brasileiro. No entanto, em 1694, o então rei de Portugal, D. Pedro II, fundou

a primeira Casa da Moeda brasileira, na Bahia, que futuramente foi transferida para o

Rio de Janeiro (1698), depois para Pernambuco (1700) quando em 1703 voltou,

definitivamente, para o Rio de Janeiro. Neste período, em 1695, a moeda oficial do

Brasil foi o Real, no plural Réis (CASA DA MOEDA, 2015)

Durante os trabalhos do diagnóstico do BNDES foram encontradas 07

(sete) moedas, (0,2% do material coletado) que apontam para a ocupação local desde

a segunda metade do século XIX até os dias atuais. Todas as moedas encontradas

eram de baixo valor aquisitivo para suas épocas.

Page 241: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 241

Quadro 14 - Cronologia dos padrões monetários brasileiros

Padrão Denominação Símbolo Vigência

Real Período colonial até 07/10/1833. Era conhecido popularmente como Réis.

Rs - 07/10/1833

Mil Réis Vigoro a partir do Segundo Império. Rs 08/10/1833 - 31/10/1942

Cruzeiro Em 1942, com a inflação durante a 2ª Guerra, o Real vira cruzeiro e 3 zeros são cortados.

Cr$ 01/11/1942 - 12/02/1967

Cruzeiro Novo

Com a inflação, o poder de compra do cruzeiro diminuiu muito e mais 3 zeros são cortados.

NCr$ 13/02/1967 - 14/05/1970

Cruzeiro Em 1970 o Cruzeiro Novo volta a ser chamado de cruzeiro.

Cr$ 15/05/1970 - 27/02/1986

Cruzado Em 28 de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado corta 3 zeros da moeda, que passa a se chamar cruzado.

Cz$ 28/02/1986 - 15/01/1989

Cruzado Novo

Em janeiro de 1989, o Plano Verão congelou os pecos, cria o cruzado novo e corta 3 zeros.

NCz$ 16/01/1989 - 15/03/1990

Cruzeiro Em março de 1990, o então presidente Collor bloqueia as aplicações financeiras e a moeda volta a ser o cruzeiro.

Cr$ 16/03/1990 - 31/07/1993

Cruzeiro Real Em agosto de 1993, a moeda fica sem 3 zeros novamente e vira Cruzeiro Real. Nos 11 meses de sua existência, o cruzeiro real acumulou uma inflação e 3.700%

CR$ 01/08/1993 - 30/06/1994

Real Em julho de 1994,o presidente Itamar Franco criou o Real, cujo o plural é Reais. Antes que entrasse em circulação, passou vigorou uma unidade de conta, não de troca, chamada URV - Unidade Real de Valor, com variação diária. A economia era estimulada a usá-la como referência. Quando a URV chegou a 2.750 cruzeiros reais, a Nova moeda, REAL, entrou em vigor.

R$ 01/07/1994 -

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de EDUCACIONAL, 2015

Page 242: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 242

Quadro 15 - Moedas INFORMAÇÕES Anverso Verso

Contexto: Área: D / Setor: Poço Teste 14 / Nível : 000-055 Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro Data da Fábrica: 1694 - atualmente

Produto: Moeda Data do Exemplar: 1969 Período da série: 1969 - ? Imagem no anverso: ----- Texto no anverso: 5 CENTAVOS - 1969 Imagem no verso: Efígie da República Texto no verso: BRASIL Matéria-prima: Aço inox Informações complementares:

Contexto: Área: B / Nível: Coleta Superficial. Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Data da Fábrica: 1694 - atualmente.

Produto: Moeda. Data do Exemplar: 1978 . Período da série: 1975 - 1979. Imagem no anverso: Representação da indústria naval. Texto no anverso: 50 CENTAVOS - 1978. Imagem no verso: Efígie da República. Texto no verso: BRASIL. Matéria-prima: Aço inox. Informações complementares:

Contexto: Área: G / Nível: Coleta superficial. Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Data da Fábrica: 1694 - atualmente. Período da série: Produto: Moeda. Data do Exemplar: 1980 Imagem no anverso: ----- Texto no anverso: 10 CRUZEIROS - PROVA -1980 Imagem no verso: Mapa do Brasil. Texto no verso: BRASIL. Matéria-prima: Aço inox. Informações complementares:

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 243: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 243

15 ZOOARQUEOLOGIA

responsáveis pela nutrição, relacionamento e reprodução do animal. O

manto é uma membrana celular delgada que reveste a massa visceral, também

responsável pela secreção da concha. O Filo Mollusca abrange sete classes:

Aplacophora (sem concha); Polyplacophora (concha com sete ou oito placas

imbricadas); Monoplacophora (uma concha em forma de tigela); Gastropoda (com

concha, em geral, helicoidal, ou sem concha, com pé ventral); Bivalvia (uma concha,

formada por duas valvas); Scaphopoda (uma concha, em forma de presa de elefante

perfurada) e Cephalopoda (sem concha ou concha reduzida e pé na cabeça) THOMÉ,

et al, 2010, p.23). Para este estudo, será necessário apenas o conhecimento da classe

Gastropoda - referente a 05 (cinco) exemplares e da classe Bivalvia, referente a 01

(um) exemplar encontrado.

15.1 Metodologia

O material coletado nas escavações foi recolhido, embalado e identificado

por setores de acordo com os procedimentos arqueológicos previsto em projeto. No

laboratório de Biologia da GRIFO Arqueologia, passou por uma triagem, a fim de

separar os tipos de ossos (visivelmente diferentes). A análise do material foi realizada

com o objetivo de identificar os vestígios, uma vez que o material encontrado é

composto predominantemente por fragmentos. Para tanto, foram utilizados materiais

de referência existentes, valendo-se do banco de dados do Laboratório de Anatomia

Veterinária da Universidade Severino Sombra - USS e do Laboratório de Biologia da

GRIFO Arqueologia, bem como bibliografia específica nas áreas de Anatomia

Veterinária, Zooarqueologia e Anatomia Comparada.

Page 244: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 244

15.2 Mamíferos identificados Os ossos evidenciados durante o serviço de diagnóstico arqueológico no

Morro de Santo Antônio são predominantemente de mamíferos.

15.2.1 Família Bovidae Presente em boa parte no material ósseo encontrado, estão os vestígios

de gado bovino - Bos taurus, Linnaeus (1758). Foi possível identificar os fragmentos

como sendo desta espécie em função das características anatômicas como tamanho,

espessura e densidade, que variam entre frações de ossos do tipo longo, curto e

irregular. Os fragmentos passíveis de identificação são partes de ossos como úmero,

tíbia, ulna, fêmur, metatarso, costela, metacarpo, articulação fixa, falange e vértebra.

Esta espécie animal é amplamente utilizada na alimentação humana ao redor do

mundo, fornecendo carne e leite, além de ser um importante animal de tração.

Figura 209 - Vendedores de capim e leite

Fonte: DEBRET, 1834. OBS: Ao fundo, destaque para um boi puxando carroça com

carga de capim e em primeiro plano vendedores de leite.

Page 245: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 245

Figura 210 - Epífise distal de fêmur de bovino

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Figura 211 - fragmentos de metatarso de bovino

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - fragmento de

epífise; B - observa-se no material marcas de corte (seta vermelha).

Page 246: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 246

15.2.2 Família Equidae Entre os fragmentos encontrados, ossos equinos foram identificados, entre

eles: costela, carpo, fêmur, rádio e ulna. A identificação foi possível a partir de

comparação anatômica e observação das características, principalmente, o tamanho

e espessura. O cavalo - Equus caballus, Linneaus (1758) - é um importante animal

relacionado às atividades humanas, devido a sua força e agilidade. Está presente na

cavalaria militar, para movimentação de moinhos, além de ser um meio de transporte

de pessoas e mercadorias, principalmente relacionado às atividades de séculos

passados.

Figura 212 - Caravana de comerciantes indo para Tijuca à cavalo

Fonte: RUGENDAS, 1835. OBS : observa-se nessa gravura a prática de abandonar mortos os animais para serem consumIdos por detritívoros da cadeia alimentar.

Page 247: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 247

Figura 213 - fragmentos de costela, rádio e ulna de equino

Fonte: GRIFO Consultoria e Projetos em ArqueologiaLegenda: A - costela; B -

costela ; C rádio e ulna fusionados.

15.2.3 Família Canidae

As análises constataram 2 (dois) fragmentos ósseos de cão doméstico -

Canis lupus familiaris, Linneaus (1758). A anatomia comparada revelou tratar-se de

mandíbula inferior, de um animal de porte médio. Os cães são animais facilmente

domesticáveis, têm uma longa trajetória de convívio e companheirismo com humanos

e são encontrados em praticamente, todo o mundo. No Brasil, essa tradição não fugiu

à regra sendo, inclusive adotada pelas comunidades indígenas.

Page 248: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 248

Figura 214 - Aldeia de caboclos em Cantagalo

Fonte: DEBRET, 1834. OBS: Destaque para um cão doméstico

em meio aos indígenas.

Figura 215 - fragmentos de mandíbula inferior de cão doméstico

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 249: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 249

15.2.4 Família Muridae

Na amostra contendo material inteiro, foi identificado um crânio de rato

doméstico - Rattus rattus, Linneaus (1758) - mamífero roedor de pequeno porte,

muitas vezes relacionado às atividades humanas. Animal onívoro, muito ágil, de

reprodução rápida e um potencial transmissor de doenças. Seguramente, desde os

primeiros anos de colonização esse animal acompanhou o europeu em suas

embarcações, povoando o continente americano, transformando-se eventualmente

em praga associada às más condições de higiene.

Figura 216 - Propaganda do projeto de saneamento urbano do Rio de Janeiro do início do século XX

Fonte: SLIDESHARE, 2015. OBS: Destaque para o Rattus rattus, infestado de pulgas,

transmissoras da peste bubônica.

Page 250: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 250

Figura 217 - Crânio de Rattus rattus

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

15.3 Peixes Os peixes são animais de corpo fusiforme bastante presente na dieta

alimentar de inúmeras culturas por todo o mundo, sendo sua carne rica em nutrientes

e boa fonte de proteína. Foram identificadas 3 (três) vértebras de peixe: 02 (duas)

medindo 10 mm de largura e 01 (uma) medindo 25 mm de largura, porém faltam

indícios que auxiliem na identificação das espécies.

Figura 218 - Vértebra de peixe fragmentada

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 251: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 251

Figura 219 - Mercado da Praia do Peixe, Centro do Rio de Janeiro, c. 1893-1894

Fonte: UNICAMP, 2015.

15.4 Aves

Em menor quantidade que os mamíferos, os ossos de aves identificados,

dentre os demais materiais coletados no diagnóstico arqueológico, resumem-se a

animais domesticados pelo homem.

15.4.1 Família Phasianidae

No material coletado pôde-se observar fragmentos ósseos identificados

como sendo de galinha doméstica - Gallus gallus domesticus, Linneaus (1758).

Grosso modo, os ossos de aves são chamados de pneumáticos e sua leveza facilita

o vôo. Em sua maioria, os fragmentos ósseos são de tibiotarso, ulna, fêmur e úmero.

O material não fragmentado somam 08 (oito) peças e tratam-se de: tibiotarso, úmero,

carpometacarpo, tarsometatarso e ulna. A galinha é um importante animal presente

na alimentação humana, pois tanto sua carne quanto seus ovos são fonte de

proteínas.

Page 252: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 252

Figura 220 - Negros vendedores de galinhas e perus

Fonte: DEBRET, 1834.

Figura 221 - Fragmentos de ossos de galinha doméstica (Gallus gallus)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - fêmur ; B -

ulna ; C - tibiotarso.

Page 253: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 253

Figura 222 - Ossos de galinha doméstica (Gallus gallus)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - carpometacarpo ;

B - úmero ; C - tarsometatarso ; D - fêmur ; E - tibiotarso.

15.5 Moluscos

Os moluscos identificados durante a análise do material arqueológico

coletado no Morro de Santo Antônio resumem-se às classes gastropoda e bivalve.

15.5.1 Classe Gastropoda, Curvier (1797)

Foram identificados 5 (cinco) exemplares de gastrópodes no material

coletado, sendo 04 (quatro) exemplares da espécie Achatina fulica, Bowdich (1822),

com diferenças no tamanho das conchas e 01 (um) exemplar da espécie Stramonita

haemastoma, Linnaeus (1767). Os gastrópodes constituem-se a mais diversificada

classe de moluscos, vivendo em ambientes terrestres, límnicos ou marinhos. Tem

coloração variada e a concha, em geral, é uma espiral cônica composta de voltas

não tubulares (THOMÉ et allii, 2010, p. 36).

Page 254: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 254

A espécie Achatina fulica pertence ao grupo dos moluscos pulmonados

terrestres e é conhecida como caramujo gigante africano. Adultos desta espécie

possuem conchas com até 200 mm de comprimento e chegam a pesar 200 g. A

introdução desta espécie no Brasil, provavelmente ocorreu nos anos finais da década

de 80, através de uma feira agropecuária, sendo importado para o consumo humano,

como uma opção ao escargot. Por não ser nativo e não ter predador natural, Achatina

fulica é considerado uma praga agrícola, além de estar relacionado a um tipo de

meningite eosinofílica (TELES et alii, 1997, p.311).

A classe Gastropoda analisada contempla também 01 (um) exemplar de

Stramonita haemastoma, Linneaus (1767), um predador de pequenos bivalves e

poliquetos. Sua concha pode medir até 90 mm de comprimento e 55 mm de largura.

A espécie possui um longo estágio larval, o que permite sua dispersão por

praticamente todo o litoral do Brasil (UDELSMANN, 2009, p.13).

Page 255: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 255

Figura 223 - Concha de Achatina fulica, Bowdich (1822)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - Vista anterior ; B

- Vista posterior.

Figura 224 - Concha de Stramonita haemastoma, Linneaus (1767)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - Vista anterior ; B - Vista posterior.

Page 256: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 256

15.5.2 Classe Bivalve, Linneaus (1758)

O material zooarqueológico coletado, apresenta 01 (um) molusco bivalve,

Ostrea spp., estando representado por parte de uma de suas duas valvas. Os bivalves

são animais exclusivamente aquáticos e a maioria é marinha. A concha é formada por

duas valvas comprimidas lateralmente, cuja abertura e fechamento são realizados por

fortes músculos (THOMÉ et alii, 2010, p. 67).

Figura 225 - Valva de Ostrea spp.

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - vista anterior ; B

- vista posterior.

15.6 Resultados

O material zooarqueológico encontrado é composto 90 (noventa)

exemplares de material ósseo, predominantemente por fragmentos ósseos, o que

dificultou consideravelmente a identificação; além de 06 (seis) exemplares

malacológicos. De acordo com as análises realizadas, foi possível constatar que

tratam-se de vestígios ósseos de espécies como mamíferos de grande porte (bovino

e equino), mamífero de pequeno porte (cão doméstico e rato), ave (galinha doméstica)

e peixe. Entre os moluscos, foram identificados gastrópodes e bivalves.

Atenção e dedicação são requisitos fundamentais para análises

zooarqueológicas, sendo, ainda, de grande importância realizar consultas a um bom

acervo bibliográfico e banco de dados em anatomia, para eventuais comparações.

Page 257: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 257

Foram identificadas 96 peças no total, sendo o material analisado

composto predominantemente por fragmentos ósseos. A intensa fragmentação das

amostras dificultou bastante sua identificação, no entanto, as análises realizadas

constataram a presença de mamíferos de grande e pequeno porte (24%)

respectivamente : boi e cavalo, cão e rato ; ave (66,6%) : galinha doméstica ; peixe

(3,1%) e moluscos (6,2%). A presença de elementos ósseos bovinos, de aves e de

peixes certamente estão relacionados à dieta alimentar das populações que residiram

no local. No que diz respeito aos fragmentos ósseos de cão e rato, o primeiro é típico

de ambientes domésticos, enquanto o segundo pode ter sido atraído para o local em

virtude do acúmulo de resíduos em função da presença de barracões ou até mesmo,

mais recentemente, tendo em vista a grande quantidade de dejetos observada.

Em relação aos moluscos, a presença da espécie Achatina fulica deve-se

a sua grande capacidade de adaptação aos habitats terrestres e úmidos,

característico da porção analisada. Em relação à espécie Stramonita haemastoma,

pode-se concluir que a mesma foi levada por grupos humanos que residiam no local,

enquanto a Ostrea spp, pode estar relacionada à dieta alimentar e à comercialização.

Gráfico 01 - Quantidade de material ósseo identificado

0

10

20

30

40

50

60

70

Mamíferos Aves Peixes Moluscos

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 258: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 258

Quadro 16 - Síntese de meterial ósseo identificado

Tipo de material

Classificação Espécie Condição do

material Identificação

Ósseo Mamífero Bos taurus Fragmentado

Úmero, tíbia, ulna, fêmur, metatarso, costela, metacarpo,

articulação fixa, falange e vértebra

Ósseo Mamífero Equus caballus Fragmentado Costela, carpo, fêmur, rádio e

ulna

Ósseo Mamífero Canis lupus

familiaris Fragmentado Mandíbula inferior

Ósseo Mamífero Rattus rattus Inteiro Crânio

Ósseo Ave Gallus gallus domesticus

Fragmentado Tibiotarso, ulna, fêmur e úmero

Ósseo Ave Gallus gallus domesticus

Inteiro Tibiotarso, carpometacarpo,

tarsometatarso e ulna

Ósseo Peixe - Inteiro Vértebra

Calcário Molusco Achatina fulica Inteiro Concha

Calcário Molusco Stramonita

haemastoma Inteiro Concha

Calcário Molusco Ostrea spp. Fragmentado Valva

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 259: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 259

16 QUANTITATIVO

O levantamento prospectivo do presente projeto resultou no registro de

1713 exemplares em sua maioria fragmentos de material vítreo (24%), representando

a grande maioria de ocorrência arqueológica. Demais materiais como cerâmica

utilitária e construtiva, metal, vidro, porcelana, ósseo e malacológico foram

significativamente menos representativos.

O levantamento prospectivo foi realizado com 09 (nove) sondagens e 49 (

quarenta e nove) poços-teste. A definição dos locais escavados teve como principal

objetivo conhecer o potencial arqueológico do local, de forma auxiliar o trabalho de

monitoramento das intervenções subsuperficiais executadas pela construtora, assim

como permitir o entendimento contextual arqueológico e subsequentes interpretações

em laboratório.

Page 260: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 260

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Arg

am

assa

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

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o I

Ladrilh

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o II

Ladrilh

o h

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o -

P

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rele

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Ladrilh

o h

idrá

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o -

M

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do

tip

o IV

Ladrilh

o h

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o -

M

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do tip

o

V

Ladrilh

o h

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ulic

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Bic

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Quadricula

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Tijo

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Tijo

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o III

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09 furo

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s tip

o III

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Tijo

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o III

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Te

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Canal cerâ

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o I

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Louça p

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o IV

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Fa

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imple

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A PT01 000-020

A PT01 020-040 3 1 8 2

A PT01 040-060

A PT01 060-080

A PT01 080-100

A PT01 100-120

A PT01 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 8 0 0 0 0 2 0 0 0 0

A PT02 000-020

A PT02 020-040 3 3 1

A PT02 040-060

A PT02 060-080

A PT02 080-100

A PT02 100-120

A PT02 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

A PT03 000-020 1 1

A PT03 020-040

A PT03 040-060

A PT03 060-080

A PT03 080-100

A PT03 100-120

A PT03 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT04 000-020

A PT04 020-040

A PT04 040-060

A PT04 060-080

A PT04 080-100

A PT04 100-120

A PT04 120-140

Page 261: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 261

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

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A PT05 020-040

A PT05 040-060

A PT05 060-080

A PT05 080-100

A PT05 100-120

A PT05 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT06 000-020

A PT06 020-040 1

A PT06 040-060

A PT06 060-080

A PT06 080-100

A PT06 100-120

A PT06 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT07 000-020

A PT07 020-040

A PT07 040-060

A PT07 060-080

A PT07 080-100

A PT07 100-120

A PT07 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT08 000-020

A PT08 020-040

A PT08 040-060

A PT08 060-080

A PT08 080-100

A PT08 100-120

A PT08 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 262: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 262

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

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A PT09 020-040

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A PT09 060-080

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A PT09 120-140

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A PT10 000-020

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A PT10 060-080

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A PT10 100-120

A PT10 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT11 000-020

A PT11 020-040 1

A PT11 040-060

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A PT11 080-100

A PT11 100-120

A PT11 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT12 000-020

A PT12 020-040 1

A PT12 040-060

A PT12 060-080

A PT12 080-100

A PT12 100-120

A PT12 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 263: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 263

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

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o III

g

Te

lha -

Canal cerâ

mic

a tip

o I

Te

lha -

Canal fa

iança t

ipo II

Te

lha -

Fra

ncesa c

erâ

mic

a t

ipo

III

Te

lha -

Cum

eeira c

erâ

mic

a tip

o

IV

Te

lha -

Am

ianto

tip

o V

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

sem

rele

vo tip

o I

Pis

o C

erâ

mic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Pis

o C

erâ

mic

o -

Polic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o III

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Quadricula

do tip

o IV

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Hachura

do t

ipo V

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les s

em

re

levo tip

o I

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les c

om

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s s

em

re

levo tip

o V

A Superfície 4 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

B Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C PT13 000-020

C PT13 020-040

C PT13 040-060

C PT13 060-080

C PT13 080-100

C PT13 100-120

C PT13 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C PT20 000-040

C PT20 040-060 1

C PT20 060-090 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C SC1 000-020 1

C SC1 020-040 1 1 5 1

C SC1 040-060

C SC1 060-080 2 2

C SC1 080-100 7

C SC1 100-120

C SC1 120-140

C Superfície 1 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 1 3 0 0 0 0 5 0 2 0 0

D PT14 000-055 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

D PT17 000-020

D PT17 020-070

D PT17 070-090 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 264: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 264

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Arg

am

assa

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

M

onocro

tico s

em

rele

vo tip

o I

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

P

olic

rom

ático s

em

rele

vo t

ipo III

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico Q

uadricula

do

tip

o IV

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico H

achura

do tip

o

V

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

Quadricula

do tip

o V

I

Tijo

lo-M

aciç

o P

adrã

o

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

adrã

o I t

ipo I

a

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

adrã

oII t

ipo I

b

Tijo

lo -

Ma

ciç

o c

hato

tip

o II

Tijo

lo-F

ura

do t

ipo III

Tijo

lo-

06 furo

s t

ipo I

IIa

Tijo

lo -

08 f

uro

s tip

o III

b

Tijo

lo-

09 furo

s t

ipo I

II-c

Tijo

lo -

10 f

uro

s tip

o III

d

Tijo

lo -

15 f

uro

s tip

o III

e

Tijo

lo -

18 f

uro

s tip

o IIIf

Tijo

lo -

21 f

uro

s tip

o III

g

Te

lha -

Canal cerâ

mic

a tip

o I

Te

lha -

Canal fa

iança t

ipo I

I

Te

lha -

Fra

ncesa c

erâ

mic

a t

ipo

III

Te

lha -

Cum

eeira c

erâ

mic

a tip

o

IV

Te

lha -

Am

ianto

tip

o V

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

sem

rele

vo tip

o I

Pis

o C

erâ

mic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Pis

o C

erâ

mic

o -

Polic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o III

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Quadricula

do tip

o IV

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Hachura

do t

ipo V

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les s

em

re

levo tip

o I

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les c

om

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s s

em

re

levo tip

o V

D PT21 000-020

D PT21 020-040

D PT21 040-060

D PT21 060-080

D PT21 080-100

D PT21 100-120

D PT21 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

D SD1 000-020 1 1

D SD1 020-040

D SD1 040-060 4

D SD1 060-080

D SD1 080-100

D SD1 100-120

D SD1 120-140

D Superfície 3 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

E SE1 000-020 1

E Superfície 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

E PT15 000-035 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

E PT18 000-040 1 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0

F SF1 000-020

F SF1 020-040

F SF1 040-060

F SF1 060-080

F SF1 080-100

F SF1 100-120

F SF1 120-140

F Superfície 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 265: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 265

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Arg

am

assa

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

M

onocro

tico s

em

rele

vo tip

o I

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

P

olic

rom

ático s

em

rele

vo t

ipo III

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico Q

uadricula

do

tip

o IV

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico H

achura

do tip

o

V

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

Quadricula

do tip

o V

I

Tijo

lo-M

aciç

o P

adrã

o

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

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o I t

ipo I

a

Tijo

lo -

Ma

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o p

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oII t

ipo I

b

Tijo

lo -

Ma

ciç

o c

hato

tip

o II

Tijo

lo-F

ura

do t

ipo III

Tijo

lo-

06 furo

s t

ipo I

IIa

Tijo

lo -

08 f

uro

s tip

o III

b

Tijo

lo-

09 furo

s t

ipo I

II-c

Tijo

lo -

10 f

uro

s tip

o III

d

Tijo

lo -

15 f

uro

s tip

o III

e

Tijo

lo -

18 f

uro

s tip

o IIIf

Tijo

lo -

21 f

uro

s tip

o III

g

Te

lha -

Canal cerâ

mic

a tip

o I

Te

lha -

Canal fa

iança t

ipo II

Te

lha -

Fra

ncesa c

erâ

mic

a t

ipo

III

Te

lha -

Cum

eeira c

erâ

mic

a tip

o

IV

Te

lha -

Am

ianto

tip

o V

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

sem

rele

vo tip

o I

Pis

o C

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mic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Pis

o C

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mic

o -

Polic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o III

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Quadricula

do tip

o IV

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Hachura

do t

ipo V

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les s

em

re

levo tip

o I

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les c

om

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s s

em

re

levo tip

o V

F SF2 000-020

F SF2 020-040

F SF2 040-060

F SF2 060-080

F SF2 080-100

F SF2 100-120

F SF2 120-140

F Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT22 000-020

G PT22 020-040

G PT22 040-060

G PT22 060-080

G PT22 080-100

G PT22 100-120

G PT22 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT23 000-020

G PT23 020-040

G PT23 040-060

G PT23 060-080

G PT23 080-100

G PT23 100-120

G PT23 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G SG1 000-020 1

G SG1 020-040 3

G SG1 040-060

G SG1 060-080

G SG1 080-100

G SG1 100-120

G SG1 120-140

G Superfície 19 1 3

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 1 3 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 266: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 266

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Arg

am

assa

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

M

onocro

tico s

em

rele

vo tip

o I

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

P

olic

rom

ático s

em

rele

vo t

ipo III

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico Q

uadricula

do

tip

o IV

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico H

achura

do

tip

o

V

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

Quadricula

do tip

o V

I

Tijo

lo-M

aciç

o P

adrã

o

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

adrã

o I t

ipo I

a

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

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oII t

ipo I

b

Tijo

lo -

Ma

ciç

o c

hato

tip

o II

Tijo

lo-F

ura

do t

ipo III

Tijo

lo-

06 furo

s t

ipo I

IIa

Tijo

lo -

08 f

uro

s tip

o I

IIb

Tijo

lo-

09 furo

s t

ipo I

II-c

Tijo

lo -

10 f

uro

s tip

o III

d

Tijo

lo -

15 f

uro

s tip

o III

e

Tijo

lo -

18 f

uro

s tip

o IIIf

Tijo

lo -

21 f

uro

s tip

o III

g

Te

lha -

Canal cerâ

mic

a tip

o I

Te

lha -

Canal fa

iança t

ipo II

Te

lha -

Fra

ncesa c

erâ

mic

a t

ipo

III

Te

lha -

Cum

eeira c

erâ

mic

a tip

o

IV

Te

lha -

Am

ianto

tip

o V

Pis

o C

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mic

o -

Mo

nocro

mático

sem

rele

vo tip

o I

Pis

o C

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mic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Pis

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mic

o -

Polic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o III

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Quadricula

do tip

o IV

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Hachura

do t

ipo V

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les s

em

re

levo tip

o I

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les c

om

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s s

em

re

levo tip

o V

H SH1 000-020 2 1

H SH1 020-040

H SH1 040-060

H SH1 060-080

H SH1 080-100

H SH1 100-120

H SH1 120-140

H Superfície 1 3

SUBTOTAL 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

I SI1 000-020

I SI1 020-040 1

I SI1 040-060

I SI1 060-080

I SI1 080-100

I SI1 100-120

I SI1 120-140

I Superfície 2 3

SUBTOTAL 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

J PT24 000-020

J PT24 020-040 2 1

J PT24 040-060

J PT24 060-080

J PT24 080-100

J PT24 100-120

J PT24 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 267: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 267

Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Arg

am

assa

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico s

em

rele

vo tip

o I

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Polic

rom

ático s

em

rele

vo t

ipo I

II

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico Q

uadricula

do

tip

o IV

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Mo

nocro

tico H

achura

do tip

o

V

Ladrilh

o h

idrá

ulic

o -

Bic

rom

ático

Quadricula

do tip

o V

I

Tijo

lo-M

aciç

o P

adrã

o

Tijo

lo -

Ma

ciç

o p

adrã

o I t

ipo I

a

Tijo

lo -

Ma

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o p

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oII t

ipo I

b

Tijo

lo -

Ma

ciç

o c

hato

tip

o II

Tijo

lo-F

ura

do t

ipo III

Tijo

lo-

06 furo

s t

ipo I

IIa

Tijo

lo -

08 f

uro

s tip

o III

b

Tijo

lo-

09 furo

s t

ipo I

II-c

Tijo

lo -

10 f

uro

s tip

o III

d

Tijo

lo -

15 f

uro

s tip

o III

e

Tijo

lo -

18 f

uro

s tip

o IIIf

Tijo

lo -

21 f

uro

s tip

o III

g

Te

lha -

Canal cerâ

mic

a tip

o I

Te

lha -

Canal fa

iança t

ipo II

Te

lha -

Fra

ncesa c

erâ

mic

a t

ipo

III

Te

lha -

Cum

eeira c

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mic

a tip

o

IV

Te

lha -

Am

ianto

tip

o V

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

sem

rele

vo tip

o I

Pis

o C

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mic

o -

Bic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o II

Pis

o C

erâ

mic

o -

Polic

rom

ático

sem

rele

vo tip

o III

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Quadricula

do tip

o IV

Pis

o C

erâ

mic

o -

Mo

nocro

mático

Hachura

do t

ipo V

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les s

em

rele

vo tip

o I

Ladrilh

o -

Louça s

imp

les c

om

rele

vo tip

o II

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Ladrilh

o -

Louça p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s s

em

re

levo tip

o V

J PT27 000-020 2 1

J PT27 020-040

J PT27 040-060

J PT27 060-080

J PT27 080-100

J PT27 100-120

J PT27 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

J Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K PT28 000-020

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K PT29 000-020

K PT29 020-040

K PT29 040-060

K PT29 060-080

K PT29 080-100

K PT29 100-120

K PT29 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K SK1 000-020

K SK1 020-040

K SK1 040-060

K SK1 060-080

K SK1 080-100

K SK1 100-120

K SK1 120-140

K Superfície 2 3 4

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0

TOTAL COLETADO 0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 51 0 18 0 5 11 0 0 0 0 37 1 9 0 0

Fonte : GRIFO - Consultoria e Projetos em arqueologia.

Page 268: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 268

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

re

levo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

re

levo tip

o V

II

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da c

om

re

levo tip

o V

III

Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

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- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

ento

- C

obre

tip

o IV

Encanam

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- P

VC

tip

o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

Cerâ

mic

a U

tilit

aria

- S

imp

les

Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- sim

ple

s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

ário

- s

imple

s

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o I

Sto

new

are

Utilit

ário

- V

idra

do

tip

o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

ote

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o I-a

Vid

ro E

mb

ala

gem

- F

rasco t

ipo I

-

b

Vid

ro E

mb

ala

gem

- G

arr

afa

tip

o

I-c

Vid

ro D

om

éstico -

Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

om

éstico -

Xíc

ara

tip

o II-

b

Vid

ro D

om

ésticos -

Jarr

a tip

o II-

c

Vid

ro D

om

éstico

-cálic

e t

ipo II-

d

Vid

ro D

om

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- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

om

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-ilu

min

aria

tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III

-b

A PT01 000-020

A PT01 020-040 1 7 1 4

A PT01 040-060 4 1 1

A PT01 060-080

A PT01 080-100

A PT01 100-120

A PT01 120-140

SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 5 1

A PT02 000-020

A PT02 020-040 3 1 1 2 2

A PT02 040-060

A PT02 060-080

A PT02 080-100

A PT02 100-120

A PT02 120-140

SUBTOTAL 0 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0

A PT03 000-020 2 2

A PT03 020-040 2

A PT03 040-060

A PT03 060-080

A PT03 080-100

A PT03 100-120

A PT03 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2 0

A PT04 000-020

A PT04 020-040

A PT04 040-060

A PT04 060-080

A PT04 080-100

A PT04 100-120

A PT04 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Page 269: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 269

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

vo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

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vo tip

o V

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Fa

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o V

III

Encanam

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o I

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- F

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ento

- C

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- C

obre

tip

o IV

Encanam

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- P

VC

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o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

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a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

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a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

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ária

- c

om

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vo

tip

o V

I

Cerâ

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a U

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ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

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- S

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Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

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a U

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- sim

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s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

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- s

imple

s

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o I

Sto

new

are

Utilit

ário

- V

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do

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o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

ote

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o I-a

Vid

ro E

mb

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gem

- F

rasco t

ipo I

-

b

Vid

ro E

mb

ala

gem

- G

arr

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o

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Vid

ro D

om

éstico -

Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

om

éstico -

Xíc

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tip

o II-

b

Vid

ro D

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Jarr

a tip

o II-

c

Vid

ro D

om

éstico

-cálic

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ipo II-

d

Vid

ro D

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- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

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-ilu

min

aria

tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III-b

A PT05 000-020 1 1 3

A PT05 020-040 1

A PT05 040-060

A PT05 060-080

A PT05 080-100

A PT05 100-120

A PT05 120-140

SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 0

A PT06 000-020

A PT06 020-040 1 1 1

A PT06 040-060

A PT06 060-080

A PT06 080-100

A PT06 100-120

A PT06 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT07 000-020

A PT07 020-040

A PT07 040-060

A PT07 060-080

A PT07 080-100

A PT07 100-120

A PT07 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT08 000-020

A PT08 020-040 1 1

A PT08 040-060

A PT08 060-080

A PT08 080-100

A PT08 100-120

A PT08 120-140

SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 270: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 270

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

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o V

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Ladrilh

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em

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III

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- S

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- F

err

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ento

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ento

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o IV

Encanam

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- P

VC

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o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

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- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

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ária

- fin

a tip

o III

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escovada tip

o IV

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ipo V

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o V

I

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ipo V

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III

Cerâ

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a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

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tip

o X

Cachim

bo

Sto

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are

Utilit

ário

- s

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s

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o I

Sto

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tip

o II

Vid

ro E

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o I-a

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ipo I

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b

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Copo t

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a

Vid

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Xíc

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o II-

b

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Jarr

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o II-

c

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o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III

-b

A PT09 000-020

A PT09 020-040 2 1 3 1 1

A PT09 040-060

A PT09 060-080

A PT09 080-100

A PT09 100-120

A PT09 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0

2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 1 1 0

A PT10 000-020

A PT10 020-040

A PT10 040-060

A PT10 060-080

A PT10 080-100

A PT10 100-120

A PT10 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT11 000-020

A PT11 020-040 1

A PT11 040-060

A PT11 060-080

A PT11 080-100

A PT11 100-120

A PT11 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT12 000-020

A PT12 020-040 1

A PT12 040-060

A PT12 060-080

A PT12 080-100

A PT12 100-120

A PT12 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 271: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 271

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

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vo tip

o V

I

Ladrilh

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Fa

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da s

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o V

II

Ladrilh

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Fa

iança p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

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- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

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- C

obre

tip

o IV

Encanam

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- P

VC

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o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

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ária

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imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

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a U

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ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

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ária

- fin

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banhada t

ipo V

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ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

mic

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- c

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vid

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III

Cerâ

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vid

rada-t

ipo IX

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tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

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- s

imple

s

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o I

Sto

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idra

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tip

o II

Vid

ro E

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o I-a

Vid

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rasco t

ipo I

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b

Vid

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gem

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o

I-c

Vid

ro D

om

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Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

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Xíc

ara

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o II-

b

Vid

ro D

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Jarr

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o II-

c

Vid

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-cálic

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Vid

ro D

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- C

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II-e

Vid

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o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

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Decora

do tip

o III

-b

A Superfície 1 1 6 1 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 1 2

B Superfície 5 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1 0 0 0 0 0 0 1 0

C PT13 000-020

C PT13 020-040

C PT13 040-060 1 2 2 1 1

C PT13 060-080

C PT13 080-100

C PT13 100-120

C PT13 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

C PT20 000-040

C PT20 040-060

C PT20 060-090 2 4 4

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 4 0

C SC1 000-020 2 1

C SC1 020-040 4 2 6 17

C SC1 040-060 1 6

C SC1 060-080 3 13 1 18 1 2

C SC1 080-100 3 7 4 16 5

C SC1 100-120 1 4

C SC1 120-140

C Superfície 2

SUBTOTAL 0 7 0 0 0 0 0 0 22 10 0 0 0 0 0 40 0 1 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0 23 0

D PT14 000-055 2 4 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 1 0

D PT17 000-020 16 1

D PT17 020-070

D PT17 070-090 1 2 2 1

SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0 1 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 272: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 272

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

vo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

ento

- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

ento

- C

obre

tip

o IV

Encanam

ento

- P

VC

tip

o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

Cerâ

mic

a U

tilit

aria

- S

imp

les

Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- sim

ple

s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

ário

- s

imple

s

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o I

Sto

new

are

Utilit

ário

- V

idra

do

tip

o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

ote

tip

o I-a

Vid

ro E

mb

ala

gem

- F

rasco t

ipo I

-

b

Vid

ro E

mb

ala

gem

- G

arr

afa

tip

o

I-c

Vid

ro D

om

éstico -

Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

om

éstico -

Xíc

ara

tip

o II-

b

Vid

ro D

om

ésticos -

Jarr

a tip

o II-

c

Vid

ro D

om

éstico

-cálic

e t

ipo II-

d

Vid

ro D

om

éstico

- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

om

éstico

-ilu

min

aria

tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III

-b

D PT21 000-020

D PT21 020-040

D PT21 040-060 2 7 2

D PT21 060-080 5 6

D PT21 080-100

D PT21 100-120

D PT21 120-140

SUBTOTAL 0 2 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 2

D SD1 000-020 3 1 1 2 5

D SD1 020-040 4 5 4 1

D SD1 040-060 1 3 1 9 1 1 16 2

D SD1 060-080 3 1 3 2

D SD1 080-100

D SD1 100-120

D SD1 120-140

D Superfície 1 27 1 33 5 12 2 9

SUBTOTAL 0 0 0 2 0 0 0 0 37 6 0 0 0 0 0 50 0 1 0 0 0 7 35 2 0 0 0 0 2 17 0

E SE1 000-020 1

E Superfície 15 9 10

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 15 9 0 0 0 0 0 0 10 0

E PT15 000-035 1 1 2 10

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 10 0

E PT18 000-040 2 1 20

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 20 0 0 0 0 0 0 0 0

F SF1 000-020 1 1 1 1 7 2

F SF1 020-040

F SF1 040-060

F SF1 060-080

F SF1 080-100

F SF1 100-120

F SF1 120-140

F Superfície 14

SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 15 7 0 0 0 0 0 0 2 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 273: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 273

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

vo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

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Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

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- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

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- C

obre

tip

o IV

Encanam

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- P

VC

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o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

Cerâ

mic

a U

tilit

aria

- S

imp

les

Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

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a U

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ária

- sim

ple

s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

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o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

ário

- s

imple

s

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o I

Sto

new

are

Utilit

ário

- V

idra

do

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o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

ote

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o I-a

Vid

ro E

mb

ala

gem

- F

rasco t

ipo I

-

b

Vid

ro E

mb

ala

gem

- G

arr

afa

tip

o

I-c

Vid

ro D

om

éstico -

Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

om

éstico -

Xíc

ara

tip

o II-

b

Vid

ro D

om

ésticos -

Jarr

a tip

o II-

c

Vid

ro D

om

éstico

-cálic

e t

ipo II-

d

Vid

ro D

om

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- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

om

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-ilu

min

aria

tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III-b

F SF2 000-020

F SF2 020-040

F SF2 040-060

F SF2 060-080

F SF2 080-100

F SF2 100-120

F SF2 120-140

F Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT22 000-020

G PT22 020-040

G PT22 040-060

G PT22 060-080

G PT22 080-100

G PT22 100-120

G PT22 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT23 000-020

G PT23 020-040

G PT23 040-060

G PT23 060-080

G PT23 080-100

G PT23 100-120

G PT23 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G SG1 000-020 3 1 1

G SG1 020-040 2

G SG1 040-060

G SG1 060-080

G SG1 080-100

G SG1 100-120

G SG1 120-140

G Superfície 5 5 37 1 1 4

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 6 38 0 1 0 1 0 0 4 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 274: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 274

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

vo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Ladrilh

o -

Fa

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inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

ento

- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

ento

- C

obre

tip

o IV

Encanam

ento

- P

VC

tip

o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

mic

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tilit

ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

Cerâ

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tilit

aria

- S

imp

les

Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- sim

ple

s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

ário

- s

imple

s

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o I

Sto

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are

Utilit

ário

- V

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do

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o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

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tip

o I-a

Vid

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ipo I

-

b

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gem

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o

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Vid

ro D

om

éstico -

Copo t

ipo II-

a

Vid

ro D

om

éstico -

Xíc

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tip

o II-

b

Vid

ro D

om

ésticos -

Jarr

a tip

o II-

c

Vid

ro D

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éstico

-cálic

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ipo II-

d

Vid

ro D

om

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- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

om

éstico

-ilu

min

aria

tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III

-b

H SH1 000-020

H SH1 020-040

H SH1 040-060

H SH1 060-080

H SH1 080-100

H SH1 100-120

H SH1 120-140

H Superfície 5 17 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 17 0 0 0 0 0 0 1 0

I SI1 000-020

I SI1 020-040 1 1

I SI1 040-060

I SI1 060-080

I SI1 080-100

I SI1 100-120

I SI1 120-140

I Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

J PT24 000-020

J PT24 020-040

J PT24 040-060

J PT24 060-080

J PT24 080-100

J PT24 100-120

J PT24 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 275: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 275

Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Ladrilh

o -

Fa

iança s

imple

s c

om

rele

vo tip

o V

I

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Ladrilh

o -

Fa

iança p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Encanam

ento

- S

tonew

are

tip

o I

Encanam

ento

- F

err

o t

ipo II

Encanam

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- C

hum

bo t

ipo III

Encanam

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- C

obre

tip

o IV

Encanam

ento

- P

VC

tip

o V

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- S

imple

s tip

o

I

Cerâ

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a U

tilit

ária

- S

imple

s

com

banho t

ipo II

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a tip

o III

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

escovada tip

o IV

Cerâ

mic

a U

tilit

ária

- fin

a

banhada t

ipo V

Cerâ

mic

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ária

- c

om

rele

vo

tip

o V

I

Cerâ

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a U

tilit

ária

- c

om

rele

vo

vid

rada t

ipo V

II

Cerâ

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tilit

aria

- S

imp

les

Vid

rada t

ipo V

III

Cerâ

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a U

tilit

ária

- sim

ple

s fin

a

vid

rada-t

ipo IX

Cerâ

mic

a -

tip

o X

Cachim

bo

Sto

new

are

Utilit

ário

- s

imple

s

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o I

Sto

new

are

Utilit

ário

- V

idra

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tip

o II

Vid

ro E

mb

ala

gem

- P

ote

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o I-a

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I-c

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Copo t

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a

Vid

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Xíc

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o II-

b

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Jarr

a tip

o II-

c

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-cálic

e t

ipo II-

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ro D

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- C

andeeiro tip

o

II-e

Vid

ro D

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éstico

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min

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tip

o

II-f

Vid

ro P

lano -

Sim

ple

s tip

o III

-a

Vid

ro P

lano -

Decora

do tip

o III-b

J PT27 000-020 3

J PT27 020-040

J PT27 040-060

J PT27 060-080

J PT27 080-100

J PT27 100-120

J PT27 120-140

SUBTOTAL 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

J Superfície 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K PT28 000-020 5

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0

K PT29 000-020

K PT29 020-040

K PT29 040-060

K PT29 060-080

K PT29 080-100

K PT29 100-120

K PT29 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K SK1 000-020

K SK1 020-040

K SK1 040-060

K SK1 060-080

K SK1 080-100

K SK1 100-120

K SK1 120-140

K Superfície 4 37 1 5 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 37 0 1 0 0 0 0 5 1

TOTAL COLETADO 0 20 0 2 0 0 0 0 98 23 0 0 0 0 0 111 0 2 0 0 0 62 232 8 2 0 1 0 3 92 6

Fonte : GRIFO - Consultoria e Projetos em arqueologia.

Page 276: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 276

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Local

Áre

a

Sondagens e

Poço

s-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

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Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

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Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

re

levo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

re

levo tip

o II

Louça U

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ária

- p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

re

levo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

rele

vo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Me

tal

A PT01 000-020

A PT01 020-040 1 3 5 4

A PT01 040-060

A PT01 060-080

A PT01 080-100

A PT01 100-120

A PT01 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 4

A PT02 000-020 1

A PT02 020-040 1 1 4

A PT02 040-060

A PT02 060-080

A PT02 080-100

A PT02 100-120

A PT02 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0

A PT03 000-020 1

A PT03 020-040

A PT03 040-060

A PT03 060-080

A PT03 080-100

A PT03 100-120

A PT03 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

A PT04 000-020

A PT04 020-040

A PT04 040-060

A PT04 060-080

A PT04 080-100

A PT04 100-120

A PT04 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Page 277: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 277

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

is -

Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

is -

Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

rele

vo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

rele

vo tip

o II

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

rele

vo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Me

tal

A PT05 000-020 1 1 2 7 1 9

A PT05 020-040

A PT05 040-060

A PT05 060-080

A PT05 080-100

A PT05 100-120

A PT05 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 7 0 0 0 0 0 0 0 1 9 0 0 0 0

A PT06 000-020 1

A PT06 020-040 10

A PT06 040-060

A PT06 060-080

A PT06 080-100

A PT06 100-120

A PT06 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0

A PT07 000-020

A PT07 020-040

A PT07 040-060

A PT07 060-080

A PT07 080-100

A PT07 100-120

A PT07 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT08 000-020

A PT08 020-040 1

A PT08 040-060

A PT08 060-080

A PT08 080-100

A PT08 100-120

A PT08 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 278: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 278

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

is -

Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

is -

Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

rele

vo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

rele

vo tip

o II

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

rele

vo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária -

pin

tada

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Me

tal

A PT09 000-020

A PT09 020-040 3 1

A PT09 040-060

A PT09 060-080

A PT09 080-100

A PT09 100-120

A PT09 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

A PT10 000-020 2

A PT10 020-040

A PT10 040-060

A PT10 060-080

A PT10 080-100

A PT10 100-120

A PT10 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0

A PT11 000-020

A PT11 020-040

A PT11 040-060

A PT11 060-080

A PT11 080-100

A PT11 100-120

A PT11 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

A PT12 000-020

A PT12 020-040

A PT12 040-060

A PT12 060-080

A PT12 080-100

A PT12 100-120

A PT12 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 279: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 279

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

is -

Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

is -

Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

rele

vo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

rele

vo tip

o II

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

rele

vo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Me

tal

A Superfície 3 6 1 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 3 0 6 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0

B Superfície 6 1 1 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 6 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

C PT13 000-020

C PT13 020-040 16

C PT13 040-060 0 1 7 2 2 13 2

C PT13 060-080 12

C PT13 080-100

C PT13 100-120

C PT13 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 7 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 30

C PT20 000-040

C PT20 040-060

C PT20 060-090 2 34

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0 0

C SC1 000-020 9 5 2 7 1 13

C SC1 020-040 6 3 2 1 2 2 1 15

C SC1 040-060 3 13

C SC1 060-080 3 3 16 36 1 10

C SC1 080-100 2 1 19 34

C SC1 100-120 6

C SC1 120-140

C Superfície 3 3 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 23 5 9 3 2 0 35 0 1 2 2 0 0 2 0 101 0 3 0 36

D PT14 000-055 1 1 4 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

D PT17 000-020 2

D PT17 020-070

D PT17 070-090 3 8 1 4 7 6

SUBTOTAL 0 0 0 2 0 3 0 8 0 1 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 6

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 280: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 280

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

is -

Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

is -

Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

rele

vo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

re

levo tip

o II

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

re

levo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

re

levo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

re

levo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Meta

l

D PT21 000-020

D PT21 020-040

D PT21 040-060 4 2 3 1

D PT21 060-080 7 3

D PT21 080-100

D PT21 100-120

D PT21 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 4 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 3

D SD1 000-020 2 1 11

D SD1 020-040 17 10

D SD1 040-060 11 3 14 34 59 22

D SD1 060-080 3 1 7 2

D SD1 080-100 1 9

D SD1 100-120

D SD1 120-140

D Superfície 12 4 2 3 3

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 26 0 9 0 14 0 45 0 0 3 3 0 0 0 0 85 0 1 0 45

E SE1 000-020 1

E Superfície 8 1 5 2 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 8 1 5 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0

E PT15 000-035 1 1 1 4

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0

E PT18 000-040 6 5 3 4

SUBTOTAL 6 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 4

F SF1 000-020 7 2 1 3

F SF1 020-040

F SF1 040-060

F SF1 060-080

F SF1 080-100

F SF1 100-120

F SF1 120-140

F Superfície 21 1 5 1 3 6 2 1 1 1

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 28 1 5 1 2 0 3 0 6 2 1 1 2 0 0 3 0 0 0 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 281: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 281

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

-a

Vid

ro E

specia

is -

Bulb

o d

e

Lâm

pada t

ipo IV

-b

Vid

ro E

specia

is -

Tijo

lo tip

o IV

-c

Vid

ro E

specia

is -

Te

lha tip

o IV

-d

Vid

ro E

specia

is -

Pis

o tip

o IV

-e

Louça U

tilit

ária

- s

imple

s s

em

re

levo tip

o I

Louça U

tilit

ária

Sim

ple

s -

com

re

levo tip

o II

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

rele

vo tip

o III

Louça U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o IV

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les s

em

rele

vo tip

o V

Fa

iança U

tilit

ária

- s

imp

les c

om

rele

vo tip

o V

I

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da s

em

re

levo tip

o V

II

Fa

iança U

tilit

ária

- p

inta

da c

om

rele

vo tip

o V

III

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

sem

rele

vo tip

o IX

Porc

ela

na U

tilit

ária

- s

imp

les

com

rele

vo tip

o X

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

sem

rele

vo tip

o X

I

Porc

ela

na U

tilit

ária

- p

inta

da

com

rele

vo tip

o X

II

outr

os

plá

stico

Lít

ico

Ósseo

Vegeta

l

Ma

lacoló

gic

o

Sin

tético

Me

tal

F SF2 000-020

F SF2 020-040

F SF2 040-060

F SF2 060-080

F SF2 080-100

F SF2 100-120

F SF2 120-140

F Superfície

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT22 000-020

G PT22 020-040

G PT22 040-060

G PT22 060-080

G PT22 080-100

G PT22 100-120

G PT22 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G PT23 000-020

G PT23 020-040

G PT23 040-060

G PT23 060-080

G PT23 080-100

G PT23 100-120

G PT23 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

G SG1 000-020 5 3

G SG1 020-040 3 2 3 2 15

G SG1 040-060 6

G SG1 060-080

G SG1 080-100

G SG1 100-120

G SG1 120-140

G Superfície 1 10 2

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 9 0 2 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0 2

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 282: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 282

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

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Vid

ro E

specia

is -

Lente

tip

o IV

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H SH1 000-020 3

H SH1 020-040

H SH1 040-060

H SH1 060-080

H SH1 080-100

H SH1 100-120

H SH1 120-140

H Superfície 1 1 4

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 4

I SI1 000-020

I SI1 020-040 8

I SI1 040-060

I SI1 060-080

I SI1 080-100

I SI1 100-120

I SI1 120-140

I Superfície 3 4 1 3 4 6

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0 0 1 0 3 0 4 0 0 0 0 8 0 0 0 6

J PT24 000-020

J PT24 020-040 1 1 5 1

J PT24 040-060 12

J PT24 060-080

J PT24 080-100

J PT24 100-120

J PT24 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 1

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 283: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 283

Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)

Local

Áre

a

Sondagens e

Poços-t

este

Nív

el

Vid

ro E

specia

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Lente

tip

o IV

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Vid

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Me

tal

J PT27 000-020

J PT27 020-040

J PT27 040-060

J PT27 060-080

J PT27 080-100

J PT27 100-120

J PT27 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

J Superfície 000-020

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K PT28 000-020

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K PT29 000-020

K PT29 020-040

K PT29 040-060

K PT29 060-080

K PT29 080-100

K PT29 100-120

K PT29 120-140

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

K SK1 000-020

K SK1 020-040

K SK1 040-060

K SK1 060-080

K SK1 080-100

K SK1 100-120

K SK1 120-140

K Superfície 1 4 2 1 6

SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 7 1 0 0 0 0 4 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 6

TOTAL COLETADO 6 0 0 2 0 123 9 72 5 35 1 111 0 18 7 12 1 5 3 1 347 0 6 0 150 Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

Page 284: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 284

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

51

0

18

0 5 110 0 0 0

37

19

0 0 0

20

0 2 0 0 0 0

98

23

0 0 0 0 0

111

0 2 0 0 0

62

232

8 2 0 1 0 3

92

6 6 0 0 2 0

123

9

72

5

35

1

111

0

187 12

1 5 3 1

347

0 6 0

150

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

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Gráfico 02 - Quantidade absoluta de Materiais

Page 285: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 285

17 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS E PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO

O presente diagnóstico contempla o resultado de uma ação de campo e

laboratório, realizada com o auxílio de fontes históricas e arqueológicas, que tem por

objetivo avaliar os problemas a serem causados pela execução das obras de

construção do Edifício Anexo do BNDES no Morro de Santo Antônio, Rio de Janeiro -

RJ, em uma área de 4.483,03 m². Neste caso, faz-se necessário, a criação e

implantação de medidas mitigatórias, que visem à preservação da memória local e a

produção de conhecimento.

Além da análise qualitativa realizada sobre o material coletado em

superfície ou através das intervenções subsuperficiais, faz-se necessário um

entendimento quantitativo do sítio arqueológico prospectado.

As intervenções subsuperficiais totalizam 58 pontos entre poços-testes e

sondagens, que distribuídos pelo terreno em análise, permitem um entendimento

acerca da distribuição quantitativa do material arqueológico, observando-se tanto as

áreas de maior concentração, assim como as de absoluta ausência de materiais, isto

é, áreas arqueologicamente estéreis.

Considerando o levantamento histórico e as observações dos perfis

estratigráficos associados às interpretações de solo, observa-se que 48,27 % das

sondagens não apresentam vestígios arqueológicos, seguramente consequência da

subtração da terra quando do arrasamento parcial do Morro de Santo Antônio ocorrido

em meados do século XX.

Na área mais alta do terreno prospectado, inserido na área diretamente

afetada, assim como na área de influência indireta, direcionada aos fundos do

Complexo da Venerável Ordem Terceira da Penitência observa-se uma grande

concentração de vestígios arqueológicos fragmentados de diversas naturezas tais

como vidro, louça, metais, porcelana, cerâmica, dentre outros, assim como vestígios

arquitetônicos como um caminho composto por escadarias, rampas, muros de

contenção, possivelmente ajardinados, que de fato constitui alto potencial

arqueológico de interesse histórico. Cabe frisar que, embora houvesse no início dos

trabalhos, uma expectativa de localização de sítios pré-históricos nada relacionado a

esse contexto foi identificado.

Page 286: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 286

Para melhor visualização dessas áreas de alto potencial arqueológico foi

elaborada uma apresentação gráfica, com base numa planta fornecida pelo BNDES

onde foram impressos círculos azuis e verdes que representam, respectivamente a

ocorrência de vestígios arqueológicos recuperados através de poços-testes e

sondagens.

Quadro 17 - Quantidade de material coletado por intervenção subsuperficial

Intervenções subsuperficiais

Quantidade de Material Coletado

Intervenções subsuperficiais

Quantidade de Material Coletado

Poço Teste 01 46 Poço Teste 30 0

Poço Teste 02 23 Poço Teste 31 0

Poço Teste 03 09 Poço Teste 32 0

Poço Teste 04 00 Poço Teste 33 0

Poço Teste 05 28 Poço Teste 34 0

Poço Teste 06 15 Poço Teste 35 0

Poço Teste 07 00 Poço Teste 36 0

Poço Teste 08 03 Poço Teste 37 0

Poço Teste 09 12 Poço Teste 38 0

Poço Teste 10 05 Poço Teste 39 0

Poço Teste 11 02 Poço Teste 40 0

Poço Teste 12 02 Poço Teste 41 0

Poço Teste 13 62 Poço Teste 42 0

Poço Teste 14 15 Poço Teste 43 0

Poço Teste 15 22 Poço Teste 44 0

Poço Teste 16 0 Poço Teste 45 0

Poço Teste 17 56 Poço Teste 46 0

Poço Teste 18 44 Poço Teste 47 0

Poço Teste 19 0 Poço Teste 48 0

Poço Teste 20 48 Poço Teste 49 0

Poço Teste 21 42 Sondagem C1 353

Poço Teste 22 00 Sondagem D1 282

Poço Teste 23 00 Sondagem E1 03

Poço Teste 24 23 Sondagem F1 26

Poço Teste 25 0 Sondagem F2 0

Poço Teste 26 0 Sondagem G1 50

Poço Teste 27 06 Sondagem H1 07

Poço Teste 28 05 Sondagem I1 11

Poço Teste 29 0 Sondagem K1 0

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 287

Figura 226 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS; as diferenças de tamanho dos círculos (verdes e azuis) que registram a presença de materiais arqueológicos sugerem diferenças

quantitativas de material resgatado.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 288

Figura 227 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico: detalhe para a área de concentração

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS; as diferenças de tamanho dos círculos (verdes e azuis) que registram a presença de materiais arqueológicos sugerem diferenças

quantitativas de material resgatado.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 289

Figura 228 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico na área diretamente afetada e na área de influência direta

Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 290

O tamanho desses círculos é variado, pois representam a

proporcionalidade na quantidade de materiais recuperados, independentemente de

sua natureza. Nessa apresentação gráfica foram desconsideradas as estruturas

arquitetônicas, embora arqueológicas; Entretanto, faz-se necessário registrar que as

estruturas arquitetônicas registradas em campo coincidem com a área de ocorrência

dos demais materiais arqueológicos, o que possibilitar inferir na possibilidade de

continuação dessa relação por outras áreas atualmente arrasadas.

Essas plantas fornecem subsídio gráfico suficiente para um melhor

entendimento, observando através desse recurso que a área de interesse

arqueológico repousa exclusivamente na parte mais alta do terreno e nas rampas de

acesso a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.

Finalmente, ainda nesta seção, apresenta-se uma última planta com a

demarcação das áreas consideradas de alto potencial arqueológico tanto na área

diretamente afetada (em amarelo) quanto na área de influência indireta (em azul).

As obras de infraestrutura, que tanto têm permitido a expansão econômica,

o progresso e o bem-estar da sociedade humana, demandam constante

monitoramento, tendo em vista o extenso patrimônio arqueológico ainda por detectar.

Dessa forma, os estudos de impacto assumem papel crucial no resgaste e proteção

desses bens, uma vez que permitem que sejam analisadas, elaboradas e implantadas

formas de minimizar danos ao patrimônio arqueológico. Este patrimônio pode ser

preservado mediante um conjunto de ações que garantam a sua permanência com os

seus diversos valores e significados na vida de uma comunidade ou de um

determinado lugar.

O levantamento histórico devidamente executado em conjunto com os

trabalhos de prospecção superficial e subsuperficial realizadas “in loco”, apontam para

atividades culturais no local desde o século XVII. Sabe-se que o espaço em análise

neste diagnóstico foi alvo de inúmeras alterações e/ou impactos resultantes dos

projetos de remodelação do centro da cidade do Rio de Janeiro promovidos pela

iniciativa pública ao longo dos anos.

A partir do século XIX até os dias atuais, a área de estudo foi palco de

diferentes ocupações, dentre elas, os barracões destinados ao alojamento de

soldados da Revolta da Armada, ocupações ilegais, um cemitério, além de abrigar

estruturas arquitetônicas associadas a um caminho com rampas e escadas,

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 291

seguramente anteriores ao século XX. Vale ressaltar que embora documentos

históricos indiquem a existência de um cemitério possivelmente próximo ao local, não

foram evidenciados artefatos tampouco vestígios ósseos humanos que estejam

correlacionados com este tipo de aproveitamento espacial. Desse modo, é evidente

que a porção do Morro de Santo Antônio tratada neste trabalho apresenta vestígios

culturais relacionados a diferentes contextos históricos e guardam em si informações

cruciais no entendimento da paisagem arqueológica.

O arrasamento de grande parte do Morro de Santo Antônio, em meados do

século XX, alterou substancialmente o contexto arqueológico das porções Sul e Oeste

do terreno, situadas onde foram construídas as avenidas República do Chile e

República do Paraguai, respectivamente. Em virtude dos impactos existentes, as

atividades de campo registraram a inexistência artefatos culturais neste ambiente

associados à essas vertentes residuais do Morro de Santo Antônio. Dessa maneira,

acredita-se que as intervenções efetuadas ao longo dos anos suprimiram

praticamente todo o patrimônio material ali depositado.

Na área diretamente afetada pelo empreendimento numa parcela de 15 %

registrou-se presença de estruturas arquitetônicas históricas, representadas por

muros e escadas em alvenaria de pedra e cerâmica. Associada à essas estruturas

constatou-se também a ocorrência de demais vestígios arqueológicos de naturezas

diversas, que foram coletados e analisados em laboratório. Essa área é caracterizada

como de alto potencial arqueológico, tanto em superfície quanto no subsolo.

Caracteriza-se também como de alto potencial arqueológico a área de influência

indireta, contígua ao empreendimento, pertencente ao complexo da Venerável Ordem

Terceira de São Francisco da Penitência.

O projeto de construção do Edifício Anexo do BNDES prevê a subtração da

parcela do Morro de Santo Antônio marcado pelo corte da área diretamente afetada

até alcançar o nível da Avenida República do Paraguai.

Como os vestígios arqueológicos encontrados nessa área, embora antigos,

são residuais, e uma parcela significativa, em área contígua, poderá ser preservada

para futuras gerações como testemunhos dessa história, não é reconhecida essa

ocorrência como obstáculo ao empreendimento, desde que o patrimônio arqueológico

comprometido seja devidamente resgatado e documentado, assim como

desenvolvidas as cabíveis atividades educacionais de valorização da herança cultural.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 292

A análise dos impactos decorrentes da implantação do Edifício Anexo do

BNDES foi fundamentada no contexto histórico local e no potencial arqueológico

demonstrado através das atividades interventivas. Dessa forma, buscou-se identificar

os impactos a serem gerados na fase de instalação e operação do empreendimento

nas áreas de influência do mesmo. Diante disso, em relação aos impactos sobre o

patrimônio arqueológico propõem-se atividades mitigatórias e/ou compensatórias

apresentadas a seguir em três etapas:

a) Etapa 1 - Atividades de escavação e monitoramento arqueológicos

buscando destacar da melhor forma possível as estruturas

arquitetônicas, assim como resgate do patrimônio arqueológico

comprometido. Cabe frisar que o serviço de arqueologia a ser

desenvolvido na parcela comprometida (15 %) da área diretamente

afetada deverá preceder toda e qualquer atividade in loco por parte da

empresa responsável pela obra do Edifício Anexo do BNDES, sendo

imperativo ajustes de ambos cronogramas;

b) Etapa 2 - Consolidação e restauração do Patrimônio Edificado ali

presente, especialmente as escadas, rampas e muros. Tais ações terão

por escopo deixar em evidência para a comunidade em geral o registro

do passado e, consequentemente, provocar o sentimento de

pertencimento e resgatar a memória da sociedade. Dessa maneira, o

registro material do passado poderá ser incorporado ao

empreendimento, associado a jardins e acessos;

c) Etapa 3 - Adoção de medidas educacionais compensatórias em relação

aos impactos a serem provocados pela instalação e operação do

empreendimento, tanto no que concerne ao contexto arqueológico e

ambiental. Partindo desse pressuposto, sugere-se a implantação de um

Museu ao ar livre de caráter permanente, aliado as estruturas

arquitetônicas a serem recuperadas. As exposições poderão ser

compostas por expositores autoexplicativos, com uma parcela do

patrimônio arqueológico resgatado, e contemplem o contexto histórico

do local e as principais características dos artefatos culturais

recuperados.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 293

Essas ações irão fortalecer o vínculo da comunidade com o seu patrimônio,

assim como mantê-lo vivo para as gerações futuras. Através desses registros, a

memória individual e coletiva poderá contribuir para o restabelecimento dos laços

afetivos, há muito rompidos, emergindo um sentimento de pertencimento ao local. Vale

ressaltar, também, que durante a fase de construção do empreendimento,

especificamente quando houver intervenção no subsolo, essa deverá ter

obrigatoriamente o acompanhamento de uma equipe de arqueologia devidamente

qualificada.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 294

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PLANTA BAIXA DO CONVENTO DE SANTO ANTONIO EM 1608. In: MARCINISZYN, Albano. Convento Santo Antonio do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: [s. n.], 1982 RIO, João do. Os livres acampamentos da miséria. In L. Martins (org.), João do Rio (uma antologia). Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro/Sabiá, 1971. PORCELANAS SCHIMIDT. Porcelanas Schimidt. Disponível em: < http://www .porcelanaschmidt.com.br/schmidt/site/institucional/index.php?acao=detalhar&cod=1>. Acesso em: 03/03/2015. PRODUCT MANUFACTURERS. T. C. Wheaton Company Disponível em: <http://productmanufacturers.blogspot.com.br/2012/12/t-c-wheaton-glass-company.html>. Acesso em: 03/03/2015. PROSPERO, F. Achados em vidro no sítio arqueológico são francisco (ssf-01), são sebastião-sp: levantamento e identificação dos vestígios entre os anos de 1992 e 1995. Universidade de Santo Amaro, Programa de Pós-graduação em Arqueologia, São Paulo (2009) - Monografia. 59p. Disponível em: http://www.sitiosaofrancisco.org.br/modules/mydownloads/docs/c9537f60-9f56-ab67.pdf Acesso em: 01/04/2015

PUSTKOW, Friedrich. Largo da Carioca e Convento Santo Antônio. [s/d] Gravura. P&B. Biblioteca Nacional Disponível em:< http://objdigital.bn.br/acervo_digital /div_ic onografia/icon393034/icon393034_11.jpg>. Acesso em: 25/07/2014.

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REFERENCE FOR BUSINESS. T. C. Wheaton Company, Disponível em: < http ://www.referenceforbusiness.com/history2/60/Wheaton-Industries.html>.Acesso em: 03/03/2015. RIO, João do. Os livres acampamentos da miséria. In L. Martins (org.), João do Rio (uma antologia). Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro/Sabiá, 1971.

RODRIGUES, Rosangela. Patrimônio industrial e atividade fabril: o caso da antiga vidraria santa marina. 2011. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/ baixaFcdAnexo.do?id=2937>. Acesso em 02/11/2014.

RÖWER, Frei Basílio. O Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro: sua história, memórias, tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2008. RUGENDAS, João Maurício. Viagem pitoresca através do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1979.

SANTOS, Milton. Favela do morro de Santo Antônio. [1954] Foto. P&B. Arquivo Nacional. Coleção: Correio da Manhã.

SEGRE, Roberto e KOATZ, Gilson. Morro de Santo Antônio: significado dos limites de um vazio urbano. Disponível em: <http://www.anpur.org.br/ revista/rbeur/index.php/anais/article/view/4614/0>. Acesso em 22/07/2014.

SERRA, M. V.; SERRA, Maria Tereza F.. Guia de História Natural do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. Cidade Viva, 2012.

SISSON, Septimus; GROSSMAN, James Daniels. Anatomia dos animais domésticos. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Kooogan, 1986.

SLIDESHARE. O saneamento do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/ mcherman/12revolta-da-vacina>. Acesso em: 17 abr,2015.

SOUZA, Alfredo Mendonça de Souza. Dicionário de Arqueologia. Rio de Janeiro: Ed. ADESA,1997.

SOUZA, Luis Carlos. Mosteiro de Santo Antônio: obra na encosta do morro. [1970] Foto. P&B. Arquivo Nacional. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04132_058

SUZIGAN, Wilson. Indústria brasileira: origem e desenvolvimento. São Paulo, Brasiliense, 2000. TELES, Horacio Manuel Santana, et alii. Registro de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca, Gastropoda) no Brasil: caramujo hospedeiro intermediário da angiostrongilíase. Rev.Saúde Pública, n.31. São Paulo, 1997, p.311. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/ v31n3/2294.pdf>. Acesso em 17/04/2015.

THOMÉ, José Willibaldo ; GIL, Guacira Maria ; BERGONCI, Paulo Eduardo Aydos ; TARASCONI, José Carlos. As conchas das nossas praias. Porto Alegre: Redes, 2010.

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 302

UDELSMANN, Bruno. Estudo populacional de Stramonita haemastoma (Gastropoda, Prosobranchia). Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2009.

UNICAMP. Mercado da Praia do Peixe. Disponível em: <http://www.unicamp.br/ iel/memoria/Ensaios/LiteraturaInfantil/baianas%20e%20vendedores.jpg>.Acesso em: 05/03 2015.

WAMZER, Rejane Luiza Koppenhagen. O ladrilho hidráulico em interface com a arte e o design em Mato-Grosso. Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea. Universidade de Mato Grosso. Cuiabá/MT, 2011. Dissertação de Mestrado.

WANDERLEY, Ingrid Moura. Azulejo na arquitetura brasileira. Os painéis de Athos Bulcão. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006. Dissertação de Mestrado.

WHEATON BRASIL. T. C. Wheaton Company. Disponível em: <http://www.w heatonbrasil.com.br/quem-somos/historia/>. Acesso em: 03/03/2015.

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ANEXO A

Lei Federal n° 3924 de 26 de julho de 1961 - Dispõe sobre os Monumentos

Arqueológicos e Pré-históricos

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LEI FEDERAL 3924 de 26 de julho de 1961 Dispõe sobre os Monumentos Arqueológicos e Pré-históricos CAPÍTULO I DOS MONUMENTOS ARQUEOLÓGICOS E PRÉ-HISTÓRICOS Artigo 1° - Os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção doPoder Público, de acordo com o que estabelece o Artigo 175 da Constituição Federal. Parágrafo Único - A propriedade da superfície, regida pelo direito comum, não inclui a das jazidas arqueológicas ou pré-históricas, nem a dos objetos nelas incorporados na forma do Artigo 152 da mesma Constituição. Artigo 2° - Consideram-se monumentos arqueológicos ou pré-históricos: a) - as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos da cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias ou quaisquer outras não especificadas aqui, mas de significado idêntico, a juízo da autoridade competente. b) - Os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação pelos paleoameríndios, tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; c) - Os sírios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, "estações" e "cerâmicos", nos quais se encontrem vestígios humanos de interesse arqueológico ou paleoetnográfico; d) - As inscrições rupestres ou locais como sulcos de polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade paleoameríndios. Artigo 3° - São proibidos em todo o território nacional, o aproveitamento econômico, a destruição ou mutilação, para qualquer fim, das jazidas arqueológicas ou pré-históricas conhecidas como sambaquis, casqueiros, concheiros, biribigueiras ou semambis, e bem assim dos sítios, inscrições e objetos enumerados nas Alíneas b, c e d do artigo anterior, antes de serem devidamente pesquisados, respeitadas as concessões anteriores e não caducas. Artigo 4° - Toda a pessoa, natural ou jurídica que, na data da publicação desta lei, já estiver procedendo, para fins econômicos ou outros, à exploração de jazidas arqueológicas ou pré-históricas, deverá comunicar à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dentro de sessenta (60) dias, sob pena de multa de Cr$ 10.000,00 a Cr$ 50.000,00 (dez mil a cinquenta mil cruzeiros), o exercício dessa atividade, para efeito de exame, registro, fiscalização e salvaguarda do interesse da ciência. Artigo 5° - Qualquer ato que importe na destruição ou mutilação dos monumentos a que se refere o Artigo 2° desta lei, será considerado crime contra o Patrimônio Nacional e, como tal, punível de acordo com o disposto nas leis penais. Artigo 6° - As jazidas conhecidas como sambaquis, manifestadas ao governo da União, por intermédio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, de acordo com o Artigo 4° e registradas na forma do Artigo 27 desta lei, terão precedência para estudo e eventual aproveitamento, em conformidade com o Código de Minas. Artigo 7° - As jazidas arqueológicas ou pré-históricas de qualquer natureza, não manifestadas e registradas na forma dos Artigos 4° e 6° desta lei, são consideradas, para todos os efeitos, bens patrimoniais da União. CAPÍTULO II DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS REALIZADAS POR PARTICULARES Artigo 8° - O direito de realizar escavações para fins arqueológicos, em terras de domínio público ou particular, constitui-se mediante permissão do Governo da União, através da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ficando obrigado a respeitá-lo o proprietário ou possuidor do solo. Artigo 9° - O pedido de permissão deve ser dirigido à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, acompanhada dos trabalhos a serem executados, da prova de idoneidade técnico-científica e financeira do requerente e do nome do responsável pela realização dos trabalhos. Parágrafo Único - Estando em condomínio a área em que se localiza a jazida, somente poderá requerer a permissão o administrador ou cabecel, eleito na forma do Código Civil. Artigo 10 - A permissão terá por título numa portaria do Ministro de Educação e Cultura, que será transcrita em livro próprio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e na qual ficarão estabelecidas as condições a serem observadas ao desenvolvimento das escavações e estudos. Artigo 11 - Desde que as escavações e estudos devam ser realizados em terreno que não pertence ao requerente, deverá ser anexado ao seu pedido o consentimento escrito do proprietário do terreno ou de quem esteja em uso e gozo desse direito.

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§ 1° - As escavações devem ser necessariamente executadas sob a orientação do permissionário, que responderá civil, penal e administrativamente, pelos prejuízos que causar ao Patrimônio Nacional ou a terceiros. § 2° - As escavações devem ser realizadas de acordo com as condições estipuladas no instrumento de permissão, não podendo o responsável, sob nenhum pretexto, impedir a inspeção dos trabalhos por delegado especialmente designado pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, quando for o julgado conveniente. § 3° - O permissionário fica obrigado a informar à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, trimestralmente, sobre o andamento das escavações, salvo a ocorrência de fato excepcional, cuja notificação deverá ser feita imediatamente, para as providências cabíveis. Artigo 12 - O Ministro da Educação e Cultura poderá cassar a permissão concedida, uma vez que: a) - Não sejam cumpridas as prescrições da presente lei e do instrumento de concessão da licença; b) - Sejam suspensos os trabalhos de campo por prazo superior a doze (12) meses, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado; c) - No caso de não cumprimento do Parágrafo 3° do artigo anterior. Parágrafo Único - Em qualquer dos casos acima enumerados, o permissionário não terá direito à indenização alguma pelas despesas que tiver efetuado. CAPÍTULO III DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS REALIZADAS POR INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS ESPECIALIZADAS DA UNIÃO, DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS Artigo 13 - A União, bem como os Estados e Municípios mediante autorização federal, poderão proceder a escavações e pesquisas, no interesse da arqueologia e da pré-história em terrenos de propriedade particular, com exceção das áreas muradas que envolvem construções domiciliares. Parágrafo Único - A falta de acordo amigável com o proprietário da área onde situar-se a jazida, será esta declarada de utilidade pública e autorizadas a sua ocupação pelo período necessário à execução dos estudos, nos termos do Artigo 36 do Decreto-lei 3365, de 21 de Junho de 1941. Artigo 14 - No caso de ocupação temporária do terreno, para realização de escavações nas jazidas declaradas de utilidade pública, deverá ser lavrado um auto, antes do início dos estudos, no qual se descreva o aspecto exato do local. § 1° - Terminados os estudos, o local deverá ser restabelecido, sempre que possível, na feição primitiva. § 2° - Em caso de escavações produzirem a destruição de um relevo qualquer, essa obrigação só terá cabimento quando se comprovar que, desse aspecto particular do terreno, resultavam incontestáveis vantagens para o proprietário. Artigo 15 - Em casos especiais e em face do significado arqueológico excepcional das jazidas poderá ser promovida a desapropriação do imóvel, ou parte dele, por utilidade pública, com fundamento no Artigo 5°, Alíneas k e l do Decreto-lei 3365, de 21 de Junho de 1941. Artigo 16 - Nenhum órgão da administração federal, dos Estados ou dos Municípios, mesmo no caso do Artigo 28 desta lei, poderá realizar escavações arqueológicas ou pré-históricas, sem prévia comunicação à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para fins de registro no cadastro de jazidas arqueológicas. Parágrafo Único - Dessa comunicação deve constar, obrigatoriamente, o local, o tipo ou a designação da jazida, o nome do especialista encarregado das escavações, os indícios que determinaram a escolha do local e posteriormente, uma súmula dos resultados obtidos e do destino do material coletado. CAPÍTULO IV DAS DESCOBERTAS FORTUITAS Artigo 17 - A posse e a salvaguarda dos bens de natureza arqueológica ou pré-histórica constituem, em princípio, direito imanente ao Estado. Artigo 18 - A descoberta fortuita de quaisquer elementos de interesse arqueológico ou pré-histórico, histórico, artístico ou numismático, deverá ser imediatamente comunicada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou aos órgãos oficiais autorizados, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde tiver ocorrido. Parágrafo Único - O proprietário ou ocupante do imóvel onde se tiver verificado o achado, é responsável pela conservação provisória da coisa descoberta, até pronunciamento e deliberação da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Artigo 19 - A infringência da obrigação imposta no artigo anterior implicará na apreensão sumária do achado, sem prejuízo da responsabilidade do inventor pelos danos que vier a causar ao Patrimônio Nacional, em decorrência da omissão. CAPÍTULO V

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DA REMESSA PARA O EXTERIOR DE OBJETOS DE INTERESSE ARQUEOLÓGICO OU PRÉ-HISTÓRICO, HISTÓRICO, NUMISMÁTICO OU ARTÍSTICO Artigo 20 - Nenhum objeto que apresente interesse arqueológico ou pré-histórico, numismático ou artístico poderá ser transferido para o exterior, sem licença expressa do Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, constante de uma "guia" de liberação na qual serão devidamente especificados os objetos a serem transferidos. Artigo 21 - A inobservância da prescrição do artigo anterior implicará a apreensão sumária do objeto a ser transferido, sem prejuízo das demais cominações legais a que estiver sujeito o responsável. Parágrafo Único - O objeto apreendido, razão deste artigo, será entregue à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 22 - O aproveitamento econômico das jazidas objeto desta lei, poderá ser realizado na forma e nas condições prescritas pelo Código de Minas, uma vez concluída a sua exploração científica, mediante parecer favorável da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ou do órgão oficial autorizado. Parágrafo Único - De todas as jazidas será preservada sempre que possível ou conveniente, uma parte significativa, a ser protegida pelos meios convenientes, como blocos testemunhos. Artigo 23 - O Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas encaminhará à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional qualquer pedido de cientista estrangeiro, para realizar escavações arqueológicas ou pré-históricas, no país. Artigo 24 - Nenhuma autorização de pesquisa ou de lavra para jazidas de calcário de concha, que possua as características de monumentos arqueológicos ou pré-históricos, poderá ser concedida sem audiência prévia da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Artigo 25 - A realização de escavações arqueológicas ou pré-históricas, com infringência de qualquer dos dispositivos desta lei, dará lugar à multa de Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros) sem prejuízo de sumária apreensão e consequente perda, para o Patrimônio Nacional, de todo o material e equipamento existente no local. Artigo 26 - Para melhor execução da presente lei, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional poderá solicitar a colaboração de órgãos federais, estaduais, municipais, bem como de instituições que tenham, entre os seus objetivos específicos, o estudo e a defesa dos monumentos arqueológicos e pré-históricos. Artigo 27 - A Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional manterá um Cadastro dos monumentos arqueológicos do Brasil, no qual serão registradas todas as jazidas manifestadas, de acordo com o disposto nesta lei, bem como das que se tornarem conhecidas por qualquer via. Artigo 28 - As atribuições conferidas ao Ministério da Educação e Cultura, para o cumprimento desta lei, poderão ser delegadas a qualquer unidade da Federação, que disponha de serviços técnico-administrativos especialmente organizados para a guarda, preservação e estudo das jazidas arqueológicas e pré-históricas, bem como de recursos suficientes para o custeio e bom andamento dos trabalhos. Parágrafo Único - No caso deste artigo, o produto das multas aplicadas e apreensões de material legalmente feitas, reverterá em benefício do serviço estadual organizado para a preservação e estudo desses monumentos. Artigo 29 - Aos infratores desta lei serão aplicadas as sanções dos artigos 163 e 167 do Código Penal, conforme o caso, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis. Artigo 30 - O Poder Executivo baixará, no prazo de 180 dias, a partir da vigência desta lei, a regulamentação que for julgada necessária à sua fiel execução. Artigo 31 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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ANEXO B

Portaria n° 07/SPHAN de 01 de Dezembro de 1988

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Portaria n° 07/SPHAN de01 de Dezembro de 1988 O Secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VII do art. 16 do Regimento Interno aprovado pela Portaria Ministerial n.º 284,de 17 de julho de 1986, e republicado através da Portaria Ministerial n.º 313, de 8 de agosto de1986, e Considerando que a Lei n.º 3.924, de 26 de julho de 1961, submete à proteção do Poder Público, pela SPHAN, os monumentos arqueológicos e pré-históricos; Considerando a necessidade de regulamentar os pedidos de permissão e autorização e a comunicação prévia quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e escavações arqueológicas no País a fim de que se resguarde os objetos de valor científico e cultural localizados nessas pesquisas; Considerando a urgência de fiscalização eficaz das atividades que envolvem bens de interesse arqueológico e pré-histórico do País resolve: Artigo 1º - Estabelecer os procedimentos necessários à comunicação prévia, às permissões e às autorizações para pesquisas e escavações arqueológicas em sítios arqueológicos previstas na Lei n.º 3.924, de 26 de julho de 1961. Artigo 2º - O pedido de permissão será feito através do requerimento da pessoa natural ou jurídica privada que tenha interesse em promover as atividades descritas no art. 1º. Artigo 3º - As instituições científicas especializadas da União, dos Estados e dos Municípios deverão requerer autorização para escavações e pesquisas em propriedade particular. Parágrafo único - Para efeitos desta Portaria, as Universidades e suas unidades descentralizadas incluem-se entre as instituições cientificas de que trata o capítulo III da Lei n.º 3.924/61. Artigo 4º - Os órgãos da Administração Federal, dos Estados e dos Municípios comunicarão previamente qualquer atividade objeto desta Portaria, informando, anualmente à SPHAN, o desenvolvimento dos trabalhos. Artigo 5º - Os pedidos de permissão e autorização, assim como a comunicação prévia, devem ser dirigidos ao Secretário da SPHAN acompanhados das seguintes informações: I - indicação do nome, endereço, nacionalidade e currículo com cópia das publicações cientificas que comprove a idoneidade técnico-científica do arqueólogo responsável e da equipe técnica; II - delimitação da área abrangida pelo projeto; III - relação, quando for o caso, dos sítios a serem pesquisados com indicação exata de sua localização; IV - plano de trabalho científico que contenha: 1. definição dos objetivos; 2. conceituação e metodologia; 3. sequência das operações a serem realizadas no sítio; 4. cronograma da execução; 5. proposta preliminar de utilização futura do material produzido para fins científicos, culturais e educacionais; 6. meios de divulgação das informações científicas obtidas; V - prova de idoneidade financeira do projeto; VI - cópia dos atos constitutivos ou lei instituidora, se pessoa jurídica; VII - indicação, se for o caso, da instituição cientifica que apoiará o projeto com respectiva declaração de endosso institucional. Parágrafo 1º - Serão liminarmente rejeitados os projetos que não apresentarem garantia quanto à sua execução e quanto à guarda do material recolhido. Parágrafo 2º - Os projetos em cooperação técnica com instituições internacionais devem ser acompanhados de carta de aceitação da instituição científica brasileira corresponsável indicando a natureza dos compromissos assumidos pelas, tanto técnicos quanto financeiros. Artigo 6º - A SPHAN responderá aos pedidos referentes a pesquisas de campo e escavações em noventa dias, salvo se insatisfatoriamente instruídos, reiniciando-se a contagem do prazo a partir do cumprimento da exigência. Parágrafo único - A decisão considerará os critérios adotados para a valorização do sítio arqueológico e de todos os elementos que nele se encontrem, assim como as alternativas de aproveitamento máximo do seu potencial cientifico, cultural e educacional. Artigo 7º - As permissões e autorizações devem ser revalidadas a cada dois anos, contados da data de emissão do respectivo instrumento. Parágrafo único - Salvo motivo justificado, e a critério exclusivo da SPHAN, as permissões e autorizações só serão renovadas mediante a apresentação dos relatórios técnicos e a comprovação de que as informações científicas estão sendo divulgadas. Artigo 8º - A não apresentação dos relatórios técnicos por período igual ou superior a doze meses consecutivos acarretará o cancelamento da permissão e da autorização, ficando o pesquisador impedido de prosseguir nos trabalhos de campo e a área de pesquisa liberada para novos projetos.

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Artigo 9º - Os trabalhos de pesquisa serão efetuados sob permanente orientação do coordenador responsável, que não poderá transferir a terceiros os encargos da coordenação sem prévia anuência da SPHAN. Parágrafo único - O arqueólogo designado coordenador dos trabalhos será considerado, durante a realização das etapas de campo, fiel depositário do material arqueológico recolhido ou de estudo que lhe tenha sido confiado. Artigo 10º - Do brasileiro responsável pelo desenvolvimento de pesquisas realizadas por estrangeiros exigir-se-á o disposto no art. 9º. Artigo 11º - Os relatórios técnicos devem ser redigidos em língua portuguesa e entregues à SPHAN acompanhados das seguintes informações: I - cadastro, segundo formulário próprio, dos sítios arqueológicos encontrados durante os trabalhos de campo; II - meios utilizados durante os trabalhos, medidas adotadas para a proteção e conservação e descrição do material arqueológico, indicando a instituição responsável pela guarda e como será assegurado o desenvolvimento da proposta de valorização do potencial científico, cultural e educacional; III - planta(s) e fotos pormenorizadas do sítio arqueológico com indicação dos locais afetados pelas pesquisas e dos testemunhos deixados no loca; IV - foto do material arqueológico relevante; V - planta(s), desenhos e fotos das estruturas descobertas e das estratigráficas reconhecidas; VI - planta(s) com indicação dos locais onde se pretende o prosseguimento das pesquisas em novas etapas; VII - indicação dos meios de divulgação dos resultados Art. 12 - Terminada a pesquisa, o coordenador encaminhará à SPHAN, em língua portuguesa, o relatório final dos trabalhos, onde deverá constar: I - as informações relacionadas no art. 11, exceto a do item VI; II - listagem dos sítios arqueológicos cadastrados durante o desenvolvimento do projeto; III - relação definitiva do material arqueológico recolhido em campo e informações sobre seu acondicionamento e estocagem, assim como indicação precisa do responsável pela guarda e manutenção desse material. Art. 13 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Augusto Carlos da Silva Telles Secretário da SPHAN Publicado no D.O U de 15.12 88

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ANEXO C

Decreto n° 22872 de 7 de Maio de 2003 - Cria a Obrigatoriedade da Pesquisa

Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana.

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DECRETO Nº 22872 DE 7 DE MAIO DE 2003.

Cria a Obrigatoriedade da Pesquisa Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,

Considerando a importância do patrimônio arqueológico pré-histórico e histórico da Cidade do Rio de Janeiro e a necessidade premente de incentivar ações voltadas para sua inserção nas políticas públicas do Município;

Considerando que a disciplina legal das atividades arqueológicas encontra-se definida na Lei Federal 3.924, de 26 de julho de 1961, que dispõe sobre os sítios arqueológicos e pré-históricos e na Portaria IPHAN n° 07, de 01 de dezembro de 1987, que regulamenta as pesquisas de campo e escavações arqueológicas;

Considerando o disposto na RESOLUÇÃO CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, artigo 6.°, inciso I, alínea C, que inclui os sítios arqueológicos no diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;

Considerando o contido na Lei Orgânica do Município, de 1990, em seus art. 342; 343, inciso II, parágrafo 2.°; 350; 422, parágrafo 1.° e 429, inciso IX;

Considerando as intervenções a serem implementadas pelo Projeto Rio Cidade e o disposto no Processo n° 12/000.810/2003,

DECRETA

Art, 1.° Todas as obras que envolvam intervenções urbanísticas e/ou topográficas realizadas pelo Poder Público Municipal - direta ou indiretamente, em áreas que sugiram interesse histórico, deverão prever estudos e acompanhamento com vistas a pesquisa arqueológica.

§ 1.° Os estudos definidos no caput indicarão a necessidade ou não de suplementação externa por contratação de pesquisa profissional diretamente ou através de instituições universitárias.

§ 2.° Para efeito deste artigo, serão observados os seguintes procedimentos técnicos:

a) os impactos deverão ser identificados e mitigados através de pesquisas arqueológicas, que constarão necessariamente de duas etapas:

1 - avaliação e diagnóstico;

2 - projeto de execução.

Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na da de sua publicação.

Rio de janeiro, 7 de maio de 2003 - 439º ano da fundação da Cidade

CESAR MAIA

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ANEXO D

Decreto n° 22873 de 7 de Maio de 2003 - Cria a Carta Arqueológica do Município do

Rio de Janeiro.

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DECRETO Nº 22873 DE 7 DE MAIO DE 2003.

CRIA a Carta Arqueológica do Município do Rio de Janeiro.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO a necessidade de garantir a preservação dos sítios arqueológicos como legado às gerações futuras e proteger este potencial cultural para que seja estudado como devido, não só pelas instâncias públicas como pelas instituições científicas creditadas;

CONSIDERANDO a necessidade imediata de definir diretrizes para orientar a gestão do patrimônio arqueológico nas Áreas de Proteção do Ambiente Cultural e nos espaços que integram o território do município do Rio de Janeiro;

CONSIDERANDO o contido na Lei Orgânica do Município, de 1990, em seus art. 342; 343, inciso II, parágrafo 2º; 350; 422 parágrafos 1º e 429, inciso IX e o disposto no Processo Nº 12/000.809/2003,

DECRETA

Art. 1º - Fica instituída a figura da Carta Arqueológica do Município do Rio de Janeiro.

Art. 2º - A Carta Arqueológica consistirá no mapeamento, em escala cadastral, dos Sítios arqueológicos e das Áreas de Potencial Arqueológico do Município.

§ 1º - Entende-se por Área de Potencial Arqueológico, aquela que apresenta a probabilidade de ocorrência de vestígios materiais não documentados.

§ 2º - Os dados gerados pela Carta Arqueológica serão incorporados ao Sistema de Informação Geográfica do Município para divulgação e fruição pública das ações desenvolvidas na gestão municipal do patrimônio cultural.

Art. 3º - As disposições deste instrumento serão exercidas pela Secretaria Municipal das Culturas, através do seu Departamento Geral de Patrimônio Cultural-DGPC.

Art. 4º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2003

CESAR MAIA

Page 314: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 314

ANEXO E

Inventário Projeto Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida República do Paraguai - Rio de Janeiro

(Etapa Diagnóstico)

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Consultoria e Projetos em Arqueologia 315

Caixa n°

Emb. n°

Área Setor Nível Material Imagem Observações

0001 0001 J Poço teste 24 040-060 Ósseo

12 fragmentos de ósseo

0001 0002 A Poço teste 01 020-040 Ósseo

05 fragmentos de ósseo

0001 0003 A Poço teste 02 000-020 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0001 0004 A Poço teste 02 020-040 Ósseo

01 fragmento de ósseo

0001 0005 A Poço teste 05 000-020 Ósseo

09 fragmentos de ósseo

0001 0006 A Poço teste 06 020-040 Ósseo

06 fragmentos de ósseo

0001 0007 A Poço teste 06 000-020 Ósseo

04 fragmentos de ósseo

0001 0008 A Poço teste 09 020-040 Ósseo

01 fragmento de ósseo

0001 0009 A Poço teste 10 000-020 Ósseo

02 fragmentos de ósseo

0001 0010 C Poço teste 13 040-060 Ósseo

13 fragmentos de ósseo

0001 0011 E Poço teste 15 000-035 Ósseo

01 fragmento de ósseo

Page 316: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 316

0001 0012 E Poço teste 15 000-035 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0001 0013 D Poço teste 17 070-090 Ósseo

01 fragmento de ósseo

0001 0014 D Poço teste 17 070-090 Ósseo

06 fragmentos de ósseo

0001 0015 E Poço teste 18 000-040 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0001 0016 C Poço teste 20 060-090 Ósseo

31 fragmentos de ósseo

0001 0017 C Poço teste 20 060-090 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0001 0018 D Poço teste 21 060-080 Ósseo

07 fragmentos de ósseo

0001 0019 D Poço teste 21 040-060 Ósseo

01 fragmento de ósseo

0001 0020 C Sondagem C1 080-100 Ósseo

34 fragmentos de ósseo

0001 0021 C Sondagem C1 060-080 Ósseo 36 fragmentos de ósseo

Page 317: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 317

0001 0022 C Sondagem C1 100-120 Ósseo

06 fragmentos de ósseo

0001 0023 C Sondagem C1 020-040 Ósseo

15 fragmentos de ósseo

0001 0024 C Sondagem C1 000-020 Ósseo

04 fragmentos de ósseo

0001 0025 C Sondagem C1 000-020 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0001 0026 C Sondagem C1 040-060 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0002 0027 D Sondagem D1 000-020 Ósseo

02 fragmentos de ósseo

0002 0028 D Sondagem D1 020-040 Ósseo

17 fragmentos de ósseo

0002 0029 D Sondagem D1 060-080 Ósseo

07 fragmentos de ósseo

0002 0030 D Sondagem D1 040-060 Ósseo

25 fragmentos de ósseo

0002 0031 D Sondagem D1 040-060 Ósseo

34 fragmentos de ósseo

Page 318: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 318

0002 0032

E Sondagem E1 000-020 Ósseo

01 fragmento de ósseo

0002 0033 F Sondagem F1 000-020 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0002 0034 G Sondagem

G1 000-020 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0002 0035 G Sondagem

G1 020-040 Ósseo

15 fragmentos de ósseo

0002 0036 G Sondagem

G1 040-060 Ósseo

06 fragmentos de ósseo

0002 0037 H Sondagem H1 000-020 Ósseo

03 fragmentos de ósseo

0002 0038 I Sondagem I1 020-040 Ósseo

08 fragmentos de ósseo

0002 0039 G ----- Coleta

superficial Ósseo

10 fragmentos de ósseo

0002 0040 D Sondagem D1 000-020 Malacológico

01 peça de malacológico

0002 0041 C Sondagem C1 000-020 Malacológico

01 peça e malacológico - gastrópoda

0002 0042 C ----- Coleta

superficial Malacológico

01 peça de malacológico -

gastrópoda

0002 0043 E ----- Coleta

superficial Malacológico

01 peça de malacológico -

gastropóda

Page 319: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 319

0003 0044 A Poço teste 01 020-040 Telhas

01 fragmento de telha Francesa tipo III

03 fragmentos de telhas colonial tipo I

0003 0045 J Poço teste 24 020-040 Telhas

02 fragmentos de telhas colonial tipo I

0003 0046 A Poço teste 02 020-040 Telhas

03 fragmentos de telhas francesas tipo III

03 fragmentos de telhas colonial tio I

0003 0047 A Poço teste 03 000-020 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

01 fragmento de telha francesa tipo III

0003 0048 A Poço teste 05 000-020 Telhas

01 fragmento e telha francesa tipo III

0003 0049 A Poço teste 09 020-040 Telhas

03 fragmentos de telha colonial tipo III

0003 0050 A Poço teste 11 020-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0051 A Poço teste 12 020-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0052 D Poço teste 17 070-090 Telhas

01 fragmento de telha francesa tipo III

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0053 E Poço teste 15 000-035 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0054 C Poço teste 20 060-090 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0055 E Poço teste 18 000-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

Page 320: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 320

0003 0056 C Poço teste 20 040-060 Telhas

02 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0057 A Poço teste 06 020-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0058 C Sondagem C1 080-100 Telhas

07 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0059 C Sondagem C1 060-080 Telhas

02 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0060 D Sondagem D1 040-060 Telhas

04 fragmentos de telha colonial tipo I

Tipo 0003 0061 C Sondagem C1 020-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

01 fragmento de telha amianto tipo V

0003 0062 D Sondagem D1 000-020 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

01 fragmento de telha amianto tipo V

0003 0063 G Sondagem

G1 000-020 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0064 G Sondagem

G1 020-040 Telhas

03 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0065 H Sondagem H1 000-020 Telhas

01 fragmento de telha amianto tipo V

02 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0066 I Sondagem I1 020-040 Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0067 A ----- Coleta

superficial Telhas

01 fragmento de telha francesa tipo III

04 fragmentos de telha colonial tipo I

Page 321: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 321

0003 0068 C ----- Coleta

superficial Telhas

01 fragmento de telha colonial tipo I

0003 0069 D ----- Coleta

superficial Telhas

01 fragmento de telha amianto tipo V

0003 0070 D ----- Coleta

superficial Telhas

02 fragmentos de telha colonial tipo I

0003 0071 E ----- Coleta

superficial Telhas

01 fragmento de telha francesa tipo III

0003 0072 H ----- Coleta

superficial Telhas

03 fragmentos de telha francesa tipo III

0003 0073 I ----- Coleta

superficial Telhas

01 fragmento de telha francesa tipo III

0003 0074 J Poço teste 24 020-040 Telhas

01 fragmento de telha amianto tipo V

0003 0075 J Poço teste 27 000-020 Telhas

02 fragmentos de telha colonial tipo I

0004 0076 A Poço teste 01 020-040 Louça

03 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul 01 fragmento de louça

pintada tipo III azul

0004 0077 J Poço teste 24 020-040 Louça

05 fragmentos de louça pintada tipo III azul

01 fragmento de louça simples tipo I

01 fragmento de louça simples tipo II

0004 0078 A Poço teste 02 000-020 Louça

01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul

0004 0079 A Poço teste 02 020-040 Louça

01 fragmento de faiança tipo V

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

Page 322: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 322

0004 0080 A Poço teste 05 000-020 Louça

02 fragmentos de faiança pintada tipo V

azul

0004 0081 A Poço teste 05 000-020 Louça

01 fragmento de louça simples tipo II

01 fragmento de louça pintada tipo III azul 07 fragmentos de

faiança pintada tipo VII marrom, azul e verde.

0004 0082 A Poço teste 06 000-020 Louça

01 fragmento de faiança tipo V

0004 0083 A Poço teste 09 020-040 Louça

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

0004 0084 C

Poço teste 13 040-060 Louça

01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de

faiança pintada tipo VII azul

07 fragmentos de faiança simples tipo V

0004 0085 D Poço teste 14 000-055 Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

01 fragmento de louça pintada tipo III azul 04 fragmentos de

faiança pintada tipo VII azul e marrom

0004 0086 E Poço teste 15 000-035 Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul

0004 0087 D Poço teste 17 070-090 Louça

01 fragmento de faiança simples tipo V

01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul

0004 0088 D Poço teste 17 070-090 Louça

03 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul

07 fragmentos de louça pintada tipo III azul

0004 0089 E Poço teste

18 000-040 Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

0004 0090 A Poço teste 08 020-040 Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

Page 323: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 323

0004 0091 C Poço teste 20 060-090 Louça

02 fragmentos de faiança simples tipo V

0004 0092 D Poço teste 21 040-060 Louça

04 fragmentos de louça simples tipo I

03 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul 02 fragmentos de louça

pintada tipo III

0004 0093 D Poço teste 17 070-090 Louça

01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de

faiança pintada tipo VII azul

0004 0094 C Sondagem C1 000-020 Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

05 fragmentos de louça simples tipo II

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

0004 0095 C Sondagem C1 000-020 Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

0004 0096 C Sondagem C1 020-040 Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

02 fragmentos de faiança simples tipo V

03 fragmentos de louça pintada tipo III azul,

verde

0004 0097 C Sondagem C1 080-100 Louça

19 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul 02 fragmentos de louça

simples tipo I 01 fragmento de louça

pintada tipo III azul

0004 0098 C Sondagem C1 020-040 Louça

01 fragmento de louça sanitária tipo I

0004 0099 D Sondagem D1 040-060 Louça

32 fragmentos de faiança pintada tipo VII

13 fragmentos de faiança simples tipo V

06 fragmentos de louça simples tipo I

03 fragmentos de louça pintada tipo III

0004 0100 C Sondagem C1 020-040 Louça

01 fragmento de porcelana simples tipo

IX 02 fragmentos de

porcelana pintada tipo XI verde e azul

02 fragmentos de porcelana sanitária tipo

X

Page 324: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 324

0004 0101 C Sondagem C1 000-020 Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

02 fragmentos de louça sanitária tipo I

0004 0102 D Sondagem D1 060-080 Louça

03 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de louça simples tipo II

0004 0103 D Sondagem D1 020-040 Louça

09 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul 01 fragmento de louça pintada tipo III verde

0004 0104 F Sondagem F1 000-020 Louça

07 fragmentos de louça simples tipo I

02 fragmentos de faiança simples tipo V

0004 0105 G Sondagem

G1 020-040 Louça

03 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de

faiança simples tipo V 02 fragmentos de

faiança pintada tipo VII

0004 0106 G Sondagem

G1 000-020 Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

0004 0107 G Sondagem

G1 020-040 Louça

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

01 fragmento de faiança simples tipo V

0004 0108 C Sondagem C1 060-080 Louça

16 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul 03 fragmentos de louça

simples tipo I

0004 0109 C Sondagem C1 060-080 Louça

03 fragmentos de louça pintada tipo III azul

0004 0110 C Poço teste 13 040-060 Louça

02 fragmentos de porcelana simples tipo

IX

0004 0111 A ----- Coleta

superficial Louça

02 fragmentos de louça simples tipo I

06 fragmentos de louça pintada tipo III azul

01 fragmento de faiança pintada tipo VI

Page 325: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 325

0004 0112 A ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de porcelana pintada tipo

XI azul 01 fragmento de

porcelana simples tipo IX

0004 0113 B ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de louça sanitária tipo I

05 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de louça pintada tipo III

01 fragmento de louça simples tipo II

0004 0114 C ----- Coleta

superficial Louça

03 fragmentos de louça simples tipo I

03 fragmentos de faiança pintada tipo VI

0004 0115 D ----- Coleta

superficial Louça

04 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de louça tipo III

01 fragmento de porcelana tipo X

0004 0116 D ----- Coleta

superficial Louça

03 fragmentos de porcelana pintada tipo

III verde 02 fragmentos de louça

simples tipo I 02 fragmentos de

faiança pintada tipo VII azul

02 fragmentos de porcelana simples com

relevo

0004 0117 D ----- Coleta

superficial Louça

02 fragmentos de louça sanitária tipo I

0004 0118 D ----- Coleta

superficial Louça

04 fragmentos de louça simples tipo I

03 fragmentos de louça pintada tipo III azul e

verde

0004 0119 E ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de louça sanitária tipo I

0004 0120 E ----- Coleta

superficial Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

03 fragmentos de louça pintada tipo III

0004 0121 E ----- Coleta

superficial Louça

02 fragmentos de louça simples tipo I

02 fragmentos de porcelana simples tipo

IX 01 fragmento de louça

tipo simples tipo II 01 fragmento de louça pintada tipo III verde

Page 326: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 326

0004 0122 F ----- Coleta

superficial Louça

04 fragmentos de porcelana simples tipo

IX 04 fragmentos de louça

pintada tipo III 14 fragmentos de louça

simples tipo I 01 fragmento de louça

simples tipo II

0004 0123 F ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de porcelana pintada tipo

XII 01 fragmento de

porcelana pintada tipo XI

02 fragmentos de porcelana simples tipo

X 02 fragmentos de

porcelana simples tipo IX

01 fragmento de louça simples tipo II

01 fragmento de louça simples tipo I

0004 0124 F ----- Coleta

superficial Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

01 fragmento de louça pintada tipo III azul

01 fragmento de louça sanitária tipo I

03 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul

0004 0125 I ----- Coleta

superficial Louça

04 fragmentos de louça tipo III

02 fragmentos de louça tipo I

01 fragmento de faiança tipo VII

04 fragmentos de porcelana pintada tipo

XI 03 fragmentos de

porcelana simples tipo IX

0004 0126 K ----- Coleta

superficial Louça

04 fragmentos de porcelana simples tipo

IX 04 fragmentos de louça

pintada tipo III azul, marrom,

01 fragmento de louça tipo IV rosa e verde

0004 0127 D Sondagem D1 040-060 Louça

01 fragmento de faiança simples tipo V

0004 0128 D Sondagem D1 040-060 Louça

05 fragmentos de louça simples tipo I

02 fragmentos de faiança pintada tipo VII

azul

Page 327: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 327

0005 0129 A Poço teste 01 020-040 Vidro

01 fragmento de vidro tipo III-a

01 fragmento de vidro tipo III-b

04 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0130 A Poço teste 02 020-040 Vidro

02 fragmentos de vidro tipo III-a

02 fragmentos de vidro tipo I-b

0005 0131 A Poço teste 03 000-020 Vidro

02 fragmentos de vidro tipo III-a

02 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0132 A Poço teste 05 000-020 Vidro

03 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0133 A Poço teste 05 020-040 Vidro

01 fragmento de vidro tipo III-a

0005 0134 A Poço teste 09 020-040 Vidro

03 fragmentos de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

01 fragmento de vidro de iluminaria tipo II-f

0005 0135 A Poço teste 12 020-040 Vidro

01 fragmento de vidro tipo III-a

0005 0136 A Poço teste 08 020-040 Vidro

01 fragmento de vidro tipo I-c

0005 0137 D Poço teste 14 000-055 Vidro

01 fragmento de vidro tipo III-a

04 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0138 C Poço teste 13 040-060 Vidro

01 fragmento de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo II-a

0005 0139 E Poço teste 15 000-035 Vidro

10 fragmentos de vidro tipo III-a

02 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0140 D Poço teste 17 000-020 Vidro

16 fragmentos de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

02 fragmentos de vidro tipo IV-d

Page 328: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 328

0005 0141 E Poço teste 18 000-040 Vidro

20 fragmentos de vidro tipo I-c

06 fragmentos de vidro tipo III-a 01 frasco

0005 0142 C Poço teste 20 060-090 Vidro

04 fragmentos de vidro tipo III-a

04 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0143 D Poço teste 21 040-060 Vidro

07 fragmentos de vidro tipo I-c

02 fragmentos de vidro tipo III-a

0005 0144 K Poço teste 28 000-020 Vidro

05 fragmentos de vidro tipo II-a

0005 0145 A Poço teste 01 020-040 Vidro

04 fragmentos de vidro tipo III-a

0005 0146 C Sondagem C1 060-080 Vidro

02 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0147 C Sondagem C1 040-060 Vidro

06 fragmentos de vidro tipo III-a

01 fragmento de vidro tipo I-b

0005 0148 C Sondagem C1 020-040 Vidro

17 fragmentos de vidro tipo III-a

06 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0149 C Sondagem C1 080-100 Vidro

05 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0150 D Sondagem D1 000-020 Vidro

01 garrafa 02 fragmentos de vidro

tipo II-a 01 fragmento de vidro

tipo I-b 05 fragmentos de vidro

tipo III-a

Page 329: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 329

0005 0151 D Sondagem D1 040-060 Vidro

01 frasco 19 fragmentos de vidro

tipo I-c 02 fragmentos de vidro

tipo III-a

0005 0152 E Sondagem E1 000-020 Vidro

02 fragmentos de vidro tipo III-a

02 fragmentos de vidro tipo I-c

0005 0153 D Sondagem D1 060-080 Vidro

02 fragmentos de vidro tipo I-c

0006 0154 F Sondagem F1 000-020 Vidro

07 fragmentos de vidro tipo I-c

02 fragmentos de vidro tipo III-a

01 fragmento de vidro tipo I-b

0006 0155 G Sondagem

G1 000-020 Vidro

01 fragmento de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo I-b

0006 0156 K Sondagem K1 Coleta

superficial Vidro

19 fragmentos de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

0006 0157 A Sondagem A1 ----- Vidro

01 frasco 02 fragmentos de vidro

tipo III-b

0006 0158 A Sondagem A1 Coleta

superficial Vidro

06 fragmentos de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

0006 0159 B ----- Coleta

superficial Vidro

05 fragmentos de vidro tipo I-b

01 fragmento de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

0006 0160 C ----- Coleta

superficial Vidro

02 fragmentos de vidro tipo I-c

Page 330: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 330

0006 0161 D ----- Coleta

superficial Vidro

01 fragmento de vidro tipo III-a

03 fragmentos de vidro tipo I-c

0006 0162 D ----- Coleta

superficial Vidro

02 frascos 03 fragmentos de vidro

tipo I-b 04 fragmentos de vidro

tipo I-c 02 fragmentos de II-f

0006 0163 D ----- Coleta

superficial Vidro

08 fragmentos de vidro tipo III-a

05 fragmentos de vidro tipo I-c

0006 0164 E ----- Coleta

superficial Vidro

14 fragmentos de vidro tipo I-b

10 fragmentos de vidro tipo III-a

0006 0165 E ----- Coleta

superficial Vidro

09 fragmentos de vidro tipo I-c

0006 0166 E ----- Coleta

superficial Vidro

01 frasco

0006 0167 F ----- Coleta

superficial Vidro

14 frascos 01 êmbolo de seringa

0005 0168 G ----- Coleta

superficial Vidro

36 fragmentos de vidro tipo I-c

02 frasco 01 fragmento de vidro

tipo I-b 04 fragmentos de vidro

tipo III-a 01 fragmento de vidro

tipo II-d 01 fragmento de vidro

tipo II-b

0005 0169 G ----- Coleta

superficial Vidro

02 frascos tipo 01 fragmento de vidro

tipo I-c

0005 0170 H ----- Coleta

superficial Vidro

17 fragmentos de vidro tipo I-c

02 peças de vidro tipo I-b

03 fragmentos de vidro tipo I-b

01 fragmento de vidro tipo III-a

Page 331: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 331

0006 0171 K ----- Coleta

superficial Vidro

18 fragmentos de vidro tipo I-c

04 fragmentos de vidro tipo III-a

01 fragmento de vidro tipo III-b 01 frasco

04 fragmentos de vidro tipo I-b

01 ampola

0006 0172 K ----- Coleta

superficial Vidro

01 ampola

0004 0173 G ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

0004 0174 I ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de louça simples tipo I

0007 0175 E ----- Coleta

superficial

Ladrilho

hidráulico

01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III

0007 0176 H ----- Coleta

superficial

Ladrilho

hidráulico

01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo II

0007 0177 I ----- Coleta

superficial

Ladrilho

hidráulico

01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III

0007 0178 I ----- Coleta

superficial

Ladrilho

hidráulico

01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III

0007 0179 C ----- Coleta

superficial

Ladrilho

hidráulico

01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III

0004 0180 C ----- Coleta

superficial Plástico

01 fragmento de plástico

Page 332: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 332

0004 0181 C Sondagem C1 020-040 Plástico

01 fragmento de plástico

0004 0182 K ----- Coleta

superficial Plástico

01 peça de plástico

0005 0183 D Sondagem D1 020-040 Vidro

04 fragmentos de vidro tipo I-c

01 fragmento de vidro tipo III-a

0002 0184 A ----- Coleta

superficial Malacológico

01 fragmento de malacológico -

gastrópoda

0002 0185 C Sondagem C1 060-080 Malacológico

01 fragmento de malacológico

0007 0186 A Poço teste 01 020-040 Ladrilho

02 fragmentos de ladrilho tipo I

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0187 A Poço teste 02 020-040 Ladrilho

03 fragmentos de ladrilho tipo VII

01 fragmento de ladrilho tipo I

0007 0188 A Poço teste 05 000-020 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0189 A Poço teste 08 020-040 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0190 D Poço teste 17 070-090 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0191 E Poço teste 18 000-040 Ladrilho

02 fragmentos de ladrilho tipo I

0007 0192 D Poço teste 21 040-060 Ladrilho

02 fragmentos de ladrilho tipo VII

Page 333: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 333

0007 0193 J Poço teste 27 000-020 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

03 fragmentos de ladrilho tipo VII

0007 0194 C Sondagem C1 020-040 Ladrilho

05 fragmentos de ladrilho tipo I

01 fragmento de ladrilho tipo III

0007 0195 C Sondagem C1 080-100 Ladrilho

03 fragmentos de louça tipo VII

0007 0196 C Sondagem C1 100-120 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0197 C Sondagem C1 060-080 Ladrilho

03 fragmentos de louça tipo VII

0007 0198 C Sondagem C1 000-020 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo III amarelo

0007 0199 F Sondagem F1 000-020 Ladrilho

01 fragmento de louça tipo VII

0007 0200 D ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo VII

0007 0201 D ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

0007 0202 E ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

0007 0203 F ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

0007 0204 G ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

01 fragmento de ladrilho tipo II

Page 334: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 334

0007 0205 G ----- Coleta

superficial Ladrilho

18 fragmentos de ladrilho tipo I

03 fragmentos de ladrilhos tipo III

0007 0206 K ----- Coleta

superficial Ladrilho

04 fragmentos de

ladrilhos tipo III

03 fragmentos de

ladrilhos tipo I

0007 0207 D Poço teste 14 000-055 Ladrilho

01 fragmento de ladrilho tipo I

0007 0208 A Poço teste 01 020-040 Piso cerâmico

01 fragmento de piso cerâmico tipo I

0007 0209 A Poço teste 03 000-020 Piso cerâmico

01 fragmento de mármore

0007 0210 C Sondagem C1 060-080 Piso cerâmico

01 fragmento de piso cerâmico tipo I pastilha

0007 0211 C Sondagem C1 060-080 Piso cerâmico

01 fragmento de piso cerâmico tipo I

0007 0212 C ----- Coleta

superficial Piso cerâmico

01 fragmento de piso cerâmico tipo I

0007 0213 F ----- Coleta

superficial Ladrilho

01 peça de piso cerâmico tipo I

0008 0214 A Poço teste 01 020-040 Cerâmica

07 fragmentos de cerâmica tipo I

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0215 A Poço teste 02 020-040 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

Page 335: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 335

0008 0216 A Poço teste 03 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo II

0008 0217 A Poço teste 05 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0218 A Poço teste 06 020-040 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0219 A Poço teste 09 020-040 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII 02 fragmentos de cerâmica tipo II

0008 0220 A Poço teste 11 020-040 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0221 A Poço teste 13 040-060 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo I

02 fragmentos de cerâmica tipo VIII

0008 0222 D Poço teste 14 000-055 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0223 E Poço teste 15 000-035 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0224 D Poço teste 17 070-090 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

02 fragmentos de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0225 E Poço teste18 000-040 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0226 C Poço teste 20 060-090 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

Page 336: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 336

0008 0227 D Poço teste 21 060-080 Cerâmica

05 fragmentos de cerâmica tipo I

06 fragmentos de cerâmica tipo VIII

0008 0228 C Sondagem C1 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0229 C Sondagem C1 020-040 Cerâmica

04 fragmentos de cerâmica tipo II

02 fragmentos de cerâmica tipo VIII

0008 0230 C Sondagem C1 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

01 fragmento de cerâmica tipo II

0008 0231 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica

17 fragmentos de cerâmica tipo VIII 13 fragmentos de

cerâmica tipo I 01 fragmento de cerâmica tipo II

0008 0232 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0233 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica

01 peça de cerâmica tipo X

0008 0234 C Sondagem C1 080-100 Cerâmica

16 fragmentos de cerâmica tipo VIII 04 fragmentos de cerâmica tipo II

07 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0235 C Sondagem C1 100-120 Cerâmica

04 fragmentos de cerâmica tipo VIII

0008 0236 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica

09 fragmentos de cerâmica tipo VIII

Page 337: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 337

0008 0237 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo II

03 fragmentos de vidro tipo I

0008 0238 D Sondagem D1 000-020 Cerâmica

03 fragmentos de cerâmica tipo II

0008 0239 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo X

0008 0240 D Sondagem D1 020-040 Cerâmica

05 fragmentos de cerâmica tipo VIII 04 fragmentos de

cerâmica tipo I

0008 0241 D Sondagem D1 060-080 Cerâmica

03 fragmentos de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II

03 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0242 E Sondagem E1 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

0008 0243 F Sondagem F1 000-020 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0244 G Sondagem

G1 000-020 Cerâmica

03 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0245 G Sondagem

G1 020-040 Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo VIII

0008 0246 I Sondagem I 020-040 Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0247 A ----- Coleta

superficial Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0248 D ----- Coleta

superficial Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo VIII

Page 338: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 338

0008 0249 D ----- Coleta

superficial Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0250 D ----- Coleta

superficial Cerâmica

25 fragmentos de cerâmica tipo I

32 fragmentos de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II

0008 0251 G ----- Coleta

superficial Cerâmica

01 fragmento de cerâmica tipo I

0008 0252 G ----- Coleta

superficial Cerâmica

04 fragmentos de cerâmica tipo I

0008 0253

J

----- Coleta

superficial Cerâmica

02 fragmentos de cerâmica tipo I

0003 0254 k ----- Coleta

superficial Telha

02 fragmentos de telha tipo I

0004 0255 A Poço teste 05 000-020 Lítico

01 fragmento de lítio

0004 0256 E Poço teste 15 000-035 Louça

01 fragmento de louça pintada tipo III

0004 0257 F Sondagem F1 000-020 NI

01 fragmento NI

0009 0258 A Poço teste 01 020-040 Metal

03 fragmentos de metal

Page 339: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 339

0009 0259 J Poço teste 24 020-040 Metal

01 fragmento de metal

0009 0260 A Poço teste 01 020-040 Metal

01 fragmento de metal

0009 0261 C Poço teste 13 040-060 Metal

01 fragmento de metal

0009 0262 C Poço teste 13 040-060 Metal

01 fragmento de metal

0009 0263 D Poço teste 14 000-055 Metal

01 moeda de metal

0009 0264 D Poço teste 17 070-090 Metal

06 fragmentos de metal

0009 0265 E Poço teste 18 000-040 Metal

04 fragmentos de metal

0009 0266 D Poço teste 21 060-080 Metal

03 fragmentos de metal

0009 0267 C Sondagem C1 000-020 Metal

13 fragmentos de metal

0009 0268 C Poço teste 13 060-080 Metal

12 fragmentos de metal

0009 0269 C Poço teste 13 020-040 Metal

16 fragmentos de metal

0009 0270 C Sondagem C1 040-060 Metal

09 fragmentos de metal

Page 340: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 340

0009 0271 C Sondagem C1 060-080 Metal

06 fragmentos de metal

0009 0272 C Sondagem C1 060-080 Metal

04 fragmentos de metal

0009 0273 C Sondagem C1 040-060 Metal

04 fragmentos de metal

0009 0274 D Sondagem D1 000-020 Metal

01 peça de metal

0009 0275 D Sondagem D1 040-060 Metal

02 fragmentos de metal

0009 0276 D Sondagem D1 060-080 Metal

02 fragmentos de metal

0009 0277 D Sondagem D1 020-040 Metal

10 fragmentos de metal

0009 0278 D Sondagem D1 000-020 Metal

10 fragmentos de metal

0009 0279 D Sondagem D1 040-080 Metal

06 fragmentos de metal

0009 0280 D Sondagem D1 040-060 Metal

14 fragmentos de metal

0009 0281 K Sondagem K1 Coleta

superficial Metal

01 fragmento de metal

0009 0282 K Sondagem K1 Coleta

superficial Metal

03 fragmentos de metal

Page 341: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 341

0009 0283 B ----- Coleta

superficial Metal

02 fragmentos de metal

0009 0284 G ----- Coleta

superficial Metal

02 fragmentos de metal

0009 0285 H ----- Coleta

superficial Metal

01 peça de metal

0009 0286 H ----- Coleta

superficial Metal

03 fragmentos de metal

0009 0287 I ----- Coleta

superficial Metal

06 fragmentos de metal

0009 0288 K Sondagem K1 Coleta

superficial Metal

01 fragmento de metal

0009 0289 K ----- Coleta

superficial Metal

01 fragmento de metal

0004 0290 K ----- Coleta

superficial Louça

07 fragmentos de louça tipo III

0008 0291 D ----- Coleta

superficial Encanamento

01 fragmento de encanamento - manilha

tipo I

0008 0292 D Sondagem D1 040-060 Stoneware

01 fragmento de stoneware

0004 0293 E ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de louça tipo III

Page 342: 1 Consultoria e Projetos em Arqueologia GIOVANI SCARAMELLA

Consultoria e Projetos em Arqueologia 342

GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.

0003 0294 D ----- Coleta

superficial Telha

01 fragmento de telha tipo I

0004 0295 H ----- Coleta

superficial Louça

01 fragmento de porcelana tipo XI III