#1 co-inoculaÇÃo co-inoculaÇÃo na produÇÃo ......ha – fermentação espontânea, contaminada...

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#1 O aumento das concentrações de açúcares, pH e por vezes baixa adição de SO 2 pode influenciar o desenvolvimento de micror- ganismos de contaminação, especialmente Bettanomyces que podem produzir aromas fenolados indesejáveis nos vinhos. É do conhecimento geral que o período a partir do final da FA até ao início do FML é particularmente propício para o desen- volvimento de Brettanomyces. A inoculação precoce com bactérias enológicas, logo após a FA como em co-inoculação (24 horas após a inoculação com leve- duras), provou ser um método simples e eficaz para prevenir o desenvolvimento de Brettanomyces e a consequente produção de etilfenóis indesejáveis. Os nossos estudos recentes com o IFV em Borgonha (Gerbaux) mostram que a co-inoculação com as nossas bactérias selecionadas inibe o crescimento de Brettanomyces (< 10 cel/mL), contrariamente à testemun- ha – fermentação espontânea, contaminada (500 cel/mL de Brettanomyces) sem que a FML esteja concluída e o vinho estabilizado. Influência da inoculação com bactérias maloláticas nos fenóis voláteis dos vinhos Gerbaux et al. 2009 Am. J. Enol. Vitic. 60:2 Co-inoculação é a prática de inocular bactérias enológicas selecionadas no início do processo de vinificação pouco depois da inoculação de leveduras normalmente 24 a 48 horas. Esta técnica é vantajosa, não apenas porque assegura a fermentação malolática (FML), como também existem reais vantagens que são reconhecidas pelos pro- dutores e profissionais. Para uma co-inoculação de sucesso, alguns parâmetros são cruciais - escolha da levedura enológica certa, reidra- tação correta, boa gestão da temperatura e uma estratégia apropriada de nutrição das leveduras são pontos-chave a integrar em qualquer fermentação. Leveduras e bacté- rias enológicas saudáveis e com uma nutrição adequada conduzem a fermentações maloláticas e alcoólicas comple- tas e regulares. Com base em 20 anos de experiência, e a obtenção de resultados de diversas parcerias com centros de inves- tigação de França, Espanha, Itália, África do Sul, Argen- tina e Alemanha a Lallemand demonstrou os benefícios da co-inoculação tanto com Oenococcus oeni como com Lactobacillus plantarum. CO-INOCULAÇÃO NA PRODUÇÃO DE VINHOS FRESCOS COM BAIXO TEOR DE DIACETILO « A CO-INOCULAÇÃO É ATUALMENTE RECONHECIDA COMO UMA PRÁTICA SIMPLES E SEGURA PARA A GESTÃO DA FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA E PARA A OPTIMIZAÇÃO DA QUALIDADE DO VINHO. » CO-INOCULAÇÃO A co-inoculação tem um impacto significativo na menor produção de diacetilo quando comparada com o tipo de bactéria utilizada. Os nossos estudos realizados com institutos como o Neustadt e o IFV e diversos ensaios experimentais realizados em adegas mostraram que, independentemente da bactéria utilizada (e mesmo com a que pro- duz maiores concentrações de diacetilo), a co-inoculação apresentava sempre vinhos com perfil mais frutado e teor de diacetilo mais baixo. Resultados recentes também mostraram que no caso de co-inocula- ção, elevadas concentrações de açúcares podem reprimir o metabo- lismo do diacetilo, contrariamente à inoculação após a fermentação alcoólica. Em condições redutivas, geradas pela atividade das leve- duras, o diacetilo é reduzido a metabolitos menos ativos, acetoína e butanodiol. Impacto do momento de inoculação no teor de diacetilo em vinhos Chardonnay Diacetilo (mg L-1) 1.6 1.4 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 Beta co-inoculação (48 h) Beta 2/3 rd FA Beta Após FA GLUCOSE-FRUCTOSE CO2 Ácido acético Etanol Ácido láctico Produção de acidez volátil em vinho co-inoculado Acidez volátil (gH 2 SO 4 /L) 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0,21a 0,17 0,3 0,2 0,25 O. oeni 1 O. oeni 2 O. oeni 3 ML Prime™ ML Prime™ Syrah Cabernet Sauvignon Metabolismo heterofermentativo facultativo (metabolismo ) A FML pode ser concluída entre 3 dias a 2 semanas, dependendo do tipo de mostos e bactérias utilizadas. Fermentação malolática induzida por Lactobacillus plantarum em vinhos Malbec da Argentina Lerena et al . S. Afr. J. Enol. Vitic., Vol. 37, No. 2, 2016 Comportamento das fermentações alcoólica e malolática em simultâneo de Incrocio Manzoni, um vinho branco tradicional italiano Guzzon et al . S. Afr. J. Enol. Vitic., Vol. 37, No. 2, 2016 100 80 70 60 50 40 30 20 10 0 % Ácido málico Dias após a inoculação Co-inoculação com Alpha em vinhos com pH 3.5 Inoculação sequencial com Alpha em vinhos com pH 3.5 Co-inoculação com Alpha em vinhos com pH 3.9 Inoculação sequencial com Alpha em vinhos com pH 3.9 Co-inoculação com ML Prime em vinhos com pH 3.9 Cinéticas de degradação do ácido málico após co-inoculação em Merlot 2014 5 10 15 20 25 30 1 2 3 4 5 100000 10000 1000 100 10 0 0 10 20 30 40 50 Dias Células/mL População de Brettanomyces em Pinot Noir em co-inoculação com diferentes bactérias enológicas no final da FML O-mega™ Alpha™ Beta™ VP41™ Controlo Acidez volátil 0,4 0,3 0,2 0,1 0 1 2 3 4 5 g/L HSO Impacto de diferentes cenários de inoculação de fermentação malolática no aroma do vinho Riesling Knoll et al. World J Microbiol Biotechnol (2012) 28:1143–1153 Usando a fermentação malolática para modular o estilo do vinho AWRI Noviembre 2015 CO-INOCULAÇÃO PARA LIMITAR O DESENVOL- VIMENTO DE BRETTANOMYCES E AROMAS INDESEJÁVEIS (OFF-FLAVORS) FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA RÁPIDA E FIÁVEL (FML) A co-inoculação é reconhecida como uma prática segu- ra e confiável com as nossas culturas Oenococcus oeni (VP41 TM , BETA TM , ALPHA TM , PN4 TM , OMEGA TM ,...) para as diferentes condições enológicas. Como agente de bio-controlo para vinhos de baixa aci- dez / pH elevado, ML Prime TM Lactobacillus plantarum é ideal, porque conclui a FML em 3-5 dias ainda durante a FA, sem risco de aumentar a acidez volátil (AV), devido ao seu metabolismo específico. Permite a estabilização precoce dos vinhos, logo que a FA esteja terminada. Co-inoculação: Oenococcus oeni ou Lactobacillus plantarum (ML Prime™) A nova e melhorada versão do Bact(eria) on Track. Apreciar !

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Page 1: #1 CO-INOCULAÇÃO CO-INOCULAÇÃO NA PRODUÇÃO ......ha – fermentação espontânea, contaminada (500 cel/mL de Brettanomyces) sem que a FML esteja concluída e o vinho estabilizado

#1

O aumento das concentrações de açúcares, pH e por vezes baixa adição de SO2 pode influenciar o desenvolvimento de micror-ganismos de contaminação, especialmente Bettanomyces que podem produzir aromas fenolados indesejáveis nos vinhos.

É do conhecimento geral que o período a partir do final da FA até ao início do FML é particularmente propício para o desen-volvimento de Brettanomyces.

A inoculação precoce com bactérias enológicas, logo após a FA como em co-inoculação (24 horas após a inoculação com leve-duras), provou ser um método simples e eficaz para prevenir o desenvolvimento de Brettanomyces e a consequente produção de etilfenóis indesejáveis. Os nossos estudos recentes com o IFV em Borgonha (Gerbaux) mostram que a co-inoculação com as nossas bactérias selecionadas inibe o crescimento de Brettanomyces (< 10 cel/mL), contrariamente à testemun-ha – fermentação espontânea, contaminada (500 cel/mL de Brettanomyces) sem que a FML esteja concluída e o vinho estabilizado.

Influência da inoculação com bactérias maloláticas nos fenóis voláteis dos vinhosGerbaux et al. 2009 Am. J. Enol. Vitic. 60:2

Co-inoculação é a prática de inocular bactérias enológicas selecionadas no início do processo de vinificação pouco depois da inoculação de leveduras normalmente 24 a 48 horas. Esta técnica é vantajosa, não apenas porque assegura a fermentação malolática (FML), como também existem reais vantagens que são reconhecidas pelos pro-dutores e profissionais.Para uma co-inoculação de sucesso, alguns parâmetros são cruciais - escolha da levedura enológica certa, reidra-tação correta, boa gestão da temperatura e uma estratégia apropriada de nutrição das leveduras são pontos-chave a integrar em qualquer fermentação. Leveduras e bacté-rias enológicas saudáveis e com uma nutrição adequada conduzem a fermentações maloláticas e alcoólicas comple-tas e regulares.Com base em 20 anos de experiência, e a obtenção de resultados de diversas parcerias com centros de inves-tigação de França, Espanha, Itália, África do Sul, Argen-tina e Alemanha a Lallemand demonstrou os benefícios da co-inoculação tanto com Oenococcus oeni como com Lactobacillus plantarum.

CO-INOCULAÇÃO NA PRODUÇÃO DE VINHOS FRESCOS COM BAIXO TEOR DE DIACETILO

« A CO-INOCULAÇÃO É ATUALMENTE RECONHECIDA COMO UMA PRÁTICA SIMPLES E SEGURA PARA A GESTÃO DA FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA E PARA A OPTIMIZAÇÃO DA QUALIDADE DO VINHO. »

CO-INOCULAÇÃOA co-inoculação tem um impacto significativo na menor produção de diacetilo quando comparada com o tipo de bactéria utilizada. Os nossos estudos realizados com institutos como o Neustadt e o IFV e diversos ensaios experimentais realizados em adegas mostraram que, independentemente da bactéria utilizada (e mesmo com a que pro-duz maiores concentrações de diacetilo), a co-inoculação apresentava sempre vinhos com perfil mais frutado e teor de diacetilo mais baixo.Resultados recentes também mostraram que no caso de co-inocula-ção, elevadas concentrações de açúcares podem reprimir o metabo-lismo do diacetilo, contrariamente à inoculação após a fermentação alcoólica. Em condições redutivas, geradas pela atividade das leve-duras, o diacetilo é reduzido a metabolitos menos ativos, acetoína e butanodiol.

Impacto do momento de inoculaçãono teor de diacetilo em vinhos Chardonnay

Dia

ceti

lo (m

g L

-1) 1.6

1.41.2

10.80.60.40.2

0Beta

co-inoculação(48 h)

Beta2/3rd FA

BetaApós FA

GLUCOSE-FRUCTOSE

CO2

Ácido acético Etanol

Ácido láctico

GLUCOSE-FRUCTOSE

CO2

Acetic acid Ethanol

Lactic acid

Produção de acidez volátil em vinho co-inoculado

Aci

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til (g

H2S

O4/

L)

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

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0,21a 0,17

0,3

0,20,25

O. oeni1

O. oeni2

O. oeni3

ML Prime™ ML Prime™

Syrah Cabernet Sauvignon

Metabolismo heterofermentativo facultativo (metabolismo )

A FML pode ser concluída entre 3 dias a 2 semanas, dependendo do tipo de mostos e bactérias utilizadas.

Fermentação malolática induzida por Lactobacillus plantarum em vinhos Malbec da ArgentinaLerena et al. S. Afr. J. Enol. Vitic., Vol. 37, No. 2, 2016

Comportamento das fermentações alcoólica e malolática em simultâneo de Incrocio Manzoni, um vinho branco tradicional italianoGuzzon et al. S. Afr. J. Enol. Vitic., Vol. 37, No. 2, 2016

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Dias após a inoculação

Co-inoculação com Alpha em vinhos com pH 3.5

Inoculação sequencial com Alpha em vinhos com pH 3.5

Co-inoculação com Alpha em vinhos com pH 3.9

Inoculação sequencial com Alpha em vinhos com pH 3.9

Co-inoculação com ML Prime em vinhos com pH 3.9

Cinéticas de degradação do ácido málico após co-inoculação em Merlot 2014

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População de Brettanomyces em Pinot Noir em co-inoculação com diferentes bactérias enológicas

no final da FML

O-mega™ Alpha™ Beta™ VP41™ Controlo

Acidez volátil0,4

0,3

0,2

0,1

01 2 3 4 5

g/L

HS

O

Impacto de diferentes cenários de inoculação de fermentação malolática no aroma do vinho RieslingKnoll et al. World J Microbiol Biotechnol (2012) 28:1143–1153Usando a fermentação malolática para modular o estilo do vinho AWRI Noviembre 2015CO-INOCULAÇÃO PARA LIMITAR O DESENVOL-

VIMENTO DE BRETTANOMYCES E AROMAS INDESEJÁVEIS (OFF-FLAVORS)

FERMENTAÇÃO MALOLÁTICARÁPIDA E FIÁVEL (FML)

A co-inoculação é reconhecida como uma prática segu-ra e confiável com as nossas culturas Oenococcus oeni (VP41TM, BETATM, ALPHATM, PN4TM, OMEGATM,...) para as diferentes condições enológicas.

Como agente de bio-controlo para vinhos de baixa aci-dez / pH elevado, ML PrimeTM Lactobacillus plantarum é ideal, porque conclui a FML em 3-5 dias ainda durante a FA, sem risco de aumentar a acidez volátil (AV), devido ao seu metabolismo específico. Permite a estabilização precoce dos vinhos, logo que a FA esteja terminada.

Co-inoculação: Oenococcus oeni ou Lactobacillus plantarum (ML Prime™)

A nova e melhorada versão doBact(eria) on Track. Apreciar !