1° capítulo bontrager
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Primeiro capítulo do Livro BontragerTRANSCRIPT
CONTEDO
Princpios, Terminologia e Proteo contra RadiaoTrax, 63
Abdome, 97Membro Superior, 117
Poro Proximal do mero e Cintura
6- Escapular, 167
7- Membro Inferior, 195
8- Poro Proximal do Fmur e Cintura Plvica, 247
9- Coluna Cervical e Torcica, 273
10- Coluna Lombar, Sacro e Cccix, 307
11- Arcabouo Torcico, Esterno e Costelas, 335
12- Crnio e Ossos do Crnio, 353 IE Ossos da Face, 379
13- Seios Paranasais, Mastides e Osso Temporal, 415
14- Sistema Gastrointestinal Alto, 441
15- Sistema Gastrointestinal Baixo, 479
16- Vescula Biliar e Duetos Biliares, 519
17- O Sistema Urinrio, 539
18- Mamografia, 575
19- Traumatismo e Radiografia Porttil, 593
20- Radiologia Peditrica, 629
21- Angiografia e Procedimentos Intervencionistas, 665
22- Tomografia Computadorizada, 699
23- Procedimentos Diagnsticos Adicionais, 725
24- Outras Modalidades Diagnsticas e Teraputicas, 755
Bibliografia, 784
Apndice (A) Resultados de Pesquisas por Incidncia e Regio, 785
Apndice (B) Chave de Respostas: Radiografias para Crtica, 799
ndice Alfabeto
1- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO1- NOME DA INCIDNCIA descreve a posio/incidncia a ser radiografada, inclusive o nome correto da incidncia (se necessrio).
2- PATOLOGIAS DEMONSTRADAS fornecem um resumo das condies ou patologias que podem ser evidenciadas pelo exame e/ou pela incidncia. Esse resumo ajuda o tcnico a compreender o propsito do exame e quais as estruturas ou tecidos que devem ser evidenciados mais claramente.
3- BOXE DE RESUMO DA INCIDNCIA mostra todas as incidncias bsicas ou especiais mais comumente concebidas para determinada parte do corpo. O realce em vermelho a incidncia descrita na pgina.
4- FATORES TCNICOS descrevem os fatores tcnicos relacionados incidncia em questo. Os fatores tcnicos incluem o tamanho do filme recomendado para o adulto de porte mdio; se o filme deve
ser colocado no sentido transversal ou longitudinal em relao ao paciente; se for necessrio ou no usar uma grade; e o alcance em kVp para a referida incidncia.
5- TCNICAS E DOSE resumem uma tcnica inicial para a incidncia no caso de um adulto de porte mdio e a dose aproximada para o paciente e o tamanho do campo de exposio. Isso apresentado em milirads de dose cutnea, dose na linha mdia e dose especfica em rgo radiossensvel. Ver no Capo 1, pg. 54-61, uma discusso mais completa das doses dos pacientes.
6-ICONE DO RECEPTOR DE IMAGEM mostra a imagem visual do tamanho relativo do filme (cm) e a orientao (transversal ou longitudinal), localizao do bloqueador da identidade do paciente, tamanho relativo do campo de colimao; a localizao dos marcadores D e E e a localizao recomendada do controle automtico de exposio, se este for usado.
7- USO DE PROTETORES descreve quais protetores devem ser empregados para determinada incidncia. Ver Capo 1, pg. 59, para obter mais informaes sobre protetores especficos para cada rea.
8- POSiO DO PACIENTE indica a posio geral do corpo para a incidncia.
9- POSiO DA PARTE fornece uma descrio detalhada e clara de como o corpo do paciente deve ser posicionado em relao ao filme e/ou a mesa. O cone do RC, E8, includo para todas as incidncias nas quais o RC essencial como um lembrete para o tcnico prestar ateno ao RC durante o processo de posicionamento para essa incidncia.
10- RAIO CENTRAL descreve a localizao precisa do RC em relao ao filme e parte do corpo do paciente. distncia focofilme (DFoFi) mnima mencionada. Ver no Capo 1, pg. 35, as vantagens de aumentar a DFoFi de 40 polegadas (100 cm) para 44 ou 48 polegadas (110 a 120 cm) para os procedimentos gerais em mesa.
11- COLlMAO descreve a colimao do campo de raios X recomendada para a incidncia em questo.
12-RESPIRAO descreve as necessidades em termos de respirao para a incidncia em questo.
13- critrios radiogrficos descrevem o processo de avaliao/crtica em quatro etapas que deve ser completado para cada imagem radiogrfica. Esse processo dividido em quatro categorias de informao: (1) estruturas que devem ser evidenciadas; (2) evidncias de posicionamento correto; (3) colimao e localizao do RC corretas; e (4) fatores aceitveis de exposio.
14-FOTOGRAFIA DA POSiO mostra a posio correta do corpo e da parte em relao ao RC e ao filme.
15- IMAGEM RADIOGRFICA mostra uma radiografia corretamente posicionada e exposta da incidncia em questo.
16- DESENHO ANATMICO indica e interpreta as partes anatmicas especficas visveis na imagem radiogrfica mostrada na pgina.
2- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOA ANATOMIA GERAL, SISTMICA E ESQUELETICA E ARTROLOGIA
A. Anatomia Geral
Anatomia a cincia da estrutura do corpo humano, enquanto a fisiologia
estuda as funes do organismo ou como suas partes funcionam.No indivduo
vivo, impossvel estudar anatomia sem estudar tambm alguma fisiologia.
O estudo radiogrfico do ser humano, entretanto, basicamente um estudo
da anatomia de vrios sistemas, com menor nfase na fisiologia.
Conseqentemente, neste livro, sero enfatizadas as anatomias dos sistemas
e a posio dos rgos nas radiografias
ORGANIZAO ESTRUTURAL
O corpo humano tem diversos nveis de organizao estrutural. O nvel mais
elementar de organizao o nvel qumico. Todas as substncias qumicas
necessrias para a manuteno da vida so compostas de tomos, ligados
de vrias maneiras para formar as molculas. Vrias substncias qumicas na
formas de molculas se organizam para formar as clulas.
Clulas
A clula a unidade bsica estrutural e funcional de todo ser humano.
Cada parte do corpo, seja msculo, osso, cartilagem, gordura, nervo,
pele ou sangue, composto de clulas.
Tecidos
Os tecidos so grupos de clulas semelhantes entre si, que, juntamente
com a matriz extracelular, possuem uma funo especfica. Os quatro tipos
bsicos de tecidos so:
1-Epitea /:Tecido que cobre as superfcies internas e externas do
corpo, incluindo a superfcie interna dos vasos e rgos, como o
estmago e os intestinos
2. Conjuntivo: Tecidos que unem e sustentam as vrias estruturas
3. Muscular:Tecidos que compem a substncia dos msculos
4. Nervoso: Tecidos que compem a substncia dos nervos e centros
nervosos.
rgos
Quando vrios tecidos se unem para realizar uma funo especfica,
o resultado um rgo. Os rgos geralmente possuem formatos
especficos. Exemplos de rgos do
corpo humano so rins, corao, fgado, pulmes, estmago e crebro.
Sistemas
Um sistema consiste em um grupo ou uma associao de rgos que
possuem uma funo similar ou comum. O trato urinrio, composto pelos
rins, ureteres, bexiga e uretra, um
exemplo de um sistema do corpo humano. H 10 sistemas orgnicos
individuais que compem todo o corpo.
Organismo
Os 10 sistemas do corpo funcionando juntos constituem o organismo total
- um ser vivo.
3PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOAnatomia Sistmica
SISTEMAS DO CORPO
o corpo humano uma unidade estrutural e funcional composta de
10 unidades menores denominadas sistemas. Esses 10 sistemas
so (1) esqueltico, (2) circulatrio, (3) digestivo, (4) respiratrio,
(5) urinrio, (6) reprodutor, (7) nervoso, (8) muscular, (9) endcrino
e (10) teguentar
Sistema Esqueltico
O sistema esqueltico um importante sistema a ser estudado pelo
tcnico/radiologista. composto por 206 ossos distintos e
suas cartilagens e articulaes associadas. O estudo dos ossos
denominado osteologia, enquanto o estudo das articulaes
a artrologia.
As quatro funes do sistema esqueltico so:
1. Sustentar e proteger o corpo
2. Permitir os movimentos por interao com os msculos para
formar alavancas
3. Produzir clulas sangneas
4. Armazenar clcioSistema Circulatrio
O sistema circulatrio composto dos rgos cardiovasculares - corao, sangue
e vasos sangneos - e do sistema linftico linfonodos, vasos linfticos e
glndulas linfticas.
As seis funes do sistema circulatrio so:
Distribuir oxignio e nutrientes para todas as clulas do organismo
2. Retirar escrias e dixido de carbono das clulas
3. Transportar gua, eletrlitos, hormnios e enzimas
4. Proteger contra doenas
5. Evitar sangramentos pela formao de cogulos sangneos
6. Auxiliar a regular a temperatura corporal
Sistema Digestivo
O sistema digestivo inclui o canal alimentar e alguns rgos
acessrios. O canal alimentar composto por boca,
faringe, esfago, estmago, intestinos delgado e grosso e
nus. Os rgos acessrios da digesto
incluem as glndulas salivares, fgado, vescula biliar e pncreas.
A dupla funo do sistema digestivo :
1. Preparar o alimento para ser absorvido pelas clulas, atravs
de numerosos processos fsicos e qumicos de degradao
4-Eliminar escrias slidas do organismo
4-PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Sistema Respiratrio
O sistema respiratrio composto de dois pulmes e uma srie de
passagens que ligam os pulmes atmosfera externa ao corpo.
As estruturas que compem essas passagens do exterior aos alvolos
no interior dos pulmes nariz, boca, faringe, laringe, traquia
e rvore brnquica.
As trs funes do sistema respiratrio so:
Fornecer oxignio ao sangue e, em ltima anlise, s clulas 2.
Eliminar o dixido de carbono do sangue
3. Auxiliar na regulao do balano cido-bsico sangneo
Sistema Urinrio
O sistema urinrio inclui os rgos que produzem, coletam e eliminam a
urina.
Os rgos envolvidos no sistema urinrio so rins, ureteres, bexiga e uretra.
As quatro funes do sistema urinrio so:
1. Regular a composio qumica do sangue
2. Eliminar escrias do organismo
3. Regular o balano e o volume hidro eletroltico
4. Manter o equilbrio cido-bsico do organismo
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor, ou genital, inclui os rgos que produzem,
transportam e armazenam clulas germinativas. Os testculos
nos homens e os ovrios nas mulheres produzem clulas
germinativas maduras.
Os rgos de transporte e armazenamento no homem incluem
o ducto deferente, a prstata e o pnis. Os rgos da reproduo
das mulheres so o tero, as trompas uterinas e a vagina.
A funo do sistema reprodutor a reproduo do organismo.
5 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
5Sistema Nervoso
O sistema nervoso composto pelo crebro, medula espinhal, nervos,
gnglios e rgos sensoriais especiais como os olhos e os ouvidos.
A funo do sistema nervoso regular as atividades corporais com
impulsos eltricos que correm pelos vrios nervos.
Sistema Muscular
O sistema muscular inclui todos os tecidos musculares do organismo e
subdivido em trs tipos: (1) esqueltico, (2) visceral e (3) cardaco.
A maior parte da massa muscular do organismo composta de musculatura
esqueltica, que estriada e est sob controle voluntrio. Os msculos voluntrios
atuam em conjunto com o esqueleto para permitir que haja movimento. Cerca
de 43% do peso corporal humano so compostos de msculo voluntrio, ou estriado
esqueltico.
A musculatura visceral, que lisa e involuntria, encontrada nas
paredes dos rgos internos ocos, como os vasos sangneos, o estmago
e os intestinos. Esses msculos so chamados de involuntrios, porque sua
contrao no depende do controle voluntrio ou consciente.
O msculo cardaco encontrado apenas nas paredes do corao e involuntrio,
apesar de estriado.
As trs funes do tecido muscular so:
Permitir o movimento, tal como a locomoo do organismo ou o movimento de
substncias atravs do canal alimentar 2. Manter a postura 3. Produzir calor
Sistema Endcrino
O sistema endcrino inclui todas as glndulas desprovidas de ductos do organismo.
Essas glndulas incluem os testculos, os ovrios, o pncreas, as adrenais, o timo,
as paratireides, a tireide, a pineal e a hipfise. A placenta atua como uma glndula
endcrina temporria.
Os hormnios, que so secretados pelas glndulas endcrinas, so
liberados diretamente na corrente sangnea.
A funo do sistema endcrino regular as atividades corporais atravs de
vrios hormnios carreados pelo sistema cardiovascular.
6 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOAnatomia Esqueltica
Como grande parte da radiografia para diagnstico envolve o exame de
ossos e articulaes, a osteologia (estudo dos ossos) e a artrologia (estudo).
(das articulaes) so assuntos importantes para o tcnico/radiologista.
Sistema Tegumentar
O dcimo e ltimo sistema corporal o tegumentar, composto de pele e
todas as estruturas derivadas dela. Essas estruturas derivadas incluem plos,
unhas, glndulas sudorparas e glndulas sebceas.
A pele um rgo essencial vida. De fato, a pele o maior rgo do corpo
humano, cobrindo uma superfcie de aproximadamente 7.620 cm2 no adulto
mdio.
As quatro funes do sistema tegumentar so:
1. Regular a temperatura corporal
2. Proteger o corpo
3. Eliminar escrias atravs da transpirao
4. Receber certos estmulos como temperatura, presso e dorOSTEOLOGIA
O esqueleto do adulto formado por 206 ossos distintos, que compem
a estrutura de todo o organismo. Determinadas cartilagens, como as
encontradas nas extremidades
dos ossos longos, tambm so includas como parte do esqueleto. Esses ossos
e cartilagens so unidos por ligamentos e oferecem superfcies de fixao aos
msculos. Como os msculos e ossos precisam combinar-se para permitir o
movimento corporal, esses dois sistemas so s vezes designados coletivamente
como sistema locomotor.O esqueleto adulto humano dividido em esqueleto axial
e esqueleto apendicular.
Esqueleto Axial
O esqueleto axial inclui todos os ossos localizados no eixo central do corpo ou prximo a
este. O esqueleto axial do adulto consiste em 80 ossos e inclui crnio, coluna vertebral,
costelas e esterno (regies coloridas do esqueleto na Fig. 1.12).
CabeaCrnio8
CabeaOssos da face14
Osso Hiide1
Ossculo da audio (pequeno osso em cada ouvido)6
Coluna vertebralCervical7
Coluna vertebralTorcica12
Coluna vertebralLombar5
Coluna vertebralSacral1
Coluna vertebralCoccgea1
TraxEsterno1
TraxCostela24
Total de ossos no esqueleto do adulto80
7 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOEsqueleto Apendicular
A segunda diviso do esqueleto a poro apendicular. Essa diviso
composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores
(extremidades) e as cinturas escapular e plvica (regies coloridas do
esqueleto na Fig. 1.13). No esqueleto apendicular do adulto existem
126 ossos separados.
ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO
Cintura escapularClavculas2
Escpula2
Membros superioresmero2
Ulna2
Rdio2
Ossos carpais16
Ossos metacarpais10
Falanges28
Cintura plvicaOssos do quadril2
Membros inferioresFmur2
Tbia2
Tbia2
Tbia2
Ossos tarsais14
Ossos metatarsais10
Falanges28
Total de Osso no Esqueleto Apendicular126
Fig. 1.15 Ossos sesamides. Incidncia tangencial (base do primeiro pododctilo).
Total de ossos no adulto 206 ossos separados.
(Isso inclui os 2 ossos sesamides dos membros inferiores nos
joelhos, as patelas).
Ossos Sesamides
Os ossos sesamides so um tipo especial de osso
pequeno e de forma
ovalada encontrados nos tendes (muitos prximos s
articulaes) e que esto
presentes no desenvolvimento fetal, porm no so
considerados parte do esqueleto
axial ou apendicular, exceto pelas duas patelas, que
so os maiores ossos sesamides.
Os outros ossos sesamides mais comuns esto localizados na sola
do p, na base do
primeiro pododctilo (Figs. 1.14 e 1.1 5).
Nos membros superiores, eles so mais comumente encontrados nos
tendes
prximos superfcie palmar da mo e na base dos quirodctilos. Outros podem
ser encontrados em qualquer articulao dos membros superiores ou inferiores.
Qualquer osso sesamide pode sofrer fratura por trauma, sendo necessrio
o estudo radiogrfico.
CLASSIFICAO DOS OSSOS
Cada um dos 206 ossos do corpo pode ser classificado de acordo
com a sua forma:
Fig. 1.14 Ossos
sesamide na base posterior do primeiro pododctilo.
*-Ossos longos
*-Ossos curtos
*-Ossos planos
*-Ossos irregulares
Ossos Longos
Os ossos longos so formados por um corpo (difise) e duas extremidades.
Fig.1.16 Osso longo (mero).
Os ossos longos so encontrados apenas no esqueleto apendicular.
(A Fig. 1.16 mostra uma radiografia de mero, um osso longo tpico do brao.)
8 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO Cartilagem articular
(hialina)
Osso esponjoso
((contm a medula - ssea vermelha)).
Peristeo
Osso compacto Cavidade medular
Forame nutridor (contm a medula - . ssea amarela)
Artrias nutridoras
CorpoFig. 1.17 Osso longo.
Composio: A carapaa externa da maioria dos ossos composta de
tecido sseo duro ou denso conhecido como osso compacto, ou crtex,
que a camada externa. O osso compacto possui poucos espaos intercelulares
vazios e serve para proteger e sustentar todo o osso.
O corpo (difise) contm uma camada mais espessa de osso compacto que
tem como objetivo ajudar na resistncia ao estresse provocado pelo peso sobre ele.
No interior do osso compacto e especialmente nas duas extremidades de
cada osso longo encontramos o osso esponjoso ou trabecular. O osso trabecular
muito poroso e geralmente contm a medula ssea vermelha, responsvel pela
produo das hemcias.
A difise de um osso longo oca. Essa poro oca conhecida como
cavidade medular. No adulto, a cavidade medular geralmente abriga a medula
ssea amarela gordurosa. Uma membrana fibrosa densa, o peristeo, cobre o osso,
exceto na cartilagem das superfcies articulaes. As superfcies articulares so recobertas
por uma camada de cartilagem hialina.
Hialina, que quer dizer transparente ou clara, um tipo comum de cartilagem
ou tecido conjuntivo. Seu nome deve-se ao fato de no ser visvel pelas tcnicas
de colorao comuns, sendo portanto "clara" ou transparente nos estudos laboratoriais.
Essa cartilagem encontrada em muitos lugares, incluindo as extremidades dos ossos
longos, onde so chamadas de cartilagens articulares.
O peristeo essencial para o crescimento, o reparo e a nutrio do osso.
Os ossos so abundantemente supridos de vasos sangneos que neles penetram a partir do
peristeo. Prximo ao centro do corpo dos ossos longos, uma artria nutrcia passa
obliquamente atravs do osso compacto do forame nutrcio para a cavidade medular.
Ossos Curtos
Os ossos curtos so aproximadamente cubide e so encontrados apenas nos
punhos e nos calcanhares. Os ossos curtos so formados principalmente por
tecido esponjoso e cobertos superficialmente por uma fina lmina de osso
compacto. 05 oito ossos carpais de cada punho e 05 sete ossos tarsais de
cada p so todos ossos curtos.
Ossos Planos
Os ossos planos consistem em duas lminas de osso compacto com osso
esponjoso e medula ssea entre elas. Alguns exemplos de ossos planosso
os que compem a calvria (tampa do crnio), o esterno, as costelase a
escpula.O estreito espao entre as superfcies interna e externa dos
ossosplano do crnio conhecido como dploe. Os ossos planos
proporcionam proteo para o contedo interno e amplo superfcies para
a fixao de msculos.
Ossos Irregulares
Os ossos que possuem formas peculiares esto reunidos na categoria final
como ossos irregulares. As vrtebras, os ossos faciais, os ossos da base do
crnio e os ossos da pelve so exemplos de ossos irregulares.
Produo de Clulas Sangneas
Nos adultos, as hemcias so produzidas pela medula ssea vermelha de
certos ossos planos e irregulares, como o esterno, as costelas, as vrtebras
e a pelve.
9 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS
O processo pelo qual os ossos se formam no corpo conhecido
como ossificao. O esqueleto do embrio composto por membranas
fibrosas e por cartilagem hialina. A ossificao tem incio cerca da sexta
semana de gestao e se continua at a idade adulta.
Formao ssea
Dois tipos de formao ssea so conhecidos. Quando o osso substitui
membranas, a ossificao chamada de intramembranosa. Quando o osso
substitui uma cartilagem, a ossificao chamada de endocondral
(intracartilaginosa).
Ossificao Intramembranosa A ossificao intramembranosa ocorre
rapidamente nos ossos que so necessrios para a proteo, como nas
suturas dos ossos planos na calvria, que so os centros de crescimento
no desenvolvimento sseo precoce.Ossificao Endocondral A ossificao endocondral ocorre de forma
muito mais vagarosa do que a intramembranosa e ocorre na maior parte
do esqueleto, principalmente nos ossos longos.Centros Primrio e Secundrio de Ossificao Endocondral
O primeiro centro de ossificao chamado de centro primrio e ocorre
na regio central do corpo sseo. O centro primrio de ossificao nos ossos
em crescimento chamado de difise. Esta se torna o corpo quando o osso
est inteiramente desenvolvido.
Os centros secundrios de ossificao surgem prximo s extremidades dos
ossos longos. A maioria dos centros secundrios surge aps o nascimento,
enquanto a maioria dos centros primrios surge antes do nascimento. Cada
centro secundrio de ossificao chamado de epfise. As epfises distal do
fmur e proximal da tbiaso as primeiras a surgir e podem estar presentes
no nascimento do recm-nascido a termo. As placas cartilaginosas, chamadas
de placas epifisrias, so encontradas entre a difise e cada epfise at que
o crescimento do esqueleto esteja completo.O crescimento em comprimento
dos ossos resulta do crescimento longitudinal das placas cartilaginosas
epifisrias. A isso se segue uma ossificao progressiva atravs do
desenvolvimento endocondral at toda a cartilagem ser substituda por osso e
todo o crescimento do esqueleto estar completo. Esse processo de fuso
epifisria dos ossos longos ocorre progressivamente da puberdade at a total
maturidade, em torno dos 25 anos de idade. Entretanto, o tempo que cada osso
demora em completar seu crescimento varia de acordo com as diferentes regies do corpo. Alm disso, o esqueleto feminino normalmente torna-se maduro mais rapidamente que o esqueleto masculino. Extensos diagramas que
listam os padres normais de crescimento sseo esto disponveis.Demonstrao Radiogrfica do Crescimento sseo
A Fig. 1.22 mostra uma radiografia do joelho de uma criana de 6 anos de idade.
Os centros primrio e secundrio de calcificao endocondral esto bem demonstrados
e assinalados.Centros Primrios Os centros primrios de crescimento sseo mostram o osso
bem-desenvolvido e incluem a regio diafisria (corpo).
Centros Secundrios Os centros secundrios de crescimento sseo so as
epfises, observadas na poro distal do fmur e nas pores proximais da tbia
e fbula. Essas epfises esto separadas do osso principal por um espao,
ou articulao, denominado placa epifisria. Ela feita de cartilagem, no
visualizada pelas radiografias devido falta de clcio nessas reas durante
essa fase do crescimento. Por esse motivo, essas placas epifisrias desaparecem
completamente medida que so substitudas por clcio no fim do crescimento sseo.
10- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOArtrologia (Articulaes)
o estudo das articulaes chamado de artrologia. importante compreender
que nem todas as articulaes realizam movimento. Na verdade, os dois
primeiros tipos de articulaes a serem descritas so imveis ou so articulaes
de movimentos ligeiros unidas por vrias faixas fibrosas ou por cartilagem. Essas
articulaes esto mais adaptadas ao crescimento, em vez de movimento. O
segundo grupo de articulaes inclui a maioria das articulaes do organismo, que
so adaptadas para o movimento.CLASSIFICAO DAS ARTICULAES
Funcional
s vezes as articulaes so classificadas conforme sua funo, em vez da sua
capacidade de movimento. Os trs tipos funcionais mais comuns so:Sinartroses - Articulaes imveis
Anfiartroses - Movimentos limitados
Diartroses - Articulao de movimentao livre
Estrutural
s vezes, todas as articulaes do corpo so classificadas conforme as trs
Classes funcionais a seguir. Entretanto, o sistema primrio de classificao
das articulaes, conhecido como NOMINA ANA TOMICA e usado por este livro,
uma classificao estrutural baseada no tipo de tecido que separa as
extremidades do osso.As trs classificaes estruturais esto baseadas nos trs
tipos de tecido que separam os limites sseos das diferentes articulaes
Essas trs classificaes segundo o tipo de tecido, juntamente com as suas
subclasses, so demonstradas a seguir:Articulaes fibrosas
1. Sindesmoses
2. Sutura
3. Gonfose
Articulaes cartilaginosas 1. Snfise
2. Sincondrose
Articulaes sinoviais
Articulaes Fibrosas
As articulaes fibrosas selam uma cavidade articular. Os ossos adjacentes,
que esto em ntimo contato entre si, so mantidos unidos pelo tecido
conjuntivo fibroso. Os trs tipos de articulaes fibrosas so a sindesmose,
que so ligeiramente mveis; as suturas, que so imveis; e as gonfoses, que
so um tipo nico de articulao com movimentos muito limitados (Fig. 1.23).
1. Sindesmoses
A nica verdadeira sindesmose no corpo (como classificada pela NOMINA ANA).
(TOMICA) a articulao tibio fibular distal.* Os ligamentos fibrosos unem a tbia
distal com a fbula nessa articulao, que ligeiramente mvel ou anfiartrodal.2. Suturas
As suturas so encontradas entre os ossos do crnio. Esses ossos mantm contato
entre si por meio de limites encadeados ou serrilhados e so mantidos juntos pelos
feixes de tecido fibroso ou ligamentos. Portanto, essas articulaes possuem um
movimento extremamente limitado e, nos adultos, so consideradas imveis
ou articulaes sinartrodais
11- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOArticulaes Cartilaginosas
As articulaes cartilaginosas tambm vedam uma cavidade, e as articulaes dos
ossos so firmemente unidas por uma cartilagem. Assim como as articulaes
fibrosas, elas permitem movimentos discretos ou nenhum movimento. Alm disso,
essas articulaes so tambm sinartrodiais ou anfiartrodiais e so unidas por dois
tipos de cartilagem, as snfisese as sincondroses.1. Snfises
O aspecto essencial de uma articulao do tipo snfise a presena de um disco
largo e plano de fibrocartilagem entre duas superfcies sseas contguas. Esses
discos de fibrocartilagem formam almofadas relativamente grossas que so capazes
de serem comprimidas ou deslocadas, permitindo dessa forma a esses ossos alguns
movimentos, o que faz essas articulaes serem anfiartrodiais (movimentos discretos).Exemplos dessas snfises so os discos intervertebrais (entre os corpos vertebrais)
e a snfise pbica (entre os dois ossos pbicos da pelve).2. Sincondroses
Uma sincondrose tpica uma forma temporria de articulao em que a
cartilagem hialina de conexo (que nos ossos longos chamada de p/oco epfsro) convertida em osso na idade adulta. Esses tipos temporrios de articulao de
crescimento so considerados sinartrodiais ou imveis.
Exemplos dessas articulaes so as placas epifisrias entre as epfises e as
difises (corpos) dos ossos longos e na unio dos trs ossos da pelve, que formam
o acetbulo para a articulao do quadril.
Articulaes Sinoviais
A terceira classificao das articulaes as sinoviais,que so livremente mvel,
a maioria delas nos membros superiores e inferiores, caracterizadas por uma
cpsula fibrosa contendo em seu interior lquido sinovial. As terminaes
sseas que formam a articulao sinovial podem ter contato entre si mas so
completamente separadas e contm um espao articular e uma cavidade, permitindo
que essas articulaes tenham movimentos de grande amplitude. As articulaes
simoviais so geralmente diartrodiaisou livremente mveis. (Excees a isso so
as articulaes sacrilaca da pelve, que so anfiartrodiais ou de movimentos discretos.)
As terminaes expostas desses ossos contm uma fina camada protetora de cartilagem
articular hialina. A cavidade articular, que contm um lquido sinovial lubrificante e
viscoso, fechada e coberta por uma cpsula fibrosa, reforada pelos ligamentos
acessrios.Esses ligamentos limitam o movimento
em direes indesejadas. A superfcie interna da cpsula fibrosa a responsvel
pela secreo do lquido sinovial lubrificante.
Tipos de Movimento das Articulaes Sinoviais
As articulaes sinoviais ocorrem em um nmero considervel e varivel e so
agrupadas segundo os seis tipos de movimento que so permitidos. Elas
esto listadas em ordem dos movimentos menores para os mais mveis.
O nome prefervel aparece antes, seguido pelos termos antigos ou sinnimos em
parnteses. (Isso adotado em todo este livro.)
1. Articulaes planas (deslizantes)
Esse tipo de articulao sinovial permite o menor movimento, que, como o prprio
nome sugere, um movimento de deslizamento entre duas superfcies articulares.
Exemplos dessas articulaes so as intermetacarpais, carpometacarpais e
ntercarpais das mos e dos punhos.
12 - PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
2. Gnglimo
As superfcies articulares de um gnglimo so moldadas entre si a fim de
permitirem apenas movimentos de extenso e de flexo. A cpsula
articular fibrosa nesse tipo de articulao fina nas superfcies onde a
dobradura ocorre, mas fortes ligamentos colaterais fazem uma forte conteno
ssea nas margens laterais da cpsula fibrosa.
Exemplos dessas articulaes so as interfalangianas (lF), tanto
nos quirodctilos como nos pododctilos, na articulao do joelho e
na articulao do tornozelo.
3. Articulao trocide (piv)
A articulao trocide formada por um processo sseo semelhante a
um eixo que cercado por um anel de ligamentos e/ou estruturas sseas.
Isso permite movimentos de rotao em torno de um nico eixo.
Exemplos dessas articulaes so as radioulnares proximal e distal do
antebrao, que exibem seu movimento axial no movimento de rotao da mo e do punho.
Outro exemplo a articulao entre a primeira e a segunda vrtebras
cervicais. O dente do eixo (C2) forma um piv e o arco anterior do atlas
(C1), combinado com os ligamentos posteriores, forma um anel.
4. Articulaes elipsides (condilares)
Na articulao elipside ou condilar, o movimento ocorre basicamente
em um plano, combinado com um leve grau de rotao em um eixo nos
ngulos retos ao plano de movimento primrio. O movimento rotacional
de alguma forma limitado por ligamentos e tendes associados.
Esse tipo de articulao permite, portanto, basicamente quatro movimentos:
flexo e extenso e abduo e aduo. O movimento de circunduo
tambm ocorre e resulta da associao seqencial dos movimentos de flexo,
abduo, extenso e aduo.
Exemplos de articulaes elipsides so as segunda e quinta
articulaes metacarpo falangianas (MCF), a articulao do punho e as articulaes
metatarso falangianas (MTF).
5. Articulaes selaresO termo se/ar descreve bem essa estrutura articular nas terminaes
dos ossos com forma cncavo-convexa ou em oposio a uma outra
(Fig. 1.30). (Duas estruturas semelhantes a uma sela encaixam-se uma na outra.)
Os movimentos dessa articulao selar, tipo biaxial, so os mesmos
das articulaes elipsides, que so flexo, extenso, aduo, abduo
e circunduo.
O melhor exemplo de uma verdadeira articulao selar a primeira
articulao carpometacarpiana (CMe) do polegar.
13- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
6. Articulaes esferides
As articulaes esferides permitem grande liberdade de movimentos.
O osso distal que compe a articulao capaz de mover-se ao redor
de um nmero infinito de eixos que possuam um centro em comum.
Quanto mais profunda a articulao, mais limitado ser o
movimento. Uma articulao mais profunda, no entanto,
mais forte e mais estvel. Por exemplo, a articulao do quadril
(coxofemoral) muito mais forte e estvel do que a articulao
do ombro, mas a capacidade de movimentos bem mais limitada
no quadril.Os movimentos das articulaes esferides so flexo,
extenso,abduo, aduo, circunduo e rotao medial e lateral.
Os dois exemplos de articulaes esferides so as articulaes do
quadril (coxofemoral) e dos ombros.
SUMRIO DA CLASSIFICAO DAS ARTICULAES
Classificao das ArticulaesClassificao da MobilidadeTipos de MovimentosDescrio do MovimentoExemplos
Articulaes Fibrosas SindesmosesAnfiartrodial (ligeiramente mveis)--Articulao tibiofibular discal
SuturasSinartrodial (imvel)---Suturas cranianas
GonfosesMovimentos muito limitados--reas ao redor das cavidades dos dentes
Articulaes Cartilaginosas--Discos invertebrais Snfise pbica
SnfisesAnfiartrodial (ligeiramente mveis)--Discos invertebrais Snfise pbica
SincondrosesSinartrodial (imvel)--Placas epifisrias dos ossos longos e entre as trs divises da pelve
Articulaes SinoviaisDiartrodial (livremente mveis),
com exceo das articulaes
sacroilacas (articulaes sinoviais
com movimentos muito limitados
[anfiartrodiais])Plana (deslizante)
Gnglimo (em dobradia)Deslizante ou corredia
Flexo e extensoArticulaes intermetacarpal, intercarpal
e carpometacarpal
Articulaesinterfalangianas
dos dedos das mos e dos ps e do joelho, calcanhar
e cotovelo
Trocide (piv)RotacionalArticulao radioulnar proximal e distal e entre as vrtebras C1 e C2
Elipside
( condilar)Flexo e extenso Abduo e aduo CircunduoSegunda a quinta articulaes metacarpofalangianas e articulaes do punho
Selar
(em sela)Flexo e extenso Abduo e aduo CircunduoPrimeira articulao metacarpal (polegar)
Esferide (em bola e soquete)Flexo e extenso Abduo e aduo Circunduo
Rotao medial e lateralArticulaes do quadril e dos ombros
NOTA: A artrologia, o estudo das articulaes, continua ao longo deste texto como anatomia especfica, incluindo todas as articulaes do corpo humano, e ser estudada mais detalhadamente nos prximos captulos.
14- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
B. TERMINOLOGIA RADIOGRFICA
O posicionamento radiogrfico refere-se ao estudo do posicionamento do
paciente para demonstrar radiograficamente ou visualizar partes especficas do
corpo nos filmes. essencial que cada pessoa que planeja trabalhar como tcnico/
radiologista compreenda claramente o emprego correto da terminologia de
posicionamento. Esta parte do Cap. 1 relaciona, descreve e ilustra os termos mais
comumente usados de acordo com a terminologia de posicionamento e incidncia
conforme aprovada e publicada pelo American Registry of Radiologic
Technologists (ARRT).* Alm disso, esses termos so compatveis com aqueles
usados no Canad, de acordo com a Canadian Association of Medical Radiation
Technologists (CAMRT), com exceo do termo "viso".(Consultar sumrio de termos
que podem ser usados erroneamente no fim desta seo.) Ao longo do texto, o uso
de posies denominadas (nomes prprios de pessoas que descreveram primeiro uma
posio especfica ou procedimento) referido como um mtodo, como mtodos de
Towne, Waters e Caldwell. Tanto o ARRT quanto a CAMRT concordam com o uso do
nome de um mtodo entre parnteses aps o termo de incidncia ou de posio.
Fig. 1.32 Radiografia de trax.Termos GeraisRadiografia
Uma radiografia um filme ou outro material de base que possui uma imagem
processada de uma determinada regio anatmica do paciente (produzida
pela ao dos raios X no filme).
Radiografar: a produo de radiografias e/ou outras formas de imagens
radiogrficas.Radiografia VS. filme de raios X: Na prtica, os termos radiografia
e filme de raios X (ou apenas filme) so freqentemente usados sem distino
entre si. O filme de raios X refere-se especificamente parte fsica do material
onde a imagem radiogrfica ser exposta. O termo radiografia inclui o filme e a
imagem.Imagens radiogrficas: As imagens radiogrficas podem ser obtidas,
vistas e armazenadas como cpias fsicas (radiografias) ou como imagens digitais,
que podem ser manipuladas, vistas e armazenadas digitalmente. Fig. 1.33 Exame
radiogrfico.Exame ou procedimento radiogrfico
Um tcnico/radiologista mostrado posicionando o paciente para um exame de rotina de trax
1-Posicionamento da parte do corpo e alinhamento do raio central (RC)
2. Seleo de medidas de proteo contra a radiao
3-Seleo dos fatores de exposio (tcnica radiogrfica) no painel de controle
4-Instruo do paciente para respirar e, em seguida, incio da exposio
5-Revelao do filme
Posio anatmica
Em posio vertical, braos aduzidos (para baixo), palmas para a frente, cabea e ps
virados exatamente para a frente. Essa posio corporal especfica usada como
referncia para outros termos de posicionamento (Fig. 1.34). Observao: Quando se
referir a uma parte especfica do corpo em relao a outras partes, o tcnico/radiologista
sempre precisa pensar na pessoa em posio ortosttica e anatmica, mesmo quando
for descrever as partes de um paciente que est deitado; caso contrrio, pode ocorrer
confuso ao realizar a descrio.Exame das radiografias: Uma regra geral para se estudar
uma radiografia exibi-Ia de forma que o paciente fique de frente para o observador,
com o paciente em posio anatmica. Isso ser mais bem descrito adiante neste captulo.
Fig. 1.34 Posio anatmica
15- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPlanos Corpreos, Cortes e Linhas
Os termos de posicionamento que descrevem os ngulos do raio
central (RC) ou as relaes entre as partes do corpo so
freqentemente relacionados aos planos imaginrios que passam
atravs do corpo em posio anatmica. O estudo de uma TC
(tomografia computadorizada) e de uma RM (ressonncia magntica)
enfatiza a anatomia seccional, que tambm envolve os planos primrios
e os cortes descritos a seguIar.
PLANO: SUPERFCIE EM LINHA RETA QUE -- UNE DOIS PONTOS
Quatro planos comuns so usados em radiologia:
Plano sagitalUm plano sagital qualquer plano longitudinal que divide
o corpo em uma parte direita e uma parte esquerda. O plano mediossagital,
por vezes chamado tambm de plano mediano, um plano
sagital que passa pela linha mdia dividindo o corpo em duas partes iguais,
uma direita e uma esquerda.Ela passa aproximadamente atravs da sutura
sagital do crnio. Qualquer piano paralelo ao plano mediano ou mediossagital
chamado de piano sagital.
Plano caronal
Um plano coronal qualquer plano longitudinal que divida o corpo em
partes anterior e posterior.O plano mediocoronal divide o corpo em
partes anteriores e posteriores iguais. denominado plano coronal porque
passa aproximadamente atravs da sutura coronal do crnio. Qualquer plano
paralelo ao plano mediocoronal ou frontal denominado plano coronal.
Plano horizontal (axial)
Um plano horizontal (axial) qualquer plano transverso que passa atravs
do corpo em ngulo reto ao plano longitudinal, dividindo o corpo em pores
superior e inferior.
Plano oblquo
Um plano oblquo um plano longitudinal ou transverso que est angulado
ou inclinado e no paralelo aos planos sagital, coronal ou horizontal.
CORTE: UMA SUPERFCIE DE "CORTE" OU "FATIA"
Cortes longitudinais - sagital, coronal e oblquo
Esses cortes so feitos longitudinalmente na direo do eixo longitudinal
do corpo ou de qualquer uma de suas partes, independentemente da
posio do corpo (em p ou deitado).Os cortes longitudinais podem ser
feitos nos planos sagital, coronal ou oblquo.
Cortes transversais ou axiais
Os cortes so feitos em ngulo reto ao longo de qualquer ponto do eixo
longitudinal do corpo ou de qualquer uma de suas partes. Imagens sagital,
coronal e axial: As imagens por TC e de RM so obtidas nessas trs
incidncias ou orientaes comuns. (Cortes de RM so mostrados da
Fig. 1.37 at a Fig. 1.39.)
16- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPLANOS DO CRNIO
Plano da base do crnio
Esse plano transverso preciso formado pela conexo de linhas das
margens infra-orbitrias (limite inferior das rbitas sseas) s margens
superiores do meato acstico externo (MAE, a abertura externa do ouvido).
Algumas vezes, tambm chamado de plano antropolgico ou plano horizontal
de Frankfort, como usado em ortodontia e em topografia craniana para medir e
localizar pontos cranianos especficos ou estruturas.
Plano de ocuso
Esse plano horizontal formado pelas superfcies de mordedura dos
dentes superiores e inferiores com a mandbula fechada (usado como um
piano de referncia da cabea nas radiografias dentais e de crnio).
Superfcies e Partes do Corpo
TERMOS PARA AS PORES POSTERIOR
E ANTERIOR DO CORPO
Posterior ou dorsal
Refere-se metade dorsal do paciente, ou aquela parte do corpo observada
quando vemos uma pessoa de costas; inclui as plantas dos ps e o dorso das
mos na posio anatmica
Anterior ou ventral
Refere-se metade frontal do paciente, ou aquela parte do corpo observada
quando vemos uma pessoa de frente; inclui o dorso dos ps e as palmas
das mos na posio anatmica
TERMOS PARA SUPERFCIES DAS MOS E DOS PS
Trs termos so usados em radiologia para descrever superfcies especficas
dos membros superiores e inferiores como descritos a seguir:
Plantar
Refere-se regio plantar ou superfcie posterior do p
Dorso
P: Refere-se parte de cima ou superfcie anterior do p Mo: Refere-se
parte de trs ou parte posterior da mo.Observao: Os termos dorso ou dorsal
em geral referem-se parte posterior ou vertebral do corpo. Entretanto, quando
usado em relao aos ps, o dorso refere-se especificamente superfcie
superior, ou aspecto anterior, do p em oposio sola, mas, para a mo,
parte de trs ou posterior a superfcie oposta palma.
Palmar (volar)
Refere-se palma da mo; na posio anatmica, o mesmo que superfcie anterior
ou ventral da mo. Fig. 1.42 Superfcies dorsal e palmar da mo.
17- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Incidncias Radiogrficas
Incidncia um termo de posicionamento que descreve a direo ou
trajetria do RC da fonte de raios X quando estes atravessam o paciente,
projetando uma imagem no filme.
TERMOS COMUNS DE INCIDNCIA
Incidncia pstero-anterior (PA)
a incidncia do RC de trs para a frente.
A combinao desses dois termos, posterior e anterior, em uma nica
palavra abreviada como PA. O RC penetra na superfcie posterior e
sai na superfcie anterior (incidncia em PA). Obtm-se uma PA verdadeira
quando no h rotao intencional precisando o RC estar perpendicular
ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital, a menos que algum
termo que qualifique como oblqua ou em rotao seja usado para indicar
em contrrio
Incidncia ntero-posterior (AP)
uma incidncia do RC de frente para trs, o oposto de PA.
A combinao desses dois termos, anterior e posterior, em uma nica
palavra descreve a direo do RC, que penetra na superfcie anterior e
sai pela superfcie posterior (incidncia em AP) Obtm-se uma AP
verdadeira quando no h rotao intencional, a menos que algum
termo que qualifique seja tambm usado indicando que seja uma
incidncia oblqua
Incidncias oblquas AP ou PA
uma incidncia em AP ou em PA dos membros superiores ou inferiores
que seja oblqua ou rodada, no sendo uma AP ou PA verdadeira. Por
esse motivo, preciso haver um adjetivo indicando para que lado est
rodada, como rotao medial ou lateral (de AP ou PA, conforme a posio
anatmica) (Figs. 1.45 e 1.46).
Incidncias mdio-lateral e ltero-medial
Uma incidncia lateral descrita segundo a trajetria do RC Dois
exemplos so as incidncias mdio-lateral do tornozelo (Fig. 1.47)
e ltero-medial do punho (Figo 1.48). A determinao do lado medial
ou lateral novamente baseada na posio anatmica do paciente.
18- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPosies do Corpo
Em radiologia, o termo posio usado de duas formas,
a primeira como uma posio geral do corpo, como descrito
a seguir, e a segunda como uma posio especfica do corpo (p. 19).
POSiES GERAIS DO CORPO
As oito posies gerais do corpo mais comumente usadas em
radiologia so:
Decbito dorsal
Deitado de costas, com a face anterior do corpo para cima
Decbito ventral
Deitado de frente, com a face anterior do corpo para baixo
(a cabea pode estar virada para um lado)
Ereta
Na posio vertical, em p ou sentado com o tronco ereto
Decbito (reclinado)
Deitado em qualquer posio (decbito)
. Decbito Dorsal: Deitado sobre o dorso
. Decbito Ventral: Deitado sobre o abdome
. Decbito Lateral: Deitado de lado
(lateral esquerda ou direita)
Trendelenburg*
Uma posio de decbito na qual a cabea fica em um nvel
mais baixo do que os ps
Posio de Sim (posio de semidecbito ventral)
uma posio de decbito oblquo em que o paciente se
deita sobre o lado anterior esquerdo com a perna esquerda
esticada e o joelho direito parcialmente fletido
A posio de Sim modificada usada para a insero de
um tubo retaI para enema baritado (ver Cap. 15).
Posio de Fowlert
uma posio de decbito em que o corpo inclinado de
forma que a cabea esteja em um nvel superior ao dos ps
Posio de litotomia
uma posio de decbito dorsalna qual os joelhos e o
quadril ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada
externamente, apoiada pelo suporte para os tornozelos
19- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
POSiES ESPECFICAS DO CORPO
Alm das posies gerais do corpo, a segunda parte do assunto
posio usada em radiologia em referncia a algumas posies
especficas do corpo descritas pela parte do corpo restrita ao
filme (oblquas e laterais) ou pela superfcie onde o paciente
est deitado (decbito).
Posio lateral
Refere-se ao lado, ou viso lateral
So as posies laterais especficas como a parte restrita ao filme,
ou parte do corpo onde o RC incide (Figs. 1.55 e 1.56). Uma posio
lateral verdadeira estar sempre a 90 ou perpendicular ou em ngulo
reto verdadeira incidncia AP ou PA. Se no for uma lateral verdadeira,
ser uma posio oblqua.
Posio oblqua
uma posio angulada em que nem o plano sagital nem o plano
coronaldo corpo so perpendiculares ou em ngulo reto com o filme
As posies oblquas do trax, abdome ou pelve so descritas pela
parte restrita ao filme, ou parte do corpo onde o RC incide.
Posies oblquas posteriores esquerda e direita (OPE e OPD)
Descreve uma posio oblqua especfica em que o aspecto
Posterior esquerdo ou direito do corpo restrito ao filme
(Figs. 1.57 e 1.58) O feixe de raios X sai na face direita ou
esquerda do corpo Observao: Essas tambm poderiam
ser denominadas incidncias oblquas AP porque o RC
penetra na superfcie anterior e sai posteriormente. Isso, entretanto,
no uma descrio completa e tambm exige uma discriminao
especfica da posio, como posio OPO ou OrE. Por esse motivo,
ao longo do livro, as oblquas sero referidas como posies e no
como incidncias.Todavia, as oblquas de membros inferiores e
superiores so corretamente descritas como oblquas AP ou PA,
mas precisam de uma descrio adicional como rotao medial ou lateral
(Figs. 1.45 e 1.46).
Posies oblquas anteriores direita e esquerda (OAD e OAE) Referem-se
quelas posies oblquas em que o aspecto anterior direito ou esquerdo do
corpo restrito ao filme e pode ser na posio ereta ou nas posies gerais
de decbito (Figs. 1.59 e 1.60). Observao: Essas tambm podem ser descritas
como incidncias oblquas em PA se uma especificao da posio for adicionada,
como posio em OAD ou OAE. No correto o uso desses termos oblquos ou
abreviaes OrE, oro, OAD ou OAE sozinhos como incidncias porque eles
no descrevem a direo ou caminho do RC-.
20- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Posio de decbito
A palavra decbito significa literalmente "deitado", ou a posio
presumida como estando deitado. Essa posio do corpo, que
significa aparado em uma superfcie horizontal, designada
segundo a superfcie onde o corpo se encontra deitado. Isso
portanto refere-se ao paciente deitado em uma das seguintes
superfcies do corpo: costas (dorsal), frente (ventral) ou lado
(lateral esquerda ou direita). No posicionamento radiogrfico,
o decbito sempre usado com uma
fonte horizontal de raios X.
As posies em decbito so fundamentais para a deteco de nveis
hidroareos ou ar livre nas cavidades do corpo, como trax ou abdome,
onde o ar se mobiliza para a poro superior da cavidade.
Posio de decbito lateral direito ou esquerdo (incidncia AP ou PA)
Nessa posio, o paciente deita-se de lado e a fonte de raios X
posicionada horizontalmente de anterior para posterior (AP) (Fig. 1.61)
ou de posterior para anterior (PA) (Fig. 1.62)
A posio AP ou PA entre parnteses importante como especificao
do termo para denotar a direo do RC.
Essa posio serve tanto para o decbito lateral esquerdo (Fig. 1.61)
como para o decbito lateral direito (Fig. 1.62). Isso designado
de acordo com o lado dependente (o lado na posio inferior).
Observao: Isso semelhante posio de decbito lateral, exceto
pela fonte emissora de raios X, que direcionada horizontalmente,
tornando-a uma posio de decbito lateral (incidncia AP ou PA).
Posio de decbito dorsal (lateral esquerda ou direita)
Nessa posio, o paciente est deitado de costas sobre uma
superfcie com o feixe de raios X direcionado horizontalmente,
saindo do corpo do lado mais prximo do filme (Fig. 1.63).
A posio denominada de acordo com a superfcie sobre a qual
o paciente est deitado (dorsal ou ventral) e pelo lado mais prximo
do filme (direito ou esquerdo). Observao: semelhante posio
de decbito dorsal, exceto pelo fato de que o feixe de raios X est
direcionado horizontalmente e sai pelo lado do corpo, indicando que
essa uma posio lateral de decbito dorsal.
Posio de decbito ventral (lateral direito ou esquerdo)
Nessa posio, o paciente est deitado na superfcie ventral (anterior),
com os raios X direcionados horizontalmente, saindo do lado mais
prximo ao filme (Fig. 1.64). A posio designada de acordo com a
superfcie na qual o paciente est deitado (ventral ou dorsal) e com
o lado mais prximo ao filme (direito ou esquerdo).
21- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO Termos de Incidncia Adicionais de Uso Especial
A seguir veremos alguns termos adicionais comumente usados
para descrever incidncias. Esses termos, como mostram suas
definies, tambm se referem trajetria ou incidncia do RC
e so portanto incidncias, em vez de posies.
Incidncia axial
O termo axial refere-se ao eixo longo de uma estrutura ou parte
(em torno da qual o corpo gira ou disposto). O termo spero-inferior
ou cefalocaudal descreve uma posio axial verdadeira em que o RC
direcionado ao longo do eixo axial ou linha central do corpo humano
da cabea (superior ou ceflica) aos ps (inferior ou caudal) (Fig. 1.65).
Aplicao especial - Axial AP ou PA: No posicionamento radiogrfico,
o termo axial usado para descrever qualquer ngulo do RC maior
que 10 graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.* Devese notar,
entretanto, que em um sentido real uma incidncia axial deve ser
direcionada ao longo ou paralela ao eixo longitudinal do corpo ou
da parte. O termo semi-axial descreve mais precisamente qualquer
ngulo ao longo do eixo que no seja verdadeiramente ao longo
ou paralelo do eixo longitudinal. Entretanto, em nome de outras
referncias, o termo incidncia axial ser usado ao longo do texto
para descrever tanto a incidncia axial como a semi-axial como
definido acima e ilustrado nas Figs. 1.65 a 1.67.
Incidncias axiais nfero-superior e spero-inferior
As incidncias infere-superiores so freqentemente feitas para os
ombros e o quadril, onde o RC penetra abaixo ou inferiormente e sai
acima ou superiormente (Fig. 1.67). O contrrio a isso a incidncia
spero-inferior, como na incidncia especial para os ossos nasais (Fig. 1.65).
Incidncia tangencial
Significa tocando a curva ou a superfcie em apenas um ponto
Esse termo especial de incidncia usado para descrever a incidncia
que simplesmente toca uma parte do corpo para projet-Ia em seu perfil
e distante de outras estruturas do corpo: Exemplos: A seguir, temos trs
exemplos ou aplicaes do termo incidncia tangencial como definido acima:
Incidncia do arco zigomtico (Fig. 1.68). Incidncia para trauma de
crnio a fim de demonstrar uma fratura depressiva (Fig. 1.69).
Incidncia especial da patela (Fig. 1.70).
Incidncia axial AP - posio lordtica
Esse um tipo especfico de incidncia AP de trax para
Demonstrar os pices pulmonares. tambm comumente
chamado de incidncia pico-Iordtica. Nesse caso, o eixo
longitudinal do corpo que est angulado, em vez do RC
O termo lordtico vem de lordose, um termo que denota a
curvatura das colunas cervical e lombar. (Ver Figs. 1.84 e 1.85.)
Quando o paciente assume essa posio (Fig. 1.71), a curvatura
lombar lordtica est exagerada, tornando esse termo descritivo
para essa incidncia especial de trax.
22- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Incidncia transtorcica lateral (posio lateral direita)
uma incidncia lateral atravs do trax
Requer um termo especfico de posicionamento (posio lateral
direita ou esquerda) para se indicar qual o ombro. Observao: Essa
uma adaptao especial do termo incidncia, significando que o RC
passa atravs do trax mesmo que no seja includa a sua entrada
nem seu local de sada. Na prtica, uma incidncia lateral de ombro
comum e referida como lateral transtorcica de ombro direito ou esquerdo.
Incidncias dorsoplantar e plantodorsal
Esses so termos secundrios para as incidncias AP e PA do p.
Dorsoplantar (DP) descreve a via do RC da superfcie dorsal
(anterior) para a superfcie plantar (posterior) do p (Fig. 1.73).
A incidncia plantodorsal especial para o osso do calcanhar (calcneo)
chamada de incidncia plantodorsal axial (PD) porque o RC angulado
penetra a superfcie plantar do p e sai pela superfcie dorsal (Fig. 1.74).
Observao: Lembre-se, o termo dorso para o p refere-se superfcie anterior
(Fig. 1.4 1).
Incidncias parietoacantial e acantioparietal
Para a incidncia parietoacantial, o RC penetra pelo osso parietal do
crnio e sai no acntio (juno entre o nariz e o lbio superior), (Fig. 1.75).
O RC em direo oposta descreve a incidncia acantioparietal (Fig. 1.76).
Tais incidncias para os ossos da face so tambm conhecidas como
PA de Waters e PA de Waters reversa.
Incidncias submentovrtice (SMV) e vrtice submentoniana (VSM) Essas
incidncias so para o crnio e para a mandbula.Para a incidncia
submentovrtice (SMV), o RC penetra abaixo do queixo ou mento e sai pelo
vrtice ou topo do crnio (Fig. 1.77).A incidncia vrtice submentoniana (VSM)
oposta ltima e menos comum, entrando pelo topo do crnio e saindo
abaixo da mandbula (sem ilustrao).
23- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Termos de Relao
A seguir, foram emparelhados termos de posicionamento
e/ou anatmicos descrevendo as relaes das partes do
corpo com seus significados opostos:
Medial versus lateral:
Em direo versus distante do centro, ou do plano mediano.
Na posio anatmica, o aspecto medial de qualquer parte
do corpo parte "de dentro" mais prxima ao plano mediano
e a parte lateral a mais distante do plano mediano ou linha
mdia do corpo. Exemplos: Na posio anatmica, o polegar
est no aspecto lateral da mo. A parte lateral do abdome e
do trax distante do plano mediano.
Proximal versus distal
O proximal est prximo da origem ou do incio, e distal est
distante do mesmo. Em relao aos membros superiores e
inferiores, proximal e distal devem significar as partes mais
prximas ou distantes do tronco, da origem ou incio do membro.
Exemplos: O cotovelo proximal ao punho. A articulao do
dedo mais prxima palma chamada de articulao interfalangiana
proximal (IFP), e a articulao prxima da parte final do dedo
chamada de articulao interfalangiana distal (lFD). (Ver Cap. 4.)
Ceflico versus caudal
Ceflico significa em direo, enquanto caudal significa distante da
cabea.
O ngulo ceflico qualquer ngulo em direo cabea (Figs. 1.79 e
1.81). (Cerlico significa literalmente cabea ou em direo cabea.)
O ngulo caudado qualquer ngulo em direo aos ps ou distante
da cabea (Fig. 1.80). (Caudal ou caudado deriva de cauda, que li
teralmente significa "rabo".)
Na anatomia humana, os termos ceflico e caudado tambm podem
ser descritos como superior (em direo cabea) e inferior
(em direo aos ps).
Observao: Conforme mostrado nas ilustraes, esses termos so
corretamente empregados para descrever a direo do RC para todas
as incidncias axiais ao longo de toda a extenso do corpo, no apenas
incidncias da cabea.
24- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Interior versus exterior
Interior significa estar dentro de algo, prximo ao centro, e
Exterior significa estar situado sobre ou prximo do exterior.
O prefixo intra significa estar situado dentro ou na parte de
Dentro (por exemplo, intravenoso: estar dentro da veia).
O prefixo inter significa estar situado entre algo (por exemplo,
intercostal: localizado entre as costelas).
O prefixo exo significa estar fora ou externamente (por exemplo),
exocrdico: algo em desenvolvimento ou situado fora do corao).
Superficial versus profundo
Superficial est prximo superfcie da pele; profundo est
longe da mesma.
Exemplo: O corte transverso desenhado na Fig. 1.83 mostra
que o mero profundo quando comparado pele do brao.
Outro exemplo um tumor ou leso superficial, localizado prximo
superfcie, comparado a um tumor profundo ou leso, localiza
do mais profundamente dentro do corpo ou parte dele.
Ipsilateral versus contralateral
Ipsi lateral significa estar do mesmo lado do corpo ou de parte dele;
contralateral o lado oposto.
Exemplo: O polegar direito e o h lux so ipsilaterais; o joelho direito e
a mo esquerda so contra laterais.
Termos Descritivos das Curvaturas da Coluna
Lordose versus cifose
Ambos os termos descrevem uma curvatura da frente para
trs da coluna.
A lordose uma convexidade anterior mais comum na
regio da coluna lombar.
A cifose uma convexidade posterior, geralmente na
regio da coluna torcica.
Escoliose
A escoliose uma curvatura lateral, ou "lado a lado" da coluna.
(Ver Capo 8, sobre coluna vertebral, para mais informaes sobre esses termos.)
25- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Termos Relacionados aos Movimentos
o grupo final de termos relacionados ao posicionamento que todo
tcnico/radiologista deve saber refere-se variedade de movimentos.
A maioria deles est listada em pares descrevendo movimentos em
direes opostas.
Flexo versus extenso
Ao fletir ou estender uma articulao, o ngulo entre as partes
Diminui ou aumenta.
Alfexo diminui o ngulo da articulao (ver os exemplos da
Flexo do joelho, do cotovelo e do punho) (Fig. 1.86).
A extenso aumenta o ngulo conforme as partes do corpo se
flexionam para uma posio retificada. Isso vlido para as
articulaes do joelho, cotovelo e punho, como demonstrado.Hiperextenso
Estender uma articulao alm do seu estado natural.
Hiperextenso anormal: A hiperextenso do cotovelo ou do
joelho ocorre quando a articulao estendida alm de
seu estado retificado ou natural. Esse no um movimento
natural para essas duas articulaes e resulta em leso ou trauma.
Flexo normal e hiperextenso da coluna: A flexo o ato
de dobrar, e a extenso o retorno posio retificada ou
natural. Uma curvatura para trs alm de sua posio de
neutralidade a hiperextenso. Na prtica, entretanto, os
termos flexo e extenso so comumente empregados para
expressar uma flexo extrema e as incidncias de hiperextenso
da coluna (Fig. 1.87).
Hperextenso normal do punho: Um segundo exemplo para
o uso especial do termo hiperextenso no punho, para
avaliao do canal ou tnel carpal. Nessa posio, o
punho hiperestendido alm da posio neutra. Esse
movimento tambm denominado dorsiflexo (ou flexo
posterior) (Fig. 1.88, esquerda).
Flexo aguda do punho: Uma flexo aguda ou completa do
punho necessria para algumas incidncias tangenciais
para visualizar a ponte do carpo na face posterior do punho
(Fig. 1.88, direita).
Desvio ulnar versus desvio radial do punho
Desvio significa literalmente "para o lado" ou "sair do padro
ou curso". Desvio ulnar significa virar ou dobrar a mo e o
punho a partir de seu estado natural em direo ao lado ulnar,
e desvio radial significa voltar o punho para o lado radial.
Observao: Edies passadas deste livro, bem como outras
referncias sobre posicionamento, definiram esses movimentos
do punho como movimentos de flexo radial e ulnar porque eles
descrevem os movimentos de flexo especfica voltados tanto
para a ulna como para o rdio Entretanto, a comunidade
mdica, incluindo os ortopedistas, comumente usa os termos
desvio radial e ulnar para os movimentos dos punhos. Esta
edio tambm alterou essa terminologia para movimentos
de desvio ulnar e radial a fim de evitar confuses e assegurar
a coerncia com outras referncias mdicas.
26- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Dorsiflexo versus flexo plantar do p
Dorsiflexo do p: diminuir o ngulo (flexo) entre o dorso (topo do
p) e a parte inferior da perna, movendo o p e os dedos para cima
Flexo plantar do p: esticar a articulao do calcanhar, movendo o
p e os dedos para baixo a partir da posio normal; flexionar ou
diminuir o ngulo voltado para a superfcie plantar (posterior) do p
Observao: Veja a pgina anterior para comparar a dorsiflexo do
punho (Fig. 1.88) com a dorsiflexo do p (Fig. 1.90)
Everso versus inverso
Everso um movimento de estresse para fora com O p atravs da
articulao do calcanhar.
Inverso um movimento de estresse para dentro aplicado ao p
sem a rotao da perna.
A superfcie plantar (sola) do p virada ou rodada para fora do plano
mediano (a sola aparece em uma direo mais lateral) para a ver
so e voltado para o plano mediano na inverso (Figs. 1.91 e 1.92).
A perna no roda, e um estresse aplicado aos aspectos media I e
lateral da articulao do calcanhar para a avaliao de uma
possvel maior abertura do espao articular (encaixe do calcanhar).
Valgo versus varo
O valgo descreve a curvatura da parte para fora ou se
distanciando da linha mdia do corpo. Valgo usado
s vezes para descrever a everso de estresse
(esforo valgo) da articulao do calcanhar.
O varo significa "joelho travado" e descreve a curvatura
da parte interna ou voltada para a linha mdia. O termo
esforo varo s vezes utilizado para descrever a
inverso de estresse aplicada articulao do calcanhar.
Observao: Os termos valgo e varo so tambm usados
para descrever a perda de alinhamento dos fragmentos
sseos. (Ver fratura, termo 6, Cap. 19.)
Rotao medial (interna) versus rotao lateral (externa)
A rotao medial a rotao ou desvio de parte do corpo,
movendo o aspecto anterior da parte para dentro, ou
para o plano mediano.
A rotao lateral a rotao anterior voltada para fora,
ou para longe da linha mdia.
Observao: Lembre-se, no posicionamento radiogrfico
esses termos descrevem o movimento do aspecto
anterior da parte a ser rodada. Assim, nos movimentos
do antebrao (Fig. 1.93), o aspecto anterior do antebrao
move-se medialmente ou internamente na rotao medial
e lateralmente ou externamente na rotao medial e
lateralmente ou externamente na rotao lateral. Outro
exemplo so as oblquas medial e lateral do joelho,
em que a parte anterior do joelho rodada medialmente
e lateralmente tanto nas incidncias AP como em PA (Cap. 6).
27- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Abduo versus aduo
Abduo o movimento lateral do brao ou perna se distanciando
do corpo. Outra aplicao para esse termo a abduo dos
quirodctilos e dos pododctilos, o que significa afastIos entre si.
Aduo o movimento do brao ou perna em direo ao corpo,
a fim de aproxima-lo do centro ou da linha mdia.
A aduo dos quirodctilos e dos pododctilos significa mov-Ios
juntos ou aproxima-los entre si.
Observao: Um auxlio de memria associar o d de em direo
com o d de aduo.
Supinao versus pronao
Supinao o movimento de rotao da mo para a posio anatmica
(a palma para cima em decbito dorsal ou para a frente na posio ortosttica).
Esse movimento gira o rdio e o antebrao lateralmente ao longo de
seu eixo.
Pronao a rotao da mo em uma posio oposta anatmica
(palma voltada para baixo ou para trs).
Observao: Para ajudar a lembrar esses termos, relacione-os
aos decbito dorsal e ventral. Decbito dorsol e supinoo
significam que a face e a palma da mo esto voltadas para
cima, e decbito ventral ou pronoo significam que a face
e a palma esto voltadas para baixo.
Protrao versus retrao
A protrao o movimento de avano em relao posio
normal. A retrao o movimento retrgrado ou a
condio de levar para trs. Exemplo: A protrao o
movimento de avano da mandbula (levar o queixo
para a frente) ou de avanar com os ombros. A retrao
o oposto disso, mover a mandbula para trs ou retrair
os ombros, como nas posturas militares.
28- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Elevao versus depresso
Elevao levantar, elevar ou mover uma parte superiormente.
Depresso rebaixar, descer ou mover uma parte inferiormente.
Exemplo: Os ombros so elevados quando a pessoa os encolhe,
em sinal de indiferena. Deprimir os ombros implica abaixa-las.
Circunduo
Circunduo significa mover ao redor em forma de crculo.
Esse termo descreve movimentos seqenciais de flexo,
abduo, extenso e aduo, resultando em um movimento
semelhante ao de um cone em qualquer articulao que permita
esses quatro movimentos (por exemplo, dedos, punho, brao, perna).
Inclinao versus rotao
Inclinao um movimento inclinado em relao ao eixo longitudinal.
Na Fig. 1.99, por exemplo, a parte do corpo est posicionada
obliquamente ou inclinada 15 e rodada 1 5 de forma que o
RC no fique alinhado ou paralelo ao eixo longitudinal e o eixo
longitudinal da cabea no fique alinhado com o eixo longitudinal
do corpo.
Observao: A inclinao de 15 e a rotao de 15 da cabea
so necessrias para a incidncia tangencial da arcozigamtico,
a fim de distingui-lo de outras estruturas do crnio.
Rotao virar ou rodar parte do corpo ao redor de seu eixo.
A parte do corpo est rodada 3r de uma incidncia PA no exemplo
da Fig. 1.100.
Observao: Note que nenhuma inclinao ocorre no eixo
longitudinal da cabea, estando ainda alinhada ou paralela
ao eixo longitudinal de todo o corpo.
29- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOSumrio de Termos que Podem Ser Usados Erroneamente
Os trs termos posio, incidncia e viso so s vezes confundidos e
usados na prtica de maneira incorreta. Esses termos
devem ser compreendidos e usados corretamente, como se segue:
Posio
Posio um termo usado para indicar a posio fsica geral do paciente,
como em decbito dorsal, decbito ventral, decbito
ou posio ortosttica. A posio tambm usada para descrever posies
especficas do corpo pelo segmento do corpo mais prximo ao filme, como
as laterais e oblquas.O termo posio deve ser "restrito ao exame da
posio fsica do paciente"Incidncia
Incidncia um termo correto de posicionamento para descrever ou referir a via ou direo do raio central (RC), projetando uma imagem em um filme (IR). O termo incidncia deve ser "restrito ao exame da trajetria do raio central".*
Viso
Viso no um termo de posicionamento correto nos EUA. O termo viso deve ser "restrito ao exame da radiografia ou imagem".* Viso descreve a imagem radiogrfica como sendo a mais favorvel para o filme.Terminologia canadense: As seguintes informaes foram reproduzi das a partir do exame de certificao da CAMR Posio: "O posicionamento do corpo. Incidncia: 'As superfcies do corpo que o raio central transpassar assim que sair do tubo de raios X, passar pelo paciente e impressionar o filme (receptor de imagem). Viso: 'A superfcie do corpo prxima ao filme" (receptor de imagem). Observao: No Canad, o termo viso comumente usado de forma alternada com posio (por exemplo, viso lateral e, posio lateral significa, essencialmente a mesma coisa, um se referindo ao que visto e o outro descrevendo o posicionamento do paciente).
SUMRIO DAS INCIDNCIAS E POSIES
Incidncias Gerais (Caminho do RC)Posies Gerais do CorpoPosies Especificas do Corpo (A Parte Mais Prxima ao Filme)
Pstero - anterior (PA)AnatmicaD ou E lateral
Antero - posterior (AP)DecbitoOblquas
Mdio-lateraldorsal*-Posterior esquerda (OPE)
Ltero- medialDecbito*-Posterior direita (OPD)
AP ou PA oblquaventral*-Anterior esquerda (OAE)
AP ou PA axialEreta (vertical)*-Anterior direita (OAD)
TangencialDeitadoDecbito
TranstorcicaTrendelenburg*-Lateral esquerdo
Dorsoplantar (DP) De Sim*-Lateral direito
Plantodorsal (PD)De Fowler*-Ventral
Axial nfero-superiorLitotomia*-Dorsal
Axial spero-inferior *-Lordtica
Axiolateral
Submentovrtice (SMV)
Vrtice- submentoniana (VSM)
Parietoacantial
Acantoparietal
Craniocaudal
Orbitoparietal
Parieto-orbital
Linhas, Planos e Cortes do CorpoTermos de RelaoCortes ou planos longitudinais
Medial vs. lateralsagital
Proximal vs. distalCaronalCeflico vs. caudalOblquoIpsilateral vs. contralateralCortes ou planos transversais
Interno vs. externoHorizontal, axial ou corte transversalSuperficial vs. profundoOblquoLordtico vs. ciftico (escoliose)Plano de baseTermos de MovimentoPlano de ocluso
Flexo vs. extenso (flexoLinha infra-orbitomeatal (LlOM)
aguda vs. hiperextenso)Superfcies do CorpoDesvio ulnar vs. radialPosteriorDorsiflexo vs. flexo plantarAnteriorEverso vs. inversoPlantarValgo vs. varoDorsalRotao medial vs. lateralPalmarAbduo vs. aduoSupinao vs. PronaoProtrao vs. Retrao
Elevao vs. Depresso
Inclinao vs. RotaoCircunduo
SUMARIO DOS TERMOS RELACIONADOS AO POSICIONAMENTO
30- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOC . PRINCIPIO BSICO DA FORMAAO DA IMAGEMCritrios Radiogrficos
o objetivo de todo tcnico/radiologista deve ser no apenas tirar uma radiografia "passvel", mas sim uma imagem tima que possa ser usada como um padro definvel, como descrito nos critrios radiogrficos.
Um exemplo dos cinco critrios radiogrficos utilizados neste texto para uma incidncia lateral do antebrao mostrado direita. A fotografia de posicionamento e a tima radiografia resultante sero mostradas para essa incidncia lateral (perfil) do antebrao, como descrito no Capo 4.
FORMATO DOS CRITRIOS RADIOGRFICOS
O tcnico/radiologista deve rever e comparar a radiografia com um padro para determinar o quo prximo da imagem tima foi conseguido. Um mtodo sistemtico para aprender como avaliar radiografias dividir a anlise crtica em cinco partes.
1. Estruturas mostradas: Descrever precisamente que partes e estruturas anatmicas devem ser claramente visualizadas na radiografia.
2.Posio:Geralmente descreve duas coisas: (1) posiciona-mento da parte do corpo em relao ao filme e (2) fatores de posicionamento que so importantes para a incidncia.Por exemplo, os principais fatores para o posicionamento correto no caso de uma incidncia lateral do antebrao so: (1) ulna/rdio alinhados com o eixo longitudinal do filme, (2) cotovelo fletido 90 e (3) sem rotao a partir de uma posio lateral verdadeira. (Mostrar como a rotao pode ser determinada descrito em seguida.)
3. Colimao e RC: Descreve dois fatores: (1) onde as bordas da colimao devem estar em relao quela parte do corpo e (2) a localizao do raio central (RC).
A localizao correta do RC especialmente importante sempre que for usado um controle automtico de exposio (CAE). Isso tambm importante para os membros superiores e inferiores quando as articulaes so as principais reas de interesse; o RC precisa estar precisamente centrado na articulao para evitar distores na Imagem.
O pequeno cone rn includo na descrio de posicionamento em cada fase quando o RC de importncia primria. No o caso dessa incidncia lateral de antebrao, de modo que o RC descrito como "a poro mdia do antebrao" em vez de uma localizao anatmica precisa.
A avaliao de uma radiografia quanto localizao correta do RC fcil se imaginarmos um X grande que se estenda dos quatro cantos do campo do colmador, cujo centro a localizao precisa do RC
4. Critrios de exposio: Descreve como os fatores de exposio ou tcnicas (kVp, mA e tempo) podem ser estimados para uma exposio tima daquela parte do corpo. A ausncia de movimento a prioridade mxima, e uma descrio de como a presena ou a ausncia de movimento pode ser determinada lista da. (O movimento includo como um critrio de exposio porque o tempo de exposio o fator de controle primrio do movimento.)
5. Marcadores de imagem: Uma quinta rea crtica de anlise envolve os marcadores de imagem. Os marcadores de identificao do paciente, os marcadores dos lados D e E e/ou da posio do paciente, bem como os marcadores de tempo, devem estar corretamente posicionados para que no fiquem superpostos anatomia essencial.
Observao: Essa parte dos critrios radiogrficos sobre os marcadores de imagens no est listada em cada posicionamento de pgina ao longo do texto porque essencialmente a mesma para todas as incidncias. Entretanto, ela deve ser sempre includa na prtica clnica quando as imagens radiogrficas forem avaliadas e criticadas.
CRITRIOS PARA EXPOSiO DA LATERAL DO ANTEBRAO
Critrios Radiogrficos
Estruturas Mostradas: . Incidncia lateral de todo o rdio e ulna;
primeira fileira dos ossos carpais, cotovelo e poro distal do mero; e considervel tecido mole como panculo adiposo e ligamentos das articulaes do punho e do cotovelo
Posio: . Eixo longitudinal do antebrao alinhado com o eixo longitudinal do filme. Cotovelo fletido em 90 . Nenhuma rotao da lateral verdadeira, evidenciada por: . A cabea da ulna deve estar sobreposta cabea do rdio. . Os epicndilos do mero devem estar superpostos. . A cabea do rdio deve estar superposta ao processo coronide com a tuberosidade radial
como visto no perfil..
Colimao e RC: . As bordas da colimao visveis nas margens da pele ao longo da extenso do antebrao com apenas uma mnima colimao em ambas as extremidades para garantir que a anatomia essencial esteja includa. O RC e o centro do campo de colimao devem ser posicionados no centro do rdio e da ulna.
Critrios de Exposio: . Uma tima densidade e um timo contraste sem movimentao permitiro visualizar com preciso as margens corticais e com clareza as marcaes do osso trabecular, tecido adiposo e os ligamentos das articulaes do punho e do cotovelo.
Marcadores de Imagem: . Marcadores de identificao do paciente, marcador de D e E e/ou a posio do paciente, bem como o dia e o horrio devem ser expostos de forma que no fiquem superpostos na anatomia essencial
31- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOMarcadores de Imagem e Identificao do Paciente
No mnimo dois tipos de marcadores devem ser impressos
em todas as radiografias. So eles (1) a identificao do
paciente e a data e (2) os marcadores do lado anatmico.
IDENTIFICAO DO PACIENTE E DATA
(SISTEMAS CONVENCIONAIS DE FilME/CHASSI)
Geralmente essa informao do paciente, que inclui
informaes como nome, data, nmero do caso e instituio,
feita atravs de um carto identificador e ento lampejada
no filme em um espao reservado para o bloco de chumbo
no porta-filme. Cada chassi ou porta-filme deve ter um
marcador em seu exterior indicando a rea onde a identificao
do paciente, incluindo a data, ser fotografada (Fig. 1.104).
preciso cuidado para que essa rea no cubra a anatomia
essencial a ser evidenciada.
Ao longo deste texto, a localizao preferida desse marcador
de identificao do paciente mostrada em relao parte
do corpo. Uma regra geral para radiografias de trax e abdome
colocar os dados de identificao do paciente na margem
superior do filme quando for de trax e na margem inferior
quando for de abdome (veja setas pequenas na Fig. 1.105).
Esse marcador deve ser sempre colocado onde for menos
provvel a cobertura de uma estrutura anatmica essencial.MARCADOR DO LADO ANATMICO
Um marcador radiopaco direita (D) ou esquerda (E) tem de
aparecer sempre em todas as radiografias, indicando
apropriadamente o lado direito e o lado esquerdo do paciente ou
qual membro est sendo radiografado, se o direito ou o esquerdo.
Isso pode ser feito tanto escrevendo literalmente "Direito" ou
"Esquerdo" ou apenas pelas iniciais "D" ou "E". Esse marcador de
lado deve preferencialmente ser posicionado diretamente no filme,
dentro da poro colimada do lado que est sendo identificado, de
forma que o marcador no fique superposto sobre uma anatomia
essencial.Lembre-se de que esses so marcadores radiopacos e,
portanto, tm de ser colocados dentro do campo de colimao, de
forma que sero expostos ao feixe de raios X e includos na imagem.
Os dois marcadores, a identificao do paciente e o marcador do
lado anatmico, devem estar corretamente posicionados em
TODAS as radiografias. Geralmente, no uma prtica aceitvel
escrever tais informaes na imagem aps o seu processamento
por causa de problemas legais e de responsabilidade de possveis
erros de marcaes. Uma radiografia feita sem esses dois
marcadores teria de ser repetida, o que obviamente resulta em
exposio desnecessria do paciente radiao, sendo isso
portanto um srio erro.
OUTROS MARCADORES OU IDENTIFICAO
Alguns outros marcadores ou identificadores podem ser
tambm usados, como as iniciais do tcnico/radiologista,
que so geralmente posicionadas no marcador direita ou
esquerda para identificar o profissional responsvel pelo
exame. s vezes, o nmero da sala de exame pode tambm
ser includo.
Indicadores de tempo so tambm comumente usados para
anotar os minutos transcorridos em uma srie, como 1 min,
5 min, 1 5 min e 20 min, como ocorre na urografia excretora.
Outro importante marcador em todas as posies de decbito
um marcador de decbito ou algum tipo de indicador como
uma seta que identifique o lado de cima. Um marcador "vertical"
ou "ereto" tambm tem de ser usado para identificar as posies
eretas de trax e de abdome comparadas com a posio deitada,
alm de ter uma seta indicando qual o lado voltado para cima.
Os marcadores de inspirao (lNSP) e expirao (EXP) so
usados para comparaes especiais em incidncias em PA do
trax. Marcadores indicando interno (lNT) e externo (EXT) podem
ser usados para incidncias de rotao, tais como para a poro
proximal do mero e do ombro. Amostras de marcadores podem
ser vistas na Fig. 1.106.
32- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO
Tcnica Radiogrfica e Qualidade da Imagem
Um estudo de tcnicas radiogrficas e de qualidade da imagem
inclui todos os fatores ou variveis relacionadas preciso
ou a curcia com que as estruturas e tecidos a serem radiografados
so reproduzidos em filmes radiogrficos ou outros receptores de
imagem. Alguns desses fatores ou variveis relacionam-se mais
diretamente ao posicionamento radiogrfico, e uma discusso
dos aspectos aplicados a esses fatores ser apresentada a seguir.
FATORES DE EXPOSiO (TCNICA)
O tcnico/radiologista ajusta trs variveis ou fatores de exposio
no painel de controle do aparelho de raios X sempre que uma
radiografia feita (Fig. 1.107). Essas trs variveis ou fatores
de exposio, por vezes referidos como fatores de exposio ou de
tcnica, so os seguintes:
1. Pico de quilovoltagem (kVp)
2. Miliamperagem (mA)
3. Tempo de exposio (s)
A miliamperagem (mA) e o tempo (s) (tempo de exposio em segundos)
so geralmente combinados em miliamperes por segundo (mAs), o que
determina a quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X a
cada tempo de exposio.Cada um desses fatores de exposio possui
um efeito especfico de controle sobre a qualidade da imagem
radiogrfica. Alm de ser capaz de posicionar corretamente o paciente,
o tcnico/radiologista precisa conhecer certos fatores que influenciam a
qualidade de imagem e sua relao com esses fatores ou variveis de
exposio.Exceo: Quando ativados, os sistemas de controle automtico
de exposio (CAE) promovem o fim automtico do tempo de exposio
quando exposio suficiente foi recebida pela clula da cmara de ionizao.FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM
Certos fatores que avaliam a qualidade de uma imagem radiogrfica so
chamados de fatores de qualidade da imagem.
Os quatro fatores primrios de qualidade da imagem so os seguintes:
1. Densidade
2. Contraste
3. Detalhe
4. Distoro
Esses quatro fatores podem ser regulados conforme descrito a seguir:
Densidade
DEFINIAO
A densidade radiogrfica pode ser descrita como o grau de enegrecimento
da imagem processada. Quanto maior a densidade, menos luz atravessar a
imagem.
FATORES DE CONTROLE
O fator primrio de controle de densidade o mAs, que controla a densidade
diretamente pela quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X durante
uma exposio. Assim, um valor duas vezes maior de mAs dobra a quantidade
de raios X emitidos e dobra a densidade.
Alm do mAs como fator de controle, distncia do tubo de raios X ao filme,
distncia foco-filme (DFoFi), possui tambm efeito na densidade radiogrfica
de acordo com a lei do quadrado inverso. Por exemplo, uma distncia duas vezes
maior reduzir a intensidade da fonte de raios X a um quarto, o que reduz quatro
vezes a densidade radiogrfica. distncia, dessa forma, tem uma influncia
importante na densidade, mas, como usada uma distncia padro, o mAs torna-se
uma varivel usada tanto para aumentar como para reduzir a densidade
radiogrfica.
REGRA DA TROCA DE DENSIDADE
Uma regra geral prevalece quando se usam os ajustes tcnicos manuais com chassis convencionais de filme/cran. Geralmente, a alterao mnima em mAs exigida para se corrigir uma radiografia pouco exposta dobrar (se ficou muito "branca", necessrio repetir). Por exemplo-se uma mo que recebe 2,5 mAs ficou pouco exposta e precisar ser repetida (Fig. 1.108), o mAs deve ser aumentado em pelo menos 5 mAs, e o kVp e outros fatores no devem ser alterados (Fig. 1.109).
Entretanto, como foi descrito em uma das ltimas sees deste captulo, com a radiografia digital (RG) ou radiografia computadorizada (RC) que usa chassi de placa de imagem em vez de filme/cran, a manipulao da densidade e do contraste da imagem possvel aps a sua obteno sem a necessidade de tornar a expor o paciente radiao.Resumo: A densidade adequada, controlada basicamente com o mAs, deve estar presente na imagem processada, para demonstrar de forma precisa os tecidos e rgos a serem radiografados. Estando com pouca densidade (pouco exposta) ou com muita densidade (muito exposta), a imagem obtida no mostrar de maneira adequada os tecidos ou as estruturas.
33- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOContraste
DEFINiO
o contraste radiolgico definido como a diferena de densidade
nas reas adjacentes da imagem radiogrfica. Quanto maior essa
diferena, maior ser o contraste. Quanto menor a diferena entre
a densidade nas reas adjacentes, menor ser o contraste. Isso
demonstrado pela escala graduada e pela radiografia de trax na
Fig. 1.1 10, que mostra diferenas maiores nas densidades entre as
reas adjacentes, portanto, alto contraste. A Fig. mostra baixo
contraste com menos diferena de densidade nas reas adjacentes da
escala graduada e a radiografia associada.