1° capítulo bontrager

123
CONTEÚDO Princípios, Terminologia e Proteção contra Radiação Tórax, 63 Abdome, 97 Membro Superior, 117 Porção Proximal do Úmero e Cintura 6- Escapular, 167 7- Membro Inferior, 195 8- Porção Proximal do Fêmur e Cintura Pélvica, 247 9- Coluna Cervical e Torácica, 273 10- Coluna Lombar, Sacro e Cóccix, 307 11- Arcabouço Torácico, Esterno e Costelas, 335 12- Crânio e Ossos do Crânio, 353 IE Ossos da Face, 379 13- Seios Paranasais, Mastóides e Osso Temporal, 415 14- Sistema Gastrointestinal Alto, 441 15- Sistema Gastrointestinal Baixo, 479 16- Vesícula Biliar e Duetos Biliares, 519 17- O Sistema Urinário, 539 18- Mamografia, 575 19- Traumatismo e Radiografia Portátil, 593 20- Radiologia Pediátrica, 629 21- Angiografia e Procedimentos Intervencionistas, 665 22- Tomografia Computadorizada, 699 23- Procedimentos Diagnósticos Adicionais, 725 24- Outras Modalidades Diagnósticas e Terapêuticas, 755 Bibliografia, 784 Apêndice (A) Resultados de Pesquisas por Incidência e Região, 785 Apêndice (B) Chave de Respostas: Radiografias para Crítica, 799 Índice Alfabeto

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Primeiro capítulo do Livro Bontrager

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CONTEDO

Princpios, Terminologia e Proteo contra RadiaoTrax, 63

Abdome, 97Membro Superior, 117

Poro Proximal do mero e Cintura

6- Escapular, 167

7- Membro Inferior, 195

8- Poro Proximal do Fmur e Cintura Plvica, 247

9- Coluna Cervical e Torcica, 273

10- Coluna Lombar, Sacro e Cccix, 307

11- Arcabouo Torcico, Esterno e Costelas, 335

12- Crnio e Ossos do Crnio, 353 IE Ossos da Face, 379

13- Seios Paranasais, Mastides e Osso Temporal, 415

14- Sistema Gastrointestinal Alto, 441

15- Sistema Gastrointestinal Baixo, 479

16- Vescula Biliar e Duetos Biliares, 519

17- O Sistema Urinrio, 539

18- Mamografia, 575

19- Traumatismo e Radiografia Porttil, 593

20- Radiologia Peditrica, 629

21- Angiografia e Procedimentos Intervencionistas, 665

22- Tomografia Computadorizada, 699

23- Procedimentos Diagnsticos Adicionais, 725

24- Outras Modalidades Diagnsticas e Teraputicas, 755

Bibliografia, 784

Apndice (A) Resultados de Pesquisas por Incidncia e Regio, 785

Apndice (B) Chave de Respostas: Radiografias para Crtica, 799

ndice Alfabeto

1- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO1- NOME DA INCIDNCIA descreve a posio/incidncia a ser radiografada, inclusive o nome correto da incidncia (se necessrio).

2- PATOLOGIAS DEMONSTRADAS fornecem um resumo das condies ou patologias que podem ser evidenciadas pelo exame e/ou pela incidncia. Esse resumo ajuda o tcnico a compreender o propsito do exame e quais as estruturas ou tecidos que devem ser evidenciados mais claramente.

3- BOXE DE RESUMO DA INCIDNCIA mostra todas as incidncias bsicas ou especiais mais comumente concebidas para determinada parte do corpo. O realce em vermelho a incidncia descrita na pgina.

4- FATORES TCNICOS descrevem os fatores tcnicos relacionados incidncia em questo. Os fatores tcnicos incluem o tamanho do filme recomendado para o adulto de porte mdio; se o filme deve

ser colocado no sentido transversal ou longitudinal em relao ao paciente; se for necessrio ou no usar uma grade; e o alcance em kVp para a referida incidncia.

5- TCNICAS E DOSE resumem uma tcnica inicial para a incidncia no caso de um adulto de porte mdio e a dose aproximada para o paciente e o tamanho do campo de exposio. Isso apresentado em milirads de dose cutnea, dose na linha mdia e dose especfica em rgo radiossensvel. Ver no Capo 1, pg. 54-61, uma discusso mais completa das doses dos pacientes.

6-ICONE DO RECEPTOR DE IMAGEM mostra a imagem visual do tamanho relativo do filme (cm) e a orientao (transversal ou longitudinal), localizao do bloqueador da identidade do paciente, tamanho relativo do campo de colimao; a localizao dos marcadores D e E e a localizao recomendada do controle automtico de exposio, se este for usado.

7- USO DE PROTETORES descreve quais protetores devem ser empregados para determinada incidncia. Ver Capo 1, pg. 59, para obter mais informaes sobre protetores especficos para cada rea.

8- POSiO DO PACIENTE indica a posio geral do corpo para a incidncia.

9- POSiO DA PARTE fornece uma descrio detalhada e clara de como o corpo do paciente deve ser posicionado em relao ao filme e/ou a mesa. O cone do RC, E8, includo para todas as incidncias nas quais o RC essencial como um lembrete para o tcnico prestar ateno ao RC durante o processo de posicionamento para essa incidncia.

10- RAIO CENTRAL descreve a localizao precisa do RC em relao ao filme e parte do corpo do paciente. distncia focofilme (DFoFi) mnima mencionada. Ver no Capo 1, pg. 35, as vantagens de aumentar a DFoFi de 40 polegadas (100 cm) para 44 ou 48 polegadas (110 a 120 cm) para os procedimentos gerais em mesa.

11- COLlMAO descreve a colimao do campo de raios X recomendada para a incidncia em questo.

12-RESPIRAO descreve as necessidades em termos de respirao para a incidncia em questo.

13- critrios radiogrficos descrevem o processo de avaliao/crtica em quatro etapas que deve ser completado para cada imagem radiogrfica. Esse processo dividido em quatro categorias de informao: (1) estruturas que devem ser evidenciadas; (2) evidncias de posicionamento correto; (3) colimao e localizao do RC corretas; e (4) fatores aceitveis de exposio.

14-FOTOGRAFIA DA POSiO mostra a posio correta do corpo e da parte em relao ao RC e ao filme.

15- IMAGEM RADIOGRFICA mostra uma radiografia corretamente posicionada e exposta da incidncia em questo.

16- DESENHO ANATMICO indica e interpreta as partes anatmicas especficas visveis na imagem radiogrfica mostrada na pgina.

2- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOA ANATOMIA GERAL, SISTMICA E ESQUELETICA E ARTROLOGIA

A. Anatomia Geral

Anatomia a cincia da estrutura do corpo humano, enquanto a fisiologia

estuda as funes do organismo ou como suas partes funcionam.No indivduo

vivo, impossvel estudar anatomia sem estudar tambm alguma fisiologia.

O estudo radiogrfico do ser humano, entretanto, basicamente um estudo

da anatomia de vrios sistemas, com menor nfase na fisiologia.

Conseqentemente, neste livro, sero enfatizadas as anatomias dos sistemas

e a posio dos rgos nas radiografias

ORGANIZAO ESTRUTURAL

O corpo humano tem diversos nveis de organizao estrutural. O nvel mais

elementar de organizao o nvel qumico. Todas as substncias qumicas

necessrias para a manuteno da vida so compostas de tomos, ligados

de vrias maneiras para formar as molculas. Vrias substncias qumicas na

formas de molculas se organizam para formar as clulas.

Clulas

A clula a unidade bsica estrutural e funcional de todo ser humano.

Cada parte do corpo, seja msculo, osso, cartilagem, gordura, nervo,

pele ou sangue, composto de clulas.

Tecidos

Os tecidos so grupos de clulas semelhantes entre si, que, juntamente

com a matriz extracelular, possuem uma funo especfica. Os quatro tipos

bsicos de tecidos so:

1-Epitea /:Tecido que cobre as superfcies internas e externas do

corpo, incluindo a superfcie interna dos vasos e rgos, como o

estmago e os intestinos

2. Conjuntivo: Tecidos que unem e sustentam as vrias estruturas

3. Muscular:Tecidos que compem a substncia dos msculos

4. Nervoso: Tecidos que compem a substncia dos nervos e centros

nervosos.

rgos

Quando vrios tecidos se unem para realizar uma funo especfica,

o resultado um rgo. Os rgos geralmente possuem formatos

especficos. Exemplos de rgos do

corpo humano so rins, corao, fgado, pulmes, estmago e crebro.

Sistemas

Um sistema consiste em um grupo ou uma associao de rgos que

possuem uma funo similar ou comum. O trato urinrio, composto pelos

rins, ureteres, bexiga e uretra, um

exemplo de um sistema do corpo humano. H 10 sistemas orgnicos

individuais que compem todo o corpo.

Organismo

Os 10 sistemas do corpo funcionando juntos constituem o organismo total

- um ser vivo.

3PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOAnatomia Sistmica

SISTEMAS DO CORPO

o corpo humano uma unidade estrutural e funcional composta de

10 unidades menores denominadas sistemas. Esses 10 sistemas

so (1) esqueltico, (2) circulatrio, (3) digestivo, (4) respiratrio,

(5) urinrio, (6) reprodutor, (7) nervoso, (8) muscular, (9) endcrino

e (10) teguentar

Sistema Esqueltico

O sistema esqueltico um importante sistema a ser estudado pelo

tcnico/radiologista. composto por 206 ossos distintos e

suas cartilagens e articulaes associadas. O estudo dos ossos

denominado osteologia, enquanto o estudo das articulaes

a artrologia.

As quatro funes do sistema esqueltico so:

1. Sustentar e proteger o corpo

2. Permitir os movimentos por interao com os msculos para

formar alavancas

3. Produzir clulas sangneas

4. Armazenar clcioSistema Circulatrio

O sistema circulatrio composto dos rgos cardiovasculares - corao, sangue

e vasos sangneos - e do sistema linftico linfonodos, vasos linfticos e

glndulas linfticas.

As seis funes do sistema circulatrio so:

Distribuir oxignio e nutrientes para todas as clulas do organismo

2. Retirar escrias e dixido de carbono das clulas

3. Transportar gua, eletrlitos, hormnios e enzimas

4. Proteger contra doenas

5. Evitar sangramentos pela formao de cogulos sangneos

6. Auxiliar a regular a temperatura corporal

Sistema Digestivo

O sistema digestivo inclui o canal alimentar e alguns rgos

acessrios. O canal alimentar composto por boca,

faringe, esfago, estmago, intestinos delgado e grosso e

nus. Os rgos acessrios da digesto

incluem as glndulas salivares, fgado, vescula biliar e pncreas.

A dupla funo do sistema digestivo :

1. Preparar o alimento para ser absorvido pelas clulas, atravs

de numerosos processos fsicos e qumicos de degradao

4-Eliminar escrias slidas do organismo

4-PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Sistema Respiratrio

O sistema respiratrio composto de dois pulmes e uma srie de

passagens que ligam os pulmes atmosfera externa ao corpo.

As estruturas que compem essas passagens do exterior aos alvolos

no interior dos pulmes nariz, boca, faringe, laringe, traquia

e rvore brnquica.

As trs funes do sistema respiratrio so:

Fornecer oxignio ao sangue e, em ltima anlise, s clulas 2.

Eliminar o dixido de carbono do sangue

3. Auxiliar na regulao do balano cido-bsico sangneo

Sistema Urinrio

O sistema urinrio inclui os rgos que produzem, coletam e eliminam a

urina.

Os rgos envolvidos no sistema urinrio so rins, ureteres, bexiga e uretra.

As quatro funes do sistema urinrio so:

1. Regular a composio qumica do sangue

2. Eliminar escrias do organismo

3. Regular o balano e o volume hidro eletroltico

4. Manter o equilbrio cido-bsico do organismo

Sistema Reprodutor

O sistema reprodutor, ou genital, inclui os rgos que produzem,

transportam e armazenam clulas germinativas. Os testculos

nos homens e os ovrios nas mulheres produzem clulas

germinativas maduras.

Os rgos de transporte e armazenamento no homem incluem

o ducto deferente, a prstata e o pnis. Os rgos da reproduo

das mulheres so o tero, as trompas uterinas e a vagina.

A funo do sistema reprodutor a reproduo do organismo.

5 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

5Sistema Nervoso

O sistema nervoso composto pelo crebro, medula espinhal, nervos,

gnglios e rgos sensoriais especiais como os olhos e os ouvidos.

A funo do sistema nervoso regular as atividades corporais com

impulsos eltricos que correm pelos vrios nervos.

Sistema Muscular

O sistema muscular inclui todos os tecidos musculares do organismo e

subdivido em trs tipos: (1) esqueltico, (2) visceral e (3) cardaco.

A maior parte da massa muscular do organismo composta de musculatura

esqueltica, que estriada e est sob controle voluntrio. Os msculos voluntrios

atuam em conjunto com o esqueleto para permitir que haja movimento. Cerca

de 43% do peso corporal humano so compostos de msculo voluntrio, ou estriado

esqueltico.

A musculatura visceral, que lisa e involuntria, encontrada nas

paredes dos rgos internos ocos, como os vasos sangneos, o estmago

e os intestinos. Esses msculos so chamados de involuntrios, porque sua

contrao no depende do controle voluntrio ou consciente.

O msculo cardaco encontrado apenas nas paredes do corao e involuntrio,

apesar de estriado.

As trs funes do tecido muscular so:

Permitir o movimento, tal como a locomoo do organismo ou o movimento de

substncias atravs do canal alimentar 2. Manter a postura 3. Produzir calor

Sistema Endcrino

O sistema endcrino inclui todas as glndulas desprovidas de ductos do organismo.

Essas glndulas incluem os testculos, os ovrios, o pncreas, as adrenais, o timo,

as paratireides, a tireide, a pineal e a hipfise. A placenta atua como uma glndula

endcrina temporria.

Os hormnios, que so secretados pelas glndulas endcrinas, so

liberados diretamente na corrente sangnea.

A funo do sistema endcrino regular as atividades corporais atravs de

vrios hormnios carreados pelo sistema cardiovascular.

6 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOAnatomia Esqueltica

Como grande parte da radiografia para diagnstico envolve o exame de

ossos e articulaes, a osteologia (estudo dos ossos) e a artrologia (estudo).

(das articulaes) so assuntos importantes para o tcnico/radiologista.

Sistema Tegumentar

O dcimo e ltimo sistema corporal o tegumentar, composto de pele e

todas as estruturas derivadas dela. Essas estruturas derivadas incluem plos,

unhas, glndulas sudorparas e glndulas sebceas.

A pele um rgo essencial vida. De fato, a pele o maior rgo do corpo

humano, cobrindo uma superfcie de aproximadamente 7.620 cm2 no adulto

mdio.

As quatro funes do sistema tegumentar so:

1. Regular a temperatura corporal

2. Proteger o corpo

3. Eliminar escrias atravs da transpirao

4. Receber certos estmulos como temperatura, presso e dorOSTEOLOGIA

O esqueleto do adulto formado por 206 ossos distintos, que compem

a estrutura de todo o organismo. Determinadas cartilagens, como as

encontradas nas extremidades

dos ossos longos, tambm so includas como parte do esqueleto. Esses ossos

e cartilagens so unidos por ligamentos e oferecem superfcies de fixao aos

msculos. Como os msculos e ossos precisam combinar-se para permitir o

movimento corporal, esses dois sistemas so s vezes designados coletivamente

como sistema locomotor.O esqueleto adulto humano dividido em esqueleto axial

e esqueleto apendicular.

Esqueleto Axial

O esqueleto axial inclui todos os ossos localizados no eixo central do corpo ou prximo a

este. O esqueleto axial do adulto consiste em 80 ossos e inclui crnio, coluna vertebral,

costelas e esterno (regies coloridas do esqueleto na Fig. 1.12).

CabeaCrnio8

CabeaOssos da face14

Osso Hiide1

Ossculo da audio (pequeno osso em cada ouvido)6

Coluna vertebralCervical7

Coluna vertebralTorcica12

Coluna vertebralLombar5

Coluna vertebralSacral1

Coluna vertebralCoccgea1

TraxEsterno1

TraxCostela24

Total de ossos no esqueleto do adulto80

7 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOEsqueleto Apendicular

A segunda diviso do esqueleto a poro apendicular. Essa diviso

composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores

(extremidades) e as cinturas escapular e plvica (regies coloridas do

esqueleto na Fig. 1.13). No esqueleto apendicular do adulto existem

126 ossos separados.

ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO

Cintura escapularClavculas2

Escpula2

Membros superioresmero2

Ulna2

Rdio2

Ossos carpais16

Ossos metacarpais10

Falanges28

Cintura plvicaOssos do quadril2

Membros inferioresFmur2

Tbia2

Tbia2

Tbia2

Ossos tarsais14

Ossos metatarsais10

Falanges28

Total de Osso no Esqueleto Apendicular126

Fig. 1.15 Ossos sesamides. Incidncia tangencial (base do primeiro pododctilo).

Total de ossos no adulto 206 ossos separados.

(Isso inclui os 2 ossos sesamides dos membros inferiores nos

joelhos, as patelas).

Ossos Sesamides

Os ossos sesamides so um tipo especial de osso

pequeno e de forma

ovalada encontrados nos tendes (muitos prximos s

articulaes) e que esto

presentes no desenvolvimento fetal, porm no so

considerados parte do esqueleto

axial ou apendicular, exceto pelas duas patelas, que

so os maiores ossos sesamides.

Os outros ossos sesamides mais comuns esto localizados na sola

do p, na base do

primeiro pododctilo (Figs. 1.14 e 1.1 5).

Nos membros superiores, eles so mais comumente encontrados nos

tendes

prximos superfcie palmar da mo e na base dos quirodctilos. Outros podem

ser encontrados em qualquer articulao dos membros superiores ou inferiores.

Qualquer osso sesamide pode sofrer fratura por trauma, sendo necessrio

o estudo radiogrfico.

CLASSIFICAO DOS OSSOS

Cada um dos 206 ossos do corpo pode ser classificado de acordo

com a sua forma:

Fig. 1.14 Ossos

sesamide na base posterior do primeiro pododctilo.

*-Ossos longos

*-Ossos curtos

*-Ossos planos

*-Ossos irregulares

Ossos Longos

Os ossos longos so formados por um corpo (difise) e duas extremidades.

Fig.1.16 Osso longo (mero).

Os ossos longos so encontrados apenas no esqueleto apendicular.

(A Fig. 1.16 mostra uma radiografia de mero, um osso longo tpico do brao.)

8 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO Cartilagem articular

(hialina)

Osso esponjoso

((contm a medula - ssea vermelha)).

Peristeo

Osso compacto Cavidade medular

Forame nutridor (contm a medula - . ssea amarela)

Artrias nutridoras

CorpoFig. 1.17 Osso longo.

Composio: A carapaa externa da maioria dos ossos composta de

tecido sseo duro ou denso conhecido como osso compacto, ou crtex,

que a camada externa. O osso compacto possui poucos espaos intercelulares

vazios e serve para proteger e sustentar todo o osso.

O corpo (difise) contm uma camada mais espessa de osso compacto que

tem como objetivo ajudar na resistncia ao estresse provocado pelo peso sobre ele.

No interior do osso compacto e especialmente nas duas extremidades de

cada osso longo encontramos o osso esponjoso ou trabecular. O osso trabecular

muito poroso e geralmente contm a medula ssea vermelha, responsvel pela

produo das hemcias.

A difise de um osso longo oca. Essa poro oca conhecida como

cavidade medular. No adulto, a cavidade medular geralmente abriga a medula

ssea amarela gordurosa. Uma membrana fibrosa densa, o peristeo, cobre o osso,

exceto na cartilagem das superfcies articulaes. As superfcies articulares so recobertas

por uma camada de cartilagem hialina.

Hialina, que quer dizer transparente ou clara, um tipo comum de cartilagem

ou tecido conjuntivo. Seu nome deve-se ao fato de no ser visvel pelas tcnicas

de colorao comuns, sendo portanto "clara" ou transparente nos estudos laboratoriais.

Essa cartilagem encontrada em muitos lugares, incluindo as extremidades dos ossos

longos, onde so chamadas de cartilagens articulares.

O peristeo essencial para o crescimento, o reparo e a nutrio do osso.

Os ossos so abundantemente supridos de vasos sangneos que neles penetram a partir do

peristeo. Prximo ao centro do corpo dos ossos longos, uma artria nutrcia passa

obliquamente atravs do osso compacto do forame nutrcio para a cavidade medular.

Ossos Curtos

Os ossos curtos so aproximadamente cubide e so encontrados apenas nos

punhos e nos calcanhares. Os ossos curtos so formados principalmente por

tecido esponjoso e cobertos superficialmente por uma fina lmina de osso

compacto. 05 oito ossos carpais de cada punho e 05 sete ossos tarsais de

cada p so todos ossos curtos.

Ossos Planos

Os ossos planos consistem em duas lminas de osso compacto com osso

esponjoso e medula ssea entre elas. Alguns exemplos de ossos planosso

os que compem a calvria (tampa do crnio), o esterno, as costelase a

escpula.O estreito espao entre as superfcies interna e externa dos

ossosplano do crnio conhecido como dploe. Os ossos planos

proporcionam proteo para o contedo interno e amplo superfcies para

a fixao de msculos.

Ossos Irregulares

Os ossos que possuem formas peculiares esto reunidos na categoria final

como ossos irregulares. As vrtebras, os ossos faciais, os ossos da base do

crnio e os ossos da pelve so exemplos de ossos irregulares.

Produo de Clulas Sangneas

Nos adultos, as hemcias so produzidas pela medula ssea vermelha de

certos ossos planos e irregulares, como o esterno, as costelas, as vrtebras

e a pelve.

9 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS

O processo pelo qual os ossos se formam no corpo conhecido

como ossificao. O esqueleto do embrio composto por membranas

fibrosas e por cartilagem hialina. A ossificao tem incio cerca da sexta

semana de gestao e se continua at a idade adulta.

Formao ssea

Dois tipos de formao ssea so conhecidos. Quando o osso substitui

membranas, a ossificao chamada de intramembranosa. Quando o osso

substitui uma cartilagem, a ossificao chamada de endocondral

(intracartilaginosa).

Ossificao Intramembranosa A ossificao intramembranosa ocorre

rapidamente nos ossos que so necessrios para a proteo, como nas

suturas dos ossos planos na calvria, que so os centros de crescimento

no desenvolvimento sseo precoce.Ossificao Endocondral A ossificao endocondral ocorre de forma

muito mais vagarosa do que a intramembranosa e ocorre na maior parte

do esqueleto, principalmente nos ossos longos.Centros Primrio e Secundrio de Ossificao Endocondral

O primeiro centro de ossificao chamado de centro primrio e ocorre

na regio central do corpo sseo. O centro primrio de ossificao nos ossos

em crescimento chamado de difise. Esta se torna o corpo quando o osso

est inteiramente desenvolvido.

Os centros secundrios de ossificao surgem prximo s extremidades dos

ossos longos. A maioria dos centros secundrios surge aps o nascimento,

enquanto a maioria dos centros primrios surge antes do nascimento. Cada

centro secundrio de ossificao chamado de epfise. As epfises distal do

fmur e proximal da tbiaso as primeiras a surgir e podem estar presentes

no nascimento do recm-nascido a termo. As placas cartilaginosas, chamadas

de placas epifisrias, so encontradas entre a difise e cada epfise at que

o crescimento do esqueleto esteja completo.O crescimento em comprimento

dos ossos resulta do crescimento longitudinal das placas cartilaginosas

epifisrias. A isso se segue uma ossificao progressiva atravs do

desenvolvimento endocondral at toda a cartilagem ser substituda por osso e

todo o crescimento do esqueleto estar completo. Esse processo de fuso

epifisria dos ossos longos ocorre progressivamente da puberdade at a total

maturidade, em torno dos 25 anos de idade. Entretanto, o tempo que cada osso

demora em completar seu crescimento varia de acordo com as diferentes regies do corpo. Alm disso, o esqueleto feminino normalmente torna-se maduro mais rapidamente que o esqueleto masculino. Extensos diagramas que

listam os padres normais de crescimento sseo esto disponveis.Demonstrao Radiogrfica do Crescimento sseo

A Fig. 1.22 mostra uma radiografia do joelho de uma criana de 6 anos de idade.

Os centros primrio e secundrio de calcificao endocondral esto bem demonstrados

e assinalados.Centros Primrios Os centros primrios de crescimento sseo mostram o osso

bem-desenvolvido e incluem a regio diafisria (corpo).

Centros Secundrios Os centros secundrios de crescimento sseo so as

epfises, observadas na poro distal do fmur e nas pores proximais da tbia

e fbula. Essas epfises esto separadas do osso principal por um espao,

ou articulao, denominado placa epifisria. Ela feita de cartilagem, no

visualizada pelas radiografias devido falta de clcio nessas reas durante

essa fase do crescimento. Por esse motivo, essas placas epifisrias desaparecem

completamente medida que so substitudas por clcio no fim do crescimento sseo.

10- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOArtrologia (Articulaes)

o estudo das articulaes chamado de artrologia. importante compreender

que nem todas as articulaes realizam movimento. Na verdade, os dois

primeiros tipos de articulaes a serem descritas so imveis ou so articulaes

de movimentos ligeiros unidas por vrias faixas fibrosas ou por cartilagem. Essas

articulaes esto mais adaptadas ao crescimento, em vez de movimento. O

segundo grupo de articulaes inclui a maioria das articulaes do organismo, que

so adaptadas para o movimento.CLASSIFICAO DAS ARTICULAES

Funcional

s vezes as articulaes so classificadas conforme sua funo, em vez da sua

capacidade de movimento. Os trs tipos funcionais mais comuns so:Sinartroses - Articulaes imveis

Anfiartroses - Movimentos limitados

Diartroses - Articulao de movimentao livre

Estrutural

s vezes, todas as articulaes do corpo so classificadas conforme as trs

Classes funcionais a seguir. Entretanto, o sistema primrio de classificao

das articulaes, conhecido como NOMINA ANA TOMICA e usado por este livro,

uma classificao estrutural baseada no tipo de tecido que separa as

extremidades do osso.As trs classificaes estruturais esto baseadas nos trs

tipos de tecido que separam os limites sseos das diferentes articulaes

Essas trs classificaes segundo o tipo de tecido, juntamente com as suas

subclasses, so demonstradas a seguir:Articulaes fibrosas

1. Sindesmoses

2. Sutura

3. Gonfose

Articulaes cartilaginosas 1. Snfise

2. Sincondrose

Articulaes sinoviais

Articulaes Fibrosas

As articulaes fibrosas selam uma cavidade articular. Os ossos adjacentes,

que esto em ntimo contato entre si, so mantidos unidos pelo tecido

conjuntivo fibroso. Os trs tipos de articulaes fibrosas so a sindesmose,

que so ligeiramente mveis; as suturas, que so imveis; e as gonfoses, que

so um tipo nico de articulao com movimentos muito limitados (Fig. 1.23).

1. Sindesmoses

A nica verdadeira sindesmose no corpo (como classificada pela NOMINA ANA).

(TOMICA) a articulao tibio fibular distal.* Os ligamentos fibrosos unem a tbia

distal com a fbula nessa articulao, que ligeiramente mvel ou anfiartrodal.2. Suturas

As suturas so encontradas entre os ossos do crnio. Esses ossos mantm contato

entre si por meio de limites encadeados ou serrilhados e so mantidos juntos pelos

feixes de tecido fibroso ou ligamentos. Portanto, essas articulaes possuem um

movimento extremamente limitado e, nos adultos, so consideradas imveis

ou articulaes sinartrodais

11- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOArticulaes Cartilaginosas

As articulaes cartilaginosas tambm vedam uma cavidade, e as articulaes dos

ossos so firmemente unidas por uma cartilagem. Assim como as articulaes

fibrosas, elas permitem movimentos discretos ou nenhum movimento. Alm disso,

essas articulaes so tambm sinartrodiais ou anfiartrodiais e so unidas por dois

tipos de cartilagem, as snfisese as sincondroses.1. Snfises

O aspecto essencial de uma articulao do tipo snfise a presena de um disco

largo e plano de fibrocartilagem entre duas superfcies sseas contguas. Esses

discos de fibrocartilagem formam almofadas relativamente grossas que so capazes

de serem comprimidas ou deslocadas, permitindo dessa forma a esses ossos alguns

movimentos, o que faz essas articulaes serem anfiartrodiais (movimentos discretos).Exemplos dessas snfises so os discos intervertebrais (entre os corpos vertebrais)

e a snfise pbica (entre os dois ossos pbicos da pelve).2. Sincondroses

Uma sincondrose tpica uma forma temporria de articulao em que a

cartilagem hialina de conexo (que nos ossos longos chamada de p/oco epfsro) convertida em osso na idade adulta. Esses tipos temporrios de articulao de

crescimento so considerados sinartrodiais ou imveis.

Exemplos dessas articulaes so as placas epifisrias entre as epfises e as

difises (corpos) dos ossos longos e na unio dos trs ossos da pelve, que formam

o acetbulo para a articulao do quadril.

Articulaes Sinoviais

A terceira classificao das articulaes as sinoviais,que so livremente mvel,

a maioria delas nos membros superiores e inferiores, caracterizadas por uma

cpsula fibrosa contendo em seu interior lquido sinovial. As terminaes

sseas que formam a articulao sinovial podem ter contato entre si mas so

completamente separadas e contm um espao articular e uma cavidade, permitindo

que essas articulaes tenham movimentos de grande amplitude. As articulaes

simoviais so geralmente diartrodiaisou livremente mveis. (Excees a isso so

as articulaes sacrilaca da pelve, que so anfiartrodiais ou de movimentos discretos.)

As terminaes expostas desses ossos contm uma fina camada protetora de cartilagem

articular hialina. A cavidade articular, que contm um lquido sinovial lubrificante e

viscoso, fechada e coberta por uma cpsula fibrosa, reforada pelos ligamentos

acessrios.Esses ligamentos limitam o movimento

em direes indesejadas. A superfcie interna da cpsula fibrosa a responsvel

pela secreo do lquido sinovial lubrificante.

Tipos de Movimento das Articulaes Sinoviais

As articulaes sinoviais ocorrem em um nmero considervel e varivel e so

agrupadas segundo os seis tipos de movimento que so permitidos. Elas

esto listadas em ordem dos movimentos menores para os mais mveis.

O nome prefervel aparece antes, seguido pelos termos antigos ou sinnimos em

parnteses. (Isso adotado em todo este livro.)

1. Articulaes planas (deslizantes)

Esse tipo de articulao sinovial permite o menor movimento, que, como o prprio

nome sugere, um movimento de deslizamento entre duas superfcies articulares.

Exemplos dessas articulaes so as intermetacarpais, carpometacarpais e

ntercarpais das mos e dos punhos.

12 - PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

2. Gnglimo

As superfcies articulares de um gnglimo so moldadas entre si a fim de

permitirem apenas movimentos de extenso e de flexo. A cpsula

articular fibrosa nesse tipo de articulao fina nas superfcies onde a

dobradura ocorre, mas fortes ligamentos colaterais fazem uma forte conteno

ssea nas margens laterais da cpsula fibrosa.

Exemplos dessas articulaes so as interfalangianas (lF), tanto

nos quirodctilos como nos pododctilos, na articulao do joelho e

na articulao do tornozelo.

3. Articulao trocide (piv)

A articulao trocide formada por um processo sseo semelhante a

um eixo que cercado por um anel de ligamentos e/ou estruturas sseas.

Isso permite movimentos de rotao em torno de um nico eixo.

Exemplos dessas articulaes so as radioulnares proximal e distal do

antebrao, que exibem seu movimento axial no movimento de rotao da mo e do punho.

Outro exemplo a articulao entre a primeira e a segunda vrtebras

cervicais. O dente do eixo (C2) forma um piv e o arco anterior do atlas

(C1), combinado com os ligamentos posteriores, forma um anel.

4. Articulaes elipsides (condilares)

Na articulao elipside ou condilar, o movimento ocorre basicamente

em um plano, combinado com um leve grau de rotao em um eixo nos

ngulos retos ao plano de movimento primrio. O movimento rotacional

de alguma forma limitado por ligamentos e tendes associados.

Esse tipo de articulao permite, portanto, basicamente quatro movimentos:

flexo e extenso e abduo e aduo. O movimento de circunduo

tambm ocorre e resulta da associao seqencial dos movimentos de flexo,

abduo, extenso e aduo.

Exemplos de articulaes elipsides so as segunda e quinta

articulaes metacarpo falangianas (MCF), a articulao do punho e as articulaes

metatarso falangianas (MTF).

5. Articulaes selaresO termo se/ar descreve bem essa estrutura articular nas terminaes

dos ossos com forma cncavo-convexa ou em oposio a uma outra

(Fig. 1.30). (Duas estruturas semelhantes a uma sela encaixam-se uma na outra.)

Os movimentos dessa articulao selar, tipo biaxial, so os mesmos

das articulaes elipsides, que so flexo, extenso, aduo, abduo

e circunduo.

O melhor exemplo de uma verdadeira articulao selar a primeira

articulao carpometacarpiana (CMe) do polegar.

13- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

6. Articulaes esferides

As articulaes esferides permitem grande liberdade de movimentos.

O osso distal que compe a articulao capaz de mover-se ao redor

de um nmero infinito de eixos que possuam um centro em comum.

Quanto mais profunda a articulao, mais limitado ser o

movimento. Uma articulao mais profunda, no entanto,

mais forte e mais estvel. Por exemplo, a articulao do quadril

(coxofemoral) muito mais forte e estvel do que a articulao

do ombro, mas a capacidade de movimentos bem mais limitada

no quadril.Os movimentos das articulaes esferides so flexo,

extenso,abduo, aduo, circunduo e rotao medial e lateral.

Os dois exemplos de articulaes esferides so as articulaes do

quadril (coxofemoral) e dos ombros.

SUMRIO DA CLASSIFICAO DAS ARTICULAES

Classificao das ArticulaesClassificao da MobilidadeTipos de MovimentosDescrio do MovimentoExemplos

Articulaes Fibrosas SindesmosesAnfiartrodial (ligeiramente mveis)--Articulao tibiofibular discal

SuturasSinartrodial (imvel)---Suturas cranianas

GonfosesMovimentos muito limitados--reas ao redor das cavidades dos dentes

Articulaes Cartilaginosas--Discos invertebrais Snfise pbica

SnfisesAnfiartrodial (ligeiramente mveis)--Discos invertebrais Snfise pbica

SincondrosesSinartrodial (imvel)--Placas epifisrias dos ossos longos e entre as trs divises da pelve

Articulaes SinoviaisDiartrodial (livremente mveis),

com exceo das articulaes

sacroilacas (articulaes sinoviais

com movimentos muito limitados

[anfiartrodiais])Plana (deslizante)

Gnglimo (em dobradia)Deslizante ou corredia

Flexo e extensoArticulaes intermetacarpal, intercarpal

e carpometacarpal

Articulaesinterfalangianas

dos dedos das mos e dos ps e do joelho, calcanhar

e cotovelo

Trocide (piv)RotacionalArticulao radioulnar proximal e distal e entre as vrtebras C1 e C2

Elipside

( condilar)Flexo e extenso Abduo e aduo CircunduoSegunda a quinta articulaes metacarpofalangianas e articulaes do punho

Selar

(em sela)Flexo e extenso Abduo e aduo CircunduoPrimeira articulao metacarpal (polegar)

Esferide (em bola e soquete)Flexo e extenso Abduo e aduo Circunduo

Rotao medial e lateralArticulaes do quadril e dos ombros

NOTA: A artrologia, o estudo das articulaes, continua ao longo deste texto como anatomia especfica, incluindo todas as articulaes do corpo humano, e ser estudada mais detalhadamente nos prximos captulos.

14- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

B. TERMINOLOGIA RADIOGRFICA

O posicionamento radiogrfico refere-se ao estudo do posicionamento do

paciente para demonstrar radiograficamente ou visualizar partes especficas do

corpo nos filmes. essencial que cada pessoa que planeja trabalhar como tcnico/

radiologista compreenda claramente o emprego correto da terminologia de

posicionamento. Esta parte do Cap. 1 relaciona, descreve e ilustra os termos mais

comumente usados de acordo com a terminologia de posicionamento e incidncia

conforme aprovada e publicada pelo American Registry of Radiologic

Technologists (ARRT).* Alm disso, esses termos so compatveis com aqueles

usados no Canad, de acordo com a Canadian Association of Medical Radiation

Technologists (CAMRT), com exceo do termo "viso".(Consultar sumrio de termos

que podem ser usados erroneamente no fim desta seo.) Ao longo do texto, o uso

de posies denominadas (nomes prprios de pessoas que descreveram primeiro uma

posio especfica ou procedimento) referido como um mtodo, como mtodos de

Towne, Waters e Caldwell. Tanto o ARRT quanto a CAMRT concordam com o uso do

nome de um mtodo entre parnteses aps o termo de incidncia ou de posio.

Fig. 1.32 Radiografia de trax.Termos GeraisRadiografia

Uma radiografia um filme ou outro material de base que possui uma imagem

processada de uma determinada regio anatmica do paciente (produzida

pela ao dos raios X no filme).

Radiografar: a produo de radiografias e/ou outras formas de imagens

radiogrficas.Radiografia VS. filme de raios X: Na prtica, os termos radiografia

e filme de raios X (ou apenas filme) so freqentemente usados sem distino

entre si. O filme de raios X refere-se especificamente parte fsica do material

onde a imagem radiogrfica ser exposta. O termo radiografia inclui o filme e a

imagem.Imagens radiogrficas: As imagens radiogrficas podem ser obtidas,

vistas e armazenadas como cpias fsicas (radiografias) ou como imagens digitais,

que podem ser manipuladas, vistas e armazenadas digitalmente. Fig. 1.33 Exame

radiogrfico.Exame ou procedimento radiogrfico

Um tcnico/radiologista mostrado posicionando o paciente para um exame de rotina de trax

1-Posicionamento da parte do corpo e alinhamento do raio central (RC)

2. Seleo de medidas de proteo contra a radiao

3-Seleo dos fatores de exposio (tcnica radiogrfica) no painel de controle

4-Instruo do paciente para respirar e, em seguida, incio da exposio

5-Revelao do filme

Posio anatmica

Em posio vertical, braos aduzidos (para baixo), palmas para a frente, cabea e ps

virados exatamente para a frente. Essa posio corporal especfica usada como

referncia para outros termos de posicionamento (Fig. 1.34). Observao: Quando se

referir a uma parte especfica do corpo em relao a outras partes, o tcnico/radiologista

sempre precisa pensar na pessoa em posio ortosttica e anatmica, mesmo quando

for descrever as partes de um paciente que est deitado; caso contrrio, pode ocorrer

confuso ao realizar a descrio.Exame das radiografias: Uma regra geral para se estudar

uma radiografia exibi-Ia de forma que o paciente fique de frente para o observador,

com o paciente em posio anatmica. Isso ser mais bem descrito adiante neste captulo.

Fig. 1.34 Posio anatmica

15- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPlanos Corpreos, Cortes e Linhas

Os termos de posicionamento que descrevem os ngulos do raio

central (RC) ou as relaes entre as partes do corpo so

freqentemente relacionados aos planos imaginrios que passam

atravs do corpo em posio anatmica. O estudo de uma TC

(tomografia computadorizada) e de uma RM (ressonncia magntica)

enfatiza a anatomia seccional, que tambm envolve os planos primrios

e os cortes descritos a seguIar.

PLANO: SUPERFCIE EM LINHA RETA QUE -- UNE DOIS PONTOS

Quatro planos comuns so usados em radiologia:

Plano sagitalUm plano sagital qualquer plano longitudinal que divide

o corpo em uma parte direita e uma parte esquerda. O plano mediossagital,

por vezes chamado tambm de plano mediano, um plano

sagital que passa pela linha mdia dividindo o corpo em duas partes iguais,

uma direita e uma esquerda.Ela passa aproximadamente atravs da sutura

sagital do crnio. Qualquer piano paralelo ao plano mediano ou mediossagital

chamado de piano sagital.

Plano caronal

Um plano coronal qualquer plano longitudinal que divida o corpo em

partes anterior e posterior.O plano mediocoronal divide o corpo em

partes anteriores e posteriores iguais. denominado plano coronal porque

passa aproximadamente atravs da sutura coronal do crnio. Qualquer plano

paralelo ao plano mediocoronal ou frontal denominado plano coronal.

Plano horizontal (axial)

Um plano horizontal (axial) qualquer plano transverso que passa atravs

do corpo em ngulo reto ao plano longitudinal, dividindo o corpo em pores

superior e inferior.

Plano oblquo

Um plano oblquo um plano longitudinal ou transverso que est angulado

ou inclinado e no paralelo aos planos sagital, coronal ou horizontal.

CORTE: UMA SUPERFCIE DE "CORTE" OU "FATIA"

Cortes longitudinais - sagital, coronal e oblquo

Esses cortes so feitos longitudinalmente na direo do eixo longitudinal

do corpo ou de qualquer uma de suas partes, independentemente da

posio do corpo (em p ou deitado).Os cortes longitudinais podem ser

feitos nos planos sagital, coronal ou oblquo.

Cortes transversais ou axiais

Os cortes so feitos em ngulo reto ao longo de qualquer ponto do eixo

longitudinal do corpo ou de qualquer uma de suas partes. Imagens sagital,

coronal e axial: As imagens por TC e de RM so obtidas nessas trs

incidncias ou orientaes comuns. (Cortes de RM so mostrados da

Fig. 1.37 at a Fig. 1.39.)

16- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPLANOS DO CRNIO

Plano da base do crnio

Esse plano transverso preciso formado pela conexo de linhas das

margens infra-orbitrias (limite inferior das rbitas sseas) s margens

superiores do meato acstico externo (MAE, a abertura externa do ouvido).

Algumas vezes, tambm chamado de plano antropolgico ou plano horizontal

de Frankfort, como usado em ortodontia e em topografia craniana para medir e

localizar pontos cranianos especficos ou estruturas.

Plano de ocuso

Esse plano horizontal formado pelas superfcies de mordedura dos

dentes superiores e inferiores com a mandbula fechada (usado como um

piano de referncia da cabea nas radiografias dentais e de crnio).

Superfcies e Partes do Corpo

TERMOS PARA AS PORES POSTERIOR

E ANTERIOR DO CORPO

Posterior ou dorsal

Refere-se metade dorsal do paciente, ou aquela parte do corpo observada

quando vemos uma pessoa de costas; inclui as plantas dos ps e o dorso das

mos na posio anatmica

Anterior ou ventral

Refere-se metade frontal do paciente, ou aquela parte do corpo observada

quando vemos uma pessoa de frente; inclui o dorso dos ps e as palmas

das mos na posio anatmica

TERMOS PARA SUPERFCIES DAS MOS E DOS PS

Trs termos so usados em radiologia para descrever superfcies especficas

dos membros superiores e inferiores como descritos a seguir:

Plantar

Refere-se regio plantar ou superfcie posterior do p

Dorso

P: Refere-se parte de cima ou superfcie anterior do p Mo: Refere-se

parte de trs ou parte posterior da mo.Observao: Os termos dorso ou dorsal

em geral referem-se parte posterior ou vertebral do corpo. Entretanto, quando

usado em relao aos ps, o dorso refere-se especificamente superfcie

superior, ou aspecto anterior, do p em oposio sola, mas, para a mo,

parte de trs ou posterior a superfcie oposta palma.

Palmar (volar)

Refere-se palma da mo; na posio anatmica, o mesmo que superfcie anterior

ou ventral da mo. Fig. 1.42 Superfcies dorsal e palmar da mo.

17- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Incidncias Radiogrficas

Incidncia um termo de posicionamento que descreve a direo ou

trajetria do RC da fonte de raios X quando estes atravessam o paciente,

projetando uma imagem no filme.

TERMOS COMUNS DE INCIDNCIA

Incidncia pstero-anterior (PA)

a incidncia do RC de trs para a frente.

A combinao desses dois termos, posterior e anterior, em uma nica

palavra abreviada como PA. O RC penetra na superfcie posterior e

sai na superfcie anterior (incidncia em PA). Obtm-se uma PA verdadeira

quando no h rotao intencional precisando o RC estar perpendicular

ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital, a menos que algum

termo que qualifique como oblqua ou em rotao seja usado para indicar

em contrrio

Incidncia ntero-posterior (AP)

uma incidncia do RC de frente para trs, o oposto de PA.

A combinao desses dois termos, anterior e posterior, em uma nica

palavra descreve a direo do RC, que penetra na superfcie anterior e

sai pela superfcie posterior (incidncia em AP) Obtm-se uma AP

verdadeira quando no h rotao intencional, a menos que algum

termo que qualifique seja tambm usado indicando que seja uma

incidncia oblqua

Incidncias oblquas AP ou PA

uma incidncia em AP ou em PA dos membros superiores ou inferiores

que seja oblqua ou rodada, no sendo uma AP ou PA verdadeira. Por

esse motivo, preciso haver um adjetivo indicando para que lado est

rodada, como rotao medial ou lateral (de AP ou PA, conforme a posio

anatmica) (Figs. 1.45 e 1.46).

Incidncias mdio-lateral e ltero-medial

Uma incidncia lateral descrita segundo a trajetria do RC Dois

exemplos so as incidncias mdio-lateral do tornozelo (Fig. 1.47)

e ltero-medial do punho (Figo 1.48). A determinao do lado medial

ou lateral novamente baseada na posio anatmica do paciente.

18- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOPosies do Corpo

Em radiologia, o termo posio usado de duas formas,

a primeira como uma posio geral do corpo, como descrito

a seguir, e a segunda como uma posio especfica do corpo (p. 19).

POSiES GERAIS DO CORPO

As oito posies gerais do corpo mais comumente usadas em

radiologia so:

Decbito dorsal

Deitado de costas, com a face anterior do corpo para cima

Decbito ventral

Deitado de frente, com a face anterior do corpo para baixo

(a cabea pode estar virada para um lado)

Ereta

Na posio vertical, em p ou sentado com o tronco ereto

Decbito (reclinado)

Deitado em qualquer posio (decbito)

. Decbito Dorsal: Deitado sobre o dorso

. Decbito Ventral: Deitado sobre o abdome

. Decbito Lateral: Deitado de lado

(lateral esquerda ou direita)

Trendelenburg*

Uma posio de decbito na qual a cabea fica em um nvel

mais baixo do que os ps

Posio de Sim (posio de semidecbito ventral)

uma posio de decbito oblquo em que o paciente se

deita sobre o lado anterior esquerdo com a perna esquerda

esticada e o joelho direito parcialmente fletido

A posio de Sim modificada usada para a insero de

um tubo retaI para enema baritado (ver Cap. 15).

Posio de Fowlert

uma posio de decbito em que o corpo inclinado de

forma que a cabea esteja em um nvel superior ao dos ps

Posio de litotomia

uma posio de decbito dorsalna qual os joelhos e o

quadril ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada

externamente, apoiada pelo suporte para os tornozelos

19- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

POSiES ESPECFICAS DO CORPO

Alm das posies gerais do corpo, a segunda parte do assunto

posio usada em radiologia em referncia a algumas posies

especficas do corpo descritas pela parte do corpo restrita ao

filme (oblquas e laterais) ou pela superfcie onde o paciente

est deitado (decbito).

Posio lateral

Refere-se ao lado, ou viso lateral

So as posies laterais especficas como a parte restrita ao filme,

ou parte do corpo onde o RC incide (Figs. 1.55 e 1.56). Uma posio

lateral verdadeira estar sempre a 90 ou perpendicular ou em ngulo

reto verdadeira incidncia AP ou PA. Se no for uma lateral verdadeira,

ser uma posio oblqua.

Posio oblqua

uma posio angulada em que nem o plano sagital nem o plano

coronaldo corpo so perpendiculares ou em ngulo reto com o filme

As posies oblquas do trax, abdome ou pelve so descritas pela

parte restrita ao filme, ou parte do corpo onde o RC incide.

Posies oblquas posteriores esquerda e direita (OPE e OPD)

Descreve uma posio oblqua especfica em que o aspecto

Posterior esquerdo ou direito do corpo restrito ao filme

(Figs. 1.57 e 1.58) O feixe de raios X sai na face direita ou

esquerda do corpo Observao: Essas tambm poderiam

ser denominadas incidncias oblquas AP porque o RC

penetra na superfcie anterior e sai posteriormente. Isso, entretanto,

no uma descrio completa e tambm exige uma discriminao

especfica da posio, como posio OPO ou OrE. Por esse motivo,

ao longo do livro, as oblquas sero referidas como posies e no

como incidncias.Todavia, as oblquas de membros inferiores e

superiores so corretamente descritas como oblquas AP ou PA,

mas precisam de uma descrio adicional como rotao medial ou lateral

(Figs. 1.45 e 1.46).

Posies oblquas anteriores direita e esquerda (OAD e OAE) Referem-se

quelas posies oblquas em que o aspecto anterior direito ou esquerdo do

corpo restrito ao filme e pode ser na posio ereta ou nas posies gerais

de decbito (Figs. 1.59 e 1.60). Observao: Essas tambm podem ser descritas

como incidncias oblquas em PA se uma especificao da posio for adicionada,

como posio em OAD ou OAE. No correto o uso desses termos oblquos ou

abreviaes OrE, oro, OAD ou OAE sozinhos como incidncias porque eles

no descrevem a direo ou caminho do RC-.

20- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Posio de decbito

A palavra decbito significa literalmente "deitado", ou a posio

presumida como estando deitado. Essa posio do corpo, que

significa aparado em uma superfcie horizontal, designada

segundo a superfcie onde o corpo se encontra deitado. Isso

portanto refere-se ao paciente deitado em uma das seguintes

superfcies do corpo: costas (dorsal), frente (ventral) ou lado

(lateral esquerda ou direita). No posicionamento radiogrfico,

o decbito sempre usado com uma

fonte horizontal de raios X.

As posies em decbito so fundamentais para a deteco de nveis

hidroareos ou ar livre nas cavidades do corpo, como trax ou abdome,

onde o ar se mobiliza para a poro superior da cavidade.

Posio de decbito lateral direito ou esquerdo (incidncia AP ou PA)

Nessa posio, o paciente deita-se de lado e a fonte de raios X

posicionada horizontalmente de anterior para posterior (AP) (Fig. 1.61)

ou de posterior para anterior (PA) (Fig. 1.62)

A posio AP ou PA entre parnteses importante como especificao

do termo para denotar a direo do RC.

Essa posio serve tanto para o decbito lateral esquerdo (Fig. 1.61)

como para o decbito lateral direito (Fig. 1.62). Isso designado

de acordo com o lado dependente (o lado na posio inferior).

Observao: Isso semelhante posio de decbito lateral, exceto

pela fonte emissora de raios X, que direcionada horizontalmente,

tornando-a uma posio de decbito lateral (incidncia AP ou PA).

Posio de decbito dorsal (lateral esquerda ou direita)

Nessa posio, o paciente est deitado de costas sobre uma

superfcie com o feixe de raios X direcionado horizontalmente,

saindo do corpo do lado mais prximo do filme (Fig. 1.63).

A posio denominada de acordo com a superfcie sobre a qual

o paciente est deitado (dorsal ou ventral) e pelo lado mais prximo

do filme (direito ou esquerdo). Observao: semelhante posio

de decbito dorsal, exceto pelo fato de que o feixe de raios X est

direcionado horizontalmente e sai pelo lado do corpo, indicando que

essa uma posio lateral de decbito dorsal.

Posio de decbito ventral (lateral direito ou esquerdo)

Nessa posio, o paciente est deitado na superfcie ventral (anterior),

com os raios X direcionados horizontalmente, saindo do lado mais

prximo ao filme (Fig. 1.64). A posio designada de acordo com a

superfcie na qual o paciente est deitado (ventral ou dorsal) e com

o lado mais prximo ao filme (direito ou esquerdo).

21- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO Termos de Incidncia Adicionais de Uso Especial

A seguir veremos alguns termos adicionais comumente usados

para descrever incidncias. Esses termos, como mostram suas

definies, tambm se referem trajetria ou incidncia do RC

e so portanto incidncias, em vez de posies.

Incidncia axial

O termo axial refere-se ao eixo longo de uma estrutura ou parte

(em torno da qual o corpo gira ou disposto). O termo spero-inferior

ou cefalocaudal descreve uma posio axial verdadeira em que o RC

direcionado ao longo do eixo axial ou linha central do corpo humano

da cabea (superior ou ceflica) aos ps (inferior ou caudal) (Fig. 1.65).

Aplicao especial - Axial AP ou PA: No posicionamento radiogrfico,

o termo axial usado para descrever qualquer ngulo do RC maior

que 10 graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.* Devese notar,

entretanto, que em um sentido real uma incidncia axial deve ser

direcionada ao longo ou paralela ao eixo longitudinal do corpo ou

da parte. O termo semi-axial descreve mais precisamente qualquer

ngulo ao longo do eixo que no seja verdadeiramente ao longo

ou paralelo do eixo longitudinal. Entretanto, em nome de outras

referncias, o termo incidncia axial ser usado ao longo do texto

para descrever tanto a incidncia axial como a semi-axial como

definido acima e ilustrado nas Figs. 1.65 a 1.67.

Incidncias axiais nfero-superior e spero-inferior

As incidncias infere-superiores so freqentemente feitas para os

ombros e o quadril, onde o RC penetra abaixo ou inferiormente e sai

acima ou superiormente (Fig. 1.67). O contrrio a isso a incidncia

spero-inferior, como na incidncia especial para os ossos nasais (Fig. 1.65).

Incidncia tangencial

Significa tocando a curva ou a superfcie em apenas um ponto

Esse termo especial de incidncia usado para descrever a incidncia

que simplesmente toca uma parte do corpo para projet-Ia em seu perfil

e distante de outras estruturas do corpo: Exemplos: A seguir, temos trs

exemplos ou aplicaes do termo incidncia tangencial como definido acima:

Incidncia do arco zigomtico (Fig. 1.68). Incidncia para trauma de

crnio a fim de demonstrar uma fratura depressiva (Fig. 1.69).

Incidncia especial da patela (Fig. 1.70).

Incidncia axial AP - posio lordtica

Esse um tipo especfico de incidncia AP de trax para

Demonstrar os pices pulmonares. tambm comumente

chamado de incidncia pico-Iordtica. Nesse caso, o eixo

longitudinal do corpo que est angulado, em vez do RC

O termo lordtico vem de lordose, um termo que denota a

curvatura das colunas cervical e lombar. (Ver Figs. 1.84 e 1.85.)

Quando o paciente assume essa posio (Fig. 1.71), a curvatura

lombar lordtica est exagerada, tornando esse termo descritivo

para essa incidncia especial de trax.

22- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Incidncia transtorcica lateral (posio lateral direita)

uma incidncia lateral atravs do trax

Requer um termo especfico de posicionamento (posio lateral

direita ou esquerda) para se indicar qual o ombro. Observao: Essa

uma adaptao especial do termo incidncia, significando que o RC

passa atravs do trax mesmo que no seja includa a sua entrada

nem seu local de sada. Na prtica, uma incidncia lateral de ombro

comum e referida como lateral transtorcica de ombro direito ou esquerdo.

Incidncias dorsoplantar e plantodorsal

Esses so termos secundrios para as incidncias AP e PA do p.

Dorsoplantar (DP) descreve a via do RC da superfcie dorsal

(anterior) para a superfcie plantar (posterior) do p (Fig. 1.73).

A incidncia plantodorsal especial para o osso do calcanhar (calcneo)

chamada de incidncia plantodorsal axial (PD) porque o RC angulado

penetra a superfcie plantar do p e sai pela superfcie dorsal (Fig. 1.74).

Observao: Lembre-se, o termo dorso para o p refere-se superfcie anterior

(Fig. 1.4 1).

Incidncias parietoacantial e acantioparietal

Para a incidncia parietoacantial, o RC penetra pelo osso parietal do

crnio e sai no acntio (juno entre o nariz e o lbio superior), (Fig. 1.75).

O RC em direo oposta descreve a incidncia acantioparietal (Fig. 1.76).

Tais incidncias para os ossos da face so tambm conhecidas como

PA de Waters e PA de Waters reversa.

Incidncias submentovrtice (SMV) e vrtice submentoniana (VSM) Essas

incidncias so para o crnio e para a mandbula.Para a incidncia

submentovrtice (SMV), o RC penetra abaixo do queixo ou mento e sai pelo

vrtice ou topo do crnio (Fig. 1.77).A incidncia vrtice submentoniana (VSM)

oposta ltima e menos comum, entrando pelo topo do crnio e saindo

abaixo da mandbula (sem ilustrao).

23- PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Termos de Relao

A seguir, foram emparelhados termos de posicionamento

e/ou anatmicos descrevendo as relaes das partes do

corpo com seus significados opostos:

Medial versus lateral:

Em direo versus distante do centro, ou do plano mediano.

Na posio anatmica, o aspecto medial de qualquer parte

do corpo parte "de dentro" mais prxima ao plano mediano

e a parte lateral a mais distante do plano mediano ou linha

mdia do corpo. Exemplos: Na posio anatmica, o polegar

est no aspecto lateral da mo. A parte lateral do abdome e

do trax distante do plano mediano.

Proximal versus distal

O proximal est prximo da origem ou do incio, e distal est

distante do mesmo. Em relao aos membros superiores e

inferiores, proximal e distal devem significar as partes mais

prximas ou distantes do tronco, da origem ou incio do membro.

Exemplos: O cotovelo proximal ao punho. A articulao do

dedo mais prxima palma chamada de articulao interfalangiana

proximal (IFP), e a articulao prxima da parte final do dedo

chamada de articulao interfalangiana distal (lFD). (Ver Cap. 4.)

Ceflico versus caudal

Ceflico significa em direo, enquanto caudal significa distante da

cabea.

O ngulo ceflico qualquer ngulo em direo cabea (Figs. 1.79 e

1.81). (Cerlico significa literalmente cabea ou em direo cabea.)

O ngulo caudado qualquer ngulo em direo aos ps ou distante

da cabea (Fig. 1.80). (Caudal ou caudado deriva de cauda, que li

teralmente significa "rabo".)

Na anatomia humana, os termos ceflico e caudado tambm podem

ser descritos como superior (em direo cabea) e inferior

(em direo aos ps).

Observao: Conforme mostrado nas ilustraes, esses termos so

corretamente empregados para descrever a direo do RC para todas

as incidncias axiais ao longo de toda a extenso do corpo, no apenas

incidncias da cabea.

24- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Interior versus exterior

Interior significa estar dentro de algo, prximo ao centro, e

Exterior significa estar situado sobre ou prximo do exterior.

O prefixo intra significa estar situado dentro ou na parte de

Dentro (por exemplo, intravenoso: estar dentro da veia).

O prefixo inter significa estar situado entre algo (por exemplo,

intercostal: localizado entre as costelas).

O prefixo exo significa estar fora ou externamente (por exemplo),

exocrdico: algo em desenvolvimento ou situado fora do corao).

Superficial versus profundo

Superficial est prximo superfcie da pele; profundo est

longe da mesma.

Exemplo: O corte transverso desenhado na Fig. 1.83 mostra

que o mero profundo quando comparado pele do brao.

Outro exemplo um tumor ou leso superficial, localizado prximo

superfcie, comparado a um tumor profundo ou leso, localiza

do mais profundamente dentro do corpo ou parte dele.

Ipsilateral versus contralateral

Ipsi lateral significa estar do mesmo lado do corpo ou de parte dele;

contralateral o lado oposto.

Exemplo: O polegar direito e o h lux so ipsilaterais; o joelho direito e

a mo esquerda so contra laterais.

Termos Descritivos das Curvaturas da Coluna

Lordose versus cifose

Ambos os termos descrevem uma curvatura da frente para

trs da coluna.

A lordose uma convexidade anterior mais comum na

regio da coluna lombar.

A cifose uma convexidade posterior, geralmente na

regio da coluna torcica.

Escoliose

A escoliose uma curvatura lateral, ou "lado a lado" da coluna.

(Ver Capo 8, sobre coluna vertebral, para mais informaes sobre esses termos.)

25- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Termos Relacionados aos Movimentos

o grupo final de termos relacionados ao posicionamento que todo

tcnico/radiologista deve saber refere-se variedade de movimentos.

A maioria deles est listada em pares descrevendo movimentos em

direes opostas.

Flexo versus extenso

Ao fletir ou estender uma articulao, o ngulo entre as partes

Diminui ou aumenta.

Alfexo diminui o ngulo da articulao (ver os exemplos da

Flexo do joelho, do cotovelo e do punho) (Fig. 1.86).

A extenso aumenta o ngulo conforme as partes do corpo se

flexionam para uma posio retificada. Isso vlido para as

articulaes do joelho, cotovelo e punho, como demonstrado.Hiperextenso

Estender uma articulao alm do seu estado natural.

Hiperextenso anormal: A hiperextenso do cotovelo ou do

joelho ocorre quando a articulao estendida alm de

seu estado retificado ou natural. Esse no um movimento

natural para essas duas articulaes e resulta em leso ou trauma.

Flexo normal e hiperextenso da coluna: A flexo o ato

de dobrar, e a extenso o retorno posio retificada ou

natural. Uma curvatura para trs alm de sua posio de

neutralidade a hiperextenso. Na prtica, entretanto, os

termos flexo e extenso so comumente empregados para

expressar uma flexo extrema e as incidncias de hiperextenso

da coluna (Fig. 1.87).

Hperextenso normal do punho: Um segundo exemplo para

o uso especial do termo hiperextenso no punho, para

avaliao do canal ou tnel carpal. Nessa posio, o

punho hiperestendido alm da posio neutra. Esse

movimento tambm denominado dorsiflexo (ou flexo

posterior) (Fig. 1.88, esquerda).

Flexo aguda do punho: Uma flexo aguda ou completa do

punho necessria para algumas incidncias tangenciais

para visualizar a ponte do carpo na face posterior do punho

(Fig. 1.88, direita).

Desvio ulnar versus desvio radial do punho

Desvio significa literalmente "para o lado" ou "sair do padro

ou curso". Desvio ulnar significa virar ou dobrar a mo e o

punho a partir de seu estado natural em direo ao lado ulnar,

e desvio radial significa voltar o punho para o lado radial.

Observao: Edies passadas deste livro, bem como outras

referncias sobre posicionamento, definiram esses movimentos

do punho como movimentos de flexo radial e ulnar porque eles

descrevem os movimentos de flexo especfica voltados tanto

para a ulna como para o rdio Entretanto, a comunidade

mdica, incluindo os ortopedistas, comumente usa os termos

desvio radial e ulnar para os movimentos dos punhos. Esta

edio tambm alterou essa terminologia para movimentos

de desvio ulnar e radial a fim de evitar confuses e assegurar

a coerncia com outras referncias mdicas.

26- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Dorsiflexo versus flexo plantar do p

Dorsiflexo do p: diminuir o ngulo (flexo) entre o dorso (topo do

p) e a parte inferior da perna, movendo o p e os dedos para cima

Flexo plantar do p: esticar a articulao do calcanhar, movendo o

p e os dedos para baixo a partir da posio normal; flexionar ou

diminuir o ngulo voltado para a superfcie plantar (posterior) do p

Observao: Veja a pgina anterior para comparar a dorsiflexo do

punho (Fig. 1.88) com a dorsiflexo do p (Fig. 1.90)

Everso versus inverso

Everso um movimento de estresse para fora com O p atravs da

articulao do calcanhar.

Inverso um movimento de estresse para dentro aplicado ao p

sem a rotao da perna.

A superfcie plantar (sola) do p virada ou rodada para fora do plano

mediano (a sola aparece em uma direo mais lateral) para a ver

so e voltado para o plano mediano na inverso (Figs. 1.91 e 1.92).

A perna no roda, e um estresse aplicado aos aspectos media I e

lateral da articulao do calcanhar para a avaliao de uma

possvel maior abertura do espao articular (encaixe do calcanhar).

Valgo versus varo

O valgo descreve a curvatura da parte para fora ou se

distanciando da linha mdia do corpo. Valgo usado

s vezes para descrever a everso de estresse

(esforo valgo) da articulao do calcanhar.

O varo significa "joelho travado" e descreve a curvatura

da parte interna ou voltada para a linha mdia. O termo

esforo varo s vezes utilizado para descrever a

inverso de estresse aplicada articulao do calcanhar.

Observao: Os termos valgo e varo so tambm usados

para descrever a perda de alinhamento dos fragmentos

sseos. (Ver fratura, termo 6, Cap. 19.)

Rotao medial (interna) versus rotao lateral (externa)

A rotao medial a rotao ou desvio de parte do corpo,

movendo o aspecto anterior da parte para dentro, ou

para o plano mediano.

A rotao lateral a rotao anterior voltada para fora,

ou para longe da linha mdia.

Observao: Lembre-se, no posicionamento radiogrfico

esses termos descrevem o movimento do aspecto

anterior da parte a ser rodada. Assim, nos movimentos

do antebrao (Fig. 1.93), o aspecto anterior do antebrao

move-se medialmente ou internamente na rotao medial

e lateralmente ou externamente na rotao medial e

lateralmente ou externamente na rotao lateral. Outro

exemplo so as oblquas medial e lateral do joelho,

em que a parte anterior do joelho rodada medialmente

e lateralmente tanto nas incidncias AP como em PA (Cap. 6).

27- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Abduo versus aduo

Abduo o movimento lateral do brao ou perna se distanciando

do corpo. Outra aplicao para esse termo a abduo dos

quirodctilos e dos pododctilos, o que significa afastIos entre si.

Aduo o movimento do brao ou perna em direo ao corpo,

a fim de aproxima-lo do centro ou da linha mdia.

A aduo dos quirodctilos e dos pododctilos significa mov-Ios

juntos ou aproxima-los entre si.

Observao: Um auxlio de memria associar o d de em direo

com o d de aduo.

Supinao versus pronao

Supinao o movimento de rotao da mo para a posio anatmica

(a palma para cima em decbito dorsal ou para a frente na posio ortosttica).

Esse movimento gira o rdio e o antebrao lateralmente ao longo de

seu eixo.

Pronao a rotao da mo em uma posio oposta anatmica

(palma voltada para baixo ou para trs).

Observao: Para ajudar a lembrar esses termos, relacione-os

aos decbito dorsal e ventral. Decbito dorsol e supinoo

significam que a face e a palma da mo esto voltadas para

cima, e decbito ventral ou pronoo significam que a face

e a palma esto voltadas para baixo.

Protrao versus retrao

A protrao o movimento de avano em relao posio

normal. A retrao o movimento retrgrado ou a

condio de levar para trs. Exemplo: A protrao o

movimento de avano da mandbula (levar o queixo

para a frente) ou de avanar com os ombros. A retrao

o oposto disso, mover a mandbula para trs ou retrair

os ombros, como nas posturas militares.

28- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Elevao versus depresso

Elevao levantar, elevar ou mover uma parte superiormente.

Depresso rebaixar, descer ou mover uma parte inferiormente.

Exemplo: Os ombros so elevados quando a pessoa os encolhe,

em sinal de indiferena. Deprimir os ombros implica abaixa-las.

Circunduo

Circunduo significa mover ao redor em forma de crculo.

Esse termo descreve movimentos seqenciais de flexo,

abduo, extenso e aduo, resultando em um movimento

semelhante ao de um cone em qualquer articulao que permita

esses quatro movimentos (por exemplo, dedos, punho, brao, perna).

Inclinao versus rotao

Inclinao um movimento inclinado em relao ao eixo longitudinal.

Na Fig. 1.99, por exemplo, a parte do corpo est posicionada

obliquamente ou inclinada 15 e rodada 1 5 de forma que o

RC no fique alinhado ou paralelo ao eixo longitudinal e o eixo

longitudinal da cabea no fique alinhado com o eixo longitudinal

do corpo.

Observao: A inclinao de 15 e a rotao de 15 da cabea

so necessrias para a incidncia tangencial da arcozigamtico,

a fim de distingui-lo de outras estruturas do crnio.

Rotao virar ou rodar parte do corpo ao redor de seu eixo.

A parte do corpo est rodada 3r de uma incidncia PA no exemplo

da Fig. 1.100.

Observao: Note que nenhuma inclinao ocorre no eixo

longitudinal da cabea, estando ainda alinhada ou paralela

ao eixo longitudinal de todo o corpo.

29- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOSumrio de Termos que Podem Ser Usados Erroneamente

Os trs termos posio, incidncia e viso so s vezes confundidos e

usados na prtica de maneira incorreta. Esses termos

devem ser compreendidos e usados corretamente, como se segue:

Posio

Posio um termo usado para indicar a posio fsica geral do paciente,

como em decbito dorsal, decbito ventral, decbito

ou posio ortosttica. A posio tambm usada para descrever posies

especficas do corpo pelo segmento do corpo mais prximo ao filme, como

as laterais e oblquas.O termo posio deve ser "restrito ao exame da

posio fsica do paciente"Incidncia

Incidncia um termo correto de posicionamento para descrever ou referir a via ou direo do raio central (RC), projetando uma imagem em um filme (IR). O termo incidncia deve ser "restrito ao exame da trajetria do raio central".*

Viso

Viso no um termo de posicionamento correto nos EUA. O termo viso deve ser "restrito ao exame da radiografia ou imagem".* Viso descreve a imagem radiogrfica como sendo a mais favorvel para o filme.Terminologia canadense: As seguintes informaes foram reproduzi das a partir do exame de certificao da CAMR Posio: "O posicionamento do corpo. Incidncia: 'As superfcies do corpo que o raio central transpassar assim que sair do tubo de raios X, passar pelo paciente e impressionar o filme (receptor de imagem). Viso: 'A superfcie do corpo prxima ao filme" (receptor de imagem). Observao: No Canad, o termo viso comumente usado de forma alternada com posio (por exemplo, viso lateral e, posio lateral significa, essencialmente a mesma coisa, um se referindo ao que visto e o outro descrevendo o posicionamento do paciente).

SUMRIO DAS INCIDNCIAS E POSIES

Incidncias Gerais (Caminho do RC)Posies Gerais do CorpoPosies Especificas do Corpo (A Parte Mais Prxima ao Filme)

Pstero - anterior (PA)AnatmicaD ou E lateral

Antero - posterior (AP)DecbitoOblquas

Mdio-lateraldorsal*-Posterior esquerda (OPE)

Ltero- medialDecbito*-Posterior direita (OPD)

AP ou PA oblquaventral*-Anterior esquerda (OAE)

AP ou PA axialEreta (vertical)*-Anterior direita (OAD)

TangencialDeitadoDecbito

TranstorcicaTrendelenburg*-Lateral esquerdo

Dorsoplantar (DP) De Sim*-Lateral direito

Plantodorsal (PD)De Fowler*-Ventral

Axial nfero-superiorLitotomia*-Dorsal

Axial spero-inferior *-Lordtica

Axiolateral

Submentovrtice (SMV)

Vrtice- submentoniana (VSM)

Parietoacantial

Acantoparietal

Craniocaudal

Orbitoparietal

Parieto-orbital

Linhas, Planos e Cortes do CorpoTermos de RelaoCortes ou planos longitudinais

Medial vs. lateralsagital

Proximal vs. distalCaronalCeflico vs. caudalOblquoIpsilateral vs. contralateralCortes ou planos transversais

Interno vs. externoHorizontal, axial ou corte transversalSuperficial vs. profundoOblquoLordtico vs. ciftico (escoliose)Plano de baseTermos de MovimentoPlano de ocluso

Flexo vs. extenso (flexoLinha infra-orbitomeatal (LlOM)

aguda vs. hiperextenso)Superfcies do CorpoDesvio ulnar vs. radialPosteriorDorsiflexo vs. flexo plantarAnteriorEverso vs. inversoPlantarValgo vs. varoDorsalRotao medial vs. lateralPalmarAbduo vs. aduoSupinao vs. PronaoProtrao vs. Retrao

Elevao vs. Depresso

Inclinao vs. RotaoCircunduo

SUMARIO DOS TERMOS RELACIONADOS AO POSICIONAMENTO

30- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOC . PRINCIPIO BSICO DA FORMAAO DA IMAGEMCritrios Radiogrficos

o objetivo de todo tcnico/radiologista deve ser no apenas tirar uma radiografia "passvel", mas sim uma imagem tima que possa ser usada como um padro definvel, como descrito nos critrios radiogrficos.

Um exemplo dos cinco critrios radiogrficos utilizados neste texto para uma incidncia lateral do antebrao mostrado direita. A fotografia de posicionamento e a tima radiografia resultante sero mostradas para essa incidncia lateral (perfil) do antebrao, como descrito no Capo 4.

FORMATO DOS CRITRIOS RADIOGRFICOS

O tcnico/radiologista deve rever e comparar a radiografia com um padro para determinar o quo prximo da imagem tima foi conseguido. Um mtodo sistemtico para aprender como avaliar radiografias dividir a anlise crtica em cinco partes.

1. Estruturas mostradas: Descrever precisamente que partes e estruturas anatmicas devem ser claramente visualizadas na radiografia.

2.Posio:Geralmente descreve duas coisas: (1) posiciona-mento da parte do corpo em relao ao filme e (2) fatores de posicionamento que so importantes para a incidncia.Por exemplo, os principais fatores para o posicionamento correto no caso de uma incidncia lateral do antebrao so: (1) ulna/rdio alinhados com o eixo longitudinal do filme, (2) cotovelo fletido 90 e (3) sem rotao a partir de uma posio lateral verdadeira. (Mostrar como a rotao pode ser determinada descrito em seguida.)

3. Colimao e RC: Descreve dois fatores: (1) onde as bordas da colimao devem estar em relao quela parte do corpo e (2) a localizao do raio central (RC).

A localizao correta do RC especialmente importante sempre que for usado um controle automtico de exposio (CAE). Isso tambm importante para os membros superiores e inferiores quando as articulaes so as principais reas de interesse; o RC precisa estar precisamente centrado na articulao para evitar distores na Imagem.

O pequeno cone rn includo na descrio de posicionamento em cada fase quando o RC de importncia primria. No o caso dessa incidncia lateral de antebrao, de modo que o RC descrito como "a poro mdia do antebrao" em vez de uma localizao anatmica precisa.

A avaliao de uma radiografia quanto localizao correta do RC fcil se imaginarmos um X grande que se estenda dos quatro cantos do campo do colmador, cujo centro a localizao precisa do RC

4. Critrios de exposio: Descreve como os fatores de exposio ou tcnicas (kVp, mA e tempo) podem ser estimados para uma exposio tima daquela parte do corpo. A ausncia de movimento a prioridade mxima, e uma descrio de como a presena ou a ausncia de movimento pode ser determinada lista da. (O movimento includo como um critrio de exposio porque o tempo de exposio o fator de controle primrio do movimento.)

5. Marcadores de imagem: Uma quinta rea crtica de anlise envolve os marcadores de imagem. Os marcadores de identificao do paciente, os marcadores dos lados D e E e/ou da posio do paciente, bem como os marcadores de tempo, devem estar corretamente posicionados para que no fiquem superpostos anatomia essencial.

Observao: Essa parte dos critrios radiogrficos sobre os marcadores de imagens no est listada em cada posicionamento de pgina ao longo do texto porque essencialmente a mesma para todas as incidncias. Entretanto, ela deve ser sempre includa na prtica clnica quando as imagens radiogrficas forem avaliadas e criticadas.

CRITRIOS PARA EXPOSiO DA LATERAL DO ANTEBRAO

Critrios Radiogrficos

Estruturas Mostradas: . Incidncia lateral de todo o rdio e ulna;

primeira fileira dos ossos carpais, cotovelo e poro distal do mero; e considervel tecido mole como panculo adiposo e ligamentos das articulaes do punho e do cotovelo

Posio: . Eixo longitudinal do antebrao alinhado com o eixo longitudinal do filme. Cotovelo fletido em 90 . Nenhuma rotao da lateral verdadeira, evidenciada por: . A cabea da ulna deve estar sobreposta cabea do rdio. . Os epicndilos do mero devem estar superpostos. . A cabea do rdio deve estar superposta ao processo coronide com a tuberosidade radial

como visto no perfil..

Colimao e RC: . As bordas da colimao visveis nas margens da pele ao longo da extenso do antebrao com apenas uma mnima colimao em ambas as extremidades para garantir que a anatomia essencial esteja includa. O RC e o centro do campo de colimao devem ser posicionados no centro do rdio e da ulna.

Critrios de Exposio: . Uma tima densidade e um timo contraste sem movimentao permitiro visualizar com preciso as margens corticais e com clareza as marcaes do osso trabecular, tecido adiposo e os ligamentos das articulaes do punho e do cotovelo.

Marcadores de Imagem: . Marcadores de identificao do paciente, marcador de D e E e/ou a posio do paciente, bem como o dia e o horrio devem ser expostos de forma que no fiquem superpostos na anatomia essencial

31- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOMarcadores de Imagem e Identificao do Paciente

No mnimo dois tipos de marcadores devem ser impressos

em todas as radiografias. So eles (1) a identificao do

paciente e a data e (2) os marcadores do lado anatmico.

IDENTIFICAO DO PACIENTE E DATA

(SISTEMAS CONVENCIONAIS DE FilME/CHASSI)

Geralmente essa informao do paciente, que inclui

informaes como nome, data, nmero do caso e instituio,

feita atravs de um carto identificador e ento lampejada

no filme em um espao reservado para o bloco de chumbo

no porta-filme. Cada chassi ou porta-filme deve ter um

marcador em seu exterior indicando a rea onde a identificao

do paciente, incluindo a data, ser fotografada (Fig. 1.104).

preciso cuidado para que essa rea no cubra a anatomia

essencial a ser evidenciada.

Ao longo deste texto, a localizao preferida desse marcador

de identificao do paciente mostrada em relao parte

do corpo. Uma regra geral para radiografias de trax e abdome

colocar os dados de identificao do paciente na margem

superior do filme quando for de trax e na margem inferior

quando for de abdome (veja setas pequenas na Fig. 1.105).

Esse marcador deve ser sempre colocado onde for menos

provvel a cobertura de uma estrutura anatmica essencial.MARCADOR DO LADO ANATMICO

Um marcador radiopaco direita (D) ou esquerda (E) tem de

aparecer sempre em todas as radiografias, indicando

apropriadamente o lado direito e o lado esquerdo do paciente ou

qual membro est sendo radiografado, se o direito ou o esquerdo.

Isso pode ser feito tanto escrevendo literalmente "Direito" ou

"Esquerdo" ou apenas pelas iniciais "D" ou "E". Esse marcador de

lado deve preferencialmente ser posicionado diretamente no filme,

dentro da poro colimada do lado que est sendo identificado, de

forma que o marcador no fique superposto sobre uma anatomia

essencial.Lembre-se de que esses so marcadores radiopacos e,

portanto, tm de ser colocados dentro do campo de colimao, de

forma que sero expostos ao feixe de raios X e includos na imagem.

Os dois marcadores, a identificao do paciente e o marcador do

lado anatmico, devem estar corretamente posicionados em

TODAS as radiografias. Geralmente, no uma prtica aceitvel

escrever tais informaes na imagem aps o seu processamento

por causa de problemas legais e de responsabilidade de possveis

erros de marcaes. Uma radiografia feita sem esses dois

marcadores teria de ser repetida, o que obviamente resulta em

exposio desnecessria do paciente radiao, sendo isso

portanto um srio erro.

OUTROS MARCADORES OU IDENTIFICAO

Alguns outros marcadores ou identificadores podem ser

tambm usados, como as iniciais do tcnico/radiologista,

que so geralmente posicionadas no marcador direita ou

esquerda para identificar o profissional responsvel pelo

exame. s vezes, o nmero da sala de exame pode tambm

ser includo.

Indicadores de tempo so tambm comumente usados para

anotar os minutos transcorridos em uma srie, como 1 min,

5 min, 1 5 min e 20 min, como ocorre na urografia excretora.

Outro importante marcador em todas as posies de decbito

um marcador de decbito ou algum tipo de indicador como

uma seta que identifique o lado de cima. Um marcador "vertical"

ou "ereto" tambm tem de ser usado para identificar as posies

eretas de trax e de abdome comparadas com a posio deitada,

alm de ter uma seta indicando qual o lado voltado para cima.

Os marcadores de inspirao (lNSP) e expirao (EXP) so

usados para comparaes especiais em incidncias em PA do

trax. Marcadores indicando interno (lNT) e externo (EXT) podem

ser usados para incidncias de rotao, tais como para a poro

proximal do mero e do ombro. Amostras de marcadores podem

ser vistas na Fig. 1.106.

32- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAO

Tcnica Radiogrfica e Qualidade da Imagem

Um estudo de tcnicas radiogrficas e de qualidade da imagem

inclui todos os fatores ou variveis relacionadas preciso

ou a curcia com que as estruturas e tecidos a serem radiografados

so reproduzidos em filmes radiogrficos ou outros receptores de

imagem. Alguns desses fatores ou variveis relacionam-se mais

diretamente ao posicionamento radiogrfico, e uma discusso

dos aspectos aplicados a esses fatores ser apresentada a seguir.

FATORES DE EXPOSiO (TCNICA)

O tcnico/radiologista ajusta trs variveis ou fatores de exposio

no painel de controle do aparelho de raios X sempre que uma

radiografia feita (Fig. 1.107). Essas trs variveis ou fatores

de exposio, por vezes referidos como fatores de exposio ou de

tcnica, so os seguintes:

1. Pico de quilovoltagem (kVp)

2. Miliamperagem (mA)

3. Tempo de exposio (s)

A miliamperagem (mA) e o tempo (s) (tempo de exposio em segundos)

so geralmente combinados em miliamperes por segundo (mAs), o que

determina a quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X a

cada tempo de exposio.Cada um desses fatores de exposio possui

um efeito especfico de controle sobre a qualidade da imagem

radiogrfica. Alm de ser capaz de posicionar corretamente o paciente,

o tcnico/radiologista precisa conhecer certos fatores que influenciam a

qualidade de imagem e sua relao com esses fatores ou variveis de

exposio.Exceo: Quando ativados, os sistemas de controle automtico

de exposio (CAE) promovem o fim automtico do tempo de exposio

quando exposio suficiente foi recebida pela clula da cmara de ionizao.FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM

Certos fatores que avaliam a qualidade de uma imagem radiogrfica so

chamados de fatores de qualidade da imagem.

Os quatro fatores primrios de qualidade da imagem so os seguintes:

1. Densidade

2. Contraste

3. Detalhe

4. Distoro

Esses quatro fatores podem ser regulados conforme descrito a seguir:

Densidade

DEFINIAO

A densidade radiogrfica pode ser descrita como o grau de enegrecimento

da imagem processada. Quanto maior a densidade, menos luz atravessar a

imagem.

FATORES DE CONTROLE

O fator primrio de controle de densidade o mAs, que controla a densidade

diretamente pela quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X durante

uma exposio. Assim, um valor duas vezes maior de mAs dobra a quantidade

de raios X emitidos e dobra a densidade.

Alm do mAs como fator de controle, distncia do tubo de raios X ao filme,

distncia foco-filme (DFoFi), possui tambm efeito na densidade radiogrfica

de acordo com a lei do quadrado inverso. Por exemplo, uma distncia duas vezes

maior reduzir a intensidade da fonte de raios X a um quarto, o que reduz quatro

vezes a densidade radiogrfica. distncia, dessa forma, tem uma influncia

importante na densidade, mas, como usada uma distncia padro, o mAs torna-se

uma varivel usada tanto para aumentar como para reduzir a densidade

radiogrfica.

REGRA DA TROCA DE DENSIDADE

Uma regra geral prevalece quando se usam os ajustes tcnicos manuais com chassis convencionais de filme/cran. Geralmente, a alterao mnima em mAs exigida para se corrigir uma radiografia pouco exposta dobrar (se ficou muito "branca", necessrio repetir). Por exemplo-se uma mo que recebe 2,5 mAs ficou pouco exposta e precisar ser repetida (Fig. 1.108), o mAs deve ser aumentado em pelo menos 5 mAs, e o kVp e outros fatores no devem ser alterados (Fig. 1.109).

Entretanto, como foi descrito em uma das ltimas sees deste captulo, com a radiografia digital (RG) ou radiografia computadorizada (RC) que usa chassi de placa de imagem em vez de filme/cran, a manipulao da densidade e do contraste da imagem possvel aps a sua obteno sem a necessidade de tornar a expor o paciente radiao.Resumo: A densidade adequada, controlada basicamente com o mAs, deve estar presente na imagem processada, para demonstrar de forma precisa os tecidos e rgos a serem radiografados. Estando com pouca densidade (pouco exposta) ou com muita densidade (muito exposta), a imagem obtida no mostrar de maneira adequada os tecidos ou as estruturas.

33- PRINCPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEO CONTRA RADIAOContraste

DEFINiO

o contraste radiolgico definido como a diferena de densidade

nas reas adjacentes da imagem radiogrfica. Quanto maior essa

diferena, maior ser o contraste. Quanto menor a diferena entre

a densidade nas reas adjacentes, menor ser o contraste. Isso

demonstrado pela escala graduada e pela radiografia de trax na

Fig. 1.1 10, que mostra diferenas maiores nas densidades entre as

reas adjacentes, portanto, alto contraste. A Fig. mostra baixo

contraste com menos diferena de densidade nas reas adjacentes da

escala graduada e a radiografia associada.