1 barreiras tÉcnicas qualidade e produtividade normalização da qualidade

41
1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

122 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

1

BARREIRAS TÉCNICAS

Qualidade e Produtividade

Normalização da Qualidade

Page 2: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

2

INTRODUÇÃO

Ocorrência de mudanças nas relações comerciais entre os países

Crescimento do comércio internacional de forma consistente

Aprimoramento das relações comerciais entre países e empresas.

Page 3: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

3

INTRODUÇÃO

A competição Multinacionalidade das organizações concentração dos negócios:

Fusões, Aquisições, incorporações Criação e amadurecimento dos blocos econômicos:

União Européia, MERCOSUL, etc. Acordos comerciais: NAFTA, ALCA, ETC

Page 4: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

4

INTRODUÇÃO

Momento de economia mundial complexa Convivem paradoxalmente:

regime de abertura comercial protecionismo que obsta ou limita o acesso a

mercados Os países centrais e os blocos econômicos

estão produzindo novas formas de protecionismo aos mercados

Forma de protecionismo que ganha espaço: Barreiras Técnicas.

Page 5: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

5

INTRODUÇÃO

Efeitos das barreiras técnicas: impedir ou retardar a exportação de bens e

serviçosproduzir custos adicionais às empresas e

aos seus países de origemA ampliação das exportações brasileiras

depende do desenvolvimento de ações efetivas para transpor as barreiras técnicas impostas

Page 6: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

6

OBJETIVOS

Fornecer instrumentos para a busca da eliminação das barreiras técnicas à exportação dos produtos brasileiros

Mostrar a necessidade da capacitação de profissionais para: ajudar as empresas e suas entidades setoriais na

tarefa de identificação de barreiras técnicas gerir as informações sobre as barreiras

encontradas, incluindo o acompanhamento das ações tomadas com o objetivo de superá-las

Page 7: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

7

Page 8: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

8

Tendências do Comércio Internacional

Crescimento do comércio internacional: 6,0% ao ano, em média, na década de 90

Cerca de 70% corresponde aos países desenvolvidos

Os negócios estão passando do viés nacional para o internacional ou, muitas vezes, global.

Surge uma cultura empresarial que: necessita de novas habilidades e que expande largamente o espectro da

competição.

Page 9: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

9

Tendências do Comércio Internacional

Um número cada vez maior de setores de bens e serviços competem por um mercado global

O comércio baseado no progresso técnico das telecomunicações e da informática acarretam: instantaneidade das comunicações independência da distância enorme capacidade de processamento de dados

Page 10: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

10

Tendências do Comércio Internacional

Múltiplos acordos regionais de comércio: Aumentam o comércio internacional faz baixar significativa e progressivamente os mais diversos

obstáculos para esse comércio Crescimento do comércio entre empresas

transnacionais, em esquemas de produção internacionalizados, que incluem a formação de redes de fornecedores operando, muitas vezes em escala global: diminuição de tarifas de importação que dificultam e oneram

tais esquemas de produção distribuída internacionalmente Cerca de 63% do comércio internacional é feito entre

empresas transnacionais.

Page 11: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

11

Tendências do Comércio Internacional

A informação e o conhecimento passaram a ser considerados ativos estratégicos, com um valor cada vez maior

Nesses ativos reside o principal fator de competitividade: tecnologia, marcas, métodos de negócios

Bens intangíveis protegidos pelos direitos da propriedade intelectual

Importância econômica crescente Criação de um novo sistema de fronteiras não

geográficas que protegem tal tipo de bens

Page 12: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

12

Crescimento do Comércio Mundial

Page 13: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

13

Tendências do Comércio Internacional

Nas maiores empresas dos EUA a parcela de intangíveis supera largamente os demais ativos

Queda na proteção tarifária no comércio internacional: de 1947 para 1994 a tarifa média baixou de 40% para 5%.

Surgiram novas formas de proteção mais sutis e que afetam profundamente os fluxos de comércio

Page 14: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

14

Tendências do Comércio Internacional

No contexto produtivo internacional: importantíssimo movimento de alianças e

fusões: concentração da produção mundial de bens e serviços nas mãos de empresas e conglomerados cada vez maiores e em menor número.

Governos movimentam-se visando a celebração de acordos de alcance regional de facilitação de comércio (ALCA –Área de Livre Comércio das Américas).

Page 15: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

15

Tendências do Comércio Internacional

Os acordos de alcance regional podem assumir formas de integração econômica mais profunda, como é o caso da UE – União Européia e do projeto do MERCOSUL – o Mercado Comum do Cone Sul.

A designação “Blocos Econômicos” não se aplica apropriadamente a processos de integração mais simples

Page 16: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

16

Tendências do Comércio Internacional

É urgente que se avalie os serviços: parcela crescente nas economias e do comércio

internacional responde pela maior parte do PIB nos países

desenvolvidos – Produto Interno Bruto relacionam-se aos fluxos comerciais internacionais impactam toda a economia, a determinados

setores da indústria e da agropecuária

Ex.: hotelaria, telecomunicações, bancos e seguros

Page 17: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

17

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Pós-Guerra – criação de três instituições internacionais:FMIBanco Mundial – Banco Internacional para

a Reconstrução do Desenvolvimento – BIRD

Organização Internacional do Comércio

Page 18: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

18

A OMC – Organização Mundial do Comércio

A sigla GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) denomina o organismo internacional que visa a propiciar a redução de obstáculos ao comércio entre as nações

Dentre os 23 países que, em 1947, assinaram o acordo de criação do GATT (Carta de Havana), estava o Brasil.

Page 19: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

19

A OMC – Organização Mundial do Comércio

O projeto de criação da OIC era ambicioso pois: estabelecia disciplinas para o comércio de bens, continha normas sobre emprego, práticas comerciais

restritivas, investimentos estrangeiros e serviços. Os EUA desempenharam papel preponderante nestas

negociações Questões políticas internas levaram os EUA a anunciar, em

1950, o não encaminhamento do projeto ao Congresso para sua ratificação.

Sem a participação dos Estados Unidos, a criação da OIC fracassou

O GATT, um acordo provisório para regular as relações comerciais internacionais, foi o instrumento que, de fato, regulamentou por mais de quatro décadas (8 rodadas de negociações multilaterais) as relações comerciais entre os países.

Page 20: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

20

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Seis primeiras rodadas de negociação – diminuição dos níveis de proteção tarifária praticados

Sétima rodada – Rodada de Tóquio (1973-1979), foram incluídos outros temas, sendo celebrados vários acordos, entre os quais um Acordo sobre Barreiras técnicas

Page 21: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

21

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Oitava rodada – Rodada do Uruguai (1986-1994) alargou o âmbito das negociações

Integraram-se às regras do GATT vários setores ainda não considerados, devendo se destacar os serviços, a agricultura e os têxteis.

Page 22: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

22

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Principais resultados da rodada: Criação da OMC Compromisso de diminuição dos níveis tarifários

para produtos industriais e agrícolas Introdução de novos setores como agricultura,

têxteis e serviços Introdução do tema direitos de propriedade

intelectual O tema Propriedade Intelectual dá origem a um

acordo especifico – “Trade Related Aspects of Intellectual Propoerty Rights” – TRIPS (Esta é uma das características da nova sociedade do conhecimento)

Page 23: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

23

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Principais resultados da rodada (cont.):Reforço das regras anteriormente

existentes no GATT relativas a temas como barreiras técnicas ao comércio e outros que deram origem a acordos e entendimentos específicos

Novo processo de solução de controvérsias

Page 24: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

24

A OMC – Organização Mundial do Comércio

Complexidade do esforço da Rodada do Paraguai:participaram cerca de cem paísesgeraram dezenas e milhares de páginas de

documentos oficiaisoriginou-se um conjunto de acordos e

entendimentos

Page 25: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

25

PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Com a criação da OMC, mantiveram-se os princípios básicos do comércio internacional que já eram adotados no GATT:Tratamento geral de nação mais favorecidaTratamento nacionalTransparênciaEliminação de restrições quantitativas

Page 26: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

26

FUNÇÕES DA OMC

Facilitar a implementação, a administração, a operação e a busca dos objetivos dos acordos da Rodada do Uruguai

Prover um foro para negociações entre os Países Membros

Administrar um processo de solução de controvérsias (seu entendimento e suas regras)

Administrar um mecanismo de revisão das políticas comerciais dos países membros (TPRM – Trade Police Review Mechanism) Cooperar com o FMI e o Banco Mundial (BIRD)

buscando maior coerência na construção de políticas econômicas, em termos globais

Page 27: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

27

A OMC – Constituição

A OMC tem como órgão máximo a Conferência Ministerial, que se reúne, no mínimo, a cada dois anos. Possui, também, os seguintes órgãos: Conselho Geral integrado por embaixadores de todos os

países membros Órgãos de Solução de Controvérsias Órgão de Revisão de Política Comercial Conselho de Bens Conselho de Serviços Conselho de Propriedade Intelectual Comitês, cerca de 30, entre os quais o de Barreiras Técnicas

ao Comércio e o de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. Secretariado chefiado por um Diretor Geral designado pela

Conferência Ministerial, tendo um corpo técnico de cerca de 500 pessoas.

Page 28: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

28

Page 29: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

29

Blocos econômicos e regiões de livre comércio

Países que agem juntos, em bloco, no cenário econômico internacional

Há graus de integração Região de Livre Comércio (nível menos expressivo): as

alíquotas dos impostos de importação cegam até zero para comércio entre si, eliminando-se também eventuais quotas quantitativas, mas, podem ser mantidas em relação a terceiros países.

Uniões Aduaneiras (nível mais expressivo): constituem uma região de livre comércio, acertam a equalização das diferentes tarifas do imposto de importação com relação a terceiros países, estabelecendo uma tarifa externa comum.

Mercado comum (grau de integração mais profundo): há que se garantir a livre circulação dos fatores de produção entre os países membros

Page 30: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

30

Blocos econômicos e regiões de livre comércio

Nível de integração – necessidade de orquestração política entre os seus membros

Necessidade dos países abrirem mão de uma parcela de sua soberania a favor de uma soberania comum

Graus mais profundos de interação Necessidade de um poder supranacional que defina várias políticas públicas comuns

Os governos ao criarem um poder supranacional buscam aumentar o comércio entre os países envolvidos no movimento de integração econômica

Page 31: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

31

Blocos econômicos e regiões de livre comércio

A formação de blocos é contrária ao multilateralismo, na linha do GATT e da OMC, porquanto podem tender a substituir barreiras nacionais por barreiras regionais.

Os países que, por vezes, estão envolvidos em múltiplas frentes, efetuam um esforço muito grande para dar coerência às posições defendidas e fazê-lo de acordo com as políticas nacionais.

Page 32: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

32

União Européia

Após a 2ª Guerra Mundial redução do antagonismo que ocasionara o conflito criar condições para uma reconstrução européia diante da

destruição ocorrida 1950

França propõe à Alemanha Ocidental a constituição de um “pool” de produção de carvão e a criação de uma organização multinacional para controlá-lo

1951 Estabelecida a Comunidade Européia do carvão e do aço, incluindo

França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. 1957

O Tratado de Roma cria a Comunidade Econômica Européia – CEE, integrada pelos mesmos seis países que compunham a comunidade do carvão e do aço e que deu origem, mais tarde, à União Européia

Page 33: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

33

União Européia

Page 34: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

34

União Européia

Politicas econômicas pouco a pouco delineadas: política industrial européia, política agrícola comum (PAC) outras

Tratado de Maastrich – dá as bases para um adensamento da integração, propiciando o advento da União Européia, inclusive com a criação do euro, moeda européia ainda não adotada entre os 15 países membros

Page 35: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

35

MERCOSUL

MERCOSUL – é uma União Aduaneira (embora o nome refira-se a mercado comum).

As assimetrias entre as economias dos países da região tem dificultado por demais este processo

A Tarifa Externa Comum do MERCOSUL tem muitas exceções e existem múltiplas dificuldades a serem contornadas

É praticamente impossível pensar-se em algum esquema de supranacionalidade

Assim, não foram ainda estruturadas políticas comuns, como seria desejável

Tem havido necessidade de um grande esforço de negociação em busca de consensos

Page 36: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

36

MERCOSUL

Page 37: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

37

MERCOSUL

Reuniões da ALCA – MERCOSUL apresenta-se como um bloco, com voz única.

Na negociação com a União Européia para a formação de uma zona de livre comércio, tem negociado de forma monolítica – negociação inter-blocos.

Page 38: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

38

MERCOSUL

Estrutura já prevista no Tratado de Assunção que o criou

Conta com o Conselho do Mercado Comum – CMC,com representação ministerial de cada país e do qual participam, por vezes, os chefes de governo.

Abaixo dele está o Grupo Mercado Comum – GMC, sob o qual se vinculam os comitê e grupo de negociação de caráter mais técnico ou operacional.

As decisões do CM e as Resoluções do GMC devem ser internalizadas pelos quatro Países Membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Page 39: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

39

ALCA

ALCA – Área de livre comércio da Américas Trata-se de uma zona

de livre comércio Estão sendo discutidos

temas como: questões tarifárias, propriedade intelectual, barreiras técnicas, salvaguardas etc.

Page 40: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

40

ALCA

As negociações para a criação da ALCA, devido à complexidade, necessita sempre de se fazer o contraponto com os acordos da OMC.

Políticas comuns não devem existir em um futuro próximo

Page 41: 1 BARREIRAS TÉCNICAS Qualidade e Produtividade Normalização da Qualidade

41

ALCA

A eliminação de obstáculos ao comércio entre os países da região pan-americana pode ter profundas conseqüências na vida destes, em particular, do Brasil

Ponto crítico – avaliar as conseqüências futuras de cada questão negociada, de cada ponto acordado.

Serão necessárias análises setoriais e específicas para que se possa negociar com base em dados reais, e não com meras suposições.