1 antigo regime e revolução inglesa

23
ANTIGO REGIME E REVOLUÇÃO INGLESA CAPÍTULO 8 – PÁGINA: 92 HISTÓRIA 2º ANO

Upload: marilia-pimentel

Post on 20-Mar-2017

86 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1  antigo regime e revolução inglesa

ANTIGO REGIME E REVOLUÇÃO

INGLESACAPÍTULO 8 – PÁGINA: 92

HISTÓRIA 2º ANO

Page 2: 1  antigo regime e revolução inglesa

Antigo Regime

• Conceito : conjunto básico de elementos e instituições que predominaram em diversos países europeus entre os séculos XVI e XVIII e que acabaram sendo modificados ou eliminados após processos revolucionários específicos de cada país.

Capítulo 8 – pág. 92

Um sistema de governo que vigorou na Europa, principalmente, entre os séculos XVI e XVIII.

Page 3: 1  antigo regime e revolução inglesa

Características do Antigo Regime

• Sociedades rurais e estamentais (séc. XVI –XVIII) :

• - predominância da população rural sobre a urbana : cerca de 80% das pessoas vivia no campo;

• - Diversidade de ofícios: trabalhadores na agricultura e pecuária; comerciantes e artífices (metalúrgico, carpinteiro, mineiro etc.); construtor de carroças/carruagem etc.;

• - trabalho dos camponeses submetidos a variadas formas de servidão;

• As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras) – burguesia comercial;

Capítulo 8 – pág. 92

Page 4: 1  antigo regime e revolução inglesa

Características do Antigo Regime

• Os estamentos (ordens ou estados) : Clero, nobreza e terceiro estado.

Capítulo 8 – pág. 92

PRIVILEGIADOS NÃO PRIVILEGIADOS

CLERO NOBREZA TERCEIRO ESTADOBURGUESIA / POVO

Mobilidade social reduzida

Page 5: 1  antigo regime e revolução inglesa

Características do Antigo Regime

• Desigualdade Jurídica: • - Cada ordem tinha um estatuto jurídico próprio;

Capítulo 8 – pág. 92

ORDEM OBRIGAÇÃO DIREITOCLERO Praticar o oficio religioso;

conduzir os fiéis à salvação eterna.

Ser alimentado e defendido.

NOBREZA Garantir a defesa militar da sociedade.

Contar com as orações e o trabalho dos outros.

TERCEIRO ESTADO

Trabalhar para o sustento de todos.

Receber orações e segurança.

Page 6: 1  antigo regime e revolução inglesa

• De acordo com diversos historiadores , é possível considerar que as sociedades do Antigo Regime estabeleciam juridicamente a desigualdade entre as pessoas.

• A lei não era igual para todos, porque os seres humanos não eram considerados iguais.

• A expressão dessas desigualdades era a distribuição das pessoas pelos estamentos sociais.

• A mudança dessa estrutural estamental implicou uma série de transformações históricas, associadas ao pensamento liberal, que lutavam por promover a passagem do súdito ao cidadão.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 7: 1  antigo regime e revolução inglesa

• As concepções políticas que marcaram o Antigo Regime foram combatidas pelos chamados pensadores liberais.

• Segundo eles, os seres humanos nascem iguais e, por isso, devem ter reconhecidos igualmente os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à dignidade, à resistência contra a opressão social etc.

• Nesse sentido, a lei deveria ser geral e igual para todos.• O pensamento liberal ganhou expressão principalmente a partir da segunda metade do século XVIII.

Capítulo 8 – pág. 92SAIBA MAIS

Page 8: 1  antigo regime e revolução inglesa

• De acordo com as concepções do pensamento liberal, o reconhecimento da igualdade jurídica implicaria acabar com o regime de desigualdade por nascimento e com os privilégios daí decorrentes.

• Como consequência prática, seria, estabelecida, por exemplo, a igualdade no pagamento dos tributos, no acesso aos cargos públicos, no julgamento perante os tribunais, na aplicação das penas judiciais etc.

• É é claro que as forças conservadoras (ou seja, os que detinham os privilégios) não aceitaram essas ideias, reagindo a elas.

Capítulo 8 – pág. 92SAIBA MAIS

Page 9: 1  antigo regime e revolução inglesa

ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

• - Durante a Idade Moderna ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais em grande parte da Europa.

• - Desse processo, resultou em diversos países europeus outra característica do Antigo Regime: o sistema político chamado absolutismo monárquico.

• Nas monarquias absolutistas, a autoridade dorei constituía a fonte suprema dos poderes do Estado.• O regime absolutista, sob diferentes formas,

teve lugar na história política de Estados europeus como Portugal, Espanha, Inglaterra e França.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 10: 1  antigo regime e revolução inglesa

ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

• Teorias que justificavam o absolutismo:

• - Teóricos: Thomas Hobbes e Jacques Bossuet;• - Argumentos: - O poder absoluto como condição necessária para a paz e o progresso: “ O Estado se compara a um monstro poderoso, criado para acabar com a desordem e a insegurança da sociedade.” (Hobbes). - Ideia de um “contrato social”, no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um governo absoluto, capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança no convívio social. o poder do Estado nasceria desse “contrato social”.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 11: 1  antigo regime e revolução inglesa

ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

• Teorias que justificavam o absolutismo:

• - Teóricos: Thomas Hobbes e Jacques Bossuet;• - Argumentos: - O poder absoluto do rei como direito divino: O bispo Bossuet dizia que o rei era predestinado por Deus para governar. Assim, seu poder, sendo de origem divina, só podia ser absoluto. Por isso, o rei estava acima de todos os súditos e não precisava justificar a ninguém suas atitudes e ordens – somente Deus poderia julgá-las.

Capítulo 8 – pág. 92

“Um rei, uma fé, uma lei”. Bossuet

Page 12: 1  antigo regime e revolução inglesa

DOCUMENTO• O REI DEFINE SEU PODER:• Em suas Memórias – que deixou para instrução

de seu filho Luís XV - , Luís XIV, também conhecido como “rei-Sol”, escreveu:

• Todo poder, toda autoridade estão nas mãos do rei e não pode haver outra no reino que aquela por ele estabelecida (...).

• A vontade de Deus é que todo aquele que nasceu súdito obedeça cegamente (...) è somente à cabeça que compete deliberar e resolver, e todas as funções dos outros membros consistem apenas na execução das ordens que lhes são dadas.

Luís XIV. Memórias. In: ISAAC, Jules; ALBA, André. Tempos modernos. São Paulo: Mestre Jou, 1968.p.165.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 13: 1  antigo regime e revolução inglesa

• Inglaterra – transformações significativas nas estruturas políticas e sociais que caracterizaram as sociedades europeias na Idade Moderna.

• Essas transformações, que levaram ao fim do absolutismo monárquico, integram o longo processo conhecido como Revolução Inglesa (1642 – 1689).

A INGLATERRA: do Absolutismo à Monarquia Parlamentar

Capítulo 8 – pág. 92

Page 14: 1  antigo regime e revolução inglesa

• MONARQUIA ABSOLUTISTA INGLESA:• - Início: rei Henrique VII (1457 – 1509) – dinastia Tudor.• - Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485), conflito

provocado por disputas pelo trono inglês entre duas poderosas famílias da nobreza, os Lancaster e os York, grandes proprietários de terra.

A INGLATERRA: do Absolutismo à Monarquia Parlamentar

Capítulo 8 – pág. 92

Page 15: 1  antigo regime e revolução inglesa

• DINASTIA DOS TUDOR: a harmonia de interesses:• - Henrique Tudor (laços Lancaster/York), subiu ao trono como

Henrique VII e implantou o absolutismo monárquico, conseguindo a pacificação do país.

• Sucessores: Henrique VIII e Elizabeth I.• Henrique VIII – rompeu com o papa e fundou a Igreja Anglicana.• Elizabeth I – fortaleceu o absolutismo inglês; crescimento

econômico; expansão colonial inglesa (colonização da América do Norte.

Capítulo 8 – pág. 92

HENRIQUE VII HENRIQUE VIII ELIZABETH I

Page 16: 1  antigo regime e revolução inglesa

• DINASTIA DOS TUDOR: a harmonia de interesses:

• Governou de forma absoluta, durante o século XVI, com o apoio da burguesia e da pequena nobreza rural (gentry).

• Medidas adotadas:• - Centralização do poder político, que garantia a ordem

social;• - Uniformização da moeda, do sistema de pesos e

medidas e das tarifas, que facilitava o comércio;• - Permissão concedida aos corsários (piratas vinculados à

Coroa) para atacar navios inimigos, possibilitando o acesso a diversos produtos, principalmente metais preciosos;

• - Incentivo dado à expansão marítima e comercial, que favorecia o crescimento capitalista.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 17: 1  antigo regime e revolução inglesa

• A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, também participava desse jogo de interesses: mantinha nas cerimônias a forma ritual católica (liturgia, hierarquia sacerdotal etc), mas destacava o conteúdo calvinista da religião protestante.

• Na interpretação de Max Weber, a ética religiosa calvinista era mais compatível com os valores burgueses em ascensão naquele período, uma vez que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas e legitimava o lucro.

Capítulo 8 – pág. 92

Page 18: 1  antigo regime e revolução inglesa

• DINASTIA DOS STUART: o início dos conflitos• Fim da dinastia Tudor com a morte de Elizabeth I. não

deixou descendentes diretos.• Seu primo Jaime (1566-1625), rei da Escócia assume o

trono inglês.• Jaime I – soberano da Escócia e Inglaterra – início da

dinastia Stuart.• Iniciaram-se graves conflitos de interesses entre os grupos

dominantes da sociedade.• Tudor – “poder de fato “ - Stuart – poder “de direito”

(reconhecido juridicamente, como na França).• Oposição do Parlamento inglês, que detinha o poder “de

direito “ (Carta Magna 1215).• Stuart (reconhecimento do poder absoluto) X Parlamento

(defendia limitação jurídica do poder real).

Capítulo 8 – pág. 92

Page 19: 1  antigo regime e revolução inglesa

• A luta pelo poder entre Monarquia e Parlamento teve reflexos em vários setores da sociedade, inclusive no campo religioso.

• Revolução Gloriosa é o nome dado pelo movimento ocorrido na Inglaterra entre 1688 e 1689 no qual o rei Jaime II foi destituído do trono britânico. Chamada por vezes de "Revolução sem sangue", pela forma pacífica com que ocorreu, ela resultou na substituição do rei da dinastia Stuart, católico, pelos protestantes Guilherme (em inglês, William), Príncipe de Orange, da Holanda, em conjunto com sua mulher Maria II (respectivamente genro e filha de Jaime II).

A INGLATERRA: REVOLUÇÃO GLORIOSA

Capítulo 8 – pág. 92

Page 20: 1  antigo regime e revolução inglesa

• Quando o rei Guilherme III assumiu o trono britânico, assinou a Declaração de Direitos (Bill of Rights).

• A Declaração de Direitos limitava os poderes monárquicos ( o rei não poderia suspender lei alguma nem aumentar tributos sem a aprovação dos parlamentares):

* Estabelecia-se a superioridade da lei sobre a vontade do rei. * Significou o fim do absolutismo na Inglaterra. * Instalou-se a monarquia parlamentar no Reino Unido, que vigora até a atualidade.

A INGLATERRA: REVOLUÇÃO GLORIOSA

Capítulo 8 – pág. 92

Page 21: 1  antigo regime e revolução inglesa

• O Parlamentarismo, como sistema de governo, estabeleceu-se na Inglaterra.

• “ O rei reina, mas não governa” – Porém, o que se verifica é que o governo é exercido por um primeiro-ministro, indicado pelo rei e aprovado pelo Parlamento.

• Funções do Monarca: chefia do Estado; chefia das Forças Armadas, chefia da Igreja Anglicana.

Capítulo 8 – pág. 92

Atual Primeira-Ministra da Inglaterra Theresa May (início do mandato 13 de julho de 2016 - Em exercício

Page 22: 1  antigo regime e revolução inglesa

A monarquia tradicional

continuou a existir, mas

om uma nova feição:

poderes limitados

pelo respeito jurídico às liberdades individuais.

O sistema feudal foi extinto no

Reino Unido, abrindo espaço

para o desenvolvimento acentuado da produção econômica

mais afinada com os

interesses da burguesia.

Implementação de medidas

para transformar a propriedade agrária, as relações de trabalho no campo e as técnicas de produção.

Tolerância religiosa

Liberdade de expressão política e filosófica.

Consequências da Revolução Gloriosa

Page 23: 1  antigo regime e revolução inglesa

• Pág. 95 : Saiba Mais: Crítica Liberal (1 e 2);• Pág. 97: Compreendendo (1 a 7);• Pág. 100: Compreendendo (1 a 4);• Pág. 103: questão1 (Enem 2009)

Atividade nº 1

PERGUNTAS

E RESPOSTAS

Capítulo 8 – pág. 92