1-2 rs - os livros de reis

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Antigo Testamento II Históricos e Poéticos 111 OS LIVROS DE 1-2 REIS POSIÇÃO NO CÂNON O livro dos Reis é claramente a continuação do livro de Samuel pelo que o hebraico e todas as versões, são unânimes em o colocar a seguir a este. Com efeito, se o livro dos Reis representa um desenvolvimento gradual do livro anterior (ver O Autor) é até possível que 1 e 2Rs formassem, originalmente, a conclusão do livro de Samuel. Em hebraico o livro é um único (embora as Bíblias hebraicas sigam a tradição cristã) e a divisão em 1 e 2Rs, verifica- se a partir da Septuaginta. TÍTULO E DATA O título de Reis é uma tradução literal do hebraico (melāḵîm, reis) que também se encontra na Vulgata. Sobre o nome do livro na Septuaginta, consulte-se a introdução a Samuel. O Terminus a quo para a data é dado por 2Rs 25.27, isto é, 560 a.C.; o fato de se não mencionar a tomada de Babilônia em 538 a.C. nem tampouco a permissão de regresso concedida por Ciro aos exilados no ano seguinte, indica, de maneira quase certa o Terminus ad quem. Mas enquanto for impossível atribuir ao livro um determinado autor, fatores vários, nomeadamente muito do seu conteúdo, levam-nos a situar uma grande parte do livro numa data consideravelmente anterior. Os dois livros de Reis compreendem, na verdade, uma única obra literária, que a tradição judia preservou como uma unidade chamada melāḵîm reis. Essa obra foi dividida em duas partes pelos tradutores da Septuaginta, uma tradição continuada pela Vulgata e outras traduções. Uma edição judaica de 1448 foi a primeira Bíblia hebraica a apresentar a divisão de Reis. As antigas versões relacionavam Samuel e Reis, por meio do título, em uma tentativa de refletir o tema básico comum, a história da monarquia em Israel. A Septuaginta chama-os de Primeiro a Quarto dos Reinos, enquanto a Vulgata usa a palavra Reis e mantém a divisão em quatro partes. A presente divisão de Reis é bastante arbitrária, pois divide ao meio o reinado de Acazias, o ministério de Elias e o período de aliança entre os reinos de Judá e Israel. O AUTOR Certa, tradição judaica não muito recuada, atribui o livro de Reis a Jeremias (Josephus, em termos muito mais gerais, atribui os livros históricos aos profetas); contudo, ainda que possivelmente associado à sua parte final e revisão, não é natural que Jeremias seja o seu único autor. O livro dos Reis baseia-se, em parte, segundo o seu próprio testemunho, em certas autoridades escritas: "o livro dos sucessos de Salomão" (1Rs 11.41), "o livro das crônicas dos reis de Israel" (1Rs 14.19, etc.), "o livro das crônicas dos reis de Judá" (1Rs 14.29, etc.); com efeito, muitas das suas passagens caracterizam-se por uma feição nitidamente descritiva. Mas o livro de Crônicas, utiliza um bom número de fontes proféticas; ver 2Cr 9.29; 2Cr 12.15; 2Cr 13.22; 2Cr 26.22; 2Cr 33.19. Embora se não mencionem em Reis, todas elas seriam, sem dúvida, conhecidas dos autores deste livro. Se considerarmos que o livro dos Reis aparece no cânon hebraico como fazendo parte dos profetas mais antigos, a explicação mais simples, parece-nos ser a seguinte: os

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Introdução ao AT - H 3.

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  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 111

    OS LIVROS DE 1-2 REIS

    POSIO NO CNON

    O livro dos Reis claramente a continuao do livro de Samuel pelo que o hebraico e

    todas as verses, so unnimes em o colocar a seguir a este. Com efeito, se o livro dos Reis

    representa um desenvolvimento gradual do livro anterior (ver O Autor) at possvel que 1

    e 2Rs formassem, originalmente, a concluso do livro de Samuel. Em hebraico o livro um

    nico (embora as Bblias hebraicas sigam a tradio crist) e a diviso em 1 e 2Rs, verifica-

    se a partir da Septuaginta.

    TTULO E DATA

    O ttulo de Reis uma traduo literal do hebraico (melm, reis) que tambm se encontra na Vulgata. Sobre o nome do livro na Septuaginta, consulte-se a introduo a

    Samuel. O Terminus a quo para a data dado por 2Rs 25.27, isto , 560 a.C.; o fato de se

    no mencionar a tomada de Babilnia em 538 a.C. nem tampouco a permisso de regresso

    concedida por Ciro aos exilados no ano seguinte, indica, de maneira quase certa o Terminus

    ad quem. Mas enquanto for impossvel atribuir ao livro um determinado autor, fatores

    vrios, nomeadamente muito do seu contedo, levam-nos a situar uma grande parte do livro

    numa data consideravelmente anterior.

    Os dois livros de Reis compreendem, na verdade, uma nica obra literria, que a

    tradio judia preservou como uma unidade chamada melm reis. Essa obra foi dividida em duas partes pelos tradutores da Septuaginta, uma tradio continuada pela

    Vulgata e outras tradues. Uma edio judaica de 1448 foi a primeira Bblia hebraica a

    apresentar a diviso de Reis.

    As antigas verses relacionavam Samuel e Reis, por meio do ttulo, em uma tentativa

    de refletir o tema bsico comum, a histria da monarquia em Israel. A Septuaginta chama-os

    de Primeiro a Quarto dos Reinos, enquanto a Vulgata usa a palavra Reis e mantm a diviso

    em quatro partes.

    A presente diviso de Reis bastante arbitrria, pois divide ao meio o reinado de

    Acazias, o ministrio de Elias e o perodo de aliana entre os reinos de Jud e Israel.

    O AUTOR

    Certa, tradio judaica no muito recuada, atribui o livro de Reis a Jeremias

    (Josephus, em termos muito mais gerais, atribui os livros histricos aos profetas); contudo,

    ainda que possivelmente associado sua parte final e reviso, no natural que Jeremias

    seja o seu nico autor.

    O livro dos Reis baseia-se, em parte, segundo o seu prprio testemunho, em certas

    autoridades escritas: "o livro dos sucessos de Salomo" (1Rs 11.41), "o livro das crnicas

    dos reis de Israel" (1Rs 14.19, etc.), "o livro das crnicas dos reis de Jud" (1Rs 14.29, etc.);

    com efeito, muitas das suas passagens caracterizam-se por uma feio nitidamente

    descritiva. Mas o livro de Crnicas, utiliza um bom nmero de fontes profticas; ver 2Cr

    9.29; 2Cr 12.15; 2Cr 13.22; 2Cr 26.22; 2Cr 33.19. Embora se no mencionem em Reis,

    todas elas seriam, sem dvida, conhecidas dos autores deste livro.

    Se considerarmos que o livro dos Reis aparece no cnon hebraico como fazendo

    parte dos profetas mais antigos, a explicao mais simples, parece-nos ser a seguinte: os

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 112

    registros seriam guardados por muitos dos profetas e na ocasio adequada teriam sido

    associados a excertos dos registros reais.

    O reinado de Ezequias, poca, de resto, caracterizada por grande atividade literria

    (Pv 25.1), surge-nos como o momento mais apropriado; que s ento seria possvel que

    fugitivos de Samaria levassem consigo os registros reais. No existem provas que

    justifiquem a atribuio da obra a Isaas, ainda que se no possa excluir tal possibilidade. A

    obra ter sido atualizada e revista no tempo de Josias, trabalho que poder ter sido feito por

    Jeremias. Finalmente, teria voltado a ser atualizada e ligeiramente revista por um

    desconhecido durante o exlio babilnico. Certas particularidades da Septuaginta sugerem

    fortemente uma reviso no tempo de Josias-hiptese acima aventada.

    OBJETIVO

    Como se disse j, o livro dos Reis, no cnon hebraico, um livro proftico; existem,

    alm disso, razes para crer que os seus autores foram profetas. Deus no falava apenas por

    intermdio dos seus servos profetas mas tambm atravs da histria; ora, parte da tarefa

    proftica consistia, precisamente, em interpretar as lies dadas pela histria. Eis a razo por

    que certos reis cujo reinado foi de grande importncia para os seus contemporneos, como

    Onri (1Rs 16.23-28), Azarias ou Uzias (2Rs 15.1-7), Jerobo II (2Rs 14.23-29), se passam

    praticamente em claro. As lies a aprender so de carter espiritual e no poltico. esta a

    razo por que se descrevem extensivamente os dois perodos de crise - o reino de Acabe ao

    Norte e o de Ezequias ao Sul. No nos deve pois surpreender que os arquelogos, em

    obedincia a conceitos diferentes, apresentem freqentemente os reis e, as suas aes a uma

    luz um tanto diferente. Mas as suas descobertas, se bem que muitas vezes confirmando a

    exatido do livro dos Reis, no aprofundam a nossa compreenso espiritual do perodo.

    CONTEXTO HISTRICO

    Reis cobre um perodo de 410 anos, da morte de Davi (971 a.C.) restaurao de

    Joaquim (561 a.C.). Nesse perodo, o foco de poder no Oriente Mdio se deslocou vrias

    vezes. No incio do livro, Israel era esse foco, que finalmente passou Assria e, finalmente,

    Babilnia. Ocasionalmente, o Egito e a Sria (rm) tornavam-se focos temporrios de ateno internacional devido a seu freqente relacionamento com Israel (cuja histria era

    sempre a lente pela qual os acontecimentos no Oriente Mdio eram observados e

    analisados).

    FORMA LITERRIA E MENSAGEM DE REIS

    Reis no possui a complexa estrutura literria de Samuel. Seu plano mais simples e

    consiste basicamente em estabelecer contrastes e comparaes ao que o autor/editor

    percebia como os padres mximos de fidelidade e infidelidade a Yahweh e Sua aliana,

    Davi e Jeroboo.

    Isso no significa que no haja arte ou teologia na maneira em que as narrativas e

    avaliaes foram ordenadas no livro. Reis possui um propsito didtico, que cumpre sem

    recorrer s distores ou exageros tpicos das crnicas reais de outras naes do antigo

    Oriente Mdio, (John Walton, Ancient Israelite Literature in Its Cultural Context, p. 117)

    pois os reis de Israel e Jud so retratados como indivduos sujeitos a fracassos morais,

    polticos e militares.

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 113

    O propsito mais amplo do livro era oferecer s geraes exlica e ps-exlica uma

    explicao coerente para o fato do povo escolhido por Yahweh ter-se reduzido a um

    punhado de escravos na Babilnia, bem como uma esperana diante de tal fracasso. Para

    atingir esse propsito, o autor/editor d ateno mais detalhada a certos eventos e

    personagens, particularmente queles que demonstram mais claramente que o fracasso

    temporal da monarquia teocrtica no se deveu a alguma falta de poder ou falha de carter

    de Yahweh, mas pela falta de conformidade do povo aliana assumida no Sinai e renovada

    nas campinas de Moabe.

    Um dos fatores que demonstram essa proposta a proporo. Levando-se em conta

    que o livro cobre um perodo de 410 anos em 47 captulos, vemos que a descrio dos 40

    anos do reinado de Salomo cobre onze captulos, dos quais nada menos que quatro so

    dedicados construo e dedicao do templo. Praticamente, trs captulos so dedicados

    ascenso e ao reinado de Jeroboo, que durou 22 anos. Os ministrios de Elias e Eliseu, que

    juntos duraram cerca de 40 anos, merecem nada menos que 19 captulos, em que muitas

    vezes a narrativa extremamente detalhada. Em contraste, Onri, que fundou a terceira

    dinastia de Israel e edificou Samaria, e que foi to importante aos olhos de seus

    contemporneos, a ponto de Israel ser freqentemente mencionada em inscries do OMA

    como a casa de Onri, merece apenas um pargrafo.

    Outro fator literrio que orienta o leitor a essa dupla percepo de fracasso e

    esperana em relao ao tema fundamental que a monarquia teocrtica, o uso de um

    recurso chamado inclusio, que consiste em utilizar o mesmo tema como uma espcie de

    parnteses para indicar que o todo est tratando do mesmo assunto ou deve ser olhado da

    mesma perspectiva teolgica. Este parece ser o alvo da incluso da luta fratricida no incio

    do livro (que mostra que a diviso interna e a intriga palaciana no puderam anular a aliana

    davdica) e da incluso da reabilitao de Joaquim como eplogo do livro (que mostra que

    nem mesmo destruio e exlio puderam extinguir a esperana de que a linhagem davdica

    viesse a produzir o Filho de Davi, cujo trono seria eterno).

    Dois discursos contidos no livro focalizam o tema da observncia aliana e das

    conseqncias de sua desobedincia. O primeiro, que focaliza o templo como meio de

    expresso da lealdade mtua exigida pelo pacto deuteronmico, est contido na bno e

    orao de Salomo (1 Rs 8.12-61). Esse discurso era importante, porque a inaugurao do

    Templo marcou, de maneira efetiva aos olhos do povo, a total integrao da vida de Israel

    como monarquia teocrtica. O segundo discurso vem do prprio autor/editor (2 Rs 17.7-23),

    ao explicar a causa do cativeiro das dez tribos do Norte, creditado falta de lealdade pactual

    (17.15). Prolepticamente, o autor/editor avana at o cativeiro babilnico ao comentar sobre

    Jud e seu exlio (17.19,20). De outro lado, a orao do rei na dedicao do templo,

    fundamentada em Deuteronmio 4 e 28, j acenava, sim, com a possibilidade do cativeiro,

    mas tambm com a restaurao, que o autor/editor deixa em germe na reabilitao de

    Joaquim (25.27-30).

    O livro de Reis tambm se vale de quiasma como tcnica literria para enfatizar sua

    mensagem e chamar a ateno do leitor para incidentes cruciais na demonstrao do

    fracasso pactual de Israel.

    Um aspecto literrio curioso em Reis o uso de polmica para buscar a vindicao

    do yahwismo contra a religio estatal de Acabe e Jezabel, o baalismo. Primeiro Reis 17 e 18

    refletem um cuidado do autor/editor em demonstrar que Yahweh jogou no campo do adversrio e venceu o conflito dos deuses (um estudo magistral da polmica anticananita em

    Reis The Stories of Elijah and Elisha, de Leah Bronner. Veja ainda George Saint-Laurent,

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 114

    Light from Ras-Shamra on Elijahs Ordeal upon Mount Carmel, em Scripture in Context, editado por Carl D. Evans, pp. 123-139).

    luz dessas observaes, a seguinte mensagem proposta para o livro de Reis (1 e

    2):

    A infidelidade nacional para com as alianas deuteronmica e davdica trouxe o juzo

    deliberado de Yahweh sobre a monarquia teocrtica depois de vrias demonstraes de Sua

    pacincia e misericrdia em virtude das promessas davdicas que aguardavam um

    cumprimento final.

    A TEOLOGIA DE REIS (A PESSOA E O CARTER DE DEUS)

    Yahweh apresentado no livro de Reis primariamente como o Deus das alianas. Ele

    o mesmo Deus que Se revelou a Israel no Sinai (cf. 1 Rs 19), e que agora Se mostra fiel

    nas demonstraes de misericrdia e na execuo da justia de acordo com as promessas da

    aliana.

    Yahweh santo

    Este atributo visto mais freqentemente no julgamento contra os que violam os

    preceitos da aliana mosaica do que em declaraes formais encontradas no texto. Reis , ao

    lado de Juzes, o exemplo principal da justia de Yahweh, isto , de Sua santidade em ao.

    Assim, o juzo contra Salomo vem porque a santidade e a singularidade de Yahweh so

    ofendidas por sua tolerncia com a idolatria e posterior adeso a ela (1 Rs 11). De igual

    modo, Jeroboo perde a bno de Yahweh e traz maldio sobre sua dinastia em razo de

    suas perverses idlatras, que se tornaram o padro pelo qual Israel media o mal (a

    promessa feita a Jeroboo marcadamente distinta daquela que feita a Davi. Seu carter era

    eminentemente condicional (1 Rs 11:38), em contraste com a aliana de doao real feita a

    Davi (2 Sm 7:8-16, especialmente os versculos 15 e 16).).

    Talvez o exemplo mais dramtico do zelo de Yahweh por Sua santidade o do

    homem de Deus que foi morto por um leo por no obedecer estritamente ordem que

    havia recebido (1 Rs 13.11-33). O exemplo mais conhecido, claro, a confrontao entre

    Elias e os profetas de Baal (18.16-40), em que a santidade e a singularidade de Yahweh

    foram magnificamente vindicadas.

    Yahweh gracioso

    Ele demonstra Seu amor leal a Seus servos (1 Rs 8.22), derrama copiosamente

    riqueza e sabedoria (3.12-14), restringe o julgamento vista do arrependimento do mais vil

    pecador (21.28,29), cura estrangeiros e revela-lhes Seu carter (2 Rs 5.1-19a), como

    tambm no abre mo de Seus propsitos graciosos mesmo quando Seu profeta sugere que

    um Israel crivado de pecados chegou ao fim da picada pactual (1 Rs 19.9-18). As profundezas da graa de Yahweh encontram-se, todavia, em Sua preservao da

    linhagem davdica, mesmo em face da mais grosseira idolatria e infidelidade moral.

    Salomo (1 Rs 11.35), Abio (15.4) e at mesmo o piedoso Ezequias (2 Rs 20.12-21)

    so exemplos de tal graa preservadora expressa nos termos das promessas incondicionais

    das alianas abramica e davdica.

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 115

    Yahweh fiel

    A fidelidade divina j reconhecida por Salomo como o elemento chave em sua

    subida ao trono e na construo do templo (1 Rs 8.20). Falhas humanas subseqentes no

    invalidam as promessas de Deus, assim como a presena de nuvens escuras no invalida a

    realidade do sol. De fato, como Gerhard von Rad sugeriu, a crtica parcialmente destrutiva dos reis de Jud e Israel teve assim seu aspecto positivo e o deuteronomista

    serviu-se dela para preservar de qualquer alterao ou usurpao, o que, em sua opinio, era

    o verdadeiro sentido da profecia de Nat (G. von Rad, Teologia do Antigo Testamento,

    1:332).

    O eplogo sobre a reabilitao de Joaquim uma indicao clara da fidelidade pactual

    de Yahweh. Alm disso, o Deus que chama para Si a responsabilidade de cumprir Suas

    alianas tambm fiel em preservar um remanescente para o qual tais promessas venham,

    por fim, a tornar-se realidade (cf. 1 Rs 19.18). Uma nota de solene advertncia que essa

    fidelidade s promessas inclui as promessas de juzo. Mesmo a profunda converso e

    devoo de um Josias incapaz de deter a mar da ira pactual de Yahweh contra o entulho

    idlatra e imoral acumulado por um Manasss (2 Rs 23.26), cuja influncia acompanhou

    Jud at o dia nove de abril de 586 a.C., quando Nabucodonozor destruiu Jerusalm (este

    elemento corporativo que no se manifestou nos Juzes e esteve to presente em Samuel e

    Reis fonte de inquietao para von Rad, Teologia 2:333. A diferena entre os perodos

    est ligada escolha do povo e ao fato de que uma vez assumida a autoridade real, a

    misteriosa identidade corporativa entrava em ao. Alm disso, Israel de fato assumira o

    estilo de vida cananeu e trouxera, com isso, sobre si a ira santa do Deus que pronunciara um

    (erem, edito de aniquilamento) contra Cana).

    A ADMINISTRAO DOS PROPSITOS DE DEUS

    O decreto da permisso do mal

    No livro de Reis o mal aparece na luta espiritual pelo corao dos reis, primariamente

    os da linhagem de Davi, que so confrontados com a escolha de seguir os passos de seu

    ilustre antepassado ou os caminhos tortuosos da idolatria, quer em sua verso conforme

    Jeroboo, quer na verso baalstica. Outras foras do mal so a guerra entre os reinos

    (Norte-Sul) e, no plano poltico da teocracia, a subservincia a potncias estrangeiras com

    vistas segurana e sobrevivncia da nao, muitas vezes s custas dos tesouros sagrados

    de Israel. Tal prtica foi condenada veementemente pelos profetas como adultrio pactual.

    A ao divina em julgar o mal

    Essa atividade assumiu formas diversas em Reis. O mal em Israel e Jud foi muitas

    vezes purgado por meio de invaso e opresso estrangeira (Yahweh usou egpcios, srios,

    moabitas, filisteus, assrios e babilnios para isso). No plano interno, o juzo foi mediado

    por profetas (Elias e Eliseu) e reis (Je, que desmantelou o aparato estatal baalista montado

    por Acabe e Jezabel [2 Rs 9 e 10] e Jeos, que puniu o idlatra e arrogante Amazias; cf. 2 Cr

    25.14).

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 116

    A promessa de libertar do mal

    essa promessa que garante a subsistncia de Jud na poca do cisma de Jeroboo (1

    Rs 11.12,13), no tempo da apostasia de Abias (15.4,5), no tempo da trama diablica de

    Atalia para eliminar a linhagem de Davi (2 Rs 11.1), e no quase aniquilamento de Jud

    durante a invaso de Senaqueribe (19.24; 20.6).

    O decreto de abenoar os eleitos

    Essa linha de ao divina est presa aliana davdica, que, no livro, mais notvel

    pelo fracasso de seus representantes; isso mantm acesa na mente do leitor a questo de

    quando viria o Filho de Davi, to esperado. O propsito divino de restabelecer Seu governo

    por intermdio de um rei davdico exigia o surgimento de algum maior do que Davi.

    Mesmo seus descendentes mais piedosos, Ezequias e Josias, fracassaram na tarefa de vencer

    o mal (cf. Gn 4.7). A linhagem davdica preservada no cativeiro, e os leitores chegam ao

    fim do relato insatisfeitos com o resultado, mas esperanosos quanto ao futuro, aguardando

    a apario do Filho de Davi e do pleno cumprimento da aliana.

    TEMAS TEOLGICOS EM REIS

    CULTO E PROFECIA COMO INSTRUMENTOS DA TEOCRACIA

    O culto

    Uma grande parte da teologia do Antigo Testamento gira em torno do culto mosaico

    e do lugar onde este era realizado. A prpria nao s ganhou tal status quando o

    tabernculo foi inaugurado e a presena de Yahweh tornou-se visvel ao povo. Com a

    entrada em Cana, tornou-se necessrio definir claramente o que era um culto aceitvel,

    principalmente pelas semelhanas conceituais e verbais entre o yahwismo e as religies dos

    cananeus.

    Uma aparente tenso, que existiu desde o comeo da habitao em Cana, foi a

    centralizao do culto exigida em Deuteronmio 12, 14 e 16 e a existncia dos famosos

    (bmt, altos), em que todo Israel, dos camponeses aos monarcas, adorou. A ala liberal da erudio fez dessa aparente tenso uma tenso real e a base de sua datao recente para

    Deuteronmio e outras partes do AT. Talvez seja mais apropriado aceitar a idia proposta

    por M. H. Segal de que Deuteronmio no insistia em um lugar nico, mas em que o lugar

    fosse divinamente aprovado (i.e., no fosse um local de culto sincrtico) (M. H. Segal, The Book of Deuteronomy, Jewish Quarterly Review 48 (1957-8):315-51). Isso explicaria a nota crtica em relao a alguns reis: Os altos, porm, no foram tirados (1 Rs 15.14; 22.44).).

    Quando o templo foi construdo, Israel partiu de uma premissa bsica, a de que o

    templo no poderia conter ou limitar Yahweh, que era universal e onipresente (cf. 1 Rs

    8.27). O templo era o local de Sua manifestao em glria, beleza, santidade e justia, onde

    o desfavorecido e explorado podia buscar ajuda (8.21). A universalidade de Yahweh era

    vista no fato de o estrangeiro poder orar a Ele, caso tivesse se identificado com Seu povo

    (8.41-43), e no fato de que a orao de Israel no Exlio seria ouvida se dirigida ao templo

    (8.46-51). Certamente essa passagem a base da ao de Daniel quando confrontado com o

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 117

    edito de Dario (Dn 6) e com o fato dos 70 anos de cativeiro preditos por Jeremias estarem se

    cumprindo (Dn 9). Essa prtica permanece na mentalidade islmica.

    Infelizmente, com o passar dos sculos, a confiana foi desviada Daquele que

    habitava no templo para o Templo em si, o mesmo erro que Israel praticou em relao arca

    (1 Sm 4). Jeremias foi o profeta que mais veementemente atacou tal hierolatria (cf. Jr 7).

    A profecia

    O movimento proftico teve em Samuel seu fundador oficial. A escola de profetas,

    ainda incipiente e carismtica em 1 Samuel 10, aparece mais organizada e teolgica nas

    narrativas de Elias e Eliseu.

    Os profetas aparentemente desfrutavam uma condio implicitamente aceita pela

    nao, que os colocava acima dos reis. Isso pode ser creditado ao fato de que Moiss era

    visto como o profeta por excelncia e que servira de intermedirio entre Yahweh e Israel. A

    etimologia da palavra hebraica (n) incerta, mas certo que em Reis, os profetas ungem e repreendem reis, do conselho baseado em revelao divina e acompanham os exrcitos

    guerra (Odede e Eliseu so dois exemplos) como porta-vozes de Deus.

    Elias e Eliseu so dois casos peculiares no movimento proftico em Reis, pois

    cumprem uma funo scio-poltico-religiosa singular, a de ministrar a graa pactual de

    Yahweh na resistncia ao baalismo e no desmantelamento do aparato religioso criado para

    sustentar essa falsa religio.

    Enquanto o ministrio de Elias foi primariamente de julgamento, o de Eliseu foi de

    misericrdia, o que fornece um paralelo marcante aos ministrios de Joo Batista e de Jesus.

    ESBOO

    I. OS LTIMOS DIAS DE DAVI E A ASCENSO DE SALOMO (1 Rs 1.12.46) A. A velhice de Davi (1.1-4)

    B. Adonias reclama o trono (1.5-10)

    C. Contra-ao de Nat e Bate-Seba (1.11-27)

    D. Davi confirma Salomo como seu sucessor (1.28-40)

    E. A insurreio de Adonias fracassa (1.41-53)

    F. A instruo de Davi a Salomo (2.1-9)

    i. Andar nos caminhos do SENHOR (2.1-4)

    ii. Retribuio a Joabe (2.5-6)

    iii. Bondade para com Barzilai (2.7)

    iv. Retribuio a Simei (2.8-9)

    G. Davi sucedido por Salomo (2.10-12)

    H. Salomo executa as retribuies (2.13-46)

    i. Adonias (2.13-25)

    ii. Abiatar, o sacerdote (2.26-27)

    iii. Joabe (2.28-35)

    iv. Simei (2.36-46)

    II. O REINADO DE SALOMO (1 Rs 3.111.43) A. A sabedoria de Salomo (3.14.34)

    i. Sabedoria herdada e demonstrada (3.1-28)

    a. Um prefcio do reinado (3.1-3)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 118

    b. O dom da sabedoria (3.4-15)

    c. Um exemplo da sabedoria dada por Deus a Salomo (3.16-28)

    ii. A sabedoria de Salomo na administrao (4.1-34)

    a. Os altos oficiais de Salomo (4.1-6)

    b. Os distritos administrativos de Salomo (4.7-19)

    c. Provises para a corte (4.20-28)

    d. A sabedoria de Salomo (4.29-34; heb., 5.9-14)

    B. As construes de Salomo (5.19,9) i. A organizao dos materiais e da mo-de-obra (5.1-18; heb. 5.15-32)

    a. A aliana com Hiro, rei de Tiro (5.1-12)

    b. Uma nota adicional sobre o uso da mo-de-obra de Israel (5.13-18)

    ii. A construo do templo (6.1-38)

    a. A data da fundao (6.1)

    b. A estrutura (6.2-10)

    c. Um lembrete da promessa de Deus (6.1-13)

    d. O trabalho em madeira do interior (6.14-18)

    e. O santurio interior (6.19-28)

    f. A ornamentao e as portas (6.29-38)

    iii. A construo de seu palcio (7.1-12)

    iv. A moblia do templo (7.13-51)

    a. Hiro de Tiro (7.13-14)

    b. As colunas de bronze de Jaquim e Boaz (7.15-22)

    c. O mar de fundio (7.23-26) d. Os utenslios (7.27-39)

    e. Resumo dos trabalhos em bronze (7.40-47)

    f. Lista de peas de ouro (7.48-51)

    v. A dedicao do templo (8.19,9) a. A entrada da arca (8.1-13)

    b. A declarao de Salomo (8.14-21)

    c. A orao de dedicao de Salomo (8.22-61)

    d. A festa de Salomo (8.62-66)

    e. O SENHOR aparece mais uma vez a Salomo (9.1-9)

    C. Outros feitos de Salomo (9.1011.43) i. Um resumo (9.10-28)

    a. Novo acordo com Hiro (9.10-14)

    b. O uso de trabalho forado (9.15-23)

    c. Mais construes (9.24)

    d. Adorao e sacrifcio no templo (9.25)

    e. Comrcio martimo de Salomo (9.26-28)

    ii. A visita da rainha de Sab (10.1-13)

    iii. A riqueza de Salomo (10.14-29)

    iv. O esplendor superado pelo fracasso (11.1-43)

    a. As esposas de Salomo (11.1-8)

    b. O julgamento divino anunciado (11.9-13)

    c. Causas polticas da diviso do reino unido (11.14-40)

    d. A frmula de encerramento (11.41-43)

    III. A HISTRIA DO REINO DIVIDIDO (1 Rs 12.12 Rs 10.36)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 119

    A. A diviso do reino (12.114.20) i. Roboo (12.1-24)

    a. A atitude de Roboo (12.1-5)

    b. Conselho certo e conselho errado (12.6-15)

    c. Israel se divide (12.16-10)

    d. O plano de guerra de Roboo impedido (12.21-24)

    ii. Jeroboo (12.2514.20) a. O pecado de Jeroboo (12.25-33)

    b. Jeroboo e os profetas (13.114,18) c. A frmula de encerramento do reinado de Jeroboo (14.19-20)

    B. A histria de cada reinado (14.2116.20) i. Roboo de Jud (14.21-31)

    a. Resumo do reinado (14.21-24)

    b. Invaso de Sisaque (14.25-28)

    c. A frmula de encerramento do reinado de Roboo (14.29-31)

    ii. Abias de Jud (15.1-8)

    iii. Asa de Jud (15.9-24)

    a. Resumo do reinado (15.9-15)

    b. Nova guerra contra Israel (15.16-22)

    c. A frmula de encerramento do reinado de Asa (15.23-24)

    iv. Nadabe de Israel (15.25-32)

    v. Baasa de Israel (15.3316.7) vi. El de Israel (16.8-14)

    vii. Zinri de Israel (16.15-20)

    C. A casa de Onri (16.2122.40) i. Onri de Israel (16.21-28)

    ii. Acabe de Israel (16.29-34)

    iii. Elias e os profetas contra Acabe (17.122.40) a. Deus preserva Elias (17.1-16)

    b. A ressurreio do filho do viva (17.17-24)

    c. Confrontao e justificao (18.1-46)

    d. Elias encorajado (19.1-18)

    e. O chamado de Eliseu (19.19-21)

    f. As guerras de Acabe (20.1-34)

    g. Um profeta repreende Acabe (20.35-43)

    h. A vinha de Nabote (21.1-29)

    i. A batalha final de Acabe contra Ar (22.1-38)

    j. Nota de encerramento sobre o reinado de Acabe (22.39-40)

    D. Histrias dos reinados posteriores (1 Rs22.412Rs 10.36) i. Josaf de Jud (1Rs 22.41-50)

    ii. Acazias de Israel (1Rs 22.512Rs 1.18) a. Resumo do reinado (1Rs 22.51-53)

    b. Elias e Acazias (2Rs 1.1-8)

    c. Elias e o destino dos capites do exrcito (1.9-17a)

    d. A frmula de concluso do reinado de Acazias (1.17b-18)

    iii. Elias deixa seu sucessor indicado (2.1-25)

    iv. Guerra contra Moabe (3.1-27)

    a. Moabe se revolta (3.1-12)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 120

    b. Vitria sobre Moabe e promessa de abundncia de guas (3.13-19)

    c. Derrota de Moabe (3.20-27)

    v. Relatos sobre Eliseu (4.18.15) a. O azeite da viva (4.1-7)

    b. O filho da sunamita (4.8-37)

    c. A morte na panela (4.38-41)

    d. Alimentando uma multido (4.42-44)

    e. Naam curado (5.1-27)

    f. O machado que flutuou (6.1-7)

    g. Os arameus so ludibriados (6.8-23)

    h. O cerco a Samaria (6.247.20) i. A sunamita recebe de volta sua propriedade (8.1-6)

    j. Eliseu e Hazael (8.7-15)

    vi. Histria dos reinados (8.16-29)

    a. Jeoro de Jud (8.16-24)

    b. Acazias de Jud (8.25-29)

    vii. A revoluo de Je (9.110.36) a. Je ungido rei (9.1-13)

    b. A morte dos reis de Israel e Jud (9.14-29)

    c. Jezabel morte (9.30-37)

    d. O extermnio das famlias reais de Israel e Jud e dos adoradores de

    Baal (10.1-36)

    IV. A HISTRIA DE JUD E ISRAEL AT A QUEDA DO REINO DO NORTE (2Rs

    11.117.41) A. Atalia assume o poder em Jud (11.1-20)

    i. O plano de Atalia (11.1-3)

    ii. O plano de Joiada (11.4-8)

    iii. A execuo do plano (11.9-12)

    iv. A morte de Atalia (11.13-16)

    v. A renovao da aliana(11.17-20)

    B. Jos de Jud (11.2112.21) i. Resumo do reinado (11.2112.3) ii. A reforma do templo (12.4-16)

    iii. Detalhes histricos (12.17-21)

    C. Jeoacaz de Israel (13.1-9)

    D. Jeos de Israel (13.10-25)

    i. Resumo do reinado (13.10-13)

    ii. Eventos finais da vida de Eliseu (13.14-21)

    iii. Nota sobre as relaes entre Israel e Har (Sria) (13.22-25)

    E. Amazias de Jud (14.1-22)

    i. Resumo do reinado (14.1-7)

    ii. Israel luta contra Jud (14.8-16)

    iii. O fim de Amazias (14.17-22)

    F. Jeroboo II de Israel (14.23-29)

    G. Azarias de Jud (15.1-7)

    H. Zacarias de Israel (15.8-12)

    I. Salum de Israel (15.13-16)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 121

    J. Menam de Israel (15.17-22)

    K. Pecaas de Israel (15.23-26)

    L. Peca de Israel (15.27-31)

    M. Joto de Jud (15.32-38)

    N. Acaz de Jud (16.1-20)

    i. Resumo do reinado (16.1-4)

    ii. O ataque siro-efraimita (16.5-6)

    iii. O apelo Assria (16.7-9)

    iv. Acaz realiza inovaes no templo (16.10-18)

    v. A frmula de concluso do reinado de Acaz (16.19-20)

    O. Osias e a queda de Israel (17.1-41)

    i. A ocasio do exlio (17.1-6)

    ii. As razes do exlio de Israel (17.7-18)

    iii. Pecado e retribuio em Jud (17.19-20)

    iv. Outro resumo do pecado de Israel (17.21-23)

    v. Samaria recolonizada (17.24-28)

    vi. As diferenas prticas religiosas dos colonos (17.29-41)

    V. A HISTRIA DE JUD AT A QUEDA DE JERUSALM (2Rs 18.125-30) A. Ezequias de Jud (18.120.21) i. Seus primeiros anos (18.1-12)

    ii. Oposio s ameaas de Senaqueribe a Jerusalm (18.1319.37) a. A campanha de Senaqueribe em Jud (8.13-16)

    b. Senaqueribe ameaa Jerusalm (18.17-37)

    c. A libertao de Jerusalm prevista (19.1-36)

    d. A morte de Senaqueribe (19.37)

    iii. Outros incidentes do reinado de Ezequias (20.1-21)

    a. A doena de Ezequias (20.1-11)

    b. Mensageiros de Merodaque-Balad (20.12-19)

    c. Frmula de concluso (20.20-21)

    B. Histrias de reinados (21.1-26)

    i. Manasss de Jud (21.1-18)

    a. Resumo do reinado (21.1-9)

    b. A palavra de Deus a Manasss (21.10-15)

    c. Demais eventos e a frmula de concluso do reinado (21.16-18)

    ii. Amom de Jud (21.19-26)

    C. O reinado e a reforma de Josias (22.123-30) i. Resumo do reinado (22.1-3b)

    ii. Reparos no templo e a descoberta do livro da lei (22.3b-20)

    a. Os reparos no templo (22.3b-7)

    b. A descoberta do livro da lei (22.8-10)

    c. A consulta (22.11-14)

    d. A profecia de Hulda (22.15-20)

    iii. Josias renova a aliana (23.1-3)

    iv. A purificao do culto nacional (23.4-20)

    v. A celebrao da Pscoa (23.21-23)

    vi. Outras reformas e o adiamento do julgamento (23.24-27)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 122

    vii. A frmula e encerramento (23.28-30)

    D. Os ltimos dias de Jud (23.3125.30) i. Jeoacaz de Jud (23.31-35)

    ii. Jeoaquim de Jud (23.3624.7) iii. Joaquim de Jud (24.8-17)

    iv. Zedequias de Jud (24.18-20)

    v. A queda de Jerusalm (24.2025.21) a. A queda da cidade (25.1-7)

    b. A destruio do templo (25.22-26)

    vi. Gedalias, governador de Jud (25.22-26)

    vii. Apndice: A libertao de Joaquim (25.27-30)