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Boletim informativo da Delegação da Comissão Europeia no Brasil ano 3 n.07 Por 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções, atual Presidente da Comissão é confirmado para segundo mandato I Diálogo Brasil-UE sobre Sociedade da Informação Instituições brasileiras de C&T são premiadas pela UE Diretor-Geral de Sociedade da Informação da UE, Fabio Colasanti, visita o Brasil Cerimônia na USP premia instituições brasileiras participantes do 7º Programa- Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento http://www.se2009.eu

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Boletim informativo da Delegação da Comissão Europeia no Brasilano 3 n.07

Por 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções, atual Presidente da Comissão é con�rmado para segundo mandato

I Diálogo Brasil-UE sobre Sociedade da Informação

Instituições brasileiras de C&T são premiadas pela UE

Diretor-Geral de Sociedade da Informação da UE, Fabio Colasanti, visita o Brasil

Cerimônia na USP premia instituições brasileiras participantes do 7º Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento

http://www.se2009.eu

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Volto aqui a um tema crucial: o que fazer para combater o aquecimento do planeta e as alterações climáticas que daí decorrem.

A importância deste tema não tem muita contestação: se nada fizermos coletivamente, e aqui falo de todos os países, o planeta continuará a aquecer e os resultados esperados desse aque-cimento serão desastrosos para todos, e em primeiro lugar para os países e populações mais vulneráveis. As impli-cações geopolíticas são enormes.

Este tema está na agenda de reuniões internacionais, e preparamos ativa-mente a reunião de dezembro próximo em Copenhague, em que esperamos ver delineado um Acordo sobre as alte-rações climáticas.

O tema está logicamente entre os mais importantes da Cúpula UE-Brasil de outubro próximo.

Constato com particular satisfação que o Brasil vem tomando posições cada vez mais claras, e afirmando progres-sivamente um papel muito salutar de protagonista.

O Brasil tem um Plano Nacional de redução das suas emissões de gases, que derivam na maior parte da queima da floresta amazônica, que o coloca numa posição de exigir de outros países que façam um esforço similar ou ainda mais expressivo, no caso dos países mais de-senvolvidos.

A UE é o único bloco de países desen-volvidos que já se comprometeu em reduzir as suas emissões.

Temos pois reunidas condições obje-tivas para trabalharmos em conjunto, junto de outros países ainda recalci-trantes, para que de Copenhague saia um bom resultado, a bem de todos

Editorial

NESTA EDIÇÃO

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Link

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http://ec.europa.eu/dgs/environment/index_en.htm•

http://ec.europa.eu/external_relations/index.htm•

http://www.eea.dk•

http://ec.europa.eu/trade•

http://ec.europa.eu/climateaction/index_en.htm•

http://eacea.ec.europa.eu/index.htm•

Durão Barroso obtém segundo mandato

Cooperação UE/Brasil em C&T

II Diálogo UE/Brasil sobre Sociedade da Informação

Export Helpdesk

UE e OIT apoiam trabalho decente

Direitos da criança

Delegação da CE participa da Bienal do Livro do Rio

Editorial

Cúpula UE/Brasil

EURONOTAS BRASILé uma publicação da Delegação da Comissão Europeia no Brasil

SHIS QI 07 Bloco A - Lago Sul - Brasília-DF. CEP 71.615-205. BrasilTel.: 55 (61) 2104-3122Fax: 55 (61) 2104-3141website: www.delbra.ec.europa.euEmail: [email protected]

Projeto gráfico: Marcus Freitas

www.marcusfreitas.com

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As mudanças climáticas e a crise econômica internacional serão dois dos principais temas na agenda da III Cúpula União Européia/Brasil, a ser realizada dia 6 de outubro, em Es-tocolmo. A delegação brasileira será chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a União Européia será representada pelo primeiro-minis-tro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, na qualidade de presidente do Conselho da União Européia e pelo presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso.

Durante o encontro também será feita uma avaliação da implementa-ção do Plano de Ação Conjunto ado-tado pelas duas partes na II Cúpula realizada em dezembro do ano pas-sado. Além disso, a III Cúpula Uni-ão Européia/Brasil é vista como uma nova oportunidade para que europeus e brasileiros aprofundem o diálogo bilateral sobre a coopera-ção em setores chave e de interesse recíproco, como por exemplo comér-cio e investimentos, política regional, emprego, energia, transportes aéreo e marítimo, sociedade da informação, ciência e tecnologia, temas ambien-tais e movimentos migratórios.

A UE e as mudanças climáticas

Com relação às mudanças climáti-cas, a Comissão Europeia divulgou recentemente um plano de financia-mento da luta contra o aquecimento global nos países em desenvolvimen-to em que propõe uma contribuição da União Europeia de até € 15 bilhões ao ano até 2020 com essa finalidade.

O plano constitui um ponto de partida para os debates no Parla-mento e no Conselho, que deverão definir a posição da UE com relação às questões mais delicadas da agenda da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a ser realizada no mês de dezembro, em Copenhague. A três meses do início do evento, as negociações interna-cionais preparatórias da Conferência encontram-se num impasse quanto à forma de ajudar os países em desen-volvimento a se adaptarem e a limi-tar as emissões de gás carbônico.

A União Europeia e outras potências econômicas concordaram quanto à necessidade de cobrir os custos de redução das emissões de gases com efeito de estufa emitidos por esses países, mas ainda não há consenso sobre quais serão esses custos e qual a parte que deve ser assumida pelas nações desenvolvidas.

Os custos de limitação do aqueci-mento global deverão aumentar ex-ponencialmente nos próximos anos. A UE estima que os países em de-senvolvimento necessitarão de € 100 bilhões até 2020 para impedir que a temperatura global aumente mais de 2º C. A partir deste limiar, as altera-ções climáticas serão irreversíveis.

MuDANÇA cLIMáTIcA&Meio ambiente e economia, temas centraisda III cúpula união Europeia/Brasil

cRISE EcONÔMIcA

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Por 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções (718 votos expres-sos), o Parlamento Europeu apro-vou por voto secreto a designação de José Manuel Durão Barroso para presidente da Comissão Européia nos próximos cinco anos. Este é o segundo mandato de Durão Barroso à frente do Executivo da União Européia.

Antes de ter seu nome referendado pelos eurodeputados, o presidente Durão Barroso, apresentou ao Par-lamento Europeu seu projeto políti-co-administrativo para um segundo mandato à frente do Executivo co-munitário ressaltando sua disposição de estabelecer uma estreita parceria com o Legislativo da União Européia e enumerando os objetivos e as idéias que em sua opinião devem inspirar o estreitamento de vínculos entre as duas instituições.

Ao encaminhar suas orientações políticas ao Parlamento, o presidente Durão Barroso afirmou que “a Eu-ropa enfrenta um dilema no mundo interdependente dos nossos dias. Ou unimos as nossas forças para estar-mos à altura dos desafios ou esta-remos condenados à irrelevância. Redobrarei os meus esforços para concretizar uma Europa ambiciosa. Uma Europa que coloque os cidadãos no centro da nossa ação e projete no mundo os valores e interesses eu-ropeus. Uma Europa que promova as novas fontes de crescimento e impulsione uma regulamentação in-teligente para mercados sólidos, em benefício dos cidadãos. Uma Europa de liberdade e de solidariedade”.

Durão Barroso acrescentou ainda que “estou empenhado em cooperar estreitamente com o Parlamento

Europeu em prol de uma Europa próspera, segura e sustentável, ba-seada nos trunfos do mercado interno alargado da UE, do euro e do nosso modelo europeu de sociedade”.

O papel da Europa no mundo, as perspectivas futuras do bloco comu-nitário, os objetivos de longo prazo, a estratégia européia em busca de uma solução para a crise econômica in-ternacional, a liderança européia nos debates sobre o combate às mudan-ças climáticas e a promoção das novas fontes de crescimento e coesão social foram alguns dos principais temas abordados pelo presidente Durão Barroso em suas orientações políticas para um segundo mandato, ao qual se candidatou. Aqui estão trechos das idéias apresentadas pelo presidente Durão Barroso sobre esses temas:

combate à crise e às mudanças climáticas são asprioridades do segundo mandato de Durão Barroso

Durão Barrosoapresenta projeto para segundo mandato

Mudanças climáticas e combate à crise econômica, temas centrais na agenda do segundo mandato de Durão Barroso

Presidente

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Uma visão da UE de 2020

“Para garantir que a UE explore o seu potencial em termos de mudança e continuar a ser um local atrativo para a indústria em 2020, precisamos de uma nova abordagem de política in-dustrial, que apoie o setor, colocando ênfase na sustentabilidade, na inova-ção e na qualificação necessárias para manter a competitividade da indús-tria européia nos mercados mundi-ais. Estou empenhado numa política que suprima a carga administrativa desnecessária, mas que proporcione a segurança jurídica de que as empre-sas carecem para efetuarem inves-timentos a longo prazo. A próxima Comissão deverá colocar a política da pesquisa da UE num novo patamar, fazendo dela um dos motores do nos-so desenvolvimento sustentável”.

Estratégia de saída da crise interna-cional

“A prioridade consiste agora em con-tinuar a apoiar a procura e conter o aumento do desemprego, o que exi-girá uma aplicação firme do Plano de Relançamento da Economia Europe-ia, manter as taxas de juros em níveis reduzidos e utilizar as regras em ma-téria de auxílios estatais para apoiar os governos nos seus esforços desti-nados a revitalizar a economia sem prejudicar os outros Estados-Mem-bros. Ainda é prematuro suprimir estas medidas de estímulo e de apoio à economia e ao setor financeiro, de-vendo, todavia, ser elaborada uma estratégia nesse sentido. Sob minha liderança, a Comissão Européia irá recorrer a todas as possibilidades fa-cultadas pelo Tratado para reforçar a convergência de objetivos e a coerên-cia dos efeitos da política econômica, em especial na área do euro. Uma

maior coordenação será decisiva para o êxito de uma estratégia de saída da crise”.

A liderança da UE no combate às mu-danças climáticas

“A crise econômica e financeira e as provas científicas das mudan-ças climáticas vieram demonstrar a necessidade de se investir mais na sustentabilidade. Contudo, não se trata apenas de agir para garantir o futuro do planeta. A Europa irá se beneficiar em larga medida do in-vestimento em novas tecnologias de baixo carbono em termos de em-prego e de crescimento. O combate às mudanças climáticas e a transição para uma economia de baixo carbono irão proporcionar enormes oportu-nidades e reforçará a nossa segurança energética”.

Em sua abordagem do papel a ser desempenhado pela UE no combate às mudanças climáticas, o presidente

Durão Barroso disse: “o fato de ser pioneira proporciona à UE vantagens em termos de exploração do potencial das suas indústrias, serviços e tec-nologias verdes, fomentando as sua integração por parte das empresas, em especial as PMEs, e criando um enquadramento regulamentar ade-quado. Uma base industrial moder-nizada que utilize e produza tecnolo-gias verdes e que explore o potencial de eficiência energética, constitui a chave do crescimento sustentável da Europa. Assim, a próxima Comissão Européia deve manter a dinâmica na criação de uma economia de baixo carbono, em especial no que se refere à “descarbonização” do nosso sistema de fornecimento de eletricidade e do setor de transportes, incluindo os transportes marítimos e aéreos, as-sim como o desenvolvimento de au-tomóveis limpos e elétricos”.

Agenda para o emprego em um mer-cado em mutação

“Precisamos garantir que os nossos valores da inclusão, equidade e justiça social sejam retomados numa nova abordagem. Não permitiremos que direitos sociais de base, como o direi-to de associação ou o direito à greve, sejam comprometidos, na medida em que são fundamentais para o modelo europeu de sociedade. E mesmo face à pressão exercida pela globalização na nossa competitividade, nunca de-vemos responder com uma repressão dos nossos padrões. Devemos, pelo contrário, persuadir os nossos par-ceiros a adotarem padrões similares, no interesse do seu próprio bem-estar, e defender um trabalho digno e o respeito por outros princípios em todo o mundo”.

Durão Barroso quer a UE liderando os debates sobre clima e crise econômica

As perspectivas futuras da UE

“O meu primeiro mandato foi consa-grado principalmente à consolidação da Europa dos 27. A União Européia alargada nos proporciona agora um trampolim para utilizarmos da me-lhor forma a nossa dimensão e a nos-sa força. Temos agora as condições para avançar com convicção e deter-minação para uma nova ambição”

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A Delegação da Comissão Européia no Brasil e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) realizaram cerimônia de premiação das instituições brasileiras que par-ticiparam dos editais de 2008 do Sé-timo Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento (FP7) da Comis-são Européia. Além da premiação, foram realizada apresentações sobre o FP7, análise da participação brasile-ira no Programa, casos de projetos em andamento, debate sobre o papel dos pontos de apoio ao FP7 no Brasil e treinamentos futuros sobre elabo-ração de projetos. A premiação foi destinada às instituições brasileiras que participaram dos editais de 2008 do FP7, com início de sua execução em 2009.

Ao participar da cerimônia, o em-baixador João Pacheco (chefe da Delegação da Comissão Européia no Brasil), considerou positiva a partici-pação brasileira no FP7, lembrando que “nossa expectativa é muito boa daqui para frente. O número de pro-jetos de cooperação entre o Brasil e a União Européia vem aumentando deforma significativa. Além de fo-mentar cooperação internacional é preciso destacar a variedade de áreas de atuação desses projetos, desde pesquisas em tecnologia agrícola à oceanografia, além da diversidade geográfica brasileira que os projetos têm alcançado”.

Na opinião do conselheiro Angel Landabaso (responsável pela Coo-peração em Ciência e Tecnologia da Delegação da CE em Brasília) “a par-ticipação brasileira tem aumentado significativamente a cada Programa-Quadro. Esse aumento ocorre porque os esforços das instituições brasilei-ras e dos pesquisadores estão cada vez mais atraídos para a colaboração em relação aos desafios globais e à necessidade de que todos se esforcem em busca do avanço para um socie-dade do conhecimento. Precisamos desenvolver o triângulo educação, pesquisa e inovação”, afirmou.

Segundo Gilson Schwartz, do pro-jeto Pró-Ideal, uma das instituições premiadas na cerimônia realizada em São Paulo, “hoje em dia, fala-se cada vez mais que pesquisa e conheci-mento são atividades que se realizam em rede. O sentimento de pertencer a uma comunidade científica é im-portante. O evento, mais relevante do que a própria premiação, trouxe o sentimento de pertencer a um grupo de pessoas que fazem um esforço co-letivo para incrementar o trabalho nas áreas de ciência, tecnologia e i-novação entre a União Européia e o Brasil”.

Instituições premiadas

Na cerimônia realizada em São Paulo foram premiadas as seguintes instituições e empresas: Centro de Referência em Informação Ambien-tal-Brasil (CRIA), Embraer, CNPq, IQ-Unesp, Embrapa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe), Instituto de Bioquímica Médica (IBM), Universidade de Bra-sília (UnB), Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP),, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Univer-sidade Federal do Pará (UFPA), Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), IMR-Desenvol-vimento Organizacional, Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), Associação Brasileira de Engenharia Automo-tiva (AEA) Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Centro de Tecnolo-gia Canavieira (CTC).

cerimônia na uSP destaca mérito das instituições brasileiras participantes do 7º Programa-Quadro da uE

comissão Europeiapremia projetos brasileiros em c&T

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O coordenador do BB.Bice destacou o trabalho do Bureau na organização do Mapa de Competência, que vem sendo desenvolvido com o objetivo de mapear as competências e as áreas de atuação das instituições de pesqui-sas e das empresas brasileiras.

Na opinião de Paulo Egler, “o Brasil é um país com amplas competências em ciência e tecnologia, mas elas são pouco divulgadas. O que precisamos hoje é desenvolver mecanismos mais institucionalizados para a cooperação internacional e é nesse contexto que se insere o Mapa da Competência”.

Representantes da Delegação da CE no Brasil participaram da cerimônia de premiação dos

participantes do 7o Programa Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento

Participação brasileira no FP7

O Brasil ocupa posição de destaque entre os países não-membros da U-nião Europeia, no contexto do FP7. Os Programas-Quadro são o prin-cipal instrumento de financiamento em ciência e tecnologia criado pela Comissão Européia para atender não apenas a seus Estados-Membros mas também países de fora da UE. O 7º Programa-Quadro, em vigor desde 2007 e que se estenderá até 2013, prevê o emprego de 54 bilhões de eu-ros para a implementação dos proje-tos aprovados.

Considerado o período entre dezem-bro de 2006 e dezembro de 2008, constata-se que 86 instituições brasileiras participam da implemen-tação de 59 projetos no contexto do FP7. No sub-programa de Coopera-ção, onde a participação brasileira é mais expressiva, existe a prevalência de projetos nas áreas de Transportes (19%), Agricultura, Alimentos, Bio-tecnologia e Pesca (18%), Tecnologia da Informação e Comunicação (14%) e Saúde (12%). Os percentuais de participação brasileira nos projetos do FP7 nesse período configuram um quadro diferenciado dos resulta-dos apresentados no primeiro edital, quando houve uma grande concen-tração nas áreas temáticas de Saúde (23%) e Tecnologia da Informação e Comunicação (19%)

Segundo o embaixador João Pacheco, “a participação do Brasil no FP7 in-sere-se no contexto da Parceria Es-tratégica entre a União Européia e o Brasil, na qual ambos os lados enxer-gam a pesquisa e o desenvolvimento como um eixo de cooperação vital que ultrapassa positivamente os li-mites do Programa-Quadro”.

O FP7 e a Cooperação Internacional

Na condição de coordenador do Bu-reau Brasileiro para Ampliação da Cooperação Internacional com a U-nião Européia (BB.Bice), o professor Paulo Egler fez palestra na cerimônia de premiação e elogiou o trabalho de-senvolvido pelo Brasil ao longo dos Programas-Quadro da UE.

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IISociedade da Informação

O Diretor-Geral para Socie-dade da Informação e Mídia da Comissão Européia, Fábio

Colasanti, realizou visita oficial ao Brasil para participar do II Diálogo sobre Sociedade da Informação entre o Brasil e a União Européia, realizado no contexto da Parceria Estratégica Brasil/União Européia. Ele também participou, em São Paulo, do semi-nário “TIC 2020 – Transformando Tecnologias para o Brasil”.

O II Diálogo sobre Sociedade da In-formação entre o Brasil e a UE, rea-lizado dias 10 e 11 de setembro no Itamaraty, reuniu representantes da Direção-Geral para Sociedade da Informação e Mídia da CE e da Delegação comunitária no Brasil e, pelo lado brasileiro, representantes da Presidência da República, dos Ministérios das Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia, Comunicações, Planejamento, Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior, além da Anatel, Serpro, CNPq e de outros or-ganismos governamentais e univer-sidades brasileiras.

Durante o encontro foram discutidas estratégias e políticas para acelerar a transformação rumo à economia di-gital, especialmente por meio do de-senvolvimento da banda larga e pelo enfrentamento do desafio da inclusão

uE quer estreitar cooperação com o Brasil nas Tecnologias da Informação

digital. O Diálogo refletiu também o fato de que tanto o Brasil quanto a UE reconhecem a contribuição que as tecnologias da informação e das comunicações (TICs) podem desempenhar para o crescimento econômico, o desenvolvimento social e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Antes de vir para Brasília, o Diretor-Geral Fabio Colasanti foi um dos pa-lestrantes em São Paulo do Seminário Brasil/União Européia sobre as Tec-nologias da Informação e das Comu-nicações. O evento teve por objetivo explorar as possibilidades de pesquisa conjunta em campos de interesse co-mum tais como Internet do Futuro; e-infraestruturas; Microeletrônica e Microsistemas e Sistemas embarca-dos.

Em sua palestra, Fabio Colasanti destacou que “o Brasil e a União Eu-ropéia realizaram na mais alta ins-tância política os benefícios sociais e econômicos de uma Revolução Digi-tal e estão desenvolvendo estratégias para os anos vindouros para alcançar estes benefícios”.

Ele disse também que, na União Eu-ropéia, “o setor de TICs sentiu o im-pacto da crise como o resto da eco-nomia”, mas sublinhou que “a crise

também abriu a única oportunidade para revista e melhora das políticas de Tecnologia da Informação e Co-municação”.

Ao concluir a palestra, Fabio Cola-santi afirmou que “a Comissão Eu-ropeia está muito interessada em estabelecer uma longa e frutífera parceria com o Brasil no capo das TICs, a fim de trabalhar em conjunto no desenvolvimento da Informação e Sociedades do Conhecimento, para beneficiar nossa sociedades e nossas economias”.

II Diálogo

Fabio Colasanti, Diretor de Sociedade da Informação da CE homenageado com almoço

pelo Itamaraty

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reformulado facilita acesso a informações da uE

A Comissão Europeia realizou ampla reformulação do Export Helpdesk, o site da Internet voltado para os ex-portadores dos países em desenvolvi-mento, com o objetivo de facilitar a esses países o acesso ao mercado da União Européia.

Além das informações sobre os dire-itos alfandegários, os requisitos para importação e as estatísticas comerci-ais, o site também coloca à disposição dos usuários informações detalhadas sobre os regimes preferenciais em vigor entre a União Européia e seus parceiros do mundo em desenvolvi-mento.

Com a reformulação, o site do Export Helpdesk passou a contar com uma série de instrumentos úteis, que au-xiliam os exportadores desses países a explorarem plenamente as oportu-nidades de mercado oferecidas pelos regimes preferenciais criados pela UE.

Esses novos elementos deverão des-pertar especial interesse das pequenas e médias empresas desses países que desejem exportar para a União Eu-ropeia, mas que ainda não conhecem as condições de importação vigentes na Europa. Remodelado, o novo site pode ser acessado em francês, inglês, espanhol e português.

Mudanças no portal Export Helpdesk trazem mais informações sobre Requisitos e Impostos, Regimes Preferenciais e contatos, entre outros temas

Entre os serviços disponibilizados pelo novo site do Export Helpdesk figuram:

Requisitos e impostos: requisitos necessários para importar e comer-cializar produtos na UE, impostos nacionais aplicáveis em cada Estado-Membro, requisitos jurídicos ou de mercados específicos aplicáveis a de-terminados produtos;

Direitos aduaneiros e outras medidas aplicáveis na importação: contingen-tes pautais preferenciais, certificados de importação, medidas antidum-ping, etc;

Regimes preferenciais: principais acordos comerciais da UE com países em desenvolvimento, documentos que devem acompanhar s exportações para poderem se beneficiar do direito preferencial, assim como as regras de origem a ser respeitadas;

Estatísticas comerciais: fluxos comer-ciais entre a UE e terceiros países

Contatos: autoridades responsáveis pelo comércio (UE e Estados-Mem-bros), organismos internacionais de comércio, espaços de comércio e diretórios de empresas;

Novidades: para os boletins trimes-trais de informação do Export Help-desk.

Contexto

Além de ser o maior mercado único de todo o mundo, a União Européia é também, de longe, o principal par-ceiro comercial dos países em desen-volvimento. O vasto leque de regimes preferenciais que a UE proporciona aos parceiros do mundo em desen-volvimento permite a esses países se beneficiarem de um acesso ao mer-cado europeu tão amplo quanto pos-sível.

Foi nessa perspectiva que em 2004 a Comissão Européia decidiu criar o Export Helpdesk, que serve de ponto de acesso único às informações em linha direta sobre as exportações para a Europa ao abrigo desses regimes preferenciais.

Export Helpdesk

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O objetivo do projeto em questão é desenvolver uma metodologia global, inexistente até o momento, que per-mita fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento e em transição no auto-monitoramento e auto-ava-liação dos progressos relativos ao tra-balho decente. O projeto prevê ainda contribuir para a capacitação dos es-critórios nacionais de estatísticas e instituições de pesquisa que coletam e analisam dados estatísticos sobre o trabalho decente.

Também está previsto o fortaleci-mento das capacidades dos governos, parceiros sociais e sociedade civil para o reconhecimento e adoção de indi-cadores apropriados sobre o trabalho decente, bem como para a formulação de políticas públicas coerentes que melhor promovam o trabalho decen-te para homens e mulheres.

O referido projeto está ligado a outro projeto, “Assessing and addressing the effects of trade on employment”, financiado pelo programa temático da UE, “Investing in People”, cujo objetivo é o de igualmente contribuir para o aprimoramento das análises e ações de monitoramento, nos di-versos países, de forma a promover a formulação de políticas públicas a-propriadas sobre o tema em questão.

A Delegação da Comissão Europeia no Brasil esteve representada na primeira oficina sobre indicadores de trabalho decente, realizada pela Or-ganização Internacional do Trabalho (OIT), no mês de agosto, em Brasília, no âmbito do projeto“Monitorando e Avaliando o Progresso no Trabalho Decente em países em Desenvolvi-mento”, financiado pelo programa temático da UE: “Investing in Peo-ple”.

A oficina realizada no Brasil foi a primeira de várias previstas para acontecer nos 10 países-piloto sele-cionados para o projeto: Bangladesh, Cambodja, Indonésia, Malásia, Ni-géria, Zâmbia, Ucrânia, Rússia, Peru e Brasil. O objetivo principal da ofi-cina foi o de avaliar o conjunto dos indicadores propostos para o monito-ramento do trabalho decente no Bra-sil, bem como analisar que outros in-dicadores poderiam ser incluídos na lista de indicadores para este país, le-vando em consideração a disponibili-dade das informações estatísticas. Os resultados da oficina deverão ser dis-ponibilizados brevemente pela OIT do Brasil, com destaque para as prin-cipais conclusões.

O trabalho decente é um objetivo compartilhado pela Organização In-ternacional do Trabalho e pela União Europeia e tem sido consistente-mente destacado nas políticas da UE. Nesse sentido, o Consenso Europeu para o Desenvolvimento afirma que a Comunidade Europeia irá promover o trabalho decente para todos os que estiverem em consonância com a agenda da OIT.

No que se refere particularmente ao Brasil, o projeto está alinhado com o Plano Nacional de Trabalho Decente (PNTD), que deverá contar, para sua implementação, com um Comitê Exe-cutivo, coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e integrado pela Secretaria-Geral da Presidência da República e por outros 16 minis-térios.

O projeto “Monitorando e Avaliando o Progresso no Trabalho Decente em países em Desenvolvimento”, terá a duração de 48 meses. Suas ativi-dades tiveram início em 01/02/2009 e se encerrarão em 01/02/2013. O valor total do projeto está orçado em 4.199.997,00 euros e a contribuição da UE corresponde a 95% desse valor, ou seja, 3.989.997,00 euros (cerca de 10 milhões e quatrocentos mil reais).

OIT promove em Brasília oficina sobre indicadores de trabalho decente

UE e OIT parceiras na luta pelo

trabalho decente

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Com o objetivo de procurar resolver de maneira individualizada os casos das crianças e adolescentes abrigados, o projeto prevê o desenvolvimento do trabalho em rede entre as iniciati-vas pública e privada, de forma a de-senvolver uma metodologia comum de avaliação, que permita uma rápida troca de informações sobre a situação atual e passada das crianças e dos a-dolescentes, agilizando o acompanha-mento processual de cada criança.

O projeto em questão se inscreve nas políticas públicas do Brasil, especial-mente no que se refere ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e ao Plano Nacional de Promoção, Pro-teção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Fami-liar e Comunitária (PNCFC).

É de se destacar ainda que o projeto está perfeitamente alinhado com a nova Lei Nacional de Adoção, san-cionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula, em 4 de agosto do corrente ano, que estabelece mecanismos de forma a evitar o afastamento do convívio familiar da criança, impedir que esta fique mais de dois anos em abrigos e agilizar o processo de adoção.

A Associação Amigos das Crianças (Ai.Bi) promoveu nos dias 19, 20 e 21 de agosto, em Belo Horizonte, o segundo módulo de capacitação do projeto “Belo Horizonte: uma rede de apoio sócio-jurídica em defesa da convivência familiar e comunitária”, executado pela Associação e co-finan-ciado pela União Europeia (UE), no âmbito da linha “Iniciativa Europeia para a Promoção da Democracia e dos Direitos Humanos” (EIDHR).

Este segundo módulo abordou “O Serviço de Apoio Jurídico” às crian-ças e adolescentes institucionalizados em abrigos e contou com a participa-ção da UE e de nomes de referência no tema, entre os quais, o Sr. Ananias Neves Ferreira, presidente do Centro de Voluntariado de Apoio ao Menor (Cevam), da dretora de Proteção e Defesa da Criança e do Adolescente da Sedese/Cepcad, a Sra. Adriana Morais Fam, do Sr. Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo, consul-tor e escritor na área dos Direitos da Criança e do Adolescente da FAMJ, entre outros palestrantes.

O projeto prevê o fortalecimento de serviços de desabrigamento e acom-panhamento familiar, por meio do envolvimento de entidades da socie-dade civil (tais como a Ação Social Obreiros Mirins - Asom, o Cevam e a própria Ai.Bi) e das instituições públicas (como o Ministério Público, a Vara da Infância e Juventude e a Defensoria Pública de Belo Hori-zonte), cujo resultado deverá ser a redução do período de permanência das crianças e dos adolescentes nos abrigos da Asom.

Associação Amigos das Crianças, de Belo Horizonte, promove módulo de capacitação

direitos da criançaUE apoia

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A participação da Delegação enfati-zou a cooperação entre a UE e o Bra-sil e o interesse principal do público foi sobre como participar de editais de subvenção, sobre o programa de mobilidade acadêmica Erasmus Mundus, além de obter informações atualizadas sobre a UE em geral.

Com o objetivo de divulgar ao grande público informações sobre a UE, foram distribuídas publicações sobre a cooperação para o desenvolvimen-to, panfletos e brochuras com dados gerais atualizados sobre a UE e sites para pesquisa, mapas e cartazes.

Grande parte do público recebido no estande foi composto de estudantes de ensino médio, de graduação e

A cooperação prestada pela União Europeia (UE) ao Brasil foi o tema central da participação da Delegação da Comissão Europeia no Brasil na XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, de 10 a 20 de setem-bro, no Riocentro.

A Delegação contou com um estande equipado por computadores ligados à Internet, possibilitando aos interes-sados fazerem pesquisas nos diversos sites da UE.

Outro atrativo, este destinado ao público infantil, foi o acesso das cri-anças a uma série de jogos de Quizz sobre a UE. Um documentário sobre a história da UE, realizado pela TV Cultura e pela Delegação no Brasil também foi exibido em contínuo.

Considerada o segundo maior evento cultural da América Latina e o quinto evento mundial, a Bienal Internacio-nal do Rio de Janeiro atraiu ano um público de 640 mil pessoas do estado do Rio e de diversos outros pontos do país. Amplamente divulgada pela mí-dia, contou com mais de 900 profis-sionais de imprensa credenciados.

No estande da Bienal, visitantes tiveram pleno acesso aos sites da União Europeia

Delegação da UE participa da

Bienal do Livro no Rio

Estande da Delegação da CE na Bienal Interna-cional do Livro do Rio divulgou informações sobre a UE e sobre a cooperação com o Brasil

pós-graduação, professores de todos os níveis de ensino, jornalistas e fun-cionários de ONGs.