09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

119
EDUCAÇÃO INFANTIL: políticas públicas e práticas no cotidiano Dra. Ivone Garcia Barbosa (FE/UFG) Dra. Telma A. Teles Martins Silveira Undime, Goiânia, 21 de março de 2017

Upload: luciana

Post on 11-Apr-2017

43 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

EDUCAÇÃO

INFANTIL:

políticas

públicas e

práticas no

cotidiano Dra. Ivone Garcia Barbosa (FE/UFG)

Dra. Telma A. Teles Martins Silveira

Undime, Goiânia, 21 de março de 2017

Page 2: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

www.nepiec.com.br

https://forumgoianoei.wordpress.com/

Faculdade de

Educação/UFG

Telefone: (62) 3209-6206

Page 3: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Eixo de discussão

1) Educação infantil: criança, cidadania, qualidade, ordenamento legal e político

desde a Constituição Federal/1988

2 )práticas cotidianas como reflexo de novos paradigmas sobre a infância e sua educação

Page 4: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Educação Infantil como política pública

no Brasil: avanços e ambiguidades

Page 5: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Divisão de serviços/atendimento: Assistência e Educação

-Atendimento diferenciado, conforme

as classes sociais.

- Educação e cuidado vistos separadamente.

-Profissionais com responsabilidades

diferenciadas.

-Instituições que não são consideradas EI

AVANÇO:

Superação dessa divisão = EI enquanto direito da criança (além de sua família) no Sistema Educacional.

Educação: oferta para crianças mais abastadas, de cunho “mais pedagógico”, profissionais com formação, a maior parte do serviço parcial.

Assistência: para “crianças

pobres”, somente com cuidados,

profissionais sem qualificação, a

maior parte dos serviços em

tempo integral.

Page 6: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

CRECHES/PRÉ-ESCOLAS NO BRASIL...

Page 7: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Creches no Brasil...

Necessidade de atendimento a crianças pobres evitar marginalização do processo educacional

Noção de “criança pobre” [estigmas, preconceitos, noção de “carência”

Programas compensatórios Espaços improvisados, com poucos recursos

voluntarismo

Page 8: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

8

Brincar, imaginar, aprender, viver a infância com

qualidade: eis a questão....

Pré-escola: acesso,

permanência e

qualidade da Educação

Infantil

Page 9: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

EDUCAÇÃO INFANTIL: como atender a demanda e garantir qualidade socialmente

referenciada?

Ciranda, 2002 Antônio Poteiro (Brasil, 1925-2010)

NOVOS PARADIGMAS

PARA PENSAR A

INFÂNCIA E A SUA

EDUCAÇÃO

Page 10: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

QUALIDADE NA/DA EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA: significados e desafios

• Campo de tensões/ lutas /negociações entre projetos/ antagonismos

• Concepção de EI relação creche e pré-escola • Qualidade da EI avanços e desafios • Situada numa Sociedade: desigual [ocultação da exclusão e das

desigualdades sociais]. Discriminadora quanto às questões:

*étnico-raciais, *gênero, *regionais, *idade (“bebês” e creche)

Page 11: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

• a qualidade é um conceito socialmente construído, sujeito a constantes negociações

• depende do contexto

• baseia-se em direitos, necessidades, demandas, conhecimentos e possibilidades

• a definição de critérios de qualidade está constantemente tensionada por essas diferentes perspectivas.

(Parâmetros de qualidade)

Bolinha de gude, 1989 Mario Mariano

Page 12: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Qualidade socialmente referenciada

“*...] a qualidade da educação básica é aquela socialmente referenciada, que objetiva a melhora das condições intra e extraescolares, articuladas a uma educação emancipadora e inclusiva. Ela se referencia nas demandas sociais, proporcionando condições concretas para a construção de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desenvolvimento pessoal e social dos cidadãos” (GRACINDO, 2009, p. 75)

Page 13: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Educação pública, laica, gratuita e de qualidade socialmente referenciada

Entende-se por educação de qualidade socialmente referenciada aquela que tem por eixo o caráter emancipatório dos sujeitos histórico-sociais e que considera as diferentes condições concretas de existência desses sujeitos, voltando- -se à formação omnilateral, objetivando a superação das desigualdades individuais e de classe e da desvalorização cultural.

Barbosa; Alves; Silveira; Soares (2014)

Page 14: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diferentes concepções de CRIANÇA...

Quem são as crianças que frequentam nossas creches, pré-

escolas e escolas?

Como vivem? O que fazem? Qual deve ser a mediação do(a)

professor(a)?

Meninos Brincando, Portinari, 1955.

Menina Sentada, Portinari

Page 15: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

TODA CRIANÇA TEM DIREITOS...

A CRIANÇA É CIDADÃ...

Meninos Brincando, Portinari, 1955

Cama de gato, 1976 Gustavo Rosa

Page 16: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

TODA CRIANÇA TEM DIREITOS, MAS COMO E POR QUEM SÃO ASSEGURADOS?

[condições de vida desiguais... Não há

igualdade de condições]

Amarelinha, 1974 Aldemir Martins

Bolhas de sabão, s/d Edina Sikora 1955

Page 17: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Políticas públicas para a infância

Assegurar os direitos das

crianças e de suas famílias

Intersetorialidade

Assistência Social

Saúde Educação

Page 18: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

18

OS DIREITOS DAS CRIANÇAS ... Conquistas asseguradas no embate dos movimentos sociais

Reconhecer a infância como período distinto no

desenvolvimento humano

Educação Infantil é direito da criança e dever do Estado primeira etapa da Educação Básica política pública

CF/1988 ECA/1990 LDB/1996 /Lei nº 12.796/2013

Dir. operacionais para EI/2000 PNE/2001-2011 DCNEI/2009 DCNEB/2009 Fundeb/2011 PNDPD/Decreto nº7612/2011 Lei 12.764/2012 (espectro autista) PNE/2014-2024

Page 19: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

19

OS DIREITOS DAS CRIANÇAS Política Nacional de Educação Infantil

[1994]:

Expansão do atendimento;

Fortalecer a concepção de EI:

educar/ cuidar, complementar à

família;

Promover a melhoria da

qualidade

formar os profissionais e

assegurar direitos: condições de

trabalho, plano de carreira,

salário, formação continuada

Oferecer condições materiais, pedagógicas, culturais,

sociais, humanas, alimentares e espaciais tratar a criança

como cidadã viver como sujeito de direitos

Portinari, Futebol em Brodósqui 1935.

Page 20: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Principais Marcos Normativos

da EI enquanto um direito da

criança

Parecer CNE 20/2009

Res. CNE 05/2009

Page 22: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 23: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Financiamento: EC 53/2006 - Inclusão de toda EI: Fundeb - Salário-educação - PNE 2014-2024

Page 24: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 25: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Lei 11.274 06/02/2006 - Altera Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

Dilemas do corte etário

Page 26: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

EC 59/2009

Ensino Obrigatório a partir dos 4 anos (Pré-escola) 4 a 17 anos

implementação progressiva, até

2016, nos termos do PNE, com apoio

técnico e financeiro da União.

Estado deve propiciar

atendimento ao educando em todas

as etapas da educação básica, por

meio de programas suplementares

de material didático-escolar,

transporte, alimentação e

assistência à saúde.

Na organização de seus sistemas de ensino, União, Estados, Distrito

Federal e Municípios deverão definir formas de colaboração [para

assegurar a universalização do ensino obrigatório]

Page 27: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

27

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – PNE

(LEI Nº10.172, de 9 de janeiro de 2001) revisão em 2010 - 2014... /CONAE

Objetivos e Prioridades

• Elevação global do nível de escolaridade da população;

• Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;

• redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública

Page 28: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

EDUCAÇÃO INFANTIL...

Page 29: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

PNE 2014-2024 [lei n. 13.005/14]

Meta 1:

Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 e 5 anos, e ampliar a oferta de Educação Infantil em creches de forma a atender no mínimo 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência do PNE.

Page 30: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2015-2017)

...determinações legais ...determinações político-sociais

Comitê Estadual da BNCC GT de Educação Infantil – produção de

Pareceres sobre a 1ª e 2ª Versões [2015/2016] – ver www.nepiec.com.br

Page 31: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR [BNCC]

• Questão da área: é necessário uma BNCC para a Educação Infantil?

• O que é um currículo na Educação Infantil?

• Que consequências poderão ocorrer se houver uma BNCC?

• BNCC é currículo?

• Qual a relação entre a BNCC e a Avaliação (INEP)

Page 32: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Momento importante para sublinhar as concepções de criança e currículo já expressas nas

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil – DNCEI/2009.

Na Educação Infantil, parte significativa de uma

Base Nacional Comum – BNC está estabelecida

nas atuais DCNEI, expressa no seus artigos 8º e 9º.

Oportunidade histórica de enfrentar desigualdades

educacionais no que se refere ao acesso a bens

culturais e vivências da infância.

A EDUCAÇÃO INFANTIL NA

BASE

A BNCC

da

Educação

Infantil

deriva

das

DCNEI

Page 33: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Cenário...pós...31/agosto/2016

• PROJETO DE LEI Nº 4.486, DE 2016

• Altera a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, Plano Nacional de Educação - PNE, incluindo novo parágrafo para determinar que a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, mediante proposta do Poder Executivo, seja aprovada pelo Congresso Nacional [não pelo CNE].

• Autor: Deputado ROGÉRIO MARINHO

• Relator: Deputado ÁTILA LIRA

Page 34: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Período pós impeachment... • Revogação à Portaria nº 369 de 5 de maio de 2016 – regulamentar

o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica.

• Desconstrução da Política nacional de Educação Infantil e de Jovens e Adultos; Proposta de Emenda Constitucional – PEC241/2016 – estabelece um teto de 20 anos para os investimentos na educação; saúde e assistência social [inviabiliza o PNE: expansão de matrículas em creches e pré-escolas; ensino Fundamental e Médio; Universidades. Coíbe a melhoria da qualidade da Educação]

• Portaria nº 983 de 26 de agosto de 2016 – dispõe sobre a criação e as atribuições do GT de Serviços Relacionados à Educação [prestadores de serviços da educação nacional e internacional com condições diferentes]

• fortalecimento do terceiro setor (filantropia, contando com investimentos públicos)/Criança Feliz (verbas para a assistência social e não para a educação)

Page 35: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Que currículo defender e com qual concepção de infância/criança?

Page 36: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Situação atual

• Acesso restrito e desigual à educação infantil de qualidade, sobretudo por crianças de 0 a 3 anos

• O enxugamento dos recursos públicos disponíveis para as políticas sociais; a “inviabilidade econômica” dos projetos para adequado atendimento à Educação Infantil

•Piora da razão professor/criança

•E redução da jornada – período parcial

•Formação de professores •Leigos [concursos]

•Precarização do trabalho docente •Valorização e piso salarial

Page 37: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Revisão das Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil PARECER CNE/CEB Nº:20/2009

APROVADO EM: 11/11/2009

Resolução CNE/CEB 05/2009

Page 38: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação

Infantil

PRINCÍPIOS - FUNDAMENTOS - PROCEDIMENTOS: Orientar políticas públicas na área e a elaboração,

planejamento, organização, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares (art. 1º e 2º)

Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação

Básica

Page 39: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

As DCNEI afirmam os objetivos da educação

infantil de garantir o direito das crianças:

ao acesso a processos de apropriação,

renovação e articulação de saberes e

conhecimentos;

à proteção, à saúde, à liberdade, à

confiança, ao respeito, à dignidade, à

brincadeira, à convivência e à interação

com outros meninos e meninas (Art. 8º das

DCNEI)

A concepção de educação de crianças

explicitado nas DCNEI rompe com dois

modos de educação:

o assistencialista,

o escolarizante.

Em função dos

princípios apresentados,

e na tarefa de garantir

às crianças seu direito

de viver a infância e se

desenvolver, as

experiências no espaço

de Educação Infantil

devem possibilitar o

encontro pela criança de

explicações sobre o que

ocorre à sua volta e

consigo mesma

enquanto desenvolvem

formas de agir, sentir e

pensar.[Parecer 20,

2009, p. 14

Page 40: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Avanços

• Creches e pré-escolas instituições educacionais, integrando os sistemas de ensino;

• O atendimento em creches e pré-escolas tarefa pública a ser compartilhada com a família, reconhecendo a educação infantil como objeto de política pública.

• Controle social sobre as condições de oferta e projeto pedagógico

Portinari, Cambalhota,1958.

Page 41: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

41

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DIREITO DE PROFESSORES/AS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS

CRIANÇAS

Reconhecimento da

necessidade de formar os

profissionais e assegurar

direitos: condições de

trabalho, plano de carreira,

salário, formação continuada,

admissão de profissionais da

educação escolar (EC

53/2006)

Formação inicial

PEDAGOGIA

Formação continuada Especialização em EI

[lato sensu]

Aperfeiçoamento/

Capacitação

Mestrado/doutoramento

[stricto sensu]

Page 42: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Concepção sócio-histórica

Formação teórica sólida

Criativo

Referência cultural ampliada

Mediação apropriação de

conhecimentos

Professor/a como estudioso/a, agente de

cultura

Page 43: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Concepção de Instituição de Educação Infantil - avanços

• Espaço coletivo, não-doméstico, de cuidado e educação (prática social), organizado e planejado para atender crianças com idade entre 0 até 6 anos de idade, diurnamente.

• Papel determinante para a inserção da criança na cultura e para ampliação das diversas formas de produção e expressão desta , compartilhando com a família a responsabilidade pela formação humana de seus filhos.

Page 44: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Função sócio-política da Educação infantil:

• Exercício da cidadania/democracia

• Promoção da igualdade social [classe, gênero, étnico-racial] e equidade de oportunidades, da dignidade

• Construção da subjetividade e sociabilidade

CUIDADO E EDUCAÇÃO são

direitos inseparáveis os dois

aspectos devem estar contidos

no planejamento de todos os

professores

Page 45: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Princípios básicos...

• Princípios éticos: autonomia, responsabilidade, solidariedadade, respeito às diferenças, aos outros; desenv. da auto-estima...

• Princípios políticos: direitos de cidadania, da criticidade e do respeito à ordem democrática

• Princípios estéticos: valorização da sensibilidade,criatividade, ludicidade, diversidade de manifestações artísitcas e culturais.

Page 46: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (art. 3º)

Conjunto de práticas

Articular experiências e saberes

infantis com os conhecimentos

[cultural, artístico, ambiental,

científico e tecnológico]

Promover o desenvolvimento

integral de crianças de 0 a 5/6 anos

de idade

Page 47: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (art. 9º)

Práticas pedagógicas

eixos norteadores:

interações e

brincadeiras

São atividades históricas, social e culturalmente constituídas; não apenas espontâneas e de passar o tempo...

Page 48: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (art. 10º)

As instituições de Educação Infantil devem

criar procedimentos para

acompanhamento do trabalho

pedagógico e para avaliação do

desenvolvimento das crianças, sem objetivo

de seleção, promoção ou classificação

Page 49: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Reconhecer as possibilidades e as necessidades das crianças

• Ter a criança como referência desenvolver um olhar sensível e primar por situações, experiências, expressões e relações multifacetadas

CUIDAR E EDUCAR

Page 50: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

A criança como protagonista...

Page 51: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Funções da Educação Infantil

• Perspectiva de possibilitar à criança se compreender como parte da sociedade

• Função sócio-histórica formação de crianças, pela mediação dos adultos

[entre os quais se destaca o/a professor/a] e dos grupos constituídos por

crianças [coetâneas ou não] com experiências distintas.

Sujeito ativo Relações ativas e

dinâmicas

Page 52: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 53: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Atenção

individual

Higiene, saúde e alimentação

sadia

Atenção especial adaptação e

transições

Desenvolver suas identidades cultural, racial, religiosa e

de gênero

DIREITOS das CRIANÇAS nas instituições de EDUCAÇÃO INFANTIL:

Contato com a

natureza

Brincar

Expressão de seus

sentimentos

Proteção, afeto e amizade

Ambiente aconchegante,

seguro e estimulante

Desenvolver a curiosidade e

imaginação

Movimento em espaços

amplos

Page 54: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Page 55: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Práxis pedagógica:

• A educação infantil e o ensino fundamental: complementariedades, especificidades e rupturas [possíveis e necessárias]...

Page 56: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Nível de

Desenvolvimento

Real

Nível de

Desenvolvimento

Potencial

Aprendizado-Desenvolvimento infantil (visão de

Barbosacom base em Vygotsky)

(Barbosa, 1997)

Page 57: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Nível de

Desenvolvimento

Real Nível de

Desenvolvimento

Potencial

Nível de

Desenvolvimento

Real

Nível de

Desenvolvimento

Potencial

Desenvolvimento não segue linha reta, do mais simples

para o mais complexo não há um ideal a atingir

Desenvolvimento infantil

(Barbosa, 1997)

Page 58: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Práticas pedagógicas e cotidiano na Educação

Infantil

Page 59: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

A prática pedagógica é complexa

Page 60: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

PRÁTICA PEDAGÓGICA...

Intervir na

realidade

Qual mudança?

A ação não pode ser qualquer uma

Intencionalidade elaboração

teórica confrontada com os problemas da

prática

Page 61: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Elementos importantes que envolvem os princípios da prática pedagógica:

criança, o/a professor/a

gestão

Família

comunidade

Esses elementos são constitutivos do cotidiano da instituição, da intencionalidade da prática

pedagógica

Page 62: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS...

autonomia

Espaço-tempo conhecimentos

planejamento

Avaliação

Cuidar

Interações

Elementos norteadores da prática pedagógica:

brincadeiras

Educar Projeto Político Pedagógico (PPP)

Desenho curricular

Page 63: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA IEI

• A prática pedagógica é prática social histórica, cultural e específica, que sofre influências do meio social e do próprio sujeito em uma relação ativa entre ambiente e sujeitos. É o lócus em que se realiza a educação, de forma coletiva e organizada. Essa prática pedagógica é intencional, impulsionada e construída nas relações de classes.

• A prática pedagógica, é um conjunto complexo de multideterminantes, que se inter-relacionam de modo dinâmico e contraditório.

Page 64: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

atividade Ações/operações

(reflexão)

Diferentes determinantes/di

mensões

Prática pedagógica

Práxis pedagógica [orientação

dialética]

Construção coletiva

Ações não-cotidianas Totalidade humana

formação

Educação Infantil Como

Prática social

Condições de vida Concepções de infância Condição profissional História e função social das instituições de Educação Infantil •Relações sociais/interpessoais •OTP •Mecanismos internos e externos[ ...]

Page 65: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

A prática pedagógica deve ser mediadora da formação do sujeito na vida cotidiana (existência

humana) e da formação dos sujeitos nas esferas não cotidianas (apreensão de conhecimentos para além

de uma visão imediatista e praticista/empirista)

Produzir pelas relações cotidianas, necessidades não cotidianas, na apropriação de conhecimentos

científicos, estético-artísticos, sócio-políticos e ético-filosóficos

DEVE TAMBÉM

Page 66: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

O COTIDIANO...

A superação desses elementos é o papel daquele que interroga a

realidade. O essencial está quando se questiona a

cotidianidade, se colocando acima dela, procurando o significado e o

sentido dessa realidade.

Page 67: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

O COTIDIANO EDUCACIONAL

• Nos espaços educacionais as ações cotidianas e as rotinas constituídas são elementos necessários para a sua organização, que vão se tornando habituais, comuns

•Rotina categoria pedagógica que estrutura o trabalho cotidiano nas instituições de educação infantil.

•A rotina é apenas um dos elementos que integram o cotidiano

Page 68: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

• Fatores que fundamentam e apoiam a operacionalização e a estruturação das instituições de Educação Infantil:

- a equipe educacional ; - a organização do ambiente; - o uso do tempo; - a seleção e as propostas de atividades; - a seleção e a oferta de materiais.

Page 69: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

• Deve favorecer o desenvolvimento integral das

crianças.

• Possibilitar espaço para a imaginação.

• Deve ser rico e desafiante, no qual todos tenham a

possibilidade de ter vivências e experiências

diferenciadas.

• Ampliar suas capacidades de apreender, analisar,

compreender, interpretar, aprender, expressar seus

sentimentos e pensamentos.

A ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL...

Page 70: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

REFERENCIAIS PARA ORGANIZAR OS ESPAÇOS NA IEI

• ver com os olhos das crianças e suas medidas;

• integrá-la ao espaço circundante, mas não se restringir a ele;

• Refletir sobre a luz, a sombra, as cores, os materiais, o olfato, o sono e a temperatura, a família, os grupos, os espaços, os contextos, as relações...

• Favorecer as relações entre as crianças, as crianças e os adultos e as crianças e a construção de conhecimentos.

A ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Page 71: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Revisitar conceitos e concepções...

Page 72: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

A CRECHE NÃO

É UM

CABIDEIRO

Page 73: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Uma professora e vários tempos de espera: professores são mágicos? Uma colher na cartola...

Page 74: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

MUITO TEMPO SENTADOS [no Jardim?]

Page 75: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

UMA CRECHE PARA ESTAR JUNTOS

Page 76: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 77: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços mudam...

Page 78: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 79: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços mudam

Page 80: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços mudam

Page 81: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços mudam

Page 82: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços externos

Page 83: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços externos

Page 84: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços - alimentação

Page 85: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 86: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 87: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 88: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 89: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços mudam

Page 90: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços externos

Page 91: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços externos - corredores

Page 92: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços para faz de conta

Page 93: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços para documentar e registrar...

Page 94: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Espaços para escrever...

Page 95: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Exploração de diferentes espaços

Page 96: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Exploração de diferentes espaços: interagir

Page 97: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o

mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus

olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de

beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

— Me ajuda a olhar!

Eduardo Galeano

Page 98: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei
Page 99: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

A realidade da educação infantil em Goiás

Page 100: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Levantamento do MP-GO:

• Há municípios com zero oferta de creches (Educação Infantil de 0 a 3 anos de idade)

Page 101: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Meta 1. Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Percentual da população Meta: Brasil 100% Meta: Brasil 50%

23,1%

Goiânia

Brasil

23,2%

14,9%

Goiás

67,2%

Goiânia

Brasil

81,4%

69,9%

Goiás

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Crianças de 4 - 5 anos Crianças de 0-3 anos que frequentam a pré-escola que frequentam a creche

Page 102: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Matrículas na EI

CRECHE

Total Federal Estadual Municipal Privada

Goiás 56.426 66 00 39.243 17.117

Centro-Oeste

173.475 109 2.190 113.086 58.090

Brasil 2.730.119 1.254 4.909 1.724.714 999.242

Matrículas na EI

PRÉ-ESCOLA

Total Federal Estadual Municipal Privada

Goiás 127.793 14 164 85.102 42.513

Centro-Oeste

331.358 14 33.275 205.495 92.574

Brasil 3.643.231 1.370 50.111 3591750 NI

Fonte: INEP/2013

Page 103: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

DESAFIOS

OS DESAFIOS PARA CUMPRIR A META 1 SÃO EXPRESSIVOS

0-3 anos de idade

• mesmo que se alcance 50% de atendimento na próxima década, muitas crianças de até três anos ainda serão privadas do direito à educação, descumprindo a Constituição Federal.

4-5 anos de idade

• A cobertura nacional na pré-escola alcança cerca de 80% a 100% com grandes variações regionais, estaduais e municipais (INEP, 2013). Porém configura muitos desafios, especialmente para a esfera municipal, que tem a responsabilidade da oferta.

Quais as condições financeiras, materiais, técnicas e humanas dos municípios para criar mais de um milhão de vagas?

A que preço será feita essa universalização?

Tudo indica que será à custa da perda do direito das crianças ao atendimento de qualidade e em período integral.

Nesse caso, é preocupante que, apesar do avanço representado pelo CAQi, o cálculo da pré-escola considere o atendimento em período parcial, o que pode favorecer a retirada definitiva do direito ao atendimento em tempo integral para as crianças de 4 e 5 anos.

Page 104: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

META 6 – Oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas – atender no mínimo 25% dos alunos

da educação básica

14.70%

GOIÁS

50% Escolas Públicas

25% Alunos

- acompanhar a estratégia 1.17 do PNE 2014, que prevê o estímulo do acesso à educação infantil em tempo integral para todas as crianças, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

- Trata-se de estratégia importante, contudo esse percentual, no entanto, diverge das defesas dos movimentos sociais, como o Movimento Interforuns de Educação Infantil do Brasil (Mieib), Fórum Goiano de Educação Infantil, entre outros, que encontraram expressão no documento final da Conae/2010, priorizando o atendimento em período integral.

Percentual de alunos da educação básica pública em

tempo integral.

INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013 INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2014

Page 105: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

OS DESAFIOS PARA CUMPRIR A META 4 – universalizar para a população de 4-17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação o acesso

a educação básica

80.00 89.99%

Goiás

100%

4 a17 anos

Ressaltamos que o acompanhamento

da estratégia 1.11 deve se relacionar à meta 4:

com atenção especial para assegurar na educação infantil as previsões quanto à formação de professores e das equipes multiprofissionais, infraestrutura física, e aquisição de materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva/educação bilíngue para as crianças surdas;

- As estratégias 1.10 e 1.11

consideram a inclusão, a diversidade e a igualdade, quanto às relações étnico-raciais, populações do campo, quilombolas, indígenas.

Percentual da população de 4 a 17 anos com deficiência que frequenta a escola.

IBGE/Censo Populacional - 2010 IBGE/Censo Populacional - 2010

Page 106: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Meta 15 – Garantir em regime de colaboração (União, Estados, Dist. Federal e Municípios) que todos os professores e professoras da Educação Básica

tenham formação específica em nível superior em curso de licenciatura na área do conhecimento que atuam.

• Docências com professores que possuem formação superior compatível com a área de conhecimento que lecionam na Educação Básica.

• A exigência de formação em nível superior

ainda é um ponto de tensão no debate sobre as condições e necessidades da primeira etapa da educação básica.

• A LDB, de 1996, Art. 62 A formação de docentes para atuar na

educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal.

Red. Dada pela Lei nº 12.796/13 • Destaca-se que a figura do professor é

extremamente necessária frente à situação histórica de leigos atuando como professores nessa etapa.

51.40%

Goiás 100%

Censo da Educação Básica - 2013 Censo da Educação Básica - 2014

Page 107: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Docentes da Educação Infantil - Goiás

Creche

Total Federal Munic. Estado Privado

5.270 10 3.587 - 1.689

Pré-escola

Total Federal Munic. Estado Privado

7.959 3 5.144 7 2.860

Total de docentes no Estado - 12.661

Sinopse Estatística da Educação Básica

(atualizado em 15/09/2016)

Page 108: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

FUNÇÃO/ FORMAÇÃO DOCENTE - ESTADO DE GOÍAS

EDUCAÇÃO INFANTIL - 2013

REDE C/Lic. C/ Gr C/ EM C/NM S/EM

Estadual – Creche - - - - -

Estadual

Pré-escola

8 1 9 1 1

Municipal – Creche 1.941 201 2.142 439 344

Municipal

Pré-escola

3.347 386 3.733 552 397

Legenda: C/Lic. – com licenciatura; C/ Gr - com graduação; C/ EM - com ensino médio; C/NM – com normal

nível médio; S/EM - sem ensino médio

Fonte - http://pne.mec.gov.br/monitorando-e-avaliando

Page 109: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Meta 16 – formar em nível de pós-graduação 50% dos professores da ed. Básica e garantir formação continuada em sua área de atuação.

• Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu.

• É importante observar a meta 16 no que se

refere ao direito de formação em nível de pós-graduação e de formação continuada em sua área de atuação.

• A restrição de formar apenas 50% dos professores da educação básica, contudo, indica uma pauta de luta dos professores a ser abraçada pelos movimentos sociais e entidades representativas da área educacional, como:

Mieib Associação Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação (ANPEd) Associação Nacional pela Formação de

Profissionais da Educação (Anfope) Fórum Goiano De EI Nepiec

27.60 % 50%

Censo da Educação Básica - 2013 Censo da Educação Básica - 2013

Page 110: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Educação infantil em números

• Apenas 23,5% das crianças de até 3 anos no Brasil frequentavam creche em 2013,

• Quando focaliza menores de 2 anos apenas 14,8% desses frequentavam creche

(FONTE INEP, CENSO ESCOLAR, 2013)

Page 111: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Gestão democrática e valorização dos profissionais da educação infantil

• Princípios constitucionalmente estabelecidos para a educação pública no Brasil.

• Torna-se ainda mais importante atentar para as metas 17, 18 e 19 para assegurar tais princípios, dado que é recente a inclusão da educação de crianças até seis anos no sistema educacional, demandando lutas para superar o lugar marginal que historicamente lhe foi destinado.

Page 112: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Nossas lutas...

• A mobilização social e política são imperativas a fim de garantir as conquistas assinaladas no plano.

• As estratégias 1.3, 1.4, 1.14, 1.15 e 1.16 devem ser consideradas prospectivamente, à medida que incorporam a ideia de controle social da oferta segundo a demanda manifesta por creche e pré-escola, o que implicará um planejamento coerente com a necessidade social, podendo obter indicadores para acompanhamento – também pela família – do cumprimento da meta e constituir elementos para definição de políticas públicas para a educação infantil, assumidas pelo Distrito Federal e por municípios, em regime de colaboração com a União e os estados.

Page 113: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Nossas lutas...

• Melhoria e expansão da rede física, aquisição de equipamentos, por meio de programa nacional de construção e reestruturação de escolas, respeitadas as normas de acessibilidade.

• EC 59, a nova LDB (2016) obrigatoriedade para as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola;

• Impedir a diminuição da oferta para 0 a 3 anos;

Page 114: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Nossas lutas...

• Os governos municipais, estaduais e a União

deverão garantir recursos necessários para Educação; deverão ser publicizar o orçamento específico para Educação Infantil;

• Lei Orçamentária do Município e Estado delimitem a verba destinada a Ed. Infantil - a curto e médio prazo: quantas instituições de Educação Infantil deverão ser construídas e com que características?

Page 115: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

• A mobilização social e política são imperativas a fim de:

Combater a PEC nº 241 / PEC nº 55

- Liquida a meta 20: a morte do PNE 2014-2024

- Maior desigualdade social

- Maior concentração de renda

- Recrudescimento da vida dos mais vulneráveis

- O poder de destruição se apresenta em todas as áreas – social, educação, saúde, previdência social

e assistência social.

(Amaral, 2016)

Page 116: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Referências

• AMARAL, Cardoso Nelson. PEC 241: a “morte” do PNE (2014-2024) e o poder de diminuição dos recursos educacionais, UFG, 2016.

• BARBOSA, I. G. (2015). “Da educação infantil para o primeiro ano do ensino fundamental: o direito da criança é ser feliz”. In: SILVA, C. C.; ROSA, S. V. L. (orgs.). Anos iniciais do ensino fundamental: política, gestão, formação de professores e ensino. São Paulo: Mercado das Letras.

• ______. (1997). Pré-escola e formação de conceitos: uma versão sócio-histórico-dialética. Tese de Doutorado em Educação. São Paulo: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

• _____. et al. (2014). “Espaço físico da pré-escola em escolas de ensino fundamental do estado de Goiás: qualidade e especificidade da educação infantil”. Anais do IV Grupeci, Goiânia: Universidade Federal de Goiás. Disponível em: <http://www.grupeci.fe.ufg.br/up/693/o/TR75.PDF> Acesso em: 10 de maio de 2015.

• _____. (2013). “Formação de professores em diferentes contextos: historicidade, desafios, perspectivas e experiências formativas na educação infantil”. Poíesis Pedagógica, v.11, n.1, Catalão-GO, pp. 107-126.

• _____. (2010). “Prática pedagógica na Educação Infantil”. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M. F. Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação. CDROM.

Page 117: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Referências

• BARBOSA, I. G. ; ALVES, N. N. de L. (2003). “Currículo em Educação Infantil: pensando a superação da organização em disciplinas e áreas de conhecimento”. Anais do I Colóquio Internacional de Políticas Curriculares. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba. CD ROOM.

• BARBOSA, I. G. e ALVES, N. N. L. Currículo da Educação Infantil e trabalho docente: perspectiva sócio-histórico-dialética. In: Souza, R. C. C. R. et. al. Formação, profissionalização e trabalho docente: em defesa da qualidade social da educação. São Paulo: Mercado de Letras, 2016.

• ______; ALVES, N. N. de L.; MARTINS, T. A. T. (2011). “O professor e o trabalho pedagógico na Educação Infantil”. In: LIBANEO, J. C.; SUANNO, M. V. R.; LIMONTA, S. V. Didática e práticas de ensino: texto e contexto em diferentes áreas do conhecimento. Goiânia: CEPED/Ed. PUC-Goiás.

• ______; ALVES, N. N. de L.; MARTINS, T. A. T. (2010). “Organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil”. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M. F. Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação. CDROM.

• BARBOSA, I. G.; A. N. N. de L.; SILVEIRA, T. A. T. M.; SOARES, M. A. A educação infantil no PNE: novo plano para antigas necessidade. Revista Retratos da Escola. V.8, n.14, janeiro a junho de 2014.

Page 118: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Referências

• BRASIL/CNE. (2009a). Parecer CNE/CEB n. 20 de 11 de novembro de 2009. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União. Brasília, 09 de dezembro de 2009.

• BRASIL/CNE. (2009b). Resolução CNE/CEB n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009.

• BRASIL/MEC. (1995) Critérios para um atendimento em creches e pré-escolas que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, Departamento de Políticas Educacionais, Coordenação Geral de Educação Infantil.

• DOURADO, Luiz Fernandes. Avaliação do Plano Nacional de Educação 2001-2009: questões estruturais e conjunturais de uma política. Educação e Sociedade, v. 31, n. 112, p. 677-705, jul./set. 2010.

• ______. Plano Nacional de Educação como política de Estado: antecedentes históricos, avaliação e perspectivas. In: DOURADO, Luiz F. (Org.). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e perspectivas. Goiânia: Editora UFG/Autêntica, 2011.

Page 119: 09h00 mesa 2 ivone garcia políticas e práticas cotidianas na ei

Referências

• AMARAL, Cardoso Nelson. PEC 241: a “morte” do PNE (2014-2024) e o poder de diminuição dos recursos educacionais, UFG, 2016.

• BARBOSA, Ivone Garcia; Alves Nancy N. de Lima; SILVEIRA, Telma A. T. M.; SOARES, Marcos A. A educação infantil no PNE: novo plano para antigas necessidade. Revista Retratos da Escola. V.8, n.14, janeiro a junho de 2014.

• DOURADO, Luiz Fernandes. Avaliação do Plano Nacional de Educação 2001-2009: questões estruturais e conjunturais de uma política. Educação e Sociedade, v. 31, n. 112, p. 677-705, jul./set. 2010.

• ______. Plano Nacional de Educação como política de Estado: antecedentes históricos, avaliação e perspectivas. In: DOURADO, Luiz F. (Org.). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e perspectivas. Goiânia: Editora UFG/Autêntica, 2011.