07 julho 2011

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07/07/2011 123 XIX

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Isabella Souto e Juliana Cipriani Depois de cinco meses em tramitação, o projeto de

lei que põe fim ao pagamento de aposentadoria a ex-go-vernadores ou pensão a seus dependentes foi aprovado ontem, em segundo turno, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A partir do atual governador, Antonio Au-gusto Anastasia (PSDB), o benefício não pode mais ser requisitado. Até então, cinco beneficiários tinham direito à remuneração, que custava aos cofres públicos de Minas Gerais R$ 47,25 mil mensais. Eles também devem ficar com o bolso mais vazio a partir deste mês por decisão judicial.

A oposição deu uma trégua ontem à obstrução que vem fazendo aos trabalhos da Casa como forma de pres-sionar o governo mineiro a negociar com as categorias em greve. Alegando que o projeto seria também de autoria do deputado Paulo Guedes (PT), concordaram em votar a proposta que extingue a pensão vitalícia, que agora será encaminhada ao governador Anastasia. O projeto revoga lei de 1957, pela qual ex-governadores, suas viúvas ou filhos menores ou filhas maiores, solteiras ou viúvas sem rendimentos teriam direito a pensão. A medida não tem efeito retroativo.

O texto foi encaminhado à Casa pelo governador Anastasia, em 10 de fevereiro, depois da polêmica gera-da pela divulgação dos valores pagos a ex-governadores em vários estados. Na ocasião, o tucano entendeu que o benefício estava em “dissonância com a atual concepção do mandato político”. O projeto ficou parado por causa da dúvida em relação à iniciativa da lei, que, segundo pa-receres técnicos, deveria ser mesmo de autoria do gover-nador.

Em Minas Gerais, recebem aposentadoria de R$ 10,5 mil os ex-governadores Rondon Pacheco, Francelino Pe-reira, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo, e pensão de R$ 5,25 mil Coracy Pinheiro, viúva de Israel Pinheiro. Mas a partir deste mês eles podem ficar sem o ganho mensal. No dia 30, o estado foi notificado da decisão liminar da juí-za da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Lílian Maciel Santos, que suspendeu o pagamento da remuneração.

Como a folha de pagamentos foi processada até o dia 28, os nomes foram incluídos na listagem encaminhada para depósito na conta bancária. De acordo com a asses-soria da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), os bancos já foram avisados para que não creditem os valo-res. Caso não haja tempo hábil para a operação, ainda será verificado se eles terão que devolver o dinheiro. Além da suspensão imediata do pagamento, a juíza Lílian Maciel determinou que os beneficiários de aposentadoria e pen-

são sejam incluídos na ação. Ainda não há previsão para julgamento do mérito.

pAUtA LIMpA Os deputados estaduais aprovaram ontem mais 10

projetos de lei de autoria dos parlamentares. Um deles obriga instituições de ensino superior a devolver os va-lores das matrículas em caso de desistência do aluno e o outro obriga bancos e operadoras de cartão de crédito a enviarem correspondência em braile. Na reunião da tarde, os deputados aprovaram 49 requerimentos, vários deles de autoria da oposição.

Mesmo com as votações de ontem, a oposição conti-nua em processo de obstrução. “Fizemos acordo para tirar os requerimentos e a pensão, mas vamos esperar que o governo pelo menos sinalize que vai receber os grevis-tas. Enquanto isso não ocorrer, não votamos matérias do Executivo”, disse o líder da Minoria, deputado Antônio Júlio. A oposição ameaça não votar nem mesmo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) se a situação do funcio-nalismo não for resolvida.

Com projetos de reajustes, créditos suplementares e de criação de cargos pendentes, a base de governo pro-mete usar sua força para aprovar as matérias e admite até abrir mão do recesso parlamentar, previsto para começar dia 18. “A base está unida e pronta para votar. Se tiver-mos de ficar agarrados até janeiro vamos ficar”, afirmou o líder da Maioria, Gustavo Valadares (DEM). O líder do blocão governista, Bonifácio Mourão (PSDB), disse estar trabalhando para garantir a presença dos aliados de Anas-tasia em plenário, mas admitiu que o regimento interno da Casa permite muitos mecanismos de obstrução da pauta.

enquanto isso...

Ação caminha na Justiça Uma ação direta de inconstitucionalidade (adin) con-

tra o pagamento de aposentadoria a ex-governadores está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF). Ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Bra-sil (OAB), o relator é o ministro Dias Toffoli e ainda não há previsão de julgamento. O argumento da OAB é de que a legislação datada de 1957 – e modificada posteriormen-te por outras leis – criou um subsídio de caráter “assisten-cial que não tem por fundamento estado de necessidade dos beneficiários”. Ainda segundo a OAB, a legislação mineira vai de encontro à Constituição Federal, que não prevê e não autoriza a instituição de subsídio para quem não é ocupante de cargo público. “Ex-governador não tem mandato nem é servidor público”, diz o texto da adin

Legislativo

Enfim, acaba o privilégioOposição dá trégua à obstrução das votações e deputados aprovam fim da aposentadoria a

ex-governadores, que tramitava há cinco meses. Benefícios já pagos também são cancelados

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HOJE EM DIA - p. 2 - 07.07.2011MÁRcIO FAGUnDES

São Paulo. Em seis meses, qualquer pessoa po-derá consultar na internet um banco de dados sobre acusados de crimes que são considerados foragidos pela Justiça brasileira. O Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ) aprovou uma resolução estabelecendo que os tribunais de todo o país terão de adaptar seus sistemas para permitir o envio das informações ao banco de dados.

“A grande finalidade é mostrar quais as pesso-as que estão sendo procuradas”, disse o conselheiro do CNJ Walter Nunes. “Mas também vão ficar ali as informações das prisões que já ocorreram. Para podermos dizer o número de presos provisórios que existem no país”. Desde segunda-feira, uma altera-ção na lei penal permite que os mandados de prisão sejam cumpridos em qualquer lugar do país. Ante-riormente, os mandados só podiam ser cumpridos em uma determinada comarca ou por meio de so-licitação.

A resolução do CNJ estabelece que os man-dados expedidos antes da entrada em vigor da re-solução aprovada, e ainda não cumpridos, deverão passar por reexame. Caso se comprove a necessida-de de prisão, terão de ser logo registrados no banco de dados. Isso ocorre porque a nova lei penal ainda estabelece que autores de crimes com pena menor de quatro anos fiquem soltos, enquanto aguardam o julgamento definitivo.

Walter Nunes afirmou que o banco de dados deve auxiliar o trabalho da polícia. “Ela tem difi-culdade extrema em cumprir mandado de prisão, porque não há um órgão aglutinando todos esses mandados. Se uma pessoa suspeita for parada em uma blitz, bastará ao policial consultar o banco de dados para saber se há algo contra ela”.

No banco de dados, serão colocadas as infor-mações sobre foragidos com prisão preventiva de-cretada. Deverão ser informadas a identidade, ca-racterísticas físicas e fotografia. O banco deverá ser atualizado pelos tribunais. O serviço será oferecido na internet e será assegurado o direito de acesso às informações para todas as pessoas, independente-mente de prévio cadastramento ou demonstração de interesse.

Prisão.Tribunais terão de adaptar sistema para enviar informações

País terá lista unificada de foragidos

em seis mesesPara conselheiro do CNJ, a medida deve

auxiliar o trabalho da polícia

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EStADO DE MInAS - 27 - 07.07.2011Em casa - Uma vitória da vida

Laura Gibosky, de 4 anos, deixa hospital 159 dias depois de tragédia no Anel Rodoviário que exigiu cinco delicadas cirurgias. Médico diz que ela pode se recuperar sem sequelas

Valquiria Lopes e Pedro Ferreira Uma história de luta pela vida. Laura Gibosky, de 4

anos, sobrevivente da tragédia ocorrida no Anel Rodoviário em 28 de janeiro, recebeu ontem alta médica do Hospital Fe-lício Rocho, na Região Centro-Sul, e pôde finalmente voltar para casa. O retorno, embora depois de 159 dias de interna-ção e de cinco complexas cirurgias, mostra a força da menina para continuar a viver. Os 2% de chance de resistir às lesões neurológica, abdominal e óssea de quando ela deu entrada no Pronto-Socorro do Hospital João XXIII se multiplicaram. Graças ao atendimento médico de urgência e ao acompanha-mento incessante da família, Laura vai poder passar o aniver-sário em sua residência. A festa será no dia 29. Ainda que não tenha voltado a andar e a falar, ela ouve e entende estímulos. A partir de agora receberá cuidados especiais para se reabili-tar e pode até mesmo viver sem sequelas.

“Eu via nos olhos dela que ela agarrou naquele fiapinho de vida que ela tinha, naqueles 2%, e disse: ‘Eu não vou mor-rer assim tão fácil!’ Isso tem muito da personalidade forte dela. Não seria qualquer pessoa que iria aguentar o que Laura aguentou, passar pelo que ela passou”, disse, orgulhoso, o pai da menina, o servidor público Ricardo Wagner Rodrigues de Carvalho, de 44 anos, enquanto aguardava pela alta médica. A mãe, a também servidora pública Priscila Gibosky, de 33, era puro contentamento. “Laura é uma guerreira. Uma criança determinada. Rezei muito para que ela vencesse isso tudo”.

Poucos minutos antes de deixar o hospital com a filha na tarde de ontem, Ricardo relembrou, ao lado da mulher, o dia em que teve certeza de que a filha sairia do coma. O primei-ro movimento dela veio depois de quase uma semana após o acidente, quando o médico apresentou à família a terceira tomografia. “Era apenas uma mancha negra que não mostrava nenhum quadro de melhora. Foi ético em nos avisar, mas, naquele dia, a Laura levantou o braço e aí eu disse: ‘Isso é um sinal’. Foi a certeza que eu tive de que ela tinha se agarrado à vida dela”, contou Ricardo, emocionado.

A reação, classificada pelo neurocirurgião Rodrigo Mo-reira Faleiro como surpreendente, tem relação direta com a idade. “A recuperação em crianças é mais rápida devido à plasticidade cerebral, que é uma situação em que o cérebro consegue se recuperar de um trauma de uma maneira muito mais surpreendente do que um adulto”. A criança evoluiu de um quadro 3 na escola neurológica para o índice 9 a 10.

Para ele, houve três fatores preponderantes para a sobre-vivência. “Os pontos altos desse tratamento foram o pré-aten-dimento que ela recebeu da equipe do Samu que a resgatou com vida até o João XXIII. Na unidade, as cirurgias graves decididas e feitas imediatamente à chegada foram essenciais para que o quadro não se agravasse. E, por fim, o cuidado mu-tidisciplinar da neurocirurgia, da cirurgia plástica, da nutri-ção, fonoaudiologia, fisioterapia e do CTI do Hospital Felício Rocho completaram o tratamento”, avaliou. Em casa Laura

terá assistência permanente de um enfermeiro e equipamen-tos como uma cama de hospital, cadeira de rodas especial e máquina para infusão de alimentos (ainda se alimenta por sonda). Quanto aos remédios, a maior parte já foi dispensada, restando o destinado a evitar rigidez e atrofia muscular.REABILItAÇÃO

Apesar de ser otimista com relação à recuperação total de Laura, já que admite que a menina pode retomar todas as funções motoras, sensoriais e neurológicas, Faleiro não traça prazo para que isso ocorra. “Não existe hoje em dia um tem-po em que a criança pode melhorar ou não. Vemos melhoras ocorrendo às vezes um ano depois do trauma. Essa rapidez é variável”, disse. Mas junto à família, onde foi recebida ontem com comemoração, balões e faixas de boas-vindas e o cari-nho do irmão Yuri, de 10 anos, o avanço pode ser mais ágil, segundo o médico. “O contato com a família e os estímulos vão ser fundamentais nessa nova etapa. Hoje, a Laura já está ciente do seu ambiente externo. Quando a gente conversa com ela, a gente nota que ela entende. O que ela mais precisa agora é estar em casa, com os pais e com a família a estimu-lando continuamente”, explicou.

E para quem teve que virar a rotina do avesso, dividin-do plantões no hospital, a notícia da alta médica foi recebida com grande satisfação. “Fiz do quarto dela meu canto de ora-ção. Era lá que eu me refugiava todos os dias e batia o joelho no chão pedindo a Deus para trazer minha vida de volta para casa”, contou Priscila com lágrimas nos olhos.

Mas para conseguir alcançar a alegria de carregar a maca pelos corredores do hospital em direção à ambulância que le-varia Laura para casa, os pais precisaram de muita força. “A decisão mais difícil foi sair da condição de vítima e assumir o que estava acontecendo para tomar medidas que precisavam ser imediatas. Iniciamos tratamento com um psiquiatra, por-que, com tanta dor, não dá para percorrer o caminho sozinho. Ficamos unidos. Recebemos ajuda de familiares, amigos e até de desconhecidos”. Agora, é recomeçar.

A cada dia melhorAo dar entrada no Hospital de Pronto Socorro João

XXIII, Laura estava em coma e apresentava quadro de poli-traumatismo que a classificava como nível 3 na escala neuro-lógica de Glasgow. A ferramenta usada para medir o nível de consciência de uma pessoa varia entre 3 e 15 pontos, sendo que este último índice se refere a uma pessoa sem problemas neurológicos. No estágio 3, Laura estava com os olhos fecha-dos, não falava nem respondia a estímulos. Aos poucos, evo-luiu. Passou a gemer, abriu os olhos e foi ganhando pontos. Deixou o hospital com pontuação que varia entre 9 e 10. Está com os olhos abertos, entende os estímulos, mas ainda não se manifesta sobre eles. Segundo os médicos , a tendência é de que ela volte a atingir o nível 15, que é o de uma pessoa totalmente alerta aos sinais. Apesar de afirmar que ainda é cedo para traçar qualquer prognóstico, os médicos afirmam que Laura pode se recuperar sem sequelas.

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O motorista responsá-vel pela tragédia que matou cinco pessoas e feriu 18 no Anel Rodoviário, Leonardo Farias Hilário, de 25 anos, já tem data marcada para começar a prestar contas à Justiça. Ele encontra-se em liberdade provisória em Mundo Novo (MS), onde mora, e tem de se apresen-tar ao 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, às 13h30 de 26 de setembro, para iniciar a instrução do processo. Leo-nardo foi preso um dia de-pois do acidente, em 29 de janeiro, e levado para o Ce-resp São Cristóvão.

Em 15 de fevereiro, o 1º Tribunal do Júri determi-nou a libertação, a partir dos princípios de que tinha resi-dência fixa, emprego e era réu primário, mas ele voltou a ser detido dois dias depois, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Jus-tiça de Minas Gerais. Em 2 de março, o Superior Tribu-nal de Justiça (STJ) lhe con-cedeu liberdade provisória. O promotor Edson Ribei-ro Baêta ofereceu denúncia contra o acusado, em 11 de fevereiro, por cinco homicí-dios dolosos (com intenção de matar), o que pode impli-car pena de seis a 20 anos de prisão para cada morte.

Leonardo dirigia uma carreta bitrem, com dois se-mirreboques e 37 toneladas de carga, totalizando 56 to-neladas com o peso do veícu-lo. Segundo o promotor, ele assumiu o risco do acidente

ao circular a 116km/h num trecho movimentado, onde a velocidade máxima permiti-da era de 70km/h. Ele ainda ziguezagueava com o cami-nhão, de acordo com Baêta, ultrapassando e disputando espaço na rodovia.

Conforme a denúncia, após trafegar pela faixa da esquerda, Leonardo, que tentava ultrapassar outro carro, jogou seu veículo para a faixa central, baten-do no caminhão que estava à sua frente, projetando-o de forma violenta em uma pis-ta lateral. Em seguida, bateu em 15 veículos, deixando um rastro de destruição que fazia lembrar as ficções ci-nematográficas. Entre os mortos, dois eram menores: Ana Flávia Gibosky Miglio-rança, de 2 anos, e Marcelo Ferreira dos Santos, de 12.

O laudo da perícia cons-tatou que embora o sistema de freios do cavalo mecâni-co estivesse em boas con-dições, o dispositivo de um dos semirreboques apresen-tava precariedade. Para o promotor, o motorista sabia dessa situação e, mesmo as-sim, desceu o Anel em alta velocidade, o que, na in-terpretação da promotoria, seria prova de que o autor assumia o risco do aciden-te. Baêta acusa Leonardo de ter sumido com o disco do tacógrafo, “como forma de mascarar sua conduta crimi-nosa”.

EntEnDA O cASO 28 de janeiro - O car-

reteiro Leonardo Faria Hi-lário, de 24 anos, em alta velocidade pelo Anel Rodo-viário, bate em 16 veículos, mata cinco pessoas e deixa 18 feridas.

Laura Gibosky Carva-lho, de 4 anos, estava em companhia das primas Ana Flávia, de 2 anos, e Sarah, de 6, e da tia Petrarka Gibosky ,que foram afetadas pela co-lisão causada pela carreta. Ana morre na hora. Petra-rka, que dirigia o veículo, e Sarah têm ferimentos leves. Mas Laura sofre graves le-sões no cérebro, pulmão e no fígado. Ela é levada para o Hospital de Pronto-Socor-ro João XXIII (HPS).

Após 20 dias, é transfe-rida em coma para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).do Hospital Felício Rocho, onde respirava com ajuda de aparelhos

4 de março - Depois de 37 dias, a garota sai do es-tado de coma e deixa a UTI para ser tratada em um quar-to. Fora de perigo, ela abre os olhos pela primeira vez desde o acidente.

Abril - Laura começa a respirar sem a ajuda de apa-relhos e a se movimentar

23 de maio - Ela passa por uma cirurgia para a re-composição do crânio.

25 de maio - Laura sai do CTI. Os pais já aposta-vam que, no máximo em 20 dias, ela receberia alta do hospital.

6 de julho - Laura deixa o Hospital Felício Rocho de-pois de 159 dias internada.

Motorista depõe em setembro

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Pedro Ferreira Exame clínico feito pelo Instituto Mé-

dico Legal (IML) confirmou que o delegado Robson de Souza Pais, de 48 anos, estava embriagado na noite de terça-feira, quando se envolveu em acidente de trânsito dirigindo um carro da Polícia Civil, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele bateu em quatro carros e em uma moto pilotada por um sargento da Polícia Militar, que sofreu um corte na perna. O delegado se recusou a fazer o teste do bafômetro e a fornecer amostra de sangue, alegando que a lei lhe garante o di-reito de não fornecer provas contra si mesmo. No entanto, médicos do IML o examinaram clinicamente e constataram que o policial ha-via consumido bebida alcoólica.

A Corregedoria da Polícia Civil abriu procedimento administrativo para investigar o caso, segundo informou a assessoria de im-prensa da corporação. O delegado é lotado no 4º Distrito Policial, na Avenida Afonso Pena, 984, Centro de BH, e não foi afastado das ati-vidades. Mas, segundo a Polícia Civil, foi au-tuado em flagrante por embriaguez ao volan-te na delegacia de plantão de Sabará, teve a carteira de motorista apreendida, foi multado em R$ 957 e deve responder a processo ad-ministrativo no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). Depois de exa-minado no IML, Robson foi liberado. O carro que dirigia foi rebocado para a Diretoria de Transportes da Polícia Civil.

O acidente foi por volta das 22h, na Rua Vulcano, no Bairro Ana Lúcia. O delegado dirigia um Uno descaracterizado da Polí-cia Civil, passou em alta velocidade por um quebra-mola, perdeu o controle da direção e bateu em um Renault Twingo estacionado. Depois, atingiu a moto pilotada pelo sargen-to, que foi jogado longe, uma Saveiro, uma Kombi e outro Uno, todos estacionados.

Segundo o boletim de ocorrência da Po-lícia Militar, o delegado apresentava “fortes sintomas de embriaguez, fala desconexa, an-dar cambaleante, hálito etílico e olhos aver-

melhados”. Um cinegrafista amador filmou o policial andando com dificuldade. Nas ima-gens, ele desce do carro, perde o equilíbrio e se apoia no veículo, sendo amparado por um militar que redigia a ocorrência. A imagem mostra ainda Robson sendo retirado do local por colegas da corporação em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE).

O Estado de Minas tentou falar com o de-legado Robson de Souza Pais e até o início da noite não obteve retorno das ligações.

M E M Ó R I A - Dois dias o buraco

Em junho do ano passado, o delegado Robson ficou desaparecido por dois dias de-pois de sofrer um acidente de trânsito no km 398 da MGC-120, em Santa Maria do Itabi-ra, Região Central de Minas. Ele seguia para Ganhães, onde se apresentaria à Delegacia Regional da cidade para trabalhar. A família ficou desesperada e a Divisão de Pessoas De-saparecidas foi chamada para encontrá-lo.

Depois de cair com o carro num abismo, o policial conseguiu se soltar das ferragens, escalou um barranco de 10 metros e cami-nhou até as margens da estrada, onde foi so-corrido por populares. Ele sofreu hematomas, foi levado ao hospital de Itabira e depois para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital.

O carro do delegado, o Siena placa HCA-4683, achado em uma mata fechada, foi re-tirado com o auxílio da Polícia Militar Ro-doviária. Robson contou na época que sentia forte dor no tórax e, sem forças para sair do buraco, chegou a lamber o orvalho das folhas e bebeu urina para matar a sede.

Disse que até tentou pegar grilos quando a fome apertou. Contou ainda que o Siena foi fechado por um caminhão numa curva e ele perdeu o controle da direção ao tentar se des-viar. O carro, desgovernado, saiu da estrada e despencou de uma altura de 10 metros, ba-tendo de frente no chão e caindo com as rodas para cima. Era por volta das 20h30, segundo ele. (PF)

EStADO DE MInAS - p. 27 - 07.07.2011InFRAÇÕES EM SÉRIE

Embriagado e desgovernadoExame no IML constata que delegado bebeu antes de bater

arro da Polícia Civil em cinco veículos e ferir um militar

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KARINA ALVES

Uma mulher acusada de distribuir cocaína com elevado teor de pureza para clientes da alta sociedade belo-horizontina foi detida ontem durante uma operação antidrogas da Polícia Civil. Outras nove suspeitas de envolvimento no esquema de trá-fico também acabaram atrás das grades.

Ao todo, foram detidos 29 integrantes da quadrilha que, se-gundo as investigações, tem ra-mificações no Vale do Aço e na região metropolitana da capital. Com os suspeitos, os policiais conseguiram apreender cerca de 95 kg de drogas, entre cocaína e crack.

Os investigadores acreditam que a presença de mulheres no fornecimento e na distribuição era uma estratégia da quadrilha para disfarçar a venda de entor-pecentes. “Normalmente, elas le-vantam menos suspeitas entre os policiais. Era a forma encontrada por eles para atuar com mais dis-crição”, disse o delegado Thiago Machado.

Entre as suspeitas presas estão Cláudia Mara Soares, res-ponsável pela distribuição de cocaína para a alta sociedade, e Andréia Gonçalves de Souza, mais conhecida como Bigode, que armazenava a droga.

Segundo a Polícia Civil, o esquema tinha origem na Bolívia, de onde era trazida a pasta-base que, mais tarde, seria refinada no Paraná ou no Mato Grosso.

Conforme o inspetor Gil-berto Bracelares, a polícia ainda procura por Valmir Schosek, o Italiano, considerado o articu-lador da quadrilha. “Ele seria o responsável por conseguir a pas-ta-base e trazer as drogas para

Minas”, detalhou o inspetor.BALAnÇO

Durante a operação, inicia-da há dois meses, foram apreen-didos ainda 80 kg de ácido bórico (elemento usado para o refino da cocaína), além de cinco armas, três prensas, dois liquidificadores e quatro balanças de precisão.

Parte do material estava em um laboratório de refino na cid

ade de Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço. No local, também foi recolhido um ursinho de pelúcia recheado com entorpecentes.

A operação contou com 60 policiais das seis delegacias es-pecializadas do Departamento Antidrogas. As investigações, que começaram em maio, ainda estão em andamento.

Três detentos participavam do

esquemaSegundo a Polícia Civil, o

foragido Valmir Schosek, co-nhecido como Italiano, negocia diretamente com três traficantes que estão detidos. Fábio Ferreira Braga e Júlio Azevedo de Souza, o Tubarão, estão presos na Peni-tenciária Dutra Ladeira, em Ri-beirão das Neves, enquanto Clei-dimilson Alexandrino da Silva, o Didio, é detento da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.

“Eles atuavam por meio de comparsas, que são essas outras pessoas presas e outras já identi-ficadas pela polícia”, disse o ins-petor Bracelares.

De acordo com o delegado Thiago Machado, os traficantes presos fazem parte de uma qua-drilha que atua no bairro Paulo VI, região Nordeste da capital. (KA)

O tEMpO - p. 26 - 07.07.2011Quadrilha.Polícia prendeu 29 suspeitos e apreendeu 95 kg de drogas

“Madames do tráfico” são presas em megaoperaçãoFornecedora com trânsito na alta sociedade está entre os detidos

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Landercy Hemerson Sady Moreira, há 28 anos na praça, comemorou as alterações pro-

postas: motorista vê herança garantida para a família Uma antiga polêmica com relação à transferência da titularidade de

permissão para o serviço de táxi já é uma ameaça ao Projeto de Lei da Câ-mara (PLC 27/11) que regulamenta a profissão de taxista, aprovado ontem pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Algumas lideranças do setor acenam com a possibilidade de uma Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (Adin). A discussão só vai a plenário em caso de recursos nos próximos cinco dias. Do contrário, segue direto para a sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff, que tem 15 dias para se manifestar sobre a questão. O PL traz exigências de qualificação dos motoristas, classifica-os em quatro grupos – autônomo, empregado, auxiliar de condutor autônomo e locatário –, determina que todos contribuam para o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), entre outros itens. Ele tem sido alvo de discór-dia quanto aos critérios da permissão do serviço. Representantes dos mo-torista auxiliares temem que a legislação sirva para driblar a necessidade de licitação no sistema, alvo de questionamentos do Ministério Público na Justiça contra várias prefeituras.

O texto “assegura a transferência da autorização do condutor prin-cipal para outro titular, desde que preenchidos os requisitos exigidos pelo órgão competente”. A proposta inclui até mesmo a transmissão da autori-zação, no caso da morte do principal, para seu cônjuge, herdeiros legais ou companheiro, que passam a ter os mesmos direitos e deveres do titular, institucionalizando a chamada “placa hereditária”.

O vice-presidente da Associação dos Taxistas do Brasil (Abrataxi), Eduardo Caldeira, defensor de licitação urgente para regularizar as per-missões, principalmente em Belo Horizonte, argumenta que há interpreta-ção equivocada do projeto. “O PL não vem para mudar o que está previsto na Lei 8.987/95 (dispõe sobre o regime de concessão e permissão). Em seu texto, há a determinação de emissão de um certificado pelo órgão que regula a prestação dos serviços, o que só pode ser feito por meio de lici-tação”.

Se sancionada a lei com base no que foi aprovado no Senado, Caldei-ra garante que entra como uma Adin, pois os motoristas auxiliares seriam lesados. Ele também é contra a divisão que o PL 27/11 propõe, ao definir os taxistas como autônomo, que trabalha por conta própria; empregado, subordinado a uma empresa; auxiliar de condutor autônomo e, por último, locatário, que aluga veículo de propriedade de pessoa jurídica titular.

O taxista Sady José Moreira, de 51 anos, dos quais 28 trabalhando na praça, comemorou a aprovação do projeto. Ele já incorporou a ideia de que vai poder transferir sua permissão. “ Foi a melhor notícia que re-cebi. Depois de anos na praça, agora sei que, ao morrer, deixarei o fruto de meu trabalho para minha família não ficar por aí desamparada”, disse Sady. Para ele, a legislação federal vai reforçar a decisão da lei municipal 10.089/2011, que assegurou a cerca de 350 taxistas de Belo Horizonte, permissionários na última licitação, de 1995, o direito de transferência da autorização a parentes. Atualmente, na capital mineira, há pouco mais 6 mil permissões para a prestação do serviço de táxi.

O motorista José Neves Ferreira, de 68, taxista há 22 anos, é loca-tário. Mesmo tendo que trabalhar para pagar diária, ele concorda com a transferência da permissão e aplaude o tratamento que o PL 27/11 deu à questão. Segundo ele, o veículo que dirige pertence à filha de um ex-taxis-ta. Ela herdou a autorização para exploração do serviço e, já que não tem como exercer a atividade, garante uma renda com as diárias. “Não tenho ganância de querer que se faça uma licitação e tire as permissões de todos. É inevitável que se faça licitação para aumentar o número de autorizações, mas sem prejudicar quem herdou ou pagou caro pela placa e licença”, ponderou Ferreira.

A BHTrans, empresa municipal pública que gerencia o trânsito na capital, informou ontem que não teve conhecimento do teor do projeto de lei. Mas adiantou que já adota várias medidas para qualificação dos taxistas. E que, se sancionada a lei, irá se adequar ao que determinar a legislação.

EStADO DE MInAS - p. 2 - 27.07.2011

PR resiste e Passos assume como interino

E ainda/Gerais

Lei de táxi questionadaSem consenso/ Setores da categoria temem que mudanças aprovadas no Senado barrem licitações

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O GLOBO - p.6 - 07.07.2011

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