07 criação do conhecimento nas organizações · entre áreas diferentes de tecnologia ou...
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CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Criação do Conhecimento nas Organizações:
1) Os modos de conversão do conhecimento e sua vinculação com a criação do conhecimento organizacional;
2) As condições capacitadoras da criação do conhecimento organizacional;
3) As fases do processo de criação do conhecimento organizacional.
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Modos de conversão do conhecimento:
Socialização
Explicitação
Incorporação
Combinação
Conhecimento tácito Conhecimento explícito
Con
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Con
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Dimensões para a criação do conhecimento:
Dim
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o Ep
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mol
ógic
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Dimensão Ontológica
Dimensã
o Gnosiológica
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Dimensões para a criação do conhecimento: Dimensão Epistemológica
Dimensão Ontológica
Indivíduo Inter-Organização Grupo Organização
Exp
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cito
Dimensões para a criação do conhecimento:
Dimensão Gnosiológica
Dimensão Ontológica
Indivíduo Inter-Organização Grupo Organização
Op
erac
ion
al
Estr
atég
ico
Táti
co
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Explicitação Socialização
Combinação Incorporação
Dimensão Ontológica
Dim
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nos
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gic
a
Explicitação
Combinação
Incorporação Socialização
Dimensão Ontológica
Dimensão Epistemológica
Dimensão Ontológica
Dim
ensã
o Ep
iste
mol
ógic
a
Dimensão Ontológica
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Os fundamentos teóricos da criação do conhecimento nas organizações está baseado em três dimensões:
1) Dimensão epistemológica (saber): Nesta dimensão ocorre a conversão do conhecimento tácito em explícito, segundo
QUATRO MODOS socialização, explicitação, combinação e incorporação, de forma interativa, gerando uma espiral virtuosa do conhecimento.
2) Dimensão gnosiológica: Nesta dimensão, a explicitação do
conhecimento tácito (individual) à organizacional, permite o compartilhamento do
conhecimento nível operacional à nível gerencial criando assim o conhecimento conceitual à sistêmico na organização, a partir das ...
CONDIÇÕES CAPACITADORAS intenção organizacional, autonomia, redundância de informações, variedade de requisitos, flutuação e caos criativo.
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3) Dimensão ontológica: Nesta dimensão ocorre a transformação do conhecimento individual em conhecimento organizacional, num processo de cinco fases:
FASES PROCESSO DE CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO
compartilhamento de conhecimento tácito, criação de conceitos, justificação de conceitos, construção de um arquétipo e difusão interativa do conhecimento, gerando uma espiral virtuosa do conhecimento;
Os conhecimentos gerados:
Socialização Conhecimento compartilhado
Explicitação Conhecimento
conceitual
Incorporação Conhecimento
operacional
Combinação Conhecimento
sistêmico
Conhecimento tácito Conhecimento explícito
Con
hec
imen
to
tác
ito
Con
hec
imen
to
exp
lícit
o
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1) Intenção organizacional: • O critério mais importante para julgar a
veracidade de um determinado conhecimento é a intenção organizacional, normalmente estabelecida pelas estratégias da organização;
• Sua clareza assegura o julgamento do valor da informação ou do conhecimento percebido ou criado;
• A intenção é necessariamente carregada de valor.
Condições capacitadoras da criação do conhecimento organizacional:
Dimensão gnosiológica
2) Autonomia: • Em termos organizacionais, a promoção da
espiral do conhecimento depende, de forma significativa, da autonomia dos indivíduos que, por sua vez, contempla a chance de introdução de oportunidades inesperadas;
• A postura organizacional que assegura a autonomia está mais propensa a manter maior flexibilidade ao adquirir, interpretar, estocar e compartilhar informações;
• A autonomia, também, aumenta a possibilidade de os indivíduos se auto-motivarem para criar novos conhecimentos.
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3) Flutuação e caos criativo internos e externos:
• O estímulo à interação entre a organização e o ambiente externo é significativamente favorecido pela flutuação e o caos criativo;
• A introdução da flutuação numa organização se dá por meio de mudanças de rotinas, hábitos ou estruturas cognitivas (modelos mentais);
• Um processo contínuo de questionamento e reconsideração de premissas existentes estimula a criação do conhecimento;
• O enfrentamento de uma crise real gera naturalmente o caos como, por exemplo, a queda de desempenho em razão de mudanças nas necessidades de mercado ou pelo crescimento de concorrentes.
4) Redundância de informações:
• Um exemplo é a divisão das equipes de desenvolvimento de produto em grupos concorrentes — a discussão das vantagens e desvantagens das diferentes propostas é extremamente rica;
• Desenvolver a redundância organizacional incentivando um rodízio estratégico de pessoal constitui-se numa outra forma de implementá-la — entre áreas diferentes de tecnologia ou PD&I e marketing.
A redundância de informações acelera o processo de criação do conhecimento. São várias as formas de desenvolvimento de redundância numa organização:
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5) Variedade de requisitos: • Os membros de uma organização podem
enfrentar muitas situações se possuírem uma variedade de requisitos, que pode ser aprimorada por meio da combinação de informações de forma diferente, flexível e rápida, e do acesso às informações em todos os níveis da organização;
• A implantação de uma estrutura organizacional horizontal e flexível, na qual diferentes unidades são interligadas por meio de uma rede de informações, é uma forma de lidar com a complexidade do ambiente.
1) Compartilhamento do conhecimento tácito: • É a etapa mais crítica do processo; • O conhecimento tácito não pode ser comunicado
ou transmitido de maneira simples, pois é adquirido, sobretudo, por meio da experiência, não sendo facilmente transmitido por palavras;
• Há uma plena correspondência entre esta fase e a socialização no processo de criação do conhecimento organizacional.
Fases do processo de criação do conhecimento:
Dimensão ontológica
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Condições capacitadoras: 1) Intenção organizacional; 2) Autonomia das unidades organizacionais; 3) Caos criativo; 4) Diálogos pessoais; 5) Redundância de informações; 6) Variedade de requisitos dos membros da
equipe; 7) Metas desafiadoras; 8) Interação com ambiente externo.
2) Criação de Conceitos: • Uma segunda fase intensa na interação entre
conhecimento tácito e explícito diz respeito à criação de conceitos;
• O uso de múltiplos métodos de raciocínio — dedução, indução, comparação, suposição e outros — facilitam o processo de conversão de conhecimento tácito em explícito;
• Metáforas e analogias são intensamente utilizadas nesta fase.
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Condições capacitadoras:
1) Intenção organizacional; 2) Autonomia; 3) Flutuação e caos internos e externos; 4) Redundância de informações 5) Diálogo e reflexão coletiva; 6) Variedade de requisitos.
3) Prova de Conceitos: • A condução do processo de prova deve ser
explícita, de forma a possibilitar uma avaliação contínua quanto à integridade da intenção organizacional frente ao novo conceito, atendendo simultaneamente às necessidades da sociedade;
• Focalizando o negócio, os critérios normais de prova incluem custo, margem de lucro, contribuição de produtos para o crescimento da empresa, por exemplo;
• Uma das principais funções da alta gerência é formular os critérios de prova de conceitos de acordo com a intenção organizacional.
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Condições capacitadoras:
• Intenção organizacional; • Autonomia; • Redundância de informações.
4) Construção de um arquétipo (protótipo): • A prova de conceito é transformada em algo
concreto ou tangível nesta fase — um arquétipo (protótipo, mecanismo operacional, modelo);
• O arquétipo é construído por meio da combinação do conhecimento explícito recém-criado e o existente;
• A reunião de pessoas com habilidades técnicas diferentes, o desenvolvimento de especificações e a "fabricação" do primeiro modelo são etapas desta fase do processo.
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Condições capacitadoras:
1) Intenção organizacional; 2) Diálogo e reflexão coletiva
(cooperação dinâmica entre departamentos); 3) Variedade de requisitos; 4) Redundância de informações.
5) Difusão Interativa do Conhecimento: • Os novos conceitos criados, provados e
transformados em modelo, são submetidos a um novo ciclo de criação de conhecimento que é a disseminação interativa do conhecimento;
• Freqüentemente, ele se expande horizontal e verticalmente por toda a organização por meio de um novo ciclo de criação do conhecimento;
• A mobilização de empresas afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas à organização é resultado do conhecimento criado, tendo em vista a interação dinâmica desenvolvida.
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Condições capacitadoras:
1) Intenção organizacional; 2) Autonomia de unidades organizacionais; 3) Flutuação interna; 4) Redundância de informações; 5) Variedade de requisitos.
Professor: Neri dos Santos
REFERÊNCIA Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC
Disciplina Gestão do Conhecimento Empresarial
Prof. Eduardo Giugliani Curso de Engenharia de Produção Faculdade de Engenharia, PUCRS