06_opunit_destilação_2013

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  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Processo de Desti lao

    Conceitos fundamentais, desti lao simples ou

    descontnua, desti lao por expanso brusca.

    OPERAES UNITRIAS I

    Prof. Cssio Lus Fernandes de Ol iveira

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    I ntroduo

    Operao unitria que permite a separao de misturas de

    lquidos em seus componentes puros ou prximos da pureza

    Usa da evaporao e condensao dos componentes que se

    deseja separar

    O agente de separao o calor e/ou a presso,

    O vapor formado temcomposiodiferente da misturaor i inal.

    DESTI LAO

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    I ntroduo

    O processo muito uti l izado em toda a indstr ia qumica:

    -Na obteno de lcool reti f icado de uma mistura de fermentao,

    -Na indstr ia petrolfera para a separao das fraes contidas no

    petrleo bruto, como gs combustvel, GLP, nafta, querosene, diesel,

    gasleo, leo combustvel.

    -

    Na indstr ia qumica na separao de solventes usados em extraes.-Na indstr ia petroqumica, para a separao de fraes da naf ta

    petroqumica.

    -Em laboratr ios de qumica para purif icao e extrao de compostos

    qumicos de interesse, etc.

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    Conceitos Fundamentais

    Volatilidade

    A separao em um processo de desti lao acontece devido

    diferena de volati l idade de um componente com relao aooutro presente na mistura.

    Geralmente, o componente mais volti l em uma mistura

    aquela que em estado puro, e sob condies de temperatura e

    presso iguais, possui maiorpresso de vapor, ou seja, temmaior tendncia a evaporar.

    O que pode ser

    gaseif icado ouvaporizado

    Condio ou

    qualidade do que : Voltil

    Numa mistura, qual substncia volati l iza mais?

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    Entendendo a presso de vapor

    1) Um tubo fechado em uma dadatemperatura (ex. 20oC) contendo um

    medidor de presso (manmetro).

    2) Dentro do tubo foi colocado um lquido

    e feito vcuo: a presso vai a zero.3) Como existem molculas do lquido que

    possuem energia para deixar a fase, h

    um aumento contnuo da presso

    conforme as molculas saem do lquido

    e vo para o gs.4) Quando o equilbrio dinmico

    alcanado a presso f ica constante.

    EQUILBRIO LQUIDO-VAPOR

    Para entender a presso de vapor, vamos imaginar

    A presso de equilbr io

    naquela temperatura

    ser a presso de vapor

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    Expl icando a presso de vapor

    no nvel molecularAlgumas das molculas na superfcie de um lquido tm

    energia suficiente para escaparem da atrao do lquido

    volumoso.Essas molculas passam para a fase gasosa se

    movimentam nela

    medida que aumenta o nmero de molculas na fasegasosa, algumas das molculas atingem a superfcie e

    retornam ao lquido.

    Aps algum tempo, a presso do gs ser constante e igual

    presso de vapor.

    Presso de Vapor

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    Presso de Vapor

    Presso de vapora presso exercida por um vapor quando esteest em equilbr io dinmico com o lquido que lhe deu or igem: a

    quantidade de lquido que evapora a mesma que se condensa.

    Presso de vaporuma medida da tendncia de evaporao deum lquido. Quanto maior for a sua presso de vapor, mais volti l ser

    o lquido, e menor ser sua temperatura de ebulio (ponto de

    ebulio) relativamente a outros lquidos com menor presso de vapor

    mesma temperatura de referncia.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Quanto mais alta for a temperatura, mais alta a energia cintica

    mdia, mais molculas possuem energia mnima para deixarem o

    lquido, mais rapidamente o lquido evaporar.

    Quanto mais molculas na fase gasosa maior ser a presso de vapor.

    Volati l idade, presso de vapor e

    temperatura

    Menor temperatura = menor

    quantidade de molculas comenergia mnima para evaporar

    Maior temperatura = maior

    quantidade de molculas com

    energia mnima para

    evaporar

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    A presso de vaporaumenta com a

    temperatura devido ao

    aumento da energia

    cintica mdia dasmolculas.

    A temperatura onde a

    presso de vapor igual

    presso atmosfrica(presso externa: 760

    mmHg ou 1 atm) o:

    ponto de ebulio

    Presso de vapor e temperatura

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    A var iao da

    presso de vapor

    com a temperaturano uma funo

    linear devido ao fato

    da energia cintica

    tambm no selinear com a

    temperatura

    Curva de presso de vapor vs.

    temperatura

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    Concluses

    Curva de presso de vapor vs.

    temperatura

    1. O ponto de ebulio a temperatura onde a presso de

    vapor igual presso externa ( atmosfrica ou no)2. Para evaporar uma substncia deve-se aumentar a

    energia cintica das molculas da substncia (aumentar a

    temperatura),E/OU

    3. Diminuir a presso externa

    4. Em uma dada temperatura, a substncia que apresentar

    maior presso de vapor a mais volti l

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio e interaes entre

    molculas

    Mas por qu uma substncia mais volti l que a outra?O qu inf luencia a ebulio?

    Evaporar uma substncia impl ica na sua reti rada da fase condensada

    (lquida) para a gasosa.

    I sso pode ser feito mediante aumento da energia cintica (temperatura)

    e/ou ento pela reduo da presso

    Ocorre que, dependendo daMASSA MOLAR(peso da molcula) e das

    INTERAESque so feitasENTRE AS MOLCULAS(partculas)

    na fase lquida, pode ser mais fcil ou di fci l tir-las da fase

    condensada.

    OCASIONANDO DI FERENTES PONTOS DE EBULIO

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio e massa molar

    de se esperar que o ponto de ebulio aumente com oaumento da massa molar

    exemplo: PE do metano (MM=16 g/mol) aumenta ato

    decano (MM=142 g/mol)

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    Ponto de ebulio e massa molar

    -200

    -150

    -100

    -50

    0

    50

    100

    150

    200

    0 25 50 75 100 125 150

    Pontod

    ee

    bulio[

    oC]

    Massa Molar [g/mol]

    Aumento do ponto de ebulio com a aumento da

    massa molar dos alcanos de 1 at10 carbonos.

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    Embora seja esperado aumento no PE com a massa molar,

    algumas substncias no apresentam essa uniformidade.

    Mas, por qu isso ocorre?

    Algumas interaes intermoleculares como:

    L igaes de hidrognio,dipolo-dipoloe as

    foras de disperso de London.

    Impedem esta uniformidade

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    Embora seja esperado

    aumento no PE com a massa

    molar, algumas interaes

    intermoleculares (como as

    ligaes de hidrognio,

    dipolo-dipolo e as foras dedisperso de London) podem

    fazer com que isso no

    ocorra.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    L igaes de hidrognio

    (pontes de hidrognio)

    I nteraes dipolo-dipolo

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    L igaes de hidrognio(pontes de hidrognio)

    I nteraes dipolo-dipolo

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    Foras de disperso de London

    Um dipolo instantneo pode induzir outro dipolo instantneo em

    uma molcula (ou tomo) adjacente.

    As foras entre dipolos instantneos so chamadasforas de

    disperso de London.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Ponto de ebulio, massa molar e

    interaes intermoleculares

    As foras de disperso de

    London so maiores nas

    molcula l ineares que nas

    esfricas.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    O processo de desti lao

    A desti lao processo fsico de separao de misturasNem toda mistura passvel de separao completa por

    desti lao

    Exemplos de misturas passveis de separao total e parcialpor desti lao

    Mistura de um

    slido no volti l

    com um volti l(sal e gua, por

    exemplo.

    M istura de dois

    lquidos volteiscom pontos de

    ebulio bem

    distintos (gua e

    acetona, por

    exemplo)

    M istura de dois

    lquidos volteis com

    pontos de ebulioprximos ou que

    formem azetropos,

    podem no ser

    completamenteseparados

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    O processo de desti lao

    O que necessrio para se proceder a desti lao?

    A desti lao envolve a evaporao de uma substncia

    Ento, necessrioevaporara substncia, mas necessriotambm faz-lavoltar ao estado lquidopara recuper-la.

    Estes dois processos so de

    TROCA DE CALOR

    O pr imeiro feito por um

    EBUL IDOR ouAQUECEDOR

    O segundo feito por um

    CONDENSADOR

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao e a troca de calor

    O processo de desti lao envolve tr ocas de calor

    Geralmente estas trocas de calor so feitas por :

    1) condensadores,

    2) Aquecedores e que podem ser:i) Vapor super-aquecido

    ii ) Chama (fogo)

    iii)Etc.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Tipos de desti lao

    Existem vrias formas de se proceder umadesti lao:

    a) Desti lao descontnua ou simples;

    b) Desti lao por expanso brusca ou desti lao

    em um nico estgio;

    c) Desti lao fracionada;

    d) Desti lao por arraste a vapor, etc.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao descontnua ou simples

    efetuada em bateladas (uma desti lao por vez)

    A primeira poro do desti lado ser a mais rica em componentes mais

    volteis. A medida que prossegue a vapor izao, o produto vapor izadotorna-se mais volti l e o lquido residual torna-se menos volti l, pois o

    percentual de componentes leves no lquido residual vai sendo esgotado.

    O destilado, que o vapor condensado, poder ser coletado em pores

    separadas denominadas de cor tes. Estes podem produzir uma srie de

    produtos desti lados com vrios graus de pureza.

    Vaso com o lquido

    a ser desti lado

    Aquecimento (vapor)

    Condensador devapores do desti lado

    Coletores do

    lquido desti lado

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao simples ou descontnua

    Considere uma mistura de trs substncias:

    A

    Muito volti l e em pequena quantidade,BVolati l idade mdia e em grande quanti dade,

    CMuito pouco volti l e em pequena quantidade.

    Quando desti lao simples (batelada) for feita

    Pr imeiro corte (pequeno) contendo praticamente somente A.

    Segundo corte (grande) contendo mui to de B mas contaminado com

    pequenas quantidades de A e C

    Lquido residual ser ia, praticamente, a substncia C pura (terceiro

    corte), pequeno.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Balano mater ial e energtico

    Neste tipo de desti lao o balano mater ial eenergtico difci l ser feito porque continuamente a

    temperatura e a composio se al tera durante o

    processo de desti lao.

    Exemplo: Uma mistura de gua e lcool cujo ponto de ebulio

    de 85oC . A temperatura no vaso de 85oC, mas conforme

    extrado o lcool da mistura o PE aumenta porque menos lcool

    sobra e o PE tende ao ponto de ebulio da gua pura (100oC). A

    quantidade de lcool reti rado no nica: no incio reti rado

    mais lcool e menos gua e a quantidade de lcool vai

    diminuindo e de gua aumentando.

    claro que no f inal a massa restante no vaso somada massa

    obtida na desti lao

    E l

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Exemplo

    I NCIO20% gua e 80%

    lcool, P.E.=85oC.

    APS TEMPO t

    40% gua e 60%

    lcool, P.E.=90oC.

    PRXIMO DO FINAL

    90% gua e 10% lcool ,

    P.E.=96oC.

    Obs. A massa que

    sobra no vasosomada quela do

    desti lado a massa

    inical alimentada no

    vaso.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Exerccio

    Em um vaso para desti lao foi colocado 100 kg de uma misturagua e etanol. Nesta mistura inicial, a percentagem mssica era de

    10% de gua. No incio da desti lao o ponto de ebulio mostr ou

    ser de 80oC e aps 20 minutos de desti lao o PE da mistura no

    vaso mostrou ser de 95o

    C e a massa coletada na condensao erade 80 kg onde continha a percentagem mssica de 96% em etanol.

    1) Calcular as massa de gua e lcool e as percentagens mssicas

    conti das no vaso e no coletor de desti lado no incio e aps 20

    minutos de desti lao.2) Sabendo que a massa molar da gua de 18 g/mol e de etanol

    de 46 g/mol. Determinar os nmeros de mols e fraes molares

    da gua e etanol no incio e aps 20 minutos de desti lao.

    Exerccio

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Exerccio

    Com uma mistura de 10% em massa de hexano (Hex), cujo PE quando

    puro 68oC, e decano (Dec), com PE 174oC quando puro, al imentado um vaso de desti lao.

    Analise como falso (F ) ou verdeira (V), as afirmaes abaixo:

    a) No incio da desti lao, o ponto de ebulio da mistura deve estar

    mais prxima a 68oC do que a 174oC.

    b) Conforme a desti lao procede a temperatura de ebulio da

    mistura dentro do vaso deve diminuir.

    c) A 25 oC o hexano possui presso de vapor maior que o decano.

    d) Na temperatura de 68oC a presso de vapor do hexano igual

    presso atmosfrica.e) Conforme a desti lao procede, no vaso de desti lao aumenta a

    percentagem mssica de decano e diminui a de hexano.

    f) No incio da desti lao, se fosse medida a temperatura da primeira

    frao de lquido no condensador a temperatura ser ia prxima oui ual a 174oC.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Exerccio

    Em um processo de produo de gua ardente de cana, uma

    desti lador por bateladas opera inicialmente com uma carga em mol de

    3,5% de etanol e o restante s de gua.

    Aps certo tempo, a operao cessada e o desti lado recolhidocontm 20% de etanol , em mol .

    Os percentuais esto representados em mol (frao molar percentual).

    Determine:

    a) A composio percentual mssica da carga;b) A composio percentual mssica do desti lado.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao por Expanso Brusca ou

    Desti lao em um nico Estgio

    O processo de desti lao por expanso brusca umaoperao em um nico estgio, no qual uma mistura

    lquida parcialmente vapor izada.

    As fases lquido e vapor resultantes deste processo soseparadas e removidas da coluna.

    O vapor ser muito mais r ico na substncia mais volti l

    do que na carga original ou no lquido residual .

    Obs. Operao muito uti l izada na pr imeira fase do

    fracionamento do petrleo em uma ref inar ia, pois este

    processo reduz o tamanho da torre de fracionamento

    atmosfrico.

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao por Expanso Brusca

    Balano de massa e energtico

    Esquema da desti lao por expanso

    brusca:

    Fvazo mssica da alimentao (carga)

    Dvazo mssica do vapor (desti lado).

    W

    vazo mssica do lquido (resduo).

    qAcalor cedido ao sistema pelo

    aquecedor

    qF

    calor da cargaqDcalor do vapor

    qWcalor do lquido

  • 7/28/2019 06_OpUnit_Destilao_2013

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    Desti lao por Expanso Brusca

    Balano de massa e energtico

    Balano de massa: Segundo o pr incpio geral da

    conservao da matria, o balano material para este

    processo pode ser escrito da seguinte forma:

    F = D + WBalano Trmico: De acordo com o pr incpio da

    conservao de energia, o balano energtico para

    este processo pode ser escri to da seguinte forma:

    Calor que entra no sistema = Calor que sai do sistema

    qF+ qA = qD+ qW

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    F IM