06 de outubro de 2013. cidade veja sÃo paulo e … · um por minuto. quem vive e circula pelos...
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06 de outubro de 2013.
Cidade
VEJA SÃO PAULO e artistas de rua grafitam
cinquenta buracos da capital
A iniciativa #buraqueira chama a atenção para a situação do nosso asfalto: será que assim os
responsáveis vão enxergar o problema?
Buraco grafitado pelo artista Mundano na Rua Catequese, no Butantã (Foto: Mário
Rodrigues)
04.out.2013 | Atualizada em 5.out.2013 por Fábio Lemos Lopes e Júlia Gouveia
Em uma metrópole com 11,8 milhões de habitantes e estorvos urbanos proporcionais
ao seu gigantismo, do que os moradores mais se queixam? Em 2012, o Instituto
Datafolha perguntou aos paulistanos qual o maior problema nas ruas onde vivem. A
citação campeã não foi violência (14%), trânsito (12%), lixo espalhado (9%), apagões
e outras falhas na rede elétrica (7%), excesso de barulho (6%) nem as enchentes (5%).
A reclamação número 1, apontada por 18% dos entrevistados, foi a má conservação
das vias — o porcentual aumenta nos bairros da periferia.
+ Acesse o mapa interativo e denuncie buracos em sua região
Pelos 17 000 quilômetros de ruas e avenidas de São Paulo passam diariamente cerca
de 3,8 milhões de veículos motorizados, entre eles pesados ônibus e caminhões. Além
disso, concessionárias de água, luz, gás e telefonia perfuram com frequência o asfalto
para mexer em suas redes. Somente de janeiro a agosto de 2013, a administração
municipal cobriu 290 000 buracos, em uma área total de 1,8 milhão de metros
quadrados, 13% a menos que no ano anterior. Foram 1 195 por dia, 49 por hora, quase
um por minuto. Quem vive e circula pelos quatro cantos da cidade, porém, sabe que
essas operações vão e vêm, mas as crateras (novas ou as mesmas) continuam em
abundância na paisagem.
Para abordar a questão, VEJA SÃO PAULO preparou uma ação inspirada em
trabalhos internacionais (veja o texto na pág. 51) que não começa nem termina nesta
reportagem. A revista mapeou cinquenta buracos na capital e se uniu a onze artistas,
que, após reuniões frequentes na galeria A7MA, na Vila Madalena, e coordenados
pelos curadores Binho Ribeiro e Jacqueline Prado, grafitaram os rombos das pistas a
fim de chamar a atenção para a ineficiência do poder público. Entre a noite de sexta
(27) e a manhã de sábado (28), cada um deles seguiu por uma região, sempre
acompanhado de um jornalista.
1 de 56 Buraco grafitado pelo artista Jerry na Rua Rodrigo Vieira, na Vila Mariana (Foto: Mário
Rodrigues)
2 de 56 Buraco grafitado pelo artista Tché na Rua Paraibuna, na Vila Quinta da Paineira (Vila
Prudente) (Foto: Ivan Dias)
3 de 56 Buraco grafitado pelo artista Mundano na Avenida Doutor Vidal Brasil, no Butantã (Foto:
Mario Rodrigues)
4 de 56 Buraco grafitado pelo artista Mundano na Rua Catequese, no Butantã (Foto: Mário
Rodrigues)
5 de 56 Buraco grafitado pelo artista Mauro, na Avenida da Liberdade, no Centro (Foto: Ivan Dias)
6 de 56 Buraco grafitado pelo artista Enivo, na Rua Alves Guimarães, em Pinheiros (Foto: Mário
Rodrigues)
7 de 56 Buraco grafitado pelo artista Feik, na Rua Manoel Dorta, na Vila Maria Luisa (Foto:
Fernando Moraes)
8 de 56 Buraco grafitado pelo artista Caps na Ria Angelo Bada, na Vila Lisboa (Foto: Ivan Dias)
9 de 56 Buraco grafitado pelo artista Sipros, na Rua Laura Vicuna, na Vila Ida (Foto: Adriano
Conter)
10 de 56 Buraco grafitado pelo artista Lobot na Rua Lutécia, no Carrão (Foto: Ivan Dias)
11 de 56 Grafite assinado por Tché na Rua Flora, no Brás (Foto: Ivan Dias)
12 de 56 Grafite de Mauro na Rua Vergueiro, na Liberdade (Foto: Ivan Dias)
13 de 56 Grafite de Mauro na Avenida Liberdade (Foto: Ivan Dias)
14 de 56 Obra de Mauro na Rua Caio Prado, na Consolação (Foto: Ivan Dias)
15 de 56 Buraco coberto por grafite de Mauro na Rua Jaguaribe, em Santa Cecília (Foto: Ivan Dias)
16 de 56 Na Praça São Vito, em frente ao Mercadão, obra de Snack (Foto: Fernando Moraes)
17 de 56 Obra de Snack na Rua São Vicente, na Bela Vista (Foto: Fernando Moraes)
18 de 56 Grafite de Snack na Rua Dona Antônia de Queirós, na Consolação (Foto: Fernando Moraes)
19 de 56 Desenho de Snack na Rua Conde São Joaquim, na Bela Vista (Foto: Fernando Moraes)
20 de 56 Na Rua do Gasômetro, obra de Tché (Foto: Ivan Dias)
21 de 56 Grafite de Cusco na Rua Doutor Franco da Rocha (Foto: Mario Rodrigues)
22 de 56 Feik assina grafite na Rua Montes Claros (Foto: Fernando Moraes)
23 de 56 Obra de Caps na Avenida Interlagos (Foto: Ivan Dias)
24 de 56 Obra de Mauro na Rua Alagoas (Foto: Ivan Dias)
25 de 56 Grafite de Snack na Rua Boa Vista (Foto: Fernando Moraes)
26 de 56 Enivo assina obra na Alameda Gabriel Monteiro da Silva (Foto: Mario Rodrigues)
27 de 56 Obra de Enivo na Alameda Gabriel Monteiro da Silva (Foto: Mario Rodrigues)
28 de 56 Grafite de Enivo na Rua dos Pinheiros (Foto: Mario Rodrigues)
29 de 56 Grafite de Cusco na Rua Engenheiro Francisco Azevedo, no Sumarezinho (Foto: Mario
Rodrigues)
30 de 56 Grafite de Cusco na Rua Barão da Passagem (Foto: Mario Rodrigues)
31 de 56 Rua Aimberê, em Perdizes: grafite de Cusco (Foto: Mario Rodrigues)
32 de 56 Rua Schilling, ma Vila Leopoldina: desenho de Cusco (Foto: Mario Rodrigues)
33 de 56 Desenho de Jerry na Rua Rodrigo Claudio, na Aclimação (Foto: Mario Rodrigues)
34 de 56 Rua Pero Correia, no Jardim da Glória: com obra de Jerry (Foto: Mario Rodrigues)
35 de 56 Rua Alexandrino da Silveira Bueno, no Cambuci, com desenho de Jerry (Foto: Mario
Rodrigues)
36 de 56 Obra de Jerry na Rua Clímaco Barbosa, no Cambuci (Foto: Mario Rodrigues)
37 de 56 Rua Catequese com obra de Mudano (Foto: Mario Rodrigues)
38 de 56 Na Avenida Diogenes Ribeiro de Lima, no Alto de Pinheiros: grafite de Mudano (Foto:
Mario Rodrigues)
39 de 56 Grafite de Mudano na Rua Cerro Corá (Foto: Mario Rodrigues)
40 de 56 Obra de Mudano na Rua Cerro Corá (Foto: Mario Rodrigues)
41 de 56 Rua Senador Georgino Avelino, no Itaquera: obra de Lobote (Foto: Ivan Dias)
42 de 56 Desenho de Lobote na Rua Santa Lúcia (Foto: Ivan Dias)
43 de 56 Rua Lutécia, esquina com Rua Odete Gomes Barreto, no Carrão: desenho de Lobote (Foto:
Ivan Dias)
44 de 56 Rua Moisés Marx, com rua Julio Colaço, na Penha: obra de Lobote (Foto: Ivan Dias)
45 de 56 Rua São Gonçalo do Piauí, no Itaquera, com grafite de Lobote (Foto: Ivan Dias)
46 de 56 Obra de Caps na Alameda dos Guaramomis, em Moema (Foto: Ivan Dias)
47 de 56 Desenho de Caps na Rua Angelo Bada (Foto: Ivan Dias)
48 de 56 Desenho de Feik na Rua Carlos Belmiro Correia, no Parque Peruche (Foto: Fernando
Moraes)
49 de 56 Grafite de Caps na Rua João Bressane, Campo Grande (Foto: Ivan Dias)
50 de 56 Caps na Rua Marechal Hastimphilo de Moura, na altura da Rua Professor Hilário Veiga
Carvalho, no Morumbi (Foto: Ivan Dias)
51 de 56 Rua Armando Coelho, na Casa Verde, com obra de Feik (Foto: Fernando Moraes)
52 de 56 Feik na Rua Manuel Dorta, Limão (Foto: Fernando Moraes)
53 de 56 Obra de Feik na Rua Coronel Chananeco (Foto: Fernando Moraes)
54 de 56 Rua Dois de Julho, no Ipiranga, com desenho de Tché (Foto: Ivan Dias)
55 de 56 Obra de Tché na Rua Paraibuna, Vila Prudente (Foto: Ivan Dias)
56 de 56 Grafite de Tché na Avenida Presidente Wilson, Mooca (Foto: Ivan Dias)
+Ajude a acabar com essa buraqueira
Em comum, todos pintaram a hashtag #buraqueira. Assim, passantes puderam marcar
e identificar os registros nas redes sociais, o que começou a se concretizar durante a
feitura dos primeiros desenhos. As criações foram bem diversas: de caveira a
explosão, de ratazana a cogumelo, de flor a caretas. “Faz mais de um ano que transito
por essa armadilha”, observava Wellington Naberezny, o Sipros, ao reproduzir a
imagem de um garoto a partir de uma depressão de 10 centímetros de profundidade e
quase meio metro de largura na Rua Laura Vicuna, na Vila Ida, na Zona Oeste. À sua
frente, vizinhos relatam tentativas inúteis de encobrir a abertura com terra e pedras,
com o objetivo de evitar acidentes. Alguns dos autores deixaram frases ao lado das
figuras, como o artista Mundano, que escreveu: “Seu dinheiro indo pro buraco” em
duas das intervenções que realizou, nas quais notas verdinhas escorrem rumo à falha
do asfalto.
infográfico sobre as camadas do asfalto (Foto: Arte VEJA SÃO PAULO)
Os dizeres de Mundano fazem todo o sentido. Afinal, como acontece no pronto-
socorro de um hospital, no serviço de conserto paga-se a conta pela falta de
precauções a médio e longo prazo. “Estudos internacionais mostram que cada real
gasto em prevenção evita 3 em recuperação, e desconheço na cidade uma época em
que isso tenha sido feito”, afirma o engenheiro Douglas Villibor, diretor da Lenc
Engenharia e professor aposenta-do da USP São Carlos. Uma das medidas possíveis é
fechar os trincos antesque eles se rompam de vez. Ações desse tipo, porém, são
isoladas. A prefeitura cita uma única nos planos: o Elevado Costa e Silva, o Minhocão,
ganhará uma fina camada de alta qualidade no ano que vem, numa antecipação ao
surgimento de fissuras. A ideia é usar um levantamento da USP, realizado em 2009,
que apontou algumas áreas problemáticas, mas esse processo ainda está engatinhando.
Enquanto isso, o resultado é que 118,5 milhões de reais (ou 0,28% do orçamento
municipal) serão destinados ao recapeamento de vias e à operação tapa-buraco.
Hoje, a cidade fabrica a massa asfáltica em usinas próprias e paga a sete empresas
terceirizadas, escolhidas por licitação em cada uma das subprefeituras, um valor
proporcional ao volume da matéria-prima utilizada (173 reais por tonelada). Ou seja,
quanto mais numerosos, largos e espessos os remendos, melhor o faturamento. Em
Belo Horizonte, por exemplo, o contrato é diferente. Na capital mineira, com 4 500
quilômetros de vias, cada uma das nove administrações regionais desembolsa 41 000
reais por mês para alguma companhia contratada por concorrência para que mantenha
um ou vários bairros em perfeitas condições. Assim, é interesse da própria empresa
zelar para que as crateras não proliferem. Por que em São Paulo não é assim? “Aqui,
sempre foi feito de outra forma, e a opção por esse modelo de Belo Horizonte requer
também um estudo aprofundado dos custos”, pondera o engenheiro Janos Bodi,
assessor técnico do secretário de Subprefeituras, Chico Macena da Silva, e ex-
superintendente da Superintendência das Usinas de Asfalto (Spua).
Dado o tamanho da nossa metrópole, nunca haverá solução simples para o rali urbano.
Até porque as estruturas subterrâneas antigas comprometem a validade da superfície.
“A Avenida dos Bandeirantes, por exemplo, é um lamaçal por baixo e por isso o
pavimento cede sem dificuldade”, explica José Tadeu Balbo, professor e chefe do
Laboratório de Mecânica de Pavimentos, da Escola Politécnica da USP. Reverter o
quadro custaria muito caro. “Para reconstruir 1 quilômetro de todas as camadas, de
aproximadamente meio metro de profundidade, seria preciso desembolsar cerca de 1,5
milhão de reais”, completa Balbo. “Isso é inviável num país como o Brasil, com
prioridades mais urgentes, como a saúde.”
Há, contudo, agravantes inexplicáveis. Concessionárias de serviços públicos como
Sabesp, Comgás, Eletropaulo e Telefônica Vivo precisam escavar valas com
frequência para fazer a ampliação e a manutenção de suas instalações, além de reparos
emergenciais. A Sabesp, a campeã das perfurações, abriu aproximadamente 27 000
buracos por mês em 2012. O problema, obviamente, não é a empresa precisar de obras
a fim de consertar ou melhorar sua atuação, mas o que ela deixa para trás: remendos
malfeitos que, geralmente, tornam a pista irregular. Cabe às subprefeituras ficar de
olho para verificar se o trabalho foi realizado de maneira correta. A multa, que era de
60 a 300 reais até 2010, aumentou para 2 000 reais diários por metro quadrado de área
danificada. Se o rombo não tiver alvará, a punição pulará para 10 000 reais por metro
quadrado. O empurra-empurra de responsabilidades contestadas na Justiça acaba
fazendo com que autuações nunca sejam quitadas.
(Foto: Arte VEJA SÃO PAULO)
Cada subprefeitura dispõe de dez a vinte equipes que devem fiscalizar todo tipo de
problema de seu perímetro. Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) também informam sobre os afundamentos das ruas. As denúncias dos
moradores completam o monitoramento. É possível comunicar o problema pelo
telefone 156, por meio do site sac.prefeitura.sp.gov.br ou pessoalmente na sede das
subprefeituras — a prefeitura não revelou o número total de queixas que recebe. O
prazo prometido de solução é de cinco dias após a emissão de uma ordem de serviço
para as terceirizadas que tapam as aberturas da via. O resultado, como está à vista de
todos os paulistanos, deixa a desejar.
Por isso, como mencionado no início do texto, esta reportagem não termina aqui. O
site VEJASAOPAULO.COM criou um mapa para abrigar não apenas crateras que
sofreram as intervenções dos artistas, mas em especial fotos enviadas por internautas
com esse tipo de obstáculo. Convidamos você, leitor, a encaminhar o seu flagra, com
endereço de onde foi feito, pelo e-mail [email protected]. Também vale postar
no Instagram com a hashtag #buraqueira. A revista vai cobrar a solução para cada um
deles junto à prefeitura e registrar se estão expostos ou tapados. Já estão lá, aliás,
alguns dos pontos resolvidos depois que os grafites foram notados — até a tarde de
quinta-feira (3), 23 dos cinquenta buracos tinham “desaparecido”. Melhor assim. A
imagem que desejamos ver gravada em nossas ruas não é a dos desenhos de flores,
cogumelos ou caretas, mas a de um asfalto à altura do potencial da cidade.
“A SITUAÇÃO NÃO É RUIM” O que diz o assessor técnico da Secretaria de Coordenaçãodas Subprefeituras, o
engenheiro Janos Bodi
Como o senhor avalia a pavimentaçãoem São Paulo? Se comparada à de outras
cidades brasileiras, ela pode ser enquadrada em nível médio. A situação atual é um
reflexo das ações anteriores e, ainda, do excesso de veículos. Um estudo da USP em 2
000 quilômetros feito em 2009 mostrou que apenas em 200 a situação era regular,
insatisfatória ou ruim.
Por que muitas concessionárias continuam fazendo remendos mal-acabados nos
buracos que abrem? Nós fiscalizamos e multamos as irregularidades. Só na
subprefeitura da Sé foram setenta multas até maio. Mas as empresas acabam
recorrendo à Justiça, e o arcabouço de leis dilui as responsabilidades.
Nos contratos de cidades como Belo Horizonte com empresas de recapeamento, a
remuneração é fixa, por quilômetro mantido permanentemente, e não
proporcional aos buracos tapados. Não faz mais sentido?A malha viária de Belo
Horizonte corresponde a aproximadamente um quarto do circuito em São Paulo.
Portanto, as necessidades e medidas diferem. A opção por esse modelo requer também
um estudo aprofundado dos custos. Outro fator importante é que tal medida é aplicada
mais facilmente em novas vias. Nas antigas, algumas empresas de manutenção
achariam o risco muito alto.
RALI URBANO 18% dos paulistanosacham que a máqualidade das vias é o principal problemada
cidade 290 000 buracos foram tapados de janeiro a agosto, de acordo com a prefeitura
85 equipes realizam reparos no asfalto diariamente em toda a cidade, segundo a
administração municipal. Você tem visto esse pessoal por aí?
51,5 milhões de reais serão investidos até o fim do ano na operaçã otapa-buraco
67 milhões de reais serão gastos só em recapeamento
40 reais é o custo do metro quadrado de buraco fechado
Fontes: Datafolha e Prefeitura de São Paulo
CONHEÇA O TRABALHO DOS AUTORES DAS GRAVURAS Caps -http://www.flickr.com/photos/mindnuts/
Cusco Rebel -Instagram:cuscorebel
Enivo -www.enivo.tumblr.com
Feik -Instagram: feik_ip
Jerry Batista - Instagram: jerrybatista_art
Lobot - Instagram: lobotex
Mauro - www.projetocartograffiti.blogspot.com
Mundano - pimpmycarroca.com
Snek - www.flickr.com/photos/snek_1/
Sipros - http://www.flickr.com/photos/sipros/
Tché Ruggi - http://www.flickr.com/photos/tche_ruggi
Curadoria: Binho Ribeiro e Jacqueline Prado
OS EXEMPLOS DE FORA Iniciativas da Rússia e do Canadá se tornam virais na internet
Make The Politicians
Work" grafitou três buracos das ruas de Yekaterinburg com a cara do governador,
prefeito e vice-prefeito locais. A campanha viralizou mundo afora." />
Criada pelo site de notícias russo Ura.ru, a ação "Make The Politicians Work" grafitou
três buracos das ruas de Yekaterinburg com a cara do governador, prefeito e vice-
prefeito locais. A campanha viralizou mundo afora.(Foto: Reprodução)
Cansados de mostrar em reportagens os buracos das ruas de Yekaterinburg, na Rússia,
os responsáveis pelo site Ura.ru, em parceria com a agência de publicidade Voskhod,
encontraram uma maneira inusitada de chamar a atenção do poder público para o
problema: durante a madrugada, foram grafitados o rosto do governador, o do prefeito
e o do viceprefeito locais em três buracos da cidade. Feito em 2012, o vídeo
explicando a ação, que se espalhou pelo mundo, mostrava que a provocação deu certo
— as valas foram tapadas.
Intitulada de Potholes, a série de fotos, criada pelo casal Davide Luciano e Claudia
Ficca, utiliza os buracos como cenário para situações bizarras, como pescara, batizado
e até churrasco.(Foto: Reprodução)
No Canadá, o casal de fotógrafos Davide Luciano e Claudia Ficca, depois de cair com
o carro em uma cratera, ironizou a qualidade das vias em um ensaio. Intitulada de
Potholes, a série de fotos, feitas em Los Angeles, Nova York, Toronto e Montreal,
exibe as lacunas da pista funcionando como lago para pesca, tanque de lavar roupa e
até batistério.