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Olympico Club – 2ª Edição

RedaçãoPaula Bicalho

([email protected])

Pesquisa e entrevistasPaula Bicalho e Rafaella Thomé

Design gráfico/DiagramaçãoGustavo Dayrell

([email protected])

Marketing Rafaela Almeida

([email protected])

Comunicação VisualRafaella Thomé

([email protected])

Comunicação e EventosAnna Carolina Alves

([email protected])

Revisão Adelina Sette

([email protected])

Fotografia arquivos do Olympico Club e

arquivo pessoal dos entrevistados

GráficaFormato

Colaboraram nesta ediçãoÂngela MaestriniAlcione RaposoBreno Montoni

Décio de Araújo FariaElmon Rabelo

Fernando Montoni (Maçã)Heloísa Maestrini

Helton BrantJorge Black

Luís LageMarco Aurélio Nunes Valadares

Paulo BomfimRômulo Mesquita

Rubem FragaSérgio Sumam

Tavito Walney José de Almeida

ViCE-PRESiDENTE SOCiAL

Nismar Alves dos Reis PRESiDENTE

Daniel de Oliveira CardozoViCE-PRESiDENTE ADMiNiSTRATiVO

Valter Francisco da Silva ViCE-PRESiDENTE FiNANCEiRO

Cristóvão Eyer CabralViCE-PRESiDENTE DE ESPORTES

Olympico da Serra

Olympico BH

www.olympico.com.br

02 03

DIRETORIA ATUAL

Muita gente não sabe, mas a música Rua Ramalhete, sucesso do músico e compositor mineiro Luís Otávio de Melo Carvalho, cujo nome artístico é Tavito, teve o Olympico como uma de suas inspirações. Na letra, ele cita um “clube da esquina” que muitos julgam ser o famoso movimento musical mineiro encabeçado por Milton Nascimento e os irmãos Borges - Marilton, Márcio e Lô -, no bairro Santa Tereza, em BH, na década de 60.

“Sem querer fui me lembrar, de uma rua e seus ramalhetes,O amor anotado em bilhetes, daquelas tardes.

No muro do Sacré-Coeur, de uniforme e olhar de rapina,nossos bailes no clube da esquina, quanta saudade...”

Conversamos com o próprio Tavito para desvendar esse mistério. “A historinha da Rua Ramalhete aconteceu anos antes do Clube da Esquina do Bituca (Milton Nascimento), mas a música foi composta anos depois, em 1979. Por isso, quando falo do clube da esquina na canção, refiro-me ao nosso Olympico que vizinhava os Colégios Assunção e Sacré-Coeur (hoje, Colégio Sagrado Coração de Maria) e era o palco natural e ponto de encontro das aventuras da época - apesar de não ficar em esquina nenhuma”, explica.

O compositor completa: “Mas a ideia também inclui uma homenagem consciente ao Clube da Esquina oficial que, no começo dos anos 60, tinha feito uma revolução na vida de todos nós. Esta é a verdade oficial”.

O Olympico sempre teve um lado social muito agitado, desde sua fundação, e promovia as festas mais badaladas e disputadas da cidade. Bailes de Carnaval, Noite de Queijos e Vinhos, Festas Juninas, entre outras. Um dos eventos mais esperados era o Concurso Garota Piscina, promovido em parceria com a FECEMG – Federação de Clubes do Estado de Minas Gerais.

As candidatas vinham de diversos clubes da cidade como Oásis Clube, Recreativo, Jaraguá, Cruzeiro, Labareda, Barroca Tênis Clube, Círculo Militar, entre outros. Os jurados analisavam os seguintes quesitos: estética facial, estética corporal, charme, postura e desenvoltura ao desfilar.

“É com grande alegria que apresentamos a 2ª edição do Jornal do

Olympico, uma viagem no tempo contando um pouco dos inúmeros

casos legais e marcantes que ajudaram a escrever a história do

nosso Clube, de 1966 a 1990. De fatos engraçados a grandes

feitos no esporte, este período ajudou a transformar o Olympico no

clube grandioso que é hoje. Aproveitem a leitura e viajem com a

gente pelas páginas do Tricolor da Serra.”

Nismar Alves dos Reis

Candidata do Olympico no concurso Garota Piscina de 1988:

Anna Carolina Pinto Coelho

Finalistas do Garota Piscina de 1988: Anna Carolina Pinto Coelho, do Olympico (3º lugar), Luciana Palhares, do Mackenzie

(2º lugar) e Márcia Coelho, do Grember (1º lugar)

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Antônio Ribeiro Paz(Toninho)

Alexandre Antonini

Mário Augusto Matos

Rodrigues

Niactor Andrade

Pinto NetoWalfrido

Garcia Barbosa

Márcio Caio

Moreira

Paulo Martins Soares

Fernandes Bomfim

Jackson João Bosco

Moreira dos Santos

Thiago da Rocha

Rodrigues

Décio de Araújo Faria (Decinho)

Cláudio Silva

de Melo

Marcos Braga

(Marcão)

Paulo César Seabra Gomes

PARAGUAIOlimpia

ARGENTINABoca Juniors

River Plate

URUGUAINacional

CEARÁSumov

MINAS GERAISAtlético-MGOlympico

SÃO PAULOCorinthiansPalmeirasSão PauloGercan

RIO DE JANEIROFlamengoVascoMonte Sinai

RIO GRANDE DO SULinternacionalGrêmio

No dia 23 de setembro de 1982, o time de Futebol de Salão do Olympico escrevia para sempre seu nome no hall da fama esportivo. Foi, nesta data, que o Clube da Serra conquistou o título que viria a ser o mais importante da sua história: a Taça Plaza. O time do Tricolor da Serra chegou com muita moral à competição porque havia conquistado o vice-campeonato da Taça Continental no ano anterior (81) e por ter, em sua equipe, jogadores da Seleção Brasileira (Paulo Bomfim e Jackson) e da Seleção Mineira (Toninho, Márcio Caio, Decinho, Claudinho Mello e Walfrido). A final foi disputada contra o time do Flamengo e o Olympico venceu por 2x0, com gols de Paulo Bomfim e Jackson, os artilheiros da competição com oito gols cada.

A união do time foi o que fez a diferença para a vitória, segundo Antônio Ribeiro Pais, o Toninho, goleiro do Olympico. ”Nossa equipe era muito unida, tínhamos jogadores excelentes e compensávamos o preparo físico mais fraco que o dos outros times com a dedicação em quadra.” O ex-goleiro conta que, na final, o Flamengo era o grande favorito. “Comparado aos outros times, éramos um time pequeno, amador, cujos componentes não se dedicavam somente ao Futebol como acontecia com o Corinthians, Vasco e o próprio Flamengo, por exemplo.

Por isso, a nossa vitória foi uma grande surpresa! Depois disso ganhamos mais visibilidade e respeito”, comenta. “A vitória teve um sabor mais especial ainda porque éramos muito amigos, tínhamos um relacionamento além do Futebol. Então, vencermos juntos foi uma grande alegria”, finaliza Toninho.

Décio de Araújo Faria, o Decinho, também foi atleta do Olympico e disputou a Taça Plaza. Ele conta como foi a experiência dessa vitória. “Eu já tinha parado de jogar, mas fui convocado pelo Tico-Tico pra dar uma força no banco. Fui para auxiliar, ia ficar lá caso precisasse, mas o Marcelo Nunes que era titular, no primeiro jogo, se machucou e eu tive que jogar. O Futsal já tinha regras novas, então eu demorei um pouco pra me adaptar, mas no final deu tudo certo. Fomos campeões e foi uma grande alegria.” SELEÇÃO O time de Futsal do Olympico dessa época teve muito destaque nãosó em BH, mas em todo o país. Três atletas receberam convocações para atuarna Seleção Brasileira: Paulo Bomfim, Jackson e Walmir. Levando, assim, o nomedo Tricolor da Serra para além das montanhas de Minas.

DO PETIZ AO PROFISSIONAL Em 1967, aos 10 anos, um garoto começava sua brilhante carreira no Futebol de Salão. Paulo Bomfim, um dos principais nomes deste esporte no Clube, atleta que fez parte do time da Taça Plaza, jogou em todas as categorias: Petiz, infantil, infanto-juvenil, Juvenil e Profissional. “A partir do infanto-juvenil, nosso time saiu ganhando tudo, foram vários Campeonatos de Belo Horizonte e Mineiros para o Olympico, além da Taça Plaza”, comenta. Paulo chegou a disputar um Campeonato Mundial pela Seleção Brasileira, representando o Olympico, ao lado de mais dois jogadores mineiros: Jackson e Walmir, que já tinha jogado no Olympico também. Durante 17 anos, ele defendeu as cores do Tricolor da Serra e encerrou sua carreira em 85, jogando pelo Atlético. “O Olympico tem um significado muito grande pra mim porque passei a minha vida quase toda aqui. Mesmo sendo da equipe de Futsal desde menino, era aqui que passava meus finais de semana”, afirma.

“MAÇÃ ASSUME O COMANDO NO OLYMPICO” Esta foi a manchete do jornal Estado de Minas em 11 de março de 1983. A matéria dizia: “O Olympico vai mostrar uma atração especial em 83. Fernando Montoni, o Maçã, principal revelador de craques do Futebol de Salão de Minas Gerais, agora é técnico da divisão principal”. Em seus anos de Olympico, Maçã conta que um dos títulos mais marcantes foi o primeiro. “Acho que foi no ano de 1973. Nossa equipe tinha sido cinco vezes vice-campeã, desde o infantil... Fomos subindo sendo vice... Quando, em 73, conseguimos ganhar pela primeira vez e foi muito emocionante”, explica o técnico. E completa: “Eu tinha que inventar para os meninos como era ser campeão porque eu nunca tinha vencido. Aí, eu falava: pra ser campeão precisa disso, precisa ter isso, mas na realidade eram suposições. Até que depois, todos puderam experimentar o sabor da vitória”.

Nas décadas de 70 e 80, as equipes de Natação do Olympico tinham nomes importantes e de destaque, o que resultou em muitos prêmios para o Clube. Uma delas era Ângela Maestrini que começou sua história no Olympico em 1969, quando entrou na escolinha de Natação que o Clube oferecia. A partir daí, ela foi pegando gosto pela piscina e um conselho ajudou-a a fazer com que gostasse cada vez mais. “Seu Chico D’Água, técnico do Minas Tênis na época e pai do Chiquinho, meu treinador no Olympico, me viu nadando e achou que eu nadava bem o estilo Peito. Aí, resolveu me dar umas dicas”, conta. A principal delas foi sobre a coordenação do braço com a perna. “Ele falava que a pernada tinha que ser forte igual a um coice, que ela tinha hora certa para ser usada. Aí, eu comecei a pensar que a minha pernada estava um pouquinho atrasada. Como eu tinha muita força nos membros inferiores, isso funcionou e passou a ser meu ponto forte”, explica.

Entre os anos de 1977 e 1987, a equipe de Natação do Olympico, comandada pelo técnico Marco Aurélio Valadares, foi vice-campeã estadual por 10 vezes seguidas, ficando sempre atrás do Minas Tênis Clube. Mas, em uma virada histórica, no ano de 1983, por um ponto de diferença, o Olympico sagrou-se Campeão Mineiro de inverno, em um torneio chamado na época de Troféu Mendes Jr., na cidade de Juiz de Fora. “Foi assim que quebramos a hegemonia do Minas”, conta Marco Aurélio. O técnico contou-nos, também, que o Olympico foi campeão em todas as categorias que disputou. “Fomos Campeões Gerais desse torneio. E a comoção no Clube foi grande! Fomos recebidos aqui com banda de música, festa, foi muito emocionante.”

QUEBRANDO A HEGEMONIA DO MINAS

Heloísa seguiu os passos da irmã, Ângela Maestrini, e do pai, Ângelo e também marcou seu nome na história do Clube. Aos 6 anos, já fazia parte da equipe do Olympico. Em 1983, aos 13, conseguiu uma importante marca: bateu o recorde mineiro dos 100m nado Peito, fazendo 1’19”95, melhor marca da América do Sul na categoria infantil B. “Logo nesse ano, eles haviam cancelado o Campeonato Sul-americano para a minha categoria, então, não pude disputá-lo. Fiquei

só com o recorde mesmo”, contou. A melhor marca anterior também era dela, com 1’21”47. A atleta, que foi campeã brasileira nos anos de 82 e 83, lembra com carinho da época em que defendeu as cores do Tricolor da Serra. “A nossa turma era muito boa e muito unida. Treinávamos às 16h, mas chegávamos ao Clube mais cedo todos os dias para brincar, jogar peteca, truco, queimada, fazíamos festinhas nos finais de semana, estávamos sempre juntos.”

HELOÍSA MAESTRINI

Ele foi atleta de Basquete, Futsal, Vôlei e Handebol, convocado para integrar Seleções Mineiras em todos estes esportes. Depois, o amor pelo Basquete falou mais alto e ele passou a se dedicar exclusivamente. José Guilherme Lara Barcelos, o Papagaio, foi atleta, técnico, supervisor de seleções, diretor de artes, árbitro, presidente da Federação Mineira e vice-presidente da Confederação Brasileira de Basquete. “Com o Basquete, eu não só participei, eu me envolvi dos pés à cabeça, em todos os níveis do aspecto organizacional”, explica. Super dedicado, quando entrou no Olympico, os treinos da equipe aconteciam três vezes por semana, mas ele passou a treinar seis. Em 80, depois de haver treinado o time profissional por quatro anos, aceitou o desafio de começar, do zero, um trabalho com a equipe de minibasquete do Clube. “Três anos depois, fomos campeões pela primeira vez. E, até 86, fomos campeões 13 vezes”, comemora. Uma carreira cercada por grandes vitórias e títulos incontáveis. “Digo para você que, entre atleta, técnico e dirigente, eu já recebi mais de 300 medalhas, de 1964 até 2011.”

O P O L I V A L E N T E PA PA G A I O

O técnico de Basquete começou sua história com o Olympico em 1984, quando entrou no Clube para trabalhar junto com o Papagaio. “Antes, no Olympico, tudo era Vôlei e Futsal. Nós conseguimos trazer prestígio e reconhecimento ao time de Basquete do Clube, fomos bicampeões sul-americanos, campeões no Masculino de Basquete em todas as divisões”, conta. Ao todo, foram 15 anos defendendo as cores do Tricolor da Serra e trabalhando no treinamento dos atletas de Basquete.

ÊNFASE NO BASQUETE

Paulinho da Pieve passou a juventude no Olympico jogando Vôlei e participava dos bailes que o Clube realizava. Foi durante um torneio do Minas Tênis Clube que ganhou um apelido que carregaria para sempre: Mamadeira. “Quando eu tinha 13 anos, fomos jogar contra o Minas e ganhamos. Foi um feito muito grande porque eles eram o melhor time. Então, a torcida toda começou a festejar, os jogadores ficavam gritando, e eu estava sentado numa cadeira, de cabeça baixa, aos prantos. Meus companheiros de equipe, vendo que estava chorando, disseram que, a partir daquele dia, meu apelido seria Mamadeira porque eu era muito chorão”, contou Paulinho para a Revista de 70 anos do Olympico. Foi um dos grandes nomes do Vôlei aqui, no Clube.

UM CRAQUE NO VÔLEI

“O melhor formador de atletas de Voleibol do Olympico das últimas décadas, tendo ajudado, inclusive, na formação de atletas em nível de Seleção Brasileira Juvenil. Conhecido como ‘pequeno grande homem’, porque era pequeno na estatura, mas tinha atitudes grandiosas.” É assim que Jorge Black, supervisor e professor de Futsal do Olympico, define o amigo e companheiro de Clube, Júlio Antônio Alves, o Julinho Paletó. Começou sua carreira no Futsal, mas foi no Vôlei que descobriu sua verdadeira vocação, primeiro como jogador, depois como treinador. Respeitado e conhecido dentro do esporte, Julinho foi convocado para a Seleção Mineira como auxiliar técnico, diversas vezes. Em seus últimos anos no Olympico, trabalhava como formador de atletas. “Gosto de ver a evolução, ver o menino chegar e não saber nem pegar na bola, mas depois de alguns treinos perceber que é capaz, que consegue jogar”, explicou Julinho para a Revista do Olympico em uma entrevista, no ano de 2014. Era apaixonado pelo Clube e costumava dizer: “Eu sou Olympico, e onde ele estiver, eu vou”. O treinador trabalhou no Clube até 2016, quando faleceu.

UM verdadeiro FORMADOR DE ATLETAS

Helton Brant Aleixo é um dos grandes atletas da história do Olympico. Na adolescência, foi jogador de Basquete, Vôlei e Futsal ao mesmo tempo, defendendo as cores do Clube. Aos 14 anos, foi convocado para as Seleções Mineiras dos três esportes. Aos 16, foi para a Seleção Brasileira de Vôlei e, nesse mesmo ano, Tricampeão Mineiro Adulto de Futsal, apesar da idade. Aos 26 anos, veio a convocação para a Seleção Brasileira de Futsal. Foram muitos títulos e vitórias. Além de atleta, Heltinho foi treinador de Vôlei e Futsal no Olympico, diretor de Futsal, Vôlei e Natação, além de vice-presidente Social e de Esportes, entre os anos de 2003 e 2006. “Tenho muito carinho pelo Clube e pelas amizades que construí aqui. Faz parte da minha vida”, comenta.

UM GRANDE CURRÍCULO

Alcione Raposo também foi um dos técnicos de Ângela no Olympico e diz que, desde sempre, viu que ela tinha potencial com o nado Peito. “Esse tipo de nado é muito característico, então o atleta já nasce com isso dentro dele, é nato, assim como foi com a Ângela. Tanto é que nas outras modalidades ela nem se classificava nas competições, mas no Peito era muito boa.” Com isso, a atleta começou a melhorar e foi evoluindo cada vez mais. “Sei que, no outro ano, já comecei a apresentar resultados melhores, ficando em 3º lugar no Campeonato Mineiro e aprendi a controlar mais a ansiedade da pré-competição. E aí, fui evoluindo como atleta, passei a tirar 2º lugar e comecei a ameaçar a Bernadete, atleta do Minas, campeã brasileira.” “Era meio inédito um nadador do Olympico ameaçando um do Minas. Virou até manchete de jornal: ‘Esse final de semana, disputa nas piscinas: Ângela vs. Bernadete’. Acabei passando à frente, comecei a vencer alguns campeonatos brasileiros. Com 14 anos, ganhei um Troféu Júlio de Lamare (Troféu Brasil) e fui disputar o Campeonato Sul-americano que ganhei também, em 76”, relembra.

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Time vencedor da Taça Plaza

âNGELA MAESTRINI

Atletas erguem a taçade campeão

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Desde sua fundação em 1940, até o início da década de 70, muita coisa mudou no Olympico. 30 anos depois, o Clube tinha 21 mil m2 ocupados por piscinas, sede social e um grande conjunto esportivo. A sede, além de abrigar as horas dançantes e bailes famosos em toda BH, contava com um salão de recreação com três mesas de Sinuca, sala de Judô, Yoga e Ping-pong. No complexo esportivo, haviam quatro quadras, sendo uma de areia - para treinamento e uso dos atletas menores -, e as outras três pavimentadas, onde eram disputados campeonatos internos de Vôlei, Basquete, Futebol de Salão e Handebol. O Olympico, entretanto, não vivia apenas de campeonatos internos. No Vôlei e no Futsal, disputava todas as categorias e no Basquete, as categorias Petiz, Juvenil e Aspirante. O parque aquático tinha quatro piscinas, uma oficial de competição e três para recreação.

Em 1983, o Olympico passou por uma grande reforma. O Clube, dirigido na época por Edgar Moreira da Silva, criou uma Comissão de Planejamento que tinha como membros, além dele, o vice-presidente Administrativo - Eduardo Carlos Oliveira Lemos, e os engenheiros e arquitetos Celso Renato Gilberto, Sérgio Sumam Vieira, José Arnaldo de Freitas, Geraldo Alexandre Serra, Petrônio de Freitas Fenelon e o economista Bernardo Andrés Ribeiro Caram. A comissão decidiu entregar o trabalho nas mãos do renomado arquiteto Gil Pirolli e dividiu o projeto em duas fases. A primeira visava uma série de reformas e melhorias consideradas prioritárias. A segunda previa a construção de um novo bar e restaurante panorâmico, com varanda e terraço com vista para o Parque Aquático, e quadras suspensas de Peteca.

No final do ano de 73, durante a gestão do presidente João Câncio, um projeto para a construção de um ginásio poliesportivo foi criado pelo arquiteto, ex-atleta de Futsal do Clube e ex-diretor, Sérgio Suman - o Serginho Camarada. O projeto inicial previa a construção de quatro arquibancadas nas laterais e no fundo, mas não foi aprovado em sua totalidade pelo Ministério da Educação (MEC), que liberou verba apenas para uma parte do projeto.

“Começamos a obra, mas a direção do Clube não se atentou para um pequeno detalhe. A verba dada pelo MEC era anual, ou seja, precisava ser gasta no ano vigente. E o ginásio foi construído de um ano para o outro, de 73 para 74. Logo, perdemos uma boa parte do dinheiro conseguido”, conta Serginho. Para continuar a construção, foi necessário recorrer a um empréstimo. “João Câncio fez um empréstimo na Caixa Econômica e como pediram um imóvel para hipotecar como garantia, ele ofereceu a própria casa. Assim, ampliamos a sede, trazendo-a para junto à rua Estêvão Pinto e finalizamos a obra do ginásio”, explica.

Também foi na gestão de João Câncio, que o Clube fez uma parceria com o Edifício Bianchi. A ideia era deixar que os moradores do prédio usassem o portão que sai na quadra de Peteca para atravessar o Clube e não ter que dar a volta quando precisassem sair de casa. Em contrapartida, eles virariam sócios proprietários do Olympico, pagando mensalidade e ajudando o Clube que atravessava uma fase ruim, financeiramente.

Mudanças bem-vindas

A Construção do Ginásio

O portão do Edifício Bianchi

O Olympico sempre teve, como uma de suas maiores características, ser um Clube agregador, onde era muito fácil fazer amizades duradouras. Por isso, muitas turmas foram se formando, desde que o Clube foi fundado. Uma delas é a Turma do Senado, cuja história começou em 1977, em uma das reuniões de assembleias convocadas pelo, então presidente, Salim Salum.

Luís Lage tinha acabado de se tornar sócio do Clube e decidiu participar da reunião que discutiria a emissão de 1.500 cotas novas. “Quando cheguei, havia, no máximo, 13 pessoas para discutir um assunto dessa importância. Na reunião, Sr. Salim apresentou a proposta e eu comecei a questionar... ‘Que estudo o senhor fez para chegar a esse número de 1.500’; ‘Quantas delas vai conseguir vender’; ‘O que vai ser feito com o dinheiro para que ele não perca o poder aquisitivo’, etc... Eu sentia que estava sendo ‘imprudente’, porque o pessoal não gostava muito de questionamentos. Mas uma pessoa que eu não conhecia - o Vicente, que depois se tornou um dos meus grandes amigos, passou a me apoiar

também na reunião e a assembleia foi tomando ares carregados, tensos. Os questionamentos foram aumentando e a assembleia terminou sem a autorização para as novas cotas. No fim de semana seguinte, encontrei com o Vicente e, conversando, propus a ele: ‘Se arrumássemos mais 30 pessoas, iríamos dominar a assembleia geral, já que esse povo não vem’. Aí, começamos a procurar pessoas que pensavam como nós”, conta Luís.

Foi então que o grupo começou a crescer. Aparecia sempre uma pessoa nova se identificando com as ideias e querendo participar. “Nós nos reuníamos na porta do vestiário masculino, em uma mesa redonda, e ia sempre juntando mais gente. A turma da ‘situação’ ficava na parte de cima do Clube. Eles olhavam pra gente e falavam: ‘O Senado está reunido!’ Então, o ‘Senado’ foi um termo pejorativo mesmo, colocado no nosso grupo, mas que acabou pegando”, relembrou. A turma se uniu para disputar a eleição do final de 1982, com Fernando Pimentel de Souza - associado, formado em Engenharia no iTA e com pós na Sorbonne,

em Paris -, como candidato a presidente pela chapa 2. A situação, chapa 1, acabou elegendo Edgar Moreira que, na verdade, compartilhava as mesmas ideias da Turma do Senado para fazer o Clube evoluir. E o Edgar cumpriu as promessas dele, começou a reforma da área externa, contratou um paisagista que mudou o Clube para que tivesse, basicamente, a mesma aparência até hoje. Ele usou a estrutura e a mudou de forma tão inteligente que, basicamente, é a mesma coisa hoje, e eu acho o clube lindo”, afirma Luís Lage. Segundo o associado, Edgar cometeu um pecado capital: colocou para substituí-lo seu concunhado, Wilmar Lustosa, que deixou o Clube endividado. “Para resolver esse problema, eles tiveram que convocar o Sr. Hélcio Nunan, que era da situação, nosso foco maior de luta. Mas era mais importante salvar o Clube do que fazer oposição e, diga-se de passagem, ele entrou e resolveu tudo, salvou o Clube”, disse. “Assim, conseguimos mudar o Olympico e aumentamos a participação dos associados. Depois disso tudo, a Turma do Senado passou a ser algo social mesmo”, finaliza.

Em uma iniciativa pioneira no Brasil na época, o Olympico, a Federação Aquática e a Federação Mineira de Atletismo promoveram, em junho de 84, o 1º Biatlon, competição mista de Natação e Corrida. Ao todo, 94 atletas do Minas, Mackenzie, Montes Claros e Olympico participaram do torneio, além de alguns esportistas autônomos. O Minas venceu por 110 pontos, ficando o Olympico em 2º lugar, com 101, e o Mackenzie em 3º, com 25.

De 23 a 29 de maio de 1983, o Olympico realizou a primeira edição de suas Olimpíadas internas: as Olympicas 83. Com o slogan “O esporte-lazer ao alcance de todos”, tinha como objetivo propiciar disputas internas em todas as faixas etárias e em várias modalidades esportivas, promovendo a confraternização e o lazer entre os sócios. Ao todo, participaram 474 associados, divididos em três equipes diferentes - branca, azul e vermelho, as cores do Clube -, nas categorias Mirim, infantil, Juvenil, Adulto e Veterano, que disputaram 16 modalidades. Ao final, a equipe branca foi a grande vencedora, conquistando o 1º lugar nas modalidades Futebol de Botão, Vôlei Masculino, Peteca Feminina, Natação Masculina, Tênis de Mesa, Caminhada Masculina e Feminina, além do Truco.

Você sabia que o Olym-pico já teve um campeão de Arco e Flecha? Em 1988, o atleta Romeu Chaves disputou, pelo Clube, o i Troféu Jornal Hoje em Dia de Arco e Flecha, realizado pela Federação Mineira de Ar-queirismo. Romeu ficou em 1º lugar, com 1.037 pontos. O torneio contou com a participação de dez arqueiros que com-petiram na modalidade Gran Fita Round, na qual os atletas atiram 36 fle-chas em quatro distâncias diferentes.

O Clube também já teve um time de Polo, em 1988. A equipe conquistou, nesse ano, em Divinópolis, o primeiro título de Campeão da Miniolimpíada, derrotando o time da casa. Os jogadores tinham idade variando entre 15 e 30 anos e eram comandados pelo técnico Marco Aurélio, que também era goleiro do time. Foi considerada a segunda melhor equipe de Polo do Estado, ficando atrás apenas da Universidade Federal de Viçosa.

O BIATLON NO OLYMPICO

“OLYMPICAS 83”CAMPEÃO DE ARQUEIRISMO

POLO AQUÁTICO

0706

inauguração da escadaria da piscina

Obras na piscina de recreação

Telefonia do Clube, conhecida como “puleiro” porque vivia cheia de pombas

Funcionários na reforma do Clube

Construção da escadaria da piscina

Construção do parquinho

Obras no telhado do ginásio

Obras do ginásio

Obras do ginásio

Obras do ginásio

Ginásio do Olympico

Parte interna do Ginásio

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Casal Camil Caram inaugura o Prédio de Esportes, na

festa de 50 anos do Clube (1990)

Noite de Queijos e Vinhos, uma das festas mais

tradicionais do Olympico

O cantor e compositor ivan Lins,

em visita ao Olympico (1983)

Caldeira da piscina instalada (1983)

Abertura do Campeonato de escolinhas de Futsal do Olympico (1990)

Time de Vôlei Feminino Campeão Estadual (1983)

Noite da Cuba Libre era uma das festas de maior sucesso (1990)

Festa Junina infantil (1988)

Os jogos de Sinuca sempre atraíram muitos associados

O Campeonato de Escolinhas movimentou o Clube nos anos de 1988Copa imprensa de Natação (1987)

Bailinho de Carnaval infantil (1987)