0480-0547, benedictus nursinus, regra monastica, pt

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  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

    1/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA :Index.

    SO BENTO

    REGRA MONSTICA

    ndice Geral

    PRLOGO

    COMEA O TEXTO DA REGRA

    OS INTRUMENTOS DAS BOAS OBRAS

    OBEDINCIA E SILNCIO

    HUMILDADE

    ORAO. POBREZA. RECEPOSOLICITUDE PARA COM OSIRMOS.ORDENAO DO ABADE. DISPOSIES

    DIVERSAS.

    CONCLUSO

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/0-BENTOREGRA.htm2006-06-02 10:14:2

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    BENTOREGRA: PRLOGO, Index.

    PRLOGO

    ndice

    Comea o prlogo da regra dos mosteiros.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA0.htm2006-06-02 10:14:2

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    BENTOREGRA: COMEA O TEXTO DA REGRA, Index.

    COMEA O TEXTO DA REGRA

    ndice

    Captulo 1. Dos Gneros de Monges.

    Capitulo 2. Como deve ser o abade.

    Capitulo 3. Da convocao dos irmos a conselho.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA1.htm2006-06-02 10:14:2

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    BENTOREGRA: OS INTRUMENTOS DAS BOAS OBRAS, Index.

    OS INTRUMENTOS DAS BOAS OBRAS

    ndice

    Capitulo 4. Quais so os instrumentos das boasobras.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA2.htm2006-06-02 10:14:2

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    BENTOREGRA: OBEDINCIA E SILNCIO, Index.

    OBEDINCIA E SILNCIO

    ndice

    Captulo 5. Da obedincia.

    Captulo 6. Do silncio.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA3.htm2006-06-02 10:14:2

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    BENTOREGRA: HUMILDADE, Index.

    HUMILDADE

    ndice

    Captulo 7. Da humildade.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA4.htm2006-06-02 10:14:2

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    BENTOREGRA: ORAO. POBREZA. RECEPO SOLICITUDE PARA ...OS. ORDENAO DO ABADE. DISPOSIES DIVERSAS., Index.

    ORAO. POBREZA. RECEPO SOLICITUDE PARA COMOS

    IRMOS. ORDENAO DO ABADE. DISPOSIESDIVERSAS.

    ndice

    Captulo 19. Da maneira de salmodiar.

    Captulo 20. Da reverncia na orao.

    Captulo 27. Como o abade deve ser solcito paracom os excomungados.

    Captulo 33. Se os monges devem possuir algumacoisa de prprio.

    Captulo 37. Dos velhos a das crianas.

    Captulo 38. Do leitor semanrio.

    Capitulo 48. Do trabalho manual cotidiano.

    Capitulo 49. Da observncia da quaresma.

    Capitulo 50. Dos irmos que trabalham longe dooratrio ou esto em viagem.

    Captulo 51. Dos irmos que partem para no muitolonge.

    Captulo 52. Do oratrio do mosteiro.

    Captulo 57. Dos artistas do mosteiro.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA5.htm (1 of 2)2006-06-02 10:14:22

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    BENTOREGRA: ORAO. POBREZA. RECEPO SOLICITUDE PARA ...OS. ORDENAO DO ABADE. DISPOSIES DIVERSAS., Index.

    Captulo 58. Da maneira de proceder recepodos irmos.

    Captulo 61. Dos monges peregrinos como devemser recebidos.

    Captulo 64. Da ordenao do abade.

    Captulo 67. Dos irmos mandados em viagem.

    Captulo 68. Se so ordenadas a um irmo coisasimpossveis.

    Captulo 69. No mosteiro no presuma um defenderoutro.

    Captulo 71. Sejam obedientes uns aos outros.

    Captulo 72. Do bom zelo que os monges devemter.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA5.htm (2 of 2)2006-06-02 10:14:22

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    BENTOREGRA: CONCLUSO, Index.

    CONCLUSO

    ndice

    Captulo 73. De que nem toda a observncia dajustia se acha estabelecida nesta Regra.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/1-BENTOREGRA6.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    So Bento

    REGRA MONSTICA

    PRLOGO

    Comea o prlogo da regra dos mosteiros.

    Escuta, filho, os preceitos de mestre, e inclina o ouvido do teucorao; recebe de boa vontade e executa eficazmente oconselho de um bom pai para que voltes, pelo labor deobedincia, quele de quem te afastaste pela desdia da

    desobedincia. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quemquer que sejas que, renunciando s prprias vontades,empunhas as gloriosas e poderosssimas armas da obedinciapara militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei.

    Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe comorao muito insistente que seja por ele plenamente realizado, afim de que nunca venha a entristecer-se, por causa das nossasms aes, aquele que j se dignou contar-nos no nmero de

    seus filhos. Assim, pois, devemos obedece-lo em todo o tempo,usando de seus dons a ns concedidos, para que no s novenha jamais, como pai irado, a deserdar seus filhos, nem tenhatambm, qual Senhor temvel, irritado com nossas ms aes,de entregar-nos pena eterna como pssimos servos que o noquiseram seguir para a glria.

    Levantemo-nos ento finalmente, pois a escritura nos despertadizendo:

    "J horade nos

    levantarmosdo sono".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (1 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    Rom.

    13,

    11

    E, com os olhos abertos para a luz defica, ouamos, ouvidosatentos, o que nos adverte a voz divina que clama todos os dias:

    "Hoje, seouvirdes asua voz,

    nopermitais

    que seenduream

    vossoscoraes",

    Salmo

    94,

    8

    e de novo:

    "Quemtem

    ouvidospara

    ouvir,oua o

    que oEspiritodiz s

    igrejas".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (2 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    Apoc.

    2, 7

    E que diz?

    "Vinde,meusfilhos,

    ouvi-me,eu vos

    ensinareio temor

    doSenhor.

    Correienquantotiverdes a

    luz davida, para

    que astrevas damorte no

    vos

    envolvam".

    Salmo

    33,

    12

    Jo.

    12,

    35

    E, procurando o Senhor o seu operrio na multido do povo aoqual clama estas coisas, diz ainda:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (3 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    "Qual o

    homemque

    quer avida edeseja

    ver diasfelizes?"

    Salmo

    33,

    13

    Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te- Deus:

    "Sequeres

    possuir averdadeira

    eperptua

    vida,guarda a

    tua lnguade dizer omal e que

    teuslbiosno

    profiram

    afalsidade,afasta-tedo mal e

    faze obem,

    procura apaz e

    segue-a.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (4 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    E quandotiveres

    feito isso,estaromeusolhos

    sobre ti e

    meusouvidos

    junto stuas

    preces, eantes que

    meinvoquesdir-te-ei:

    `Eis-meaqui' ".

    Salmo

    33,

    14-

    16

    Que h de mais doce para ns, carssimos irmos, do que estavoz do Senhor a convidar-nos? Eis que pela sua piedade nosmostra o Senhor o caminho da vida.

    Cingidos, pois, os rins com a f e a observncia das boas aes,guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos, para quemereamos ver aquele que nos chamou para o seu reino. Se

    queremos habitar na tenda real do acampamento deste reino, preciso correr pelo caminho das boas obras, de outra formanunca h de se chegar l. Mas, com o profeta, interroguemos oSenhor, dizendo-lhe:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (5 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    "Senhor,quem

    habitarna vossatenda e

    descansarna vossa

    montanhasanta?"

    Salmo

    14,

    1

    Depois desta pergunta, irmos, ouamos o Senhor queresponde e nos mostra o caminho dessa mesma tenda, dizendo:

    "aquele

    quecaminha

    sem

    manchae realizaa justia;

    aqueleque fala

    averdadeno seu

    corao,

    que notraz o

    dolo emsua

    lngua,que nofaz o mal

    aoprximo

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (6 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    e no dacolhida injriacontra o

    seuprximo".

    Salmo

    14,

    2-3

    aquele que quando o maligno diabo tenta persuadi-lo dealguma coisa, repelindo-o das vistas de seu corao, a ele e s

    suas sugestes, redu-lo a nada, agarra os seus pensamentosainda ao nascer e quebra-os de encontro ao Cristo. So aquelesque, temendo o Senhor, no se tornam orgulhosos por causa dasua boa observncia mas, julgando que mesmo as coisas boasque tm em si no as puderam por si, mas foram feitas peloSenhor, glorificam Aquele que neles opera, dizendo com oprofeta:

    "No a

    ns,Senhor,no ans,masao

    vossonome

    dai

    glria".

    Salmo

    113,

    9

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (7 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    Como, alis, o Apstolo Paulo no atribua a si prprio coisaalguma de sua pregao, quando dizia:

    "Pelagraa

    deDeus

    souo

    quesou".

    I

    Cor.

    15,10

    E ainda:

    "Quemse

    glorifica,que se

    glorifiqueno

    Senhor".

    II

    Cor.

    10,17

    Eis porque no Evangelho diz o Senhor:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (8 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    "Aqueleque ouve

    estasminhas

    palavrase as pe

    em

    prtica,compar-lo-ei aohomem

    sbio queedificousua casasobre apedra.

    Cresceramos rios,

    sopraramos ventos

    einvestiram

    sobre acasa, eela no

    ruiuporqueestava

    fundadasobre apedra".

    Mt.

    7,

    24-

    25

    Em concluso, espera o Senhor todos os dias que nosempenhemos em responder com atos s suas exortaes. Poressa razo, os dias desta vida nos so prolongados como

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (9 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    trguas para emenda dos nossos vcios, conforme diz oApstolo:

    "Entoignoras quea pacinciade Deus te

    conduz penitncia?"

    Rom.

    2,

    4

    Pois diz o bom Senhor :

    "Noquero amorte

    dopecador,

    massim que

    seconvertae viva".

    Ez.

    33,

    11

    Como, pois, irmos, interrogssemos o Senhor a respeito dequem mora em sua tenda, ouvimos em resposta, qual acondio para l habitar: a ns compete cumprir com aobrigao do morador!

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (10 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.0, C.1.

    Portanto, preciso preparar nossos coraes e nossos corpospara militar na santa obedincia dos preceitos; e em tudo aquiloque a nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemosao Senhor que ordene sua graa que nos preste auxlio. E se,fugindo das penas do inferno, queremos chegar vida eterna,enquanto tempo e ainda estamos neste corpo e possvelrealizar todas estas coisas no decorrer desta vida de luz,

    cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite parasempre.

    Devemos, pois, constituir uma escola de servio do Senhor.Nesta instituio esperamos nada estabelecer de spero ou depesado. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa,ditada por motivo de eqidade, para emenda dos vcios ouconservao da caridade, no fujas logo, tomado de pavor, docaminho da salvao, que nunca se abre seno por estreito

    incio. Mas, com o progresso da vida monstica e da f, dilata-seo corao e com inenarrvel doura de amor percorrido ocaminho dos mandamentos de Deus. De modo que no nosseparando jamais do seu magistrio e perseverando nomosteiro, sob a sua doutrina, at a morte, participemos, pelapacincia, dos sofrimentos do Cristo a fim de tambmmerecermos ser co-herdeiros de seu reino. Amm.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA0-1.htm (11 of 11)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.1.

    COMEA O TEXTO DA REGRA

    chamada Regra porque dirige os costumes dos que aela obedecem

    Captulo 1. Dos Gneros de Monges.

    sabido que h quatro gneros de monges. O primeiro o doscenobitas, isto , o monasterial, dos que militam sob uma Regrae um Abade.

    O segundo gnero o dos anacoretas, isto , dos eremitas,

    daqueles que no por um fervor inicial de uma vida monstica,mas atravs de provao diuturna no mosteiro, instrudos entona companhia de muitos, aprenderam a lutar contra o demnioe, bem adestrados nas fileiras fraternas, j esto seguros para aluta isolada no deserto, sem a consolao de outrem e aptospara combater com as prprias mos e braos, ajudando-osDeus, contra os vcios da carne e dos pensamentos.

    O terceiro gnero de monges, e detestvel, o dos sarabatas

    que, no tendo sido provados, como o ouro na fornalha, pornenhuma regra, mestra pela experincia, mas amolecidos comonuma natureza de chumbo, conservam-se por suas obras fiisao sculo e so conhecidos por mentir a Deus pela tonsura. Soaqueles que se encerram dois ou trs ou mesmo sozinhos, sempastor, no nos apriscos do Senhor, mas nos seus prprios; asatisfao dos desejos para eles lei, visto que tudo o quejulgam dever fazer ou preferem, chamam de santo, e o que nodesejam reputam ilcito.

    O quarto gnero de monges o chamado dos girvagos, quepor toda a sua vida se hospedam nas diferentes provncias, portrs ou quatro dias nas celas de outros monges, semprevagando e nunca estveis, escravos de suas prprias vontadese das sedues da gula, e em tudo piores que os sarabatas.Sobre o misrrimo modo de vida de todos esses melhor calarque dizer algo.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-1.htm (1 of 2)2006-06-02 10:14:23

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

    22/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.1.

    Deixando-os de parte, vamos dispor, com o auxlio do Senhor,sobre o poderosssimo gnero dos cenobitas.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-1.htm (2 of 2)2006-06-02 10:14:23

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

    23/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    Capitulo 2. Como deve ser o abade.

    O abade digno de presidir ao mosteiro deve lembrar-se sempredaquilo que chamado, e corresponder pelas aes ao nome desuperior. Com efeito, cr-se que no mosteiro ele faz as vezes deCristo, pois chamado pelo mesmo cognome que Este, no dizerdo Apostolo:

    "Recebesteso espiritode adoode filhos,no qual

    clamamos:

    Abba, Pai".

    Rom.

    8,

    15

    Por isso o Abade nada deve ensinar, determinar ou ordenar, queseja contrrio ao preceito do Senhor, mas que a sua ordem eensinamento, como fermento de divina justia, se espalhe namente de seus discpulos. Lembre-se sempre o Abade de que dasua doutrina e da obedincia dos discpulos , de ambas essascoisas, ser feita apreciao no tremendo juzo de Deus.

    E saiba o Abade que atribudo culpa do pastor tudo aquiloque o Pai de famlia puder encontrar de menos no progresso

    das ovelhas. Em compensao, de outra maneira ser, se a umrebanho irrequieto e desobediente tiver sido dispensada toda adiligncia do pastor e oferecido todo empenho na cura de seusatos malsos; absolvido ento o pastor no juzo do Senhor, digaao mesmo com o profeta:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (1 of 7)2006-06-02 10:14:23

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

    24/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    "Noescondivossa

    justia emmeu

    corao,manifestei

    vossaverdade e a

    vossasalvao;

    eles, porm,com desdmdesprezaram-

    me".

    Salmo

    39,

    11;

    Is.

    1, 2

    E ento, finalmente, que prevalea a prpria morte como penapara as ovelhas que desobedeceram aos seus cuidados.

    Portanto, quando algum recebe o nome de Abade, devepresidir a seus discpulos usando de uma dupla doutrina, isto ,apresente as coisas boas e santas mais pelas aes do quepelas palavras, de modo que aos discpulos capazes de entend-las proponha os mandamentos do Senhor por palavras e aosduros de corao e aos mais simples mostre os preceitos

    divinos pelas prprias aes. Assim, tudo quanto ensinar aosdiscpulos como sendo nocivo, indique pela sua maneira de agirque no se deve praticar, a fim de que, pregando aos outros,no se torne ele prprio rprobo, e Deus no lhe diga um diacomo a um pecador:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (2 of 7)2006-06-02 10:14:23

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    "Por quenarras asminhasleis e

    anunciaso meu

    testamento

    pela tuaboca? Tu

    queodiaste adisciplinae atirastepara trzde ti asminhas

    palavras".

    Salmo

    49,

    16-

    17

    E ainda:

    "Vias oargueirono olhode teu

    irmo eno

    viste atrave no

    teuprprio".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (3 of 7)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    Mt.

    7,

    3

    Que no seja feita por ele distino de pessoas no mosteiro.Que um no seja mais amado do que o outro, a no ser aqueleque for reconhecido melhor nas boas aes e na obedincia.No anteponha o nascido livre ao originrio de condio servil,a no ser que exista outra causa razovel para isto; pois separecer ao Abade que deve faz-lo por questo de justia, f-lo- seja qual for a condio social; caso contrrio, mantenhamtodos os seus prprios lugares porque, servo ou livre, somostodos um em Cristo e sob um s Senhor caminhamossubmissos na mesma milcia de servido:

    "Porqueno h

    em Deusacepo

    depessoas".

    Rom.

    2,

    11

    Somente por um ponto somos por ele distinguidos, isto , seformos melhores do que os outros nas boas obras e humildes.Seja pois igual a caridade dele para com todos; que uma s

    disciplina seja proposta a todos, conforme os merecimentos decada um.

    Portanto, em sua doutrina deve sempre o Abade observaraquela frmula do Apstolo:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (4 of 7)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    "Repreende,exorta,

    admoesta",

    II

    Tim.4,

    2

    isto , temperando as ocasies umas com as outras, oscarinhos com os rigores, mostre a severidade de um mestre e opio afeto de um pai. Isto , aos indisciplinados e inquietos deverepreender mais duramente, mas aos obedientes, mansos e

    pacientes, deve exortar a que progridam ainda mais e, quantoaos negligentes e desdenhosos, advertimos que os repreenda ecastigue. No dissimule as faltas dos culpados, mas logo quecomearem a brotar ampute-as pela raiz, como lhe for possvel,lembrando-se da desgraa de Heli sacerdote de Silo. Aos maishonestos e de nimo compreensvel censure por palavras emprimeira e segunda advertncia; porm aos mprobos, duros esoberbos ou desobedientes reprima com varadas ou outrocastigo corporal, desde o incio da falta, sabendo o que est

    escrito:

    "Oestultono secorrige

    compalavras".

    Prov.

    23,

    14

    E mais :

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (5 of 7)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    "Bateno

    filhocom avara elivrarsa suaalmada

    morte".

    Deve sempre lembrar-se o Abade daquilo que , lembrar-se decomo chamado, e saber que daquele a quem mais se confiamais se exige. E saiba que coisa difcil e rdua recebeu: reger as

    almas e servir aos temperamentos de muitos; a este comcarinho, quele, porm, com repreenses, a outro compersuases. Segundo a maneira de ser ou a inteligncia de cadaum, de tal modo se conforme e se adapte a todos e que nosomente no venha a sofrer perdas no rebanho que lhe foiconfiado, mas tambm se alegre com o aumento da boa grei.

    Antes de tudo, que no trate com mais solicitude das coisastransitrias, terrenas e caducas, negligenciando ou tendo em

    pouco a salvao das almas que lhe foram confiadas, maspense sempre que recebeu almas a dirigir, das quais devertambm prestar contas. E para que no venha, porventura, aalegar falta de recursos, lembrar-se- do que est escrito:

    "Buscaiprimeiro oreino de

    Deus e sua

    justia, etodas ascoisassero

    dadas poracrscimo".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (6 of 7)2006-06-02 10:14:23

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.2.

    Mt.

    6,

    33

    E ainda :

    "Nadafaltaaos

    que Otemem".

    Salmo

    33,

    10

    E saiba que quem recebeu almas a dirigir, deve preparar-se paraprestar contas. Saiba como certo que de todo o nmero deirmos que tiver possudo sob seu cuidado, no dia do Juzodever prestar contas ao Senhor das almas de todos eles e

    mais, sem dvida, tambm da sua prpria alma. E assim,temendo sempre a futura apreciao do pastor acerca dasovelhas que lhe foram confiadas, enquanto cuida das contasalheias, torna-se solcito para com as suas prprias, e enquantocom suas exortaes subministra a emenda aos outros,consegue ele prprio emendar-se de seus vcios.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-2.htm (7 of 7)2006-06-02 10:14:23

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    30/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.3.

    Capitulo 3. Da convocao dos irmos a conselho.

    Todas as vezes que deverem ser feitas coisas importantes nomosteiro, convoque o Abade toda a comunidade e diga eleprprio de que se trata. Ouvindo o conselho dos irmos,considere consigo mesmo e faa o que julgar mais til.Dissemos que todos fossem chamados a conselho porquemuitas vezes o Senhor revela ao mais moo o que melhor.Dem pois os irmos o seu conselho com toda a submisso dahumildade e no ousem defender arrogantemente o seu parecer.Que a soluo dependa antes do arbtrio do abade e todos lheobedeam no que ele tiver julgado ser mais salutar; mas, assimcomo convm aos discpulos obedecer ao mestre, tambm aeste convm dispor todas as coisas com prudncia e justia.

    Em tudo, pois, sigam todos a Regra como mestra, nem dela sedesvie algum temerariamente. Ningum, no mosteiro, siga avontade do prprio corao, nem ouse discutir insolentementecom seu abade, nem discutir com ele fora do mosteiro. E, seousar faz-lo, seja submetido disciplina regular. No entanto,que o prprio abade faa tudo com temor de Deus e observnciada Regra, cnscio de que, sem dvida alguma, de todos os seusjuzos dever dar contas a Deus, justssimo juiz. Se, porm, forpreciso fazer alguma coisa de menor importncia dentre osnegcios do mosteiro, use o abade do conselho somente dosmais velhos, conforme est escrito:

    "Faze tudocom conselho

    e depois defeito no te

    arrependers".

    Prov.

    31,

    3

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-3.htm (1 of 2)2006-06-02 10:14:24

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    31/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.1, C.3.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA1-3.htm (2 of 2)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    OS INTRUMENTOS DAS BOAS OBRAS

    Capitulo 4. Quais so os instrumentos das boas obras.

    Primeiramente,

    "Amaro

    SenhorDeuscom

    todo ocorao,

    comtoda aalma,com

    todasas

    foras".

    Depois,

    "Amarao

    prximocomo a

    simesmo".

    Em seguida,

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (1 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    33/100

    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    "No matar.No

    cometeradultrio.

    No furtar.No

    cobiar.

    Nolevantar

    falsotestemunho.

    Honrartodos oshomens,

    e no fazera outrem

    o que noquer quelhe sejafeito".

    Abnegar-se a simesmopara

    seguir aCristo.

    Castigar ocorpo.No

    abraar asdelcias.Amar ojejum.

    Reconfortaros pobres.Vestir os

    nus.Visitar osenfermos.Sepultar

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (2 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    os mortos.Socorrer

    natribulao.Consolar oque sofre.Fazer-se

    alheio scoisas domundo.Nada

    antepor aoamor deCristo.

    Nosatisfazer a

    ira.No reservartempo para a

    clera.No

    conservarfalsidade no

    corao.No concederpaz simulada.

    No seafastar dacaridade.No jurar

    para no vir aperjurar.

    Proferir averdade de

    corao e deboca.

    No retribuiro mal com o

    mal.No fazer

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (3 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    injustia,mas suportarpacientemente

    as que lheso feitas.Amar osinimigos.

    No retribuircom maldioaos que

    amaldioam,mas antes

    abeno-los.Suportar

    perseguiopela justia.

    No sersoberbo.No ser dado

    ao vinho.No serguloso.No ser

    apegado aosono.

    No serpreguioso.No ser

    murmurador.No serdetrator.

    Colocar todaa esperana

    em Deus.

    O que acharbem de si,atribu-lo a

    Deus e no asi mesmo.

    Mas, quantoao mal,

    saber que sempre obra

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (4 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    suae a si mesmo

    atribu-lo.

    Temer o dia dojuzo.

    Ter pavor doinferno.

    Desejar a vidaeterna

    com toda acobia

    espiritual.Ter

    diariamentediante dos

    olhosa morte a

    surpreend-lo.Vigiar a todahora os atosde sua vida.Saber como

    certo queDeus o vem todo o

    lugar.Quebrar

    imediatamentede encontro ao

    Cristoos maus

    pensamentos

    que advm aocorao

    e revel-los aum

    conselheiroespiritual.

    Guardar suaboca da

    palavra m ou

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (5 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    perversa.No gostar de

    falar muito.No falar

    palavras vsou que s

    sirvam para

    provocar riso.No gostar doriso excessivo

    ou ruidoso.Ouvir de boavontade as

    santasleituras.Dar-se

    freqentemente orao.Confessar

    todos os diasa Deus na

    orao,com lgrimas

    e gemidos,as faltas

    passadase da pordiante

    emendar-sedelas.

    No satisfazeros desejos da

    carne.Odiar a prpria

    vontade.Obedecer emtudo as ordens

    do abade,mesmo queeste, o que

    no acontea,proceda deoutra forma,

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (6 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    lembrando-sedo preceito do

    Senhor:

    `Fazeio quedizem,mas

    no oque

    fazem'.

    No querer

    ser tido comosanto

    antes que oseja,mas

    primeiramentes-lo

    para quecomo tal o

    tenhamcom maisfundamento.

    Pr emprtica

    diariamenteos preceitos

    de Deus.

    Amar acastidade.

    No odiar aningum.No tercimes.

    No exercer ainveja.

    No amar a

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (7 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    rixa.Fugir davanglria.

    Venerar osmais velhos.

    Amar os maismoos.

    Orar, no amorde Cristo,pelos

    inimigos.Voltar paz,antes do pr

    do sol,com aquelescom quem

    tevedesavena.E nunca

    desesperarde

    misericrdiade Deus.

    Eis a os instrumentos da arte espiritual. Se forem postos emao por ns dia e noite sem cessar e devolvidos no dia dojuzo, seremos recompensados pelo Senhor com aquele prmioque Ele mesmo prometeu:

    "O queos

    olhosno

    viram,nem osouvidosouviram,

    istopreparou

    Deuspara

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (8 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.2, C.1.

    aquelesque o

    amam".

    I

    Cor.

    2,

    9

    So, porm, os claustros do mosteiro e a estabilidade nacomunidade a oficina onde executaremos diligentemente tudoisso.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA2-1.htm (9 of 9)2006-06-02 10:14:24

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.1.

    OBEDINCIA E SILNCIO

    Captulo 5. Da obedincia.

    O primeiro grau da humildade a obedincia sem demora. peculiar queles que estimam nada haver mais caro do que oCristo; por causa do santo servio que professaram, por causado medo do inferno ou por causa da glria da vida eterna,desconhecem o que seja demorar na execuo de alguma coisa,logo que ordenada pelo superior, como sendo por Deusordenada. Deles diz o Senhor:

    "Logo aoouvir-me,obedeceu-

    me".

    Salmo

    17,

    45

    E, do mesmo modo, diz aos doutores:

    "Quemvos

    ouve,a mim

    ouve".

    Luc.

    10,

    16

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-1.htm (1 of 4)2006-06-02 10:14:25

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.1.

    Pois so estes mesmos que, deixando imediatamente as coisasque lhe dizem respeito e abandonando a prpria vontade,desocupando logo as mos e deixando inacabado o que faziam,seguem com seus atos, tendo os passos j dispostos paraobedincia, a voz que ordena. E, como que num s momento,ambas as coisas, a ordem recm dada do mestre e a perfeitaobedincia do discpulo, so realizadas simultaneamente e

    rapidamente, na prontido do temor de Deus. Apodera-se deleso desejo de caminhar para a vida eterna; por isso, lanam-secomo que de assalto ao caminho estreito do qual diz o Senhor:

    "Estreito o

    caminhoque

    conduz

    vida".

    Mt.

    7,

    14

    e assim, no tendo como norma de vida a prpria vontade, nemobedecendo aos prprios desejos e prazeres, mas caminhandosob o juzo e domnio de outro e vivendo em comunidade,desejam que um Abade lhes presida. Imitam, sem dvida, aquelamxima do Senhor que diz:

    "Novim

    fazer a

    minhavontade,mas a

    d'Aqueleque meenviou".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-1.htm (2 of 4)2006-06-02 10:14:25

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.1.

    Jo.

    6,

    38

    Mas essa mesma obedincia somente ser digna da aceitaode Deus e doce aos homens se o que ordenado for executadosem tremor, sem delongas, no mornamente, no commurmurao, nem com resposta de quem no quer. Porque aobedincia prestada aos superiores tributada a Deus. Eleprprio disse:

    "Quemvos

    ouve,

    a mimouve".

    Luc.

    10,

    16

    E convm que seja prestada de boa vontade pelos discpulos,porque

    "Deusama

    aqueleque d

    com

    alegria".

    II

    Cor.

    9,

    7

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-1.htm (3 of 4)2006-06-02 10:14:25

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.1.

    Pois, se o discpulo obedecer de m vontade e se murmurar,mesmo que no com a boca, mas s com o corao, ainda quecumpra a ordem, no ser mais o seu ato aceito por Deus quev seu corao a murmurar. Por tal ao no consegue graaalguma e, mais ainda, incorre no castigo dos murmuradores seno se emendar pela satisfao.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-1.htm (4 of 4)2006-06-02 10:14:25

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.2.

    Captulo 6. Do silncio.

    Faamos o que diz o profeta:

    "Eu

    disse:Guardareios meuscaminhospara que

    nopequepela

    lngua;

    pus umaguarda minhaboca,

    emudeci,humilhei-

    me ecalei ascoisasboas".

    Salmo

    38,

    2-3

    Aqui mostra o profeta que se s vezes se devem calar mesmo asboas conversas, por causa do silncio, quanto mais nodevero ser suprimidas as ms palavras, por causa do castigodo pecado? Por isso, ainda que se trate de conversas boas,santas e prprias a edificar, raramente seja concedida aosdiscpulos perfeitos licena de falar, por causa da gravidade dosilncio, pois est escrito:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-2.htm (1 of 3)2006-06-02 10:14:25

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.2.

    "Falandomuitono

    fogesao

    pecado".

    Pr.

    10,

    19

    E em outro lugar:

    "amorte

    e avida

    estoem

    poderda

    lngua".

    Pr.

    18,

    21

    Com efeito, falar e ensinar compete ao mestre; ao discpulo

    convm calar e ouvir.

    Por isso, se preciso pedir alguma coisa ao superior, que sepea com toda humildade e submisso da reverncia. J quantos brincadeiras, palavras ociosas que provocam riso,condenamo-las em todos os lugares a uma eterna clausura.Para tais palavras no permitimos ao discpulo abrir a boca.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA3-2.htm (2 of 3)2006-06-02 10:14:25

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.3, C.2.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    HUMILDADE

    Captulo 7. Da humildade.

    Irmos, a Escritura divina nos clama dizendo:

    "Todoaqueleque seexaltaser

    humilhadoe todoaqueleque se

    humilhaser

    exaltado".

    Lc.

    14,11

    Indica-nos com isso que toda elevao um gnero de soberba,da qual o Profeta mostra precaver-se quando diz:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (1 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Senhor, omeu

    coraono se

    exaltou,nem foramaltivos os

    meusolhos ; noandei nas

    grandezas,nem em

    maravilhasacima de

    mim. Mas,que seria

    de mim seno metivesse

    feitohumilde, se

    tivesseexaltadominhaalma?

    Comoaquele que

    desmamadode sua

    me, assimretribuirias

    minhaalma."

    Salmo

    130,

    1-2

    Se, portanto, irmos, queremos atingir o cume da suma

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (2 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    humildade e se queremos chegar rapidamente quela exaltaoceleste para a qual se sobe pela humildade da vida presente,deve ser erguida, pela ascenso de nossos atos, aquela escadaque apareceu em sonho a Jac, na qual eram mostrados anjosque subiam e desciam. Essa descida e subida, sem dvida,outra coisa no significa, para ns, seno que pela exaltao sedesce e pela humildade se sobe. Essa escada erecta a nossa

    vida no mundo, a qual elevada ao cu pelo Senhor, se nossocorao se humilha. Quanto aos lados da escada, dizemos queso o nosso corpo e alma, e nesses lados a vocao divinainseriu, para serem galgados, os diversos graus da humildade eda disciplina.

    Assim o primeiro grau da humildade consiste em que, pondosempre o monge diante dos olhos o temor de Deus, eviteabsolutamente qualquer esquecimento e esteja, ao contrrio,

    sempre lembrado de tudo o que Deus ordenou. Revolva sempre,no esprito, no s que o inferno queima, por causa de seuspecados, os que desprezam a Deus, mas que a vida eterna estpreparada para os que temem a Deus. E, defendendo-se a todo otempo dos pecados e vcios, isto dos pecados do pensamento,da lngua, das mos, dos ps e da vontade prpria, comotambm dos desejos da carne, considere-se o homem visto docu, a todo o momento, por Deus, e suas aes vistas em todaparte pelo olhar da divindade e anunciadas a todo instante pelos

    anjos. Mostra- nos isto o Profeta quando afirma estar Deussempre presente em nossos pensamentos:

    "Deusque

    perscrutaos

    coraese os

    rins".

    Salmo

    7,

    10

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    E tambm:

    "Deusconhece os

    pensamentosdos

    homens".

    Salmo

    93,

    11

    E ainda:

    "De longepercebestes

    os meuspensamentos",

    Salmo

    138,3

    e

    "opensamento

    do homemvos serconfessado".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (4 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    Salmo

    75,

    11

    Portanto, para que esteja vigilante quanto aos seuspensamentos maus, diga sempre em seu corao o irmoempenhado em seu prprio bem:

    "Se mepreservarda minha

    iniqidade,sereiento

    imaculadodianted'Ele".

    Salmo

    17,

    24

    Assim, -nos proibido fazer a prpria vontade, visto que nos diza prpria Escritura:

    "Afasta-tedas tuasprprias

    vontades."

    Eccl.

    18,

    30

    E tambm porque rogamos a Deus na orao que se faa em

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (5 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    ns a sua vontade.

    Aprendemos, pois, com razo, a no fazer a prpria vontade,enquanto nos acautelamos com aquilo que diz a Escritura:

    "Hcaminhos

    consideradosretos pelos

    homens cujofim

    mergulha ato fundo do

    inferno",

    Pr.

    16,

    25

    e enquanto, tambm, nos apavoramos com o que foi dito dosnegligentes:

    "Corromperam-se e tornaram-

    seabominveis

    nos seusprazeres".

    Salmo13,

    1

    Por isso, quando nos achamos diante dos desejos da carne,creiamos que Deus est sempre presente junto a ns, pois disseo Profeta ao Senhor:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (6 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Diantede Vs

    esttodo omeu

    desejo".

    Salmo

    37,

    10

    Devemos, portanto, acautelar-nos contra o mau desejo, porque

    a morte foi colocada junto porta do prazer. Sobre isto aEscritura preceitua dizendo:

    "No andes atrsde tuas

    concupiscncias".

    Eccl.

    18,

    30

    Logo, se os olhos do Senhor

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (7 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "observamos bons eos maus,

    se oSenhorsempreolha do

    cu osfilhos doshomenspara ver

    se halgum

    inteligenteou que

    procura a

    Deus",

    Pr.

    15,

    3;

    Salmo

    13,

    2

    e se, pelos anjos que nos foram designados, todas as coisasque fazemos so cotidianamente, dia e noite, anunciadas aoSenhor, devemos ter cuidado, irmos, a toda hora, como diz oProfeta no salmo, para que no acontea que Deus nos veja nomomento em que camos no mal, tornando-nos inteis, e paraque, vindo a poupar-nos nessa ocasio porque bom e espera

    sempre que nos tornemos melhores, no venha a dizer-nos nofuturo:

    "Fizesteisto ecalei-me".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (8 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    Salmo

    13,

    3

    O segundo grau da humildade consiste em que, no amando a

    prpria vontade, no se deleite o monge em realizar os seusdesejos, mas imite nas aes aquela palavra do Senhor:

    "Novim

    fazer aminha

    vontade,mas a

    d'Aqueleque meenviou".

    Jo.

    6,

    38

    Do mesmo modo, diz a Escritura:

    "O prazertraz

    consigo apena e a

    necessidadegera acoroa".

    O terceiro grau da humildade consiste em que, por amor deDeus, se submeta o monge, com inteira obedincia ao superior,imitando o Senhor, de quem disse o Apstolo:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (9 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Fz-seobediente

    at amorte".

    Fil.2,

    8

    O quarto grau da humildade consiste em que, no exercciodessa mesma obedincia, abrace o monge a pacincia, denimo sereno, nas coisas duras e adversas, ainda mesmo quese lhe tenham dirigido injrias, e, suportando tudo, no se

    entregue nem se v embora, pois diz a Escritura:

    "Aqueleque

    perseverarat o fim

    sersalvo".

    Mt.

    10,

    22

    E tambm:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (10 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Que serevigore

    o teucorao

    esuporta

    o

    Senhor".

    Salmo

    26,

    14

    E a fim de mostrar que o que fiel deve suportar todas ascoisas, mesmo as adversas, pelo Senhor, diz a Escritura, napessoa dos que sofrem:

    "Por vssomos

    entreguestodos os

    dias morte;

    somosconsiderados

    comoovelhas a

    seremsacrificadas".

    Salmo43,

    22

    Rom.

    8,

    36

    Seguros na esperana da retribuio divina, prosseguem

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (11 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    alegres dizendo:

    "Massuperamostudo por

    causadAqueleque nosamou".

    Rom.

    8,

    37

    Tambm, em outro lugar, diz a Escritura:

    " Deus,provaste-nos,

    experimentastes-nos no fogo,

    como no fogo

    provada a prata:induzistes-nos acair no lao,impusestestribulaes

    sobre os nossosombros".

    Salmo65,

    10-

    11

    E para mostrar que devemos estar submetidos a um superior,continua:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (12 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Impusesteshomenssobre

    nossascabeas".

    Salmo

    65,

    12

    Cumprindo, alm disso, com pacincia o preceito do Senhor nasadversidades e injrias, se lhes batem numa face, oferecem a

    outra; a quem lhes toma a tnica cedem tambm o manto;obrigados a uma milha, andam duas; suportam, como PauloApstolo, os falsos irmos e abenoam aqueles que osamaldioam.

    O quinto grau da humildade consiste em no esconder o mongeao seu Abade todos os maus pensamentos que lhe vm aocorao, ou o que de mal tenha cometido ocultamente, mas emlho revelar humildemente, exortando-nos a este respeito a

    Escritura quando diz:

    "Revelaao

    Senhoro teu

    caminhoe

    espera

    nele".

    Salmo

    36,

    5

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (13 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    E quando diz ainda:

    "Confessaiao Senhorporque ele

    bom,porque sua

    misericrdia eterna".

    Salmo

    105,1;

    117,1

    Do mesmo modo o Profeta:

    "Dei aconhecera Vs aminha

    falta e noescondi

    as minhasinjustias.

    Disse:`Acusar-me-ei deminhas

    injustiasdiante doSenhor', e

    perdoastesa maldade

    de meucorao".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (14 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    Salmo

    31,

    5

    O sexto grau da humildade consiste em que esteja o mongecontente com o que h de mais vil e com a situao maisextrema e em tudo que lhe seja ordenado fazer, se consideremau e indigno operrio, dizendo-se a si mesmo com o Profeta:

    "Fuireduzido a

    nada eno osabia;

    tornei-mecomo umanimal

    diante deVs,

    pormestou

    sempreconvosco".

    Salmo

    72,

    22-

    23

    O stimo grau da humildade consiste em que o monge se digainferior e mais vil que todos, no s com a boca, mas quetambm o creia no ntimo pulsar do corao, humilhando-se edizendo com o Profeta:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (15 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Eu, porm,sou um

    verme e noum homem,a vergonha

    dos homense a abjeo

    do povo;exaltei-me,mas depois

    fuihumilhado econfundido".

    Salmo21,7;

    87,16

    E ainda:

    " bom paramim que me

    tenhaishumilhado,

    para queaprenda o

    vossosmandamentos".

    Salmo118,

    71-

    73

    O oitavo grau da humildade consiste em que s faa o monge oque lhe exortam a Regra comum do mosteiro e os exemplos deseus maiores.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (16 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    O nono grau da humildade consiste em que o monge negue ofalar sua lngua, entregando-se ao silncio; nada diga, at queseja interrogado, pois mostra a Escritura que

    "nomuitofalar

    no sefoge aopecado",

    Pr.

    10,

    19

    e que

    "o homemque fala

    muito no

    seencaminharbem sobre a

    terra".

    Salmo

    139,

    12

    O dcimo grau da humildade consiste em que no seja o mongefcil e pronto ao riso, porque est escrito:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (17 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Oestultoelevaa suavoz

    quandori".

    Eccl.

    21,

    23

    O undcimo grau da humildade consiste em, quando falar, faz-

    lo o monge suavemente e sem riso, humildemente e comgravidade, com poucas e razoveis palavras e no em alta voz,conforme o que est escrito:

    "O sbiomanifesta-

    se compoucas

    palavras".

    O duodcimo grau da humildade consiste em que no s nocorao tenha o monge a humildade, mas a deixe transparecersempre, no prprio corpo, aos que o vem, isto , que no oficiodivino, no oratrio, no mosteiro, na horta, quando em caminho,no campo ou onde quer que esteja, sentado, andando ou em p,tenha sempre a cabea inclinada, os olhos fixos no cho,

    considerando-se a cada momento culpado de seus pecados,tenha-se j como presente diante do tremendo juzo de Deus,dizendo-se a si mesmo, no corao, aquilo que aquele publicanono Evangelho disse, com os olhos pregados no cho:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (18 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    "Senhor,no soudigno,

    eupecador,

    delevantar

    osolhosaos

    cus".

    Lc.

    18,

    13

    E ainda, com o Profeta:

    "Estoucompletamente

    curvado ehumilhado".

    Salmo

    37,

    9

    Tendo, por conseguinte, subido todos estes degraus da

    humildade, o monge atingir logo aquela caridade de Deus que,quando perfeita, afasta o temor. Por meio dela tudo o queobservava antes no sem medo comear a realizar semnenhum labor, como que naturalmente, pelo costume, no maispor temor do inferno, mas por amor de Cristo, pelo prpriocostume bom e pela deleitao das virtudes.

    Eis o que, no seu operrio, j purificado dos vcios e pecados,

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (19 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.4, C.1.

    se dignar o Senhor manifestar por meio do Esprito Santo.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%2...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA4-1.htm (20 of 20)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.1.

    ORAO. POBREZA. RECEPO SOLICITUDE PARACOM OS

    IRMOS. ORDENAO DO ABADE. DISPOSIESDIVERSAS.

    Captulo 19. Da maneira de salmodiar.

    Cremos estar em toda parte a presena divina e que

    "osolhos

    do

    Senhorvemem

    todolugar

    osbonse os

    maus".

    Pr.

    15,

    3

    Creiamos nisso principalmente e sem dvida alguma quando

    estamos presentes ao ofcio divino. Lembremo-nos, pois,sempre, do que diz o Profeta:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-1.htm (1 of 3)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.1.

    "Serviao

    Senhorno

    temor".

    Salmo

    2,

    11

    E tambm :

    "Salmodiaisabiamente".

    Salmo

    46,

    8

    E ainda:

    "Cantar-vos-ei

    emfacedos

    anjos".

    Salmo

    137,

    1

    Consideremos, pois, de que maneira cumpre estar na presena

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-1.htm (2 of 3)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.1.

    da divindade e de seus anjos; e tal seja a nossa presena nasalmodia, que nossa mente concorde com nossa voz.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-1.htm (3 of 3)2006-06-02 10:14:26

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.2.

    Captulo 20. Da reverncia na orao.

    Se queremos sugerir algo aos homens poderosos, no ousamosfaz-lo a no ser com humildade e reverncia; quanto mais nose dever empregar toda humildade e pureza de devoo parasuplicar ao Senhor Deus de todas as coisas? E saibamos queseremos ouvidos no com o muito falar, mas com a pureza docorao e a compuno das lgrimas. Por isso a orao deveser breve e pura, a no ser que, porventura, venha a prolongar-se por um afeto de inspirao da graa divina. Em comunidade,porm, que a orao seja abreviada e, dado o sinal pelosuperior, levantem-se todos ao mesmo tempo.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-2.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.3.

    Captulo 27. Como o abade deve ser solcito para com osexcomungados.

    Cuide o abade com toda a solicitude dos irmos que carem emfaltas, porque

    "no para os

    sos que omdico

    necessrio,mas para

    os queesto

    doentes".

    Mt.

    9,

    12

    Por isso, como sbio mdico, deve usar de todos os meios,enviar `simpectas', isto , irmos mais velhos e sbios que, emparticular, consolem o irmo flutuante e o induzam a umahumilde satisfao, o consolem

    "para queno seja

    absorvidopor

    demasiadatristeza",

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-3.htm (1 of 3)2006-06-02 10:14:27

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.3.

    II

    Cor.

    2,

    7

    mas, como diz ainda o Apstolo,

    "confirme-se a

    caridadepara com

    ele",

    II

    Cor.

    2,

    8

    e rezem todos por ele.

    O Abade deve pois empregar extraordinria solicitude e deveempenhar-se com toda a sagacidade e indstria, para que noperca alguma das ovelhas a si confiadas. Reconhecer, pois, terrecebido a cura das almas enfermas e no a tirania sobre asss; tema a ameaa do Profeta, atravs da qual Deus nos diz:

    "O queveis

    gordo

    assumeise o que

    era fracolanveis

    fora".

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-3.htm (2 of 3)2006-06-02 10:14:27

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.3.

    Ez.

    34,

    3-

    4

    Imite o pio exemplo do bom pastor que, deixando as noventa enove ovelhas nos montes, saiu a procurar uma nica ovelha quedesgarrara, de cuja fraqueza a tal ponto se compadeceu que sedignou coloc-la em seus sagrados ombros e assim traz-la denovo ao aprisco.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-3.htm (3 of 3)2006-06-02 10:14:27

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.4.

    Captulo 33. Se os monges devem possuir alguma coisa deprprio.

    Especialmente este vcio deve ser cortado do mosteiro pela raiz;ningum ouse dar ou receber alguma coisa sem ordem doAbade, nem ter nada de prprio, nada absolutamente, nem livro,nem tabuinhas, nem estilete, absolutamente nada, j que nolhes lcito ter a seu arbtrio nem o corpo nem a vontade; pormtodas as coisas necessrias devem esperar do pai do mosteiro,e no seja lcito a ningum possuir o que o Abade no tiverdado ou permitido. Seja tudo comum a todos, como est escrito,nem diga nem tenha algum a presuno de achar que algumacoisa lhe pertence. Se for surpreendido algum a deleitar-secom este pssimo vcio, seja admoestado primeira e segundavez e, se no se emendar, seja submetido correo.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-4.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.5.

    Captulo 37. Dos velhos a das crianas.

    Ainda que a prpria natureza humana seja levada misericrdiapara com estas idades, velhos e crianas, no entanto que aautoridade da Regra olhe tambm por eles. Considere-sesempre a fraqueza que lhes prpria, e no se mantenha paracom eles o rigor da Regra no que diz respeito aos alimentos;haja sim, em relao a eles, uma pia considerao e tenhamantecipadas as horas regulares.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-5.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.6.

    Captulo 38. Do leitor semanrio.

    s mesas dos irmos no deve faltar a leitura; no deve ler aquem quer que, por acaso, se apodere do livro, mas sim o quevai ler durante toda a semana, a comear do domingo. Depoisda missa e da comunho, pea a todos que orem por ele paraque Deus afaste dele o espirito de soberba. No oratrio, recitemtodos, por trs vezes, o seguinte versculo, iniciando-o o prprioleitor:

    "Abri,Senhor,os meuslbios, e

    minhabocaanunciar

    vossolouvor";

    Salmo

    50,

    17

    e, tendo assim recebido a bno, entre a ler. Faa-se o mximosilncio, de modo que no se oua nenhum cochicho ou voz, ano ser a do que est lendo. Quanto s coisas que sonecessrias aos que esto comendo e bebendo, sirvam-semutuamente os irmos, de tal modo que ningum precise pedircoisa alguma. Se, porm , se precisar de qualquer coisa, sejaantes pedida por algum som ou sinal do que por palavra. Nemouse algum fazer alguma pergunta sobre a leitura, ou outroassunto qualquer, para que se no d ocasio, a no ser que osuperior, porventura, queira dizer, brevemente, alguma coisa,para edificao. O leitor semanrio, antes de comear a ler,recebe o `misto', por causa da Comunho e para que noacontea ser-lhe pesado suportar o jejum; faa, porm, depois,a refeio com os semanrios da cozinha e os serventes. No

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-6.htm (1 of 2)2006-06-02 10:14:27

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.6.

    leiam nem cantem os irmos segundo a ordem da comunidade,mas faam-no aqueles que edificam os ouvintes.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-6.htm (2 of 2)2006-06-02 10:14:27

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.7.

    Capitulo 48. Do trabalho manual cotidiano.

    A ociosidade inimiga da alma; por isso em certas horas devemocupar-se os irmos com o trabalho manual, e em outras horascom a leitura espiritual. Pela seguinte disposio, cremos poderordenar os tempos dessas duas ocupaes: isto , que daPscoa at o dia 14 de setembro, saindo os irmos pela manh,trabalhem da primeira hora at cerca da quarta, naquilo que fornecessrio. Da hora quarta at mais ou menos o princpio dahora sexta, entreguem-se leitura. Depois da sexta, levantando-se da mesa, repousem em seus leitos com todo o silncio; seacaso algum quiser ler, leia para si, de modo que noincomode o outro. Celebre-se a Noa mais cedo, pelo fim daoitava hora, e de novo trabalhem no que for preciso fazer at atarde. Se, porm, a necessidade do lugar ou a pobreza exigiremque se ocupem, pessoalmente, em colher os produtos da terra,no se entristeam por isso, porque ento so verdadeirosmonges se vivem do trabalho de suas mos, como tambm osnossos Pais e os Apstolos. Tudo, porm, se faacomedidamente por causa dos fracos.

    De 14 de setembro at o incio da Quaresma, entreguem-se leitura at o fim da hora segunda, no fim da qual se celebre aTera; e at a hora nona trabalhem todos nos afazeres que lheforem designados. Dado o primeiro sinal da hora nona, deixemtodos os seus respectivos trabalhos e preparem-se para quandotocar o sinal. Depois da refeio, entreguem-se s suas leiturasou aos salmos.

    Nos dias da Quaresma, porm, da manh at o fim da horaterceira, entreguem-se s suas leituras e at o fim da dcimahora trabalhem no que lhes for designado. Nesses dias deQuaresma, recebam todos respectivamente livros da bibliotecae leiam-nos pela ordem e por inteiro; esses livros sodistribudos no incio da Quaresma. Antes de tudo, porm,designem-se um ou dois dos mais velhos, os quais circulem nomosteiro nas horas que os irmos se entregam leitura e verose no h, por acaso, algum irmo tomado de acdia, que seentrega ao cio ou s conversas, no est aplicado leitura eno somente intil a si prprio como tambm distrai os outros.Se um tal for encontrado, o que no acontea, seja castigado

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-7.htm (1 of 2)2006-06-02 10:14:28

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.7.

    primeira e segunda vez; se no se emendar, seja submetido correo regular de tal modo que os demais temam. Que umirmo no se junte a outro em horas inconvenientes.

    Tambm no domingo entreguem-se todos leitura, menosaqueles que foram designados para os diversos ofcios. Se,entretanto, algum for to negligente ou relaxado que no

    queira ou no possa meditar ou ler, determine-se-lhe umtrabalho que possa fazer, para que no fique toa. Aos irmosenfermos ou delicados designe-se um trabalho ou ofcio de talsorte que no fiquem ociosos nem sejam oprimidos ouafugentados pela violncia do trabalho; a fraqueza desses deveser levada em considerao pelo Abade.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...bs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-7.htm (2 of 2)2006-06-02 10:14:28

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.8.

    Capitulo 49. Da observncia da quaresma.

    Se bem que a vida do monge deva ser, em todo tempo, umaobservncia de Quaresma, como, porm, esta fora depoucos, por isso aconselhamos os monges a guardarem, comtoda a pureza, a sua vida nesses dias de Quaresma e tambm aapagarem, nesses santos dias, todas as negligncias dos outrostempos. E isso ser feito dignamente, se nos preservamos detodos os vcios e nos entregarmos orao com lgrimas, leitura, compuno do corao e abstinncia.Acrescentemos, portanto, nesses dias, alguma coisa ao encargohabitual da nossa servido: oraes especiais, abstinncias decomida e bebida; e assim oferea cada um a Deus, deespontnea vontade, com a alegria do Esprito Santo, algumacoisa alm da medida estabelecida para si. Isto , subtraia aoseu corpo algo da comida, da bebida, do sono, da conversa, daescurrilidade e, na alegria do desejo espiritual, espere a SantaPscoa. Entretanto, mesmo aquilo que cada um oferece, sugira-o ao seu Abade, e seja realizado com a orao e a vontade dele,pois o que feito sem a permisso do pai espiritual serreputado como presuno e v gloria e no como digno derecompensa. Portanto, tudo deve ser feito com a vontade doAbade.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-8.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.9.

    Capitulo 50. Dos irmos que trabalham longe do oratrio ou estoem viagem.

    Os irmos que se encontram em um trabalho to distante queno podem acorrer na devida hora ao oratrio e tendo o Abadeponderado que assim , celebrem o Ofcio Divino ali mesmoonde trabalham, dobrando os joelhos, com temor divino. Damesma forma, os que so mandados em viagem no deixempassar as horas estabelecidas, mas celebrem-nas consigomesmos como podem e no negligenciem cumprir com oencargo de sua servido.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Prov...ri/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-9.htm2006-06-02 10:14:2

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.10.

    Captulo 51. Dos irmos que partem para no muito longe.

    No presuma comer fora o irmo que mandado a um afazerqualquer e que esperado no mosteiro no mesmo dia, aindaque seja incessantemente convidado por qualquer pessoa; ano ser que, porventura, o Abade lhe tenha dado ordem paraisso. Se proceder de outra forma, seja excomungado.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pro.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-10.htm2006-06-02 10:14:28

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.11.

    Captulo 52. Do oratrio do mosteiro.

    Que o oratrio seja o que o nome indica, nem se faa ou seguarde ali coisa alguma que lhe seja alheio. Terminado o OfcioDivino, saiam todos com sumo silncio e tenha-se revernciapara com Deus, de modo que, se acaso um irmo quiser rezarem particular, no seja impedido pela imoderao de outro. Setambm outro, porventura, quiser rezar em silncio, entresimplesmente e ore, no com voz clamorosa, mas com lgrimase pureza de corao. Quem no procede desta maneira notenha, pois, permisso de, terminado o Ofcio Divino,permanecer no oratrio, como foi dito, para que outro no venhaa ser perturbado.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pro.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-11.htm2006-06-02 10:14:28

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.12.

    Captulo 57. Dos artistas do mosteiro.

    Se h artistas no mosteiro, que executem suas artes com todahumildade, se o Abade o permitir. E se algum dentre eles seensoberbece em vista do conhecimento que tem de sua arte,pois parece-lhe que com isso alguma vantagem traz aomosteiro, que seja esse tal afastado de sua arte e no volte a elaa no ser que, depois de se ter humilhado, o Abade, porventura,lhe ordene de novo. Se, dentre os trabalhos dos artistas, algumacoisa deve ser vendida, cuidem aqueles por cujas mos devempassar essas coisas de no ousar cometer alguma fraude.Lembrem-se de Ananias e Safira, para que a mesma morte queestes mereceram no corpo no venham sofrer na alma aqueles etodos os que cometeram alguma fraude com os bens domosteiro. Quanto aos prprios preos, que no se insinue o malda avareza, mas venda-se sempre um pouco mais barato do quepode ser vendido pelos seculares, para que em tudo seja Deusglorificado.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pro.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-12.htm2006-06-02 10:14:29

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.13.

    Captulo 58. Da maneira de proceder recepo dos irmos.

    Apresentando-se algum para a vida monstica, no se lheconceda fcil ingresso mas, como diz o Apstolo:

    "Provaiosespritos,se so

    deDeus".

    I

    Jo.

    4,

    1

    Portanto, se aquele que vem perseverar batendo porta e sedepois de quatro ou cinco dias, sendo-lhe feitas injrias edificuldades para entrar, parece suportar pacientemente e

    persistir no seu pedido, conceda-se-lhe o ingresso, e permaneaalguns dias na cela dos hspedes. Fique, depois, na cela dosnovios, onde esses se exercitam, comem e dormem. Sejadesignado para eles um dos mais velhos, que seja apto a obtero progresso das almas e que se dedique a eles com todo ointeresse. Que haja solicitude em ver se procuraverdadeiramente a Deus, se solcito para com o Ofcio Divino,a obedincia e os oprbrios. Sejam-lhe dadas a conhecer,previamente, todas as coisas duras e speras pelas quais se vaia Deus. Se prometer a perseverana na sua estabilidade, depoisde decorridos dois meses, leia-se-lhe por inteiro esta Regra ediga-se-lhe:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-13.htm (1 of 4)2006-06-02 10:14:29

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.13.

    `Eis a leisob a qual

    queresmilitar; se

    podesobserv-laentra; mas

    se nopodes, sailivremente'.

    Se ainda ficar, seja ento conduzido referida cela de novios eseja de novo provado, em toda pacincia. Passados seis meses,leia- se-lhe a Regra, a fim que saiba para o que ingressa. Seainda permanece, depois de quatro meses, releia-se-lhe amesma Regra. E se, tendo deliberado consigo mesmo, prometerguardar todas as coisas e observar tudo quanto lhe forordenado, seja ento recebido na comunidade, sabendo estarestabelecido, pela lei da Regra, que a partir daquele dia no lhe mais lcito sair do mosteiro, nem tirar o pescoo ao jugo daRegra, a qual lhe foi permitido recusar ou aceitar por todemorada deliberao.

    No oratrio, diante de todos, prometa o que vai ser recebido asua estabilidade, a converso de seus costumes e a obedincia,diante de Deus e de seus santos, a fim de que, se alguma vezproceder de outro modo, saiba que ser condenado por aquelede quem zomba. Desta sua promessa faa uma petio no nomedos santos cujas relquias a esto e do Abade presente.Escreva tal petio com sua prpria mo ou ento, se nosouber escrever, escreva outro rogado por ele e que o noviofaa um sinal e a coloque com sua prpria mo no altar. Quandoa tiver colocado, comee logo o seguinte versculo:

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-13.htm (2 of 4)2006-06-02 10:14:29

  • 7/25/2019 0480-0547, Benedictus Nursinus, Regra Monastica, PT

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.13.

    "Recebe-me,

    Senhor,segundo atua palavrae viverei, e

    no

    permitasque eu

    sejaconfundidoda minha

    esperana".

    Salmo118,

    116

    Responda toda a comunidade este versculo, por trs vezes,acresentando:

    "Glria

    aoPai".

    Prosterna-se, ento, o irmo novio aos ps de cada um paraque orem por ele, e j daquele dia em diante seja consideradona comunidade. Se possui quaisquer bens, ou os distribuaantes aos pobres ou, por solene doao, os confira ao mosteiro,

    nada reservando para si de todas essas coisas: pois sabe que,deste dia em diante, nem sobre o prprio corpo ter poder.Portanto, seja logo no oratrio despojado das roupas secularescom que est vestido, e seja vestido com as roupas domosteiro. As vestes que despiu sejam colocadas na rouparia,onde devem ser conservadas para que, se algum dia, porpersuaso do demnio, consentir em sair do mosteiro, que istono acontea, seja expulso, despido das roupas do mosteiro.No lhe seja entregue porm, aquela sua petio que o Abade

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20...s%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-13.htm (3 of 4)2006-06-02 10:14:29

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.13.

    tirou de cima do altar, mas fique guardada no mosteiro.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.14.

    Captulo 61. Dos monges peregrinos como devem ser recebidos.

    Se chegar algum monge peregrino de longnquas provncias equiser habitar no mosteiro como hspede, e mostra-se contentecom o costume que encontrou neste lugar e, porventura, noperturba o mosteiro com suas exigncias suprfluas, massimplesmente est contente com que encontra, seja recebidopor quanto tempo quiser. Se repreende ou faz ver alguma coisa,razoavelmente e com a humildade da caridade, trate o Abadeprudentemente deste caso, pois talvez por causa disto Deus otenha enviado. Mas, se depois quiser firmar sua estabilidade,no se rejeite tal desejo, mxime porque se pde conhecer suavida durante o tempo da hospedagem.

    Mas se durante o tempo da hospedagem for julgado exigente emcoisas suprfluas ou vicioso, no somente no deve serassociado ao corpo do mosteiro, como tambm lhe seja ditohonestamente que se v embora, para que tambm outros nose viciem com a sua misria. Mas, se no for tal que merea serexpulso, no somente se pedir para aderir comunidade, sejaele no s recebido como tambm persuadido a ficar, para queoutros sejam instrudos pelo seu exemplo e porque em todo olugar se serve a um s Senhor, milita-se sob um s Rei. E se oAbade o julgar que o merece, seja-lhe lcito estabelec-lo em umlugar um pouco mais alto. No s para um monge, mas tambmpara os j referidos ordenados sacerdotes e clrigos, pode oAbade estabelecer um lugar mais elevado que aquele em queingressam, se achar ser digna de tal a vida deles. Cuide, porm,o Abade que nunca receba, para ficar, monge de outro mosteiroconhecido, sem o consentimento do respectivo Abade ou cartade recomendao, porque est escrito:

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.14.

    "Aquiloque noqueresque tesejafeito,no o

    fars aoutrem".

    Mt.

    7,

    12

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.15.

    Captulo 64. Da ordenao do abade.

    Na ordenao do Abade considere-se sempre a seguinte norma:seja constitudo aquele que tiver sido eleito por toda acomunidade concorde no temor de Deus, ou ento por umaparte, de conselho mais so, ainda que pequena. Aquele quedeve ser ordenado seja eleito pelo mrito da vida e pela doutrinada sabedoria, ainda que seja o ltimo na ordem da comunidade.E se toda a comunidade eleger, em conselho comum, o que noacontea, uma pessoa conivente com seus vcios e estes vcioschegarem de algum modo ao conhecimento do bispo da diocesea que pertence o lugar, ou se tornarem evidentes para osabades ou cristos vizinhos, no permitam que prevalea oconsenso dos maus, mas constituam para a casa de Deus umdispensador digno, sabendo que por isto recebero a boarecompensa, se o fizerem castamente e com zelo divino; masse, pelo contrrio negligenciam, cometero pecado.

    Pense sempre o Abade ordenado no nus que recebeu e a quemdever prestar contas da sua administrao, e saiba convir-lhemais servir do que presidir. Deve ser, pois, douto na lei divinapara que saiba e tenha de onde tirar as coisas novas e antigas;deve ser casto, sbrio, misericordioso e fazer prevalecer semprea misericrdia sobre o julgamento, para que obtenha o mesmopara si. Odeie os vcios, ame os irmos. Na prpria correoproceda prudentemente e no com demasia para que, enquantoquer raspar demais a ferrugem, no se quebre o vaso. Suspeitesempre da prpria fragilidade e lembre-se que no deveesmagar o canio j rachado. Com isso no dizemos quepermita que os vcios sejam nutridos, mas que os amputeprudentemente e com caridade, conforme v que convm a cadaum, como j dissemos; e se esforce por ser mais amado quetemido. No seja turbulento nem inquieto, no seja excessivo

    nem obstinado, nem ciumento, nem muito desconfiado, poisnunca ter descanso; seja prudente e refletido nas suas ordens,e quer seja de Deus, quer do sculo o trabalho que ordenar, faa-o com discernimento e equilbrio, lembrando-se da discrio dosanto Jac, quando diz:

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.15.

    "Se fizermeus

    rebanhostrabalharandandodemais,morrero

    todosnum s

    dia".

    Gen.

    33,

    13

    Assumindo esse e outros testemunhos da discrio, me dasvirtudes, equilibre tudo de tal modo que haja o que os fortesdesejam e que os fracos no fujam; principalmente, conserveem tudo a presente Regra para que, depois de ter bemadministrado, oua do Senhor o que disse ao bom servo quedistribuiu o trigo a seus conservos no devido tempo:

    "Naverdade

    vosdigo",

    diz Ele,

    "estabelece-o sobretodos os

    seus bens".

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.15.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.16.

    Captulo 67. Dos irmos mandados em viagem.

    Os irmos que vo partir em viagem recomendem-se s oraesde todos os irmos e do Abade; e sempre, na ltima orao doOfcio Divino, faa-se a comemorao de todos os ausentes. Osirmos que voltam de viagem, no mesmo dia em que chegam,em todas as Horas cannicas, quando termina o Ofcio Divino,prostrados no cho do oratrio, peam a todos a sua orao porcausa dos excessos que, porventura, durante a viagem setenham nele insinuado vendo ou ouvindo coisas ms ou emconversas ociosas. E ningum presuma relatar a outremqualquer das coisas que tiver visto ou ouvido fora do mosteiro,pois grande a destruio. E se algum presumir faz-lo, sejasubmetido ao castigo regular, e da mesma forma quem presumirsair dos claustros do mosteiro ou ir a qualquer lugar, ou fazerqualquer coisa, por menor que seja, sem ordem do Abade.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.17.

    Captulo 68. Se so ordenadas a um irmo coisas impossveis.

    Se a algum irmo so ordenadas coisas pesadas ouimpossveis, que receba a ordem de quem manda com toda amansido e obedincia. Se v que o peso do nus excedeabsolutamente a medida de suas foras, sugira paciente eoportunamente ao seu superior as causas de suaimpossibilidade, no se enchendo de soberba nem resistindo oucontradizendo. Se, depois de sua sugesto, a ordem do superiorpermanecer em sua determinao, saiba o sdito ser-lhe issoconveniente e, confiando pela caridade no auxlio de Deus,obedea.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.18.

    Captulo 69. No mosteiro no presuma um defender outro.

    Deve-se tomar precauo para que no mosteiro no presumaum monge defender outro, seja por que motivo for, ou como queproteg-lo, mesmo que ligados por qualquer lao deconsanginidade. De modo algum seja isso presumido pelosmonges, pois por este meio pode originar-se gravssima ocasiode escndalos. Se algum tiver transgredido isso, seja maisseveramente punido.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pro.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-18.htm2006-06-02 10:14:30

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.19.

    Captulo 71. Sejam obedientes uns aos outros.

    No s ao abade deve ser tributado por todos o bem daobedincia mas, da mesma forma, obedeam tambm os irmosuns aos outros, sabendo que por este caminho da obedinciairo a Deus. Colocado pois, antes de tudo, o poder do Abade edos superiores por ele constitudos, ao qual no permitimos quesejam antepostos poderes particulares, quanto ao mais, quetodos os mais moos obedeam aos respectivos irmos maisvelhos, com toda a caridade e solicitude. Se se encontrar algumcom esprito de conteno, que seja castigado. Se algum irmo,por qualquer motivo, ainda que mnimo, for repreendido, dequalquer modo, pelo Abade ou por qualquer superior seu, ou selevemente sentir o nimo de qualquer superior seu irado oualterado contra si, ainda que pouco, logo, sem demora,permanea prostrado em terra, a seus ps, fazendo satisfao,at que pela bno esteja sanada aquela comoo. Se algumno o quiser fazer, ou seja submetido a castigo corporal ou, sefor contumaz, seja expulso do mosteiro.

    le:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pro.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/01/BENTOREGRA5-19.htm2006-06-02 10:14:30

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.5, C.20.

    Captulo 72. Do bom zelo que os monges devem ter.

    Assim como h um zelo mau, de amargura, que separa de Deuse conduz ao inferno, assim tambm h o zelo bom, que separados vcios e conduz a Deus e vida eterna. Exeram, portanto,os monges este zelo com amor ferventssimo, isto , antecipem-se uns aos outros em honra. Tolerem pacientissimamente suasfraquezas, quer do corpo quer do carter; rivalizem em prestarmtua obedincia; ningum procure aquilo que julga til para simas, principalmente, o que o para o outro; ponham em aocastamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amemseu Abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamenteanteponham a Cristo, que nos conduza juntos para a vidaeterna.

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    O BENTO: REGRA MONSTICA : L.6, C.1.

    CONCLUSO

    Captulo 73. De que nem toda a observncia da justia se achaestabelecida nesta Regra.

    Escrevemos esta Regra para demonstrar que os que aobservamos nos mosteiros temos alguma honestidade decostumes ou algum incio de vida monstica. Alm disso, paraaquele que se apressa para a perfeio da vida monstica, h asdoutrinas dos Santos Padres, cuja observncia conduz ohomem ao cume da perfeio. Que pgina, com efeito, ou quepalavra de autoridade divina no Antigo e no Novo Testamentono uma norma retssima da vida humana? Ou que livros dos

    Santos Padres Catlicos ressoam outra coisa seno o que nosfaa chegar, por caminho direto, ao nosso Criador? E tambmas Conferncias dos Padres, as Instituies e suas Vidas, etambm a Regra de nosso santo Pai Baslio, que outra coisa soseno instrumentos das virtudes dos monges que vivem bem eso obedientes? Mas para ns, relaxados, que vivemos mal esomos negligentes, so o rubor da confuso. Tu, pois, quemquer que sejas, que te apressas para a ptria celeste, realizacom o auxlio de Cristo esta mnima Regra de iniciao aqui

    escrita e ento, por fim, chegars, com a proteo de Deus, aosmaiores cumes da doutrina e das virtudes de que falamosacima. Amm.