{043•4) b2007d m257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo siab em relação ao...

33
{043•4) B2007D M257q

Upload: others

Post on 01-Nov-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

{043•4) B2007D M257q

Page 2: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

'

'

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ- FIOCRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES - CPqAM

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA- NESC

ANA ROSA FALCÃO FERREIRA DE MELO

ELÍDIO FERREIRA DE MOURA FILHO

Qualidade das informações oferecidas pelo Sistema de Informação da

Atenção Básica (SIAB) em relação ao Sistema de Informação sobre

Nascidos Vivos (SINASC)

ORIENTADORA:

Profa. Naíde Teodósio Valois Santos

Recife

2007

Monografia apresentada ao I Curso de Especialização de Análise de Dados em Epidemiologia do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães -CPqAM/FIOCRUZ, como requisito para obtenção do grau de especialista em Análise de Dados em Epidemiologia.

Page 3: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

RESUMO

O cruzamento dos bancos de dados do Sistema de Informação da

Atenção Básica (SIAB) com os do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos

(SINASC) revela significativa disparidade, deixando em aberto a consistência das

informações.

No presente estudo, foram analisados os registros de nascimento por residência,

nos anos de 2003 a 2006, em municípios da III Regional de Saúde de Pernambuco, que

possuíam 100% de cobertura de PACS/PSF. O SIAB e o SINASC foram relacionados

entre si, a fim de encontrar possíveis diferenças na detecção de nascimentos.

A análise deste cruzamento mostrou a real consistência que o SIAB possui

quando fornece dados sobre nascidos vivos, uma vez que, para situações estatísticas que

requerem maior segurança, o Ministério da Saúde recomenda as informações retiradas

do SINASC.

As informações provindas da aplicação de questionário, a respeito das

principais dificuldades dos responsáveis municipais pelos dois sistemas em questão,

forneceram elementos importantes para os gestores investirem na melhoria da qualidade

das informações em saúde, e consequentemente, no melhor andamento dos serviços

prestados à população.

A coleta dos dados se deu a partir da aplicação de questionário acerca da

qualidade da alimentação dos dados dos sistemas SIAB e SINASC, para os

responsáveis por estes sistemas de informações; além de levantamento dos bancos de

dados de 2003 à 2006 do SIAB e do SINASC sobre nascidos vivos por município de

residência, nos 05 municípios selecionados da III GERES - PE, através do site do

Departamento de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Para o estudo, consideraram-se as seguintes variáveis: ano de nascimento;

município de residência; qualificação do profissional responsável pelos sistemas de

informações SIAB e/ou SINASC, nos municípios estudados, como especialização,

tempo de experiência; qualidade dos bancos de dados (verificação através do

cruzamento dos dados gerados); análise e formas de utilização dos dados.

Os resultados obtidos pelo cruzamento dos dois sistemas analisados mostraram

significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante

o período estudado, passando de uma razão entre o número de nascidos vivos

SIAB/SINASC de 0,69 para 1 ,02, observando-se uma inversão dos dados em quatro dos

Page 4: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

. ......_ \

cinco municípios estudados, ou seja, o SIAB apresentou um maiOr número de

nascimentos registrados.

Analisando os questionários respondidos pelos coordenadores, responsáveis

diretos pelos sistemas em questão, observou-se um bom perfil de escolaridade, com

90% dos profissionais apresentando nível superior e 50% com pós-graduação em sua

área de atuação. Os coordenadores dos PACS/PSF, que alimentam o SIAB, informaram

maior experiência em sua área de atuação, com 1 00% apresentando dois ou mais anos.

Os da epidemiologia, que alimentam o SINASC, apresentaram apenas 60%. Em relação

ao conhecimento das rotinas do SIAB e do SINASC, todos os entrevistados afirmaram

conhecer a rotina do sistema que opera e apenas 1 0% desconhecem o outro sistema em

questão.

Page 5: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

~'

--._,

SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO

1.1. Os Sistemas de Informação em Saúde

1.1.1. Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e o Programa

Saúde da Família (PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde

(PACS)

Pág.

05

06

09

1.1.1.1. Os Programas Saúde da Família (PSF) e de Agentes 09

Comunitários de Saúde (P ACS)

1.1.1.2. O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)

1.1.2 Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)

2. JUSTIFICATIVA

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

3.2. Objetivos Específicos

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 Tipo de Estudo

4.2 Área de Estudo

4.3 População de Estudo e Período de Referência

4.4 Variáveis de Estudo

4.5 Fonte de Dados

4.6 Análise dos Dados

4. 7 Aspectos Éticos

5. RESULTADOS

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

7. CRONOGRAMA

B.RECURSOS NECESSÁRIOS

9.EQUIPE

1 O. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

10

13

16

17

17

17

18

18

18

19

19

19

19

19

20

23

24

25

26

27

Page 6: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

L INTRODUÇÃO

O número de nascidos vivos constitui relevante informação para o campo da

saúde pública, pois possibilita a constituição de indicadores voltados para a avaliação de

riscos à saúde do segmento materno infantil, a exemplo dos coeficientes de mortalidade

infantil e materna, nos quais representa o denominador. Antes da implantação do

Sistema de Informação sobre nascidos vivos (SINASC), em 1990, esta informação só

era conhecida no Brasil por estimativas realizadas a partir da informação censitária.

Atualmente, são disponibilizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério

da Saúde, no site www.datasus.gov.br, dados do SINASC referentes aos anos de 1994

em diante. Entretanto, até o presente momento, só pode ser utilizado como denominador

no calculo de alguns indicadores em regiões onde sua cobertura é ampla, substituindo,

deste modo, as estimativas censitárias (Manual SINASC-2001).

É sabida a ocorrência de uma proporção razoável de subnotificação de

nascimentos, estimada em até 35% para alguns estados, em 1999, particularmente nas

regiões Norte e Nordeste, motivo que levou as áreas responsáveis pelas estatísticas

vitais a realizarem uma busca ativa nas unidades emissoras de declarações de

nascimentos (DN). Entretanto, nesse mesmo período, a captação de nascimentos pelo

SINASC encontrava-se igual ou superior a 1 00% em relação às estimativas

demográficas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Tais dados revelam progressiva

melhoria de cobertura desse sistema, o que favorece sua utilização como fonte de dados

para a confecção de alguns indicadores.

Visando solucionar, ou ao menos m1mm1zar a subnotificação, alguns

investimentos foram feitos no setor, culminando com a promulgação da lei n° 9.534, de

dezembro de 1997, que libera de quaisquer ônus os registros de nascimentos vivos e de

óbitos no país, bem como suas respectivas certidões (BRASIL, 1997a).

Com a implantação de programas especiais pelo Ministério da Saúde, a exemplo

do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (P ACS) e do Programa Saúde da

Família (PSF), abrem-se novas perspectivas para se gerarem informações em nível

local, que independa da declaração de nascimento e de seu respectivo Registro Civil.

O P ACS e o PSF são caracterizados pelo preparo de pessoas da própria

comunidade, os agentes comunitários de saúde, para transmitir informações básicas de

saúde à população e oferecer tratamento primário. Ambos os programas prevêem um

cadastramento de famílias numa área delimitada, com levantamento de dados

5

Page 7: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

I

{~t".'1~ .... ····.:•,,· 1} •r;

demográficos, socioeconômicos, culturais, relativos ao meio ambiente, bem como os.g · I '"r f

referentes à mortalidade, nascimento e morbidade. Com relação especificamente aosJ . :~·::·.c ~-:rj,;;~--~,>·:·-:-· .·;~ .. ;,\ \ : -~:~ .:, . -.~,.,,,: ~~:;

eventos vitais, nascimentos e óbitos passam a ser conhecidos localmente em sua quase

totalidade, dependendo das coberturas do PSF e do P ACS em cada região.

Alguns autores já atestam que o contato direto dos membros das equipes de

saúde da família com a comunidade, principalmente os agentes comunitários de saúde,

constitui-se, ao menos nos municípios menores e mais afastados dos grandes centros,

em uma excelente fonte de informações sobre os eventos vitais (MELO JORGE e

GOTLIEB, 2001).

Em relação aos eventos vitais, são identificados dois grandes grupos de

atividades que os profissionais do P ASC/PSF podem realizar: a notificação rotineira dos

nascimentos e das mortes, com ênfase para os óbitos em menores de um ano e em

mulheres de 1 O a 49 anos (em idade fértil) (BRASIL, 2001 ).

Assim, pretende-se conhecer a qualidade das informações sobre nascidos vivos

que o PSF e o P ACS, através do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB),

apresentam em relação ao SINASC, no tocante aos nascimentos ocorridos em

municípios presentes na 111 Regional de Saúde do Estado de Pernambuco que, entre os

anos de 2003 a 2006, apresentaram 100% de cobertura de PACS/PSF, utilizando-se

cruzamento dos bancos de dados destes dois sistemas.

1.1. Os Sistemas de Informação em Saúde

A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único de Saúde

(SUS), a temática dos sistemas de informação em saúde tem sido colocada em

evidência. Na área da saúde é cada vez mais intenso o debate quanto ao papel da

informação como elemento estratégico para a gestão e o seu uso pela epidemiologia.

A definição do sistema de informação em saúde da Organização Mundial de

Saúde (OMS) e da Organização Pau-Americana de Saúde (OP AS) é a de que se refere a

um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos

de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna

para implementar processos de decisões no sistema de saúde. Seu propósito é selecionar

dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam,

financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde (FERREIRA, 2000).

6

Page 8: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

~,

\

\

\

\

A informação em saúde é aquela produzida com o objetivo de identificar

problemas individuais e coletivos do quadro sanitário de uma população, propiciando

elementos para a análise da situação encontrada e subsidiando a busca de possíveis

alternativas de encaminhamento. Envolve tanto aquelas relativas ao processo

saúde/doença, quanto as de caráter administrativo, todas essenciais à tomada de decisão.

O sistema de informação em saúde, por sua vez, é um instrumento para adquirir,

organizar e analisar dados necessários a definição de problemas riscos para a saúde,

avaliar a eficácia e eficiência das ações e serviços, bem como a influencia que os

serviços prestados possam ter no estado de saúde da população, além de contribuir para

a produção de conhecimento acerca da saúde e dos assuntos a ela ligados (BRANCO,

2000).

Segundo texto da Portaria Ministerial n° 03 de 04/01/96, a finalidade do sistema

de informação em saúde é ser um instrumento para o processo de tomada de decisões ,

seja na dimensão técnica, seja na dimensão de políticas a serem formuladas e

implementadas. O sistema deve ser concebido como produtor de conhecimentos e como

descritor de uma realidade (FERREIRA, 2000).

Os sistemas de informações em saúde podem ser classificados em operacionais,

que geram informações sobre atividades de rotina, utilizando mecanismos pré­

estabelecidos, testados e normatizados para os processos de coleta de dados,

processando a disseminação da informação; e gerenciais que geram informações

voltadas para uma avaliação permanente dos dados que estão sendo gerados e do

resultado obtido sobre a situação de saúde (FIOCRUZ ET AL., 1998).

A implantação e consolidação de alguns sistemas nacionais de informações em

saúde, a exemplo do SINASC, do sistema de informação sobre mortalidade (SIM),

sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) e sistema de informação

hospitalar (SIH/SUS), vem a colaborar com uma perspectiva política e gerencial para a

epidemiologia (BRASIL, 1998 apud BRASIL, 2002). Os sistemas de informações em

saúde de abrangência nacional estão estruturados ou na racionalidade epidemiológica

(SIM, SINASC, SINAN) ou na racionalidade de produção de serviços (SIH/SUS e

produção ambulatorial- sistema de informação ambulatorial SIA/SUS).

Com a maior difusão da informática, os gestores vêm estruturando sistemas

complementares, cuja racionalidade é de monitorização de programas, como por

exemplo, o do Programa Nacional de Imunização- PNI, de Agentes Comunitários de

Saúde - SIP ACS, o de Saúde da Família - SIAB e de Vigilância Nutricional -

7

Page 9: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

~,

'.,/lt"1ft SISVAN; além dos administrativos (recursos materiais e financeiros e recursos rl ~

humanos) (BRASIL, 1997b ). j ; ·, ~ ~ : :11

Entre os sistemas de informações gerenciados pelo Ministério da Saúde, apenas 5:"'·"'"' :c c~_,:.: .• _,o,.!~

o SINAN foi estruturado para subsidiar as ações de vigilância epidemiológica. O

SIH/SUS, o SIM e o SINASC, embora estruturados na lógica da avaliação, do controle

da produção e da analise da situação de saúde (SIM e SINASC), podem ser utilizados

também para a vigilância epidemiológica (CARVALHO, 1997).

É preciso lembrar que as lógicas dos sistemas de informações gerenciais e

epidemiológicas são distintas. Nos sistemas de informações epidemiológicas a base de

coleta de dados é a população e as informações serão mais fidedignas e de melhor

qualidade quanto maior for sua cobertura e quanto mais detalhados forem os dados para

a descrição dos eventos (nascimentos, óbitos, doenças e agravos) (ALMEIDA, 1995).

Essa dicotomia das informações epidemiológicas e de gerenciamento tem razões

históricas, estando relacionadas à forma de organização dos serviços de saúde no país.

Os sistemas de informações em saúde produzem um grande volume de dados que, no

entanto, são coletados, tratados e organizados sob diferentes lógicas, como resultado da

atividade compartimentalizada das instituições que atuam no setor saúde. Mesmo com a

criação do SUS, e a unificação das antigas instituições existentes, ainda não está

totalmente consolidado um sistema de informação articulado. Também se faz necessária

a democratização das informações em saúde, pois enquanto os dados estiverem

disponíveis apenas para poucos técnicos envolvidos com os sistemas, não haverá uma

demanda tão forte para que haja uma compatibilização dos mesmos. A possibilidade do

uso articulado de informações extraídas a partir de diversas bases de dados, permite uma

aproximação mais globalizante e integral das reais condições de vida, doença e morte da

população (ABRASCO, 1997).

Atualmente, dos Sistemas Nacionais de Informações em Saúde coordenados

pelo Ministério da Saúde, o SINASC, SIM e SINAN estão sob a gestão da Secretaria de

Vigilância em Saúde, que incorporou o antigo Centro Nacional de Epidemiologia

(CENEPI) da Fundação Nacional de Saúde, enquanto que o SIA/SUS e o SIH/SUS

estão sob a gestão da Secretaria de Atenção a Saúde. O departamento de informática do

SUS (DATASUS) da Secretaria Executiva é responsável pelo desenvolvimento de

tecnologias de informação, pelo suporte gerencial dos sistemas e consolidação e

divulgação das principais bases de dados da saúde (MOTA & CARVALHO, 1999).

8

Page 10: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

'"'·

\

\

Nas disposições legais hoje vigentes no setor saúde, há a determinação da

descentralização e da participação popular. Portanto, os municípios são reconhecidos

como entes autônomos que devem responsabilizar-se pelo planejamento, organização,

controle e avaliação das ações e serviços. Para tanto, a produção, gerenciamento e

divulgação de informações são elementos estratégicos que podem servir tanto para o

fortalecimento dos objetivos e ações estatais quanto para a eficácia e oportunidade das

ações de controle social (BRANCO, 2000). Com a municipalização dos sistemas de

informações, percebe-se a necessidade de adequá-lo ao modelo de atenção à saúde do

município, inserindo novas variáveis e estruturando sistemas complementares

(FIOCRUZ ET AL., 1998).

1.1.1 - Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e os programas Saúde da

Família (PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde (P ACS)

1.1.1.1 - O Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes

Comunitários de Saúde (P ACS)

A constituição federal de 1998 definiu como princípios do SUS: universalidade,

integralidade, descentralização, hierarquização e participação popular. Estes princípios

ainda não foram atingidos em sua plenitude, mas importantes avanços foram obtidos

nos últimos anos (PAIM, 1999).

Entra as iniciativas de destaque está a criação do PSF - um modelo criado para

substituir o modelo tradicional centrado no hospital e possibilitar o acesso igualitário de

todos aos serviços de saúde. O PSF visa o principio da vigilância à saúde, que prioriza

as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde de forma integral e continua.

Para isso, o Programa centraliza os esforços do seu trabalho nas unidades básicas de

saúde e na comunidade, sendo capaz de resolver, com qualidade, cerca de 85% dos

problemas de saúde da população, diminuindo o fluxo dos usuários para os níveis mais

especializados (BRASIL, 2004).

A estratégia do PSF foi iniciada em junho de 1991 com a implantação do PACS.

Em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras equipes de Saúde da Família,

incorporando e ampliando a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (BRASIL,

2002).

9

Page 11: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

\

\

\

\

\

\

\

\

\

\

O P ACS foi inspirado em experiências de prevenção de doenças por meio de

informações e de orientações sobre cuidados de saúde. O desenvolvimento de suas

principais ações se dá por meio dos agentes comunitários de saúde, pessoas escolhidas

dentro da própria comunidade para atuarem junto à população. Tais profissionais

deverão desenvolver ações educativas individuais e coletivas, nos domicílios e na

comunidade, sob supervisão de profissionais de saúde como o médico, o enfermeiro e o

odontólogo. Atualmente, o P ACS é compreendido como estratégia transitória para o

PSF (BRASIL, 2000c ).

Atualmente, em todo o país, estão em atividade 184.934 agentes comunitários de

saúde (ACS), 19.182 equipes de saúde da família (ESF) e 6.367 equipes de saúde bucal

(ESB). Este contingente de ACS é responsável pelo acompanhamento de 94.665.805

pessoas (54,2% da população brasileira). As ESF cobrem 62.685.065 pessoas (35,9% da

população brasileira) e as ESB cobrem 36.494.006 pessoas (20,9% de cobertura da

população brasileira em ações básicas de saúde bucal) (BRASIL, 2007).

O processo de expansão do PSF em todo o país se dá por dois motivos: foi

adotado, pelo Ministério, como modelo estruturante da atenção básica no país, e os

gestores municipais chegaram a um consenso de que o atendimento básico em saúde é a

proposta ideal para o modelo de atenção proposto pelo SUS (BRASIL, 2000c;

CONILL, 2002).

Inicialmente considerado como um programa, o Saúde da Família é alçado à

condição de estratégia para reorientação do modelo de atenção à saúde, passando a ser

guiada pelos princípios de uma política de atenção básica. Segundo Conill (2002), a

partir da interação positiva do Programa com o processo de descentralização do SUS,

este vem contribuindo para a organização de conselhos e fundos municipais de saúde,

bem como evidenciado dificuldades no pagamento por procedimentos, contribuindo

para regulamentar a remuneração por ações, através de um piso per capta e de

incentivos específicos.

1.1.1.2 - O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)

O acompanhamento das ações e os resultados das atividades realizadas pelas

equipes do P ACS/PSF são monitorados pelo Sistema de Informação de Atenção Básica

(SIAB), que foi implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do

Programa de Agentes Comunitários de Saúde- SIPACS (BRASIL, 2004).

10

Page 12: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

O processo de construção do SIAB foi respaldado em experiências concretas,

como a do P ACS (SIP ACS), do Sistema de Informação Ambulatorial - SIA/SUS, e em

todo processo de redefinição das bases operacionais dos sistemas de informações da

rede básica do SUS, orientados pela NOB 96. Nesse sentido, ele aprofunda e aprimora

pontos, fundamentais do SIPACS, mantendo a lógica central de seu funcionamento,

permanecendo como um sistema de informação que tem por referencia uma

determinada base populacional, e ampliando o leque de dados, com novos instrumentos

de coleta e consolidação, a serem utilizados por toda equipe de saúde da unidade básica

(BRASIL, 1998).

O SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de

Saúde e mcorporou em sua formulação conceitos como território, problema e

responsabilidade sanitária, completamente inserido no contexto de reorganização do

SUS no país, o que fez com que assumisse características distintas dos demais sistemas

existentes. Tais características significaram avanços concretos no campo da informação

em saúde. Dentre eles, destacamos: micro-espacialização de problemas de saúde e de

avaliação de intervenções; utilização mais ágil e oportuna da informação; produção de

indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde, a partir da

identificação de problemas e consolidação progressiva da informação, partindo de

níveis menos agregados para mais agregados (BRASIL, 2004).

Para o correto funcionamento do Sistema, é necessário o conhecimento e a

definição de certos conceitos básicos por parte do município, como: o modelo de

atenção adotado pelo município (PACS, PSF, demanda espontânea ou outros); família e

domicilio; peridomincílio; anexos do domicilio; microárea; área e segmento territorial.

A partir destes conceitos territoriais e de unidades de observação, tem-se a possibilidade

de construção de indicadores populacionais referentes às áreas de abrangência do

Programa, agregadas em diversos níveis. Através do SIAB, pode-se conhecer a

realidade sócio-sanitária da população acompanhada em cada micro-área de

abrangência (território sob responsabilidade de um ACS), avaliar a adequação dos

serviços oferecidos, readequando-os quando necessário, e melhorar a qualidade dos

serviços de saúde (BRASIL 2000b; 2004).

Os dados do SIAB são recolhidos através de fichas de cadastramento e de

acompanhamento e analisados a partir de relatórios de consolidação. São instrumentos

de coleta de dados: Ficha A (cadastramento das famílias); Ficha B-GES

(acompanhamento de gestantes); Ficha B-HA (acompanhamento de hipertensos); Ficha

11

Page 13: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

'· \

B-DIA (acompanhamento de diabéticos); Ficha B-TB (acompanhamento de pacientes

com tuberculose); Ficha B-HAN (acompanhamento de pacientes com hanseníase);

Ficha C (Cartão da criança - acompanhamento de criança); Ficha D (registro de

atividades, procedimentos e notificações). São instrumentos de consolidação dos dados:

Relatórios A1, A2, A3, A4 (relatórios anuais das famílias cadastradas); Relatórios SSA2

e SSA4 (relatórios de produção e marcadores para avaliação) (BRASIL, 2000b).

Os limites do SIAB estão relacionados principalmente à realização de analises

que requerem a individualização dos dados, às restrições relacionadas ao fato de só

abrangerem unidades básicas de saúde onde atuam equipes de saúde da família, a

problemas de natureza tecnológica do sistema informatizado e ao fato de apresentar um

elenco muito extenso de variáveis a serem coletadas e formulários a serem preenchidos

(BRASIL, 2004).

Com relação a esta ultima questão, vale ressaltar que este não é um problema

especifico do SIAB, mas reflexo da organização histórica do próprio sistema de saúde e

de seus efeitos sobre os sistemas de informação. A multiplicidade de formulários a

serem preenchidos nas unidades de saúde para atender às demandas dos diferentes

sistemas, a inexistência de uma cultura institucional de análise e a pouca qualificação

dos profissionais de saúde no manejo de informações, tem implicado na pouca

utilização de dados pelos diferentes níveis do sistema, criando uma enorme contradição

na medida em que o esforço de produção da informação em saúde se sustenta na

possibilidade de sua efetiva utilização para o conhecimento da realidade e para o

processo de decisão.

Ao analisar o processo de implantação do SIAB no país em 2000, a Secretaria de

Atenção à Saúde do Ministério da Saúde pôde constatar que um terço dos municípios

que utilizam o sistema tem algum tipo de dificuldade para operacionalizá-lo. Os

principais problemas foram: dificuldades relacionadas à operação do sistema (21% dos

municípios); falta de recursos humanos capacitados (19%) e dificuldade para realização

de análise das informações (15%) (BRASIL, 2000b).

Desde o ano de 200 1, levando-se em conta os limites do SIAB acima

relacionados, bem como a necessidade de racionalizar a coleta de dados no nível local e

o numero de sistemas e aplicativos, o Ministério da Saúde vem trabalhando na

perspectiva de disponibilizar um sistema de informação que amplie seu escopo e

extrapole os limites do PACS/PSF. Ampliando o conceito da atenção básica e das

atribuições desse nível de atenção, atualmente vem elegendo o que seria objeto de

12

Page 14: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

monitoramento a ser contemplado pelo sistema, de acordo também com a Política de

Informação e Informática para o SUS. As discussões avançam no sentido do SIAB

incorporar as variáveis e indicadores essenciais para o monitoramento da atenção básica

do SIS-PRÉNATAL, SIS-HIPERDIA (hipertensos e diabéticos), SIA/SUS e Sistema

Bolsa-Alimentação, além da integração com os sistemas do Cartão Nacional de Saúde,

do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Cadastro Nacional de

Usuários e Domicílios (CADSUS) (BRASIL, 2004).

1.1.2- Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)

O SINASC tem como instrumento padronizado de coleta de dados a declaração

de nascidos vivos (DN), cuja emissão, a exemplo da declaração de óbito (DO), é de

competência exclusiva do Ministério da Saúde. Tanto a emissão da DN como o seu

registro em cartório serão realizados no município de ocorrência do nascimento. Deve

ser preenchida nos hospitais ou em outras instituições de saúde que realizam partos, e

nos Cartórios de Registro Civil, na presença de duas testemunhas, quando o nascimento

ocorre em domicilio sem assistência de profissional de saúde. Desde 1992, sua

implantação ocorre de forma gradual, apresentando atualmente, em muitos municípios,

um volume maior de registros do que os publicados nos anuários do IBGE, com base

nos dados dos Cartórios de Registro Civil (BRASIL, 2004).

A DN deve ser preenchida para todos os nascidos vivos no país, o que, segundo

conceito definido pela Organização Mundial de Saúde, corresponde a "todo produto da

concepção que, independentemente do tempo de gestação ou peso ao nascer, depois de

expulso ou extraído do corpo da mãe, respire ou apresente outro sinal de vida tal como

batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos

de contração voluntária, estando ou não desprendida a placenta". A obrigatoriedade

deste registro é também dada pela lei n° 6.015/73. No caso de gravidez múltipla, deve

ser preenchida uma DN para cada criança nascida viva (BRASIL, 2004).

Igualmente à DO, os formulários da DN são pré-numerados, impressos em três

vias coloridas e distribuídos às secretarias estaduais de saúde pela Secretaria de

Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. As secretarias estaduais de saúde

encarregavam-se, até recentemente, de sua distribuição aos estabelecimentos de saúde e

cartórios. Apesar da preconização de que as secretarias municipais de saúde devem

13

Page 15: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

assumir esse cargo, isto ainda não esta acontecendo em todo território nacional

(BRASIL, 2004).

Nos partos ocorridos em estabelecimentos de saúde, a primeira via (branca) da

DN preehchida será para a Secretaria Municipal de Saúde; a segunda (amarela) deverá

ser entregue ao responsável pela criança, para a obtenção da Certidão de Nascimento no

Cartório. de Registro Civil, onde ficará retida; a terceira (rosa) será arquivada no

prontuário da puérpera. Para os partos domiciliares com assistência médica, a primeira

via deverá ser enviada para a Secretaria Municipal de Saúde e a segunda e a terceira

vias entregues ao responsável, que utilizará a segunda via para registro do nascimento

em cartório e a terceira para apresentação em unidade de saúde onde realizar a primeira

consulta da criança. Nos partos domiciliares sem assistência médica, a DN será

preenchida no Cartório de Registro Civil, que reterá a primeira via, a ser recolhida pela

Secretaria Municipal de Saúde, e a segunda para seus arquivos. A terceira via será

entregue ao responsável, que a destinará à unidade de saúde do primeiro atendimento da

criança (BRASIL, 2004).

Também nesses casos as primeiras vias da DN deverão ser recolhidas ativamente

pelas secretarias municipais de saúde, que após digitá-las envia o consolidado para as

Secretarias Estaduais de Saúde, onde os dados são processados e distribuídos segundo o

município de residência e, a seguir, enviados para o Ministério da Saúde, que os

reagrupa por estados de residência, sendo disponibilizados pela Secretaria de Vigilância

em Saúde através do site www.datasus.gov.br e em CD-ROM. Em todos os níveis do

sistema, os dados deverão ser criticados. As criticas realizadas visam detectar possíveis

erros de preenchimento da DN ou da digitação de dados. Sua validação é feita pelo

cruzamento de variáveis para verificação de consistência, como, por exemplo, o peso do

bebê com o tempo de gestação ou a idade da mãe com a paridade (BRASIL, 2004).

A utilização dos dados deste sistema para o planejamento e tomadas de decisões

nas três esferas de governo ainda é incipiente, sendo empregado na maioria das vezes

como denominador para o cálculo de taxas como as de mortalidade infantil e materna.

Apesar disto, alguns indicadores vêem sendo propostos - a grande maioria voltada à

avaliação de risco da mortalidade infantil e a qualidade da rede de atenção à gravidez e

ao parto (BRASIL, 2004).

Contudo, são vários os indicadores de interesse para atenção à saúde materno­

infantil, sendo imprescindíveis as informações contidas na DN: proporção de nascidos

vivos de baixo peso; proporção de nascimentos prematuros; proporção de partos

14

Page 16: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

hospitalares; proporção de nascidos vivos por faixa etária da mãe; valores do índice

Apgar (l) no primeiro e no quinto minutos; número de consultas pré-natal realizadas

para cada nascido vivo; dentre outros. Além desses, podem ainda ser calculados

indicadores clássicos voltados à caracterização geral de uma população, como a taxa

bruta de natalidade e a taxa de fecundidade geral (BRASIL, 2004).

(1) Índice de avaliação dos recém-nascidos, usando critérios respiratórios, circulatórios e neurológicos, que permitem notas de zero

a dez.

15

Page 17: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

-----.,

---..,

2. JUSTIFICATIVA

O número de nascidos vivos constitui relevante informação para o campo da

saúde pública, pois possibilita a constituição de indicadores voltados para avaliação de

riscos à saúde do segmento matemo-infantil, a exemplo das taxas de mortalidade

infantil e materna.

Alguns sistemas de informação em saúde são usados como fontes para obtenção

do número de nascidos vivos de uma determinada localidade, num período fixado, que

permite uma avaliação epidemiológica situacional e tomadas de decisões de ordem

gestora.

Segundo o manual sobre SIM e SINASC para os profissionais do Programa

Saúde da Família (BRASIL, 2004), estes sistemas vêm ultimamente se aperfeiçoando, e

seus ganhos estão relacionados à cobertura e à qualidade dos dados. No entanto, a

necessidade de contar com informações capazes de subsidiar o conhecimento da

situação de saúde e a adoção de medidas por parte dos gestores do SUS e dos

profissionais de saúde impõe a criação de estratégias que possibilitem acelerar o

processo de consolidação dos sistemas de informações em saúde, sobretudo nas áreas

que apresentam deficiências na cobertura e na qualidade dos dados.

O cruzamento dos bancos de dados do SIAB com o SINASC vem revelando

significativa disparidade, deixando em aberto a consistência das informações. Conforme

o que preconiza a Programação Pactuada Integrada da Vigilância em Saúde (PPI-VS) de

2006, o SINASC e o SIAB, devem estar relacionados entre si, para uma adequada

cobertura de nascimentos, o que torna possível de encontrar diferenças de detecção de

nascimentos entre esses sistemas.

Segundo Mello et al (200 1 ), no Brasil, a subenumeração dos dados do SINAS C

é fato reconhecido. A atual ampliação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde

(P ACS), que gera dados para o SIAB, fornece a oportunidade de avaliar sua

contribuição para sanar parcial ou totalmente as deficiências de cobertura do SINASC.

Porém, nota-se que poucos profissionais de saúde que compõem as equipes do

P ACS/PSF conhecem a operacionalização destes sistemas de informação, o que

repercute na deficiência da alimentação do banco de dados do SIAB, constituindo assim

um entrave em sua utilização para a construção de um perfil epidemiológico.

16

Page 18: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

~,

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

• Avaliar a consistência das informações sobre natalidade fornecidas pelo Sistema

de Informação da Atenção Básica (SIAB), em municípios da III Gerência

Regional de Saúde de Pernambuco, com 100% de cobertura pelos Programas

Saúde da

Família (PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde (P ACS), no período de 2003

a2006.

3.2. Objetivos Específicos

• Identificar como os municípios estudados procedem à captação e o registro

sobre natalidade para o SIAB e o SINASC;

• Identificar os principais problemas na captação de dados sobre nascidos vivos

para os bancos de dados do SIAB e do SINASC, nos municípios estudados;

• Analisar as diferenças entre os dados de natalidade do SIAB e do SINASC, nos

municípios estudados, no período de 2003 a 2006;

• Avaliar a qualidade das informações de natalidade registradas no SIAB com

relação ao SINASC, nos municípios estudados, no período de 2003 a 2006.

17

Page 19: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1. Tipo de Estudo: estudo descritivo exploratório de natureza qualitativa sobre a

qualidade na alimentação dos dados dos sistemas SIAB e SINASC nos municípios da

III Gerência Regional de Saúde de Pernambuco (III GERES - PE) que possuem 100%

de cobertura de PACS/PSF, utilizando questionário (anexo 1). Para avaliação do banco

de dados do SIAB sobre natalidade nos municípios estudados, foi realizado um estudo

epidemiológico descritivo de corte transversal, nos anos de 2003 a 2006 na III Gerência

Regional de Saúde. Posteriormente, realizou-se uma avaliação diagnóstica para análise

da qualidade dos dados do SIAB em relação ao SINASC, através do cruzamento dos

dados obtidos nesses sistemas.

4.2. Área de Estudo: Municípios que possuem 100% de cobertura do PACS e PSF,

localizados na III Gerência Regional de Saúde do Estado de Pernambuco (III GERES­

PE), entre os anos de 2003 a 2006.

O Estado de Pernambuco possui 184 municípios e 1 Distrito (Ilha de Fernando

de Noronha), e encontra-se dividido em 11 (onze) Gerencias Regionais de Saúde, a III

GERES encontra-se localizada na Zona da Mata Meridional do Estado de Pernambuco,

onde estão sob sua jurisdição 22 municípios, com uma população geral de 537.738

habitantes (estimativa IBGE - 2006). Sua sede situa-se no município de Palmares, único

em Gestão Plena de Saúde na III GERES. A principal economia da região é a

agricultura (cultivo da cana-de-açúcar), seguida por funcionalismo público e comércio

informal. Do total de sua população, 55,18% são alfabetizados, 64,78% residem na zona

urbana, 50,22% são do sexo feminino e 62,43% das mulheres se encontram em idade

fértil, de 1 O a 49 anos de idade (DAT ASUS - 2000). Dentre os 22 municípios da III

GERES - PE, 5 possuíam, entre os anos de 2003 e 2006, 100% de cobertura por

PACS/PSF, o que representou, em 2006, 133.760 habitantes (24,87% da população da

III GERES) (anexo 2). Os municípios selecionados com suas respectivas populações

(IBGE, 2006) foram: Barreiros, com 38.082 habitantes; Belém de Maria, com 9.460

habitantes; Joaquim Nabuco, com uma população de 16.090 habitantes; São José da

Coroa Grande, possuindo uma população de 15.773 habitantes; municípios em Gestão

Plena da Atenção Básica; Palmares, com 54.355 habitantes, em Gestão Plena da Saúde.

18

Page 20: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

"""'I

4.3. População de Estudo e Período de Referência: a população de estudo foi

formada pelo número de nascidos vivos registrados nos sistemas de informação

SINAS C e SIAB, nos 5 municípios da III GERES - PE que apresentaram 100% de

cobertura de P ACS/PSF nos anos de 2003 a 2006 e coordenadores-técnicos

responsáveis pela alimentação do SIAB e do SINASC destes municípios.

4.4. Variáveis de Estudo: para a comparação dos bancos de dados, consideraram-se as

variáveis ano de nascimento e município de residência; para análise da qualidade dos

bancos de dados, a qualificação do profissional responsável pelos sistemas de

informações SIAB e/ou SINAS C nos municípios estudados (especialização, tempo de

experiência) e as formas de análise e de utilização destes bancos de dados.

4.5. Fonte de dados: a coleta dos dados se deu a partir da aplicação de questionários,

respondidos pelos coordenadores-técnicos responsáveis pela alimentação do SIAB e do

SINASC e do levantamento dos bancos de dados, destes sistemas através do Ministério

da Saúde, de 2003 a 2006, sobre nascidos vivos por município de residência, nos 05

municípios selecionados da III GERES/PE.

4.6. Análise dos Dados: inicialmente foi realizado o cruzamento dos bancos de dados

do SIAB e do SINASC para análise da real consistência que o primeiro possui quando

fornece dados sobre número de nascidos vivos, quando comparado ao segundo (sistema

de referência do Ministério da Saúde para essa informação, que tem respaldo na coleta e

busca ativa das Declarações de Nascidos Vivos). Os questionários forneceram o perfil

dos coordenadores diretos dos dois sistemas de informação relacionados, bem como

sobre a alimentação e utilização das informações, onde foram identificadas suas ações,

questões positivas na utilização dos sistemas e as principais dificuldades.

4.7. Aspectos Éticos: a pesquisa utilizou dados secundários do Ministério da Saúde

disponibilizados pela III Gerência Regional de Saúde do Estado de Pernambuco e dados

primários provenientes dos questionários aplicados, onde foi mantido o anonimato dos

sujeitos selecionados, bem como o sigilo dos dados. O protocolo foi realizado dentro

dos padrões de ética estabelecidos pela resolução n° 196/06 do Conselho de Ética, e o

acesso às informações dos bancos de dados analisados foi disponibilizado por carta de

anuência.

19

Page 21: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

?\

/"'-, \

5. RESULTADOS

Os resultados obtidos pelo cruzamento dos dois sistemas analisados, (tabela 1),

mostraram significativa melhora dos dados fornecidos pelo Sistema de Informação da

Atenção Básica (SIAB) em relação ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos

(SINASC), durante o período estudado, passando de uma razão entre o número de

nascidos vivos SIAB/SINASC de 0,69 para 1,02, observando-se uma inversão dos

dados em quatro dos cinco municípios estudados, em que o SIAB apresentou maior

número de nascidos vivos.

Tabela 1.

Freqüência e razão de nascidos vivos capitados pelo SIAB em relação ao SINASC

dos municípios com 100% de cobertura pelos programas de Agentes Comunitários

de Saúde (P ACS) e de Saúde da Família (PSF) - 111 Gerência Regional de Saúde -

PE, 2003 a 2006

MUNICIPIOS 2003 2004 2005 2006 SIAB SINASC Razão SIAB SINAS C Razão SIAB SINASC Razão SIAB SINASC

Barreiros 586 943 0,62 557 866 0,64 627 900 0,70 582 609 Belém de 196 215 0,91 139 185 0,75 159 175 0,91 178 144 Maria J. Nabuco 257 340 0,76 256 343 0,75 283 333 0,85 274 266 Palmares 794 1250 0,64 768 1318 0,58 816 1190 0,69 942 908 São José C. 309 359 0,86 280 365 0,77 342 397 0,86 325 318 G. TOTAL 2142 3107 0,69 2000 3077 0,65 2227 2995 0,74 2301 2245 FONTE: SIAB/SINASC/SVS/MS

Analisando os questionários respondidos pelos coordenadores, responsáveis

diretos pelos sistemas em questão, observaram-se um bom perfil de escolaridade

(Tabela 2), com 90% dos profissionais apresentando nível superior e 50% com pós­

graduação em sua área de atuação.

Tabela 2.

Freqüência e percentual dos coordenadores dos programas de Agentes

Comunitários de Saúde (P ACS), de Saúde da Família (PSF) e de epidemiologia,

segundo graduação e pós-graduação nos municípios com 100% de cobertura por

PACS/PSF. 111 Gerência Regional de Saúde- PE, 2003 a 2006

20

Razão

0,96 1,24

1,03 1,04 1,02

1,02

Page 22: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

' ' raduação (PAC F)

Os coordenadores dos P ACS/PSF, que alimentam o SIAB, informaram maior

experiência em sua área de atuação, com 1 00% apresentando dois ou mais anos. Em

relação aos da epidemiologia, que alimentam o SINASC, este percentual foi de 60%.

Tabela 3.

Freqüência e percentual dos coordenadores dos programas de Agentes

Comunitários de Saúde (P ACS), de Saúde da Família (PSF) e de epidemiologia,

segundo tempo de atuação na área, nos municípios com 100% de cobertura por

P ACS/PSF - 111 Gerência Regional de Saúde - PE, 2003 a 2006

Tempo de atuação < 2 anos 2 a< 4 anos 4 a< 6 anos 6 a< 8 anos 8a10anos

Tempo de atuação < 2 anos 2 a< 4 anos 4 a< 6 anos 6 a< 8 anos 8 a 10 anos

2 1 1 o 1

0,0 80,0 0,0

20,0 o

40,0 20,0 20,0 0,0

20,0

Todos afirmaram conhecer as rotinas de seus sistemas, preconizadas pelo

Ministério da Saúde, em relação ao SIAB e ao SINASC e apenas 10% desconhecem o

outro sistema em questão.

Foram apontados alguns fatores que interferem nas formas de detecção e registro

dos nascidos vivos, tanto para o SIAB, quanto para o SINASC, dentre eles:

• Áreas de difícil acesso (zonas rurais);

• Mães que parem em outros municípios e só retomam para suas residências após

o puerpério;

• Captação tardia por parte dos Agentes Comunitários de Saúde e pelos

profissionais das unidades de saúde da família;

21

Page 23: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

./""-\

• Falta de transporte para realizar busca ativa das Declarações de Nascimentos

(DN) nos cartórios, hospitais, maternidades e domicílios;

• Falta de sensibilização dos profissionais envolvidos para preenchimento

adequado dos dados.

Dos coordenadores dos sistemas em questão, apenas 40% informaram realizar

algum tipo de planejamento em sua área de atuação diante dos dados obtidos .

22

Page 24: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

/lr~,J\ ,'j ~

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS l~;: ;;A Ao longo do período analisado pelo presente trabalho, 2003 a 2006, o Sistema

de Informação da Atenção Básica, nos municípios com 100% de cobertura por

P ACS/PSF da III Gerência Regional de Saúde - PE mostrou significativa melhora na

captação dos dados sobre nascidos vivos, apresentando, no ano de 2006, satisfatória

qualidade das informações em relação ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos.

Para manter este desempenho ou melhor qualificá-lo, os autores sugerem

investimento na capacitação dos técnicos que os operam, com vistas a uma melhor

qualificação dos dados registrados. Também se faz necessário maior atenção dos

gestores quanto aos diagnósticos situacionais realizados pelos especialistas, utilizando­

os para o planejamento e avaliação das ações, bem como para divulgação e análise junto

aos profissionais de saúde, qualificando seu trabalho e melhorando a sensibilização

quanto a importância do mesmo, melhorando assim a captação dos dados.

23

Page 25: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

\

\

'\

\

\

\

\

\

\

\

\

7. CRONOGRAMA

ATIVIDADES

ABR MAl

Envio para o Comitê de Etica

Revisão Bibliográfica X X . :; ',

Estruturação do Banco de Dados

Aplicação de questionários

Análise dos Dados

Descrição dos Resultados e Discussão

Defesa

MES

JUN JUL AGO SET OUT

tt ;X····

X. • X··. x: I

I F··x I· ..

··-~?

k\•~i·' h ... I;V ~··~ :: '/

2{' ::·.-~':;

I ".r:., .:. . ..

24

Page 26: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

-~ 1

~.

\

\

'

\

\

8. RECURSOS NECESSÁRIOS

• Materiais

Material Valor Unitário

(R$)

Computador* 1.500,00

Cartucho preto 70,00

Cartucho colorido 90,00

Software Tabwin Gratuito

Software Terra view Gratuito

Resma de papel 12,00

Caneta 1,00

Confecção de banner 50,00

*Disponibilizados pela III GERES

Quantidade Valor Total

(R$)

1 1.500,00

1 70,00

1 90,00

1 Gratuito

1 Gratuito

1 12,00

4 4,00

1 50,00

25

Page 27: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

\

\

\

\

\

9.EQUIPE

Nome

Ana Rosa Falcão F. de Melo

Elídio Ferreira de Moura

Naíde Teodósio Valois Santos

Função

Aplicação de questionário

Estruturação do Banco de Dados

Análise dos Dados

Descrição dos Resultados e Discussão

Aplicação de questionário

Estruturação do Banco de Dados

Análise dos Dados

Descrição dos Resultados e Discussão

Orientadora

26

Page 28: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

\

\

10. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

'X 1. ALMEIDA, M.F. O uso de informações em saúde na gestação dos serviços.

Saúde e sociedade. 4 (1/2): 43-45, 1995.

if 2. ABRASCO. Compatibilização de bases de dados nacionais. Informe

epidemiológico do SUS, v.1, n.3,jul/set. 1997.

~ 3. BRANCO, M.A. Informação em saúde como elemento estratégico para a gestão.

Tema 6. Gestão Municipal de Saúde: textos básicos. P. 163-169. 2000.

4. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de procedimentos do sistema de

informação sobre nascido vivo. Brasília: 2001.

5. BRASIL Ministério da Saúde. Sistemas de informações (SIM e SIANASC) para

os profissionais do programa saúde da família. Brasília: 2004.

6. BRASIL Fundação Nacional de Saúde. Manual de instrução para o

preenchimento da declaração de nascido vivo. Brasília: 2000.

4. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Compatibilização de bases de dados nacionais. Informe

epidemiológico do SUS, Brasília, v. 6, n.3, p.25-33,jul/set. 1997.

8. BRASIL Ministério da Saúde. Informações em saúde (datasus). Nascidos vivos

-Pernambuco- III Regional de saúde. 2006.

9. BRASIL. Lei no 9534 de 10 de dezembro de 1997. Diário Oficial da União,

Brasília, v.135, n.240, p.24.440, 11 dez. 1997. Seção 1.

1 O. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação

de Saúde da Comunidade. SIAB - Manual do Sistema de Informação de

Atenção Básica. Brasília, 1998.

27

Page 29: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

,......_\

\

\

\

\

\

) ~ t1)), 4~ (f :i ( •J:.occ.cc,éé;, J ~

11. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Agentes Comunitários de Saúde -,~ !:li! ·L~ ~!' PACS. Brasília, out. 2000. 38p. 1 c~:.:\;i' .. ';~: ~'

e~~:::·::~,.::,~::J 12. BRASIL. Ministério da Saúde. Superando metas, expandindo horizontes.

Informe e Saúde. Ano IV, n.76. Segunda semana de setembro, 2000.

13. BRASIL. Ministério da Saúde. Modelo para o Brasil. Informe e Saúde. Ano IV,

n.65. Quinta semana de junho, 2000.

14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Política de Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Manual do Sistema de Informação da Atenção Básica. Brasília,

ago. 2000.

15. BRASIL. Ministério da Saúde. O que é PSF? Disponível em:

http//www.saude.gov.br. Acessado emjunho 2007.

-r< 16. CARVALHO, D.M. Grandes Sistemas Nacionais de Informação em Saúde:

revisão e discussão da situação atual. Informe Epidemiológico do SUS. Brasília,

v.5, n.4, out/nov., 1997.

x 17. FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Gestão

operacional de sistemas e de saúde, unidade 3. Sistemas de informação. Rio de

Janeiro: FIOCRUZ/UNB/ Finatec, mímeo.

'< 18. JORGE MELLO, M.H.P. de; GOTLIEB, S.L.D.; SOBOLL, M.L.M.S.;

ALMEIDA, M.F.de; LATORRE, M.doR.D.O. Avaliação do sistema de

informação sobre nascidos vivos e o uso de seus dados em epidemiologia e

estatísticas de saúde. Revista saúde pública, 27 (6supl.). São Paulo: 1993.

v 19. MOTA, Eduardo; CARVALHO, Déa Mara. Sistemas de Informação em Saúde.

In: ROUQUA YROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5.

ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. p. 505-521.

28

Page 30: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

..-'""\,

",

20. PAIM, J.S. A Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais. In: ROQUA YROL,

M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5. ed. Rio de Janeiro:

MEDSI, 1999. p. 473-488.

21. VIANA, A.L.D' A. et al. Mudanças significativas no processo de

descentralização do sistema de saúde no Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio

de Janeiro. 18 (suplemento): 139-151, 2002.

29

Page 31: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

\

\

ANEXO 1

QUESTIONÁRIO

DATA: I I ------

Município: _______ _ Regional de Saúde: __ _ Função: ____ _

1. NÍVEL SUPERIOR: SIM NÃO

2. PÓS-GRADUAÇÃO (NA ÁREA DE ATUAÇÃO): SIM ONDE? ------------------

3. TEMPO DE EXPERIÊNCIA NA FUNÇÃO QUE ATUA: < 2 anos 2 a < 4 anos 4 a < 6 anos 6 a < 8 anos

NÃO

8 a< 10 anos

4. CONHECE AS ROTINAS RECOMENDADAS PELOS MANUAIS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA CAPTAÇÃO DOS DADOS PARA O SIAB?

SIM NÃO obs. SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica)

5. CONHECE AS ROTINAS RECOMENDADAS PELOS MANUAIS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA CAPTAÇÃO DOS DADOS PARA O SINASC?

SIM NÃO obs. SINASC (Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos)

6. NA SUA OPINIÃO QUAIS F ATORES INTERFEREM NA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DOS BANCOS DE DADOS DO SIAB E SINASC?

7. NA SUA ROTINA DE TRABALHO, É FEITO O CRUZAMENTO DOS DADOS GERADOS NOS DIVERSOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO? SIM_ NÃO CITE ALGUNS:

8. EM SEU MUNICÍPIO OS DADOS DOS SISTEMAS SIAB E SINASC SÃO ANALISADOS? SIM NÃO COM QUE PERIODICIDADE? ESTA ANÁLISE É DIVULGAD_A_? __________________ __

DE QUE FORMA? _________________________________ _

9. EM SEU MUNICÍPIO É REALIZADO O PLANEJAMENTO DAS AÇÓES DE SAÚDE ATRAVÉS DA ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS?

SIM NÃO DESENVOLVA EM POUCAS PALAVRAS COMO É FEITO ESTE PLANEJAMENTO:

Contatos com os pesquisadores: fones - (81) 3662-1035 I Fax- (81) 3662-1330. e-mail: [email protected] I elidiomoura<âlhotmail.com

Page 32: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

'"""·

\

\

ANEX02

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO III GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE

UNIDADE TÉCNICA DE EPIDEMIOLOGIA A CO MP ANDAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Reconheço que participarei do estudo de pesquisa Qualidade das informações

oferecidas pelo SIAB em relação ao SINASC, realizada por Ana Rosa Falcão Ferreira de

Melo e Elidio Ferreira de Moura Filho, orientado pela Profa. Naíde Teodósio Valois Santos.

O objetivo deste estudo é avaliar a consistência das informações sobre natalidade fornecidas

pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), em municípios da III Gerencia

Regional de Saúde de Pernambuco com 100% de cobertura pelos Programas Saúde da Família

(PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde (P ACS), no período de 2003 a 2006.

Minha participação consiste em responder à questionário acerca de minha escolaridade

e das rotinas de trabalho, não implicando em quaisquer risco para minha pessoa. Essas

informações contribuirão para a melhoria da gestão dos sistemas de informação SIAB e

SINAS C.

Estou informado(a) da apresentação pública dos resultados desta pesquisa, sendo meu

nome ou qualquer outra forma de identificação mantidos em total sigilo. Minha participação é

voluntária e poderei deixar de participar a qualquer momento.

Qualquer esclarecimento será realizado através do contato com os pesquisadores Ana

Rosa Falcão F. de Melo e Elídio Ferreira de Moura, através dos endereços eletrônicos

[email protected] e [email protected], ou pelos telefones (81) 3662-1035

e (81) 3662-1330.

Assino o presente termo em 2 vias, ficando com a 1 a via e a 23 com o pesquisador

_______ , __ / __ / __ Nome e assinatura do participante

Ana Rosa Falcão Ferreira de Melo Pesquisadora

Contatos com os pesquisadores: fones- (8 I) 3662-I 035 I Fax- (8 I) 3662-1330. e-mail: [email protected] I elidiomouraCàlhotmail.com

Elídio Ferreira de Moura Filho Pesquisador

Page 33: {043•4) B2007D M257q · significativa melhora dos dados fornecidos pelo SIAB em relação ao SINASC, durante ... A partir de 1988, com o início da implantação do Sistema Único

_/- ' j ./ _y ' j / / j ' / _/ ./ ./ _.! ./ ./ J / J } J } J J J J J J J J J J J J J J J ~ ·) ) ) ) ) ) ) ) ) ) J

ANEX03

Percentual de cobertura pelos programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e de Saúde da Família (PSF) - 111 Gerência Regional de Saúde - PE, 2003 a 2006

Municí~io _ Pop2000 Cob2000 % Pop2001 Cob2001 % . Pop2002 Cob20cg_ % _ __F'Qp_2003 Co!)~03 % Pop2004 Cob2004 % Pop2005 CQt>~_00_5 % Pop2006 Cob2006 %

Água Preta

Amaraji

Barreiros

B.de Maria

Catende

Cortês

Escada

Gameleira

Jaqueira

J.Nabuco L dos

Gatos

Maraial

Palmares

Primavera

Qui papá

Ribeirão

R. Formoso São Benedito

São José

Sirinhaém

Tamandaré

Xexéu

25353

20905

36867

15478

30825

14399

59261

23108

10914

13378

14334

11803

55646

10717

18480

39363

20528

12016

14312

30725

15976

14235

21669 85,47

21075 100,81

36523 99,07

9144 59,08

28023 90,91

8125 56,43

41374 69,82

12297 53,22

7860 72,02

17550 131,19

11489 80,15

11250 95,31

48732 87,58

12197 113,81

16883 91,36

29294 74,42

11146 54,30

9114 75,85

13344 93,24

30173 98,20

11274 70,57

7310 51,35

29057

21481

38977

10441

31180

13047

57377

24558

11801

15948

16013

14281

55467

11546

22341

41421

20976

10550

14250

32879

17341

13955

28467 97,97

21430 99,76

38650 99,16

10267 98,33

30492 97,79

11562 88,62

41606 72,51

16777 68,32

8580 72,71

24509 153,68

11509 71,87

12943 90,63

53325 96,14

10379 89,89

25813 115,54

28775 69,47

17644 84,12

10467 99,21

15572 1 09,28

30461 92,65

18079 104,26

9957 71,35

29079

21585

38838

10294

31202

12721

57657

24921

11932

15972

15961

14617

55382

11608

22358

41539

21130

10602

14484

33001

17802

14211

30112 103,55

21077 97,65

39390 101,42

10454 101,55

31003 99,36

11289 88,74

39642 68,75

14332 57,51

11363 95,23

35887 224,69

12703 79,59

13261 90,72

55609 100,41

10379 89,41

26608 119,01

29146 70,17

16882 79,90

11123 104,91

16362 112,97

32801 99,39

19326 108,56

9204 64,77

29333

21713

38698

10140

31176

12740

57803

25347

12062

15994

15896

14895

55192

11669

22457

41581

21299

10659

14722

32981

18043

14495

30296 103,28

21989 101 ,27

40225 103,95

11599 114,39

31085 99,71

12946 101,62

47747 82,60

16427 64,81

11364 94,21

35888 224,38

12420 78,13

13493 90,59

59557 107,91

10910 93,50

25734 114,59

28521 68,59

19355 90,87

9758 91,55

17807 120,96

32835 99,56

18669 103,47

12479 86,09

29866

21982

38405

9816

31123

12780

58111

26241

12334

16039

15760

15480

54794

11797

22665

41668

21656

10781

15222

32937

18550

15093

29758 99,64

22082 100,45

40684 105,93

11757 119,77

32299 103,78

12700 99,37

59294 102,04

16742 63,80

11302 91,63

26907 167 '76

7641 48,48

13574 87,69

59898 109,31

10946 92,79

22240 98,12

34733 83,36

18783 86,73

9602 89,06

18620 122,32

31373 95,25

18521 99,84

12787 84,72

30162

22131

38243

9637

31093

12801

58281

26736

12485

16065

15685

15803

54574

11867

22780

41717

21853

10848

15498

32913

18831

15424

31213 103,48

22089 99,81

41555 108,66

12852 133,36

30590 98,38

12648 98,8

59432 101,97

16826 62,93

11269 90,26

16182 100,73

15891 101,31

12842 81,26

62132 113,85

11956 100,75

21137 92,79

32953 78,99

18996 86,93

9444 87,06

19005 122,63

33615 102,13

14762 78,39

17377 112,66

30455

22279

38082

9460

31063

12823

58450

27227

12635

16090

15611

16124

54355

11937

22894

41765

22049

10915

15773

32889

19110

15752

31826 104,50

23421 105,13

41123 107.99

13410 141,75

30561 98,38

12587 98,16

59333 101 ,51

16758 61,55

11466 90,75

16251 101 ,00

15245 97,66

12800 79,38

66401 122,16

11834 99,14

21333 93,18

32981 78,97

17994 81,61

9531 87,32

19740 125,15

34571 105,11

15799 82,67

16809 106,71

Total 508623 415846 81,76 524887 477264 90,93 526896 497953 94,51 528895 521104 98,53 533100 522243 97,96 535427 524766 98,01 537738 531774 98,89

FONTE: DATASUS/18GE

Contatos com os pesquisadores: fones- (81) 3662-1035/ Fax- (81) 3662-1330. e-mail: [email protected] I [email protected]

~~~"t:~~~ & 0) ""'""""">-

l~f~1