04. equipamento de proteção individual - epi

UNIDADE CURRICULARUNIDADE CURRICULAR

PROFESSOR: GUILHERME ESPINDOLAPROFESSOR: GUILHERME ESPINDOLA

Um acidente no canteiro de obras da General Motors do Brasil (GM), na cidade de Gravataí/RS causou a morte de GILDECI VASCONCELOS CANEZ, funcionário terceirizado contratado da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), no dia 29 de março de 1999.

Reportagem da Reportagem da

Revista Revista P R O T E Ç Ã P R O T E Ç Ã OO

Nº 89 Maio /99 - Ano XIINº 89 Maio /99 - Ano XII

O acidente ocorreu quando Gildeci Canez junto com o colega, Darci Generino da Rocha, trabalhavam na instalação de dois transformadores na subestação da CEEE na área da GM, quando ao detectarem umidade em um dos transformadores, adotaram o procedimento usual de injetar nitrogênio no interior do equipamento e lavá-lo com óleo. Após verificar que o nível de umidade havia baixado, Rocha entrou no transformador (que tem 3 metros de altura) para retirar os bicos injetores de óleo.

Porém, segundo o chefe da Divisão de Segurança, deve ter faltado oxigênio no interior do transformador, o que ocasionou o desmaio de Rocha. Ao descer para ajudar o companheiro, Canez também desfaleceu, caindo com a cabeça dentro da poça de óleo de cerca de 10 cm que estava no fundo do aparelho, morrendo afogado. Segundo o chefe da Divisão de Segurança e Saúde da DRT houve descuido dos trabalhadores e falta de equipamentos de segurança.

QUÍMICOSQUÍMICOS

FÍSICOSFÍSICOS

BIOLÓGICOSBIOLÓGICOS

ERGONÔMICOSERGONÔMICOS

DE ACIDENTESDE ACIDENTES

Para eliminar ou reduzir os riscos ambientais

existentes nos locais de trabalho são utilizados equipamentos de proteção, que são as diversas MEDIDAS TÉCNICASMEDIDAS TÉCNICAS de controle que podem ser tanto de forma COLETIVA, relativas ao ambiente, como de forma INDIVIDUAL, relativas aos operários.

As medidas referentes ao ambiente de trabalho são denominadas:

As medidas técnicas referentes aos operários são denominadas:

EPIEPI EPCEPC

.HOMEMHOMEM

.AMBIENTEAMBIENTE

A LESÃOA LESÃO O RISCOO RISCO

ELIMINANEUTRALIZA

SINALIZA

EVITADIMINUI

PROTEÇÃO PROTEÇÃO INDIVIDUALINDIVIDUAL

PROTEÇÃO PROTEÇÃO COLETIVACOLETIVA

A importânciaA importância

Preservação Preservação dada

Saúde doSaúde dotrabalhadortrabalhador

Preservação Preservação dada

Integridade Integridade FísicaFísica

do trabalhadordo trabalhador

Aumento da Produtividade, através da minimização dos Aumento da Produtividade, através da minimização dos acidentes e doenças do trabalho e suas consequênciasacidentes e doenças do trabalho e suas consequências

É importante salientar que

deve-se buscar

PRIMEIRAMENTE reduzir os

riscos de forma COLETIVA

através

de medidas de ordem geral,

dando-se assim prioridade para

as Proteções Coletivas.

EPI

EPC

EPC

Norma Regulamentadora NR-6:

“Considera-se Equipamento de

Proteção Individual – EPI todo

dispositivo de uso individual, de

fabricação nacional ou estrangeira,

destinado a proteger a saúde e a

integridade física do trabalhador”.

Do ponto de vista prevencionista o EPI não evita acidentes como muitas pessoas preconizam.

Ele deve ser usado para evitar a lesão ou para atenuar a sua gravidade, além de proteger o corpo e o organismo contra o efeito de substâncias químicas que possam provocar doenças ocupacionais.

Nestes casos o EPI é o único meio capaz de proporcionar a proteção adequada.

Os Equipamentos de Proteção Individual são empregados permanente ou temporariamente, nas seguintes circunstâncias:2.1 QUANDO O TRABALHADOR SE EXPÕE DIRETAMENTE 2.1 QUANDO O TRABALHADOR SE EXPÕE DIRETAMENTE A RISCOS NÃO CONTROLÁVEIS POR OUTROS MEIOS A RISCOS NÃO CONTROLÁVEIS POR OUTROS MEIOS TÉCNICOS DE SEGURANÇATÉCNICOS DE SEGURANÇA

EXEMPLOS:Uso de óculos e máscaras em operações de soldagemUso de luvas para manuseio de produtos agressivosUso de botas impermeáveis contra umidade

2.2 QUANDO O TRABALHADOR SE EXPÕE A RISCOS2.2 QUANDO O TRABALHADOR SE EXPÕE A RISCOS CONTROLADOS APENAS PARCIALMENTE PORCONTROLADOS APENAS PARCIALMENTE POR OUTROS RECURSOS TÉCNICOSOUTROS RECURSOS TÉCNICOS

Nestes casos o EPI funciona como proteção complementar para o trabalhador.

EXEMPLOS:

Uso de óculos de proteção em operações de esmerilhamento, mesmo que a máquina disponha dos meios convencionais de segurança.

Uso de máscara respiratória em cabine de pintura, mesmo que provida de ventilação.

2.3 PARA ATENDER SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA2.3 PARA ATENDER SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Nestes casos o EPI é o único recurso para uma situação de uso temporário, ou seja, quando a rotina de trabalho é quebrada por qualquer anormalidade, criando riscos para os trabalhadores.EXEMPLOS:Uso de máscaras respiratórias apropriadas para entrada em compartimentos com dispersão de contaminantes ou com o ar rarefeito.

Uso de luvas e aventais para movimentação manual de materiais agressivos, quando a movimentação mecânica for interrompida.

2.4 COMO RECURSO TEMPORÁRIO, ATÉ QUE SE2.4 COMO RECURSO TEMPORÁRIO, ATÉ QUE SE ESTABELEÇAM OS MEIOS GERAIS DE PROTEÇÃOESTABELEÇAM OS MEIOS GERAIS DE PROTEÇÃO

Nestes casos o EPI é usado em período de instalação ou substituição dos dispositivos de proteção coletiva.

EXEMPLOS:Uso de luvas de amianto para manipulação de peças quentes, enquanto não se dispõe de equipamento para esse manuseio.

Uso de protetor facial enquanto não se isola uma determinada fonte de calor radiante.

Uso de capuz contra poeira até que entre em funcionamento o sistema de exaustão.

Os Equipamentos de Proteção Individual podem ser classificados conforme a parte do corpo a ser protegida ou conforme o tipo de risco que será controlado:

• • PROTEÇÃO PARA A CABEÇAPROTEÇÃO PARA A CABEÇA • • PROTEÇÃO VISUAL E FACIALPROTEÇÃO VISUAL E FACIAL • • PROTEÇÃO AURICULARPROTEÇÃO AURICULAR • • PROTEÇÃO RESPIRATÓRIAPROTEÇÃO RESPIRATÓRIA • • PROTEÇÃO PARA O TRONCOPROTEÇÃO PARA O TRONCO • • PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORESPROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES • • PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORESPROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES • • PROTEÇÃO CONTRA QUEDASPROTEÇÃO CONTRA QUEDAS • • PROTEÇÃO PARA TRABALHOS NOTURNOSPROTEÇÃO PARA TRABALHOS NOTURNOS

O Certificado de Aprovação

““CA”CA”

é uma exigência da legislação brasileira.

NR-6

A Norma Regulamentadora NR-6 determina:

6.2 O equipamento de Proteção Individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto a venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CACertificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de saúde e segurança do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante (ou do impor- tador) , o lote de fabricação e o número do CA.

PROTEÇÃO PARA A PROTEÇÃO PARA A CABEÇACABEÇA

Carne

ira

Carne

ira

CoroaCoroa


Casco mantido entre 2,0 e 2,50 cm acima da cabeça


PROTEÇÃO PARA A CABEÇAPROTEÇÃO PARA A CABEÇA

Havendo necessidade e dependendo dos Havendo necessidade e dependendo dos

riscos existentes, atualmente os riscos existentes, atualmente os

capacetes podem vir com diversos capacetes podem vir com diversos

acessórios acoplados tais como:acessórios acoplados tais como:

Protetor Protetor facialfacial

Máscara de Máscara de soldadorsoldador

Suporte Suporte para para

lanternalanterna

Protetor Protetor auricularauricular

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.”

NR-6NR-6

Operador de serra circular usando capacete com protetor facial e protetor auricular acoplado

É muito importante destacar que É muito importante destacar que existem três classes de capacetes de existem três classes de capacetes de segurança:segurança:

Classe Classe AACapacetes fabricados de material Capacetes fabricados de material

isolante, com resistividade até 2.200 isolante, com resistividade até 2.200

volts por 1 minuto e boa resistência a volts por 1 minuto e boa resistência a

impactos.impactos.


Classe Classe BBCapacetes fabricados de material Capacetes fabricados de material

isolante, com resistividade até 20.000 isolante, com resistividade até 20.000

volts por 3 minutos e boa resistência a volts por 3 minutos e boa resistência a

impactos.impactos.


Classe Classe CCCapacetes com boa resistência a Capacetes com boa resistência a

impactos, mas sem proteção elétrica, ou impactos, mas sem proteção elétrica, ou

seja, não possuem características para seja, não possuem características para

trabalhos em ambientes com fios ou trabalhos em ambientes com fios ou

cabos energizados.cabos energizados.

PROTEÇÃO VISUAL E PROTEÇÃO VISUAL E FACIALFACIAL

Óculos com lentes confeccionadas

em policarbonato para proteção

contra a projeçãode partículas

Óculos do tipo ampla visão – permite o uso

sobre o óculos de grau para correção visual

Operária usando óculos do tipo ampla visão

Protetor facialvisor transparente

confeccionado em policarbonato

Operário usandoprotetor facial

com visor articulado

Protetor facial acoplado com capacete

Operário usando protetor facial acoplado no

capacete

Disco da esmerilhadeira partiu-se e a lesão no rosto foi evitada pelo uso

do protetor facial de policarbonato

Acidente com respingo de ácido sulfúrico no rosto de laboratorista que não estava usando

protetor facial (usava apenas óculos)

Médico utilizando óculos para proteção contra projeção de respingos

Óculos para soldador em processosde soldagem oxiacetilênica

(Não existe necessidade de proteção do rosto)

Soldador executando solda oxiacetilênicaUtilizando óculos com filtro n° 4

Máscara para solda elétricaconfeccionada em celeron

com visor fixo

Máscara para soldacom visor articulado

Escudo de soldador

Soldador realizando soldagem elétrica utilizando máscara com visor fixo

“Soldador” trabalhando sem o uso de EPIs

Existem no mercado máscaras protetoras para soldadores utilizando filtros de escurecimento automático. São máscaras dotadas de filtros que mudam automaticamente do estado claro para o escuro em fração de segundos (1/25.000 seg.)

PROTEÇÃO AUDITIVAPROTEÇÃO AUDITIVA

Os protetores moldáveis de espuma, do tipo

inserção, em formato do cone , com topo

arredondado são os que oferecem as maiores

taxas de redução sonora, podendo chegar a 33

decibéis, se forem corretamente colocados.

Protetor moldado de silicone fornecido em tamanho único, com 3 abas curvas que se adaptam perfeitamente à curvatura do canal auditivo.

Os protetores tipo concha constituem-se de duas conchas fixadas a uma haste articulada. São indicados para situações de ruído moderado pois oferecem Taxa de Redução Sonora “TRS” de até 25 decibéis.

Havendo necessidade, existe a possibilidade de acoplamento do protetor tipo concha ao capacete.

Níveis acima de 140 dB podem causar ruptura do tímpanoNíveis acima de 140 dB podem causar ruptura do tímpano

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIAPROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

O ar no ambiente de trabalho pode parecer puro, o que não significa que não existam riscos, pois muitas vezes eles não são visíveis e nem têm cheiro. Conhecer a existência dos perigos, é fundamental para poder proteger-se corretamente deles. De forma geral, as atividades de trabalho podem apresentar as seguintes situações de risco ao sistema respiratório: ● ● POEIRAS, FUMOS E POEIRAS, FUMOS E NÉVOASNÉVOAS ● ● GASES E VAPORESGASES E VAPORES ● ● DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIODEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

Respirador semi-facial descartável,

para poeiras inertes

Respirador semi-facial, descartável,

para poeira e vapores orgânicos

Respirador semi-facial para gases e vapores com dois

filtros laterais

Respirador semi-facial com um filtro

para gases/vapores/poeira

s

Máscara facialpanorâmica

Máscara facial

autônoma acoplada

a um cilindro

contendo oxigênio

com autonomia

de 50 minutos

Entrada em

espaço confinado

usando máscara

facial autônoma

INDICAÇÃO DE USO: em ambientes com

deficiência de oxigênio ou contaminados pela

presença de aerodispersóides, gases ou vapores

tóxicos, e no combate ao fogo.

Atmosferas IPVSIPVS (Imediatamente

Perigosas à Vida e à Saúde)

PROTEÇÃO PARA O PROTEÇÃO PARA O TRONCOTRONCO

PROTEÇÃO PARA O TRONCO

Avental e paletó em raspa de couro para proteção de soldadores


Linha de aventais em PVC com forro


Avental de Neoprene para proteção de

produtos químicos com resistência

aos solventes, óleos, álcalis e ácidos


Avental Plumbífero

para proteção de

operários que

trabalham com

equipamentos

de radiologia


Avental de anéis (malha) de aço para proteção contra cortes e incisões

na região abdominal e coxas.


Colete a prova de balas (colete balístico)A partir de 2008 a NR-6 tornou o uso deste EPI

obrigatório para quem trabalha armado


PROTEÇÃO PARA MEMBROS PROTEÇÃO PARA MEMBROS SUPERIORESSUPERIORES (BRAÇOS E MÃOS)(BRAÇOS E MÃOS)

O S H A

Occupational Safety & Health

Administration

Fonte:

Comissão Americana

de Consumidore

s de Produtos de Segurança

PROTEÇÃO PARA MEMBROS SUPERIORES (BRAÇOS E MÃOS)

Luva de Raspa

Luva de Vaqueta

Luva de Malha de Aço

Luva de Lona

Luva de PVC

Luva Nitrílica

Luva de Látex

Luva de Alta Tensão

Luva Mista


Luvas de raspa de couro para construção civil em geral e para soldadores


Luvas de borracha paratrabalhos em Alta Tensão


Luvas de malha de aço com alta resistência à

cortes de faca e lâminasem geral

APLICAÇÕES:

• Indústria Alimentícia

• Cozinha Industrial

• Frigoríficos

• Manuseio e cortes de carne em geral


Luvas de malha de aço com alta resistência à

cortes de faca e lâminasem geral

Detalhe da fita dePoliamida para evitarenrrugamento da luva


Luvas de malha de aço com

manga

Detalhe da fita de Poliamida

para evitar o enrugamento


Luvas Nitrílicas com palma anti derrapante

Boa aderência em meio oleoso ou com graxa e excelente resistência química resistência à abrasão e a rasgos

Indicada para:Manuseio de peças envolvidas com óleo e graxa, em oficinas de manutenção em geral e manuseio de ferramentas.


Luvas de latex comcom resistência a ácidos, álcoois, e detergentes


Luva mista para temperaturas de até 200 º C

Palma, polegar e forquetas confeccionada em raspa térmica, forrada com lã e suedine, dorso e punho em raspa com forro de lona felpada.


PROTEÇÃO PARA MEMBROS PROTEÇÃO PARA MEMBROS INFERIORES (PERNAS E PÉS)INFERIORES (PERNAS E PÉS)

Botas de Borracha ou em PVC, impermeáveis

para trabalhos agrícolas, áreas úmidas,

açougues e frigoríficos.

Botas de Borracha

com cano extra longo

até a virilha

Botinas de couro ou de vaqueta solados de pvc ou poliuretano, com ou sem biqueira de

aço

Sapatos de couro ou de vaqueta solados de pvc ou poliuretano, com ou sem biqueira de

aço

Sapatos com solado condutivo para dissipar

a energia estática acumulada no corpo

PROTEÇÃO CONTRA PROTEÇÃO CONTRA QUEDASQUEDAS

Cinto de Segurança do tipo para-quedista


Cinto de Segurança do tipo PARA-QUEDISTA e o

acoplamento ao cabo autônomo através do trava quedas


Aplicação do Cinto de Segurança

do tipo para-quedista


Cinto de Segurança com talabarte para riscos de queda no posicionamento em trabalhos em

altura


PROTEÇÃO PARA PROTEÇÃO PARA TRABALHOS NOTURNOSTRABALHOS NOTURNOS

04. equipamento de proteção individual - epi

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