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  • REGULAMENTO DA LEI DO SERVIO MILITAR (RLSM)

    Decreto Nr 57654, de 20 de janeiro de 1966, alterado pelos :

    - Decreto Nr 58759, de 28 de junho de 1966;

    - Decreto Nr 76324, de 22 de setembro de 1975;

    - Decreto Nr 93670, de 09 de dezembro de 1986;

    - Decreto Nr 627, de 07 de agosto de 1992;

    - Decreto Nr 1294, de 26 de outubro de 1994.

    DECRETO N 57.654, DE 20 DE JANEIRO DE 1966Regulamenta a lei do Servio Militar (Lei n 4.375, de 17 de agosto de 1964), retificada pela Lei n4.754, de 18 de agosto de 1965.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, usando das atribuies que lhe confere o art. 87, inciso I, daConstituio Federal, e de conformidade com o art. 80 da Lei n 4.375, de 17 de agosto de 1964,decreta:

    TTULO I

    Generalidades

    CAPTULO I

    Das Finalidades deste Regulamento

    (RLSM)

    Art. 1 Este Regulamento estabelece normas e processos para a aplicao da Lei do Servio Militar,nele designada pela abreviatura LSM (Lei n 4.375, de 17 de agosto de 1964, retificada pela Lei n4.754, de 18 de agosto de 1965).

    Pargrafo nico. Caber a cada Fora Armada introduzir as modificaes que se fizerem necessriasnos Regulamentos dos rgos de direo e execuo do Servio Militar, de sua responsabilidade,bem como baixar instrues ou diretrizes com base na LSM e neste Regulamento, tendo em vistaestabelecer os pormenores de execuo que lhe forem peculiares.

    Art. 2 A participao, na defesa nacional, dos brasileiros que no estiverem no desempenho deatividades especficas nas Foras Armadas, ser regulada em legislao especial.

    CAPTULO II

    Dos Conceitos e Definies

    Art. 3 Para os efeitos deste Regulamento so estabelecidos os seguintes conceitos e definies:

    l) adio (passar a adido) - Ato de manuteno da praa, antes de includa ou depois de excluda, naOrganizao Militar, para fins especficos, declarados no prprio ato.

    2) alistamento - Ato prvio seleo. Compreende o preenchimento da Ficha de AlistamentoMilitar (FAM) e do Certificado de Alistamento Militar (CAM).

    3) classe - Conjunto dos brasileiros nascidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de um mesmoano. designado pelo ano de nascimento dos que a constituem.

    4) classe convocada - Conjunto dos brasileiros, de uma mesma classe, chamado para a prestao doServio Militar, quer inicial, quer sob outra forma e fase.

    5) conscritos - Brasileiros que compem a classe chamada para a seleo, tendo em vista a prestao

  • do Servio Militar inicial.

    6) convocao - (nas suas diferentes finalidades) - Ato pelo qual os brasileiros so chamados para aprestao do Servio Militar, quer inicial, quer sob outra forma ou fase.

    7) convocao incorporao ou matrcula (designao) - Ato pelo qual os brasileiros, apsjulgados aptos em seleo, so designados para incorporao ou matrcula, a fim de prestar oServio Militar, quer inicial, quer sob outra forma ou fase. A expresso "convocado incorporao", constante do Cdigo Penal Militar (Art. 159), aplica-se ao selecionado paraconvocao e designado para a incorporao ou matrcula em Organizao Militar, qual deverapresentar-se no prazo que lhe for fixado.

    8) dilao do tempo de servio - Aumento compulsrio da durao do tempo de Servio Militar.

    9) desincorporao - Ato de excluso da praa do servio ativo de uma Fora Armada:

    a) antes de completar o tempo do Servio Militar inicial, ressalvados os casos de anulao deincorporao, expulso e desero. Poder haver incluso na reserva, se realizadas as condiesmnimas de instruo, exceto quanto aos casos de iseno por incapacidade fsica ou mentaldefinitiva;

    b) aps o tempo de Servio Militar inicial, apenas para os casos de iseno por incapacidade fsicaou mental definitiva, quando no tiver direito a reforma.

    10) desligamento - Ato de desvinculao da praa da Organizao Militar.

    11) dispensa de incorporao - Ato pelo qual os brasileiros so dispensados de incorporao emOrganizaes Militares da Ativa, tendo em vista as suas situaes peculiares ou por excederem spossibilidades de incorporao existentes.

    12) dispensa do Servio Militar inicial - Ato pelo qual os brasileiros, embora obrigados ao ServioMilitar, so dispensados da prestao do Servio Militar inicial, por haverem sido dispensados deincorporao em Organizaes Militares da Ativa e no terem obrigaes de matrcula em rgosde Formao de Reserva, continuando, contudo, sujeitos a convocaes posteriores e a deveresprevistos neste Regulamento. Os brasileiros nessas condies faro jus ao Certificado de Dispensade Incorporao.

    13) disponibilidade - Situao de vinculao do pessoal da reserva a uma Organizao Militardurante o prazo fixado pelos Ministros Militares, de acordo com as necessidades de mobilizao.

    14) encostamento (ou depsito) - Ato de manuteno do convocado, voluntrio, reservista,desincorporado, insubmisso ou desertor na Organizao Militar, para fins especficos, declarados noato (alimentao, pousada, justia etc.).

    15) em dbito com o Servio Militar - Situao dos brasileiros que, tendo obrigaes definidas paracom o Servio Militar, tenham deixado de cumpri-las nos prazos fixados.

    16) engajamento - Prorrogao voluntria do tempo de servio do incorporado.

    17) estar em dia com as obrigaes militares - estar o brasileiro com sua situao militarregularizada, com relao s sucessivas exigncias do Servio Militar. Para isto, necessita possuirdocumento comprobatrio de situao militar, com as anotaes fixadas neste Regulamento,referentes ao cumprimento das obrigaes posteriores ao recebimento daquele documento. Estaexpresso tem a mesma acepo de "estar quite com o Servio Militar", constante de legislaocomum, anterior.

    18) excluso - Ato pelo qual a praa deixa de integrar uma Organizao Militar.

    19) Fundo do Servio Militar - Fundo especial, criado pela LSM constitudo das receitas dearrecadao de multas e de Taxa Militar.

    20) incluso - Ato pelo qual o convocado, voluntrio ou reservista passa a integrar uma Organizao

  • Militar.

    21) incorporao - Ato de incluso do convocado ou voluntrio em Organizao Militar da Ativa,bem como em certos rgos de Formao de Reserva.

    22) insubmisso - Convocado selecionado e designado para incorporao ou matrcula, que no seapresentar Organizao Militar que lhe for designada, dentro do prazo marcado ou que, tendo-ofeito, ausentar-se antes do ato oficial de incorporao ou matrcula.

    23) isentos do Servio Militar - Brasileiros que, devido s suas condies morais (em tempo depaz), fsicas ou mentais, ficam dispensados das obrigaes do Servio Militar, em carterpermanente ou enquanto persistirem essas condies.

    24) Licenciamento - Ato de excluso da praa do servio ativo de uma Fora Armada, aps otrmino do tempo de Servio Militar inicial, com a sua incluso na reserva.

    25) matrcula - Ato de admisso do convocado ou voluntrio em rgo de Formao de Reserva,bem como em certas organizaes Militares de Ativa - Escola, Centro ou Curso de Formao demilitar da ativa. Toda a vez que o convocado ou voluntrio for designado para matrcula em umrgo de Formao de Reserva, ao qual fique vinculado para prestao de servio, em perodosdescontnuos, em horrios limitados ou com encargos limitados apenas queles necessrios suaformao, ser includo no referido rgo e matriculado, sem contudo ser incorporado. Quando oconvocado ou voluntrio for matriculado em uma Escola, Centro ou Curso de Formao de militarda ativa, ou rgo de Formao de Reserva, ao qual fique vinculado de modo permanente,independente de horrio, e com os encargos inerentes s organizaes Militares da Ativa, serincludo e incorporado referida Escola, Centro, Curso ou rgo.

    26) multa - Penalidade em dinheiro, aplicada pelas autoridades militares, por infrao a dispositivosda LSM e deste Regulamento.

    27) multa mnima - Penalidade em dinheiro, bsica, com o valor de 1/30 (um trinta avos) do menorsalrio mnimo existente no Pas, por ocasio da aplicao da multa, arredondada para centena decruzeiros superior.

    28) municpio no tributrio - Municpio considerado, pelo Plano Geral de Convocao anual, comono contribuinte convocao para o Servio Militar inicial.

    29) municpio tributrio - Municpio considerado, pelo Plano Geral de Convocao anual,contribuinte convocao para o Servio Militar inicial. Dentro das suas possibilidades elocalizao, poder contribuir seja apenas para as Organizaes Militares da Ativa, seja apenas paraos rgos de Formao de Reserva, seja para ambos, simultaneamente, para uma ou mais ForasArmadas.

    30) Organizao Militar da Ativa - Corpos (Unidades) de Tropa, Reparties, Estabelecimentos,Navios, Bases Navais ou Areas e qualquer outra unidade ttica ou administrativa, que faa parte dotodo orgnico do Exrcito, Marinha ou Aeronutica.

    31) rgo de Formao de Reserva - Denominao genrica dada aos rgos de formao deoficiais, graduados, soldados e marinheiros para a reserva. Os rgos de Formao de Reserva, emalguns casos, podero ser, tambm, Organizaes Militares da Ativa, desde que tenham ascaractersticas dessas Organizaes Militares e existncia permanente. Existem rgos de Formaode Reserva das Foras Armadas, que no so constitudos de militares, mas apenas so orientados,instrudos ou fiscalizados por elementos das citadas Foras.

    32) preferenciados - Brasileiros com destino preferencial para uma das Foras Armadas, nadistribuio anual do contingente, por exercerem atividades normais de grande interesse darespectiva Fora, e que ficaro vinculados mesma, quanto prestao do Servio Militar e quanto mobilizao. Determinados preferenciados tm os mesmos deveres dos reservistas.

    33) Publicidade do Servio Militar - Parte das atividades de Relaes Pblicas, que visa o

  • esclarecimento do pblico. Realiza-se atravs da divulgao institucional e da propagandaeducacional.

    34) reengajamento - Prorrogao do tempo de servio, uma vez terminado o engajamento. Podemser concedidos sucessivos reengajamentos mesma praa, obedecidas as condies que regulam aconcesso.

    35) refratrio - O brasileiro que no se apresentar para a seleo de sua classe na poca determinadaou que, tendo-o feito, ausentar-se sem a haver completado. No ser considerado refratrio o quefaltar, apenas, ao alistamento, ato prvio seleo, bem como o residente em municpio notributrio, h mais de um ano, referido data de incio da poca da seleo da sua classe.

    36) reincluso - Ato pelo qual o reservista ou desertor passa a reintegrar uma Organizao Militar.

    37) reincorporao - Ato de reincluso do reservista ou isento, em determinadas condies, emOrganizao Militar da Ativa, bem como em certos rgos de Formao de Reserva.

    38) Relaes Pblicas do Servio Militar - Atividades dos diferentes rgos do Servio Militar,visando ao bom atendimento e ao esclarecimento do pblico.

    39) reserva - Conjunto de oficiais e praas componente da reserva, de acordo com legislao prpriae com este Regulamento.

    40) Reservista - Praa componente da reserva.

    41) reservista de 1 categoria - Aquele que atingiu um grau de instruo que o habilite aodesempenho de funo de uma das qualificaes ou especializaes militares de cada uma dasForas Armadas.

    42) reservista de 2 categoria - Aquele que tenha recebido, no mnimo, a instruo militar suficientepara o exerccio de funo geral bsica de carter militar.

    43) situao especial - Situao do possuidor do Certificado de Dispensa de Incorporao, por seencontrar em funo ou ter aptido de interesse da defesa nacional e fixada pela respectiva ForaArmada. registrada no Certificado correspondente.

    44) subunidade-quadro - Subunidade com quadro de organizao composto apenas de elementos decomando e de enquadramento e tendo por finalidade a formao de:

    a) soldados ou marinheiros especialistas (ou de qualificaes militares especficas) destinados ativa ou reserva;

    b) graduados de fileira e especialistas (ou de qualificaes militares especficas) destinados ativaou reserva.

    As Subunidades-quadro so consideradas, conforme o caso, Organizao Militar da Ativa ou rgode Formao da Reserva. Podero existir integrando Organizaes Militares da Ativa ou serlocalizadas isoladamente.

    45) Taxa Militar - Importncia em dinheiro cobrada, pelos rgos do Servio Militar, aosconvocados que obtiverem adiamento de incorporao ou a quem for concedido o Certificado deDispensa de Incorporao. Ter o valor da multa mnima.

    46) voluntrio - Brasileiro que se apresenta, por vontade prpria, para a prestao do ServioMilitar, seja inicial, seja sob outra forma ou fase. A sua aceitao e as condies a que fica obrigadoso fixadas pelos Ministrios Militares.

    TTULO II

    Da Natureza, Obrigatoriedade e Durao do Servio Militar

    CAPTULO III

    Da Natureza e Obrigatoriedade do Servio Militar

  • Art. 4 O Servio Militar consiste no exerccio das atividades especficas desempenhadas nas ForasArmadas - Exrcito, Marinha e Aeronutica - e compreender, na mobilizao, todos os encargosrelacionados com a defesa nacional.

    1 Tem por base a cooperao consciente dos brasileiros, sob os aspectos espiritual, moral, fsico,intelectual e profissional, na segurana nacional.

    2 Com as suas atividades, coopera na educao moral e cvica dos brasileiros em idade militar elhes proporciona a instruo adequada para a defesa nacional.

    Art. 5 Todos os brasileiros so obrigados ao Servio Militar na forma da LSM e desteRegulamento.

    1 As mulheres ficam isentas do Servio Militar em tempo de paz e de acordo com suas aptides,sujeitas aos encargos de interesse da mobilizao.

    2 Os brasileiros naturalizados e por opo so obrigados ao Servio Militar a partir da data emque receberam o certificado de naturalizao ou da assinatura do termo de opo.

    Art. 6 As atividades a que, em caso de mobilizao, esto sujeitas as mulheres so as constantesdos nmeros 2 e 3 do Art. 10 deste Regulamento.

    Art. 7 O Servio Militar inicial ser o prestado por classes constitudas de brasileiros nascidos entre1 de janeiro e 31 de dezembro, no ano em que completarem 19 (dezenove) anos de idade.

    Pargrafo nico. A classe ser designada pelo ano de nascimento dos brasileiros que a constituem eo conseqente recrutamento para a prestao do Servio Militar ser fixado neste Regulamento.

    Art. 8 Os brasileiros nas condies previstas na LSM e neste Regulamento prestaro o ServioMilitar incorporados em Organizaes Militares da Ativa ou matriculados em rgos de Formaode Reserva.

    Art. 9 As condies para a prestao de outras formas e fases do Servio Militar obrigatrio sofixadas neste Regulamento e em legislao especial.

    Art. 10. Na mobilizao, o Servio Militar abranger a prestao de servios:

    1) na forma prescrita nos artigos 7 e 9 deste Regulamento;

    2) decorrentes das necessidades militares, correspondentes aos encargos de mobilizao; e

    3) em organizaes civis que interessem defesa nacional.

    Art. 11. O Servio prestado nas Polcias Militares, Corpos de Bombeiros e em outras Corporaesencarregadas da Segurana Pblica, que, por legislao especfica, forem declaradas reservas dasForas Armadas, ser considerado de interesse militar. O ingresso nessas Corporaes ser feito deacordo com as normas baixadas pelas autoridades competentes, respeitadas as prescries desteRegulamento.

    Art. 12. As Polcias Militares podero receber, como voluntrios, os reservistas de 1 e 2 categoriase os portadores de Certificado de Dispensa de Incorporao.

    1 Os reservistas "na disponibilidade", assim como os possuidores de Certificado de Dispensa deIncorporao, considerados pela respectiva Fora como em situao especial, na forma dos Art. 160e 202, pargrafo nico, respectivamente, deste Regulamento, necessitaro de autorizao prvia doComandante de Regio Militar, Distrito Naval ou Zona Area correspondentes, ressalvado odisposto no Art. 15, ainda deste Regulamento.

    2 As Polcias Militares tambm podero receber, como voluntrios, os portadores de Certificadode Iseno por incapacidade fsica, desde que aprovados em nova inspeo de sade, nessasCorporaes.

    3 Os Comandantes das Corporaes referidas neste artigo remetero correspondente

  • Circunscrio de Servio Militar, Capitania dos Portos ou Servio de Recrutamento e Mobilizaoda Zona Area, relaes dos brasileiros includos nas suas Corporaes, especificando:

    1) filiao;

    2) data e local de nascimento; e

    3) nmero, origem e natureza do documento comprobatrio de situao militar.

    Art. 13. Os brasileiros excludos das Polcias Militares por concluso de tempo, antes de 31 dedezembro do ano em que completarem 45 (quarenta e cinco) anos de idade, tero as situaesmilitares atualizadas de acordo com as novas qualificaes e com o grau de instruo alcanado:

    1) sero considerados reservistas da 2 categoria, nas graduaes e qualificaes atingidas, seanteriormente eram portadores de Certificados de Iseno, de Dispensa de Incorporao ou deReservista, quer de 1, quer de 2 categoria, com graduao inferior atingida.

    2) nos demais casos, permanecero na categoria, na graduao e na qualificao que possuam antesda incluso na Polcia Militar.

    1 Os excludos por qualquer motivo, antes da concluso do tempo a que se obrigaram, exceto porincapacidade fsica ou moral, retornaro situao anterior, que possuam na reserva, ou seroconsiderados reservistas de 2 categoria na forma fixada neste Regulamento.

    2 Os excludos das referidas Corporaes por incapacidade fsica ou moral sero consideradosisentos do Servio Militar, qualquer que tenha sido a sua situao anterior, devendo receber orespectivo Certificado.

    3 As Polcias Militares fornecero aos excludos de suas corporaes os certificados a quefizerem jus, por ocasio da excluso, de acordo com o estabelecido neste artigo:

    1) restituindo o Certificado que possuam anteriormente incluso, aos que no tiveram alterada suasituao militar;

    2) fornecendo o Certificado de 2 Categoria ou de Iseno, conforme o caso, aos que tiveramalterada sua situao militar.

    4 Caber aos Comandantes de Corporao das Polcias Militares o processamento e a entrega dosnovos certificados previstos neste artigo, os quais sero fornecidos, sob controle, pelasCircunscries de Servio Militar.

    Art. 14. Os brasileiros matriculados em Cursos de Formao de Oficiais das Polcias Militares,quando pertencentes classe chamada para a seleo, tero a incorporao adiada automaticamenteat a concluso ou interrupo do curso.

    1 Os que forem desligados desses Cursos antes de um ano, e que no tiverem direito rematrcula, concorrero prestao do Servio Militar inicial, a que estiverem sujeitos, com aprimeira classe a ser convocada, aps o desligamento, com prioridade para incorporao. Nestecaso, o Comandante da Corporao os encaminhar ao Chefe da Circunscrio do Servio Militarou ao rgo alistador mais prximo, para que regularizem a sua situao militar.

    2 Os que forem desligados aps terem completado um ano de curso, exceto se o desligamento seder por incapacidade moral ou fsica, sero considerados reservistas de 2 Categoria.

    Art. 15. Os reservistas, ou possuidores de Certificado de Dispensa de Incorporao e os isentos doServio Militar por incapacidade fsica podero freqentar Cursos de Formao de Oficiais dasPolcias Militares, independentemente de autorizao especial.

    1 Neste caso, os reservistas sero considerados em destino reservado, e os possuidores deCertificado de Dispensa de Incorporao, bem como os isentos, permanecero nesta situao at otrmino ou desligamento do curso.

    2 Quando desligados antes da concluso do curso, por qualquer motivo, exceto por incapacidade

  • moral:

    1) os reservistas, retornaro mesma situao que possuam na reserva;

    2) os possuidores de Certificado de Dispensa de Incorporao e os isentos por incapacidade fsicacontinuaro na mesma situao. Entretanto, se tiverem completado, no mnimo, um ano de curso,sero considerados reservistas de 2 categoria, nos termos do 2 do Art. 14, deste Regulamento.

    3 Os desligados por incapacidade fsica ou moral tero a situao regulada pelo 2, do art. 13deste Regulamento.

    Art. 16. Os brasileiros, reservistas ou no, que conclurem os Cursos de Formao de Oficiais dasPolcias Militares tero a situao fixada no Regulamento do Corpo de Oficiais da Reserva doExrcito.

    Art. 17. Os responsveis pelos Cursos de Formao de oficiais das Polcias Militares deveroremeter aos Chefes de Circunscrio de Servio Militar, relaes nominais dos matriculados, dosque interromperem os cursos sem direito rematrcula e dos que conclurem os cursos, idnticas sfixadas pelo 3 do Art. 12, deste Regulamento.

    Pargrafo nico. As relaes a que se refere este artigo sero remetidas logo aps o incio outrmino do curso e to logo se verifiquem as interrupes.

    Art. 18. Aos Corpos de Bombeiros e outras Corporaes encarregadas da Segurana Pblica, nascondies fixadas no Art. 11 deste Regulamento, sero aplicadas as prescries fixadas para asPolcias Militares que, sem serem Organizaes Militares ou rgos de Formao de Reserva dasForas Armadas, na forma estabelecida na LSM e neste Regulamento, so reservas do Exrcito.

    CAPTULO IV

    Da Durao do Servio Militar

    Art. 19. A obrigao para com o Servio Militar, em tempo de paz, comea no 1 dia de janeiro doano em que o brasileiro completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistir at 31 de dezembro do anoem que completar 45 (quarenta e cinco) anos.

    Pargrafo nico. Em tempo de guerra, esse perodo poder ser ampliado, de acordo com osinteresses da defesa nacional.

    Art. 20. Ser permitida aos brasileiros a prestao de Servio Militar como voluntrio, a partir doano em que completarem 17 (dezessete) anos e at o limite de idade fixado no artigo anterior, e naforma do prescrito no Art. 127 e seus pargrafos, deste Regulamento.

    Art. 21. O Servio Militar inicial dos incorporados ter a durao normal de 12 (doze) meses.

    1 Os Ministros da Guerra, Marinha e Aeronutica podero reduzir at dois meses ou dilatar atseis meses a durao do tempo de Servio Militar inicial dos brasileiros incorporados s respectivasForas Armadas.

    2 Em caso de interesse nacional, a dilao do tempo de Servio Militar dos incorporados alm de18 (dezoito) meses poder ser feita mediante autorizao do Presidente da Repblica.

    3 Durante o perodo, de dilao do tempo de Servio Militar, prevista nos pargrafos anteriores,as praas por ela abrangidas sero consideradas engajadas.

    4 As redues e dilaes do tempo de Servio Militar, previstas nos 1 e 2 deste artigo, serofeitas mediante ato especfico e tero carter compulsrio, ressalvado o disposto no Art. 133, desteRegulamento.

    Art. 22. O Servio Militar inicial dos matriculados em rgos de Formao de Reserva ter adurao prevista nos respectivos regulamentos.

  • Art. 23. A durao do tempo de prestao de outras formas e fases do Servio Militar ser fixadanos atos que determinarem as convocaes, aceitarem voluntrios ou concederem as prorrogaesde tempo de servio, com base neste Regulamento ou em legislao especial.

    Art. 24. A contagem do tempo de Servio Militar ter incio no dia da incorporao ou da matrcula.

    Pargrafo nico. No ser computado como tempo de Servio Militar:

    1) qualquer perodo anterior ao ano a partir do qual permitida a aceitao do voluntrio, definidono Art. 20 deste Regulamento;

    2) o perodo que o incorporado levar no cumprimento de sentena judicial passada em julgado;

    3) o perodo decorrido sem aproveitamento, de acordo com as exigncias dos respectivosregulamentos, pelos matriculados em rgos de Formao de Reserva.

    Art. 25. Quando, por motivo de fora-maior, devidamente comprovado (incndio, inundaes etc),faltarem dados para contagem de tempo de Servio Militar, caber aos Ministros Militaresarbitrarem o tempo a ser computado para cada caso particular, de acordo com os elementos de quedispuserem.

    TTULO III

    Dos rgos de Direo e Execuo do Servio Militar e da Diviso Territorial

    CAPTULO V

    Dos rgos de Direo e de Execuo do Servio Militar

    Art. 26. Ao Estado-Maior das Foras Armadas (EMFA) caber a direo geral do Servio Militar,mediante a coordenao de determinadas atividades essenciais, focalizadas na LSM e nesteRegulamento, cabendo aos Ministrios Militares a responsabilidade da direo, planejamento eexecuo do referido Servio na respectiva Fora Armada.

    Pargrafo nico. Todos os documentos, elaborados pelo EMFA, que encerrem prescries, a seremexecutadas pelos Ministros Militares, devero ser aprovados pelo Presidente da Repblica.

    Art. 27. Compete ao EMFA:

    1) elaborar, anualmente, com participao dos Ministrios Militares, um Plano Geral de convocaopara o Servio Militar inicial, regulando as condies de recrutamento da classe a incorporar no anoseguinte, nas Foras Armadas;

    2) fixar, anualmente, as condies de tributao dos municpios, mediante proposta dos MinistrosMilitares;

    3) fixar critrios para a seleo, tendo em vista a prestao do Servio Militar inicial, de acordo comos requisitos apresentados pelos Ministrios Militares;

    4) declarar, anualmente, quais os estabelecimentos ou empresas industriais, de interesse militar, detransporte e de comunicaes, que so relacionados, diretamente, com a Segurana Nacional, parafins de dispensa de incorporao de empregados, operrios ou funcionrios;

    5) baixar instrues para execuo do Servio Militar no exterior, quanto aos brasileiros que seencontrarem fora do pas;

    6) coordenar a confeco de tabelas nicas de uniforme e material de instruo dos Tiros-de-Guerraou rgos criados com a mesma finalidade;

    7) coordenar os trabalhos de Relaes Pblicas (e Publicidade) do Servio Militar nos aspectoscomuns s trs Foras Armadas;

    8) encarregar-se do Fundo do Servio Militar, de conformidade com o disposto neste Regulamento;

    9) propor a fixao de dotaes oramentrias prprias, destinadas s despesas para execuo da

  • LSN e administr-las, de acordo com o disposto neste Regulamento;

    10) coordenar qualquer assunto referente ao Servio Militar no especificado nos nmerosanteriores deste artigo, que envolva interesses essenciais relacionados com mais de uma ForaArmada e que exija critrio uniforme de soluo.

    Art. 28 So rgos de direo do Servio Militar:

    1) no Exrcito: a Diretoria do Servio Militar (DSM);

    2) na Marinha: a Diretoria do Pessoal da Marinha (DPM);

    3) na Aeronutica: a Diretoria do Pessoal da Aeronutica (DPAer).

    Pargrafo nico. Cada Diretoria ter seu regulamento prprio.

    Art. 29. A execuo do Servio Militar, no Exrcito, ficar a cargo das Regies Militares (RM).

    1 Constituem rgos do Servio Militar, nos territrios das Regies Militares:

    1) as Sees do Servio Militar Regional (SSMR) e as de Tiro-de-Guerra (STG), que so rgosregionais de planejamento, execuo e coordenao do Servio Militar. Dependem tecnicamente daDiretoria do Servio Militar;

    2) as Circunscries do Servio Militar (CSM), que so rgos regionais de execuo e fiscalizaodo Servio Militar. Tero instrues prprias de funcionamento, em que sero definidas asatribuies dos rgos subordinados. So dependentes tcnica e doutrinariamente da DSM, atravsdas SSMR, e administrativa e disciplinarmente dos Comandantes de RM;

    3) as Delegacias de Servio Militar (Del SM), que so rgos executores e fiscalizadores,diretamente subordinados CSM em cujo territrio tenham sede e que abrangem uma mais Juntasdo Servio Militar;

    4) as Juntas de Servio Militar (JSM), que so rgos executores do Servio Militar nos MunicpiosAdministrativos. Esto subordinados tecnicamente s CSM correspondentes por intermdio das DelSM; e

    5) os rgos Alistadores (OA), sob a responsabilidade de Organizaes Militares, designadas peloMinistro da Guerra, que, como as JSM, so rgos executores do Servio Militar e encarregados doalistamento militar. Dependem tecnicamente da CSM, em cujo territrio tenham sede.

    2 As CSM e as Del SM tero organizao adequada populao e territrio que lhes competiratender. Sempre que necessrio, delas podero fazer parte, permanente ou temporariamente,elementos dos outros Ministrios Militares, de acordo com o disposto no pargrafo nico do art. 32,deste Regulamento.

    3 As JSM, como rgos de execuo nos municpios, sero presididas pelos PrefeitosMunicipais, tendo como Secretrio um funcionrio municipal. Em caso de necessidade absoluta, oagente estatstico local desempenhar as funes de Secretrio. A critrio do Presidente da JSMpodero ser designados seus auxiliares outros funcionrios municipais. Todo o pessoal da JSMdever ser de reconhecida idoneidade moral e profissional.

    4 Quando razes imperiosas, devidamente justificadas, impedirem o Prefeito Municipal deexercer as funes de Presidente da JSM, poder ele designar seu representante para exerc-las umfuncionrio municipal de reconhecida capacidade e idoneidade moral.

    5 O Secretrio da JSM ser designado pelo Comandante da RM, por proposta da CSMcompetente, mediante indicao do Prefeito Municipal. Dever realizar, sempre que possvel, umestgio preparatrio das funes na Del SM ou na CSM ou por correspondncia. Excepcionalmente,se o vulto dos trabalhos da JSM o aconselhar, podero ser designados mais de um Secretrio para amesma JSM.

    6 Os Comandantes de RM podero modificar a composio de qualquer JSM, cuja atuao

  • contrarie o interesse pblico, adotando, ento, aquela autoridade, medidas que no caso couberem.

    7 Nos Municpios onde houver Tiros-de-Guerra, o seu Diretor ser, tambm, o Presidente daJSM, que ter como Secretrio o instrutor mais antigo. E, neste caso:

    1) o Presidente da JSM ser designado pelo Comandante da Regio e os Prefeitos municipais ficamdispensados da presidncia;

    2) funcionrios municipais podero tambm ser designados, pelos Prefeitos, para auxiliares da JSMpresidida pelo Diretor do Tiro-de-Guerra.

    3) se os Prefeitos municipais forem tambm Diretores do Tiro-de-Guerra, a JSM ficar constitudanormalmente, de acordo com o disposto no pargrafo 3, deste artigo.

    8 Nos municpios sede de CSM e de outras Organizaes Militares, mediante proposta dosComandantes de RSM, poder deixar de ser instalada JSM. Nesses municpios, os encargos da JSMsero desempenhados por rgo Alistador, sob a responsabilidade de uma Organizao Militar.

    9 A responsabilidade pela instalao e manuteno adequadas das JSM (sede, pessoal e material),quer presididas pelo Prefeito, quer pelo Diretor do Tiro-de-Guerra, do Municpio Administrativo.

    10. O Comandante da RM, em caso de dificuldades para o funcionamento das JSM, porirregularidades graves ou por falta de sede, pessoal ou material adequados, poder suspender o seufuncionamento, em carter temporrio, caso em que designar a JSM de outro Municpio, paraatendimento dos trabalhos vinculados Junta de funcionamento suspenso, sem prejuzo de medidasadministrativas e judiciais, julgadas necessrias.

    11. Compete s JSM:

    1) cumprir as instrues para o seu funcionamento, baixadas pelo Ministro da Guerra;

    2) cumprir as prescries tcnicas baixadas pela CSM correspondente;

    3) executar os trabalhos de Relaes Pblicas, inclusive Publicidade do Servio Militar, no seuterritrio; e

    4) efetuar a fiscalizao dos trabalhos do Servio Militar, a seu cargo, mantendo elevado padromoral e funcional nas suas atividades e proibindo a atuao de intermedirios.

    12. As Del SM funcionaro anexas a uma JSM, escolhida de acordo com a capacidade deatendimento do municpio e de comunicao com as demais JSM de sua jurisdio.Excepcionalmente, podero funcionar nas sedes das CSM.

    13. Constituem rgos alistadores, no Exrcito:

    1) Juntas de Servio Militar;

    2) Circunscries de Servio Militar; e

    3) rgos Alistadores (OA), sob a responsabilidade de Organizaes do Exrcito.

    Art. 30. A execuo do Servio Militar, na Marinha, ficar a cargo da Diretoria do Pessoal daMarinha (DPM).

    1 Para esse fim, a DPM superintender tecnicamente os seguintes rgos e elementos navais:

    1) Distritos Navais (DN) - que so rgos de planejamento, execuo e fiscalizao do ServioMilitar nos territrios de sua Jurisdio;

    2) Bases Navais (BN) - que so rgos de execuo e fiscalizao do Servio Militar, subordinadosaos Distritos Navais respectivos;

    3) Capitanias dos Portos (CP) - que, com suas Delegacias (DelCP) e Agncias (AgCP), so rgosexecutantes do Servio Militar nos territrios de sua jurisdio, subordinadas aos Distritos Navaisrespectivos; e

  • 4) Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) - rgo de execuo do Servio Militar, concernente aopessoal a ele destinado.

    2 Constituem rgos alistadores, na Marinha;

    1) Diretoria do Pessoal da Marinha;

    2) Distritos Navais;

    3) Capitanias dos Portos;

    4) Delegacias das Capitanias dos Portos;

    5) Agncias das Capitanias dos Portos;

    6) Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro;

    7) Centro de Armamento da Marinha; e

    8) Outros rgos ou comisses, assim declarados pelo Ministro da Marinha.

    Art. 31. A execuo do Servio Militar, na Aeronutica, ficar a cargo das Zonas Areas (ZA).

    1 Constituem rgos do Servio Militar, nos territrios das ZA.

    1) os Servios de Recrutamento e Mobilizao de Zona Area (SRMZA), que so rgos deplanejamento, execuo e coordenao do Servio Militar, no mbito da ZA. Dependemtecnicamente da DPAer e reger-se-o por instrues prprias; e

    2) as Juntas de Alistamento da Aeronutica (JAAer), nas Unidades e Estabelecimentos. Dependemtecnicamente dos SRMZA.

    2 Constituem rgos alistadores na Aeronutica:

    1) Servios de Recrutamento e Mobilizao de Zona Area;

    2) Juntas de Alistamento da Aeronutica;

    3) Comisses de Seleo, a funcionarem junto a reparties pblicas civis ou militares, autrquicase de economia mista, federais, estaduais e municipais e estabelecimentos de ensino e industriais; e

    4) outros rgos, assim declarados pelo Ministro da Aeronutica.

    Art. 32. Os rgos do Servio Militar de cada Ministrio Militar, enumerados nos Art. 29, 30 e 31deste Regulamento, atendero, tambm, as necessidades dos outros dois Ministrios, medianteentendimento adequado.

    Pargrafo nico. Para este fim, podero ser designadas comisses ou representantes de umMinistrio, permanentes ou temporrios, junto aos rgos de execuo de outro Ministrio.

    Art. 33. Os Consulados do Brasil sero rgos executores do Servio Militar no exterior, quanto aosbrasileiros que se encontrarem dentro de sua jurisdio.

    CAPTULO VI

    Da Diviso Territorial

    Art. 34. O territrio nacional, para efeito do Servio Militar, compreende:

    1) Juntas de Servio Militar (JSM), correspondentes aos Municpios Administrativos;

    2) Delegacias de Servio Militar (DelSM), abrangendo uma ou mais Juntas de Servio Militar;

    3) Circunscries de Servio Militar (CSM), abrangendo diversas Delegacias de Servio Militar,situadas, tanto quanto possvel, no mesmo Estado; e

    4) Zonas de Servio Militar (ZSM), abrangendo duas ou mais Circunscries de Servio Militar.Para efeitos deste Regulamento:

  • a) no Exrcito, sero constitudas as Zonas: de Servio Militar Norte, abrangendo as CSMlocalizadas no territrio das 7, 8 e 10 RM; de Servio Militar Centro, abrangendo as CSMlocalizadas no territrio das 1, 2, 4, 6, 9 e 11 RM; e de Servio Militar Sul, abrangendo as CSMlocalizadas nas 3 e 5 RM;

    b) na Marinha e na Aeronutica, as ZSM sero organizadas, quando necessrio, por proposta dosrespectivos Ministrios.

    1 O Distrito Federal e os Territrios Federais, exceto o de Fernando de Noronha, so equiparadosa Estados para os efeitos da LSM e deste Regulamento; as suas divises administrativas soequiparadas a Municpios. O territrio de Fernando de Noronha, para o mesmo fim, fica equiparadoa Municpio.

    2 Os municpios sero considerados tributrios ou no tributrios, conforme sejam ou nodesignados, no Plano Geral de Convocao, contribuintes para a seleo e conseqente convocaopara o Servio Militar inicial.

    Art. 35. A designao dos municpios tributrios ser feita anualmente pelo EMFA, medianteproposta dos Ministros Militares.

    1 As propostas para a tributao dos municpios devero especificar:

    1) municpios tributrios de Organizaes Militares da Ativa;

    2) municpios tributrios de rgos de Formao de Reserva; e

    3) municpios tributrios de Organizaes Militares da Ativa e de rgos de Formao de Reserva,simultaneamente;

    2 Na tributao dos municpios sero levadas em considerao as seguintes condies:

    1) necessidades e localizao das Organizaes Militares da Ativa e dos rgos de Formao deReserva;

    2) ndice demogrfico e facilidades de comunicao e de transporte do municpio;

    3) possibilidades oramentrias dos Ministrios Militares; e

    4) caractersticas da mobilizao.

    3 Dever, ainda, ser levada em considerao a necessidade de evitar a certeza de que umdeterminado municpio seja sempre dispensado de incorporao.

    4 Em conseqncia da tributao de que trata o presente artigo, sero designados, quandonecessrio, os municpios constitutivos das Guarnies Militares, referidas no Art. 89 e seuspargrafos, deste Regulamento.

    Art. 36. Entre outros, sero designados como tributrios:

    1) de Organizao Militar da Ativa - os municpios sede dessas Organizaes e, se necessrio, osmais prximos delas;

    2) de rgos de Formao de Reserva - os municpios (apenas as suas zonas urbana e suburbana)sede desses rgos e vizinhos, se possvel.

    Art. 37. Tero prioridade para serem classificados como no tributrios de Organizaes Militaresda Ativa os municpios que possurem uma das seguintes condies:

    1) recenseamento militar de fraco coeficiente; ou

    2) meios de comunicao e de transporte deficientes.

    TTULO IV

    Do Recrutamento para o Servio Militar

  • CAPTULO VII

    Do Recrutamento

    Art. 38. O recrutamento fundamenta-se na prestao do Servio Militar em carter obrigatrio ou novoluntariado, nos Termos dos Arts. 5 e 127 do presente Regulamento. Compreende:

    1) convocao (nas suas diferentes finalidades);

    2) seleo;

    2) convocao incorporao ou matrcula (designao); e

    4) incorporao ou matrcula nas Organizaes Militares da Ativa ou nos rgos de Formao deReserva.

    CAPTULO VIII

    De Seleo e do Alistamento

    Art. 39. A seleo, quer da classe a ser convocada, quer dos voluntrios, ser realizada dentro dosseguintes aspectos:

    1) fsico;

    2) cultural;

    3) psicolgico; e

    4) moral.

    Art. 40. Todos os brasileiros devero apresentar-se, obrigatoriamente, para fins de seleo ou deregularizao de sua situao militar, no ano em que completarem 18 (dezoito) anos de idade,independentemente de Editais, Avisos ou Notificaes, em local e poca que forem fixados nesteRegulamento e nos Planos e Instrues de Convocao.

    Pargrafo nico. A apresentao dever ser realizada inicialmente para o alistamento eposteriormente para a seleo propriamente dita.

    Art. 41. O alistamento constitui o ato prvio, e obrigatrio, seleo.

    1 A apresentao obrigatria para o alistamento ser feita dentro dos primeiros seis meses do anoem que o brasileiro completar 18 (dezoito) anos de idade. Quanto queles que sejam voluntriospara a prestao do Servio Militar inicial, poder ser feita a partir da data em que o interessadocompletar 16 (dezesseis) anos de idade. Quanto aos brasileiros naturalizados ou por opo, deverrealizar-se dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que receberem o certificado denaturalizao ou da assinatura do termo de opo.

    2 O alistamento ser efetuado normalmente pelo rgo alistador do local de residncia, ou,excepcionalmente, em outro rgo alistador, se as circunstncias o justificarem, a juzo desse ltimorgo, bem como nos Consulados do Brasil, para os que estiverem no exterior. Os rgosalistadores funcionaro normalmente durante todo o ano.

    3 Aos brasileiros que residirem ou se encontrarem no exterior, prximo a localidade brasileira, facultada a apresentao, por conta prpria, para o alistamento, no rgo alistador da referidalocalidade.

    4 A inexistncia ou falta de rgo alistador no local de residncia no constituir motivo paraisentar qualquer brasileiro do alistamento obrigatrio no perodo previsto no pargrafo 1, desteartigo.

    5 O brasileiro que no se tiver apresentado para o alistamento obrigatrio, na condio fixada no

  • pargrafo 1, deste artigo:

    1) incorrer na multa mnima prevista no nmero 1 do Art. 176, deste Regulamento; e

    2) ser alistado pelo rgo alistador a que comparecer por qualquer motivo.

    Art. 42. Ao ser alistado, todo o brasileiro receber imediata e gratuitamente, do rgo alistador, OCertificado de Alistamento Militar (CAM).

    1 Na ocasio da lavratura do CAM, ser registrada, como limite de validade inicial, a data de 1de dezembro do ano que anteceder ao da incorporao da classe a que pertencer o alistado oudaquela a que se encontrar vinculado.

    2 Terminado o prazo acima estabelecido e continuando o brasileiro em dia com as obrigaesmilitares, a validade do CAM ser prorrogada, nas condies seguintes:

    1) at a data da incorporao ou matrcula;

    2) at o recebimento, quando for o caso, do Certificado de Iseno ou de Dispensa de Incorporao;ou

    3) enquanto permanecer com a incorporao adiada.

    Art. 43. Ao apresentar-se ao rgo alistador do local de residncia para o alistamento, deconformidade com o fixado nos Art. 40 e 41 deste Regulamento, todo o brasileiro dever estarmunido dos seguintes documentos:

    1) certido de nascimento ou prova equivalente. Se for brasileiro naturalizado ou por opo, a provade naturalizao ou certido do termo de opo;

    2) duas fotografias 3 x 4 cm; e

    3) declarao de no haver se alistado ainda em outro rgo alistador, assinada pelo alistando, ou, aseu rogo, por pessoa idnea. Essa declarao poder ser feita na Ficha de Alistamento Militar(FAM), a ser organizada pelo rgo alistador.

    1 Os alistandos residentes em municpios tributrios e que sejam arrimos de famlia deveroapresentar, ainda, os documentos comprovantes dessa situao e o requerimento solicitandodispensa de incorporao, nos termos do pargrafo 10 do Art. 105, deste Regulamento.

    2 O brasileiro que no tiver sido registrado civilmente, que no possuir documento hbil deidentificao ou que ignorar se foi registrado ou o lugar em que o tenha sido:

    1) ser alistado de acordo com as declaraes de duas testemunhas identificadas, sobre o nome, datae lugar de nascimento, filiao, estado civil, residncia e profisso as quais sero anotadas em livroespecial e vlidas em carter provisrio, exclusivamente para fins de Servio Militar. No CAMdever ser anotado (carimbo em cor vermelha): "No vlido como prova de identidade, por faltade apresentao de documento hbil de identificao";

    2) se for incorporado ou matriculado, caber ao seu Comandante, Chefe ou Diretor, faz-loregularizar a sua situao, dentro do prazo de prestao do Servio Militar inicial, com o registrocivil, ou com providncias para obteno da prova desse registro, ou, ainda, com a competentejustificao judicial;

    3) se for dispensado do Servio Militar inicial, ou isento, o Certificado correspondente deverconter a anotao prevista no nmero 1 deste pargrafo, a menos que tenha sido apresentado, emtempo til, o documento hbil de identificao.

    3 Os brasileiros residentes no exterior, ao se alistarem nos Consulados do Brasil, deveroapresentar, tambm, prova legal de residncia.

    4 Os brasileiros preferenciados para cada uma das Foras Armadas, de acordo com o Art. 69,deste Regulamento devero alistar-se em rgo alistador do Ministrio correspondente.

  • Art. 44. O brasileiro que se alistar duas vezes incorrer na multa prevista no nmero 1 do Art. 177,deste Regulamento independentemente de outras sanes a que possa estar sujeito.

    Art. 45. No alistamento realizado em municpio tributrio, sero anotados, no CAM, o local e a dataem que dever ser feita a apresentao para a seleo, desde que esses elementos sejam conhecidos.

    Pargrafo nico. Caso o alistando apresente notria incapacidade fsica, ter aplicao o dispostoem os Artigos 59 e 60 deste Regulamento. O rgo alistador poder providenciar a inspeo desade do requerente.

    Art. 46. Por ocasio do alistamento da classe, e a critrio dos Comandantes de RM, DN ou ZA,podero ser constitudas Comisses de Seleo, nas Organizaes Militares onde funcionaremrgos alistadores, com a finalidade de realizarem a inspeo de sade dos alistandos. Essa inspeose reger pelo disposto em o Art. 52 deste Regulamento.

    1 Os julgados incapazes definitivamente recebero Certificados de Iseno.

    2 Os demais devero apresentar-se, na poca da seleo da classe, conforme estabelece o Art. 48do presente Regulamento, sendo, ento, submetidos a nova inspeo de sade.

    Art. 47. Para os brasileiros residentes nos municpios no tributrios, o recrutamento ficar limitadoao alistamento.

    Art. 48. Os brasileiros da classe a ser convocada, residentes em municpios tributrios, ficamobrigados a apresentar-se para a seleo, a ser realizada dentro do segundo semestre do ano em quecompletarem 18 (dezoito) anos de idade, independentemente de Editais, Avisos e Notificaes, emlocais e prazos fixados neste Regulamento e nos Planos e Instrues de Convocao. Tambmficam obrigados a essa apresentao os brasileiros vinculados classe a ser convocada.

    l A seleo deve proporcionar a avaliao dos brasileiros, a serem convocados para o ServioMilitar inicial, quanto aos aspectos fsico, cultural, psicolgico e moral, de forma a permitir sejamaproveitados para incorporao ou matrcula, de acordo com as suas aptides e as necessidades dosMinistrios Militares.

    2 Sero submetidos seleo os conscritos, os voluntrios e os pertencentes a classes anteriores,ainda em dbito com o Servio Militar.

    3 Os brasileiros que se apresentarem para a seleo, sem terem realizado o alistamento, devero,previamente, ser alistados, no rgo alistador competente.

    Art. 49. A seleo, para todas as Foras Armadas ser realizada por meio de Comisses de Seleo(CS), para isso designadas pela autoridade competente e constitudas por militares da ativa ou dareserva e, se necessrio, completadas com civis devidamente qualificados. Essas Comissesfuncionaro de acordo com instrues particulares, nos locais e prazos previstos nos Planos eInstrues de Convocao.

    1 O Ministro Militar interessado fixar as indenizaes e gratificaes para o mdico civil ou dareserva no convocado, que colaborar nas inspees de sade realizadas pela Comisso de Seleo.

    2 Os brasileiros residentes em municpios tributrios que, por qualquer motivo, deixarem de seapresentar nas pocas fixadas para a seleo de sua classe e os vinculados a essa classe poderoapresentar-se, durante as pocas de incorporao, s Comisses de Seleo, que estaro funcionandonas Organizaes designadas para esse fim, sem prejuzo das sanes (multas) a que estiveremsujeitos.

    3 Os brasileiros naturalizados e os por opo sero submetidos primeira seleo a ser realizada,aps o fornecimento do certificado de naturalizao ou da assinatura do termo de opo.

    4 Os brasileiros, aps completarem 16 (dezesseis) anos de idade, residentes em quaisquermunicpios, podero apresentar-se para a seleo desde que satisfaam as condies fixadas pelosMinistros Militares para a sua aceitao, como voluntrios, de acordo com o disposto no Art. 127 e

  • seus pargrafos, deste Regulamento.

    5 Os voluntrios, nas condies fixadas no pargrafo 4, anterior, uma vez apresentados para aseleo, ficam sujeitos s mesmas obrigaes impostas classe a ser convocada, respeitando-se ascondies fixadas nas inscries para a sua aceitao.

    6 Aos brasileiros que residirem ou se encontrarem no exterior, prximo a localidade brasileiraonde funcionar CS, facultado que ali se apresentem, por conta prpria, para a seleo.

    Art. 50. A seleo compreender alm do alistamento:

    1) inspeo de sade e, a critrio dos Ministrios Militares, outras provas fsicas;

    2) testes de seleo;

    3) entrevista; e

    4) apreciao de outros elementos disponveis.

    Pargrafo nico. A seleo de que trata este artigo ser feita de acordo com instrues baixadas peloMinistro Militar interessado.

    Art. 51. As CS, que funcionaro, em princpio, nas sedes dos municpios tributrios, seroconstitudas, no mnimo, de trs oficiais, inclusive de um mdico e do Delegado do Servio Militarno territrio jurisdicionado pela respectiva Delegacia. Tambm integraro as CS praas auxiliaresnecessrias e os Secretrios de JSM, nas sedes dos seus municpios.

    1 Quando houver interesse, podero integrar as CS oficiais das outras Foras Armadas, medianteentendimento prvio entre os Comandantes de RM, DN e ZA.

    2 As CS podero ser fixas ou rolantes.

    Art. 52. Os inspecionados de sade, para fins do Servio Militar, sero classificados em quatrogrupos:

    1) Grupo "A", quando satisfizerem os requisitos regulamentares, possuindo boas condies derobustez fsica. Podem apresentar pequenas leses, defeitos fsicos ou doenas, desde quecompatveis com o Servio Militar.

    2) Grupo "B-1", quando, incapazes temporariamente, puderem ser recuperados em curto prazo.

    3) Grupo "B-2", quando, incapazes temporariamente, puderem ser recuperados, porm suarecuperao exija um prazo longo e as leses, defeitos ou doenas, de que foram ou sejamportadores, desaconselhem sua incorporao ou matrcula.

    4) Grupo "C", quando forem incapazes definitivamente (irrecuperveis), por apresentarem leso,doena ou defeito fsico considerados incurveis e incompatveis com o Servio Militar.

    Pargrafo nico. Os pareceres emitidos nas atas de inspeo de sade sero dados sob uma dasseguintes formas:

    1) "Apto A";

    2) "Incapaz B-1";

    3) "Incapaz B-2";

    4) "Incapaz C".

    Art. 53. Os conscritos que, inspecionados de sade por ocasio do alistamento, forem julgados"Apto A", "Incapaz B-1" e "Incapaz B-2", sero submetidos a nova inspeo de sade, por ocasioda seleo a que esto sujeitos de acordo com o disposto em o 2 do Art. 46 deste Regulamento.Apenas os que tiverem sido julgados "Aptos A", h menos de 6 (seis) meses, podero deixar derealiz-la, a critrio da CS.

    Art. 54. Os conscritos e voluntrios julgados "Aptos A" sero submetidos aos testes e entrevistas,

  • consoante as instrues para a seleo, dos Ministros Militares.

    Art. 55. Os conscritos julgados "Incapaz B-1" tero adiamento de incorporao por um ano econcorrero a nova seleo com a classe seguinte. Nos CAM respectivos sero devidamenteanotados o Grupo em que foram classificados, o nmero do diagnstico, a data e o local em quedevero apresentar-se para nova inspeo de sade.

    1 A requerimentos dos interessados, podero ser mandados a nova inspeo de sade nas pocasde incorporao da sua classe, desde que comprovem o tratamento do que ocasionou a incapacidadetemporria. Se julgados aptos, concorrero incorporao com a sua classe.

    2 Por iniciativa da Fora Armada em que tenha sido realizada a seleo e de acordo com os meiosdisponveis, os conscritos podero ser submetidos a tratamento do que ocasionou a incapacidadetemporria e mandados a nova inspeo de sade nas pocas de incorporao da sua classe. Sejulgados aptos, concorrero incorporao com a mesma classe.

    Art. 56. Os conscritos que forem julgados "Incapaz B-1" em duas inspees de sade, realizadaspara a seleo de duas classes distintas, qualquer que seja o diagnstico, sero includos, desde logo,no excesso do contingente. Tero, nos respectivos CAM, anotados o Grupo em que foramclassificados, o nmero do diagnstico e a expresso "Excesso do contingente".

    Pargrafo nico. Os conscritos que forem julgados "Incapaz B-1", com o mesmo diagnstico oucom diagnsticos diferentes, em duas inspees de sade, realizadas em datas afastadas de mais de6 (seis) meses e durante a seleo da mesma classe, podero ser mandados incluir, de imediato, noexcesso do contingente, a critrio dos Comandantes de RM, DN ou ZA, uma vez que no hajaoutras servides a satisfazer. Uma das inspees poder ser realizada por ocasio do alistamento. OsCAM respectivos, se for o caso, recebero anotaes idnticas s prescritas neste artigo.

    Art. 57. Os conscritos julgados "Incapaz B-2" sero includos, desde logo, no excesso docontingente, fazendo-se nos CAM correspondentes as anotaes determinadas no artigo anterior.

    Pargrafo nico. A reabilitao dos conscritos de que trata este artigo, bem como dos julgados"Incapaz B-1" nos termos do artigo anterior e seu pargrafo nico, em conseqncia derequerimento do interessado, por uma nica vez, ser feita na forma do Art. 110 e seus pargrafos 1e 2, do presente Regulamento.

    Art. 58. Os conscritos e voluntrios julgados "Incapaz C", em qualquer das inspees, recebero oCertificado de Iseno, que lhes ser fornecido pelas autoridades fixadas no Art. 165, pargrafo 1,deste Regulamento.

    Art. 59. Os portadores de leso, defeito fsico ou doena incurvel, notoriamente incapazes para oServio Militar, a partir do ano em que completarem 17 (dezessete) anos de idade, podero requerero Certificado de Iseno s CSM, ou rgos correspondentes da Marinha e da Aeronutica, seresidentes no Pas, e DSM, DPM ou DPAer, por intermdio dos Consulados, se residentes noexterior. Estas prescries tambm so aplicveis aos residentes em municpios no tributrios.

    Pargrafo nico. Os requerimentos, a que se refere este artigo, sero instrudos com documentosnecessrios pala comprovar a situao alegada e caber s CSM, ou rgos correspondentes daMarinha e da Aeronutica, e aos Consulados do Brasil, tomar as providncias necessrias verificao da veracidade do alegado, seja diretamente por seus rgos, seja por solicitao a outrosrgos oficiais disponveis.

    Art. 60. Os conscritos, que se encontrarem clinicamente impossibilitados de comparecer seleo,podero requerer a regularizao de sua situao militar, aos Comandantes de RM, DN ou ZA,diretamente ou por intermdio das CS fixas ou volantes, juntando atestado mdico que comprove odeficiente estado fsico ou mental e a impossibilidade da locomoo. Quando se encontraremrecolhidos a hospitais ou clnicas especializadas, o Diretor desses estabelecimentos dever participaressa situao do conscrito ao Comandante de RM, DN ou ZA, o qual adotar as medidasconvenientes.

  • Art. 61. Os Ministros Militares atravs das Diretorias de Sade respectivas, baixaro instrues paraa inspeo de sade dos conscritos, de modo que atendam as diferentes necessidades dosMinistrios.

    1 Devero ser realizados, pelas referidas Diretorias, estudos dos resultados das inspeesefetuadas em cada ano, tendo em vista as exigncias das futuras inspees e o interesse dosproblemas relacionados com a situao fsica da populao.

    2 Os resultados desses estudos devero ser remetidos, simultaneamente, ao EMFA e aoMinistrio da Sade.

    Art. 62. Os conscritos que devam fazer deslocamentos para os locais de seleo o faro por contaprpria.

    Art. 63. Colaboraro na seleo anual do contingente, mediante solicitao dos Comandantes deRM, DN e ZA, os servios mdicos de entidades federais e, mediante anuncia ou acordo prvio,os mesmos servios de rgos estaduais e municipais, bem como de entidades autrquicas, deeconomia mista e particulares, com a finalidade de utilizao dos processos mais adequados nasinspees de sade.

    Art. 64. A seleo para matrcula nos rgos de Formao de Reserva ser realizada nas pocasfixadas para a seleo da classe a ser convocada, de acordo com o estabelecido nos Planos deConvocao e nos regulamentos dos respectivos rgos.

    1 Nessa seleo, sero obedecidas, no que forem aplicveis, as prescries gerais estabelecidasneste Regulamento.

    2 As CS para matrcula nos Tiros-de-Guerra podero ser constitudas pelo Diretor do Tiro, peloDelegado do Servio Militar ou pelo Instrutor do Tiro-de-Guerra e por um mdico local, designadopelo Comandante da RM, de acordo com a legislao vigente.

    CAPTULO IX

    Da Convocao e da Distribuio do Contingente

    Art. 65 Sero convocados anualmente, para prestar o Servio Militar inicial nas Foras Armadas, osbrasileiros pertencentes a uma nica classe, bem como os abrangidos pelo pargrafo nico do Art.111, deste Regulamento.

    Art. 66. A classe convocada ser constituda dos brasileiros que completarem 19 (dezenove) anos deidade entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano em que devero ser incorporados em OrganizaoMilitar da Ativa ou matriculados em rgo de Formao de Reserva.

    1 Por Organizao Militar, entendem-se os Corpos-de-Tropa, Reparties, Estabelecimentos,Navios, Bases Navais ou Areas e qualquer unidade ttica ou administrativa, que faa parte do todoorgnico do Exrcito, da Marinha ou da Aeronutica.

    2 rgos de Formao de Reserva a denominao genrica dada aos rgos de formao deoficiais, graduados e soldados ou marinheiros para a reserva.

    3 As Subunidades-quadros, com a finalidade de formar soldados ou marinheiros especialistas egraduados de fileira e especialistas, destinados no s ativa como reserva, so consideradas,conforme o caso, como Organizao Militar da Ativa ou rgo de Formao de Reserva.

    Art. 67. A convocao para o Servio Militar inicial ser regulada anualmente pelo Plano Geral deConvocao, elaborado pelo EMFA, com participao dos Ministrios Militares, no qual seespecificaro:

    1) classe a ser convocada

    2) pocas para a seleo e para a incorporao ou matrcula dos convocados;

    3) prazos de apresentao;

  • 4) tributao dos municpios, de acordo com o disposto nos Art. 35, 36 e 37 deste Regulamento;

    5) distribuio dos contingentes, segundo as necessidades dos Ministrios Militares; e

    6) outras prescries necessrias.

    1 O Plano Geral de Convocao para o Servio Militar inicial dever ser expedido no ms demaio do ano em que a classe a ser convocada completar 18 (dezoito) anos de idade. Para isto, osMinistros Militares encaminharo as suas propostas ao EMFA durante o ms de abril do mesmoano.

    2 A tributao dos municpios dever constar de anexo ao Plano Geral de Convocao, para finsde distribuio aos Ministrios interessados.

    Art. 68. A distribuio dos contingentes depender:

    1) dos Quadros de Efetivos a preencher, levando-se em considerao os claros abertos pelolicenciamento dos incorporados e por outros motivos;

    2) das necessidades e possibilidades de matrcula nos rgos de Formao de Reserva.

    Pargrafo nico. Caber ao Exrcito, em princpio, a responsabilidade geral do recrutamento para oServio Militar inicial dos residentes nos municpios sedes das suas Organizaes Militares daAtiva e dos seus rgos de Formao de Reserva, ou prximos daquelas Organizaes e dessesrgos de Formao. As necessidades da Marinha e da Aeronutica, quanto aos residentes nessesmunicpios, sero atendidas pelas propostas de tributao de que trata o Art. 35 e objetivadas nostermos do Art. 71, ambos deste Regulamento.

    Art. 69. Tero destino preferencial, na distribuio, os que na poca da seleo da classe:

    1) para o Exrcito:

    a) exercerem profisses ou tiverem aptides de interesse especial; ou

    b) exercerem profisses compreendidas no nmero 5 do Art. 105 do presente Regulamento e noestiverem preferenciados para a Marinha ou para a Aeronutica.

    2) para a Marinha:

    a) tiverem um ano de exerccio nas profisses para a qual se matricularam nas Capitanias dosPortos, suas Delegacias ou Agncias;

    b) tiverem exercido, por um ano, atividades tcnico-profissionais em bases, fbricas, centros deconstruo ou reparo naval, estaleiros, diques, carreiras, oficinas ou terminais martimos, bem comoos que estiverem matriculados, h mais de um ano, em escolas tcnico-profissionais concernentes satividades navais;

    c) como Escoteiro do Mar, tiverem pelo menos trs anos de atividade escoteira;

    d) os que contarem pelo menos um ano de servio em atividades de fotogrametria e cartografianutica em estabelecimentos navais; ou

    e) estiverem inscritos em associaes de pesca submarina registradas nas Capitanias dos Portos eque contarem pelo menos trs anos de atividade regular nessas associaes.

    3) para a Aeronutica:

    a) estiverem matriculados nas Escolas Tcnicas de Aviao;

    b) estiverem matriculados nas Escolas de Pilotagem das Associaes de Vo, das Empresas deAviao Comercial, dos Aeroclubes e os que forem possuidores de habilitao como piloto deavio;

    c) pertencerem ao escoteirismo areo, ou praticarem vo a vela;

    d) forem aprendizes de artfice, operrios ou tcnicos de qualquer grau, em fbricas, indstrias ou

  • Oficinas de material aeronutico;

    e) exercerem funo tcnico-profissional em Empresas de Aviao Comercial, desportiva, deatividades comuns ou de execuo de levantamento aerofotogramtrico; ou

    f) forem servidores civis do Ministrio da Aeronutica, com mais de um ano de servio.

    Pargrafo nico. Os preferenciados ficaro vinculados Fora Armada respectiva, que fixar amelhor maneira para o seu aproveitamento, dentro das prescries da LSM e deste Regulamento,tendo em vista as necessidades do Servio Militar, no tempo de paz e na mobilizao. S medianteentendimento entre os Ministrios Militares, o preferenciado de uma Fora pode ser aproveitado emoutra Fora.

    Art. 70. Os Ministrios Militares baixaro, se necessrio, instrues complementares deConvocao para o Servio Militar inicial, as quais completaro o Plano Geral de Convocao.

    Art. 71. As Regies Militares elaboraro os Planos Regionais de Convocao, nele incluindo asnecessidades dos Distritos Navais e Zonas Areas, com informaes sobre os preferenciados,fornecidas pelos Comandantes respectivos. Os Planos Regionais de Convocao especificaro todasas medidas de execuo relacionadas com apresentao, a seleo, a incorporao e matrcula eoutras particularidades.

    Art. 72. Os DN e ZA baixaro as Instrues necessrias para a execuo da convocao, no mbitodas suas responsabilidades.

    Art. 73. Devero ser divulgadas, mediante publicidade adequada, e oportuna, as prescries doPlano Geral de Convocao, instrues Complementares de Convocao, Planos Regionais deConvocao e Instrues dos DN e ZA, que interessarem aos brasileiros abrangidos por essesdocumentos.

    Art. 74. Os brasileiros, uma vez satisfeitas as condies de seleo, sero considerados convocados incorporao ou matrcula e:

    1) recebero destino, isto , designao; ou

    2) constituiro o excesso do contingente.

    1 Os seus CAM lhes sero devolvidos, aps devidamente anotados com:

    1) a expresso: "Designado para incorporao (ou matrcula") e mais a data e o local onde deveroapresentar-se para a efetivao da medida; ou

    2) a expresso: "Excesso do contingente" e mais a correspondente revalidao do CAM at 31 dedezembro do ano em que a sua classe deva ser incorporada.

    2 OS brasileiros que forem selecionados por rgos da Marinha ou da Aeronutica e queexcederem as necessidades de incorporao ou de matrcula, nessas Foras, aps includas asmajoraes necessrias, sero mandados apresentar aos rgos de seleo do Exrcito, com afinalidade de nele concorrerem incorporao ou matrcula com sua classe.

    3 A apresentao dos excedentes, de que trata o pargrafo anterior, dever ser feita de modo aque possam ser submetidos, no Exrcito, seleo da sua classe, ou no mnimo seleo daprimeira poca de incorporao da mesma classe.

    4 Dessa apresentao, e a critrio da respectiva Fora, sero excetuados os preferenciados, de quetrata o Art. 69, deste Regulamento.

    CAPTULO X

    Da Incorporao

    Art. 75. Incorporao o ato de incluso do convocado ou voluntrio em uma Organizao Militarda Ativa das Foras Armadas.

  • 1 A incorporao para a prestao do Servio Militar inicial poder ser feita em mais de umapoca, em todas ou determinadas RM, DN ou ZA ou Organizaes das Foras Armadas, conformeproposta dos Ministros Militares, consignada no Plano Geral de Convocao e regulada nosdocumentos decorrentes.

    2 Concorrero incorporao os brasileiros que, aps a seleo, tenham sido convocados incorporao e recebido um destino.

    3 Os assim convocados que deixarem de se apresentar dentro dos prazos estipulados, nos destinosque lhes forem atribudos, sero declarados insubmissos.

    Art. 76. Tanto quanto possvel, os convocados sero incorporados em Organizao Militar da Ativa,localizada no Municpio de sua residncia.

    Pargrafo nico. S nos casos de absoluta impossibilidade de preencher os seus prprios claros,uma Zona de Servio Militar poder receber convocados transferidos de outra Zona.

    Art. 77. Para cada Organizao Militar ser destinado um contingente igual s suas necessidades deincorporao, acrescido de uma percentagem varivel, fixada pelos Planos Regionais deConvocao e pelas Instrues dos DN e ZA, para atender a faltas, por diferentes motivos.

    Art. 78. As Organizaes Militares da Ativa podero complementar a seleo dos convocados quelhes forem destinados, visando a selecionar aqueles que sero incorporados.

    1 Os que excederem s necessidades da Organizao sero includos no excesso do contingente,nas condies previstas no pargrafo 1 do Art. 74, deste Regulamento.

    2 A complementao de que trata este artigo, que poder compreender nova inspeo de sade,ser regulada por instrues particulares, baixadas pelos Comandantes de RM, DN e ZA.

    Art. 79. Durante as pocas de incorporao sero designadas, em cada RM, DN e ZA, organizaesonde funcionaro CS fixas, destinadas a receber a apresentao e selecionar os conscritos da classeconvocada e os das anteriores ainda em dbito com o Servio Militar.

    1 No Exrcito, as CS recebero, tambm, acompanhados dos documentos com os resultados daseleo, os conscritos que tiverem excedido s necessidades da Marinha e da Aeronutica, na formado pargrafo 2 do Art. 74, deste Regulamento, dispensando-lhes o tratamento que for estabelecidonos Planos Regionais de Convocao.

    2 Sero, ainda, submetidos seleo, nas CS, os julgados em inspeo de sade "Incapaz B-l",para o Servio Militar, amparados pelos pargrafos 1 e 2 do Art. 55, deste Regulamento.

    Art. 80. Os insubmissos e desertores, quando se apresentarem ou forem capturados, seroobrigatoriamente incorporados ou reincludos, se julgados aptos para o Servio Militar, em inspeode sade. A incorporao ou reincluso dever ser efetuada, em princpio, na Organizao Militarpara que haviam sido anteriormente designados.

    Pargrafo nico. Os absolvidos nos processos e os condenados que tenham cumprido penacompletaro ou prestaro o Servio Militar inicial, ressalvado o disposto no pargrafo 5 do Art.140, deste Regulamento.

    Art. 81. Os insubmissos e desertores que, na inspeo de sade de que trata o artigo anterior, noforem julgados aptos para o Servio Militar, ficam sujeitos a legislao especial.

    Art. 82. Tero prioridade para incorporao nas Organizaes Militares da Ativa:

    1) os convocados que, tendo recebido destino de incorporao ou de matrcula em uma RM, DN ouZA, venham a transferir sua residncia para o territrio de outra RM, DN ou ZA;

    2) os conscritos, das classes anteriores, que obtiverem adiamento de incorporao para se candidatar matrcula em Escolas, Centros ou Cursos de Oficiais da Reserva, bem como em Institutos deEnsino, oficiais ou reconhecidos, destinados formao de mdicos, dentistas, farmacuticos ou

  • veterinrios, e no satisfizerem as condies exigidas para a matrcula ou no se apresentaremfindos os prazos concedidos;

    3) os que, tendo obtido adiamento de incorporao por estarem matriculados em Cursos deFormao de Oficiais das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros, interromperem os cursos antesde um ano, sem direito rematrcula e os que interromperem em qualquer tempo, os cursos dosInstitutos de Ensino destinados formao de mdicos, dentistas, farmacuticos ou veterinrios,desde que no tenha sido possvel a matrcula em rgos de Formao de Reserva;

    4) os brasileiros naturalizados e os por opo, estes desde que tenham sido educados no exterior;

    5) os que apresentarem melhores resultados na seleo.

    Art. 83. Em igualdade de condies de seleo, tero prioridade para incorporao:

    1) os refratrios;

    2) os demais brasileiros, pertencentes a classes anteriores, ainda em dbito com o Servio militar;

    3) os brasileiros por opo, desde que educados no Brasil; e

    4) os preferenciados.

    Art. 84. A incorporao, em qualquer dos casos enumerados nos Art. 82 e 83, deste Regulamento,fica condicionada a que o convocado tenha menos de 30 (trinta) anos de idade e sido julgado aptoem inspeo de sade.

    CAPTULO XI

    Da Matrcula

    Art. 85. Matrcula o ato de admisso do convocado ou voluntrio em rgo de Formao deReserva, bem como em certas Organizaes Militares da Ativa - Escola, Centro, Curso de Formaode militar da ativa.

    Pargrafo nico. As condies especficas de matrcula nas Organizaes referidas neste artigoconstaro dos regulamentos respectivos. Em nenhum caso, a matrcula realizada antes do ano emque o matriculado completar 17 (dezessete) anos ter efeito para fins da prestao do ServioMilitar, tendo em vista a idade mnima fixada no Art. 20, deste Regulamento.

    Art. 86. Concorrero matrcula nos rgos de Formao de Reserva os brasileiros que, aps aseleo, tenham sido convocados matrcula e recebido o destino correspondente.

    Pargrafo nico. Os assim convocados que deixarem de se apresentar, dentro dos prazosestipulados, nos destinos que lhes forem atribudos, sero declarados insubmissos.

    Art. 87. As condies de matrcula, inclusive prioridade, nos rgos de Formao de Reserva, serodeterminadas pelos atos que os criarem e pelos respectivos regulamentos, complementados, quandonecessrio, pelos Planos Regionais de Convocao e Instrues para execuo da Convocao dosDN e ZA. Na fixao dessas condies, sero levadas em considerao a finalidade determinanteda criao desses rgos, a melhor forma de aproveitamento dos contigentes disponveis e asprescries do presente Regulamento.

    Pargrafo nico. Tero prioridade para matrcula em rgos de Formao de Reserva, em igualdadede condies de seleo, os brasileiros que, tendo obtido adiamento de incorporao, interromperemos cursos dos Institutos de Ensino, destinados formao de mdicos, dentistas, farmacuticos ouveterinrios e satisfizerem as condies de ingresso nos mesmos rgos. No havendopossibilidade de matrcula, tero prioridade para incorporao em Organizao Militar da Ativa, nostermos do nmero 3 do Art. 82, deste Regulamento.

  • Art. 88. Nos Tiros-de-Guerra, quer localizados em municpio tributrio apenas de rgos deFormao de Reserva, quer em municpio tributrio simultaneamente desses rgos e deOrganizaes Militares da Ativa, s podero ser matriculados os brasileiros residentes, h mais de 1(um) ano, referido data do incio da poca de seleo, nas zonas urbanas e suburbana do municpiosede ou de municpio constitutivo de Guarnio Militar, a que se refere o pargrafo 1 do Art. 89,deste Regulamento, se for o caso.

    Pargrafo nico. Os residentes em zona rural dos municpios tributrios simultaneamente de rgosde Formao de Reserva (Tiros-de-Guerra) e de Organizaes Militares da Ativa, bem como osexcedentes das zonas urbana e suburbana dos referidos municpios concorrero incorporaonestas ltimas Organizaes.

    Art. 89. Os brasileiros que, na poca da seleo da sua classe, se encontrarem matriculados emEscolas Superiores ou no ltimo ano do Ciclo Colegial do Ensino Mdio, tero prioridade paramatrcula ou incorporao nos rgos de Formao de Reserva, existentes na Guarnio Militar,onde estiverem freqentando cursos. Para isto, devero satisfazer, alm das condies de seleo daclasse, as previstas nos regulamentos dos rgos de Formao de Reserva a que forem destinados.

    1 Os municpios constitutivos de cada uma dessas Guarnies Militares sero designados peloEMFA, por proposta dos Ministros Militares, apenas para os efeitos do presente artigo (Pargrafos1 e 2, do Art. 22, da LSM).

    2 Nos municpios tributrios simultaneamente de Organizaes Militares da Ativa e de rgos deFormao de Reserva, os brasileiros a que se refere este artigo:

    1) que excederem s necessidades de matrcula dos rgos de Formao de Reserva, concorrero incorporao nas Organizaes Militares da Ativa;

    2) que satisfizerem as condies de seleo da classe, mas no as dos rgos de Formao deReserva, concorrero incorporao nas Organizaes Militares da Ativa.

    Art. 90. Os refratrios dos municpios tributrios somente de rgos de Formao de Reserva, emigualdade de condies de seleo com a classe a que ficar vinculada, tero prioridade paramatrcula no referido rgo.

    Art. 91. Os insubmissos de rgos de Formao de Reserva, bem como os desertores dessesmesmos rgos por terem sido neles incorporados quando se apresentarem ou forem capturados,sero, respectivamente, incorporados em Organizao da Ativa ou reincludos, de acordo com oestabelecido no Art. 80, deste Regulamento.

    Art. 92. Os matriculados em rgos de Formao de Reserva, mesmo quando no incorporados emconseqncia das condies de funcionamento daqueles rgos, ficaro sujeitos, a prestao doServio Militar, s atividades correlatas manuteno da ordem interna, nos termos do Art. 23 e dopargrafo nico do Art. 57, da LSM.

    CAPTULO XII

    Do Excesso ou da Deficincia do Contingente

    Art. 93. Os convocados incorporao ou matrcula que, por qualquer motivo, no foremincorporados nas Organizaes Militares da Ativa ou matriculados nos rgos de Formao deReserva constituiro o excesso do contingente e sero relacionados nas CSM, ou rgocorrespondente da Marinha e da Aeronutica.

    1 O excesso do contingente destina-se a atender, durante a prestao do Servio Militar inicial daclasse, a chamada complementar para o recompletamento ou acrscimo de efetivo das Organizaesdesfalcadas ou que forem criadas.

    2 Constituiro o excesso do contingente os brasileiros residentes em municpios tributrios e que:

    1) tenham sido julgados aptos em seleo e no tenham podido receber destino de incorporao ou

  • matrcula por excederem s necessidades;

    2) tenham sido julgados "Incapaz B-1", para o Servio Militar, nos termos do Art. 56 e seupargrafo nico, bem como "Incapaz B-2", na forma dos Art. 57; 139, pargrafo 4 nmero 2, e 140,pargrafo 6, todos deste Regulamento; e

    3) tenham mais de 30 (trinta) anos de idade e estejam em dbito com o Servio Militar,independentemente da aplicao das penalidades a que estiverem sujeitos.

    Art. 94. Se houver deficincia para o atendimento das necessidades normais de incorporao oumatrcula, nos territrios das RM, DN e ZA, podero ser usados os seguintes recursos:

    1) aceitao de voluntrios;

    2) transferncia de convocados, desde que dentro da mesma Zona de Servio Militar; e

    3) dilao da durao do tempo do Servio Militar prevista nos pargrafos do Art. 21, desteRegulamento.

    Art. 95. Os includos no excesso do contingente anual, que no forem chamados para incorporaoou matrcula at 31 de dezembro do ano designado para a prestao do Servio Militar inicial da suaclasse, sero dispensados de incorporao e de matrcula e faro jus ao Certificado de Dispensa deIncorporao, a partir daquela data.

    Pargrafo nico. Os compreendidos nos nmeros 2 e 3 do pargrafo 2 do Art. 93 desteRegulamento, recebero o referido Certificado imediatamente aps a sua incluso no excesso docontingente.

    CAPTULO XIII

    Do Adiamento de Incorporao

    Art. 96. O adiamento de incorporao e de matrcula constitui o ato de transferncia de um conscritode uma classe para prestar o Servio Militar com outra classe posterior sua.

    1 O adiamento de incorporao poder ser concedido mediante requerimento dirigido aoComandante da RM, onde residir o interessado, ou aos Comandantes de DN, ZA, nos casos dospreferenciados ou alistados na Marinha e na Aeronutica, atravs das CS ou de outros rgos doServio Militar.

    2 Os requerimentos a que se refere o pargrafo anterior sero apresentados durante a poca daseleo, de preferncia at 30 dias antes do seu trmino. Os documentos necessrios para os instruirconstaro das Instrues Complementares de Convocao.

    3 A concesso dos adiamentos de incorporao ser anotada no CAM do interessado, aps opagamento da Taxa Militar, na forma do Art. 224, deste Regulamento, seja pelas CS, quando fixas,seja pelo rgo alistador correspondente. As CSM registraro as referidas concesses.

    4 Os residentes no exterior, inclusive os que ali estiverem freqentando cursos e que ocomprovem, mediante a apresentao do CAM e do passaporte, ao regressarem ao Brasil, tero asituao militar regularizada do seguinte modo:

    1) o tempo passado no exterior ser considerado como adiamento de incorporao, sem necessidadede requerimento, devendo ser paga a Taxa Militar correspondente; e

    2) concorrero seleo da primeira classe a ser incorporada.

    5 Para comprovarem, quando do seu regresso ao Brasil, a situao de residentes no exterior, osbrasileiros de que trata o pargrafo 4 deste artigo, devero apresentar-se, anualmente ao Consuladodo Brasil, respectivo, para anotao da referida situao, no CAM.

    Art. 97. Tero a incorporao adiada por l (um) ano os conscritos julgados "Incapaz B-1", porocasio da seleo, nos termos do Art. 55, deste Regulamento.

  • Art. 98. Podero ter a incorporao adiada:

    1) por 1 (um) ano ou 2 (dois) anos:

    a) os candidatos matrcula nas Escolas de Formao de Oficiais da Ativa, desde que satisfaam, napoca da seleo, ou venham a satisfazer dentro do prazo do adiamento, as condies deescolaridade exigidas para o ingresso nas referidas Escolas;

    b) os candidatos matrcula nas Escolas, Centros ou Cursos de Formao de Oficiais da Reserva,nas mesmas condies fixadas na letra a, anterior; e

    C) os que se candidatarem matrcula em Institutos de Ensino, oficiais ou reconhecidos, destinados formao de mdicos, dentistas, farmacuticos ou veterinrios, desde que aprovados no 2 ano doCiclo Colegial de Ensino Mdio, poca da seleo da sua classe.

    2) por tempo igual ao da durao dos cursos ou at a sua interrupo, os que estiveremmatriculados:

    a) em Institutos de Ensino, devidamente registrados, destinados formao de sacerdotes eministros de qualquer religio ou de membros de ordens religiosas regulares;

    b) em Cursos de Formao de Oficiais das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros, conforme o jprescrito no Art. l4, deste Regulamento; e

    c) em Institutos de Ensino, oficiais ou reconhecidos, destinados formao de mdicos, dentistas,farmacuticos ou veterinrios.

    3) pelo tempo de permanncia no exterior:

    a) os que se encontrarem no exterior, inclusive freqentando cursos e que o comprovem, nos termosdos pargrafos 4 e 5 do Art. 96, deste Regulamento; e

    b) os que obtiverem bolsas de estudo no exterior, de carter tcnico, cientfico ou artstico, at dataanterior que lhe for marcada para incorporao ou matrcula, na forma dos pargrafos 4 e 5 doArt. 96, do presente Regulamento.

    1 Os que tiverem a incorporao adiada nos termos do nmero 1, deste artigo:

    l) candidatos matrcula em Escolas de Formao de Oficiais da Ativa e que no se matricularem,tero prioridade para matrcula nas Escolas, Centros ou Cursos de Oficiais da Reserva;

    2) candidatos matrcula em Escolas, Centros ou Cursos de Oficiais da Reserva, tero prioridadepara matrcula nesses rgos, desde que satisfaam as condies exigidas; caso no satisfaam essascondies ou no se apresentem findos os prazos concedidos, tero prioridade para incorporao emCorpos de Tropa ou Organizaes navais e areas correspondentes, com a primeira classe a serconvocada; ou

    3) candidatos matrcula nos Institutos de Ensino destinado formao de mdicos, dentistas,farmacuticos ou veterinrios, que no obtenham matrcula em nenhum desses Institutos,concorrero, com prioridade, incorporao, nas Organizaes Militares da Ativa, com a primeiraclasse a ser convocada.

    2 Os que tiverem a incorporao adiada, de acordo com o nmero 2 deste artigo, aps concluremos cursos:

    1) os da letra a sero considerados dispensados do Servio Militar, inicial, ficando sujeitos aocumprimento de obrigaes que lhes forem fixadas nos servios das Foras Armadas ou na suaassistncia espiritual, de acordo com a respectiva formao, mediante legislao especial, e nostermos do pargrafo 2 do Art. 181, da Constituio da Repblica. Faro jus ao documentocomprobatrio de situao militar, fixado no pargrafo 4 do Art. 107, deste Regulamento;

    2) os da letra b tero a situao regulada pelo Regulamento do Corpo de Oficiais da Reserva doExrcito; e

  • 3) os da letra c tero a situao regulada em legislao especial.

    3 Os que tiverem a incorporao adiada de acordo com o nmero 2, deste artigo, e queinterromperem o respectivo curso:

    1) os da letra a, concorrero incorporao com a primeira classe

    a ser convocada;

    2) os da letra b, que tenham sido desligados antes de 1 (um) ano de curso e no tenham direito rematrcula, concorrero, com prioridade, incorporao com a primeira classe a ser convocada, deacordo com o prescrito no Art. 14, deste Regulamento. Aps 1 (um) ano de curso seroconsiderados reservistas de 2 categoria; e

    3) os da letra c, tero prioridade, em igualdade de condies de seleo, para matrcula em rgos deFormao de Reserva ou tero prioridade para incorporao em Organizao Militar da Ativa, coma primeira classe a ser convocada, conforme o caso.

    4 Os que tiverem a incorporao adiada, at a terminao ou interrupo dos cursos, por estaremmatriculados em Institutos de Ensino destinados formao de sacerdotes e ministros de qualquerreligio ou de membros de ordens religiosas regulares, bem como em Institutos de Ensinodestinados formao de mdicos, dentistas, farmacuticos ou veterinrios, devero apresentar-seanualmente ao rgo do Servio Militar adequado, a fim de terem, sucessivamente, prorrogada adata de validade do CAM, registrada na ocasio da concesso do adiamento.

    Art. 99. Os refratrios no podero obter o adiamento de incorporao, com o fim de secandidatarem matrcula nas Escolas, Centros, Cursos e Institutos previstos no nmero 1 do Art.96, deste Regulamento.

    Art. 100. No ser interrompido o prazo de adiamento de incorporao dos brasileiros que seencontrarem freqentando cursos no exterior e que vierem ao Brasil em gozo de frias, por prazono superior a 90 dias.

    Art. 101. Os que obtiverem adiamento de incorporao por qualquer prazo e motivo deveroapresentar-se nas pocas que lhes forem marcadas, sob pena de incorrerem na multa prevista nonmero 2 do Art. 177, deste Regulamento, sem prejuzo da ao penal, que couber no caso:

    1) seja s CS para incorporao e matrcula;

    2) seja a um rgo adequado do Servio Militar, para a regularizao da sua situao militar.

    Pargrafo nico. Devero, ainda, apresentar-se aqueles cujo motivo da concesso do adiamentohouver cessado antes da terminao do prazo fixado. A apresentao dever realizar-seimediatamente aps a cessao do motivo da concesso.

    Art. 102. Os diretores dos Institutos de Ensino a que se referem as letras a e c do nmero 2 do Art.98, deste Regulamento, devero remeter aos Comandantes de RM, DN ou ZA, em cujos territriostenham sede, relaes dos alistados de cada Fora que conclurem os respectivos cursos ou foremdesligados antes de os conclurem contendo: nome, filiao, data e local de nascimento, nmero,origem e natureza do documento comprobatrio de situao militar.

    Pargrafo nico. As relaes a que se refere este artigo sero remetidas imediatamente aps otrmino do curso ou o desligamento, no caso de sua interrupo.

    Art. 103. A cada concesso de adiamento corresponder o pagamento prvio da Taxa Militarprevista no Art. 224, deste Regulamento.

    Pargrafo nico. No ser cobrada Taxa Militar dos que tiverem sua incorporao adiada por teremsido julgados incapazes temporariamente para o Servio Militar, ou por estarem matriculados emCursos de Formao de Oficiais das Polcias Militares ou de Corpo de Bombeiros.

    CAPTULO XIV

  • Da Dispensa de Incorporao

    Art. 104. A dispensa de incorporao o ato pelo qual os brasileiros so dispensados deincorporao em Organizaes Militares da Ativa, tendo em vista as suas situaes peculiares oupor excederem s possibilidades de incorporao nessas Organizaes.

    Art. 105. So dispensados de incorporao os brasileiros da classe convocada:

    1) residentes, h mais de um ano, referido data do incio da poca de seleo, em municpio notributrio ou em zona rural de municpio somente tributrio de rgo de Formao de Reserva;

    2) residentes em municpios tributrios, desde que excedam s necessidades das Foras Armadas;

    3) matriculados em rgos de Formao de Reserva;

    4) matriculados em Estabelecimentos de Ensino Militar, na forma do pargrafo 5, deste artigo;

    5) operrios funcionrios ou empregados de estabelecimentos ou empresas industriais de interessemilitar, de transporte e de comunicaes, que forem anualmente declarados diretamenterelacionados com a Segurana Nacional pelo Estado-Maior das Foras Armadas; e

    6) arrimos de famlia, enquanto durar essa situao.

    1 A comprovao da situao prevista no nmero 1, deste artigo, ser feita por meio de Atestadode Residncia, passado pela autoridade policial, mediante a investigao que for julgada necessriapor essa autoridade, e testemunhada por duas pessoas idneas residentes na localidade.

    2 Os brasileiros de que trata o nmero 2, deste artigo, sero relacionados no excesso decontingente e ficaro, durante o perodo de prestao do Servio Militar inicial da classe a quepertencem, disposio da autoridade militar competente, para atender a chamada complementardestinada ao preenchimento dos claros das Organizaes Militares j existentes ou daquelas quevierem a ser criadas. A sua situao regulada pelos Arts. 93 e 95 e seus pargrafos, desteRegulamento.

    3 Os brasileiros de que trata o nmero 3 deste artigo que, por motivo justo, no tiveremaproveitamento ou forem desligados, sero rematriculados no ano seguinte. Os que foremreincidentes na falta de aproveitamento e no desligamento, mesmo por motivo justo, bem como osdesligados por faltas no justificadas, sero apresentados seleo para incorporao emOrganizao Militar da Ativa, com a primeira classe a ser incorporada, nos termos do nmero 2 doArt. 83, deste Regulamento.

    4 O motivo justo a que se refere o pargrafo 3, anterior, aquele que os regulamentos dosrgos de Formao de Reserva respectivos considerem como capaz de assegurar o direito rematrcula.

    5 Os brasileiros de que trata o nmero 4 deste artigo, matriculados em Estabelecimentos deEnsino onde o aluno no seja obrigatoriamente incorporado, sero dispensados de incorporao,quando o Estabelecimento dispuser de rgo de Formao de Reserva, onde estejam tambmmatriculados. Se interromperem o curso, antes de completar a instruo desses rgos, serosubmetidos seleo com a sua classe ou com a seguinte, caso a sua j tenha sido incorporada.

    6 Os Diretores de estabelecimentos ou empresas industriais de interesse militar, bem como detransporte e de comunicaes, de que trata o nmero 5, deste artigo, devero:

    1) solicitar aos Comandantes de RM, DN, ou ZA, conforme a natureza do estabelecimento ouempresa, para que conste das propostas dos Ministros Militares, encaminhadas nos termos dopargrafo 1 do Art. 67, deste Regulamento, a incluso do estabelecimento ou empresa na relaodos declarados, anualmente, diretamente relacionados com a Segurana Nacional, pelo EMFA. Asolicitao deve ser devidamente justificada e feita no terceiro trimestre do ano que anteceder ao daseleo de cada classe; e

    2) solicitar, desde que atendido no pedido anterior, aos Comandantes de RM, DN ou ZA, no

  • primeiro semestre do ano de seleo da classe, a dispensa de incorporao dos seus operrios,funcionrios ou empregados, cujo trabalho, especificamente declarado, seja imprescindvel aofuncionamento do estabelecimento ou empresa. A solicitao dever ser acompanhada de relaonominal, contendo data e local de nascimento, filiao e qualificao funcional.

    7 Os estabelecimentos e empresas industriais das Foras Armadas (Fbricas, Parques, Bases,Arsenais, Estaleiros etc.) sero automaticamente includos na relao anual dos declaradosdiretamente relacionados com a Segurana Nacional. Em conseqncia, os seus Diretores limitar-se-o ao prescrito no nmero 2 do pargrafo 6, deste artigo.

    8 Sero considerados arrimos de famlia para os efeitos deste artigo:

    1) o filho nico de mulher viva ou solteira, da abandonada pelo marido ou da desquitada, qualsirva de nico arrimo ou o que ela escolher quando tiver mais de um, sem direito a outra opo;

    2) o filho que sirva de nico arrimo ao pai fisicamente incapaz para prover o seu sustento;

    3) o vivo ou desquitado que tiver filho menor (legtimo ou legitimado) de que seja nico arrimo;

    4) o casado que sirva de nico arrimo esposa ou esposa e filho;

    menor (legtimo ou legitimado);

    5) o solteiro que tiver filho menor (legalmente reconhecido) de que seja nico arrimo;

    6) o rfo de pai e me que sustente irmo menor, ou maior invlido ou interdito, ou ainda irmsolteira ou viva que viva em sua companhia; ou

    7) o rfo de pai e me que sirva de nico arrimo a uma de suas avs ou av decrpito ouvaletudinrio, incapaz de prover os meios de subsistncia.

    9 Para fins de dispensa de incorporao, s ser considerada a situao de arrimo quando,comprovadamente:

    1) o conscrito sustentar dependentes mencionados no pargrafo anterior e no dispuser de recursospara efetivar essa funo, caso seja incorporado; e

    2) o sustentado no dispuser de recursos financeiros ou econmicos para a prpria subsistncia.

    10. O conscrito que alegar ser arrimo dever requerer, em tempo til, a sua dispensa deincorporao aos Comandantes de RM, DN ou ZA. Alm do fixado em o pargrafo 1 do Art. 43,deste Regulamento, as instrues complementares de Convocao determinaro as pocas deapresentao dos requerimentos, os rgos de Servio Militar onde devem ser entregues, assimcomo