03.1-direito penal aplic. à prática policial
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direito, policial, abordagem , crimeTRANSCRIPT
Curso de Formao de Agentes Penitencirios Mdulo 03- Direito Penal e Processual Penal
Disciplina: Direito Penal Aplicado Prtica Policial
Mdulo 03- Direito Penal e Processual Penal
Disciplina: Direito Penal Aplicado Prtica Policial
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1 CONCEITO DE DIRETO PENAL
2 DA APLICAO DA LEI PENAL
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL
No artigo 1 do cdigo penal est o principio da anterioridade, da legalidade ou da reserva legal, segundo o qual nullum crime, nulla poena, sine praeter lege.
A LEI PENAL NO TEMPO
O conflito de leis penais no tempo est previsto no art. 2 do cdigo penal e pode se dar de quatro formas:
A LEI NOVA SUPRIME NORMA INCRIMINADORA ANTES EXISTENTE a hiptese do abolitio criminis. A lei posterior exclui do ordenamento penal fato anteriormente considerado crime ou contraveno. Regra: retroatividade.
B LEI NOVA CRIA FIGURA TPICA NOVA a hiptese de novatio criminis. Ao ordenamento jurdico acrescentada figura tpica antes inexistente. Regra: irretroatividade.
C LEI NOVA ALTERA IN MELIUS A lei nova mais favorvel ao ru. Regra: retroatividade.
D LEI NOVA ALTERA IN PEJUS A lei nova mais severa para o ru. Regra: irretroatividade.
No h limite para a retroatividade da lei mais benfica, ela alcana, inclusive, os fatos decididos na sentena transitada em julgado, sendo competente para aplicar a lei mais benfica o juiz da execuo neste caso ( smula 611 do STF ).
No caso de LEI TEMPORRIA ou EXCEPCIONAL, a teor do art. 3 do cdigo penal, ocorre a ultratividade, ou seja, seus efeitos se estendem para alm do prazo de sua vigncia.
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TEMPO DO CRIME O art. 4 do cdigo penal adotou a teoria da atividade, pois considera para determinao do momento do crime o instante da conduta comissiva ou omissiva, pouco importando o momento em que venha a ocorrer o resultado. Essa regra importante para contagem do prazo prescricional e para aferio da imputabilidade do agente ao tempo do crime, inclusive no que pertine a sua maioridade penal
LUGAR DO CRIME
O Brasil adotou a teoria da ubiquidade, considera-se local do crime tanto o lugar do
comportamento ( comissivo ou omissivo ), quanto o lugar do resultado.
3 DA INFRAO PENAL
Art. 1 da Lei de Introduo ao Cdigo Penal
Considera-se crime a infrao penal a que a lei comina pena de recluso ou de deteno, quer isolada, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contraveno, a infrao penal a que a lei comina, isoladamente, pena de priso simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
CONCEITO DOUTRINRIO DE INFRAO PENAL O crime um fato tpico, antijurdico e culpvel
ELEMENTOS DA INFRAO
a) Fato Tpico quando o fato adequado ao modelo legal de crime ou contraveno penal.
b) Antijuridicidade a relao de contrariedade entre o fato praticado e as prescries do ordenamento jurdico. Contraria o bem jurdico tutelado.
c) Culpabilidade o juzo de reprovao da ordem jurdica
TIPICIDADE, ILICITUDE, CULPABILIDADE E PUNIBILIDADE
TIPICIDADE a exata correspondncia entre a conduta dolosa ou culposa do agente causador do resultado lesivo previsto na norma jurdica.
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ELEMENTOS DO FATO TPICO
Conduta
Resultado
Nexo Causal
CONDUTA
Conceito a ao ou omisso humana consciente e dirigida a determinada finalidade.
Caractersticas:
I Comportamento humano e no dos animais irracionais. O ato humano, por sua vez, s constitui conduta como expresso individual de sua personalidade. O sujeito ativo de infraes penais comuns, portanto, s pode ser a pessoa fsica. A pessoa jurdica, por mandamento constitucional e regra inserida na lei 9.605, de 12-2-1998, em seus arts. 3 e 21-24, ser responsabilizada quanto aos crimes ambientais.
II Atividade corporal externa, no interessando ao direito penal a atividade psquica.
III Comportamento consiste no movimento ou na absteno de um movimento corporal.
A conduta manifestao da vontade. O resultado corresponde alterao do mundo exterior causada pela conduta
Os atos so momentos da conduta. Se algum mata outro com diversos golpes, h vrios atos, mas uma s conduta.
Os atos involuntrios no so considerados conduta, uma vez que a vontade elemento constitutivo da conduta.
Como exemplos de ausncias de conduta podem ser citados os casos de movimentos praticados durante o sono ou sonambulismo, os decorrentes de reflexo, que constituem ao ou inibio imediatamente aps a excitao de um nervo sensitivo, sob sugesto ou hipnose e em estado de inconscincia.
TEORIAS DA CONDUTA
I TEORIA NATURALISTA OU CAUSAL DA AO
A conduta um comportamento humano voluntrio no mundo exterior, consistente num fazer ou no fazer, sendo estranha a qualquer valorao. denominada naturalista ou natural porque incorpora as leis da natureza no direito penal. Para essa teoria, a conduta puro fator de causalidade. Da tambm chamar-se de teoria causal. A conduta o efeito da vontade e a causa do resultado. Para essa teoria, enquanto a ao pertence ao fato tpico, abarcando apenas o efeito da vontade, o contedo da vontade pertence culpabilidade.
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A crtica feita a essa teoria tratar o Direito Penal como cincia natural, quando esse regula condutas do meio social.
Essa teoria foi adotada pelo Brasil at a reforma do Cdigo Penal de 1984.
II TEORIA FINALISTA DA AO
A ao compreendida como atividade humana e como tal no pode ser desvinculada da finalidade pretendida pelo agente. Algum que realiza um disparo de arma de fogo contra outra pessoa pode realizar os seguintes tipos penais: homicdio doloso, se quis o resultado ou assumiu o risco de o produzir; erro do tipo invencvel, se pelas circunstancias foi levado a crer que era o vulto um animal bravio; pode ser um homicdio culposo, por ser um erro provocado por terceiro. Enfim, somente anlise do contedo da vontade que pode determinar qual o tipo penal realizado. O dolo funciona como elemento subjetivo do tipo.
FORMAS DE CONDUTA
A) AO - um movimento corpreo tendente a uma finalidade. Diz que o crime praticado por meio de uma ao comissivo.
B) OMISSO - O nosso Cdigo Penal adotou a teoria normativa, segundo a qual a omisso no um simples no fazer. Esse no teria valor jurdico. um no fazer alguma coisa, algo esperado frente ao direito. a norma que impe determinado comportamento que no foi adotado pelo agente, apesar de ser possvel para ele realiz-lo.
A omisso no implica somente a ausncia de comportamento, mas pode se dar quando esse diverso do devido. A enfermeira que devia ministrar remdio ao paciente a cada hora e no o faz porque est dormindo omissa, como aquele que, ao invs de prestar o socorro, assume outra conduta.
CONDUTA DOLOSA: aquela em que o agente deseja o resultado lesivo ou assume o risco de o produzir;
ESPCIES DE DOLO
Dolo Direto: a vontade determinada
Dolo Indireto: a vontade indeterminada. Pode ser:
-Dolo Alternativo: a inteno do agente se dirige a resultados alternativos. Exemplo: ferir ou matar.
-Dolo Eventual: aquele em que o agente, embora no deseje o resultado, assume o risco de o produzir.
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CONDUTA CULPOSA: aquela em que o agente no deseja o resultado, mas, por outro lado, no toma o cuidado que dele se esperava para evitar o dano.
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO
Conduta voluntria;
Inobservncia de um dever objetivo de cuidado;
Resultado involuntrio;
Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;
Previsibilidade objetiva;
Tipicidade.
MODALIDADES DE CULPA
Negligncia: dirigir sem a devida ateno no trnsito
Imprudncia: dirigir com excesso de velocidade
Impercia: dirigir sem saber dirigir.
ESPCIES DE CULPA
Culpa inconsciente ou comum: no prev o resultado
Culpa consciente: prev o resultado, mas no acredita que ele possa acontecer.
Observaes finais sobre os crimes culposos
No h tentativa de crime culposo.
possvel a co-autoria em crimes culposos
Diferena entre Culpa Consciente e Dolo Eventual
Questionamentos Culpa Consciente Dolo Eventual
Previsibi