02/12/2015 - jornal semanário - edição 3187

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Desenvolvimento Nova lei para incentivar empresas Projeto prevê isenção de impostos para novas instalações e ampliação de espaços já existentes Página 14 Enfeites de Natal estão em todos os lugares e crianças se encantam com a presença do Papai Noel Espírito natalino toma conta da cidade Fim de ano Páginas 8 e 9 VITÓRIA LOVAT BENTO GONÇALVES Quarta-feira 2 DE DEZEMBRO DE 2015 ANO 48 N°3187 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

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02/12/2015 - Jornal Semanário - Edição 3187 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 02/12/2015 - Jornal Semanário - Edição 3187

Desenvolvimento

Nova lei para incentivar empresasProjeto prevê isenção de impostos para novas instalações e ampliação de espaços já existentes Página 14

Enfeites de Natal estão em todos os lugares e crianças se encantam com a presença do Papai Noel

Espírito natalino toma conta da cidade

Fim de ano

Páginas 8 e 9

VITÓRIA

LOVAT

BENTO GONÇALVESQuarta-feira2 DE DEZEMBRO DE 2015ANO 48 N°3187

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Page 2: 02/12/2015 - Jornal Semanário - Edição 3187

Quarta-feira, 2 de dezembro de 20152 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

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Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

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JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

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e-mail: [email protected]

É necessário mudar isso!Quando se fala em mudança não há como se mencionar só uma,

principalmente em se tratando de Brasil. Neste País, a cada dia surge alguma coisa errada, que necessita de mudança. Se começarmos com a Constituição de 1988, a necessidade de se aplicar mudanças pro-fundas, radicais, extremas nela salta aos olhos de qualquer pessoa, mesmo de mediana inteligência, desde que com o domínio pleno de, no mínimo, dois neurônios. A nossa “Carta Magna” é um compên-dio de direitos, privilégios para poucos e obrigações restritas a esses mesmos que usufruem os direitos e privilégios. Em síntese, ela fez com que os fora-da-lei obtivessem salvo conduto para seus malfeitos através de legislação dela advinda e da imensa possibilidade de re-cursos que são permitidos aos que são processados. Não sei até que ponto o desrespeito para com policiais, professores, autoridades em geral, pais, idosos, etc, pode ser atribuído a uma legislação pífia. Tal-vez a tal de “evolução”, “modernidade” tenha introduzido o vírus do desmantelamento no seio das famílias. Sim, a que era “a célula mater da sociedade” – a família – foi sofrendo um processo de aniquilação, notadamente nos últimos 30 ou 40 anos. Imaginem os cinquentões atuais se tivessem a ousadia de responder aos pais ou professores! E desrespeitar policiais ou autoridades, civis ou militares, era algo im-pensável. Hoje, o que se vê é tudo, menos respeito. A terceirização da educação dos filhos tem, certamente, grande parte do ônus de tudo o que se vê atualmente. As redes sociais são uma “terra sem lei”, onde

não poucos se autoatribuem o direito de postar e repassar o que bem entendem, sem nenhuma preocupação com as consequências. A so-ciedade, como um todo, nada mais é do que o reflexo dessa família que foi sendo deteriorada pela “modernidade”. Chegamos ao cúmulo de diferenciar a corrupção, a ladroagem, os malfeitos entre “os meus” e os “dos outros”. Chegamos ao suprassumo de achar que não res-peitar vagas para idosos, deficientes físicos, sonegar impostos, furar filas e outros tantos delitos que caracterizam desvios de condutas “faz parte”. Chegamos ao cúmulo dos cúmulos de tornar a célebre frase de Rui Barbosa não em exceção, mas na regra. Disse ele: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. ” Hoje, quando se a lê, não temos o sentimento de distância. Olhamos ao redor e a constatamos escancarada, verdadeira bofetada naqueles que estão quase “desani-mados”. Todavia, resta-nos a esperança de que é possível, sim, virar o jogo. E ele pode ser virado desde que a população dita “de bem”, faça a sua parte e se una contra os que atentam contra a honra e a justiça. E a população somos cada um de nós. Unidos, somos invencíveis e podemos mudar esse estado de coisas. Vamos começar, com outra frase de Rui Barbosa? Esta: “Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”

Antô[email protected]

FAZ PARTE DA SUA VIDA

O Poder da Inovação IIA cada oito minutos surge um novo invento em Israel. “Te-

mos solução para tudo”, sentencia um professor do Israel Export Institute, uma organização semigovernamental responsável por prestar assessoria para que pequenas empresas possam expor-tar seus produtos. Mais da metade de toda a riqueza produzida por Israel advém do desenvolvimento de tecnologia. As maiores empresas do mundo possuem laboratórios de pesquisas no país mais ocidental do Oriente Médio. Mas não para por aí. A primei-ra afirmação do nosso guia é surpreendente: “esqueçam a palavra perigo. Isso não existe aqui”. E depois de uma estada de seis dias em Israel, somos obrigados a concordar com nosso guia, um judeu brasileiro natural de Porto Alegre. Dificilmente se tem notícia de algum assalto ou roubo. Assassinato, então, são raríssimos. Não existem trombadinhas. O guia arremata com toda a propriedade e municiado pelas estatísticas: “Israel é um dos lugares mais segu-ros do mundo”.

Mas tem muito mais ainda: a moeda local (shekel) se equipa-ra no mesmo valor do real. Todas as vias do País são asfaltadas e não se vê sequer um buraco. O índice de desemprego não chega a 2,5%. Com pouco mais de oito milhões de habitantes, tem um PIB em torno de R$ 1 trilhão, ou seja 20% do PIB brasileiro, embora nossa população seja quase 30 vezes maior. Israel é menor do que o estado de Sergipe. O índice de alfabetização é de 97,8%. A morta-lidade infantil é de 4,7 por mil nascimentos. E a expectativa de vida já supera 81 anos. A renda per capita de Israel é de 37 mil dólares, contra 12 mil dólares do Brasil. E o Índice de Desenvolvimento Humano chega a 0,9, enquanto o nosso é de 0,73.

Investidores bilionários também descobriram Israel. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, construiu um enorme centro de pesquisa da Microsoft. E Warren Buffett, o segundo da lista, aca-ba de comprar, por US$ 4 bilhões, um peso pesado israelense – a Iscar Metalworking, do setor de ferramentas industriais. “Uma nação pode se transformar em 60 anos”, diz Eli Opper, cientista--chefe do Ministério da Indústria, responsável pelo incentivo à criação de empresas. “Nesse tempo, Israel deixou de ser a terra do leite e do mel para se transformar na terra da alta tecnologia”.

Israel é considerado hoje um dos maiores centros de inovação

do mundo. Tem mais empresas de tecnologia listadas na bolsa Nasdaq do que Europa, Japão, China e Índia somados. Israel tem soluções de ponta e tecnológicas para tudo, em especial para agri-cultura, água e saneamento básico. Estão transformando o deserto num oásis e numa referência mundial. Israel prova que não exis-te problema que não tenha uma solução. Mas é preciso estudar muito, pesquisar, investir em tecnologia e pesquisa. Do céu não cai nada, e em Israel quase nem água. Em alguns lugares a quantida-de de chuva não chega a 30 milímetros por ano. Em Caxias do Sul a média é de 1.700 milímetros/ano.

Com pouca água, Israel se obrigou a inovar e desenvolver tec-nologias. Hoje existe abundância de água. Um grande esforço nacional para dessalinização da água marinha do Mediterrâneo e reciclagem de águas residuais forneceram ao país água sufi-ciente para todas as suas necessidades, mesmo durante secas severas. Mais de 50% da água dos lares israelenses, agricultu-ra e indústria agora é produzida artificialmente. A perda ou o desperdício de água não passa de 7%. No Brasil esses índices chegam a atingir um patamar de até 60%. Em Caxias do Sul a média histórica fica entre 45% e 50%. A receita para essa per-formance? Investimento em tecnologia e inovação. Existem so-luções de ponta que evitam vazamentos e desperdícios de água, monitoram toda a rede de distribuição de água permitindo de-tectar qualquer problema em tempo real. Enfim, uma cadeia inteligente e completa de soluções para o setor.

Em apenas 60 anos, os israelenses transformaram um pedaço de deserto em uma das economias mais modernas e dinâmicas do mundo. Israel tem muito a nos ensinar. É tempo de derrubar preconceitos e aprender com quem pode realmente nos ensinar.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

ANTÔNIO FELDMANNVice-prefeito de Caxias do Sul

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PainelQuarta-feira, 2 de dezembro de 2015 3Opinião

Começaram ontem as inscrições para o concurso do Ministério Pú-blico do Rio Grande do Sul que irá selecionar agentes administrativos. O cargo exige dos candidatos nível médio de escolaridade, e o salário será de R$ 4.356,85.

Todas as oportunidades são para cadastro de reserva. Os aprovados serão chamados de acordo com as

vagas que surgirem ao longo do pe-ríodo de validade do concurso, que é de dois anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. As inscrições devem ser feitas até o dia 17 deste mês pelo site do MPE (www.mprs.mp.br/concursos), e a taxa é de R$ 116,41. A prova objetiva deve-rá ser aplicada em 15 de maio do ano que vem.

A Secretaria de Mobilidade Urbana instalou mais um ponto de semáforo na área urbana da cidade. Começou a funcionar na manhã de ontem o sistema de controle de trânsito no entron-camento das ruas Fiorelo Ber-tuol e Pedro Rosa, no bairro Pro-gresso, junto ao Lago da Fasolo, onde foi instalado um semáfaro de três tempos. O equipamento possui sinalização para veículos, focais para pedestres e botoeiras para pedestres. O objetivo é organizar o trânsito naquela região, principalmente nos horários de pico durante os três turnos do dia.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro) realiza até sexta-feira, 4 de dezembro, a aferição dos taxímetros dos 91 táxis de Bento Gonçalves. O trabalho tem o apoio da Secre-taria Municipal de Gestão In-tegrada e Mobilidade Urbana (Segimu). A aferição começou na segunda-feira, 30 de no-vembro, na Fundaparque.

O atendimento foi agen-dado conforme o prefixo do táxi e ocorre diariamente das 9h30min às 11h45min e das 13h15min às 15h30min. A afe-rição é obrigatória e custa R$ 51,96, cujo prazo final de pa-gamento foi dia 30. No local, os técnicos do Instituto verifi-cam a documentação e testam

A CDL Bento Gonçalves está pro-movendo uma campanha de sensibi-lização para incentivar o consumidor a procurar os estabelecimentos co-merciais para regularização da situa-ção e recuperação de crédito, aprovei-tando o recebimento das parcelas do décimo terceiro salário.

Dados do primeiro semestre de 2015 revelam que a inadimplência no município ultrapassa os R$ 8 milhões – dinheiro que, em boa parte, deveria estar no caixa das lojas que venderam mercadorias e não receberam por isso. A maior parte dos devedores – 56% - tem apenas um registro em seu

nome. Já aqueles com média de dois a cinco ocorrências em atraso corres-pondem a 40% dos casos de inadim-plência no município.

Promovendo essa ação, a CDL quer contribuir para que as lojas minimizem o prejuízo em função da inadimplên-cia. “Estamos orientando o comércio e receber esse cliente e, em conjun-to, procurar as melhores alternativas para ajustar o pagamento das dívidas. Vamos trabalhar para que esse incen-tivo resulte na quitação de pendências financeiras, contribuindo para a saúde financeira das lojas”, avalia o presiden-te da entidade Marcos Carbone.

Concurso do Ministério Público

Campanha de recuperação de crédito

Inmetro inspeciona taxímetros

Semáforo no Progresso

A palestra de Paulo Caleffi no lançamento da ExpoBento não evidenciou que devemos nos ouvir mais uns aos outros, mais do que ouvir os lá de fora?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

As estradas do interior revelam imagens maravilhosas... A leitora Ana Paula Bortolini enviou este registro da via entre Faria Lemos e Tuiuty.

Foto do Leitor

Semáforo

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

O sufoco financeiro das prefeituras por falta de repasses do governo.

Para os focos do mosquito da dengue espalhados pela cidade.

A política de atração de novas empresas e incentivo para a am-pliação das já existentes.

FOTO

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o funcionamento do taxímetro. O taxista que perder o prazo está sujeito à multa estipulada pelo Inmetro e terá que se des-locar a Caxias do Sul para fa-

zer a aferição do equipamento. Mais informações no Setor de Fiscalização da Segimu ou pelo fone (54)3055.7399.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 20154 Geral

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Sim, morreu. Muita tristeza. E daí? O que sobrou para as lembranças?

Tem gente que passa, e simplesmente se foi.

Outros então, post-mortem, recebem maus comentários: - “Que o diabo o carregue!”, ou então “Já era hora”. Isto é que é tristeza.

Ponho-me no lugar do “falecido” indeseja-do e minha vontade seria de retornar para uma nova vida, mas o que foi não volta mais. Não existe uma segunda oportunidade.

Vamos para o caso inverso: no velório to-dos lamentam o falecimento e recordam suas obras: – “Deixou um legado.”; “Pessoa muito boa e uma pena que estes se vão”; “Vai fazer falta” e por aí seguem os comentários.

Apesar da tristeza, o ambiente fica carrega-do de energia positiva.

E sem dar muito a Deus ou ao diabo, há aqueles que passam por esta vida sem se-rem notados. Só a saudade dos familiares, nada mais.

Hoje escrevi sobre a morte para que todos pensemos na vida.

O que estou fazendo aqui neste mundo? Ninguém veio só para passar. Todos temos

um pouco para fazer e dar e assim sermos lembrados como úteis.

Acredite que, mesmo parecendo insignifi-cante o seu trabalho, ele é o que ficará na lembrança de todos. Faça bem feito, com es-mero e entusiasmo. Certamente estará aju-dando o mundo a ser melhor.

E se for convidado a participar de ações comunitárias, de interesse popular, até po-lítica, acredite que é uma oportunidade para fazer mais e ser lembrado como um daqueles que passaram deixando marcas. A humani-dade precisa deste esforço e dedicação.

Todos somos parte do plano de Deus. Acre-dite que cada um de nós foi posto nesta vida para retribuir os talentos que recebeu.

E se um dia for no meu velório, acredite, eu me esforcei para fazer mais e melhor, tanto quanto você também pode se esforçar.

Uma antiga reivindicação dos moradores dos bair-

ros Barracão, Santa Helena, Fátima e Santa Marta está prestes a terminar. A primei-ra etapa das obras de asfalta-mento da rua Arcido Garbin, uma das principais rotas de entrada para a cidade, está prestes a ser concluída. Após a realização de serviços de instalação da rede pluvial e de esgoto, e construção de caixas coletoras de esgoto, agora, a empresa responsável inicia a aplicação asfáltica nos últi-mos metros da via que ainda não foram pavimentados. A expectativa é que a primeira parte da pavimentação esteja concluída até amanhã.

Uma das principais utilida-des da via será na criação do corredor moveleiro. O objeti-vo da proposta é a diminuição do tráfego de veículos pesa-dos pelo centro da cidade, re-sultando assim em uma rota alternativa mais rápida aos prestadores de serviço e con-sequentemente auxiliando a descentralização do tráfego.

De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana e Ges-

tão Integrada, Mauro Moro, outra otimização proporcio-nada pelo término da primei-ra etapa é a possibilidade de desafogar o tráfego na rua Aristides Bertuol, outro aces-so importante ao município. O secretário também ressalta outras melhorias possibilita-das pelo novo acesso como a otimização na trafegabilidade para o transporte público, di-minuição do tempo de deslo-camento e melhora no acesso de serviços públicos aos bair-ros, como ambulâncias, bom-beiros e caminhões de abaste-cimento à Zona Sul da cidade.

A obra, que tem prazo total de término de 120 dias, e está orçada em aproximadamente R$ 2,5 milhões, também con-tará com uma rótula de aces-so pela ERS-444. De acordo com o secretário, a rotatória, orçada em R$ 829 mil, será construída após a conclusão da colocação asfáltica no lo-cal. Com a conclusão do as-faltamento, serão realizadas obras de pintura, colocação de sinalização horizontal e ta-chões de marcação.

De acordo com o presiden-te da Comissão de Obras, Serviços Públicos e Ativida-des Privadas, Gilmar Pessuto

(PSDB), os entraves envol-vendo a rua Arcido Garbin iam muito além do asfalta-mento. Contudo, Pessuto ga-rante que a primeira etapa do corredor moveleiro será con-cluída ainda esta semana.

Embora a obra represen-te um grande avanço para as empresas situadas nos bairros contemplados, a pa-vimentação também traz ale-gria para os moradores que residem nas proximidades da rua. De acordo com a dona de casa Marinez Testa, há mais de uma década os morado-res reivindicam melhorias na rua. “É um alívio ver que finalmente a rua está sendo asfaltada. Tínhamos diversos problemas referentes à falta de pavimentação como barro, poeira e a abertura de bura-cos na via também eram fre-quentes”, lembra.

Já o carpinteiro Marcos Dalla Colleta vê na pavimenta-ção da rua uma possibilidade de economia de combustível e manutenção de seu veículo. “Problemas com partes que acabavam se soltando ou ro-das tortas eram corriqueiros. Além de ficar mais perto para ir ao trabalho, agora também estará mais seguro”, finaliza.

Primeira etapa de pavimentação tem previsão de término para amanhã

Local será um dos principais pontos de acesso para caminhões de abastecimento de empresas da região

Obra de asfaltamento do corredor moveleiro avança

O fim da poeira

Ele morreu

Cristiano [email protected]

CRISTIAN

O M

IGO

N

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 5Geral

De acordo com os números apresentados pela revista, setor obteve crescimento médio de 11% no ano passado

Desempenho do setor é atribuído à diversificação de produtos

Comércio é destaque em levantamentoPanorama Socioeconômico

VITÓRIA

LOVAT, A

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IVO

O s dados da revista Panorama Socioeconômico mostram

que o Comércio é o segmento que mais cresceu em 2014, chegando a 11%. Os números apontam a importância cada vez maior que o setor tem junto à conjuntura econômica de Bento Gonçalves.

O presidente do Sindilojas, Daniel Amadio, atribui o bom desempenho à diversificação de produtos que podem ser adqui-ridos pelos consumidores. “Hoje, nosso Comércio tem tudo o que o cliente encontra. Há alguns anos, o que se via, era consumidores se deslocando para outros centros devido a falta de opções”, relata.

O dirigente destaca ainda o surgimento de mais lojas, tanto na área central quanto nos bairros. “Neste mesmo período a cidade ganhou lo-jas de grandes magazines que atuam no país inteiro e foi contemplada, também, pelos pequenos estabelecimentos dos bairros, que sempre estão

trazendo novidades aos seus clientes”, afirma o presidente.

A publicação mostra em grá-ficos, o desempenho da indús-tria, do comércio e da área de serviços, relatando valores e percentuais de impostos reco-lhidos, números de estabele-cimentos e empregados, um comparativo em relação ao ano anterior e faz ainda uma análise com outras cidades do Estado. “A revista é uma ferramenta que mostra a realidade da cida-de e serve como base para em-presários que querem ampliar seus negócios e para aqueles de fora, que pensam em investir na cidade”, explica Amadio.

Como a revista traz dados do ano anterior, o presidente do Sin-dilojas é realista ao lembrar que o crescimento real foi de 3,8%, de-vido a inflação do período. “A cri-se está aí e até ano passado nosso Comércio ainda não sentia tanto os efeitos da retração. Mas temos sim que comemorar, pois segui-

mos gerando emprego e renda e investindo, mesmo com maior cautela”, avalia.

Números do comércio local

Pelos dados apresentados na revista Panorama Socioeconô-

mico, existem na cidade 9.599 empresas nos três segmentos da economia. Deste total, 2.291 estão ligadas ao setor do Comér-cio, o que representa um total de 23,9%. “Nossos números são expressivos, mesmo que sejam de 2014. No ano passado, por exemplo, o Comércio contribuiu

com um faturamento de R$ 1,93 bilhão no PIB do município. Isso representa 21,5% do total. Tam-bém chama a atenção a geração de empregos, pois nosso setor emprega quase sete mil traba-lhadores, ou seja, 15,3% da mão de obra”, apresenta o presidente do Sindilojas.

Entre os setores do Comér-cio, o desempenho foi puxado pelo comércio de alimentos e serviços (mercados, minimer-cados, lancherias, restauran-tes, entre outros), que cresceu 4,7%. Na segunda posição, aparecem as lojas de eletro-eletrônicos, móveis e utilida-des, que cresceram 1,6%. Na contramão do crescimento do varejo, a pesquisa cita as con-cessionárias e revendas de ve-ículos, que tiveram retração de 3% nas vendas. Por fim, a voca-ção empreendedora de Bento Gonçalves mostra que a cidade tem, em média, uma empresa para cada 12 habitantes.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 20156 Geral

Orçamento do ano que vem vai à votação amanhã

Presidente do Sindicato, Inês Fagherazzi Bianchetti avalia setor agrícola

Governo Federal não repassarecursos do seguro agrícola

Legislativo

Impasse ocorre exatamente no ano em que o clima não colaborou

As emendas que serão votadasA Emenda nº 63/2015 pretende transferir R$ 250 mil des-

tinados à manutenção das atividades do Gabinete do Prefei-to para a Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo único e restrito de serem investidos no auxílio-transporte pa-ra universitários.

A Emenda nº 64/2015 tem a intenção de realocar R$ 200 mil também destinados à manutenção das atividades do Gabinete do Prefeito para a Secretaria Municipal de Educação, com a finalida-de de comprar vagas em creches.

A Emenda nº 65/2015 visa transferir R$ 100 mil destinados à manutenção da frota de veículos da Secretaria Municipal de Administração para a Secretaria Municipal de Assistência So-cial, onde a verba seria utilizada na manutenção do Conse-lho Tutelar.

A Emenda nº 66/2015 objetiva realocar R$ 200 mil destinados a compras de cirurgias eletivas pela Secretaria Municipal de Saú-de para “servir de auxílio na construção do Pronto Atendimento 24 Horas do bairro São Roque”.

A Emenda nº 67/2015 pede a redução de R$ 300 mil em ver-bas para divulgação oficial e institucional do Gabinete do Prefei-to, e que a quantia seja acrescentada às verbas destinadas à com-pra de vagas em creches pela Secretaria Municipal de Educação.

A Emenda nº 68/2015 solicita a transferência de R$ 150 mil destinados à manutenção de atividades da Coordenação de Tec-nologia, Informação e Comunicação do Gabinete do Prefeito pa-ra a Secretaria Municipal de Saúde, onde a verba seria utilizada no auxílio à construção do Pronto Atendimento 24 Horas do bair-ro São Roque.

A Emenda nº 69/2015 pretende realocar R$ 300 mil destinados a compras de cirurgias eletivas pela Secretaria Municipal de Saú-de para o futuro Hospital Público, visando um maior investimento na Unidade de Pronto Atendimento do município.

Safra da uva

Cristiane Grohe [email protected]

CRISTIAN

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HE A

RROYO, A

RQU

IVO

A safra da uva, que come-ça este mês, será uma das

mais complicadas na avaliação da presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ben-to Gonçalves, Inês Fagherazzi Bianchetti. Segundo ela um dos motivos foi o clima que não colaborou. “Nós tínhamos uma temperatura elevada e sem esperar tivemos geada. As parreiras e plantas de frutas de caroço já haviam começado a brotar”, explica. Logo em se-guida houve também o granizo e as chuvas constantes durante a floração e brotação. “A par-reira já tinha brotado mal, so-mado ainda as intempéries, a perda estimada é de 50 a 65%, que é considerado um número elevado”, revela a presidente.

Para Inês outra preocupa-ção é o pagamento do seguro agrícola do Governo Federal. “Ele não está repassando os recursos referentes ao seguro agrícola”, explica. O benefício, que é utilizado como forma de proteção aos produtores rurais para os casos de perda de safra, deveria contar com subvenção de 60% da União. Como o go-verno não está pagando a parte dele, os agricultores estão ten-do que arcar com 100% da dí-vida se não quiserem que o se-guro seja cortado. Para ela, se a situação não mudar, vai ser um prejuízo muito grande aos produtores. “Eles já tiveram as grandes perdas, ainda vão ter que pagar 100% do segu-ro. Aquilo que eles colocaram na proteção terão que pagar do bolso deles, caso realmente não venha a subvenção do go-verno”, alerta. Ela acredita que muitos vão desistir de pagar o seguro porque já tiveram per-da até de 95% e os produtores dizem que não vale a pena pa-gar o restante. Já outros não têm dinheiro para pagar.

Para tentar reverter esse quadro, uma comitiva for-mada pelo vice-presidente do Sindicato, Ulisses Bruschi, o presidente da Câmara de Ve-readores de Monte Belo do Sul, Tiago Lazzarotto e o também vereador de Monte Belo, One-cimo Pauleti, esteve em Bra-

silia na semana passada para expor a situação ao governo. O principal encontro ocorreu na quinta-feira, 26, com o Se-cretário do Produtor Rural e Cooperativismo, Caio Tibério Dornelles da Rocha. “Não tive-mos nenhuma resposta defini-tiva sobe o assunto e estamos aguardando uma decisão de Brasília, mas a expectativa não é nada boa”, explica Bruschi. O vice-presidente do Sindicato diz que é uma situação delica-da, principalmente porque en-volve também o fato de man-ter os jovens na agricultura. “Como faremos para incenti-var que eles continuem no tra-balho rural se falta incentivo?”, questiona Bruschi.

Em Bento Gonçalves, Mon-te Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira são cerca de dez mil produtores de uva e frutas diversas. “O problema afeta cerca 70% da produção de uvas precoces e frutas de ca-roço”, analisa a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Em todo Estado, a pro-jeção é de que 4,5 mil proprie-dades estejam sendo afetadas.

Custo de produção

Inês fala ainda que uma das lutas do Sindicato é o preço mínimo da uva. “Batalha-mos por um preço mínimo,

mas isso não impede que as empresas paguem um valor maior”, esclarece. Ela explica que o preço mínimo é lei. “A empresa ou cooperativa que descumprir o valor mínimo terá dificuldades para conse-guir financiamentos e partici-par de leilões”, exemplifica.

Inês comenta que o custo de produção estimado pelo Sindicato é de R$0,85 e para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de R$0,83. “Torcemos e traba-lhamos muito para que con-sigamos alcançar esse valor, mas dependemos da decisão do Governo Federal”, lamen-ta. Ela explica que o Conselho Monetário ainda não sinalizou quanto ao valor da uva para essa safra.

A presidente comenta que a falta de valorização da uva, um dos produtos símbolos do mu-nicípio, está fazendo com que os agricultores abandonem os parreirais. “Os jovens já não querem mais ficar no interior, então não sabemos como será o processo de sucessão, ape-sar de vários trabalhos que estamos desenvolvendo com a juventude”, completa. Ela reforça que o profissional da agricultura, em especial o jo-vem, precisa ser mais valori-zado e ter mais garantias para permanecer na área rural.

O projeto de Lei Orçamentá-ria Anual (LOA) será aprecia-do pelos vereadores em duas sessões extraordinárias que serão realizadas amanhã, 3 de dezembro, uma às 14h e outra às 16h. O objetivo é aprovar as previsões de receitas e des-pesas que serão utilizadas pelo município para o ano que vem.

De acordo com a proposta enviada pelo Poder Executivo, o total previsto para o orça-mento municipal do próximo ano é de R$ 435 milhões. Vale destacar que, enquanto a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada no dia 29 de outubro, fixa metas e ob-jetivos financeiros para o ano seguinte, a LOA estabelece os

valores que serão destinados a cada divisão administrativa do município.

Antes de votarem o projeto principal, os parlamentares deverão apreciar sete emen-das modificativas ao projeto, todas protocoladas pelo líder da bancada do PT na Câmara, vereador Moacir Camerini. Se-gundo o artigo 103 da Lei Or-gânica Municipal, o projeto de LOA do ano seguinte deve ser aprovado pelo Poder Legisla-tivo e sancionado pelo prefei-to até o dia 10 de dezembro do ano corrente. Novas emendas ou modificações na pauta de votação podem ocorrer até o início da primeira das sessões extraordinárias agendadas.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 7Geral

Na sexta-feira, 4 de dezem-bro, a greve dos médicos-

-peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com-pleta três meses. Os profissio-nais, que reivindicam melhoria de salários e benefícios, ainda não voltaram ao trabalho, o que está causado transtorno também para os beneficiários de auxílio-doença que não podem voltar ao trabalho. As filas para fazer perícias estão aumentando e, como os proce-dimentos não ocorrem, o que estava marcado anteriormen-te está sendo reagendado para dezembro, janeiro e até feve-reiro. Contudo, mesmo com novas datas para os exames, quem está aguardando não tem esperança de que as con-sultas ocorrerão de verdade.

O problema não está so-mente em não poder voltar a trabalhar após o período de afastamento indicado pelo mé-dico, mas sim que os pacientes param de receber os benefí-cios quando seu prazo termi-na. Ou seja, há muitas pessoas em casa, sem poder trabalhar pela falta da perícia e também sem salário. Por outro lado, as empresas registram quebra do quadro de funcionários e, por

Em um momento como este, muitas famílias não sabem como proceder ou não tem in-formações suficientes sobre os procedimentos e meios legais para obter seus direitos. O ad-vogado especialista em Direito Público e Direito Previdenciá-rio, Alex Carvalho, destaca que mesmo em meio à demora nas perícias e o não recebimento do benefício, há uma notícia boa. Carvalho explica que uma Ação Civil Pública determina que o INSS conceda os benefí-cios por incapacidade mesmo sem a realização de perícia, quando o agendamento demo-ra mais de 45 dias.

O que ocorre na prática é que o próprio segurado pro-

videncia um atestado com o seu médico particular e, ao encaminhar o benefício no INSS, terá este concedido pelo prazo máximo de dois meses, mesmo sem a realização da perícia. Porém, o especialis-ta lembra que estes atesta-dos médicos não podem ser genéricos, têm que possuir alguns requisitos para serem aceitos como, por exemplo, a data de início da incapaci-dade e detalhes da enfermi-dade. “Acho importante aqui observar duas situações: esse procedimento não é válido em casos de acidente de trabalho e esses valores que os segura-dos podem receber em função dessa decisão judicial, não são

passíveis de devolução, mes-mo que eventualmente se faça uma perícia posterior com re-sultado negativo”, completa.

O benefício cedido por meio da Ação Civil Públi-ca pode ser superior aos 60 dias, já que se determina que o INSS siga as orientações médicas. O advogado explica que o INSS deveria implan-tar o benefício pelo prazo que foi estabelecido no ates-tado, que pode ser superior a dois meses, mas, na prática, não é isso que ocorre. Os ser-vidores do INSS têm orienta-ção de observar esse prazo de 60 dias, ao final do que, se o segurado persistir incapa-citado, deverá providenciar

novo atestado e encaminhar novamente o benefício. “É por esse motivo que sugeri-mos uma análise detalhada dos casos mais graves, onde o segurado poderia acionar individualmente o INSS na Justiça. Ocorre que, mesmo tendo a possibilidade de en-caminharem o benefício por conta própria e receberem por um prazo determinado, muitas vezes os problemas de saúde são graves e, des-sa forma, a pessoa tem que ficar a todo o momento con-sultando médicos, pegando atestado e encaminhando benefício. A alternativa, para os casos de maior comple-xidade, seria o segurado in-

gressar com processo pró-prio na Justiça”, alerta.

Carvalho aponta que na me-dida em que os segurados po-dem ter o benefício concedido pelas duas formas, as empre-sas não precisam fazer nada a respeito, caso o benefício seja decorrente de acidente de qual-quer natureza. “Já em casos de acidente de trabalho, reite-ro que essa situação não está abrangida pela Ação Civil Pú-blica, cabendo ação individual do segurado contra o INSS”, completa. Em alguns estados, o INSS está solicitando a con-tratação temporária de peritos para amenizar o problema, en-tretanto a medida ainda não foi cogitada no Rio Grande do Sul.

Médicos-legistas estão há três meses sem trabalhar, interferindo no retorno ao trabalho e na liberação de auxílios-doença

Especialista esclarece dúvidas sobre procedimentos

Márcio e Vanessa estão sem trabalhar e receber os benefícios devido à impossibilidade de fazer as perícias

Greve prejudica concessão de benefíciosParalisação dos peritos

Vitória [email protected]

VITÓRIA

LOVAT

vezes, precisam repor as vagas já que é tradicional o aumento de trabalho no fim do ano.

A enfermeira do Hospital Tac-chini, Giceli Flores, destaca que, em outubro, 20 funcionários es-tavam em casa depois do prazo porque não haviam conseguido perícias. Entretanto, ela garante que o número deve ter aumenta-do, já que os dados de novembro ainda não foram computados. “Parece um número baixo, mas não é. Temos uma média de 71

pessoas em licença saúde e ma-ternidade. Uma parte delas já poderia estar de volta ao traba-lho”, apresenta.

Giceli destaca os prejuízos que isso causa tanto para as empresas quanto para os fun-cionários e afirma não ver so-lução em curto prazo se a greve não terminar. “Nós precisamos destes funcionários, o nosso quadro fica desfalcado quan-do faltam tantas pessoas e, em alguns postos, precisou haver

contratações para suprir a de-manda de trabalho. Por outro lado, esses funcionários não es-tão recebendo. É uma situação muito complicada e que não se observa saída”, complementa.

Espera que não termina

Vanessa Oliveira Conci e seu esposo Márcio Ernesto Rodri-gues estão enfrentando a situa-ção de forma dupla em casa. Ela

precisou se afastar por conta da depressão. Ele, atendente de portaria, teve um acidente de trabalho e também precisou deixar o trabalho até a recupe-ração. Entretanto, com os pra-zos estipulados pelos médicos estourados, nenhum consegue viabilizar a perícia para determi-nar a sua situação. “Nós não po-demos trabalhar, mas também não recebemos mais o benefício. Estamos parados e sem ter o que fazer”, lamenta Vanessa.

Vanessa é técnica em enfer-magem e afirma que sua perí-cia estava marcada para o iní-cio de novembro, mas o INSS remarcou para janeiro. Já a de Rodrigues, que estava agenda-da para setembro, não ocorreu e foi novamente marcada para janeiro. “O problema é que nós não temos esperança de que as consultas irão realmente acon-tecer”, completa.

O casal já não recebe os be-nefícios e, com dois filhos e as despesas de início de ano che-gando, o desespero começa a chegar. “Nós temos dois fi-lhos e estamos ambos sem sa-lário. Como é que fica a situa-ção? Eles estão fazendo uma greve, pedindo muitas coisas, benefícios, mas não lembram de quem vai ficar até sem sa-lário por conta dos interesses deles”, reivindica.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 20158 Geral

A Via del Vino já está deco-rada e lembrando a todos

que passam por ali que o Natal está chegando. As velas e Pa-pais Noéis encantam as crian-ças que não deixam os pais passarem sem tirar fotos do local. O sentimento de união e altruísmo que sempre che-ga com o Natal faz com que as pessoas fiquem mais genero-sas, renovem a fé e depositem as suas expectativas de melho-ra no ano seguinte. A decora-ção segue pelas vias Planalto, Herny Hugo Dreher, além da Pipa Pórtico.

O comércio, por sua vez, aumenta as expectativas de vendas e as lojas, também de-coradas, apresentam promo-ções e formas de pagamento especiais para que ninguém fique sem presente. Contu-do, apesar de os presentes e o símbolo do Papai Noel ainda ser determinante para o Natal, a população fala em recuperar o verdadeiro senti-do do Natal, de estar perto da família e pessoas queridas e não esquecer que foi o nasci-

Festividades e campanhas solidárias marcam dezembro em Bento Gonçalves, que promete festejar a renovação da fé

A decoração natalina atrai famílias inteiras e todos querem posar para uma foto com o Papai Noel

Município se prepara para celebrarNatal

Vitória [email protected]

FOTO

S VITÓRIA

LOVAT

mento de Jesus que originou o Natal.

O secretário municipal de Turismo, Gilberto Durante, destaca que a programação do Natal Bento foi construída com o apoio e a participação de mui-tas entidades e empreendedo-

res, e que neste período, vários eventos estão programados para acontecer na cidade e no interior. “A decoração de Natal tradicionalmente instalada faz da cidade uma referência re-gional, atraindo visitantes de municípios vizinhos que, por

sua vez, também são estimu-lados a fazer suas compras no comércio local. Teremos um calendário até dia 6 de janeiro com muitas atrações, graças à adesão de muita gente” diz.

Na sexta-feira à noite o Na-tal Bento vai começar e encan-

tar as mais interessadas na magia na data, as crianças. A Orquestra de Brinquedos vai abrir as comemorações e os pequenos e suas famílias po-derão ver um espetáculo mu-sical inteiramente tocado por instrumentos de brinquedo. Além disso, a chegada do Pa-pai Noel radical promete dar ainda mais esperança para os pequenos de que o presente de Natal está próximo.

Símbolo para as crianças

Faz quatro anos que Irineu

Hunoff deixa a barba crescer, coloca o traje vermelho e se senta no trono no Shopping Bento. Entre os sorrisos e abra-ços das crianças, o Papai Noel promete presentes para os pe-quenos, mas não esquece de lembrar a importância do res-peito em casa e de se sair bem na escola. Ele diz que não é fácil manter a barba, mas que vale a pena. “Eles chegam aqui e logo garantem que se comportaram durante todo o ano. Eu fico feliz de ver os sorrisos, as expectati-vas e de representar algo para eles” salienta Noel.

“Nós esperamos tem um bom mo-mento em família, nos divertir, abrir presentes. O mundo vai mudando e as pessoas não são mais tão ligadas na fé e religião, hoje o Natal é mais comer-cial mesmo, mas mesmo assim quere-mos ter muita felicidade em 2016.“ Talita Ribeiro, estudante e a pe-quena Isadora Guedes, de 2 anos.

“O Natal não é mais como era an-tes. Antigamente só a nossa fé impor-tava nesse momento, a chegada do Menino Jesus. Hoje tudo é mais co-mercial e a essência se perdeu. Porém, lá em casa, ainda tentamos manter a religião acesa, vamos à missa e cele-bramos o que realmente importa, a renovação da fé no nosso coração.” Clari da Silva, 58 anos.

“É o primeiro Natal que va-mos passar em Bento Gonçal-ves e estamos muito felizes. A decoração na cidade faz que nos sintamos mais acolhidos e com sentimento de renova-ção da fé. Estamos adorando a forma como vocês prestigiam o Natal e vamos entrar nesse cli-ma também. Tudo está muito bonito e legal. Esperamos que a lembrança do nascimento de Jesus faça com que o próximo ano seja cheio de alegrias, feli-cidade e principalmente saúde. É uma experiência nova para nós e vamos aproveitar.” Ge-neniese Jeudi, 38 anos, imi-grante haitiana.

“É claro que os costumes vão mudando por conta do comér-cio, mas acreditamos que aqui na Serra Gaúcha nós ainda con-seguimos manter vivo o espírito de Natal e renovação. Nós ainda somos muito religiosos, huma-nos, solidários, vamos à missa e isso faz com que não perdemos todo o encanto que tem. Deco-

rar a cidade ajuda a nos lembrar em que época linda vivemos e que celebremos este período.” Luís Centena e Vilson Grechi.

“Nós esperamos que o Natal sirva para dar mais ânimo para as pessoas para que 2016 possa ser melhor. Nós vimos um 2015 de muitas dificuldades e queremos muito ver melhora. Nas nossas casas, ainda há as comemorações tradicionais, reunião de família e troca de presentes no amigo se-creto”. Luana Urnau e Nata-sha Castilhos, estudantes.

O que os bento-gonçalvenses esperam do Natal

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Uma das campanhas que mais movimenta o Natal é a “Papai Noel dos Correios”. Anualmente, crianças de todo o Brasil escrevem, na escola, seus pedidos para o bom velhinho. Os pequenos acreditam que o senhor de barba branca irá pe-gar cada uma das cartas e aten-der os seus desejos. E eles não estão enganados, já que cada um de nós pode escolher um pedido e ser o seu Papai Noel.

Os pedidos vão dos mais simples, como uma bola, ma-terial escolar ou uma peça de roupa, até os mais exigentes, que sonham em ter um carro ou helicóptero de controle re-moto. A entrega dos presentes não é feita pelos benfeitores, já que a magia seria quebra-da, mas sim pelos agentes dos

Correios que garantem aos pequenos que o Papai Noel precisa de muita ajuda para conseguir entregar tudo.

No Natal de 2014 todas as crianças ficaram felizes. Nem uma carta sobrou nos Cor-reios e Bento Gonçalves deu uma lição de solidariedade. O gerente da unidade no muni-cípio, Everton Borges, afirma que a campanha foi um suces-so, já que além das pessoas levarem mais de uma cartinha para casa, muitas empresas pegaram várias unidades e distribuíram entre seus fun-cionários. “Não sobrou nada. É muito bom ver isso, porque seria triste se alguém ficasse sem o seu presente”, salienta.

Borges lembra que esta é uma época que aflora a solidarieda-

de e a compaixão das pessoas. Para ele, a campanha dos cor-reios apenas é um facilitador de uma ação que muitos gosta-riam de fazer mas não saberiam como. “Muitas vezes as pessoas querem ajudar, mas não sabem como, não tem contato com alguns bairros mais humildes ou não sabem quem realmente precisa. A campanha ajuda nis-so e proporciona que os Papais Noéis e crianças terminem o Natal realizadas”, reflete.

As cartinhas estão disponíveis na agência dos Correios e, antes de escolher, é possível verificar qual é o pedido da criança. As cartas são apenas dos alunos das escolas que estão em região com mais vulnerabilidade social e o prazo de entrega dos presen-tes é até 11 de dezembro.

Hora de ser o Papai Noel de alguém Primeiros eventos do Natal BentoAbertura com visita do Papai Noel radical

Apresentação da Orquestra de Brinquedos: espetáculo com mú-sicas inteiramente tocadas por instrumentos de brinquedo;

Sexta-feira, 4 de dezembro, às 18h30min;Local: Via del Vino. Festa de Natal

Chegada do Papai Noel de Helicóptero, distribuição de brin-quedos e lanches para as crianças. Muita diversão com brinque-dos infláveis;

Sábado, 5 de dezembro, às 16h;Local: Estádio da Montanha, na Osvaldo Aranha.

Natale Del Gesú Bambin Apresentação do coral, banda e danças do Caminhos de Pedra;

Missa comemorativa e show de fogos de artifício; Sexta-feira, 11 de dezembro, às 19h; Local: Salão da Comunidade Santo Antônio - Linha Palmeiro -

Distrito de São Pedro. 8º Concerto Italiano

Concerto com os grupos culturais e artísticos de Faria Lemos; Sexta, 11 de dezembro, às 20h30min; Local: Igreja Matriz de Faria Lemos.

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 9Geral

“Sou uma menina muito legal, tenho 9 anos e moro com meus pais. Estou no 3º ano à tarde e, de manhã, frequento o pro-grama Mais Educação. Neste Natal eu gos-taria de ganhar material escolar ou uma boneca grande. Sei que o senhor tem mui-tos pedidos, mas se puder realizar o meu, ficarei muito feliz! Obrigada, Feliz Natal e que Deus o abençoe.” Número 618

“Querido Papai Noel, neste Natal eu gostaria de ganhar uma bola de vôlei original.” Número 1687Querido Papai Noel! Sou uma menina

muito obediente. Vou à escola pois, quan-do crescer, quero ser veterinária. Gosto de brincar com meus amigos e sou muito feliz. Gostaria de ganhar um cachorro de brinquedo ou um kit de veterinária. Se você atender o meu pedido, ficarei mui-to feliz. Feliz Natal.”Número 612

“Papai Noel! Sou uma me-nina, tenho 6 anos, moro com minha mãe, meu padrasto e dois irmãos. Estudo na esco-la no turno da manhã, no Jardim. Adoro minha professora, ela parece uma prin-cesa! Neste Natal, eu gostaria de ga-nhar o jogo Rato Pula ou uma boneca. Ficarei esperando por você! Obrigada e Feliz Natal!” Número 830

“Querido Papai Noel, tenho 13 anos e estou mandando esta carta porque quero muito uma bomba-cha de ir ao rodeio, de menina, tamanho 13, bordada, azul ma-rinho. Meu pai não tem condi-ções de comprar pra mim e eu sou laçadora. Estou no 5° ano e tenho muitos amigos na escola. Agradeço se puder realizar este pedido. Um abraço com cari-nho.” Número 1786

Cartinhas do “Papai Noel dos Correios” disponíveis no Jornal Semanário

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O Jornal Semanário separou cartinhas e disponibiliza para os leito-res que quiserem participar. Quem se interessar pode passar na unida-de do bairro Fenavinho, na rua Wolsir Antonini, para pegar a cartinha.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 201510 Geral

Prefeitura pretende criar local para acolhimento e orientação

Hilain Julien e Marie Mika Amede são exemplos de perseverança após sofrerem injúrias raciais na cidade

A contínua busca por igualdade socialImigrantes

Os programas sociais que visam o bem estar e a facilita-ção da estadia de imigrantes haitianos na cidade continuam a serem realizados. Contudo, de acordo com a secretária de Habitação e Assistência So-cial, Rosali Faccio Fornazier, para 2016 os planos do gover-no Municipal vão muito além da entrega de cestas básicas e roupas. “Um dos objetivos des-

ta gestão é a abertura de um espaço para o acolhimento e orientações aos que chegam, a fim de tornar a estadia no Município menos impactante e mais fortalecida”, afirma.

De acordo com a titular da pasta, a Secretaria tem auxilia-do os imigrantes com os mes-mos serviços de assistência so-cial oferecidos aos munícipes, utilizando os mesmos critérios

de acesso. “Sei que encontram dificuldades quanto ao sistema habitacional, entretanto, neste aspecto, entramos em conta-to com a Secretaria de Direitos Humanos de Brasília para rever a situação. Repassamos a infor-mação aos haitianos em reunião realizada no Instituto Federal, onde ficou definido que só se-rão contemplados com o Pro-grama Minha Casa Minha Vida,

os imigrantes que tiverem visto permanente no país e estiverem residindo no município há pelo menos dois anos”, revela.

Quanto ao problema de in-júrias e intolerância racial, frequentemente exposto pelos haitianos, Rosali ressalta que a Secretaria não tem recebido queixas em relação ao assunto. “A aceitação da nossa popula-ção está acontecendo grada-

tivamente, na medida em que os haitianos vão se integrando no trabalho e na sociedade. Culturalmente nosso povo, na sua maioria está enraizado na imigração italiana, que ocorreu em épocas em que o município foi desbravado. Entretanto, vi-vemos numa geração avança-da, embora ainda seja necessá-rio quebrar alguns paradigmas sociais”, finaliza.

da cidadania”, explica. A associação também exerce

outras atividades como pro-gramas de inclusão social, in-tegração com a comunidade, prestação de auxílio jurídico, orientação sobre costumes lo-cais e preparação para inser-ção no mercado de trabalho. De acordo com Marotiere, a associação já possui duas co-missões em funcionamento, de ações esportivas e cultu-rais, as quais estão trabalhan-do na elaboração de projetos nas suas respectivas áreas.

Contudo, em corroboração a batalha contra uma cultura parcialmente hostil, atual-mente, com a alta do dólar, os imigrantes enfrentam ou-tra adversidade, a redução da quantidade de dinheiro en-

viada a suas famílias no Hai-ti. Com a variação cambial da moeda americana, as dedu-ções fiscais da transferência para outro país implicam di-retamente no montante repas-sado. Entretanto, o presidente também ressalta outra situa-ção ainda mais delicada como agravante à permanência dos imigrantes no país, a dificul-dade para validar diplomas. “O problema não está rece-bendo a devida atenção, mui-tos dos imigrantes que aqui residem possuem qualifica-ção profissional ou formação em nível superior, contudo, não encontram informações adequadas para buscar a va-lidação dos seus diplomas no Brasil”, critica. De acordo com o presidente, este en-

trave somado ao preconceito intrínseco da sociedade, a di-ficuldade de comunicação, a falta de documentação legal e o desconhecimento das leis brasileiras, muitas vezes aca-bam por relegar o imigrante às margens da sociedade.

A força de um povo

Em tempos de estagnação econômica, onde o termo cri-se e desemprego assombram o pensamento do brasileiro, encontrar trabalho ou perma-necer em uma função é uma batalha diária. Para imigran-tes, a conquista de um empre-go em terras estrangeiras é ato ainda mais complexo. Entre-tanto, exemplos de determi-nação e perseverança como

dos auxiliares de serviços gerais Hilain Julien e Marie Mika Amede, empregados no Hotel Vinocap há aproxima-damente dois anos, mostram a força de um povo em busca de prosperidade.

Formado em matemática no Haiti, Julien é um nítido exemplo das dificuldades en-frentadas por grande parte dos imigrantes. Deixando seu país natal em virtude do de-semprego, o graduado tentou exercer sua profissão no Bra-sil, contudo, devido à falta de equivalência nas grades curri-culares dos cursos e entraves no Ministério da Educação, foi impossibilitado. Sem mui-tas esperanças de conseguir a validação, Julien optou por exercer trabalhos mais sim-ples, como auxiliar, contudo, em seu primeiro emprego foi alvo de intolerância racial, que veio a provocar sua demissão. “Trabalhava instalando equi-pamentos de segurança quan-do fui chamado de macaco por um cliente. Após reclamar ao meu contratante, fui desligado da empresa”, relata.

Hoje, o haitiano trabalha há aproximadamente dois anos na lavanderia do hotel e no contraturno em uma empresa da região. Ao todo completa uma carga horária de 16 horas com intuito de dar melhores condições de vida para sua fa-mília e tentar voltar a estudar para exercer sua profissão de professor de matemática. “Não poderíamos estar mais satisfeitos com o trabalho apresentado por eles, são ho-nestos e esforçados”, afirma a gerente do hotel Soraia Lima da Veiga.

Dificuldades como a into-lerância racial e a falta

de oportunidade, enfrentada por milhares de pessoas que deixaram suas famílias em ou-tro país na busca de uma vida mais próspera, permanecem quase inalteradas após três anos da chegada dos primei-ros haitianos a Bento Gonçal-ves. O preconceito, a oposição cultural à inserção social e a atual conjuntura econômica do país têm complicado a per-manência dos imigrantes e são elementos vívidos no dia a dia de quem vem de longe para tentar o sustento. Contudo, após a criação de uma associa-ção que tem por objetivo lutar por igualdade e pela defesa de direitos civis, o futuro dos mais de 1300 imigrantes do município pode mudar.

Criada em julho de 2015, a Associação de Imigrantes Haitianos de Bento Gonçal-ves (AIHB), que atualmente conta com 12 membros, visa defender interesses sociais e individuais, visando à cida-dania, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, reduzindo as desigualdades na cultura municipal. Entre-tanto, de acordo com o pre-sidente Manasse Marotiere, a tarefa é árdua e complexa. “A AIHB luta para evitar a mar-ginalização da figura do imi-grante na cidade. Agimos por meio de projetos e ações na conscientização do haitiano sobre seus direitos e deveres como cidadão, proporcionan-do-lhes condições de susten-tabilidade e desenvolvimento

Cinco anos após a chegada dos primeiros haitianos na cidade, direitos trabalhistas e civis ainda não são respeitados

Cristiano [email protected]

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 11Geral

ca por mês, captada por meio de ações sociais e doações da comunidade, tal qual a dis-tribuição de fraldas infantis. Contudo, devido à falta de tra-dutores, o andamento das ati-vidades em sala de aula muitas vezes é penoso, em virtude das dificuldades de entendimen-to entre as partes. “Nós não entendemos o idioma deles e

muitas vezes os recém chega-dos não tem facilidade em se adequar ao português, o que dificulta o andamento”, afir-ma Ângela Soldera, colabora-dora na ação.

Outra situação registrada pe-los envolvidos na ação são as constantes queixas raciais, ex-postas nas aulas pelos imigran-tes. De acordo com dos Santos,

o deferimento de comentários maldosos e de ofensas raciais é comum e frequentemente manifestado pelos haitianos durante as aulas. “Embora as pessoas já convivam de manei-ra mais pacífica com a presen-ça deles, eles ainda sentem que não são bem aceitos na comu-nidade. Aconselhamos sobre as possibilidades em frente

à situação, contudo, muitos temem represálias ou não conhecem seus direitos e aca-bam não procurando ajuda”, constata. De acordo com dos Santos, em diversas situações os imigrantes também acabam sendo ludibriados no recebi-mento de encargos trabalhistas após serem demitidos.

Parceria com a UCS

De acordo com os colabora-dores, para o próximo ano, a Paróquia Santo Antônio está em tratativas com a Universi-dade de Caxias do Sul que ob-jetiva uma parceria para adi-cionar professores de Língua Portuguesa ao projeto. “Esta-mos dialogando com a univer-sidade para que os alunos do curso de Letras que estiverem realizando o estágio 4 venham dar aulas aos imigrantes”, ex-plica dos Santos. Segundo ele, o projeto ainda está em fase de elaboração, contudo, a expec-tativa é que a iniciativa esteja em funcionamento até o se-gundo semestre de 2016.

Uma das grandes iniciativas da cidade que objetiva a inclu-são e educação do imigrante na sociedade bento-gonçal-vense são as aulas de língua portuguesa, ministradas na Paróquia Santo Antônio. Con-tando com aproximadamente 50 alunos, em grande maioria de descendência haitiana, o projeto social tem como obje-tivo fomentar as lacunas cul-turais e instigar os imigrantes ao conhecimento do idioma nacional. A ação tem recebido cada vez mais aderência pelos imigrantes.

De acordo com os colabo-radores, a didática de ensi-no é baseada na vontade dos alunos. Segundo o professor de Língua Portuguesa, Rafael Ostrzyzeck dos Santos, muitos dos que levaram o idioma mais a sério já estão solicitando au-las preparatórias para presta-rem o Enem no próximo ano, querendo produzir boas reda-ções e interpretação de textos.

Além das aulas de português, os participantes também são auxiliados com uma cesta bási-

Cresce o número de participantes nas aulas de português

De acordo com os colaboradores, alguns alunos aproveitam as aulas como preparativo ao Enem de 2016

ARQ

UIVO

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 201512 Geral

Elson Schneider, um dos diretores da Tecnovitis, enaltece a programação feita pensando nos produtores

Expectativa pelo início da TecnovitisVitivinicultura

A Tecnovitis vem para apresentar ao produtor vitivinícola novidades tecnológicas do setor. Uma dessas inovações é o duplicador para pul-verização de veneno nas videiras. O vendedor externo da Magnojet, Li-sandro Becker, um dos expositores, explica que o produto foi planejado diante da grande dificuldade de pul-verização nas plantações. Os duplica-dores da Magnojet prometem faci-litar o trabalho do produtor. “Onde havia um bico só, agora tem dois, isso condiciona uma melhor aplicação na plantação para o agricultor. Quan-do se fala em dois bicos, o produtor pode pensar que gastará mais vene-no na aplicação, dobrando o traje por hectare, mas não é assim. A vazão de líquido nos bicos será menor, com uma gota mais fina que poderá dobrar o número de jatos. O agricul-tor terá 10 vezes mais o número de gotas por planta. Assim, como o produto sendo colocado”, explica.

Duplicadores de pulverização

Após um ano de estudos e projetos, a Tecnovitis está

pronta para receber a comuni-dade vitivinícola na localidade do 8 da Graciema, no Vale dos Vinhedos, a partir de hoje, 2 de dezembro, às 13h30min. A fei-ra especializada na produção da uva trará os visitantes para baixo dos parreirais, apresentando os avanços que o setor vitícola da re-gião alcançou nos últimos anos. A programação inicia às 9h, na Embrapa Uva e Vinho e segue até sexta-feira, 4 de dezembro.

A Tecnovitis é uma evolu-ção da antiga Vitis Aurora, que costumava ocorrer no centro tecnológico da Vinícola Aurora em Pinto Bandeira. Ampliada e atualizada, a feira apresentará temas como a difusão tecno-lógica e repassará ao produtor conhecimentos técnicos para o cultivo da videira, com a divul-gação de produtos, demons-tração de novos fungicidas e possibilidade de assistência técnica em grupos.

O presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha e dire-tor da Tecnovitis, Elson Sch-neider, afirma que a expectati-va é boa para o primeiro dia de evento. “Trabalhamos um ano para a realização da Tecnovitis e, agora, chegamos à reta final. Inclusive o tempo está nos aju-dando, sem previsão de chuva para os três dias de evento. Es-peramos que o produtor possa visitar e, assim, fique informa-do sobre as novas tecnologias para o seu desenvolvimento e da sua produção”, enaltece.

A Tecnovitis é apontada como uma necessidade para os produtores, pois ele pode-rá se preparar para a próxima produção e colheita da uva com as novidades tecnológi-cas. A intenção é que a feira ocorra, sempre nesta época, a

Feira especializada aproveita a tradição do Vale dos Vinhedos para apresentar tecnologias do setor vitícola na prática

Caiani [email protected]

cada dois anos. “Escolhemos este espaço no 8 da Graciema pois simboliza toda a cultura vitivinícola da nossa região. Contamos com mais de 40 ex-positores, divididos entre os 30 mil metros quadrados do local, que conta com área de alimentação, exposições, es-tacionamentos e os parreirais, onde o produtor poderá todas as demonstrações e aplicações dos produtos divulgados na feira”, explica o diretor.

Schneider conta ainda que, a principal atração da feira, a colheitadeira desenvolvida no Brasil para colheita de uvas no Sistema Latada, está exposta nos parreirais. “Com a máqui-na nos parreirais os produtores poderão ver a colheitadeira em funcionamento e, assim, ter certeza que esta será a solução para a falta de mão de obra nas colheitas”, garante.

A feira foi planejada em plan-ta baixa e cada empresa rece-beu seu espaço demarcado por um topógrafo, gerando assim, um melhor custo benefício, tanto para a expositores quan-to ao visitante. “Cada empresa montou seu estande a sua pre-ferência, planejando o espaço para apresentar seu produto da melhor maneira possível. Assim, todos saem ganhando, desde o expositor que tem vi-sibilidade e o visitante que po-derá ter demonstrações do que está exposto”, aponta o diretor.

O diretor finaliza agradecen-do toda a comunidade e quem está ajudando na feira, de-monstrando a união da cadeia produtiva da uva. “Estamos muito felizes, pois essa feira une desde o vitivinicultor, os fabricantes até os órgãos insti-tucionais que estão trabalhan-do juntos em prol do desenvol-vimento do meio rural, através da viticultura que é a principal fonte de renda da nossa re-gião”, conclui Schneider.

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Êxodo rural preocupa produtores de uva“Aprendi a função da criação da uva com meus tios, pois

meu pai é caminhoneiro, agora ele está aposentado e me ajuda na produção, pois a mão de obra é cara e não tem qualidade. Gosto de trabalhar com a uva e pretendo con-tinuar com a plantação, mas espero que a situação para o produtor de uva melhore, se não terei que desistir do cultivo da uva. Os preços caros e a falta de mão de obra dificultam muito o nosso trabalho. Sobre a colheitadeira de uva acho que será uma boa saída para os produtores. Deveríamos criar uma cooperativa e dividir a utilização da máquina entre os membros, assim o custo não ficaria tão pesado e solucionaria um dos problemas da produção.

Planto uva há 15 anos e sempre tive algumas tempora-das de produção ruins, idas e vindas, muitas chuvas, po-rém nos últimos anos a situação ficou mais complicada, os preços dos produtos subiram muito por causa do dólar e a entrega da uva é a pior parte, a gente não consegue colocação e o preço de venda é baixo”, Marcos Vinícios (E) com o pai João Hélio Patussi.

A uva de vinho está crítica, o pessoal aguenta porque é teimoso. Mas também não há como largar, não é como soja e milho que pode parar de produzir por um tempo e depois voltar. Sobre a Tecnovitis, esperamos que ve-nha novidades, como essa máquina colheitadeira, pois dependemos muito da mão de obra. Não digo que ela seja a solução, porém ameniza um monte, por exemplo, eu dependo de 8 a 10 funcionários para colher a uva, com essa máquina não terei tanto gasto, nem estresses. Fui eu que tratei as parreiras para o pessoal, essa feira é muito interessante, porque aprendemos muito sobre as novas tecnologias e os novos produtos e venenos do mercado. A visibilidade que a feira trará para o agri-cultor pode ajudar a solucionar alguns problemas na produção. O êxodo rural é fato, é mais vantagem para o jovem procurar trabalho fora do setor, meus filhos es-tudam engenharia e nenhum deles dará continuação a minha produção de uva”, Daniel Baptistello, produ-tor de uva.

A escassez de mão de obra qualificada, preços baixos do quilo da uva e a vida nos cen-tros urbanos mais atrativa que a rotina do campo, torna o êxo-do rural de jovens vitivinicul-tores da região mais crescente. Essa situação atinge princi-palmente o pequeno e médio produtor, pois o jovem que não consegue, no campo, uma qua-lidade de vida superior tende a abandonar o trabalho nos par-reirais.

A Tecnovitis, como uma feira que expõe essas questões, traz a promessa de solução para um desses problemas, com a máquina que colhe uvas no Sistema Latada. O engenheiro agrônomo, Valdecir Bellé, é pouco otimista ao prever que, entre cinco a 10 anos, se o se-tor não se mecanizar, a colhei-ta da uva estará comprometi-da. “A máquina de colher uva, estrategicamente falando, é a viabilidade do setor vitícola, ou trazemos essa colheitadeira para nossos parreirais ou, com certeza, nos próximos anos o setor decairá”, explica.

O protótipo exposto no even-to propõe suprir a demanda de safristas, tornando a colheita mais rápida e barata. De acor-do com o produtor vitícola Marcos Vinícios Patussi, 31, a situação do setor precisa me-lhorar e, a colheitadeira pode ser uma saída para os produ-tores que gastam muito tempo e dinheiro com as colheitas. Já para o também produtor, Da-niel Baptistello, 48, o êxodo ru-ral é fato, pois nenhum jovem quer ficar preso no campo, tra-balhando pesado, lidando com venenos e não ter um bom re-torno financeiro.

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 13Geral

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 201514 Geral

Empresas terão isenção de taxas e impostos para instalação e ampliação

Lei de incentivo econômico é aprovada no Legislativo

Desenvolvimento

empreendimentos e criação de novos setores econômicos. “Estamos fazendo o opos-to do que o Governo Central vem realizando desde o ano passado, onde em períodos de ascensão econômica deu incentivos aos empresários e, posteriormente, com o iní-cio da estagnação econômica retrocedeu, paralisando os estímulos. Nós estamos abrin-do mão de parte da arrecada-ção para fomentar o setor, de modo que favoreça os novos empreendedores e não preju-dique o município”, afirma.

Para o líder do Executivo, a implantação da nova nor-ma também corrobora para o combate ao desemprego na cidade. “Por mais que a falta de postos de trabalho seja re-ferente a apenas 1% da popu-lação já é um valor expressivo

e preocupante. O incentivo à instalação de novas empresas na cidade vem de encontro a esse fator, estimulando a ge-ração de postos e, consequen-temente, minimizando os efei-tos da crise”, ressalta.

A aprovação da Lei também é bem vista pelas lideranças seto-riais da cidade. Para o presiden-te do Centro da Indústria, Co-mércio e Serviços (CIC), Laudir Piccoli, a norma é um grande passo em direção ao fim da cri-se econômica. “Existem algu-mas empresas interessadas em se instalar no município e te-mos recebido propostas, como a de uma empresa de placas fotovoltaicas de Serafina Cor-rea, que pretende investir R$ 10 milhões caso o município dê estímulos ao desenvolvimento, o que será conquistado com a nova norma”, revela.

Elaborada com a proposta de reconfigurar o cenário

empresarial da cidade e rea-quecer a economia, o projeto de lei 137/2015, também co-nhecido como Lei de Incentivo ao Desenvolvimento Econô-mico Municipal, foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores na Sessão Or-dinária de segunda-feira, 30. A iniciativa objetiva estimu-lar a expansão de empreen-dimentos industriais, comer-ciais, prestadores de serviços, agroindústria, turismo, lazer e entretenimento já existentes no município, criando condi-ções favoráveis para a insta-lação de incubadoras empre-sariais e de empresas de base tecnológicas, estimulando a criação de novas vagas de tra-balho e a instalação de novos empreendimentos industriais e comerciais.

De acordo com o prefeito Guilherme Pasin, propositor da alteração, a norma é uma medida anticíclica, ou seja, que visa impedir ou minimizar os efeitos da baixa atividade econômica no país, buscando criar um ambiente favorável para o aumento da atividade empresarial por meio do au-mento de incentivos voltados à expansão da matriz produ-tiva local, atração de novos

Norma visa estimular a expansão industrial criando condições favoráveis

Cristiano [email protected]

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O que diz a LeiPara o recebimento dos benefícios pelas empresas já existentes

será necessária a ampliação da área produtiva de empresa já exis-tente em, no mínimo, 20% e a geração de uma ou mais vagas de emprego ou ainda, aumento da massa salarial no mesmo percen-tual de 20% , bem como, nos empreendimentos ligados à hotela-ria deve haver a ampliação do mesmo percentual.

No que se refere a instalação de novas empresas, os incenti-vos concedidos serão de ordem fiscal, com isenção de ITBI, taxas, IPTU e ISS, nos termos do definido no projeto de lei em questão; de ordem econômico-financeiro, com o fornecimento de até 200 horas de serviços de infraestrutura necessários a implantação da empresa e cessão de uso de bens e equipamentos do mesmo dis-positivo legal.

Além dos incentivos retro mencionados também se dará prio-ridade na análise relativa ao licenciamento ambiental e junto ao IPURB dos projetos para implantação ou ampliação de empresas no Município, bem como apoio institucional junto aos órgãos com-petentes a nível Estadual e Federal.

As empresas do setor de alta tecnologia que pretenderem se instalar no Município, além dos benefícios já mencionados, terão a restituição de parcela de retorno do ICMS, que não poderá ex-ceder a 50% do valor transferido ao Município em função da par-ticipação relativa ao valor adicionado da empresa na formação do índice de participação do Município no ICMS.

Os incentivos concedidos, sob qual-quer das formas, serão sempre avalia-dos ou estimados em moeda corrente nacional e nãopoderão exceder a 50% do investimento direto feito pelas em-presas beneficiadas.

Compete à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, dentre outras responsabilidades, a execução da política no âmbito muni-cipal, coordenando programas e projetos para o desenvolvimen-to e incremento de atividades industriais, comerciais e de servi-ços no Município, objetivando maior geração de riquezas e bens para a população em geral, e, neste aspecto, observada a crise econômica que afeta o País, torna-se oportuna a viabilização de estímulos a expansão de empreendimentos, instalação de novas empresas, incrementos à produção primária e abertura de novos postos de trabalho.

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O Natal nem chegou e a Asso-ciação do Comércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa (ACI-CB) e a Câmara de Diri-gentes Lojistas (CDL) já estão entregando prêmios para con-sumidores que efetuam suas compras no comércio da cida-de. É o Natal no Caminho das Estrelas – Compra da Sorte, que hoje, ao meio-dia, sorteou uma TV de 40” Samsung LED Full HD para Antonina Carolina Baldasso, que recebeu o cupom

A Associação dos Municí-pios da Encosta Superior

do Nordeste (Amesne) reali-zou entre os dias 6 a 14 de no-vembro, uma missão técnica à Israel. A comitiva formada por 11 prefeitos, três vice-pre-feitos e três representantes de entidades.

A viagem foi organizada por meio de uma parceria firmada da entidade com a Universi-dade de Caxias do Sul (UCS). Durante a missão os gestores tiveram a oportunidade de conhecer o desenvolvimen-to social, cultural, científico, administrativo e tecnológico nas várias áreas da atividade comunitária de um dos países mais desenvolvidos do mundo.

O presidente da Associação, prefeito de Carlos Barbosa, Fer-nando Xavier da Silva, avalia tecnicamente que a viagem foi boa. “Permitiu que o grupo co-

As agências dos Correios de todo o território nacional de-verão iniciar, em janeiro de 2016, o serviço de pedidos de emissão e renovação de passa-portes, atualmente feito exclu-sivamente pela Polícia Federal. O assunto foi um dos temas da reunião da CICs Serra, realiza-da na tarde de quinta-feira, 26, na sede da CIC de Nova Prata, contando com a participação da presidente da Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Garibaldi, Alexandra Nicolini Brufatto, e do diretor executivo da entidade, Luiz Carrer.

A ideia inicial, proposta pela CICs Serra, era da criação de postos de atendimentos do ser-viço de emissão e renovação de passaportes em microrregiões do estado, possibilitando mais opções para quem deseja emi-tir o documento, que hoje, na região da Serra, somente pode ser feito em Caxias do Sul. O projeto piloto será implantado ainda este ano em duas agên-cias de Brasília.

A Escola Estadual de En-sino Médio Professor José Pansera, em Pinto Bandeira, comemorou o Dia Nacional da Consciência Negra, data que reverencia Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, na tarde de sexta-feira, 20. Na atividade, os alunos de 6º a 9º ano realizaram belíssimas apresentações, como forma de rememorar o sofrimento dos negros ao longo da história. As festividades foram iniciadas com a visita do Projeto Cora-ção Cidadão, que apresentou danças típicas afro-brasileiras, como a capoeira.

As homenagens da institui-ção seguiram com os estudan-tes recitando poesias, como a obra “Órfão de mãe preta” de Jayme Caetano Braum, pa-ródias criadas pelos alunos, cover, peça teatral retratando as dificuldades e sofrimentos enfrentados pelos escravos guerreiros, e dança africana, valorizando o flagelo defronta-do pelos negros em nossa his-tória. Para finalizar os festejos

Comitiva esteve em Israel, onde conheceu experiências positivas, no início do mês de novembro

Correio irá emitir e renovar passaportes

Inicia os sorteios do Natal no Caminho das Estrelas

Grupo visitou empresa voltada à tecnologia no Oriente Médio

Antonina Carolina Baldasso é a primeira ganhadora da promoção

Estudantes apresentaram poesias, entre elas, “Órfão de mãe preta”

Presidente avalia missão técnicaAmesne

Consciência Negra é tema de estudo

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 15Regional

Estefania V. [email protected]

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Garibaldi

Carlos Barbosa Pinto Bandeira

e homenagens, os estudantes prepararam uma farta mesa com comes e bebes típicos da cultura afro, que foi a culmi-nância das homenagens à data comemorativa.

A equipe diretiva do colégio explica que celebrar o Dia da Consciência Negra na Escola é agraciar e resgatar as raízes do povo brasileiro, dedicando-o à reflexão sobre a importância

de nossa história. “Além disso, esta data serve para meditar-mos sobre o racismo e o quanto este preconceito afeta a vida de todos”, afirma a diretora Ma-risa Ferrari Guisso. A escola atua de forma ativa em proje-tos que enalteçam estas datas e trabalha de acordo com a Lei 10.639/03, que instituiu o ensi-no da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas.

na Floricultura Beimondo.A entidade agora se prepara

para o próximo sorteio, que será no dia 11 de dezembro, quando os consumidores esta-rão concorrendo a uma motoci-cleta zero quilômetro Yamaha Factor 125 K1, com ano e mo-delo de fabricação 2015/2016. A cada R$ 100 em compras, o consumidor recebe um cupom, que depois de preenchido e de-positado na urna, passa a con-correr aos prêmios.

nhecesse uma sociedade demo-craticamente livre, que avança, e que está localizada em uma re-gião do globo conflituosa, onde existem interesses fortes”, ana-lisa. O gestor relata que Israel é um país que possui uma tecno-logia avançada. Está foi a sétima viagem realizada pela Amesne.

Entre as iniciativas que cha-

maram a atenção da comitiva está o processo de tratamento de esgoto implantado naquela nação. “Aparentemente é um método viável de trazermos para as nossas cidades. Visita-mos uma empresa que fabrica um sistema móvel de trata-mento que será comercializado para a África,” relata. Xavier

pondera que o Oriente Mé-dio possui escassez de água, e que ao contrário da Serra que possui certa abundância. “Pre-cisamos repensar de que for-ma devolvemos o esgoto para o ambiente. A poluição é um problema e deve ser pensadas alternativas para soluciona--la”, ressalta.

O chefe do Executivo de Carlos Barbosa também cita outros exemplos positivos da missão como o sistema de hor-tigranjeiros com a produção de minissaladas, a classificação de frutas e o índice de produção de leite por vaca ao ano, que é o maior do mundo. “A missão teve um impacto direto nos gestores. Durante os desloca-mentos, os temas eram discu-tidos entre eles, e apresentadas as formas que poderiam ser implantadas”, comenta. Xavier finaliza afirmando que a agen-da foi extensa e que proporcio-nou um conhecimento técnico para os membros do grupo.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 201516 Esporte

Bento-gonçalvense conquistou o seu quarto título nacional da carreira

Farrapos vence a 1ª etapa do Sevens

Clube bento-gonçalvense venceu o Serra na final pelo placar de 33 a 5

Equipe levantou a taça após vencer o 24 de Maio nos pênaltis

Clube venceu o Maringá por 3 sets a 0, no sábado, 28 de novembro

Piloto chegou em quinto, resultado que garantiu o título da temporada

Santin é o primeiro campeão brasileiro da classe 600 EVO

Motovelocidade

Santa Bárbara conquista do hexacampeonato Municipal

Bento Vôlei volta a ficar entre os oito primeiros

Rugby

Monte Belo do Sul

Superliga

Marcelo [email protected]

O Farrapos sagrou-se cam-peão da primeira etapa do Cir-cuito Gaúcho de Rugby Sevens Masculino 2015 que ocorreu no sábado, 28 de novembro, em Caxias. O clube bento--gonçalvense ficou com a taça ao vencer o Serra na final por 33 a 5, saindo invicto na com-petição. O Walkirians, dono da casa, venceu o Centauros na Taça Prata e ficou com o ter-ceiro lugar, enquanto na Taça Bronze o Guaíba levou a me-lhor diante do Predadores.

O time da Capital do Vinho participou como convidado. A última etapa será no próximo sá-bado, 5 de dezembro, em Estrela.

O Santa Bárbara ficou com o tí-tulo de campeão da 20ª edição do Campeonato de Futebol de cam-po de Monte Belo do Sul. O jogo de volta da final diante do 24 de Maio foi disputado sábado, 28 de novembro, no Campo Municipal.

No tempo normal, a partida terminou empatada em 1 a 1, o

O Bento Vôlei voltou a ven-cer e ficar entre os oito primei-ros colocados na Superliga. A equipe superou o Maringá no sábado, 28 de novembro, por 3 sets a 0, com parciais 25 a 22, 25 a 19 e 25 a 19.

A equipe havia sofrido a pri-meira derrota na competição para o Canoas diante da torcida. Assim, era fundamental para o clube se recuperar. No confron-to contra o time paranaense, os atletas forçaram deste o início o saque. Com o aproveitamento

O piloto bento-gonçalvense Marciano Santin sagrou-se

tetracampeão brasileiro de mo-tovelocidade. O título foi con-quistado na manhã de domingo, 29 de novembro, ao chegar em quinto lugar na última prova do ano da Moto 1000 GP, o Cam-peonato Brasileiro da categoria, disputada na cidade de Curitiba.

Santin disputou a prova po-dendo chegar até em nono lugar, mas fez melhor que isto. Corren-do com todo o cuidado, o piloto bento-gonçalvense recebeu a bandeirada em quinto lugar. Seu concorrente direto, o piloto paulista Flávio Pavanelli, venceu a etapa e ficou com o vice-cam-peonato, que ficou cinco pontos atrás do representante de Bento Gonçalves.

Após a conquista, o campeão lembrou do ano difícil que pas-sou em virtude de um acidente bem sério que sofreu na segun-da metade do campeonato, po-rém teve que superar e voltar a correr. “Tenho quase 40 anos e consegui meu quarto título na-cional. Já está de bom tamanho para a minha carreira”, define.

Marciano Santin foi campeão brasileiro três vezes na cate-goria 250cc, na fase anterior à

Classificação final1º) Santin 146 pontos; 2º) Flávio Pavanelli, 141; 3º) Júlio Fortunato, 92; 4º) Márcio Bortolini, 83; 5º) Marcelo Dias, 69; 6º) Breno Pinto, 56; 7º) Sérgio Prates, 48; 8º) Marcos Fortunato, 47; 9º) Victor Luciano, 44; 10º) Rafael Fiorese, 36; 11º) Douglas Pecoraro, 30; 12º) Juninho Garcia, 21; 13º) Martinovich, 13; 14º) Gregory Alfonso, 9.

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implantação do Moto 1000 GP e é o primeiro campeão da cate-goria 600 EVO, criada este ano pelos organizadores da compe-tição. Ele é um dos atletas mais laureados em nível nacional do esporte bento-gonçalvense.

Santin participou da Moto 1000 GP com o apoio da Secre-taria Municipal da Juventude Esporte e Lazer, Papa Burguer, Bento Cópias, Imobiliária Serra e Mar, Mecânica Serrana, Casa dos Motoqueiros, IC Rodas, Posto Shopping, Ótica Novitá, Mattielo Representações, Via Sul Veículos e MRL Publicidade.

deste fundamento, o grupo co-mandado pelo técnico Paulão ajustou o bloqueio e impôs seu ritmo na partida.

O próximo adversário será o Sesi/SP no sábado, 5 de dezem-bro, às 20h, no Ginásio Muni-cipal de Esportes. Os ingressos custam R$20 e os antecipados categoria familiar R$15. Crian-ças menores de 12 anos, alunos do projeto social uniformiza-dos, pais de alunos do projeto social e portadores de necessi-dades especiais não pagam.

mesmo placar do primeiro con-fronto da decisão. Assim, o título foi decido nos pênaltis, e o Santa Bárbara levou a melhor ficando com o hexacampeonato. Antes da decisão, o Cruzeiro de Santo Isidoro ficou com o terceiro lu-gar, ao superar o São José pelo placar de 2 a 1.

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Esporte

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 17Esporte

Equipes superaram o Ouro Verde e o Barracão, respectivamente, na semifinal da categoria Livre do campeonato

Bento-gonçalvense é campeão paralímpíco

Time chegou invicto na final e levantou a taça da terceira edição

O clube de São Valentim aplicou duas goleadas em cima do adversário, uma por 6 a 0, e outra 9 a 2

Gabriel Rigol Prezzi, 15 anos, superou o dono da casa na decisão

Flamengo e Paulina disputam a final

CitadinoBocha

Distrital

Resultados dos jogos Primeira fase

Abala F.C 0x9 Paulina/BGFPaulina/BGF 4x0 Garra FutsalAscóra F.C 0x4 Paulina/BGFPaulina/BGF 4x1 Damas de Ferro F.CDiva´s F.C 0x11 Paulina/BGF

Paulina/BGF é a campeã de 2015

Estefania V. [email protected]

O bento-gonçalvense Gabriel Rigol Prezzi, 15 anos sagrou-se campeão brasileiro das Paralim-píadas Escolares 2015, na mo-dalidade bocha BC2. A compe-tição foi realizada em Natal/RN, na última semana de novembro.

A final foi contra a equipe da casa, do Rio Grande do Norte,

A equipe da Paulina/BGF é a campeã do terceiro Campeo-nato Citadino de Futsal Femi-nino. Esta é a primeira vez que o time conquista o título.

A final, diante do Damas de Ferro, que também nunca havia chegado à final, foi disputada no domingo, 29 de novembro, no ginásio em Faria Lemos. A Paulina/BGF confirmou o fa-voritismo e venceu o adversário por 6 a 3. A equipe campeã fez uma campanha impecável, com 100% de aproveitamento. Além disso, o grupo tem o melhor ataque da competição, com 56 gols marcados. Para chegar a final, a equipe eliminou o Garra Futsal pelo placar de 3 a 2.

Antes de conhecer quem fi-caria com a taça do campeona-to de 2015, o Ascóra superou o Garra Futsal por 3 a 1, e ficou com a terceira colocação. A ar-tilheira da competição foi De-nise Salton, da Paulina/B.G.F. Karine Andreola foi a goleira menos vazada. Patrícia Ferrei-ra foi a jogadora destaque da partida. Ambas do time cam-peão desta edição.

As equipes do Flamengo de São Valentim e Ipiranga

da Paulina são os finalistas do Campeonato Distrital de Futebol de Campo de 2015 na categoria Livre. Os times garantiram a vaga no final no domingo, 29 de novembro.

O Flamengo foi para decisão após golear pela segunda vez consecutiva o Ouro Verde. No jogo de volta o placar foi de 9 a 2, e na partida de ida 6 a 0.

No outro confronto de volta pela semifinal, Paulina e Bar-racão lutaram até os últimos minutos para estarem na fi-nal, porém a Paulina levou a melhor ao vencer o adversário pelo placar de 2 a 0. No pri-meiro jogo, os times ficaram no empate em 1 a 1.

Quem irá ficar com a taça de campeão será definido em duas partidas. A primeira

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ocorre neste domingo, 6 de dezembro, na Paulina, e a se-gunda no dia 12 de dezembro, em São Valentim.

No Sub-18, a briga pelo tro-féu ficou entre Internacional da Leopoldina e Estrela da Serra. O Internacional da Leo-

poldina entrou em campo pre-cisando apenas de um empate, porém o Ypiranga conseguiu uma vitória por 1 a 0, e levou

a disputa pela vaga na final para os pênaltis. No entanto, o Internacional da Leopoldina levou a melhor, venceu por 4 a 3, e está na decisão.

No outro jogo da segunda fase do campeonato, o Estre-la da Serra se classificou ao empatar em 1 a 1 com o Fla-mengo de São Valentim. No jogo de ida, o clube venceu o adversário pelo placar de 3 a 2. A final acontece nas mes-mas datas da categoria Livre, porém às 14h30min.

A semifinal da categoria Veteranos começou a ser dis-putada no sábado, 28 de no-vembro, no campo da Linha Paulina. O Cruzeiro da Leo-poldina largou na frente ao bater o Internacional da Eu-lália em 4 a 2. Já o Estrela da Serra e o Ypiranga da Paulina não saíram do empate em 0 a 0. Os finalistas serão conheci-dos no sábado, 5 de dezembro, no campo da Linha Eulália.

A.B.A.B.G. 0x10 Paulina/BGFPaulina/ BGF 5x0 Audácia F.C

SemifinalPaulina/BGF 3x2 Garra Futsal

FinalDamas de Ferro 3x6 Paulina-BGF

por 11 a 4. Os resultados: 12 a 3 Roraima, 14 a 0 Rio de Janeiro, 8 a 1 São Paulo.

O adolescente, é filho de Evandro e Angela Rigol Prezzi, e atualmente reside em Bal-neário Camboriú /SC. O cam-peão ainda irá disputar o mun-dial em 2016 na Guatemala.

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 201518 Segurança

Foram apreendidas 26 pedras

Uma idosa e uma criança acabaram feridas durante um tiroteio no bairro Eucaliptos na madrugada de segunda-fei-ra, 30 de novembro. Manoe-la de Oliveira Fernandes, 86 anos, segue internada em esta-do grave no Hospital Tacchini. Kimberly Oliveira Rodrigues, três anos, teve ferimentos leves e recebeu alta médica em me-nos de 24 horas.

De acordo com as informa-ções da Brigada Militar, dispa-ros de arma de fogo na rua Ari da Silva foram denunciados por volta da 1h20min. Durante ave-

riguações, testemunhas relata-ram que um veículo Fiat Palio de cor escura teria se aproxima-do e os três tripulantes efetua-dos tiros contra uma residência.

As duas vítimas, que estavam no interior da moradia, já ha-viam sido socorridas por po-pulares e encaminhadas para o hospital. Os policiais locali-zaram sete estojos de munição de pistola calibre .40 no local do crime.

O caso será investigado pela 2ª DP. A primeira hipótese é que uma desavença entre vizi-nhos tenha motivado o ataque.

Avó e neta ficam feridas em tiroteio no Eucaliptos

Ataque na madrugada

Uma novo encontro de mobi-lização e combate à pertur-

bação do sôssego alheio, espe-cialmente nos bairros Planalto e São Bento, foi promovido pela Prefeitura na tarde de terça-fei-ra, 1º de dezembro. A primeira medida será a alteração do es-tacionamento oblíquo existente nos dois sentidos da avenida Presidente Costa e Silva para es-tacionamento paralelo.

Com a mudança será permiti-do o estacionamento às margens dos canteiros centrais, exceto nas divisões de retorno entre os canteiros. De acordo com o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, o objetivo central da mu-dança é promover mais segu-rança. “Com a modificação ha-verá mais espaço para circulação melhorando o fluxo de veículos, além de minimizar os efeitos da poluição sonora”, estima.

A reunião com representan-tes de órgãos municipais e da segurança pública também de-finiu a realização continuada de operações de fiscalização e campanhas de conscientização sobre o consumo de bebida al-coólica por menores, o trânsito de veículos em estado irregular e motocicletas com escapa-

Poluição sonora

Prefeitura define combate ao som alto no PlanaltoPrimeira medida alterará o estacionamento da avenida Costa e Silva

Leonardo [email protected]

Roubo em Pinto Bandeira

Trio invade casa e agride idosaAssaltantes armados inva-

diram uma residência e agre-diram moradores da Linha Jacinto Sul, no interior de Pinto Bandeira, na noite de segunda-feira, 30 de novem-bro. Uma idosa e um vizinho precisaram de atendimento médico em Bento Gonçalves após ataque.

De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu por volta das 19h30min, quando três indivíduos armados inva-diram a residência da idosa. Durante a ação criminosa, um

vizinho e seus dois funcioná-rios, de 38 e 60 anos, suspei-taram de algo e se aproxima-ram. Eles acabaram rendidos pelos assaltantes. As quatro vítimas foram agredidas com coronhadas e trancadas den-tro do banheiro.

Após o crime, uma guarni-ção do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar foi acionada e reali-zou buscas, porém nenhum suspeito foi encontrado. Ma-ria Debastiani Tumelero, 82 anos, foi atendida no plantão

da Unimed, enquanto Valdir Fabrisio, 41, foi internado no Hospital Tacchini. Ambas as vítimas não estariam em es-tado grave e deixaram as ca-sas de saúde em menos de 24 horas.

Foram levados celulares, documentos e a chave de um caminhão dos três homens. Ainda precisava ser feito um levantamento do que havia sido roubado da residência da idosa. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) de Bento Gonçalves.

Um jovem de 20 anos foi preso com 26 pedras de crack no residencial Novo Futuro, no início da noite desta segunda--feira, 30 de novembro. O fla-grante ocorreu durante patru-lhamento ostensivo do Pelotão de Operações Especiais (POE) na rua Bramante Mion, no bairro Ouro Verde.

De acordo com as informa-ções da Brigada Militar, por volta das 19h45min, os poli-ciais militares avistaram um indivíduo que, ao perceber a aproximação da viatura, ten-tou descartar uma embalagem plástica e se afastar. O suspeito foi detido e a embalagem en-contrada. Foram apreendidas 7,4g de crack.

O acusado possui alguns an-tecedentes policiais de ameaça e lesão corporal como adoles-cente infrator. Ele foi apresen-tado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e, posteriormente, conduzido para o Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

Flagrante no Ouro Verde

Jovem é preso com crack no residencial Novo Futuro

Tentativa de homicídio

Homem encontrado baleado em praça de Pinto Bandeira

Um homem com prováveis ferimentos de tiro foi socorrido na Praça Central de Pinto Ban-deira na noite de domingo, 29 de novembro. De acordo com último boletim médico, Juli-mar da Rosa Lima, 29 anos, se-gue internado em estado grave no Hospital Tacchini e respira por aparelhos.

Conforme as informações da Polícia Civil, o caso ocorreu por

volta das 22h. A equipe da uni-dade de saúde local foi acionada e prestou os primeiros socorros em um homem encontrado feri-do na praça. O resgate foi acio-nado e a vítima conduzida para o hospital de Bento Gonçalves.

A autoria e motivação são desconhecidas. A vítima te-ria repassado uma identidade errada para os médicos que o atenderam.

mentos adulterados. O funcio-namento de bares e similares também foram debatidos du-rante o encontro.

Uma força tarefa formada pela Brigada Militar (BM), Policia Civil, Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Conselho Tutelar, secretarias de Meio Ambiente, IPURB, Desenvolvimento Econômico, Juventude Esporte e Lazer e Mobilidade Urbana planejará ações continuadas no bairro Planalto e em outros pontos da cidade. O objetivo, conforme o prefeito Guilherme Pasin, não é afastar os frequentadores do local, mas garantir que estes se

enquadrem nas leis estabeleci-das. “Nosso objetivo é garantir o lazer, mas também a tranqui-lidade e a segurança dos mora-dores”, explica.

Problema histórico

O problema do volume ex-cessivo praticados por apre-ciadores do som automotivo é histórico em Bento Gonçalves. O telefone 190 costuma ficar congestionado nas madruga-das de finais de semana e feria-dos. As principais reclamações remetem à avenida Presidente Costa e Silva e na avenida Os-valdo Aranha, no Cidade Alta.

Medidas foram debatidas com representantes da segurança pública

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PREFEITURA

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Page 19: 02/12/2015 - Jornal Semanário - Edição 3187

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 19Segurança

Estatísticas da PRF na BR-470198 dias de Operação Vinhedos

248 acidentes115 acidentes com feridos182 pessoas feridas1 óbito

151 autuações por embriaguez20 prisões por embriaguezMais de 2 mil motoristas fiscalizados

9.795 autuações por excesso de velocidade382 autuações por ultrapassagem em local proibido249 autuações pelo não uso do cinto de segurança

Morte na BR-470

Imprudências que repetem acidentesPRF alerta que embriaguez e excesso de velocidade foram as prováveis causas de colisão fatal ocorrida em Veranópolis

Leonardo [email protected]

O fim de semana foi marca-do pelo acidente que viti-

mou Claudiomiro de Almeida Rodrigues, 36 anos. Ele era o motorista de um Escort que colidiu contra uma árvore no km 180 da BR-470, em Vera-nópolis. Esta é a primeira mor-te registrada na rodovia federal desde que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) assumiu a fisca-lização, em abril. As caracte-rísticas do acidente remetem às campanhas mais repetidas pelos órgãos de segurança no trânsito: embriaguez ao volan-te, excesso de velocidade e não uso do cinto de segurança.

De acordo com informações da PRF, a colisão ocorreu por volta das 16h40min de domin-go, 29 de novembro, quando o motorista de um Escort, em-placado em Veranópolis, per-deu o controle do veículo, no trecho conhecido como Reta de Vila Azul, e atingiu uma árvore às margens da BR-470. Rodri-gues morreu no local.

Fernanda Teresinha de Oli-veira, 32 anos, e Pietro Yuri dos Santos Trindade, 2 anos, esta-vam no banco de trás e foram resgatados por equipes médicas. A criança foi encontrada cerca de 10 metros longe do veículo. O garoto teve ferimentos graves e está internado no Hospital Ge-ral, de Caxias do Sul. A mulher

Claudiomiro de Almeida Rodrigues, 36 anos, era o condutor do Escort

PRF, DIVU

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ÇÃO

segue internada no Hospital São Peregrino Lazziozi.

Conforme relatos à PRF, as três vítimas não utilizavam o cinto de segurança, o motorista havia consumido bebida alcoó-lica por volta do meio-dia e con-duzia o Escort acima da veloci-dade permitida no momento do acidente. Também foi constata-do que o veículo estava com os pneus sem condições de uso.

Primeira mortedesde abril

Os responsáveis pela Opera-ção Vinhedos da PRF lamen-tam o trágico acidente. Além da vida perdida, a ocorrência foi a primeira com morte regis-trada desde 17 de abril, quan-do o órgão federal assumiu a

fiscalização. “Infelizmente a nossa profissão nos acostuma a estas fatalidades. Tratamos este acidente como um caso pontual e que todo trabalho realizado não foi em vão. Não afeta a confiança no nosso tra-balho, mas com certeza nos abala. Nossos resultados são expressivos, mas a marca zero era impactante. Continuare-mos atuando da mesma for-ma”, afirma o patrulheiro ro-doviário federal Filipe Burger.

Para explicar o longo período sem vítimas fatais, o agente fe-deral aponta duas medidas que são características da PRF desde o início do trabalho. “A intensi-va fiscalização de velocidade e presença massiva no trecho. Ao avistar uma viatura, o usuário passar a ter uma conduta dife-

renciada e mais prudente. Nossa fiscalização sempre foi voltada, principalmente, as infrações que mais causam acidentes: embria-guez ao volante, excesso de velo-cidade e ultrapassagem em local proibido”, ressalta Burger.

A intensa fiscalização de ve-locidade com radares móveis é apontada como uma das cau-sas das reduções de acidentes e, principalmente, número de feridos com gravidade. Desde abril, foram registrados 248 acidentes, sendo apenas 115 com feridos. “Aproximada-mente 80% das vítimas tive-ram apenas ferimentos leves, ou seja, são aqueles que vão para o hospital e, no mesmo dia, recebem alta médica”, aponta o agente federal.

Estes dados são considera-

mos reduzidos pela PRF, ainda mais quando se leva em conta as peculiaridades da BR-470. “Além do intenso fluxo (cerca de 20 mil veículos por dia), esta é uma rodovia de serra, que está em má estado de conser-vação e possui uma sinalização deficitária”, relata Burger.

O patrulheiro destaca que os acidentes mais comuns são as colisões frontais (geralmente devido a ultrapassagens em local proibido), colisões trans-versais (por desrespeito à sina-lização) e saídas de pista (em maioria por excesso de velo-cidade). O principal trecho de ocorrências está entre Bento Gonçalves e Garibaldi. O cru-zamento no acesso Norte da cidade, próximo ao posto do Hélio, é outro ponto de alerta.

Um motociclista ficou ferido após um acidente no bairro São Roque, na noite de domingo, 29 de novembro. Cleiton Stefanel-lo, 24 anos, teve traumatismo craniano e continua internado na Unidade de Terapia Intensi-va (UTI) do Hospital Tacchini. Ele respira por aparelhos e seu estado é considerado grave.

De acordo com as informa-ções da Brigada Militar (BM), Stefanello conduzia a moto-cicleta, placa ILM-2039 de Bento Gonçalves, que atrope-lou um pedestre de 20 anos na avenida São Roque. O jovem atravessava há cerca de 10 me-tros de uma faixa de segurança.

O atropelado teve lesões le-ves. Com a queda, o motoci-clista bateu a cabeça contra o

Acidente no São Roque

Motociclista segue em estado grave

Cleiton Stefanello caiu após atropelar um jovem na avenida São Roque

JON

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, DIVU

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ÇÃO

asfalto e precisou ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Dois assaltantes renderam um motorista e protagonizaram um aciden-te de trânsito no Borgo, na madrugada de domingo, 29 de novembro. De acordo com o relato da vítima à Brigada Militar, o crime ocorreu por volta das 5h, na rua Joana Guindani, quando um casal rendeu o motorista e assumiu a direção do Monza. Após rodar por diversas ruas, o bandido perdeu o controle do veículo e atingiu um poste na rua São Paulo. Os assaltantes fugiram e a vítima teve diversas lesões no rosto. Foram roubados celulares e um relógio.

Ladrões colidem veículo com vítima no Borgo

Uma mulher foi flagrada ao tentar furtar roupas de uma loja no Centro na manhã de segunda-feira, 30 de novembro. De acordo com a Brigada Militar, o caso ocorreu em um estabelecimento da rua Félix da Cunha por volta das 11h20min. A vendedora teria suspeitado da suposta cliente e verificado as imagens de segurança. Após constatado o furto de algumas roupas, os funcionários saíram para procurar pela acusada. Ao ser questionada, a acusada abandonou sua bolsa e fugiu correndo. A Brigada Militar foi acionada e foram recuperados R$ 405 em produtos. O conteúdo da bolsa denunciou a identidade da suspeita que foi reconhecida em fotos do sistema policial.

Mulher é flagrada ao tentar furtar roupas

Page 20: 02/12/2015 - Jornal Semanário - Edição 3187

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Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Talento que chega a Nova Iorque

Duas alunas da Escola de Bal-

let Sabrina Castilla foram

aprovadas para participar do

curso de seis semanas do Sum-

mer School Of Excellence 2016,

na American Academy of Ballet

(AAB). Localizada em Nova Ior-

que (EUA), a escola é conside-

rada por bailarinos, professores

e coreógrafos uma das melhores

do mundo. As bailarinas Isa-

dora Castilla Miolo e Gabriela

Accadrolli Debiasi, ambas de 16

anos, passaram por uma audição

de três horas na escola de Ballet

Vera Bublitz, localizada em Porto

Alegre. “A audição contou com

40 bailarinos, apresentação na

barra, no centro e com sapati-

lhas de ponta”, explica Sabrina.

Segundo ela, o diretor da AAB

Laurence Kaplan esteve presente

o tempo todo analisando e ava-

liando os alunos.

De acordo com Sabrina, di-

retora da escola localizada em

Bento e Garibaldi, o curso será

uma imersão na dança clássi-

ca. “As alunas ficarão alojadas

As alunas Isadora e Gabriela da Escola de Ballet Sabrina Castilla foram aprovadas para curso nos Estados Unidos

CLAUD

IO ETG

ES, DIVU

LGA

ÇÃO

Cristiane Grohe Arroyo

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na Universidade, farão suas

refeições lá mesmo e as aulas

serão no Purchase College State

University”. Segunda a profes-

sora, é uma universidade com

prédios de artes plásticas, artes

cênicas, música e a dança.

Serão seis aulas diárias de Bal-

let Clássico, Pontas, Ballet de

Repertório, Pas de Deux (tre-

cho do ballet dançado por um

bailarino e uma bailarina). As

alunas poderão fazer também

aulas de dança folclórica, dança

espanhola, jazz, neoclássico ou

contemporâneo. “Que também

faz parte do currículo apesar de

ser o Ballet Clássico o foco das

aulas”, conta. Ao final do curso

serão apresentadas coreografias

para o fechamento das aulas.

As bailarinas terão à disposição

24 professores. “São os melhores

que elas poderiam sonhar: a bai-

larina Paloma Herrera, a primei-

ra bailarina do American Ballet

Theatre; Galina Panova do Kirov

Ballet; Gilbert Mayer e Gil Isoart

ambos do Ballet da Ópera de

Paris; professores do New York

City Ballet, do Royal Ballet, pro-

fessores do Método Vaganova e

professores da Broadway com as

aulas de jazz”, destaca Sabrina.

Para Sabrina a importância do

curso vai além do amadureci-

mento técnico. “É uma oportuni-

dade para elas estarem em con-

tato com excelentes professores,

é um intercâmbio onde aliarão

a dança que tanto se de-dicam a uma

troca cultural,

pois neste curso

participam estu-

dantes do mundo in-

teiro, onde farão ami-

zades, poderão praticar

o inglês e ouvir idiomas

de várias partes do mun-

do”, completa

Sabrina. Além

disso, para a

diretora é uma

porta que se abre, pois as

colegas e alunas menores

já fazem planos de se de-

dicarem nas aulas para

também poderem cur-

sar o Summer School

of Excellence, que

recebe alunos dos

11 aos 22 anos. “Isto

faz também com que vejam que

o trabalho de nossa escola é sério

e que está dentro dos padrões do

Ballet Internacional”, acrescenta.

Gabriela começou a dançar

ballet aos 4 anos de idade e co-

memora a ida para os Estados

Unidos. “Achei o máximo ter

sido escolhida, quando fiz a aula

não achei que eu seria seleciona-

da para participar do curso”, vi-

bra a aluna. Dentro das aulas,

o que ela mais gosta de fazer

são os exercícios na diagonal.

“Umas das coisas que eu mais

gosto de fazer são os

exercícios na dia-

gonal e o que eu consi-dero mais

difícil são os fouettés

(um turno em que o movi-

mento da perna de trabalho faz

com que o corpo rode)”, explica.

Sobre seguir carreira no ballet

clássico é um possibilidade que

ela não descarta. “Ainda não

sei, mas se tudo der certo,

quem sabe né!?”.Isadora Castilla Miolo

começou cedo na dança.

Com 2 anos ela já estava

dando os primeiros passos com

sapatilhas. “Eu admiro tudo

que envolve o ballet clássico,

desde a música até os passos

mais difíceis, a técnica necessá-

ria para o desenvolvimento de

qualquer movimento, a leveza

que a bailarina precisa demons-

trar enquanto dança, mesmo

quando uma cãibra ou outra

dor pareça impedir de nos mo-

vimentarmos”, completa.

Para Isadora a postura e a

disciplina que somente o ballet

traz vale a pena, principalmente

quando todo esforço e dedica-

ção é reconhecido, seja por uma

premiação em um concurso ou

pelos aplausos ao final de uma

apresentação. “O mais difícil do

ballet, apesar de suas dores e

cansaço, é ficar sem ele”, reflete.

A bailarina conta que fez a

audição por curiosidade e para

aprender um pouco mais com

a aula. “Quando recebi o resul-

tado de aprovação, fiquei muito

surpresa e feliz”. Sobre seguir

carreira no ballet ela diz que não

pretende seguir. “Mas seria um

sonho! Porém, nunca irei parar

com as aulas”, fala Isadora.

Motovelocidade

Página 16

Haitianos

Estrangeiros ainda lutam por igualdade

Páginas 10 e 11

INSS

Greve dos peritos afeta trabalhadores

Página 7Safra da uva

Governo Federal corta repasses do seguro

Página 6

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