0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'(...

100
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EFEITO DO EXERCÍCIO AERÓBIO AGUDO E CRÔNICO EM MARCADORES IMUNOLÓGICOS Ciro Alexandre Mercês Gonçalves NATAL-RN 2019

Upload: others

Post on 22-Aug-2020

18 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

EFEITO DO EXERCÍCIO AERÓBIO AGUDO E CRÔNICO EM MARCADORES

IMUNOLÓGICOS

Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

NATAL-RN

2019

Page 2: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

ii

Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

EFEITO DO EXERCÍCIO AERÓBIO AGUDO E CRÔNICO EM MARCADORES

IMUNOLÓGICOS

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências da Saúde da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte para obtenção do título de

Doutor em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior

Coorientador: Prof. Dr. Paulo Moreira Silva Dantas

NATAL-RN

2019

Page 3: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em marcadoresimunológicos / Ciro Alexandre Merces Goncalves. - 2019. 100f.: il.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande doNorte, Centro de Ciências da Saúde, Pós-Graduação em Ciências daSaúde. Natal, RN, 2019. Orientador: Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior. Coorientador: Paulo Moreira Silva Dantas.

1. Sistema Imunitário - Tese. 2. Marcadores Imunológicos -Tese. 3. Atividade Física - Tese. 4. Leucócitos - Tese. 5.Linfócitos - Tese. I. Cavalcanti Júnior, Geraldo Barroso. II.Dantas, Paulo Moreira Silva. III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 616-097

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNSistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263

Page 4: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

iii

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Prof.ª Dr.ª Ana Katherine Da Silveira Goncalves De Oliveira

Page 5: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

iv

Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

EFEITO DO EXERCÍCIO AERÓBIO AGUDO E CRÔNICO EM MARCADORES

IMUNOLÓGICOS

Page 6: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

v

Dedicatória

A Deus, pela companhia, sempre ao meu lado, e aos mentores

espirituais, que por eles a vontade do mesmo se manifesta em minha

caminhada nos momentos de dificuldades, lutas e conquistas.

Aos meus pais Dr. Antônio José de Alencar Gonçalves e Profa.

Ma. Lêda Maria Mercês Gonçalves por toda a confiança colocada em

mim, além dos exemplos de inspiração, profissionalismo, honestidade,

dignidade e amor. Esta conquista também pertence aos mesmos. Ao

meu irmão Dr. Cristiano Ricardo Mercês Gonçalves.

Aos meus avós paternos Eurides Gonçalves e Maria Ruth de

Alencar Gonçalves, e maternos Francisco Rodrigues Mercês e Maria de

Lourdes Costa Mercês que tenho grande admiração e respeito pelos

ensinamentos na minha caminhada.

À minha própria companhia que em alguns momentos percebi

quem era eu, e só eu mesmo, me autoconhecendo, para um melhor

desenvolvimento no processo evolutivo desta pesquisa, com o objetivo

futuro de ser diferente para poder servir ao próximo e à sociedade.

A todos os amigos e colegas que de alguma forma contribuíram

muito para a minha caminhada.

Page 7: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

vi

Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior, Orientador, agradeço pela

oportunidade, orientações e confiança. Além disso, por todo o aprendizado a mim

transmitido de maneira simples, branda e objetiva.

Ao Prof. Dr. Paulo Moreira Silva Dantas, Coorientador, amigo e parceiro neste

trabalho. Juntos, sem dúvida, formamos um time realizador, independente do

tamanho da barreira que precise ser ultrapassada.

Ao Prof. Dr. Breno Guilherme de Araújo Tinoco Cabral, pelo apoio junto a Pró-

Reitora de Extensão da UFRN para o desenvolvimento deste trabalho.

Ao Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra, pela oportunidade das suas orientações no

Mestrado, pois sem o mesmo não poderia ter dado o primeiro passo para o curso de

Doutorado.

À Dr.ª Maria Socorro Medeiros de Morais pelas motivações e orientações em

nossas conversas que me fizeram concretizar o desejo em fazer o curso de

Doutrorado.

Ao prof. Dr. Hassan Mohamed Elsangedy, Chefe do Departamento de Educação

Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que autorizou e apoiou a

execução prática desta pesquisa.

A todos membros da base de pesquisa AFISA (Grupo de Pesquisa em Atividade

Física e Saúde do DEF-UFRN), especialmente ao Prof. Dr. Paulo Moreira da Silva

Dantas, Profª. Ma. Isis Kelly dos Santos, Profª. Esp. Matheus Peixoto Dantas,

Prof. Ma. Michelle Vasconcelos de Oliveira Borges, Prof. Me. Jason Azevedo de

Medeiros e Prof. Ma. Rafaela Catherine da Silva Cunha de Medeiros pela

disponibilidade de sempre colaborar neste trabalho.

Aos alunos do GEPEBIEX (Grupo de Estudo e Pesquisa em Biologia Integrativa

do Exercício DEF-UFRN), especialmente ao Prof. Dr. Luiz Fernando de Farias

Júnior pelo apoio metodológico e técnico para execução prática das avaliações

ergoespirométricas.

Page 8: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

vii

A toda equipe do Laboratório Integrado de Análises Clínicas (LIAC) da UFRN

que colaborou com o processo de coleta sanguínea e composição das amostras

para as análises, especialmente aos enfermeiros Michelle Carneiro Fonseca e

Michel Siqueira da Silva, que sem os mesmos, essa etapa não poderia ter

acontecido.

A toda a equipe de profissionais do Hemocentro-RN e do seu Laboratório de

Imunologia pelo grande apoio nas análises hematológicas e imunológicas.

A Profa. Dr,ª Daliana Caldas Pessoa da Silva, proprietária da Clínica e

Laboratório Potengi-Natal-RN e a todos seus funcionários pelo total suporte e

apoio nas avaliações da bioquímica sanguínea.

À Profa. Esp. Liz Soares Britto, proprietária do Clube Esporte Fitness pela

disponibilidade de sempre que possível colaborar em determinados momentos com

o desenvolvimento desta pesquisa. A sua colaboração foi fundamental em

determinadas etapas desta pesquisa.

À Profª. Drª. Amália Cinthia Meneses do Rêgo e Profa. Dra. Ana Claudia Galvão

Freire Gouveia pelas contribuições na banca de qualificação.

A todos os integrantes do PPGSA-UFRN pelo compromisso de formar pessoas

que buscam diferencial na vida acadêmica e profissional.

À CAPES pelo apoio através da bolsa de produtividade em pesquisa. Sem a mesma

este trabalho não poderia ser realizado.

A todos os professores e funcionários do Departamento de Educação Física UFRN

que de alguma forma acreditaram, motivaram ou contribuíram para o

desenvolvimento desta pesquisa, um agradecimento muito especial.

À comissão técnica, aos jogadores de futebol masculino da categoria cub 23 da

UFRN e a todos os investigados nesta pesquisa, que paraticiparam com dedicação e

intensidade para o desenvolvimento da mesma. Nenhuma idéia teria sido

aprofundada e concretizada sem vocês. A todos, MUITO OBRIGADO

Page 9: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

viii

Epígrafe

“Há uma força motriz

mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a

energia atômica: a vontade”.

Albert Einstein

Page 10: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

ix

RESUMO

Introdução: Poucos são os estudos que apontam as evidencias dos efeitos agudos e

crônicos dos exercícios aeróbios nos marcadores imunológicos. Objetivo: investigar

o efeito do exercício aeróbio agudo e crônico nos marcadores imunológicos. Métodos:

Foi realizada uma revisão sistemática em relação aos efeitos dos exercícios aeróbios

agudos e crônicos nas células imunes, dentro da literatura cientifica existente sem

restrição ao idioma ou ano de publicação dos estudos até a atualidade. Os artigos

selecionados para a revisão passaram por uma análise investigativa quantitativa e

qualitativa determinando as suas características. Um estudo seccional com uma

avaliação cardiorrespiratória ergoespirométrica, ou seja, teste incremental máximo,

assim como uma investigação imunologia antes e após a mesma através da coleta

sanguínea nos participantes do estudo seccional também foram desenvolvidas. Nas

amostras sanguíneas foram realizada uma análise descritiva caracterizando um perfil

imunológicos, seguida do teste t pareado, verificando alterações nas células imunes.

Além disso, o tamanho do efeito (TE) foi avaliado com o objetivo de comparar a

magnitude pré e pós do efeito agudo do esforço físico nestes marcadores.

Resultados: Foram incluídos 15 estudos na presente revisão sistemática sendo 13

de intervenções agudas e 2 crônicas, onde foi observado que a intervenção aguda

promove alterações em grande parte dos marcadores imunológicos enquanto que a

crônica interfere em uma menor proporção nos mesmos, sendo nas subpopulações

linfocitárias. A maioria desses estudos não apresentaram alto riscos de vieses, porem

riscos incertos de viés. Com o teste incremental máximo foram observados aumentos

significativos após o mesmo nos valores séricos dos leucócitos, linfócitos, CD3-CD16-

56, CD16-56, CD56, CD3, CD3-CD4, CD3-CD8 e valores do TE para os mesmos,

sendo de moderado a muito alto. Conclusão: Contudo, conclui-se que as

intervenções agudas e crônicas modificam a maioria dos marcadores imunes, porém

aspectos como, o sexo, uso de pílula anticoncepcional nas mulheres, a capacidade

física dos investigados, o ambiente, o tipo e a intensidade destes exercícios aeróbios

podem interferir nestes marcadores. O teste incremental máximo promove alterações

em determinados marcadores imunológicos analisados, sendo o tamanho do efeito

desse classificado de moderado a muito alto.

Palavras-Chave: Sistema Imunitário; Marcadores Imunológicos, Atividade Física;

Leucócitos; Linfócitos

Page 11: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

x

Listas de Quadros e Tabelas

Quadro 1: Valores de referência da sub-população linfocitária............................... 34

Quadro 2: Características dos artigos eleitos.......................................................... 38

Quadro 3: Regulação dos marcadores imunológicos pós exercício aeróbio............. 44

Tabela 1 – Medidas de tendência central e dispersão da composição corporal e

capacidade aeróbia................................................................................................

46

Tabela 2 - Comparação das médias dos marcadores imunológicos em diferentes

momentos.................................................................................................................

46

Page 12: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

xi

Listas de Figuras

Figura 1. Summary of search results................................................................... 36

Figura 2A. Analise do risco de viés...................................................................... 45

Figura 2B. Analise do risco de viés ..................................................................... 46

Page 13: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

xii

Listas de Abreviaturas

AcMo Anticorpos Monoclonais

AMPK Proteína Quinase Ativada Monofosfato Adenosina

CD Linfócitos ou Proteína de Membrana

ECR ou RCT Ensaios Clínicos Randomizados

EDTA Ácido Etilenodiamino Tetra-acético

FC Frequência Cardíaca

FCMax Frequência Cardíaca Máxima

FITC Isotiocianato de Fluoresceína

FSC ForwardScatter

G-CSF Fator Estimulante de Colônia de Granulócitos

GSH Glutationa Peroxidase

Hcy Homocisteína

ICAM Moléculas de Adesão Celular

IFN-γ Interferon-Gama

Ig Imunoglobulina

IL Interleucinas

IMC - BMI Índice de Massa Corporal

IPAC Questionário Internacional de Atividade Física

IVAS Infecções nas Vias Aéreas Superiores

MCP Proteína Quimioatraente de Monócitos

MDA Malondialdeído

MGG Método de May-Grunwald-Giemsa

NAP Proteína ativadora de neutrófilo

NK – NKT Célula Natural killer

NRCTs Ensaio Clínicos Não Randomizados

PAR-Q Questionário de Prontidão para Atividade Física

PBS Solução Salina Tamponada de Fosfato

PC Carbonila Proteína

PE Phicoeritrina

PerCP Chlorophyl de Peridinin Protein

ROS Espécie Reativa de Oxigénio

RPM Rotações por Minutos

SI Sistema Imune

Page 14: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

xiii

SOD Superóxido Dismutase

SP Sangue Periférico

SSC SideScatter

TE Tamanho do Efeito

TNF Fator de Necrose Tumoral

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UPC-1 Proteína Transmembranar

VO2max Volume de Oxigênio Máximo

VO2pico Volume de Oxigênio Pico

WBC Glóbulos Brancos

Page 15: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

xiv

SUMÁRIO

Dedicatória

Agradecimentos

Epígrafe

Resumo

Listas

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 16

2. REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................. 18

2.1 Principais células do sistema imune.................................................................................. 18

2.2 Exercício aeróbio e sistema imunológico..................................................................... 20

2.3 Exercício aeróbio e inflamação..................................................................................... 24

3. OBJETIVOS....................................................................................................... 26

3.1 Geral................................................................................................................. 26

3.2 Específicos....................................................................................................... 26

4. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................. 26

4.1 Tipo de estudo....................................................................................................... 26

4.2 Estratégia de pesquisa dos artigos................................................................... 27

4.3 Critérios de inclusão e exclusão dos artigos..................................................... 27

4.4 Resultados medidos nos artigos....................................................................... 28

4.5 Avaliação da qualidade dos artigos eleitos....................................................... 28

4.6 Cenário do estudo seccional............................................................................. 28

4.7 Quantitativo de informantes do estudo seccional............................................. 28

4.8 Critérios de inclusão e exclusão dos informantes............................................. 29

4.9 Identificação do perfil dos participantes............................................................ 30

4.10 Medidas da Frequência Cardíaca e Pressão Arterial..................................... 30

4.11 Teste Incremental para Determinação do Consumo Máximo de Oxigênio.... 30

4.12 Amostras biológicas........................................................................................ 32

4.13 Determinação dos parâmetros hematológicos............................................... 33

4.14 Determinação do perfil linfocitário................................................................... 33

4.15 Análise estatística........................................................................................... 35

5. RESULTADOS................................................................................................... 36

5.1 Estratégia de pesquisa da revisão.................................................................... 36

5.2 Características dos artigos eleitos.................................................................... 37

5.3 Participantes dos artigos eleitos....................................................................... 37

Page 16: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

xv

5.4 Intervenções dos artigos eleitos....................................................................... 40

5.5 Marcadores imunológicos dos artigos eleitos................................................... 40

5.6 Avaliação da qualidade dos artigos eleitos....................................................... 42

5.7 Resultados do estudo seccional....................................................................... 43

6. DISCUSSÃO....................................................................................................... 47

7. CONCLUSÕES................................................................................................... 54

8. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES................................................... 55

8. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 59

9 APÊNDICES

10 ANEXOS

Page 17: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

16

1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos vários estudos vem tentando decifrar as alterações

no sistema imunológico como as modificações nas contrações de linfócitos T, B ,NK

e NKT promovidas pelos exercícios físicos aeróbios, que estimulam a liberação de

citosinas anti-inflamatórias na corrente sanguínea, promovendo a imunoregulação

(1–3).

Durante o exercício físico, ocorre uma inflamação que motiva mudanças nas

concentrações dos linfócitos e na liberação de citosinas. As diversas intensidades e

durações da prática esportiva durante o treinamento promovem inflamações

sistêmicas no organismo (4).

A prática de exercício físico causa alterações no sistema imunológico como

os efeitos imunorreguladores proporcionados pelas citocinas ou quimiocinas IL-1ra,

IL-10, TNF-α, IL-6, IL-8, MCP-1 (5). A Proteína ativadora de neutrófilo (NAP-1) e o

fator estimulante de colônia de granulócitos (G-CSF) que auxiliam no tratamento das

inflamações, também são liberados durante o exercício físico (6).

Dentre os principais aspectos positivos do exercício físico destacam-se

alterações no sistema imunológico com reduções nas quantidades de eosinófilos,

citocinas (IL-4, IL-5 e IL-13), proteína quimiotática de monócito (MCP-1) e aumento

dos níveis circulantes das citosinas anti-inflamatórias IL-1ra e IL-10 (7).

Divergências existentes nos estudos até hoje publicados a respeito do objeto

investigado nesta pesquisa podem estar relacionadas às variadas formas de

intervenções com os exercícios físicos aeróbios utilizados.

As hipóteses norteadas neste trabalho foram:

a) o processo inflamatório provocado pelo exercício físico;

b) as mudanças nas concentrações de leucócitos e linfócitos induzida

pelo exercício físico;

c) a liberação de citocinas, interleucinas e imunoglobulinas provocada

pelo exercício físico;

d) os efeitos proporcionados pelo exercício físico nas células imunes

Diante destas considerações foi elaborada a seguinte questão: Quais são as

alterações provocadas pelo exercício físico aeróbio nos marcadores imunológicos

em indivíduos saudáveis?

Page 18: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

17

Neste estudo, procurou-se também aprofundar cientificamente o tema

proposto através de um estudo clínico, levando em consideração a literatura médica

esportiva sobre o assunto, para tentar esclarecer as dúvidas existentes.

Esta pesquisa procurou demonstrar aos profissionais da área de saúde os

efeitos do exercício físico no perfil imunológico dos indivíduos saudáveis,

apresentando soluções concretas e eficientes para a regulação do sistema

imunológico através da prática do exercício físico. As modificações nas

concentrações de linfócitos, citocinas, interleucinas, entre outras células do sistema

imunológico contribuem para a saúde do ser humano, melhorando o seu

desempenho no dia-a-dia.

Os profissionais que trabalham na área de saúde apresentam na atualidade

algumas dificuldades para identificar os efeitos dos exercícios físicos aeróbios nos

marcadores imunológicos de forma precisa. Esses conhecimentos facilitariam a

atuação destes profissionais na área da terapia não medicamentosa. A prática deste

exercício deve ser realizada e bem orientada em busca de uma melhora no

metabolismo e no sistema imune de seus praticantes. Diversos estudos relatam as

alterações provocados pelo exercício físico nos marcadores imunes(1–3)

Vários quadros de infecção que interferem na qualidade de vida dos seres

humanos vêm sendo observados no dia-a-dia de trabalho do profissional de

Educação Física. Este fato demonstra que os profissionais da área de saúde,

atuantes na área do exercício físico estão necessitando de um maior cuidado com a

prevenção desses distúrbios no sistema imunológico. Uma revisão sistemática da

literatura científica e uma intervenção em campo fizeram parte deste estudo. Assim,

buscou-se apresentar e quantificar dados através das análises sanguíneas para o

perfil imunológico juntamente com um teste físicos da capacidade física em

individuos seudáveis, permitindo um maior aprofundamento do conhecimento

científico para apresentação aos profissionais que atuam na área.

Contudo, nenhuma pesquisa prévia teve os objetivos como: revisar

sistematicamente na literatura científica os efeitos do exercício físico aeróbio agudo

ou crônico nos marcadores imunológicos até a atualidade e caracterizar os efeitos

do teste incremental máximo em determinados marcadores imunológicos.

Diante da existência das relações do exercício físico com a imunologia

pesquisas com esse enfoque temático podem contribuir para os profissionais de

saúde e a população investigada. Esse aspecto, se confirma em função de vários

Page 19: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

18

trabalhos existentes nessa temática com divergências nos resultados e ausência de

certos marcadores imunes, permitindo várias lacunas para estudos futuros.

Considerando-se que este processo de aprofundamento científico é de

grande relevância para o profissional de saúde, as relações com a prática de

exercício físico aeróbio também foram observadas, com a finalidade de proporcionar

a esses profissionais novos conhecimentos para a melhoria das infecções, assim

como, também novas habilidades metodológicas relacionadas entre os marcadores

imunológicos e bioquímicos com a composição corporal e condição física, que são

fatores fundamentais para a melhora dos quadros infecciosos já existentes.

Assim, esta pesquisa apresenta uma elevada oportunidade de gerar

conhecimentos para atender, prevenir ou aliviar um aspecto negativo que atinge o

bem-estar dos pesquisados e de outros seres humanos. Esses conhecimentos

transformam-se em benefícios de grande importância junto às alternativas em busca

da prevenção, diagnóstico e tratamento dos males relacionados aos distúrbios

imunológicos na saúde dos seres humanos.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Principais células do sistema imune

O sistema imune (SI) encontra-se dividido em inato e adaptativo que

atuam em conjunto. Com o objetivo de evitar o aumento de patógenos, e sendo a

defesa primaria contra antígenos o (SI) inato desenvolve suas funções através das

células fagocíticas que incluem macrófagos de tecidos, monócitos do sangue,

eosinófilos, neutrófilos, células exterminadoras naturais (NK), células dendríticas,

entre outras (8).

Os neutrófilos, monócitos, macrófagos e células dendríticas são

considerados para o sistema do sistema imunológico as principais células

fagocíticas. Os neutrófilos e monócitos que são encontrados no sangue ao

perceberem a ocorrência de uma lesão ou infecção no organismo podem se

deslocar da circulação sanguínea para os tecidos. Na maioria dos tecidos do corpo

são encontrados os macrófagos e células dendritícas. Essas células fagocíticas

podem realizar a fagocitose de um material estranho, incluindo bactérias,

Page 20: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

19

promovendo a sua eliminação do organismo através da realização dos movimentos

ameboides (8).

Os linfócitos do sangue periférico são compostos por quase 10 a 15% de

células NK, que ao serem ativadas promovem a liberação de suas substâncias

granulares como as proteínas citolisina e perforina formadoras dos poros

responsáveis pela quebra da membrana celular levando a desintegração da célula

hospedeira infectada. Essas substâncias promovem a morte de várias células

tumorais e de células infectadas por vírus do hospedeiro atuando na prevenção do

câncer e das infecções virais (9) .

O aumento na quantidade de patógenos e na ocorrência de infecções no

corpo humano é combatido através das células do sistema imune adaptativo que

abrangem os linfócitos B e T. A produção de anticorpos é uma função primaria das

células B que se diferenciam em plamócitos e das células T, que também podem

passar pela diferenciação, tornando-se células T auxiliares ou T citotóxicas (8).

As células apresentadoras de antígenos (APCs) que são constituídas por

uma população heterogênea de leucócitos desenvolvem ações na imunidade inata e

participam na ativação das células T auxiliares que atuam como conector para o

sistema imune adaptativo, abrangendo os nonócitos, macrófagos e células

dendríticas. A expressão da molécula de superfície codificada por genes do

complexo maior de histocompatibilidade, mencionada como molécula de MHC de

classe II, é um aspecto característico das APCs. A expressão molecular de MHC de

classe II também é desenvolvida pelos linfócitos B, fazendo com que os mesmos

funcionem com APCs apesar de não fazerem parte do sistema imune inato (10).

No sangue periférico, os leucócitos são constituídos de 20 a 25% de

linfócitos. O timo e as células B na medula óssea promovem o desenvolvimento das

células T que se dividem em duas classes principais: as células T citotóxicas e as

células T auxiliares ou helper (Th). Com a ativação realizada por uma célula

apresentadora de antígeno, a célula T auxiliar virgem pode se diferenciar em duas

classes distintas chamadas de Th1 e Th2. As Th1, ajudando na ativação das células

T citotóxicas e macrófagos, promovem a secreção do fator de necrose tumoral-a

(TNF-α) e do interferon-y (IFN-y) e são as responsáveis pela ativação nos

macrófagos da fagocitose dos antígenos. As Th2 apoiam a ativação das células B,

protegem o organismo contra patógenos extracelulares e expelem as interleucinas

IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13 (11,12).

Page 21: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

20

Uma nova subpopulação de células T que expressam a molécula de

superfície CD4 foi proposta em meados de 1990. Essa foi chamada de células T

reguladoras (Treg), por promoverem a supressão de atividades que poderiam

prejudicar potencialmente as células T helper e desenvolvem um importante papel

na manutenção da homeostase do sistema imune através de ações como: prevenir

doenças autoimunes, inibir a alergia e asma, combater as doenças inflamatórias

crônicas, organizar a resposta efetora, dentre outras (13).

Dentre os mecanismos das células Treg, para mediar os seus efeitos

supressivos, destacam-se: a supressão por citocinas inibitórias como a interleucina-

10 e o fator de transformação do crescimento (TGF-beta), a supressão pela

modulação das funções, a maturação das células dendríticas, a supressão por

citólise, entre outros (14).

As células Tregs que têm a sua origem principalmente no timo transportam-

se para a periferia constituindo em torno de 5-10% de todas as células CD4+

periféricas. Na sua composição existe a expressão de um marcador de superfície

chamada CD25 (15–17).

As células Tregs têm sido associadas com outras moléculas de superfície

celular como: a proteína-4, agregada aos linfócitos T citotóxicos (CTLA4), e o

receptor da família do fator de necrose tumoral, promovido por glicocorticóide (GITR).

Essas células também apresentam associação com o fator de transição FOXP3 (18–

22).

2.2 Exercício aeróbio e sistema imunológico

Alterações crônicas e agudas são causadas no sistema imune,

respectivamente, através de um período de treinamento físico aeróbio e por uma

única sessão de exercício aeróbio. Essas modificações no (SI) vêm sendo

discutidas ao longo dos anos por diversos autores através de várias

investigações com populações diferenciadas.

Os marcadores anti-inflamatórios e pró-inflamatórios são afetados pela corrida

de resistência aguda ou crônica (3). A maratona promove aumento nos leucócitos,

neutrófilos, interleucinas e na molécula de adesão intercelular (ICAM-1)

imediatamente após a mesma (3,23,24). No entanto, outros marcadores como a IL-

Page 22: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

21

12 e as concentrações plasmáticas do fator de necrose tumoral (TNF-α) têm o

crescimento de seus valores em 24 e 72 hs após essa prática (25).

Os exercícios aeróbios no sistema imune provocam alterações nos valores da

IL-6 em 145% e de 51% nos neutrófilos de, sendo que entre 30 a 60 minutos na

prática dos mesmos numa intensidade de moderada a alta, esses parecem induzir

essas variações, apesar da interferência na sua resposta em função de

determinados aspectos como o método, a intensidade e o tipo do exercício (26)

No entanto, existem poucos ensaios clínicos randomizados com o grupo

controle em iguais características, permitindo uma real avaliação da interferência do

exercício aeróbio nas células imunes. Por outro lado, diferenças nos valores dos

linfócitos T, linfócitos B e elementos do sistema imunológico são encontradas

imediatamente após exercício aeróbio agudo (3). Essas diferenças são

caracterizadas pelo aumento na leucocitose, neutrofilia, monocitose e linfocitose

(27).

Ao contrário de alguns esportes aeróbios, a maratona promove aumentos nas

concentrações plasmáticas de IL-6 e IL-1ra (28). Além disso, imediatamente à

prática da corrida de 2000 metros, ocorrem elevações nas concentrações sanguinas

dos neutrófilos e eritrócitos, porém as citocinas e interleucinas (6, 8 e 10),

juntamente com o fator de necrose tumoral-α têm os seus níveis aumentados, mas

não de forma significativa (29).

No entanto, a corrida de aventura induz um grande aumento nos leucócitos,

neutrófilos e monócitos, mas não nos linfócitos (30). A ultramaratona promove

também aumentos durante a sua prática nos leucócitos, neutrófilos, monócitos, IL-

10, IL-6 e a diminuição dos linfócitos e eosinófilos (31).

O aumento no número de leucócitos na circulação sanguínea está

relacionado à pratica de exercício aeróbio agudo. Uma única sessão de exercício

físico promove modificações nas concentrações de leucócitos circulantes no

sangue (32).

Os exercícios aeróbios de curta duração, mas com maior intensidade, tem

menor magnitude para induzir à leucocitose do que os de longa duração e moderada

intensidade. A quantidade das células exterminadoras, naturais killer, pode ser

aumentada através do exercício aeróbio agudo. Nos linfócitos T o exercício aeróbio

promove grandes alterações em seu número absoluto de célula T CD4+, enquanto

que nas células T CD8+ essas modificações são menores. Na análise das variações

Page 23: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

22

no percentual dos valores em repouso, as células T CD8+ podem apresentar

maiores alterações relativas em seu número durante e imediatamente após o

exercício aeróbio agudo (33).

O exercício aeróbio crônico pode influenciar ou não a atividade das células

NK. Nas mulheres idosas essas não apresentam alterações quando submetidas a

um treinamento de 12 semanas com caminhada. Em mulheres moderadamente

obesas essa atividade celular aumentou depois desse mesmo treinamento e quando

comparamos a atividade das células NK dos maratonistas com sedentários as

alterações apresentavam-se maiores nos maratonistas (34).

A leucocitose provocada pela prática de uma sessão de exercício aeróbio

agudo como o ciclismo é diminuída por seu treinamento crônico constituído por

várias sessões em um determinado período. Esse decréscimo provavelmente pode

ser associado à queda na intensidade relativa do exercício aeróbio agudo em uma

sessão antes do período de treinamento físico (35).

O exercício aeróbio agudo promove aumentos na adrenalina e do débito

cárdico. Esse efeito no sistema cárdiovascular pode estar associado a um declive no

nível de aderência dos leucócitos, encontrados no endotélio vascular, que são

responsáveis pela desmarginalização das células para a circulação (36).

A desmarginalização de leucócitos do baço, fígado, músculo esquelético e

pulmão para a circulação sanguínea pode ser induzida em função da tensão de

cisalhamento dentro dos capilares sanguíneos que é provocada pelo exercício

aeróbio agudo. Destacam-se também os aspectos hemodinâmicos como os

prováveis responsáveis pela leucocitose em função do mesmo exercício físico. Esse

fato está associado à luta ou fuga dos leucócitos que ocorre de forma rápida com o

objetivo de proteger o organismo de um provável perigo. Uma sessão de exercícios

aeróbios breves e exaustivos promove aumento dos neutrófilos na circulação

sanguínea (37).

As citocinas pró-inflamatórias TNF-α e a IL-10 na corrente sanguínea são

elevadas através do exercício aeróbio agudo que também ocasiona o aumento dos

mediadores anti-inflamatórios antagonista do receptor de IL-1, receptor solúvel do

TNF e interleucina-10 (38).

A contração músculo esquelética provocada pelo exercício aeróbio agudo

pode originar a IL-6 na circulação sanguínea. Uma sessão de exercício aeróbio

agudo induz ao aumento de ácido ribonucleico mensageiro (RNAm) da IL-6 no

Page 24: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

23

músculo utilizado. O aumento da intensidade do exercício aeróbio agudo está

correlacionado positivamente à elevações nas concentrações sanguíneas de IL-6

(39).

A IL-6 pode ser produzida por macrófagos residentes no tecido, fibroblastos

do tecido conjuntivo, endotélio dos capilares musculares, tecido adiposo e osso.

Durante o exercício aeróbio agudo esses podem também ajudar na elevação da

concentração sistêmica de IL-6 (40).

A fosforilação da proteína quinase ativada monofosfato de adenosina

(AMPK) é aumentada, quando ocorre incubação da IL-6 nos músculos durante o

exercício aeróbio agudo. As quantidades de acetil-CoA carboxilase e a atividade da

AMPK para a IL-6 apresentam-se em níveis baixos nos camundongos knockout.

Esse fato sugere uma função reguladora para a IL-6 na atividade AMPK (41). A

diminuição no nível de acetil-CoA carboxilase é provocada pela fosforilação em

função da ativação da AMPK. Essa é muito importante, agindo primeiramente na

regulação da produção de malonil-CoA, e consequente síntese de ácidos graxos. A

melonil-CoA é considerada a grande responsável pela redução da carnitina polmitil

transferase-1, que é a enzima limitadora na mitocôndria da captura de ácidos graxos

para o seu interior. A diminuição da malonil-CoA retira o efeito negativo na captação

mitocondrial de ácidos graxos, promovendo a sua oxidação e o decréscimo na

biossíntese de lipídios (42).

A interleucina-6 circulante tem a sua concentração elevada através do

exercício aeróbio agudo. A ingestão de glicose ou carboidratos durante uma sessão

de treinamento aeróbio agudo promove a diminuição nas concentrações da mesma

ao nível plasmático como no caso da corrida e do ciclismo (43).

Uma sessão de exercício aeróbio, que ocasione contrações musculares

excêntricas com no caso da corrida, provoca aumento na concentração plasmática

da quimiocina IL-8 em função da resposta inflamatória. A prática da bicicleta

ergométrica e do remo que são exercícios físicos agudos com contrações

musculares concêntricas de intensidades moderada não causam alterações nessas

concentrações (44).

A miosina IL-6, apresentada pelas fibras musculares do tipo I e II, está

relacionada com a contração muscular causando seus efeitos de forma local dentro

do músculo, ou quando é liberada na circulação sanguínea em determinados

órgãos. A oxidação da gordura e a capitação da glicose no músculo esquelético são

Page 25: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

24

elevadas em função da IL-6 que desenvolve seus efeitos através de um homodímero

gp130R0/IL-6R, causando a ativação da AMPK ou da fosfatidilinositol 3-quinase. A

lipólise das células adiposas e a utilização de glicogênio hepático durante o exercício

aeróbio são elevadas através das concentrações de IL-6 na corrente sanguínea, que

também apresenta correlação positiva com a duração e tipo do exercício físico (45).

Com funções no sistema imunológico e atuações no metabolismo energético, a IL-6

causa alterações positivas na lipólise e, consequentemente, na oxidação das

gorduras (5).

O exercício aeróbio de bicicleta promove a elevação no músculo

esquelético do RNAm do receptor CXCR2. Esse pode ser encontrado nas fibras

musculares e no endotélio vascular. As concentrações de IL-8 provavelmente

causam efeito local durante o exercício aeróbio agudo apesar de não apresentarem

efeitos imunológicos sistêmicos durante o mesmo (46).

Diminuições nas concentrações séricas dos mediadores pró-inflamatórios

MCP-1, IL-10, IL-6, IFN-y e TNF-α e as elevações no anti-inflamatório (IL-10) em

pacientes com doenças cardiovasculares são causadas pelo exercício aeróbio crônico

(47). A inflamação sistêmica de baixo nível em pacientes com bom estado de saúde

pode ser diminuída através de um programa de intervenção com exercício aeróbio

crônico (48).

2.3 Exercício aeróbio e inflamação

A redução nos episódios de infecção está associada ao exercício aeróbio

agudo de média intensidade provavelmente em decorrência da melhoria nas funções

das células NK, macrófagos e neutrófilos (49). O aumento nos casos de doenças

infecciosas nas vias aéreas superiores encontra-se relacionado com a prática de

exercício aeróbio agudo em excesso, ou seja, superior aos limites do corpo, como no

caso dos esportes profissionais (50).

A existência de período de imunossupressão depois do exercício aeróbio

agudo de alta intensidade é defendia pelas teorias da curva em “J” de Niemann e

Nehlse-Cannarella (51), da janela aberta de Pedersen e Ullum (52) e do modelo

neuroendócrino de Smith e Wiedeman (51) através de enfoques diferenciados. O

organismo apresenta maior vulnerabilidade a infecções logo após ser submetido ao

Page 26: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

25

exercício aeróbio extenuante. Essa observação foi baseado na teoria da curva em

“J” (51)

Os quadros infecciosos apresentam-se em menor ocorrência em praticantes

de exercícios aeróbios com intensidades moderadas. Essa prática ativa da

musculatura esquelética melhora as funções dos macrófagos, neutrófilos e células NK

(53). Aumentos nos quadros inflamatórios, tendo destaque para os que afetam as

vias aéreas, estão relacionados com a prática de exercícios aeróbios vigorosos em

indivíduos saudáveis (8). O praticante regular de exercício aeróbio moderado reduz

em até vinte por cento os casos de infecções nas vias aéreas superiores, em relação

ao que pratica exercício aeróbios vigorosas (54).

O sistema imune é afetado por uma dívida temporária de glutamina, que

ocorre após o exercício aeróbio agudo extremo, em função da sua utilização em

grande quantidade no processo de reconstituição do tecido muscular. A glutamina é

um aminoácido essencial para as células musculares e imunológicas se

reconstituírem no organismo (55).

A vulnerabilidade do organismo para vírus e bactérias depois do exercício

aeróbio agudo, durante o período de 3 a 72 horas, é explicada pela teoria da “janela

aberta” de Pedersen e Ullum (52), que descreve a ocorrência de uma

imunossupressão após exercício aeróbio extenuante no sistema orgânico (52). A

supressão da resposta imune depois do exercício aeróbio exaustivo ocorre em

função do aumento nos níveis dos hormônios relacionados ao estresse na corrente

sanguínea. Esse processo fisiológico é chamado de modelo neuroendócrino (56).

Page 27: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

26

3. OBJETIVOS

3.1 Geral

Investigar a influência do exercício físico aeróbio agudo e crônico nos

marcadores imunológicos em indivíduos saudáveis.

3.2 Específicos

Analisar de forma sistemática o efeito do exercício aeróbio agudo e crônicos

investigados em artigos disponíveis em várias bibliotecas virtuais, sem restrição ao

idioma ou ano de publicação, sendo até 2019;

Avaliar os parâmetros hematológicos e imunológicos antes e após o teste de

Vo2max;

Identificar as alterações no perfil linfocitário e nas suas subpopulações

linfocitárias no sangue periférico antes e após o teste de Vo2max;

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Tipo de estudo

Este trabalho é caracterizado por uma revisão na literatura científica e um

estudo seccional analítico com intervenção. Nesta pesquisa foi realizada uma

revisão sistemática em várias bases de dados existentes sem restrição ao idioma ou

ano de publicação dos artigos até a atualidade relacionada a temática e uma

observação dos aspectos hematológicos e imunológicos juntamente com uma

intervenção em indivíduos saudáveis, baseando-se em: 1) uma anamnese elaborada

pelos pesquisadores; 2) uma avaliação física para determinação da condição

cardiorrespiratórias; 3) uma análise hematológica através de hemograma com

contagem de plaquetas; 4) imunológica com imunofenotipagem dos linfócitos (T, B,

NK e NKT) por citometria de fluxo e das atividades nas células NK, antes e após um

teste de ergoespirometria. Além da caracterização dos efeitos dos exercícios

aeróbios e crônicos nas células imunes também foi identificar o perfil imunológico e

demostradas as alterações provocadas pelo teste incremental máximo em esteira

elétrica no coletivo investigado.

Page 28: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

27

4.2 Estratégia de pesquisa dos artigos

Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes e

recomendações dos itens do Relatório Preferencial para Revisão Sistemática e

Meta-Análises PRISMA (57). O protocolo desta revisão foi registrado no arquivo de

dados do Registro Prospectivo de Revisões Sistemáticas (PROSPERO) sob o

número de registro: CRD42017058899.

Os estudos foram pesquisados nos seguintes bancos de dados: MEDLINE

(via PubMed), Science Direct, Scopus, Web of Science, SciELO, Bireme e Cochrane

Library. Foram consideradas as seguintes estratégias de busca, termos (MESH) e

operadores booleanos: “physical activity" OR exercise OR training) AND “Immune

System” OR “immune function” OR “immune cell” AND “killer cell” OR “t cell” OR

cytokine* OR interleukin* OR leukocyte* OR lymphocyte* OR “adhesion molecule”

AND adult* OR human*”. A última busca foi realizada em março de 2019. Dois

autores (CAMG, IKS) de forma independente revisaram os títulos e resumos (Level

1). Em seguida foram obtidas as versões completas dos artigos que atenderam aos

critérios de inclusão (Level 2). Após as análises, a lista de referência dos artigos que

preencheram os critérios foi analisada para identificação de estudos adicionais.

Desacordos no processo de análise dos estudos foram resolvidos com o auxílio de

um terceiro autor (MPD). Os estudos duplicados, com falta de conteúdo e acesso,

após envio de e-mail solicitando os artigos aos autores, foram excluídos.

4.3 Critérios de inclusão e exclusão dos artigos

Os critérios de inclusão foram os seguintes: ensaios clínicos randomizados

(ECR) e não-randomizados controlados (NRCTs), intervenções com a prática de

exercício aeróbico agudo ou crônico, que analisem algum marcador do sistema

imune, adultos saudáveis de ambos os sexos com idade entre 20 a 45 anos. Nessa

faixa etária, foram excluídos os indivíduos na fase da adolescência e as mulheres

em menopausa por interferências imunológicas (58–60). Não existiu restrição de

idioma ou ano de publicação para inclusão dos artigos. Excluiu-se estudos com

adultos fumantes, mulheres grávidas, pacientes submetidos a qualquer tipo de

tratamento cardíaco, além de pacientes com qualquer tipo de doenças do sistema

imunitário (por exemplo, imunodeficiências, doenças inflamatórias e autoimunes).

Dados não publicados, estudos observacionais, artigos de revisão, estudos

Page 29: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

28

utilizando treinamento neuromuscular de força e resistência, com restrição de dieta e

uso de medicamentos, comparações entre corrida e os efeitos das condições

ambientais (ex. frio e quente) foram excluídos.

4.4 Resultados medidos nos artigos

As medidas de desfecho avaliadas para compreender o envolvimento de

células, células imunes e moléculas de ligação em exercícios de curto e longo prazo

foram: Leucócitos, neutrófilos e granulócitos; Linfócitos e Células NK e NKT: CD3+,

CD4+, CD8+, CD16+, CD18+, CD19+, CD20+, CD22+, CD44+, CD45+, CD56+, CD95+ e

suas relações; Citocinas e interleucinas (IL): IL-1, IL-2, IL-6, IL-8, IL-10 e IL-12; Fator

de Necrose Tumoral (TNF-α); Interferon-Gama (IFN-γ); Imunoglobulina (Ig): IgG, IgA

e IgM; Moléculas de Adesão: ICAM-1, ICAM-2, ICAM-3 (1,2,4,24,61–63).

4.5 Avaliação da qualidade dos artigos eleitos

A qualidade e avaliação do risco de viés de cada estudo incluído foi avaliada

por três autores (CAMG, MPD, IKS) de forma independente usando a ferramenta da

Cochrane de risco de viés (Risk of Bias Tool) (64–66). A ferramenta contém seis

domínios, na qual cada domínio foi classificado como baixo, pouco claro ou alto risco

de viés. Os desacordos sobre o risco de avaliações de viés foram resolvidos por

consenso ou consultando o quarto autor (GBCJ).

4.6 Cenário do estudo seccional

O cenário da pesquisa foi constituído pela população de indivíduos atletas

do time de futebol do Curso de Educação Física (UFRN).

4.7 Quantitativo de informantes do estudo seccional

A amostra foi constituída por 16 indivíduos do sexo masculino, saudáveis

(22,06 ± 1,69 idade; 76,64 ± 9,06 Kg; 1,77 ± 0,08 metros e 24,36 ± 1,94 BMI), atletas

futebolistas universitários da categoria sub 23, que treinavam quatro vezes na

semana sendo duas horas por dia. As características dos mesmos estão

Page 30: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

29

apresentadas na tabela 1. Essa foi selecionada de forma não probabilística,

intencional e aleatória.

O cálculo da amostra foi realizado a partir de pesquisas já concluídas e do

estudo piloto desta pesquisa baseando-se nos resultados encontrados dos valores

estatísticos de desvio padrão e erro padrão. O tamanho da amostra foi definido pela

seguinte equação: n = ((z*d) / E)2, em que: n= tamanho amostral; Z = valor 1,96 para

o intervalo de confiança de 95%; d = desvio padrão; E = erro padrão de estimativa.

Esta equação forneceu resultados que permitiram a realização dos ajustes para o

número correto de sujeitos pesquisados(67–69).

Os indivíduos participaram de uma palestra sobre os objetivos da pesquisa,

bem como sua metodologia. Esses participaram do estudo de forma voluntária,

preenchendo e assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice

- A) de acordo com a resolução 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa – CONEP do Conselho Nacional de Saúde em concordância com os

princípios éticos expressos na Declaração de Helsinki, 2013 da World Medical

Association. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do

Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP/HUOL) sob o nº 47014415.9.0000.5292 e

parecer nº 1.252.034 (Anexo - D).

4.8 Critérios de inclusão e exclusão dos informantes

Para a coleta dos dados foram selecionados apenas os indivíduos que

estiveram inscritos no projeto e presentes nos dias da coleta, os ausentes foram

considerados excluídos.

Os seguintes critérios foram utilizados para a inclusão dos indivíduos no

estudo:

Assinar o TCLE;

Apresentar idade entre 20 e 25 anos;

Ser aprovado no exame de Anamense;

Foram excluídos desta pesquisa indivíduos tabagistas, fora do grupo etário

escolhido, gestantes, submetidos a qualquer tipo de tratamento cardíaco, e aqueles

com qualquer tipo de patologia como: osteomuscular, metabólica, cardíaca e do

sistema imunológico, sendo imunodeficiências, doenças inflamatórias e auto-imunes.

Page 31: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

30

4.9 Identificação do perfil dos participantes

No dia da primeira análise, na sala de avaliação física do Departamento de

Educação Física da UFRN, foi aplicada através da técnica de entrevista uma

Anamnese (Apêndice - B), elaborada pelos pesquisadores para a extração de dados

do estado clinico e estilo de vida dos investigados como: idade, IMC, medicamentos

utilizados, diagnóstico patológico, tempo de inatividade física, limitações físicas,

histórico atlético, entre outros, juntamente com o preenchimento do Questionário

Physical Activity Readiness Questionnarie (PAR-Q) validado por Thomas et al.,

1992(70) (Anexo - A), que é constituído de perguntas fechadas, onde o pesquisado

marcou apenas uma das respostas como correta para liberação da prática de

exercício físico, e do questionário IPAC (Anexo - B), que caracterizou o nível de

atividade física dos entrevistados proposto por Matsudo et al., 2001(71) e Craig et

al., 2003(72), que utilizou o mesmo procedimento do questionário anterior para sua

aplicação.

4.10 Medidas da Frequência Cardíaca e Pressão Arterial

Após o preenchimento da Anamnese, o indivíduo foi orientado a permanecer

deitado em repouso por 10 minutos para mensuração da frequência cardíaca de

repouso e da pressão arterial diastólica e sistólica. Essas foram medidas

respectivamente pelo Monitor cardíaco Polar FT –1 (Polar ® Vantage NV, Finlândia)

e um Esfigmo Aneróide certificado pelo Inmetro em conjunto com um Estetoscópio

com Ausculta Simples (Sanny ®), sendo anotadas no guia do avaliador elaborado

pelos pesquisadores (Apêndice - C). Esses procedimentos ocorreram na sala de

avaliação física do laboratório do Departamento de Educação Física da UFRN.

4.11 Teste Incremental para Determinação do Consumo Máximo de Oxigênio

O teste de VO2máx foi utilizado para avaliar as variáveis das trocas gasosas

e ventilatórias. Esse foi realizado em uma esteira rolante motorizada (Centuriom

300®, Brasília-DF, Brasil), através de um protocolo em rampa, individualizado, de

oito à doze minutos, onde as análises metabólicas das variáveis relacionadas às

trocas gasosas e ventilatórias foram medidas por um analisador metabólico do

Page 32: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

31

Modelo - Metalyzer 3B- MICROMED®, seguindo o método breath by breath, que

calculou as médias das mesmas a cada 20 segundos. Essas médias foram

analisadas no programa Metasoft 3.9 que tinha uma unidade do Cortex calibrada

pelo método de circuito fechado com calibração de gás.

A frequência cardíaca (FC), durante o teste foi aferida por um

eletrocardiógrafo do Modelo Digital ErgoPC-13 - MICROMED®, seguindo o método

de 3 derivações para a colocação dos eletrodos, de acordo com o manual do próprio

aparelho e tendo seus dados analisados no programa ErgoPC Elite Windows, e

também através de um cardiotacômetro (Polar ® Vantage NV, Finlândia). Essa (FC)

foi também controlada durante todo o teste com a escala subjetiva de esforço

proposta por Borg, 1982(73) (Anexo - C), que foi impressa, e apresentada ao

avaliado a cada 2 minutos para avaliar de forma subjetiva a intensidade de esforço

físico durante este processo. Essa escala era constituída por valores numéricos

entre 6 e 20 que podiam ser correlacionados com a frequência cardíaca de 60 a 200

batimentos por minuto, e permitam aos avaliadores uma maior segurança durante o

teste de VO2max. Todos os resultados obtidos neste teste foram anotados no guia

do avaliador formulado pelos pesquisadores (Apêndice - C).

O VO2 máximo foi determinado a partir do consumo máximo de O2 no

momento da exaustão do participante. No dia anterior ao teste foi recomendada a

abstinência de atividades físicas extenuantes (> 5 METs), e a manutenção da dieta

mista, evitando a ingestão de qualquer tipo de alimento e cafeína, nas três horas

precedentes ao teste de esforço físico. Os procedimentos que foram adotados

durante este teste estavam de acordo com o manual de fábrica do equipamento e

foram acompanhados por um profissional de Educação Física, treinado para realizar

o mesmo.

Os dados deste teste foram registrados a cada vinte segundos e a frequência

cardíaca foi monitorada ao longo de toda avaliação. Previamente a este teste foram

realizados os procedimentos de calibragem dos equipamentos. O ergoespirômetro

em circuito fechado foi calibrado com uma mistura de gases (AGA ®, Brasil),

contendo 17,01% de oxigênio, 5,00% de dióxido de carbono e balanceada com

nitrogênio. Os fluxos de gases foram calibrados através de uma seringa de três litros

(Hans Rudolph ®, Estados Unidos da América do Norte).

Este teste foi considerado máximo quando observado pelo menos três dos

seguintes critérios abaixo de acordo com Howley et al., 1995(74). Esse demostra, o

Page 33: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

32

platô no VO2 (aumento ≤ 150 mL/min -1 ou 2 mL/kg -1/min -1), FCmáx ≥ 90% da

aceita pela idade (220 - idade), conceito de esforço percebido ≥ 18, RER (razão de

troca respiratória) ≥ 1,15 e fadiga voluntária máxima com incapacidade de

manutenção do ritmo pré-estabelecido.

O VO2máx foi determinado como sendo o mais alto valor encontrado no final

do teste. No presente estudo, a carga máxima foi caracterizada como sendo, a

quantificada no teste de VO2máx. Esses procedimentos desta avaliação ocorreram

com os equipamentos e nas dependências do Laboratório de Movimento (LABMOV)

do Departamento de Educação Física da UFRN sendo, os seguintes critérios

considerados para a interrupção de todo o teste:

O indivíduo solicitar o término do exercício;

Frequência cardíaca chegando ao valor máximo previsto;

O indivíduo dar nota igual a 20 na escala de percepção subjetiva do

esforço;

A frequência cardíaca não se elevar mesmo aumentando a intensidade do

exercício (exercício progressivo);

Os pesquisadores notarem a presença de sintomas como tontura,

confusão, falta de coordenação dos movimentos, palidez, cianose, náusea,

pele fria e úmida.

4.12 Amostras biológicas

A coleta de sangue foi realizada pela equipe do Laboratório Integrado de

Análises Clínicas (LIAC) da UFRN e do Hemocentro-RN nas dependências do

Laboratório do Movimento (LABMOV) do Departamento de Educação Física da

UFRN em todos os participantes do estudo, antes e imediatamente após o teste

incremental máximo através do método de punção venosa, assim como no setor de

doação sanguínea do Hemocentro-RN, no momento que ocorreu essa doação.

Foram coletadas amostras contendo sangue periférico de 10mL através do

sistema a vácuo vacutainer (BECTON – DICKINSON – VACUTAINER SST BD),

sendo acondicionados 5 ml em tubos com anticoagulante EDTA para o exame de

imunofenotipagem e hemograma.

Page 34: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

33

4.13 Determinação dos parâmetros hematológicos

A análise hematológica foi realizada no Laboratório de Hematologia Clínica

Hemocentro Dalton Cunha do Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Nessa

fase, foram utilizados 10 mililitros (10mL) de sangue venoso, coletados e

armazenados em tubos vancutainer, contendo EDTA, que foram avaliados pelo

analisador hematológico (Cell Dyn-3.000), para determinar os parâmetros

hematológicos de leucócitos, plaquetas e hemácias através do hemograma, assim

como para a análise de glóbulos brancos (WBC), dosagens de hemoglobina e

contagem de plaquetas.

4.14 Determinação do perfil linfocitário

A imunofenotipagem foi realizada por meio da citometria de fluxo (Becton-

Dickinson,San Jose, CA). O analisador de fluorescência celular ativado (FACScan,

San Jose, CA, EUA) com software Cell Quest (Software Cell Quest-TM, Becton

Dickinson Immunocytometry Systems, San Jose, CA, EUA) foi utilizado para a leitura

das amostras em um total de 20 mil células por tubo. Todos os procedimentos para

a citometria de fluxo e as análises linfocitárias foram realizados no Laboratório de

Hematologia Clínica Hemocentro Dalton Cunha do Governo do Estado do Rio

Grande do Norte.

A análise citomorfológica foi realizada em esfregaços de sangue corados pelo

Leishmann. Um total de 100 leucócitos foram contados e o resultado marcado em

porcentagem. Para conversão em valores absolutos, os valores percentuais foram

multiplicados pela contagem de leucócitos absolutos e divididos por 100. Os

marcadores de superfície celular foram identificados, usando anticorpos

monoclonais (AcMo) específico para: i) Linfócitos B e T (CD3FITC), ii) T helper e

supressor de linfócitos citotóxicos (CD4FITC/CD8PE/CD3PerCP) e iii) NK, células

NKT (CD3FITC/CD16-56PE).

Todos os AcMo foram adquiridos pelo sistema Imunocitoquímica Becton-

Dickinson,San Jose, CA. Nos tubos foram adicionados cem microlitros (100 µL) de

sangue periférico previamente homogeneizado, sendo incubados com 20 µL (vinte

microlitros) de AcMo por 30 minutos a temperatura ambiente ao abrigo da luz. Após

este período, a suspensão foi homogeneizada acrescentando à mesma um mililitro

(1mL) de uma solução de lise de eritrócitos previamente diluída à 10% (FACs-lyse

Page 35: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

34

Solution / Becton Dickinson). Em seguida, a suspensão celular foi submetida a uma

nova incubação por mais 10 minutos em temperatura ambiente ao abrigo da luz.

Após esse período, a suspensão celular foi centrifugada por 5 minutos a 1.500 rpm,

o sobrenadante foi descartado e o sedimento celular ressuspendido em solução

salina tamponada de fosfato (PBS, pH 7,2) e centrifugado novamente a 1.500 rpm;

sendo esta última etapa repetida mais uma vez. Finalmente, o pellet celular foi

ressuspenso em 1 mL solução de formol a 1% em PBS.

Após a aquisição das amostras, as células foram analisadas através dos

parâmetros determinados pelo espalhamento luminoso do laser sobre as células

sanguíneas, sendo que, Forward Scatter (FSC), em escala linear, avalia o tamanho

celular e Side Scatter (SSC), também em escala linear, determina a complexidade

celular. Por meio destes parâmetros, foi feito o procedimento de isolamento da

população linfocitária (gate) e procedida a análise das fluorescências relativas FL1,

FL2 e FL3 em escala logarítmica, que detecta verde, laranja, vermelho e

fluorescência, respectivamente, representativo da reação antígeno-anticorpo,

conjugado ao Isohtiocyanate fluorescein (FICT), Phicoeritrin (PE) e Peridin Protein

clorophyl (PerCP), respectivamente.

Os resultados foram expressos em percentuais de células em marcadores

duplos tais como: linfócitos T (CD3+), células B (CD3), linfócitos T helper

(CD3+/CD4+), T supressor de linfócitos citotóxicos (CD3+/CD8+), as células NK (CD3-

/CD16-56+), células NKT (CD3+/CD16-56+) e relação CD4/CD8. Para conversão em

valores absolutos, os valores percentuais foram multiplicados pela contagem

absoluta de linfócitos e dividido por 100. Os valores de referências para adultos

sadios, empregados neste estudo, encontra-se resumido no Quadro 1.

Quadro 1 – Valores de referência da sub-população linfocitária.

Subpopulação Linfocitária Valores de Referência (%) / µL

Linfócitos T ou CD3 (60 – 87) / 605 - 2.460

Linfócito T Helper ou CD3+/CD4+ (32 - 61) / 600 - 1.666

Linfócito T Supressor Citotóxico ou CD3+/CD8+ (14 - 43) / 224 - 1.112

Células Natural killer ou CD16-56+ (04 - 28) / 73 – 654

Relação CD4/CD8 (1,5) / 1 - 2,5

Adaptado de Santagostino et al., 1999(75).

Page 36: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

35

4.15 Análise estatística

Uma análise descritiva foi realizada em todos resultados encontrados, tanto

na revisão sistemática como nas análises da capacidade aeróbia e investigações

hematológicas e imunológicas. A normalidade dos dados foi analisada por meio do

teste de Shapiro-Wilk. Um teste (t) de Student pareado executado com o objetivo de

comparar as médias dos marcadores imunes pré e pós esforço físico, assim como

foi também realizado o cálculo de diferença por meio de deltas, através da subtração

dos valores do momento pós e pré. Estes dados foram analisados através do

programa estatístico SPSS, version 23.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA) for Windows.

Um valor de p < 0,05 foi considerado para toda análise estatística. Além disso, o

tamanho do efeito (TE) foi avaliado com o objetivo de comparar a magnitude pré e

pós no efeito agudo do esforço físico para os marcadores imunológicos, onde foi

utilizado valor do D de Cohen nas análises comparativas em amostras

pareadas(76). Os valores de referência utilizados para a caracterização do TE

foram: ≤ 0.2 = trivial, 0.2-0.6 = baixo, 0.6-1.2 = moderado, 1.2-2.0 = alto e >2.0 =

muito alto(77).

Page 37: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

36

5. RESULTADOS

5.1 Estratégia de pesquisa da revisão

Inicialmente foram selecionados 8633 artigos nas bases de dados. Após

análise prévia, 2708 artigos foram excluídos por estarem duplicados. Excluiu-se

5707 estudos após a análise de títulos e resumos. Analisou-se 218 textos completos

do total, sendo que 203 foram excluídos porque não estavam de acordo com os

critérios de inclusão. Após esta etapa, foram incluídos 15 artigos nesta presente

revisão sistemática, na qual 13 estão relacionados ao efeito do exercício agudo nos

marcadores imunológicos e 2 ao efeito do crônico. Os achados da estratégia de

busca estão expressos na figura 1.

Records identified through database searching

(n = 8628 )

Sc

reen

ing

In

clu

de

d

Eli

gib

ilit

y

Ide

nti

fica

tio

n Additional records identified

through other sources (n = 5 )

Records after duplicates removed (n = 2708 )

Records screened (n = 5925 )

Records excluded (n = 5707 )

Full-text articles assessed for eligibility

(n = 218 )

Full-text articles excluded, with reasons (n =203)

(12) Wrong population (14) Wrong results (91) Wrong study design (19) Wrong age range (35) Wrong intervention (7) Divergence from review objective (19) Abstract poster format (6) Article without access

Studies included in qualitative synthesis

(n = 15 )

Figura 1. Sumário dos resultados da pesquisa

Page 38: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

37

5.2 Características dos artigos eleitos

As características dos estudos selecionados estão apresentadas na tabela 1.

Todos os estudos avaliaram o efeito do exercício de endurance no perfil imune de

seres humanos saudáveis. Dos 15 estudos incluídos foram 8 RCT e 7 non - RCTs,

13 estudos agudos, apenas 2, os participantes no grupo controle e experimental não

foram os mesmos (78,79). Os dois estudos, que avaliaram o efeito crônico, também

se apresentaram através de seus investigados diferenciados para os grupos

avaliados (80,81), sendo assim, 11 estudos eram do tipo cross-over, e 4 paralelos. O

ciclismo foi realizado apenas em 2 estudos (82,83). Constatou-se que a prática da

pedalada em cicloergômetros foi utilizada como intervenção em 10 estudos.

Enquanto que o treinamento com caminhada ou corrida foi desenvolvido em 3

estudos (84–86).

5.3 Participantes dos artigos eleitos

Todos os estudos somam um total de 296 participantes saudáveis, sendo 196

homens e 100 mulheres. Do total, em 10 estudos os participantes incluídos foram

homens (incluindo os estudos com efeito crônico), 3 estudos investigaram homens e

mulheres e apenas em 2 estudos, a amostra incluída foi somente de mulheres. Nos

estudos eleitos nesta revisão, as amostras dos mesmos foram compostas por

triatletas e corredores (83,84,87,88), participantes ativos e sedentários (79),

praticantes recreativos de modalidades esportivas (89) e sedentários (80,81). Os

atletas eram das modalidades esportivas como corrida, ciclismo, triathlon e

patinação. Assim, nos 5 estudos, que tiveram mulheres como participantes, só no de

Nehlsen-Cannarella, et al., 1991(85) e Nieman, et al., 1991(86) ocorreu a

observação sobre o uso de contraceptivo oral pelas mesmas, quadro 2.

Page 39: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

38

Quadro 2: Características dos artigos eleitos

Autor Desenho do estudo N

Participantes

Experimental Controle

Tipo de intervenção

Duração (semanas)

Duração (min.)

Sessões(x/sem) Intensidade

Akerstrom et al., (2005)

Não-RCTs Cross-over 11 Homens Saudáveis

Age: 21 – 28 O mesmo do experimental Ciclismo - 120 - 60%

VO2máx

Edwards et al., (2006)

Não-RCTs Cross-over 24

12 homens 12 Mulheres Saudáveis

Recreacionais Age: 24,2 ±3,2

O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - 45 -

Exercício 1: (M) 130 W (W) 95 W

↑ 35 W - 3' (exaustão) (M) 4’ = 130 W (W) 4’ = 95 W

45’ = 55% W máx

Exercício 2: (M) 16' = 84 a 231 W (W) 16' = 70 a 154 W

(M) 4’ =130 W (W) 4’ = 95 W

25’ = 55% W pico

Gabriel et al., (1998)

Não-RCTs Cross-over 13

Homens Saudáveis Triatletas

Age: 27,5 ± 6,4

O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - Até a

Exaustão - 110% Limiar Anaeróbio

Gannon et al., (2001)

Não-RCTs Cross-over 10 Homens Saudáveis

Age: 26 ± 5.0 O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - 120 - 65%

VO2 máx Green et al.,

(2002) RCT

Cross-over 12 Homens Corredores Age: 30,0 ± 7,0

O mesmo do experimental

Corrida em esteira - 60 - 95%

Limiar Ventilatório Kurokawa et al.,

(1995) Non-RCTs Cross-over 8 Homens Saudáveis

Age: 28,5 ± 5,1 O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - 60 - 60%

VO2 máx

LaPerriere et al., (1994)

RCT Paralelo 14

7 Homens Saudáveis Sedentários

Age: 30,0 ± 6,4

7 Homens Saudáveis

Sedentários Age: 31,1 ± 3,1

Ciclo Ergômetro 10 45 3 70-80%

FC máx

Li et al., (2007) Não-RCTs Cross-over 10 Homens Saudáveis

Age: 21,6 ±0,9 O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - 120 - 55%

VO2 pico

Page 40: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

39

Mitchell et al., (1996)

RCT Paralelo 21

11 Homens Saudáveis Sedentários

Age: 23,4 ± 7,0

10 Homens Saudáveis

Sedentários Age: 20,1 ± 1,9

Ciclo Ergômetro 12 30 3 75%

VO2 pico

Moyna et al., (1996) a

RCT Paralelo 64

32 Adultos Saudáveis 16 Homens

Age: 24,3 ± 0,5 16 Mulheres

Age: 23,6 ± 0,5

32 Adultos Saudáveis 16 Homens

Age: 24,3 ± 0,5 16 Mulheres

Age: 23,6 ± 0,5

Ciclo Ergômetro - 18 - 55%/70%/85%

VO2 pico

Moyna et al., (1996) b

RCT Paralelo 64

32 Adultos Saudáveis 8 Homens Ativos Age: 24,9 ± 0,8

8 Mulheres Ativas Age: 23,3 ± 0,7

8 Homens Sedentários Age: 25,0 ± 0,8

8 Mulheres Sedentárias Age: 23,8 ± 0,8

32 Adultos Saudáveis

8 Homens Ativos Age: 24,9 ± 0,8

8 Mulheres Ativas Age: 23,3 ± 0,7

8 Homens Sedentários

Age: 25,0 ± 0,8 8 Mulheres Sedentárias

Age: 23,8 ± 0,8

Ciclo Ergômetro - 18 - 55%/70%/85%

VO2 pico

Nehlsen-Cannarella et al.,

(1991)

RCT Cross-over 12 Mulheres Saudáveis

Age: 36,9 ± 2,2 O mesmo do experimental

Caminhada em esteira - 45 - 60%

VO2 max

Nieman et al., (1991)

RCT Cross-over 12 Mulheres Saudáveis

Age: 36,9 ± 2,2 O mesmo do experimental

Caminhada em pista - 45 - 60%

VO2 max

Ronsen et al., (2002)

RCT Cross-over 9

Homens Atletas Triatletas – Patinadores

Age: 21 – 27

O mesmo do experimental

Ciclo Ergômetro - 75 - 75%

VO2 max

Scharhag et al., (2005)

Não-RCTs Cross-over 12

Homens Atletas Triatletas - Ciclistas

Age: 26,9 ± 7,0

O mesmo do experimental

Ciclismo em pista de corrida

- 240 - 70% Limiar Anaeróbio

Page 41: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

40

5.4 Intervenções dos artigos eleitos

A intervenção aguda foi utilizada na maior parte dos estudos incluídos nesta

revisão sistemática. As intervenções realizadas nessas observações foram: ciclismo

(82,83) (cicloergômetro (78,87–92), corrida (84) e caminhada (85,86). Nos estudos

crônicos (80,81) o cicloergômetro também foi utilizado.

A intensidade da prescrição apresentou-se heterogênea, tomando como

parâmetro a porcentagem de VO2max, que variou de 60, 65 e 75%

(82,85,86,88,90,91), três estudos utilizaram a porcentagem do VO2pico (78,79,92),

dois utilizaram o Limiar anaeróbio (83,87), um estudo usou Limiar ventilatório (84) e

um outro utilizou Wmáx/Wpico (89). Nos dois estudos com intervenção crônica, o

esforço máximo utilizado foi o percentual da FCMax (80) e VO2pico (81).

Para estimar carga de trabalho, a porcentagem de intensidade foi multiplicada

pelo tempo em minutos da intervenção. Dentre os trabalhos que usaram o VO2máx,

Gannon et al., (2001) (90) aplicou a maior carga de trabalho [u.a.= 7800), seguido

por Akerstrom et al., (2005) (82) [u.a.= 7200]. As menores cargas de trabalho foram

aplicadas com uma intensidade similar aos demais (60% VO2máx), porém com uma

menor duração de 45 minutos [u.a.= 2700] (85,86). Com o uso do VO2pico, 2

estudos apresentaram um modelo incremental de intensidade (55%, 70% e 85%),

cumprindo 6 minutos em cada estágio [u.a.= 1260] (78,79), enquanto que um

apresentou um modelo contínuo com 55% durante 120 minutos [u.a.= 6600] (92).

Nos 13 estudos agudos, 12 tiveram a faixa de duração em suas intervenções

de 18 a 240 minutos e 1 estudo foi até a exaustão. Já nos estudos crônicos, foram

colocados parâmetros distintos para a prescrição das mesmas, que podem ser

consideradas de intensidade moderada. Em relação a duração das intervenções, os

dados se mostraram bem heterogêneos, visto que um estudo teve duração de 10

semanas com sessões de 45 minutos [1350 minutos de exercício] (80), enquanto

que o outro durou 12 semanas com sessões de 30 minutos [1080 minutos de

exercício no total] (81), ambos os estudos tiveram uma frequência de treino durante

três vezes por semana.

5.5 Marcadores imunológicos dos artigos eleitos

O efeito da regulação pós-exercício aeróbio nos marcadores imunológicos,

que foram avaliados nos estudos, estão dispostos no quadro 3. A atividade de

Page 42: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

41

endurance promoveu aumento da contagem de leucócitos, linfócitos, granulócitos,

neutrófilos, eosinófilos e monócitos (78,79,83–85,91,92). Na intervenção aguda,

apenas um estudo não identificou mudança na quantidade de granulócitos e

monócitos, embora a contagem de leucócitos, linfócitos e neutrófilos tenha sido

similar aos demais estudos (86). Outros estudos apresentaram aumento de células

NK CD16-56 (78,79,86,90). Na intervenção crônica, apenas dois estudos foram

considerados válidos para constar nesta presente revisão. Em um desses estudos,

foi observado que não houve mudanças na quantidade de leucócitos, linfócitos e

monócitos, mas houve aumento nas subpopulações linfocitárias CD4+, CD8+ e

CD20, mas sem alteração das células CD56 (80). Similarmente, Mitchell et al., 1996

(81) não verificou mudança na quantidade de linfócitos, mas também na quantidade

de IgG, IgA e IgM.

Nas subpopulações linfocitárias do sistema imune existem resultados

contraditórios. Dois estudos investigaram o efeito do exercício agudo nas células T

CD3+ apresentando um aumento na contagem dessas células (79) e uma redução

no percentual de CD3+ dentre os linfócitos (78). Os dados do efeito das intervenções

nas células T Helper CD4+ e T citotóxica CD8+ são similares. Três estudos

apresentaram aumento de CD4+ e CD8+ (79,80,90), enquanto que dois mostraram

aumento de CD8+ e valores inalterados de CD4+ (86,91). Há uma escassez de

estudos com as características determinadas no critério de inclusão da presente

revisão, que verificasse o efeito do exercício nas células CD18 a não ser apenas um

estudo, mostrando aumento nas mesmas (87). Similarmente, apenas um estudo

verificou esse efeito em CD20, demonstrando não haver alteração (86). Os dados

para CD19 são contraditórios. Apenas um estudo apresentou informações de

aumento em CD19 (79), enquanto outros estudos apresentaram redução ou falta de

alteração nesse marcador (78,90). Concomitantemente, um estudo demonstrou

aumento de IgG mas sem alteração de IgA e IgM (85). Essas observações estão

apresentadas no quadro 3.

Poucos estudos, entre os incluídos nesta revisão abordaram o efeito do

exercício aeróbio nas interleucinas. Verificou-se que o exercício não provocou

alteração em IL-1 (88). Dois estudos apontaram que esse exercício não alterou os

níveis de IL-2 (83,85) e apenas um demonstrou que os valores de IL-8 não se

alteraram (82). Três estudos verificaram aumento em IL-6 após a sessão do

exercício aeróbio (83,88,89). Esses resultados estão expressos no quadro 3.

Page 43: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

42

5.6 Avaliação da qualidade dos artigos eleitos

Após a utilização da ferramenta Cochrane de risco de viés, os resultados

estão dispostos na figura 2A e 2B.

Geração da sequência aleatória: somente 11 estudos não foram descritos os

métodos dos processos para as gerações das suas sequências aleatórias,

caracterizando risco de viés desconhecido. Esses métodos poderiam ser por

geração de números randômicos em computador, arremesso de moeda,

embaralhamento de cartões ou envelopes, jogo de dados e sorteio.

Ocultação de alocação: em 12 artigos, da sua totalidade não apresentaram

informações suficientes. Dessa forma, não foi possível ser detectada como ocorreu a

sequência e alocação dos participantes.

Cegamento dos profissionais, participantes e avaliadores de desfecho: nos

ensaios clínicos randomizados que utilizaram a intervenção através de exercícios

físicos todos os envolvidos não podiam ser cegados para alocação do tratamento.

Nos estudos que o exercício físico supervisionado foi administrado os profissionais

que realizarão a intervenção não podiam ser cegados. Em relação aos cegamentos

dos avaliadores de desfecho, não existia essa informação nos estudos avaliados.

Esses fatos permitiram a classificação de todos os estudos com um risco pouco

claro de viés, ou seja, desconhecido por causa da falta de informações nos mesmos.

Desfechos incompletos: em 13 estudos foi impossível verificar risco viés para

as perdas e para as etapas da amostragem em função de não existir informações

descritas relacionadas ao número randomizado e as razões para as perdas.

Desfecho seletivo: observa-se que em todos os estudos o risco de viés para o

relato de desfecho seletivo foi classificado como desconhecido por causa de

informação insuficiente nos estudos. Esses não apresentavam os seus protocolos ou

não permitiam o acesso aos mesmos.

Outras fontes de viés: essas fontes foram detectadas de forma alta em 10

estudos. Nesses não existia qualquer informação relacionada ao estado nutricional

dos participantes durante a coleta dos dados ou algum relatório diário da

alimentação nas semanas prévias às avaliações dos mesmos.

Page 44: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

43

5.7 Resultados do estudo seccional

Os dados descritivos da capacidade cardiorrespiratória estão expressos na

tabela 1.

A tabela 2 reporta as alterações dos marcadores imunológicos antes e após o

teste incremental de esforço máximo. Foi observado aumento nos valores séricos

dos leucócitos (t= -16,095; p= 0,001), linfócitos (t= -10,797; p= 0,001), CD3-CD16-56

(t= -2,987; p= 0,009), CD16-56 (t= -8,551; p= 0,001), CD56 (t= -2,165; p= 0,047),

CD3 (t= -4,498; 0,001), CD3-CD4 (t= -3,995; p= 0,001), CD3-CD8 (t= -3,834; p=

0,002), CD45 (t= -10,69; p= 0,001), CD95 (t= -4,077; p= 0,001), CD18 (t= -9,643; p=

0,001) e CD44 (t= -10,245; p= 0,001) e após o esforço físico. Não ocorreram

diferenças estatísticas para as outras variáveis analisadas. Todas as análises

apresentaram os graus de liberdade (df = 15). Os resultados referentes ao TE

apontaram que o esforço físico promove moderado, alto e muito alto efeito

nos marcadores imunológicos, reforçando os resultados encontrados com valores

de p ≤ 0,05.

Page 45: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

44

Quadro 3: Regulação dos marcadores imunológicos pós exercício aeróbio

Author

Marcadores imunes e regulação pós exercício

Leuc Linf Gran Neut Mon Eosin IL-1 IL-2 IL-6 IL-8 CD3 CD4 CD8 CD4 /CD8

CD16-56

CD16 CD56 CD18 CD19 CD20 IgG IgA IgM

Akerstrom et al., (2005)

Edwards et al., (2006)

Gabriel et al., (1998)

Gannon et al., (2001)

↑ ↑ ↓ ↑ ↔

Green et al., (2002)

↑ ↑ ↑ ↑

Kurokawa et al., (1995)

↑ ↑ ↑ ↔ ↔ ↑

LaPerriere et al., (1994)

↔ ↔ ↔ ↑ ↑ ↔ ↔ ↑

Li et al., (2007)

↑ ↑ ↑ ↑

Mitchell et al., (1996)

↔ ↔ ↔ ↔

Moyna et al., (1996) a

↑ ↑ ↓ ↑ ↓

Moyna et al., (1996) b

↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↓ ↑ ↑

Nehlsen-Cannarella et

al., (1991) ↑ ↑ ↔ ↑ ↔ ↔

Nieman et al., (1991)

↑ ↑ ↔ ↑ ↔ ↔ ↑ ↑ ↔

Ronsen et al., (2002)

↔ ↑

Scharhag et al., (2005)

↑ ↑ ↑ ↔ ↔ ↑ ↑

Note: Leuc = Leucócitos; Lymph = Linfócitos; Gran = Granulócitos; Neut = Neutrófilos; Mon = Monócitos, Eosn = Eosinófilos (↑ aumento, ↓ diminuição, ↔ sem alteração)

Page 46: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

45

Figura 2A. Análise do risco de viés

Page 47: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

46

Figura 2B. Análise do risco de viés

Tabela 1 – Medidas de tendência central e dispersão da capacidade aeróbia.

Variável Média ± sd Min - Máx

Limiar 1 Relativo (ml/kg.min-1) 27,46 ± 4,94 18,34 - 37,05 Limiar 2 Relativo (ml/kg.min-1) 49,64 ± 6,11 39,43 - 57,83

VO2 máx (ml/kg.min-1) 54,20 ± 5,14 45,27 - 61,56

Analise Descritiva

Tabela 2 - Comparação das médias dos marcadores imunológicos em diferentes momentos.

Variáveis Pré

Média ± sd Pós

Média ± sd 95% IC

TE

p-value

Inferior Superior

Leucócitos 5937,500 ± 1127,165 10762,500 ± 1646,765 -5463,991 -4186,01 3,42 0,001* Linfócitos 2288,250 ± 525,763 4679,130 ± 946,287 -2862,854 -1918,9 3,12 0,001* Neutrófilos 3,619 ± 1,055 7,3 ± 8,801 -8,069 0,7072 0,59 0,094 CD3-CD16-56 98,699 ± 102,9249 264,551 ± 323,255 -284,183 -47,518 0,69 0,009* CD16-56 362,80875 ± 251,396 1678,686 ± 692,537 -1643,876 -987,88 2,53 0,001* CD56 0,000 ± 0,000 655,09 ± 1210,582 -1300,166 -10,019 0,77 0,047* CD3 1524,265 ± 426,527 2430,967 ± 1034,149 -1336,322 -477,083 1,15 0,001* CD3-CD4 669,045 ± 210,861 1002,267 ± 252,477 -511,018 -155,426 1,43 0,001* CD3-CD8 716,654 ± 238,302 1335,24 ± 768,183 -962,508 -274,662 1,09 0,002* CD4/CD8 0,984 ± 0,346 0,971 ± 0,536 -0,321 0,346 0,03 0,938

Teste (t) de Student * P < 0,05

Page 48: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

47

6. DISCUSSÃO

A presente revisão sistemática teve o objetivo de analisar as evidências

científicas sobre os efeitos agudos e crônicos do exercício aeróbio nos marcadores

imunológicos em indivíduos saudáveis. Foi constatado em nosso estudo que o

exercício aeróbio promove alterações na resposta imune dos leucócitos, linfócitos,

subpopulações linfocitárias, interleucinas, células NK e imunoglobulinas. Vários

autores afirmam a ocorrência dessas modificações nos mesmos marcadores

imunológicos, em função da realização do treinamento aeróbio agudo e crônico

(1,24,26,93). Portanto, as características da amostra coletada como: sexo, nível de

condicionamento físico, modalidade esportiva praticada e intensidade da intervenção

podem interferir nos valores dos mesmos marcadores, tornando-se uma limitação

em nossa análise apesar da comparação adequada e generalização dos resultados

encontrados.

Uma grande quantidade de estudos analisa os prováveis efeitos do

exercício aeróbio nas células imunes juntando indivíduos de ambos os gêneros em

suas amostras (92,94–96) (Li et al., 2017; Rowlands et al., 2012; Morgado et al.,

2014; Morgado et al., 2012). Esse fato se torna uma limitação para os resultados

encontrados em função da existência de diferentes respostas imunológicas

relacionadas ao sexo em indivíduos saudáveis (97). Alguns estudos a respeito do

sexo feminino foram realizados considerando o uso de anticoncepcional (85,86).

Existem limitações nos resultados encontrados em função da utilização dessa

terapia farmacológica. Esses medicamentos influenciam diretamente nas

concentrações dos leucócitos e de outras células do sistema imune alterando os

seus números absolutos e relativos podendo até elevar os mesmos acima dos

valores de normalidade para indivíduos saudáveis (98–100). Os estudos crônicos

utilizaram somente homens saudáveis, mas sedentários. Esse fato permite uma

análise comparativa da função imune com a adaptação ao período de treinamento

físico prolongado, que proporciona uma melhora na aptidão física e na resposta

imunológica (101–105).

Vários autores relatam alterações agudas e crônicas nas células do sistema

imune nos praticantes de esportes aeróbio como: corrida, ciclismo, triathlon e

patinação (24–26,93,106,107). A heterogeneidade das formas de se estimar a

intensidade das intervenções não permite estipular um melhor padrão homogêneo a

Page 49: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

48

ser utilizado. Estudos comprovam que o exercício aeróbio de intensidade moderada

a severa seja ele de curto ou longos períodos promovem alterações agudas e

crônicas na função imune (51,52,108–114). Estudo agudos com intensidade de 60%

do VO2máx durante 45 e 60 minutos em ciclo ergômetro não provocaram

alterações no linfócito CD4+ (86,91). A mesma intervenção sendo de 65%VO2max e

55%/70%/85% VO2pico aumentaram as suas concentrações (79,90). Portanto é

provável que alterações em CD4+ sejam mais sensíveis a intensidade do exercício.

Os marcadores imunológicos como: leucócitos, linfócitos (CD3+, CD4+, CD8+),

neutrófilos, monócitos e as células T têm as suas concentrações aumentadas acima

dos valores de normalidade através da corrida de aventura dependendo da sua

intensidade de execução (30). As catecolaminas e o cortisol atuam diretamente na

leucocitose durante e após o exercício físico (37), porém a intensidade e volume

dessa atividade modulam a sua resposta no sistema imune. Vários estudos que

analisam e comparam a duração e intensidades das intervenções na mesma

população apontam a existência de diferenças significativas entre o pré e pós

dessas na maioria dos marcadores imunológicos analisados (27,115–117).

Aspectos relacionados nos estudos analisados como nível de

condicionamento físico dos participantes, tipo de intervenção com o seu tempo e

intensidade de realização e o uso de contraceptivos pelas mulheres podem interferir

nas concentrações das células imunes analisadas. Essas possíveis alterações na

função imune tornam-se um importante questionamento a ser respondido através de

um maior aprofundamento investigativo em estudos futuros.

O exercício aeróbio agudo se mostrou-se um potencial influenciador das

concentrações de células imunes, enquanto que os dados de estudos crônicos ainda

são contraditórios (81,93). A intervenção aguda exerce influência na regulação do

sistema imune (51,52,108,111,113,114).

Em muitos estudos autores relatam que o exercício aeróbio agudo promove

alterações na maioria dos marcadores imunes como os leucócitos, linfócitos e célula

naturais killer NK, entre outros (28,83,102,104). Os exercícios aeróbios agudos de

longa duração como ciclismo, maratonas e triathlon que têm o seu tempo de

execução superior a múltiplas horas promovem elevações nas concentrações

plasmáticas das citocinas IL-1ra, IL-6, IL-8 e IL-10 após a sua prática (61,88,114).

Os leucócitos, neutrófilos, interleucinas 6, 10, 8, 12, fator de necrose tumoral (TNF-

α) e molécula de adesão (ICAM-1) têm suas concentrações plasmáticas aumentadas

Page 50: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

49

imediatamente após uma maratona (42,2 km) proporcionando um estado de

infecção transitória pós-exercício (25,118).

A corrida de meia distância (21,1 km) estimula o crescimento no número de

leucócitos, neutrófilos e monócitos em corredores amadores (119,120). Durante a

prática do ciclismo de forma moderada com duração de 4 horas o número absoluto

das células NK, monócitos e neutrófilos circulantes na corrente sanguínea

aumentam, porém, após essa prática, só a concentração de IL-6 permanece altas

após a mesma (83). A realização da caminhada moderada por 45 minutos não altera

as concentrações das células T (CD5 e CD25) e de interleucina 2, porém as

imunoglobulinas têm as suas concentrações plasmáticas aumentadas

imediatamente após essa caminhada (85).

As subpopulações linfocitárias também são aumentadas com o treinamento

aeróbio de dez semanas com três sessões por semana de 45 minutos no

cicloergometro na intensidade de 70-80% da frequência cardíaca máxima prevista

pela idade (80). Concordando com os resultados de LaPerriere et al., (1994)(80), um

treinamento realizado 3x por semana, durante 12 semanas, 30 minutos por sessão a

75% do VO2pico também não apresentou alteração na concentração total de

linfócitos (81). Além disso, os autores também não identificaram mudanças nas

imunoglobulinas IgG, IgA e IgM. Os efeitos crônicos dos exercícios aeróbios nos

marcadores imunológicos ainda são contraditórios e necessitam de uma maior

investigação em novos estudos.

Como limitação, podemos destacar a dificuldade de encontrar estudos em

condição experimental e controle. Com relação à aptidão física dos participantes nos

estudos eleitos, os resultados encontrados não podem ser generalizados em função

dessa variar de sedentário a atleta. No que se refere ao gênero, que é um fator de

grande influência no sistema imune, só foram encontrados na totalidade dos artigos

selecionados cinco artigos investigando o sexo feminino e, em três desses, ocorria a

mesclagem de ambos os sexos na amostra. Na questão da intensidade de esforço

físico, utilizado nas intervenções, observou-se a limitação de estipular uma zona de

treinamento em função da heterogeneidade encontrada e por cada uma ter um

efeito, seja agudo ou crônico, em um determinado marcador imunológico. Outra

limitação do nosso estudo foi a dificuldade de encontrar estudos relatando o efeito

crônico do exercício sendo que só foram eleitos nesta revisão dois estudos não

permitindo assim uma real análise desse aspecto.

Page 51: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

50

Além do mais, o uso de pílula anticoncepcional em estudos com mulheres

limita a nossa capacidade de concluir os resultados. Assim, existe uma maior

necessidade de mais estudos para identificar os fatores que realmente influenciam

nessas discordâncias, assim como um maior aprofundamento em pesquisas com a

intervenção aeróbia crônica para verificação da sua real interferência nos

marcadores imunológicos.

Destaca-se nesta revisão a sua exclusividade por ser a primeira com tamanha

abrangência nesta temática analisando os efeitos dos exercícios aeróbios agudos e

crônicos em todos os marcadores imunológicos existentes. A inclusão de estudos

randomizados, os cuidados metodológicos adotados com a finalidade de reduzir o

risco de viés, a predefinição de um protocolo a ser seguido registrado em plataforma

web específica e a inclusão de estudos experimentais com grupos controle e

experimental de características iguais auxiliaram na observação das verdadeiras

interferências dos exercícios aeróbios nas células imunes. Esses fatos tornam este

estudo uma contribuição importante, realizada com grande potencial de investigação

dentro da literatura científica existente.

De acordo com os resultados encontrados nesta revisão foi possível entender

quais os marcadores imunes que sofrem os efeitos dos exercícios aeróbios nas

perspectivas aguda e crônica. Aspectos como a intensidade em cada intervenção

realizada, o seu tipo, o local onde essa foi desenvolvida e as características dos

indivíduos submetidos à mesma tornam-se conhecimentos importantes que permite

entender com mais segurança essas alterações imunológicas provocadas através

desses exercícios aeróbios. Esta revisão apresenta uma atualizada visão atualizada

sobre o conteúdo aqui investigado proporcionando uma maior segurança para o

trabalho dos profissionais de saúde no aspecto da prescrição destes exercícios

aeróbios em adultos saudáveis para a promoção da saúde.

Fatores externos como características do ambiente onde foi realizada a

intervenção, a intensidade da mesma e também os aspectos internos, relacionados

ao tempo de treinamento e o uso de contraceptivo oral devem ser levados em

consideração em novos estudos para um melhor entendimento da relação entre

exercício aeróbio agudo e crônico e sua verdadeira influência nos marcadores

imunológicos.

Vários estudos analisam as alterações provocadas pelo exercício aeróbio

agudo nas células imunes (27,116,117). O objetivo deste estudo foi avaliar as

Page 52: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

51

alterações provocadas pelo teste incremental máximo nos marcadores imunológicos.

Foi constatado em nosso estudo que o esforço físico aeróbio máximo promove

alterações nas células imunes, abrangendo os leucócitos, linfócitos e maioria das

subpopulações linfocitárias. O exercício aeróbio promove a ocorrência de

modificações nas células imunes (1,24,26,93,121). Por outro lado, as características

coletadas na amostra são homogêneas na sua maioria para todos os indivíduos da

população investigada como: idade, composição corporal e aptidão física. Esses

aspectos não se apresentam com limitações em nossa pesquisa, permitindo

comparações adequadas e homogeneidade nos resultados encontrados.

Em nosso estudo, os efeitos do teste incremental máximo nos marcadores

imunológicos e as relações desses com a composição corporal e aptidão aeróbia

máxima foram investigados em uma população composta por jogadores

profissionais de futebol da categoria sub 23. Esses eram todos saudáveis com o

percentual de gordura corporal em estado normal e condição cardiorrespiratória boa

ou excelente. Vários estudos realizaram investigações na mesma população,

utilizando o treinamento de futebol, teste incremental máximo e submáximo como

intervenção para avaliar a condição cardiopulmonar, juntamente com as suas

alterações provocadas no sistema imune (122–124).

Várias alterações são causadas nas concentrações das células do sistema

imune com uma única sessão de exercício físico aeróbio, sendo essas conhecidas

como respostas agudas ao esforço físico (83,84). Essas vêm sendo discutidas ao

longo dos anos por diversos autores em variadas populações (1,26,93,121).

Com o passar dos anos vários estudos vêm tentando decifrar as alterações

no sistema imunológico como as modificações nas concentrações de linfócitos T, B

e células NK e NKT, provocadas em função do esforço físico (125–127). Nossa

pesquisa avalia as alterações induzidas pelo teste incremental máximo nos

marcadores imunológicos. Foram constatadas diferenças significativas entre as

médias absolutas nas concentrações das células, leucócitos, linfócitos, NK e na

maioria das subpopulações linfocitárias após a realização do esforço físico. Durante

o exercício físico ocorre uma pré-inflamação, que motiva mudanças nas

concentrações dos linfócitos em função das diversas intensidades e durações das

práticas esportivas durante os treinamentos, promovendo processos inflamatórios

sistêmicos no organismo (91,128,129).

Page 53: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

52

O aumento no número de leucócitos na circulação sanguínea está

relacionado à prática do exercício físico aeróbio agudo (1,26,93). Uma única sessão

de exercício físico promove modificações nas concentrações de leucócitos

circulantes no sangue (32,130). Essas alterações foram constatadas em nossos

resultados, sendo os valores das médias dos leucócitos superiores após a

realização do teste incremental máximo. A modificação na concentração dessas

células imunes, provocada por uma única sessão de exercício físico aeróbio agudo é

chamada de leucocitose (35,85).

Os exercícios físicos aeróbios de longa duração e moderada intensidade

apresentam uma maior magnitude para o desenvolvimento da leucocitose e

linfocitose do que os de curta duração e maior intensidade (25,33,52,61,129). Nos

linfócitos T, o exercício físico aeróbio promove grandes alterações em seu número

absoluto de célula T CD4+, enquanto que nas células T CD8+ essas modificações

são menos expressivas (33,129). Quando analisamos as variações do percentual

dos valores de repouso, as células T CD8+ podem apresentar maiores alterações

relativas em seu número durante e imediatamente após o exercício aeróbio agudo

(51,78). Essas observações assemelham-se à nossa investigação, onde foi

constatado um aumento significativo nas médias absolutas do CD4+ e CD8+ após a

intervenção.

Nos maratonistas e sedentários o exercício físico aeróbio agudo pode

influenciar na atividade das células NK, aumentando os valores absolutos das suas

médias após essa prática esportiva (34,129). Em nossa pesquisa, as concentrações

dessas mesmas células tiveram suas médias absolutas aumentadas com a

realização do teste incremental máximo. Essa observação corresponde aos

resultados de vários estudos já realizados, onde seus autores preconizam as

mesmas alterações nessas células através do esforço físico aeróbio (91,128,129).

Vários autores relatam as ocorrências de alterações nas subpopulações

linfocitárias, provocadas através do exercício aeróbio agudo como na corrida,

ciclismo, cicloergometro e teste incremental máximo (1,23,26,93). No nosso estudo

foram constatadas diferenças significativas para os valores absolutos das médias

pré e pós teste incremental máximo na maioria dos marcadores imunológicos

analisados. Esses resultados concordam com os achados em várias investigações

já realizadas (23,78,79,87,90–92).

Page 54: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

53

Por outro lado, existem vários estudos, que analisam a influência do esforço

físico aeróbio nos marcadores imunológicos, porém os mesmos não investigam as

suas relações com as características da amostra estudada (23,131,132). O exercício

aeróbio agudo provoca alterações na quantidade de células imunes e essas

modificações estão relacionadas a duração do mesmo (27,115–117).

Contudo, conhecimentos e aspectos ainda inexplorados nessa área de

pesquisa necessitam de uma maior investigação científica em estudos

experimentais. No futuro, mais estudos sobre a temática deverão levar em conta os

conhecimentos existentes na literatura científica e as divergências entre os mesmos,

investigando as alterações provocadas pelo teste incremental máximo nos

marcadores imunológicos e as relações desses com a composição corporal e

condição cardiorrespiratória. Esse fato demonstra a necessidade de mais

investigação em indivíduos da população estudada para uma melhor análise dessas

relações.

Dessa forma, os resultados encontrados nos permitem constatar que o teste

incremental máximo irá promover alterações na maioria dos marcadores

imunológicos analisados. Fatores externos como características do ambiente, onde

foi realizado o teste incremental máximo e também aspectos internos relacionados a

idade, ciclo circadiano, estresse e estado emocional dos avaliados podem interferir

nas células do sistema imune (133–136). Esses fatores externos e aspectos

internos, em novos estudos, devem ser levados em consideração para um melhor

entendimento das alterações nos marcadores imunológicos.

Assim, existe a necessidade de mais investigação com o objetivo de

identificar as influências desses fatores e aspectos, assim como um maior

aprofundamento em estudos com o teste incremental máximo em populações mais

numerosas para avaliar essas alterações nas células imunes.

Os conhecimentos apresentados neste estudo proporcionarão aos

profissionais da área de saúde um melhor embasamento científico para elaboração

de mais estudos relacionados à temática, facilitando o entendimento das alterações

provocadas pelo esforço físico nas células imunes.

Page 55: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

54

7. CONCLUSÕES

A realização da revisão sistemática permitiu observar, que a intervenção

aeróbia aguda promove alterações na maioria dos marcadores imunológicos

enquanto que a crônica influência em uma menor parte dos mesmos. Por outro lado,

existem divergências entre os resultados analisados nos estudos a respeito da

intervenção aguda em alguns marcadores imunológicos. Essas podem estar

relacionadas ou ao nível de condicionamento físico dos avaliados, ou à intervenção

e intensidade da mesma. Além disso, pode-se afirmar que as intervenções agudas e

crônicas modificam a maioria dos marcadores imunes, porém aspectos como, o

sexo, o uso de pílula anticoncepcional nas mulheres, capacidade física dos

investigados, o ambiente, o tipo e a intensidade destes exercícios podem interferir

nestes marcadores. Novas pesquisas devem ser realizadas levando em

consideração esses aspectos para uma melhor analise da verdadeira interferência

dos exercícios aeróbios agudos e crônicos no sistema imune.

Portanto, os resultados encontrados neste estudo permitem mostrar que o

teste incremental máximo pode promover alterações na maioria dos marcadores

imunológicos analisados. Além disso, novos estudos para analisar de forma mais

profunda essas alterações são necessárias para novas abordagens. As

modificações encontradas nos marcadores imunológicos podem se tornar

importantes ferramentas para a investigação fisiológica dos avaliados na área de

imunologia e exercício físico.

Page 56: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

55

8. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES

Desde o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

(PPGCSa) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 2010, tive

a oportunidade de vivenciar a pesquisa acadêmica. No início dessa trajetória durante

o Mestrado orientado pelo Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra, analisei a

sintomatologia dolorosa e fatores associados á qualidade de vida em professores de

academia de ginastica, sendo um estudo epidemiológico realizado com questionário

através da técnica de entrevista de várias capitais do nordeste brasileiro incluindo

Natal-RN.

Durante esse período participei de vários em congressos com a publicação

dos artigos nos anais dos mesmos. Segue abaixo os trabalhos publicados:

- Artigo publicado em 2011 na XIV SEMOC - SEMANA DE MOBILIZAÇÃO

CIENTÍFICA - O CONHECIMENTO NO LIMIAR DO SÉCULO XXI - USCSAL

SALVADOR-BA, intitulado “NÍVEIS DE ESTRESSE E OCORRÊNCIAS DE LESÕES

EM ESTUDANTES ATLETAS”;

- Artigo publicado em 2011 na XIV SEMOC SEMANA DE MOBILIZAÇÃO

CIENTÍFICA – O CONHECIMENTO NO LIMIAR DO SÉCULO XXI - USCSAL

SALVADOR-BA, intitulado “CARACTERÍSTICAS LABORAIS DOS PROFESSORES

EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA”;

- Resumo publicado em 2010 na XVIII SEMANA DE HUMANIDADES -

NATAL- RN, intitulado “SINTOMATOLOGIA DA VIGOREXIA EM PROFESSORES

DE MUSCULAÇÃO”;

Em determinado momento, durante a pesquisa do mestrado percebi que o

nível de estresse era um dos principais aspectos que interferia na dor e na qualidade

de vida dos investigados. Após esse período, surgiu o questionamento “Até que

ponto o sistema imune poderia ser modificado pelo estresse físico?”. Esse

questionamento tornou-se o ponto de partida para a elaboração do projeto de

pesquisa relacionado a essa temática. No presente momento, já existia o desejo de

avanços nas investigações relacionadas à temática da hematologia, da imunologia e

do esforço físico, mas a necessidade de ampliação da infraestrutura e de mais

recursos financeiros não permitia o desenvolvimento das investigações. Apesar

desses fatos, no ano de 2015, iniciou-se a elaboração do projeto de pesquisa

intitulado “PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS, HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS

Page 57: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

56

EM INDIVÍDUOS SUBMETIDOS AO EXERCÍCIO FÍSICO”, o qual foi submetido ao

Comitê de Ética e Pesquisa do HUOL-UFRN, sendo aprovado em setembro de

2015.

Com o meu ingresso no curso de Doutorado em Ciências da Saúde do

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde em novembro de 2015, em

fevereiro de 2016 foi dado início a um estudo piloto com o apoio do Departamento

de Educação Física, Base de pesquisa AFISA-DEF, Laboratório de Movimento

(LABMOV-DEF), Hemocentro-RN e Laboratório Integrado de Análises Clínicas

(LIAC-DFARM). Esse projeto no momento analisou a composição corporal e a

bioquímica sanguínea antes e após o teste incremental máximo de Vo2max em 16

homes e 17 mulheres. Os resultados dessas análises permitiram observações sobre

as possíveis influências do esforço físico nos marcadores hematológicos e

bioquímicos, assim como o ajuste no quantitativo da amostra que foi analisada e os

questionamentos em relação a essa interferência no sistema imune. Nesse

momento, passei a acreditar em meu potencial de investigação para a construção de

um conhecimento novo com importante potencial para a literatura cientifica.

Encontrei também vários estudos já realizados que analisavam o efeito do exercício

aeróbio no sistema imune de indivíduos sadios, porém com poucos marcadores

analisados(137–139). Esse fato demostrou a necessidade para uma maior

investigação.

Este estudo foi o primeiro a investigar os efeitos do exercício aeróbio agudo

e crônicos em todos os marcadores imunes através de uma revisão sistemática na

literatura científica em restrição ao idioma ou ano de publicação dos artigos até a

atualidade, assim como realizar uma intervenção de campo, que permitiu analisar

vários marcadores hematológicos e imunológicos pré e pós teste incremental

máximo em esteira elétrica nos investigados. Os resultados encontrados nesta

pesquisa contribuíram para um maior conhecimento na área de saúde e todos para

os profissionais que atual na prescrição do exercício físico.

O desenvolvimento dessa linha de pesquisa permitirá expandir as

investigações com a finalidade de entender a verdadeira influência dos exercícios

aeróbios na hematologia, imunologia e bioquímica dos indivíduos saudáveis. Além

disso, permitirá realizar também investigações aeróbicas crônicas sendo de 12 ou

mais semanas na mesma população investigada com planilhas de treinamento,

sendo com acompanhamento e análises periódicas das intensidades da intervenção

Page 58: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

57

que podem solucionar os questionamentos ainda sem resposta e também avaliar o

efeito do excesso desse treinamento físico. Dois estudos, sendo um em 10 semanas

e o outro em 12 com treinamentos aeróbicos no cicloergômetro por 30 a 40 minutos,

3 vezes por semana divergem em seus resultados encontrados no nos marcadores

imunes(80,81).

As produções acadêmicas confirmam a existência de novas melhorias no

metabolismo bioquímico, hematológico e no sistema imunológico que estão

vinculadas ao exercício físico, tendo os marcadores bioquímicos, hematológicos e

imunológicos como os principais fatores responsáveis pelo quadro clínico do coletivo

investigado. Esta linha de pesquisa facilitará o planejamento de ações preventivas

visando a conscientização dos profissionais dessa área da saúde sobre os

benefícios e a importância do exercício físico para a qualidade de vida e uma melhor

saúde populacional. Para dar continuidade a esta linha de investigação na

atualidade existe a vinculação desta pesquisa com a Base de Pesquisa AFISA do

Departamento de Educação Física UFRN e a participação de 2 alunos de iniciação

científica, e 1 de mestrado, todos na área de Educação Física e Saúde. Esses

participantes desenvolvem as suas investigações fazendo com que o grupo de

pesquisa avance em relação ao conhecimento do impacto do exercício aeróbio

agudo ou crônico nos marcadores imunes e bioquímicos, assim como as relações

desses com a composição corporal e a capacidade aeróbia. Firma-se através

desses fatos o compromisso com a interdisciplinaridade proposta pelo Programa de

Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFRN.

Com os resultados deste projeto pretende-se conhecer o perfil

hematológico e imune dos pesquisados, bem como detectar os benefícios das suas

associações no com exercício físico. Tais achados demonstraram para os

profissionais da área de saúde a importância e os benefícios do exercício físico na

melhoria da hematologia, assim como no sistema imunológico, sendo como meio

profilático para evitar doenças e buscar uma melhor qualidade de vida para os seres

humanos. Os resultados deste projeto serão divulgados no meio cientifico através de

artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, revistas científicas

especializadas de impacto, e apresentados em congressos científicos nacionais e

internacionais com a publicação de resumos em anais nas áreas das doenças

infecciosas, análises clínicas, entre outras. A apresentação desses resultados será

feita segundo a ordem estabelecida na análise estatística dos dados em forma de

Page 59: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

58

tabelas e gráficos que caracterizarão a frequência, a correlação e a distribuição das

variáveis dentro da amostra.

Como uma perspectiva a médio e longo prazo, pretende-se a criar de uma

linha de pesquisa para investigar as interferências dos exercícios físicos aeróbios,

resistidos e combinações entre esse nos marcadores hematológicos e imunológicos

em novas populações.

Na atualidade, existem pouquíssimos estudos experimentais com

qualidade metodológica sobre essa temática exercício físico e sistema imune. Desta

forma, observa-se que essa área do conhecimento ainda permanecerá na literatura

cientifica por bastante tempo e vários questionamentos a seu respeito necessitam

ser investigados. Assim, com o desenvolvimento estrutural e tecnológico da UFRN e,

também um maior investimento na pesquisa cientifica dentro de seus

departamentos, tornará cada vez mais possível as realizações das ações ligadas a

esta linha de pesquisa.

Page 60: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

59

9. REFERÊNCIAS

1. Barron E, Lara J, White M, Mathers JC. Blood-borne biomarkers of mortality

risk: systematic review of cohort studies. PLoS One. 2015;10(6):e0127550.

2. Brown WMC, Davison GW, Mcclean CM, Murphy MH. A Systematic Review of

the Acute Effects of Exercise on Immune and Inflammatory Indices in

Untrained Adults. Sport Med - Open [Internet]. 2015;1–10. Available from:

http://dx.doi.org/10.1186/s40798-015-0032-x

3. Barros ES, Nascimento DC, Prestes J, Nóbrega OT, Córdova C, Sousa F, et

al. Acute and chronic effects of endurance running on inflammatory markers: a

systematic review. Front Physiol. 2017;8:779.

4. Pedersen BK. Exercise and cytokines. 2000;(June):532–5.

5. Petersen AMW, Pedersen BK. The anti-inflammatory effect of exercise. J Appl

Physiol. 2005;98(4):1154–62.

6. Zieker D, Zieker J, Dietzsch J, Burnet M, Northoff H, Fehrenbach E. CDNA-

microarray analysis as a research tool for expression profiling in human

peripheral blood following exercise. Exerc Immunol Rev. 2005;11:86–96.

7. Eijkemans M, Mommers M, Jos MT, Thijs C, Prins MH. Physical activity and

asthma: a systematic review and meta-analysis. PLoS One.

2012;7(12):e50775.

8. Gleeson M. Immune function in sport and exercise. J Appl Physiol.

2007;103(2):693–9.

9. Cerwenka A, Lanier LL. Natural killer cells, viruses and cancer. Nat Rev

Immunol. 2001;1(1):41.

10. Moll H. Dendritic cells and host resistance to infection. Cell Microbiol.

2003;5(8):493–500.

11. Sandmand M, Bruunsgaard H, Kemp K al, Andersen‐Ranberg K, Pedersen AN,

Skinhøj P. Is ageing associated with a shift in the balance between Type 1 and

Type 2 cytokines in humans? Clin Exp Immunol. 2002;127(1):107–14.

12. Collaziol D, Luz C, Dornelles F, da Cruz IM, Bauer ME.

Psychoneurodendocrine correlates of lymphocyte subsets during healthy

ageing. Mech Ageing Dev. 2004;125(3):219–27.

13. Corthay A. How do regulatory T cells work? Scand J Immunol. 2009;70(4):326–

36.

14. Vignali DAA, Collison LW, Workman CJ. How regulatory T cells work. Nat Rev

Page 61: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

60

Immunol. 2008;8(7):523.

15. Sakaguchi S, Sakaguchi N, Asano M, Itoh M, Toda M. Immunologic self-

tolerance maintained by activated T cells expressing IL-2 receptor alpha-chains

(CD25). Breakdown of a single mechanism of self-tolerance causes various

autoimmune diseases. J Immunol. 1995;155(3):1151–64.

16. Furtado GC, De Lafaille MAC, Kutchukhidze N, Lafaille JJ. Interleukin 2

signaling is required for CD4+ regulatory T cell function. J Exp Med.

2002;196(6):851–7.

17. Wing K, Fehérvári Z, Sakaguchi S. Emerging possibilities in the development

and function of regulatory T cells. Int Immunol. 2006;18(7):991–1000.

18. Powrie F, Leach MW, Mauze S, Caddie LB, Coffman RL. Phenotypically

distinct subsets of CD4+ T cells induce or protect from chronic intestinal

inflammation in C. B-17 scid mice. Int Immunol. 1993;5(11):1461–71.

19. Read S, Malmström V, Powrie F. Cytotoxic T lymphocyte–associated antigen 4

plays an essential role in the function of CD25+ CD4+ regulatory cells that

control intestinal inflammation. J Exp Med. 2000;192(2):295–302.

20. Lehmann J, Huehn J, de la Rosa M, Maszyna F, Kretschmer U, Krenn V, et al.

Expression of the integrin αEβ7 identifies unique subsets of CD25+ as well as

CD25− regulatory T cells. Proc Natl Acad Sci. 2002;99(20):13031–6.

21. Fontenot JD, Gavin MA, Rudensky AY. Foxp3 programs the development and

function of CD4+ CD25+ regulatory T cells. Nat Immunol. 2003;4(4):330.

22. Bruder D, Probst‐Kepper M, Westendorf AM, Geffers R, Beissert S, Loser K, et

al. Frontline: Neuropilin‐1: a surface marker of regulatory T cells. Eur J

Immunol. 2004;34(3):623–30.

23. Žákovská A, Knechtle B, Chlíbková D, Miličková M, Rosemann T, Nikolaidis

PT. The effect of a 100-km ultra-marathon under freezing conditions on

selected immunological and hematological parameters. Front Physiol.

2017;8:638.

24. Koh Y, Park J. Cell adhesion molecules and exercise. 2018;297–306.

25. Santos VC, Sierra APR, Oliveira R, Caçula KG, Momesso CM, Sato FT, et al.

Marathon race affects neutrophil surface molecules: role of inflammatory

mediators. PLoS One. 2016;11(12):e0166687.

26. Brown WMC, Davison GW, McClean CM, Murphy MH. A systematic review of

the acute effects of exercise on immune and inflammatory indices in untrained

Page 62: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

61

adults. Sport Med. 2015;1(1):35.

27. Ibis S, Hazar S, Gokdemir K. Acute Effects of the Cellular Immune System on

Aerobic and Anaerobic Exercises. HealthMED. 2012;1248.

28. Santos VC, Levada-pires AC, Alves SR, Pithon-curi TC, Curi R, Cury-

boaventura MF. Changes in lymphocyte and neutrophil function induced by a

marathon race. 2013;(August 2011):237–43.

29. Carrera-quintanar L, Funes L, Sánchez-martos M, Martinez-peinado P,

Sempere JM, Pons A, et al. Effect of a 2000-m running test on antioxidant and

cytokine response in plasma and circulating cells. 2017;

30. Tossige-Gomes R, Ottone VO, Oliveira PN, Viana DJS, Araújo TL, Gripp FJ, et

al. Leukocytosis, muscle damage and increased lymphocyte proliferative

response after an adventure sprint race. Brazilian J Med Biol Res.

2014;47(6):492–8.

31. Shin YO, Lee JB. Leukocyte chemotactic cytokine and leukocyte subset

responses during ultra-marathon running. Cytokine. 2013;61(2):364–9.

32. Larrabee RC. Leucocytosis after violent exercise. J Med Res. 1902;7(1):76.

33. Nieman DC. Exercise , Infection , and Immunity. 1994;15(121):131–41.

34. Nieman DC, Henson DA, Gusewitch G, Warren BJ, Dotson RC, Butterworth

DE, et al. Physical activity and immune function in elderly women. Med Sci

Sports Exerc. 1993;25(7):823–31.

35. Blannin AK, Chatwin LJ, Cave R, Gleeson M. Effects of submaximal cycling

and long-term endurance training on neutrophil phagocytic activity in middle

aged men. Br J Sports Med. 1996;30(2):125–9.

36. Bieger WP, Weiss M, Michel G, Weicker H. Exercise-induced monocytosis and

modulation of monocyte function. Int J Sports Med. 1980;1(01):30–6.

37. McCarthy DA, Dale MM. The leucocytosis of exercise. Sport Med.

1988;6(6):333–63.

38. Ostrowski K, Rohde T, Asp S, Schjerling P, Pedersen BK. Pro‐and

anti‐inflammatory cytokine balance in strenuous exercise in humans. J Physiol.

1999;515(1):287–91.

39. Ostrowski K, Rohde T, Zacho M, Asp S, Pedersen BK. Evidence that

interleukin‐6 is produced in human skeletal muscle during prolonged running. J

Physiol. 1998;508(3):949–53.

40. Lancaster GL. Exercise and cytokines. Immune Funct Sport Exerc 2006th ed

Page 63: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

62

Edinburgh, UK Churchill Livingstone. 2006;205–21.

41. Kelly M, Keller C, Avilucea PR, Keller P, Luo Z, Xiang X, et al. AMPK activity is

diminished in tissues of IL-6 knockout mice: the effect of exercise. Biochem

Biophys Res Commun. 2004;320(2):449–54.

42. Ruderman NB, Keller C, Richard A-M, Saha AK, Luo Z, Xiang X, et al.

Interleukin-6 regulation of AMP-activated protein kinase: potential role in the

systemic response to exercise and prevention of the metabolic syndrome.

Diabetes. 2006;55(Supplement 2):S48–54.

43. Nieman DC, Nehlsen-Cannarella SL, Fagoaga OR, Henson DA, Utter A, Davis

JM, et al. Influence of mode and carbohydrate on the cytokine response to

heavy exertion. Med Sci Sports Exerc. 1998;30(5):671–8.

44. Nieman DC, Davis JM, Henson DA, Walberg-Rankin J, Shute M, Dumke CL, et

al. Carbohydrate ingestion influences skeletal muscle cytokine mRNA and

plasma cytokine levels after a 3-h run. J Appl Physiol. 2003;94(5):1917–25.

45. Pedersen BK, Febbraio MA. Muscle as an endocrine organ: focus on muscle-

derived interleukin-6. Physiol Rev. 2008;88(4):1379–406.

46. Frydelund‐Larsen L, Penkowa M, Akerstrom T, Zankari A, Nielsen S, Pedersen

BK. Exercise induces interleukin‐8 receptor (CXCR2) expression in human

skeletal muscle. Exp Physiol. 2007;92(1):233–40.

47. Larsen AI, Aukrust P, Aarsland T, Dickstein K. Effect of aerobic exercise

training on plasma levels of tumor necrosis factor alpha in patients with heart

failure. Am J Cardiol. 2001;88(7):805–8.

48. Mattusch F, Dufaux B, Heine O, Mertens I, Rost R. Reduction of the plasma

concentration of C-reactive protein following nine months of endurance

training. Int J Sports Med. 2000;21(01):21–4.

49. Nieman DC. Exercise immunology: practical applications. Int J Sports Med.

1997;18(S 1):S91–100.

50. Peters EM. Exercise, immunology and upper respiratory tract infections. Int J

Sports Med. 1997;18(S 1):S69–77.

51. Nieman DC and, Nehlsen-Cannarella SL. The immune response to exercise.

Semin Hematol. 1994 Apr;31(2):166–79.

52. Pedersen BK, Ullum H. NK cell response to physical activity: possible

mechanisms of action. Med Sci Sports Exerc. 1994;26(2):140–6.

53. Pedersen BK, Hoffman-goetz L. Exercise and the Immune System : Regulation

Page 64: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

63

, Integration , and Adaptation IMMUNE SYSTEM. 2018;80(3):1055–81.

54. Davis JM, Murphy EA, Brown AS, Carmichael MD, Ghaffar A, Mayer EP.

Effects of moderate exercise and oat β-glucan on innate immune function and

susceptibility to respiratory infection. Am J Physiol Integr Comp Physiol.

2004;286(2):R366–72.

55. Santos RVT, Caperuto ÉC, Rosa LFBPC. Effects of acute exhaustive physical

exercise upon glutamine metabolism of lymphocytes from trained rats. Life Sci.

2007;80(6):573–8.

56. Kohut ML, Davis JM, Jackson DA, Colbert LH, Strasner A, Essig DA, et al. The

role of stress hormones in exercise-induced suppression of alveolar

macrophage antiviral function. J Neuroimmunol. 1998;81(1–2):193–200.

57. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for

systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern

Med. 2009;151(4):264–9.

58. Brasil Ministry of Health. Protect and care for adolescent health in primary care.

Secretary of Health Care. Department of Programmatic and Strategic Actions.;

2018.

59. Chen Y, Zhang Y, Zhao G, Chen C, Yang P, Ye S, et al. Difference in

leukocyte composition between women before and after menopausal age, and

distinct sexual dimorphism. PLoS One. 2016;11(9):e0162953.

60. Giefing‐Kröll C, Berger P, Lepperdinger G, Grubeck‐Loebenstein B. How sex

and age affect immune responses, susceptibility to infections, and response to

vaccination. Aging Cell. 2015;14(3):309–21.

61. Nieman DC, Henson DA, Smith LL, Utter AC, Vinci DM, Davis JM, et al.

Cytokine changes after a marathon race. J Appl Physiol. 2001;91(1):109–14.

62. Barros ES, Nascimento DC, Prestes J, Nóbrega OT, Córdova C, Sousa F, et

al. Acute and chronic effects of endurance running on inflammatory markers: A

systematic review. Front Physiol. 2017;8(OCT).

63. Mooren FC, Bloming D, Lechtermann A, Lerch MM, Volker K. Lymphocyte

apoptosis after exhaustive and moderate exercise. J Appl Physiol.

2002;93(1):147–53.

64. Higgins JPT, Altman DG, Gøtzsche PC, Jüni P, Moher D, Oxman AD, et al.

The Cochrane Collaboration’s tool for assessing risk of bias in randomised

trials. Bmj. 2011;343:d5928.

Page 65: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

64

65. De Carvalho, A. VS and AG. Bias risk assessment of randomized controlled

trials using the Cochrane collaboration tool. Diagnostic Treat J. 2013;18(1):38–

44.

66. Higgins JP and SG. Cochrane handbook for systematic reviews of

interventions [Internet]. John Wiley & Sons; 2011. Available from:

https://training.cochrane.org/handbook

67. Sounis E. Bio estatística; princípios fundamentais, metodologia estatística.

Aplicação às Ciências Biológicas. In: Bio estatística; princípios fundamentais,

metodologia estatística Aplicação às Ciências Biológicas. 1971.

68. Dancey CP, Reidy JG, Rowe R. Estatística sem matemática para as ciências

da saúde. Penso Editora; 2017.

69. Júnior CAM. Questões em bioestatística: o tamanho da amostra. Rev

Interdiscip Estud Exp e Humanos Interdiscip J Exp Stud. 2009;1(1).

70. Thomas S, Reading J, Shephard RJ. Revision of the physical activity readiness

questionnaire (PAR-Q). Can J Sport Sci. 1992;

71. Matsudo S, Araújo T, Marsudo V, Andrade D, Andrade E, Braggion G.

Questinário internacional de atividade f1sica (IPAQ): estudo de validade e

reprodutibilidade no Brasil. Rev bras ativ fís saúde. 2001;5–18.

72. Craig CL, Marshall AL, Sjöström M, Bauman AE, Booth ML, Ainsworth BE, et

al. International physical activity questionnaire: 12-country reliability and

validity. Med Sci Sport Exerc. 2003;35(8):1381–95.

73. Borg GA. Psychophysical bases of perceived exertion. Med sci Sport Exerc.

1982;14(5):377–81.

74. Howley ET, Bassett DR, Welch HG. Criteria for maximal oxygen uptake: review

and commentary. Med Sci Sports Exerc. 1995;27:1292.

75. Santagostino A, Garbaccio G, Pistorio A, Bolis V, Camisasca G, Pagliaro P, et

al. An Italian national multicenter study for the definition of reference ranges for

normal values of peripheral blood lymphocyte subsets in healthy adults.

Haematologica. 1999;84(6):499–504.

76. Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. Routledge;

2013.

77. Hopkins W, Marshall S, Batterham A, Hanin J. Progressive statistics for studies

in sports medicine and exercise science. Med Sci Sport Exerc. 2009;41(1):3.

78. Moyna NM, Acker GR, Weber KM, Fulton JR, Robertson RJ, Goss FL, et al.

Page 66: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

65

Exercise-induced alterations in natural killer cell number and function.

1996;227–33.

79. Moyna NM, Acker GR, Weber KM, Fulton JR, Goss FL, Robertson RJ, et al.

The effects of incremental submaximal exercise on circulating leukocytes in

physically active and sedentary males and females. Eur J Appl Physiol Occup

Physiol. 1996;74(3):211–8.

80. Laperriere A, Antoni MH, Ironson G, Periy A, Mccabe P, Klimas N. Effects of

Aerobic Exercise Training on Lymphocyte Subpopulations. 1994;5–8.

81. Mitchell B, Pizza FX, Starling RD, Holtz RW, Crandjean PW. The Effect of

Moderate Aerobic Training on Lymphocyte Proliferation. 1996;(26):384–9.

82. Akerstrom T, Steensberg A, Keller P, Keller C, Penkowa M, Pedersen BK.

skeletal muscle et ra ct et ra ct. 2005;2:507–16.

83. Scharhag J, Meyer T, Gabriel HHW, Schlick B, Faude O, Kindermann W. Does

prolonged cycling of moderate intensity affect immune cell function? Br J

Sports Med. 2005;39(3):171–7.

84. Green KJ, Rowbottom DG, Mackinnon LT. Exercise and T-lymphocyte function:

a comparison of proliferation in PBMC and NK cell-depleted PBMC culture. J

Appl Physiol. 2002;92(6):2390–5.

85. Nehlsen-Cannarella SL, Nieman DC, Jessen J, Chang L, Gusewitch G, Blix

GG, et al. The effects of acute moderate exercise on lymphocyte function and

serum immunoglobulin levels. Int J Sports Med. 1991;12(04):391–8.

86. Nieman DC, Jessen J, Chang L, Gusewitch G, B GG, Ashley E, et al. The

Effects of Acute Moderate Exercise on Lymphocyte Function and Serum

Immunoglobulin Levels. 1991;12:391–8.

87. Gabriel HHW, Kindermann W. Adhesion molecules during immune response to

exercise 1. 1998;523:512–23.

88. Ronsen O, Lea T, Bahr R, Pedersen BK. Enhanced plasma IL-6 and IL-1ra

responses to repeated vs. single bouts of prolonged cycling in elite athletes. J

Appl Physiol. 2002;92(6):2547–53.

89. Edwards KM, Burns VE, Ring C, Carroll D. Individual differences in the

interleukin-6 response to maximal and submaximal exercise tasks. J Sports

Sci. 2006;24(8):855–62.

90. Gannon GA, Rhind SG, Shek PN. Differential cell adhesion molecule

expression and lymphocyte mobilisation during prolonged aerobic exercise.

Page 67: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

66

2001;272–82.

91. Kurokawa Y, Shinkai S, Torii J, Hino S, Shek PN. Exercise-induced changes in

the expression of surface adhesion molecules on circulating granulocytes and

lymphocytes subpopulations. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1995;71(2–

3):245–52.

92. Tzai-li Li and Pei-yun Cheng. Alterations of immunoendocrine responses

during the recovery period after acute prolonged cycling. 2007;539–46.

93. Barros ES, Nascimento DC, Prestes J, Nóbrega OT. Acute and Chronic Effects

of Endurance Running on Inflammatory Markers : A Systematic Review.

2017;8(October).

94. Rowlands DS, Aboud EPA. Oxidative stress , inflammation , and muscle

soreness in an 894-km relay trail run. 2012;1839–48.

95. Morgado JM, Rama L, Silva I, de Jesus Inácio M, Henriques A, Laranjeira P, et

al. Cytokine production by monocytes, neutrophils, and dendritic cells is

hampered by long-term intensive training in elite swimmers. Eur J Appl Physiol.

2012;112(2):471–82.

96. Morgado JP, Monteiro CP, Matias CN, Alves F, Pessoa P, Reis J, et al. Sex-

based effects on immune changes induced by a maximal incremental exercise

test in well-trained swimmers. J Sports Sci Med. 2014;13(3):708.

97. Klein SL, Flanagan KL. Sex differences in immune responses. Nat Rev

Immunol. 2016;16(10):626.

98. Gough L, Penfold RS, Godfrey RJ, Castell L. The immune response to short-

duration exercise in trained, eumenorrhoeic women. J Sports Sci.

2015;33(13):1396–402.

99. Medeiros SF de, Maitelli A, Nince APB. Effects of the menopause hormone

therapy on the immune system. Rev Bras Ginecol e Obs. 2007;29(11):593–

601.

100. Timmons BW, Hamadeh MJ, Devries MC, Tarnopolsky MA. Influence of

gender, menstrual phase, and oral contraceptive use on immunological

changes in response to prolonged cycling. J Appl Physiol. 2005;99(3):979–85.

101. Farhangimaleki N, Zehsaz F, Tiidus PM. The effect of tapering period on

plasma pro-inflammatory cytokine levels and performance in elite male cyclists.

2009;(August):600–6.

102. Su S, Jen CJ, Chen H. Biochemical and Biophysical Research

Page 68: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

67

Communications NO signaling in exercise training-induced anti-apoptotic

effects in human neutrophils. Biochem Biophys Res Commun [Internet].

2011;405(1):58–63. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.bbrc.2010.12.123

103. Mário J, Luís M, Isabel R, Maria S, Inácio DJ, Henriques A, et al. Cytokine

production by monocytes , neutrophils , and dendritic cells is hampered by

long-term intensive training in elite swimmers. 2012;471–82.

104. Patlar S. Effects of acute and 4-week submaximal exercise on leukocyte and

leukocyte subgroups. 2010;18:145–8.

105. SATO H, SUZUKI K, NAKAJI S, SUGAWARA K, TOTSUKA M, SATO K.

Effects of acute endurance exercise and 8 week training on the production of

reactive oxygen species from neutrophils in untrained men. Nippon Eiseigaku

Zasshi (Japanese J Hyg. 1998;53(2):431–40.

106. LaVoy E, Lowder T, Simpson R. Acute exercise alters the Type 1/Type 2

cytokine balance in both low (CD27+) and highly (CD27-) differentiated subsets

of CD4+ and CD8+ T cells (117.23). Am Assoc Immnol; 2011.

107. Díaz, V.; Montalvo Z, Banfi G. White blood cell counts in elite triathletes over

four consecutive seasons. 2011;893–4.

108. Pedersen BK. Influence of Physical Activity on the Cellular Immune System :

Mechanisms of Action. 1991;(18).

109. Pedersen BK, Hoffman-Goetz L. Exercise and the immune system: regulation,

integration, and adaptation. Physiol Rev. 2000;80(3):1055–81.

110. Nieman DC, Pedersen BK. Recent Developments. 1999;27(2):73–80.

111. Walsh NP, Gleeson M, Shephard RJ, Jeffrey MG, Woods A, Bishop NC, et al.

Part one : Immune function and exercise. 2011;6–63.

112. Pedersen BK, Rohde T, Ostrowski K. Recovery of the immune system after

exercise. Acta Physiol Scand. 1998;162(3):325–32.

113. Maltseva D V, Sakharov DA, Tonevitsky EA, Tonevitsky AG. Killer cell

immunoglobulin-like receptors and exercise. 2011;150–63.

114. Suzuki K. Cytokine response to exercise and its modulation. Antioxidants.

2018;7(1):17.

115. Auersperger I, Knap B, Jerin A, Lainscak M, Skitek M, Skof B. The effects of 8

weeks of endurance running on hepcidin concentrations, inflammatory

parameters, and iron status in female runners. Int J Sport Nutr Exerc Metab.

Page 69: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

68

2012;22(1):55–63.

116. Witard OC, Turner JE, Jackman SR, Tipton KD, Jeukendrup AE, Kies AK, et al.

High-intensity training reduces CD8+ T-cell redistribution in response to

exercise. Med Sci Sport Exerc. 2012;44(9):1689–97.

117. Lira FS, Santos T, Caldeira RS, Inoue DS. Short-Term High- and Moderate-

Intensity Training Modifies Inflammatory and Metabolic Factors in Response to

Acute Exercise. 2017;8(October):1–8.

118. Suzuki K, Nakaji S, Yamada M, Liu Q, Kurakake S, OKAMURA N, et al. Impact

of a competitive marathon race on systemic cytokine and neutrophil responses.

Med Sci Sport Exerc. 2003;35(2):348–55.

119. Lippi G, Banfi G, Montagnana M, Salvagno GL, Schena F, Guidi GC. Acute

variation of leucocytes counts following a half-marathon run. 2010;117–21.

120. Lippi G, Salvagno GL, Danese E, Skafidas S, Tarperi C, Guidi GC, et al. Mean

Platelet Volume ( MPV ) Predicts Middle Distance Running Performance.

2014;9(11):8–13.

121. Martínez AC, Martorell Pons M, Sureda Gomila A, Tur Marí JA, Pons Biescas

A. Changes in circulating cytokines and markers of muscle damage in elite

cyclists during a multi‐stage competition. Clin Physiol Funct Imaging.

2015;35(5):351–8.

122. Malm C, Ekblom Ö, Ekblom B. Immune system alteration in response to

increased physical training during a five day soccer training camp. Int J Sports

Med. 2004;25(06):471–6.

123. Heisterberg MF, Fahrenkrug J, Krustrup P, Storskov A, Kjær M, Andersen JL.

Extensive monitoring through multiple blood samples in professional soccer

players. J Strength Cond Res. 2013;27(5):1260–71.

124. Rebelo AN, Candeias JR, Fraga MM, Duarte JAR, Soares JMC, Magalhaes C,

et al. The impact of soccer training on the immune system. J Sports Med Phys

Fitness. 1998;38(3):258–61.

125. Córdova A, Sureda A, Tur JA, Pons A. Immune response to exercise in elite

sportsmen during the competitive season. 2010;1–6.

126. Hofmann P, Tschakert G. Intensity-and duration-based options to regulate

endurance training. Front Physiol. 2017;8:337.

127. Nieman DC, Pedersen BK. Exercise and immune function. Sport Med.

1999;27(2):73–80.

Page 70: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

69

128. Nieman DC, Brendle D, Henson DA, Suttles J, Cook VD, Warren BJ, et al.

Immune function in athletes versus nonathletes. Int J Sports Med.

1995;16(05):329–33.

129. Pedersen BK, Toft AD. Effects of exercise on lymphocytes and cytokines. Br J

Sports Med. 2000;34(4):246–51.

130. Cabot RC, Blake JB, Hubbard JC. II. Studies of the Blood in its Relation to

Surgical Diagnosis. Ann Surg. 1901;34(3):361.

131. Nieman DC, Henson DA. Role of endurance exercise in immune senescence.

Med Sci Sports Exerc. 1994;26(2):172–81.

132. Uchakin PN, Gotovtseva EP, Stray-Gundersen J. Immune and neuroendocrine

alterations in marathon runners. J Appl Res. 2003;3(4):483–94.

133. Detrick B, Hamilton RG, Folds JD. Manual of Molecular and Clinical Lab

Immunology. American Society for Microbiology Press; 2006.

134. Marketon JIW, Glaser R. Stress hormones and immune function. Cell Immunol.

2008;252(1–2):16–26.

135. Habbal OA, Al-Jabri AA. Circadian rhythm and the immune response: a review.

Int Rev Immunol. 2009;28(1–2):93–108.

136. Scheiermann C, Kunisaki Y, Frenette PS. Circadian control of the immune

system. Nat Rev Immunol. 2013;13(3):190.

137. Martina B, Schreck M, Droste C, Roskamm H, Tichelli A, Speck B. Physiologic

exercise-induced lymphocytosis. Ann Hematol. 1990;60(4):255–6.

138. Rehman J, Mills PJ, Carter SM, Chou J, Thomas J, Maisel AS. Dynamic

exercise leads to an increase in circulating ICAM-1: further evidence for

adrenergic modulation of cell adhesion. Brain Behav Immun. 1997;11(4):343–

51.

139. Singh A, Zelazowska EB, Petrides JS, Raybourne RB, Sternberg EM, Gold

PW, et al. Lymphocyte subset responses to exercise and glucocorticoid

suppression in healthy men. Med Sci Sports Exerc. 1996;28(7):822–8.

Page 71: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

APÊNDICES

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

APÊNDICE B - ANAMNESE

APÊNDICE C - Guia do Avaliador

Page 72: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

1

HHUUOOLL

APÊNDICE - A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: “PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS, HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS EM INDIVÍDUOS SUBMETIDOS AO EXERCÍCIO FÍSICO”. O(a) Sr(a) está sendo convidado(a) a participar voluntariamente deste projeto. Justificativa e objetivos da pesquisa: Diversas pesquisas já realizadas apontam para a influência dos exercícios físicos nos exames laboratoriais (dosagens bioquímicas e exames hematológicos e imunológicos), o que justifica o presente estudo. Trata-se de uma pesquisa relevante, pois tem o objetivo de identificar a relação entre os perfis laboratoriais acima citados em indivíduos praticantes de exercício físico. Participação no projeto: Sua participação neste estudo será de acordo com as normas da Resolução 466/12 da CONEP/CNS sendo totalmente voluntária e podendo recusar-se a fazer parte do mesmo ou interromper em qualquer etapa se julgar conveniente sem nenhum prejuízo para você mesmo. A pesquisa consistirá de uma entrevista de natureza confidencial, avaliação física, teste de ergoespirometria na presença de um educador físico e/ ou medico, coleta sanguínea em três etapas e treinamento físico de caminhada e corrida devidamente monitorado. Desconfortos, riscos e benefícios: A pesquisa oferece risco mínimo para os participantes do estudo. Para a proteção dos mesmos, os pesquisadores só realizarão as avaliações e treinamentos físicos nos sujeitos em perfeitas condições de saúde. Durante esta pesquisa, você poderá apresentar dores musculares, durante ou após os exercícios, e sensação de cansaço que devem desaparecer após algumas horas após o termino da secção de exercício. A coleta de sangue oferecerá um pequeno desconforto no local da punção, podendo aparecer hematomas no local após a punção para coleta que regredirá no tempo máximo de semana. Entretanto, você realizará os exames e testes físicos em condições laboratoriais estritamente controladas com procedimentos tecnicamente bem executados por uma equipe especializada e terá um acompanhamento com segurança através dos educadores físicos, durantes as sessões de treinamentos físicos. Como benefício, por meio desta pesquisa você terá a oportunidade de saber como o seu próprio organismo se ajusta diante de um período de treinamento físico, alem de realizar de exames laboratoriais especializados sem nenhum ônus para o sujeito de pesquisa (participante voluntário), tendo acesso a todos resultados de todas as avaliações físicas e dos exames laboratoriais. Confidencialidade do estudo: As pessoas que queiram participar da pesquisa terão garantia de que seu anonimato e privacidade serão mantidos, tendo um local reservado para a conversa entre o pesquisador e o (a) pesquisado (a), livre da escuta e observação das demais pessoas, garantindo o sigilo e confidencialidade da entrevista, durante e após a aplicação dos testes. Caso a participação no estudo for autorizada, os resultados dos exames, tão logo sejam analisados, ficarão sob a guarda dos pesquisadores em local

Page 73: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

2

sigiloso. Será respeitada a integridade física, psíquica, moral, social, cultural e espiritual do sujeito pesquisado, sendo o mesmo indenizado caso aconteça qualquer dano decorrente da pesquisa. Forma de acompanhamento: O pesquisador responsável pelo desenvolvimento deste projeto está de acordo com a Resolução 466/12 da CONEP/CNS. Durante e após o término dessa pesquisa você receberá toda assistência e acompanhamento por parte da equipe responsável pela pesquisa, podendo entrar em contato com o Professor Mr. Ciro Alexandre Mercês Gonçalves, através do telefone (084-996457319) e no Laboratório do Movimento (LABMOV) localizado no Departamento de Educação Física da UFRN pelo telefone (084-3215-3455). Se algum dano ocorrer decorrente da pesquisa toda assistência lhe será assegurada pelo pesquisador e pela instituição. Ressarcimento de despesas: A participação na pesquisa não será remunerada em nenhum momento. Todo custo relacionado ao transporte e uniforme para a realização dos testes e treinamentos físicos será de responsabilidade do participante. Ocorrendo eventuais danos físico ou psicológico decorrente da pesquisa, o mesmo será devidamente indenizado pelo pesquisador responsável deste projeto. Comitê de Ética: Este projeto foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP/HUOL) localizado na Av. Nilo Peçanha, 620, Petrópolis, CEP 59.012-300 Nata/RN. Telefone: 3342-5003. E-mail: [email protected] onde informações adicionais poderão ser obtidas.

CONSENTIMENTO PARA PARTICIPAÇÃO Estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Fui devidamente esclarecido(a) quanto aos objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido(a) e dos possíveis riscos que possam ocorrer. Foram garantidos esclarecimentos que eu venha a solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação a qualquer momento, sem que minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família. A minha participação na pesquisa não implicará em custos ou prejuízos adicionais, sejam eles de caráter econômico, social, psicológico ou moral. Foi-me garantido o anonimato, o sigilo dos dados referentes à minha identificação e o compromisso de que serei contatado(a) para avaliação de estudo futuro usando as amostras biológicas obtidas. Participante da pesquisa. Nome:_______________________________________________ Assinatura: ______________________________________________________

Natal, RN ______/__________________/ 201___.

Page 74: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

3

COMPROMISSO DO INVESTIGADOR Eu discuti as questões acima com o(a) paciente participante do presente estudo ou com seus responsáveis legais. É minha convicção que o paciente entende os riscos, benefícios e obrigações relacionados com este projeto. Pesquisador responsável Nome: Ms. Ciro Alexandre Mercês Gonçalves. Rua José Firmino dos Santos, 76, Apto 104, Capim Macio. Natal/RN. E_mail: [email protected] Assinatura e carimbo: ______________________________________

Natal, RN ______/__________________/ 201___.

Page 75: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

1

APENDICE - B ANAMNESE DADOS PESSOAIS NOME: ___________________________________________________SEXO: _________ ESTADO CIVIL: _______________DATA DE NASC: ___ / ___ /______ IDADE: ____ PROFISSÃO: _____________________________ PLANO DE SAÚDE: _____________ END: ____________________________________________________________________ CEP: _____________________RG: ____________________ CPF: __________________ Nº FILHOS: ______ TEL RESIDENCIAL: _______________ CELULAR: ___________ TEL COMERCIAL: __________________ HISTÓRICO DE SAÚDE PREVENTIVA Você tem hoje alguma dor ou alguma queixa física? ( ) Não ( ) Sim. Relate o que sente?__________________________________________ Possui alguma patologia já diagnosticada? ( ) Não ( ) Sim. Qual?___________________________________________ Faz uso regular de algum Medicamento? ( ) Não ( ) Sim. Qual?____________________________________________ Sofre de alguma alergia? ( ) Não ( ) Sim. Qual?__________________________________________________________ Já fez alguma cirurgia? ( ) Não ( ) Sim. Qual?___________________________ Quando?_________________________ Faz exames complementares: No exame sanguíneo podemos constatar distúrbios como:

Colestero (LDL) alto, Colesterol (HDL) demasiadamente baixo, Glicose Alta ( que pode ser indício de diabetes), HIV, Anemia ou Hemofilia. Possui algums desses distúrbios? s/n qual? ______________________________________

HÁBITOA PESSOAIS

Você fuma? ( ) Não ( ) Sim. a) Há quanto tempo e quantos por dia?.__________________________ Consome bebidas alcoólicas? ( ) Não ( ) Sim. a) Quantas vezes por semana?_______________________________ Faz uso de alguma outra substância química? ( ) Não ( ) Sim. a) Qual e com que freqüência?_______________________________ Considera-se uma pessoa estressada? ( ) Não ( ) Sim. a) Por que?______________________________________________ Como é seu sono e quantas horas dorme por noite?_____________________________

HISTÓRICO ATLÉTICO

Você tem realizado Exercícios Físicos atualmente? ( ) Não ( ) Sim

a) Há quanto tempo está inativo? ______________________________________________ b) Qual o motivo de não praticar exercícios físicos?________________________________ a) Há quanto tempo?________________________________________________________

Page 76: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

2

b) Quais os Exercícios Físicos que vem realizando?_______________________________ c) Quantas vezes na semana? (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Qual o seu objetivo com a pratica de exercício físico?________________________________________________________

Qual o horário de preferência para freqüentar a Academia? ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite Assinale o tipo de aula que prefere? ( ) Musculação ( ) Ginástica ( ) Jazz ( ) Swing Baiano ( ) Capoeira ( ) Bike

HISTÓRICO FAMILIAR

Na sua família, existe alguém com alguma Patologia? ( ) Não ( ) Sim a) Qual Patologia?_______________________ b) Quem é dos familiares?__________________________ c) Qual a idade?___________ Houve na família algum óbito com menos de 40 anos de idade, por infarto Agudo do Miocárdio, Derrame Cerebral, Hipertensão, Diabetes ou outras patologias? ( ) Não ( ) Sim a) Qual Patologia?___________________________b) Quem é dos familiares?__________________c) Qual a idade?_____

HÁBITOS ALIMENTARES

Realiza algum tipo de dieta? ( ) Não ( ) Sim a) Qual o tipo de dieta ou qual a Nutricionista responsável?_______________________. Você trabalha em média quantas horas por dia?__________________________.

Termo de Responsabilidade

Portanto eu, ____________________________________________________,. portador do R. G. ________________________, me responsabilizo por todas as atitudes relacionadas ao treinamento físico que sejam tomadas sem a aprovação do profissional responsável pelo programa de exercícios físicos e por qualquer acontecimento que se relacione à informações não mencionadas neste documento. Confirmo estas informações. Natal , _____de ________________________de ___________. ___________________________________________ Assinatura

Page 77: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

1

APÊNDICE - C

GUIA DO AVALIADOR Nome: Data: Idade: Telefones p/ contato: Assistência médica: Questionário PAR-Q – Liberação ou não para a atividade física

QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 SIM NÃO Avaliação Antropométrica e Cardiovascular

Altura FC repouso Peso PA

Avaliação da Composição Corporal (DEXA)

Região

Tecido (%) gordura (tecidos moles +

gordura)

Massa total (Kg)

Região (%) gordura- (Só

gordura)

Tecido (g) Tecidos moles

Gordo (g)- só

gordura

Magro (g) - musculo

BMC (g)

Tecido ósseo

gordura (g) - osso

+ músculo

Braços

Pernas

Tronco

Andróide

Ginóide

Total

Densitometria óssea

Região BMD (g/cm²)

Cabeça

Braços

Pernas

Tronco

Costelas

Coluna

Pelve

Total

Page 78: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

2

Teste ergométrico (VO2max)

Resumo do resultado Avaliado/previsto

Limiar Anaeróbio (LA): Ponto de Comp. Resp (Limiar II):

Esforço Máximo: Calorimetria:

Registro da PAS/PAD e Borg:

PAS/PAD Inicial:

PAS/PAD Pós teste:

Variação PAS: Variação PAD:

Observações: ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Pesquisador Responsável___________________________________________________________________

VO2 máx (ml/kg.min):

FCmáx (bpm):

Potência Max (W):

Potência rel (w/kg)

Duração da prova:

Distância percorrida

(Km):

Tabela AHA:

Máximo Avaliado Previsto % Unidade

FC bpm

VO2 (STPD)

ml/

Kg.min

VO2/FC ml/b

VE BTPS

l/min

Tempo:

Estágio:

FC:

%FCmáx:

Pot.Abs:

Pot Rel:

VO2 abs:

VO2 Rel:

%VO2máx:

Tempo:

Estágio:

FC:

%FCmáx:

Pot.Abs:

Pot Rel:

VO2 abs:

VO2 Rel:

%VO2máx:

Tempo:

Estágio:

FC:

%FCmáx:

Pot.Abs:

Pot Rel:

VO2 abs:

VO2 Rel:

%VO2máx:

Gordura (Kcal e gr):

Carboidrato (kcal e gr):

Total (kcal e gr):

Tempo do teste Borg

3:00

5:00

6:00

7:00

8:00

9:00

10:00

11:00

12:00

Page 79: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

ANEXOS

ANEXO A – Questionário Physical Activity Readiness: Questionnarie (PAR-Q)

ANEXO B – Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ)

ANEXO C – Escala de percepção subjetiva do esforço de BORG

ANEXO D – Parecer do projeto: HOSPITAL UNIVERSITÁRIOONOFRE LOPES-

HUOL/UFRN

ANEXO E – E-mail do aceite do artigo para publicação

ANEXO F – Artigo publicado na revista

Page 80: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

ANEXO - A

PAR Q - Physical Activity Readiness Questionnarie Questionário PAR-Q - Liberação para atividade física

Responda (S/N)

a. Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria

realizar atividade física supervisionada por profissionais de saúde?

b. Você sente dor no peito quando pratica atividade física?

c. No último mês, você sentiu dor no peito quando praticava atividade física?

d. Você apresenta desequilíbrio devido a tontura e/ou perda de consciência?

e. Você possui algum problema ósseo ou articular que poderia ser piorado pela atividade

física?

f. Você ultimamente toma algum medicamento para a pressão arterial e/ou problema de

coração?

g. Sabe de alguma outra razão pela qual você não deva realizar atividade física?

RESULTADO:

Declaração de Responsabilidade

Estou ciente das propostas da pesquisa e dos eventos que estou participando e dos

eventos, assumindo a veracidade das informações prestadas no questionário “PAR Q”.

Local e data: Nome completo: Assinatura:__________________________________________

Page 81: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÙDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LABORATÓRIO DO MOVIMENTO (LABMOV)

1

Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) ANEXO – B Nome:_____________________________________________________ Data: ___/ ___ / ___ Idade : ____ Sexo: F ( ) M ( ) Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não Quantas horas você trabalha por dia: _________ Qual o último nível de escolaridade que você completou: _______ De forma geral sua saúde está: ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo realizado em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender nosso nível de atividade física em relação às pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gastou fazendo atividade física na semana passada. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades cotidianas dentro ou fora de casa. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação ! Para responder as questões lembre que: atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande

esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal e você tem muita dificuldade para conversar durante a atividade.

atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal, mas você consegue conversar durante a atividade.

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez: 1a Em quantos dias da última semana você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício? dias _____ na SEMANA ( ) Nenhum

Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ)

Page 82: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÙDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LABORATÓRIO DO MOVIMENTO (LABMOV)

2

1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou caminhando por dia? ______ Minutos 2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar volei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA) dias _____ na SEMANA ( ) Nenhum 2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? ______ Minutos 3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração. dias _____ na SEMANA ( ) Nenhum 3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? ______ Minutos.

Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ)

CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA IPAQ

Page 83: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÙDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LABORATÓRIO DO MOVIMENTO (LABMOV)

3

1 - SEDENTÁRIO: Não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana. 2 - INSUFICIENTEMENTE ATIVO: Realiza atividade física por pelo menos 10 minutos por semana, porém insuficiente para ser classificado como ativo. Pode ser dividido em dois grupos:

A)Atinge pelo menos um dos critérios da recomendação:

a) Freqüência: 5 vezes /semana OU b) Duração: 150 min / semana

B) Não atingiu nenhum dos critérios da recomendação

3 - ATIVO: Cumpriu as recomendações:

a) VIGOROSA: 3x/sem e 20 minutos por sessão b) MODERADA OU CAMINHADA: 5x/sem e 30 minutos por sessão c) Qualquer atividade: 5x/sem e 150 minutos/sem

4 - MUITO ATIVO: Cumpriu as recomendações e:

a) VIGOROSA: 5x/sem e 30 minutos por sessão OU b) VIGOROSA: 3x/sem e 20 minutos por sessão + MODERADA e/ou

CAMINHADA: 5x/sem e 30 minutos por sessão

Page 84: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

ANEXO – C

ESCALA DE PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO

(BORG, 1982)

Page 85: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

HOSPITAL UNIVERSITÁRIOONOFRE LOPES-HUOL/UFRN

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador:

Título da Pesquisa:

Instituição Proponente:

Versão:

CAAE:

PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS, HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS EMINDIVÍDUOS SUBMETIDOS AO EXERCÍCIO FÍSICO

CIRO ALEXANDRE MERCÊS GONÇALVES

Pós-Graduação em Ciências da Saúde

2

47014415.9.0000.5292

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 1.252.034

DADOS DO PARECER

Este projeto tem como objetivo investigar o status do sistema inune em indivíduos sedentários,

moderadamente ativos e atletas submetidos ao exercício físico. Será realizada uma avaliação física, um

teste de ergoespirômetria e uma coleta sanguínea nos participantes do estudo no momento inicial, após 12

e 24 semanas da intervenção. A monitoração dos mesmos durante a intervenção com exercício físico será

feita através da

mensuração dos batimentos cardíacos antes, durante e após cada sessão. Paralelamente será realizado o

estudo do perfil imunológico, hematológico e bioquímico com hemograma, contagem de plaquetas,

imunofenotipagem dos linfócitos, além das atividades nas células NK por citometria de fluxo e dosagem

citocinas antes e após a realização do teste de ergoespirômetria nos grupos investigados.

Apresentação do Projeto:

Este projeto tem como objetivo geral investigar a influência do exercício físico no status do sistema inume

em indivíduos sedentários, moderadamente ativos e atletas.

Objetivo da Pesquisa:

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA SAUDE PUBLICAPós-Graduação em Ciências da SaúdeUniversidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNDepartamento de Educação Física

Patrocinador Principal:

59.012-300

(84)3342-5003 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Avenida Nilo Peçanha, 620 - 3º subsoloPetrópolis

UF: Município:RN NATALFax: (84)3202-3941

Página 01 de 04

cliente
Typewriter
ANEXO - D
cliente
Arrow
cliente
Arrow
cliente
Arrow
Page 86: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

HOSPITAL UNIVERSITÁRIOONOFRE LOPES-HUOL/UFRN

Continuação do Parecer: 1.252.034

Riscos: Considerando-se os aspectos éticos, segundo a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde, este

estudo terá o caráter exploratório feito através de questionários de pesquisa no qual o individuo pesquisado

terá que responder a questões abertas e de múltipla escolha, coletas sanguíneas, testes físicos e

treinamentos físicos. O participante do mesmo será esclarecido de tudo que ocorrerá desde o inicio até o

final da pesquisa através do termo de consentimento livre e esclarecido. Afirma-se que para minimizar os

riscos mínimos imediatos ou tardios existentes nesta pesquisa que possam prejudicar o indivíduo ou o

coletivo investigado nos seus aspectos físicos, psicológicos ou sociais serão adotados procedimentos e

medidas clínicas já existentes na literatura clínica

médica esportiva para a prevenção e diminuição dos mesmos. Durante este estudo podem ocorrer riscos

como: desconforto e ansiedade na aplicação dos questionários, pequeno desconforto no local da punção

sanguínea no momento da coleta podendo aparecer hematomas na mesma localidade após o procedimento

que regredirão no tempo máximo de uma semana, dor e incomodo na realização dos testes físicos, dores

musculares durante ou após os treinamentos físicos e sensação de cansaço que devem desaparecer após

algumas horas do termino da secção de exercícios ou entre dois a cinco dias e ocorrência de lesões

musculoesqueléticas, traumatismo em geral e ataques cardíacos que envolvem a prática

de exercícios físicos. Para minimizar os riscos envolvidos nesta pesquisa, a equipe multidisciplinar

constituída por enfermeiros, farmacêuticos, professores e profissionais de educação física só realizará as

aplicações dos questionários, coleta sanguínea, testes físicos e treinamento físico nos sujeitos em perfeitas

condições de saúde de forma individualizada e monitorada sendo às técnicas laboratoriais estritamente

controladas e todos os procedimentos clínicos, médicos e desportivos que envolvem o estudo executados

com segurança de acordo com o manual de cada método. No caso da observação de alguma alteração nos

resultados dos procedimentos realizados no início ou durante esta pesquisa que indique um possível quadro

patológico, o pesquisado será orientado imediatamente para se consultar um médico especialista sendo

interrompida a sua participação no estudo por medida de segurança. É importante assinalar que haverá

sigilo e anonimato nas respostas e nos dados obtidos durante a realização e conclusão deste estudo, além

de garantir a confidencialidade, o direito ao anonimato e ao sigilo com relação a todos os procedimentos

realizados.

Benefícios: Com os resultados deste projeto pretende-se conhecer o perfil bioquímico, hematológico e

imune dos pesquisados, bem como detectar os benefícios das suas associações

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

59.012-300

(84)3342-5003 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Avenida Nilo Peçanha, 620 - 3º subsoloPetrópolis

UF: Município:RN NATALFax: (84)3202-3941

Página 02 de 04

Page 87: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

HOSPITAL UNIVERSITÁRIOONOFRE LOPES-HUOL/UFRN

Continuação do Parecer: 1.252.034

como exercício físico. Tais achados demonstrarão para os profissionais da área de saúde a importância e

dos benefícios do exercício físico na melhoria do metabolismo bioquímico, hematológico e no sistema

imunológico como meio profilático para evitar doenças e buscar uma melhor qualidade de vida nos seres

humanos. Os resultados deste projeto serão divulgados no meio científico através de artigos publicados em

periódicos nacionais e internacionais, revistas científicas especializadas de impacto e apresentados em

congressos científicos nacionais e internacionais com a publicação de resumos em anais nas áreas das

doenças infecciosas, análises clínicas, entre outras. A apresentação dos mesmos será feita segundo a

ordem estabelecida na análise estatística dos dados em forma de tabelas e gráficos que caracterizarão a

freqüência, a correlação e a distribuição das variáveis dentro da amostra. As produções acadêmicas

reafirmarão há existência de novas melhorias no metabolismo bioquimo, hematológico e sistema

imunológico que estão vinculadas ao exercício físico tendo os marcadores bioquímicos, hematológicos e

imunológicos como os principais fatores responsáveis pelo quadro clínico do coletivo investigado. Este

projeto facilitará o planejamento de ações preventivas visando a conscientização dos profissionais dessa

área de saúde sobre os benefícios e a importância do exercício físico para a qualidade de vida e uma

melhor saúde populacional.

Identificar o status imunológico e o perfil bioquímico de cada grupo investigado.Estabelecer relações entre à

prática de exercício físico as melhorias nos marcadores imunológicos e bioquímicos. Detectar diferenças

significativas da variável dependente entre os grupos Analisar as variações entre as variáveis dependentes

e independentes do estudo. Investiga as possíveis chances de um evento acontecer dentro de cada grupo

investigado.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Estão adequados e foram apresentados.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Não há recomendações.

Recomendações:

Não há pendências.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Considerações Finais a critério do CEP:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

59.012-300

(84)3342-5003 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Avenida Nilo Peçanha, 620 - 3º subsoloPetrópolis

UF: Município:RN NATALFax: (84)3202-3941

Página 03 de 04

Page 88: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

HOSPITAL UNIVERSITÁRIOONOFRE LOPES-HUOL/UFRN

Continuação do Parecer: 1.252.034

NATAL, 30 de Setembro de 2015

HELIO ROBERTO HEKIS(Coordenador)

Assinado por:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicasdo Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_481447.pdf

22/09/201520:39:03

Aceito

Outros Carta_de_encaminhamento_das_respostas_as_recomendacoes.pdf

22/09/201520:35:55

CIRO ALEXANDREMERCÊSGONÇALVES

Aceito

Outros Carta_de_encaminhamento_das_respostas_as_pendencias.pdf

22/09/201520:34:02

CIRO ALEXANDREMERCÊSGONÇALVES

Aceito

Projeto Detalhado /BrochuraInvestigador

Pojeto_na_integra_detalhado_segunda_versao.pdf

22/09/201520:30:05

CIRO ALEXANDREMERCÊSGONÇALVES

Aceito

TCLE / Termos deAssentimento /Justificativa deAusência

Termo_de_consentimento_livre_e_esclarecido_segunda_versao.pdf

22/09/201520:27:49

CIRO ALEXANDREMERCÊSGONÇALVES

Aceito

Folha de Rosto 1 FOLHA DE ROSTO ASSINADANOVA.pdf

09/07/201517:02:00

Aceito

Outros 17 CARTA DE ANUENCIAHEMONORTE ASSINADA.pdf

08/07/201514:18:31

Aceito

Outros 16 CARTA DE ANUENCIA PISTA DEATLETISMO ASSINADA.pdf

08/07/201514:17:33

Aceito

Outros 15 CARTA D ANUENCIA LABMOVASSINADA.pdf

08/07/201514:17:01

Aceito

Outros 3 CARTA DE APRESENTAÇAO DOPROJETO ASSINADA.pdf

08/07/201514:06:55

Aceito

Outros 2 FOLHA DE IDETIFICAÇÃO DOPESQUISADOR.pdf

08/07/201514:04:39

Aceito

Situação do Parecer:Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:Não

59.012-300

(84)3342-5003 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Avenida Nilo Peçanha, 620 - 3º subsoloPetrópolis

UF: Município:RN NATALFax: (84)3202-3941

Página 04 de 04

cliente
Arrow
cliente
Arrow
Page 89: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

20/12/2019 Gmail - Frontiers: Congratulations! Your manuscript is accepted - 492069

https://mail.google.com/mail/u/0?ik=9de18bbe8e&view=pt&search=all&permthid=thread-f%3A1653443222873161437&simpl=msg-f%3A1653443… 1/1

CIRO GONCALVES <[email protected]>

Frontiers: Congratulations! Your manuscript is accepted - 4920691 mensagem

Frontiers Physiology <[email protected]> 20 de dezembro de 2019 09:52Responder a: Frontiers Physiology <[email protected]>Para: [email protected]

Dear Dr Gonçalves,

Frontiers Physiology has sent you a message. Please click ‘Reply’ to send a direct response

I am pleased to inform you that your manuscript Effect of acute and chronic aerobic exercise on immunologicalmarkers: A systematic review has been approved for production and accepted for publication in Frontiers inPhysiology, section Exercise Physiology. Your manuscript is currently being prepared for publication. The provisionalversion of the abstract or introductory section is currently available online. Please do not communicate any changesat this stage. You will be contacted as soon as the author proofs are ready for your revisions.

Manuscript title: Effect of acute and chronic aerobic exercise on immunological markers: A systematic review Journal:Frontiers in Physiology, section Exercise Physiology Article type: Systematic Review Authors: Ciro Alexandre MercêsGonçalves, Paulo Moreira Silva Dantas, Isis Kelly dos Santos, Matheus Matheus Dantas, Daliana Caldas Pessoa daSilva, Breno Guilherme De Araujo Tinoco Cabral, Ricardo Oliveira Guerra, Geraldo Cavalcante Barroso JuniorManuscript ID: 492069 Edited by: Pantelis Theodoros Nikolaidis

You can click here to access the final review reports and manuscript: http://www.frontiersin.org/Review/EnterReviewForum.aspx?activationno=4155f8fb-a5f8-4126-92fd-aee9220c1194

As an author, it is important that you maintain your Frontiers research network (Loop) profile up to date, as yourpublication will be linked to your profile allowing you and your publications to be more discoverable. You can updateprofile pages (profile pictures, short bio, list of publications) using this link: http://loop.frontiersin.org/people/

------------------ Tell us what you think!

At Frontiers we are constantly trying to improve our Collaborative Review process and would like to get your feedbackon how we did. Please complete our short 3-minute survey and we will donate $1 to Enfants du Monde, a Swiss non-profit organization: https://frontiers.qualtrics.com/jfe/form/SV_8q8kYmXRvxBH5at?survey=author&aid=492069&uid=783552

Thank you very much for taking the time to share your thoughts.

Best Regards,

Your Frontiers in Physiology team

Frontiers | Editorial Office – Collaborative Peer Review Team www.frontiersin.org Avenue du Tribunal Fédéral 34,1005 Lausanne, Switzerland Office T 41 21 510 17 40

For technical issues, please contact our IT Helpdesk ([email protected]) or visit our Frontiers Help Center(zendesk.frontiersin.org/hc/en-us)

cliente
Typewriter
ANEXO - E
Page 90: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

SYSTEMATIC REVIEWpublished: 24 January 2020

doi: 10.3389/fphys.2019.01602

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 1 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Edited by:

Pantelis Theodoros Nikolaidis,

University of West Attica, Greece

Reviewed by:

Heidemarie Haller,

Knappschafts Hospital, Germany

Sidney B. Peres,

State University of Maringá, Brazil

*Correspondence:

Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

[email protected]

†ORCID:

Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

orcid.org/0000-0002-8811-3725

Ísis Kelly dos Santos

orcid.org/0000-0001-7615-416X

Matheus Dantas

orcid.org/0000-0002-1815-2251

Ricardo Oliveira Guerra

orcid.org/0000-0003-3824-3713

Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior

orcid.org/0000-0001-9227-4145

Specialty section:

This article was submitted to

Exercise Physiology,

a section of the journal

Frontiers in Physiology

Received: 16 August 2019

Accepted: 20 December 2019

Published: 24 January 2020

Citation:

Gonçalves CAM, Dantas PMS,

dos Santos IK, Dantas M, da

Silva DCP, Cabral BGdAT, Guerra RO

and Júnior GBC (2020) Effect of Acute

and Chronic Aerobic Exercise on

Immunological Markers: A Systematic

Review. Front. Physiol. 10:1602.

doi: 10.3389/fphys.2019.01602

Effect of Acute and Chronic AerobicExercise on Immunological Markers:A Systematic ReviewCiro Alexandre Mercês Gonçalves 1*†, Paulo Moreira Silva Dantas 1,2,

Isis Kelly dos Santos 1†, Matheus Dantas 2†, Daliana Caldas Pessoa da Silva 1,

Breno Guilherme de Araújo Tinoco Cabral 2, Ricardo Oliveira Guerra 1† and

Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior 1†

1Graduate Program in Health Sciences, Federal University of Rio Grande Do Norte, Natal, Brazil, 2Graduate Program in

Physical Education, Federal University of Rio Grande Do Norte, Natal, Brazil

Introduction: The effects of aerobic exercise on the immune system are not yet fully

defined in the scientific literature. This fact demonstrates the need to investigate its

influence on existing immunological markers by classifying and quantifying their acute

and chronic effects.

Objective: To investigate the effects of acute and chronic aerobic exercise on

inflammatory markers of healthy adults.

Methods: This study is a systematic review according to PRISMA recommendations.

The following databases were searched: MEDLINE (via PubMed), Science Direct,

Scopus, Web of Science, SciELO, Bireme and Cochrane Library, and article references.

The last search was performed in March 2019. We included randomized controlled trials

(RCTs) and non-randomized controlled trials (NRCTs) investigating the acute and chronic

effects of aerobic exercise on immune markers in healthy male and female adults aged

20 to 45 years, without restrictions in language or year of publication. Two authors

independently analyzed the studies by reading the titles, abstracts, and full texts. Risk of

Study bias was analyzed using Cochrane’s Risk of Bias Tool.

Outcomes: We included 15 studies in this systematic review, 13 of which were acute

intervention and 2 were chronic, with 296 participants, 196 men and 100 women all

being healthy individuals. It was observed that the acute intervention promotes changes

in most immunological markers, while the chronic intervention interferes with a smaller

proportion, this being in lymphocyte subpopulations. In the evaluation of quality, it was

found that most studies did not present a high risk of bias in the evaluated aspects, but

an unclear related risk of bias was observed, requiring a more careful analysis.

Conclusion: Thus, it can be concluded that the evidence indicates that acute and

chronic interventions may modify most immune markers, but aspects such as gender,

contraceptive pill use in women, physical capacity of the investigated individuals,

environment, and type and intensity of the exercises may interfere with these markers as

well as the data analysis. Therefore, this review suggests that further research is needed

to contribute to the confirmation and estimation of results.

Keywords: immune markers, immune system, physical activity, leukocytes, lymphocytes

cliente
Typewriter
ANEXO - F
Page 91: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

INTRODUCTION

The immune system (IS) is a complex interaction between cellsand molecules that acts to protect the host against possiblemicroorganism invasions, prevent disease and enable woundhealing (Simpson et al., 2015). The system itself is divided into2 major groups that act synergistically on the overall immuneresponse: The innate system (phagocytes and natural killercells) and the adaptive system (B and T cells). Communicationbetween defense systems is performed through cytokines andother messengers (Berger, 2000; Raphael et al., 2015), whichinteract to produce defense responses.

Interestingly, physical exercise has been shown to be astressor capable of promoting an acute breakdown of the ISstable state and promoting chronic adaptations (Córdova et al.,2010). Aerobic exercise itself is a potential disruptor of thecells of healthy athletes (Nieman et al., 1995), as it can bestructured into different volumes and intensities (Hofmann andTschakert, 2017). Continuous aerobic exercise practice is likelyto induce an increase in leukocytes, cytokines, interleukins, andtumor necrosis factor alpha in blood serum (Andersson et al.,2010). Adaptive immunity is not significantly altered by athleticexertion, but the innate system responds differently to chronicstress by increasing natural killer cell activity and decreasingneutrophil action (Nieman and Pedersen, 1999).

Several immunological markers change after long periods ofphysical exertion allowing the “open window” phenomenon tooccur for 3 to 72 h which decreases immunity and provides agreater onset of airway infections (Pedersen and Ullum, 1994;Nieman and Pedersen, 1999; Gleeson, 2007). This impact ofexercise is well-characterized when it is analyzed in conjunctionwith the occurrence of upper airway infections. Exercising atdifferent intensities and the subject’s level of physical fitnessdirectly interfere with the immune system response, as shownin the explanatory model of the “J” shaped curve (Nieman,1994). Exercise can induce hormonal changes, such as increasedcortisol levels (Wang et al., 2019). These changes are described asmediating immunosuppression after the training session (Smith,2004).

Despite the existence of evidence on the effects of physicalexercise on the immune system of trained individuals, cyclists,triathletes and marathon runners, the acute and chronicresponses brought on by aerobic exercise need to be investigateddue to the existence of omissions related to the recommendationsthat stimulate changes in the immunological markers (Niemanet al., 2001; Brown et al., 2015; Barros et al., 2017; Koh and Park,2018). This information is important to clarify the role of aerobicexercise in immune markers and to suggest new evidence thatwill contribute to the prescription of aerobic training in inducingdifferent immune responses. This systematic review aims toinvestigate the effects of acute and chronic aerobic exercise onimmune markers in healthy individuals.

METHODS

Search StrategyThis systematic review was performed following the guidelinesand recommendations of the PRISMA Systematic Review

and Meta-Analysis Preferred Report items (Moher et al.,2009). The protocol of the review has been registered inthe Prospective Registry (PROSPERO) data file under theregistration number: CRD42017058899.

The studies were searched for in the following databases:MEDLINE (via PubMed), Science Direct, Scopus, Web ofScience, SciELO, Bireme and Cochrane Library. The followingsearch strategies, terms (MESH), and Boolean operators wereconsidered: “physical activity” OR exercise OR training AND“Immune System” OR “immune function” OR “immune cell”AND “killer cell” OR “t cell” OR “cytokine∗” OR “interleukin∗”OR “leukocyte∗” OR “lymphocyte∗” OR “adhesion molecule”AND “adult∗” OR “human∗”. The last search was performed inMarch 2019. Two authors (CAMG, IKS) independently reviewedthe titles and abstracts (Level 1). Subsequently, full versions ofthe articles that met the inclusion criteria were obtained (Level2). After the analyzes, the reference list of the articles that metthe criteria was analyzed to identify additional studies. Thestudy analyzes were resolved with the help of a third author(MPD), duplicate studies with lack of content and access (aftersending an email to the authors requesting more information)were excluded.

Inclusion and Exclusion CriteriaInclusion criteria were as follows: randomized controlledtrials (RCTs) and non-randomized controlled trials (NRCTs),interventions that use acute or chronic aerobic exercise, whichanalyze certain markers of the immune system, and healthyadults of both sexes aged between 20 and 45 years. Thisage group excluded adolescent individuals and menopausalwomen due to immunological interference (Giefing-Kröllet al., 2015; Chen et al., 2016; Brazil Ministry of Health,2018). There were no restrictions for language or year ofpublication in the inclusion of the articles. Studies with adultsmokers, pregnant women, patients undergoing any type ofcardiac treatment, and patients with any type of immunesystem disorder (e.g., immunodeficiencies, inflammatory andautoimmune diseases) were excluded. Other studies that wereexcluded were: unpublished data, observational studies, reviewarticles, studies using other types of neuromuscular training(strength, endurance), with diet and drug restriction, andcomparisons between running and the effects of environmentalconditions (e.g., cold and hot).

Outcome MeasurementsOutcome measurements assessed to understand the involvementof cells, immune cells and binding molecules in shortand long term exercise were: Leukocytes, neutrophils andgranulocytes; NK and NKT Lymphocytes and Cells: CD3+,CD4+, CD8+, CD16+, CD18+, CD19+, CD20+, CD22+,CD44+, CD45+, CD56+, CD95+, and their proportions;Cytokines and interleukins (IL): IL-1, IL-2, IL-6, IL-8, IL-10,and IL12; Tumor Necrosis Factor (TNF-α); Interferon-Gamma(IFN-γ); Immunoglobulin (Ig): IgG, IgA, and IgM; AdhesionMolecules: ICAM-1, ICAM-2, ICAM-3 (Pedersen and Hoffman-Goetz, 2000; Nieman et al., 2001; Mooren et al., 2002; Barronet al., 2015; Brown et al., 2015; Barros et al., 2017; Koh and Park,2018).

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 2 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 92: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

Quality AssessmentThe quality and risk of bias assessment of each included studywas independently assessed by three authors (CAMG, MPD,IKS) using the Cochrane Risk of Bias Tool (Higgins and Green,2011; Higgins et al., 2011; De Carvalho et al., 2013). The toolcontains six domains in which each domain was classified aslow, unclear or high risk of bias. Disagreements about the riskof bias assessments were resolved by consensus or by consultingthe fourth author (GBCJ).

RESULTS

Search StrategyInitially, 8,633 articles were selected from the databases.After analysis, 2,708 articles were excluded because they wereduplicated. 5,707 studies were then excluded by the analysis oftitles and abstracts. Of the total, 218 studies had their full textsanalyzed, and 203 were excluded because they were not eligibleaccording to the inclusion criteria (Data Sheet 1_v1). After thisstep, 15 articles were included in this systematic review, in which13 are related to the effect of acute exercise on immunologicalmarkers and 2 to chronic markers. The findings of the searchstrategy are shown in Figure 1.

Study FeaturesThe characteristics of the selected studies are shown in Table 1.All studies evaluated the effect of endurance exercise on theimmune profile of healthy humans. Of the 15 included studies,8 were RCTs and 7 non-RCTs, 13 were acute studies, and intwo studies participants in the control and experimental groupswere not the same (Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Moynaet al., 1996a). The two studies that evaluated the chronic effectwere also constituted of different individuals in the control andexperimental groups (LaPerriere et al., 1994; Mitchell et al.,1996), being that 11 studies were cross-over, and 4 parallel.Cycling was performed only in 2 studies (Akerstrom et al., 2005;Scharhag et al., 2005). It was found that the practice of cyclingon cycle ergometers was used as an intervention in 10 studies.While walking or running training was developed in 3 studies(Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Green et al., 2002).

ParticipantsThe total of participants in the studies were 296 healthyindividuals, 196 men and 100 women. Ten studies onlyincluded men (including studies with chronic effects), 3 studiesinvestigated men and women and just 2 studies in the includedsample were women only. In the studies selected in this review,the samples were composed of triathletes and runners (Gabrieland Kindermann, 1998; Green et al., 2002; Ronsen et al., 2002;Scharhag et al., 2005), active and sedentary participants (Moynaet al., 1996b), recreational sport practitioners (Edwards et al.,2006), and sedentary individuals (LaPerriere et al., 1994; Mitchellet al., 1996). In the 5 studies that had women as participants onlyby Nehlsen-Cannarella et al. (1991), there was an observationabout the use of oral contraceptives by women, as can be seenin Table 1.

InterventionAcute intervention was used in most studies included inthis systematic review. The interventions performed in theseobservations were: cycling (Akerstrom et al., 2005; Scharhaget al., 2005), cycle ergometer (Nehlsen-Cannarella et al., 1991;Kurokawa et al., 1995; Moyna et al., 1996a; Gabriel andKindermann, 1998; Gannon et al., 2001; Ronsen et al., 2002;Edwards et al., 2006; Li and Cheng, 2007), racing (Green et al.,2002), and walking (Nehlsen-Cannarella et al., 1991). For chronicstudies (LaPerriere et al., 1994; Mitchell et al., 1996), the cycleergometer was also used.

Prescription intensity was presented as heterogeneous, usingas a parameter the percentage of VO2max, which ranged between60, 65, and 75% (Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Kurokawa et al.,1995; Gannon et al., 2001; Ronsen et al., 2002; Akerstrom et al.,2005), three studies used the VO2 Pico percentage (Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Moyna et al., 1996a; Li and Cheng, 2007),two used the anaerobic threshold (Gabriel and Kindermann,1998; Scharhag et al., 2005), one study used the ventilatorythreshold (Green et al., 2002) and one used Wmax/WPeak(Edwards et al., 2006). In both studies with chronic intervention,the maximum effort used was the percentage of HRMax(LaPerriere et al., 1994) and VO2Peak (Mitchell et al., 1996).

To estimate workload, the intensity percentage was multipliedby the time in minutes of the intervention. Among the studiesthat used VO2max, Gannon et al. (2001) applied the highestworkload (u = 7,800), followed by Akerstrom et al. (2005; u= 7,200). The lowest workloads were applied with an intensitysimilar to the other studies (60% VO2max), but with a shorterduration of 45min (ua= 2,700; Nehlsen-Cannarella et al., 1991).With the use of VO2peak, 2 studies presented an incrementalintensity model (55, 70, and 85%), fulfilling 6min at each stage(ua= 1,260; Nehlsen-Cannarella et al., 1991;Moyna et al., 1996a),while one presented a continuous model with 55% for 120min(water= 6,600; Li and Cheng, 2007).

In the 13 acute studies, 12 had the duration in theirinterventions range from 18 to 240min and 1 study went toexhaustion. In chronic studies, however, different prescriptionparameters were set, but these can be considered moderateintensities. Regarding the duration of interventions, the data wereheterogeneous, since one study lasted 10 weeks with 45-minsessions (1,350min of exercise; LaPerriere et al., 1994), whileanother lasted 12 weeks with 30-min sessions (1,080min totalexercise; Mitchell et al., 1996), both studies had a trainingfrequency of 3 times per week.

Immunological MarkersThe effect of post-aerobic regulation on the immunologicalmarkers that were evaluated in the studies are shown inTable 2. Endurance activity increased leukocytes, lymphocytes,granulocytes, neutrophils, eosinophils, and monocytes (Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Kurokawa et al., 1995; Moyna et al.,1996a; Green et al., 2002; Scharhag et al., 2005; Li and Cheng,2007). In the acute intervention, only one study identified nochange in the amount of granulocytes and monocytes, althoughthe leukocyte, lymphocyte, and neutrophil count was similar toother studies (Nehlsen-Cannarella et al., 1991). Other studies

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 3 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 93: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

FIGURE 1 | Summary of search result.

have shown increased CD16-56 NK cells (Nehlsen-Cannarellaet al., 1991; Moyna et al., 1996a,b; Gannon et al., 2001). In regardto chronic effects, only two studies were considered valid to beincluded in this review. In one study it was observed that therewere no changes in the amount of leukocytes, lymphocytes andmonocytes, but there was an increase in CD4+, CD8+, andCD20 lymphocyte subpopulations, although no change in CD56

cells (LaPerriere et al., 1994). Similarly, Mitchell et al. (1996),found no change in the amount of lymphocytes, and neither inthe amount of IgG, IgA, and IgM.

In the lymphocyte subpopulations of the immune systemthere are contradictory results. Two studies investigated the effectof acute exercise on CD3+ T cells, showing an increase in thecount of these cells (Moyna et al., 1996b) and a reduction in the

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 4 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 94: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

TABLE 1 | Characteristics of the studies.

References Study design N Participants Type of

intervention

Duration

(weeks)

Duration

(min.)

Sessions

(x/week)

Intensity

Experimental Control

Akerstrom et al. (2005) Non-RCTs

Cross-over

11 Men Health

Age: 21–28

Same

as experimental

Cycling – 120 – 60%

VO2máx

Edwards et al. (2006) Non-RCTs

Cross-over

24 12 Men

12 Women

Health

Recreational

Age: 24.2 ± 3.2

Same

as experimental

Cycle ergometer – 45 – Exercise 1: (M) 130W (W)

95W ↑ 35 W−3’

(exhaustion)

(M) 4’ = 130W

(W) 4’ = 95W

45’ = 55% W máx

Exercise 2: (M) 16’ = 84 a

231W (W) 16’ = 70 a

154W (M) 4’ =130W

(W) 4’ = 95W

25’ = 55% W peak

Gabriel and

Kindermann (1998)

Non-RCTs

Cross-over

13 Men Health

Triathletes

Age: 27.5 ± 6.4

Same

as experimental

Cycle ergometer – To exhaustion – 110%

Anaerobic Threshold

Gannon et al. (2001) Non-RCTs

Cross-over

10 Men Health

Age: 26 ± 5.0

Same

as experimental

Cycle ergometer – 120 – 65%

VO2 máx

Green et al. (2002) RCT

Cross-over

12 Men Runners

Age: 30.0 ± 7.0

Same

as experimental

Treadmill racing – 60 – 95%

Ventilatory Threshold

Kurokawa et al. (1995) Non-RCTs

Cross-over

8 Men Health

Age: 28.5 ± 5.1

Same

as experimental

Cycle ergometer – 60 – 60%

VO2 máx

LaPerriere et al. (1994) RCT

Parallel

14 7 Men Health

Sedentary

Age: 30.0 ± 6.4

7 Men

Health

Sedentary

Age: 31.1 ± 3.1

Cycle ergometer 10 45 3 70–80%

FC máx

Li and Cheng (2007) Non-RCTs

Cross-over

10 Men Health

Age: 21.6 ± 0.9

Same

as experimental

Cycle ergometer – 120 – 55%

VO2 peak

Mitchell et al. (1996) RCT

Parallel

21 11 Men Health

Sedentary

Age: 23.4 ± 7.0

10 Men Health

Sedentary

Age: 20.1 ± 1.9

Cycle ergometer 12 30 3 75%

VO2 peak

Moyna et al. (1996a) RCT

Parallel

64 32 Adults Health

16 Men

Age: 24.3 ± 0.5

16 Women

Age: 23.6 ± 0.5

32 Adults Health

16 Men

Age: 24.3 ± 0.5

16 Women

Age: 23.6 ± 0.5

Cycle ergometer – 18 – 55/70/85%

VO2 peak

Moyna et al. (1996b) RCT

Parallel

64 32 Adults Health

8 Men Active

Age: 24.9 ± 0.8

8 Women Active

Age: 23.3 ± 0.7

8 Men

Sedentary

Age: 25.0 ± 0.8

8 Women

Sedentary

Age: 23.8 ± 0.8

32 Adults Health

8 Men Active

Age: 24.9 ± 0.8

8 Women Active

Age: 23.3 ± 0.7

8 Men

Sedentary

Age: 25.0 ± 0.8

8 Women

Sedentary

Age: 23.8 ± 0.8

Cycle ergometer – 18 – 55/70/85%

VO2 peak

Nehlsen-Cannarella

et al. (1991)

RCT

Cross-over

12 Women Health

Age: 36.9 ± 2.2

Same

as experimental

Treadmill walking – 45 – 60%

VO2 max

Nehlsen-Cannarella

et al. (1991)

RCT

Cross-over

12 Women Health

Age: 36.9 ± 2.2

Same

as experimental

Track walking – 45 – 60%

VO2 max

Ronsen et al. (2002) RCT

Cross-over

9 Men Athletes

Triathletes—

Skaters

Age: 21–27

Same

as experimental

Cycle ergometer – 75 – 75%

VO2 max

Scharhag et al. (2005) Non-RCTs

Cross-over

12 Men Athletes

Triathletes—

Cyclists

Age: 26.9 ± 7.0

Same

as experimental

Cycling on the

running track

– 240 – 70%

Anaerobic Threshold

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 5 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 95: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

TABLE2|Post-aerobicexe

rciseregulatio

nandim

munologicalm

arkers.

References

Immunemarkers

endregulationafterexercise

Leuc

Linf

Gran

Neut

Mon

Eosin

IL-1

IL-2

IL-6

IL-8

CD3

CD4

CD8

CD4/C

D8

CD16-56

CD16

CD56

CD18

CD19

CD20

IgG

IgA

IgM

Ake

rstrom

etal.(2005)

Edwardsetal.(2006)

Gabrie

landKinderm

ann(1998)

Gannonetal.(2001)

↑↑

↓↑

Greenetal.(2002)

↑↑

↑↑

Kuroka

waetal.(1995)

↑↑

↑↔

↔↑

LaPerriere

etal.(1994)

↔↔

↔↑

↑↔

↔↑

LiandCheng(2007)

↑↑

↑↑

Mitchelletal.(1996)

↔↔

↔↔

Moyn

aetal.(1996a)

↑↑

↓↑

Moyn

aetal.(1996b)

↑↑

↑↑

↑↑

↑↑

↓↑

Nehlsen-C

annarella

etal.(1991)

↑↑

↔↑

↔↔

Nehlsen-C

annarella

etal.(1991)

↑↑

↔↑

↔↔

↑↑

Ronse

netal.(2002)

↔↑

Scharhagetal.(2005)

↑↑

↑↔

↔↑

Leuc,Leukocytes;Lymph,Lymphocytes;Gran,Granulocytes;Neut,Neutrophils;Mon,M

onocytes,Eosn,Eosinophils(↑

increased,↓decreased,↔

nochange).

percentage of CD3+ among lymphocytes (Moyna et al., 1996a).The data on the effect on the interventions of CD4+ T helperand CD8+ cytotoxic T cells are similar. Three studies showed anincrease in CD4 and CD8+ (LaPerriere et al., 1994; Moyna et al.,1996b; Gannon et al., 2001), while two showed an increase inCD8+ and unchanged CD4+ values (Nehlsen-Cannarella et al.,1991; Kurokawa et al., 1995). There is a lack of studies with thecharacteristics determined in the inclusion criteria of the presentreview that have verified the effect of exercise on CD18 cells, withonly one study showing an increase in these cells (Gabriel andKindermann, 1998). Similarly, only one study verified the effecton CD20, showing no change (Nehlsen-Cannarella et al., 1991).Data for CD19 are contradictory, with only one study presentinginformation on its increase (Moyna et al., 1996b), while otherstudies showed a reduction or lack of change in this marker(Moyna et al., 1996a; Gannon et al., 2001). Concomitantly, onestudy demonstrated increased IgG but no change in IgA andIgM (Nehlsen-Cannarella et al., 1991). These observations arepresented in Table 2.

Few studies from those included in this review addressedthe effect of aerobic exercise on interleukins. Exercise has notbeen found to promote IL-1 alteration (Ronsen et al., 2002), twostudies have indicated that exercise does not alter IL-2 levels(Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Scharhag et al., 2005) and justone demonstrated that IL-8 values did not change (Akerstromet al., 2005). Three studies found increased IL-6 after an aerobicexercise session (Ronsen et al., 2002; Scharhag et al., 2005;Edwards et al., 2006). These results are expressed in Table 2.

Quality AssessmentAfter using the Cochrane risk of bias tool, the results are shownin Figures 2A,B.

Random sequence generation: In 11 studies no processmethods were described for the generation of their randomsequences, characterized as risk of unknown bias. These methodscould be by generating random computer numbers, throwingcoins, shuffling cards or envelopes, throwing dice or by lottery.

Allocation concealment: 12 articles in their entirety didnot provide sufficient information, so, in this way, it wasnot possible to detect how the sequence and allocation ofparticipants occurred.

Blindness of practitioners, participants, outcome assessors:In randomized controlled trials using exercise intervention,everyone involved cannot be blinded to treatment allocation. Inthe studies where supervised physical exercise was administered,the professionals who performed the intervention could not beblinded. Regarding the blindness of the outcome evaluators, thisinformation did not exist in the evaluated studies. These factsmeant that the classification of all the studies had an “unclear”risk of bias, i.e., unknown because of their lack of information.

Incomplete outcomes: In 13 studies, it was impossible to verifyrisk bias for losses and for the sampling stages due to the lack ofdescribed information related to randomized numbers and thereasons for losses.

Selective outcome: It can be observed that in all the studiesthe risk of bias for reporting a selective outcome was classified as

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 6 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 96: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

FIGURE 2 | (A,B) Risk of bias tool.

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 7 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 97: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

unknown due to insufficient information in the studies. They didnot have their protocols or did not allow access to them.

Other sources of bias: These sources were easily detectedin 10 studies. In these there was no information relating tothe nutritional status of the participants during data collectionor any daily dietary report in the weeks prior to these samestudy evaluations.

DISCUSSION

The present systematic review aimed to analyze the scientificevidence on the acute and chronic effects of aerobic exerciseon immune markers in healthy individuals. It was foundin our study that aerobic exercise promotes changes inthe immune response of leukocytes, lymphocytes, lymphocytesubpopulations, interleukins, NK cells and immunoglobulins.Several authors confirm the occurrence of these modificationsin the same immunological markers due to the performance ofcardiorespiratory physical training (Barron et al., 2015; Brownet al., 2015; Barros et al., 2017; Koh and Park, 2018). Therefore,the characteristics of the sample collected, such as: gender, levelof fitness, sport practiced and intensity of intervention, mayinterfere in the values, becoming a limitation in our analysisdespite the adequate comparison and generalization of theresults found.

A large number of studies analyze the likely effects of aerobicexercise on immune cells by bringing together individuals ofboth genders in their samples (Morgado et al., 2012, 2014;Rowlands et al., 2012; Li et al., 2017). This fact limits the resultsfound due to the existence of different sex-related immuneresponses in healthy individuals (Klein and Flanagan, 2016).Some female centered studies have been conducted consideringthe use of contraception in women (Nehlsen-Cannarella et al.,1991). There are limitations in the results found due to the useof this pharmacological therapy. These drugs directly influenceleukocyte and other immune system concentrations by alteringtheir absolute and relative numbers and may even raise themabove normal values for healthy individuals (Timmons et al.,2005; Medeiros et al., 2007; Gough et al., 2015). The chronicstudies used only healthy but sedentary men. This fact allowsa comparative analysis of immune function with adaptationto prolonged physical training that provides an improvementin physical fitness and immune response (Sato et al., 1998;Farhangimaleki et al., 2009; Patlar, 2010; Su et al., 2011; Morgadoet al., 2012).

Several authors report acute and chronic changes in immunesystem cells in practitioners of aerobic sports such as running,cycling, triathlon, and skating (Díaz et al., 2011; LaVoy et al.,2011; Brown et al., 2015; Santos et al., 2016; Barros et al., 2017;Koh and Park, 2018). The heterogeneity of the ways of estimatingthe intensity of interventions does not allow us to stipulatea better homogeneous pattern to be used. Studies show thatmoderate to severe aerobic exercise, whether short or longterm, promotes acute and chronic changes in immune function(Pedersen, 1991; Nieman and Nehlsen-Cannarella, 1994;Pedersen and Ullum, 1994; Pedersen et al., 1998; Nieman and

Pedersen, 1999; Pedersen and Hoffman-Goetz, 2000; Maltsevaet al., 2011; Walsh et al., 2011; Suzuki, 2018). Acute studies withan intensity of 60% of VO2max during 45 and 60min on anergometer cycle did not cause changes in the CD4+ lymphocyte(Nehlsen-Cannarella et al., 1991; Kurokawa et al., 1995). Thesame intervention at 65% VO2max and 55/70/85% VO2peakincreased the concentrations (Moyna et al., 1996b; Gannon et al.,2001). Therefore, changes in CD4+ are likely to bemore sensitiveto exercise intensity. Immunological markers such as leukocytes,lymphocytes (CD3+, CD4+, CD8+), neutrophils, monocytes,and T cells have their concentrations increased above normalvalues through adventure running, depending on the intensityof execution (Tossige-Gomes et al., 2014). Catecholamines andcortisol have been shown to act directly on leukocytosis duringand after exercise (Mccarthy and Dale, 1998), but the intensityand volume of this activity modulate its response in the immunesystem. Several studies that analyze and compare the durationand intensity of interventions on the same population pointto significant differences between pre and post-intervention inmost of the immunological markers analyzed (Auersperger et al.,2012; Ibis et al., 2012; Witard et al., 2012; Lira et al., 2017).

Aspects related to the studies analyzed, such as theparticipants’ level of physical fitness, type of intervention, inregard to its time and intensity, and the use of contraceptivesby women may interfere with the analyzed immune cellconcentrations. These possible changes in immune functionbring up an important question to be answered through furtherinvestigation in future studies.

Acute aerobic exercise has been shown to be a potentialinfluencer of immune cell concentrations, while data fromchronic studies are still contradictory (Mitchell et al., 1996;Barros et al., 2017). Acute intervention influences the regulationof the immune system (Pedersen, 1991; Nieman and Nehlsen-Cannarella, 1994; Pedersen and Ullum, 1994; Pedersen et al.,1998; Nieman and Pedersen, 1999; Pedersen andHoffman-Goetz,2000; Maltseva et al., 2011; Walsh et al., 2011; Suzuki, 2018).

In many studies, authors report that acute aerobic exercisepromotes changes in most immune markers like leukocytes,lymphocytes, and natural killer cells, among others (Scharhaget al., 2005; Patlar, 2010; Su et al., 2011; Santos et al., 2013).Long-term acute aerobic exercise with cycling, marathons, andtriathlons lasting longer than multiple hours promotes elevationsin plasma concentrations of IL-1ra, IL-6, IL-8, and IL-10cytokines after exercise (Nieman et al., 2001; Ronsen et al., 2002;Suzuki, 2018). Leukocytes, neutrophils, interleukins 6, 10, 8, 12,tumor necrosis factor (TNF-α) and adhesion molecule (ICAM-1)have their plasma concentrations increased immediately aftera 42.2 km marathon, enabling a post-exercise state of infection(Suzuki et al., 2003; Santos et al., 2016).

Mid-distance running (21.1 km) stimulates growth inleukocyte, neutrophil and monocyte numbers in amateurrunners (Lippi et al., 2010, 2014). During a moderate 4-hoursession of cycling, the absolute number of circulating NK cells,monocytes and neutrophils in the bloodstream increases, butafter the exercise is finished only IL-6 concentrations remainhigh (Scharhag et al., 2005). Performing moderate walkingfor 45min does not change T-cell (CD5 and CD25) and

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 8 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 98: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

interleukin-2 concentrations, however, immunoglobulins havetheir plasma concentrations increased immediately after thiswalk (Nehlsen-Cannarella et al., 1991).

Lymphocyte subpopulations also increase with 10-weekaerobic training, with three sessions of 45min per week on thecycle ergometer at 70–80% intensity of the predicted maximumheart rate per age (LaPerriere et al., 1994). Corroborating with thefindings of LaPerriere et al. (1994), a training session performed 3times per week for 12 weeks, 30 min/session at 75% of VO2peak,also did not verify changes in total lymphocyte count (Mitchellet al., 1996). In addition, the authors also did not identify changesin IgG, IgA, and IgM immunoglobulins. The chronic effects ofaerobic exercise on immunological markers are still controversialand need further investigation in further studies.

As a limitation of this study, we can highlight the difficultyof finding studies with experimental and controlled conditions.Regarding the physical fitness of the chosen study participants,which can vary from sedentary to athlete, the results cannotbe generalized. In regard to gender, which is a factor of greatinfluence on the immune system, only five articles were foundfrom all the articles selected that investigated the female sex andin three of these both of the sexes were mixed in the sample. Inregard to the intensity of physical effort used in the interventions,there is the limitation of stipulating a zone of training whenconsidering the heterogeneity found, and that each one hasan acute or chronic effect on a certain immunological marker.Another limitation of our study was the difficulty of findingstudies that report on the chronic effect of exercise with only twostudies being chosen for this review, thus not allowing a thoroughanalysis of this aspect.

In addition, the use of birth control pills in studies withwomen limits our ability to reach conclusions. Thus, there isa considerable need for further studies in order to identify thefactors that really influence these discrepancies and also furtherresearch is needed in chronic intervention to verify its actualinterference with immunological markers.

We therefore highlight the exclusivity of this review becauseit is the first to widely cover this subject analyzing theeffects of acute and chronic aerobic exercises on all existingimmunological markers. The inclusion of randomized studies,the methodological precautions adopted to reduce the risk ofbias, the predefinitions of a protocol to be registered on a specificweb platform, and the inclusion of experimental studies withcontrol and experimental groups of similar characteristics helpedin the observation of the true interference of aerobic exerciseon immune cells. These facts show that this study has made animportant contribution with great research potential within theexisting scientific literature.

According to the results found in this research it was possibleto understand which immune markers are affected by aerobicexercise from acute and chronic perspectives. Aspects such asthe intensity of each intervention performed, its type, the placewhere it was developed and the characteristics of the individualsundergoing it make up important knowledge that allows for abetter understanding of these immunological changes caused byaerobic exercises. This review provides an up-to-date insight intothe content investigated herein, improving the safety in the workof health professionals when prescribing these aerobic exercisesfor healthy adults in the promotion of health.

Therefore, it is concluded from the results found in this studythat acute intervention promotes changes inmost immunologicalmarkers while chronic interventions influence a smaller part ofthem. There were differences between the results of studies withacute intervention with certain immunological markers. Thesemay be related to the level of physical fitness of the subjects, andtype and intensity of intervention.

External factors such as characteristics of the environmentwhere the intervention was performed and its intensityand also the internal aspects related to the training timeand oral contraceptive use of the participants shouldbe taken into consideration in new studies for a betterunderstanding of the relationship between aerobic exercise,acute and chronic interventions and their real influence onimmunological markers.

AUTHOR CONTRIBUTIONS

CG, MD, and IS contributed to the conception and design,search, and eligibility and outcome measures. CG, MD, and GJcontributed to the quality assessment. CG, MD, IS, PD, DS, andGJ contributed to the writing of the manuscript. CG, MD, IS, PD,DS, BC, RG, and GJ contributed to the revision and approval ofthe final manuscript version and interpretation of the results.

FUNDING

CG, IS, and MD have a CAPES research and productivity grant.The publication of this article was sponsored by CAPES inpartnership with the Federal University of Rio Grande do Norte,Natal, Brazil.

SUPPLEMENTARY MATERIAL

The Supplementary Material for this article can be foundonline at: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphys.2019.01602/full#supplementary-material

REFERENCES

Akerstrom, T., Steensberg, A., Keller, P., Keller, C., Penkowa, M., and Pedersen, B.

K. (2005). Exercise induces interleukin-8 expression in human skeletal muscle.

J. Physiol. 589(Pt 13):3407. doi: 10.1113/jphysiol.2011.213231

Andersson, H., Bohn, S., Raastad, T., Paulsen, G., Blomhoff, R., and Kadi,

F. (2010). Differences in the inflammatory plasma cytokine response

following two elite female soccer games separated by a 72-h recovery.

Scand. J. Med. Sci. Sports 20, 740–747. doi: 10.1111/j.1600-0838.2009.

00989.x

Auersperger, I., Knap, B., Jerin, A., Blagus, R., Lainscak,M., Skitek,M., et al. (2012).

The effects of 8 weeks of endurance running on hepcidin concentrations,

inflammatory parameters, and iron status in female runners. Int. J. Sport Nutr.

Exerc. Metab. 22, 55–63. doi: 10.1123/ijsnem.22.1.55

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 9 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 99: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

Barron, E., Lara, J., White, M., and Mathers, J. C. (2015). Blood-borne biomarkers

of mortality risk: systematic review of cohort studies. PLoS ONE 10:e0127550.

doi: 10.1371/journal.pone.0127550

Barros, E. S., Nascimento, D. C., Prestes, J., Nóbrega, O. T., Córdova, C.,

Sousa, F., et al. (2017). Acute and chronic effects of endurance running

on inflammatory markers: a systematic review. Front. Physiol. 8:779.

doi: 10.3389/fphys.2017.00779

Berger, A. (2000). Th1 and Th2 responses: what are they? BMJ. 321:424

doi: 10.1136/bmj.321.7258.424

Brazil Ministry of Health (2018). Protect and Care for Adolescent Health in Primary

Care, 2nd Edn. Brasília: Secretary of Health Care; Department of Programmatic

and Strategic Actions.

Brown, W. M., Davison, G. W., McClean, C. M., and Murphy, M. H.

(2015). A systematic review of the acute effects of exercise on immune

and inflammatory indices in untrained adults. Sports Med. Open 1:35.

doi: 10.1186/s40798-015-0032-x

Chen, Y., Zhang, Y., Zhao, G., Chen, C., Yang, P., Ye, S., et al. (2016).

Difference in leukocyte composition between women before and after

menopausal age, and distinct sexual dimorphism. PLoS ONE 11:e0162953.

doi: 10.1371/journal.pone.0162953

Córdova, A., Sureda, A., Tur, J., and Pons, A. (2010). Immune response to exercise

in elite sportsmen during the competitive season. J. Physiol. Biochem. 66, 1–6.

doi: 10.1007/s13105-010-0001-2

De Carvalho, A., Silva, V., and Grande, A. (2013). Bias risk assessment of

randomized controlled trials using the Cochrane collaboration tool. Diagn.

Treat. J. 18, 38–44. Available online at: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/

resource/pt/lil-670595?lang=fr

Díaz, V., Montalvo, Z., and Banfi, G. (2011). White blood cell counts in elite

triathletes over four consecutive seasons. Eur. J. Appl. Physiol. 111, 893–894.

doi: 10.1007/s00421-010-1701-6

Edwards, K. M., Burns, V. E., Ring, C., and Carroll, D. (2006). Individual

differences in the interleukin-6 response to maximal and submaximal

exercise tasks. J. Sports Sci. 24, 855–862. doi: 10.1080/02640410500

245645

Farhangimaleki, N., Zehsaz, F., and Tiidus, P. M. (2009). The effect of tapering

period on plasma pro-inflammatory cytokine levels and performance in elite

male cyclists. J. Sports Sci. Med. 8, 600–606. Available online at: https://www.

jssm.org/hf.php?id=jssm-08-600.xml#

Gabriel, H. H., and Kindermann, W. (1998). Adhesion molecules during

immune response to exercise. Can. J. Physiol. Pharmacol. 76, 512–523.

doi: 10.1139/cjpp-76-5-512

Gannon, G., Rhind, S., Shek, P., and Shephard, R. (2001). Differential cell adhesion

molecule expression and lymphocyte mobilisation during prolonged aerobic

exercise. Eur. J. Appl. Physiol. 84, 272–282. doi: 10.1007/s004210000374

Giefing-Kröll, C., Berger, P., Lepperdinger, G., and Grubeck-Loebenstein, B.

(2015). How sex and age affect immune responses, susceptibility to infections,

and response to vaccination. Aging Cell 14, 309–321. doi: 10.1111/acel.12326

Gleeson, M. (2007). Immune function in sport and exercise. J. Appl. Physiol. 103,

693–699. doi: 10.1152/japplphysiol.00008.2007

Gough, L., Penfold, R. S., Godfrey, R. J., and Castell, L. (2015). The immune

response to short-duration exercise in trained, eumenorrhoeic women. J. Sports

Sci. 33, 1396–1402. doi: 10.1080/02640414.2014.990488

Green, K. J., Rowbottom, D. G., and Mackinnon, L. T. (2002). Exercise

and T-lymphocyte function: a comparison of proliferation in PBMC

and NK cell-depleted PBMC culture. J. Appl. Physiol. 92, 2390–2395.

doi: 10.1152/japplphysiol.00926.2001

Higgins, J. P., Altman, D. G., Gotzsche, P. C., Jüni, P., Moher, D., Oxman, A. D.,

et al. (2011). The Cochrane Collaboration’s tool for assessing risk of bias in

randomised trials. BMJ 343:d5928. doi: 10.1136/bmj.d5928

Higgins, J. P., and Green, S. (2011). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of

Interventions, 2nd Edn. (Chichester: John Wiley & Sons). Available online at:

https://training.cochrane.org/handbook

Hofmann, P., and Tschakert, G. (2017). Intensity- and duration-

based options to regulate endurance training. Front. Physiol. 8:337.

doi: 10.3389/fphys.2017.00337

Ibis, S., Hazar, S., and Gokdemir, K. (2012). Acute effects of the cellular immune

system on aerobic and anaerobic exercises.HealthMed. 6, 1248–1257. Available

online at: https://hdl.handle.net/11480/4637

Klein, S. L., and Flanagan, K. L. (2016). Sex differences in immune responses. Nat.

Rev. Immunol. 16, 626–638. doi: 10.1038/nri.2016.90

Koh, Y., and Park, J. (2018). Cell adhesion molecules and exercise. J. Inflamm. Res.

11:297–306. doi: 10.2147/JIR.S170262

Kurokawa, Y., Shinkai, S., Torii, J., Hino, S., and Shek, P. (1995). Exercise-

induced changes in the expression of surface adhesion molecules on circulating

granulocytes and lymphocytes subpopulations. Eur. J. Appl. Physiol. Occup.

Physiol. 71, 245–252. doi: 10.1007/BF00854986

LaPerriere, A., Antoni, M. H., Ironson, G., Perry, A., McCabe, P., Klimas, N., et al.

(1994). Effects of aerobic exercise training on lymphocyte subpopulations. Int.

J. Sports Med. 15(Suppl. 3), S127–S130. doi: 10.1055/s-2007-1021127

LaVoy, E., Lowder, T., and Simpson, R. (2011). Acute exercise alters the

Type 1/Type 2 cytokine balance in both low (CD27+) and highly (CD27-)

differentiated subsets of CD4+ and CD8+ T cells (117.23). J. Immunol.

186(Suppl. 1), 117.23. Available online at: https://www.jimmunol.org/content/

186/1_Supplement/117.23.short

Li, Q., Li, B., Xu, H.-L., and Li, Y.-F. (2017). Change in the red blood cell

immunity function and T-lymphocyte and its subpopulations before and after

acute incremental load exercise. Biomed. Res. 28, 6844–6847. Available online

at: https://www.alliedacademies.org/articles/change-in-the-red-blood-cell-

immunity-function-and-tlymphocyte-and-its-subpopulations-before-and-

after-acute-incremental-load-exer-8123.html

Li, T.-L., and Cheng, P.-Y. (2007). Alterations of immunoendocrine responses

during the recovery period after acute prolonged cycling. Eur. J. Appl. Physiol.

101:539. doi: 10.1007/s00421-007-0529-1

Lippi, G., Banfi, G., Montagnana, M., Salvagno, G., Schena, F., and Guidi, G. C.

(2010). Acute variation of leucocytes counts following a half-marathon run. Int.

J. Lab. Hematol. 32, 117–121. doi: 10.1111/j.1751-553X.2008.01133.x

Lippi, G., Salvagno, G. L., Danese, E., Skafidas, S., Tarperi, C., Guidi, G. C.,

et al. (2014). Mean platelet volume (MPV) predicts middle distance running

performance. PLoS ONE 9:e112892. doi: 10.1371/journal.pone.0112892

Lira, F. S., dos Santos, T., Caldeira, R. S., Inoue, D. S., Panissa, V. L., Cabral-

Santos, C., et al. (2017). Short-term high- and moderate-intensity training

modifies inflammatory and metabolic factors in response to acute exercise.

Front. Physiol. 8:856. doi: 10.3389/fphys.2017.00856

Maltseva, D. V., Sakharov, D. A., Tonevitsky, E. A., Northoff, H., and Tonevitsky,

A. G. (2011). Killer cell immunoglobulin-like receptors and exercise. Exerc.

Immunol. Rev. 17, 150–163.

Mccarthy, D. A., and Dale, M. M. (1998). The leucocytosis of exercise. A review

and model. Sports Med. 6, 333–363. doi: 10.2165/00007256-198806060-00002

Medeiros, S. F. D., Maitelli, A., and Nince, A. P. B. (2007). Effects of the menopause

hormone therapy on the immune system. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 29,

593–601. doi: 10.1590/S0100-72032007001100008

Mitchell, J., Paquet, A., Pizza, F., Starling, R., Holtz, R., and Grandjean, P. (1996).

The effect of moderate aerobic training on lymphocyte proliferation. Int. J.

Sports Med. 17, 384–389. doi: 10.1055/s-2007-972865

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., and Altman, D. G. (2009). Preferred reporting

items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann.

Intern. Med. 151, 264–269. doi: 10.7326/0003-4819-151-4-200908180-00135

Mooren, F. C., Bloming, D., Lechtermann, A., Lerch, M. M., and Volker, K. (2002).

Lymphocyte apoptosis after exhaustive and moderate exercise. J. Appl. Physiol.

93, 147–153. doi: 10.1152/japplphysiol.01262.2001

Morgado, J. M., Rama, L., Silva, I., de Jesus Inácio, M., Henriques, A., Laranjeira,

P., et al. (2012). Cytokine production by monocytes, neutrophils, and dendritic

cells is hampered by long-term intensive training in elite swimmers. Eur. J.

Appl. Physiol. 112, 471–482. doi: 10.1007/s00421-011-1966-4

Morgado, J. P., Monteiro, C. P., Matias, C. N., Alves, F., Pessoa, P., Reis, J.,

et al. (2014). Sex-based effects on immune changes induced by a maximal

incremental exercise test in well-trained swimmers. J. Sports Sci. Med.

13, 708–714.

Moyna, N. M., Acker, G. R., Weber, K. M., Fulton, J. R., Goss, F. L., Robertson, R.

J., et al. (1996b). The effects of incremental submaximal exercise on circulating

leukocytes in physically active and sedentary males and females. Eur. J. Appl.

Physiol. Occup. Physiol. 74, 211–218. doi: 10.1007/BF00377443

Moyna, N. M., Acker, G. R., Weber, K. M., Fulton, J. R., Robertson, R. J.,

Goss, F. L., et al. (1996a). Exercise-induced alterations in natural killer cell

number and function. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 74, 227–233.

doi: 10.1007/BF00377445

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 10 January 2020 | Volume 10 | Article 1602

Page 100: 0,1,67e5,2 '$ ('8&$d2 &(1752 '( &,Ç1&,$6 '$ 6$Ò'( 352*5$0$ '( 3Ï6 … · 2020. 3. 22. · Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. Efeito do exercício aeróbio agudo e crônico em

Gonçalves et al. Aerobic Exercise on Immunological Markers

Nehlsen-Cannarella, S. D., Nieman, D. C., Jessen, J., Chang, L., Gusewitch, G.,

Blix, G. G., et al. (1991). The effects of acute moderate exercise on lymphocyte

function and serum immunoglobulin levels. Int. J. Sports Med. 12, 391–398.

doi: 10.1055/s-2007-1024700

Nieman, D., Brendle, D., Henson, D., Suttles, J., Cook, V., Warren, B., et al. (1995).

Immune function in athletes versus nonathletes. Int. J. Sports Med. 16, 329–333.

doi: 10.1055/s-2007-973014

Nieman, D. C. (1994). Exercise, infection, and immunity. Int. J. Sports Med.

15(Suppl. 3), S131–S141. doi: 10.1055/s-2007-1021128

Nieman, D. C., Henson, D. A., Smith, L. L., Utter, A. C., Vinci, D. M., Davis, J.

M., et al. (2001). Cytokine changes after a marathon race. J. Appl. Physiol. 91,

109–114. doi: 10.1152/jappl.2001.91.1.109

Nieman, D. C., and Nehlsen-Cannarella, S. L. (1994). The immune response to

exercise. Semin. Hematol. 31, 166–179.

Nieman, D. C., and Pedersen, B. K. (1999). Exercise and immune function. Sports

Med. 27, 73–80. doi: 10.2165/00007256-199927020-00001

Patlar, S. (2010). Effects of acute and 4-week submaximal exercise on

leukocyte and leukocyte subgroups. Isokinet. Exerc. Sci. 18, 145–148.

doi: 10.3233/IES-2010-0373

Pedersen, B. K. (1991). Influence of physical activity on the cellular immune

system: mechanisms of action. Int. J. Sports Med. 12(Suppl. 1), S23–S29.

doi: 10.1055/s-2007-1024746

Pedersen, B. K., and Hoffman-Goetz, L. (2000). Exercise and the immune

system: regulation, integration, and adaptation. Physiol. Rev. 80, 1055–1081.

doi: 10.1152/physrev.2000.80.3.1055

Pedersen, B. K., Rohde, T., and Ostrowski, K. (1998). Recovery of

the immune system after exercise. Acta Physiol. Scand. 162:325–32.

doi: 10.1046/j.1365-201X.1998.0325e.x

Pedersen, B. K., and Ullum, H. (1994). NK cell response to physical activity:

possible mechanisms of action. Med. Sci. Sports Exerc. 26, 140–146.

doi: 10.1249/00005768-199402000-00003

Raphael, I., Nalawade, S., Eagar, T. N., and Forsthuber, T. G. (2015). T cell subsets

and their signature cytokines in autoimmune and inflammatory diseases.

Cytokine 74, 5–17. doi: 10.1016/j.cyto.2014.09.011

Ronsen, O., Lea, T., Bahr, R., and Pedersen, B. K. (2002). Enhanced plasma IL-6

and IL-1ra responses to repeated vs. single bouts of prolonged cycling in elite

athletes. J. Appl. Physiol. 92, 2547–2553. doi: 10.1152/japplphysiol.01263.2001

Rowlands, D. S., Pearce, E., Aboud, A., Gillen, J., Gibala, M., Donato, S., et al.

(2012). Oxidative stress, inflammation, and muscle soreness in an 894-km relay

trail run. Eur. J. Appl Physiol. 112, 1839–1848. doi: 10.1007/s00421-011-2163-1

Santos, V. C., Levada-Pires, A. C., Alves, S. R., Pithon-Curi, T. C., Curi, R.,

and Cury-Boaventura, M. F. (2013). Changes in lymphocyte and neutrophil

function induced by a marathon race. Cell Biochem. Funct. 31, 237–243.

doi: 10.1002/cbf.2877

Santos, V. C., Sierra, A. P., Oliveira, R., Caçula, K. G., Momesso, C. M.,

Sato, F. T., et al. (2016). Marathon race affects neutrophil surface

molecules: role of inflammatory mediators. PLoS ONE 11:e0166687.

doi: 10.1371/journal.pone.0166687

Sato, H., Suzuki, K., Nakaji, S., Sugawara, K., Totsuka, M., and Sato, K. (1998).

Effects of acute endurance exercise and 8 week training on the production of

reactive oxygen species from neutrophils in untrained men. Nihon Eiseigaku

Zasshi 53, 431–440. doi: 10.1265/jjh.53.431

Scharhag, J., Meyer, T., Gabriel, H., Schlick, B., Faude, O., and Kindermann,

W. (2005). Does prolonged cycling of moderate intensity affect immune

cell function? Br. J. Sports Med. 39, 171–177. doi: 10.1136/bjsm.2004.

013060

Simpson, R. J., Kunz, H., Agha, N., and Graff, R. (2015). Exercise and the regulation

of immune functions. Progress in molecular biology and translational science.

Elsevier 135, 355–380. doi: 10.1016/bs.pmbts.2015.08.001

Smith, L. L. (2004). Tissue trauma: the underlying cause of

overtraining syndrome?. J. Strength Cond. Res. 18, 185–193.

doi: 10.1519/00124278-200402000-00028

Su, S.-H., Jen, C. J., and Chen, H.-i. (2011). NO signaling in exercise

training-induced anti-apoptotic effects in human neutrophils.

Biochem. Biophys. Res. Commun. 405, 58–63. doi: 10.1016/j.bbrc.2010.

12.123

Suzuki, K. (2018). Cytokine response to exercise and its modulation. Antioxidants

7:17. doi: 10.3390/antiox7010017

Suzuki, K., Nakaji, S., Yamada, M., Liu, Q., Kurakake, S., Okamura, N.,

et al. (2003). Impact of a competitive marathon race on systemic

cytokine and neutrophil responses. Med. Sci. Sports Exerc. 35, 348–355.

doi: 10.1249/01.MSS.0000048861.57899.04

Timmons, B. W., Hamadeh, M. J., Devries, M. C., and Tarnopolsky,

M. A. (2005). Influence of gender, menstrual phase, and oral

contraceptive use on immunological changes in response to prolonged

cycling. J. Appl. Physiol. 99, 979–985. doi: 10.1152/japplphysiol.001

71.2005

Tossige-Gomes, R., Ottone, V., Oliveira, P., Viana, D., Araujo, T., Gripp, F., et al.

(2014). Leukocytosis, muscle damage and increased lymphocyte proliferative

response after an adventure sprint race. Braz. J. Med. Biol. Res. 47, 492–498.

doi: 10.1590/1414-431X20143187

Walsh, N. P., Gleeson, M., Shephard, R. J., Gleeson, M., Woods, J. A., Bishop, N.,

et al. (2011). Position statement part one: immune function and exercise. Exer.

Immunol. Rev. 17, 6–63.

Wang, C.-C., Alderman, B., Wu, C.-H., Chi, L., Chen, S.-R., Chu, I.-H.,

et al. (2019). Effects of acute aerobic and resistance exercise on cognitive

function and salivary cortisol responses. J. Sport Exerc. Psychol. 41, 73–81.

doi: 10.1123/jsep.2018-0244

Witard, O. C., Turner, J. E., Jackman, S. R., Tipton, K. D., Jeukendrup, A.

E., Kies, A. K., et al. (2012). High-intensity training reduces CD8+ T-cell

redistribution in response to exercise. Med. Sci. Sports Exerc. 44, 1689–1697.

doi: 10.1249/MSS.0b013e318257d2db

Conflict of Interest: The authors declare that the research was conducted in the

absence of any commercial or financial relationships that could be construed as a

potential conflict of interest.

Copyright © 2020 Gonçalves, Dantas, dos Santos, Dantas, da Silva, Cabral, Guerra

and Júnior. This is an open-access article distributed under the terms of the Creative

Commons Attribution License (CC BY). The use, distribution or reproduction in

other forums is permitted, provided the original author(s) and the copyright owner(s)

are credited and that the original publication in this journal is cited, in accordance

with accepted academic practice. No use, distribution or reproduction is permitted

which does not comply with these terms.

Frontiers in Physiology | www.frontiersin.org 11 January 2020 | Volume 10 | Article 1602