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CURSO: GESTÃO FINANCEIRA COM ÊNFASE EM BANCOS PROFESSOR: GILBERTO DE CASTRO TIMOTHEO APOSTILA: 1 ASSUNTO PRINCIPAL: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 01 - Sistema Financeiro Nacional Sistema Financeiro Nacional O Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que intermedeiam as relações de troca de moeda entre os agentes financeiros (famílias, empresas e governo), transferindo os recursos dos superavitários para os deficitários. Para melhor entender como se dá este processo, primeiramente é importante saber como surgiu a moeda e como ela afetou a economia mundial. Segundo o pensamento econômico neoclássico, a economia poderia ser definida como a ciência que estuda as trocas. Na antiguidade, antes do advento da moeda, as pessoas trocavam os produtos diretamente. Mas, por motivos óbvios, verificou-se que este processo de troca não era eficiente. Certos produtos eram aceitos com mais facilidade do que outros, como um boi, por exemplo, e acabaram se tornaram produtos preferenciais de troca. O sal, também foi um importante produto de troca devido a dificuldade de ser obtido no interior dos continentes (daí a palavra salário). Com o passar dos anos estes produtos foram sendo substituído pelos metais. Eles eram raros, duráveis, fracionáveis e podiam ser acumulados, formando reservas. Os metais inicialmente eram cunhados na forma de utensílios. No século VII a.C. surgiram as primeiras moedas com características das atuais: pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos,

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CURSO: GESTÃO FINANCEIRA COM ÊNFASE EM BANCOSPROFESSOR: GILBERTO DE CASTRO TIMOTHEOAPOSTILA: 1ASSUNTO PRINCIPAL: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

01 - Sistema Financeiro Nacional

– Sistema Financeiro NacionalO Sistema Financeiro Nacional é

o conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que intermedeiam as relações de troca de moeda entre os agentes financeiros (famílias, empresas e governo), transferindo os recursos dos superavitários para os deficitários. Para melhor entender como se dá este processo, primeiramente é importante saber como surgiu a moeda e como ela afetou a economia mundial.

Segundo o pensamento econômico neoclássico, a economia poderia ser definida como a ciência que estuda as trocas. Na antiguidade, antes do advento da moeda, as pessoas trocavam os produtos diretamente. Mas, por motivos óbvios, verificou-se que este processo de troca não era eficiente. Certos produtos eram aceitos com mais facilidade do que outros, como um boi, por exemplo, e acabaram se tornaram produtos preferenciais de troca. O sal, também foi um importante produto de troca devido a dificuldade de ser obtido no interior dos continentes (daí a palavra salário).

Com o passar dos anos estes produtos foram sendo substituído pelos metais. Eles eram raros, duráveis, fracionáveis e podiam ser acumulados, formando reservas. Os metais inicialmente eram cunhados na forma de utensílios. No século VII a.C. surgiram as primeiras moedas com características das atuais: pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor.

Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores

com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão, dando origem à moeda de papel.

Os donos destes estabelecimentos observaram que algumas pessoas que guardavam seu ouro por longos períodos. De forma que eles poderiam emprestar uma parte deste ouro para outras que necessitassem momentaneamente de capital. Para tal, cobravam destas um adicional pelo risco assumido. Assim surgia o embrião dos bancos, tal qual nós conhecemos hoje.

A função dos bancos, basicamente continuou a mesma: dar condições satisfatórias de segurança e remuneração, para as pessoas que desejam guardar suas reservas. Ao mesmo tempo, oferecer capital a juros para aqueles que necessitam de se capitalizar. Este processo intermediação entre poupadores (ou doadores) e tomadores, chamamos de intermediação financeira. E a diferença entre o custo de captar e o lucro de empresta chama-se spread, que a grosso modo, seria o lucro dos bancos.

O Sistema Financeiro Nacional representa então todas as instituições envolvidas na intermediação financeira. Nele existem instituições normativas, que são as autoridades monetárias, supervisoras, que controlam o risco sistêmico e as operadoras, que de fato realizam a intermediação financeira.

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CURSO: GESTÃO FINANCEIRA COM ÊNFASE EM BANCOSPROFESSOR: GILBERTO DE CASTRO TIMOTHEOAPOSTILA: 1ASSUNTO PRINCIPAL: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Lei nº 4.595: lei da reforma bancária, com criação do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional (CMN), entre outras medidas;Lei nº 4.380: criação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Banco Nacional de Habitação (BNH).Lei nº 4.728: reforma do mercado de capitais.

Funções: Autorização do funcionamento das instituições financeiras, dando acesso a todos os instrumentos do mercado financeiro bancário.Autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, resseguro (operação que de que se valem as companhias de seguros, para transferir a uma resseguradora o excesso de responsabilidade que ultrapassa o

limite de sua capacidade econômica de indenizar-retenção de riscos),

previdência e

capitalização, bem como do órgão oficial fiscalizador; Condições para a participação de capital estrangeiro nas instituições visando assim o SFN os interesses nacionais e bons acordos internacionais;Organização, o funcionamento e as atribuições do Banco Central e demais instituições financeiras públicas e privadas;Criação de um fundo ou seguro, com objetivo de proteger a economia popular,garantindo créditos,aplicações e depósitos até determinado valor.(vedada a participação da união – com recursos),Critérios de restrição da transferência de poupança de regiões com renda inferior à média nacional para outras de maior desenvolvimento;Funcionamentos das cooperativas de crédito e os requisitos para que possam ter condições de operacionalidade.

Órgãos normativos

Entidades supervisoras Operadores

Conselho Monetário Nacional - CMN

Banco Central do Brasil - Bacen

Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista

Demais instituições financeiras

Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros

Comissão de Valores Mobiliários - CVM

Bolsas de mercadorias e futuros

Bolsas de valores

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP

Superintendência de Seguros Privados - Susep

Sociedades seguradorasIRB-Brasil Resseguros

Sociedades de capitalização

Entidades abertas de previdência complementar

Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC

Secretaria de Previdência Complementar - SPC

Entidades fechadas de previdência complementar

(fundos de pensão)

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NO SFN é importante guardar que se distingue duas espécies de instituições:

AAs que disciplinam o mercado, estabelecendo regras e editando normas.AAquelas outras que se limitam à intermediação financeira. (aumenta a base de monetária+unidades superavitáriasdeficitárias+mais liquidez na economia(ativos)+ transformando ativos de longo prazo pra curto prazo)

Conselho Monetário Nacional – C.M.N. (___NORMATIVO_)

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional. Foi criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e sofreu algumas alterações em sua composição ao longo dos anos. O CMN tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.

Pela lei 9069/1995, a composição atual C.M.N.é: 1 - Ministro da Fazenda, como Presidente do Conselho;2 - Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;3 - Presidente do Banco Central do Brasil.

A lei 4595/64 também enunciou os 7 (sete) objetivos do CMN :I - adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;II - regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários

de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;III - regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;IV - orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;V - propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;VI - zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;VII - coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa.

Funcionamento do Conselho Monetário Nacional (REUNI-SE DE 30 EM 30 DIAS)

Seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do Banco Central do Brasil.

Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) (ESTUDO DE MOEDA) como órgão de assessoramento técnico na formulação

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da política da moeda e do crédito do País. A Comoc manifesta-se previamente sobre os assuntos de competência do CMN. Além da Comoc, a legislação prevê o funcionamento de mais sete comissões consultivas. I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro; II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; III - de Crédito Rural; IV - de Crédito Industrial; V - de Crédito Habitacional, e para Saneamento e Infra-Estrutura Urbana;VI - de Endividamento Público; VII - de Política Monetária e Cambial.O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Executiva do CMN e da Comoc. Compete ao Banco Central organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, assessorar e dar suporte durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico).

Atualmente o CMN é presidido pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega. Além dele, temos Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva e o Presidente do Banco Central do Brasil, Henrique de Campos Meirelles.

A composição da Comoc é a seguinte : o Presidente do Banco Central do Brasil, o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários, o Secretário-Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, o Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e quatro Diretores do Banco Central do Brasil, indicados pelo seu Presidente.

LEMBRAR: ADAPTAR OS MEIOS DE PAGAMENTO ÁS REAIS NECESSIDADES DA ECONOMAI GLOBAL

Banco Central do Brasil – BACEN (antes chamado SUMOC-superintendência da moeda e do crédito)foi de moeda e crédito + desenvolvimento do país.

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional.

Tem por objetivos: 1 - zelar pela adequada liquidez

da economia; 2 - manter as reservas

internacionais em nível adequado; 3 - estimular a formação de

poupança; 4 - zelar pela estabilidade e

promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.

Dentre suas atribuições estão: 1 - emitir papel-moeda e moeda

metálica; 2 - executar os serviços do

meio circulante;3 - receber recolhimentos

compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias;

4 - realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;

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5 - regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

6 - efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;

7 - exercer o controle de crédito;

8 - exercer a fiscalização das instituições financeiras;

9 - autorizar o funcionamento das instituições financeiras;

10 - estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras;

11 - vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.

Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.

Cabe frisar que O BACEN EXECUTA AS NORMAS DELIBERADAS PELO CMN.

Comissão de Valores Imobiliários – CVM (FIXAR POL.MONETA.CREDITICIA E CAMBIAL)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. Sua responsabilidade é regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. O Mercado de Valores mobiliários é o que vulgarmente chamamos de mercado ações e debêntures. O objetivo final da CVM é o fortalecimento do mercado de

ações e debêntures. A CVM desempenha um papel semelhante ao do Bacen, só que no mercado mobiliário.

Para este fim, exerce as funções de:

1 - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;

2 - proteger os titulares de valores mobiliários;

3 - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado;

4 - assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido;

5 - assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários;

6 - estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 7 - promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.COPOM delibera a Política monetária MENBROS: Ministro da Fazenda + Ministro do Planejamento + Presidente do Banco Central.

CMN “ É entidade superior do Sistema Financeiro Nacional,

instituido com a finalidade de formular a politica de moeda e crédito,

objetivando o progresso econômico e social do Pais”.

Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFNAtribuições São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última

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instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior, nas infrações previstas na lei.

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a seguinte composição: I - um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz); II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); III - um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC); IV - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); V - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice.

O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

Banco do Brasil - BB Além de ser um banco comercial múltiplo, o Banco do Brasil têm algumas obrigações legais não comuns a outros bancos privados. O Banco do Brasil é uma pessoa jurídica de direito privado sob o regime de Economia Mista. Isto é, o governo detêm o controle acionário do banco, ou seja, no mínimo 50% das ações ordinárias mais um. O restante das ações é de propriedade da iniciativa privada sendo

inclusive negociado em Bolsa de Valores.O regime de trabalho dos funcionários do BB é Celetista (regido pela CLT).O Banco do Brasil é o principal agente do governo no fomento as atividades agropecuárias. Também atua em vários projetos sociais do governo federal. Até 1986 o BB possuía a chamada conta movimento do Governo Federal. Após perder a conta movimento o BB passou por uma grande reestrturação e hoje é um dos maiores bancos múltiplos do país e da América Latina.

Bancos ComerciasOs bancos comerciais são

instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

Bancos comerciais podem :1) Multiplicar recursos monetários

(moedas escriturais);2) Incrementar empréstimos

comprimindo seu encaixe.

Bancos MúltiplosHoje, a maioria dos bancos que

nós conhecemos, por exemplo, o Bradesco, o Itaú e o Banco do Brasil,

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trabalham como bancos múltiplos, isto é, com várias carteiras bancárias (autorizações do BC para atuarem em determinado nicho do mercado financeiro). Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:

1 - comercial,2 - de investimento e/ou de

desenvolvimento,3 - de crédito imobiliário,4 - de arrendamento mercantil

(Negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária , e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta.) e de crédito, financiamento e investimento. .

Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

01.09 – Caixas Econômicas As Caixas econômicas são

instituições mais antigas do Sistema Financeiro Nacional. A Caixa

Econômica Federal, foi criada em 1.861. Está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.

Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que:

ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte.

Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), no qual se destaca, principalmente oferecendo crédito para as classes mais baixas para a aquisição da casa própria.

01.10 - Cooperativas de CréditoAs cooperativas de crédito

observam, além da legislação e normas do sistema financeiro, a Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas.

Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de crédito podem se originar da associação

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de funcionários de uma mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de atuação.

Porém existem algumas condições específicas para as cooperativas. Os eventuais lucros auferidos com suas operações - prestação de serviços e oferecimento de crédito aos cooperados - são repartidos entre os associados. As cooperativas de crédito devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", vedada a utilização da palavra "Banco". Devem possuir o número mínimo de vinte cooperados e adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações de serviços.

Estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Podem conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos, financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro (Resolução CMN 3.106, de 2003).

01.12 – Banco Comercial CooperativoA Resolução do CMN 2788 permite que sejam constituídos bancos comerciais ou múltiplos sob controle acionários das cooperativas centrais de crédito. Estas instituições financeiras receberão o nome de “Banco Cooperativo” e deverão obrigatoriamente possuir carteira comercial.Interessante observar que o Banco Central, na resolução 3188/2004,

autorizou que estas instituições recebam depósitos da poupança verde, cujos recursos são destinados ao desenvolvimento da agricultura. Anteriormente somente bancos federais – BB, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia- podiam receber estes depósitos. Estes bancos não pertenciam ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e conseqüentemente não podiam receber depósitos em poupança, cujos recursos são destinados ao financiamento imobiliário.

01.13 - Bancos de InvestimentoOs bancos de investimento são

instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.

Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento".

Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

01.14 - Bancos de DesenvolvimentoOs bancos de desenvolvimento

são instituições financeiras controladas

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pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.

As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são empréstimose financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado.

Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 1976). Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDESO BNDES foi criado em 1952, como autarquia federal ( Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração pública, sujeita à fiscalização e à tutela o Estado, com patrimônio constituído de recursos próprios, e cujo fim é executar serviços de caráter estatal ou interessantes à coletividade), enquadrado como uma empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971.

O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos

que contribuam para o desenvolvimento do país.

Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral (é uma espécie de divisão menor de uma empresa que irá se encarregar de uma tarefa mais específica dentro do ramo de atividade da empresa à qual faz parte e à qual é subordinada), investe em empresas nacionais através da subscrição de ações e debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável. As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.

01.15 - Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério

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da Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966) {Uma letra de câmbio é um título de crédito que consiste em numa ordem de pagamento. Difere da nota promissória que é uma promessa de pagamento.Mas se diz que a letra de câmbio é uma promessa indireta, contudo. O sacador (criador da letra) promete fazer pagar por terceiro, pelo sacado, a soma cambial. Ma se obriga a pagar pessoalmente, se não cumprida a ordem de pagamento dada ao sacado}.

01.16 - Sociedades de Arrendamento Mercantil

As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil".

As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade

arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 2.309, de 1996).

01.17 - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobilários

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

Dentre seus objetivos estão: operar em

1)bolsas de valores,2) subscrever emissões de títulos

e valores mobiliários no mercado;3)comprar e vender títulos e

valores mobiliários por conta própria e de terceiros;

encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem(financiamento para compra de ativos no mercado a vista) ; realizar operações compromissadas; praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros.

São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários financeiros, são constituídos sob forma

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CURSO: GESTÃO FINANCEIRA COM ÊNFASE EM BANCOSPROFESSOR: GILBERTO DE CASTRO TIMOTHEOAPOSTILA: 1ASSUNTO PRINCIPAL: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

de condomínio e representam a reunião de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência da Comissão de Valores Mobiliários.

Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio.

01.19 - Bolsas de Valores As bolsas de valores são

associações privadas civis, sem finalidade lucrativa. O seu objetivo é de manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000).

A Bolsa é uma entidade possuidora de autonomia administrativa, financeira e patrimonialEstrutura da Bovespa.O quadro social da Bovespa é integrado por Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) que podem operar nos dois sistemas de negociação existentes e mantidos pela Bolsa de Valores:a) Pregão Viva Voz; eb) Sistema Eletrônico de Negociação - Mega Bolsa. A corretora que não quiser negociar diretamente na Bolsa com seus clientes poderá recorrer ao chamado Mercado de Balcão (o qual é diferente de “Mercado de Balcão Organizado), aquele negociado fora de bolsa Mercado de balcão organizado: também chamado de SOMA (Sociedade Operadora de Mercado Aberto), funciona como um "pré-vestibular" para empresas que pretendem mais tarde ter suas ações negociadas nas bolsas de valores. Apresenta como vantagens principais menor custo e menores exigências. ( vantagem é mais barato).

Balcão: Mercado em que as operações não são registradas em Bolsas. Também chamado de "tailor made" ou "customizadas" por atenderem especificações dos clientes, esse mercado abrange não só negociações com ações, mas também com outros ativos. Há duas modalidades distintas desse mercado:

A Assembléia Geral das Corretoras Membros é o órgão deliberativo máximo da BOVESPA.A Assembléia reúne-se ordinariamente duas vezes por ano, para deliberar sobre proposta orçamentária, aprovação das

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demonstrações financeiras do exercício anterior e para a eleição dos membros do Conselho de Administração.

01.20 - Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F

As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico.

Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades.

Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

Nova BolsaJunção da BM&F com a BOVESPA.Novo nome : NOVA BOLSASISTEMA 100% eletrônico.

01.21 – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELICFoi criado em 1979 pela Andima, em parceria com o Banco Central. O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa

condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligadoParticipam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de investimento. Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites fixados por eles.O objetivo deste sistema é controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda envolvendo títulos públicos e manter a sua custódia escritural.

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Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP

A Cetip foi criada em 1986 pelo Bacen em conjunto com as instituições financeiras nacionais. Ele tem funções semelhantes ao Selic, porém mais voltadas para os títulos privados, embora também custodie títulos públicos. A Cetip é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). Na qualidade de depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. Com poucas exceções, os títulos são emitidos escrituralmente, isto é, existem apenas sob a forma de registros eletrônicos (os títulos emitidos em papel são fisicamente custodiados por bancos autorizados). As operações de compra e venda são realizadas no mercado de balcão, incluindo aquelas processadas por intermédio do CetipNet (sistema eletrônico de negociação).

01.23 - Sociedades de Crédito Imobiliário

As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e

cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000).

01.24 - Associações de PoupançaAs associações de poupança e

empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

As operações passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos.

Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível (Resolução CMN 52, de 1967).

01.25 - Conselho Nacional de Seguros Privados

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados. Sua composição é :

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1 - Ministro da Fazenda (Presidente),

2 - Representante do Ministério da Justiça,

3 - Representante do Ministério da Previdência Social

4 - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados,

5 - Representante do Banco Central do Brasil

6 - Representante da Comissão de Valores Mobiliários.

Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

01.27 - Conselho de Gestão de Previdência ComplementarÉ um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social.Segundo a Lei Complementar 109/01, que trata do sistema de previdência complementar, compete ao CGPC regular, normatizar e coordenar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão).

O Decreto nº 4.678, de 25 de abril de 2003, devolveu ao Conselho a

condição de órgão de caráter recursal. Cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar. O CGPC é integrado por oito conselheiros:I) o Ministro de Estado da Previdência Social, que o presidirá;II) o Secretário de Previdência Complementar;III) um representante da Secretaria da Previdência Social;IV) um representante do Ministério da Fazenda;V) um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;VI) um representante dos patrocinadores e instituidores de entidades fechadas de previdência complementar;VII) um representante das entidades fechadas de previdência complementar;VIII) um representante dos participantes e assistidos das entidades fechadas de previdência complementar.

01.28 - Secretaria de Previdência Complementar

Secretaria de Previdência Complementar (SPC) é um órgão do Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão).

A SPC se relaciona com os órgãos normativos do sistema financeiro na observação das exigências legais de aplicação das reservas técnicas, fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. À SPC compete: propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar; harmonizar as

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atividades das entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvimento social e econômico-financeira do Governo; fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdência complementar fechada; analisar e aprovar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamento, transferência de controle das entidades fechadas de previdência complementar, bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações; examinar e aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinadores e por instituidores, bem como autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração especial em planos de benefícios operados pelas entidades fechadas de previdência complementar, bem como propor ao Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das referidas entidades.

01.32 - Entidades de Previdência AbertaEntidades abertas de previdência

complementar - são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador

são exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

01.33 - Entidades de Previdência Fechada

As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001.

01.29 - Instituto de Resseguros do Brasil

Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é uma sociedade de economia mista com controle acionário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazenda. Até janeiro de 2007, o IRB era monopolistas no ramo de resseguros. Com a lei complementar 126/2007, o IRB deixou de ser autoridade normativa dos resseguros.

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“O cosseguro é o seguro que se distribui entre diversas seguradoras, dividindo os

riscos entre elas”.

O Resseguro é Operação pela qual o segurador, com o fim de diminuir sua responsabilidade na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso, cede a outro segurador uma parte da responsabilidade e do prêmio recebido. O resseguro é um tipo de pulverização em que o segurador transfere a outrem, total ou parcialmente, o risco assumido, sendo, em resumo, um seguro do seguro. No Brasil essa operação só pode ser feita com o IRB. A retrocessão é operação feita pelo ressegurador e que consiste na cessão de parte das responsabilidades por ele aceitas a outro, ou outros resseguradores. Em outro enfoque: é o resseguro de um resseguro. Os planos de retrocessão são, basicamente, da mesma natureza dos utilizados em operações de resseguro, deles diferindo apenas na condição dos participantes, pois enquanto o segurador direto faz cessões em resseguro, o ressegurador faz retrocessões a outros resseguradores. Em qualquer caso, tanto nas operações de resseguro quanto nas de retrocessão, o ressegurador e o retrocessionário obrigam-se apenas com as entidades que lhes fizeram cessões ou retrocessões, nunca com os segurados.

01.30 – Sociedades SeguradorasSociedades seguradoras - são

entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido,

recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.

01.31 - Sociedades de CapitalizaçãoSociedades de capitalização -

são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

01.34 – Corretoras de SegurosAs corretoras de seguros são

instituições privadas cuja finalidade comercial é explorar a demanda do mercado consumidor por coberturas formalmente contratadas contra a incerteza, respaldadas na busca pela previdência e pelo desejo de pertencer a um grupo com interesses comuns, que visa atender, quando necessário for, a eventuais necessidades de um ou de vários deles.

A incumbência de captar a demanda por seguros é oriunda da impossibilidade legal das seguradoras de realizarem a contratação de seus produtos, os seguros.

Segundo a legislação, apenas os corretores de seguros, profissionais necessariamente associados às corretoras, estão legalmente habilitados para efetuarem, à favor do segurado, a contratação de seguros.

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Quanto à origem, as corretoras de seguros podem ser autônomas ou cativas.

As corretoras cativas: são aquelas que foram montadas por uma determinada seguradora e ela devem exclusividade na comercialização de seguros.

As corretoras de seguros autônomas: como o nome indica, estão livres para comercializarem seguros de diferentes seguradoras.

01.35 – Sociedades Administradoras de Seguro Saúde

São Pessoas jurídicas constituídas sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, autorizada, a partir do registro na ANS, a comercializar planos de privados de assistência à saúde.

01.36 – Sociedades de Fomento Mercantil – FactoringSão Sociedades de Fomento Comercial ou Mercantil destinadas a dar apoio às pequenas e médias empresas, através da prestação de serviços administrativos e compra de seus créditos, gerados pelas vendas a prazo. A operação de factoring não é um empréstimo e sim uma operação mercantil (compra e venda), onde ocorre a transferência, mediante contrato, dos direitos de crédito, passando os riscos do recebimento dos títulos a serem de responsabilidade da empresa de factoring, desde que não constatada a fraude na formação do crédito. A relação jurídica da operação de factoring ocorre entre duas empresas, quando uma delas entrega à outra um título de crédito, recebendo como contraprestação, o valor constante do

título, do qual se desconta certa quantia, considerada a remuneração pela transação. A empresa de factoring presta as seguintes modalidades de serviços às MPE's: - Convencional - A operação de factoring propriamente dita. Nesta modalidade, a empresa de factoring compra direitos creditórios ou ativos, oriundos de vendas a prazo, através de um contrato de fomento mercantil. Esta cessão de direitos deverá estar instrumentada através de documentação que comprove a notificação do vendedor ao consumidor (sacado-devedor); - Maturity - A Factoring passa a administrar as contas a receber da empresa fomentada, eliminando as preocupações com cobrança; (“faz papel de cobrador”).

- Trustee - Além da cobrança e da compra de títulos, a Factoring presta assessoria administrativa e financeira às empresas fomentadas, tais como: assessoria de crédito, mercadológica, análise de risco, contas a receber, contas a pagar e outros serviços de natureza administrativa e financeira. - Exportação - Nessa modalidade, a exportação é intermediada por duas empresas de factoring (uma de cada país envolvido), que garantem a operacionalidade e liquidação do negócio; - Factoring Matéria-Prima - A Factoring nesse caso transforma-se em intermediária entre a empresa fomentada e seu fornecedor de matéria-prima. A Factoring compra à vista o direito futuro deste fornecedor e a empresa paga à Factoring com o faturamento gerado pela transformação desta matéria-prima.

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01.37 – Sociedades Administradoras de Cartão de Crédito

Juridicamente falando, existe um entendimento que as sociedades administradoras de Cartões de Crédito não são instituições financeiras, nem fazem parte do Sistema Financeiro Nacional.

Como o Bacen não relaciona tais entidades como pertencentes ao SFN elas independem de autorização, regulação e fiscalização de qualquer dos órgãos governamentais para seu funcionamento.

As Administradoras de cartão de crédito são apenas empresas prestadoras de serviço. Elas fazem a intermediação entre os portadores de cartão de crédito e os estabelecimentos afiliados as “bandeiras” (Visa, Mastercard, Sollo,...) e as instituições financeiras. Ou seja, somentes as instituições financeiras que estão ligadas as Administradoras de Cartão de Crédito que são responsáveis pelo crédito concedido e estão sujeitas as fiscalizações do Banco Central.

2.7. SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃOAs Sociedades de Capitalização são empresas autorizadas a funcionar pelo Decreto-Lei 261/67, por normas do Conselho Nacional de Seguros Privados(CNSP) e SUSEP.Seu produto básico são títulos de capitalização (títulos de crédito, nominativos), um investimento de longo prazo cuja característica principal se assemelha a um jogo(aposta), onde o investidor pode recuperar parte ou todo valor gasto.Sem a ajuda da sorte, seu rendimento tende a ser inferior a de uma caderneta de poupança.

Os sorteios podem ser semanais, mensais, etc.Os títulos de capitalização têm prazo de carência para resgate, normalmente de 12 meses.O valor aplicado ( o qual é estabelecido no título) pode ser em parcelas mensais, trimestrais ou de uma única vez.São atualizados monetariamente pela TR – Taxa Referencial, do Bacen.Nos pagamentos efetuados dos títulos desconta-se uma parte para despesas administrativas e outra (quando há sorteio) para custear as premiações.Mesmo sendo sorteado, o cliente continua a concorrer e pode adquirir quantos títulos quiser.Estes títulos podem ser doados, trocados, vendidos, sendo necessário formalizar um termo à Sociedade Seguradora.monetária (inflação), definido no início do contrato, e uma taxa de juros.

GARANTIA FIDEJUSSÓRIA (GARANTIAS PESSOAIS)

Garantia fidejussória, também chamada de garantia pessoal é a obrigação pessoal que alguém assume para garantir o cumprimento de obrigação alheia caso o devedor não o faça. Essas espécies perduram até os dias atuais. Ex.: fiança, aval, caução, etc. Fidejussória, vem do latim fidejussio, oriunda de fidejubere, em termos jurídicos é igual a fiança ou caução pessoal.

FIANÇA:

AVAL:

CAUÇÃO: (do latim cautio, ação de se acutelar, precaução) é a cautela que alguém tem

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ou toma como garantia de indenização de algum dano possível ou devido à possível falta do cumprimento de alguma obrigação. O termo é usado, genericamente, para indicar as várias formas de garantias usadas para a concretização de um ato, quer negociado entre as partes, quer por exigência judicial.A caução pode ser: real, se a garantia dada for uma coisa, móvel ou imóvel, ou fidejussória, se a garantia dada for pessoal (ou seja, uma pessoa garante por outra que vai cumprir a obrigação).Na caução real, como a hipoteca (imóveis) ou o penhor (móveis), a coisa dada em caução passa a ser a garantia do cumprimento da obrigação.Na caução fidejussória, como a fiança, não só o devedor passa a ser responsável pelo cumprimento da obrigação como também quem prestou garantia pessoal.Quando a lei não determinar a espécie de caução, esta poderá ser prestada em dinheiro, papéis de crédito, títulos da União ou Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança.Poderá ser prestada pelo interessado ou por terceiro. Aspectos processuaisAquele que for obrigado a caucionar requererá a citação da pessoa em favor de quem tiver de ser prestada, indicando na petição inicial o valor a caucionar, o modo pelo qual será prestada, a estimativa dos bens e a prova de suficiência da caução ou da idoneidade do fiador.Aquele em que cujo favor será prestada a caução requererá a citação do obrigado, para que este a preste sob pena de incorrer na sanção que a lei ou contrato imputar.O requerido após a citação terá prazo de 5 dias para contestar o pedido, caso não

conteste ou se a caução for aceita, ou se matéria somente de direito,ou sendo de direito e de fato, e não houver necessidade de outra prova o juiz proferira a sentença.Julgado procedente o pedido o juiz determinará a caução e assinará para para prestá-la.

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA : ( GARANTIAS REAIS)

é uma modalidade do direito de propriedade. É direito real, mas que está dentro do direito de propriedade. É modalidade de propriedade com a intenção de garantia. Como sabemos, não poderia haver direito real sem prévia estipulação em lei. Mas a alienação fiduciária está prevista, não no rol do artigo 1.225 do Código Civil Brasileiro, mas do artigo 1.361 ao 1.368-A, dentro do Título sobre o Direito de Propriedade. Os legisladores acharam que seria redundante colocar a alienação fiduciária no elenco do artigo 1.225, porque já estaria elencada a propriedade e a alienação fiduciária é uma espécie, uma modalidade da propriedade.***No cotidiano, a alienação fiduciária acontece quando um comprador adquire um bem a crédito. O credor (ou seja, aquele que oferece o crédito) toma o próprio bem em garantia, de forma que o comprador fica impedido de negociar o bem com terceiros. No entanto, o comprador pode usufruir do bem.*** No Brasil, essa modalidade de crédito é comum na compra de veículos ou de imóveis. No caso de veículo, a alienação fica registrada no documento de posse do mesmo, e no caso de imóvel, é comum que a propriedade definitiva, atestada pela escritura, só

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seja transmitida após a liquidação da dívida. Em ambos os casos, o comprador fica impedido de negociar o bem antes da quitação da dívida, mas pode usufruir dele.Anote-se que a alienação fiduciária em garantia é contrato de larga utilização, especialmente no mercado de veículos.Essa prática reiterada é fonte suficiente de convicção para reconhecer-se e proclamar-se que ninguém (salvo o que mentalmente não sabe o que faz, portador de uma deficiência mental) desconhece suas linhas gerais, notadamente a contratação de um mútuo, assim como a "obrigação" de "devolver" a coisa se inadimplido aquele. E "devolver" é conceito imanente ao "depósito".

PENHOR

Penhor é direito real de garantia vinculado a uma coisa móvel ou mobilizável. Genericamente, o penhor é qualquer objeto que garante o direito imaterial, não palpável (o penhor do trabalho é o dinheiro e da divida, é algo de valor, dado como garantia – não necessariamente bens móveis).

HIPOTECA

"dar como empenho"

é uma garantia real extrajudicial e incide sobre bens imóveis ou equiparados que pertençam ao devedor ou a terceiros.Alguns exemplos de bens equiparados que podem ser dados em hipoteca são navios e aeronaves.

As hipotecas podem classificar-se em:

Legais – tem origem na aplicação da lei independentemente da vontade das partes

Judiciais – resultam da sentença condenatória.

Voluntárias - são as mais usuais e surgem naturalmente dos contratos. A hipoteca para ser válida deve ser registrada na conservatória do registro predial (finalidade essencial do registro é dar a conhecer a situação jurídica dos imóveis, ao passo que o cadastro visa determinar fisicamente o imóvel).

OBS:

“Ao contrário de grande parte dos países, no Brasil a utilização da

hipoteca tem perdido espaço, especialmente para a alienação

fiduciária”.

FIANÇA BANCÁRIA :

É um contrato por meio do qual o banco, que é o fiador, garante o cumprimento da obrigação de seus clientes (afiançado) e poderá ser concedido em diversas modalidades de operações e em operações ligadas ao comércio internacional. é uma garantia real,diferente do aval, que é uma garantia pessoal.

FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO :

O Fundo Garantidor de Crédito- FGC constitui-se numa associação civil sem

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fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado do Brasil.Ele existe devido a a Resolução nº 2.211/95, do CMN, e a Circular Bacen nº 3.270/04.Foi originado do extinto FGDLI - Fundo de Garantia de Depósitos e Letras Imobiliárias - a partir da reversão de seus valores para o FGC.Também foram absorvidos a massa de depósitos do RECHEQUE - Reserva para a Promoção da Estabilidade da Moeda e do Uso do Cheque - que consistia num fundo criado para a absorção das multas cobradas dos emitentes de cheques sem provisão de fundos.São obrigados a contribuir para o FGC os bancos, que através da Resolução 3.251/04, do CMN, com 2% (anteriormente eram 5%)sobre o valor total das contas cobertas pela garantia em todo o sistema financeiro.O FGC garante, atualmente, perdas de até R$ 60 mil, para cada pessoa contra a instituição bancária alvo de alguma operação financeira.São objeto de garantia :Depósitos à vista; Depósitos em conta de investimento; Depósitos em poupança; Depósitos a prazo; Letras de cambio; Letras imobiliárias; Letras hipotecárias; Letras de crédito imobiliário.

POLÍTICA ECONOMICA A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são planeadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país, uma região ou um conjunto de países. Estas ações são executadas pelos agentes de política econômica, a saber: nacionalmente, o

Governo, o Banco Central e o Parlamento e internacionalmente por órgãos como, por exemplo, o FMI, o Banco Mundial.Cada vez mais há uma interação com entidades multinacionais, pelo fato da economia da maioria dos países encontrar-se globalizada.

Ex: PAC (PROGAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO) No Brasil foi anunciado, em fevereiro de 2007, pelo Governo Federal um programa que se constitui na sua política econômica. Denominado Programa de Aceleração de Crescimento – PAC, engloba um conjunto de medidas que se destinam a tornar mais rápido o crescimento econômico do país.

INTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA :

A Política Monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação. Visando defender o poder de compra da moeda.Tal prática pode ser expansionista ou restritiva. Em uma política monetária restritiva, a quantidade de dinheiro em circulação é diminuída, ou mantida estável, com o objetivo de desaquecer a economia e evitar o aumento dos preços. Em uma política monetária expansionista, a quantidade de dinheiro em circulação é aumentada, com o objetivo de aquecer a demanda e incentivar o crescimento econômico, porém não o determina.

Controlar a oferta de moeda na economia e a taxa de juros.

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PARA FAZER POLÍTICA MONETÁRIA,O GOVERNO DISPÕE DE CINCO INTRUMENTOS BÁSICOS:

Emissão de papel-moeda

Depósito compulsório:

Percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao Banco Central).“parte dos depósitos efetuados pelos clientes não bancários nos bancos comerciais deve ser recolhido ao Banco Central, compulsoriamente. Esse instrumento tem o objetivo de diminuir o poder que os bancos comerciais possuem de multiplicar o dinheiro em circulação através dos empréstimos, possibilitando ao Banco Central manter o controle da quantidade de dinheiro em circulação”.

Compra e venda de títulos da dívida pública

“Afeta diretamente a quantidade de dinheiro em circulação. Ao comprar títulos do público, o banco central promove política monetária expansionista, pois entrega dinheiro em troca dos títulos. Ao contrário, para enxugar a liquidez do sistema, o banco central pode vender títulos de sua carteira própria, entregando papéis e recebendo dinheiro, que é tirado de circulação”.(Livro: Economia monetária).

Redescontos Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais.

taxa exigida pelo Banco Central para cobrir os eventuais "buracos" nos caixas dos bancos comerciais. Se a taxa é baixa e o prazo é longo, os bancos podem se expor a riscos maiores, aumentando os empréstimos e, por conseqüência, a quantidade de dinheiro em circulação. Se a taxa é alta e o prazo é curto, os bancos precisam exigir riscos menores, diminuindo os empréstimos e, por conseqüência, a quantidade de dinheiro em circulação.”(Livro Economia monetária) Regulamentação sobre crédito e taxas de juros.