01 - ponto sem retorno

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01 - Ponto Sem Retorno

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  • SRIE MOMENTO DECISIVO 01 PONTO SEM RETORNO

    Disponibilizao e Reviso Inicial: Mimi

    Reviso Final: Angllica

    Gnero: Homo/Contemporneo

  • 2

    Matthew Elliot um dos melhores detetives, resistente, homem gay enrustido

    inteligente de Los Angeles. Quando ele se apaixona por seu instrutor de ginstica, no

    com seus colegas, que deve estar preocupado que descubram... So os bandidos.

    Matthew Elliot um dos melhores detetives de Los Angeles. Ele foi rotulado o

    menino de ouro dos Quatro Fabulosos: uma equipe de quatro detetives que j fecharam

    cartis de drogas em toda a cidade. Ele inteligente, resistente e extremamente bom em

    seu trabalho.

    Ele tambm um homem gay enrustido.

    Apresentado a Kira Takeo Franco, o novo treinador de boxe na academia.

    Matthew no pode negar sua atrao imediata para o homem, seus colegas policiais o

    conhecem como Frankie. Mas, permitir se apaixonar por um homem conhecido por seus

    colegas, Matthew arriscaria ambos.

    Matt e Kira trabalham para manter seu relacionamento e vida privada escondidos

    da vida muito pblica de Matt, temendo que isso seja prejudicial para suas carreiras.

    Mas no com os outros policiais que Matthew deve estar preocupado em

    encontrar o seu mais profundo e escuro segredo... So os bandidos.

  • 3

    COMENTRIOS DA REVISO

    MIMI

    Sou apaixonada nessa autora, adoro os livros dela. Ela sabe como escrever e te

    prender na histria do inicio ao fim. Adorei Kira e Matt, juro que esse japons fez um

    acerto no meu corao, muito fofo (ele me lembrou da boca impertinente do Cooper

    kkkk). A histria emocionante e te deixa na expectativa da prxima pagina. Nota 1000

    para Sra. NR Walker. Voc pode conferir outros livros dela no blog, j que a autora

    uma das nossas estrelas e favoritas. RSRSRS.

    ANGLLICA

    NR Walker sempre surpreendendo no seu jeito de escrever, uma linda histria e

    personagens que aprenderemos a amar, com certeza. Matt e sua sada do armrio um

    tanto violenta, mas acho que se no fosse no tranco, no sairia. J Kira extremamente

    cativante e carismtico.

    De todos os livros que lanamos, este me lembrou muito F Cega e neste romance

    a f teve que ser cega, o amor construdo aos poucos, conquistado a cada dia e a grande

    prova de amor.

    Romntico, no? Boa leitura e no deixem de comentar.

  • 4

    Captulo Um

    Os quatro de ns fomos para a academia como sempre fizemos depois de um dia

    estressante e fomos recebidos por uma salva de palmas dos outros policiais que estavam l

    trabalhando. O ginsio em si foi um espao principal, com vrios equipamentos de ginstica,

    um balco de servio e alguns quartos fora da parede distante para diferentes

    classes. Cheirava a suor e meias sujas. Eu adorei.

    Na parede de frente para as escadas rolantes havia uma fileira de telas de TV,

    geralmente mostrando repeties de diferentes esportes. Mas no essa noite. As telas de TV

    estavam sintonizadas com a notcia das cinco horas, e todos os caras l estavam assistindo os

    quatro de ns de p em frente sede da West Street.

    Um reprter introduziu a histria. "Quebrando outro ligao de uma das maiores

    redes de drogas de Los Angeles, expatriado croata Pavao Tomic foi tirado do ar, em que s

    poderia ser descrito como um bem sucedido golpe as droga pela polcia."

    Acenei-os, indo direto para as escadas rolantes. Eu no precisava ver isso.

    Estive l.

    "Detetive Elliott, isso deve ser um alvio depois de semanas de trabalho duro para

    finalmente ter esse fornecedor de drogas notrio sob custdia."

    "Sim, ." Ouvi-me responder diplomaticamente na tela. "As ruas de LA so mais

    seguras. O povo de LA est melhor com Tomic atrs das grades."

    O que eu no poderia dizer no ar era que o nojento merecia tudo o que ele teve. Com

    nenhum respeito pela vida humana, tipos como Pavao Tomic foram deixados para apodrecer

    na cadeia.

  • 5

    Em vez disso, tudo se adequava na frente do distrito, a verso televisiva que cheguei a

    dizer que no era s eu que fazia todo o trabalho, como a imprensa insinuou, mas um esforo

    de equipe.

    Eu no superei os outros trs homens na minha equipe. No fiz qualquer coisa que

    eles no fizeram, mas que no era como a mdia retratou-o. Para eles, eu era o lder da

    apelidada pela mdia 'Quatro fabulosos1' um dos quatro detetives da Diviso de Narcticos,

    que tinha quebrado criminosos do outro lado da cidade. Meu parceiro, o detetive Mitch

    Seaton, e os detetives parceiros Kurt Webber e Tony Milic compunham o resto da equipe,

    que tinham visto um nmero recorde de criminosos atrs das grades.

    "Sim." Mitch bufou da esteira ao meu lado. "O nico homem do show aqui fez tudo

    por conta prpria."

    Revirei os olhos antes de olhar para os outros caras. "Toda vez que qualquer um de

    vocs trs idiotas querem falar quando as cmeras comeam a rolar, fiquem vontade."

    Kurt riu. "Nenhum maldito caminho! Prefiro sua cara feia para estar em todos os

    noticirios do que a minha."

    "O pblico em geral iria tambm." Brincou Mitch. Ele estendeu a mo e tocou o lado

    do meu rosto. "Este menino bonito faz todos ns policiais parecermos bons."

    Tony riu de mim, e os trs comearam a falar merda, assim como a mdia fez. Mas

    desistiram de tentar me incitar quando perceberam que no ia morder. Harmonizando-se e

    em sintonia com o ritmo dos meus ps batendo na esteira em seu lugar.

    Eles haviam se estabelecido em correr fora das esteiras comigo, quando Kurt nos disse

    que ele no podia ficar muito tempo, porque tinha planos para o jantar com a namorada,

    Rachel. "Treino em primeiro lugar, ento ns acertamos o bar, apenas um pouco. Tem sido

    uma semana e tanto."

    E isso tinha.

    1 O fab four a banda de rock and roll do incio dos anos setenta. Tambm conhecida como os Beatles

  • 6

    Havamos passado meses assistindo Tomic, esperando a Intel ter xito, agarr-lo em

    flagrante em uma apreenso de drogas de vrios milhes de dlares. Isso valeu a pena

    hoje. Ningum foi ferido, sem vtimas, no valor de vrios milhes de dlares em cocana,

    cristais de metanfetamina das ruas e mais um elo de crime na cadeia, atrs das grades.

    Ento, ns fizemos o que sempre fizemos. Os quatro de ns acertamos o ginsio, ento

    o bar. Eles no bebiam muito, e eu bebi at menos, mas desabafamos no ginsio, em seguida,

    descontraamos no bar, falando besteira e tendo uma risada. Era um 'ginsio e um bar de

    policiais'. Eu tinha sido um policial por dez dos meus 28 anos. O trabalho da polcia era tudo

    que eu conhecia.

    Os caras com quem trabalhei eram a minha famlia, como irmos. Eu sabia quase tudo

    sobre eles, como fizeram comigo.

    Quase tudo. Havia uma parte da minha vida que no sabiam nada.

    Quando os outros rapazes comentaram sobre eu ser o loiro, playboy de olhos azuis da

    fora policial, o que todas as mulheres queriam, eu me lembrei exatamente o que foi que eles

    no sabiam sobre mim.

    Porque no eram as senhoras que eu queria.

    Isso foi o que eles no sabiam sobre mim. Isso foi o que eu mantinha em

    segredo. Oculto. Privado. Ser que os caras com quem trabalhei me tratariam de forma

    diferente se eles soubessem que eu era gay? Talvez... Provavelmente...

    Eu no tinha vergonha. No estava com medo. No ostentava ser gay, porque no

    queria que isso me precedesse. Queria ser conhecido por ser um bom policial, no um

    policial gay. Mas acima de tudo, mantive a minha sexualidade para mim, porque no era

    malditamente da conta de mais ningum.

    Depois de vinte minutos na esteira, pulei fora, pronto para o meu saco de treino. O

    boxe era a minha praia. O ginsio tinha uma sala disputa nenhum ringue, apenas tapetes e

    almofadas. Foi na maior parte apenas uma forma de fitness, e um pouco de autodefesa. Os

  • 7

    outros caras da minha equipe no se preocupavam com isso. Eles me viam treinar algumas

    vezes, e provocavam e insultavam-me, mas nenhum deles tinha bolas para treinar comigo.

    Fui para a sala de boxe, e Chris, o proprietrio da academia, me seguiu. "Ei, Matt!" Ele

    chamou da porta. "Haver um novo treinador, tendo a sua sesso de hoje."

    "No se preocupe." Eu respondi. "Vinnie est bem?"

    "Sim, sim." Chris balanou a cabea. "S uma mudana em seu calendrio, isso

    tudo." Ele olhou por cima do ombro e chamou um cara novo. "Frankie, este aqui Matthew

    Elliott. Ele o seu compromisso de cinco e meia. Matt, este Frankie."

    Eu olhei para ele, em seguida, o meu novo treinador de boxe. E fiquei preso.

    Jesus fodido Cristo.

    Fiz uma dupla tomada, tentando no me entregar a distncia. Mas ele era fodidamente

    bonito. Tinha cabelos escuros, pele escura, olhos escuros. Ele era europeu ou asitico. Ou os

    dois.

    Ele sorriu. Droga! Seu sorriso.

    "O verdadeiro nome de Frankie eu no posso pronunciar." Chris passou a dizer com

    uma risada. "Mas ele sabe que eu sou um ex-policial e no excessivamente brilhante, ento

    me perdoa."

    Esse cara Frankie estendeu a mo e se apresentou formalmente. "Kira Takeo

    Franco." Eu no podia detectar um acento, mas seu nome rolou exoticamente fora da sua

    lngua. Apertei sua mo, e nossos olhos se encontraram. Era como se eu no conseguisse

    desviar o olhar. Seu olhar se aprofundou por apenas um segundo, e seus olhos brilharam,

    como se pudesse dizer que o achava atraente. Ento ele sorriu e disse: "Voc o cara na TV."

    "O nico e o mesmo." Disse Chris. "De qualquer forma." Continuou ele para mim, com

    um sorriso. "Vi Frankie em ao, pensei em entrar e ver como ele faz com o nosso melhor

    aluno."

    Em seguida, a porta atrs de mim se abriu, Mitch, Kurt e Tony entraram.

  • 8

    Olhei para o meu time de p na porta, todos sorrindo, depois de volta para Chris. "E o

    que eles fazem aqui?"

    Chris respondeu hesitante. "Bem, Frankie muito bom. Eu poderia ter dito a eles que

    poderia ser ... Divertido."

    Olhei para os trs policiais sorrindo, meus chamados parceiros. "E vocs vieram para

    ver se meu traseiro seria chutado?"

    Eles acenaram e riram, e Mitch defendeu-me... Bem, mais ou menos. "Eu tenho vinte

    em voc." Disse ele. Ele jogou o polegar para trs em Kurt e Tony. "Estes dois no so to

    confiantes."

    Revirei os olhos e sorri para eles, ento comecei a amarrar minhas mos. Quando me

    virei e vi meu parceiro de treino, quase perdi o flego. Ele estava esticando os ombros largos

    que foram mal disfarados por sua camiseta, revelando os msculos bem definidos e pele

    bonita, verde-oliva. Meu pau se contorceu.

    Maldio.

    Um teso na frente da minha equipe foi a ltima coisa que eu precisava. Enfrentei a

    parede, ricocheteei no meu p e sacudi-o, desejando como o inferno que meu antigo

    treinador, o prprio no atraente Vinnie, ainda fosse o meu treinador.

    "Ok, vamos comear no saco. Frankie me contou.

    Ele segurou o saco de pancadas ainda enquanto eu praticava jabs e sequncias,

    sorriu. Seus olhos escuros eram brilhantes e sorrindo enquanto segurava o saco

    firme. Mesmo que eu soubesse que ele estava olhando diretamente para mim, eu

    deliberadamente no olhei para ele, e mantive meus olhos no saco em seu lugar.

    Mas, ento, que ele pediu tempo e pegou almofadas de mo. Ele ficou pronto, suas

    mos cobertas entre ns, esperando por mim mirar a prtica dos jabs nas almofadas. E na

    frente do nosso pblico, ns passamos os movimentos. Apontei, ele desviou. Mas sorriu

    como se estivesse me desafiando.

  • 9

    Era como se seus lbios carnudos, olhos amendoados, o cabelo preto brilhante e a

    covinha na bochecha esquerda estivessem me incitando. Atraindo-me.

    E meu pau estremeceu novamente.

    Foda-se!

    "Ok, Frankie. Chris chamou. "Mostre a ele o que voc tem."

    Deslizando as mos das luvas acolchoadas e jogando-as na parede lateral, Frankie

    virou-se para mim. Eu o enfrentei, levantando as mos para proteger o meu queixo,

    enquanto ele fazia o mesmo.

    Ns danamos ao redor um do outro por um tempo, oferecendo alguns jabs cada, e eu

    o vi levantar o p direito ligeiramente, para que o calcanhar deixasse o tapete, mas no os

    dedos dos ps.

    Ele no era apenas um boxeador. Ele era um kick-boxer.

    "Mantenha os ps no cho." Disse ele.

    Suas sobrancelhas levantaram e ele sorriu, fazendo meu pau se contrair novamente. E

    ento ele me espetou duas vezes na boca.

    Os outros caras aplaudiram quando puxei de volta, redimensionando o meu

    adversrio. "Mantenha os cotovelos dentro. Ele instruiu. "E mantenha as mos para cima."

    Eu entrei rapidamente, jogando uma curva esquerda. Ele se esquivou facilmente e

    sorriu novamente, mas desta vez riu. E eu podia sentir-me ficando duro.

    Trocamos algumas pancadas, contornando ao redor do outro. Eu desembarquei

    alguns bons tiros, assim como ele. Mas eu estava distrado, e ele conseguiu alguns tiros nas

    costelas e alguns tiros no rosto. No que ele me bateu duro, apenas um toque suave para

    provar que realmente poderia me bater se quisesse.

    Uma coisa que aprendi bem rpido- se batido no rosto e cravado nas costelas faz

    pouco duro. Quanto mais ele me bateu, menos excitado, eu ficava.

    E s assim no tive um plenamente desenvolvido teso, eu o deixei vencer.

  • 10

    Baixei minhas mos, s um pouco, e no me mexi.

    "Oh, vamos l. Mitch gritou comigo. "Que diabos voc pensa que est fazendo,

    Elliott? Pode lutar melhor do que isso!"

    Eu sabia que podia, e pensei que esse cara Frankie sabia disso tambm, porque no

    muito depois disso, terminou.

    Kurt e Tony cantaram sua vitria, e Chris orgulhosamente bateu seu novo treinador

    no ombro. Mitch zombou de mim. "Sim, obrigado, parceiro. Voc me custou vinte dlares!

    o seu grito de maldio. Portanto, obtenha o seu traseiro para o bar e obtenha-se

    comprando."

    Balancei a cabea, desembrulhando minhas mos. "Sim, sim." Murmurei, com uma

    risada. "Encontramo-nos l em cinco minutos." Eu nem sequer os vi sair.

    Porque, ento, era s ele e eu.

    "Voc est bem?" Ele perguntou, puxando fita amarrando-lhe a mo. "Voc estava se

    segurando comigo."

    Pensei que ele tinha apanhado sobre isso. Ignorei sua pergunta. Ignorei o seu sorriso,

    ignorei o fato de que estvamos sozinhos. "Voc faz artes marciais?"

    Ele balanou a cabea e sorriu. "Sim."

    "Eu poderia dizer. Disse. "A maneira como voc levanta o p. um movimento

    defensivo para kick-boxers."

    Eu o olhei, em seguida, e ele estava olhando para mim.

    Foda-se!

    "Um bom trabalho de detetive, policial." Disse ele com um sorriso. "Agora, por que

    voc segurou? Voc no parece o tipo de ser intimidado por um pouco de artes marciais."

    Eu bufei uma risada na probabilidade disso. "Eu no estou intimidado."

  • 11

    Ele sorriu e se aproximou de mim. Seus olhos eram to malditamente penetrantes,

    ento eles eram marrom quase preto. Seu jato de cabelo preto estava mido e sujo, e os seus

    lbios perfeitos estavam sorrindo, s um pouco, em um presunoso meio sorriso.

    Logo em seguida, eu no era o tipo de policial que prendia o seu prprio. Eu era um

    cervo travado nos faris, hipnotizado por este homem, como era lindo. Como ele estava

    perto...

    Sua voz era calma. "Ento, se voc no est intimidado, voc est interessado? Porque

    voc me olha como se pudesse estar interessado. E tenho que dizer, eu no me importaria."

    Jesus.

    Fiz um passo automtico para longe dele, quebrando meu transe atordoado, e puxei

    aproximadamente a fita em minhas mos. Limpei a garganta. "Eu hum... Eu na... Eu no

    posso." Eu estava fodido com gagueira. E a respirao muito difcil. "Tenho que ir. Eles esto

    me esperando."

    Como algum menino de merda com medo, quase fugi para fora da porta e chuveiros.

    Quinze minutos mais tarde, o banho frio e um pouco lcido, entrei no bar certo de

    duas coisas.

    Se ia ficar no meu armrio muito confortvel, eu precisava evitar o meu novo

    treinador de boxe.

    E precisava de uma fodida bebida.

  • 12

    Captulo Dois

    Eu nunca bebo. Bem, correo... Eu raramente bebo. Quatro, no, tornaram isso cinco...

    Cinco bebidas e eu estava sentindo isso.

    Os caras estavam me olhando engraado.

    Eu sabia que eles estavam olhando para mim engraado, mas eu estava fingindo que

    no percebi. Estava mantendo silncio sobre a minha corrida com Frankie... Frankie... Esse

    Frankie realmente muito sexy. Eu gemi e balancei a cabea.

    Um Tony presunoso perguntou: "Ser que o sempre esquivo Matthew Elliott esta

    tendo problemas com garota?"

    "Sabe o qu?" Eu apontei minha cerveja para ele. "Foda-se." Bebi minha cerveja com

    orgulho.

    Tony zombou. "Ah, eu acho que pode ser."

    "Sim, vamos l." Disse Kurt muito alegremente. "Primeiro voc leva uma surra do

    novo cara treinador, ento voc bate a cerveja? Derrame os detalhes, Elliott."

    Engoli o ltimo da minha bebida, e quando empurrei o meu banquinho, a sala

    inclinou. Tentei chegar para a mesa, mas que de alguma forma no era to perto quanto eu

    pensava. Ento a sala inclinou novamente, e Mitch me segurou.

    Mitch. O melhor parceiro que um policial poderia ter. Eu disse-lhe isso, claro, e ele

    concordou.

    "Consiga-o para casa." Disse algum. Kurt. Kurt disse isso.

    Eu disse a ele, muito a srio: "Eu posso me conseguir em casa, obrigado, Detetive

    Webber."

  • 13

    Kurt e Tony riram de mim. Eles estavam rindo de mim, e isso deveria ter me

    incomodado. Na verdade, isso me incomodou, mas Mitch foi me empurrando para fora da

    porta.

    Ah, Mitch. Meu parceiro. "Voc no tem um encontro para filme hoje noite com

    Anna?" Perguntei.

    Ele olhou para o relgio. "Muito tempo." Disse ele. "No mesmo oito."

    Foda-se! No eram nem oito, e eu estava esmagado. O ar fresco e as luzes da cidade

    fora do bar pareciam fazer-me bbado.

    Olhei para Mitch. "De quem foi a ideia de ter cerveja?"

    "Minha." Ele disse com um suspiro. "Mas foi a sua ideia de ter bourbon."

    Nossa. Bourbon. Eu odiava bourbon.

    "Oh, aqui est o Frankie."

    No. No, no mais Frankie.

    Mitch estava murmurando sobre o palet, e eu me virei e estava olhando em olhos

    amendoados escuros e lbios perfeitos. E ento a calada inclinou.

    Foda-se!

    "Aqui, segure-o." Disse Mitch. "Eu deixei meu casaco no interior."

    Ento, mos grandes estavam em mim. Mos estranhas, mos desconhecidas...

    Quentes, mos fortes.

    Eu assisti Mitch andar e olhei para esse cara Frankie. "A culpa sua." Eu disse a

    ele. Porque era culpa dele.

    "O que minha culpa?" Ele perguntou com um sorriso.

    "Esse sorriso. Eu gemi. " muito bonito."

    Ento, ele sorriu de novo. Claro que sim.

  • 14

    Ele no sabia o que estava fazendo para mim, quando sorria? Ser que ele no

    entendia nada? "Voc vai se afastar de mim." Inclinei-me para que pudesse sussurrar,

    "Ningum sabe sobre mim, ok? Ningum sabe."

    "Ningum sabe o que?" A voz de Mitch veio atrs de mim.

    Girando para enfrent-lo, brinquei: "Quo fodidamente bom eu sou."

    "Sim, claro." Mitch riu de mim. "Ns todos sabemos o quo bom voc ." Ele olhou por

    cima do ombro para este Frankie. "Ei, obrigado, cara."

    "No se preocupe. Frankie disse, ento suas mos no estavam em mim. "Acabei de

    terminar no ginsio e me dirigia para o estacionamento." Explicou. "Voc vai ficar bem com

    ele?"

    "Sim." Mitch riu, perto do meu ouvido. "Isto o que trs cervejas e dois bourbons

    fazem para algum que no bebe."

    "No bebe, no ?" Frankie perguntou, olhando para mim. Seus olhos escuros eram

    todos cintilantes, e ele sorriu aquele maldito sorriso bonito. "Parece que ele controlou bem."

    Mitch gemeu como se eu fosse difcil de segurar ou algo assim. "Tem sido uma grande

    semana, mas alguma coisa teve debaixo de sua pele hoje."

    " isso ento?" Perguntou Frankie. "E ele vai ficar doente amanh."

    Eles estavam falando sobre mim, como se eu nem estivesse l. Bem, foda-se eles. Eu s

    queria ir para casa. Revistei os bolsos. "Onde esto minhas chaves?"

    Mitch riu novamente. "Voc no est dirigindo em qualquer lugar."

    "Eu posso dirigir bem. Disse a ele. Ento olhei para a estrada. Parecia vacilante. "Se a

    estrada fosse apenas ficar parada."

    Mitch colocou o brao em volta de mim, e comeamos a andar. "E o meu carro?"

    Ele balanou a cabea para mim. "Seu carro pode ter uma festa do pijama." Ele me

    disse. "Vou busc-lo na parte da manh."

    Nossa. Na manh. Eu ia ficar doente na parte da manh.

  • 15

    Mitch balbuciou: "Sei que voc vai ficar doente na parte da manh."

    Argh. Devo ter dito isso em voz alta. Tentei no dizer nada, no caso de dizer a coisa

    errada e, bbado, tropear fora do armrio. Eu nunca tinha sido to abalado por ningum

    antes.

    Olhei em volta. "Onde est aquele cara Frankie?"

    "Ele nos deixou na calada." Disse Mitch. "Nossa, quo bbado voc est?"

    Eu tive que pensar sobre isso. "Estou bbado pr caralho." Ento lhe disse: "Eu deixei

    ele me bater."

    Mitch apoiou-me contra um carro, o carro dele, e olhou para mim. "Eu sei que voc

    fez. Custou-me vinte dlares."

    Abri minha boca para falar, mas depois lembrei-me que eu estava tentando no falar,

    no caso de falar demais. "Ssh, um segredo." Eu disse a ele, travando meus lbios e jogando

    fora a chave.

    "Voc vai me dizer por que o deixou bater em voc?"

    Balancei minha cabea e apertei os lbios. "Mm-mm."

    Ele riu de mim mais uma vez, balanou a cabea e me enfiou em seu carro. Quando

    chegamos minha casa, ele me puxou para cima nos degraus da frente, reclamando todo o

    caminho, e quando finalmente me teve l dentro, me jogou no sof.

    "Minha cama. Eu disse, ouvi insultando-me. Porra, eu estava bbado.

    Mitch bateu no meu rosto. Duas vezes. Ento, ele sorriu. "Eu no te amo tanto."

    "V se foder." Eu disse, embora ele parecesse um pouco murmurou.

    "Vou estar aqui s sete e meia da manh para lev-lo." Disse Mitch. " melhor voc

    estar pronto."

    A ltima coisa que eu lembrava era de ouvir o clique de minha porta da frente, e a

    nica maneira que eu poderia parar a sala de girar era fechando meus olhos.

  • 16

    Quando Mitch chegou s sete e meia da manh, eu estava vestido e pronto para o

    trabalho. E muito de ressaca.

    Ele puxou as cortinas, de modo que o sol queimava minhas retinas e fez redemoinho

    de poeira ao redor da minha sala de estar mobiliada. Fechei os olhos e segurei minha cabea.

    "Voc est na terra dos vivos?" Ele perguntou tambm malditamente em voz alta,

    quando me entregou um caf.

    "Mal."

    Ele riu de mim, balanando a cabea. "Vamos! Ns temos um monte de papelada para

    passar."

    Argh.

    Assim, com uma cabea batendo e estmago enjoado, passei as prximas muitas horas

    enterrado na papelada.

    "Oh, inferno." Disse Mitch, distraindo-me dos meus pensamentos. "Voc tem esse

    olhar."

    "Que olhar?"

    "Isso algo que no est certo. Olhar que voc consegue quando acha que perdi

    alguma coisa."

    "O que desta vez?" Kurt interveio, olhando para cima de sua mesa.

    Eu joguei o arquivo que estava segurando na minha mesa e suspirei. "Ele no

    trabalhava sozinho."

    Mitch, Kurt e Tony todos gemeram. Eles sabiam do que eu estava falando.

    Tentei o meu caso novamente. "Estou lhe dizendo, ele no poderia ter feito isso por

    conta prpria."

  • 17

    "Ns j passamos por isso." Disse Tony. "No havia mais ningum. Tomic agiu

    sozinho."

    A testa de Kurt dobrou. "Matt, verificamos isso. No havia nada. "

    Eu gemi. Sabia. Eu sabia que tnhamos passado por isso. Ns tnhamos verificado, mas

    apenas algo no se somava. Algo estava faltando. Eu raramente estava errado em coisas

    como essa, mas no tinha provas.

    "Bem, voc tem cerca de quatro meses para provar isso." Disse Mitch. "Dura,

    condenvel tipo de provas, prova fsica."

    Mitch levantou de sua cadeira, jogou dois arquivos de casos na minha mesa e bateu as

    mos sobre meus ombros. "Ento, enquanto voc est trabalhando nisso, temos alguns novos

    casos com novos viles para passar por cima em seu tempo livre." Disse ele com um sorriso.

    "Mmm. Eu bufei, sabendo que qualquer esperana de argumento construtivo tinha

    acabado. Resignado, fechei o arquivo Tomic por agora e peguei um novo processo.

    Novo caso. Novo vilo. Relatrio aps relatrio. Essa porra nunca terminava.

    Encontrei-me absorvido com a Intel em um novo possvel cartel de drogas, e depois de

    um tempo, Mitch jogou a caneta sobre a mesa. Fechando a pasta na frente dele, ele olhou

    para mim. "So cinco horas, Matt. Ginsio e bar?"

    Balancei minha cabea e esfreguei minha barriga. "No para mim. Hoje no."

    "Ah, vamos l." Ele lamentou. " sexta-feira. No muito frequentemente temos noites

    de sexta fora."

    "Eu no estou para isso hoje noite. Disse a ele.

    Tony zombou. "No est para bourbon? Ou no para outro traseiro chutado de no-

    sei-o-nome?"

    Frankie. Porra! Eu no havia pensado nele durante todo o dia.

    Eu ri, mas eles no estavam me deixando de fora. Mitch sorriu. "O treino vai te fazer

    bem."

  • 18

    "Sem cerveja, sem bourbon. Kurt acrescentou com uma risada.

    Eu gemi. Realmente seria menos doloroso se eu s fosse junto com isso.

    "Sem boxe." Disse Mitch srio. "Eu no posso pagar."

    No, no posso, eu pensei. Considerando que eu no tinha um compromisso de boxe,

    eu deveria ter sido seguramente capaz de ficar longe do novo treinador. Com um pouco de

    sorte, ele no iria mesmo estar l.

    Eu me levantei. "Mesmo de ressaca, eu poderia chutar seus traseiros na esteira."

    Mitch riu, sorrindo para mim. "Aqui est ele! O presunoso, hipcrita filho da puta

    que todos ns o amamos."

    Vinte minutos depois, estvamos no ginsio. No havia nenhum sinal de Frankie e

    estvamos todos de volta para o bem. Estvamos correndo para fora, rindo e brincando. Kurt

    e Mitch ambos tinham algo com suas namoradas este fim de semana, e Tony tinha um jantar

    com seus sogros.

    Eu ri com eles. "Fico feliz em ser solteiro."

    "Sim, bem. Kurt bufou. "Quando encontraremos a garota que teve voc todo fora de

    forma e dobrado na noite passada?"

    "O que?"

    "Oh, vamos l. Tony bufou. "Para ver seu traseiro batido no tatame..." Ele deu um

    aceno de cabea e apontou para a sala de boxe. "... e, em seguida, ficar bbado? Tem que ser

    uma mulher."

    Eu bati uma parada em minha esteira, desacelerando para um passeio.

    Porra, porra, porra.

    Como parte do jogo em linha reta eu joguei com esses caras, apenas sorri e no disse

    nada, deixando-os assumir o que quisessem.

    Nunca menti descaradamente para eles. Eu nunca disse ele ou ela. Eu sempre

    mantive vago. Eles foram os nicos que assumiram.

  • 19

    Pulei fora da esteira e enxuguei o rosto com a toalha.

    "Eu disse a vocs. Tony soprou para os outros dois. "Tem que haver problemas com

    garotas. O playboy Matt Elliott tem uma namorada."

    Revirei os olhos para ele e, a necessidade de pr fim a essa conversa, entrei na sala de

    boxe. Felizmente, isso estava vazio. Prendi minhas mos e passei uns bons 20 minutos

    socando o saco.

    Eu podia sentir o suor escorrendo fora de mim. O estresse sem n em meus ombros e

    do pnico induzido pelo lcool da noite anterior fez tambm.

    Eu descarreguei no saco, depois de ter perdido o meu treino habitual, porque estava

    to distrado com o novo treinador. Desencadeei combinaes de jab-soco, saboreando a

    sensao de poder desistressando e queimando em meus msculos.

    "Eu sabia que voc estava segurando." Disse uma voz suave atrs de mim.

    Virei-me, embora eu j soubesse quem iria encontrar. Frankie sorriu para mim, e meu

    peito apertou.

    "Voc se sente bem hoje?" Ele perguntou. "Estava um pouco instvel em seus ps a

    noite passada fora do bar."

    Droga! Eu tinha esquecido sobre isso. Eu falei com ele... Merda. Corri minhas mos

    pelo meu cabelo encharcado de suor. "Ontem noite, um pouco de um borro." Eu

    admiti. "Desculpe-me se disse qualquer coisa..." Terminei em voz baixa. "Eu normalmente

    no bebo."

    Ele assentiu com a cabea. "Voc poderia ter dito alguma coisa."

    Argh. Eu gemi.

    "No se preocupe." Disse ele com um sorriso. "Voc fez algumas coisas bem claras."

    Olhei para ele, tentando lembrar o que disse. Ele tirou alguns tapetes e almofadas,

    jogando-os no cho. "Voc me disse que ningum sabe." Disse ele em voz baixa, mas a

    srio. Ele pegou minha toalha, aproximou-se e entregou-a a mim. Eu era incapaz de mover

  • 20

    congelado no lugar. Sussurrando, ento s eu podia ouvir, ele disse: "E voc acha que eu

    tenho um sorriso bonito."

    Parecia que o ar tinha sido sugado para fora da sala. Porra! Eu fiz as minhas pernas se

    moverem e dei um passo atrs dele. Eu podia sentir a drenagem de sangue do meu rosto, e

    meu corao estava batendo em dobro. Tentei dizer-lhe que ele estava errado. Eu no teria

    dito isso. No teria baixado a guarda, no importa o quo bonito eu pensava que ele era.

    "Hey. Ele disse suavemente, com as mos para cima, com as palmas a

    frente. "Ningum sabe. Eu entendi. No vou contar a ningum." Seus olhos escuros estavam

    olhando diretamente nos meus. Eu sabia o suficiente sobre a leitura das pessoas para saber

    que ele estava me dizendo a verdade.

    "Eu gostaria de poder dizer o mesmo sobre o seu sorriso." Disse ele quase

    melancolicamente, olhando para mim com aqueles malditos belos olhos. "Mas eu ainda estou

    a v-lo. Eu realmente gostaria de ver voc sorrir."

    Tentei engolir, mas no podia. Minha boca ficou subitamente muito seca. Ento eu

    assenti em vez.

    A porta se abriu atrs de ns, e isso impulsionou as pernas em movimento. Dei um

    passo para longe dele, em direo porta, onde uma mulher se levantou.

    "Ah." Disse Frankie atrs de mim. "Minha seis horas."

    A menina, que eu no tinha certeza de quem era, balanou a cabea e se dirigiu a mim

    com um curto. "Detetive Elliott."

    Limpei a toalha sobre o meu rosto enquanto caminhava em direo porta.

    "Matthew?"

    Virei-me com o som de sua voz dizendo meu nome.

    Ele sorriu para mim. "Seu prximo compromisso comigo segunda-feira. Vejo voc,

    ento."

  • 21

    Balancei a cabea, quase trancando a porta. Merda. Meu prximo compromisso... Eu

    tinha duas, s vezes trs, sesses de boxe por semana. O que significava que, se alguma coisa,

    eu ia ter de v-lo pelo menos duas vezes por semana. O pensamento s me encheu com um

    pouco de medo. Mas eu podia sentir algo mais se estabelecendo em meu estmago. Algo que

    eu no queria admitir... Algo que poderia ter sido antecipao.

  • 22

    Captulo Trs

    Passei o fim de semana tentando no pensar sobre ele. Eu mesmo considerei bater o

    ginsio no domingo, ento no exigiria meu compromisso de segunda-feira com ele. Mas eu

    no era de correr e me esconder. Certamente poderia enfrentar esse cara, no importa o quo

    quente ele era, sem um, ficando de pau duro, e dois, sendo um idiota balbuciante. Ele deve

    pensar que eu mal conseguia formar uma frase.

    Eu era um detetive, pelo amor de Deus. Um bom detetive, porra. S precisava pegar

    meu agir em conjunto quando estava ao seu redor.

    Endureci minha determinao e meu compromisso de segunda-feira comeou muito

    bem. Bati a esteira em primeiro lugar, como sempre, e quando tinha feito minhas cinco

    milhas e fui direita as cinco e meia, e quando no poderia coloc-lo fora por mais tempo,

    entrei na sala de boxe.

    Ele estava l se aquecendo com uma corda de pular. Seu torso cor de mel flexionado e

    seus ps mal bateram no cho. Ele era gil para algum do seu tamanho. No era grande,

    mas era alto, com definio muscular grande.

    Ele sorriu quando entrei, parou e pendurou a corda em um dos ganchos na parede de

    trs. Tentei no pensar no seu sorriso ou o seu corpo, e precisando de uma distrao, comecei

    a amarrar minhas mos.

    Quando ele pareceu entender o efeito que tinha sobre mim, ele era todo o negcio,

    embora ainda sorrisse. Ele ainda era malditamente bonito, mas no perdeu tempo em me

    colocar no saco, s que desta vez no segurou-o, para que no estivesse de frente para

    mim. O que era muito melhor.

    Achei mais fcil me concentrar quando no estava olhando diretamente em seus olhos.

  • 23

    Ele ficou ao meu lado e corrigiu meu p. Aparentemente meu p esquerdo virou

    quando eu estava na posio, fazendo meu balano direito contrabalanar.

    No momento em que a minha meia hora se foi, ele tinha melhorado o meu foco. Eu

    mal tinha tido tempo para pensar sobre ele. Ele era bom no que fazia, disso no havia

    nenhuma dvida.

    Quando terminei, ele jogou a toalha para mim. "Assim melhor, detetive." Disse ele,

    com um sorriso de uma covinha.

    Ele tinha um brilho de suor sobre seus ombros, e sua parte superior do tanque mal o

    cobria, seus peitorais, ombros...

    "Sim, foi." Fingi limpar meu rosto com a toalha para cobrir o fato de que eu apenas o

    verifiquei fora.

    "Mais focado hoje." Disse ele.

    Deixei escapar uma risada nervosa. "Algo como isso."

    Quando olhei para ele, estava olhando para mim. "Oh, eu quase tive um sorriso

    verdadeiro." Disse ele com um sorriso.

    Eu podia sentir-me corar. Que droga! No pude deixar de sorrir um pouco. "Quase."

    "Acho que voc deveria me chamar de Kira." Disse ele, sem rodeios no assunto.

    "Por que?"

    "Porque o meu primeiro nome. Ele disse com um encolher de ombros. "E todo

    mundo aqui me chama de Frankie."

    Ele deve ter visto a confuso no meu rosto, porque esclareceu. "Veja, se voc contar

    aos seus amigos no trabalho que est jantando com Frankie, eles vo saber que sou eu. Mas

    se voc lhes disser que est jantando com Kira, eles no tero a menor ideia."

    "Voc sempre to sincero?"

    Sim.

    "Por que eu?"

  • 24

    Ele soltou uma gargalhada. "Voc j se viu ultimamente?" Ele perguntou. "E eu estou

    intrigado com voc."

    "Oh. Foi a coisa mais inteligente que eu poderia dizer.

    "Ento, o que acontece com o jantar?"

    E logo em seguida, outra pessoa, outro policial entrou na sala, poupando-me de

    responder.

    Kira sorriu para o seu prximo compromisso, e quando cheguei porta, ele me

    chamou. "Matthew?"

    Virei-me e esperei que ele continuasse.

    "Pense no que eu disse. Ele disse, endireitando as esteiras. "E vou v-lo para seu

    compromisso quarta-feira."

    Porra!

    Ele, basicamente, apenas me pediu para jantar com ele. Ele me pediu para cham-lo

    pelo seu nome, assim os caras com quem trabalhei no iriam pegar. No era que eu estivesse

    realmente considerando porque uma parte de mim j estava olhando a frente.

    Mas no cheguei a v-lo na quarta-feira. Fiquei preso com o trabalho e perdi meu

    compromisso. Meu trabalho no era de segunda a sexta-feira, das nove s cinco.

    Mas ele era tudo que eu pensava, seu sorriso, seus lbios, seus olhos... Sua oferta.

    E na sexta-feira tarde, depois de uma longa semana, fomos para o ginsio mais

    cedo. Fiz o meu horrio habitual na esteira, antes de ir para a sala de boxe. Eu no tinha

    certeza do que ia dizer a ele, se levaria sua oferta ou no. Eu queria... Deus, eu queria. Mas eu

    tinha a minha reserva algo que eu sabia que deveria falar com ele sobre isso antes que fosse

    mais longe. Se fosse mais longe.

    Quando entrei na sala, ele estava com outro compromisso. "Oh, desculpe. Eu

    murmurei. "No sabia que tinha algum aqui."

  • 25

    Ele sorriu quando me viu. Olhando para o relgio, em seguida, de volta para mim,

    disse: "No, est tudo bem. Estamos quase terminando. Voc pode comear na corda para

    mim, se voc quiser?" Ele perguntou, apontando para as cordas de pular na parede

    oposta. "Teremos mais cinco minutos."

    Jogando a toalha e garrafa de gua sobre o tapete no canto, peguei uma corda de pular

    e encarei-o quando comecei a pular, e assisti-o com seu compromisso.

    Era uma mulher. Ela era policial, do quarto andar, eu acho. Eu a tinha visto ao

    redor. Ela era muito atraente, em um tipo fmea de forma loira, magra e em forma.

    Ele a tinha, de costas para mim, apontando para o saco de pancadas, enquanto o

    segurava. Ele estava na minha frente. Olhando para mim.

    Ele ainda deu-lhe instrues como 'enquadre seus ombros', 'queixo para baixo', 'mova

    seus ps.

    Mas ele estava olhando diretamente sobre o ombro, diretamente para mim, enquanto

    eu pulava corda. "Muito melhor. Parecendo bom." Ele disse, quase sorrindo. Seus olhos eram

    intensos. Mesmo que estava dizendo a ela, ele no estava. Ele estava dizendo para mim.

    Ele fez o meu pau pulsar.

    Ento me virei, e enfrentei a parede espelhada, esperando que isso me distrasse o

    suficiente. Mas enquanto eu observava a mim mesmo pular corda, eu podia v-lo no reflexo.

    Mesmo que eu tivesse de costas para ele, seu olhar encontrou o meu no espelho, e que

    de alguma forma fez pior. Ele estava me observando, discretamente, mas ainda assim...Eu

    podia sentir seus olhos em mim, queimando em minha pele.

    Eu o vi me assistir, nossos olhos se encontraram no espelho, at que a mulher que ele

    estava treinando disse algo, seus olhos correram para ela, e a conexo entre ns foi quebrada.

    Ele envolveu-se em seu compromisso, ento deixei a corda e comecei a amarrar

    minhas mos, certo de uma coisa.

    Este compromisso ia me matar.

  • 26

    Precisando me concentrar na tarefa em mos, comecei no saco enquanto ele falava com

    Jenny, Jane, Janette, qualquer merda que era seu nome. Quando ela saiu, eu sabia que ele

    estava atrs de mim, s me olhando, mas no disse nada.

    Sabia que estvamos sozinhos na sala e meu corpo parecia saber disso. Parei de bater o

    saco, segurei firme e descansei minha cabea no saco, no percebendo o quanto eu estava

    respirando.

    "O que voc est fazendo comigo?" Ouvi-me perguntar, no era realmente que tinha

    inteno de dizer as palavras em voz alta.

    Ele limpou a garganta, parecendo surpreso com minhas palavras. "O que voc quer

    dizer com isso?"

    Olhei para ele e percebi ento que talvez se eu dissesse esta merda em voz alta, iria

    tir-lo do meu sistema. "Voc." Eu disse, quase em tom de acusao. "Voc tudo que eu

    posso pensar."

    Ele olhou para baixo para os tapetes. "Voc perdeu seu compromisso de quarta-

    feira. Pensei que talvez estivesse me dizendo que no estava interessado."

    Assim, no s ele tinha percebido que eu no estava aqui na quarta-feira, como

    tambm sentiu minha falta. Eu gostei disso mais do que devia.

    "Eu estava trabalhando." Expliquei. "Veja, essa a coisa comigo, e por isso nunca iria

    funcionar. O meu trabalho."

    Sua testa comprimiu. "Isso um motivo ou uma desculpa?"

    "Olha, Frankie... Kira. Eu alterei, e ele quase sorriu. "Sou um detetive da

    narcticos. Eu no trabalho horas definidas. Meu trabalho duro em relacionamentos. Basta

    perguntar a qualquer um dos caras suas esposas e namoradas iro dizer-lhe que no

    fcil."

    Ele sorriu timidamente. "Enquanto eu gosto do som de um relacionamento, pensei que

    talvez pudssemos comear com um jantar casual."

  • 27

    Soltei uma gargalhada, um pouco envergonhado. Ele estava do outro lado do saco de

    pancadas e segurou-o entre ns. "Mas deixe-me adivinhar." Disse ele. "Voc se queimou uma

    vez, talvez at mesmo teve seu corao partido, e jurou que nunca faria isso de novo."

    Eu ignorei isso. "Kira, obrigado pela oferta, e acredite em mim..." Disse, olhando-o de

    cima a baixo. "... estou muito interessado, mas tambm no estou fora, ningum no trabalho

    sabe." Eu tentei explicar. "Na verdade, todos eles assumem que eu sou algum playboy com

    uma garota diferente a cada fim de semana."

    Ele olhou diretamente para mim. "Mas voc j teve outros encontros? Outros

    namorados?"

    Ento, optei pela mais pura verdade. Assenti com a cabea. "Sim, alguns. E sempre

    termina no mesmo." Ento eu rapidamente acrescentei. "No quero me envolver s para voc

    se virar em poucos meses e sair." Terminei em voz baixa. "Eu no esperava que algum desse

    um passo atrs dentro do armrio por mim."

    Kira bufou. "Bem, obrigado por nem mesmo me dar a chance. Voc sabe, pensei que

    voc disse que estava interessado. "

    Eu suspirei. Estava interessado. Muito interessado. "Acredite em mim, eu estou

    fazendo um favor."

    "Eu sou um menino grande. Posso cuidar de mim mesmo." Disse ele com um

    machucado, sorriso um tanto defensivo.

    "Eu sinto muito. Disse a ele. "Eu gostaria que fosse diferente."

    "Voc pensa que isto fcil para mim?" Ele perguntou srio. "Voc sabe, eu te vi e

    achei que seria algum que gostaria de conhecer. Eu no fao um hbito de apenas pedir s

    pessoas aleatrias para sair, especialmente caras no meu trabalho. Ningum aqui sabe que eu

    gosto de caras. Voc acha que eles teriam me contratado se soubessem? No ginsio de

    polcia? "

    Eu no tinha pensado nisso.

  • 28

    Ele entrou no meio da sala, virou-se e me olhou. "Acho que serei o nico a julgar o que

    bom para mim." Ele ergueu a mo e fechou os dedos, fazendo-me sinal para ele. "Vamos l,

    coloque suas mos para cima." Ele ficou na posio de treino pronto. "Desta vez no me deixe

    ganhar."

    Balancei minha cabea e exalei alto. Jesus, ele no estava me deixando sair disso. Ok,

    eu disse a mim mesmo, posso fazer isso. Fui at ele e espelhei sua postura. Com as minhas

    mos para cima, protegendo meu queixo, eu apontei algumas vezes com a minha esquerda e

    consegui um pouco com a minha direita.

    Ns brigamos por uns bons cinco minutos ou mais. Ele me deu alguns toques suaves

    no rosto, e quando lhe dei de volta, sorriu para mim. "Agora, por que no poderia fazer isso a

    primeira vez que brigamos?"

    Ento disse a ele. "Porque a nica maneira de eu no conseguir uma ereo ao seu

    redor era deixar voc me bater."

    Ele riu realmente muito alto, e deixou cair s mos. Ento apontei para ele com

    minha direita, no esperava que ele fosse to perto, e meu punho conectou com a boca.

    "Oh, porra!" Disse ele, afastando-se rapidamente, segurando sua mo boca.

    "Merda, eu sinto muito." Eu disse, mas tambm meio que ri ao mesmo tempo.

    "Isso foi uma ttica diversionista?" Ele perguntou.

    Eu ri novamente. No, srio. sensacional/incrvel. Quer dizer, eu quis dizer o que

    eu disse sobre a ereo. Mas voc no deveria cair suas mos."

    "Voc no deveria mencionar ereo."

    Eu ri de novo, e ele riu. Mas ele ainda estava segurando a mo ao lbio, ento eu lhe

    disse: "Deixe-me dar uma olhada." Puxei a mo dele para inspecionar o lbio. Foi dividido,

    havia sangue, mas seus dentes ainda estavam intatos. Eu sorri para ele. "Voc vai

    sobreviver."

  • 29

    Peguei a garrafa de bebida e atirei-a para ele. E quando lhe entreguei a toalha, ele

    limpou o rosto, enxugando-o para o lbio.

    "Eu ainda sou bonito?" Ele perguntou com um sorriso. Sua lngua saiu para lamber os

    lbios inchados.

    Eu olhei para ele, lbio cortado e tudo, e assenti.

    Ele sorriu, em seguida, fazendo com que seu lbio sangrasse novamente. "Merda." Ele

    amaldioou, segurando a toalha de volta para o lbio. "Eu no sei." Murmurou atravs do

    material. "Acho que isso vai custar-lhe o jantar."

    Eu suspirei, e ele gemeu. "Agora, se voc no se importa, preciso preencher um

    relatrio de incidente." Disse ele, levantando a toalha para me mostrar. "O sangue

    derramado."

    Ele saiu da sala, e eu presumi que nosso treino tinha acabado. Porra, que era apenas

    um lbio cortado.

    Puxei a fita de minhas mos, coletei minhas coisas e fui para a sala principal, onde

    Kira estava atrs do balco escrevendo em algum livro. Chris, o dono da academia, sorriu e

    balanou a cabea para mim. "O que voc est fazendo dando ao meu pessoal um lbio

    sangrando?"

    Eu encolhi os ombros. "Ele zig. Ele deveria ter zag." Eu disse, fazendo Chris rir.

    Mitch pulou do cross-trainer2. Ele tentou recuperar o flego. "Voc no poderia ter

    feito isso na semana passada? Quando isso me custou vinte dlares?"

    2

  • 30

    Revirei os olhos para o meu parceiro. Ele nunca ia me deixar esquecer isso. Ignorando

    Mitch, andei at o balco, onde Kira ainda estava escrevendo. "Voc realmente tem que

    preencher um relatrio de incidente para um lbio cortado?"

    Ele sorriu e me entregou um pedao de papel. "Algo como isso."

    Abri o bilhete dobrado para descobrir que no havia qualquer tipo de relatrio de

    incidente. Foi um endereo e nmero de telefone. E trs palavras.

    Jantar. Oito horas.

    Dobrei o pedao de papel e no pude deixar de sorrir. Eu o escondi na minha mo,

    assim que Mitch se aproximou. Ele estava murmurando para mim, algo sobre ser a minha

    vez de comprar no bar. "Frankie..." O meu parceiro disse. "... voc deve vir para o bar com a

    gente. Elliott aqui lhe deve uma bebida pelo lbio inchado."

    Kira olhou para mim, em seguida, de volta para Mitch. Seu lbio inchado se curvou

    em um sorriso. "Obrigado. Mas ter que ser outra vez, pessoal. Eu tenho um encontro hoje

    noite."

  • 31

    Captulo Quatro

    Parei no complexo de apartamentos de Kira, ainda no sabendo o que estava

    fazendo. Era grande o suficiente para que se fosse flagrado estacionado aqui ou sequer visto

    ir dentro, no havia nenhuma maneira que qualquer um pudesse saber quem eu estava

    visitando. Mas eu ainda estava nervoso. Isso estava prestes a violar as regras que eu tinha

    vivido por anos.

    Mas havia algo sobre ele, seus olhos escuros, seu sorriso...

    O que quer que fosse tinha-me sentado no meu carro, todo nervoso sobre ir

    dentro. Parte de mim estava pensando que isso era imprudente. Ele estava muito perto dos

    caras no trabalho, da academia, minha vida real. Se isso terminasse mal, ou se ele fosse

    negligente com um olhar, um toque, um comentrio, ele podia me expor. Ele poderia se

    expor.

    Eu estava esperando a parte racional do meu crebro me dizer para continuar

    dirigindo e esquec-lo.

    Mas ele era to vulnervel quanto eu. Ele no estava no trabalho tambm. Estava

    mantendo o mesmo segredo.

    Era to diferente de mim, mas eu estava atrado por ele no segundo em que o

    vi. Nunca senti uma atrao to imediata a qualquer um antes como tinha com ele.

    No tinha certeza do que era, mas a prxima coisa que sabia, eu estava atravessando a

    rua em seu prdio e batendo na porta sete F.

    "Ah, espere." Sua voz chamou de algum lugar dentro.

    Saltando no meu p, eu me perguntei brevemente o que diabos estava fazendo,

    quando ele abriu a porta. E ele estava l. Porra!

    Cala jeans azul escuro, um boto branco para baixo os ps descalos e camisa.

  • 32

    "Voc est adiantado." Disse ele.

    Olhei o meu relgio. 07h52min. "Voc disse oito?"

    E quando olhei para ele, estava sorrindo. Isto roubou minha respirao, fazendo meu

    pau contrair, o tipo de sorriso. Eu exalei lentamente, e ele ficou para trs, em silncio,

    convidando-me para entrar.

    Havia sapatos na porta, e dado que ele estava descalo, eu peguei que tinha uma

    poltica de no sapato. Eu rapidamente tirei os sapatos e os deixei perto da porta, e quando

    o olhei, ele ainda estava sorrindo.

    Seus olhos brilhavam. "Eu no tinha certeza se voc iria aparecer."

    Assenti com a cabea. "Nem eu."

    Ele sorriu para mim. Estava nervoso, e ele poderia dizer. Respirei fundo e olhei para o

    apartamento dele, em busca de uma distrao. Foi bom, no era enorme, mas suave,

    decorada com bom gosto e limpeza e algo cheirava fantstico.

    "Algo cheira muito bem." Eu disse a ele.

    "Algo vai queimar." Disse ele, caminhando para a cozinha. "Espero que voc goste de

    paella."

    Meu estmago roncou, bem na hora. "Hum, sim. Eu gosto, na verdade."

    E quando o segui at a pequena cozinha, podia ver a enorme panela no fogo. "Voc

    cozinhou?"

    Ele mexeu a panela e deu uma risadinha. "Claro que sim." Ele olhou para mim, e mais

    uma vez, fiquei impressionado com o quo perto estvamos...Quo sozinhos estvamos.

    "Quer uma cerveja ou vinho?" Ele perguntou. "Ou tem refrigerante ou gua." Ele

    assentiu incisivamente para a geladeira, e eu presumi que era para servir a mim mesmo.

    Havia uma garrafa quase vazia de Sam sobre o balco ao lado dele, assim que eu

    escolhi duas de sua geladeira e entreguei-lhe uma. Imaginei que a cerveja me relaxaria e me

  • 33

    daria alguma coisa a fazer com as minhas mos, para que meus nervos no me dessem de

    afastasse.

    Ele parecia pegar no meu nervosismo ou isso, ou eu era realmente bvio, porque

    comeou a falar.

    Ele falou sobre esportes, o seu trabalho, o meu trabalho e os caras na academia

    enquanto terminava de cozinhar a paella.

    "Voc cozinha?" Ele perguntou.

    Eu bufei. "Uh, no. Na verdade no. Nunca foi bom nisso, e eles tm essas coisas

    chamadas cafs e delicatessens, restaurantes e para viagem. Eles fazem tudo para mim."

    Kira sorriu e balanou a cabea. "Oh, certo." Disse ele. "Dieta dos policias de caf e

    rosquinhas, certo? Esqueci-me."

    Revirei os olhos. "O caf sim, rosquinhas nem tanto."

    Ele torceu o nariz. "Sim, elas so nojentas."

    "Voc come qualquer coisa que no bom para voc?" Perguntei. "Voc sabe, ser um

    personal trainer e tudo, e considerando como est apto, eu presumo que no come nada com

    trans."

    "Eu como de forma saudvel." Defendeu-se. "Mas eu ainda sou humano. Eu sempre

    vou comer pizza."

    "Pizza bom."

    Kira sorriu calorosamente. "Ento, voc e os outros caras saem muito?"

    "Sim, eles so como meus irmos." Disse-lhe. "Mas eles tm namoradas... Bem, Tony

    casado, mas todos eles so engatados."

    "E voc..."

    "Eu sou o playboy do departamento de polcia, lembra?" Eu disse, tomando minha

    cerveja. "Garota diferente a cada fim de semana."

    As sobrancelhas de Kira piscaram. "Essas so meninas de sorte."

  • 34

    "Essas so meninas que no existem." Ento admiti: "Bem, eu levei um 'encontro' para

    o jantar formal do Departamento uma vez. Foi irm de algum funcionrio. Ela queria a

    fama de estar nos jornais, e eu precisava de algo feminino para combinar com a gravata."

    Disse eu, fingindo arrumar uma gravata inexistente. "Desculpe, isso no foi engraado."

    Kira riu. "Deve ser um bocado horrvel passar por isso."

    "Parte do acordo, eu acho." Ento perguntei: "Voc?"

    "Bem, meus pais sabem que eu sou gay, mas no estou fora no trabalho,

    obviamente. Nunca tive acessrio com algo feminino, se isso que voc est perguntando."

    "Nunca?"

    "No." Ele disse com aquele sorriso sexy. "Sabia que era para os acessrios masculinos

    desde tenra idade."

    Eu tomei um gole da minha cerveja. "Quo cedo?"

    "Desde Baywatch3."

    Eu bufei. "Baywatch? Foi simplesmente Pamela Anderson no fazendo isso para

    voc?"

    Kira teve um olhar sonhador em seus olhos e suspirou. "O Hoff4..."

    Comecei a rir. "Oh, meu Deus! Voc jamais deveria admitir isso!"

    Kira jogou a cabea para trs e riu. "Ok, ento no era o Hoff. Ele era o cara que fez o

    Cody5...O que posso dizer?" Ele olhou para mim e balanou as sobrancelhas. "Eu tenho uma

    coisa para cabelos loiros e olhos azuis."

    3 Sria chamada SOS Malibu aqui no Brasil.

    4

    5

  • 35

    Corei com suas palavras, e seus olhos brilharam como se ele me achasse

    divertido. Felizmente ele no me deixou esperando por muito tempo. "Ei, voc pode me

    passar esses pratos?" Perguntou, apontando para o balco.

    "Claro."

    No momento em que estvamos sentados mesa, eu estava muito mais vontade ao

    seu redor. Apesar de estar um pouco embaraado, ele me fez sentir confortvel. Distrado,

    mas confortvel.

    Eu ainda me perdi quando olhei para ele. Ele tomou um bocado de arroz, e eu estava

    paralisado pela bifurcao entre os lbios. Ele sorriu enquanto mastigado e engolido. "Voc

    vai com-lo, ou apenas assistir-me comer o meu?" Ele perguntou, claramente se divertindo.

    Envergonhado, balancei a cabea e rapidamente enfiei uma garfada na boca. E, oh,

    meu Deus, era to fodidamente bom. Eu gemi. Ele sorriu. "Isso muito bom." Disse-lhe com

    a boca cheia de comida.

    "Voc parece surpreso." Ele riu.

    Engoli em seco e alterei rapidamente. "Oh, no. Eu s quis dizer que isso melhor do

    que um restaurante pode fazer."

    Ele sorriu enquanto comia. "Receita de famlia."

    "Espanhol?" Eu quis saber sobre sua herana, se ele era mais asitico ou europeu.

    Ele assentiu com a cabea. "Meu pai espanhol, japons da minha me. Pensei em

    jogar pelo seguro com paella em vez de sashimi."

    Eu pensei que ele estava brincando. Foi meio difcil dizer, ele sorria o tempo todo. Dei

    de ombros para ele. "Eu gosto de sashimi, tambm. Disse a ele quando peguei outra garfada

    de arroz. "Mas isso divino."

    Ele sorriu com orgulho. "Estou feliz que voc gosta."

    Olhamos um para o outro, ento, e nenhum de ns falou. Olhei para ele. Seus escuros,

    olhos perfeitos, lbios perfeitos...

  • 36

    Seu dividido lbio inchado perfeito.

    "Sinto muito sobre o seu lbio."

    Sua mo automaticamente tocou sua boca. "Eu no."

    Levantei minhas sobrancelhas na questo, e ele riu. "Eu tenho voc concordando em

    jantar comigo."

    Eu ri e lhe dei um aceno de cabea. "Isso voc fez."

    Ele pegou a garrafa de cerveja e brindou-o com a minha. "Para dividir lbios e

    encontros de jantar."

    Eu no pude deixar de sorrir quando bati minha garrafa na dele.

    Ento Kira comeou a falar sobre como ele entrou em fitness, como viajou e como

    comeou a trabalhar no ginsio. "Eu sempre fiz esportes na escola, e estava sempre ativo, ou

    fazendo alguma coisa. Por isso, foi uma progresso natural para mim entrar no fitness. Meus

    pais me meteram em karate quando eu era criana. Eu estava sempre me metendo em

    brigas."

    Pelo que?

    "A forma dos meus olhos, a cor da minha pele, o fato de que eu era gay." Disse ele, o

    assunto com naturalidade. "Eles no precisavam de qualquer fundamentao." Ele tomou um

    bocado de comida e engoliu antes de falar novamente. "Assim, em cerca de meu segundo ano

    do ensino mdio, meus pais me levaram para o karate. Foi bom por alguns anos, mas eu

    progredi para kick-boxing, e... Bem, vamos apenas dizer que, s fui pego uma vez depois

    disso."

    "O que aconteceu?"

    "O cara que estava pegando no meu p por anos alinhou-me no vestirio aps a

    academia. Fazia um tempo desde que ele tinha tido uma chance comigo, e eu s assumi que

    tinha encontrado algum para intimidar. Ele disse que eu devia estar trabalhando para

  • 37

    impressionar um dos caras. Ele me empurrou um pouco, e avisei-lhe que no. Mas ele no

    quis ouvir."

    Eu sorri. "O que voc fez com ele?"

    Kira colocou as mos em uma priso simulada. "Nada oficial, eu juro. Eu no sei como

    ele chegou a estar deitado no cho com o nariz quebrado e todo inconsciente assim. Ele deve

    ter tropeado ou algo assim."

    Eu ri. "Voc o pegou?"

    "Ele teve o que mereceu." Disse Kira com um encolher de ombros. "Eu no sou de

    defender a violncia, realmente. Mas ele parou de implicar com outras crianas depois disso."

    "Ser que voc entrou em apuros?"

    Ele balanou a cabea. "O treinador do ginsio que entrou sabia que tinha sido

    intimidado por aquele idiota por dois anos, ento ele meio que deixou-o ir. Ele me disse mais

    tarde que desejava que tivesse me visto fazer. No para me pegar fora nem nada, mas para

    assistir esse cara ter sua bunda entregue a ele."

    Ento ele me contou sobre o treinamento kick-boxing que fez, e como ele acabou

    aplicando para o trabalho na academia de Chris para a posio do supervisor.

    Encontrei-me encantado com sua histria, sua voz e a maneira como os msculos do

    pescoo moviam sob o colarinho da camisa. Ento eu notei, um pouco tarde, que ele parou de

    falar.

    Eu tinha sido pego olhando novamente.

    Ele ergueu as sobrancelhas e riu.

    Envergonhado, eu deixei escapar um suspiro, e podia sentir o calor fluindo sobre meu

    rosto. Jesus. Balancei a cabea e olhei abaixo na mesa. Descobrindo que eu poderia usar a

    distrao, comecei a limpar.

    "Deixe-o." Disse ele.

    "Voc cozinhou, eu limpo." Disse ele. "Justo justo."

  • 38

    Coloquei os pratos sujos na pia e virei a gua, enquanto olhei atravs do armrio sob a

    pia pelo detergente. Quando descobri isso, olhei para cima, e ele estava me

    observando. Ocupei-me enchendo a pia e comecei a lavar, e sem dizer uma palavra, Kira

    pegou um pano de prato e comeou a secar.

    Ele estava bem ao meu lado. Eu podia sentir o calor de seu corpo. Podia sentir seu

    perfume, seu desodorante, seu cheiro. Tentei me concentrar no que estava fazendo, mas no

    momento em que terminei e limpei a pia, eu sabia o que era isso.

    Sabia que se ele me tocasse, ou me beijasse, eu teria atravessado a fronteira de trabalho

    / vida pessoal com ele. Eu estaria arriscando minha confortvel, embora enrustida, vida.

    Eu poderia ter facilmente agradecido-lhe o jantar e feito uma desculpa para sair. Mas

    eu no queria.

    Quando o olhei, ele me deu um sorriso tmido... Meu Deus, esses malditos lbios.

    Voltei-me para a pia, tentando me recompor. Sua voz me assustou. "Se voc quiser

    sair, s dizer."

    Eu me virei e olhei para ele. Meu corao estava batendo, minha boca estava seca, e

    tive que engolir para que pudesse falar. "Eu no quero ir embora."

    Ele se aproximou de mim e estendeu a mo para o lado do meu rosto. "Eu no quero

    que voc v." Disse ele em voz baixa. E oh-to-fodidamente devagar, ele se inclinou e

    pressionou seus lbios nos meus.

    Eu no podia me mover. Eu no conseguia respirar.

    Seus lbios se moviam contra o meu, apenas uma frao, e ento ele se afastou. Estava

    ferido e confuso em seus olhos. Ele achou que eu no queria isso. "Voc no...?"

    "Muito." Disse sem pensar. "Eu quero isso demais."

    Ento, minhas mos estavam em seu rosto, no pescoo, e eu o beijei. Ah, porra... Como

    eu o beijei.

  • 39

    Meus lbios abriram os seus, e a minha lngua invadiu sua boca. Seus lbios, a lngua,

    o seu gosto.

    Ele gemeu. Aquele som... Meu Deus, esse som.

    Ento suas mos estavam em mim e seus braos estavam em volta de mim. Eu podia

    senti-lo, tudo dele. Foi to fodidamente bom. Desejo. Sua necessidade, dura contra a minha.

    Apenas quando eu pensei que no queria que isso nunca terminasse, ele puxou sua

    boca da minha.

    Eu estava to rasgado. Queria que ele me levasse para a cama. Queria isso com

    ele. Queria conhec-lo, queria isso com ele. Sabia que era muito cedo para pensar em

    relacionamento, mas eu queria algo mais com ele. Uma vez nunca seria o bastante.

    Como se entendesse, ele sorriu. "Caramba." Ele suspirou com uma risada. "Isso...

    Hum... Eu pensei por um minuto que eu tinha lido os sinais errados. Pensei que no comeo,

    quando voc no me beijou de volta..."

    Eu ri, um pouco envergonhado com a minha reao a ele. "No muitas vezes que

    estou catatnico por um beijo."

    Ele riu. "Voc certamente no estava catatnico pela segunda vez."

    Corei novamente. Jesus, o que havia sobre esse cara?

    Ele tocou o lado do meu rosto com a ponta do polegar. "Ento, o mais duro policial da

    cidade no to duro, afinal. Murmurou. "Na verdade, ele muito tmido." Ele se inclinou e

    pressionou seus lbios na minha bochecha j aquecida. "Este rubor lhe d afastado."

    Eu no respondi. Bem, eu no poderia responder, as palavras no saam.

    "Normalmente, eu um..." Ele comeou com um encolher de ombros. "Bem,

    normalmente eu teria acabado de perguntar se voc queria transar." Meus olhos se

    arregalaram com suas palavras grosseiras, e ele sorriu. "Mas eu no quero."

    Oh. Eu senti a pontada de decepo torcer no meu intestino.

  • 40

    "Oh, no." Disse ele, alarmado. Ele envolveu sua mo ao redor da minha mandbula e

    puxou meu rosto para o dele. "O que eu quis dizer que sim, eu quero isso. Eu realmente

    quero isso." Ele bicou os meus lbios com os dele. "Mas eu quero te conhecer, tambm."

    Oh. Eu deixei escapar um suspiro, aliviado. Assenti com a cabea. "Eu tambm."

    Ele sorriu e me beijou profundamente. Docemente. Quando ele se afastou, deu um

    passo para trs, colocando alguma distncia entre ns. Ele riu e balanou a cabea, parecia

    surpreendido pela atrao entre ns, como eu estava.

    "Tenho aulas de manh." Disse ele. "Mas estou livre para o almoo."

    Ele queria me ver amanh. Eu sorri, mas depois lembrei-me... "Eu, uh, eu no posso

    correr o risco de ser visto com um cara. Sinto muito."

    "Tudo bem." Disse ele genuinamente. "Voc pode trazer o almoo aqui. Estarei em casa

    ao meio-dia."

    Eu no pude deixar de sorrir. "Fechado."

    "Olha, Matt. Ele sussurrou. "Eu sei que voc est preocupado com os caras

    descobrindo. Mas prometo-lhe isso." Ele olhou para mim com tanta ateno. "Eles no vo

    ouvir de mim."

    Eu no sabia o que havia sobre ele, mas seus olhos, eu podia ver apenas honestidade

    neles. Balancei a cabea, e antes que eu fosse atormentado por pensamentos de que no iria

    demorar, ele estar doente de se esconder, estendeu a mo. "Posso ter o seu telefone?" Ele riu

    da minha expresso e revirou os olhos. "So todos policiais to desconfiados?"

    Bem... Sim. Principalmente. Mas lhe entreguei o meu celular independentemente. Ele

    trabalhou com o polegar sobre a tela e me mostrou. Colocou em seu nmero sob o nome de

    Kira. "Agora eu sei que voc tem meu nmero." Disse ele. Ele apertou o boto de chamada, e

    o telefone no balco, seu telefone celular, tocou. Ele sorriu. "E agora eu tenho o seu. Se

    algum ler o nome Kira." Ele passou a dizer. ... eles s vo pensar que mais um admirador

    do sexo feminino."

  • 41

    "Obrigado, Kira. Eu disse, e ele sorriu quando o chamei pelo seu nome. Embora eu

    no tinha certeza do que eu estava agradecendo o jantar, por dar uma chance a mim, por

    ser to compreensivo. Ou todos os trs. "Voc est sendo muito gentil..."

    Ele balanou a cabea. "Como eu disse antes, ns estamos mantendo o mesmo

    segredo."

    Eu olhei para ele. Podia ver a ascenso e queda de seu peito, mas eu estava perdido

    em seus olhos. Toquei o lado de seu rosto, e seus lbios se curvaram para cima.

    As palavras saram antes que eu pudesse det-las. "Voc tem um sorriso to

    bonito." Beijei seus lbios sorridentes, apenas um beijo rpido, e depois outro. "Eu deveria

    ir. Disse a ele. "Se eu no for agora, voc vai cozinhar-me o caf da manh."

    Ele riu, e sua mo repousou em meu quadril. "Eu no me importo."

    Ele sorriu quando eu gemi. "No me tente."

    Ele riu baixinho, mas seu sorriso morreu e seus olhos se intensificaram. Ele

    murmurou. "O que isso sobre voc?"

    Depois foi a minha vez de rir. "Eu estava pensando a mesma coisa."

    E de alguma forma, com o autocontrole e fora de vontade que no sabia que tinha, eu

    o beijei mais uma vez, e fui embora.

  • 42

    Captulo Cinco

    Eu estava em p na frente de sua porta s 12h05min. Tinha recolhido uma variedade

    de alimentos a partir das delicatessie, e no sabia o que ele gostava e o que no, eu s peguei

    um pouco de tudo.

    Eu tambm tinha feito nada alm de pensar sobre esse cara desde que tinha deixado

    na noite passada. Eu me masturbei j duas vezes naquela manh, e o pensamento de v-lo

    novamente fez meu pau se contorcer.

    Bati de novo, e no houve resposta. Merda.

    Chequei meu telefone. No houve mensagens dele. Considerei brevemente a cham-

    lo, mas pensei que poderia me fazer parecer desesperado. Talvez um texto fosse

    suficiente? S quando eu estava pensando em mensagens de texto, ele veio correndo ao virar

    da esquina.

    "Oh, hey!" Ele disse com um sorriso surpreso.

    Foda-me.

    Ele ainda estava usando seu equipamento de ginstica, ainda suado e parecendo um

    pouco corado. Deus, meu pau latejava. Eu fiquei boquiaberto para ele, antes que pudesse

    pensar para falar. "Hey."

    "Chris queria que eu fizesse uma aula extra." Explicou. "Desculpe o atraso."

    Olhei-o, descaradamente valorizando seu corpo. "Eu no me importo."

    Ele sorriu para mim quando abriu a porta de seu apartamento. "Eu normalmente teria

    um chuveiro no trabalho, mas no queria que voc pensasse que estava te fazendo de bobo."

    Disse ele, segurando a porta aberta para eu entrar. "Eu s vou tomar uma ducha rpida

    agora, se quiser configurar o almoo." Ele olhou para os sacos do supermercado fino em

    minhas mos. "Sirva-se de qualquer coisa que voc precisar na cozinha."

  • 43

    Ele me deixou sozinho, e um pouco fora de lugar, em sua sala de estar. Entrei na

    cozinha, e ento de repente ele foi atrs de mim. Eu me virei para encar-lo e ele rapidamente

    bicou os meus lbios com os dele. "Eu esqueci de dizer Ol." Disse ele com um sorriso. "No

    vou demorar."

    Ele me deixou sozinho, pela segunda vez, mas desta vez eu sorri. Encontrei alguns

    pratos e ouvi o comeo da gua no banheiro. Tentei muito, muito difcil no pensar nele estar

    molhado e nu a poucos metros de mim. Enquanto a gua corria por seu corpo, nos msculos,

    a pele ficaria molhada...

    Balanando a cabea para limp-la, me concentrei no que estava fazendo em seu

    lugar. E pelo tempo que tinha o almoo espalhado sobre a mesa com pratos e talheres, eu

    pensei que tinha a reao do meu corpo para ele sob controle.

    Isso foi at que ele saiu.

    Foda-se!

    Um Kira recm-banhado era to quente como um suado, corado Kira. Ele estava

    vestindo uma polo simples, puro branco e cqui. Nada de extraordinrio, mas muito

    marcante mesmo.

    "Caramba." Disse ele, olhando para a mesa. "Para quantas pessoas voc comprou o

    almoo?"

    Mas eu estava preso olhando para ele. Foda-me, ele era lindo.

    Ele olhou para mim com expectativa. "Hum. Eu comecei, tentando lembrar-me sua

    pergunta. "Eu no tinha certeza do que voc gostava, ento comprei um pouco de tudo."

    Ele sorriu para mim. "Voc est bem? Parece um pouco confuso."

    Corei, dando-me afastado, e ri da minha prpria vergonha.

    Kira pegou uma azeitona e colocou na boca. Ele sorriu enquanto mastigava. "Mmm,

    estas so boas. Estou morrendo de fome!

  • 44

    Ele sentou-se na mesa de jantar e comeou a falar sobre a comida da deli, sua

    mercearia local e receitas favoritas. E assim, ele me colocou vontade. Mas seus olhos

    danavam enquanto ele falava e um sorriso brincou em seus lbios, como se soubesse o meu

    esforo para ser coerente em torno dele. Eu pensei que o divertia.

    Tentei no notar como seu sorriso iluminou todo o seu rosto, ou a forma como a

    camisa brincou em seus ossos da clavcula, ou como o branco de sua camisa contrastava

    lindamente com a cor de sua pele. Eu tentei realmente duro no notar o quo bem definidos

    seus braos eram, quo forte suas mos eram.

    Apesar do meu incio lento na conversa, ns conversamos durante a tarde sobre tudo e

    qualquer coisa. Era to fcil, e eu no tinha dvida de que poderia ir a algum lugar. Eu podia

    me ver gastando muito tempo com ele.

    "Minha me e meu pai so muito divertidos." Disse ele. "Nunca h um momento de

    tdio. Eles sempre foram muito legais com tudo. E voc?"

    "Foi sempre apenas eu e minha me." Eu disse a ele. "Ela faleceu quando eu tinha

    dezessete anos."

    "Oh, merda. Sinto muito."

    "Est tudo bem." Garanti-lhe. "J se passaram dez anos."

    "Voc esteve em sua prpria conta desde ento?"

    "Bem, mais ou menos. Eu tive a minha famlia da polcia."

    "Eu no posso imaginar." Ele disse calmamente. "No posso imaginar no ter a minha

    famlia." Ento, ele tomou outro bocado de sua salada. "Irmos ou irms?"

    "No. Voc?"

    "No, mame no podia ter mais filhos depois de mim, ento sou isso. O primeiro e

    nico."

    Eu mordi um pouco de po turco fresco. "Sem presso, ento?"

  • 45

    Kira sorriu e balanou a cabea. "Nah, no de meus pais. Eles so bastante

    descontrados com tudo." Ele espetou alguns pastrami em fatias, e mordeu o lbio. "Posso te

    perguntar uma coisa?"

    De repente eu estava nervoso. "Claro."

    "O que voc fez quando sua me morreu?" Ele perguntou. "Quero dizer, voc tinha

    apenas dezessete anos."

    Eu respirei fundo e disse-lhe o que apenas um punhado de outras pessoas sabiam. "Eu

    tinha dois policiais vindo me dizer que a minha me estava em um acidente de

    carro. Perguntaram-me quem eles poderiam chamar, e bem, no havia ningum. Eu tinha

    apenas trs semanas de folga pra virar dezoito anos, e herdei a casa. Expliquei que a casa era

    meio grande, mas depois que minha me morreu, isso nunca tinha realmente se sentido

    casa. "Eu s vivia l." Disse ele com um encolher de ombros. "Mas no era realmente uma

    casa."

    Ento, muito ao contrrio de mim, eu continuei falando. "Eu ainda estava na escola e

    tinha um trabalho tarde, e disse-lhes que no estava deixando a casa, pelo que eles

    finalmente cederam e disseram que eu podia ficar e eles viriam para me verificar todos os

    dias. Eles realmente me ajudaram e me apoiaram." Tomei um gole de bebida e dei de

    ombros. "Eu entrei para a polcia no dia em que completei dezoito anos. Eles foram a minha

    famlia desde ento."

    Ele ouviu como eu segurei os segredos para o mundo. Eu me senti um pouco tolo por

    derramar minha histria de vida a um homem que mal conhecia, mas havia algo sobre ele.

    "Voc se sente s?" Ele perguntou. "Estar tanto em sua prpria conta?" Questes

    pessoais, obviamente, no o perturbavam.

    Eu sacudi minha cabea. "Na verdade no. Quer dizer, eu raramente tenho tempo fora,

    e se o patro sempre nos faz tomar pausa de alguns dias, acabamos na casa de algum

    jogando cartas e cozinhando fora ou eu usando esse tempo para pegar um sono."

  • 46

    Kira sorriu enquanto comia. "Ento, no h muito tempo para namorados?"

    Corei novamente. Porra! "Na verdade no. Como eu disse antes, meu trabalho no

    exatamente relao amigvel."

    "Mas voc est trabalhando nisso?"

    Eu sorri para ele. Talvez.

    "Assim, talvez?" Ele perguntou com um sorriso. "Pensei que estava fazendo melhor do

    que apenas um talvez."

    Eu no conseguia parar o sorriso. "Bem, pode ser. Ainda no sei. Vai depender

    exclusivamente sobre o que equipe de esporte que ele segue."

    Kira sorriu para mim. "Qual esporte?"

    "O futebol, basquete, beisebol, hquei no gelo."

    Ele respondeu imediatamente. "Steelers, Lakers, Dodgers e os Kings."

    Eu no pude deixar de sorrir para ele. "Bem, os Steelers eu vou aceitar, o Lakers sim,

    os Dodgers talvez, mas os Kings poderia ser um rompimento infeliz."

    Ele riu, mas em seguida, apontou para a comida sobre a mesa. "Ainda bem que voc

    comprou o almoo."

    "Sim, bem, eu no tinha certeza do que levar. Nunca tive exatamente uma grande

    quantidade de segundo encontro tambm." Eu admiti. "Quero dizer, havia uma abundncia

    de segundo encontro, mas no encontro."

    Kira balanou as sobrancelhas e sorriu. "Ento, o que voc est dizendo que eu devo

    ser algo especial, se est quebrando suas prprias regras para mim."

    Eu quis que no corasse, no para me dar afastado. Escondi meu embarao com uma

    risada e fingi que meu prato foi a coisa mais interessante do mundo.

    Kira apenas sorriu. Eventualmente, ele comeou a arrumar o que restou do almoo, e

    quando levou-o para a cozinha, eu o segui. Mas, depois de toda a conversa que tinha feito,

    quando ele se virou na cozinha, para me encontrar apenas alguns centmetros de distncia,

  • 47

    todas as conversas pararam. Estvamos to perto que me perguntava se ele podia ouvir meu

    corao batendo no meu peito. Quando ele sorriu, eu tinha certeza que podia.

    Ele lambeu os lbios, seus lbios perfeitos, e eu olhava para eles. Eu mal podia ver a

    marca que bati nele ontem. "Seu lbio melhorou." Eu disse.

    Ele sorriu e disse: "Ningum me deu um soco na boca hoje."

    Mas estava olhando para mim com aqueles olhos to castanhos, e, quando lambeu os

    lbios outra vez, eu sabia que ele estava prestes a me beijar.

    "Se voc me beijar." Eu disse calmamente. "No vou voltar para casa to cedo."

    "Bom." Ele murmurou, antes que segurou meu rosto e apertou a boca na minha. Doce

    Jesus, como ele me beijou.

    Suas mos, seus lbios, sua lngua.

    Quando deslizei meus braos em torno dele e puxei-nos juntos, podia sentir o seu

    desejo, o seu querer, sua necessidade dura contra meu quadril. Ele gemeu e beijou-me com

    mais fora. Derreti contra ele, seu corpo, seu calor, sua fora.

    Aquele beijo era tudo que eu tinha pensado. Ele era tudo o que eu tinha pensado.

    Eu o queria. Queria que ele me tivesse.

    Deslizando minhas mos sobre os msculos de suas costas, deslizei meus dedos em

    seu cabelo, e puxei a boca da minha. "Quarto. Era tudo que eu poderia dizer.

    Ele descansou sua testa contra a minha. Seu peito arfava, seus lbios estavam

    inchados. "Matt." Disse ele, apenas um suspiro. "Se eu te levar para o meu quarto, vou

    saborear voc." Minha respirao engatou, e minha barriga apertou. Ele embalou meu rosto e

    roou seus lbios contra os meus. "Vou ter voc."

    "Por favor." Deus, parecia que eu estava implorando. Talvez estivesse. "Oh, Deus. Por

    favor."

    Ele agarrou minha mo, levou-me para fora da cozinha e ao quarto. O meu

    nervosismo em torno dele desapareceu. Eu tinha tanta certeza sobre isso.

  • 48

    Desta vez, quando ele me beijou, foi diferente. Mais lento, mais duro, mais

    profundo. Tomou seu tempo me despindo, como se estivesse saboreando cada centmetro de

    pele que ele descobriu, beijando e lambendo enquanto explorava. Quando eu estava deitado

    em sua cama, completamente sua merc, seus lbios estavam arrastando do meu peito,

    abaixo, para baixo, at que eu estava segurando os lenis ao meu lado.

    Eu no podia deixar de observ-lo. Foi a coisa mais ertica que j vi. Quando seus

    lbios perfeitos abriram para levar meu pau em sua boca, eu estava perdido para a

    sensao. Sua boca quente e mida foi abrangente, chupando enquanto sua lngua estava

    rodando e batendo, seus dedos estavam escorregadios e deliciosos, pressionando e

    sondando.

    Eu gemia descaradamente, contorcendo-me sob seu toque. Seus dedos estavam dentro

    de mim. Um, dois, movendo-se e bombeando enquanto sua boca trabalhava para cima e

    abaixo do meu pau. Chupando e deslizando, sua boca estava pondo o meu sangue em

    chamas, eu estava aquecido atravs dele.

    Em seguida, ele chupou duro e me bombeou, uma vez, duas vezes. E eu estava

    perdido. No conseguia pensar, no podia falar. Agarrei seu cabelo, tentando avis-lo, mas

    ele s fez me olhar. Seus olhos escuros e os lbios perfeitos em volta do meu pau fez-me

    gozar.

    Em seguida, ele gemeu.

    Eu gozei to duro.

    O mundo desapareceu, toda viso, todo o som. A nica coisa que havia, era a sua

    boca... E lngua, e seus gemidos enquanto bebia o que lhe dei.

    Ento ele se foi. Tentei abrir os olhos e levantar a minha mo, mas era muito

    pesado. Ouvi-o rir, ouvi o rasgo de papel alumnio e, em seguida, como se eu no pesasse

    nada, ele virou meu corpo desossado.

  • 49

    Eu estava de bruos em sua cama. Ele estava entre as minhas coxas, suas mos

    estavam em meus lados e inclinou-se sobre minhas costas. Podia sentir seu pau pressionando

    contra a minha bunda, ento levantei meus quadris para ele e se apertou em mim.

    Porra!

    Ele empurrou e empurrou at que tinha todo o caminho dentro de mim. S ento ele

    pareceu respirar. Caindo para frente, ento ele estava deitado em cima de mim, apertou os

    quadris na minha bunda, seu longo pnis quente estava agora dentro de mim.

    Ofegante, ele correu as mos para cima de meus lados, enganchando os dedos sob os

    meus ombros, e ento comeou a empurrar dentro de mim. Era tudo o que eu imaginava que

    seria.

    " to bom." Ele murmurou na parte de trs do meu pescoo. "Oh, porra. Matt..." Ele

    gemeu em meu ombro enquanto empurrou mais forte, mais rpido. Ento ele beijou atrs da

    minha orelha e abaixo na parte de trs do meu pescoo, e estava empurrando to duro, to

    bom. Minha bunda subiu para encontr-lo, concedendo-lhe um melhor acesso, mais

    profundo, mais tempo. Em seguida, ele gemia muito e alto. "Oh, vou gozar." E eu podia

    sentir seu pau inchar e desaguar no preservativo dentro de mim.

    Ele caiu em cima de mim, descansando todo o seu peso nas minhas costas. Entre

    respirao irregular, ele beijou meu ombro, meu pescoo e as costas da minha cabea antes

    que tirasse de mim. Ele nos rolou para nossos lados, passou os braos em volta de mim

    completamente e ns adormecemos.

    Eu no estava brincando quando lhe disse em sua cozinha, que se ele me beijasse eu

    no estaria saindo em breve. Porque no foi at quase meia-noite na noite de domingo, que

    me arrastei para fora de seu quarto, depois de um fim de semana inteiro de sexo, fiz-me ir

    para casa.

  • 50

    Captulo Seis

    Ao longo das prximas quatro semanas, ns vimos um ao outro quase que

    constantemente. Quando eu no estava trabalhando, fiquei no lugar dele. Ele tinha estado na

    minha casa algumas vezes, mas considerando que era provvel, que qualquer um dos caras

    com quem trabalhava, s poderia aparecer sem ser convidado, optamos por ficar em seu

    lugar. Passvamos o dia conversando, rindo e horas noturnas explorando o corpo um do

    outro. Mantivemos nossas sesses de boxe como por normal. Os caras do trabalho gostavam

    dele, e trataram-no como um dos meninos.

    Ningum suspeitou de nada.

    Exceto Mitch. Ele sabia que algo estava diferente. Eu era mais feliz, disse ele. Ele me

    pegava sorrindo, e me chamava nisso. Ele presumiu, como todos fizeram, que havia uma

    mulher atrs da minha felicidade recm-descoberta, mas no admiti nada.

    Eu no negava ou confirmava as suspeitas de Mitch, que segundo ele, confirmou suas

    suspeitas.

    Ele tinha sido meu parceiro por dois anos, ento claro que iria notar. Mas tambm

    sabia que eu era um cara privado, felizmente ele no me empurrava nisso. Eu certamente no

    trouxe isso.

    Mas ele comentou sobre como ela deve ser algum especial, porque nunca tinha me

    visto to feliz.

    E para alm da distino 'ela', ele era muito fodidamente certo. Eu nunca tinha sido to

    feliz.

    Foi uma manh muito preguiosa de domingo, na cama tnhamos estado juntos

    durante quatro semanas e disse a Kira como Mitch podia ver como eu estava

  • 51

    feliz. Expliquei como ele continuou fazendo comentrios sobre 'ela' ser a razo por trs do

    meu presumido sorriso.

    Disse a ele: "Ele diz que sabe que estou vendo algum, por causa de quo mais fcil eu

    estou de se conviver.

    Kira sorriu, e quando traou os dedos ao longo da minha mandbula, disse. "Voc quer

    dizer, que menos sexualmente frustrado."

    Eu ri e acenei com a cabea. "Isso tambm."

    Ele enganchou a perna sobre a minha. "No tem nada a ver com o seu namorado

    sonhador preparando o jantar ou colocando-se com o seu gosto de merda no cinema."

    Namorado sonhador.

    Namorado.

    No tnhamos usado rtulos antes. "Namorado, n?"

    Pela primeira vez, eu vi dvida em seus olhos. Normalmente to confiante e sincero,

    ele engoliu em seco e assentiu. Com hesitao e esperana em seus olhos, ele disse. "Bem, eu,

    Hum... Meio que pensei..."

    Sorri quando puxei o brao dele para que deslizasse em cima de mim, juntei minhas

    pernas ao redor de suas coxas. "Bem, namorado. Eu disse com um sorriso na minha voz. "...

    por que voc no me fode como um namorado deveria?"

    Ele riu em meu pescoo, brincando de me morder, mordendo e beijando toda a pele

    que poderia alcanar. Quando ele finalmente, finalmente empurrou dentro de mim, com as

    mos me agarrando quando ele enterrou-se, to profundo, to certo. Seus dedos cravaram

    em minha pele conforme me segurou com muita fora, mas ainda no era firme o

    suficiente. Seus lbios e sua lngua estavam fodendo minha boca, enquanto ele fodia minha

    bunda com seu pau, e consumia tudo de mim.

    Ele empurrou minhas pernas mais altas, quase me dobrando ao meio, e cada

    centmetro dele foi enterrado em mim. Balanou e apertou os quadris, perfurando-me mais e

  • 52

    mais, e segurei seu rosto entre minhas mos. Sussurrei contra seus lbios. "Voc se sente to

    bem dentro de mim."

    Ele resmungou e estremeceu, todo o seu corpo em convulso quando se acalmou em

    cima de mim, enchendo o preservativo de novo e de novo.

    Ento ele me levou para o banheiro e ao chuveiro. "Um orgasmo entre ns no est em

    qualquer lugar perto do suficiente." Declarou Kira. Ele caiu de joelhos na minha frente, e eu

    segurei as paredes ao meu lado. E, quando a gua quente caiu sobre minha cabea, ele

    segurou minhas bolas em uma mo e bombeava meu eixo na outra, enquanto chupava a

    cabea.

    Exceto que levei minhas mos fora das paredes para segurar seu cabelo enquanto meu

    pau explodia em sua garganta, e desequilibrei, ou cai ou escorreguei, algo assim, porque ns

    acabamos no cho no chuveiro, uma baguna confusa de membros e risos.

    Ns ainda estvamos rindo conforme fomos at a cozinha, para encontrar algo que

    comer, quando houve uma batida na porta.

    Eu congelei.

    S assim, esta pequena bolha perfeita que eu tinha vivido dentro pelas ltimas quatro

    semanas estourar. Eu no podia ser visto aqui. No houve nenhuma explicao que eu

    pudesse dar, para justificar por que eu estava na casa de Kira.

    "Esperando algum?"

    Kira olhou para mim, e ele poderia dizer que eu estava preocupado.

    Em seguida, uma voz feminina disse: "Kira! Est em casa?"

    Kira gemeu. " apenas a minha me."

    Oh. A me dele.

    Ser que namorados atendem as mes? Imaginei que eles fizeram. Bem, imaginei que

    eu estava prestes a fazer.

  • 53

    Kira desapareceu, e pelo tempo que tenho a porta da cozinha, uma pequena cilndrica

    mulher japonesa. Ela tinha cabelo preto reto at os ombros, e estava deixando Kira ter um

    pedao de sua mente. Ela apontou o dedo para ele. "No nos ligou ou veio nos ver em

    semanas!" Ento ela ergueu as mos e falou em quebrado Japons/Ingls. "Por qu? Por que

    voc no me ligou? Eu fico doente de preocupao, Kira."

    Kira olhou para mim, tentando no sorrir. "Ah, me, eu gostaria que voc conhecesse

    Matthew Elliott." Disse ele. Ento, sorriu. "Meu namorado. Matt, esta a minha me, Yumi."

    Yumi se virou para me olhar. Seus olhos estavam arregalados e boca aberta. "Oh. Ela

    disse calmamente. "Oh, voc o menino da televiso."

    Atravessei o cmodo e estendi minha mo para ela. "Prazer em conhec-la."

    Ela pegou minha mo em uma pequena, mas firme aderncia. "Ento, voc a razo

    pela qual meu Kira desapareceu por quatro semanas?"

    "Um..."

    Kira interrompeu, me salvando. "Me, onde est meu pai?"

    "Ele est estacionando o carro. Eu vim para ver se voc ainda est vivo." Ela jogou as

    mos no ar. "Poderia ter sido morto por tudo que eu sei."

    Kira sorriu e revirou os olhos. "Est tudo bem, me. Eu estive em mos muito

    seguras." Em seguida, ele se inclinou e sussurrou-lhe: "Matt um policial."

    Oh, meu Deus! Eu no podia acreditar que ele tinha acabado de dizer isso!

    Yumi golpeou o brao de seu filho. "No quero mais detalhes." Kira riu, e Yumi

    balanou a cabea para ele. "Por que voc no me ligou, para me dizer que tem um

    namorado?"

    Ele no respondeu a sua pergunta, mas acalmou com um abrao em seu lugar. Ela

    resmungou para ele, mas sorriu assim quando houve outra batida na porta. Kira foi at a

    porta da frente e voltou com um homem, que s poderia ser seu pai. Eu sabia onde Kira tinha

  • 54

    a sua altura. O homem que entrou era alto, cerca de um metro e noventa e dois, cabelo

    escuro, pele cor de oliva.

    "Matt, este o meu pai, Salvidore Franco. Ns o chamamos de Sal." Explicou Kira,

    mas, em seguida, moveu-se rapidamente com as mos, e eu percebi um pouco tardiamente,

    que estava fazendo sinal. O pai de Kira era surdo.

    Eu apertei sua mo, murmurei meu ol, completamente despreparado para me

    encontrar com os pais. No acho que conheci os pais antes. Foi um pouco assustador.

    O pai de Kira, Sal, fez sinal rapidamente de algo a que Yumi riu, e Kira sorriu para

    mim. "Meu pai diz que voc parece mais alto na TV."

    Eu pensei que bufei, e podia sentir meu rosto ruborizar de vergonha, quando os trs

    olharam para mim e sorriram.

    Durante as prximas duas horas, vim a perceber que a famlia de Kira era muito

    prxima, muito aberta sobre tudo e muito, muito engraada. Eu sabia agora por que Kira

    estava sempre sorrindo, porque a sua me e seu pai faziam muito tambm.

    Yumi, todos os um metro e cinquenta e dois de altura, ainda incomodava Kira sobre

    ser to distrado e, pelo menos, no chamando para que eles soubessem que estava

    bem. Ento ela se virou para mim, fazendo-me prometer cham-los.

    Eu rapidamente deduzi que Sal lia os lbios, porque no fiz gesto de tudo o que disse,

    mas quando Sal tinha algo a dizer, Kira traduziu a linguagem de sinais para mim. Sal me

    disse quando Kira no telefonava a sua me, ele era o nico que sofria. Sal sorriu, Kira riu e

    Yum