01. espaço industrial

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espaõ industrial

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    Curso Ascenso

    QAA/AFN 2011 Geografia

    ESPAO INDUSTRIAL

    Fernando Pessoa

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -I-INTRODUO

    A indstria consiste numa atividade produtiva que se caracteriza por transformar matrias-primas, de modo manual ou com auxlio de mquinas e ferramentas, em produtos elaborados ou semi-elaborados.

    Desde o surgimento das primeiras fbricas, a economia industrial desenvolveu-se em ciclos longos, que apresentam uma fase inicial de rpido crescimento e acumulao de capitais, atravessam uma fase de estabilizao e em seguida entram em uma fase descendente, caracterizada pela reduo do crescimento e dos lucros empresariais; a Destruio Criadora movimenta tais ciclos!!!!

    O capitalismo se alimenta da contnua inovao tecnolgica...

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -Entre os principais tipos de indstria, podemos citar: indstrias de bens de produo ou de base; indstrias de bens de capital ou intermediria; indstrias de bens de consumo durveis, semi-durveis e no durveis.

    Indstria de bens de produo ou de base: Produzem matrias-primas ou energia para outras indstrias. Tendem a se localizar perto de fontes fornecedoras ou portos e ferrovias, o que facilita a recepo de matrias-primas e o escoamento da produo. Exemplo: ao, alumnio, plsticos, borrachas, etc.

    Indstria de bens de capital ou intermediria: So aquelas que equipam outras indstrias, sejam elas leves ou pesadas, sem o que seria impossvel a produo de bens para um amplo mercado consumidor. Essas indstrias tendem a se localizar perto de empresas consumidoras de seus produtos, ou seja, em grandes regies industriais. Exemplo: mquinas, autopeas, ferramentas, etc.

    Indstrias de bens de consumo durveis, semidurveis e no durveis: Atendem diretamente ao grande mercado consumidor. Elas se encontram localizadas em grandes, mdios e pequenos centros urbanos ou mesmo na zona rural de diversos pases. Exemplo: automveis, eletrodomsticos, vesturio, alimentos, etc.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -Alm dessa classificao, muito utilizada, que considera a natureza dos bens produzidos, h outras formas de classificar as indstrias. Veja:Segundo a funo:a)Indstrias Germinativas: so as que geram o aparecimento de outras indstrias. Ex.: a petroqumica.b)Indstrias de ponta: so as indstrias dinmicas, que comandam a produo industrial. Ex.: as indstrias qumicas e automobilsticas.

    Segundo a tecnologia:a)Indstrias tradicionais: so as que esto ainda ligadas s vantagens oriundas da primeira revoluo industrial. Podem ser empresas familiares (empresas clnicas) e denunciam sua presena pelos seus aspectos internos e externos e por sua localizao. H empresas brasileiras que ainda so deste tipo.b)Indstrias dinmicas: so aquelas ligadas ao desenvolvimento recente da qumica, eletrnica e petroqumica, principalmente. Utilizam muito capital e tecnologia e relativamente pouca fora de trabalho. Possuem uma flexibilidade maior de localizao do que as anteriores e operam em economias de escala.

    Segundo a aplicao dos recursos ou fatores:a)Indstrias capital-intensivas: as que aplicam os maiores recursos nos fatores capital e tecnologia.b)Indstrias trabalho-intensivas: as que empregam os maiores recursos em fora de trabalho.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -FATORES LOCACIONAIS DA INDSTRIAMatria-prima;Fontes de energia;Mo-de-obra abundante;Mercado consumidor;Boa rede de transporte;Boa rede de telecomunicaes;Disponibilidade de gua;Incentivos fiscais.Entretanto, atualmente, as empresas dependem cada vez menos dos fatores tradicionais de localizao espacial, pois os produtos atuais so menores, mais leves e utilizam pouca quantidade de energia e matria-prima. O fundamental passa a ser o domnio do Know-how. Essas empresas necessitam fixar-se em regies com forte presena de universidades e centros de pesquisa cientfica e tecnolgica.A melhor localizao aquela que possibilita a maior rentabilidade!!

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -INOVAES TECNOLGICAS E AS NOVAS FORMAS DE GESTO DO TRABALHO. 1 Revoluo Industrial: Inglaterra; segunda metade do sc.XVIII; Indstria Txtil; Mquina a vapor e tear mecnico; Carvo Mineral; Trens e navios movidos a vapor; Estado Liberal; Trabalhador por ofcio; Deslocamento da populao do campo para as cidades; Diviso de classes entre burguesia e operrios; Clssica troca de produtos manufaturados por matrias-primas.2 Revoluo Industrial: Frana, Blgica, Holanda, EUA, Alemanha, Itlia e Japo, segunda metade do sc. XIX 1870; Indstrias metalrgicas, qumicas, automobilsticas, petroqumicas, etc.; Taylorismo-Fordismo; Motor combusto; Eletricidade e petrleo; Automvel, navegao e area; Trabalho especializado com separao do trabalho manual do intelectual; Estado Keynesianista; Trabalhador monovalente; Consolidao dos grandes centros industriais (economias de aglomerao); Sociedade urbano-industrial; Intensificao das trocas entre produtos industrializados e matrias-primas. Neocolonialismo.3 Revoluo Industrial (Tecno-Cientfica): Japo e EUA, sc. XX 1970; Indstrias de informtica, microeletrnica, robtica, qumica fina, biotecnologia, telecomunicaes, engenharia gentica, nanotecnologia, etc.; Toyotismo; Microprocessador (chip); Trens de grande velocidade, supernavios e supersnicos; Trabalho qualificado com fuso do trabalho manual e intelectual; Estado Neoliberal; Trabalhador polivalente; Desconcentrao da atividade industrial (deseconomias de aglomerao); Sociedade ps-industrial; Diviso Internacional do Trabalho complexa entre pases centrais, semi-perifricos e perifricos.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -A transio do Fordismo para a Produo Flexvel.Fordismo:Sistema que privilegia a produo em escala de produtos padronizados;O sistema fordista nasce no incio do sc.XX, embora s tenha conseguido estabelecer-se, concomitantemente aos ganhos da produtividade, com o crescimento do consumo aps a Segunda Guerra Mundial.

    A data inicial simblica deve por certo ser 1914, quando Henry Ford introduziu seu dia de 8hs e cinco dlares como recompensa para os trabalhadores da linha automtica de montagem de carros que ele estabelecera no ano anterior em Dearborn, Michigan. (HARVEY, 1989)

    O sistema fordista contou com o apoio inicial dos avanos tecnolgicos alcanados pela sociedade moderna no final do sculo XX, marcou a incorporao de novas tecnologias que se desenvolveram a partir dos grandes conflitos mundiais. Esses novos adventos contriburam para o desenvolvimento industrial e a emergncia de um novo modelo de organizao fabril e operria.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -INTEGRAO VERTICALAs grandes indstrias da poca passaram a utilizar dentro de suas unidades o sistema de integrao vertical, elaborado por Henry Ford. As longas esteiras rolantes encaminhavam o produto semi-elaborado at os operrios; esse recurso caracterstico do esquema de produo de Henry Ford fora denominado como linha de montagem. A criao deste sistema permitiu a implementao de um sistema de gesto da fora de trabalho que levara em considerao at os aspectos da vida cotidiana do operrio. A produo dos diversos componentes era feita em srie, ditando o ritmo da produo em massa de produtos padronizados, que utilizavam grandes estoques, maquinrio de elevado valor agregado e um grande nmero de trabalhadores hiperespecializados. Todas essas medidas tinham por objetivo aumentar a produtividade, sem causar a interrupo da produo.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -FREDERICK TAYLOROs ganhos da produtividade conseguidos por Ford tinham grande relao com Os princpios da administrao cientfica de Frederic Taylor.

    Em sntese, a organizao do trabalho passou a se organizar com base num mtodo racional elaborado por Frederic Taylor. O taylorismo, como era conhecido, apresentava as seguintes caractersticas:

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    Separao das funes de concepo (administrao, pesquisa e desenvolvimento, etc.) das funes de execuo;Fragmentava ao mximo as atividades dos operrios, que podiam ser realizadas por trabalhadores com baixos nveis de qualificao, mas especializados em tarefas simples, de gestos repetitivos;Centralizava as decises nas mos da gerncia. Esse mtodo americano de trabalho seguia linhas hierrquicas rgidas, com uma estrutura de comando partindo da alta direo e descendo at a fbrica;Substituio do paradigma Manchesteriano pelo paradigma Taylorista, implicando na perda do controle do processo produtivo dos operrios que passaram a ser controlados rigidamente por tcnicos e administradores.

    A concentrao fabril e operria beneficiou, de certo modo, a politizao da classe trabalhadora, que a partir do aumento da explorao da mo-de-obra favoreceu o crescimento e fortalecimento dos sindicatos. Sendo assim, os mercados de massa ficavam garantidos devido ao crescimento da capacidade de compra dos prprios trabalhadores. nesse contexto que comeamos a ter o surgimento e o fortalecimento dos alicerces da sociedade de consumo capitalista.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -A CRISE DO MODELO FORDISTACom a perda dos ganhos de produtividade, o modelo de desenvolvimento comeou a dar sinais de desgaste no final da dcada de 60, resultando na perda de uma das mais importantes caractersticas do fordismo: o aumento constante do salrio dos trabalhadores. A crise do petrleo (1973) contribui para desestabilizar e desmantelar as bases do Welfare State, baixando a lucratividade concomitantemente desvalorizao do dlar.

    Sendo assim, o modelo de industrializao fundamentado na grande concentrao fabril e operria passou a ser substitudo por um novo modelo de desenvolvimento capitalista que se apia na automao, na robotizao, nas novas tecnologias de informao e na flexibilizao do trabalho.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -O PS FORDISMO.A partir da dcada de 70, a sada foi investir num novo modelo que rompesse com aquilo que era considerado a rigidez do modelo fordista. O modelo Fordista de produo comeou a ceder lugar para o modelo flexvel; ou o mtodo de produo americano passou a ser substitudo pelo mtodo japons de produo enxuta (Toyotismo, referncia empresa japonesa Toyota), que utiliza menos esforo humano, menos espao fsico, menos investimentos e tempo de desenvolvimento de um produto.

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    O modo de gesto moderno baseado no modelo japons (just-in-time ou gesto do tempo) se constitui numa estratgia de competio industrial que objetiva responder rapidamente s mudanas do mercado, orientado sempre para o consumidor. Procura-se uma flexibilizao da estrutura produtiva a fim de atender s oscilaes do mercado. O princpio bsico da tcnica just-in-time, dentro da administrao da produo, que se devem evitar todas as formas de trabalho que no adicionem valor diretamente aos produtos. Tudo o que provoca perdas no processo procura-se reduzir ou eliminar, por exemplo: estoques em geral, tempos de espera, movimentaes de materiais, defeitos, mquinas paradas, etc.

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    CONTRASTE ENTRE O FORDISMO E O TOYOTISMO.I-PROCESSO DE PRODUO.

    Produo em massa de bens homogneos;Uniformidade e padronizao;Grandes estoques;Testes de qualidade ex-post (deteco tardia de erros e produtos defeituosos;Perda de tempo de produo por causa de longos tempos de preparo, peas com defeito, pontos de estrangulamento nos estoques, etc.Integrao vertical.

    Produo em pequenos lotes;Produo flexvel e em pequenos lotes de uma grande variedade de tipos de produto;Sem estoque;Controle de qualidade integrado ao processo (deteco imediata de erros);Reduo do tempo perdido, reduzindo-se a porosidade do dia de trabalho;Integrao (quase) vertical, subcontratao.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -II-TRABALHO.

    Realizao de uma nica tarefa pelo trabalhador;Pouco ou nenhum treinamento no trabalho;Organizao vertical do trabalho;Sindicatos fortes e atuantes;Salrios padronizados.Mltiplas tarefas;Longo treinamento no trabalho;Organizao mais horizontal do trabalho;Sindicatos enfraquecidos;Salrios diferenciados conforme a qualificao.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -III-ESPAO.Concentrao espacial da atividade industrial Economias de aglomerao;Diviso espacial do trabalho.Desconcentrao espacial da atividade industrial Deseconomias de aglomerao;Integrao espacial.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -IV-ESTADO.Regulamentao;Rigidez;Negociao coletiva;Socializao do bem-estar-social (o Estado de bem-estar social);O Estado como subsidiador;Interveno indireta em mercados atravs de polticas de renda e de preos.Desregulamentao/Re-regulamentao;Flexibilidade;Diviso/individualizao, negociaes locais ou por empresa;Privatizao das necessidades coletivas e da seguridade social (o Estado neoliberal);O Estado como empreendedor;Interveno estatal direta em mercados atravs de aquisio.

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  • ---- Geografia - Fernando Pessoa ---- - www.cursoascensao.com.br -Mudanas nos fatores locacionais Reorganizao da geografia industrial no mundo (principalmente nos pases de industrializao antiga) Desconcentrao das indstrias (facilitada pelos avanos nos sistemas de transporte e comunicaes)Novos fatores de localizao de indstrias: Infra-estrutura intermodais; Comunicaes; Informao; Mo-de-obra qualificada; Centros de pesquisa e desenvolvimento; Universidades.

    Deseconomia de Aglomerao

    Tecnoplos

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    Geografia - Fernando Pessoa - Curso Ascenso - 2203-1072Geografia - Fernando Pessoa - Curso Ascenso - 2203-1072