01. escatologia

Upload: jean-de-souza

Post on 06-Jul-2015

370 views

Category:

Documents


15 download

TRANSCRIPT

ESCATOLOGIA

NDICEESCATOLOGIAINTRODUO LIO 01 VISO GERAL LIO 02 A REDENO O PALCO DA ESCATOLOGIA LIO 03 O REINO DE DEUS LIO 04 OS JUDEUS E A SUA HISTRIA LIO 05 DANIEL LIO 06 A TERRA DE ISRAEL LIO 07 OS MISTRIOS DO REINO 01

03

08

14

27

31

43

49

BIBLIOGRAFIA

52

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

ESCATOLOGIAINTRODUOmesmo quem disse: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundncia (Jo 10. 10; 11.25, 26; 14.1-3). A Segunda Vinda de Jesus Cristo a esta Terra e os acontecimentos pertinentes mesma criam um alicerce de esperana, consolo e bendita antecipao, que para sempre mitiga a sede do povo de Deus, cansado do pecado, do sofrimento, da tristeza associada a esta peregrinao terrestrial. Deus tem um plano Eterno e um propsito. Este revelado nas Escrituras atravs de muitas passagens (Ef 3.10, 11; Is 46.10; 2Rs 19.25; Ap 1.6). Em escatologia Bblica estudamos parte deste PROPSITO. O Plano da Redeno o mago da Escatologia. A Doutrina da Redeno abrange: Escatologia o estudo dos eventos que esto para acontecer segundo as Escrituras. O termo escatologia deriva do grego Eskhatos que significa ltimo; e Logia que significa tratado ou estudo de um conjunto de idias. O estudo da escatologia imprescindvel, quer tratado dentro do terreno da cincia, da filosofia ou da religio. O homem vive perenemente a procurar a verdade concernente ao seu destino e ao destino do Universo no qual habita. O homem racional indaga: Morrendo o homem, porventura tornar a viver? (J 14.14). E tambm nos apressamos por acrescentar: Como podemos estar certos acerca de uma vida futura, relacionada com a existncia presente?. A Escatologia crist, centralizada na Bblia, uma apresentao positiva das promessas baseadas nas palavras irrevogveis de um Deus Eterno e Imutvel. No existe vida, presente ou futura parte de Deus, a qual tornada possvel por intermdio de seu Filho Jesus Cristo. Foi EleMinistrio de educao teolgica

teologia Sistemtica vem desenvolvendo-se desde os primrdios, e em cada poca se prende a um tpico das doutrinas bblicas. No sculo II a Igreja lidava especialmente com a Apologtica e as idias fundamentais do cristianismo; no sculo III e IV, com a doutrina de Deus, no sculo V, logo no incio, lidava com a antropologia e a hamartiologia; do sculo V at o VII, com a Cristologia; nos sculos XI at XVI, com a expiao; e no sculo XVI, com a aplicao da redeno, e agora o interesse especial da era moderna a escatologia, o nico tpico da Teologia que ainda sobrava para ser desenvolvido. DEFINIO

A

1) A Doutrina do Parente Remidor (Rute; Lv 25.25-34; Dt 25.5-10). 2) A Doutrina da Redeno da Terra (Rm 8.18-23; Lv 25; Zc 14.4, 5, 8, 10; Is 35.1, 2, 13; 11.5-9; Jl 2.22-27; Is 65.20... etc). 3) A Redeno das Naes (Gn 9.12-17; Ap 10; Zc 14.16-19; Ap 21.24; 22.2; Is 60.3). 4) A Redeno de Israel (Am 9.15; Jl 3.20, 21; Is 60.4-12). 5) A Redeno do Homem (Ef l.13, 14; Rm 8.23, 24; 1Jo 3.1, 2; Fp 3.21; Ap 1.5, 6). O Centro da mensagem Escatolgica a colocao de: 1) O Trono de Davi, na profecia (2Sm 7. 12-16; Sl 89.34-37; Is 9.6, 7; Zc 14.9, 16-19). 2) A pessoa que assentar-se- nesse trono (Lc 1.31-33; Ap 20.6; Jr 23.5; 2Sm 7.14-17; Mt 19.28; 25.31). A menos que essas verdades sejam01ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

claramente definidas, recebendo alicerce bblico, a profecia perder a sua significao e vitalidade, surgindo assim certa incoerncia que tende a confundir, e no a esclarecer.

ESCATOLOGIA

02

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

LIO 01 VISO GERALde Deus. H tambm esperana de converso de todas as naes do mundo, no na totalidade, mas a grande maioria da populao de todos os povos da terra. Assim ser inaugurado um longo perodo de paz entre os homens no mundo que se identifica com o mundo milenar. Os ps-milenistas no interpretam os mil anos literalmente (Ap 20). Afirmam: Haver um curto lampejo de maldade antes da vinda do Senhor, seguido pela ressurreio de todos, o julgamento a consignao dos homens ao estado permanente do cu ou do inferno. As razes do ps-milemismo so reconhecveis nas idias de Tricnio e Agostinho. Jonathan Edwards, primeiro presidente da Universidade de Princenton no sculo XVIII, e os Hodges e B.B.Warfield, os famosos telogos do Seminrio de Princenton, representavam este ponto de vista. Hoje o ps-milenismo tem poucos adeptos em conseqncia dos acontecimentos histricos, nada animadores, mais do que pelas demonstraes de provas bblicas. PR-MILENISMO Os pr-milenistas crem que Jesus voltar antes dos mil anos (Ap 20.2-6), que reinar sobre o mundo que sobreviver a destruio e julgamento que sero visitados sobre a terra na grande tribulao. Muitos Pais da Igreja Primitiva eram milenistas (Kiliastas, do grego KHILIA), com a posio adotada por Agostinho (sculo V) o pr-milenismo caiu no desprezo geral at a revitalizao ocorrida no sculo XIX. Muitos crem que o pr-milenismo o sinnimo do dispensacionalismo criado e popularizado por J.N. Darby, um destacado lder dos Irmos Livres Plymonth, Inglaterra. Ele, com sua esquematizao Escatolgica, teve grande aceitao entre os evanglicos (principalmente no norte dos Estados Unidos) no movimento evangelstico que gerou muitos Institutos Bblicos, misses de f e a famosa Bblia de Scofield. Aqui no Brasil os Batistas Regulares, O Instituto Bblico Palavra da Vida, a Chamada da Meia Noite, as Assemblias de Deus, e outras misses03ESCATOLOGIA

Existem trs linhas escatolgicas: 1) AMILENISMO; 2) PR-MILENISMO; 3) PS-MILENISMO. AMILENISMO Embora seja o mais claro e simples dos vrios sistemas, apresenta dificuldades especiais. Este ponto de vista pode ser declarado de modo breve: no haver um reino terrestre de Cristo, de mil anos de durao. O Amilenismo no cr em duas ressurreies fsicas (Ap 20.4-6). A primeira ressurreio, dizem os amilenistas, que espiritual, a segunda fisica. Temos vrios escritores que advogam este sistema: Floydd, E. Hamilton e Ray Summers. A outra doutrina importante do amilenismo a sua interpretao dos mil anos em Ap 20.2; neste texto fala-se de Satans sendo preso por mil anos, e Ap 20.4 fala daqueles que foram decapitados por causa do seu testemunho a Jesus, reinando com Ele por mil anos. Para os amilenistas estes mil anos no literal, para eles estes mil anos o perodo da Ressurreio do Senhor at a Parousia. Acham que Cristo est reinando, de modo espiritual, nos coraes dos salvos. Acham que a Igreja a Nova Israel de Deus. PS-MILENISMO Esta interpretao Escatolgica facilmente se confundem com o amilenismo. Afirmam: O Reino de Deus espiritual, no geogrfico, de modo que onde h indivduos que recebem a Cristo e reconhecem a sua soberania sobre as suas vidas, a est o Reino

Ministrio de educao teolgica

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

estrangeiras e escolas iniciadas por missionrios da outra Amrica, divulgam esta posio teolgica. De acordo com o sistema apresentado pelos dispensacionalistas, h sete pocas da histria da Salvao: Inocncia, Conscincia, Governo Humano, Patriarcal, a Lei, a Graa e o Milnio, que ser o governo divino. A chave imprescindvel para a compreenso do futuro Daniel 9.24-27. As 70 semanas se referem a 490 anos (70x7) e no a dias. As primeiras 69 semanas de anos terminaram com a crucificao de Jesus, encerrando a poca na qual Deus se interessou principalmente por Israel. Com a rejeio do Messias que Deus ofereceu a Israel no ministrio e na pessoa de Jesus, Deus fez o relgio escatolgico parar. No intervalo entre 69 e a 70 semana, Deus cstabelece a Igreja, a realidade no prevista pelos profetas do A.T. A Igreja, portanto, o ministrio revelado a Paulo e aos escritores do N.T. (Ef 3; Cl 1; Rm 16.25-27). Terminado este perodo da Graa no qual os gentios e judeus so convidados a formar a Noiva de Cristo, ocorrer o Arrebatamento (1Ts 4.1318). Este maravilhoso evento se realizar sem aviso prvio. O relgio proftico ento ser reativado com a ateno de Deus voltada para Israel. A 70 semana de Daniel 9, marcar os sete anos da Grande Tribulao. Dentro da ltima semana de Daniel haver o desenvovimento do seguinte quadro: 1) Israel, a nao judaica, estar no centro do plano divino de Deus para com a humanidade. Restaurada, Israel reconstituir o Templo e restabelecer os sacrifcios exigidos pela Lei Mosaica. 2) O Poder poltico internacional ser exercido pelo o Anticristo, a Besta ou o Homem de Iniqidade (1Jo 4.3; Ap 13; 2Ts 2.3). 3) O Cristianismo apstata unindo o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa, e o Modernismo Protestante; chamado a Meretriz, se aliar com o Anticristo (Ap 17) e prosperar atravs da unio adltera durante um tempo. 4) O pecado aumentar entre os homens e chegar a uma profundidade e intensidade jamais vista a no ser na poca do Dilvio. 5) A Ira de Deus ser derramada sobre a

terra numa srie de julgamentos cataclismos. 6) Quando a Besta (o Anticristo) romper (Dn 9.27) com a nao Israelita, provocar uma crise internacional que atingir seu auge na guerra de Armagedom. Tudo culminar no fim dos sete anos da Grande Tribulao com a Vinda de Jesus Cristo com os seus santos. Aps a Parousia, o reino do Anticristo ser destrudo e Cristo passar a reinar sobre a Terra (Zc 14.9, 16-19; Mt 25.3l-46; 19.28). Assim se cumpriro literalmente as profecias do Antigo Testamento que prevem um reino messinico na Terra. Passados os mil anos previstos em Ap 20, Satans ser solto da sua priso, encabear uma revolta breve pelos moradores no regenerados (naes bodes Mt 25.31-46), mas esta ser esmagada. Suceder ento o ltimo julgamento do Trono Branco (Ap 20.11-15). Os mortos no convertidos sero julgados segundos suas obras. A Igreja depois do milnio gozar na Nova Jerusalm e os judeus e as naes justas (ovelhas) gozaro a Vida Perfeita, a nova terra eternamente (Mt 25.3l-46; Ez 37.21-28). De um modo geral, h quatro maneiras de interpretar a Escatologia Bblica: 1) A PRETERISTA - vindica a revelao do passado, interpretando a escatologia em relao aos judeus e cristos em relao ao Imprio Romano e a Histria. 2) A ESPIRITUALISTA - trata tudo como smbolos e nada literal, tudo figurado. 3) A HISTRICA - tudo vem se cumprindo atravs da histria. 4) A FUTURISTA PROGRESSIVA - cr que tudo est por acontecer no seu devido tempo e Lugar. Cr no cumprimento proftico da Revelao no passado, presente e futuro. Embora, muitos escritos profticos tenham sido revelados atravs de simbolismo, todavia tero cumprimento literal. PROBLEMAS DOS ESCATOLOGIA ESTUDANTES DE

1) Conhecimento bblico desordenado H crentes portadores de um admirvel saber bblico, mas infelizmente por falta de um estudo sistemtico, o conhecimento deles avulso, solto, sem seqncia e desordenado. O verdadeiro estudante da Bblia tem04Ministrio de educao teolgica

ESCATOLOGIA

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

experincia profunda com o contedo das Escrituras. Sabe o tema principal dos livros, para quem ou qual povo foi escrito, o tempo, o lugar, o sentido do texto at onde termina o

assunto num captulo, a mensagem que contm todo o arcano proftico e a procedncia da mensagem proftica. Exemplo: Is 61.1, 2; Lc 4.18, 19.

TEXTOS Is 61.1,2

APLICAO O Esprito do Senhor est sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertao aos cativos, e restaurao de vistas aos cegos, para por em liberdade os cativos, e roclamar o Ano Aceitvel do Senhor...

1 Vinda - Lc 4.18-19

2 Vinda

e o Dia da Vingana de nosso Deus (Ler Is 63.1-6; 34.8; Jl 3.13-16; 2Ts 1.7,8).

2) Falta de afinidade com o Esprito Santo (1Co 2.10, 14). A Bblia foi produzida pelo Esprito Santo, e no antigidade na f, cultura, cursos superiores que ir faz-lo entender as Escrituras. O Esprito Santo o verdadeiro intrprete da Palavra (1Jo 2.20, 27). 3) Conhecimento especulativo. Este conhecimento apenas especulao do intelecto humano (1Co 2.14; Tg 3.15). Especular querer saber apenas por saber, mas sem qualquer inteno de glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele, e muito menos de obedecer sua vontade. H muita diferena entre amar a sua vinda (2Tm 4.8), e especular sobre a sua vinda. CONSELHOS PRTICOS PARA QUEM QUER CONHECER A ESCATOLOGIA 1. LER E MEDITAR NA BBLIA BUSCANDO CONHECER, E COMPREENDER A ESCATOLOGIA DENTRO DESTES QUATRO ASPECTOS: 1.1. Do Reino (Ef 1.10, 11; 3.11; Dn 7.13, 14; 2Sm 7.16; Sl 89.35-37; Ap 1.6). 1.2. Do Resgate das Coisas 1.3. Dos Objetos de Resgate: a terra, as Naes, a Igreja, Israel e o Homem. 1.4. Das Setenta Semanas de Daniel (Dn 9.24-27)

2. CONHECER AS TRS CLASSES GERAIS DE DOUTRINAS BIBLICAS: 2.1. As Doutrinas da Salvao. 2.2. As Doutrinas da F Crist. 2.3. As Doutrinas das Coisas Futuras Escatologia 3. CONHECER SISTEMATICAMENTE AS DOUTRINAS ESCATOLGICAS: 3.1. A Doutrina da Morte e do Estado Intermedirio. 3.2. A Doutrina dos Juzos. 3.3. A Doutrina das Ressurreies. 3.4. A Doutrina da Vinda de Jesus. 3.5. A Doutrina do Milnio. 3.6. A Doutrina da Revolta Final de Satans. 3.7. A Doutrina do Eterno e Perfeito Estado (Ap 21 e 22) 3.8. A Doutrina das Dispensaes e Alianas Bblicas. 4. CONHECER OS TRS ELEMENTOS DA PROFECIA (1Co 10.32) 4.1. Gentios (naes) - descritos em Daniel; livro que fala do tempo e da plenitude dos gentios. 4.2. Judeus - Povo da Promessa; Ezequiel

Ministrio de educao teolgica

05

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

descreve sua histria proftica at a sua Glria. 4.3. Igreja - composta de judeus e gentios salvos (Apocalipse). 5. CONHECER OS LIVROS PROFTICOS QUE AINDA VO SE CUMPRIR. OS LIVROS

PROFTICOS DO V.T. PODEM SER DEFINIDOS EM DOIS GRANDES GRUPOS: 1) Os que focalizam o prprio tempo em que foram escritos e o futuro; 2) os que focalizam apenas o futuro. Os Livros profticos esto distribudos da seguinte forma:

PRESENTE / FUTURO Isaas, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Osias Ams, Miquias, Sofonias, Ageu e Zacarias.

S FUTURO Joel, Obadias, Naum, Habacuque e Malaquias

LIVRO Isaas Jeremias Ezequiel Osias Daniel Ams Sofonias Ageu Zacarias A idolatria de Israel nos dias dos Reis. Nabucodonozor Babilnia. A Injustia Social. A destruio de Ninive e Assria.

S FUTURO Milnio Exlio de Jud na Babilma e O Retomo de Israel no fim da Grande Tribulao. Cap 33.14-17 profecias sobre naes estrangeiras. Retorno depois de 70 anos A Ressurreio da Nao de Israel e o Juzo dos Pases Vizinhos. A Unio da Nao Prostituta ao Senhor pelo arrependimento. A Diviso da Terra (Israel). As Naes no Tempo dos Gentios. Tipo do Ministrio da Injustia que operar nos dias do Anticristo. Deus vai atrair as Naes para Jerusalm.

Edificao do Templo por O Templo em sua Glria em Jerusalm (Ez 40.48). Zorobabel nos dias de Esdras. Edificao espiritual da Nao nos Dias de Neemias Sacerdcio de Levi corrompido. O ARMAGEDOM - Angstia de Jac.

Malaquias Joel Obadias Naum Habacuque

O Dia do Senhor em relao aos mpios. O DIA DO SENHOR A extenso do Reino Terreno de Israel aps a oposio de seus vizinhos rabes (Sl 78.4).

A Condenao de Nnive. A Ascenso e Destruio do Anticristo (Ne 2.8-10)

A Ascenso e Destruio do Anticristo (Ne 2.8-10)

ESCATOLOGIA

06

Ministrio de educao teolgica

Calvrio Manifestao de Jesus Cristo (Parousia), a Igreja vem com Ele I Tessalonicenses 3.13 Ap. 20.4-6 Julgamento do Grande Trono Branco, dos mpios Ap. 20.11-15 CU

Antigo Testamento REGENERAO Terra Renovada Mateus 19.28

Seminrio teolgico da idpb

Ministrio de educao teolgica

Reino Profetizado (Isaas 9.6-7)

Reino s Portas (Mateus 3.2)

Arrebatamento da Igreja I Cor. 15.51-53 I Tess. 4.14-18 Tribulao e Arrebatamento dos santos Ap. 20.4

SEPARAO FINAL ENTRE: Bodes e Ovelhas - Mt. 25.11-46

Joio e Trigo - Mt 13.24-30 Palha e Trigo - Mt 3.12

ISRAEL: Ez. 37.24-28; Is. 9.6,7 NAES JUSTAS: Mt. 13.43; 25.34, 46b; Ap. 21.24,26; Ez. 37.28; Is. 60.15,16

ist )

JUZO pelo Fogo (II Pedro 3.10-12) O Trono da Glria 1000 anos - Milnio (Cristo no Trono de Davi, seu pai) Mateus 19.28; 25.31

rio

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Ressurreio dos mpios mortos (Ap. 20.13)

INFERNO

ISRAEL: Is. 60.15, 16; 19-21 Reinado Para Sempre

PONTO DE VISTA DISPENSACIONAL OU PR-MILENAR

is ma eM nd 10 ez v ra da (G .2 ca .13) ja ios 3 ra 3 gre s Pio teo a I Ef l ad tua im Er a A (II T Er A

07

Perodo da Tribulao (Daniel 9.20-27) Satans Amarrado (Ap. 20.2,3) Trs anos e meio Ap. 6-13 Trs anos e meio Ap. 14-18

Condenao da Besta e do Falso Profeta (Ap. 19.20)

Satans solto Apoc. 20.7-9

Eternidade Apoc. 21 e 22

Lucas 1.32- Is. 9.7 Reino do Justos finalmente na terra (Ap. 20.6) JULGAMENTO DAS NAES

Mateus 25.31-46 Miquias 4.3; Is. 2.4

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

LIO 02 A REDENO O PALCO DA ESCATOLOGIA22). Grandes mudanas topogrficas ocorrero (Zc 14.4, 5, 8, 10; Is 35.1, 2; 55.13). A natureza dos animais ferozes ser transformada (Jl 2.22-27; Ez 34.26, 27); colheitas fracassadas somente ocorrero para aqueles que deixarem de ir adorar em Jerusalm (Zc 14.16-19). A vida humana ser prolongada, mas haver mortes durante este perodo (Is 65.20), pois a morte, o ltimo inimigo s ser destrudo no final dos mil anos (Ap 20.7-14). Como espiritualizar todas estas predies? Certamente sero cumpridas de maneira literal. No filosofia humana, mas sim a Revelao Divina, que projeta luz sobre o futuro. (3.3) Antes da Redeno futura, a Terra ser assolada, no de todo, mas de parte em parte (Hc 1.12-17; Ap 6.8; 9.4, 15, 16). Este processo claramente visto como as pragas derramadas no Egito. (3.4) Em Habacuque a Terra a rede sacrificada (Hc 1.13-17). (3.5) Mas no fim ser cheia do Conhecimento do Senhor (Hc 2.13,14; Is 11.9). O Senhor esvaziar a rede da impiedade e a encher do conhecimento do Senhor. O nosso Deus no habitar nesta Favela onde o diabo usurpou durante sculos! Ele implantar o seu Reino em Jerusalm somente depois que purific-la (Is 4.1-6). 4. A NOVA CRIAO Nova Terra e o Novo Cu. Diversas so as passagens das Escrituras que nos chamam a ateno para eles (Ap. 21.1, 2; Is 65.17 ; 66.22; 2Pe 3.10-13). So chamados novos, mas isto no quer dizer que sejam novos no sentido absoluto da palavra: pois a Terra permanece para sempre Ec 1.4; Sl 104.5; 119.90; Jl 3.20; Is 60.21; Am 9.15; Mt 5.5; Gn 9.12-16; Is 45.17, 18; 35.1, 2, 10). Nas passagens que falam que a terra e os cus passaro (Ml 5.18, 24, 34, 35; Mc 13.30, 31; Lc 16.17, 21, 23; 2Pe 3.10; Ap 21.1), a palavra original nunca uma que indique o trmino da existncia, mas sim o PARERKHOMAI - , que um verbo de significado muito amplo e geral, tal como ir ou vir a uma pessoa, um lugar, ou a um ponto; passar, com uma pessoa por banho,08Ministrio de educao teolgica

1. O PROPSITO DE DEUS COM A TERRA (a) Para ser habitada (Is 45.18; Gn 1.2; Is 14.12; Ez 28.12-17) (b) Para manifestar a sua glria como nos dias do milnio (Is 4.1-6) 2. O QUE HOUVE COM A TERRA? (a) Com a queda de Satans tornou-se um caos (Is 14.12; Ez 28.12-17) (b) Com a queda de Ado foi amaldioada (Gn 3.11-19; 4.11,12; 5.29; 8.21; Is 24.1-23) (c) Ado perdeu o direito de domin-la pelo poder de Deus para Satans (Mt 4.8; Jo 14.30; 16.11; 1Jo 5.19) (d) Ado no podia, por recursos prprios, salvar a dvida para retom-la. Somente o Parente Rcmidor poderia fazer isto (Lv 25.26; Rt 2.1; 3.10-18; 4.1-10; Is 59.20; Gl 4.4,5; Hb 2.14,16; Ap 5) 3. O QUE ACONTECER COM A TERRA? DEUS VAI REDIM-LA. Trs coisas foram perdidas com o pecado: a terra, a alma e o pecado. Cada um desses elementos tem um nico meio de redeno: JESUS atravs do seu sangue. Nos prenderemos apenas na redeno da terra, no momento. (3.1) Deus tirar, atravs dos flagelos, o vu de maldio que encobre e domina a atual natureza terrena (Is 25.7,8; 2Co 3.15, 16). (3.2) Ela ser redimida (Rm 8.19-22; Jl 2.18-22; Zc 14.4, 5, 8, 10; Is 11.5-9; 35.1, 2; 55.12, 13; 65.20-25). Este o tempo que Jesus chama de Regenerao (Mt 19.28). o renascimento da Criao. Agora a criao geme e suporta angstia, mas ser redimida do cativeiro quando Cristo voltar (Rm 8.19-

ESCATOLOGIA

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

ou um navio pelo mar, passar de um lugar ou condio para outra, chegar a passar, passar atravs de; ir para dentro de, apresentar-se como quando se quer falar ou servir. Quanto ao tempo, significa ir at o passado, como acontecimento ou um estado de coisas que j aconteceu antes; dando lugar a outros eventos e outro estado de coisa. A idia principal a de transio, e no de aniquilao. Nem o cu e nem a Terra sero aniquilados. Da mesma forma que durante o milnio eles sero regenerados (Mt 19.20), no Estado Eterno - Reino Eterno, sero santificados (2Pe 3.10-13). Porque causaria estranheza a idia de a matria existir para sempre? Se Deus desejar que ela continue, ento toda opinio humana em contrrio nada vale. Observemos que da mesma forma que a justia reinar na terra durante o Milnio, habitar tambm na nova Terra (2Pe 3.13). Alguns dos remidos sem dvida, estaro no lar - na Nova Jerusalm, mas mesmo os que habitarem na Nova Terra tero contato com o Novo Cu (Ap 21.24). Recordando - Trs elementos foram perdidos com o pecado: 1. A Alma - porque no dia em que dela comeres, certamente morrers. 2. O Corpo - No poderia comer da rvore da Vida. 3. A Terra - Ele perdeu o domnio. Os trs principais eventos da REDENO seguem os trs elementos implicados na perda: 1. A converso, a redeno da alma. 2. A Ressurreio, a redeno do corpo. 3. A 2 Vinda de Cristo, a redeno da Terra. A terceira fase da Redeno diz respeito Terra e queles que estiverem nela aps o Arrebatamento. Depois do arrebatamento, o diabo descer a terra a fim de tomar posse completa da Terra (Ap 12.7-12) e reinar na pessoa do Anticristo. A palavra Redeno origina-se numa lei

do V.T. Quando os filhos de Israel possuiam a terra prometida, tomaram providncias para que ela ficasse sempre distribuda igualmente entre as famlias. Poderia ser vendida, mas a escritura tinha validade de um arrendamento, que expirava automaticamente no Ano do Jubileu (que ocorria de 50 em 50 anos), e ento a propriedade voltava ao dono original. Se uma pessoa perdesse suas terras ou as vendesse, desse modo despojando os filhos de uma herana, um parente poderia comprla de volta, a qualquer momento, pagando o valor dela at o Ano do Jubileu. Assim a terra voltaria ao proprietrio original. O homem que fazia isso era chamado de RESGATADOR ou PARENTE REMIDOR, e o processo era conhecido como resgate de uma propriedade comprada. Era uma propriedade comprada porque fora comprada por pessoa fora da famlia, e achava-se sujeita a RESGATE, se houvesse um parente que pudesse e quisesse dar o preo do RESGATE. Quando um terreno era vendido nessas condies, lavrava-se uma ESCRITURA. Do lado de dentro eram escritas as especificaes da transao e do lado de fora ficavam as assinaturas. Depois, a ESCRITURA era enrolada e SELADA. Uma escritura selada era a prova de que aquele terreno estava sujeito a resgate. O Resgate poderia romper o lacre (os selos), que era um ato equivalente queima de uma hipoteca (Jr 32.6-15; Ap 5). O QUE FALTA PARA QUE A TERRA VOLTE A SER POSSE DE CRISTO? 1. Falta a posse (Ap 11.15). Mas a posse no vir enquanto no houver o juzo contra os mpios e os reinos deste mundo. 2. Falta a Vingana do Parente Remidor ou Vingador. Estes dois processos so longos e complicados. Na 1 Vinda, Jesus veio para redimir a Terra (Rm 8.19-22), e o homem (1Pe 1.18,19). E todas as coisas ainda vero a POSSE de seu REMIDOR (Hb 2.8-10; Ef 1.10), mas esse processo de POSSE vir com JUZO, pois seu POSSEIRO - Satans no deseja se retirar. O Diabo insiste em permanecer nos cus (Ap 12.7-13), mas ser expulso. O Diabo insistir em permanecer na posse dos reinos (Mt 4.3-8), mas ele ser expulso ou ser deposto.09ESCATOLOGIA

Ministrio de educao teolgica

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

O preo foi pago. A Redeno foi efetuada. Satans ter que ser expulso de todas as coisas rcdimidas, ento todas as coisas sero reconciliadas (Ef 1.10; Dn 7.13, 14; Ap 5). A Redeno foi obra do Pai, para que o Filho tivesse proeminncia. Israel o tipo da Criatura (criao) que geme sentindo dores de parto (Mq 4.8-10). Ento Deus providenciou a Redeno (Ex 12.7-11). A Redeno de Israel foi obra do Pai e eqivale em tirar Israel do Egito e faz-lo herdar uma terra em posse dos gigantes (Dt 2.3-10). A Redeno deveria vir por uma pessoa: Moiss foi a pessoa que Deus escolheu: ele o tipo de Jesus. Deus no poderia chamar um egpcio, mas um judeu. Tinha que ser um parente (x. 2.8-10). Moiss foi enviado de Deus (x 3.10) como Jesus foi enviado do Pai (Jo 14.16; 3.16). Moiss era dependente do Pai (x 3.12-14). Jesus tambm dependia plenamente do Pai (Jo 5.19). Ele se despiu de sua glria, do uso de sua trindade e veio como homem dependendo em tudo do Pai. Jesus dependeu do poder do Esprito Santo (Is. 11.2; 61.1, 2; Jo 1.32; Lc 4.16-21). Ele recebeu do Pai toda autoridade no Cu e na Terra (MT 20.18). Jesus foi a pessoa por quem o Pai efetuaria a Redeno (Jo 3.16, 17). Quando Deus tirou os filhos de Israel do Egito, lhes prometeu a herana de uma terra que se manava leite e mel (x 3.8), mas o cananeu, o heteu, o amorreu, o fariseu, o heveu, o jebuzeu moravam l. Parece estranha a promessa, mas ela foi feita por Deus. Ele no estava enganado! Deus j estava consciente de que haviam estranhos na terra. O que faltava agora era que o povo tomasse posse da terra (Js 1.11-15). Quando Jesus prometeu a terra aos seus filhos (Mt 5.5), parece um absurdo, pois sabese que o diabo o prncipe deste mundo. Mas a terra nossa! Cada palmo dela do Senhor! (x 9.29; 19.5; Dt 10.14; Sl 24.1; 1Co 10.26). Um preo foi pago. Jesus morreu pela criatura! O que falta? Falta a posse. Em Romanos a criao geme e chora pela plenitude da REDENO; mas Ap 5 diz que a criatura se curva ante o cordeiro porque chegada a hora da posse (Ap 5.13). Assim como a terra j podia ser contada

como de Israel, nos dias de Moiss. Embora lhe faltasse a POSSE que eqivale a expulso dos gigantes que minavam aquela terra, tambm haver necessidade de que haja vingana e Posse da Terra o que representa uma grande luta por parte do Senhor e de seus Santos contra satans e seu reino. A POSSE DA TERRA REQUERER DUAS ETAPAS (1) A vingana contra o posseiro - Satans. O juzo antecedente. (2) Um dia de vingana (Is. 61.2; 34.8; 63.1-6; Jl 3.13-16; 2Ts 1.7, 8). A posse vir aps esse dia. A REDENO DA TERRA TEM TRS OPES (Lv. 25.23-31; Jr 32.6-15) (1) O Parente Remidor Tipo de Jesus (Jr 32.6-15). (2) O Esforo Prprio Tipo de esforo prprio de Israel (Lv 25.26, 27). (3) O Ano do Jubileu Tipo de Milnio (Lv 25.28, 29). (1) O PARENTE REMIDOR O Parente Remidor biblicamente teria que cumprir as seguintes exigncias: (a) Ser parente prximo (Lv 25.48, 49; Rt 3.12, 13; Jr 32.7; Rt 3.9). (b) Capaz de redimir( Mt 4.4-6; Jr 50.34; Jo 10.11, 12). (c) Ter posse para pagar o preo completo pedido (Lv 25.27). A Redeno efetuada somente pelo sangue (x 12.13, 23, 27; 1Pe 1.18; 1Co 6.20; 7.23; 2Pe 2.1; Ap 5.9; 14.3, 4). O Parente Remidor tinha tambm direitos: (d) Direito de Remir pessoas ou herdades (Lv 25.25, 48; Gl 4.5; Ef 1.7). (e) Direito de pagar a dvida exigida (Lv 25.27; Gl 3.13; 1Pe 1.18, 19; Jr 32.7).

ESCATOLOGIA

10

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

(2) O ESFORO PRPRIO (Lv 25.26-31) Este esforo equivale ao seguinte processo: Se a pessoa que vendeu uma herdade no possuisse um Parente Remidor, poderia esforar-se para herdar a terra a fim de que alcanasse meios financeiros para t-la de volta. Esse processo era extinto se existisse o Parente Remidor. A Terra vista de dois pontos de vista: 1) A Terra da Promessa = Israel 2) O Planeta Terra A Terra da Promessa - Israel. O processo para herd-la est descrito em Lv 25 e 26. literal - o herdeiro Israel e os posseiros so os rabes. O Planeta Terra - As naes. O processo para herda-la o mesmo que est em Lv 25. espiritual. O herdeiro so as naes e o Posseiro Satans. Em relao a Israel Israel matou o Parente Remidor. Poderia confiar nEle, mas o rejeitou (Jo 1.11). Israel o matou (Mt 27.11-25). At hoje Israel quer no esforo prprio, conseguir a Posse da Terra, mas no conseguir jamais, por si mesmo. Por algum tempo, esperar no falso messias que vir, mas nem assim conseguir; pois a aliana que o Anticristo far ser quebrada (Dn 9.37) e ele pisar na terra e a deixar num estado abominvel semelhante ao Egito e a Sodoma, tal a situao de iniqidade que prevalecer em Jerusalm (Ap 11.2, 8) na ltima parte da ltima semana de Daniel. Toda a cronologia da histria de Israel, aps a morte de Cristo, resumida numa tentativa frustada da conquista da terra por seu prprio esforo. Em relao s naes Quando Pilatos disse.: Sou inocente do sangue desse homem. Poucos sabem que estava proferindo uma Palavra Substitutiva de culpabilidade sobre Cristo. Pilatos representava os gentios que transferiam a sua culpa a Jesus. Por isso Jesus morreu: por nossa culpa. Em Dt 21 est o processo de transfernciaMinistrio de educao teolgica

da culpa (Dt 21.1-9); Mt 27.11-26). O morto o tipo de nossos delitos e pecados. Os ancios representam o povo de Israel. As cidades mais chegadas tipificam o mundo todo culpado (Rm 3.23). A bezerra o tipo de Jesus. O vale spero o tipo do Calvrio. O ato de lavar as mos sobre a bezerra o tipo da transposio da culpa e ocultao da substituio efetuada pela bezerra. A culpa era transferida para a bezerra. Pilatos o tipo dos gentios. Ele lavou as mos do sangue inocente e transps de todos os gentios para o Cordeiro de Deus. O que era para Israel fazer, os gentios fizeram. O que Israel fez foi pedir que o sangue de Jesus casse sobre eles, sobre suas cabeas. Por isso, quando Jesus morreu, o sangue dele foi derramado sobre a Terra (Eis o preo da Redeno da Terra e de todo aquele que cr) e ainda continua sobre os Judeus e seus filhos (Mt 27.24, 25). Jesus morreu pelos os gentios! Lavou sua culpa! Jesus nos redimiu (1Pe 1.18, 19) e tambm redimiu a terra. Os gentios no tm nada a fazer para alcanarem a Posse da Terra, a no ser crer em Jesus e esperar a ocasio da Posse. Mas os judeus ainda precisam pagar um preo caro at que a Posse chegue! O seu esforo de nada adiantar! (3) ANO DO JUBILEU A 3 opo da redeno da terra o Jubileu (Lv 25.25-28) O reino de Deus no restringe-se apenas aos dias do Milnio, mas o Reino Eterno (Dn 7.13, 14, 18, 27; 2Pe 1.11; Lc 1.31-33; x 15.18; Ap 11.15; Dn 2.44; 4.3, 34). OS DOCUMENTOS DA POSSE: A ESCRITURA SELADA E A ABERTA Vi na mo direita daquele que estava sentado no Trono um Livro escrito por dentro e por fora, e todo selado com sete selos... (Ap 5.1-14).

11

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

Jesus o herdeiro de todas as coisas, e, juntamente com Ele, o santos (Rm 8.17). Aps o arrebatamento, Satans ir querer tomar posse definitiva da Terra. Ele j dissera a Jesus: Tudo isso (as naes) te darei se prostrado me adorares. Se as naes no estivessem nas mos dele, de forma que pudesse d-las ao Senhor, isso no teria sido uma tentao verdadeira. Ado vendeu a Terra a Satans, e ela se tornou uma propriedade comprada. Aps o arrebatamento, ficar parecendo que ele se tornou o nico proprietrio, pois ns, a Igreja do Senhor, que temos atravs de Cristo o direito da terra estaremos ausente. Mas Deus quem detm a Escritura da terra. Em sua mo direita h um documento selado, evidncia legal de que a terra se acha sujeita a Redeno, se houver Parente Remidor que possa e queira pagar o preo to grande. Mas o Diabo, um desordeiro, no reconhece a Lei. No apenas se recusa a abandon-la, mas tambm est se preparando para resistir ao despejo. Portanto, necessrio que Cristo pegue o Livro Selado rompa os selos, e aja pela autoridade do Livro Aberto. O rompimento dos selos o processo de Redeno da Terra. Mas quem vai romper os selos? Quem pode pagar o terrvel Preo do Resgate? Quem se habilita a realizar o despejo de Satans? Miguel o expulsar para a terra no meio da Grande Tribulao, mas quem enfrentar este Leviat? (J 41.8-10). Joo chorou porque ningum era digno de abrir os selos, mas (Ap 5.5-7) eis a o CORDEIRO DE DEUS, o Leo da tribo de Jud, a raiz de Davi, Ele venceu para abrir o Livro e os Sete Selos. S Jesus pode Resgatar a Propriedade comprada. S ele pode despejar Satans. Esse acontecimento marca o momento de uma grande alegria nos cus (Ap 12.12), a primeira depois daquele dia distante em que as estrelas da manha cantaram juntas e os filhos de Deus gritaram de alegria (J 38.7). CRISTO TOMA POSSE. Ap 10.1, 2, 5, 6. O Livrinho = ao Livro Aberto. O rompimento dos Selos: Este ato s o Resgatador pode efetuar. Mas quando o Resgatador chega a esse ponto, no mais

chamado na Biblia de Resgatador, mas de Vingador (Is 61.2, refere-se a esse ato). Haver um dia de Vingana: Is 34.8; 61.2; 63.1-6; Jl 3.13-16; 2Ts 1.7, 8. O Ano Aceitvel o tempo equivalente ao Resgate da alma. Vemos este mistrio claramente demonstrado em Lv 25.30; 1Pe 1.18,19. o tempo da Graa - Jesus veio para cumprir este tempo na sua 1 VINDA (Cl 4.18, 19). Por isso Ele para de ler na frase O ano Aceitvel do Senhor (Is 61.1, 2). Por que Ele no leu o resto do texto? Porque Ele na sua l vinda no veio para vingar, mas veio para pagar o Preo da Redeno. O Processo de rompimento dos selos em Ap 6 o processo de Posse da Terra. Em Ap 12, Satans ser derribado terra. Quando ser esse evento? O tempo em que este evento vai acontecer literalmente ser o tempo determinado para a ltima Etapa da Grande Tribulao, descrito como Grande Angstia de Jac. Mas o Remanescente ser livre (Sl 91.1-16; Jr 30.7). Satans se recusar a deixar a terra, ento ser feito o desafio. AQUELE QUE ROMPE OS SELOS O MESMO QUE TOMA POSSE! A Redeno efetuada pelo poder. A Redeno consumada pela manifestao do Vingador (Ap 10.1-6; Ef 1.14; Rm 8.19-21). Joo comeu o Livrinho (Ap 10.9-11). o mesmo que acontece com Baruque. Ele, aps a lavrao de uma escritura remida por Jeremias, o profeta, a Escritura Lavrada foi colocada num vaso de barro para que se esperasse o cumprimento certo. Tudo esta cumprido, esperemos a posse (Jr 36.14-32). Ap 1.11-19. Todo o teor desta passagem envolve um processo proftico que somente agora voc pode entender claramente, haver o despejo de Satans e a Posse. A COMPLETA REDENO - Aps o Milnio haver algumas mudanas. A Cidade Santa descer do Cu, at as proximidades da Terra. Ser o lugar de moradia dos santos da Noiva de Cristo por toda a Eternidade.

ESCATOLOGIA

12

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

Portanto haver pessoas com corpos glorificados vivendo na Nova Jerusalm e haver pessoas com corpos fisicos, vivendo na Terra. As pessoas que estiverem na terra, so as que viveram no milnio. Na cidade santa a iluminao provm da Glria de Deus e do Cordeiro que a sua Lmpada. As naes na nova Terra andaro mediante a sua Luz e os reis da terra lhe daro a sua glria (Ap 21.24). Isso aps o milnio, depois de j haver sido iniciado a Eternidade, trata-se dc uma condio que ser permanente. J no haver mais morte (Ap 21.4; 1Co 15.24-28). A ALIANA DO ARCO-RIS A Aliana do arco-ris que Deus fez com o homem logo aps o dilvio tem uma importncia toda especial, pois a nica que diz respeito Terra e a toda criatura viva. Possui tambm um trao comum a todas as alianas: Eterna (Gn 9.12-16). A Aliana para geraes perptuas. Isto significa que Deus no destruir a Terra para sempre nem as coisas da terra, como fez por ocasio do Dilvio. O propsito e significado desta aliana so enunciados em Gn 8.21. A TERRA ETERNA A Terra Eterna: Is 45.17, 18; 60.21; Ec 1.4; Sl 104.5; 119.90; Jl 3.20. Para que a terra possa durar para sempre, ter que ser includa no processo de Redeno (Is 35.1, 2, 7; Mt 19.28). O POVO DA TERRA SER REMIDO Haver pessoas vivendo na terra por toda a eternidade, mas sero pessoas que sofrero um processo de aperfeioamento durante o milnio (Is 35.10; Ap 21.3, 4). A Redeno implica em purificao primeiro vem a purificao, depois a reconstruo. Ap 6.16 registra a purificao da terra e de tudo que nela existe (ver 2Pe 3.10). A reconstruo ou Regenerao (Mt 19.28) se dar no milnio. No final dele haver a purificao final dos povos da terra (Mt 25.31-46), quando s as ovelhas, isto , ss asMinistrio de educao teolgica

naes justas entraro na Eternidade. Assim a redeno estar completa, e a voz do Trono de Deus anuncia o encerramento do processo. Eis que fao novas todas as coisas (Ap 21.5).

13

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

LIO 03 O REINO DE DEUS1. A ORIGEM DO REINO DE DEUS O Reino tem origem em Deus. O Reino dele (Mt 6.13). O Reino eterno (Dn 2.44; 2.34; 7.14, 18, 22, 27; Mq 4.7; Lc 1.32, 33; 2Pe 1.11; Ap 11.15). Existe antes da fundao do mundo (Mt 25.34). O reino universal, incluindo todas as inteligncias morais, quer se trate de anjos, da igreja, dos judeus ou das naes justas (Lc 13.28, 29; Hb 12.22, 23; Mt 25.34; Ap 21.24, 26; 22.2; Mq 4.1-5; Zc 14.9, 16-19). O Reino dos Cus o mesmo Reino de Deus (Mt 4.17, 5.3, 11.11, 13.11, 31, 32; 13.33; 19.14; Mc 1.14, 15, 4.11, 40-32, 10.14; Lc 6.20, 7.28; 13.20, 21). O Reino espiritual - sua origem nenhum homem pode dizer ou localizar. O reino eterno como Deus Eterno. O prprio Deus tem desejo que este reino chegue Terra, mas para que isso acontea deve haver um processo redentor, a fim de que a terra suporte esse Reino. Por enquanto continuamos orando: Venha o Teu Reino (Mt 6.10). O reino tambm terreno, ou melhor, o Reino Espiritual se manifestar sobre a terra (Mt 24.29-31; 25.31-46; Lc 19.12-19; 1Co 15.24-28; Dn 2.34-35, 44, 45; 7.14, 23-27). O reino de Deus ser estabelecido aps a destruio do sistema mundial gentlico, mediante a Pedra cortada sem o auxlio de mos. Trata-se do reino prometido no pacto estabelecido com os descendentes de Davi (2Sm 7.7-10, 16), descrito pelos profetas (Zc 12.8; Is 9.6, 7) e confirmado a Jesus Cristo atravs do anjo Gabriel (Lc 1.31-33). 2. O DOMNIO SOBRE A TERRA (1) Domnio sobre a criao foi dado ao primeiro homem (Gn 1.26-28). Por causa da queda, este domnio foi perdido e satans tornou-se o prncipe deste mundo (Mt 4.810; Jo 14.30). (2) Depois do Dilvio, o princpio do governo humano foi estabelecido sob a14Ministrio de educao teolgica

Existe apenas um Reino e apenas um Evangelho. A Igreja no o Reino, nem to pouco Israel. Deus tem um Plano eterno e dentro deste, os judeus, as naes e a igreja fazem parte do Reino Eterno. A Igreja, sem dvida, a parte mais importante do reino, pois sero os governantes eternos. As setenta semanas o tempo probatrio em que Deus trata com Israel (naes) para inser-la no Reino. O Milnio o tempo probatrio em que Deus trata com os Gentios para inser-los no Reino. Podemos dizer ento que o termo Reino engloba pelo menos quatro aspectos distintos: 1. O Reino de Deus; 2. O Reino dos Cus; 3. O Reino Milenar; 4. O Reino Eterno. O Reino ainda conhecido como: O Reino dc Davi (Mc 11.10); o Reino de Israel (At 1.6,7); o Reino do Pai (Mt 13.43); o Reino de Cristo(2Pe l.11; 2Tm 4.l; Cl 1.13; Ef 5.5); o Reino Celestial (2Tm 4.18). A igreja comeou no Pentecostes, mas o reino comeou com Joo Batista. O Reino j chegou, mas, s se manifestou na igreja e para entrar nele tem que nascer de novo (Jo 3.3-5). O Reino hoje apenas espiritual, mas vir o dia em que ele se manifestar materialmente, hoje ns oramos: Venha o Teu Reino, mas um dia esta orao ser respondida. O Reino ser a apoteose de todas as profecias relativas aos judeus, s naes e igreja. Ser feito na Terra o que j feito no Cu (Mt 6.10).

ESCATOLOGIA

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

Aliana com No (Gn 9.12-16); os elementos dessa aliana so: a. O homem tornou-se responsvel pela proteo da santidade da vida humana, atravs de um governo ordeiro sobre o homem individual, at pena capital (Gn 9.5, 6; Rm 13.1-7). b. Nenhuma maldio adicional anunciada sobre a terra, nem o homem deve temer outro dilvio universal (Gn 8.21; 9.1116). c. A ordem na natureza confirmada (Gn 8.22; 9.2). d. A carne dos animais acrescentada dieta do homem (Gn 9.3, 4), presume-se que o homem fosse vegetariano antes do dilvio. e. Uma declarao proftica anunciada sobre os descendentes de Cana, um dos filhos de Co, de quem seriam servos de seus irmos (Gn 9.26, 27). f. Faz-se uma declarao proftica de que Sem ter um relacionamento peculiar com o Senhor (Gn 9.26, 27). Toda a Revelao Divina atravs dos homens semitas, e Cristo, segundo a carne, descende de Sem. g. Uma declarao proftica anunciada de que de Jaf viro os grandes povos (Gn 9.27). O governo, as artes e as cincias, generalizando, vieram e tm sido jafticos, de modo que a histria o registro incontestvel do cumprimento exato destas declaraes. 3. O REINO TEOCRTICO DE ISRAEL A chamada de Abrao envolveu, entre muitas coisas, a criao de um povo diferente atravs do qual Deus operaria poderosamente para com a raa humana (Gn 12.1-3; Rm 11.26). Entre tais propsitos est o estabelecimento de um Reino Mundial. O Reino Teocrtico, atravs do qual Deus props abenoar outras naes (x 19.5, 6; Gn 12.1-3). O governo teocrtico de Israel foi administrado mediatoriamente, isto , atravs de pessoas divinamente escolhidas que falavam e agiam para Deus em funes de governo, e que eram diretamente responsveis diante de Deus pelo que faziam. Estes governantes mediatoriais podiam ser grandes lderes como Moiss e Josu, juzes militares ou mesmo reis, mas Deus sempre oMinistrio de educao teolgica

Verdadeiro Soberano at o final da histria (1Cr 29.25). O smbolo visvel da presena de Deus como governante divino era a glria do Shequin. Quando o tempo dos gentios se completar, este reino mediatorial de Deus sobre a terra ser restaurado com a Vinda do Messias de Deus em grande poder e glria para reinar sobre as naes, como o perfeito Rei mediatorial (Mq 4.1-8). Este reino mediatorial na terra no deveria ser confundido com o reino original e universal de Deus que sempre existe eficazmente e abrange todos os objetos, pessoas e acontecimentos, todos os indivduos e naes, todas as operaes e mudanas na natureza da histria, absolutamente sem exceo (Sl 103.19; Dn 4.17). Contudo, o reino terreno mediatorial pode bem ser considerado como uma fase do reino universal de Deus (1Co 15.24). A histria do governo mediatorial divino de Israel a seguinte: 1. Seu estabelecimento sob Moiss (x 19.3-7; 3.1-10; 24.12) 2. Sua administrao sob a liderana dos juizes (Jz 1.1-5; 2.16-18) 3. Sua administrao sob os reis (1Sm 10.1, 24; 16.1-13; 1Rs 9.1-5) 4. Seu trmino no cativeiro (Ez 21.25-27; Jr 27.6-8; Dn 2.36-38) 4. A FUTURA RESTAURAO DO REINO TEOCRTICO 1. A Aliana Davdica (2Sm 7.8-16; Sl 89.3, 4, 20, 21, 28-37). 2. A exposio da Aliana Davdica pelos profetas (Is 1.25, 26 at Zc 12.6-8). O reino descrito pelos profetas o seguinte: (a) Davdico, a ser estabelecido com um herdeiro de Davi que nasceria de uma virgem, portanto um verdadeiro homem, mas tambm Emanuel o Poderoso de Deus, o Pai da Eternidade, o Prncipe da Paz (Is 7.13, 14; 9.6, 7; 11.1; Jr 23.5; 33.14; Jr 33.14-26; Ez 34.23; 37.24; Os 3.4, 5). (b) Um reino celestial na origem, nos princpios e na autoridade (Dn 2.34, 35, 44,

15

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

45), mas estabelecido na terra, com Jerusalm por capital (Is 2.24; 4.3-5; 24.23; 33.20; 62.1-7; Jr 23.5; 31.38-40; Jl 3.1, 16, 17). (c) O reino est estabelecido primeiro sobre Israel reunido, restaurado e convertido e, ento se tornar universal (Sl 2.6-8; 22.1-31; 24.1, 10; Is 1.2, 3; 60.1-22; Jr 16.14, 15; 23.5-8; 30.7, 11; Ez 20.33-40; 37.21-25; Zc 9.9, 10; 14.16-19). (d) As caractersticas morais do reino sero justia e paz. Os mansos, no os soberbos, que herdaro a terra (Mt 5.5; Sl 37.11); a longevidade ser grandemente aumentada; o conhecimento do Senhor ser universal (Hc 2.14; Is 11.9); a ferocidade das feras ser removida; igualdade absoluta ser garantida e o pecado descarado ser imediatamente visitado com juzo; enquanto que a maioria dos habitantes da terra sero salvos (Is 11.6-9; 26.9; 65.20; Zc 14.16-21). (e) O Reino ser estabelecido pelo poder, no pela persuaso, e ser depois do Juzo Divino sobre os poderes mundiais gentios (Sl 22.4-9; Is 9.7; Dn 2.35, 44, 45; 7.26, 27; Zc 14.1-19). (f) A maneira e a hora do Estabelecimento do Reino. Estando plenamente consciente de que o termo reino usado para designar o reino de Deus nos coraes dos homens, encontramos mesmo assim muitas referncias que falam de um Reino Futuro e Terrestre. O primeiro no vem com visvel aparncia (Lc 17.20); mas o segundo vem (Lc 17.24) Dn 2.44, 45, lemos que nos dias destes reis, o Deus do cu suscitar um reino quando os dez reis tiverem cada um governando seus reinos com a Besta durante uma hora (Ap 17.12-14). Daniel 7.15-27 mostra que esses 10 reis so seguidos pelo reino que os santos do Altssimo recebero (Dn 7.18, 27). Em outras palavras, subitamente, nos dias desses reis, esta Pedra (Dn 2.34, 35, 44, 45), Cristo, ferir a esttua nos ps e consumir todos esses reinos (Dn 2.34, 44). Demolio no interpenetrao. Isto no o Evangelho convertendo o mundo, mas sim Cristo em julgamento, demolindo os reinos da terra. O Reino comeou a ser pregado por Joo Batista. Mas o Reino no se originou nele. Ele comeou a ter forma em Jesus, a semente do Reino. O processo da vida dessa semente foi rduo. Para ele tomar forma, muito fez o diabo para no acontecer, mas a semente chegou.ESCATOLOGIA

O reino Espiritual, por Jesus se fazendo carne, tambm toma forma terrena. Ento por quem o reino chegava? Por Jesus. Por isso Ele dizia. chegado o Reino dos Cus, significava que o reino espiritual havia se feito carne, terreno e estava ali. Joo sabia que o Reino Espiritual havia se feito carne, terreno e estava ali. Joo sabia que o reino estava chegando atravs de Jesus. Quem quer conhecer melhor o mistrio do Reino Terreno que antes era somente espiritual e prometido pelos profetas, deve inicialmente entender a humanizao de Jesus. Ambos os Ministrios se explicam num s. (Jo 1.4). O que o Reino? a unificao dos objetivos divinos em relao a toda extenso do seu Eterno Domnio. Essa unificao inclui toda glria celeste (Anjos, arcanjos, querubins, serafins, glria, a cidade Santa, a Trindade e toda a glria terrena - nao judia, e a Igreja, e mais o prprio planeta terra). O REINO NO VELHO TESTAMENTO O reino era visto no futuro (Is 32.1; 60.21, 22; 9.1-7; Gn 49.9-11; Ez 21.27; Sl 60. 7; 108.8). O Reino chegaria por duas tribos: Zebulon e Naftali (Is 9.1, 2). O Reino no Novo testamento - Onde ele comeou? Jesus comeou o seu ministrio justamente nos confins de Zebulon e Naftali (Mt 4.12-17). Por que Jesus somente comeou a pregar nos confins de Zebulon e Naftali? Porque ali era o lugar onde o Rei e o reino deveriam comear e tomar forma na terra. Joo comeou a pregar: O Reino de Deus est prximo. Jesus, em suas palavras em relao ao Reino que Ele mesmo representava, comeou a pregar: chegado o Reino dos Cus (Mt 4.17; Mc 1.14, 15). O Reino o objetivo de todas as parbolas de Jesus. COMO O REINO CHEGA E COMO ELE SE MANIFESTA NO NOVO TESTAMENTO O Reino tem vrias maneiras de chegar,

16

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

toda sua chegada manifestar-se- em diversas etapas. Os textos de Mt 17.1-8; Mc 9.1-9; Lc 9.28-36 referem-se s diversas maneiras de como o reino chegava. Jesus disse que alguns dos discpulos que ali estavam, quando proferiu as palavras de Marcos 9.1, no veriam a morte enquanto no vissem o reino chegar com poder. Estas so as formas ou maneiras pelas quais o Reino chegaria: 1. Pela percusso, nascimento ministrio e glorificao de Jesus. Todo este processo se cumpriu cabalmente at a ressurreio e ascenso de Jesus. 2. Pela vinda do Esprito Santo sobre a Igreja (At. 1.8; 7.37, 38; Mt 16.18; 1Co 4.20). A vinda do esprito Santo uma forma da chegada do reino de Deus. Naquela ocasio o reino de Deus chegava com poder. Poder para testemunhar. O testemunho da palavra foi a maneira inicial da expresso do reino de Deus. Eis o ministrio do Reino de Deus. O poder da palavra de Deus. 3. Pelo livramento e salvao de Israel tipificada pelos discpulos no Monte da

Transfigurao, quando o Reino ser estabelecido na terra com poder de Deus e do seu Cristo (Is 11.10-16). 4. Pelas Bodas do reino, quando as naes salvas sero introduzidas no reino (Mt 22.913; 25.31-46). Em todas as etapas o Reino chegar com Poder! Atualmente, no podemos compreender o mistrio do Reino se no compreendermos o tempo em que vivemos. Que tempo este em que vivemos? Este o tempo da Graa; o Ano Aceitvel do Senhor; o ano do resgate da alma (Lv 25.29, 30; Is 49.8; 2Co 6.2; Is 61.1, 2). Vivemos no perodo da Graa. Mas o que representa este perodo no estudo da escatoiogia? O perodo da Graa o perodo de paralisao entre a Penltima e a ltima semana de Daniel (Dn 9.24-27). As 70 semanas de Daniel so um perodo de Tempo em Deus trata com o povo de lsrael na sua Terra. Enquanto Israel est fora da terra, o Ponteiro do Grande Relgio nem se move! E o tempo necessrio em que ocorrer todo o processo que trar de volta Israel ao Reino.

Ne 2.1-8 (14 Abril 445 a.C.) Dn 7.24, 25; 9.27 Ap 12.4-7, 13, 14 2Ts 2.3, 4 Zc 14.1-5 Mt 24.30 Ap 19.11-16 MILNIO Ap 20.1-6 1Co 15.24, 253,5 a nosM Lc t 1 13 5.21 .3 , 2 4, 8 35

anas 7 Sem nos 49 a

Grande Tribulao 1 Semana

3,5 anosA

do 40 Inter 0 a bb no s lico

m Nee

e ias

Esd

ras

396 a.C.

62 S 4 e 34 mana ano s s

Jesus 3417

I. Durante as 70 semanas, Deus trata com os Judeus para inser-los no Reino; II. Durante a Graa, Deus trata com a Igreja para inser-la no Reino;

Ministrio de educao teolgica

no hor - A Sen A do RA el G itv ce

Pe

III. Durante o Milnio Deus trata com as Naes para inser-las no Reino; O DIA DO SENHOR O DIA DA VINGANA: Is 61.2; 63.1-4; 2.17-20; Sf 1.14-

ro

33 d.C (38 d.C.) 14 Abril

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

18; Am 5.18-20; Ob 1.15. As 70 semanas tem trs perodos divisionrios: O primeiro perodo cobre 7 semanas de anos, e parece estar ligada estreitamente ao segundo, de 62 semanas, perfazendo ento 69 semanas de anos, ou seja, um total de 483 anos. Segundo Dn 9.25, esse tempo inicia-se com a sada da ordem para restaurar e para edificar Jerusalm e vai at o ungido, o prncipe. Comeando a contar esse tempo a partir de 445 a.C., que foi o ano em que saiu a ordem para a reconstruo de Jerusalm, decreto este baixado por Artaxerxes Longmano, chegaremos ao ano 38 d.C. Mas quanto contagem do tempo h um pormenor importante que tem que ser considerado: o ano do nascimento de Jesus foi estabelecido, por meio de clculos, s em 525 d.C., pelo abade Dioniso Exguo, e passou a valer como o ano 1 da era crist. Estabeleceram-se ento os conceitos Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo(d.C) na contagem dos anos. Concordamos que muito dificil marcar o ano de um acontecimento 525 anos depois de ele ter ocorrido. O nosso calendrio atual (solar) tem como ponto de partida a fundao de Roma em 754 a.C. Segundo os anais da histria deste imprio, na hora da coroao de Rmulo, houve um eclipse lunar; os astrnomos calcularam que esse eclipse teria ocorrido no ano 750 a.C. H, portanto, uma diferena de 4 anos no computados; isso realmente o que lemos nas margens e rodaps de nossas Bblias: 4 anos antes de Cristo. Hoje geralmente admite-se que o engano foi de 4 a 7 anos. Assim, a rigor, o nascimento de Jesus Cristo em Belm ocorreu de 4 a 7 anos antes do ano 1 da era crist; como a maioria dos astrnomos e telogos dizem ser 4 anos, faremos nossos clculos com 4 anos que correspondem ao eclipse lunar citado anteriormente. Observemos: de 445 a.C. a 33 d.C (33 anos do ministrio de Jesus, Lc 3.23) so 478 anos. De 1 a.C. a 1 d.C. um ano. Este ano, junto aos 478, com mais 4 anos no computados, soma exatamente 483 anos ou 69 semanas; assim, as profecias so imortais e se combinam entre si em cada detalhe! A 69 semana terminou no dia de Nis, numa 2 feira, quando Jesus entrou montado em um jumentinho e chorouESCATOLOGIA

sobre ela (Lc 19.41-44). H apenas uma diferena de 4 dias, em virtude de 483 anos divididos por sculos teriam 119 anos bissextos, pois os anos profticos no marcam dcadas, mas sculos. A durao de um ano solar de 365 dias e 1/4. Esta frmula no se acha primariamente nos livros; est descrita nos cus, na mecnica celeste que rege os astros. O dia solar, por exemplo, o espao em hora e minutos em que a terra faz uma revoluo completa em torno do seu eixo. A durao exata do dia solar 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9/10 de segundo. Os anos hebraicos so de 12 meses, e os meses so de 30 dias. Notemos que, tanto os acrscimos em dias como a diminuio em horas e minutos aqui so significativos; alm disso, os anos contados em sculos absorvem os anos bissextos. Em 4 sculos temos um verdadeiro ano bissexto (Sir R. Anderson). Com o aumeuto de dias em anos, e com a diminuio de horas em dias no que diz respeito mecnica celeste, e com a absoro dos anos bissextos pelos sculos, temos os 4 dias computados pela mecnica divina (Jr 1.1). Deus vela sobre dias, horas e meses e anos no cumprimento de suas predies (Ap 9.15). Dn 9.25 parece apoiar esta tese, pois o Ungido, o Principe, uma referncia que s cabe ao prprio Senhor Jesus e parece referirse ao tempo do seu ministrio terreno. Compare Is 61.1,2; Lc 4.18,19; At 10,38; Hb 1.9. Cristo a traduo grega do hebraico Messias, e significa Ungido. Jesus no era um ungido, mas o Ungido por excelncia. Daniel 9.25,26 tambm no se referem a um ungido, mas ao Ungido, portanto a Jesus Cristo. O segundo perodo que o das 62 semanas est ligado ao primeiro que, juntos somam 483 anos, tempo esse em que as ruas e as tranqueiras seriam reedificadas, mas so tempos angustiosos. Esses tempos sombrios, marcam a atrocidades sofridas por Israel debaixo do poder dos monarcas selucidas, e do domnio romano. Dentro deste perodo de 69 semanas, (483 anos), um fato notvel deveria acontecer: o nascimento do Messias, o Prncipe, e s depois da morte do Messias que viria a destruio da cidade e do santurio, como aconteceu no ano 70 d.C (Dn 9.26). A cidade Jerusalm e o santurio era o templo que foi destrudo pelo general Tito. Jerusalm chamada de santa cidade

18

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

tambm em Dn 9.24 (compare Sl 87.3; Is 60.14; Dn 9.13,19; Mt 4.5; Ap 11.2). A afirmao de Dn 9.26: Destruir a cidade e o santurio, merece mais uma observao: a destruio do Templo enfatizada, o que aparentemente no seria necessrio, pois ele se encontrava dentro da cidade. Se ela estava condenada a ser destruda, o Templo tambm seria destruido, pois fazia parte dela. Mas h um detalhe importante: Tito, quis a todo custo poupar o Templo da destruio. Seria um belo ornamento para o Imprio Romano. Em uma reunio, com seus oficiais superiores que comandavam as diversas legies que atacavam a cidade, Tito fez valer a sua opinio e foi decidido a conservao do Templo, apesar de os judeus o usarem como fortaleza e dele lanarem violentos ataques contra os soldados romanos. Mas no desenrolar da batalha, um soldado, sem receber ordem para isso e agindo por conta prpria, fez-se levantar por um companheiro e atirou, por uma janela um pedao de madeira acesa. A despeito de diversas ordens de que o fogo fosse extinto, na confuso os seus soldados no lhe obedeceram e o templo foi destruido. Cumpriu-se assim a palavra proftica: Destruir a cidade e o santurio. Quem ser o prncipe que h de vir? (Dn 9.26). Este mesmo verso nos diz que a cidade e o santurio seriam destrudos pelo povo desse mesmo prncipe. Como documenta a histria, o povo foram os romanos. Quem ser esse prncipe que h de vir desse povo? Sabemos que Jesus o Prncipe (Is 9.6; At 5.31; Ap 1.55). Ele o mesmo do verso 25. Mas em seu ministrio terreno Jesus referiu-se a um outro prncipe: o prncipe deste mundo (Jo 12.31; l4.30). Tudo indica que esse outro prncipe o opositor de Jesus, o Anticristo, que surgir do quarto e ltimo reino mundial. Ele est em evidncia em Dn 9.27. O Anticristo vir, no para destruir a cidade e o santurio, mas para profanar (2Ts 2.4; Mt 24.15-22; Jl 1.9,10). Eis a razo, porque, no retorno de Cristo terra para exterminar o Anticristo e estabelecer o reino Milenar, Ele purificar o Santurio e ungir o Santo dos Santos, conforme Dn 9.24.

A LACUNA PROFTICA Constatamos anteriormente que entre o primeiro e o segundo perodo das 70 semanas no houve espao de tempo. O mesmo, porm no acontece com o terceiro perodo. H um indcio claro em Dn 9.26 de que a ltima semana separada das 69 semanas que a precederam por um tempo indeterminado. Este verso 26 comea com as palavras: E depois de 62... e s o verso 27 fala dos acontecimentos da ltima semana, quando o templo anteriormente destrudo j dever estar delineado novamente, pois o mesmo fala tambm de cessar o sacrifcio e a oblao, que requerem o templo para serem feitos. Portanto, h uma lacuna entre o segundo e o terceiro perodo. Tambm a histria comprova esta, pois no h dvida que as 62 semanas j findaram, provavelmente com o ministrio pblico de Jesus. Sabemos tambm que a ltima semana de anos no teve incio, pois o templo ainda no foi reedificado e os sacrifcios ainda no esto sendo oferecidos. H na Bblia outros exemplos de longos intervalos de tempo numa mesma passagem como: Is 61.1,2. O ano Aceitvel do Senhor e o Dia da Vingana de nosso Deus. So j decorridos mais de 2000 anos entre esses eventos citados num mesmo versculo (Is 34.1-8; 63.14; 2Ts 1.7,8). Isaas 9.6,7. Entre o nascimento do Messias e a poca do Deus Forte esto muitos sculos, como bem sabemos pela histria. Gnesis 1.1,2. Entre esses dois versculos devem ter ocorridos muitos milnios. Que tempo este no qual vivemos? Estamos vivendo agora na chamada lacuna proftica. Ela representa o tempo da Igreja de Cristo, o tempo da Graa entre a ascenso do Senhor Jesus aos cus e a sua segunda Vinda em glria. Este perodo o ANO ACEITVEL DO SENHOR - o ano do Resgate da alma (Is 61.1,2; Lv 25.29,30; Is 49.8; 2Co 6.2). O motivo de Daniel no se referir a ela diretamente simples: ele profetizou fatos relacionados com o povo de Israel, e no com os gentios. Os gentios s so mencionados em conexo com o povo de Israel, mas nunca isoladamente. Todos os acontecimentos mencionados em Daniel tm, de uma forma ou de outra, relao com o povo19ESCATOLOGIA

Ministrio de educao teolgica

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

judeu. Quanto profecia das 70 semanas, isto est claramente expresso: Setenta semanas esto decretadas sobre o teu povo (Israel) e sobre a tua cidade (Jerusalm). Assim sendo, acontecimentos num mundo gentio sem relao com Israel no so mencionados por Daniel. A possibilidade de Deus tratar tambm com outros povos, alm do povo judeu, era algo incompreensvel e inexplicvel para os judeus do Velho Testamento. Constitua-se para eles num grande mistrio. Segundo a Bblia, Deus nunca fez aliana com os gentios. A Nova Aliana foi feita com a casa de Israel e com a casa de Jud (Jr 31.31-34; Hb 8.10-12) e esta aliana s ser concreta no milnio e eternidade (Ez 37.24-28; Is 55.3). Se Deus estabelecer a Nova Aliana com a casa de Israel em dias futuros, como podemos dizer que a nossa poca a dispensao da Nova Aliana? Isto , em verdade, muitssimo maravilhoso e deixa patente a Graa Divina! Na noite em que foi trado, o Senhor Jesus tomou um clice e tendo dado graas, o deu aos discpulos, dizendo: Bebei dele todos, porque isto o meu sangue, o sangue da Nova Aliana...(Mt 26.27,28). Devido excelente grandeza da graa do Senhor, esta nova aliana agora aplicvel a todos os remidos. Embora seja depois daqueles dias que Deus far uma Nova Aliana com a casa de Israel e com a casa de Jud, no obstante todos os remidos podem desfrut-la de antemo, visto que o Senhor j pagou o preo da Redeno com o seu sangue. Isto a mesma coisa que sermos justificados pela f, como foi Abrao. Embora Deus tenha feito aliana com ele e no conosco. Hoje estamos sendo colocados sob a nova aliana que Deus prometeu a Israel desfrutar algum dia porque o Senhor j derramou o seu sangue - o sangue da nova aliana. Algumas passagens do Novo Testamento referem-se diretamente a esse mistrio, que s pode ser desvendado e compreendido atravs do evangelho de Jesus Cristo (Cl 1.26,27; Ef 3.3-6; Rm 16.25,26 enfocam este mistrio). O povo judeu, na sua grande maioria, rejeitou o ungido de Deus, e por isso Deus voltou a sua graa e a sua misericrdia salvadora mais para as outras naes, deixando de lado temporariamente seu povo escolhido em Abrao. Se no fim dos tempos, quando Deus voltar a tratar especial e principalmente com o povo judeu, que a ltima semana de Daniel

se cumprir. O fato do ressurgimento de Israel como Nao soberana e independente, depois de um perodo de praticamente 2.500 anos, mostra que estamos prximo do Arrebatamento. Esse tempo da Graa entre a 69 e 70 semana tambm o Tempo dos Gentios (Rm 11.25). As palavras: At que a plenitude dos Gentios haja entrado, indicam que o endurecimento dos coraes dos israelitas no definitivo. Cessar quando a Plenitude dos Gentios estiver salva (Jo 10.16). Os gentios so as outras ovelhas que no so deste aprisco, que esto sendo salvas e incorporadas ao Rebanho do Bom Pastor. Atualmente podemos observar que mais e mais portas do mundo gentio se fecham para a pregao do Evangelho. Pases que h pouco anos ainda estavam abertas ao trabalho missionrio j no esto mais e seus povos vo sendo dominados pelas trevas do atesmo, da superstio e da religiosidade formal e vazia. Simultaneamente, a mo de Deus vai operando maravilhas em meio ao povo de Israel, recentemente restabelecido, que certamente j estaria extinto se a poderosa mo do Senhor no o amparasse. O esforo missionrio atualmente em desenvolvimento pode ser comparado com a corrida para recolher a colheita madura, antes que o temporal, que paira no ar, se abata sobre ela e destrua o que no puder ser recolhido. Falando da destruio de Jerusalm, Jesus tambm se referiu aos gentios e ao tempo que Deus lhes reservou: E cairo ao fio da espada (os judeus), e para todas as naes sero levados cativos; e Jerusalm ser pisada pelos gentios, at que os tempos destes se completem (Lc 21.24). Com a retomada de Jerusalm pelos judeus, em junho de 1967, cessou a humilhao da cidade. Mas sabemos, pela palavra Proftica, que ela ainda passar mais uma vez, por uma grande aflio que lhe ser infligida pelos gentios (Ap 11.2). Porm, o simples fato da sua reconquista pelos judeus nos mostra que o tempo dos gentios est se completando (Rm 11.25-27). Jesus referiu-se a essa lacuna proftica, ainda que indiretamente, de maneira muito interessante, logo no incio do seu ministrio, na sinagoga de Nazar. Ele leu o comeo do captulo 61 de Isaas, e afirmou: Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos(Lc 4.16-21). Mas comparando essa20Ministrio de educao teolgica

ESCATOLOGIA

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

citao com o texto original de Isaas, podemos constatar que Ele leu apenas uma parte da profecia em questo, fechou o livro e o devolveu. Os dois primeiros versos de lsaas 61 dizem: O Esprito do Senhor Deus est sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de corao; proclamar libertao aos cativos, e a abertura de priso aos presos; apregoar o Ano Aceitvel do Senhor e o Dia da Vingana de nosso Deus; a consolar todos os tristes. Depois o profeta prossegue falando da alegria e da restaurao do povo de Israel. Mas na sinagoga, Jesus no leu toda esta profecia. Parou no comeo do verso dois: e para proclamar o Ano Aceitvel do Senhor. Ele fez um ponto onde o profeta continua: e o Dia da Vingana do Nosso Deus... Qual a concluso que podemos tirar disto? A concluso : a profecia em questo no se cumpriria de uma s vez, mas por etapas. Com o incio do ministrio pblico de Jesus iniciava-se tambm o Ano Aceitvel do Senhor, que no um ano de 365 dias, mas um longo espao de tempo que j dura quase 2.000 anos, e que o tempo da graa, o tempo dos gentios, o tempo da igreja, o ano do resgate da alma (Lv 25.29,30; Is 49.8; 2Co 6.2; Is 61.1,2) ao qual segue O Dia da Vingana do Nosso Deus (Is 61.2; 34.8; 63.l-4; Jl 3.13-16). notvel que Deus reservou, comparativamente, para a sua graa, um ano inteiro, mas para a sua ira, apenas um dia. Desde o incio do ministrio de Jesus at a sua morte, Ele tentou anunciar os mistrios de Deus ao povo, mas o povo estava manipulado com uma falsa doutrina, que era a doutrina dos fariseus e que nada poderia faz-los compreender os mistrios do Reino. Disso Jesus falou em Mt 11.25. Quando Moiss desceu do monte na ocasio em que trouxera a Lei da parte de Deus ao seu povo, o seu rosto brilhava. A inteno de Deus era revelar-se ao seu povo atravs de Moiss (x 34.29-35; 2Co 3.14). O prprio povo escolheu ouvir Moiss (x 20.1821), mas de rosto coberto com o vu. Esse vu at hoje permanece, poucos, nos dias do ministrio de Jesus puderam dizer como Joo Evangelista: E o verbo se fez carne, e habitou entre ns, e vimos a sua glria, como a glria do Unignito do Pai, cheio de graa e de Verdade (Jo 1.14). Israel por livre e espontnea vontade aceitou por o vu para no ver a gloria de Deus e de seu Reino,

revelada atravs de Seu Filho Jesus (2Co 3.1416). No segundo periodo das 70 semanas de Daniel, quando Jesus, o Messias, chegou para pregar casa de Israel, somente uma mulher pde faz-lo par o relgio do tempo em relao aos judeus (Mt 15.21-28). O Ano Aceitvel no o tempo das migalhas, mas da plenitude dos gentios. o tempo em que Deus derrama o seu Esprito sobre os servos gentios, quando os filhos do Reino ficam de fora como o irmo do filho prdigo. Aquele rapaz no quis entrar na festa e ficou de fora por livre e espontnea vontade. o tempo do Parente Remidor. Por que Deus paralisou as 70 semanas entre a penltima e a ltima? Para introduzir a Igreja no Reino. O tempo da graa o tempo necessrio para que Deus introduza a Igreja no Reino. Este tempo terminar justamente quando a Igreja for arrebatada para os cus (Jo 14.1-4; 1Ts 4.l3-18; 1Co 15.51-57), onde as Bodas do Cordeiro esto preparadas. AS BODAS DO REINO As Bodas do Reino so as festividades de recebimento dos elementos do Reino. Entre os judeus havia trs etapas para o casamento total: (a) O Compromisso, o que eqivale ao noivado entre os gentios. Mas este compromisso familiar e srio. (b) O Contrato, que era efetuado legal e judicialmente, o que eqivale ao casamento no registro civil. As Bodas, o que eqivale ao recebimento da noiva pelo noivo. Era a ltima etapa, e que eqivalia ao casamento religioso. Entre os judeus, as bodas eram celebradas durante sete dias com grande alegria (Jz 14.12,15,17,18). As bodas de Jac duraram 7 dias (Gn 29.27,28). Na simbologia proftica das Escrituras Sagradas, isso aponta para as Bodas do Cordeiro durante Sete Anos. Jesus tambm judeu em termos profticos um dia equivalente a um ano (Ez 4.6; Nm 14.34). As bodas do reino sero as etapas do21ESCATOLOGIA

Ministrio de educao teolgica

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

recebimento dos elementos que foram redimidos por Jesus, no Reino de Deus. COMO ENTRAR NO REINO? O Reino de Deus, esse Reino tem poder e glria. Nenhuma pessoa poder entrar no Reino sem ter conhecimento do poder e da glria do Reino. A palavra conhecimento aqui eqivale a experimentar. O tempo da paralisao das 70 semanas o perodo em que Deus introduzir a Igreja no Reino. Esse periodo vai at as Bodas do Cordeiro que inicia com o Arrebatamento. O tempo da graa o tempo necessrio para Deus introduzir a Igreja no Reino, assim como as 70 semanas ser o tempo necessrio para Deus introduzir Israel no reino Espiritual e fazer do seu reino terreno uma glria para sempre (Is 4.1-6; Ez 37.24-28). Ser o tempo em que Deus derramar da sua disciplina no meio do seu povo (Israel) para que ele conhea o seu erro por ter rejeitado o Parente Remidor (Jo 1.11). O recebimento de Israel no Reino depende do seu recebimento e reconhecimento do Messias (Zc 12.10; l3.6; Is 66.7,8; Ez 36.24-29, 37; Rm 11.25,26). Com o recebimento do Messias por Israel, no final da batalha do Armagedom, o Reino ser introduzido ao reino terreno de Israel e vice-versa. Ento, assim, na ltima semana Deus mostrar seu poder e glria a Israel. Israel estar presente no Reino. Cristo surgir como libertador dos judeus no momento em que estiverem sofrendo a maior tribulao (Jr 30.7). E ento todo Israel ser salvo (Rm 1l.26,27; 9.27). O reino de Davi ser restaurado (2Sm 7.10-13; Lc 1.32,33). Os discpulos julgaro as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). E aps o milnio os judeus entraro no Reino Eterno (Ez 37.24-28; Is 55.3) na Nova Terra, e Davi reinar como Prncipe eternamente (Ez 34.23,24; 37.25). A Aliana de Deus com Israel eterna (Ez 37.26). Atualmente Deus est tratando a Igreja de uma maneira muito especial. A Igreja um povo de propriedade exclusiva de Deus e atinge tanto aos judeus como aos gentios. Nela no h acepo de pessoas. Nenhum elemento do reino pode ser introduzido no reino sem experimentar a glria e o poder do reino. Deus tem um reino e

esse reino tem poder e glria. Ele no abriu mo da glria do seu Reino a nenhum homem isoladamente. Deus no d a sua glria a homem. Mas Deus deu, atravs de Jesus, a sua glria sua igreja (Jo 17.20-22). E eu dei-lhes a glria que a mim me deste, para que sejam um, como ns somos um. O que significa para que sejam um como ns somos um? Ora, ele nos deu a sua glria para que tivssemos direito ao reino. A igreja tem recebido a glria de Deus, sem vu algum. Mas falta o poder! Somos um com Cristo por isso temos direito ao reino. O Poder a manifestao do reino. O Reino consiste em poder! No fim o Reino de Deus ainda vir com Poder. Ele comeou a vir com Poder. Mas agora hora da Igreja recebelo em plenitude. No Pentecostes foi o incio; foram as primcias que ainda poderiam ser contadas a dedo; trs mil, cinco mil. Pentecostes primcias, mas foi naqueles dias que o reino comeou a ser manifestado espiritualmente. Por que espiritualmente? Porque Deus tem prioridade nas coisa espirituais. Por que Deus no livrou logo o povo de Israel do imprio do Egito? Porque queria tratar primeiro com os deuses do Egito! Quais eram os deuses do Egito? Os deuses eram os demnios. Atravs da criatura eles adoravam demnios. Antes que tirasse Israel do Egito Ele queria deixar bem claro que os deuses do Egito no valiam nada, queria exp-los a vergonha! Por isso o Reino de Deus chegou com poder para a Igreja. Por isso veio primeiro espiritualmente. Para despojar os demnios, mais ainda: para triunfar sobre eles. O DIREITO AO GOVERNO DO REINO DE DEUS Mt 1.1-17 o texto da Bblia que apresenta Jesus como tendo todos os direitos ao trono do reino na terra e no Cu. O objetivo de Mateus mostrar Jesus como o Descendente de Abrao (Hb 2.16-18), pois o autor escreve especialmente para judeus cristos; ainda no mesmo objetivo ele aproveitava para mostrar Jesus como Filho de Davi, o que lhe d outros inmeros direitos. O autor comea com Abrao no verso 2; ele mostra que Jesus veio

ESCATOLOGIA

22

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

para moralizar a sua descendncia. Eis a a sua vitria, pois o nazareno viveu sem pecado! Entre outros direitos. Mateus mostrou que Jesus tinha direito ao cumprimento das promessa patriarcais (Gn 12.1-3; 15.4,5), por ser descendente de Abrao (Mt 1.1-5). Lucas mostra que Jesus tinha direito ao trono de Davi (Lc 1.30-33), pois de Mateus 1.611, nos mostrado a lista dos reis (Jr 23.5; 33.15; Mq 5.2; Dn 2.42,44). Mateus mostra que Jesus tem direito a moralizao do reino de Israel (Mt 1.12-16), pois aqui ele apresenta os membros da famlia real, aps o cativeiro babilnico. Pela sua obedincia, Ele alcanou o direito do governo Celestial. Como homem, sua dependncia do Pai, Ele foi cheio do Esprito Santo! Como homem, por sua morte, morte de cruz, Ele foi cheio de poder; novamente pode sentir a glria sem vu que antes possua. Por isso, na sua ascenso, Ele foi recebido no Cu como Rei da Glria! Levantai, portas, as vossas cabeas; levantai-vos, entradas eternas, e entrar o Rei da Glria. Quem este Rei da Glria? O Senhor Forte e Poderoso, o Senhor na guerra (Sl 24.7,8). Na viso de todos os profetas Ele tem direito ao Reino Eterno, tanto na sua extenso terrena como na sua extenso celeste. Todo o Reino submete-se ao seu domnio, na viso de Daniel (Dn 7.13,14). Daniel estava acostumado com reis que apareciam e sumiam, levantavam-se e caiam; reinos que erguiam-se com poder e caiam pela fraqueza. Mas, de repente, um Reino sem fim. OS SDITOS DO REINO: AS NAES (Zc 14.16-19; Is 2.2-4; 60.4-12; 66.18-23; Mq 4.1-3; Jr 31.1-11). As naes gentias passaro pela Grande Tribulao, e as restantes (Ez 36.36) que sobreviverem as pragas e a guerra do Armagedom entraro no Milnio e sero obrigadas a adorar ao Cristo (Zc 14.16-19). As naes sero convidadas a submeter-se ao

domnio de Deus. propsito de Deus que isto acontea para que mostre a glria de Israel s naes do mundo inteiro e seja notrio a realizao das promessas que Ele fez para com Israel. As naes se submetero a Israel (Ez 36.23,36; Is 60.10-12). As naes sero julgadas durante todo o milnio (Mt 25.31-46) pelo o Cristo. Ele as repreender por seus atos de guerra (Mq 4.13). O Senhor ir govern-las com vara de ferro (Sl 2.7,9). A IMPLANTAO LITERAL DO REINO O reino ser implantado logo aps a batalha do Armagedom. Mas a sua implantao espiritual comeou desde Joo, atravs de Jesus. Hoje temos recebido o Reino em ns. No arrebatamento da Igreja, ns receberemos as vestimentas do Reino: corpo incorruptvel, imortal e glorificado (Fp 3.20,21; 1Jo 3.2; 1Co 15.50-56). A carne e o sangue no podem herdar o Reino de Deus. Hoje tempo de recebermos o Reino. O terreno que temos que dar-Lhe para ocupao apenas o nosso corao, mas quando o Reino vier literalmente, as naes daro todo os seus territrios! Mas o reino de Deus vir. POR QUE O REINO DE DEUS PRECISA DE MIL ANOS? Da mesma forma como Ele precisou de um tempo incalculvel da graa, assim precisar de mil anos! Mas, por que ele precisou de um tempo de graa? Para introduzir a igreja no reino. Por isso tambm precisar de mil anos para julgar as naes e para ento inser-las no reino (Mt 25.31-46). Ele saber quais as naes que zelaram e nutriram os filhos de Israel. Ele separar as ovelhas dos bodes. Durante a grande tribulao a terra sofrer juzo de fogo (2Pe 3.10-1 2), mas durante o Milnio ela ser regenerada (Mt 19.28). Em mil anos o Senhor reconstruir a Terra e a aperfeioar, como durante todo o tempo da graa ele nos aperfeioa, e com isso somos regenerados e santificados. A segunda razo vem por outra pergunta: Por que Deus precisou de 40 anos para

Ministrio de educao teolgica

23

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

conduzir o povo Cana? (Nm 14.26-34). Deus no precisava de 40 anos para introduzir o povo de Israel na terra da Promessa, mas a velha gerao, m e rebelde precisava de 40 anos para morrer! Em mil anos as naes sero julgadas e observadas. No fim do Milnio haver uma rebelio e vrias naes se rebelaro contra o Senhor (Ap 20.7-9). Por que haver essa rebelio? O Juzo contra as naes certamente comear durante toda a Grande Tribulao, e no final desta, no chamado Dia do Senhor, haver ainda um grande juzo (Jl 3.2,12-14). Todavia o Senhor continuar durante todo o milnio a julgar as naes (Mq 4.14; Mt 25.3146). O julgamento de Mt 25.31-46 no pode ser no incio do milnio pelas seguintes razes: 1. Por que existiro pessoas ms durante o milnio, se o julgamento foi antes? 2. Que naes rebeldes so aquelas que no final do milnio faro motim contra o Senhor? Ser que o Juiz dos vivos e dos mortos aplicou um julgamento errado? Ser que Ele teria deixado passar por ovelhas, bodes? 3. necessrio que Ele mostre a sua glria entre as naes boas e ms que restaurem (Ez 36.23,36; Zc 14.16) para que elas temam e amem ao Senhor e com isso vejam o que perderam ou ganharam. Jesus fez isso no Hades! Se ele pregou a sua vitria para os espritos em priso, quanto mais para as naes vivas que o rejeitaram. Nisso consiste o pior juizo; mostrar a perda ao perdedor e a vitria ao vencedor. 4. Jesus dir as naes ovelhas: Vinde, benditas de Meu Pai, possu por herana o Reino que vos est preparado desde a fundao do mundo.... 5. Estas naes justas possuiro vida eterna (Mt 25.46). Elas comero as folhas da rvore da vida (Ap 22.2). 6. As naes bodes iro para o fogo eterno e castigo eterno (Mt 25.41,46). 7. O reino eterno s vir depois do milnio; e o fogo eterno e o castigo eterno s viro depois do milnio, logo o julgamento das naes s poder ocorrer durante o milnio, a sentena final, separando

definitivamente ovelhas de bodes, s poder ocorrer no final do milnio. Todos aqueles que forem achados dignos do Reino o possuiro por herana, pois ele est preparado desde a fundao do mundo! No Velho Testamento ele apenas uma sombra e uma promessa, no Novo Testamento, uma realidade espiritual em ns, mas logo ser uma realidade espiritual e literal na Terra, da mesma forma como agora no Cu e em nossos coraes. O milnio o perodo da regenerao (Mt 19.28), um perodo de restaurao, reconstruo e governo de Deus. Este iniciarse- logo aps a ltima semana de Daniel e a subseqente batalha do Armagedom. O milnio ser, acima de todos os seus mistrios, um perodo em que Deus separar pela ultima vez o joio do trigo. Esta separao ele far no meio da sua igreja no arrebatamento. Esta separao ele far no meio de Israel na Grande Tribulao. Esta separao ele far no meio das naes no Milnio. Deus tem um propsito eterno com as naes. No estudo acerca do Milnio, haveremos de conmpreender melhor este propsito. A terra ser a extenso gloriosa e terrena do Reino de Deus para as naes e para Israel. As bodas do Reino narrada em Mt 22.1-14 eqivale ao recebimento das naes, aps o perodo de escolha e justia que haver no milnio. Com isso podemos concluir que as bodas do reino so para introduzir os elementos redimidos no reino. Porm, nenhum destes elementos, podem ser introduzidos no reino sem experimentar a glria e o poder do reino, e o milnio ser um tempo em que as naes experimentaro ou no este poder do reino como tambm a sua glria. No final do milnio ser tambm a Grande Ceifa (Mt 13.24-30,36-43), ser a separao definitiva das naes trigos e naes joio. As naes trigos sero recolhidas no celeiro de Deus (a Nova Terra) e as naes joio sero queimadas (Ap 20.7-9). Ento os justos (naes ovelhas-trigos) resplandecero como o sol, no reino de seu Pai (o milnio o reino do Filho, depois vir o Reino do Pai que Eterno (1Co 15.24-28).

ESCATOLOGIA

24

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

A igreja faz parte do reino. O Livro de Apocalipse trata de especialmente da Noiva. Que Noiva? A Noiva do Cordeiro. Este livro termina mostrando os aposentos da Noiva. Este elemento do reino o nico povo que goza os privilgios do Reino antecipadamente (Hb 6.5). A Igreja reinar no Milnio (Ap 2.26,27; 5.9,10; 20.4) com Cristo, na Terra, e reinar eternamente depois do milnio (Ap 1.6; 22.5; Dn 7.18,27). As pessoas que fazem parte da igreja so as nicas que passaro pela ressurreio ou transformao no Arrebatamento, e portanto, tero corpos imortais e incorruptveis (Fp 3.20,21; 1Co 15.43-55; 1Ts 4.13-18; 1Jo 3.2). Elas sero governantes, e no sditos. A igreja o reino que desce dos Cus e estabelecido na terra, sobre as naes (Dn 7.27). Hoje, neste perodo da Graa ou Ano Aceitvel do Senhor, a igreja j o reino e a condio para entrar neste reino o Novo Nascimento (Jo 3.3-5). Hoje o reino chamado de O Reino do Filho no Seio da Igreja. No milnio ser o Reino do Filho em Toda a Terra (Zc 14.9; Ap 11.15; Dn 2.44,45; Mt 6.10.13; Sl 47; 1Co 15.24-28). Depois do milnio o reino ser chamado de O Reino do Pai (Mt 13.43). O Reino do Pai o Reino do Filho eternizado. No milnio Cristo governar no Trono da Glria (Mt 19.28; 25.31) em Jerusalm terrestre. Aps o milnio Ele continuar governando, mas estar na Nova Jerusalm e l ser a Lmpada que alumiar as naes justas na Nova Terra (Ap 21.22-26). Os mansos herdaro a Nova Terra (Mt 5.5; Sl 37.11). No milnio o Reino ser chamado de O Reino de Davi, porque quem reinar o Filho de Davi. O reino o reino de Deus porque trabalho de Deus. o Reino dos Cus porque desce dos Cus. Aps o milnio existiro pessoas na Nova Terra. Durante todo o milnio Jesus julgar as naes e no final separar as naes ovelhas das naes bodes, as naes ovelhas entraro no Reino do Pai que j est preparado desde a fundao do mundo (Mt 25.34) e tambm tero a vida eterna (Mt 25.46b). Estas naes ovelhas so tambm o trigo que ser recolhido no Celeiro (A Nova Terra - Mt 13.30) e resplandecero como o sol no Reino do Pai (Mt 13.43). Os judeus remidos, isto , os que foram salvos por Cristo, so reunidos aos santos

(igreja). Na Nova Jerusalm no h judeu nem grego; no h homem nem mulher; porque todos somos um em Cristo Jesus (Gl 3.26-29). A Nao terrena de Israel ser salva como nao terrena, e Davi ser prncipe eternamente (Ez 34.23,24; 37.25). O Reino tem duas capitais: a capital celestial - A Nova Jerusalm (Ap 21.9-21; 22.1-5; Is 65.17; Ap 21.24,25) e capital terrestre - Jerusalm terrestre (Is 4.1-6; 60.1-12; 66.18-23; Jr 3.17; 31.7; Ez 34.11-13; 36.24-38; Jl 3.21; Mq 4.1-3; Zc 8.20-23; Dt 28.13; Ap 21.24,25; Am 9.15; Zc 14.16-19). OS GOVERNANTES DO REINO Deus queria que onde a igreja estivesse, estivesse tambm Israel. Israel poderia ser um sacerdcio superior. Mas houve rejeio e no pouca iniqidade e desobedincia durante toda a existncia de Israel. O bezerro de ouro que Israel fundiu para substituir rebeldemente a mo poderosa de Deus que o livrou do Egito, muito feriu o corao de Deus. Foram necessrios 40 anos para que aquela velha gerao morresse (Dt 2) e assim Deus introduzisse a nova gerao na terra prometida. A Bblia fala de trs sacerdcios: 1. O sacerdcio de Melquisedeque - um sacerdcio real e universal. 2. O sacerdcio opcional, nacional - o de Levi, tambm chamado arnico. Criado para substituir o plano original de Deus em relao a Israel, que era fazer daquele povo um reino de reis e sacerdotes (x 19.5,6). Mas com o pecado, Deus deixou de lado aquele plano e em vez de fazer uma nao um sacerdcio, fez um sacerdcio da tribo de uma nao. O plano original era que Israel fosse um sacerdcio para as naes gentias. Mas o plano real se firmou como sendo uma tribo sacerdotal para uma nao (Nm 3). 3. O sacerdcio de emergncia: o nazireado. Constitudo no mesmo livro de Nmeros, capitulo 6, logo aps a constituio de Levi como a tribo sacerdotal. Por muitas vezes a tribo de Levi falhou e assim o nazireado temporrio foi ativado em emergncia. Mas Deus nunca ficou sem testemunhas!

Ministrio de educao teolgica

25

ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

O quadro abaixo d uma idia de como Deus tratou o homem em relao ao seu plano original.

TIPOSHistria de Israel

LEVI MELQUISEDEQUE UNIVERSAL - REAL NACIONAL NO REALParado Funcionando Corrompido Sem Parado Templo Funcionar sem Deus Fim

NAZIREADO EMERGNCIA

Tempo do Ministrio Funcionando de Jesus Graa Grande Tribulao Funcionando Igreja Arrebatada

Funcionando

Deus encontrou na Igreja um povo de reis e sacerdotes (Ap 1.6). A Igreja deu cumprimento e continuao ao sacerdcio que Jesus usou para cumprir o propsito de Deus. Em Jesus, a Igreja tem realizao em um sacerdcio superior, universal e real. O sacerdcio segundo a ordem de Melquisedeque usado por Jesus o mesmo sacerdcio do qual faz parte a Igreja (1Pe 2.5,9). Ento, quem so os governantes do reino?

1. Jesus, que ser Rei dos reis (Is 9.7; 16.5; Zc 14.9; Lc 1.32,33). 2. A Igreja, a esposa do Rei. O sacerdcio universal superior. 3. Davi prncipe (Ez 34.23,24; 37.25). 4. Israel, que ter maiores privilgios sobre todas as naes (Is 54.3; 14.1,2; 2.2-4; 66.18-23; 60.1-22; Ez 27.24-28; Mq 4.1-7; Am 9.15; Jr 23.14-17; Jl 3.18-21).

ESCATOLOGIA

26

Ministrio de educao teolgica

Seminrio teolgico da idpb

Mdulo 08

LIO 04 OS JUDEUS E A SUA HISTRIAOs fatos bblicos que preceram a historia desse povo do Antigo Testamento falam-nos da rebeldia da raa humana. Deus no tolerando esta rebeldia enviou o juzo diluviano aonde apenas uma famlia e vrios tipos de animais foram salvos do Dilvio que cobriu a face da terra (Gn 6 e 7). Essa famlia teria possibilidade, uma chance para a raa humana se reintegrar em nova sociedade capaz de glorificar o Seu Criador. No foi escolhido, em face do seu carter e submisso a Deus. Por ordem de Deus, construiu uma arca, fazendo ele mesmo advertncia ao povo que se arrependesse, o que, infelizmente, no se deu. Depois de construda a Arca ele e sua famlia entraram nela e Deus a fechou por fora. Depois do dilvio que cobriu toda a face da terra, nada restava de seres vivos; a no ser aqueles que subiram com No na Arca. Desceu, pois, No e seus familiares da Arca. Seus trs filhos: Sem, Co e Jaf se espalharam pela face da terra devastada. No habitou na regio da Mesopotmia (Meso entre; ptamos - rios). Entre os rios Tigre e Eufrates, regio frtil, onde Sem, seus filhos e muitos animais de grande porte ficaram habitando. Eram os semitas o povo que originou Abrao. Abrao habitou na cidade de Ur, na Caldia, parte Sul da Mesopotmia. Dali chamado por Deus, deixou a sua terra e emigrou com os seus familiares para alm do rio Eufrates. O fato de ter atravessado o rio Eufrates lhe coube o nome de hebreu; de Heber - nome dado ao emigrante que atravessava o rio. Mais tarde, Jac, neto de Abrao, na luta que manteve com o anjo do Senhor, quando caminhava ao encontro de Esa, seu irmo, com quem se incompatibilizara, nesse encontro com o Anjo, recebeu o nome de Israel. Nome esse que prevalece atravs daMinistrio de educao teolgica

histria at os nossos dias. O nome de judeu era conhecido desde o cativeiro de Babilnia, por cerca dos anos 500 a.C. Depois se generalizou a denominao de judeus, com a disperso desse povo durante o perodo histrico do Cristianismo. Abrao tinha aproximadamente 75 anos quando deixou a Caldia. Vivia em casa de seu pai Ter, e seus irmos. Abrao era casado com uma prima sua, de beleza invulgar. Abrao viveu cerca de 24 anos no sul de Cana - em Hebron junto aos carvalhais de Manre. Era um homem de invejvel f. Monotesta, pois aceitava um nico Deus Verdadeiro. Teve um encontro notvel com o rei e sacerdote de Salm, Melquisedeque. Abrao pagou o dzimos a Melquisedeque. Este era o retrato de Cristo no tempo de Abrao, cujo o perodo conhecido pelo nome de Graa Abramica, ou perodo da graa no passado antes do perodo da Lei. Era a Graa Salvadora de Cristo em sentido universal e escatolgico independente do tempo. Abrao foi justificado por causa de sua f (Gl 3.6); Rm, 4.1-3; Hb 11.8-12,17). ISRAEL Quando Jac voltava-se para o seu irmo Isa, decidido a modificar a sua vida de aventura, voltando condio de homem comum, de pecador, de egosta, mas voltava disposto a reparar as suas faltas para com seu irmo e viver uma vida nova, encontrou-se com Deus no Vale de Jaboque. Jac teve ali no vale de Jaboque uma luta tremenda de conscincia que arrependido, prevalecia para uma nova vida, recebeu ali, um novo nome - Israel (Gn 32.22-32). Nome esse que passou sua descendncia, estendendo-se na histria, atravs dos sculos e escatologicamente alm dos sculos, na eternidade (Ap 7.4-8; Rm 11.26,27). Israel teve os seus pontos altos em Jos no comando desse povo por ocasio da fome27ESCATOLOGIA

Mdulo 08

Seminrio teolgico da idpb

ali e a descida de Israel para o Egito. Bem como a volta, a saida desse mesmo povo para a conquista da terra prometida - Cana comandados por Josu, em gloriosas arrancadas. Com Josu veio a conquista da terra prometida. Era o feito herico onde reluzia a espada na mo do homem e o poder vindo de Deus. O nome Josu tem significado muito importante, pois Josu significa Jesus. O Livro de Josu a pagina gloriosa da histria de um povo e de um chefe obediente ao Senhor que havia tirado esse mesmo povo do Egito e da casa de escravido onde seus pais estavam subjugados. A travessia do Jordo, a conquista de Jeric, a arca parando ante as correntezas do rio Jordo so fatos memorveis e grandiosos da Histria de Israel. A parada do sol a pedido de Josu, a notvel batalha de Gideo fala-nos no somente de povo, mas antes de tudo a prova do poder e da vontade soberana de Deus atravs desse mesmo povo e nos eternos propsitos de que pretendia fazer o Eterno, com relao ao Cosmos e qui a eternidade. Na infncia ainda de sua vida nacional, Israel com a morte de Josu, se tornava uma confederao de 12 tribos. A forma de governo era a Teocracia, isto , o governo de Deus. O povo era dirigido por Deus atravs de juizes. No livro de Hebreus h uma pgina em que menciona alguns desses juizes, verdadeiros heris da f. Foi nesse perodo que apareceu a famlia messinica na pessoa de Rute, av de Davi, o segundo rei de Israel, de cujo tronco (a raiz de Jess) veio Jesus Cristo, o Salvador do mundo. A histria de Rute encanta e inspira nesses dias em que sentimos a desagregao da famlia, num desajustamento melanclico e de perspectivas inditosas. Samuel a conexo entre o perodo do governo teocrtico e o governo dos reis. No governo dos reis temos como o primeiro rei, Saul. Depois Davi, que foi o ponto alto do governo da vida nacional de Israel passado. Tambm porque o governo de Davi simbolizava o Reino do Rei Vindouro - O Messias (Lc 1.30-33). Depois reinou Salomo e nesse perodo foi construdo o primeiro templo. O segundo foi a reconstruo por

Zorobabel sob a direo de Neemias, por autorizao de Xerxes e Ciro. O terceiro foi o Templo de Herodes, reconstrudo para angariar popularidade, em 37 a.C. Com a morte de Salomo veio a diviso do Reino, por discordncia de Jeroboo e Roboo; ficando este com as tribos do Sul e Jeroboo com as tribos do Norte. Aquelas com o