01 - dir. civil

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Personalidade Artigo 1 Art. 1 Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil. Primeiramente, vale frisar que personalidade diferente de direitos da personalidade Personalidade o ATRIBUTO da pessoa para ser TITULAR de direitos e de deveres na ordem civil Todavia, ser titular de direitos no indica que necessariamente posso exercer direitos Da surge a necessidade de medir o quanto posso exercer direitos; para aferir essa medida que se tem o conceito de capacidade

Capacidade Capacidade medida da personalidade Nesse sentido, h duas medidas: o Capacidade de direito (ou capacidade de gozo) a capacidade para ser TITULAR de direitos Todos a tm; nascendo vivo, qualquer um tem capacidade de direito Alm disso, ILIMITADA o Capacidade de fato (de exerccio) a capacidade para EXERCCIO de direitos Essa pode ser LIMITADA Existindo limitaes capacidade de fato (que a nica que d para limitar), temos o fenmeno da incapacidade Limitao capacidade de fato pode ser mais forte ou menos forte o Se limitao (ao exerccio de certos direitos) absoluta: estamos diante do ABOLUTAMENTE INCAPAZ o Se limitao (ao exerccio de certos direitos) relativa: estamos diante do RELATIVAMENTE INCAPAZ Art. 3 So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. o Notar, na norma acima, o EXERCER PESSOALMENTE Capacidade X Legitimao No se confundem Legitimao a IDONEIDADE para o exerccio de um ou mais direitos; ela no se verifica quando a lei no permite que eu pratique certos atos Exs: o Se j sou casado, no tenho legitimao para casar de novo (enquanto for casado) o Se tomei posse como juiz, no tenho mais legitimao para advogar E LEGITIMAO no se confunde com LEGITIMIDADE 1

o Legitimidade tem a ver com a esfera processual Incio da personalidade Conforme artigo 1 do CC toda PESSOA... Artigo 2 dispe que Art. 2 A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. Mas quando comeamos a ser pessoa? Quando se inicia a personalidade? o Pessoa aquela que nasce com vida (vem luz com vida) o a partir do nascimento com vida que se inicia a personalidade Mas o que nascer (vir luz) com vida? Quando se afere que pessoa nasceu com vida? Quando se afere que houve vida? o NO com o corte do cordo umbilical o NO s depois de viver por 24 horas (essa a regra de outros pases, como a Espanha) Afere-se que nascimento se deu com vida (que se veio luz com vida) quando SE RESPIRA PELO PULMO o Entrando ar no pulmo, houve nascimento com vida o Ainda que sejam mnimas bolhas de ar o H casos em que criana respira (entra ar no pulmo) antes mesmo de cortado o cordo umbilical o Teste at meio rudimentar para saber se criana respirou: Decimasia Hidrosttica de Galeno Consiste em colocar o pulmo em um recipiente com gua Se o pulmo da criana boiar, constata-se que ela respirou e, por isso, nasceu com vida (conseqentemente houve incio da personalidade, ainda que tenha morrido segundos depois) Ou seja, se pulmo no afundar, houve respirao e, conseqentemente, vida Se o pulmo afundar, no houve vida o Portanto, NO necessrio ter forma humana; existindo um pulmo e respirando, j adquire personalidade Se criana no respirar pelo pulmo, NATIMORTO Ainda que criana respire e morra LOGO EM SEGUIDA, ela ter que receber um nome e ser lavrada tanto sua certido de nascimento como sua certido de bito

Regime jurdico anterior ao nascimento Aquele que ainda no nasceu denominado NASCITURO Nascituro aquele que se encontra no ventre materno Nascituro tem ou no tem direitos? Existem, grosso modo, 2 teorias: o Teoria Natalista esta teoria que adota a OAB Nascituro NO tem direitos, mas sim EXPECTATIVA DE DIREITOS Segundo essa corrente, direitos esto condicionados ao nascimento com vida 2

Um autor mais radical chega a dizer que o nascituro um nada jurdico o Teoria Conceptualista Entende que nascituro tem direitos desde sua CONCEPO Maria Helena Diniz, por exemplo, faz uma distino interessante segundo a qual os direitos patrimoniais realmente s so garantidos a partir do nascimento com vida; j os demais direitos (direito vida, integridade fsica, etc.) so garantidos desde o momento da concepo Cessao da Incapacidade No tem nada a ver com a morte! Morte cessa a personalidade! Cessa a incapacidade quando cessarem os motivos que lhe deram origem o Idia esquisita, mas isso mesmo, faz sentido o Ex: qual o motivo da incapacidade do menor? A idade; portanto, cessou o impedimento da idade, ele torna-se capaz Absolutamente incapazes o Artigo 3 (transcrito abaixo) o Em regra, no podem realizar NENHUM ato da vida civil sem estarem REPRESENTADOS Se no estiverem representados, atos so NULOS Artigo 166 Art. 166. nulo o negcio jurdico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; o Exceo: atos de pequeno valor (pequena monta) praticados por menor que j tenham certo DISCERNIMENTO Ex: dinheiro que dou para criana comprar lanche na cantina da escola Art. 3 So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. Relativamente incapazes o Artigo 4 o Normalmente exige-se que estejam ASSISTIDOS nos atos da vida civil Sob pena de atos serem ANULVEIS o Mas h pelo menos 3 atos que NO exigem que o relativamente incapaz esteja ASSISTIDO: Testamento Cara de 17 anos pode fazer testamento Testemunho Cara de 16,5 anos pode testemunhar 3

Em penal d um pouco de discusso, mas em civil, no Casamento No confundir ter que pedir autorizao (para poder comear o procedimento do casamento) com a aceitao do casamento em si (essa ltima, que o que mais importa, no precisa de assistncia) o Outra situao que daria para incluir (mas no no caso de menores) a do prdigo Provavelmente juiz determinar que ele seja assistido somente quando se tratar de atos civis relativos a patrimnio Art. 4 So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os prdigos. Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial. Cessao da incapacidade dos menores Como vimos, o motivo da incapacidade dos menores a idade; cessado esse motivo, cessa a incapacidade Mas, em relao incapacidade dos menores, h outra forma de cessao da incapacidade,que est no artigo 5 do CC: a chamada EMANCIPAO Emancipao pode ser de trs tipos: o Voluntria o Judicial o Legal Voluntria o Feita pelos prprios pais (podendo ser um deles, na falta do outro) TUTOR NO participa o Forma: instrumento pblico independente de homologao judicial o irrevogvel Mas revogar diferente de anular, ou de ser nula Revogar tem a ver com se arrepender, retirar, mudar de idia Judicial o Feita pelo juiz o Forma: sentena judicial, mas juiz TEM DE OUVIR o TUTOR Notar que tutor no emancipa ningum; ele PEDE para emancipar o Tambm no revogvel

Tanto Voluntria como judicial esto no artigo 5, pargrafo nico I, do CC:

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Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vida civil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade: I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; Legal o H 4 hipteses, previstas no artigo 5, pargrafo nico, incisos II a V o Em todas elas NO NECESSRIA NENHUMA SENTENA, NEM NENHUM INSTRUMENTO PBLICO; para ser considerado emancipado nos casos abaixo, basta provar, a quem quer que seja, o fato que gerou a emancipao (ex: certido de casamento) o Casamento Notar que aqui, ou pessoa tem autorizao, casa e com isso se emancipa Ou ela j emancipada (por outro meio que no o casamento) e no precisa de autorizao para casar o Exerccio de emprego pblico em carter efetivo Carter efetivo = no pode ser temporrio (ex: estagirio) Difcil de ocorrer na prtica porque normalmente concursos para empregos pblicos em carter efetivo exigem 18 anos completos o Colao de grau em curso superior No CC antigo era menos incomum, dado que incapacidade relativa durava at os 21 o Estabelecimento CIVIL ou COMERCIAL, ou pela RELAO DE EMPREGO que d ao menor ECONOMIA PRPRIA Ex: cara com 17 anos que celebra contrato de trabalho; mais adiante, alega que contrato nulo porque ele era relativamente incapaz? No h nulidade porque, provando-se a relao de emprego (4 requisitos do Direito do Trabalho) e que isso lhe deu economia prpria, cara se emancipou! Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vida civil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade: I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exerccio de emprego pblico efetivo; IV - pela colao de grau em curso de ensino superior; 5

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria. Extino da Personalidade Verifica-se com a MORTE, que pode ser REAL ou PRESUMIDA Morte Real o Verifica-se com a MORTE ENCEFLICA Claro, declarada por um mdico o CC antigo exigia a falncia mltipla dos rgos Morte Presumida o H 2 tipos Morte Presumida por Justificao Morte Presumida por Ausncia Morte Presumida por Justificao o a morte presumida SEM DECLARAO DE AUSNCIA o CC autoriza juiz a declarar essa morte o Exemplos: Catstrofe (acidente areo) Acidente do Ulisses Militar em campanha

Militar em campanha pode ter sua morte presumida declarada se permanecer desaparecido por 2 anos APS O TRMINO DA GUERRA Morte Presumida por Ausncia o Quem o ausente? o Ausente o desaparecido DECLARADO COMO TAL por uma SENTENA o Processo de ausncia tem por objetivo proteger os interesses do ausente (e no de herdeiros ou outros)

Etapas do processo de ausncia Pessoa desapareceu o No existe nem um PRAZO MNIMO, nem um PRAZO MXIMO para se ingressar em juzo pedindo declarao de ausncia claro que se pedir no dia seguinte ao desaparecimento, juiz vai determinar que se procure o ausente, mas, por outro lado, professor contou caso de ausente em que se deu entrada no pedido 21 anos depois do desaparecimento o Portanto, esse perodo extrajudicial tem durao totalmente indefinida Ingresso com petio inicial o Oferecimento da petio marca o incio da 1 fase do processo de ausncia, que a FASE DA AUSNCIA PRESUMIDA 6

FASE DA AUSNCIA PRESUMIDA o Pessoa presumidamente ausente, mas ainda no considerada juridicamente ausente o Juiz nomeia curador para tomar conta dos bens do desaparecido o Tambm chamada de FASE DA CURADORIA PROVISRIA o Curador administra os bens, mas tudo ainda do desaparecido o Se desaparecido reaparecer, curador tem de lhe entregar tudo e prestar contas o Nesta fase o juiz ordenar a Arrecadao dos Bens do Ausente o Arrecadao pode ser rpida ou pode levar bastante tempo (depende da quantidade e localizao de bens, podendo ser necessria, por exemplo, a expedio de cartas precatrias a outras comarcas) o Arrecadao termina com a lavratura de um Auto de Arrecadao o PASSADO 1 ANO da lavratura do AUTO DE ARRECADAO dos bens do ausente ou 3 ANOS se o ausente tiver deixado PROCURADOR ou REPRESENTANTE, o juiz PODE DECLARAR, POR SENTENA, SUA AUSNCIA o Juiz declara ausncia, mas a SENTENA DECLARATRIA DE AUSNCIA somente produz efeitos APS 6 MESES de sua PUBLICAO Apenas depois de TRANSCORRIDOS ESSES 6 MESES que posso considerar o indivduo como AUSENTE; Isso marca o incio da 2 fase, que a FASE DA AUSNCIA DECLARADA FASE DA AUSNCIA DECLARADA o Marco do transcurso dos 6 meses FUNDAMENTAL porque aqui que se d a ABERTURA DA SUCESSO PROVISRIA o Tambm chamada de FASE DA SUCESSO PROVISRIA o PASSADOS 10 ANOS da ABERTURA DA SUCESSO PROVISRIA, somente aps esses 10 anos, pode ser DECLARADA a MORTE PRESUMIDA do ausente, inaugurando-se a 3 fase, que a FASE DA MORTE PRESUMIDA FASE DA MORTE PRESUMIDA o Tambm chamada de FASE DA SUCESSO DEFINITIVA o Sucesso definitiva DURA mais 10 ANOS o Se o ausente reaparecer em at 10 anos CONTADOS da MORTE PRESUMIDA, ele ter direito ao REMANESCENTE dos bens o Remanescente Ex: tinha 3 casas; sobrou apenas 1, isso o remanescente Mas ausente, se provar que dinheiro da venda das casas est em uma conta ou foi usado para outra coisa, pode ir atrs desses valores o Notar, portanto, que a fase da sucesso definitiva no to definitiva assim o ENCERRADOS OS 10 ANOS da sucesso definitiva, da sim que a situao patrimonial definitiva mesmo; daqui em diante, MESMO QUE REAPAREA, AUSENTE NADA PODER FAZER 7

ATENO, exceo regra: Pode ser declarada a MORTE PRESUMIDA do ausente se, ao mesmo tempo ele ESTIVER COM 80 anos NA DATA DO PEDIDO e ESTIVER DESAPARECIDO H, NO MNIMO, 5 ANOS Trata-se de maneira de diminuir ou eliminar a durao do perodo da SUCESSO PROVISRIA; mas no permite eliminar ou reduzir a fase da curadoria provisria Portanto: Curadoria provisria Bem do ausente, mas administrado por terceiro Se reaparecer, curador entrega tudo e presta contas Sucesso provisria Bem do herdeiro, que pode dispor dele Mas se ausente voltar, reassume tudo Sucesso definitiva Bem do herdeiro, que pode dispor dele Se ausente voltar, s ter direito ao remanescente

Domiclio o centro de fixao de um indivduo Conceito legal est no artigo 70: DOMICLIO a RESIDNCIA com NIMO DEFINITIVO Art. 70. O domiclio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo. Residncia o elemento MATERIAL do domiclio o Residncia uma RELAO DURADOURA de um indivduo com um determinado lugar o Podendo ser duradoura de fato ou potencialmente duradoura Ex. de potencialmente duradoura: estou nos primeiros dias de um contrato de locao de 36 meses nimo definitivo a vontade de ali permanecer Portanto, domiclio RELAO DURADOURA + INTENO De tal forma que o domiclio VOLUNTRIO (escolho onde quero estabelecer domiclio) De todo o exposto, tambm se deduz que possvel TER RESIDNCIA, MAS NO TER DOMICLIO o Em outras palavras a residncia de um indivduo no caracteriza necessariamente uma relao domiciliar possvel ter mais de um domiclio? o Sim, claro, uma vez que posso ter alternncia de vontades o Ex: passar a semana em So Paulo e o final de semana no interior o Portanto, CC adotou CONCEITO PLRIMO ou PLURAL da relao domiciliar o Se VIVO de forma ALTERNADA, posso ter vrios domiclios

Art. 71. Se, porm, a pessoa natural tiver diversas residncias, onde, alternadamente, viva, considerar-se- domiclio seu qualquer delas.

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Da mesma forma que posso ter VRIOS DOMICLIOS RESIDENCIAIS, posso ter VRIOS DOMICLIOS PROFISSIONAIS o Ex: professor de cursinho, que possui vrios domiclios profissionais (RELAO DURADOURA + NIMO DE PERMANECER naquele lugar) Entretanto, o DOMICLIO PROFISSIONAL constitudo para as relaes que lhe CORRESPONDEREM

Art. 72. tambm domiclio da pessoa natural, quanto s relaes concernentes profisso, o lugar onde esta exercida. Pargrafo nico. Se a pessoa exercitar profisso em lugares diversos, cada um deles constituir domiclio para as relaes que lhe corresponderem. o Existe uma afetao de determinado domiclio profissional com a respectiva atividade profissional que ali exero o De forma que no DOMICLIO PROFISSIONAL s respondo (s posso ser citado, por exemplo) pelas relaes atinentes quela atividade profissional que ali exero o EM SENTIDO CONTRRIO, temos o DOMICLIO RESIDENCIAL; respondo (ex: posso ser citado) em QUALQUER dos meus domiclios RESIDENCIAIS FICO DO DOMICLIO APARENTE o Criada pelo artigo 73 do CC o Ser utilizada nas situaes em que indivduo no possui residncia fixa (habitual) o Surge da NECESSIDADE do CC de que cada um efetivamente tenha um domiclio o Pela FICO DO DOMICLIO APARENTE, ser considerado seu domiclio ONDE A PESSOA ESTIVER o No importa se a pessoa muda o tempo todo de lugar o Ex. clssico: pessoas que trabalham em circo

Art. 73. Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, o lugar onde for encontrada. Mudana de domiclio o Como se d? Da mesma forma que o fixo, qual seja, pela VONTADE o Mudana de domiclio ATO INTENCIONAL o Via de regra ocorre com ALTERAO DA RESIDNCIA

Art. 74. Muda-se o domiclio, transferindo a residncia, com a inteno manifesta de o mudar. o Mas, ATENO, pegadinha: artigo 74, pargrafo nico: Pargrafo nico. A prova da inteno resultar do que declarar a pessoa s municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declaraes no fizer, da prpria mudana, com as circunstncias que a acompanharem. 9

o Refere-se prova da inteno o A mudana de domiclio resultar do que a pessoa declarar s municipalidades que deixa e para onde vai Ou ainda, da prpria mudana, com as circunstncias que a acompanharem o Trata-se de costume importado dos EUA o Essa regra existe (est no CC) e cobrada na OAB, mas, na prtica, nunca aplicada DOMICLIO NECESSRIO o Apesar de tudo o que vimos acima sobre INTENCIONALIDADE, CC traz tambm o chamado DOMICLIO NECESSRIO o Trata-se de hipteses imposio legal, indivduo no pode escolher (no importa seu animus) o So elas: Incapaz Domiclio do incapaz o domiclio do seu REPRESENTANTE LEGAL ou ASSISTENTE o Obs: em caso de pais separados, domiclio ser o do guardio; em caso de guarda compartilhada, menor ter 2 domiclios Servidor pblico No lugar de sua lotao, ou seja, onde estiver exercendo permanentemente sua atividade o Ex: juiz de Cotia que mora em So Paulo Cotia seu domiclio e So Paulo ser sua residncia Militares Onde estiverem servindo Mas se estiver fora do territrio nacional, em aeronave ou embarcao, seu domiclio ser a base qual ele estiver relacionado Martimo ATENO: no confundir o marinheiro (militar da Marinha) com o martimo Martimo o civil que trabalha em embarcaes Domiclio do martimo ser aquele onde a embarcao em que trabalha estiver MATRICULADA o Ex: barco est h 10 meses atracado em Recife, mas est matriculado em Santos seus martimos devem ser citados em Santos e no em Recife Preso Domiclio ser onde ele estiver cumprindo pena Pouco importa se lugar seja regular ou irregular (ex: cumprindo pena em uma delegacia, ou em um quartinho qualquer)

Art. 76. Tm domiclio necessrio o incapaz, o servidor pblico, o militar, o martimo e o preso.

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Pargrafo nico. O domiclio do incapaz o do seu representante ou assistente; o do servidor pblico, o lugar em que exercer permanentemente suas funes; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do martimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentena. Pessoas Jurdicas Para ser PESSOA necessariamente tenho de ter PERSONALIDADE o PERSONALIDADE um ATRIBUTO dado pelo ordenamento o Sem personalidade, no h pessoa o Ex: nascituro, apesar de protees previstas, no pessoa Da mesma forma que personalidade atributo para que se seja pessoa natural, personalidade atributo para que se seja pessoa jurdica Definio de pessoa jurdica: um ente social reconhecido pelo Estado o Ser ou no ser pessoa jurdica NO um FATO SOCIAL; ser ou no ser pessoa jurdica deve-se EXISTNCIA ou no de um certo RECONHECIMENTO PESSOA NATURAL adquire PERSONALIDADE com o NASCIMENTO COM VIDA PESSOA JURDICA adquire PERSONALIDADE com o REGISTRO o De forma que o REGISTRO no declaratrio, mas sim CONSTITUTIVO de personalidade Onde feito esse registro? o Regra geral: CARTRIO DE REGISTRO DE PESSOAS JURDICAS o S existem 2 EXCEES: Sociedade empresria: JUNTA COMERCIAL Sociedade de advogados: OAB E registrou errado, NO PESSOA JURDICA o Mas, lembrar, como mencionava o Valado, que esse erro no pode ser escusa para no cumprir certas obrigaes, para se esquivar o Aqui vale uma comparao: Se PESSOA NATURAL no tem registro, ela NO DEIXA DE SER pessoa Isso porque condio para ser PESSOA (AQUISIO DE PERSONALIDADE) decorre do NASCIMENTO COM VIDA Se PESSOA NATURAL no tem registro, h limitaes no EXERCCIO de certos direitos, mas continua sendo pessoa Diferente o que se verifica com PESSOA JURDICA, a qual, SEM REGISTRO NO PESSOA

Classificao das pessoas jurdicas Pessoas jurdicas de Direito Pblico o Interno (artigo 41) Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno:

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I - a Unio; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios; III - os Municpios; IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei. Pargrafo nico. Salvo disposio em contrrio, as pessoas jurdicas de direito pblico, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Cdigo. o Externo (artigo 42) Art. 42. So pessoas jurdicas de direito pblico externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional pblico. Pessoas Jurdicas de Direito Privado (artigo 44)

Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado: I - as associaes; II - as sociedades; III - as fundaes. IV - as organizaes religiosas; V - os partidos polticos. Pessoas Jurdicas de Direito Pblico Interno o Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios, TERRITRIOS, AUTARQUIAS, ASSOCIAES PBLICAS ATENO: uso apenas da expresso associaes indica PJ de Direito Privado; j o uso da expresso associao pblica indica existncia de PJ de Direito Pblico Associaes pblicas foram introduzidas em 2005, com a Lei das PPPs No confundir a Unio (PJ de Direito Pblico Interno) com a Repblica Federativa do Brasil, que PJ de Direito Pblico Externo Pessoas Jurdicas de Direito Pblico Externo o Estados estrangeiros e pessoas reconhecidas pelo DIP (como ONU< Mercosul, OIT, etc.) o ATENO: Estado do Vaticano ou Santa S PJ de Direito Pblico Externo A expresso Igreja Catlica em si dbia, incorreta

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Apesar de impreciso pode (erroneamente) ser usada como sinnimo de Estado do Vaticano ou Santa S Igualmente (e tambm erroneamente) s vezes acaba significando organizao religiosa, que PJ de Direito Privado

Pessoas Jurdicas de Direito Privado o Associaes o Sociedades o Fundaes o Partidos Polticos o Organizaes Religiosas o Mas, ATENO porque o artigo 44 do CC no traz rol taxativo, mas sim EXEMPLIFICATIVO, posto que existem OUTRAS PJ DE DIREITO PRIVADO que nele no figuram: o Cooperativas o Sindicatos o Entidades Desportivas

Partidos Polticos e Organizaes Religiosas o Apesar de lembrarem, em termos fticos, as associaes, so tratadas AUTONOMAMENTE em relao s associaes porque a CF lhes d autonomia o No caso dos partidos, artigo 17 da CF o No caso das organizaes religiosas, artigo 19 da CF E mais, em ambos os casos, NO SE APLICA o CC

Art. 17. livre a criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - carter nacional; II - proibio de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinao a estes; III - prestao de contas Justia Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 1 assegurada aos partidos polticos autonomia para definir sua estrutura interna, organizao e funcionamento e para adotar os critrios de escolha e o regime de suas coligaes eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidria. 2 - Os partidos polticos, aps adquirirem personalidade jurdica, na forma da lei civil, registraro seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

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3 - Os partidos polticos tm direito a recursos do fundo partidrio e acesso gratuito ao rdio e televiso, na forma da lei. 4 - vedada a utilizao pelos partidos polticos de organizao paramilitar. Art. 19. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico; II - recusar f aos documentos pblicos; III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si. o O artigo 19 da CF garante AUTONOMIA ABSOLUTA destas entidades. Diante disso, NO EXISTE LEI que disciplina o funcionamento e a estruturao dessas organizaes Ex: estatuto da organizao religiosa pode dar todos os poderes da organizao para uma s pessoa o Porm, a autonomia das organizaes religiosas NO PODE COLIDIR com outros DIREITOS e GARANTIAS FUNDAMENTAIS o ATENO: mesmo com sua AUTONOMIA ABSOLUTA, organizaes religiosas TM de ter REGISTRO At porque, caso no o tivessem, no seriam PJ o Por outro lado, cartorrio no pode NEGAR REGISTRO de organizao religiosa face ao contedo de seus atos constitutivos Se negar, MS No mximo, cartorrio pode encaminhar cpia do que foi registrado para o MP o Alm do artigo 19 da CF, temos o prprio CC, em seu artigo 44, 1: Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado: 1 So livres a criao, a organizao, a estruturao interna e o funcionamento das organizaes religiosas, sendo vedado ao poder pblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessrios ao seu funcionamento. o Da mesma forma que as organizaes religiosas, os partidos polticos tambm possuem autonomia estrutural. Mas no se trata de uma autonomia absoluta e sim de uma AUTONOMIA RELATIVA o Novamente, vale frisar que tanto ORGANIZAES RELIGIOSAS quanto os PARTIDOS POLTICOS NO SE SUBMETEM ao CC No caso das ORGANIZAES RELIGIOSAS, NO EXISTE LEI que disciplina funcionamento e estruturao dessas organizaes No caso dos PARTIDOS POLTICOS, lei regulamentar especfica a Lei 9.096/95 Obs: como toda PJ, surgimento do partido est condicionado ao seu registro no Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas; todavia, CF tambm traz aos partidos (MAS 14

NO COMO OBRIGAO PARA OBTENO DE PERSONALIDADE) o registro de seus estatutos junto ao TSE (artigo 17, 2) Art. 17. livre a criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 2 - Os partidos polticos, aps adquirirem personalidade jurdica, na forma da lei civil, registraro seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Associaes o Tm como trao marcante sua FINALIDADE: associao NO POSSUI FINALIDADE ECONMICA o Portanto, marcante sua AUSNCIA DE FINALIDADE ECONMICA o Ausncia de finalidade econmica o que (mais) lhes diferem em relao s SOCIEDADES, pois estas SEMPRE POSSUEM FINALIDADE ECONMICA o Finalidade econmica entendida como reverso dos ganhos auferidos pela PJ para o patrimnio de seus scios (dos particulares) Indiretamente, como ocorre nas associaes, at pode ocorrer, mas a finalidade da associao no aquela

A AUSNCIA DE FINALIDADE ECONMICA se caracteriza pela IMPOSSIBILIDADE de PARTILHA DOS RESULTADOS PATRIMONIAIS da associao entre os associados Principais caractersticas das associaes o Finalidade no econmica o INEXISTNCIA de direitos e deveres recprocos ENTRE associados Nas associaes h relao de direitos e deveres entre associado e associao, mas no entre associados Ex: Clube de Campo - sei que cara que est freqentando mesmo clube que eu no est pagando as mensalidades, mas, ainda assim, mesmo eu tambm sendo associado, no posso cobrar Diferentemente de uma sociedade, onde h direitos e deveres recprocos entre scios e entre esses e a sociedade o Associados possuem os MESMOS DIREITOS, porm a lei autoriza a criao de categorias com VANTAGENS ESPECIAIS Ex: scio-fundador, scio-benemrito ATENO: em relao ao VOTO, a doutrina majoritria entende que o voto uma VANTAGEM e no um direito; O direito se traduz na possibilidade de PARTICIPAR da associao Ex: direito de estar em reunies, de falar, de ser ouvido, etc. Tem a ver um pouco com viabilidade de dar direito de voto a todos os associados (ex: Associao Comercial de So Paulo, que tem 68 mil associados...) o O RGO MXIMO de uma associao e de FUNCIONAMENTO OBRIGATRIO a chamada ASSEMBLIA GERAL Todas as associaes necessariamente tm uma Assemblia Sua funo (carter) DELIBERATIVA 15

E mais, h algumas MATRIAS PRIVATIVAS da Assemblia Geral, conforme artigo 59 do CC DESTITUIR os administradores o Notar que fala em DESTITUIR, mas no em ELEGER (eleger no privativo da AG) Alterar os estatutos

Art. 59. Compete privativamente assemblia geral: I destituir os administradores; II alterar o estatuto. Pargrafo nico. Para as deliberaes a que se referem os incisos I e II deste artigo exigido deliberao da assemblia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum ser o estabelecido no estatuto, bem como os critrios de eleio dos administradores. Fundaes o No advm da juno de pessoas, mas sim da PERSONALIZAO de uma MASSA PATRIMONIAL o Em regra, formao de PJs exigem, no mnimo, a concorrncia de 2 vontades o NO O QUE OCORRE no caso das FUNDAES: elas so criadas por uma s vontade, sendo ATO UNILATERAL Quem cria uma fundao denominado instituidor o Fases da criao de uma fundao Dotao de bens a transferncia de bens Deve ser feita por escritura pblica ou testamento Elaborao dos estatutos Aprovao dos estatutos Quem aprova? o O MP! o Atravs de um processo judicial previsto nos artigos 1199 e seguintes do CPC o Portanto, entra-se com uma ao (fundao exige ao para sua criao) o Nessa ao, uma das coisas que cabe ao MP avaliar as bases e os bens da fundao o Nesses processos, via de regra, o juiz s homologa Registro bvio, obrigatrio para que possa ser PJ (para que possa adquirir personalidade jurdica) Uma vez que juiz homologou, devo proceder ao registro no Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas No havendo registro, no existe PJ

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ATENO: DOTAO DE BENS e APROVAO DOS ESTATUTOS so 2 atos PECULIARES S FUNDAES; OUTRAS PESSOAS JURDICAS s tem as 2 outras fases (ELABORAO DO ESTATUTO E REGISTRO) Artigos do CPC sobre o processo de criao de fundao: CAPTULO X DA ORGANIZAO E DA FISCALIZAO DAS FUNDAES Art. 1.199. O instituidor, ao criar a fundao, elaborar o seu estatuto ou designar quem o faa. Art. 1.200. O interessado submeter o estatuto ao rgo do Ministrio Pblico, que verificar se foram observadas as bases da fundao e se os bens so suficientes ao fim a que ela se destina. Art. 1.201. Autuado o pedido, o rgo do Ministrio Pblico, no prazo de 15 (quinze) dias, aprovar o estatuto, indicar as modificaes que entender necessrias ou Ihe denegar a aprovao. 1 Nos dois ltimos casos, pode o interessado, em petio motivada, requerer ao juiz o suprimento da aprovao. 2 O juiz, antes de suprir a aprovao, poder mandar fazer no estatuto modificaes a fim de adapt-lo ao objetivo do instituidor. Art. 1.202. Incumbir ao rgo do Ministrio Pblico elaborar o estatuto e submet-lo aprovao do juiz: I - quando o instituidor no o fizer nem nomear quem o faa; II - quando a pessoa encarregada no cumprir o encargo no prazo assinado pelo instituidor ou, no havendo prazo, dentro em 6 (seis) meses. Art. 1.203. A alterao do estatuto ficar sujeita aprovao do rgo do Ministrio Pblico. Sendo-lhe denegada, observar-se- o disposto no art. 1.201, 1 e 2. Pargrafo nico. Quando a reforma no houver sido deliberada por votao unnime, os administradores, ao submeterem ao rgo do Ministrio Pblico o estatuto, pediro que se d cincia minoria vencida para impugn-la no prazo de 10 (dez) dias. Art. 1.204. Qualquer interessado ou o rgo do Ministrio Pblico promover a extino da fundao quando: I - se tornar ilcito o seu objeto; II - for impossvel a sua manuteno; III - se vencer o prazo de sua existncia.

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Fato Jurdico Fatos ocorrem o tempo todo. Somente alguns deles, contudo, os que produzem efeitos jurdicos, so fatos jurdicos Fatos jurdicos se relacionam com a incidncia de normas Mundo jurdico no o mesmo mundo dos fenmenos o Ex: Chuva no meio do oceano atlntico X chuva em SP o Queda de rvore no meio da Amaznia X queda de rvore sobre carro em SP Classificao Fatos jurdicos o Fatos jurdicos naturais: eventos da natureza Ordinrios: nascimento, morte Extraordinrios: caso fortuito, fora maior (ex: ciclone, furaco) o Atos jurdicos: ato ao humana, sendo que alguns produzem conseqncias jurdicas e outros no OBS: ato inexistente ato que no produz efeitos jurdicos (Ex: casamento de irmo com irm casamento nulo; casamento de homem com homem no casamento, ato inexistente) Atos jurdicos, portanto, so aes humanas que produzem efeitos jurdicos Atos jurdicos se subdividem em: Ato jurdico stricto sensu o Aqui h manifestao de vontade e efeitos (j) determinados pelo legislador o A manifestao de vontade no vai to longe, pois no consegue determinar os efeitos produzidos o Ex: reconhecimento de paternidade, fixao de domicilio Negcio jurdico o H manifestao de vontade, E seus efeitos so estabelecidos por aquele que manifestou a vontade Ato ilcito o a ao humana contra a ordem jurdica, contra a lei o a base da responsabilidade civil Negcios jurdicos, por suas vezes, so classificados em: Unilateral: praticado por uma pessoa Bilateral: praticado por 2 ou mais pessoas o Alguns falam em negocio jurdico plurilateral 1 pergunta: quantas vontades existem? Contrato: sempre negocio jurdico bilateral, pois acordo de vontades Exemplos de negcio jurdico unilateral: testamento, promessa de recompensa o Doao negcio jurdico bilateral, pois exige acordo de vontades (aceitao).

CUIDADO: CONTRATOS tambm so classificados em unilateral/bilateral, conforme estabelecimento de obrigaes. Se produzir obrigaes: Para ambas as partes: BILATERAL 18

Para apenas uma delas: UNILATERAL o Disso decorre que a classificao de negcios jurdicos se refere a quantas vontades se manifestam; o J a classificao de contratos se refere a quantas obrigaes foram produzidas Compra e venda: NJ bilateral e CTT bilateral Locao: NJ bilateral e CTT bilateral Doao: NJ bilateral e CTT unilateral (aqui estamos pensando na doao pura, aquela em que s h obrigao para o doador) Fiana: contrato entre fiador e credor (locador) (e no com o locatrio). pode emprestar/alugar que se ele no pagar eu pago o NJ bilateral e CTT unilateral (s h obrigao para o fiador)

Em sntese: Fatos jurdicos o Naturais Ordinrios Extraordinrios o Atos jurdicos Stricto sensu Negcio jurdico Bilateral o contrato, que tambm dito o Unilateral o Bilateral Unilateral o Ato ilcito

OBS: para Orlando Gomes, os qualificativos unilateral e bilateral empregam-se para diferenciar os NEGCIOS JURIDICOS, assim na formao (unilateral: declarao da vontade de uma s pessoa / bilateral: concurso de vontades) como nos efeitos (unilateral: criao de obrigao para uma parte / bilateral: criao de obrigao para ambas). Nessa perspectiva, na formao, todo contrato negcio jurdico bilateral, mas, nos efeitos, tanto pode ser bilateral como unilateral.

Negcio jurdico unilateral Testamento um dos exemplos o ATENCAO: art. 426, CC pacto sucessrio ou pacta corvinaArt. 426. No pode ser objeto de contrato a herana de pessoa viva.

o 2 motivos: 1 jurdico e 1 moral Enquanto no ocorrer a morte, herdeiro no tem direito, mas expectativa de direito (herdeiro pode morrer antes, pai pode gastar tudo). imoral torcer para ocorrer a morte

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o S vlida cesso de direitos hereditrios depois da morte (Ex: nulo estabelecer pacto antenupcial sobre o que vir a ser recebido a ttulo de herana) o Testamento conjunto: vedado, pois no podem 2 pessoas assinarem. Deve haver 2 cdulas separadas o bem verdade que herana exige aceitao do herdeiro, mas, diferentemente do que ocorre na doao, isso no da essncia do ato. O testamento pode at estipular substitutos para caso de no aceite. Testamento , de fato, um NJ unilateral ATENO: no confundir promessa de recompensa (pr uma faixa, anunciar) com combinar com algum para achar um cachorro (so situaes distintas)

Invalidade do ato jurdico Ato nulo Ao declaratria de nulidade (processualistas dizem que constitutiva) Ato que no produz efeitos Sentena que declara que ato nulo tem efeitos ex tunc Interesse pblico o Juiz declara de ofcio o No pode ser ratificado pelas partes No convalesce pelo decurso do prazo Ato anulvel Ao anulatria Ato que produz efeitos at sua anulao Sentena tem efeitos ex nunc No prevalece o interesse pblico, mas o particular o Juiz no pode declarar de ofcio o Partes podem ratific-lo Convalesce pelo decurso do prazo Ratificao do ato anulvel o Expressa o Tcita silncio possvel, pois ato anulvel convalesce pelo decurso do prazo Ex: casamento o Homem com homem (ou mulher com mulher): no podem casar; ato inexistente o Irmo com irm (interesse pblico): nulo. Qualquer pessoa interessada pode pedir nulidade. Juiz pode anular de ofcio No casamento nulo, em regra, pode declarar nulo a qualquer tempo o Coator com coagida: se ela quiser anula; juiz no pode atuar de ofcio No caso de casamento de coator e coagida, prazo para anular de 4 anos

Casamento putativo: exceo produo de efeitos (nulo/anulvel) o casamento que nulo, mas que produzir efeitos para cnjuge ou cnjuges de boa-f e para proteger a prole Ex: cara vem do Acre e casado; aqui casa com outra 20

o 2 casamento nulo, mas para proteger a 2, que est de boa-f, produz efeitos em favor dela o Exemplos de efeitos S ela pode exigir alimentos para ele; Doaes feitas em funo do casamento (presentes) ficam com ela Para ela vale o regime de bens (ex: pode ficar com metade do que dele ou com tudo mesmo polmica) o Assim, 1 casamento do cara continua vlido, no se altera; porm seu 2 casamento nulo Notar que, na esfera penal, situao acima pode trazer at 3 crimes: declarar-se solteiro, certido de nascimento / divrcio falsa, bigamia

Simulao (art. 167, CC)Art. 167. nulo o negcio jurdico simulado, mas subsistir o que se dissimulou, se vlido for na substncia e na forma. 1o Haver simulao nos negcios jurdicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas s quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declarao, confisso, condio ou clusula no verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou ps-datados. 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-f em face dos contraentes do negcio jurdico simulado.

ato nulo. fingir, fazer uma coisa, passando-a por outra na simulao existe um negcio jurdico aparente que no corresponde realidade necessria a presena de uma coisa que aparea e de outra que seja a realidade Ex: tenho dvidas e arranjo um laranja. Contudo, no simulao quando tenho dvida e vendo para terceiro (fraude contra credores) Ex: separao simulada muito usada em questes trabalhistas e tributrias

Classificao da simulao Absoluta o algum celebra negcio jurdico para produzir os efeitos jurdicos caractersticos desse negcio, mas, na prtica, ele no quer nenhum efeito o No existe alterao na situao anterior Relativa o algum celebra negcio jurdico para produzir os efeitos jurdicos caractersticos desse negcio, mas, na prtica, pretende que sejam produzidos efeitos caractersticos de um outro negcio jurdico o Existe alterao na situao anterior o Ex: cara casado que quer doar casa para amante (mas doao sujaria sua barra); sada finge uma compra e venda O negcio aparente chamado de simulado e ele nulo J o negcio oculto chamado de dissimulado; ele pode ser vlido o Ex: cara casado que compra casa em nome da amante (compra negcio dissimulado; e doao da casa ou do dinheiro negcio simulado) 21

o Ingressa-se em juzo com ao para declarar que simulado nulo, mas dissimulado no Assim, preserva-se o negcio dissimulado e casa fica tambm para a mulher oficial H, ainda, que se julgar a proteo do terceiro de boa-f, que j pode ter gastado o dinheiro recebido pela venda da casa Retomando (incio de outra aula por outro professor) Negcio jurdico: comportamento humano voluntrio (requisitos do art. 104, CC)Art. 104. A validade do negcio jurdico requer: I - agente capaz; II - objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel; III - forma prescrita ou no defesa em lei.

Ex: doao de rgos ( possvel rim, sangue). Mas no possvel doao de corao, por no cumprir requisito de validade (somente ps mortem) Vcios de vontade o Vcios de consentimento: todos geram anulao o Vcios sociais (ATENO: Simulao nico vcio que gera nulidade)

INFORMAES COMPLEMENTARES (SNTESE E ALGUNS ACRSCIMOS AO QUE ESTAVA ACIMA) 1. Fatos Jurdicos Conceito: qualquer acontecimento natural ou humano previsto em uma norma (art.104, CC). Fatos jurdicos: lcitos (so permitidas e autorizadas por lei) e ilcitos (ter uma sano trazida por lei, para coibir o agente de praticar- art.186 e 187, CC) Classificao (segundo Pontes de Miranda): a) Fato jurdico a.1) em sentido estrito (ordinrio ou extraordinrio) So acontecimentos naturais, cuja importncia e efeitos no so determinados pelos homens. Ex.: a vida, morte, decurso do tempo (prescrio e decadncia) a.2) ordinrios: tem ocorrncia freqente; a.3) extraordinrio; no tem ocorrncia freqente. Ex.: Caso fortuito, fora maior, origem natural. b) Atos- fatos jurdicos So comportamentos humanos avolitivos (sem vontade), querendo ou no. Ex.: Inveno, pagamento, achar tesouro. c) Atos jurdicos (atos jurdicos em sentido estrito e negcio jurdico). um comportamento voluntrio. Tem previso expressa no Cdigo Civil c.1) Atos jurdicos em sentido estrito: um comportamento humano voluntrio, cujo os efeitos so determinados na lei e as partes que o praticam no podem alter-los. Ex.: Reconhecimento de filhos, em geral todos os atos de Direito de Famlia (o Estado que determina). c.2) Negcio Jurdico: No plano de existncia ou de no existncia e plano de validade (requisitos de validade- Art. 104, CC). 2. Validade do Negcio Jurdico a) Agente capaz; 22

b) Objeto lcito, possvel, determinado ou indeterminvel; c) Forma prescrita ou no defesa em lei; d) Vontade isenta de vcios; e) Manifestao de vontade (expressa ou tcita); 3. Vcios ou Manifestao de vontade a) Consentimento: interessam nica e exclusivamente as partes; 1. Erro: falta de percepo sobre determinada pessoa, objeto, negcio ou prprio direito. 2. Dolo: induzimento de um indivduo para a prtica de um negcio que o prejudique; Dolo mallus Dolo Bonus (publicidade enganosa) 3. Coao: presso fsica, psquica para a prtica de um determinado ato; 4. Estado de perigo: necessidade de salvar-se ou salvar algum; 5. Leso (patrimnio) b) Sociais: atinge interesses de terceiros e no das partes. 1. Simulao: existe um negcio aparente que no corresponde a realidade (fingir determinada realizao de negcio). Podendo ser: 1.1) Absoluta: algum celebra negcio jurdico com o objetivo de que produza efeitos jurdicos caractersticos deste negcio, mas na prtica no quer nenhum efeito; 1.2) Relativa: algum celebra negcio jurdico com objetivo de que produza efeitos jurdicos caractersticos deste negcio, mas na prtica pretende que sejam produzidos os efeitos caractersticos de outro negcio jurdico. 2. Fraude contra credores: Ocorre quando o credor aliena o seu patrimnio com o objetivo de se levar a uma situao de insolvncia, prejudicando seus credores. 4. Invalidade do Negcio Jurdico a) Nulidade: o negcio nulo atinge o interesse do Estado; b) Anulidade: o negcio jurdico atinge somente o interesse das partes. * O negcio nulo no convalida, porm ele pode ser transformado em um outro vlido, desde que exista uma identidade na substncia negocial. Estudo dos efeitos dos negcios jurdicos eficcia Ex: doao efeito translativo de propriedade o E se condicionar? Ex: doar livro se passar na OAB. Enquanto no passar, efeitos esto suspensos. Trata-se de um negcio vlido, cujos efeitos no esto sendo produzidos Assim, existem elementos acidentais do negcio jurdico que alteram a produo da eficcia negocial 1 espcie de elemento acidental do negcio jurdico CONDIO evento (fato) FUTURO E INCERTO o Condio pode ser: Suspensiva gera apenas uma expectativa de direito Resolutiva efeitos so produzidos at a verificao da condio (no expectativa de direito, mas direito resolvel Ex: vou te dar R$ 1.000,00 por ms at voc passar na OAB) o Condio elemento acidental, que decorre da vontade o No pode ser presumida 2 espcie de elemento acidental do negcio jurdico TERMO evento FUTURO E CERTO grande diferena em relao condio 23

o Termo gera aquisio de direito o Ex: nota promissria j sou credor (tanto que posso endoss-la). O que no posso? Exercer esse direito. Portanto, o termo impede ou desfaz o exerccio de um direito 3 espcie de elemento acidental do negcio jurdico: ENCARGO OU MODO caracteriza-se por um nus (jurdico) imposto a uma das partes o Ex: vou te doar uma casa se voc construir uma esttua o o encargo atinge a eficcia negocial de uma forma indireta. Portanto, se a parte no se desincumbir do nus, o negcio ser resolvido o Lembrar de 2 hipteses da resoluo da doao por no cumprir o encargo ou por ingratido

Prescrio e Decadncia 1. Prescrio a perda da pretenso de reparao do direito violado, em virtude da inrcia do titular, no prazo previsto em lei. Tem previso expressa no Cdigo Civil (artigos 205 e 206). 1.1 Requisitos a) inexistncia do prejuzo de terceiro; b) o prazo j deve estar consumado. * No admitida Renncia Prvia da Prescrio, o juiz deve declar-lo de ofcio. * Casos em que no ocorrem a prescrio (art. 198, CC). 1.2 Prazos - podem ser: a) Impedido: aquele que nunca corre e quando inicia, comea do zero; b) Suspenso: corre, suspende e volta a correr da onde parou ou se for interrompido (corre, interrompe e recomea do zero). Obs.: O Direito de pedir alimentos imprescritvel. Mas a pretenso dos alimentos (j fixada pelo juiz), de 2 anos, a sua prescrio. 2. Decadncia a perda do direito em si. um Direito Potestativo, Legal e Irrenuncivel. O juiz deve Declarar de Oficio. * No contexto Convencional: renuncivel e o juiz no pode declarar de ofcio. 2.1 Prazo: Em regra no se aplica decadncia, as hipteses de Impedimento, Suspenso e Interrupo. * No corre prazo da decadncia contra absolutamente incapazes. * Na Decadncia no se suspende e nem se interrompe. Na Prescrio se suspende e tambm se interrompe. * Tanto a Prescrio, quanto a Decadncia podem ser declaradas de oficio pelo juiz. 2.2 Diferena entre Interrupo e Suspenso Na Interrupo o prazo deixa de ser contado e volta a correr desde o inicio. Na Suspenso o prazo deixa de ser contado e volta a contar o que faltou. OBRIGAES CC disciplina 04 temas: 24

o Modalidades o Transmisso o Adimplemento o Inadimplemento Toda relao obrigacional transitria, ela tende extino Quando falamos de obrigaes, na verdade, estamos falando de relao obrigacional

Relao obrigacional uma relao jurdica e consiste num relacionamento humano (com contedo econmico) com efeitos jurdicos. Sano pelo descumprimento deve ser jurdica, no tica Decorre da vontade, sendo diferente, portanto, da obrigao tributria, que nasce da lei Dentro dessa relao, 2 pontos bem marcantes o Sujeito detentor de um direito crdito credor o Sujeito que tem um dever dbito devedor No existe crdito sem o seu dbito correspondente. So eqidistantes Objeto da relao obrigacional necessariamente um comportamento do devedor (ao ou omisso) que atenda um interesse do credor Mxima: credor no obrigado a receber diferente, ainda que melhor. Objeto da obrigao a prestao Ex: compra e venda de gua objeto: entregar gua Direito obrigacional se volta para comportamentos e para comportamentos que se relacionam a interesses Possveis comportamentos so espcies de obrigao o Dar o Fazer o No fazer Podendo as obrigaes ser classificadas ainda em: o Divisveis e indivisveis o Alternativas o Solidrias Existem outras classificaes, mas no CC s essas que veremos Obrigao de dar Envolve necessariamente a transmisso ou a transferncia de coisa. Essa transmisso ou transferncia pode recair sobre a posse (contrato de locao), propriedade (contrato de compra e venda) ou direito real (contrato de superfcie) Pode ser dividia em obrigao de dar: o Coisa certa: aquela individualizada pelo interesse do credor. Critrio no o bem, mas o interesse do credor. Se no possvel, converso em perdas e danos o Coisa incerta: interesse no totalmente definido; ele s tem elementos mnimos de caracterizao (quantidade e gnero). Em vez de especificar todo seu interesse, coloca-o de forma genrica Coisa incerta (aquela definida pelo gnero e pela quantidade) diferente de indeterminada (bem sem qualquer identificao, que, por isso, no pode ser objeto de uma relao obrigacional nulidade). 25

Se uma coisa no est clara no contrato, posso alegar que obrigao indeterminada e, portanto, nula Transformao de coisa incerta em coisa certa se d no momento da escolha pelo devedor (200 sacas dentre suas 2000). Essa escolha chamada de concentrao, se d antes do adimplemento a obrigao de dar coisa incerta cumprida de forma certa. Esta transformao ocorre atravs da escolha praticada pelo devedor, tecnicamente conhecida como concentrao obrigacional Escolha, como regra, cabe ao devedor. Se no tiver expresso no contrato, cai na regra geral. Critrio para escolha: critrio mediano nem o melhor, nem o pior (art. 244, CC)

Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gnero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrrio no resultar do ttulo da obrigao; mas no poder dar a coisa pior, nem ser obrigado a prestar a melhor.

Concentrao s produz efeitos com a cincia do credor Artigo 246, CC: gnero no perece

Art. 246. Antes da escolha, no poder o devedor alegar perda ou deteriorao da coisa, ainda que por fora maior ou caso fortuito.

Em obrigao de dar coisa incerta, somente aps a escolha possvel alegar caso fortuito e fora maior

Obrigao de fazer e no fazer Interesse do credor recai sobre um comportamento; como regra geral cabe ao devedor realizar esse comportamento Pode ser classificada como: o Fungvel: prestao pode ser cumprida pelo devedor ou por um terceiro o Infungvel: apenas o devedor pode cumprir a obrigao Tambm conhecida como obrigao personalssima ou intuitu personae Contrato no especificou: fungvel (oposto do direito do trabalho. Aqui, princpio da pessoalidade, infungibilidade)Art. 304. Qualquer interessado na extino da dvida pode pag-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes exonerao do devedor. Pargrafo nico. Igual direito cabe ao terceiro no interessado, se o fizer em nome e conta do devedor, salvo oposio deste.

Obrigaes divisveis e indivisveis O que importa analisar se a prestao divisvel / indivisvel, ou seja, o comportamento do devedor, e no a coisa em si Objeto da obrigao a prestao. Objeto da prestao a coisa Ex: entrega do cavalo (indivisvel) o Por culpa do devedor convertida em perdas e danos, passa a ser divisvel o Portanto, toda prestao obrigacional convertida em perdas e danos passa a ser uma prestao divisvel

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Obrigaes alternativas Contrato de empreitada contrato de locao de servios Quando numa relao obrigacional tiver s uma prestao, tenho obrigao simples. Mais de uma prestao e tiver que cumprir todas, tenho obrigao cumulativa Quando tiver obrigao com mais de uma prestao e pode haver escolha, temos obrigao alternativa o Adimplemento se d com cumprimento de uma das obrigaes, a escolha do devedor o Devedor se desincumbe cumprindo s uma o Sinnimo de obrigao alternativa: obrigao disjuntiva Obrigaes solidrias Art. 264 e ss, CC Caractersticas 1. Necessariamente pluralidade de credores (solidariedade ativa) ou de devedores (solidariedade passiva) 2. Possibilidade de exigir o crdito na sua integralidade ou cumprir o dbito o No sou credor-devedor da obrigao como um todo, mas posso querer ou ser compelido a cumprimento da obrigao como um todo 3. Funciona como reforo obrigacional o De fato no sou devedor; h crditos e dbitos distintos, mas se pode exigir tudo o Na prtica, paga e resolve-se na via regressiva Solidariedade uma relao entre credores/devedores

Principais aspectos da obrigao solidria Solidariedade no se presume; ela resulta da lei ou de disposio contratual expressa A obrigao solidria pode ser pura ou condicional, a prazo ou vista, tendo cada co-credor ou co-devedor uma situao peculiar o Na pratica pouco comum, mas a lei permite o Ex: 3 devedores, mas 1 vai pagar vista, outro em 2 vezes, outro em 3 vezes (ter uma condio, etc.) o Situao diferente dos co-credores, co-devedores no desautoriza solidariedade

4. A solidariedade ativa persiste se eu converter a obrigao em perdas e danos; a mesma regra existe para a solidariedade passiva o Toda obrigao indivisvel, convertendo-se em perdas e danos, torna-se divisvel (Ex: cavalo). Solidariedade persiste at o fim, indivisibilidade no 5. A solidariedade permite renncia parcial ou total, fato este que no atinge os demais co-devedores, salvo na parcela remida o 4 caras, cada um deve 10, so solidrios. Portanto, a cada um exigvel 10. Se perdo 1, posso exigir no mximo 30 dos 3 que sobraram

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Transmisso das obrigaes a possibilidade de transmitir o crdito (cesso de crdito) ou o dbito (assuno de dvida) Surge nova obrigao? No; s estou alterando titular (nos plos passivo ou ativo) Na transmisso ocorre alterao da titularidade dos plos da relao obrigacional Cesso de crdito um negocio jurdico bilateral, pois feito entre credor antigo e novo credor Devedor no precisa autorizar. No h problema de validade, mas para que a cesso tenha eficcia perante o devedor, necessria a sua cincia (deve ser pessoal). Se o devedor no notificado pagar ao credor primitivo por desconhecimento da cesso, temos uma hiptese de pagamento putativo o um pagamento equivocado, mas de boa-f o Erro justificvel o Portanto, a notificao do devedor ponto essencial; apesar de no ser requisito de validade, requisito de eficcia. OBS: artigo 42 do CPC e 940 do CC

Art. 42. A alienao da coisa ou do direito litigioso, a ttulo particular, por ato entre vivos, no altera a legitimidade das partes. 1o O adquirente ou o cessionrio no poder ingressar em juzo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrria. 2o O adquirente ou o cessionrio poder, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente. 3o A sentena, proferida entre as partes originrias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao cessionrio. Art. 940. Aquele que demandar por dvida j paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficar obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrio.

Ateno: cesso de crdito tem um primo-irmo, o endosso o Tambm um ato que autoriza a transmisso de crdito, mas ato exclusivo dos ttulos de crdito com clusula ordem ( a famosa clusula de endosso). Pelo princpio da cartularidade, tal clusula deve estar na crtula o OBS: no cheque, para torn-lo no endossvel, pelas regras do BACEN ou risco `a ordem ou escrevo atrs no endossvel o Grande diferena : o endosso no exige a cincia do devedor o Ateno: todavia, os ttulos no endossveis podem ser objeto de cesso de crdito; porm a notificao do devedor passa a ser necessria o Endosso pode ser em preto ou em branco

Assuno de dvidas Tambm se perfaz com negcio jurdico entre devedor primitivo e novo devedor Credor deve anuir com a transmisso. No mera notificao Credor faz parte do negcio, mas na condio interveniente anuente OBS: credor pode exigir refinanciamento (que, na verdade, novao) Ateno: artigo 303, CC exceo (notificao simples, com A.R.)

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Art. 303. O adquirente de imvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crdito garantido; se o credor, notificado, no impugnar em trinta dias a transferncia do dbito, entender-se- dado o assentimento.

Para no incidir a exceo do 303, bancos fazem alienao fiduciria em garantia Adimplemento Toda relao obrigacional necessariamente transitria, ou seja, tende extino O adimplemento , tecnicamente, o ato de extino obrigacional Adimplir a dvida extingu-la Sinnimo de adimplemento: pagamento Ocorre quando o devedor cumpre a prestao; essa a forma natural de extino obrigacional Cuidado: expresso pagamento envolve e pode ser usada em qualquer obrigao, no somente nas pecunirias Regra geral: pagamento deve ser realizado pelo devedor; mas 304, CC diz que pagamento pode ser feito por qualquer interessado (temos as figuras do 3 interessado e do 3 no interessado)Art. 304. Qualquer interessado na extino da dvida pode pag-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes exonerao do devedor. Pargrafo nico. Igual direito cabe ao terceiro no interessado, se o fizer em nome e conta do devedor, salvo oposio deste.

Se o devedor paga a dvida, extino da obrigao 3 interessado o indivduo que possui vnculo obrigacional, via de regra na condio de responsvel; ele no o devedor. o Ex: fiador; h interesse dele no cumprimento da obrigao Efeitos do pagamento do 3 interessado o Extino da dvida/obrigao primitiva o Transmisso do crdito: mas ela no se d por cesso de crdito, mas sim por sub-rogao (cesso e sub-rogao so modalidades de transmisso) Diferenas importantes: cesso X sub-rogao o Cesso s importa em transmisso, e preciso notificar. Objetivo transmisso o Sub-rogao extingue a obrigao e transmite o crdito. Objetivo pagamento, ainda que como conseqncia haja transmisso (transmisso indireta) o A sub-rogao no se confunde com a cesso de crdito; a 1 forma de pagamento que indiretamente autoriza a transmisso do crdito, por expressa determinao legal o E o terceiro no interessado? o indivduo que possui apenas vnculo social e, portanto, no possui qualquer responsabilidade obrigacional. Interesse tem carter jurdico Mas 3 no interessado no se sub-roga; tem direito apenas ao reembolso Funciona de maneira muito prxima ao gestor de negcios Sub-rogao o Transmite a principal e acessrios 29

o Aqui posso executar Reembolso o S devolvo o quanto pagou o Aqui, s ao de cobrana O reembolso no se confunde com a sub-rogao; esta ltima hiptese forma de transmisso e, portanto inclui o principal e tambm os acessrios (multas, juros, etc.). o reembolso, por sua vez, nada mais do que a devoluo de uma quantia gasta e s inclui a atualizao monetria Local do cumprimento da obrigao Processo civil: para cobrar dvida, domiclio do executado No direito civil, regra geral, dvida deve ser cumprida no domiclio do devedor (dvida quesvel ou querable) Exceo: pagamento no domiclio do credor dvida portvel ou portable Quem recebe o pagamento? O credor E uma vez cumprida a dvida, deve o credor fornecer prova desta situao, ato este que recebe o nome tcnico de quitao, a qual pode ser dada tanto por instrumento pblico como particular Alm disso, notar que a quitao do principal faz presumir o pagamento dos acessrios, especialmente dos juros

Formas de pagamento Pagamento direto / regular: prestao cumprida nos seus exatos termos, ou seja, da forma convencionada Pagamento indireto / alternativo: s quando no for possvel o direto. No se trata de escolha: o Pagamento em consignao o Dao em pagamento o Imputao ao pagamento o Sub-rogao o Compensao o Confuso o Novao o Remisso de dvida Pagamento em Consignao Ocorre quando o credor cria um obstculo a ele imputvel que impede ou dificulta a extino da dvida Devedor quer pagar e no consegue, por motivos imputveis ao credor Opera-se por depsito da prestao; depsito pode ser judicial ou extrajudicial o Consignao extrajudicial tem limitao: dvida exclusivamente em pecnia (estabelecimento bancrio)Art. 890. Nos casos previstos em lei, poder o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignao da quantia ou da coisa devida. 1o Tratando-se de obrigao em dinheiro, poder o devedor ou terceiro optar pelo depsito da quantia devida, em estabelecimento bancrio, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, em

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conta com correo monetria, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepo, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestao de recusa. 2o Decorrido o prazo referido no pargrafo anterior, sem a manifestao de recusa, reputar-se- o devedor liberado da obrigao, ficando disposio do credor a quantia depositada. 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancrio, o devedor ou terceiro poder propor, dentro de 30 (trinta) dias, a ao de consignao, instruindo a inicial com a prova do depsito e da recusa. 4o No proposta a ao no prazo do pargrafo anterior, ficar sem efeito o depsito, podendo levant-lo o depositante.

Se no houver resposta: dvida se extingue por consignao Lei diz que banco deve ser oficial (CEF e BB); na prtica isso foi flexibilizado, mas para a OAB... pagamento que envolve a entrega de coisa s pode ser feito pela via judicial o Surgindo at a figura do depositrio infiel

Dao em pagamento (art. 356, CC)Art. 356. O credor pode consentir em receber prestao diversa da que lhe devida.

Ocorre quando o credor aceita objeto de prestao distinto do originariamente pactuado o Devedor no pode impor; faculdade exclusiva do credor o credor no obrigado a aceitar coisa diversa do que foi pactuado, ainda que melhor

Novao Ocorre a extino da obrigao atual em virtude da criao de uma nova obrigao Obrigao atual foi extinta porque se criou uma nova Deve haver o animus novandi: nimo de criar obrigao nova para extinguir outra Novao no se presume; ou est expressa ou inequvoca Garantias e contratos acessrios que existiam na 1 (fiador, credor pignoratcio, etc.) ficam liberadas dada a extino da obrigao anterior! OBS: quando parcelo uma dvida pode ou no ser novao (posso s alongar o prazo, mas sem que ocorra a novao) Nova obrigao tambm chamada de aliquid novii Novao pode ser: o Objetiva novo objeto o Subjetiva novo sujeito o Mista novos sujeito e objeto Ex: alterao do devedor e aumento do valor da prestao No confundir novao com dao possvel novao subjetiva ou mista com um novo devedor sem a anuncia do devedor originrio? Sim. A anuncia do credor, bvio, necessria. Em regra, no posso mudar obrigao original, exceto se no for causar prejuzo s partes anteriores o Se devedor d anuncia, chama-se delegao o Mas se devedor no anuir, trata-se de expromisso Ateno: se devedor trocado, aquele que entra como novo devedor no se subroga 31

o Assuno de dvida: no h 2 obrigaes;algum assume a existente o Novao subjetiva: h uma 2 obrigao que nova Compensao Tambm forma de pagamento indireto Na compensao, credor e devedor tm crditos e dbitos recprocos que sero extintos no limite dessa reciprocidade Requisitos- crditos devem ser: o Certos: certeza diz respeito existncia. Tem de haver sentena com trnsito em julgado o Lquidos: liquidez diz respeito ao valor, que deve ser determinado ou determinvel (por simples clculos; ex: multa, juros) o Exigveis: exigibilidade diz respeito a vencimento e prescrio. Crdito deve estar vencido, mas no prescrito Para compensar crditos, necessrio que eles sejam da mesma espcie (sacas de feijo com sacas de feijo, pode; mas sacas de feijo preto com sacas de feijo branco no pode) Transao NO MEIO DE PAGAMENTO INDIRETO (mas forma de extino de obrigao), cdigo trata como contrato, por decorrer de acordo de vontades Pode envolver dao em pagamento, novao, compensao etc. Ocorre quando as partes fazem concesses recprocas Concesses recprocas: no importa se h ou no equilbrio entre o que foi concedido Pode ser judicial ou extrajudicial Confuso Meio de pagamento indireto Ocorre quando a figura do credor e a do devedor se confundirem em uma mesma pessoa o Ex:Jos tem um filho nico, seu filho pega R$ 50 mil emprestado; Jos morre; filho vira credor e devedor da mesma obrigao (confuso) o Obs: Fuso: A + B = C Incorporao: A incorpora B = A Remisso o perdo da dvida Regra: expresso OBS: lembrar que solidariedade no se presume! Empresto 70 mil para 70 pessoas, cada uma me deve mil! OBS: obrigao indivisvel que se converte em perdas e danos vira divisvel ($) OBS: indivisvel (no d pra cobrar tudo) X solidria ( possvel cobrar em parte, mas credor tem a faculdade de cobrar tudo) Perdo de um dos devedores solidrios no aproveita, nem prejudica os demais 32

No perdo de um dos devedores solidrios, deve ser deduzida a cota-parte daquele que foi perdoado com os demais devedores permanecendo solidrios pelo saldo restante No caso de credores solidrios, devedor pode pagar a qualquer dos credores (depois eles acertam entre eles relao interna; devedor est livre relao externa) OBS: notar essa nomenclatura relao interna, relao externa Perdo do credor solidrio vlido o perdo do credor solidrio perdoando no s a parte dele, mas a dvida toda; s que depois quem perdoou indevidamente ter de ressarcir os demais credores. Credor solidrio desvantajoso: algum pode receber meu $ e algum pode perdoar a minha dvida (apesar de que, em ambos os casos, posso buscar de quem recebeu ou perdoou)

Imputao ao pagamento Um mesmo devedor tem mais de uma dvida para com um s credor e vai fazer o pagamento parcial, e no total, dessas dvidas Quem tem direito de escolher, de imputar ao pagamento? o DEVEDOR (a no ser que esteja expressamente previsto o contrrio) Mas ATENO: isso no vale para os juros se houver, juros, 1 coisa a ser paga so os juros Inadimplemento o descumprimento da obrigao Pode ser: o Absoluto: no h mais como cumprir ou cumprimento no mais interessa; portanto, aqui no h mora (no existe mora) o Relativo: aqui existe mora (pode ser purgada) Mora no s impontualidade Mora no cumprir a obrigao no tempo, lugar ou modo convencionados Teoria geral dos contratos Todo contrato negcio jurdico, sem exceo e todo contrato negcio jurdico bilateral, tambm sem exceo o NJB: depende-se de, no mnimo, 2 manifestaes de vontade para o surgimento de um contrato No se confunde com classificao em contrato unilateral e contrato bilateral, que tem a ver com o nmero de prestaes o Contrato unilateral: existem 2 vontades, mas 1 prestao. Ex: doao pura, comodato o Contrato bilateral: existem 2 vontades e 2 prestaes. Ex: compra e venda entregar bem e pagar preo Formao contratual H trs fases bem distintas, no obrigatrias, mas so sucessivas, embora possam estar presentes em apenas um ato 33

o Negociaes preliminares o Proposta o Aceitao 1. Negociao preliminar Tambm conhecida como fase de puntuao Aproximao dos contratantes No h contrato, mas existe uma expectativa contratual Expectativa contratual: a expectativa, na fase de puntuao, se violada de maneira abusiva, pode autorizar o ingresso de ao indenizatria. Trata-se da chamada responsabilidade pr-contratual o Qual a natureza dessa responsabilidade? extracontratual ou aquiliana ( baseada em ato ilcito, ou, mais especificamente, em abuso de direito que equiparado a ato ilcito pelo CC, art. 187)Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

2. Proposta (oferta, policitao) Negcio unilateral que determina o contedo de um futuro contrato No contrato, mas j trata de seu contedo Ex: placa com preo do caf na lanchonete Contedo da proposta foi fixado unilateralmente; por isso ela tem a chamada fora obrigatria ou fora vinculante (a proposta obriga) Espcies de proposta o Proposta para pessoa presente: aquela em que se estabelece elo de comunicao direta entre pessoas (ex.: venda em balco, telefone, call center, etc.) o Proposta para pessoa ausente: aqui a comunicao indireta ou difusa Pessoa ausente pessoa cuja vontade se desconhece Ex: catlogo de correio, internet, mala direta H excees fora vinculante da proposta; principais esto com artigo 428Art. 428. Deixa de ser obrigatria a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, no foi imediatamente aceita. Considera-se tambm presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicao semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, no tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratao do proponente.

Fora vinculante da proposta feita para pessoa presente: deixa de existir quando a proposta no for imediatamente aceita J em caso de pessoa ausente, 2 situaes: o Com prazo Perda da fora vinculante se d com a expirao do prazo Muito comum no caso de propostas (ofertas) promocionais o Sem prazo

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Perda da fora vinculante se d quando tiver transcorrido tempo suficiente OBS: enquanto durarem os estoques ser visto em direito do consumidor, mas sem prazo e condicional A interpretao do termo tempo suficiente feita atravs do art. 113 do CC. Ex: folder de pizzaria entende-se como tempo suficiente, 30 dias.

Art. 113. Os negcios jurdicos devem ser interpretados conforme a boa-f e os usos do lugar de sua celebrao.

3. Aceitao (aceitante, oblato) Oblar: latim falar, manifestar vontade Tambm ato unilateral de vontade Proposta + aceitao = contrato Contrato se forma com a aceitao, a partir dela o Teoria da agnio o Se fosse na proposta: teoria da cognio A partir da aceitao, o contrato surte efeitos, em regra entre as partes. Mas h excees o Estipulao em favor de terceiro Um dos contratantes o estipulante Resultado econmico / objeto do contrato aproveitado por um terceiro, que receber o nome de beneficirio EX: seguro de vida (objeto a aplice) / seguro em favor de 3 no seguro do veculo Beneficirio no o devedor, mas pode exigir o cumprimento do contrato o Promessa de fato de terceiro No se confunde com estipulao em favor de terceiro Um contratante o promitente, que estabelece contrato que tem como objeto a promessa da realizao de um outro contrato Promessa e da realizao de um negcio com uma 3 pessoa Cabe ao 3 o cumprimento da prestao (e no ao promitente) Seria melhor no falar em promessa de fato, mas sim em promessa de cumprimento de prestao Ex: agncia de emprego, agncia matrimonial, agenciamento de jogador de futebol. Contrato de agncia em geral

Extino contratual Regular: Cumprimento da prestao o chamada de soluo o Prova a quitao dada pelo credor Irregular: 3 hipteses o Resciso o Resilio o Resoluo 35

Resciso decorre de uma deciso judicial o Ex: despejo, na locao. Enquanto no rescindido, no posso despejar, pois enquanto o locatrio estiver no imvel o contrato de locao irradia seus efeitos o Ateno: se locatrio purgar a mora, causa da resciso (falta de pagamento) desapareceu, da no pode haver o despejo o Detalhe: parte da doutrina (especialmente Orlando Gomes) entende que resciso se aplica em casos de nulidade o De todo modo, termo resciso muito polmico Resilio o Hiptese de extino irregular que decorre da falta de interesse (de um resilio unilateral - ou dos 2 contratantes resilio bilateral ou distrato, deve possuir a mesma forma do contrato) na continuidade da relao contratual o Ex: resilio bilateral na locao tenho que ter termo de entrega de chave o a resilio bilateral pode ser utilizada em qualquer modalidade contratual e em qualquer momento o j a resilio unilateral exige autorizao legal, ou de forma expressa (Ex: mandato; locao pelo locatrio) ou implcita Feita atravs da chamada denncia contratual, que a comunicao ao contratante da falta de interesse Instrumento da denncia a notificao Ex: renncia do advogado em relao ao cliente Forma implcita: todos os contratos com prazo indeterminado autorizam implicitamente a resilio Em nenhum caso de resilio preciso apresentar justificativa Resilio deve ser vista restritivamente (autorizao legal), em vista do pacta sunt servanda Resoluo o hiptese de extino que decorre do inadimplemento o Expressa Clusula expressa que indica hiptese de inadimplemento Opera-se de pleno direito; desnecessidade de ingresso em juzo o Tcita No h clusula expressa; em razo disso, depende de se constituir o devedor em mora como? Atravs de interpelao judicial (modalidade mais rgida de notificao)

Contratos em espcie Compra venda Formada por 3 elementos estruturais: coisa, preo e consenso Objetivo: transferncia de domnio, da propriedade Contrato por si s no transfere domnio; propriedade vem com a tradio (coisa mvel) e com o registro (coisa imvel) S para bens corpreos

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o Para bens incorpreos (imateriais) existe contrato de cesso (crdito, direitos autorais, etc.) Pode der de coisa atual ou futura o Em se tratando de coisa futura, posso ter a modalidade aleatria: Rei speratae (coisa esperada) estabelece-se um critrio mnimo para a lea (risco). Ex: tem de produzir no mnimo 30 Emptio spei (sem esperana) uma lea absoluta. Compra de esperana, no da coisa. Risco total. Preo da coisa deve guardar uma relao com a coisa: por isso Compra e Venda chamado contrato comutativo; h uma correspondncia e, violando isso, h leso o Preo sempre fixado em $ Se em vez de dar $ der uma coisa, no h compra e venda, mas troca/permuta o Preo pode ser fixado unilateralmente, mas no de maneira arbitrria (no se pode variar conforme a cara do cliente) o Preo pode ser dado em ndices , desde que se possa converter em $ o Preo pode ser fixado em bolsa ou balco (cotao do gado) Restries para compra e venda o 1 Ascendente e descendente, mas desde que aquele seja o vendedor e este o comprador (o contrario no vedado) permitida, desde que os demais descendentes e o cnjuge dem anuncia, para evitar fraude legtima Falta de anuncia autoriza anulao do contrato

Art. 496. anulvel a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cnjuge do alienante expressamente houverem consentido. Pargrafo nico. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cnjuge se o regime de bens for o da separao obrigatria.

o 2 Conflito de interesseArt. 497. Sob pena de nulidade, no podem ser comprados, ainda que em hasta pblica: I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados sua guarda ou administrao; II - pelos servidores pblicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurdica a que servirem, ou que estejam sob sua administrao direta ou indireta; III - pelos juzes, secretrios de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventurios ou auxiliares da justia, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juzo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. Pargrafo nico. As proibies deste artigo estendem-se cesso de crdito.

o 3 Entre cnjuges o Posso comprar bens particulares (ex: o que minha esposa recebeu de herana. Na comunho universal no pode, pois ambos so condminos)Art. 499. lcita a compra e venda entre cnjuges, com relao a bens excludos da comunho.

Clusulas especiais da Compra e Venda o Tambm conhecidas como pactos adjetos ou adjetivos o So clusulas expressas, no podem ser presumidas 37

Retrovenda Preferncia (preempo) Venda a contento e venda sujeita prova Venda com reserva de domnio Venda sobre documentos H outras, mas s essas 5 esto no CC

Retrovenda Garante ao vendedor o direito de recomprar a coisa vendida uma faculdade do vendedor Clusula de natureza potestativa, ou seja, o comprador no pode se opor, razo pela qual a propriedade resolvel Preo o mesmo da venda (valor paga na retrovenda o mesmo pago na venda) o H apenas atualizao monetria o OBS: inclusive o ITBI incide s uma vez (na venda), caso contrrio haveria bitributao Ateno: retrovenda s aplicada a bens imveis e necessariamente deve estar averbada na matrcula Prazo mximo para retrovenda: 3 anos Clusula de preferncia OBS: a preferncia na locao decorre da lei garante prioridade de oferta em uma futura alienao do imvel ou mvel anteriormente vendido S h que se falar em preferncia se comprador originrio quiser vender e pelo preo que o comprador originrio determinar. No se trata de clusula potestativa o Retrovenda Garante recompra Bens imveis Prazo Maximo: 3 anos Prazo tem natureza decadencial Gera um direito que denominado direito de retrato um direito transmissvel e cessvel o Preferncia (preempo) Garante prioridade de oferta, caso haja vontade de vender por parte do comprador originrio Bens mveis e imveis Prazo mximo (contado a partir da oferta): 180 dias para bens mveis e 2 anos para bens imveis Prazo tem natureza decadencial Gera um direito chamado direito de prelao No transmissvel, nem cessvel; direito de preferncia personalssimo Venda a contento e venda sujeita prova Nos dois casos temos vendas condicionais o A contento 38

uma venda sujeita ao gosto do comprador Condiciona o pagamento ao gosto do comprador, algo bem subjetivo (condio subjetiva) impossvel a impugnao da venda a contento o Sujeita prova Elemento condicional no o gosto do comprador, mas as caractersticas da coisa Possvel a impugnao Condio objetiva o Ambas devem ser expressas Venda com reserva de domnio J foi mais utilizada Ocorre apenas a transferncia da posse S cabe para contratos sobre bens mveis Aqui faz mais sentido usar contrato de compromisso de compra e venda do que compra e venda Clusula deve ser escrita Somente aplicada a vendas de pagamento parcelado a reserva de domnio garante ao vendedor 2 opes: retomada da posse do bem OU cobrana das parcelas vencidas e vincendas essas faculdades s podero ser exercidas aps constituir em mora o comprador, mediante interpelao judicial Venda sobre documentos Nela no ocorre a tradio da coisa, mas sim de um ttulo que a representa o comprador no pode questionar a qualidade do bem se o ttulo negociado estiver perfeito EX: warrant (se o ttulo est bom, no interessa a mercadoria) Contrato de Doao Muito embora seja um contrato unilateral, como regra, depende da aceitao do donatrio Aceitao pode ser dispensvel o Doao pura para absolutamente incapaz Pura: no gera nenhum encargo para o donatrio Outros tipos: condicional, a termo, com encargo o Doao para nascituro necessria aceitao do representante legal Seja pura ou no Nascituro: sujeito de direito (pode realizar negcios), mas no pessoa jurdica Vedaes para doao o Doao universal Totalmente proibida; nula Mas possvel o usufruto (por isso tambm chamado partilha em vida) o Doao inoficiosa 39

Anulvel na parte que excede os 50% Se tenho herdeiros necessrios s posso doar (serve para o testamento) 50% dos meus bens, para no prejudicar a legtima Herdeiros necessrios: descendentes, ascendentes, cnjuge Revogao da doao o 2 hipteses Falta de cumprimento de encargo Se o donatrio, constitudo em mora, no cumprir o encargo, a doao revogada Ingratido Donatrio tem uma postura atentatria em relao ao doador Postura atentatria: situaes descritas em lei que so incompatveis com a doao (homicdio doloso, crimes contra a honra)

Emprstimo 2 modalidades na lei o Comodato Necessariamente gratuito, de coisa infungvel Se houver alguma cobrana, trata-se de locao Ao de reintegrao de posse o Mtuo Gratuito ou oneroso Versa necessariamente sobre bens fungveis Quando oneroso, autoriza uma contraprestao, que a cobrana de juros, os chamados juros compensatrios ou remuneratrios Tal modalidade chamada mtuo feneratcio Locao Coisa infungvel, necessariamente oneroso No contrato de locao, o locador cede temporariamente o direito de usar e gozar coisa infungvel ao locatrio, mediante remunerao (aluguel) o Usar e gozar: usar e perceber frutos Lei 8.245/91 lei de locao de imveis urbanos o Imvel urbano: noo distinta do que se tem no direito tributrio. Aqui, o que importa a finalidade Artigo 5 da Lei 8.245 em regra, ao de despejoArt. 5 Seja qual for o fundamento do trmino da locao, a ao do locador para reaver o imvel a de despejo. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica se a locao termina em decorrncia de desapropriao, com a imisso do expropriante na posse do imvel.

H 5 excees que no so regidas pela Lei 8.245 (art. 1) e no cabe dispor em contrrio

Art. 1 A locao de imvel urbano regula - se pelo disposto nesta lei: Pargrafo nico. Continuam regulados pelo Cdigo Civil e pelas leis especiais: a) as locaes:

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1. de imveis de propriedade da Unio, dos Estados e dos Municpios, de suas autarquias e fundaes pblicas; 2. de vagas autnomas de garagem ou de espaos para estacionamento de veculos; 3. de espaos destinados publicidade; 4. em apart- hotis, hotis - residncia ou equiparados, assim considerados aqueles que prestam servios regulares a seus usurios e como tais sejam autorizados a funcionar; b) o arrendamento mercantil, em qualquer de suas modalidades.

Imveis de propriedade da Unio, dos Estados, dos Municpios e de suas autarquias o Notar que isso se aplica quando tais pessoas so locadoras (aplicvel a Lei 8.666/93 e a ao a de reintegrao de posse). Se forem locatrios, aplicase a 8.245/91 Vagas de garagem ou espaos destinados a estacionamento o Ao de reintegrao de posse o Ateno: se for apartamento +vaga, vale a Lei 8.245/91 Vaga acessria (segue o principal), locatrio obrigado a devolver apartamento livre e desembaraado de pessoas E coisas Enquanto a vaga no estiver livre, o aluguel devido Espao destinado publicidade o Ao de reintegrao de posse Aluguel de apart-hoteis, flats, hotis e assemelhados o Ainda que esteja morando e pagando por ms, ao a de reintegrao de posse o Flat no contrato de locao puro, h tambm prestaes de servio Arrendamento mercantil o Ex: tenho um restaurante e arrendo para 3 explorar o Ao a de reintegrao de posse o Leasing: contrato de arrendamento mercantil com opo de compra no final o Ex: banco compra o carro e aluga pra mim; no final tenho 3 opes: devolver o carro; compr-lo; celebrar novo contrato de leasing o Aplica-se a bens mveis ou imveis o Atualmente admite-se a opo de compra no incio, desde que fique bem clara a opo de compra, caso contrrio ser compra e venda parcelada

Regimes contratuais da Lei 8.245/91 Residencial, no residencial e por temporada o Ao sempre de despejo Regra bsica: no curso do contrato, locador no pode retomar imvel (art. 4)Art. 4 Durante o prazo estipulado para a durao do contrato, no poder o locador reaver o imvel alugado. O locatrio, todavia, poder devolv - lo, pagando a multa pactuada, segundo a proporo prevista no art. 924 do Cdigo Civil e, na sua falta, a que for judicialmente estipulada. Pargrafo nico. O locatrio ficar dispensado da multa se a devoluo do imvel decorrer de transferncia, pelo seu empregador, privado ou pblico, para prestar servios em localidades diversas daquela do incio do contrato, e se notificar, por escrito, o locador com prazo de, no mnimo, trinta dias de antecedncia.

Art. 9 - hipteses de denncia cheia / motivada o Denncia vazia denunciar sem motivar (no curso do contrato no possvel, s havendo prorrogao. No curso do contrato s denncia cheia art. 9) 41

Art. 9 A locao tambm poder ser desfeita: I - por mtuo acordo; II - em decorrncia da prtica de infrao legal ou contratual; III - em decorrncia da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; IV - para a realizao de reparaes urgentes determinadas pelo Poder Pblico, que no possam ser normalmente executadas com a permanncia do locatrio no imvel ou, podendo, ele se recuse a consenti - las.

o Mtuo acordo o Pratica de infrao legal ou contratual Ex: no pagar despesas condominiais; comercial em rea residencial fere lei de zoneamento; vedao realizao de obras que venha a ser descumprida o No pagamento do aluguel ou acessrios Jurisprudncia: 3 meses (mas no necessariamente consecutivos) Tambm aplicvel se o inadimplemento for parcial o Se o Poder Pblico determinar realizao de obras no imvel Presena ou no do locatrio Ex: casa est para ruir; obras do metr Locao residencial o No existe o mnimo de 30 meses (lenda); o que existe uma vantagem maior (mais fcil de fazer a denncia vazia) medida que se celebra contratos de 30 meses o Legislador criou 2 regimes: um com 30 meses e outro no Um est no artigo 46 (prazo igual ou superior a trinta meses) Aps a prorrogao por prazo indeterminado (cf. art. 46), surge a possibilidade de denncia vazia. nica exigncia: notificao premonitria do despejo (pode ser uma carta), em que se d 30 dias para o locatrio liberar o imvel. Se ajuizar ao sem notificao: extino sem resoluo de mrito (espcie de preliminar de contestao).

Art. 46. Nas locaes ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resoluo do contrato ocorrer findo o prazo estipulado, independentemente de notificao ou aviso. 1 Findo o prazo ajustado, se o locatrio continuar na posse do imvel alugado por mais de trinta dias sem oposio do locador, presumir - se - prorrogada a locao por prazo indeterminado, mantidas as demais clusulas e condies do contrato. 2 Ocorrendo a prorrogao, o locador poder denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupao.

Outro est no artigo 47 (prazo indeterminado ou inferior a 30 meses) Prorrogao automtica por prazo indeterminado Mas, possibilidade de denncia vazia vem s depois de 60 meses do incio do contrato (5 anos). Tambm necessria notificao premonitria do despejo Portanto, essa foi a forma encontrada pelo legislador para forar os 30 meses

Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locao prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imvel: I - Nos casos do art. 9;

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II - em decorrncia de extino do contrato de trabalho, se a ocupao do imvel pelo locatrio relacionada com o seu emprego; III - se for pedido para uso prprio, de seu cnjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que no disponha, assim como seu cnjuge ou companheiro, de imvel residencial prprio; IV - se for pedido para demolio e edificao licenciada ou para a realizao de obras aprovadas pelo Poder Pblico, que aumentem a rea construda, em, no mnimo, vinte por cento ou, se o imvel for destinado a explorao de hotel ou penso, em cinqenta por cento; V - se a vigncia ininterrupta da locao ultrapassar cinco anos. 1 Na hiptese do inciso III, a necessidade dever ser judicialmente demonstrada, se: a) O retomante, alegando necessidade de usar o imvel, estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de sua propriedade situado nas mesma localidade ou, residindo ou utilizando imvel alheio, j tiver retomado o imvel anteriormente; b) o ascendente ou descendente, beneficirio da retomada, residir em imvel prprio. 2 Nas hipteses dos incisos III e IV, o retomante dever comprovar ser proprietrio, promissrio comprador ou promissrio cessionrio, em carter irrevogvel, com imisso na posse do imvel e ttulo registrado junto matrcula do mesmo.

Ateno para o perodo em que se pode retomar o imvel pelos motivos do art. 9 (I) e pelos motivos dos incisos II, III, IV: da prorrogao automtica ate antes de completar 5 anos OBS: o artigo 9 tambm pode ser aplicado no curso do contrato o II resciso do contrato de locao vinculado a um contrato de trabalho. Ex: caseiro, jardineiro, empregada domstica (pela lei ele aluga aquele espao e paga com seu trabalho salrio in natura). Se o empregado no sai: polmica (trabalhistas dizem que ao de reintegrao de posse perante justia do trabalho / civilistas afirmam ser ao de despejo) o III retomada para uso prprio, de ascendente, descendente, cnjuge e companheiro. Nesse caso, tenho que iniciar o uso em 6 meses da retomada e usar, no mnimo, por 1 ano. Caso contrrio, sano civil (multa de 12 a 24 aluguis) e sano penal (deteno de 3 meses a 1 ano ou converso). Art. 44 o IV obras. No do poder pblico, mas do proprietrio. De importar radical mudana (mnimo 20%). Tambm enseja sanes do art. 44.

Dica para advogado do locador no alugar por 12 meses, pois s tenho denncia vazia aps 5 anos; melhor sada fazer por 30 meses e dispensar multa aps 12, assim, aps os 30 meses, j tenho possibilidade de fazer a denncia vazia. Locao no residencial o Artigos 56/57

Art. 56. Nos demais casos de locao no residencial, o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificao ou aviso. Pargrafo nico. Findo o prazo estipulado, se o locatrio permanecer no imvel por mais de trinta dias sem oposio do locador, presumir - se - prorrogada a locao nas condies ajustadas, mas sem prazo determinado.

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Art. 57. O contrato de locao por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, pelo locador, concedidos ao locatrio trinta dias para a desocupao.

o Prazo pode ser qualquer um (aqui nem se menciona o marco de 30 meses). No curso do contrato, s denncia cheia. Acabou o contrato, cabe denncia vazia o Mesma regra dos 30 dias (entre final do contrato e incio da prorrogao) o Se renovar o contrato, volta a ser necessria denncia cheia OBS: renovao, tenho um novo contrato. Prorrogao, prolongo contrato original o Artigo 55 se locatrio for pessoa jurdica, a locao ser sempre n