01 dfl cartilha_de_anestesia_local
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Agradecemos aoProfessor Stanley Malamed e a ABO,pelo apoio no desenvolvimentodeste projeto.
Esta é uma iniciativade DFL Indústria e Comércio S/A,que pretende atender a necessidade dos dentistas do Brasil em oferecer aos seus clientes, serviços de forma moderna e segura.
A cartilha foi elaborada pelo Professor Stanley Malamed, da University of Southern Califórnia, com o objetivo de ser um guia prático de consultas das situações que ocorrem no dia a dia de todos os consultórios odontológicos.
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ÍNDICE
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 4
CONTRA-INDICAÇÕES 5
VERIFICAÇÃO DO TUBETE 5
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 6
SELEÇÃO DO SAL ANESTÉSICO APROPRIADO 7
SELEÇÃO DA TÉCNICA APROPRIADA 8
DOSES MÁXIMAS RECOMENDADAS 9
ODONTOPEDIATRIA E ODONTOGERIATRIA 10
ADMINISTRAÇÃO DE FORMA SEGURA E SEM DOR 11
COMPLICAÇÕES LOCAIS 12
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS 13
PREPARO PARA EMERGÊNCIAS MÉDICAS 14
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AVALIAÇÃODO PACIENTE ANTES DA ADMINISTRAÇÃO DE ANESTÉSICO LOCAL
Antes do início de qualquer tratamento odontológico, o dentista deve determi-
nar se o paciente pode tolerar física e psicologicamente o procedimento den-
tário planejado com relativa segurança. O profissional deve procurar descobrir
o maior número de informações sobre o estado físico e mental do paciente,
antes da administração de um anestésico.
Existem algumas CONTRA-INDICAÇÕES para a administração de anestésicos
em pacientes em tratamento odontológico. Portanto é importante verificar
o histórico médico do paciente, que poderá alertar sobre alguma contra-
indicação.
CONTRA-INDICAÇÕES PARA TRATAMENTO DENTÁRIO
1. Infarto do Miocárdio nos últimos 6 meses
2. Derrame, AVC – Acidente Vaso-Cerebral nos últimos 6 meses
3. Dor de Angina em repouso
4. Pressão Sanguínea superior a 200mmHg / 115 mmHg
5. Insuficiência Cardíaca Congestiva Grave
6. Doença Respiratória Severa
7. Epilepsia sem acompanhamento de controle
8. Diabetes Melitus de Tipos 1 e 2 sem acompanhamento de controle
Os pacientes listados acima representam um grande risco (de necessitar pro-
cedimento de emergência) durante o tratamento dentário. É recomendado
que o tratamento dentário eletivo seja postergado até a melhora das condições
do paciente.
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CONTRA-INDICAÇÕES PARA A ANESTESIA LOCAL
1. Alergia confirmada ao anestésico local
2. Hipersensibilidade à epinefrina
3. A alergia a epinefrina não pode acontecer. Paciente com hipersensibilidade
é aquele que não suporta doses que seriam normais nos demais pacientes
4. Foram documentadas reações alérgicas aos vários componentes do tubete de
anestésico local. De interesse especial em relação à alergia, está o agente bacteri-
ostático metilparabeno, proibido pelo FDA em anestesia local desde 1984
VERIFICAÇÃO DO TUBETE E DA SERINGA
1. O líquido deve estar transparente e livre de partículas
2. O êmbolo deve estar totalmente inserido no tubete
3. O selo metálico que veda a parte superior do tubete deve estar íntegro
4. O nível do anestésico deve estar completo
5. Caso ocorra vazamento pelo êmbolo, verificar se a haste da seringa não
está deformada
6. No caso de quebra de tubete de vidro, verificar se a haste da seringa não
está deformada
contra-indicaçõesPARA A ANESTESIA LOCAL EM TubETES
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Como a maioria das interações medicamentosas está relacionada a doses, a
anestesia local e a epinefrina podem ser usadas, tendo-se em mente que sem-
pre deverão ser utilizadas as menores quantidades possíveis.
1. Epinefrina em pacientes que usam beta-bloqueadores não cardio-seletivos
(ex. propanolol)
BETA-BLOqUEADORES
NÃO SELETIVOSbETA 1 E bETA 2 ADRENORECEPTORES
CARDIO-SELETIVOSbETA 1 ADRENORECEPTORES
PENbuTOLOL (LEVATOL) ATENOLOL (TENORMIN, ATENOL)
CARTEOLOL (CARTROL) bETAxOLOL (kERLONE)
PINDOLOL (VISkEN) METOPRONOLOL (LOPRESSOR)
TIMOLOL (bLOCADREN) ACEbuTOLOL (SECTRAL)
SOTALOL (bETAPACE) bISOPROLOL (zEbETE)
NADOLOL (CORgARD)
PROPANOLOL (INDERAL, bETACHRON)
2. Epinefrina em pacientes que usam antidepressivos tricíclicos
MEDICAÇÕES ANTIDEPRESSIVAS
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS INIbIDORES MONOAMINO-OxIDASE
AMITRIPTyLINA (ELAVIL) ISOCARbOxAzID (MARPLAN)
NORTRIPTyLINE (AVENTyL, PAMELOR) PHENELzINE (NARDIL)
IMIPRAMINE (TOfRANIL) TRANyCyPROMINE (PAMATE)
DOxEPIN (SINEquAN) TRIMIPRAMINE (SuRMONTIL)
AMOxAPINE (ASENDIN)
DESIPRAMINE (NORPRAMIN)
PROTRIPTyLINE (VIVACTIL)
CLORNIPRAMINE (ANAfRANIL)
interaçõesMEDICAMENTOSAS COM ANESTÉSICOS LOCAIS E EPINEfRINA
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A tabela abaixo mostra as drogas contidas nos anestésicos locais disponíveis
no mercado brasileiro e suas durações médias em tecidos moles (pulpar).
ANESTÉSICO LOCAL VASOCONSTRICTOR DURAÇÃO
ARTICAINA 4% EPINEfRINA 1:100.000 INTERMEDIÁRIA
EPINEfRINA 1:200.000 INTERMEDIÁRIA
buPIVACAINA 0.5% EPINEfRINA 1:200.000 * LONgA
LIDOCAINA 2% EPINEfRINA 1:50.000 INTERMEDIÁRIA
EPINEfRINA 1:100.000 INTERMEDIÁRIA
EPINEfRINA 1:200.000 INTERMEDIÁRIA
NOR-EPINEfRINA 1:50.000 * INTERMEDIÁRIA
fENILEfRINA 1:2.500 * INTERMEDIÁRIA
LIDOCAINA 3% NOR-EPINEfRINA 1:50.000 * INTERMEDIÁRIA
MEPIVACAINA 3% (SEM VASOCONSTRITOR) CuRTA
MEPIVACAINA 2% LEVONORDEfRINA 1:20.000 INTERMEDIÁRIA
EPINEfRINA 1:100.000 INTERMEDIÁRIA
NOR-EPINEfRINA 1:100.000 INTERMEDIÁRIA
PRILOCAÍNA 3% fELIPRESSINA 0,03 uI INTERMEDIÁRIA
INTERMEDIÁRIA
DuRAÇÃO:CuRTA: CERCA DE 30 MINuTOS DE ANESTESIA PuLPAR
INTERMEDIÁRIA: CERCA DE 60 MINuTOS DE ANESTESIA PuLPAR
LONgA: MAIS quE 90 MINuTOS DE ANESTESIA PuLPAR
* disponível somente em tubetes de plástico.
O anestésico local deve ser selecionado baseado na duração desejada da anes-
tesia PULPAR durante o procedimento.
seLeçÃoDO SAL ANESTÉSICO APROPRIADO
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A seleção da técnica apropriada dependerá da localização e quantidade de
dentes a serem tratados. A tabela abaixo apresenta as técnicas de aplicações
de anestésicos locais mais comuns, as áreas anestesiadas e volumes recomen-
dados a serem administrados.
tÉcnica dentes anestesiados
tecidos MoLes anestesiados
VoLuMe recoMendado de anestÉsico LocaL – mL
aduLto PediÁtrico /geriÁtrico
MAxILA
INfILTRAÇÃO1-2 DENTES SuPERIORES
MuCOSA VESTIbuLAR 0,6 0,3
ALVEOLAR SuPERIOR ANTERIOR
INCISIVOS, CANINO,PRÉ-MOLARES
MuCOSA VESTIbuLAR E PORÇÃO ANTERIOR DA fACE
0,9 – 1,2 0,45 – 0,6
ALVEOLAR SuPERIOR MÉDIO
PRÉ-MOLARES MuCOSA VESTIbuLAR 0,9 – 1,2 0,3
ALVEOLAR SuPERIOR POSTERIOR
MOLARES MuCOSA VESTIbuLAR 0,9 – 1,8 0,45
PALATINA ANTERIORINCISIVO, CANINO,PRÉ-MOLARES
MuCOSA VESTIbuLAR E TECIDOS MuCOSA DO PALATO
1,4 – 1,8 0,7 – 0,9
ALVEOLAR SuPERIOR ANTERIOR PALATINA
INCISIVO, CANINO,(bILATERAIS)
MuCOSA DO PALATO 1,4 – 1,8 0,7 – 0,9
INfILTRAÇÃO PALATAL NENHuMMuCOSA DO PALATO NO LOCAL DA APLICAÇÃO
0,2 – 0,3 0,2 – 0,3
NASOPALATINA NENHuMMuCOSA DO PALATO DE CANINOA CANINO bILATERALMENTE
0,45(NO MÁxIMO)
0,25(NO MÁxIMO)
PALATINO MAIOR NENHuMMuCOSA DO PALATO DE 1º PRÉ-MOLAR A DISTAL DO PALATO DuRO
0,45 – 0,6 0,25 – 0,3
bLOquEIO MAxILAR (V2)TODOS OS DENTES DO quADRANTE
MuCOSA DO PALATO AO LADO DA INjEÇÃO
1,8 0,9
MANDÍbuLA
ALVEOLAR INfERIORTODOS OS DENTES DO quADRANTE
MuCOSA VESTIbuLAR ANTERIOR AO fORAME MENTONIANO, MENTO, 2/3 ANTERIORES DA LÍNguA
1,5 – 1,8 0,6 – 0,9
buCAL NENHuMMuCOSA VESTIbuLAR DISTAL AO fORAME MENTONIANO
0,3 0,2
ALVEOLAR INfERIOR (TÉCNICA gOw-gATES)
TODOS OS DENTES DO quADRANTE
MuCOSA VESTIbuLAR DE TODOS OS DENTES, MENTO, 2/3 ANTERIORES DA LÍNguA
1,8 0,9
ALVEOLAR INfERIOR (TÉCNICA VAzIRANI-AkINOSI)
TODOS OS DENTES DO quADRANTE
MuCOSA VESTIbuLAR DE TODOS OS DENTES, MENTO, 2/3 ANTERIORES DA LÍNguA
1,5 – 1,8 0,9
NERVO INCISIVOINCISIVO, CANINO, PRÉ-MOLARES
MuCOSA VESTIbuLAR ANTERIOR, MENTO E LÁbIO
0,6 0,45
MENTONIANO NENHuMMuCOSA VESTIbuLAR ANTERIOR, MENTO E LÁbIO
0,6 0,3
seLeçÃoDA TÉCNICA APROPRIADA
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A quantidade máxima de tubetes de anestesia local que poderá ser adminis-
trada deve ser estabelecida através de duas variáveis: a quantidade do sal de
cada droga contida no tubete e o peso do paciente.
DOSES MÁxIMAS RECOMENDADAS
DROgAmg/TubETE
ARTICAÍNA 4%
buPIVACAÍNA 0.5%
LIDOCAÍNA Ou MEPIVACAÍNA 2%
LIDOCAÍNA Ou MEPIVACAÍNA 3%
PRILOCAÍNA 3%
mg/tubete 72 9 36 54 54
mg/kg 7 1,3 4,4 4,4 6
PESO (kg)
DO PACIENTENo DE TUBETES
20 <2 n/a* 2 1,5 2
30 3 n/a* 3,5 2,5 3
40 4 n/a* 4,5 3 4,5
50 4,5 7 6 4 5,5
60 5,5 8,5 7 5 6,5
70 6,5 10 8 5,5 7,5
80 7,5 10 8 5,5 7,5
90 8,5 10 8 5,5 7,5
DMR (mg) 500 90 300 300 400
* buPIVACAÍNA É RARAMENTE APLICADA EM PACIENTES MuITO jOVENS.
doses MÁxiMasRECOMENDADAS
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Crianças, pacientes muito leves (excessivamente magros) assim como pacien-
tes idosos (65 anos ou mais) não devem receber o mesmo volume de anes-
tésico local ou vasoconstritor que pacientes adolescentes, pois o potencial de
desenvolver sérias emergências relacionadas com a droga, particularmente a
superdosagem (reação tóxica), está aumentado nestes grupos.
odontoPediatriaE ODONTOgERIATRIA
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A injeção de anestésicos locais sem dor é muito importante para o paciente.
Quando os passos abaixo são seguidos, a aplicação segura e sem dor acon-
tecerá em quase 100% dos casos.
TÉCNICA DE INjEÇÃO ATRAUMÁTICA
1. Utilize agulhas de boa qualidade, esterilizadas e de tamanho correto
2. Verifique se a solução anestésica está fluindo pela agulha adequadamente
3. Posicione o paciente
4. Seque o tecido
5. Aplique anti-séptico tópico (opcional)
6. Aplique anestésico tópico
7. Converse com o paciente
8. Estabeleça um bom apoio para a sua mão
9. Mantenha o tecido tensionado
10. Mantenha a agulha fora do alcance da vista do paciente
11. Insira a agulha na mucosa, observando a linha do bizel
12. Observe e converse com o paciente
13. Goteje anestésico na mucosa (opcional)
14. Lentamente, avance a agulha em direção ao alvo
15. Libere várias gotas de anestésico antes de encontrar o periósteo
(evite tocar o periósteo)
16. Aspire para verificar se existe refluxo sanguíneo
17. Aplique lentamente a solução anestésica
18. Converse com o paciente
19. Remova lentamente a agulha
20. Observe o paciente após a injeção
21. Anote o procedimento no prontuário do paciente
adMinistraçÃoDE ANESTÉSICO LOCALDE fORMA SEguRA E SEM DOR
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São as seguintes as complicações locais associadas com a administração de anestésicos locais intra-oralmente:
A. Trismo é um espasmo de músculos mastigatórios que é comumente visto após a administração unilateral da técnica do bloqueio do nervo alveolar inferior. No dia seguinte o paciente reclama de dificuldade de abrir a boca e de que a região encontra-se dolorida. Tratamento inclui o uso de chicletes para exercitar a musculatura. O Trismo, normalmente, regride após alguns poucos dias.
B. Hematoma é um ferimento ou manchamento que pode ocorrer após a administração de anestesia local. É mais comumente visto extra-oralmente após bloqueio do nervo alveolar superior posterior. Tratamento é aguardar a reparação pelo próprio organismo. O hematoma requer aproximadamente 14 dias para seu desaparecimento completo.
C. Lesões de Tecidos Moles ocorre mais frequentemente em crianças peque-nas após bloqueio do nervo alveolar inferior. O lábio e língua permanecem anes-tesiados por muitas horas após o tratamento odontológico permitindo a auto-mutilação. A prevenção é informar o responsável desta possibilidade, de forma que estejam atentos à criança até cessar os efeitos da anestesia.
D. Parestesia representa uma anestesia prolongada, normalmente mais que 24 horas após a aplicação da anestesia local. Mais de 95% das parestesias ocorrem na mandíbula com mais de 70% envolvendo o nervo lingual. Não há prevenção conhecida. O tratamento é aguardar a reparação pelo próprio or-ganismo. A maioria das parestesias regride em 6 semanas, mas pode alcançar 6 meses. Em raras situações a parestesia pode ser permanente.
E. Fratura da Agulha é uma complicação muito rara nos dias de hoje. Quan- do ocorre fratura de agulha normalmente envolve a agulha curta 30G. Fratura de agulha não é um problema importante se a agulha for facilmente removida. Contudo, se agulha estiver inserida no tecido mole até sua base haverá neces-sidade de intervenção cirúrgica que incorrerá em risco de lesão nervosa perma-nente. Prevenção de fratura de agulha requer observação de regras cirúrgicas que determinam os tamanhos das agulhas a serem utilizadas em cada região e alertam que não se deve inserir o comprimento total da agulha nos tecidos moles.
coMPLicações LOCAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS
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As duas complicações sistêmicas associadas com a administração de anestési-
cos locais são (a) alergia; (b) superdosagem.
ALERGIA
Alergia verdadeira, documentada e reproduzível a anestésicos locais utiliza-
dos atualmente em odontologia é tão raro que pode-se dizer que é inexis-
tente. Alergia à epinefrina não existe. Avaliando seriamente, a maioria das
descrições de situações de alegada alergia é determinada por ocorrências de
reações psicogênicas (lipotímia, taquicardia) ou efeitos colaterais associados
a droga.
SUPERDOSAGEM
Também conhecida como reação tóxica ocorre quando o nível de anestésico
local no sangue está muito elevado. As causas mais comuns da superdosagem
são: (1) administração de muito anestésico e (2) injeção intravascular rápida.
A superdosagem ocorre mais comumente em crianças submetidas a um trata-
mento odontológico de vários quadrantes em uma mesma sessão. Overdose
causada por injeção intra-vascular rápida pode ser prevenida por uma simples
aspiração para a verificação da ocorrência de refluxo sanguíneo, logo após a
introdução da agulha. Mesmo assim, a severidade do dano pode ser reduzida
se a aplicação for lenta. O tempo de administração de um tubete de 1,8 ml é
de 1 a 2 minutos. Clinicamente, a superdosagem pode apresentar convulsões
ou inconsciência, ambos podendo ser corretamente conduzidos por dentistas
treinados (ver a seguir). Alterações como estas normalmente duram aproxima-
damente de 15 a 30 segundos.
coMPLicaçõesSISTÊMICAS NA ADMINISTRAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS
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Emergências médicas podem, e de fato, ocorrem na prática clínica da odonto- logia. A maioria das emergências associadas com anestésicos locais em odon- tologia é psicogênica, normalmente desmaios. O medo que muitos pacientes têm é relacionado com injeções que podem exacerbar condições médicas sub- clínicas como angina pectoris (dor no peito), asma e epilepsia. Os consultórios odontológicos devem estar preparados para administrar adequadamente as emergências que surgem durante o tratamento.
Preparo do consultório para a administração de emergências médicas está
descrito na tabela abaixo:
RCP (RESSuSCITAÇÃO CARDIO PuLMONAR)
ANuALMENTE TODOS OS MEMbROS DA EquIPE PARTICIPAM DE TREINAMENTO DA
RCP NO CONSuLTóRIO
EquIPE DE EMERgÊNCIA DO CONSuLTóRIO
MEMbRO Nº 1: PROVIDENCIA SOCORRO MÉDICO E fICA COM A VÍTIMA, SE
NECESSÁRIO ADMINISTRA O TRATAMENTO bÁSICO DAS EMERgÊNCIAS – P-A-b-C-D,
CONfORME NECESSÁRIO;
MEMbRO Nº 2: TRAz O kIT DE EMERgÊNCIA, OxIgÊNIO E DAE – DESfIbRILADOR
AuTOMÁTICO ExTERNO PARA O LOCAL DA EMERgÊNCIA;
OuTROS MEMbROS: MÉDICO ASSISTENTE, quANDO NECESSÁRIO:
CHAMAR AMbuLâNCIA; MEDIR PRESSÃO ARTERIAL.
CHAMADA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
ASSISTÊNCIA DE EMERgÊNCIA MÉDICA DEVE SER SOLICITADA ASSIM quE O DENTISTA
SENTIR quE É NECESSÁRIO.
MEDICAMENTOS DE EMERgÊNCIA
SugESTÃO DE kIT DE MÍNIMO DE EMERgÊNCIA:
1. EPINEfRINA INjETÁVEL (ADRENALINA) 1:1.000 (PARA ANAfILAxIA).
2. bLOquEADOR DE HISTAMINA INjETÁVEL (bENADRyL E fENERgAN)
PARA ALERgIAS SEM RISCO DE VIDA.
3. OxIgÊNIO – PARA uSO EM TODAS AS SITuAÇõES DE EMERgÊNCIA.
4. NITROgLICERINA EM SPRAy Ou EM COMPRIMIDOS –
PARA A DOR DE ANgINA PECTORIS.
5. ALbuTEROL INALATóRIO – PARA MANuSEIO DE ATAquE DE ASMA.
6. AÇúCAR COMO SuCO DE LARANjA PARA MANuSEIO DA HIPOgLICEMIA.
7. ASPIRINA – PARA uSO DuRANTE SuSPEITA DE INfARTO DO MIOCÁRDIO
(ATAquE CARDÍACO).
PreParo PARA EMERgÊNCIAS MÉDICAS
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Agradecemos aoProfessor Stanley Malamed e a ABO,pelo apoio no desenvolvimentodeste projeto.
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