01. - banco bai · contribuíram para a evolução positiva dos resultados líquidos que se...

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01. PRINCIPAIS INDICADORES

3

Celebrar Angola é dar valor à nossa terra, à nossa gente e à nossa identidade.

1. Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administraçãoe do Presidente da Comissão Executiva ................................................................................................................. 7

2. Aspectos Mais Relevantes ......................................................................................................................................... 11A. Síntese dos Indicadores ........................................................................................................................................12B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores .....................................................................................................13C. Principais Realizações em 2014 .........................................................................................................................15

3. Estratégia e Estrutura Organizacional ...................................................................................................................17A. Modelo de Governação Corporativa...................................................................................................................18B. Estratégia e Modelo de Negócio ........................................................................................................................26C. Responsabilidade Social .......................................................................................................................................29D. Marcas | Reconhecimento ....................................................................................................................................31

4. Enquadramento Macroeconómico .........................................................................................................................33A. Contexto Internacional ..........................................................................................................................................34B. Contexto Nacional ..................................................................................................................................................37

5. Enquadramento da Actividade por Segmentos ..................................................................................................45A. Banca Corporativa e PMEs .................................................................................................................................46B. Banca de Retalho: Particulares ..........................................................................................................................48C. Banca de Investimentos .......................................................................................................................................50D. Banca Electrónica ..................................................................................................................................................50

6. Participações Financeiras ........................................................................................................................................537. Gestão do Risco ...........................................................................................................................................................59

A. Governo e Organização da Gestão e Controlo do Risco .............................................................................60B. Risco de Mercado e de Liquidez .........................................................................................................................61C. Risco de Crédito e Risco de Contraparte .........................................................................................................65D. Adequação de Capital ............................................................................................................................................68E. Risco Operacional ...................................................................................................................................................69F. Risco de Compliance .............................................................................................................................................70

8. Recursos Humanos .................................................................................................................................................... 7309. Análise Financeira .......................................................................................................................................................79

A. Balanço .....................................................................................................................................................................80B. Demonstração dos Resultados ...........................................................................................................................84C. Rentabilidade ............................................................................................................................................................87

10. Proposta de Aplicação de Resultados ....................................................................................................................8911. Demonstrações Financeiras .......................................................................................................................................91

A. Balanços .....................................................................................................................................................................92B. Demonstrações dos Resultados ..........................................................................................................................93C. Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios ......................................................................................94D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa .................................................................................................................95E. Anexo às Demonstrações Financeiras ..............................................................................................................96F. Parecer do Auditor Externo ................................................................................................................................ 146G. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal .......................................................................................................... 148

ÍNDICE

6

MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTEDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

8

Em 2014 o BAI conduziu a sua actividade num ambiente económico exigente caracterizado (i) pela queda da produção e preço do petróleo, implicando a redução das receitas fiscais petrolíferas, o aumento da volatilidade na taxa de câmbio e a redução das Reservas Internacionais Líquidas; (ii) pelo contínuo processo de desdolarização da economia; (iii) pela aprovação de importantes diplomas no âmbito da reforma tributária; e (iv) pelo aumento de regulamentação e intervenção do Banco Nacional de Angola no sector bancário.

O sector bancário angolano manteve em 2014 a tendência de crescimento, tendo o crédito concedido ao Estado e à economia registado um aumento de 2% sobre o valor do ano transacto, essencialmente impulsionado pelo crescimento em 49% do crédito ao Estado, atingindo AKZ 4.765 mil milhões no final de 2014. Os depósitos registaram um aumento de 15%, totalizando AKZ 5.445 mil milhões no final do ano.

Não obstante a expansão da actividade do sector, os resultados líquidos da banca no seu todo caíram 45%, em consequência sobretudo do reforço substancial das provisões para crédito, reflectindo o reconhecimento do aumento do risco do crédito em carteira. O crédito vencido passou de 9,8% no final de 2013 para 14,4% no final de Novembro 2014.

O BAI manteve a posição de destaque que ocupa no mercado angolano, tendo fechado o exercício com activos líquidos de AKZ 1.101.072 milhões (mais 6% face a 2013), uma carteira de depósitos de AKZ 950.917 milhões (mais 5% face a 2013) e fundos próprios de AKZ 113.654 milhões (mais 9% face a 2013).

Ao nível dos resultados, verificou-se o desempenho positivo do produto bancário que cresceu 3,6% face ao ano anterior, atingindo AKZ 58.835 milhões no final de 2014, a redução dos custos com provisões em 34,1% (menos 7.481 milhões face a 2013) e dos impostos, que no seu conjunto contribuíram para a evolução positiva dos resultados líquidos que se situaram em AKZ 12.849 milhões, representando um crescimento de 6,3% relativamente ao verificado em 2013.

O BAI prosseguiu o seu programa de expansão da rede comercial, aumentando os seus canais de distribuição de 128 no final de 2013 para 138 no final de 2014 e o número de colaboradores de 1.870 para 2.000. O número de clientes aumentou de 558.593 em 2013 para 635.491 no final de 2014. Destaca-se igualmente a abertura de um novo Centro de Serviços Premium vocacionado para atender Clientes do segmento private, no âmbito do projecto de segmentação dos Clientes particulares.

O BAI também deu continuidade à sua estratégia de inovação em termos de produtos e serviços. O ano foi marcado pelo lançamento do serviço de correspondente bancário com os Correios de Angola e o lançamento do serviço “e-Kwanza”, que permite a conversão de moeda física em moeda electrónica e vice-versa nos balcões do Banco e junto de correspondentes registados, e também operações de moeda electrónica através de telemóveis.

No que diz respeito à governação corporativa e ao sistema de controlo interno, procedeu-se à implementação de um conjunto de medidas tendo em vista assegurar a conformidade do Banco às exigências do BNA, com destaque para a aprovação da criação de uma função autónoma para a gestão do risco.

Em 2014, destaca-se ainda o facto de o BAI ter sido a primeira instituição em Angola a obter um rating de agências internacionais de rating. O BAI fechou o ano com uma notação de rating da agência Moody´s de Ba3/Not Prime e de B+ com perspectiva estável da agência Fitch Rating.

9

01. MENSAgEM CONjuNtA DO PRESIDENtE DO CONSELhO DE ADMINIStRAçãOE DO PRESIDENtE DA COMISSãO ExECutIvA

Ao nível do reconhecimento da marca BAI em 2014, destaca-se a atribuição do prémio de Melhor Banco em Angola, pela revista Euromoney, pela terceira vez consecutiva, e o prémio de Melhor grupo Financeiro em Angola, atribuído pela revista World Finance.

Em 2015 tudo indica que se vá assistir à manutenção de um ambiente económico exigente, esperando-se a redução das receitas petrolíferas como consequência da manutenção dos preços de petróleo, em média a níveis muito inferiores aos de 2014 . Neste contexto de redução das receitas petrolíferas com efeitos que incluem maior dificuldade de acesso a financiamentos externos e pressão sobre as reservas cambiais do país, o governo tomou a decisão de rever o Orçamento geral do Estado, procedendo à (i) reavaliação da estimativa da receita petrolífera; (ii) fixação da despesa a um nível de cobertura mais realístico, por via da revisão dos créditos orçamentais; e (iii) controlo do défice e das necessidades de financiamento, por via da revisão de operações de financiamento, sem comprometer o serviço da dívida projectada.

Este contexto vai certamente acentuar os riscos de crédito no mercado nacional, justificando a manutenção da estratégia de negócio que tem vindo a ser adoptada pelo BAI, assente na rigorosa selectividade do crédito concedido e gestão prudente da liquidez. Entretanto, para se posicionar de forma a fazer frente aos desafios que se colocam e também aproveitar as novas oportunidades de negócio que se perspectivam, o Banco continuará a dar prioridade à melhoria da qualidade na prestação dos serviços, à formação contínua dos seus recursos humanos, à melhoria dos processos e tecnologias de suporte operacional e ao controlo dos custos.

A todos os nossos colaboradores o nosso agradecimento pelo empenho e profissionalismo demonstrado, que têm contribuído para o cumprimento dos objectivos que nos propomos realizar.

também se regista e agradece a confiança que os Clientes têm depositado no Banco, que nos estimula para continuarmos a prestar um serviço de qualidade e de valor acrescentado.

José Carlos de Castro Paiva

Presidente do Conselho de Administração

Mário Alberto Barber

Presidente da Comissão Executiva

10

ASPECTOS MAIS RELEVANTES

12

valores em milhões de AKZ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 2012/2013 2013/2014

Balanço e Extrapatrimoniais

Activo Líquido 1.033 428 1.039.693 1.101.072 0,6% 5,9%Créditos 257.314 245.708 365.461 -4,5% 48,7%Depósitos 815.204 902.936 950.917 10,8% 5,3%Fundos Próprios 99.450 104.430 113.654 5,0% 8,8%garantias e Outros Passivos Eventuais 29.627 19.835 22.751 -33,0% 14,7%

Resultados e Rendibilidade

Produto Bancário 55.634 56.784 58.835 2,1% 3,6%Custos Administrativos 20.953 21.951 25.723 4,8% 17,2%Resultados Líquidos 17.217 12.082 12.849 -29,8% 6,3%ROAE 18,4% 11,9% 11,8% -35,6% -0,6%ROAA 1,6% 1,2% 1,2% -26,7% 3,0%

Funcionamento

Nº de Empregados 1.747 1.870 2.000 7,0% 7,0%Canais de Distribuição 112 128 138 14,3% 7,8% Rede de Retalho 104 119 125 14,4% 5,0% Centros de Atendimento Empresas 6 7 10 16,7% 42,9% Centros de Serviço Premium 1 1 2 0,0% 100,0% Centros de Banca Electrónica 1 1 1 0,0% 0,0%Nº de Clientes 482.948 558.593 635.491 15,7% 13,8%AtMs Activos 264 292 321 10,6% 9,9%tPAs Activos 2.040 2.196 2.539 7,6% 15,6%

Produtividade

Número de Clientes por Empregado 276 299 318 8,1% 6,4%Número de Cliente por Balcão 4.312 4.364 4.605 1,2% 5,5%Número de Empregados por Balcão 16 15 14 -6,3% -0,8%(%) Custos Administrativos / Activo Líquido Médio 1,9% 2,1% 2,4% 9,4% 13,5%(%) Cost to Income Ratio 37,7% 38,7% 43,7% 2,6% 13,1%

Liquidez e gestão de Fundos

(%) Rácio de transformação (Créditos / Depósitos) 31,6% 27,2% 38,4% -13,8% 41,2%Concentração Depósitos = top 20 50,5% 38,0% 37,0% -24,8% -2,5%Concentração Crédito = top 20 48,8% 48,0% 60,0% -1,6% 25,0%

Qualidade dos Activos

(%) Rácio de Crédito vencido 7,2% 6,9% 11,4% -4,9% 65,5%(%) Rácio de Cobertura do Crédito total 9,7% 13,7% 10,1% 41,4% -26,3%(%) Rácio de Cobertura do Crédito vencido 133,7% 198,7% 88,2% 48,6% -55,6%(%) total Crédito / total Activo 24,9% 23,6% 33,2% -5,1% 40,4%

Adequação do Capital

Rácio de Imobilizado 46,1% 49,9% 52,3% 8,1% 4,8%(%) Rácio de Solvabilidade Regulamentar 16,07% 17,43% 17,38% 8,5% -0,3%Fundos Próprios Regulamentares 84 998 82 810 88 877 -2,6% 7,3%

Notações de Rating

Moody´s Curto Prazo NP Longo Prazo Ba3Fitch Rating Curto Prazo B

Longo Prazo B+* Inclui juros abatidos ao activo

A. Síntese dos Indicadores

13

02. ASPECtOS MAIS RELEvANtES

B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores

Créditos

MIL

ES D

E A

KZ

400.000

300.000

200.000

100.000

0Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

-5%

+49%

257.314

365.461

245.708

Resultados Líquidos

-30%

+6%

17.217

12.08212.849

MIL

ES D

E A

KZ

20.000

15.000

10.000

5.000

0Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Activo Líquido

MIL

ES D

E A

KZ

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

1%

6%1.033.428 1.039.6931.101.0721.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

0

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

0MIL

ES D

E A

KZ

Depósitos de Clientes

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

11%5%

815.204

902.936 950.917

14

Rácio de Solvabilidade Regulamentar

Dez. 12

16,07%

Dez. 13

17,43%

Dez. 14

17,38%20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

Rentabilidade dos Capitais Próprios Médios (ROAE)

Dez. 12

18,4%

Dez. 13

11,9%

Dez. 14

11,8%20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

Rentabilidade Média do Activo (ROAA)

Dez. 12

1,6%

Dez. 13

1,2%

Dez. 14

1,2%2,0%

1,5%

1,0%

0,5%

0,0%

Cost to Income

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%Dez. 12

37,7%

Dez. 13

38,7%

Dez. 14

43,7%

15

02. ASPECtOS MAIS RELEvANtES

C. Principais Realizações em 2014

• Inauguração de dois centros de serviços Premium.

• Novos atributos do cartão “BAI Kamba” e as novas funcionalidades do serviço Mobile Banking.

• Lançamento do serviço correspondente bancário da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola, E.P, em parceria com o BAI.

• Lançamento do “e-Kwanza BAI”, o serviço que permite transferir e fazer pagamentos por telemóvel.

• Reforço do modelo de governação corporativa.

• Revisão dos processos de gestão e controlo do risco, com particular relevância para a segregação de funções e uma gestão mais integrada.

• Início da implementação do Plano de Continuidade de Negócio.

• Reforço dos procedimentos de compliance, incluindo a implementação do manual Conheça o Seu Cliente (KYC).

• Revisão do modelo de avaliação de desempenho dos recursos humanos.

• Transferência e implementação do novo modelo de fundo de pensões.

• Obtenção do primeiro rating pelas agências Moody´s e Fitch.

Inovações da Banca Electrónica em 2014

Mobile Banking

Foram apresentados em Julho os novos atributos do Cartão BAI Kamba e as novas funcionalidades do serviço Mobile Banking, por intermédio de demonstração de novos aplicativos, que permitem, entre outras melhorias, o recarregamento de fundos ao BAI Kamba, em qualquer parte do mundo e pagamentos de serviços de telecomunicações, por via de (i) smartphones com os sistemas operativos Android e iPhone, (ii) SMS simples, enviadas por telemóvel para o número 4224, podendo ser utilizados em todos os terminais independentemente da marca ou sistema operativos, e (iii) SMS Facilitador, que são mensagens seleccionadas do menu do telemóvel disponibilizado a partir da instalação de uma aplicação própria, desenhado para os terminais que não smartphones.

e-Kwanza BAI – Serviço de Pagamentos Móveis

O BAI iniciou em Dezembro a comercialização do e-Kwanza BAI, um inovador serviço financeiro com o qual implementa em Angola o sistema de pagamentos móveis, baseado na utilização do telemóvel e moeda electrónica para fazer transferências e pagamentos de bens e serviços, no território nacional. Os Clientes podem registar-se – de forma livre e sem custos – numa agência BAI ou num agente autorizado e-Kwanza BAI e activar o seu utilizador através de um Servidor Interactivo de voz (“IvR” na sigla inglesa). uma vez registado e activado com sucesso, todas as transacções subsequentes serão confirmadas de forma segura pela inserção de um PIN, apenas do conhecimento do Cliente. todas as operações de transformação de moeda física em moeda electrónica, e vice-versa, são garantidas pela rede de agências BAI.

Correspondente Bancário em Parceria com os Correios de Angola

O serviço de correspondente bancário foi lançado em Outubro em parceria com a Empresa Nacional de Correios e telégrafos de Angola, EP (Correios de Angola). O serviço consiste na representação do BAI por uma entidade, para a comercialização de produtos e serviços bancários do Banco, por meio de soluções tecnológicas e procedimentos pré-definidos. O serviço de correspondente bancário visa oferecer ao cidadãos de todo país facilidades na inclusão financeira, para permitir que moradores de cidades ou vilas, onde não existam agências bancárias ou estas laborem com deficiência, possam usufruir de serviços financeiros, tais como abertura de contas, levantamentos e depósitos de dinheiro, transferências e acesso ao crédito. O cronograma de implantação de correspondente bancário prevê que, em 11 meses, os serviços estejam disponíveis em 32 entidades parceiras.

16

ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

18

A. Modelo de Governação Corporativa

O BAI adoptou em 2014 um conjunto de medidas tendo em vista alinhar o seu modelo de governação corporativa com os Avisos nº 1/13 e 2/13 de 19 de Abril.

O organograma assenta numa estrutura funcional, que permite uma clara segregação de funções e responsabilidades dos diferentes órgãos. A distribuição dos pelouros sob alçada de cada administrador executivo é feita de forma a garantir a efectiva segregação entre as funções de negócio, suporte e contolo.

Estrutura do Modelo de Governo

Nota: O Comité de gestão de Estratégia foi extinto no início de 2015, tendo as suas funções passado a ser exercidas pela Comissão Executiva.

Estrutura Accionista

A estrutura accionista do BAI é composta por 53 accionistas, dos quais 21 são empresas, não detendo nenhum destes participações qualificadas nos termos do artigo 6º do Aviso nº 1/13. As participações dos membros dos Órgãos Sociais encontram-se divulgadas na nota às contas nº 19.

Assembleia geral

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Conselho Fiscal

Auditor Externo

Comissão de Controlo Interno

Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais

Comissão de gestão dos Recursos humanos

Comissão de gestão do Risco

Comité de Activos e Passivos

Comité de gestão da Estratégia

Comité de Informática e Segurança Comité de Crédito Comité de Produtos

e Serviços

Direcção de Auditoria Interna

19

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

Estrutura Accionista (Accionistas com mais de 3% do Capital)

Sonangol holdings SgPS, Lda

Oberman Finance Corp.

Dabas Management Limited

Mário Abílio Palhares

theodore jameson giletti

Lobina Anstalt

Coromasi Participações Lda.

Mário dos Santos Barber

Outros

8,50%

5,00%

5,00%

5,00%

5,00%

5,00%

4,75%

3,87%

57,88%

Assembleia Geral

A Assembleia geral é o órgão máximo do BAI e tem como funções principais deliberar sobre quaisquer alterações na composição dos membros da mesa, do Conselho Fiscal e os respectivos presidentes, deliberar sobre aumentos de capital, eleger e destituir membros do Conselho de Administração, aprovar o relatório de gestão e contas de cada exercício bem como deliberar sobre a aplicação de resultados.

Conforme previsto nos estatutos, a Assembleia geral reúne-se anualmente, em sessão ordinária, até ao final do primeiro trimestre de cada ano. Podem ainda ser convocadas reuniões extraordinárias por deliberação do Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, por escrito, por um ou mais accionistas possuidores das acções correspondente a, pelo menos, 5% do capital.

todos os accionistas têm direito de voto, uma vez que o Banco tem apenas acções ordinárias.

Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais

Compete a esta Comissão implementar e rever a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais nos termos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. A Comissão é designada por um período de quatro anos, coincidente com o mandato dos órgãos sociais, sendo constituída por três accionistas não pertencentes a estes.

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal, composto por um presidente dois vogais efectivos e um suplente, sendo um dos vogais perito contabilista, reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros. As regras e funcionamento deste órgão encontra-se descrito em documento próprio e nos estatutos do qual destacamos as seguintes atribuições:

• Fiscalizar a administração do Banco;

• Verificar a exactidão do Balanço e Demonstração de Resultados;

• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte;

• Convocar a Assembleia Geral, quando o presidente da respectiva mesa não o faça.

As reuniões ordinárias desse órgão ocorrem trimestralmente, e as extraordinárias sempre que necessário. As deliberações são lavradas em actas e assinadas por todos os membros.

Auditor Externo

A nomeação do auditor externo é feita de quatro em quatro anos pelo Conselho de Administração, sendo a sua actividade e independência supervisionada a partir de 2015 pela Comissão de Controlo Interno. A auditoria externa é assegurada pela KPMg Angola, nomeada em 2014, nas condições definidas no Aviso nº 4/13 de 22 de Abril, em particular no que diz respeito aos requisitos de capacidade e independência.

20

Conselho de Administração

O Conselho de Administração (CA) é composto por um número ímpar de membros, num mínimo de cinco e num máximo de onze, com competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e de representação do Banco, praticando todos os actos necessários ou convenientes à prossecução da sua actividade. A duração do mandato dos membros do órgão de administração é de quatro anos, sendo que o presente mandato iniciou-se em 2014 e terminará em 2017. Os currículos dos membros do Conselho de Administração constam da página institucional do Banco na internet.

No âmbito do Aviso nº 1/13 de 22 de Abril, o BNA veio definir o conceito de “administrador independente” e impor a nomeação de pelo menos um quando exista uma comissão executiva formalmente constituída. O administrador independente será nomeado em 2015.

As competências e regras de funcionamento do CA encontram-se descritas num regulamento próprio elaborado de acordo com os Estatutos. O Conselho reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros.

De forma a garantir a conformidade do modelo de governação com o disposto no Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, o CA aprovou em 2014 a constituição da Comissão de Controlo Interno, Comissão de gestão dos Recursos humanos e Comissão de gestão do Risco, dos respectivos regulamentos de funcionamento e a designação dos seus membros. As Comissões reúnem-se pelo menos uma vez por trimestre ou sempre que for convocada pelo seu Presidente.

Funções da Comissão de Controlo Interno:

• Assegurar a formalização e operacionalização de um sistema de prestação de informação eficaz e devidamente documentado, incluindo o processo de preparação e divulgação das demonstrações financeiras;

• Supervisionar a formalização e operacionalização das políticas e práticas contabilísticas da instituição;

• Rever todas as informações de cariz financeiro para publicação ou divulgação interna, designadamente as contas anuais da administração;

• Fiscalizar a independência e a eficácia da auditoria interna, aprovar e rever o âmbito e a frequência das suas acções e supervisionar a implementação das medidas correctivas propostas;

• Supervisionar a actuação da função de compliance; e

• Supervisionar a actividade e a independência dos auditores externos, estabelecendo um canal de comunicação com o objectivo de conhecer as conclusões dos exames efectuados e os relatórios emitidos.

Funções da Comissão de Gestão dos Recursos Humanos:

• Definir a política de contratação de novos colaboradores;

• Definir as políticas e processos de remuneração para os colaboradores, adequados à cultura e estratégia de longo prazo e considerando as vertentes de negócio e do risco;

• Recomendar ao órgão de administração a nomeação de novos colaboradores para funções de direcção, para os quais deve elaborar uma descrição detalhada de funções, tomando em consideração as competências internas existentes;

• Apoiar e supervisionar a definição e condução do processo de avaliação dos colaboradores.

Funções da Comissão de Gestão do Risco:

• Aconselhar o Conselho de Administração no que respeita à estratégia do risco tomando em consideração:

• A situação financeira do Banco;

• A natureza, dimensão e complexidade da sua actividade;

• A sua capacidade para identificar, avaliar, monitorizar e controlar os riscos;

• O trabalho realizado pela auditoria externa e pela delegação de competências de acompanhamento do sistema de controlo interno; e

• todas as categorias de riscos relevantes na instituição, designadamente os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, de estratégia e de reputação, tomados na acepção prevista no Aviso nº 2/13, de 19 de Abril, sobre o sistema de controlo interno.

• Supervisionar a implementação da estratégia do risco por parte do Banco; e

• Supervisionar a actuação da função de gestão do risco como prevista no Aviso nº 2/13, de 19 de Abril.

21

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

Comissão Executiva

A Comissão Executiva do Conselho de Administração (CE) é composta por três a sete membros, designados pelo CA, de entre os seus membros. A Comissão reúne-se pelo menos uma vez por mês ou sempre que for convocada pelo seu Presidente ou por pelo menos dois administradores executivos.

As competências e regras de funcionamento da CE encontram-se descritas num regulamento próprio. As competências são:

• Gestão da actividade diária do Banco, assegurando o cumprimento de toda a legislação e regulamentação aplicável;

• Preparação dos planos e orçamentos anuais e plurianuais, bem como as suas eventuais alterações, para aprovação pelo CA;

• Preparação dos documentos de prestação de contas para aprovação pelo CA;

• Aprovação das normas de funcionamento interno;

• Aquisição, alienação e oneração de bens móveis e imobilizado incorpóreo intangíveis necessários para a actividade do Banco;

• Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis para a actividade do Banco;

• Aquisição de serviços necessários para a actividade do Banco;

• Implementação da política de recursos humanos;

• Exercício do poder disciplinar;

• Abertura ou encerramento de balcões;

• Constituição de mandatários para a prática de actos determinados ou categoria de actos;

• Representação da sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, instaurar e contestar procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções.

Órgãos Sociais e de Apoio

Mesa da Assembleia geral Presidente Domingos Lima viegas

vice-Presidente josina Baião MagalhãesSecretário Alice trindade Escórcio

Conselho Fiscal Presidente jaime de Carvalho Bastos

vogal júlio Ferreira Sampaiovogal Moisés António joaquim

vogal Suplente Alberto Severino PereiraConselho de Administração

Presidente josé Carlos de Castro Paivavice-Presidente Francisco de Lemos josé Maria

vice-Presidente e Administradora Executiva Ana Paula grayAdministrador theodore jameson gillettiAdministrador Carlos Arménio Duarte

Presidente da Comissão Executiva Mário Alberto BarberAdministrador Executivo Luís Filipe LélisAdministrador Executivo Inokcelina Ben África SantosAdministrador Executivo helder Miguel jasse AguiarAdministrador Executivo Simão Francisco FonsecaAdministrador Executivo joão Cândido Fonseca

Comissão de Controlo Interno Presidente theodore jameson gilletti

Membro Mário Alberto BarberMembro joão Cândido Fonseca

Comissão de gestão do Risco Presidente theodore jameson gilletti

Membro Ana Paula grayMembro Mário Alberto BarberMembro helder Miguel jasse Aguiar

Comissão de gestão dos Recursos humanosPresidente josé Carlos de Castro Paiva

vogal Mário Alberto Barbervogal Luís Filipe Lélisvogal Simão Francisco Fonseca

22

Organograma

Conselho de Administração

Negócio

Oil & gas

Banca de Retalho Luanda-Bengo I

Banca de Retalho Norte

gabinete de Serviços Premium

Banca de Investimentos

Banca de Retalho Luanda-Bengo II

Banca de Retalho Sul

Empresas e Instituições

Apoio Operacional e Contabilístico

Controlo

Auditoria Interna

Segurança Integrada

Controlo de Risco Operacional

Planeamento, Controlo e Risco

Compliance

Provedoria do Cliente BAI

Comissão de gestão do Risco Comissão Executiva Comissão de Controlo

InternoComissão de gestão

dos Recursos humanos

Secretariado da Comissão Executiva

Suporte Comercial

Análise de Crédito

tecnologias de Informação

Métodos Financeiros

Contabilidade e Finanças

Operações

jurídica e de Contencioso

Serviços gerais

Marketing e Comunicação

Recursos humanos

Banca Electrónica

Projectos tecnológicos e Desenvolvimento

Organização e Qualidade

tesouraria Central

Recuperação de Crédito

Comité de Activos e Passivos

Comité de Produtos e Serviços

Comité de Informática e Segurança Comité de Crédito Comité de gestão

da Estratégia

23

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

Sistema de Controlo Interno

O sistema de controlo interno define-se como o conjunto integrado de políticas e processos, com carácter permanente e transversal a toda a instituição, realizados pelo órgão de administração e demais colaboradores com vista a garantir:

i) A continuidade do negócio através da eficiência na afectação dos recursos e na execução das operações e do controlo dos riscos (objectivos de desempenho);

ii) A fiabilidade e tempestividade da informação contabilística e de suporte à gestão (objectivos de informação); e

iii) O cumprimento dos normativos legais e das normas internas (objectivos de compliance).

tendo em conta estes objectivos, o BAI procura garantir um adequado ambiente e actividade de controlo, um sólido sistema de gestão do risco1, um eficiente sistema de informação e comunicação, e um contínuo processo de monitorização, com o objectivo de assegurar a qualidade e eficácia do próprio sistema ao longo do tempo.

Descrição Sumária das Funções Chave do Sistema de Controlo Interno (até Dezembro de 2014)

Conselho de Administração (CA)

Rever e aprovar, periodicamente, a estratégia e políticas de controlo interno e gestão do risco, bem como o seu progressivo alinhamento das

entidades do grupo financeiro com as mesmas.

Comissão Executiva (CE)

Propor a revisão de políticas de controlo interno e gestão do risco e garantir a sua implementação no Banco.

Direcção de Auditoria Interna (DAI)

Assegurar e coordenar globalmente as acções de auditoria e inspecção interna às unidades de estrutura do Banco, de forma a assegurar o

controlo e cumprimento da legislação bancária, dos processos instituídos e normas de serviço em vigor. Apoiar a identificação de riscos inerentes

a novos negócios, produtos ou sistemas de informação e controlar os valores constantes no património do Banco. No âmbito do processo de

gestão do controlo, esta Direcção é, ainda, responsável por elaborar os relatórios relativos à governação Corporativa e ao Sistema de Controlo

Interno.

gabinete de Compliance (gCL)

Implementar e monitorizar os processos de prevenção do branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo. Supervisionar o

cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, estatutárias e éticas e das recomendações e orientações emitidas

pelas entidades supervisoras competentes.

Direcção de Planeamento, Controlo e Risco (DPC)

Implementar e monitorizar o processo de planeamento e controlo de gestão do Banco, apoiando a definição dos objectivos estratégicos da

organização e acompanhando de forma regular e efectiva a concretização destes objectivos, através da definição de indicadores de gestão.

Esta direcção é ainda responsável por elaborar mensalmente os relatórios para o ALCO.

gabinete de Segurança Integrada (gSI)

Definir políticas, regras e controlos que garantam uma adequada gestão e monitorização da segurança dos sistemas e equipamentos informáticos

e electrónicos, assim como garantir a sua implementação.

gabinete de Controlo de Risco Operacional (gCRO)

verificar a existência, avaliar a qualidade e aplicação dos controlos internos como medida necessária a uma adequada gestão de risco operacional

bem como contribuir para a sua melhoria contínua de forma a garantir a salvaguarda dos activos do Banco.

1 A gestão do risco é objecto de um capítulo autónomo no presente Relatório e Contas.

24

Política de Remuneração

O Banco possui uma política de remuneração consistente com os objectivos, valores, interesses e solvabilidade no longo prazo cujos princípios gerais orientadores são:

i) A definição das regras deve ser clara, simples, transparente e alinhada com a cultura e os valores do Banco, considerando a natureza da sua actividade;

ii) A definição de princípios de proporcionalidade que garantam a competitividade externa suficiente para atrair e reter os colaboradores, bem como a equidade interna promovendo o sentimento de justiça e coesão das equipas;

iii) A definição da política deve considerar as necessidades constantes de mitigação do risco e evitar situações que potenciem conflitos de interesse;

iv) A definição da política deve considerar todas as formas retributivas (fixas, variáveis e benefícios) e estar alinhada com a estratégia e objectivos de negócio do Banco;

v) O apuramento da remuneração individual fixa, variável e outros benefícios, deve considerar a avaliação do desempenho respectivo (objectivos e competências), de acordo com as funções desempenhadas e a situação económica e financeira do Banco.

Membros dos Órgãos Sociais

Os membros dos órgãos sociais têm uma política de remuneração distinta dos restantes, que consiste na atribuição remuneração fixa e variável, sendo esta última decidida anualmente, associada ao desempenho global do Banco. O Banco divulga a remuneração dos órgãos sociais nas notas às contas.

Colaboradores

A política é assente nos seguintes Instrumentos e Políticas de gestão dos Recursos humanos:

1. Descritivos funcionais;

2. Qualificador de funções;

3. tabela salarial (com níveis e escalões de enquadramento);

4. Sistema de Avaliação e gestão do Desempenho (SAgD);

5. Política de gestão de Carreiras;

6. Política de Desenvolvimento Individual dos Colaboradores.

O SAgD aplica-se a todos os vinculados por contrato de trabalho, tendo sido aprovado em 2009 e revisto em 2013 no âmbito do Projecto Modelo de gestão de talentos e Remuneração variável, que tem como objectivo reconhecer e melhorar o desempenho dos colaboradores, através do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional, com base nos seguintes critérios: Objectivos, Competências, Pontualidade e Assiduidade.

Para além da remuneração, o Banco oferece um conjunto abrangente de outros benefícios e incentivos, que são atribuídos consoante as responsabilidades assumidas.

Código de Conduta

O Banco dispõe de um Código de Conduta que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional, observados no exercício da sua actividade. As principais previsões do Código são as seguintes:

• Impõe um conjunto de deveres éticos a todos os colaboradores (princípio da igualdade de tratamento de todos os Clientes do Banco, deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dos Clientes sobre o interesse dos trabalhadores e membros do órgão de administração do Banco, dever de sigilo, de colaboração com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e deveres especiais de tutela do mercado e da sua transparência;

25

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

• Estabelece princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo;

• Estabelece princípios gerais sobre a comunicação de fraude e irregularidades e o tratamento das reclamações de Clientes.

O Código de Conduta é entregue a todos os novos colaboradores do Banco e encontra-se disponível na intranet.

Política de Conflitos de Interesse

A Política de Conflito de Interesses do BAI está assente nos seguintes princípios gerais:

a. Primazia dos interesses do Cliente

b. Prestação de informação transparente

c. Proibição de ocupação de cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades

d. utilização de informação

e. Contratação de serviços ou produtos

f. Decisões de crédito a pessoas ligadas

g. Proibição à concessão de crédito

h. Preçário do crédito

O BAI reconhece primazia aos interesses dos seus Clientes, constituindo o dever de

lealdade a estes um princípio de conduta fundamental no conjunto das normas que

pautam a actuação do Banco.

O BAI presta aos seus Clientes esclarecimentos claros e informações precisas sobre

os benefícios ou remunerações que o Banco ofereça pelos depósitos recebidos e

sobre os preços ou encargos inerentes aos serviços que lhe preste.

Observa-se um regime de exclusividade que a ocupação profissional impõe quer por

motivação ética quer pelas exigências de desempenho.

Está interdita a revelação, fora os casos expressamente previstos na lei e a utilização

de informações sobre a actividade do BAI ou as relações deste com os seus Clientes.

Está interdito o envolvimento, directo ou indirecto, na contratação de serviços ou

produtos nos quais exista, por parte do colaborador, interesse financeiro.

Em conformidade com o previsto na Lei 13/05, Lei das Instituições Financeiras, no seu

artigo 67 – “Crédito a pessoas ligadas”.

Em conformidade com o previsto na Lei 13/05, Lei das Instituições Financeiras, no seu

artigo 66 – “Crédito a membros dos órgãos sociais”.

Os créditos concedidos aos colaboradores serão efectuados em condições normais

de mercado, atendendo ao seu nível de risco e ao preçário praticado pelo BAI,

com excepção dos créditos para compra de habitação própria permanente e para

o pagamento de despesas de saúde, que são alvo de Política definida em sede da

Comissão de gestão dos Recursos humanos.

A política prevê, em particular, a existência de um processo, previamente à tomada de decisões no CE e CA, que assegura que estas decisões não potenciam conflitos de interesses e que são identificadas e de avaliação das transacções com partes relacionadas nos termos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. Outras situações de conflito de interesses, são analisadas pelo gabinete de Compliance, cabendo a decisão ser tomada pela CE.

26

Política de Transparência e Divulgação de Informação

A Política de transparência e Divulgação de Informação tem por objectivo garantir a transparência e fácil compreensão do modelo de governação corporativa do BAI de acordo com requisitos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, estando assente nos seguintes princípios gerais:

• A informação de publicação obrigatória deverá ser divulgada de forma completa, correcta e atempada;

• Qualquer divulgação institucional que seja decidida efectuar sobre o Banco ao mercado deverá basear-se em informação completa, correcta,

actualizada e adequada;

• A prestação de informação deverá sempre obedecer às regras de sigilo bancário.

Cabe ao Conselho de Administração rever e actualizar a política anualmente ou sempre que necessário, designadamente quando existir uma alteração da informação de divulgação obrigatória.

B. Estratégia e Modelo de Negócio

A visão do BAI consiste em ser um grupo financeiro Angolano de referência, afirmando-se como um dos pilares do desenvolvimento da economia nacional, capaz de atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais e de criar valor para os seus accionistas e a sociedade. A visão assenta sobre 3 pilares que se consubstanciam, por sua vez, em 9 iniciativas estratégicas:

O objectivo da actuação sobre os pilares estratégicos no Modelo de Negócio do BAI reside i) na consolidação da liderança no mercado, ii) no reforço de medidas para assegurar a solidez e iii) no crescimento sustentado da instituição.

Neste sentido, o BAI tem desenvolvido a sua actividade com o objectivo de captar e prestar serviço de qualidade, defendendo a actual posição em Clientes chave e a diversificação da sua carteira de Clientes, tendo em conta as necessidades de grupos homogéneos, prestando atenção à banca de retalho, privada, corporativa e de investimentos.

Pilares Iniciativas

Consolidar e expandir a posição no mercado bancário angolano

Desenvolvimento de Políticas e Processos de Recursos humanos de Referência

Construção de plataforma de suporte de excelência transversal a negócios

e geografias

• Reforço do modelo organizativo • Gestão da transição dos sistemas de informação • Reforço da informação de gestão• Revisão e desenho dos processos chave

• Reforço das políticas e processos de RH

• Segmentação e redefinição do modelo de atenção e distribuição de serviços nas agências

• Reestruturação da função e processos de risco • Análise e criação de oportunidade em margens e comissões • O desenvolvimento de actividades de Banca de lnvestimento

27

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

O BAI aposta na sua penetração no mercado, mediante o lançamento de produtos e serviços inovadores. O desenvolvimento de produtos e serviços especializados por grupos homogéneos de Clientes tem permitido ao Banco partilhar soluções e criar sinergias na base da realização dos objectivos de negócio dos seus Clientes. As principais áreas de negócio são:

• Banca Corporativa e PME’s – refere-se essencialmente a operações de concessão de crédito e à captação de recursos relacionados com o segmento de Empresas e Instituições, incluindo diversos produtos, nomeadamente empréstimos, financiamento de projectos, de comércio e às exportações;

• Banca de Retalho: Particulares – refere-se essencialmente a operações de concessão de crédito e à captação de recursos relacionados com Clientes particulares, canalizadas pela rede de balcões e serviços disponibilizados por internet.

A política de crescimento da rede comercial do Banco assenta em princípios da sustentabilidade, tendo como foco a disponibilização dos serviços a todos os seus segmentos alvo. A prestação dos serviços e a disponibilização de produtos aos Clientes do Banco é feita através da rede de distribuição diversificada, e dividida em Agências universais, Centros de Atendimento às Empresas, Centros de Serviços Premium e Postos de Atendimento. O BAI actua também no sector de microfinanças através da sua filial BAI Micro Finanças, que permite prestar especial atenção aos grupos de Clientes com baixos rendimentos, bem como às micro e pequenas empresas.

O BAI entende que a boa governação corporativa é uma vantagem competitiva e um elemento diferenciador que sustenta dois eixos fundamentais da sua actuação: o direito dos accionistas e a transparência.

O BAI está ainda presente em Portugal e Cabo verde, tendo iniciado o processo de internacionalização em 1998 com a abertura do BAI Europa, que tem sido um suporte à sua capacidade em ser um canal privilegiado para o comércio internacional e de investimentos de e para Angola.

A captação dos melhores profissionais e o desenvolvimento dos recursos humanos, com o objectivo de constituir uma equipa de profissionais competentes e dinâmica, com estimada cultura de desempenho, orientada à satisfação das necessidades dos Clientes, é de elevada importância para o Banco, oferecendo uma gama de incentivos e subsídios e, no âmbito da formação profissional, é suportada pela Academia BAI. O Banco tem posicionado a função de recursos humanos como um elemento catalisador do crescimento institucional e no âmbito da sua política de motivação e retenção de recursos chave tem vindo a desenvolver um sistema de incentivos, a rever a sua política de remuneração e a implementar um sistema integrado de gestão de carreiras.

28

Presença Geográfica e Canais de Distribuição

CABINDA

ZAIRE uÍgE

BENgO

LuANDAKWANZANORtE

KWANZASuL

MALANgELuNDANORtE

LuNDASuL

BIÉ

MOxICO

KWANDO-KuBANgOCuNENE

huÍLA

NAMIBE

BENguELAhuAMBO

Agências

Postos de Atendimento

Centros de Atendimento Empresas

Private Banking e Canal BAI Directo

5

3

2

3

2

8

2

6

3

222

1

1

1

3

4

4

1

1

2

1

8

5

64

1

29

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

C. Responsabilidade Social

Ao longo dos anos, o BAI tem assumido iniciativas de desenvolvimento e implementação de vários projectos, suportados numa cultura de valores e disponibilidade endógena.Agimos com Respeito, Profissionalismo, transparência, Conduta Ética e Orientação ao Cliente com todos aqueles com quem interagimos e celebramos a nossa forma de ser. Nesse sentido, adoptamos uma atitude participativa, construtiva e cumprindo plenamente a sua responsabilidade social perante Accionistas, Clientes, Colaboradores, Fornecedores e Sociedade.

Saúde, Educação e Cidadania

temos uma atitude pró-activa com os aspectos mais importantes da sociedade Angolana.

Associação Solidariedade da terceira Idade (AStI). 8º Aniversário do Centro Escolar Beniamino, apresentação.

8º Aniversário do Centro Escolar Beniamino, saudação. Baianinhos no Dia da Criança.

30

Assinatura do protocolo Fundação BAI - Fenacult 2014.

BAI Arte 2014.

Mural BAI Night.

1º Prémio - união Sagrada Esperança, Rangel.

gabriel tchiema, Show do Mês BAI Night.

Cultura

temos uma atitude criativa.

31

03. EStRAtÉgIA E EStRutuRA ORgANIZACIONAL

Desporto

temos uma atitude de apostar nos novos valores.

Fazêmo-lo numa atitude de ambiente de família.

D. Marcas | Reconhecimento

Ao nível do reconhecimento internacional da nossa marca, destacamos a atribuição do prémio de melhor Banco em Angola em 2014 pela revista Euromoney, pela terceira vez consecutiva. também externamente o BAI foi considerado o melhor grupo financeiro pela World Finance.

uma vez mais o nosso esforço continua a ser reconhecido.

Sporting de Benguela, equipa feminina.

torneio interno futsal.

Equipa mista, Sporting de Benguela.

trumunu da Família BAI.

32

ENQUADRAMENTOMACROECONÓMICO

34

A. Contexto Internacional

A economia mundial registou uma aceleração nula em 2014, continuando a evidenciar crescimento económico díspar entre os principais países. O comércio internacional desacelerou ligeiramente quando comparado com o ano transacto, destacando-se o abrandamento nas trocas comerciais com as economias emergentes. No que concerne à inflação, esta manteve-se contida devido, sobretudo, à reduzida actividade económica verificada, aliada à redução substancial dos preços do petróleo no segundo semestre. A taxa de desemprego registou uma diminuição, com destaque para a evolução nos EuA. A taxa de câmbio, sobretudo do Euro/Dólar, apresentou flutuações superiores ao do ano transacto, tendo reflectido a melhoria dos fundamentos económicos nos EuA.

Crescimento Económico

As últimas estimativas apontam para um crescimento modesto da economia mundial de 3,3% em 2014 (3,3% em 2013). O produto interno bruto (PIB) das economias avançadas deverá ter avançado apenas 1,8% em 2014, enquanto que para as economias emergentes e em desenvolvimento estima-se um crescimento de 4,4%, sendo que a África Subsariana deverá crescer 4,8%.

Economias Avançadas

A economia dos EuA deverá ter registado no final de 2014 um crescimento na ordem de 2,4% (2,2% em 2013). Não obstante ter-se registado um crescimento negativo no primeiro trimestre do ano2, o desempenho da economia norte-americana nos restantes trimestres foi acima do esperado, tendo como base, essencialmente, o aumento nos gastos do consumo privado e do Estado, melhorias no mercado imobiliário, bem como o crescimento das exportações.

Ao longo do ano de 2014, o Federal Reserve System (FED) reconhecera melhorias nos indicadores económicos do país tendo concluído, em Outubro do mesmo ano, o fim do quantitative easing, após uma gradual retirada deste estímulo iniciada em Fevereiro.

taxa de Crescimento Real do PIB

Na Zona Euro o PIB real deverá ter crescido 0,8% em 2014 (negativos 0,5% em 2013). Após quatro trimestres consecutivos de um crescimento moderado, a Zona Euro registou um crescimento nulo no segundo trimestre do ano em análise, como resultado de um fraco desempenho das principais economias da região, nomeadamente: crescimento negativo da Alemanha e a estagnação económica em França. Contudo, nos dois últimos trimestres do ano, registou-se um crescimento moderado, assegurando uma aceleração do PIB no processo de recuperação económica da Zona Euro. Durante o ano em análise, a actividade na Zona Euro foi influenciada pelas medidas de política monetária acomodatícias, melhorias no processo de consolidação fiscal entre as economias da Zona Euro, reformas estruturais, bem como a redução do preço do petróleo.

Economias Emergentes e em Desenvolvimento

Estima-se que em 2014 o PIB das economias emergentes e em desenvolvimento tenha crescido em média apenas 4,4% (4,7% em 2013). Entre os factores que concorreram para esta desaceleração destacam-se: redução da procura externa nas economias avançadas; impacto negativo das tensões geopolíticas nas economias emergentes; queda do preço das commodities, bem como o crescimento mais lento da economia chinesa, nos últimos cinco anos.

4,9%

2,8%

-0,7% -0,5%

0,8%

1,2%

3,1% 3,3% 3,3%

4,3%3,6%3,5%

2,2%2,4%

4,7%4,4%

2012 2013 2014 2015 P

Economia Mundial Zona Euro EED EuAFonte: FMI

2 Causado pelas condições meteorológicas adversas e a redução acentuada nas exportações.

35

04. ENQuADRAMENtO MACROECONÓMICO

Com excepções da Índia (que deverá registar um crescimento 0,8% acima ao do ano anterior), a China, Rússia, Brasil e a África Subsaariana deverão registar taxas de crescimento mais baixas do que verificadas em 2013. Na China perspectiva-se um crescimento na ordem de 7,4% (7,8% em 2013). No primeiro semestre assistiu-se à implementação de medidas fiscais e monetárias de suporte à actividade económica, na sequência de um quadro de crescimento económico abaixo do perspectivado, verificado no primeiro trimestre do ano. tais medidas, aliadas a um aumento considerável na rubrica de exportação, permitiram um desempenho mais vigoroso da economia chinesa na segunda metade do ano.

Na Rússia a projecção do crescimento económico na ordem de 0,6% (1,3% em 2013) está baseada, essencialmente, nos impactos da redução dos preços de petróleo, bem como na intensificação das tensões geopolíticas registadas ao longo do ano em análise. A depreciação do rublo, como consequência destes acontecimentos e das sanções económicas impostas ao país pelos Estados unidos e união Europeia, exerceu igualmente um impacto negativo na economia russa.

Na Índia estima-se que o PIB terá crescido 5,8% em 2014 (5,0% em 2013). O crescimento da actividade económica neste país foi positivamente influenciado pelo aumento de “business confidence”, bem como pelo fortalecimento da actividade industrial desde as eleições de Maio de 2014.

No Brasil estima-se que em 2014 a economia tenha crescido apenas 0,1% (2,5% em 2013). Esta desaceleração da actividade económica reflecte factores como a fraca competitividade, baixo “business confidence”, condições financeiras mais apertadas3, bem como enfraquecimento do consumo interno.

Na África Subsariana estima-se, que a economia da região deverá ter crescido 4,8% em 2014 (5,2% em 2013). No primeiro semestre do ano a actividade foi bastante forte, suportada pela procura interna e exportações, bem como gastos públicos e investimento privado. Contudo, no segundo trimestre, a actividade económica na região foi negativamente influenciada pela redução dos preços das commodities, impactos do surto de Ébola, bem como a fraca actividade económica na África do Sul, em particular, e mundial, em geral.

Desafios da Economia Mundial

Da análise feita à conjuntura económica actual, o FMI destaca um conjunto de riscos que pairam sobre a economia mundial, nomeadamente: i) incerteza em relação ao nível de estabilização do preço de petróleo; ii) possibilidade de evolução adversa das condições nos mercados monetários e financeiros mundiais – essencialmente no decurso do processo de normalização da política monetária dos EuA; iii) riscos de deflação na Zona Euro e iv) riscos geopolíticos.

Inflação

Em 2014 estima-se que a inflação mundial tenha recuado, relativamente ao ano transacto, como resultado da reduzida actividade económica bem como da diminuição dos preços das commodities.

Inflação

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0

2012

Fonte: FMI

2013 2014 P 2015 P

Economias Avançadas África SubsarianaEconomias Emergentes

9,0%

6,6% 6,7% 7,0%

5,7%

1,0%

5,9%5,4%

1,4% 1,4%

6,1%

2,0%

Nas economias mais avançadas, a fraca actividade económica revelou-se insuficiente para reduzir consideravelmente o negativo hiato de produto, facto este, que aliado à redução dos preços das commodities4 esteve na base da taxa de inflação de 1,4%. Relativamente às economias emergentes e em desenvolvimento, não obstante a reduzida actividade económica global e a redução dos preços das commodities, estima-se que o nível geral dos preços terá aumentado na ordem de 5,4%, pressionado pelo efeito combinado dos constrangimentos da capacidade económica, aliado à deterioração da taxa de câmbio.

3 Aumento das taxas de juro em Abril de 2014.4 Devido, essencialmente, a melhorias do lado da oferta e redução do lado da procura.

36

Emprego

A fraca actividade económica mundial tem afectado a criação e a manutenção de postos de trabalho em economias emergentes e em desenvolvimento, mas é nas economias avançadas, sobretudo em alguns países da Zona Euro, onde o impacto foi mais vigoroso. Segundo o FMI, a taxa de desemprego em 2014 para as economias avançadas deverá atingir 7,3%, menos 0,6 pp relativamente ao ano transacto.

Desemprego

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

2012 2013 2014 P 2015 P

Fonte: FMI EuA Zona Euro

11,4%

8,1%

11,9%

7,4%

11,6%

6,3%

11,2%

5,9%

Nos EuA embora a taxa de desemprego continue alta, ela caiu de 7,4% em 2013 para 6,3% em 2014, beneficiando de forte crescimento económico registado a partir do segundo trimestre do ano em análise. Na Zona Euro a fraca actividade económica continuou a afectar adversamente a criação de emprego. O desemprego na Zona Euro continua a um nível muito alto (11,6%), sendo que a Grécia com 25,8%, seguida da Espanha com 24,6%, registaram as taxas mais altas, enquanto Áustria e Alemanha registaram as mais baixas taxas, com 5,0% e 5,3%, respectivamente.

No japão a taxa de desemprego deverá situar-se perto de 3,7% em 2014, representando um recuo de 0,3 pp relativamente ao ano transacto.

Taxas de Câmbio

O ano em análise ficou marcado por alguma instabilidade no mercado cambial. O Dólar dos Estados unidos (uSD) apreciou-se 10,0% face ao Euro, tendo o câmbio situado-se em 1,23 EuR/uSD, em Dezembro de 2014.

taxa de Câmbio (EuR/uSD)

1,37 1,38 1,36

1,29

1,23

1,451,401,351,301,251,201,151,101,051,00

Dez. 13 Fev. 14 Abr. 14 jun. 14 Ago. 14 Out. 14 Dez. 14Fonte: Banco de Portugal

No final do primeiro semestre de 2014 a taxa de câmbio EuR/uSD tinha variado apenas -0,8% (face à cotação de Dezembro de 2013), atingindo uSD 1,36 por um Euro. Esta ligeira desvalorização do Euro ficou a dever-se, sobretudo, aos desenvolvimentos relativos às expectativas acerca da política monetária na Zona Euro.

No segundo semestre de 2014 o Euro depreciou-se consideravelmente face ao Dólar dos Estados unidos (9,3%), como resultado de uma série de factores, tais como: i) redução da taxa Refi em Setembro para 0,05%; ii) expectativa de introdução de medidas de política monetária não convencionais; iii) crescimento económico abaixo do esperado; iv) risco de deflação; v) desempenho económico acima do esperado nos EuA; vi) gradual retirada do quantitative easing nos EuA; vii) anúncio, feito pelo FED, do possível aumento das taxas de juro em 2015.

37

04. ENQuADRAMENtO MACROECONÓMICO

A moeda depreciou-se face à maioria das principais moedas, reflectindo um ambiente de actividade económica abaixo do esperado na Zona Euro.

Taxas de Juro

Em 2014 os Bancos centrais de diversas economias importantes continuaram a manter as suas taxas de juro muito baixas na tentativa de estimular a actividade económica afectada pelo saneamento das contas públicas.

Nos Estados unidos, o FOMC5 reiterou a manutenção do FED Funds Rate6 entre 0% e 0,25%, mesmo depois do fim do programa de compra de activos, evocando a necessidade de fortalecimento da recuperação económica depois do fim do quantitative easing.

taxas de juro

0,40%

0,35%

0,30%

0,25%

0,20%

0,15%

0,10%

0,05%

0,0%Dez. 13 jan. 14 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 jun. 14 jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14

0,23%

012%0,07%

0,24%

0,25%

0,08%0,05%

Euribor 3M Libor 3M FED Funds Refi RateFonte: www.global-rates.com

Na sua última reunião do ano, o FED, salientou que a manutenção do nível das taxas de juro entre 0% e 0,25% dependerá do progresso registado relativamente à obtenção do objectivo de pleno emprego e de inflação na ordem de 2%. A instituição reiterou a necessidade de contínua monitorização de indicadores do mercado de trabalho, pressões inflacionistas, expectativas de inflação, bem como indicadores do mercado financeiro, com o intuito de controlar a rapidez com que se atinjam as metas pretendidas, com vista à normalização da política monetária.

Na Zona Euro após ter permanecido em 0,25% desde Novembro de 2013, a Refi baixou para 0,15% em junho de 2014, tendo recuado mais 10 p.p. para se fixar em 0,05% em Setembro de 2014. Esta redução foi efectuada tendo em conta uma série de factores, tais como: i) evolução negativa do objectivo da taxa de inflação de médio e longo prazo (2%); ii) fraca actividade económica na Zona Euro; iii) fraca actividade creditícia. Para além da redução da taxa directora, ao longo do ano em análise, o BCE efectuou duas reduções da taxa de facilidade permanente de depósito e da taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez, tendo estas atingido -0,2% e 0,3%, respectivamente. O BCE terminou o ano anunciando a introdução de medidas de política monetária não convencionais no primeiro trimestre de 2015.

B. Contexto Nacional

Em 2014 a economia Angolana cresceu menos face ao ano transacto, condicionada, essencialmente, pelo crescimento negativo do sector petrolífero e pelo desenvolvimento menos vigoroso do sector não-petrolífero.

As políticas monetárias e cambiais adoptadas pelas autoridades monetárias permitiram reduzir a taxa de inflação abaixo da inicialmente prevista, para o ano em análise, bem como controlar as oscilações da taxa de câmbio e promover a “kwanzalização” da economia. Não obstante o saldo superavitário da balança comercial, as reservas internacionais líquidas (RILs) diminuíram, devido sobretudo à redução das receitas do petróleo.

5 FOMC (Federal Open Market Operation Committee) é o órgão do FED responsável por operações de mercado aberto que, através de mecanismos específicos, influencia a taxa Fed Funds Rate.

6 Fed Funds Rate: taxa de juro de referência para empréstimos entre Bancos, normalmente com duração de um dia (overnight).

38

Crescimento Económico

As mais recentes projecções do governo indicam uma taxa de crescimento do PIB na ordem de 4,7% em 20147 (5,1% em 2013), resultante do crescimento real do sector não petrolífero na ordem de 8,2% (6,5% em 2013) e do crescimento real negativo do sector petrolífero em 2,6% (-0,9% em 2013), evidenciando-se, por um lado, uma desaceleração considerável do sector petrolífero e por outro a continuação, embora que a um ritmo menos acelerado, da dinâmica de diversificação da economia. Estima-se que os sectores mais dinâmicos da economia Angolana em 2014 tenham sido o sector da energia com uma taxa de crescimento na ordem de 17,3%, agricultura (11,9%), indústria transformadora (8,1%), sector de construção (8,0%) e serviços mercantis (8,0%).

taxa de Crescimento Real do PIB (%)

2012P 2013 2014 (OgE) 2013 (FMI) 2014 (FMI) 2015 (FMI)2015 (OgE Revisto)

6,8%6,6%4,7%5,1%

-0,9% -2,6%

5,6%

4,3%

6,5%8,2%

9,8%

3,9%5,9%5,2%

5,3%

PIB PIB Petrolífero PIB Não Petrolífero

O abrandamento do crescimento do sector petrolífero relativamente ao ano transacto ficou a dever-se, essencialmente, no primeiro semestre, à diminuição da produção de barris de petróleo em alguns blocos petrolíferos e, no segundo semestre, à queda acentuada do preço do barril de petróleo.

Relativamente ao desempenho do sector não-petrolífero, durante o ano em análise, o executivo continuou a implementar medidas que visam a diversificação económica e a dinamização deste sector, tido como fundamental para a criação de postos de emprego. Como exemplo dessas medidas, até 31 de Dezembro de 2014, foram aprovados financiamentos no âmbito do Programa Angola Investe no valor de AKZ 76 mil milhões, dos quais AKZ 41 mil milhões tinham sido disponibilizados, correspondentes à criação de 55 mil empregos.

Inflação

Durante o período em análise o BNA fez uso de instrumentos de política monetária e cambial, sobretudo de venda e compra de divisas no sentido de conter as pressões inflacionistas, essencialmente relativas à importação.

No final do ano em análise a inflação acumulada registou um nível histórico, ao atingir em Dezembro a taxa de 7,48% (7,69% em 2013), não obstante os aumentos do preço médio de combustível – de 25% em Setembro e de 20% em Dezembro – provocado pela retirada do subsídio ao preço deste importante factor de produção.

Em Outubro de 2014 as classes de despesa que mais contribuíram para o nível de inflação em 2014 foram: “alimentação e bebidas não alcoólicas” (37,1%); “bens e serviços diversos (12,8%)”; “vestuário e calçado” (12,2%); “mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” (10,5%) e “transportes” (7,49%).

7 Não obstante as taxas de crescimento estarem aquém dos níveis que se registaram nos períodos pré-crise, é de se salientar que a taxa agora estimada é superior às previstas, quer para a África do Sul e para a Nigéria bem como para o bloco da África Subsaariana, ao qual os dois referidos países fazem parte.

8 A distribuição dos financiamentos foi dominada por três sectores, nomeadamente: o sector da indústria transformadora e extractiva (51%), a agricultura (13%) e o sector de construção com 6%.9 Este programa contempla bonificação de taxas de juro e a prestação de garantias públicas a empresas que reúnam certos requisitos, tais como possuir certificação do Instituto Nacional de Apoio às Pequenase Médias Empresas (INAPEM), possuir 75% do capital social Angolano e apresentar projectos ligados às áreas especificadas.

39

04. ENQuADRAMENtO MACROECONÓMICO

Inflação últimos 12 meses

Taxas de Câmbio

Em 2014 o Kwanza desvalorizou-se 5,37% face à moeda norte-americana, tendo atingido em Dezembro a taxa média de referência de 102,86 Kwanzas por um Dólar dos Estados unidos.

Reservas Internacionais Líquidas e taxas de Câmbio (AKZ/uSD)

No primeiro semestre do ano registou-se uma apreciação ligeira da moeda nacional relativamente ao Dólar dos Estados unidos (0,04%), reflectindo assim o bom curso do processo de “kwanzalização” da economia. No entanto, no segundo semestre verificou-se uma depreciação de 5,07% da moeda nacional face ao Dólar, pressionada por combinação de factores tais como: a boa dinâmica económica nos EuA; a redução das receitas petrolíferas e por conseguinte das RILs; a finalização da dotação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA); e o método de cálculo da taxa média de referência do câmbio. A flutuação derivada do último factor, mencionado acima, foi eliminada com a introdução, em Novembro, do diploma que restringe a venda de moeda estrangeira aos Bancos comerciais por parte das empresas petrolíferas.

Taxas de Juro

Em 2014 as taxas de juro directoras exibiram uma tendência ligeiramente descendente, com excepção feita à taxa de facilidade de absorção de liquidez. A taxa básica (BNA) manteve-se inalterada em 9,25% no primeiro semestre, tendo registado uma redução de 0,50 p.p. em julho, seguido de um aumento de 0,25 p.p. em Outubro para se situar em 9,00% em Dezembro. A redução da taxa BNA no final do período reflecte, essencialmente, a tendência descendente, do índice de preços no consumidor, verificada ao longo do ano.

A taxa de Cedência de Liquidez reduziu 0,50 p.p. tendo-se situado no final do período em 9,75%, seguindo de perto a evolução da taxa básica. Relativamente à taxa de Absorção de Liquidez, esta passou de 0,75% em Dezembro de 2013 para 1,25% (Fevereiro), 1,50% (Abril) e 1,75% em Maio de 2014, mantendo-se inalterada até ao final do ano, conferindo aos Bancos uma fonte alternativa de aplicação de eventual excesso de liquidez.

9%

8%

7%

6%

5%

4%

3%

2%

1%

0%

Dez. 13 jan. 13 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 jun. 14 jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14

Fonte: INE

7,69%7,32%

6,89% 7,19% 7,48%

30.945 30.837 29.57427.029

26.513

MIL

ES D

E u

SD

AKZ

/ uS

D

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0

105,00

100,00

95,00

90,00

85,00

80,00

75,00

97,62 97,61 97,5898,33

102,86

Dez. 13 Mar. 14 jun. 14 Set. 14 Dez. 14

Fonte: BNA RILs AKZ/uSD

40

taxas de juro de Referência (%)

Fonte: BNAtaxa BNA Facilidade de Absorção Overnight

RedescontoFacilidade de Cedência Overnight

16,00%

14,00%

12,00%

10,00%

8,00%

6,00%

4,00%

2,00%

0,00%

Dez. 13 jan. 14 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 jun. 14 jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14

Evolução das taxas Luibor (%)

Fonte: BNA

12,00%

10,00%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0%Dez. 13 jan. 14 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 jun. 14 jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14

Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses 9 Meses 1 Ano

Relativamente à evolução das taxas de juro interbancárias em 2014, a Luibor Overnight, que reflecte as transacções efectivas realizadas no mercado interbancário, aumentou 30,6%, situando-se em 6,15% no final do período em análise (4,71% em 2013). Esta evolução deriva, essencialmente, do aumento das taxas dos bilhetes do tesouro aliado a maior necessidade de financiamentos para cobertura de liquidez, por parte de alguns Bancos do sistema.

tendência ascendente foi igualmente verificada para as maturidades de 1 a 6 meses, conforme se observa no gráfico acima, sendo de realçar as evoluções registados nas taxas Luibor para os prazos de 3 e 6 meses, que aumentaram em termos relativos 10,5% e 9,6%, tendo-se situado no final de Dezembro em 8,29% e 8,89%, respectivamente.

No mercado financeiro primário as taxas dos instrumentos de captação de liquidez do Estado, nomeadamente Obrigações de tesouro (Ot) e Bilhetes de Tesouro (BT), tiveram comportamentos diferentes. As taxas de juro das OT’s indexadas ao câmbio mantiveram-se no mesmo nível que no ano transacto, enquanto as emitidas em moeda nacional não reajustáveis apresentaram valores ligeiramente acima10. As taxas dos BT’s aumentaram em todas maturidades ao longo do ano, não obstante a redução verificada no primeiro trimestre. Este aumento prendeu-se essencialmente com o incremento das necessidades de tesouraria do Estado na sequência da redução das receitas petrolíferas. Relativamente aos títulos do Banco Central (tBC) o BNA não fez emissão deste instrumento em 2014.

Contas Públicas

De acordo com o Orçamento geral do Estado 2015 Revisto (OgE 2015 Revisto), o governo estima para 2014 uma arrecadação de receitas fiscais na ordem de AKZ 4.322,8 mil milhões (35,6% do PIB), das quais AKZ 2.961,9 mil milhões corresponderam a impostos petrolíferos (25,8% do PIB) e AKZ 1.128,2 mil milhões a impostos não-petrolíferos (9,8% do PIB). As despesas fiscais realizadas (excluindo amortização da dívida e constituição de activos) cifraram-se em AKZ 4.682,4 mil milhões (40,7% do PIB), dos quais as despesas correntes representaram 28,3% do PIB e as relacionadas com a aquisição de activos não-financeiros representaram 12,4% do PIB. Na rubrica variação de atrasados espera-se um saldo positivo na ordem de AKZ 753,0 mil milhões (AKZ 323,5 mil milhões em 2013).

10 Os leilões das OT´s indexadas são de quantidades e os de OT’s não reajustáveis são de preço.

41

04. ENQuADRAMENtO MACROECONÓMICO

De acordo com o documento citado acima a conta pública registou um saldo orçamental global (compromisso) deficitário, na ordem de AKZ 359,6 mil milhões, enquanto o saldo global caixa deverá registar um défice de AKZ 393,4 mil milhões, a ser financiado com recurso a fontes internas11 (AKZ 647,0 mil milhões) e externas (AKZ 253,6 mil milhões). No que tange a financiamentos com recurso às OT’s e BT’s, no decurso do ano em análise, os montantes totais emitidos ascenderam a AKZ 241,6 mil milhões e AKZ 480,8 mil milhões, resultando num stock, no final do ano, de AKZ 1.509,7 mil milhões e AKZ 374,8 mil milhões, respectivamente.

vários desenvolvimentos tiveram impacto nas contas públicas em 2014 dos quais destacamos i) a retirada de parte da subvenção ao combustível, que permitiu ao executivo reduzir as despesas com o subsídio ao preço do combustível abaixo de 3,7% do PIB em 2014 (5% em 2013); ii) a entrada em vigor da nova pauta aduaneira, em Março de 2014, que para além de promover a diversificação económica e incentivar a produção nacional, objectiva sobretudo o aumento das receitas fiscais do Estado; ii) a execução do Projecto Executivo para a Reforma tributária (PERt) que visa o aumento das receitas fiscais do Estado e, em particular, o aumento das receitas não petrolíferas. Dados mais recentes publicados pelo Ministério das Finanças indicam que desde o ano da sua implementação registou-se um aumento de 89,9% nas receitas fiscais não petrolíferas, passando de AKZ 594 mil milhões em 2010 para AKZ 1.128 mil milhões em 2014.

OgE Estrutura Funcional da Despesa

10,9% 11,8% 11,2%

8,7% 6,3%

17,9%

20,3%

13,2%11,8% 11,9%

4,3% 5,7%

8,0%

10,5%

6,2%

25,0%

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

Serviços Públicosgerais

Defesa, Segurançae Ordem Pública

Sector Económico Operações da Dívida Pública

Sector Social Fonte: MinFin

2013

2014

2015

Relativamente à distribuição funcional da despesa, a maior verba foi atribuída ao Sector Social (20,3%), Sector Económico (11,9%), seguindo-se os Serviços Públicos gerais (11,8%), Defesa, Segurança e Ordem Pública (11,2%) e Operações da Dívida Pública (8,0%). O maior volume das despesas destinadas ao sector social tem como base a necessidades de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento que prioriza os sectores da saúde, bem como a educação e ensino.

Contas Externas

Em Setembro de 2014 o valor acumulado das exportações cifrou-se em AKZ 4.586,3 mil milhões (AKZ 4.922,6 mil milhões em Setembro de 2013), enquanto o das importações situou-se em AKZ 2.078,5 mil milhões (AKZ 1.873,8 mil milhões em Setembro de 2013), resultando num saldo da balança comercial de AKZ 2.507,8 mil milhões.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, de janeiro ao mês de Setembro de 2014, os principais destinos das exportações Angolanas foram: a China (50,1%), Índia (7,9%), Canadá (5,2%) e taiwan (4,6%). Os principais países de origem das importações Angolanas foram Portugal (18,4%), China (12,3%), Estados Unidos da América (7,2%) e Emiratos Árabes Unidos (5,4%). Ainda no período em referência, as categorias de produtos que registaram maior volume de importações foram: Máquinas, Equipamentos e Aparelhos (22,3%); veículos e Outros Materiais de transporte (13,5%); Metais Comuns (12,0%) e Agrícolas (9,3%).

Contas Monetárias

Durante o período em análise os Activos Externos Líquidos diminuíram 4,9%, devido sobretudo à redução de 9,7% nas RIL, que em termos absolutos suplantou um aumento de 148,3% na rubrica de Outros Activos Externos Líquidos.

Os Activos Internos Líquidos aumentaram 64,6% face ao ano transacto, como reflexo do aumento dos depósitos (na ordem dos 19,3%) e a redução do Crédito às Empresas Públicas em 10,2%. Adicionalmente verificou-se que o Crédito à Economia aumentou 1,8%12, enquanto o Crédito ao Sector Privado cresceu 2,1%.

11 O governo obteve de um sindicato bancário uma linha de crédito de uSD 500 milhões em Maio e contraiu em junho divida não titulada convertível em Obrigações de tesouro no valor de AKZ 150 mil milhões.12 De notar que em Novembro de 2014 o crédito à economia crescerá 17,2% sendo que o BESA era o segundo maior credor do sistema bancário com um peso de 19,1%.

No entanto, na sequência da restruturação do balanço do BESA, em Dezembro de 2014, o seu peso reduzirá para 11,8%, tendo-se registado uma redução de 36,8% no crédito concedido ao sistema financeiro.

42

Em 2014, o agregado monetário amplo, M3, cresceu 15,7%, resultado da combinação do crescimento dos Activos Internos Líquidos e da redução dos Activos Externos Líquidos. O agregado monetário M2 expandiu 15,9%, devido, essencialmente, à subida dos Depósitos a Prazo em Moeda Nacional (30,7%), enquanto o agregado monetário M1 registou um crescimento na ordem de 19,1%, resultante, sobretudo, do aumento de 29,2% nos Depósitos à Ordem em Moeda Nacional.

AKZ Mil Milhões Dez. 13 Dez. 14 Δ%

(A) Meios de Pagamento (M3) 4.435 5.135 15,8%

= B + C = F + g

(B) Meios de Pagamento (M2) = D + E 4.383 5.082 15,9%

(D) Moeda (M1) 2.578 3.085 19,7%

Notas e Moedas em Poder Público 276 340 22,9%

Depósitos à Ordem - MN 1.467 1.896 29,3%

Depósitos à Ordem - ME 835 850 1,7%

(E) Quase-Moeda 1.805 1.997 10,6%

Depósitos a Prazo - MN 899 1.163 29,4%

Outras Obrigações - ME 2 5 128,2%

Depósitos a Prazo - ME 904 829 -8,4%

(C) Outros Instrumentos Financeiros 52 53 1,8%

Empréstimos e Acordos de Recompra - MN 20 17 -13,8%

Empréstimos e Acordos de Recompra - ME 32 36 11,4%

AKZ Mil Milhões Dez. 13 Dez. 14 Δ%

(F) Activos Externos Líquidos 3.115 2.962 -4,9%

Reservas Internacionais Líquidas 3.021 2.727 -9,7%

Outros Activos Externos Líquidos 95 235 148,3%

(g) Activos Internos Líquidos = h + I 1.320 2.173 64,6%

(H) Crédito Interno Líquido 2.277 3.089 35,7%

Crédito ao governo geral (650) 111 117,1%

Crédito à Economia 2.927 2.978 1,8%

Crédito às Empresas Públicas 86 77 -10,2%

Crédito ao Sector Privado 2.841 2.901 2,1%

(I) Outros Activos e Passivos (957) (917) -4,3%

Durante o ano em análise, a Base Monetária13 expandiu 6,7%, explicada, essencialmente, com base nos aumentos nas rubricas de “Notas e Moedas em Circulação” (16,5% face ao ano transacto), e de “Depósitos das Entidades Financeiras” (1,3% face ao ano transacto). A Reserva Monetária14 registou uma expansão na ordem de 5,7%. Este aumento deveu-se sobretudo ao incremento da Base Monetária referido acima. O Multiplicador Monetário15 cresceu 9,5%, passando de 3,78 para 4,14, reflectindo o crescimento do M3 superior à expansão da Reserva Monetária.

Sector Real

Durante o ano de 2014 a economia Angolana deu continuidade à sua trajectória de diversificação económica. Os sectores de actividade económica, como da energia, agricultura, indústria transformadora, construção e serviços mercantis, continuaram a crescer, reduzindo o peso do sector petrolífero que passou de 40% do PIB em 2013 para 37,4% em 2014.

13 Base Monetária é a variável operacional da política monetária do BNA que inclui Notas Emitidas, Caixa no Banco Central e Depósitos dos Bancos no Banco Central.14 A Reserva Monetária inclui a Base Monetária, Outros Depósitos no BNA e tBCs em Poder dos Bancos Comerciais.15 O Multiplicador Monetário estima a variação nos meios de pagamentos (M3) em função de uma variação na Reserva Monetária – Multiplicador = M3/Reserva Monetária.

43

04. ENQuADRAMENtO MACROECONÓMICO

Contudo, em 2014 a redução do peso do sector petrolífero no PIB nacional prendeu-se, essencialmente, com uma performance negativa do sector. O sector petrolífero voltou a contrair no ano em causa, registando um crescimento negativo de 2,6% (0,9% em 2013) devido, sobretudo, à combinação de factores restritivos à produção nacional e à redução do preço do barril de petróleo no segundo semestre do ano.

Produção de Petróleo 2014

5.000

0

1.732 1.911

2013

1.600 1.886

1º trim 14

1.690 1.949

3º trim 14

1.6751.152

4º trim 14

1.653 1.911

2014

1.646 1.895

2º trim 14

Angola

Nigéria

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério das Finanças e pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em 2014 a produção média diária de petróleo atingiu 1,65 milhões de barris por dia – representando uma ligeira redução comparativamente ao ano transacto (1,73 milhões de barris por dia) – tendo sido vendida a um preço médio na ordem de uSD 100 por barril. À semelhança do ano transacto, o país16 continuou a ser o segundo maior exportador de petróleo para a China, com um peso de 14% das importações de petróleo deste país, precedido apenas pela Arábia Saudita com 16%.

Porém, não obstante a evolução abaixo do esperado para o ano, o sector ganhou uma nova e promissora dimensão com a inauguração do projecto CLOv, uma unidade Flutuante de Armazenamento, Produção e Descarga de Petróleo com capacidade para armazenar 1,78 milhões de barris. A actividade de prospecção e produção no sector petrolífero foi positiva, tendo resultado na maior descoberta de petróleo até a data na camada do pré-sal no poço Orca do bloco 20, na bacia do rio Kwanza. Foram também registadas novas descobertas nos Bloco 15 e 22, ao longo da costa do país, onde constam os poços Ochigufu e Locosso, respectivamente.

Sector Financeiro

Em 2014 os depósitos de Clientes no sistema cresceu 15%, reflectindo um aumento da massa monetária proveniente da criação da moeda via i) compra de moeda estrangeira e ii) expansão de crédito concedido pelo conjunto dos Bancos (ao governo e à economia) na ordem de 26,8%. Paralelamente a taxa de bancarização situou-se em torno de 55% da população adulta.

Contudo, e não obstante a expansão da actividade creditícia, o resultado líquido do sistema caiu aproximadamente 52,1% afectado, sobretudo, pelo aumento dos custos administrativos e de comercialização, aliado ao aumento substancial (210,9%) dos custos com as provisões para o crédito de liquidação duvidosa17, reflectido na deterioração do rácio de incumprimento, que passou de 9,8% no final de 2013, para 17,4%18 em Novembro de 2014.

Relativamente à rendibilidade dos Bancos, em Novembro de 2014 registou-se uma redução nos indicadores ROA e ROE, atingindo valores de 0,45% e 3,51%, respectivamente (contra 1,4% e 10,9% no ano transacto). Na base desta redução da rendibilidade esteve a diminuição dos resultados, causada essencialmente pelo aumento das provisões, resultante da deterioração da qualidade da carteira de crédito dos Bancos, nomeadamente o Banco Espírito Santo Angola (BESA). Relativamente ao rácio de transformação18, verificou-se uma tendência ascendente, passando este de 63,3% em 2013, para 69,4% no final de 2014.

No que concerne à concorrência do sistema bancário, num universo de 24 instituições bancárias licenciadas, quatro19 representaram 62% da quota de mercado dos depósitos (redução em 0,5 pontos percentuais face a 2013).

Durante o ano de 2014 o governo de Angola e o Banco Nacional de Angola continuaram a introduzir um conjunto de normas de natureza cambial, fiscal, monetária, prudencial e comportamental que visaram garantir a sustentabilidade do sistema, convergência às normas internacionais de referência, transparência das instituições, eficiência dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, e implementação eficaz do processo de desdolarização da economia.

16 Do total das exportações efectuadas, aproximadamente 50,1% foram destinados para a China.17 O caso BESA teve um grande impacto.18 Rácio de transformação = Crédito à Economia / total de Depósitos.19 BAI, BFA, BPC, BIC e BESA.

44

Em Fevereiro o BNA emitiu o Instrutivo nº 1/14 que reduz a taxa de incidência sobre os depósitos e títulos em moeda nacional de 15% para 12,5%, sinalizando o objectivo de aumentar os recursos financeiros disponíveis para o crédito à economia, bem como continuar a influenciar a redução dos custos de intermediação financeira. Contudo, no final do ano em análise o BNA anunciou o aumento da mesma taxa para 15%, a vigorar a partir de janeiro de 2015, sinalizando uma política mais restritiva, tendo em conta o actual cenário macroeconómico provocado pela queda do preço de petróleo.

No decurso do ano em análise, o BNA procedeu ainda à introdução de uma nova família de moedas metálicas do Kwanza e à retirada de circulação das notas da série de 1999.

Mercados de Capitais

Em 2014 deu-se continuidade ao processo de criação do mercado de capitais no país. Neste âmbito, no início do ano, foi criada a Bolsa da Dívida e valores de Angola (BODIvA), sociedade gestora de mercados regulamentados, responsável pela implementação do ambiente de negócios, tornando possível a transacção no mercado secundário de títulos do tesouro, obrigações corporativas, acções, unidades de participação de fundos de investimentos e outros valores mobiliários. Em Dezembro do ano em análise foi concluída a instalação da plataforma electrónica da bolsa, que permitirá dar início às transacções de instrumentos de dívida pública, sendo este o primeiro estágio das operações no mercado de capitais no país. A seguir ao mercado de dívida pública serão implementados: o mercado de dívida corporativa, o mercado do segmento dos fundos de investimento, o mercado de acções, o mercado de futuros, entre outros diplomas de suporte ao mercado.

No quadro abaixo destacam-se algumas das normas importantes que entraram em vigor em 2014.

Data de Publicação Objecto

Aviso nº 01/2014 3-Fev-14 Regula as operações de importação e exportação de moeda estrangeira.

Instrutivo nº 01/2014 24-Fev-14 Determina o ajuste às regras de apuramento e cumprimento das Reservas Obrigatórias.

Instrutivo nº 02/2014 19-Mar-14 Estabelece as regras e procedimentos de registo no SINOC de Operações de Invisíveis Correntes.

Aviso nº 02/2014 28-Mar-14 Estabelece os requisitos mínimos de informação sobre os serviços e produtos financeiros que devem ser disponibilizados ao público.

Instrutivo nº 03/2014 3-Abr-14 Determina o ajuste dos mecanismos de operacionalização do mercado cambial, em particular do mercado secundário de divisas.

Instrutivo nº 04/2014 15-Mai-14 Define as tabelas que compõem o precário a divulgar pelas instituições financeiras.

Instrutivo nº 05/2014 15-Mai-14 Determina as obrigações das instituições emissoras e/ou aderentes de cartões de pagamentos.

Aviso nº 03/2014 12-Ago-14 Alteração da redacção do ponto 1 do artigo 11º do Aviso nº 19/12 sobre a liquidação das operações cambiais de importação, exportação e reexportação de mercadorias.

Aviso nº 04/2014 12-Ago-14 Determina o processo simplificado para o pagamento de importação de mercadorias.

Aviso nº 05/2014 1-Out-14 Autoriza a constituição das Sociedades Prestadoras de Serviços de Pagamentos.

Aviso nº 06/2014 1-Out-14 Regula a prestação de Serviços de Pagamentos.

Instrutivo nº 06/2014 3-Out-14 Estabelece os valores limites da prestação de serviços de pagamento.

Aviso nº 07/2014 8-Out-14 Estabelece os procedimentos a adoptar pelas operadoras petrolíferas nas operações de venda de moeda estrangeira.

Aviso nº 08/2014 1-Dez-14 Determina o período de circulação das notas e moedas da série 1999.

Instrutivo nº 07/2014 3-Dez-14 Determina o ajuste das regras de apuramento e cumprimento das Reservas Obrigatórias.

Aviso nº 09/2014 10-Dez-14 Estabelece as normas e princípios que regem a publicidade dos produtos e serviços financeiros.

Aviso nº 10/2014 10-Dez-14 Regula as características e os requisitos das garantias das quais as instituições financeiras são beneficiárias.

Aviso nº 11/2014 17-Dez-14 Estabelece os requisitos específicos para as operações de crédito efectuadas pelas instituições financeiras.

Aviso nº 12/2014 17-Dez-14 Regula o processo de constituição de provisões das instituições financeiras.

Aviso nº 13/2014 24-Dez-14 Estabelece os procedimentos de transferências para o exterior de lucros ou dividendos dos inves-tidores privados externos.

Aviso nº 14/2014 24-Dez-14 Determina os procedimentos para o licenciamento e registo da importação de capitais.

ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS

46

Em 2014 a actividade do Banco foi marcada pelo aumento do volume de activos, aumento da carteira de créditos, crescimento da rede comercial bem como a conclusão do processo de definição da segmentação de Clientes.

A. Banca Corporativa e PMEs

Durante 2014 foram abertos mais 3 (três) canais especializados ao atendimento de empresas, duas localizadas em Luanda e uma em Cabinda, totalizando 10 (dez) que se encontram distribuídos estrategicamente pelo país. O número de Clientes do segmento banca corporativa e PME´s situou-se em 35.893, um aumento de 5.240 (+17%) relativamente ao exercício de 2013 (30.653 Clientes).

Carteira de Depósitos

Em 2014 houve um aumento do volume de depósitos da carteira afecta ao segmento Corporativo e PME´s, contrariamente ao ano anterior. Os depósitos deste segmento ascenderam a AKZ 714.603 milhões, o que representa um aumento de 1,3% relativamente ao ano de 2013 (AKZ 705.652 milhões). Os depósitos representavam 75% do total da carteira de depósitos.

Composição dos Recursos de Clientes Corporativos e PME’s

Corporativos e PMEs

Recursos de Clientes

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

1.000.000

800.000

600.000

400.000

0

79%

815.204902.936 950.917

78%75%

No final de 2014, 72% dos depósitos do segmento banca corporativa e PME´s eram mantidos à ordem, registando um aumento de 15 pontos percentuais relativamente ao ano 2013. Os depósitos à ordem deste segmento situaram-se em AKZ 515.811 milhões.

Os depósitos a prazo do segmento corporativo e PME’s atingiram AKZ 198.792 milhões, registando uma diminuição de AKZ 100.358 milhões relativamente ao ano de 2013. Os depósitos a prazo deste segmento representam 28% do total de depósitos, uma diminuição de 14 (catorze) pontos percentuais face a 2013 devido à desmobilização dos depósitos neste segmento que não foram compensadas com as novas emissões no final de 2014.

Depósitos por Produtos - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

299.150DP; 42%

406.502DO; 58%

Depósitos por Produtos - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2014 (Milhões AKZ)

198.792DP; 28%

515.811DO; 72%

A moeda nacional representou maior peso nos depósitos deste segmento, tendo-se situado em 56%, contra 51% verificado em 2013. A redução do nível de dolarização da economia fazem-se reflectir na diminuição do peso da moeda estrangeira bem como a kwanzalização da economia, representando 44% do total da carteira de depósitos deste segmento.

Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

361.370ME; 51%

344.282MN; 49%

Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2014 (Milhões AKZ)

397.824MN; 56%

316.779ME; 44%

47

05. ENQuADRAMENtO DA ACtIvIDADE POR SEgMENtOS

Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s

Dezembro 2013 (Milhões AKZ)

222.019DO - MN; 31%

176.887DP - ME; 25%

122.263DP - MN; 17%

184.483DO - ME; 26%

Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s

Dezembro 2014 (Milhões AKZ)

121.574DP - MN; 17%

276.249DO - ME; 39%

239.562DO - MN; 34%

77.218DP - ME; 11%

Carteira de Crédito20

O crédito concedido ao segmento de corporativo e PMEs situou-se em AKZ 354.193 milhões, que compara com AKZ 240.017 milhões registados em 2013, representando um aumento de 48% no ano, com destaque para o financiamento concedido ao Ministério das Finanças por um sindicato de instituições bancárias. O crédito concedido a este segmento representa 87% do total do crédito concedido.

O crédito de médio e longo prazo situou-se em AKZ 244.855 milhões, registando um aumento de 69% relativamente ao ano anterior. O crédito de curto prazo aumentou 37%, situando-se em AKZ 109.339 milhões, tendo o peso passado de 33% em 2013 para 31% em 2014.

Crédito - Banca Corporativa e PME’s vs Carteira de Crédito

MIL

ES D

E A

KZ

Banca Corporativa e PME´s

total

450.000400.000350.000300.000250.000200.000150.000100.00050.000

0Dez. 13 Dez. 14

84%

284.668

406.440

87%

20 Inclui crédito vincendo, vencido e juros a receber.

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2014 (Milhões AKZ)

244.854M/L Prazo; 69% C/ Prazo; 31%

109.339

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

160.289M/L Prazo; 67% C/ Prazo; 33%

79.728

48

Crédito por Moeda - Banca Corpotativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ)

Crédito por Moeda - Banca Corpotativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ)

97.254ME; 41% MN; 59%

142.764 134.153ME; 38% MN; 62%

220.040

B. Banca de Retalho: Particulares

O Banco deu continuidade ao processo de segmentação da sua carteira de Clientes, visando atingir a excelência em todos os segmentos com particular destaque nos segmentos de maior valor.

Em 2014 o Banco atingiu 125 balcões de atendimento especializado para a rede de retalho, e 2 (dois) balcões de atendimento especializado para Clientes Private. O BAI teve a necessidade de abertura de mas 6 (seis) balcões para a rede de retalho e 1 (um) balcão Private, denominado Centro de Serviços Premium Academia BAI, dos quais 63 balcões da banca de retalho estão localizados em Luanda e 53 no resto do país. A rede de postos de atendimento estendeu-se para 9 (nove), distribuídos em locais de grande relevância comercial. Estes postos representam extensões de balcões da rede de retalho e visam alcançar a satisfação das necessidades dos Clientes em locais onde pouco justifica a abertura de um balcão normal. Durante o ano o número de Clientes do segmento particulares, incluindo Clientes Private, aumentou 71.658 (+14%), comparativamente ao registado em 2013, tendo atingido um total de 599.598 Clientes.

O BAI continuou o esforço no sentido de oferecer produtos inovadores ao mercado e que sirvam as necessidades dos seus Clientes.

O volume de negócios (depósitos mais crédito) do segmento de particulares aumentou em 19%, atingindo um montante de AKZ 288.560 milhões, que compara com os AKZ 241.935 milhões registados em 2013. Este aumento reflecte-se na diversificação e na criação de novos produtos e serviços.

Carteira de Depósitos

No final de 2014 a carteira de depósitos do segmento de particulares situou-se em AKZ 236.451 milhões, representando 25% do total dos depósitos do Banco. Este valor situou-se acima do registado em 2013 (AKZ 197.284 milhões), evidenciando a importância do segmento de particulares na estratégia de diversificação da carteira.

Depósitos Particulares vs Carteira de Depósitos

MIL

ES D

E A

KZ

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.00

0Dez. 13 Dez. 14 Dez. 14

21% 22% 25%

815.204

902.936950.917

Particulares

Recursos de Clientes

A carteira de depósitos à ordem da Banca de Retalho – Particulares situou-se em AKZ 121.139 milhões, representando um aumento de 13% face ao registado em 2013 (AKZ 110.786 milhões). Os depósitos a prazo representavam 49% do total de depósitos deste segmento, totalizando AKZ 116.465 milhões, o que representou um aumento de 28% face ao ano anterior, devido ao aumento das taxas de juros e melhor margem financeira.

49

05. ENQuADRAMENtO DA ACtIvIDADE POR SEgMENtOS

Depósitos por Moeda - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

Depósitos por Moeda - ParticularesDezembro 2014 (Milhões AKZ)

Os depósitos em moeda nacional (MN) representavam 54% dos depósitos de Clientes particulares, ascendendo os AKZ 127.236 milhões. Este valor reflecte um crescimento de 44% face ao verificado em 2013 (AKZ 87.564 milhões). Os depósitos em moeda estrangeira situaram-se em AKZ 109.077

milhões (46% do total), o que representa uma diminuição de 1% face ao registado no final de 2013 (AKZ 109.720 milhões).

109.720ME; 52% MN; 48%

87.564 109.077ME; 46% MN; 54%

127.236

Depósitos por Moeda e Produto - ParticularesDezembro 2014 (Milhões AKZ)

Depósitos por Moeda e Produto - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

DO - ME; 26%51.611

DP - ME; 29%58.109

DO - ME; 18%42.676

DP - ME; 28%66.402

DP - MN; 14%28.389

DO - MN; 30%

59.175

DP - MN; 21%48.773

DO - MN; 33%

78.463

Carteira de Crédito

A carteira de crédito de Clientes particulares situou-se em AKZ 52.247 milhões, registando um aumento de 17% relativamente ao final de 2013 (AKZ 44.651 milhões). Em 2014 a carteira crédito de Clientes particulares representou 13% no total da carteira de crédito concedido pelo Banco, reduzindo o seu peso em 3 pontos percentuais relativamente ao exercício anterior devido à procura, amortização de crédito e o efeito de volume na carteira.

Crédito - Particulares

Dez. 13 Dez. 14

450.000400.000350.000300.000250.000200.000150.000100.00050.000

0

13%

MIL

ES D

E A

KZ total

Particulares284.668

406.440

16%

Depósitos por Produto - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

110.786DO; 56% DP; 44%

86.498

Depósitos por Produto - ParticularesDezembro 2014 (Milhões AKZ)

121.139DO; 51% DP; 49%

115.175

50

Crédito por Prazo - ParticularesDezembro 2014 (Milhões AKZ)

Crédito por Prazo - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

36.444ME; 82% MN; 18%

8.207

45.331M/L Prazo; 87%

C/ Prazo; 13%6.916

Crédito por Moeda - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

27.735ME; 62% MN; 38%

16.915

Crédito por Moeda - ParticularesDezembro 2014 (Milhões AKZ)

26.562MN; 51% ME; 49%

25.685

C. Banca de Investimentos

A carteira de crédito sob a gestão da banca de investimentos, ascendia os AKZ 279.718 milhões, remunerados a uma taxa média ponderada de 11,17% ao ano dos quais 82,41% encontram-se em situação normal, 9,88% em situação vencida e 7,72% foram abatidos do activo. Comparativamente ao ano anterior houve uma diminuição de 9%, e 1% para os créditos em situação normal, e para os créditos que foram abatidos do activo houve um aumento de 9,12% para os créditos em situação vencida. Estes dados são parte integrante do total da carteira de crédito detalhado em outros capítulos.

O sector do Estado, imobiliário e o industrial, ascenderam a, respectivamente, AKZ 117.824 milhões, AKZ 102.254 milhões, e AKZ 15.140 milhões.

Sector de Actividade 2013 2014

Estado 0% 42%

Imobiliário 51% 37%

Industrial 9% 5%

Outros 40% 16%

total da carteira (em AKZ milhões) 170.025 279.718

A carteira por prazo residual apresenta créditos maiores para projectos com períodos residuais superiores a 5 anos, representando 49% do crédito total. Para os prazos inferiores a 5 anos a distribuição é relativamente equilibrada, com alguma relevância para o prazo superior a 1 ano e inferior a 2 anos, que registou um saldo de AKZ 73.251 milhões.

A Banca de Investimentos apresenta uma carteira de crédito associada a diferentes níveis de risco classificados de A a g, sendo a classe A menos arriscada e a g a mais arriscada. Sobre os níveis de riscos destaca-se o nível A, correspondente a um risco nulo, com 53% da carteira em 2014, o que revela uma boa ponderação do Banco na atribuição de financiamentos ao Estado.

D. Banca Electrónica

O contínuo esforço do Banco na busca de novas soluções electrónicas, para proporcionar uma maior satisfação dos serviços prestados ao Cliente, através da criação de produtos e canais atractivos e cómodos para todo o segmento, tem aumentado de forma expressiva o número de Clientes com acesso à banca electrónica.

51

05. ENQuADRAMENtO DA ACtIvIDADE POR SEgMENtOS

BAI Directo

Os serviços de BAI Directo são caracterizados por um conjunto de soluções disponibilizadas aos Clientes através do telemóvel e Internet, designados por Mobile Banking e Internet Banking. Neste segmento a preferência continua ser o Mobile Banking a representar maior número de Clientes. A carteira de Clientes aderentes aos serviços em 2014 aumentou 34.003 Clientes, mais 27% face a 2013.

Clientes com Acesso ao BAI Directo

Terminais Bancários

Em 31 de Dezembro de 2014 encontravam-se activos 321 AtM e 2.539 tPA, comparativamente aos 292 AtM e 2.196 tPA activos em 2013, o que representa um crescimento de 10% e 16%, respectivamente.

terminais Bancários BAI

Cartões de Pagamento

O ano ficou marcado pelo contínuo crescimento dos cartões de débito Multicaixa. Os cartões activos registaram um aumento de 23% comparativamente a 2013, atingindo 202.484 cartões. Em 2014 o BAI atingiu um rácio operacional de 43,07%, mais 2,07% que o ano anterior, com uma quota de mercado de 11%.

Cartões de Débito Multicaixa

Dez. 14

Dez. 13

Dez. 12

2.539

321

500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000-

2.196

292

2.040

264

470.105

359.897

202.484

50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000-

Dez. 14

Dez. 13

Dez. 12

399.244

286.033

164.131

340.266

269.497

145.115

Cartões válidos

Cartões vivos

Cartões Activos

100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%

38%

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

62%

36%

64%

37%

63%

87.573 125.992 159.995

Internet Banking

Mobile Banking

52

Relativamente aos cartões de crédito da rede visa verificou-se um aumento de 5% do número de utilizadores, registando 6.959 cartões de crédito válidos comparativamente aos 6.646 de 2013. Face à posição competitiva do Banco neste segmento, pretende-se continuar a melhorar o produto, fidelizar os nossos Clientes através de novas soluções financeiras, oferecendo um serviço diferenciado no contacto cliente e Banco, através do BAI Directo.

Cartões de Crédito

O cartão de débito pré-pago Kamba tem sido um produto muito solicitado pela sua característica de fundos próprios e de pagamentos vinculados a conta à ordem dos Clientes. O BAI tem vindo a incentivar aos seus Clientes a adesão ao cartão pré-pago, garantindo uma maior comodidade nas suas operações através de processos eficientes e eficazes de adesão e carregamento. Neste contexto, em 2014 o Banco alcançou a cifra de 63.471 cartões vivos, um aumento de 43% em relação ao ano 2013 (44.243).

Cartões Débito vISA

29.958

44.243

63.471

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0

6.618 6.646 6.959

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

7.0006.0005.0004.0003.0002.0001.000

0

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

54

A formação do grupo financeiro de referência, a diversificação da actividade do grupo, bem como a sua internacionalização, constituem vectores importantes na estratégia do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2014 o BAI detinha três filiais no sector financeiro bancário, nomeadamente BAI Europa S.A. (BAIE), BAI Micro Finanças S.A. (BMF) e o BAI Cabo verde (BAI Cv), detendo ainda uma participação minoritária no Banco Internacional de São tomé e Príncipe (BIStP). No sector financeiro não bancário o Banco detém o controlo da companhia Nova Sociedade de Seguros de Angola (NOSSA Seguros), da SAESP (Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado) e da Fundação BAI.

As participações encontram-se detalhadas na nota 9 do anexo às Demonstrações Financeiras.

BAI Europa

O Banco BAI Europa, S.A. (BAIE) iniciou sua actividade em Portugal em 1998 como sucursal do BAI S.A. Em 2002 alterou o seu estatuto jurídico de sucursal para filial, tendo como principal accionista o Banco Angolano de Investimentos, S.A., que detém 99,9% do seu capital social, com sede em Lisboa e escritório no Porto.O Banco manteve sem alteração os elevados padrões de rigor na gestão dos riscos do negócio, em particular do risco de crédito, sem prejuízo de procurar aproveitar todas as oportunidades que, dentro dos perfis de risco aceitáveis, se vão deparando especialmente no quadro das relações económicas entre os dois países. No final de 2014 a carteira de crédito a Clientes reduziu 20%, situando-se em EuR 93,9 milhões (AKZ 11.760 milhões). As aplicações em instituições de crédito, crédito a Clientes e as disponibilidades em outras instituições de crédito representam 95% do activo total, que totalizou EuR 698,7 milhões (AKZ 87.480 milhões).Os capitais próprios atingiram os EuR 64,7 milhões (AKZ 8.194 milhões) no final do ano, mais 5 % do que em 2013, com os rácios de solvabilidade e Common Equity Tier 1 a situarem-se em, respectivamente, 19,6% e 19,4%, bastante acima dos valores mínimos regulamentares.A actividade em 2014 permitiu gerar um resultado líquido de EuR 3,6 milhões (AKZ 458 milhões), mais 4% comparativamente a 2013, explicado pela conjugação dos seguintes factores:

• Diminuição da margem financeira de 1,8%, reflectindo o processo de desalavancagem do balanço que tem vindo a ser compensada com a variável preço;

• Redução das provisões e imparidades líquidas constituídas em 54%, para EUR 305.503 (AKZ 38 milhões);

• Redução dos custos de transformação em 1% para EUR 3,5 milhões (AKZ 440,8 milhões), esforço permanente na adaptação da estrutura à actividade sem comprometer o equilíbrio operacional e o cumprimento das exigências regulamentares e legais. Consequentemente o agravamento do rácio cost-to-income de 36,5% para 38,6% em 2014 resultou exclusivamente da redução do produto bancário.

BAI Micro Finanças

O Banco BAI Micro Finanças, S.A. (BMF), com sede em Luanda, foi constituído em 19 de Fevereiro de 2004 e iniciou a sua actividade a 20 de Agosto de 2004. O BMF tem por objecto social o exercício da actividade bancária nos termos e dentro dos limites definidos pelo BNA. O BAI detém o controlo accionista e a gestão do Banco com uma participação no seu capital de 96,79% do capital.

Nos últimos exercícios o BMF apresentou resultados negativos consecutivos e encontra-se actualmente em incumprimento quanto aos requisitos mínimos de fundos próprios regulamentares. Neste contexto, o BAI tem apoiado a actividade deste Banco através da realização de aumentos de capital e tem vindo a reconhecer imparidades nas suas contas individuais, encontrando-se em curso o estudo de medidas para a resolução da situação.

BAI Cabo Verde

O Banco BAI Cabo verde (BAI Cv), com sede na cidade da Praia, foi inaugurado em 21 de Novembro de 2008, com um capital social de 2.331 milhões de escudos de Cabo verde (CvE), numa parceria entre o BAI S.A, o grupo Sonangol e a SOgEI. Para além da cidade da Praia, o Banco está também presente nas Ilhas Sal e em São vicente, assegurando assim a sua presença nas principais praças financeiras do país, com um total de cinco Agências.

Em 2014 o activo líquido atingiu CvE 15.104 milhões, registando um aumento de 33% face a Dezembro de 2013. Esta variação positiva deriva essencialmente do aumento dos recursos de Clientes em 88% no ano, tendo atingido CvE 8.047 milhões. A carteira de crédito sofreu uma redução de CvE 164,2 milhões, principalmente devido às liquidações de créditos por via de dação em cumprimento, tendo os activos disponíveis para venda aumentado CvE 826 milhões, com reflexo na redução das imparidades para crédito. A taxa de transformação diminuiu de 114% em 2013 para 58,5% em 2014, devido ao aumento dos recursos de Clientes e a diminuição da carteira de crédito.

55

06. PARtICIPAçõES FINANCEIRAS

valores em milhões de CvEDez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Δ%

(Auditado) (Auditado) (Auditado) 2013/2012 2014/2013Activo Líquido 8.915 11.395 15.104 28% 33%

Crédito a Clientes 3.867 4.869 4.664 26% -4%

Recurso de Clientes 2.415 4.286 8.047 77% 88%

Capital Próprio 811 1.002 1.016 24% 1%

Margem Financeira 304 356 400 17% 12%

Produto Bancário 362 470 489 30% 4%

Custo de Estrutura 444 432 386 -3% -11%

Resultado Líquido -151 -139 13 -8% -109%

Cost to Income 123% 92% 79% -25% -14%

ROA -1% -1,2% 0,1% 22% -107%

ROE -6% -13,9% 1,3% 131% -109%

O Banco registou um resultado líquido positivo de CvE 13 milhões, correspondente a um aumento de 109% comparativamente a 2013, em que apresentou um resultado líquido negativo de CvE 139 milhões. A melhoria dos resultados decorreu (i) do aumento do produto bancário de 4% comparativamente a 2013, tendo atingido CvE 489 milhões em 2014, principalmente explicado pela melhoria da margem financeira em 12%, (ii) da redução dos custos de estrutura em 11%, situando-se em CvE 386 milhões, decorrente do esforço na adaptação da estrutura à actividade, e (iii) da redução dos custos com imparidades em 55%, tendo atingido CvE 69 milhões, principalmente devido às dações em pagamento (anteriormente explicadas).

BISTP - Banco Internacional de São Tomé e Príncipe21

A presença do BAI no arquipélago de São tomé e Príncipe mantém-se através da participação no Banco Internacional de São tomé e Príncipe (BIStP) desde 2004 com uma participação no capital social de 25%. O Banco tem a sede na cidade de São tomé, tendo como accionistas o Estado de São tomé e Príncipe, com 48%, e a Caixa geral de Depósitos de Portugal, com 27%.

O BIStP é o maior e mais antigo Banco do sistema financeiro santomense, tendo iniciado a sua actividade a 3 Março de 1993. Com características de um Banco universal, o BIStP centraliza a sua actividade nos segmentos de banca de retalho e corporativa.

O BIStP registou um resultado líquido de StD 31.897 milhões (AKZ 163 milhões) em 2014, representando um aumento de 5%, face ao ano anterior.

O produto bancário cresceu 1,17%, relativamente ao exercício anterior, registando StD 199 milhões (AKZ 1.027 milhões) em 2014. Esse resultado reflecte o bom desempenho da margem complementar, que cresceu 11% relativamente a 2013, tendo atingido os StD 79.838 milhões (AKZ 408 milhões) independentemente da ligeira diminuição da margem financeira, que diminui 4%, situando-se em StD 121.262 milhões (AKZ 619 milhões).

O activo líquido situou-se em StD 2.264 mil milhões (AKZ 11.557 milhões), mais 21% acima do verificado no ano transacto.

A carteira de depósitos evidenciou um aumento de 18%, situando-se em StD 1.735 mil milhões (AKZ 8.856 milhões). Relativamente às provisões registou-se uma diminuição de 32%, tendo atingido StD 96.899 milhões (AKZ 495 milhões) no final do exercício de 2014. O crédito a Clientes registou uma diminuição de 8%, atingindo o valor de StD 695.944 milhões (AKZ 3.553 milhões), conferindo ao Banco uma taxa de transformação acima dos 40,12% (2013: 49,24%).

NOSSA Seguros

A Nova Sociedade de Seguros de Angola, S.A. (NOSSA Seguros) foi constituída em 17 de Agosto de 2004, tendo como objecto social exclusivo exercer a actividade de seguro directo e de resseguro nos segmentos vida e não vida, com a amplitude permitida por lei.

Destacam-se como marcos na actividade em 2014 o reforço do seu património imobiliário com a aquisição de dois escritórios e a expansão da rede com a abertura de pontos de vendas no Porto Amboim, Soyo, Mulemba, Siac Ondijiva, aumentando de 16 para 20 o total dos pontos de vendas.

21 A informação financeira referente a 2014 é preliminar e não auditada.

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O resultado líquido atingiu os AKZ 297 milhões em 2014, apresentando um acréscimo AKZ 135 milhões relativamente a 2013. Esse acréscimo é consequência da diminuição da taxa de sinistralidade que passou de 33% para 31%, que se reflecte no aumento dos prémios e seus adicionais em 24%, registando AKZ 5.384 milhões em 2014 (2013: AKZ 4.230 milhões) e o aumento dos custos com sinistros em 5%, situando-se em AKZ 1.514 milhões (2013: AKZ 1.445 milhões).

O activo líquido atingiu AKZ 9.466 milhões no final do ano, apresentando um acréscimo de 18% em relação ao exercício anterior. A maior variação do activo reflecte-se na rubrica de Investimentos, que passou dos AKZ 2.799 milhões em 2013 para os AKZ 4.631 milhões em 2014. Do lado do passivo a carteira de provisões técnicas apresentou um aumento de AKZ 1.245 milhões comparativamente a 2013, registando AKZ 4.780 milhões em 2014.

Fundo de Investimento Privado de Angola22

O Fundo de Investimento Privado de Angola (FIPA) é o primeiro fundo de capital de risco (private equity) dedicado exclusivamente a investir em Angola. O FIPA assegura um modelo de boa governação e a sua conformidade com as melhores práticas internacionais.

O Fundo é uma parceria empresarial, limitada por acções constituídas ao abrigo das leis do grão-Ducado de Luxemburgo como sociedade de capital variável (“société d’investissement à capital variable”) – fundo de investimento especializado.

A sua estratégia de investimento visa investimentos individuais até uSD 8 milhões em capitais próprios, ou outros instrumentos de financiamento de longo prazo, em pequenas e médias empresas em Angola, incluindo projectos de expansão, management buyout, management buy-in, privatização e startups.

O FIPA angariou uSD 39 milhões de capital comprometido com uma maturidade de 10 anos, com a possibilidade de extensão de 2 anos. Os seus investidores incluem o BAI, Norfund, o Banco Europeu de Investimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Espanhol, o Fundo de Industrialização Dinamarquês para os Países em Desenvolvimento e o Banco Atlântico.

Em 30 de Setembro de 2014 o fundo tinha chamadas de capital relativo ao compromisso assumido de uSD 24,7 milhões (AKZ 2.058 milhões), isto é 63,44%, e investiu uSD 18,4 milhões (AKZ 1.818 milhões) do compromisso assumido. O justo valor do capital sob gestão é de uSD 18,5 milhões (AKZ 1.547 milhões), sendo que o justo valor do BAI situou se em uSD 4,7 milhões (AKZ 469 milhões).

22 A informação financeira referente a 2014 é não auditada.

Indicadores (Valores em milhares de AKZ)Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Δ%

(Auditado) (Auditado) (Auditado) 2013/2012 2014/2013

Demonstrações de Resultados

Prémios de Seguro Directo 3.154.684 4.230.112 5.383.738 34% 27%

Custos com Sinistros -1.049.387 -1.444.708 -1.513.539 38% 5%

Margem técnica de Seguro Directo 1.995.478 2.066.678 2.237.785 4% 8%

Resultado Líquido do Exercício 195.618 161.673 296.979 -17% 84%

Balanço

Capitais Próprios 1.283.971 1.469.545 1.803.497 14% 23%

Investimentos a Representar 2.474.710 2.798.311 4.631.048 13% 65%

Caixa e Depósitos à Ordem 538.038 1.001.563 487.280 86% -51%

Provisões técnicas 2.839.986 3.573.767 4.779.947 26% 34%

Activo total 7.410.695 8.035.724 9.466.048 8% 18%

Rácios

Rácio de Sinistralidade -33% -33% -31% 0% -7%

ROE 15% 12% 23% -20% 92%

Solvabilidade

Margem de Solvência 124% 132% 120% 6% -9%

Capitais Próprios/Activo total 17% 18% 19% 6% 4%

Cobertura das Provisões técnicas 139% 136% 123% -2% -10%

Nº de Colaboradores Efectivos 61 99 134 62% 35%

Nº de Agências/Pontos de vendas 5 17 21 240% 24%

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06. PARtICIPAçõES FINANCEIRAS

Durante o primeiro trimestre de 2014 o fundo conclui a aquisição da participação de 7,5% da grande Mídia Lda, através de sua subsidiária integral SPv Mediango. Esta operação foi concluída com a aprovação ANIP e emissão da respectiva licença de importação de capitais (LIC).

O Fundo desembolsou um total de uSD 6,6 milhões (AKZ 649 milhões) à Special Edition S.A., concedendo um financiamento em forma de contribuição de capital à SPv Mediango no valor de uSD 3 milhões (AKZ 295 milhões), utilizados para a aquisição de uma participação accionista de 7,5% na Big Media Lda. A 30 de Novembro de 2011 a FIPA celebrou um contrato de empréstimo com Lunam Limited e ASt no valor de uSD 1,25 milhões (AKZ 122.898 milhares), em que a FIPA era o credor e Lunam o mutuário, na qual permite à ASt adquirir uma participação de 70% na Rj-Industrial e Comercial Limitada. Em conformidade com os termos do acordo, o empréstimo será reembolsado em quatro parcelas. A primeira parcela foi recebida em 5 de Setembro de 2014, ascendendo a uSD 369.141 (AKZ 36,3 milhões), da qual uSD 312.500 (AKZ 30,7 milhões) refere-se a capital e uSD 56.566 (AKZ 5,6 milhões) a juros.

Durante o período em análise o FIPA assinou os acordos de investimento para a Fazenda girassol e a Betablocos. uma nova chamada de capital estava em curso, no valor de uSD 7,5 milhões (AKZ 737 milhões), correspondendo a 18,97% do capital comprometido total. Esta chamada de capital tem como principal objectivo financiar os desembolsos relacionados para a Fazenda girassol e Betablocos promoções.

No final do exercício o FIPA registou um total de contribuições em falta no valor de AKZ 1.186.704.295, na qual 30% é representado pelo BAI.

Investidores % Ownership

CompromissoAssumido (AKZ)

ContibuiçõesAcumuladas (AKZ)

ganhos ou PerdasAcumuladas (AKZ)

justo valor (AKZ) em 30/09/2014

Contribuiçõesem falta (AKZ)

Banco Angolano de Investimentos 25,64% 983.185.000 623.339.290 -155.343.230 468.979.245 359.845.710

Banco Atlântico 5,13% 196.637.000 124.864.495 -31.461.920 93.402.575 71.772.505

Norfund 25,64% 983.185.000 623.339.290 -155.343.230 468.979.245 359.845.710

European Investment Bank 15,38% 589.911.000 374.593.485 -93.402.575 281.190.910 215.317.515

IFu (Danish Investment Fund) 12,82% 491.592.500 311.669.645 -77.671.615 233.998.030 179.922.855

MA EC Spain 15,38% 589.911.000 374.593.485 -93.402.575 281.190.910 215.317.515

total 100,00% 3.834.421.500 2.057.806.205 -513.222.570 1.546.550.005 1.186.704.295

Fonte: FIPA 30/09/2014

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GESTÃO DO RISCO

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A gestão do risco é um elemento central na gestão da estratégia do BAI, através do qual identifica, avalia, monitoriza e controla sistematicamente os riscos inerentes ao negócio, visando garantir a conformidade legal, a confiança dos depositantes, parceiros e de outros stakeholders.

Principais desenvolvimentos em 2014:

• Criação da Comissão de Gestão do Risco;

• Desenvolvimento da função risco;

• Revisão do pricing das operações activas e passivas;

• Revisão da matriz de decisão de crédito;

• Definição das políticas de segurança da informação baseada nos standards ISO/IEC 27001;

• Workshop de sensibilização sobre a segurança de informação.

Adicionalmente foi realizada uma avaliação da qualidade dos activos pelo BNA com referência a 30 de junho de 2014. De uma forma geral as conclusões foram em linha com a política de reforço de provisões que o Banco já estava a seguir, tendo reflectido até 31 de Dezembro de 2014 as insuficiências identificadas com referência àquela data. Foram ainda identificadas algumas acções de melhoria de procedimentos a introduzir, cuja implementação foi contemplada no plano de acção do relatório sobre o sistema de controlo interno.

Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA)

A avaliação da qualidade dos activos (AQA) foi realizada pelo BNA, com recurso a auditores externos, entre Agosto de 2014 e janeiro de 2015, tendo abrangido 14 Bancos de forma simultânea e com base nas mesmas regras, tendo como principais objectivos:

• Promover a transparência, através do reforço da qualidade da informação disponível sobre a carteira de crédito das instituições financeiras;

• Fomentar a confiança no sistema financeiro nacional;

• Identificar áreas potencialmente problemáticas nas instituições financeiras;

• Garantir que os rácios de capital das instituições financeiras reflectem adequadamente o risco de crédito a que se encontram expostas;

• Definir um plano de acompanhamento adequado e aplicar medidas correctivas, nos casos em que tal se revele necessário.

A avaliação consistiu num exame do balanço dos Bancos seleccionados à data de 30 de junho de 2014 e do sistema de controlo interno, com uma abordagem baseada em factores de risco, centrada nas rubricas de Disponibilidades e aplicações de liquidez, Crédito e Outros activos. Os resultados preliminares da avaliação foram conhecidos em Dezembro, tendo sido posteriormente solicitadas análises adicionais, na sequência da publicação dos Avisos nº 10/14 de 10 de Dezembro e nº 11/14 e 12/14 de 17 de Dezembro. Os resultados finais da avaliação foram conhecidos no final do 1º trimestre de 2015, tendo o BNA solicitado aos Bancos seleccionados a apresentação de um plano de acção para mitigar as insuficiências identificadas.

A. Governo e Organização da Gestão e Controlo do Risco

Durante o período a que se reporta este relatório a gestão do risco foi realizada de forma integrada, liderada pela Comissão Executiva. As funções chave do sistema de gestão do risco são a CE, o Comité de Activos e Passivos (ALCO) e todas as áreas que estão afectas ao risco operacional:

Risco de taxa de juro, taxa de Câmbio, Liquidez e Solvência

Risco de Crédito

DBIALCO

(Comité)DAI

DAC DMF gCRO

DRC DPC gSI

gCL

Risco Operacional

Nota: ver o significado das siglas no organograma apresentado no capítulo sobre os Recursos humanos.

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07. gEStãO DO RISCO

No seguimento das directrizes do plano estratégico e das exigências dos Avisos nº 1 e 2 /13 de 19 de Abril, foram feitas alterações relevantes no modelo de governo de gestão e controlo de risco, com a aprovação pelo Conselho de Administração da constituição dos seguintes órgãos:

• Comissão de Gestão do Risco (explicada no capítulo do modelo de governação corporativo);

• Direcção de Gestão do Risco (DGR), com dependência hierárquica e funcional da Comissão de Gestão do Risco, assegurando-lhe maior autonomia e liberdade no exercício das suas funções, com a seguinte estrutura orgânica:

Departamento de Risco de Crédito

e Contraparte

Departamento de Risco

Operacional

Departamento de Risco de Balanço,

Mercado e taxas

Direcção de gestãodo Risco

A Direcção de gestão do Risco (DgR) tem como missão identificar, avaliar, monitorizar, controlar e prestar informações de todos os riscos relevantes da actividade desenvolvida pelo Banco, conforme o previsto no artigo 11º do Aviso nº 2/2013, de 19 de Abril. A sua actividade terá início em 2015.

O processo de documentação do sistema de gestão do risco, ou seja a forma como é efectuada a comunicação e divulgação das políticas e procedimentos de riscos a toda a estrutura do Banco, pode ser apresentado da seguinte forma esquemática:

Órgão Função Formalização

Conselho de AdministraçãoLinhas gerais de Orientação do Sistema de gestão de Risco e Definição do Perfil

de Risco do BancoPolítica de gestão de Risco

Comissão de gestão de RiscoAvaliação da Eficácia do Sistema de

gestão do Risco e Supervionar a Função de gestão de Risco

Normas Internas

Função de gestão de Risco Identificação, Avaliação e Acompanhamento dos Riscos

Áreas Funcionais Controlo Efectivo dos Riscos Manuais de Procedimentos Internos

B. Risco de Mercado e de Liquidez

O risco de mercado refere-se à probabilidade de perdas no valor das posições no balanço e/ou em extrapatrimoniais resultantes da variação dos preços de mercado, que tipicamente engloba riscos atinentes à taxa de juro dos instrumentos registados na carteira de negociação, da taxa de câmbio, do preço de acções e das commodities.

A gestão deste conjunto de riscos é definida pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO), e conta com as unidades de estrutura (Direcção de Mercados Financeiros, Direcção de Crédito e Direcção da Banca de Investimentos) para realocação e/ou tomada conveniente de fundos, tendo em vista os limites e directrizes definidas pelo ALCO.

O ALCO é presidido pelo Presidente da Comissão Executiva e integra os administradores e directores responsáveis pelas áreas Financeira, Planeamento, Contabilidade, Comercial e Marketing.

As deliberações do Comité são monitorizadas por um departamento de gestão de risco, que por sua vez, é responsável pelo acompanhamento da actividade das direcções tomadoras de risco e do cumprimento das políticas e normas de gestão de risco.

A origem e avaliação dos riscos de taxa de juro, taxa de câmbio e liquidez é concentrada numa única área (DMF). No entanto, a supervisão é feita ao nível do ALCO. Com a implementação da função autónoma de gestão do risco será assegurada a segregação efectiva destas actividades.

62

Em 2014, alguns dos principais desenvolvimentos da gestão de risco do balanço incluíram:• Revisão dos limites do rácio de transformação;

• Desenvolvimento de um modelo de determinação das taxas de juro activas;

• Revisão do modelo que calcula o limite de exposição às contrapartes.

Políticas de Gestão de Riscos e Limites de Competência Definidos:

• A realização de quaisquer operações nos referidos mercados tem como principais objectivos:

• Assegurar níveis de liquidez adequados;

• Gerir de forma adequada os riscos associados às actividades da sala de mercados;

• A maximização dos proveitos provenientes dos activos monetários disponíveis no Banco;

• A minimização dos custos associados ao funding do Banco;

• A satisfação das necessidades dos Clientes, bem como as decorrentes da realização das restantes operações do Banco;

• A maximização dos lucros cambiais;

• A maximização da rendibilidade das carteiras de negociação do Banco;

• A Comissão Executiva autoriza, dentro dos limites normais de prudência, que o Departamento da Sala de Mercados incorra nos riscos resultantes da tomada de posições, enquadradas numa política activa, eficiente e rentável, no sentido de servir os Clientes do Banco, operando de uma forma profissional nos centros financeiros em que actua.

A tomada e a manutenção de posições de risco deverá ter como principal linha de orientação a procura das oportunidades dos mercados, atendendo à sua permanente evolução, e devendo as mesmas posições serem de curto prazo e comunicadas ao Director da Direcção de Mercados Financeiros (DMF) e ao administrador do pelouro, sempre que tomem um carácter mais longo.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez consiste no risco do Banco não dispor de fundos suficientes para satisfazer as suas responsabilidades monetárias, especialmente no curto prazo. Os limites e as linhas orientadoras definidas para a gestão deste risco definem a assunção de uma posição conservadora na gestão da liquidez.

A gestão da liquidez é definida pelo ALCO que determina as estratégias e limites que servem de base para monitorização e controlo do risco de liquidez. A gestão diária está a cargo da Direcção de Mercados Financeiros (DMF), que é responsável pela gestão operacional da liquidez sob acompanhamento da Comissão Executiva.

O risco de liquidez é controlado com recurso à análise de gaps de liquidez. Estes representam os activos e passivos distribuídos por períodos de maturidade residual (comportamental no caso dos depósitos à ordem), ilustrando desta forma os fluxos de pagamentos e recebimentos ao longo do horizonte temporal das operações. Adicionalmente também são analisados os rácios de transformação, os rácios de concentração dos depósitos e o balanço por moeda.

63

07. gEStãO DO RISCO

gap de Liquidez em 31 de Dezembro de 2014

Análise de gAP de Liquidez

2 dias 2 semanas 1 mês 2 meses 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Mais de 5 anos total

valores em milhões de AKZ

Disponibilidades 70.762 2.878 5.449 7.370 7.907 12.768 24.127 59.131 641 8.019 199.053

Aplicações de Liquidez

0 56.262 70.752 62.717 11.327 5.127 8.463 0 0 2.090 216.738

títulos e valores Mobiliários

0 561 18 10.396 14.214 31.422 50.379 39.502 74.537 11.124 232.153

Créditos 4.620 17 1.986 0 472 13.954 87.359 47.233 76.901 132.919 365.461

Outros Activos (t) 9.989 0 144 0 0 0 13.609 0 0 63.926 87.668

total do Activo 85.372 59.719 78.349 80.483 33.921 63.271 183.937 145.866 152.079 218.077 1.101.072

Depósitos à Ordem -645 -4.195 -4.841 -9.077 -11.582 -35.191 -123.274 -448.144 0 0 -636.950

Depósitos a Prazo -13.878 -14.379 -34.423 -45.758 -47.695 -63.189 -66.208 -25.235 -491 -2.710 -313.967

Captações para Liquidez

0 0 0 0 -10.287 0 0 0 0 0 -10.287

Outros Passivos (t) -3.103 -577 -3.512 -2.218 -0 -3 -7.612 -9.177 -0 -11 -26.213

total do Passivo -17.626 -19.151 -42.776 -57.053 -69.565 -98.384 -197.094 -482.556 -491 -2.721 -987.417

gAP 67.746 40.568 35.572 23.430 -35.644 -35.113 -13.158 -336.690 151.587 215.356 113.655

gAP Acumulado 67.746 108.314 143.886 167.316 131.672 96.559 83.402 -253.289 -101.701 113.655 0

O gap acumulado em 31 de Dezembro de 2014 apresentava-se positivo para as maturidades até um ano, implicando que o Banco tem liquidez para honrar com as suas responsabilidades quando estas se tornem exigíveis sem necessidade de recurso a outras formas de financiamento. Por outro lado, nas estratégias de gestão e activos e passivos, o Banco mantém uma carteira de activos líquidos significativos face à natureza e composição dos depósitos. No global, os activos mais líquidos (disponibilidades e as aplicações de liquidez) representavam 38% do activo líquido (2013: 49%).

a. Risco de Taxa de Juro

trata-se do risco resultante das variações adversas nas taxas de juro e, concomitantemente, nos prémios ou descontos dos câmbios a prazo das moedas em causa. Este risco resulta da não coincidência dos prazos de vencimento dos recebimentos e pagamentos numa determinada moeda, aumentando o crescimento do gap – diferença entre o total de recebimentos e o total de pagamentos, com vencimentos no período respectivo.

O risco de taxa de juro é avaliado com base em análise de mapas de gap de taxa de juro e duration gap com o objectivo de avaliar os impactos na rentabilidade sempre que se verificarem tais variações. Para efeitos destas análises, consideram-se apenas os activos e passivos sensíveis à variação das taxas de juro.

gap de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2014

Análise de gAP de taxas de juro

2 dias 2 semanas 1 mês 2 meses 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Mais de 5 anos total

valores em milhões de AKZ

Aplicações de Liquidez 0 56.262 70.752 62.717 11.327 5.127 8.463 0 0 2.090 216.738

títulos e valores Mobiliários 0 561 18 10.396 14.214 31.422 50.379 39.502 74.537 11.124 232.153

Créditos 6.246 22 2.116 1.36 2 705 15.084 90.719 56.571 79.748 153.867 406.440

total do Activo 6.246 56.846 72.886 74.475 26.247 51.633 149.561 96.072 154.285 167.080 855.331

Depósitos a Prazo -13.878 -14.379 -34.423 -45.758 -47.695 -63.189 -66.208 -25.235 -491 -2.710 -313.967

Captações para Liquidez 0 0 0 0 -10.287 0 0 0 0 0 -10.287

total do Passivo -13.878 -14.379 -34.423 -45.758 -45.512 -75.660 -66.208 -25.235 -491 -2.710 -324.254

gAP -7.631 42.467 38.463 28.718 -19.266 -24.027 83.353 70.837 153.794 164.370 531.077

gAP Acumulado -7.631 34.836 73.298 102.016 82.750 58.724 142.076 212.913 366.707 531.077 0

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Earning at Risk (EaR)

O EaR representa as variações previsionais na margem financeira, resultantes de alterações do nível das taxas de juro sobre os saldos de recursos e aplicações. O Banco usa os gaps de taxas de juro para quantificar o valor que deixaria de ganhar caso houvesse uma mudança adversa das taxas de juro.

Com base na situação patrimonial no final de Dezembro 2014 e, simulando-se uma diminuição das taxas de juro de 250 pontos base (2,5%), a margem financeira poderia ser reduzida em AKZ 3.552 milhões no período de um ano.

Earning at Risk (EaR)

2D 2S 2M1M 3M 6M 1A

0

MIL

ES D

E A

KZ

-2.084

-3.552

EAR Acumulado (-250pb) EAR (-250pb)

b. Risco Cambial

O risco cambial resulta da manutenção de uma determinada posição em aberto em moeda estrangeira, pelo facto de quaisquer variações adversas nas taxas de câmbio do mercado poderem originar prejuízos reais ou potenciais. É considerada uma posição em aberto qualquer situação em que as responsabilidades globais por liquidar, numa determinada moeda, não são iguais ao respectivo montante global a receber nessa moeda.

A percepção do risco cambial aumentou de modo considerável em 2014. As alterações na taxa de câmbio uSD/AKZ foram as maiores dos últimos dois anos, especialmente desde julho de 2014, influenciada pela descida do preço do petróleo, tendo em Dezembro de 2014 verificado a maior variação mensal (1,86%) dos últimos 30 meses.

variação Mensal da taxa de Câmbio

2,00%

1,50%

1,00%

0,50%

0,00%

-0,50%

-1,00

jun.

12

jul.

12A

go. 1

2S

et. 1

2O

ut. 1

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ez. 1

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3Fe

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3ju

l. 13

Ago

. 13

Set

. 13

Out

. 13

Nov

. 13

Dez

. 13

jan.

14

Fev.

14

Mar

. 14

Abr

. 14

Mar

. 14

Abr

. 14

Mai

. 14

jun.

14

jul.

14A

go. 1

4S

et. 1

4O

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4N

ov. 1

4D

ez. 1

4

De modo a gerir este risco, o Banco recorre ao modelo do valor em Risco (VaR) mensal da taxa de câmbio:

• O VaR da taxa de câmbio representa a perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, resultante da evolução desfavorável da taxa de câmbio durante um mês, na reavaliação da exposição cambial.

• A determinação do valor em risco resultante das alterações da taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos (moeda estrangeira mais representativa do balanço) em termos de moeda nacional é feita com base nos métodos histórico e normal ou paramétrico.

tendo em conta a exposição cambial em 31 de Dezembro de 2014, o VaR (a 30 dias com 99% de confiança) determinado pelo método histórico é de AKZ 926 milhões e o valor em risco determinado pelo método normal ou paramétrico é de AKZ 848 milhões, isto é, o Banco deixaria de ganhar no máximo AKZ 926 milhões se o risco se materializasse.

65

07 gEStãO DO RISCO

C. Risco de Crédito e Risco de Contraparte

O Banco incorre no risco de crédito devido ao incumprimento dos compromissos financeiros contratualmente estabelecidos, por parte de um mutuário ou de uma contraparte nas operações.

A gestão do risco de crédito está a cargo da CE que, através do Comité de Crédito, define e controla o nível de exposição por moeda, segmento e modalidade de crédito. Em 2014 foram desenvolvidas um conjunto de acções que visaram aumentar a eficácia da gestão do risco de crédito, das quais destacamos as seguintes:

• Formalização da Política de Crédito;

• Alteração da matriz de decisão de crédito, tendo em vista:

• Melhorar a segregação de funções no que diz respeito à presidência do comité referente ao 4º escalão, que passou a ser efectuada por um membro da CE não relacionado com a área tomadora de risco;

• Optimizar os tempos de decisão de acordo com o montante, tipo de crédito, maturidade e nível de risco.

Processo de Concessão de Crédito

O processo de decisão de crédito tem início na área comercial (DBR/DEI) onde, em função das especificações da operação e sua adequação aos parâmetros definidos na matriz de decisão de crédito, é efectuada uma avaliação a nível das direcções comerciais. Para operações enquadradas no 1º e 2º escalão de decisão, a DBR analisa e submete para aprovação. Para as operações destinadas ao 3º, 4º e 5º escalão de decisão, a respectiva direcção comercial submete o processo (acompanhado de um parecer comercial) à DAC, ou à DBI, para a devida análise de risco e endosso ao respectivo Comité de Crédito para aprovação.

O Comité de Crédito é um órgão colegial que tem como objectivo promover o alinhamento das políticas e regras de concessão de crédito, analisar e aprovar operações de crédito de acordo com as políticas e limites definidos pela CE, bem como a monitorização da carteira de crédito em incumprimento. todas as decisões tomadas envolvem a participação e tomada de posições dos membros do comité, ou seja não existem poderes individuais para a tomada de decisões.

O BAI utiliza modelos próprios de atribuição de classificação de risco de crédito para empresas e particulares. Estes modelos são sistemas baseados na atribuição de pontuações às variáveis de decisão de crédito de Clientes, mediante a aplicação de dados estatísticos.

A cada classificação obtida corresponde uma probabilidade de incumprimento, ou seja, trata-se de um indicador referente à capacidade dos Clientes cumprirem com os seus compromissos futuros. No caso das empresas o modelo leva em conta as seguintes variáveis: (i) capacidade de gestão das empresas; (ii) situação económico-financeira; (iii) a relação histórica com o Banco; (iv) qualidade das garantias; e (v) o sector da actividade e respectiva localização geográfica. Para os particulares são tidas em conta as seguintes variáveis: (i) envolvimento comercial; (ii) estabilidade social; (iii) situação profissional; e (iv) capacidade financeira. A classificação de risco de crédito é revista, no mínimo, anualmente.

Da conjugação do modelo interno com a disposição emanada pelo BNA, nomeadamente o Aviso nº 3/12 de 28 de Março – que estabelece os parâmetros de concessão e a classificação das operações de crédito, obtemos a seguinte matriz de crédito:

Risco NívelClassificação Modelo

Interno

Nº de dias após atraso pagamento Intervalo de provisão

Prazo residual < 2 anos

Prazo residual > 2 anos

A Nulo 6,5 - 7 - - 0%

B Muito reduzido 5,5 – 6,4 15 – 30 30 – 60 [1% - 3%[

C Reduzido 4,5 – 5,4 31 – 60 61 – 120 [3% - 10%[

D Moderado 3,5 – 4,4 61 – 90 121 – 180 [10% - 20%[

E Elevado 2,5 – 3,4 91 – 150 181 – 300 [20% - 50%[

F Muito elevado 1,5 – 2,4 151 – 180 301 – 360 [50% - 100%[

g Perda 0 – 1,4 > 180 > 360 100%

66

A matriz de decisão de crédito encontra-se estruturada da seguinte forma:

Escalão Órgão de Decisão Frequência

1º gerente + Coordenador de Zona (aplicável a Luanda Bengo I e Luanda Bengo II) Bissemanal

gerente + Coordenador de Zona (aplicável às restantes zonas)

2º Sudirector DAC + Director Regional + Subdirector DEI + Semanal

Subdirector DRC

3º 1 Administrador + Director DBR + Director DEI + Semanal

Director DAC + Director DRC

4º 3 Administradores + Director DBR + Director DEI + Quinzenal

Director DBI + Director DAC + Director DRC

5º Comissão Executiva Mensal

6º Conselho de Administração trimestral

Incumprimento e Recuperação de Crédito

De modo a manter o adequado controlo da qualidade creditícia da carteira, compete à Direcção de Recuperação de Crédito (DRC) a função específica de seguimento da carteira vencida, que permite alertar sobre incidências que possam vir a ocorrer na evolução do risco, com a finalidade de empreender acções destinadas a mitigá-los. A actividade de recuperações está estruturada de acordo com a segmentação comercial dos Clientes Particulares e Empresas, com modelos de gestão específicos. A gestão de recuperações respeita ainda as distintas fases de gestão: gestão preventiva e gestão de irregulares. toda esta actividade é partilhada com as áreas de negócio.

Exposição total da Carteira de Crédito em 31 de Dezembro de 2014

valores em milhões de AKZ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Crédito vincendo 257.265 255.859 349.817

Crédito vencido 20.635 19.612 46.447

Até 30 dias 1.870 1.555 17.189

De 31 a 60 dias 6.285 1.303 2.323

De 61 a 90 dias 5.371 7.191 6.462

Mais de 90 dias 7.109 9.564 20.473

Proveitos a Receber 6.998 9.197 10.177

(-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (27.584) (38.960) (40.980)

Créditos 257.314 245.708 365.461

garantias e Avales Prestados 14.032 10.393 11.484

Créditos Documentários Abertos 14.032 9.305 11.121

Crédito Abatido ao Activo (Write-offs) 29.323 39.731 64.058

Rácio Provisões sobre Crédito vencido 134% 199% 88%

Rácio de Crédito vencido 7,2% 6,9% 11,4%

67

07 gEStãO DO RISCO

Em 31 de Dezembro de 2014 o crédito bruto sobre Clientes situou-se em AKZ 406.441 milhões, representando um crescimento de 43% relativamente ao ano anterior. O crédito vencido registou uma subida na ordem de 137%, reflectindo em parte o aumento do crédito vencido até 30 dias no final do ano.

Crédito por Nível de Risco

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

A 5% 6% 34%

B 22% 18% 15%

C 61% 61% 34%

D 7% 4% 5%

E 1% 4% 8%

F 2% 3% 1%

g 2% 4% 3%

Os créditos nos níveis de risco mais baixo (A a C) representavam 83% do crédito concedido em 2014, representando uma redução relativa ao ano anterior em 2 pontos percentuais, decorrente da degradação da qualidade da carteira. No entanto, o peso do crédito dos níveis de risco D a g aumentou 4 pontos percentuais.

O aumento da carteira de crédito contrasta com a redução do peso do crédito ao sector imobiliário em 10 pontos percentuais e do crédito à indústria extractiva. Esta redução é influenciada pelo aumento ao crédito ao estado em 28 pontos percentuais, situando-se em 29% da carteira de crédito bruto.

Crédito por Sector de Actividade

Promoção e Construção

Imobiliária

Indústria Extractiva e

transformação

Comércio por grosso e Retalho

ServiçosParticulares Agricultura,Produção

Animal, Pesca e Silvicultura

Estado

36%

26%24%

19%

13% 13%

8%9%

6%

1% 1%

29%

16%

2013 2014

Apesar da redução do peso da indústria extractiva e do sector imobiliário em 5 e 10 pontos percentuais, respectivamente, houve um aumento em termos absolutos na indústria extractiva e manteve-se o nível de investimento no sector imobiliário.

O Aviso nº 8/07 de 12 de Setembro, do BNA, estabelece que o limite máximo de exposição ao risco por Cliente é de 25% dos fundos próprios regulamentares (FPR), sendo que o limite máximo de exposição ao risco para os 20 maiores devedores das instituições financeiras está fixado em 300% dos FPR.

Em Dezembro de 2014 o maior devedor do Banco, o Estado, representava 123% dos FPR e 27% do total da carteira de crédito, excluindo garantias e créditos documentários. O Banco foi autorizado a exceder temporariamente (até 15 de junho de 2015) o limite de exposição ao risco por Cliente, resultante da operação de crédito directo ao Estado sob forma de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertida em Obrigações do tesouro em julho de 2015. Adicionalmente os vinte maiores Clientes representavam 266% dos FPR e 59,6% do total da carteira de crédito.

a. Risco de Contraparte

O risco de crédito de contraparte está assente na possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações nos mercados capitais, monetário e cambial e subsequente ocorrência de perdas financeiras para o Banco.

1%

68

A sala de mercados observa os seguintes limites no domínio das operações nos mercados monetários, cambial e secundário de títulos e valores mobiliários:

• Limites de negociação (trading) – relativos aos riscos decorrentes da manutenção de posições em aberto em moeda estrangeira, resultantes da não coincidência dos prazos dos vencimentos dos recebimentos e pagamentos bem como de overtrading.

todas as posições em moeda estrangeira assumidas pelos dealers deverão ser de curta duração e comunicadas ao director da DMF e ao Administrador responsável pelo pelouro, sempre que tais posições permaneçam por períodos superiores a uma ou duas semanas, respectivamente. A CE definiu os seguintes limites de negociação:

tipo de exposição Limite

Posição aberta em moeda estrangeira no final do dia 20% do FPRPosição aberta em moeda estrangeira durante o dia 20% do FPRglobalidade das posições abertas em moeda estrangeira no final do dia

20% do FPR

globalidade das posições abertas em moeda estrangeira durante o dia

20% do FPR

• Limites de crédito – relativos aos riscos relacionados com a capacidade e a disponibilidade da contraparte em cumprir integralmente os contractos celebrados. É da responsabilidade da Sala de Mercados proceder ao acompanhamento das posições de risco globais do Banco, com entidades nacionais e estrangeiras e exercer a necessária supervisão e controlo para que os limites de crédito não sejam excedidos. É da exclusiva competência da CE a autorização de excessos a estes limites, havendo delegação de competências até uma determinada percentagem de excesso, segundo os seguintes escalões hierárquicos estabelecidos:

• Ao director da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 10% do limite;

• Ao administrador com o pelouro da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 25% do limite;

• À Comissão Executiva (pelo menos dois administradores), acima de 25% do limite.

No âmbito da gestão dos riscos de contraparte o Banco utiliza limites de exposição máxima às contrapartes associados a uma análise global da situação das mesmas e à utilização de um modelo interno, que foi revisto em 2014, com variáveis financeiras e económicas que produzem um scoring. Estes limites poderão ser modificados pelo ALCO. O limite de exposição a uma contraparte é de 20% do FPR, sendo as posições de final do dia enviadas para o Administrador responsável pelo pelouro.

D. Adequação de Capital

A adequação de capital é monitorada através do Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR), que representa a percentagem mínima de capital que o Banco deve possuir para fazer face a eventuais perdas provenientes dos riscos de crédito e cambial, sendo calculado pela seguinte fórmula (Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro do BNA):

RSR=( FPR ) (APR + (CRCO/10%)

*100

Em 31 de Dezembro de 2014 o RSR situou-se em 17,4%, idêntico ao verificado no ano anterior, tendo sido influenciado no ano positivamente pelo (i) aumento da exposição ao risco Estado, (ii) redução do risco de câmbio devido à conversão de crédito em moeda estrangeira (ME) para moeda nacional (MN), (iii) redução dos depósitos em ME e (iv) aumento dos resultados do exercício e, negativavamente, pelo aumento do risco de câmbio devido à aquisição de obrigações do tesouro indexadas à taxa de câmbio do uSD.

Fundos Próprios Regulamentares (FPR)

valores em milhões de AKZ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Fundos Próprios de Base (Nível 1) 81.285 81.970 88.542

Fundos Próprios Complementares (Nível 2) 3.739 840 335

Fundos Próprios Regulamentares (FPR) 84.998 82.810 88.877

Activos Ponderados pelo Risco (APR) 479.594 437.094 428.190

Capital Para Risco de Câmbio e Ouro/Rácio Mínimo 49.343 38.020 83.072

Rácio de Solvabilidade Regulamentar 16,1% 17,4% 17,4%

69

07 gEStãO DO RISCO

O cálculo dos fundos próprios regulamentares é definido no Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro e Instrutivo nº 03/2011 de 8 de junho.

Em 2014 os fundos próprios regulamentares situaram-se em AKZ 88.877 milhões, reflectindo um aumento de 7,3% face a 2013, explicado pelo aumento dos resultados do exercício e adequada distribuição dos resultados do exercício anterior.

Os níveis de FPR apresentavam uma forte capacidade de absorção de perdas resultante dos riscos de crédito e mercado. Em 31 de Dezembro de 2014 os FPR representavam 20,8% dos activos ponderados pelo risco (APR), aumentando 1,8 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Os fundos próprios de base representavam 20,7% dos APR, 206,7% do crédito vencido, 106,6% do capital para risco de câmbio e ouro (CRCO) e 8,0% do activo, respectivamente.

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Fundos Próprios Regulamentares/(APR) 17,7% 18,9% 20,8%

Fundos Próprios de Base (Nível 1)/(APR) 17,0% 18,8% 20,7%

Fundos Próprios de Base (Nível 1)/Crédito vencido 393,9% 371,1% 206,7%

Fundos Próprios de Base (Nível 1)/CRCO 164,7% 215,6% 106,6%

Fundos Próprios de Base (Nível 1)/total do Activo 7,9% 7,9% 8,0%

Activos Ponderados pelo Risco (APR)

Os activos ponderados pelo risco representam o risco de crédito para efeitos do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar, ou seja a cada item do activo dos Bancos é atribuído um determinado ponderador em função do tipo de operação, moeda e do sector institucional, sendo que os activos em moeda estrangeira requerem mais capital regulamentar.

Em 2014 registou-se uma diminuição dos APR em AKZ 8.904 milhões relativamente a 2013, influenciada pela redução do crédito e das aplicações de liquidez em moeda estrangeira.

Exigência de Capital para Risco de Câmbio

O Capital para o Risco de Câmbio e Ouro (CRCO) representa o nível de capital que o Banco deve possuir para fazer face ao risco de câmbio e de deterioração do activo denominado em ouro. Este indicador é incluído no denominador do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar e é determinado com base na exposição cambial, cujo limite está estabelecido em 20% para as posições cambiais curtas ou longas e, com aplicação da fórmula, correspondente à soma de 13% sobre o valor absoluto entre a soma das duas posições e 7% sobre o maior valor absoluto entre as duas posições, bem como de 20% sobre a posição líquida em ouro.

Em 2014 o CRCO situou-se em AKZ 83.072 milhões, reflectindo um aumento de AKZ 45.052 milhões (+119%) em relação a 2013. Este aumento é influenciado pelo aumento do investimento nos títulos do Estado indexados à taxa de câmbio do Dólar dos Estados unidos em AKZ 21.841 milhões.

E. Risco Operacional

O BAI define o risco operacional como o risco de incorrer em prejuízos financeiros resultantes da deficiência ou falhas nos processos internos, recursos humanos ou sistemas de informação, ou como consequência de factores externos. trata-se em geral e diferencia-o de outro tipo de riscos, de um risco não associado a produto ou negócio, que se encontra presente nos processos e/ou activos e é gerado internamente (pessoas, sistemas, etc…) ou como consequência de riscos externos, como por exemplo roubo, fraude ou catástrofes naturais.

O modelo de gestão do risco operacional do Banco visa:

• Identificar o risco operacional nos processos internos das diversas áreas;

• Medir e avaliar os riscos envolvidos nesses processos;

• Propor a adopção de medidas de mitigação do risco;

• Desenvolver controlos que permitem o acompanhamento dos riscos identificados;

• Efectuar um seguimento contínuo dos controlos e das medidas de mitigação.

70

A nível organizacional a gestão do risco operacional é assegurada pelas seguintes estruturas: • Comissão Executiva (que aprova a estratégica/políticas);

• Comité de Informática e Segurança (que propõe a estratégica/políticas e garante a sua implementação);

• Direcção de Auditoria Interna (testes aos controlos);

• Gabinete de Segurança Integrada (gestão do risco de sistemas de informação);

• Gabinete de Controlo do Risco Operacional (gestão do risco operacional excluindo o relativo a sistemas de informação).

tendo por objectivo garantir o funcionamento contínuo da actividade, e atender às exigências do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, encontra-se em curso a implementação de um Plano de Continuidade de Negócio (PCN), processo de gestão holístico que identifica as potenciais ameaças para uma organização e os impactos que essas ameaças podem causar no negócio, caso se concretizem, promovendo o aumento da resiliência da organização e da sua capacidade para uma resposta eficaz.

A operacionalização deste sistema, e o assegurar que as actividades de continuidade de negócio são executadas de forma articulada, é concretizada através da constituição de manuais e de planos de acção onde se identificam os procedimentos e as equipas específicas das diferentes estruturas do Banco.

A preparação do PCN está a ser executada de forma faseada, por um período de dois anos, e integrada com o projecto de implementação da nova infra-estrutura tecnológica de sistemas e comunicações no novo edifício sede (onde ficará localizado o CPD principal). O Banco migrou em 2014 o seu CPD alternativo para o Centro Informático Seguro da EMIS (CIS-EMIS), que hoje garante a continuidade da operação em Hot Site das componentes críticas da infra-estrutura de tecnologias de informação de suporte ao negócio, e recuperação da informação no caso de falha do CPD principal.

Por outro lado, a prioridade do trabalho do gabinete de Controlo do Risco Operacional (gCRO) tem sido a produção de uma matriz onde são caracterizados os níveis e tipos de risco que poderão ocorrer nos diversos procedimentos internos que abrangem essencialmente as áreas operacionais e os balcões.

Com o objectivo de melhorar a eficiência na identificação dos riscos operacionais, o gCRO tem desenvolvido, com o apoio das áreas de tecnologia e consultores externos, ferramentas de controlo automático de falhas operacionais (como sejam o Auditbank e BAISIG2 – módulo de preçário).

F. Risco de Compliance

A gestão do risco de compliance é assegurada pelo gabinete de Compliance (gCL), que tem como missão (i) supervisionar e assegurar o cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, éticas e das recomendações emitidas pelas entidades reguladoras e de supervisão, (ii) a aplicação de medidas para mitigar o risco de branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e (iii) o reporte de operações de índole suspeita às autoridades competentes.

Para complementar o gCL, foram designados, ao nível das unidades de negócio, coordenadores e agentes de compliance que devem assegurar o cumprimento dos procedimentos referentes à abertura, manutenção e movimentação das contas dos Clientes.

Principais Desenvolvimentos em 2014:

• Aprovação do manual de procedimentos de KYC (Know Your Customer/Conheça o seu Cliente) tendo por base as recomendações do BNA contidas na Directiva nº 2/DSI/13 de 1 de julho, e que inclui um sistema de avaliação de risco para os Clientes do Banco (matriz de risco) que considera, como critérios, a natureza do Cliente (natureza jurídica, estrutura da propriedade), a natureza do negócio, a origem e destino de fundos e o volume e natureza das transacções.

• No quadro da implementação dos procedimentos FATCA, o GCL tem estado a desenvolver em coordenação com as áreas tecnológicas e a Direcção de Organização e Qualidade as seguintes acções necessárias para finalizar a implementação do FAtCA:

• Identificação das alterações no sistema informático para acomodar os novos campos de informação requeridos pelo FATCA;

• Preparação dos novos formulários de abertura de conta;

• Preparação do plano de formação e divulgação para todo o Banco, a ser desenvolvido em 2015.

• Contratação de uma ferramenta e-learning para a formação em AML/Ft, devendo a sua implementação ocorrer em 2015;

• Selecção de uma ferramenta informática para a monitorização de operações;

• Implementação do controlo informático para registo dos beneficiários efectivos das sociedades.

71

Modelo de Gestão de Risco de Branqueamento de Capitais e de Financiamento do Terrorismo

O Banco dispõe de uma política de prevenção e detecção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. Esta política é aplicável a todos os colaboradores do BAI. As filiais e participadas têm a obrigação de cumprir com a legislação e regulamentação no país em que operam ou a política do BAI, a que for mais exigente.

i. Modelo Orgânico e Funcional Implementado

Conforme referido anteriormente, o Banco dispõe de uma estrutura orgânica própria, autónoma, dirigida à prevenção e controlo do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, que se encontra integrada no gabinete de Compliance (gCL).

Identificação de Clientes

O Banco dispõe de procedimentos para a identificação dos Clientes. todavia há a necessidade de se fazer alguns desenvolvimentos informáticos que permitam dispor de uma base de dados com todas as informações de Clientes, com vista ao cumprimento dos requisitos de KYC (Know Your Customer/Conheça o seu Cliente), KYB (Know Your Business/Conheça o seu negócio) e CDD (Customer Due Diligence/Dever de Diligência), havendo um plano em curso para a sua resolução.

Programa de Formação dos Colaboradores

O BAI reconhece que a formação de todo o quadro de pessoal constitui um aspecto crucial em todo o dispositivo de prevenção. Para o efeito, têm sido definidos programas anuais específicos que habilitam os colaboradores a reconhecerem as operações que podem estar relacionadas com o branqueamento de capitais e/ou financiamento do terrorismo.

07 gEStãO DO RISCO

72

RECURSOS HUMANOS

74

Em 2014 o BAI manteve como iniciativa estratégica o reforço das políticas e processos de recursos humanos, tendo em vista o apoio às restantes áreas em termos de selecção e recrutamento, o reconhecimento do mérito, a gestão do potencial, o desenvolvimento de competências e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Principais Acontecimentos em 2014:

• Continuidade do objectivo de melhorar a qualidade de serviço ao Cliente interno e externo, tendo sido formados mais de 1.200 colaboradores pela Academia BAI;

• Na área do conhecimento destacou-se o programa de formação “Pensamos e Falamos BAI”, visando o desenvolvimento do pensamento crítico, raciocínio lógico e numérico;

• Participação nas feiras de emprego da Elite em Luanda e do Consulado de Angola em Lisboa;

• Implementação do novo Plano de Pensões de contribuição definida, com o objectivo de promover a protecção financeira dos colaboradores quando este passar à situação de reforma ou da família em caso de falecimento do colaborador;

• Revisão do modelo de avaliação de desempenho e os critérios de atribuição dos prémios de desempenho;

• Início do processo de avaliação 360º de competências de liderança, com vista à elaboração de programas de desenvolvimento individuais através de planos de coaching;

• Reforço do processo de recrutamento e selecção (R&S), nomeadamente revisão dos testes de aferição de conhecimentos específicos, lançamento do portal de recrutamento e implementação da nova plataforma de gestão;

• Elaboração do estudo de equidade interna e revisão do modelo de progresso de carreiras, com vista a aumentar a satisfação dos colaboradores em relação à dimensão recompensa;

• Revisão dos planos de formação específicos coordenados pela Academia para a rede comercial (CIBAC, CBI e CBA), com vista a potenciar as competências técnicas e comportamentais dos colaboradores;

• Continuidade na implementação do Modelo de Gestão de Talentos, destacando-se o lançamento do concurso interno para o Banco de Talentos da Rede Comercial e os encontros realizados pela Administração com os jovens de elevado desempenho;

• Inauguração do primeiro posto de saúde BAI, localizado nas instalações da Academia;

• Disponibilização do transporte colectivo para colaboradores com rotas entre as centralidades e o centro de Luanda.

Em 2014 foram admitidos 130 novos colaboradores, registando assim um total de 2.000 colaboradores no final do ano. O aumento do número de colaboradores reflecte o crescimento dos canais de distribuição e reforço das diversas áreas dos serviços centrais.

Em 31 de Dezembro 2014 a distribuição dos colaboradores por unidades de estrutura e área funcional é apresentada da seguinte forma:

75

08. RECuRSOS huMANOS

unidade de Estrutura Sigla Responsável Categoria Administração Controlo Suporte Négocio total

Conselho de Administração CA josé Paiva PCA 11 4 15

Conselho Fiscal CF jaime Bastos Presidente 5 5

gabinete de Segurança Integrada gSI N’Vunda Ferreira Director 13 13

gabinete Compliance gCL ulanga Martins Director 5 5

gabinete Provedoria do Cliente gPC Diala Monteiro Provedor 3 3

Direcção de Planeamento Controlo e Risco

DPC Francisco Figueira Subdirector 9 9

gabinete de Controlo e Risco Operacional gCRO vladimir gaspar Director 5 5

Direcção de Auditoria Interna DAI josé Lima Director 18 18

Direcção da Banca de Retalho DBR Raquel gourgel Directora Coordenadora 49 1.171 1.220

gabinete de Suporte Comercial gSC Claudia Fernandes Subdirectora 8 8

Direcção de Empresas e Instituições - jorge Almeida Director Coordenador 1 1

Direcção de Empresas e Instituições DEI jorge Silva Director 24 108 132

gabinete de Serviços Premium gSP Nzola Rangel Directora 3 12 15

gabinete Oil and gas gOg Makangila Almeida Director 5 5

Direcção da Banca Electrónica DBE Carla Pataca Directora 63 63

Direcção da Banca de Investimentos DBI victor Cardoso Director 13 13

Direcção de Mercados Financeiros DMF Irisolange Menezes Subdirectora 15 15

Direcção de Operações DOP gisela Fonseca Director 74 74

Direcção de Análise de Crédito DAC Nyaneka Sousa Subdirector 26 26

Direcção de Recuperação de Crédito DRC Camilo Ortet Director 28 28

Direcção de Recursos humanos DRh Cláudia Mbeng Subdirectora 31 31

Direcção Serviços gerais DSg Lucamba Magalhães Director 112 112

Direcção de Contabilidade e Finanças DCF Rita Cravino Directora 20 20

Direcção de tecnologias de Informação DtI Luís Rodrigues Director 49 49

Direcção de Marketing e Comunicação DMC Fábio Correia Director 17 17

Direcção de Qualidade e Organização DOQ Luís Fernandes Director 14 14

Direcção jurídica e Contenciso DjC Alexandre Morgado Director 8 8

Direcção de tesouraria Central DtC Eduardo Rodrigues Director 39 39

Direção de Projectos tecnológicos e Desenvolvimento

DPD Nuno veiga Director 17 17

Secretariado da Comissão Executiva Antónia Mascote Chefe 5 5

Outros (Associadas BAI) - - - 15 15

(1) total Dezembro 2014 11 53 639 1.297 2.000

(2) total Dezembro 2013 11 49 571 1.239 1.870

variação 0 4 68 58 130

76

Distribuição por Áreas

Controlo

Suporte

Comercial

3%3%

32%

65%

66%

31% Dez. 13

Dez. 14

O número de colaboradores por balcão situou-se em 14 no final do ano, menos um comparativamente a 2013, reflectindo a preocupação na melhoria dos níveis de eficiência do Banco.

Número de Colaboradores por Balcão e Canais de Distribuição

Canais de Distribuição

Nº de Colaboradores por Balcão

140

120

100

80

60

40

20

0

112

16

2012

128

15

2013

138

14

2014

No final de 2014 a estrutura etária era constituída maioritariamente por colaboradores entre os 25 e os 30 anos de idade, representando 36% do total. A idade média aumentou 0,5 anos, para 33,5 anos de idade. A distribuição de colaboradores em termos de género apresentou um total de 1.145 (57%) do sexo masculino e 855 (43%) do sexo feminino.

Estrutura Etária

25-30; 36%

31-35; 29%

Mais de 35; 30%

Até 24; 5%

77

08. RECuRSOS huMANOS

Em 31 de Dezembro de 2014 os colaboradores vinculados até quatro anos representavam 46% do total, menos três pontos percentuais comparativamente a 2013.

Antiguidade

0% 10% 20% 40%30% 50%

2014

2013

2012

14%

13%

27%

31%15%

11%

12%

20%

27%

29%

48%

19%

16%

10%

6%

2-4 anos Até 1 ano5-7 anos8-10 anosMais de 11 anos

Em 31 Dezembro de 2014, 19% dos colaboradores possuíam a Licenciatura concluída, 33% o Ensino Médio e Pré-universitário concluído e 41% o Bacharelato e a frequência universitária.

habilitações Literárias

0% 5% 15%10% 20% 25% 35% 45%40%30%

2014

2013

2012

41%

19%

Pós-graduaçãoLicenciatura

Ensino Médio e Ensino pré-universitárioEnsino Primário e Secundário

5%

1%

1%

33%

40%

19%

5%

1%

1%

34%

35%

20%

6%

1%

1%

38%

Mestrado e Doutoramento

Bacharelato e Frequência universitária

78

O BAI continua a investir na formação, com o objectivo de melhorar as competências técnicas, comportamentais e de gestão dos seus colaboradores, principalmente através da Academia BAI. Em 2014 foram realizadas 441 acções de formação, representando quase o dobro das acções realizadas no ano anterior (233), das quais 6 foram realizadas no exterior do país. Foram ministradas 137.644 horas de formação (mais 30% do que no ano anterior), abrangendo 5.818 participações (mais 70% do que no ano anterior).

Áreas de Formação2014 2013

Nº de horas Nº participantes Nº horas Nº participantes

Acolhimentos a Novos Colaboradores 2.484 148 4.000 163

Auditoria 584 39 32 1

Braqueamento de Capitais e Prevenção de Fraudes 2.562 264 0 0

Contabilidade e Análise de Empresas 2.194 113 316 19

Ética e Deontologia Bancária 867 248 0 0

gestão da Actividade Comercial 784 195 4.836 146

gestão de Processos 520 8 481 7

gestão de Recursos humanos 1.540 557 851 220

gestão de Risco 5.429 173 1.768 15

gestão Patrimonial 198 14 16 1

Legislação tributária e Contributiva 352 17 0 0

Liderança e gestão de Equipas 2.380 173 2.736 58

Línguas 6.312 211 6.809 190

Mercados Financeiros 4.024 118 421 73

Operações e técnicas Bancárias 59.255 1.572 67.405 1.980

Pensamento Crítico: Raciocínio Lógico e Numérico 21.852 602 7.328 151

Pós-gradução - gestão Bancária 259 1 0 0

Produtos e Serviços Bancárias 632 35 0 0

Qualidade de Serviço ao Cliente - Atendimento 18.632 1.017 4.408 212

Sistemas Informáticos 6.784 313 4.884 212

total geral, do qual (por áreas): 137.644 5.818 106.291 3.448

Comercial 4.860 3.106

Suporte 865 319

Controlo 93 23

Os custos com formação, incluindo os indirectos (relativos a alojamento, alimentação e outros), ascenderam a AKZ 304 milhões, cerca do dobro do ano anterior.

Custos com Formação

Indirectos

Directos

400

300

200

100

02013 2014

MIL

ES D

E A

KZ

O investimento em incentivos à auto-formação ascenderam aos AKZ 2 milhões em 2014, representando uma diminuição de 41% face a 2013, tendo 4 colaboradores beneficiado do incentivo (menos 15 que no ano anterior).

Auto Formação 2012 2013 2014Δ%

2013/2012Δ%

2014/2013

Nº de Beneficiários 25 19 4 -24% -79%

Rede Comercial 15 9 4 -40% -56%

Serviços Centrais 10 10 0 0% -100%

Investimentos (em AKZ) 3.566.260 3.348.170 1.981.500 -6% -41%

ANÁLISE FINANCEIRA

80

A. Balanço

O activo cresceu 5,9%, atingindo AKZ 1.101.072 milhões no final do ano, impulsionado pelo aumento dos depósitos, que atingiram AKZ 950.917 milhões (mais 5,3% face a 2013). A estrutura do activo foi alterada pelo aumento (i) do crédito líquido, que atingiu AKZ 365.461 milhões (mais 48,7% face a 2013), (ii) das aplicações em títulos, que atingiu AKZ 232.153 milhões (mais 16,1% face a 2013), e (iii) das participações financeiras para AKZ 19.755 milhões (mais 18,5% face a 2013).

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14Δ%

valores em milhões de AKZ 2013/2012 2014/2013

Disponibilidades 263.331 189.309 199.053 -28,1% 5,1%

Aplicações de Liquidez 282.297 322.647 216.738 14,3% -32,8%

Aplicações em títulos 167.098 199.900 232.153 19,6% 16,1%

Créditos 257.314 245.708 365.461 -4,5% 48,7%

Participações Financeiras 8.776 16.675 19.755 90,0% 18,5%

Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 39.220 41.292 46.463 5,3% 12,5%

Outros Activos 15.392 24.162 21.449 57,0% -11,2%

total do Activo 1.033.428 1.039.693 1.101.072 0,6% 5,9%

Depósitos 815.204 902.936 950.917 10,8% 5,3%

Captações para Liquidez 9.583 9.762 10.287 1,9% 5,4%

Outros Passivos 105.152 17.312 17.059 -83,5% -1,5%

Provisões para Riscos e Encargos 4.039 5.253 9.154 30,1% 74,3%

Capitais Próprios 99.450 104.430 113.655 5,0% 8,8%

total do Passivo e Capitais Próprios 1.033.428 1.039.693 1.101.072 0,6% 5,9% A redução verificada em 2014 nos activos mais líquidos decorre do aumento da carteira de crédito que no final de 2014 representavam 33% do total do Activo (2013: 24%) e do aumento das Aplicações em títulos que representavam 21% do activo no final de 2014 (2013: 19%).

Estrutura do Activo

6%

25%

16%

27%

25%

8%

24%

19%

31%

18%

8%

33%

21%

20%

18%

Dez. 14Dez. 12 Dez. 13

Aplicações de Liquidez

Disponibilidades

Crédito

Aplicações em títulos

Outros Activos

Em 2014 o BAI continuou a sua política conservadora de favorecimento da liquidez e investimento em activos de menor risco: os activos de elevada liquidez (disponibilidades e aplicações de liquidez) representam 38% do total dos activos e a exposição do balanço ao Estado Angolano (MinFin e BNA) aumentou de 37% em 2013 para 55% em 2014.

A estrutura de funding manteve-se estável ao longo dos três últimos anos. Os depósitos à ordem representavam 58% do activo no final de 2014, apresentando uma variação positiva de 8 p.p. relativamente ao ano anterior que se explica pela desmobilização e consequente redução dos depósitos a prazo, que representavam 29% (2013: 37%).

81

09. ANÁLISE FINANCEIRA

Estrutura do Funding

Captações para Liquidez

Depósitos a Prazo

Depósitos à Ordem

Fundos Próprios

Outros Passivos

11% 2% 2%

1%1% 1%

37%37%

29%

42%50%

58%

10% 10% 10%

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Crédito sobre Clientes

O crédito bruto aumentou 43% em 2014 (49% em termos líquidos), principalmente influenciado pelo (i) aumento do crédito ao Estado, (ii) a variação taxa de câmbio sobre crédito e provisões em moeda estrangeira e (iii) o aumento do crédito a particulares.

Crédito sobre Clientes

-5% +49%

Crédito vincendo

Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa

Crédito vencido

20.635 19.612

46.446

264.262 265.056359.993

(27.584) (38.960) (40.980)

Dez. 14Dez. 12 Dez. 13

MIL

ES D

E A

KZ

O aumento do crédito ao Estado é principalmente explicado (i) pela operação de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário em moeda nacional no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertido em Obrigações do tesouro em moeda nacional não reajustável em 15 de junho de 2015, tendo o BAI participado como co-líder, financiando 1/3 daquele valor e (ii) o Sindicato Bancário em moeda estrangeira no montante de uSD 500 milhões, tendo o BAI financiando 50% daquele valor.

O crédito a particulares aumentou 17% no ano, tendo atingido AKZ 52.137 milhões, em parte impulsionado pelo produto Super Ordenado BAI, decorrente de melhorias sobre as condições de acesso e montante.

Crédito por Sectores de Actividades

valores em milhões de AKZDez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Δ%

2013/2012 2014/2013

Estado 11.526 2.321 117.824 -80% 4976%

Promoção e Construção Imobiliária 91.122 103.431 103.749 14% 0%

Indústria Extractiva e transformação 63.634 68.595 75.573 8% 10%

Particulares 34.509 44.650 52.137 29% 17%

Comércio por grosso e a Retalho 57.201 35.618 30.561 -38% -14%

Serviços 23.015 25.939 22.598 13% -13%

Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura 3.890 4.114 3.998 6% -3%

284.897 284.668 406.440 0% 43%

82

Os créditos e juros vencidos (há mais de um dia) atingiram AKZ 46.446 milhões, tendo registado um aumento de AKZ 26.833 milhões relativamente ao ano de 2013. Como consequência, o rácio de crédito vencido aumentou 4,5 pontos percentuais quando comparado a 2013, situando-se em 11,4% (16,1% excluindo o crédito ao Estado), reflectindo o aumento do crédito vencido até 30 dias em Dezembro de 2014 (ver quadro na página 66).

O saldo das provisões para crédito aumentou AKZ 2.019 milhões (5%) relativamente a 2013, situando-se em AKZ 40.980 milhões no final de 2014, reflectindo o agravamento do risco da carteira de crédito.

O peso das provisões para crédito de liquidação duvidosa sobre o crédito e juros vencidos reduziu de 199% para 88% no ano, principalmente explicado pela maior concentração do crédito vencido até 30 dias (este crédito não está sujeito ao reforço de provisões).

O rácio de transformação (crédito sobre depósitos) aumentou de 27,2% para 38,4% devido ao maior crescimento do crédito relativamente aos depósitos.

Rácio de transformação

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%

31,6%27,2%

38,4%

Títulos e Valores Mobiliários

A carteira de títulos e valores mobiliários situou-se em AKZ 232.153 milhões no final de 2014 (aumento de 16% comparativamente a 2013), influenciado pela aquisição de Obrigações do tesouro indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados unidos e em moeda estrangeira, elevando-se a, respectivamente, AKZ 55.844 milhões (aumento de 64% comparativamente a 2013) e AKZ 74.271 milhões (aumento de 55%).

Carteira de títulos e valores Mobiliários

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

Δ%valores em milhões de AKZ 1213/2012 2014/2013

Mantidos até ao vencimento

Bilhetes do tesouro 17.217 59.125 47.448 243% -20%

títulos do Banco Central 20.853 3.474 0 -83% -100%

Obrigações do tesouro em Moeda Nacional:

Indexadas à taxa de Câmbio do Dólar dos Estados unidos 68.704 34.002 55.844 -51% 64%

Não Reajustáveis 6.221 39.792 50.695 540% 27%

Obrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 47.034 47.924 74.271 2% 55%

Outras Obrigações 6.673 15.583 420 134% -97%

166.702 199.900 228.678 20% 14%

Mantidos para Negociação

Obrigações do tesouro:

Ot Não Reajustáveis 0 0 3.475 0% 100%

Outras Obrigações 394 0 0 -100% 0%

394 0 3.475 -100% 100%

167.096 199.900 232.153 20% 16%

83

09. ANÁLISE FINANCEIRA

Aplicações de Liquidez e Disponibilidades

As aplicações de liquidez registaram uma redução de 33%, situando-se em AKZ 216.738 milhões (2013: AKZ 322.647 milhões). O decréscimo foi particularmente visível nas aplicações em moeda estrangeira, resultado da redução dos depósitos em moeda estrangeira (AKZ 45.234 milhões), do aumento do crédito (AKZ 34.849 milhões) e da aquisição de obrigações do tesouro (AKZ 10.921 milhões). O decréscimo nas aplicações em moeda nacional foi essencialmente explicado pelo aumento do crédito e pela redução dos limites de exposição a contrapartes no final do ano.

As disponibilidades atingiram os AKZ 199.053 milhões, representando um aumento de AKZ 9.743 milhões (5,1%) relativamente a 2013, principalmente explicado pela redução das aplicações de liquidez.

Aplicações de Liquidez

282.297 14% -33%322.647

216.738

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

107.394167.396

86.314

130.424155.251174.903

MIL

ES D

E A

KZ

No País

No Estrangeiro

Disponibilidades

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

106.430

263.331

-28%5%189.309 199.053

28.00620.819

178.234161.303156.901

MIL

ES D

E A

KZ

No País

No Estrangeiro

84

Depósitos de Clientes

Os depósitos de Clientes situaram-se em AKZ 950.917 milhões no final de 2014, aumentando 5,3% face a 2013. Os depósitos à ordem situaram-se em AKZ 636.950 milhões, um aumento de 23,1% comparativamente a 2013, explicado em parte pela desmobilização de depósitos a prazo. Como consequência, o peso dos depósitos à ordem nos depósitos de Clientes aumentou em 9,7 pontos percentuais, passando a representar 67,0% do total de depósitos em 2014.

Os depósitos a prazo registaram uma diminuição de AKZ 71.681 milhões (18,6%) relativamente a 2013, situando-se em AKZ 313.967 milhões no final de 2014, decorrente do controlo dos custos com os juros.

Depósitos de Clientes

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

380.466

815.204902.936 950.917

368.643313.967

636.950517.288

434.738

MIL

ES D

E A

KZ

Depósitos à Ordem

Depósitos a Prazo

Os depósitos em moeda estrangeira representavam 45% dos recursos de Clientes, menos 7 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior (2013; 52%). Os depósitos em moeda nacional passaram de 48% em 2013 para 55% em 2014, decorrente do impacto das medidas de desdolarização da economia.

Depósito ME; 52%

Depósito MN; 48%

Depósitos por Moeda - Dezembro 2013

Depósito ME; 45%

Depósito MN; 55%

Depósitos por Moeda - Dezembro 2014

B. Demonstração dos Resultados

O resultado líquido registou um crescimento de 6,4% relativamente a 2013, situando-se em AKZ 12.849 milhões, principalmente explicado pelos seguintes factores: (i) redução das provisões líquidas para crédito de liquidação duvidosa em AKZ 7.481 milhões, para AKZ 14.478 milhões, (ii) aumento nos custos administrativos de 17% (AKZ 3.772 milhões), (iii) aumento das provisões sobre responsabilidades prováveis em AKZ 1.618 milhões, e (iv) aumento dos prejuízos com imobilizações financeiras em AKZ 1.201 milhões (principalmente decorrentes do registo das imparidades do Banco BMF no valor de AKZ 2.678 milhões).

85

09. ANÁLISE FINANCEIRA

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14Δ

valores em milhões de AKZ 2013/2012 2014/2013

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 49.146 48.080 50.429 -2,2% 4,9%

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (18.298) (13.902) (13.415) -24,0% -3,5%

Margem Financeira 30.848 34.177 37.014 10,8% 8,3%

Resultados de Operações Cambiais 12.330 11.592 11.206 -6,0% -3,3%

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 11.680 10.345 9.238 -11,4% -10,7%

Outros Proveitos e Custos Operacionais 776 671 1.377 -13,5% 105,1%

Margem Complementar 24.786 22.608 21.821 -8,8% -3,5%

Produto Bancário 55.634 56.785 58.835 2,1% 3,6%

Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa (17.478) (21.933) (14.452) 25,5% -34,1%

Resultados de Intermediação Financeira 38.155 34.852 44.383 -8,7% 27,3%

Custos Administrativos (20.953) (21.951) (25.723) 4,8% 17,2%

Outras Provisões e Imparidades (2.966) (2.857) (5.675) -3,7% 98,6%

Resultado Operacional 14.236 10.044 12.985 -29,4% 29,3%

Resultado Não Operacional 3.494 462 (935) -86,8% -302,4%

Resultados antes de Impostos e Outros Encargos 17.730 10.506 12.050 -40,7% 14,7%

Impostos Correntes e Diferidos (513) 1.576 799 -407,2% -49,3%

Resultado Líquido do Exercício 17.217 12.082 12.849 -29,8% 6,4%

Cost to Income 37,7% 38,7% 43,7% 1,0% 5,1%

Margem Financeira

A margem financeira situou-se em AKZ 37.014 milhões, tendo aumentado AKZ 2.837 milhões relativamente a 2013 principalmente devido ao aumento dos proveitos com títulos e valores mobiliários (essencialmente dos títulos indexados à taxa de câmbio do Dólar dos Estados unidos) e à diminuição dos custos de depósitos em 3,5%.

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

18% 19% 16%22% 22%

29%

59% 59%56%

49.146 48.080 50.429

MIL

ES D

E A

KZ

Créditos

títulos e valores Mobiliários

Aplicações de Liquidez

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos

97%

3% 4% 4%

96% 96%

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

MIL

ES D

E A

KZ

Captações para Liquidez

Depósitos

18.298 13.902 13.415

86

Em 2014, o investimento médio em activos financeiros situou-se em AKZ 791.303 milhões, registando um aumento de AKZ 53.822 milhões (7,3%) comparativamente a 2013. O aumento no investimento médio teve um impacto directo nos proveitos de instrumentos financeiros activos que registaram um aumento de AKZ 2.349 milhões, situando-se em AKZ 50.429 milhões, em 2014. O aumento dos proveitos de aplicações em títulos foi resultado do aumento da carteira (efeito volume) e das taxas de juro (efeito preço). A redução dos custos com passivos financeiros é principalmente explicado pelo efeito volume.

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Δ%

valores em milhões de AKZ Saldo Médio

taxas* Médias

Saldo Médio

taxas* Médias

Saldo Médio

taxas* Médias 2013/2012 2014/2013

Activo Financeiro 793.039 6,2% 737.482 6,5% 791.303 6,4% -7,0% 7,3%

Aplicações de Liquidez 360.242 2,5% 302.472 3,0% 269.693 2,9% -16,0% -10,8%

Aplicações em títulos 161.111 6,8% 183.499 5,8% 216.027 6,8% 13,9% 17,7%

Crédito 271.687 10,8% 251.511 11,2% 305.584 9,2% -7,4% 21,5%

Outros Activos 289.380 299.079 279.079 3,4% -6,7%

Activo Líquido Médio 1.082.419 1.036.561 1.070.382 -4,2% 3,3%

Passivo Financeiro 359.645 5,1% 392.729 3,5% 359.832 3,7% 9,2% -8,4%

Depósitos a Prazo 350.017 5,1% 383.057 3,5% 349.807 3,7% 9,4% -8,7%

Captações para Liquidez 9.628 5,5% 9.672 5,7% 10.025 4,9% 0,5% 3,6%

Outros Passivos 629.206 541.891 601.608 -13,9% 11,0%

Passivo Médio 988.851 934.621 961.440 -5,5% 2,9%

total de Fundos Próprios Médios 93.568 101.940 109.042 8,9% 7,0%

total do Passivo e Fundos Próprios Médios 1.082.419 1.036.561 1.070.482 -4,2% 3,3%* As taxas médias do activo e passivo financeiro são o quociente entre os proveitos ou custos pelos activos ou passivos que lhes dão origem.

Margem Complementar

A margem complementar sitou-se em AKZ 21.821 milhões em 2014, tendo reduzido 3,5% (AKZ 786 milhões) relativamente a 2013, explicada pela redução dos resultados de prestação de serviços financeiros principalmente devido à redução da venda de notas estrangeiras decorrente das medidas de desdolarização (regime cambial aplicável ao sector petrolífero e licenciamento de importação de notas), tendo sido parcialmente compensada pelo aumento dos proveitos com os cartões de débito pré-pagos.

Margem Complementar

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

51% 52%50%

46% 42%47%

3% 6%3%

24.786 21.821

MIL

ES D

E A

KZ

Resultados de Operações Cambiais

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros

Outros Proveitos e Custos Operacionais

22.608

87

09. ANÁLISE FINANCEIRA

Custos Administrativos

Os custos administrativos ascenderam os AKZ 25.723, tendo aumentado 17,2% relativamente a 2013.

Os custos com fornecimentos de terceiros atingiram AKZ 11.818 milhões, tendo aumentado 15,7% (AKZ 1.602 milhões) relativamente a 2013, principalmente explicado pelo aumento nas rubricas de comunicações (AKZ 434 milhões), formação (AKZ 170 milhões) e auditoria e consultadoria (250 milhões).

Os custos com o pessoal totalizaram AKZ 9.758 milhões em 2014, tendo aumentado 9,9% (AKZ 877 milhões) relativamente a 2013, principalmente devido (i) ao aumento salarial geral de 10% (com impacto em 6 meses), (ii) ao aumento salarial decorrente do Modelo de gestão de Carreiras (com impacto em 10 meses), (iii) à actualização cambial das remunerações e (iv) ao aumento do número de colaboradores.

Os custos com impostos não incidentes sobre o resultado atingiram AKZ 1.242 milhões, tendo aumentado AKZ 881 milhões, principalmente devido ao imposto sobre a aplicação de capitais (IAC), incidente sobre os Bilhetes do tesouro, Obrigações do tesouro e as operações com acordo de revenda.

O rácio cost-to-income aumentou 5,1 pontos percentuais relativamente a 2013, situando-se em 43,7%, explicado pelo crescimento dos custos administrativos (17,2%) superior ao crescimento do produto bancário (3,6%).

Custos Administrativos

C. Rentabilidade

A rentabilidade dos capitais próprios médios (ROAE) situou-se em 11,8%, menos 0,1 pontos percentuais face ao ano de 2013, decorrente do menor grau de alavancagem uma vez que a rentabilidade do activo líquido médio (ROAA) situou-se em 1,2%, idêntica à verificada no ano anterior.

O ROAA foi influenciado pelo aumento da rentabilidade do activo líquido médio, medido pela margem financeira em 0,2 pontos percentuais relativamente ao verificado em 2013, tendo-se situado em 3,5%, e a redução de 0,1 ponto percentual na rentabilidade do activo líquido médio medido pela margem complementar, tendo-se situado em 2,0%.

Pessoal

Fornecimento de terceiros

Depreciações e Amortizações

Impostos e taxas Não Incidentes sobre o Resultado

Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14

41% 38%41%

47% 46%

11% 11%

47%

5%10%

1% 1%

20.953 21.951 25.723

MIL

ES D

E A

KZ

88

Decomposição da Rendibilidade Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14Δ% Δ%

2013/2012 2014/2013

Margem Financeira 2,8% 3,3% 3,5% 0,4% 0,2%

Resultados de Operações Cambiais 1,1% 1,1% 1,0% 0,0% -0,1%

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 1,1% 1,0% 0,9% -0,1% -0,1%

Outros Proveitos e Custos Operacionais 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,1%

Margem Complementar 2,3% 2,2% 2,0% -0,1% -0,1%

Produto Bancário 5,1% 5,5% 5,5% 0,3% 0,0%

Provisões para Crédito 1,6% 2,1% 1,4% 0,5% -0,8%

Resultados de Intermediação Financeira 3,5% 3,4% 4,1% -0,2% 0,8%

Custos Administrativos 1,9% 2,1% 2,4% 0,2% 0,3%

Outras Provisões e Imparidades 0,3% 0,3% 0,5% 0,0% 0,3%

Resultado Operacional 1,3% 1,0% 1,2% -0,3% 0,2%

Lucros e Prejuízos não Operacionais 0,3% 0,0% -0,1% -0,3% -0,1%

Resultados antes de Impostos e Outros Encargos 1,6% 1,0% 1,1% -0,6% 0,1%

Impostos Correntes e Diferidos 0,0% -0,15% -0,07% -0,2% 0,1%

Rendibilidade do Activo Líquido Médio (ROAA) 1,6% 1,2% 1,2% -0,4% 0,0%

Alavancagem 11,6 10,2 9,8 -12,1% -3,5%

Rendibilidade dos Capitais Prórios Médios (ROAE) 18,4% 11,9% 11,8% -6,5% -0,1%

Rentabilidade

1,6%18,4%

17,8%

0,0% 4,0%2,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0%

1,2%

11,8%

10,4%

1,2%11,9%

10,1%

Dez. 14

Dez. 13

Dez. 12

ROAA

ROAE

RAI/Capitais Próprios

PROPOSTA DE APLICAÇÃODE RESULTADOS

90

O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o resultado líquido de AKZ 12.848.873.367,0 (doze mil e oitocentos e quarenta e oito milhões, oitocentos e setenta e três mil e trezentos e sessenta e sete kwanzas), referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, tenha a seguinte aplicação:

% AKZ

Reservas Livres 70% 8.994.211.356,9

Dividendos 30% 3.854.662.010,1

Resultado Líquido do Exercício 12.848.873.367,0

Luanda, 23 de Março de 2015

O Conselho de Administração

josé Carlos de Castro PaivaPresidente do Conselho de Administração

Ana Paula grayvice-Presidente

Francisco josé Maria de Lemosvice-Presidente

Inokcelina B. C. dos SantosAdministradora Executiva

Simão Francisco FonsecaAdministrador Executivo

Luís Filipe R. LélisAdministrador Executivo

helder Miguel P. j. de AguiarAdministrador Executivo

theodore jameson giletti Administrador

Mário Alberto BarberPresidente da Comissão Executiva

joão Cândido FonsecaAdministrador Executivo

Carlos Duarte Administrador

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

92

A. Balanços

Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013

(Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados unidos - muSD)

31 Dez. 2014 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 31 Dez. 2013

Milhares uSD Milhares uSD

Notas Milhares AKZ (Nota 2) Milhares AKZ (Nota 2)

Activo

Disponibilidades 3 199.052.509 1.935.123 189.309.176 1.939.276

Aplicações de Liquidez

Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 4 122.653.377 1.192.395 253.856.141 2.600.492

Operações de Compra de títulos de terceiros com Acordo de Revenda 4 94.084.365 914.657 68.791.235 704.695

títulos e valores Mobiliários

Mantidos para Negociação 5 3.474.521 33.778 - -

Mantidos Até ao vencimento 5 228.678.434 2.223.136 199.900.493 2.047.773

Créditos no Sistema de Pagamentos 6 387.130 3.764 623.632 6.388

Operações Cambiais - - 404 4

Créditos

Créditos 7 406.440.096 3.951 276 284.667.929 2.916.127

Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 7 (40.979.524) (398.389) (38.960.103) (399.106)

Outros valores 8 21.062.735 204.765 23.537.401 241.116

Imobilizações

Imobilizações Financeiras 9 19.754.802 192.050 16.674.789 170.816

Imobilizações Corpóreas 10 41.776.224 406.135 36.177.285 370.599

Imobilizações Incorpóreas 10 4.687.181 45.567 5.114.656 52.394

total do Activo 1.101.071.850 10.704.257 1.039.693.038 10.650.574

Passivo e Fundos Próprios

Depósitos

Depósitos à Ordem 11 636.949.945 6.192.216 517.287.935 5.299.077

Depósitos a Prazo 11 313.966.643 3.052.280 385.648.057 3.950.563

Captações para Liquidez

Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 12 10.287.418 100.011 9.761.851 100.000

Obrigações no Sistema de Pagamentos 13 3.347.318 32.542 3.383.977 34.665

Operações Cambiais 14 348.738 3.390 1.384.772 14.186

Dívida Subordinada 15 - - 504.393 5.167

Adiantamentos de Clientes 16 5.868.012 57.047 3.115.405 31.914

Outras Obrigações 17 7.495.341 72.868 8.923.710 91.416

Provisões para Responsabilidades Prováveis 18 9.153.967 88.992 5.252.951 53.810

total do Passivo 987.417.382 9.599.346 935.263.051 9.580.798

Capital Social 19 14.786.705 143.751 14.786.705 151.474

Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios 19 28.669 279 28.669 294

Reservas e Fundos 19 85.366.496 829.905 76.909.166 787.854

Resultados Potenciais 19 670.985 6.523 670.807 6.872

Acções Próprias em tesouraria 19 (47.260) (459) (47.260) (484)

Resultado Líquido do Exercício 19 12.848.873 124.912 12.081.900 123.766

total dos Fundos Próprios 113.654.468 1.104.911 104.429.987 1.069.776

total do Passivo e dos Fundos Próprios 1.101.071.850 10.704.257 1.039.693.038 10.650.574

93

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

B. Demonstrações dos Resultados

Demonstrações dos Resultados para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

(Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados unidos - muSD)

31 Dez. 2014 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 31 Dez. 2013

Notas Milhares AKZ Milhares uSD(Nota 2) Milhares AKZ Milhares uSD

(Nota 2)Proveitos de Aplicações de Liquidez 21 7.847.548 76.291 9.187.627 94.118

Proveitos de títulos e valores Mobiliários 21 14.586.439 141.805 10.674.201 109.346

Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados 21 - - 17.925 184

Proveitos de Créditos 21 27.994.574 272.154 28.199.835 288.878

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 50.428.561 490.250 48.079.588 492.526

Custos de Depósitos 21 (12.917.461) (125.579) (13.348.083) (136.737)

Custos de Captações para Liquidez 21 (494.987) (4.812) (554.283) (5.678)

Custos de Captações com títulos e val. Mobiliários 21 (11) - - -

Custos de Dívida Subordinada 21 (2.071) (20) - -

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (13.414.530) (130.411) (13.902.366) (142.415)

Margem Financeira 37.014.031 359.839 34.177.222 350.111

Resultados de Negociações e Ajustes ao valor justo - - (443) (5)

Resultados de Operações Cambiais 22 11.205.976 108.941 11.591.466 118.743

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 23 9.238.432 89.813 10.344.574 105.969

Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa 18 (14.452.093) (140.498) (21.933.083) (224.682)

Resultado de Intermediação Financeira 43.006.346 418.095 34.179.736 350.136

Pessoal 24 (9.758.000) (94.864) (8.880.883) (90.975)

Fornecimentos de terceiros 25 (11.818.173) (114.892) (10.215.688) (104.649)

Impostos e taxas não Incidentes sobre o Resultado 26 (1.242.592) (12.080) (361.255) (3.701)

Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras 27 (115.223) (1.120) (617) (6)

Depreciações e Amortizações 10 (2.789.349) (27.117) (2.492.805) (25.536)

Custos Administrativos e de Comercialização (25.723.337) (250.073) (21.951.248) (224.867)

Provisões sobre Outros valores e Responsabilidades Prováveis 18 (2.997.471) (29.140) (1.378.755) (14.124)

Resultado de Imobilizações Financeiras 28 (2.678.000) (26.035) (1.476.982) (15.130)

Outros Proveitos e Custos Operacionais 29 1.377.007 13.384 671.361 6.876

Outros Proveitos e Custos Operacionais (30.021.801) (291.864) (24.135.624) (247.245)

Resultado Operacional 12.984.545 126.231 10.044.112 102.891

Resultado não Operacional 30 (935.019) (9.090) 461.540 4.728

Resultado Cambial de Conversão para uSD -

Resultado Antes de Impostos e Outros Encargos 12.049.526 117.141 10.505.652 107.619

Imposto Corrente - - - -

Impostos Diferidos Activos 31 799.347 7.771 1.576.248 16.147

Resultado Líquido do Exercício 12.848.873 124.912 12.081.900 123.766 O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

94

C. D

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12.

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113.

654.

468

95

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa

(Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ

e milhares de Dólares dos Estados unidos - muSD)

31 Dez. 2014 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 31 Dez. 2013

Milhares AKZ Milhares uSD (Nota 2)

Milhares AKZ Milhares uSD (Nota 2)

Recebimentos Provenientes de:

Proveitos de Aplicações de Liquidez 8.220.621 79.918 7.170.539 73.455

Proveitos de títulos e valores Mobiliários 13.695.420 133.142 10.674.201 109.346

Proveitos de Créditos 23.420.362 227.685 26.000.607 266.349

Pagamentos de:

Custos de Depósitos (10.279.586) (99.935) (13.349.001) (136.747)

Custos de Captações para Liquidez (493.870) (4.801) (597.656) (6.122)

Custos de Instrumentos Financeiros Derivados - - (27.266) (285)

Custos de Outras Captações (18.371) (179) - -

Fluxos de Caixa da Margem Financeira 34.544.576 335.830 29.871.424 305.996

Resultados de Negociações e Ajustes ao justo valor - - (443) (5)

Resultados de Operações Cambiais 11.205.976 108.941 11.591.466 118.743

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 8.196.388 79.683 9.859.577 101.001

Fluxos de Caixa da Intermediação Financeira 53.946.940 524.454 51.322.024 525.735

Pagamentos de Custos Administrativos e de Comercialização (23.775.577) (231.138) (18.627.348) (190.818)

Liquidação de Operações no Sistema de Pagamentos 199.843 1.943 (73.554.068) (753.485)

Outros Custos e Proveitos Operacionais 1.377.007 13.387 2.050.116 21.001

Fluxos de Caixa das Operações 31.748.213 308.646 (38.809.276) (397.567)

Investimentos em Aplicações de Liquidez 105.536.561 1.025.991 (40.382.960) (413.681)

Investimentos em títulos e valores Mobiliários Activos (31.361.454) (304.886) (31.148.116) (319.080)

Investimentos em Operações Cambiais 404 4 (7) -

Investimentos em Créditos (131.566.724) (1.279.048) (8.127.989) (83.263)

Investimentos em Outros valores 6.550.962 63.686 (8.144.298) (83.430)

Investimentos em Imobilizações (14.557.287) (141.521) (12.463.609) (127.677)

Resultados na Alienação de Imobilizações 842.702 8.192 - -

Outros ganhos e Perdas não Operacionais (39.172) (381) 461.540 4.728

Fluxos de Caixa dos Investimentos (64.594.008) (627.963) (99.805.439) (1.022.403)

Financiamentos com Depósitos 45.342.721 440.807 90.853.265 930.697

Financiamentos com Captações para Liquidez 524.450 5.099 179.263 1.836

Financiamentos com Operações Cambiais (1.036.034) (108.946) (17.897.467) (233.796)

Financiamentos com Outras Captações 2.264.514 22.015 (157.043) (1.609)

Financiamentos com Outras Obrigações (1.359.111) (13.213) (4.628.234) (47.411)

Pagamento de Dividendos (3.147.412) (30.598) (3.756.899) (38.486)

Fluxos de Caixa dos Financiamentos 42.589.128 315.164 64.592.885 611.231

variações em Disponibilidades 9 743 333 (4.153) (74.021.830) (808.739)

Disponibilidades no Início do Exercício 189 309 176 1.939.276 263.331.006 2.748.015

Disponibilidades no Fim do Período 199 052 509 1.935.123 189.309.176 1.939.276

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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E. Anexo às Demonstrações Financeiras

1. Nota Introdutória

O Banco Angolano de Investimentos, S.A. (adiante igualmente designado por “Banco” ou “BAI”), com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados, sendo parte destes de entidades não residentes. O Banco foi constituído em 13 de Novembro de 1996. A actividade comercial foi iniciada no dia 4 de Novembro de 1997. Em 4 de Maio de 2008 o BAI alterou a sua denominação social de sociedade anónima de responsabilidade limitada (S.A.R.L.) para sociedade anónima (S.A.), estando em conformidade com a Lei das Instituições Financeiras, Lei nº 13/2005, de 30 de Setembro, no que diz respeito ao artigo 13º alínea b). Em 11 de janeiro de 2011 o Banco alterou a sua designação de Banco Africano de Investimentos, S.A. para Banco Angolano de Investimentos, S.A.

O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária, nos termos e dentro dos limites definidos pelo Banco Nacional de Angola (adiante designado por “BNA”), dedicando-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos, certificados de depósito e de obrigações de caixa, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no BNA, aplicações em instituições financeiras, aquisição de títulos ou em outros activos para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira, dispondo para o efeito de uma rede nacional de 138 pontos de atendimento, sendo que destes 10 foram abertos no ano de 2014. Cerca de 80 pontos de atendimento da sua rede nacional encontram-se localizados na cidade de Luanda. O Banco dispõe na rede de 10 centros de atendimento às empresas e um centro de Private Banking.

2. Bases de Apresentação e Resumo das Principais Políticas Contabilísticas

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONtIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do BNA, e actualizações subsequentes, nomeadamente a Directiva nº 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards) em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se encontrem estabelecidos no CONtIF. Estes princípios poderão diferir dos geralmente aceites em outros países.

O BNA autorizou o BAI, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a manter as suas imobilizações financeiras registadas pelo método do custo histórico de aquisição e não pelo método de equivalência patrimonial conforme definido no CONtIF.

Por deliberação da Assembleia geral de Accionistas, o BAI constituiu no exercício de 2007 uma reserva nos fundos próprios, com a designação de “Fundo Social”, com a finalidade de apoio aos seus colaboradores, tendo esta reserva vindo a ser dotada anualmente através da aplicação de resultados. Os critérios de atribuição deste benefício encontram-se definidos no Regulamento do Fundo Social, conforme descrito na Nota 2, alínea k).

O “Fundo Social”, no montante de mAKZ 2.801.705 (muSD 27.237), encontrava-se registado como uma reserva nos fundos próprios do Banco, tendo, no exercício de 2013, sido reclassificados os montantes de mAKZ 1.700.342 (muSD 16.530) e mAKZ 1.101.363 (muSD 10.707) para a rubrica de passivo “Outras obrigações” (Nota 17) e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8), respectivamente.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 encontram-se expressas em milhares de Kwanzas, conforme Aviso nº 15/2007, Art. 5º do BNA, tendo os activos e passivos denominados em outras divisas sido convertidos para moeda nacional, com base no câmbio médio de referência publicado pelo BNA naquelas datas.

A informação financeira relativa a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 expressa em uSD é apresentada apenas para efeitos de conveniência de leitura tendo a sua conversão sido efectuada com base na taxa de câmbio médio indicativa, publicada pelo BNA em 31 de Dezembro de 2014 e 2013. Esta conversão não deve ser interpretada como a representação de que os montantes em Kwanzas (AKZ) têm sido, poderiam ter sido ou poderão vir a ser, convertidos para Dólares dos Estados unidos (uSD) a estas ou a quaisquer taxas de câmbio.

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os câmbios de referência, do Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados unidos (uSD) e ao Euro (EuR) eram os seguintes:

Período de Referência uSD EuR

31.12.2014 102.863 125.195

31.12.2013 97.619 134.387

Políticas Contabilísticas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização de Exercícios

Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

Os dividendos são reconhecidos quando recebidos.

b) Operações em Moeda Estrangeira

As operações em moeda estrangeira são contabilizadas de acordo com os princípios do sistema multi-currency, sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio média publicada pelo BNA à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, registam-se na demonstração dos resultados do exercício na rubrica de resultados de operações cambiais (Nota 22).

As operações de compra e venda de moeda estrangeira, quando não liquidadas na data da sua contratação, são registadas em contas extrapatrimoniais na rubrica “vendas de moeda estrangeira a liquidar” (Nota 31). Quando liquidadas as mesmas são liquidadas na data de sua contratação, sendo registadas nas adequadas contas patrimoniais.

As transferências para, e, do exterior em moeda estrangeira são registadas como operações pendentes de liquidação, a débito ou a crédito, conforme o caso.

As ordens de pagamento enviadas ao exterior, bem como as recebidas do exterior, são registadas na data do recebimento da ordem ou do aviso do crédito, como operações pendentes de liquidação, em conta específica de débito ou crédito.

c) Créditos

Os créditos são activos financeiros não derivados, com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados no mercado activo e são registados pelos valores contratados, quando originados pelo Banco, ou pelos valores pagos, quando adquiridos a outras entidades.

Os juros e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações por contrapartida de rubricas de resultados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

As comissões de crédito por sua vez são registadas nas rubricas de resultados no momento em que são cobradas.

Os créditos são registados pelo seu valor inicial líquido das amortizações e provisões para créditos de liquidação duvidosa.

Os rendimentos provenientes de análises internas associadas a processos de abertura de crédito, de expediente e de prorrogação associadas a operações de crédito são reconhecidas em resultados no momento da sua cobrança.

As responsabilidades por garantias e avales são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações.

As operações de crédito concedido a Clientes, incluindo as garantias e avales prestados, são submetidas à constituição de provisões de acordo com o Aviso nº 4/2011, de 8 de junho, do BNA, republicado em Diário da República como Aviso nº 3/2012, de 28 de Março, sobre a metodologia de classificação do crédito concedido a Clientes e a determinação das respectivas provisões.

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O Banco procede à anulação de juros vencidos com atraso superior a 60 dias e não reconhece juros a partir dessa data até ao momento em que o Cliente regularize a sua situação.

Com a entrada em vigor do Aviso nº 4/2011, de 8 de junho do BNA, posteriormente revogado pelo Aviso 3/2012 de 28 de Março do BNA, as operações de crédito, por desembolso, foram concedidos em moeda nacional para todas as entidades, com excepção do Estado e empresas com comprovadas receitas e recebimentos em moeda estrangeira, para as seguintes finalidades:

i. Assistência financeira de liquidez, incluindo, entre outras, as contas correntes caucionadas;

ii. Financiamento automóvel;

iii. Empréstimo ao consumo;

iv. Micro crédito;

v. Adiantamento a depositantes ou descobertos;

vi. Outras modalidades de crédito financeiro com natureza de curto prazo (inferior a um ano).

Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias

Nos termos do Aviso nº 3/2012, de 28 de Março do BNA, o Banco classifica as operações de crédito concedido e as garantias e avales e créditos documentários prestados por ordem crescente de risco, de acordo com os seguintes níveis:

A Nulo B Muito reduzido C Reduzido D Moderado E Elevado F Muito elevado g Perda

Nível Risco

Adicionalmente, as operações de crédito sem incumprimento, que não foram registadas como crédito vencido, são classificadas no nível A, caso se tratem de entidades com risco Estado e nos níveis B ou C para as restantes entidades, consoante a percepção de risco que decorre da avaliação do Cliente, nomeadamente da sua capacidade para fazer face ao serviço de dívida, e da componente financeira da operação, sustentada na análise de cash-flows e garantias (tipologia e rácio de cobertura do crédito).

A classificação das operações de crédito de um mesmo Cliente ou grupo económico é efectuada na classe que apresentar maior risco. Neste âmbito, o Banco revê mensalmente a classificação de cada crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela do principal ou dos encargos, utilizando o mesmo procedimento que determinou a sua classificação inicial.

O crédito vencido é classificado no nível de risco em função do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos de aprovisionamento calculados de acordo com a tabela seguinte:

% de Provisão 0% 1% a < 3% 3% a < 10% 10% a < 20% 20% a < 50% 50% a < 100% 100%tempo decorrido após aentrada em incumprimento:Operações com prazoinferior a dois anos - De 15 a 30 dias De 1 a 2 meses De 2 a 3 meses De 3 a 5 meses De 5 a 6 meses Mais de 6 mesesOperações com prazosuperior a dois anos - De 30 a 60 dias De 2 a 4 meses De 4 a 6 meses De 6 a 10 meses De 10 a 12 meses Mais de 12 meses

Nível de Risco A B C D E F g

Os créditos vencidos há mais de 30 dias são classificados nos níveis de risco B, C, D, E, F e g em função do tempo decorrido desde a data de entrada em incumprimento das operações. Conforme apresenta o quadro acima, para os créditos concedidos com prazo superior a 24 meses (dois anos) deverão ser considerados em dobro os prazos definidos para efeito da atribuição da classe de risco.

Para as operações de crédito que são alvo de renegociação por dificuldades financeiras do Cliente, os juros não liquidados são anulados da demonstração de resultados por contrapartida do registo de uma provisão no mesmo montante.

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

As operações que sejam objecto de renegociação por dificuldades financeiras do Cliente, são mantidas no mesmo nível de risco, excepto quando são pagos, no mínimo, a totalidade dos juros vencidos. Adicionalmente o pagamento parcial ou total do capital vencido e o reforço de garantias também tem efeito sobre a classificação de crédito.

Seis meses após a classificação de uma operação na Classe g o Banco abate esse crédito ao activo pela utilização da respectiva provisão. Adicionalmente, estes créditos permanecem registados numa rubrica extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos.

Nas situações em que são efectuadas recuperações ou recebidas dações em cumprimento de créditos anteriormente abatidos ao activo por utilização de provisões, os montantes recebidos são registados na rubrica “Resultado não operacional” (Nota 30).

Os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos previamente abatidos ao activo, são registados na rubrica de Outros activos – Imóveis não de uso próprio tendo como contrapartida o reconhecimento do proveito por recuperação de créditos, tendo por base os seguintes procedimentos:

• A avaliação é efectuada por um perito ou empresa especializada na matéria pertinente ao objecto da avaliação, não vinculados, directa ou indirectamente, ao Banco ou a qualquer sociedade a este ligado, nem ao seu auditor externo ou a qualquer sociedade a ele ligada;

• O valor do bem a ser registado limita-se ao montante apurado na sua avaliação;

• O reconhecimento contabilístico é feito com a concordância do auditor externo sobre a adequação dos procedimentos utilizados na avaliação;

• A aprovação da avaliação é feita em acta da Comissão Executiva;

• Os imóveis não são sujeitos a depreciação ou a reavaliação;

• Os proveitos extraordinários provenientes do registo destes imóveis são considerados para efeitos de apuramento de imposto, de acordo com o Código do Imposto Industrial.

O Banco deve proceder à alienação dos imóveis que resultarem do reembolso de créditos no prazo de dois anos (Art.º nº 11 da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro – Lei das Instituições Financeiras).

São também classificados como bens não de uso próprio os imóveis que não são parte integrante das instalações do Banco, nem se destinam à prossecução do seu objecto social.

d) Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios

Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do BNA, sobre actualização monetária, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação superior a 100% em 3 anos consecutivos, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos saldos de capital, reservas, resultados transitados e activo imobilizado. O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente a débito na conta de “Resultado da Actualização Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida do aumento dos saldos de fundos próprios, com excepção da rubrica “Capital Social”, que deve ser classificada numa rubrica específica (“Reserva de actualização monetária do Capital Social”), que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital.

Em 31 de Dezembro de 2014 e no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Banco não procedeu à actualização dos seus fundos próprios, em virtude da inflação verificada não corresponder ao previsto no Aviso acima referido.

e) Imobilizações Financeiras

Conforme referido na Nota 2, Bases de Apresentação, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a título excepcional, o Banco foi autorizado pelo BNA a manter as imobilizações financeiras registadas ao custo de aquisição.

Desta forma, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as imobilizações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição líquido de imparidade. Quando este se encontra denominado em moeda estrangeira é reflectido contabilisticamente à taxa de câmbio da data do fecho. Sempre que se estimam perdas permanentes no seu valor de realização é reconhecida imparidade para perdas em imobilizações.

O Banco procede semestralmente a testes de imparidade nas subsidiárias cujos eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a imparidade para perdas em imobilizações financeiras reconhecida por contrapartida da rubrica “Resultado de imobilizações financeiras” (Nota 28).

Em 2014 o Banco adquiriu uma sociedade na cidade da Praia em Cabo verde, denominada BAI Center, tendo sido realizado para tal um contrato de suprimentos. Estes suprimentos são remunerados semestralmente a uma taxa de 1,5%.

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f) Imobilizações Incorpóreas e Corpóreas

As imobilizações incorpóreas correspondem essencialmente a benfeitorias em imóveis de terceiros e a desenvolvimento e aquisição de software. Estas despesas são registadas ao custo de aquisição, incluindo os custos indispensáveis para a sua colocação em funcionamento e amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com excepção das obras em edifícios arrendados que são amortizadas de acordo com a vida útil estimada ou o período de locação contratual. As imobilizações corpóreas são inicialmente registadas ao custo de aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis. uma percentagem equivalente a 30% do aumento das amortizações que resulta das reavaliações efectuadas não é aceite como custo para efeitos fiscais de acordo com a legislação em vigor, pelo que são acrescidos ao lucro tributável.

A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada:

Anos de vida útil

Edifícios 50Obras em edifícios arrendados 10 Equipamento Mobiliário e material 10 Máquinas e ferramentas 6 a 10 Equipamento informático 3 a 10 viaturas de transporte terrestre 3 Outras imobilizações 10

As imobilizações em curso encontram-se registadas ao custo de aquisição e iniciarão a sua amortização no momento de entrada de funcionamento ou utilização.

g) Operações Comprometidas

O Banco realiza operações de compra ou venda de liquidez temporária, tendo por base a garantia de títulos, com ou sem a mudança de titularidade. As operações comprometidas são realizadas no mercado interfinanceiro com o BNA, entre as instituições financeiras, ou no mercado secundário entre o Banco e os seus Clientes.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Banco efectuou no mercado interfinanceiro operações de compra de títulos com acordos de revenda, em que foram aplicados recursos recebendo títulos de terceiros em garantia com o compromisso de serem revendidos no vencimento do contrato (Nota 4).

Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros com acordos de revenda correspondem à diferença entre o valor da revenda e o valor da compra. O reconhecimento do proveito é realizado conforme o princípio da especialização em razão da fluência do prazo da operação na rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de aplicações de liquidez” (Nota 21).

h) Títulos e Valores Mobiliários

O Conselho de Administração determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. Atendendo às características dos títulos e à intenção aquando da sua aquisição, os títulos e valores mobiliários do Banco em 31 de Dezembro de 2014 estão classificados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento e mantidos para negociação.

Títulos Mantidos para Negociação

São considerados títulos mantidos para negociação ao justo valor através de resultados, os títulos adquiridos com a intenção de serem activa e frequentemente negociados.

Os activos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos directamente atribuíveis à aquisição do activo, e subsequentemente mensurados ao justo valor.

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários mantidos para negociação”.

A metodologia de apuramento do justo valor (valor de mercado) é estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, que levam em consideração a independência na colecta de dados em relação às taxas praticadas na sala de mercados, nomeadamente:

i) O preço médio de negociação no dia do apuramento ou, quando não disponível, o preço médio de negociação no dia útil anterior;

ii) O valor líquido provável de realização obtido mediante adopção de técnica ou modelo de formação de preços;

iii) O preço de instrumento financeiro semelhante, levando em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador;

iv) O preço definido pelo BNA.

Títulos Mantidos até ao Vencimento

Encontram-se classificados nesta categoria os títulos para os quais o Banco tem a intenção e capacidade financeira para a sua manutenção em carteira até à data de vencimento. Os títulos classificados nesta rubrica são registados ao custo de aquisição líquido de imparidade, acrescido dos rendimentos auferidos pela fluência dos seus prazos (incluindo periodificação do juro e do prémio/desconto por contrapartida de resultados), reconhecendo o Banco eventuais lucros ou prejuízos associados na data de vencimento pela diferença entre o preço realizado e o respectivo valor contabilístico.

No caso de eventual venda dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos mantidos até ao vencimento antes do resgate, devem ser registados os eventuais lucros ou prejuízos apurados na data da venda pela diferença entre o preço de venda e o seu valor contabilísticos.

Os títulos do Banco Central (tBC) e os Bilhetes do tesouro (Bt) são emitidos a desconto e registados pelo custo de aquisição. A diferença entre este e o valor nominal, que constitui a remuneração do Banco, é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período compreendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na conta com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As Obrigações do tesouro (Ot) adquiridas a valor descontado são registadas pelo custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde ao desconto verificado no momento da compra, é reconhecida durante o período de vida do título com a especificação “Proveitos a receber”. Os juros decorridos relativos a estes títulos são igualmente contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As Obrigações do tesouro emitidas em moeda nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados unidos (OtMN-txC) estão sujeitas a actualização cambial. Deste modo, o resultado da actualização cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre, na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 21).

As Obrigações do tesouro em moeda nacional não reajustáveis com taxas de juro de cupão predefinidas por maturidade são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos são contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As outras obrigações em moeda estrangeira são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos, bem como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso, são reflectidos linearmente em resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 21).

Regime de Tributação dos Títulos da Dívida Pública

Os rendimentos de títulos da dívida pública emitidos pelo Estado Angolano, cuja emissão se encontra regulamentada pela Lei-quadro da Dívida Pública Directa (Lei nº 16/02, de 5 de Dezembro), bem como pelo Decreto Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro (que veio revogar e substituir os anteriores diplomas que procediam à dita regulamentação, nomeadamente, o Decreto nº 51/03 e o Decreto nº 52/03, ambos de 8 de julho), gozam de isenção de todos os impostos.

Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 23.º do Código do Imposto Industrial é prevista uma exclusão de tributação em sede deste imposto para este tipo de rendimentos. O Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro, introduziu uma norma de sujeição a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) sobre os juros dos bilhetes do tesouro e das obrigações do tesouro. Contudo, o artigo 2.º do diploma em apreço prevê que a sujeição a imposto apenas se aplica aos títulos adquiridos após a entrada em vigor da lei.

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De acordo com a última posição conhecida das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigida à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola datada de 26 de Setembro de 2013), entende-se que os rendimentos decorrentes de títulos de dívida pública com data de emissão igual ou posterior a 1 de janeiro de 2013 encontram-se sujeitos a IAC. Este facto não prejudica, porém, a referida exclusão de tributação destes rendimentos prevista no Código do Imposto Industrial.

Classificação do Risco

De acordo com as disposições do CONtIF, o Banco classifica os títulos da sua carteira própria conforme a seguinte notação de risco de crédito:

Nível A. títulos soberanos emitidos pelo Estado Angolano ou estados pertencentes ao bloco do g7, e títulos com uma notação de risco atribuída pela Standard & Poors (S&P) ou outra agência independente de reconhecida idoneidade (Moody’s ou Fitch), entre o intervalo AAA e AA-;

Nível B. títulos soberanos emitidos pelo bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A+ e A;

Nível C. títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A- e BBB+;

Nível D. títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BBB e BBB-;

Nível E. títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BB+ e B-;

Nível F. títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo CCC+ e C;

Nível g. títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, igual ou inferior a D.

i) Instrumentos Financeiros Derivados

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Banco não deteve instrumentos financeiros derivados registados no seu Balanço.

O Banco pode no entanto, realizar operações de instrumentos financeiros derivados, como “forwards cambiais”, no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados e com base nas suas necessidades de liquidez em moeda estrangeira.

As transacções de derivados financeiros são efectuadas em mercados de balcão (OtC – Over-the-counter).Os instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contratos e são subsequentemente mensurados ao justo valor. Os derivados de negociação são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas em resultados, nas rubricas de “Proveitos ou Custos com Instrumentos Financeiros Derivados”. Os derivados são considerados como activos quando o seu justo valor é positivo e como passivos quando o seu justo valor é negativo.

Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor de referência contratual (valor nocional).

Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de cobertura (hedge) ou de especulação e arbitragem, conforme a sua finalidade.

j) Pensões de Reforma e Compensação de Reforma e Outros Custos com Colaboradores

Fundo de Pensões

A Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores Angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores.

O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI”.

103

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Até 31 de Dezembro de 2009 o Banco tinha concedido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012 foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12 aprovado pelo Ministério das Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao Plano de Pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definido para um plano de contribuição definida.

No seguimento da referida alteração ao Fundo foi mantido o Plano de Pensões de benefício definido para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009.

Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do Fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida.

Até 31 de Dezembro de 2012 o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEg (Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros).

Importa ainda salientar que o Banco, entre 2010 e Dezembro de 2013, criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao Fundo.

A gestão do “Fundo de Pensões BAI” foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A., com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013.

Com base na nova configuração dos planos do Fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do Fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2014, em 114,48% (Dezembro 2013: 98,85%).

Como resultado da criação do Plano de Pensões de contribuição definida, foram afectos mAKZ 1.151.897 (muSD 11.799) já provisionados, distribuídos por cada um dos participantes elegíveis em 31.12.2009, como primeira contribuição para esse plano, com base nos referidos cálculos actuariais.

Compensação de Reforma

Nos termos do Artigo nº 262 da Lei geral do trabalho (Lei nº 2/2000), o Banco constitui provisões para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma”, as quais são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor total das responsabilidades é determinado numa base mensal e ajustado no valor das responsabilidades do Banco (Notas 17 e 24).

Provisão para Férias e Subsídio de Férias

A Lei geral do trabalho, determina que o montante de subsídio de férias pagável aos trabalhadores em determinado exercício é um direito por eles adquirido no ano imediatamente anterior. Consequentemente, o Banco releva contabilisticamente no exercício os valores relativos a férias e subsídio de férias pagáveis no ano seguinte (Nota 17).

k) Fundo Social

De acordo com o regulamento do Fundo Social, este tem por finalidade a prestação de apoio social aos trabalhadores do BAI e às suas famílias.

O referido apoio social poderá revestir-se, designadamente, das seguintes modalidades:i) Disponibilização/alienação de fracções autónomas/imóveis, em regime de preços bonificados;

ii) Outros apoios sociais a definir pela Comissão de gestão do Fundo, tais como disponibilização de transportes colectivos e de creches.

A Assembleia geral do BAI, sob proposta do Conselho de Administração, deliberará a afectação anual de cada exercício, a qual constituirá a dotação financeira do Fundo Social, sendo a mesma registada na demonstração de resultados.

As dotações não utilizadas anualmente transitarão para o orçamento do Fundo Social do ano seguinte.

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Só poderão beneficiar do apoio do Fundo Social os trabalhadores que cumpram com as seguintes condições à data de concessão do referido apoio social:

(i) ter antiguidade mínima de 3 anos;

(ii) Não possuir registo de processo disciplinar nos últimos 3 anos;

(iii) ter obtido avaliação de desempenho acima da média.

l) Provisões para Responsabilidades Prováveis

uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.

São reconhecidas contingências passivas em contas extrapatrimoniais quando o Banco tem uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam sob o controlo do Banco.

As provisões para responsabilidades prováveis registadas pelo Banco destinam-se a suportar as potenciais perdas e outras contingências, nomeadamente as decorrentes de activos não recuperáveis, fraudes, falhas de caixa, outras imobilizações e juros a receber de crédito (Nota 18).

Redução no valor Recuperável de Outros Activos (imparidade)

O Banco avalia periodicamente os seus activos, especialmente na ocasião da elaboração de demonstrações financeiras, com vista a identificar activos que apresentem o valor recuperável inferior ao valor contabilístico. O reconhecimento da redução no valor contabilístico (imparidade) de um activo acontece sempre que o seu valor contabilístico exceder o valor recuperável, por contrapartida de resultados.

m) Impostos sobre o Rendimento

Os rendimentos obtidos pelo Banco, no âmbito do exercício normal da sua actividade, estão sujeitos a diversos impostos, consoante a sua natureza. Deste modo, o Banco é tributado pela totalidade dos lucros obtidos quer no país, quer no estrangeiro e o seu lucro tributável corresponde à diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou perdas imputáveis ao exercício em apreço, eventualmente corrigidos nos termos do Código do Imposto Industrial. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos do nº 1 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, sendo, actualmente, a taxa de imposto aplicável de 30%, de acordo com a referida Lei, a qual veio estabelecer um regime transitório na adopção do novo Código do Imposto Industrial.

O Imposto Industrial é objecto de liquidação provisória, em três prestações iguais e consecutivas, concretamente em janeiro, Fevereiro e Março, sendo o imposto a liquidar antecipadamente calculado com base em 75% do lucro tributável do último exercício. Em função do crédito de imposto de que o Banco dispõe (Nota 8).

Imposto sobre a Aplicação de Capitais

Na sequência da linha definida pelo projecto da Reforma tributária, foi publicado, em Diário da República, o Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, que procede à revisão e republicação do Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”), em vigor desde o passado dia 19 de Novembro de 2014. O Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, em vigor desde o dia 19 de Novembro, veio rever e introduzir diversas alterações legislativas ao Código do IAC, na sequência do projecto da Reforma tributária. O IAC incide, genericamente, sobre os rendimentos provenientes das aplicações financeiras do Banco. A taxa varia entre 5% (no caso de juros pagos relativamente a títulos de dívida pública que apresentem uma maturidade igual ou superior a três anos) e 15%. Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos de títulos de dívida pública, conforme previamente mencionado, segundo último entendimento das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de janeiro de 2013 se encontram sujeitos a este imposto.

O IAC tem a natureza de pagamento por conta do Imposto Industrial, operando esta compensação por via da dedução à colecta que vier a ser apurada, nos termos da alínea a) do número 81.º do Código do Imposto Industrial.

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Imposto Predial Urbano

De acordo com as alterações introduzidas pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, ao Código do Imposto Predial urbano (IPu), sobre as rendas auferidas de imóveis arrendados incide IPu, à taxa de 15% (Nota 26).

Por outro lado, nos termos do Artigo 23.º do Código do Imposto Industrial, não se consideram proveitos ou ganhos do exercício, para efeitos de apuramento do imposto devido, as rendas que sejam sujeitas a IPu.

n) Impostos Diferidos

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em exercícios futuros, resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucro tributável futuro que permita a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais, enquanto que os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais de um, ou mais, dos três anos seguintes.

Não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

A principal situação que no BAI origina diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal diz respeito a prejuízos fiscais reportáveis e provisões temporariamente não dedutíveis.

Os impostos diferidos são calculados numa base semestral, utilizando as taxas de imposto que se antecipe estarem em vigor à data de reversão das diferenças temporárias.

o) Impostos sobre o Património

Imposto Predial Urbano

Em face da redacção introduzida pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, foi revogada a isenção anteriormente prevista no Regulamento do IPu, passando a incidir IPu à taxa de 0,5% sobre o valor patrimonial dos imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da actividade normal do Banco (superior a AKZ 5.000.000) (Nota 26).

SISA

Nos termos do Diploma Legislativo nº 230, de 18 de Maio de 1931 e, bem assim, das alterações introduzidas pela Lei nº 15/92, de 3 de julho e Lei nº 16/11, de 21 de Abril, a SISA incide sobre todos os actos que importem transmissão perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a denominação ou forma do título (v.g., actos que importam transmissão de benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos, as transmissões de bens imobiliários por meio de doações com entradas ou pensões ou a transmissão de bens imobiliários por meio de doações), à taxa de 2% (Nota 26).

p) Outros Impostos

O Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, designadamente, impostos aduaneiros, Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras taxas (Nota 26).

q) Substituição Tributária

No âmbito da sua actividade, o Banco assume a figura de substituto tributário, efectuando retenção na fonte dos impostos relativos a terceiros, os quais entrega posteriormente ao Estado.

Imposto sobre a Aplicação de Capitais

De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, o Banco procede a retenção na fonte de IAC, à taxa de 10% sobre os juros de depósitos a prazo pagos a Clientes (Nota 17 e 26).

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Imposto de Selo

De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 3/14, de 21 de Outubro, recai sobre o Banco a responsabilidade de liquidação e entrega do Imposto de Selo devido pelos seus Clientes na generalidade das operações bancárias (v.g., financiamentos, cobrança de juros de financiamentos, comissões por serviços financeiros), procedendo o Banco à liquidação do imposto, às taxas previstas na tabela do Imposto de Selo (Nota 17 e 26).

Imposto Industrial

De acordo com o previsto no número 2 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, a qual veio estabelecer um regime transitório na adopção do novo Código do Imposto Industrial, a tributação efectiva das empreitadas, sub-empreitadas e prestação de serviços nos termos da Lei nº 7/97, de 10 de Outubro – Lei das Empreitadas, o Banco procede à retenção na fonte sobre determinadas prestações de serviços, às taxas previstas no referido nº 2 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, nomeadamente à taxa de 3,5% e 5,25%, consoante se trate de empreitadas, sub-empreitadas ou prestações de serviços, respectivamente (Nota 17 e 26).

Imposto Predial Urbano

De acordo com o previsto na Lei nº 18/11, de 21 de Abril, o Banco procede a retenção na fonte do IPu devido, à taxa de 15%, sobre o pagamento ou entrega de rendas relativas a imóveis arrendados (Nota 17 e 26).

3. Disponibilidades

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Caixa:

Notas e Moeda Nacionais 15.933.230 154.896 14.813.020 151.744

Notas e Moedas Estrangeiras

Em Dólares dos Estados unidos 1.738.375 16.900 5.839.344 59.818

Em Euros 3.255.999 31.654 971.685 9.954

Em Outras Divisas 227.586 2.213 171.407 1.756

Notas em AtM 4.767.964 46.353 2.749.130 28.162

25.923.154 252.016 24.544.586 251.434

Depósitos à Ordem no Banco Nacional de Angola (BNA)

Em Moeda Nacional 76.359.707 742.344 65.910.508 675.185

Em Dólares dos Estados unidos 75.450.011 733.500 70.168.178 718.800

151.809.718 1.475.844 136.078.686 1.393.985

Cheques a Cobrar – no País 500.916 4.870 680.222 6.968

Cheques a Cobrar – no Estrangeiro 48.155 468 52.050 533

549.071 5.338 732.272 7.501

Depósitos à Ordem no Estrangeiro

Em Dólares dos Estados unidos 18.615.652 180.975 27.268.353 279.336

Em Euros 1.947.989 18.938 305.680 3.131

Em Outras Divisas 206.925 2.012 379.599 3.889

20.770.566 201.925 27.953.632 286.356

199.052.509 1.935.123 189.309.176 1.939.276

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional e moeda estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados.

As reservas obrigatórias são apuradas de acordo com o instrutivo do BNA sobre a Política Monetária, e são constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função da respectiva denominação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem.

Em 31 de Dezembro de 2014 a exigibilidade de manutenção de reservas obrigatórias foi apurada através da aplicação de um coeficiente de 12,5% sobre os passivos elegíveis em moeda nacional e 15% em moeda estrangeira, e um coeficiente de 10% sobre os valores em caixa em moeda nacional, nos termos do disposto no Instrutivo nº 01/2014 de 12 de Fevereiro que revogou os Instrutivos nº 03/2013 de 1 de julho.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o total de reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira era de mAKZ 63.212.740 e mAKZ 61.437.687, e muSD 588.812 e muSD 716.040, respectivamente. O saldo da rubrica “Depósitos à ordem no BNA” pode divergir destes valores por incluir reservas livres.

4. Aplicações de Liquidez

Esta rubrica corresponde a depósitos a prazo mantidos em outras instituições financeiras e a operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda efectuado com o BNA e com outras instituições financeiras nacionais, os quais apresentam a seguinte estrutura:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

taxa Média de juro

Montante em Divisa

Milhares de AKZ

Milhares de uSD

taxa Média de juro

Montante em Divisa

Milhares de AKZ

Milhares de uSD

Aplicações de Liquidez no País

Em Kwanzas 4,42% 33.274.456.259 33.274.456 323.484 7,80% 64.717.844.809 64.717.845 662.967

Em Dólares dos Estados unidos 3,43% 28.000.000 2.880.164 28.000 5,03% 217.000.000 21.183.215 217.000

36.154.620 351.484 85.901.060 879.967

Aplicações de Liquidez no Estrangeiro

Em Dólares dos Estados unidos 0,25% 752.683.336 77.423.266 752.683 0,83% 1.591.600.000 155.369.605 1.591.600

Em Euros 1,32% 55.165.110 6.906.396 67.141 1,68% 86.576.100 11.634.659 119.185

84.329.662 819.824 167.004.264 1.710.785

Depósitos Colaterais no Estrangeiro em ME 8,54% 19.276.099 1.982.797 19.276 4.009.979 391.447 4.010

Proveitos a Receber 186.298 1.811 559.370 5.730

122.653.377 1.192.395 253.856.141 2.600.492

Operações de Compra de títulos de terceiros com Acordo de Revenda

BNA - Em Kwanzas 5,02% 94.084.365 914.657 2,64% 68.791.235 704.695

94.084.365 914.657 68.791.235 704.695

216.737.742 2.107.052 322.647.376 3.305.187

Em 31 de Dezembro de 2014 o saldo que compõe a rubrica “Depósitos colaterais no estrangeiro em ME” é referente ao aprovisionamento no correspondente para liquidações diárias das utilizações de cartões vISA para posterior regularização junto do Cliente.

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Aplicações de liquidez no estrangeiro” inclui os montantes de mAKZ 533.994 (muSD 5.191), mAKZ 944.151 (muSD 9.179), que se encontram a colaterizar operações de crédito concedidas pelas filiais BAI Cabo verde e BAI Europa, respectivamente. Para estas operações foram constituídas provisões de mAKZ 77.931 (muSD 758), através da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” (Nota 18).

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda” inclui apenas operações mantidas com o BNA. Estas operações apresentam um valor nominal, excluindo juros a receber, de mAKZ 93.681.613 (muSD 910.742), e apresentam maturidades residuais inferiores a três meses.

108

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as aplicações de liquidez apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Até três Meses 203.040.727 1.973.896 290.775.958 2.978.697

De três a Seis Meses 5.126. 692 49.840 18.327.617 187.747

De Seis Meses a um Ano 8.570.323 83.316 13.543.801 138.743

216.737.742 2.107.052 322.647.376 3.305.187

5. Títulos e Valores Mobiliários

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013taxa de juro

MédiaMilhares de AKZ

Milhares de uSD

taxa de juro Média

Milhares de AKZ

Milhares de uSD

Mantidos para Negociação

Obrigações de Caixa Ministério das Finanças 7,00% 3.407.600 33.128 - - -

3.407.600 33.128 - -

juros a Receber

Obrigações de Caixa Ministério das Finanças 66 921 650 - -

66 921 650 - -

3.474.521 33.778 - -

Mantidos Até o vencimento

Bilhetes do tesouro 5,64% 46.402 011 451.105 4,41% 58.469.396 598.958

títulos do Banco Central - - - 4,44% 3.473.880 35.586

Obrigações do tesouro em Moeda Nacional- Indexadas à taxa de Câmbio do Dólar dos

Estados unidos6,95% 55.719.796 541.689 6,93% 33.969.304 347.980

- Não Reajustáveis 7,24% 49.734.427 483.502 7,14% 39.093.368 400.471

Obrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 3,60% 73.467.722 714.229 3,79% 47.273.947 484.272

Outras Obrigações em Moeda Estrangeira 7,79% 413.213 4.016 3,76% 15.570.341 159.502

225.737.169 2.194.541 197.850.236 2.026.769

Proveitos a Receber

Bilhetes do tesouro 1.046.216 10.171 656.329 6.723

títulos do Banco Central - - 415 4

Obrigações do tesouro em Moeda Nacional

- Indexadas à taxa de Câmbio do Dólar dos Estados unidos

123.868 1.204 33.288 341

- Não Reajustáveis 960.808 9.341 697.885 7.149

Obrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 803.799 7.814 649.304 6.651

Outras Obrigações em Moeda Estrangeira 6.574 65 13.036 136

2.941.265 28.595 2.050.257 21.004

228.678.434 2.223.136 199.900.493 2.047.773

232.152.955 2.256.914 199.900.493 2.047.773

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os títulos em carteira apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Até três Meses 26.010.294 252.863 17.783.472 182.174

De três a Seis Meses 11.845.941 115.162 50.613.051 518.478

De Seis Meses a um Ano 48.528.647 471.779 19.178.028 196.459

Mais de um Ano 145.768.073 1.417.110 112.325.942 1.150.662

232.152.955 2.256.914 199.900.493 2.047.773

Em 31 de Dezembro de 2014 a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito:

31 Dez. 2014título Milhares

de AKZMilhares de uSD

Emissor Domicílio Actividade Nível de Risco

Obrigações do tesouro não Reajustáveis(Dossier de Negociação)

3.407.600 33.128 Estado Angola governo A

3.407.600 33.128 Obrigações do tesouro Indexadas ao Câmbio 55.719.796 541.689 Estado Angola governo AObrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 49.734.427 483.502 Estado Angola governo ABilhetes do tesouro 46.402.011 451.105 Estado Angola governo AObrigações do tesouro não Reajustáveis 72.953.407 709.229 Estado Angola governo ABanco KEvE Obrigações de Caixa 514.315 5.000 Keve Angola Instituição financeira CBAI Cabo verde Obrigações de Caixa 12/16 118.063 1.148 BAI Cabo verde Cabo verde Instituição financeira CObrigações Fast Ferry 07/15 255.411 2.483 Fast Ferry Cabo verde transportes CObrigações Sogei 02/14 39.739 385 Sogei Cabo verde Construção C

225.737.169 2.194.541 229.144.769 2.227.669

Em 31 de Dezembro de 2013 a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito:

31 Dez. 2013

títuloMilharesde AKZ

Milharesde uSD

Emissor Domicílio Actividade Nívelde Risco

Bilhetes do tesouro 58.469.396 598.958 Estado Angola governo AObrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 47.273.947 484.272 Estado Angola governo AObrigações do tesouro não Reajustáveis 39.093.368 400.471 Estado Angola governo A

Obrigações do tesouro Indexadas ao Câmbio 33.969.304 347.980 Estado Angola governo A

FINANCE FACILIt 8.943.145 91.612 Sonangol Angola Petrolífera Ctítulos do Banco Central (tBC) 3.473.880 35.586 BNA Angola Banco Central AFACILIt29082014 2.420.939 24.800 Sonangol Angola Petrolífera CFACILIt31082015 2.420.939 24.800 Sonangol Angola Petrolífera CBAI Cabo verde Obrigações de Caixa 12/16 506.701 5.191 BAI Cabo verde Cabo verde Instituição financeira CBanco KEvE Obrigações de Caixa 486.718 4.986 Keve Angola Instituição financeira CCLN FINANCE. 475.078 4.867 Sonangol Angola Petrolífera CObrigações Fast Ferry 07/15 274.164 2.809 Fast Ferry Cabo verde transportes CObrigações Sogei 02/14 42.657 437 Sogei Cabo verde Construção C

197.850.236 2.026.769

110

6. Créditos no Sistema de Pagamentos

Em 31 de Dezembro de 2014, os valores que constituem a rubrica “Créditos no sistema de pagamentos”, no montante de mAKZ 387.130 (muSD 3.764), correspondem a depósitos efectuados pelo BAI em agências de outras instituições financeiras localizadas em províncias sem representação do BNA, tendo estas operações sido liquidadas durante o mês de janeiro de 2015.

7. Créditos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Adiantamentos a Depositantes

Moeda Nacional

- Sector Empresarial 3.466.732 33.702 1.900.870 19.469

- Particulares 30.330 295 28.772 295

Moeda Estrangeira

- Sector Empresarial 25.728 250 5.907 61

- Particulares 4.006 39 3.047 31

Créditos em Conta Corrente

Moeda Nacional

- Sector Público 4.615 45 - -

- Sector Empresarial 10.289.733 100.033 14.939.736 153.044

- Particulares 1.112.455 10.815 963.115 9.866

Empréstimos

Moeda Nacional

- Sector Público 52.601.065 511.370 5.555.556 56.911

- Sector Empresarial 128.765.008 1.251.811 105.343.011 1.079.130

- Particulares 24.629.088 239.436 12.391.784 126.941

Moeda Estrangeira

- Sector Público 74.570.012 724.945 - -

- Sector Empresarial 29.675.366 288.494 89.043.929 912.162

- Particulares 24.642.960 239.571 25.683.032 263.096

349.817.098 3.400.806 255.858.759 2.621.006

Créditos e juros vencidos

Capital 42.851.997 416.593 18.816.384 192.754

juros 3.594.381 34.943 129.872 1.330

Adiantamento a Depositantes - - 666.125 6.824

46.446.378 451.536 19.612.381 200.908

396.263.476 3.852.342 275.471.140 2.821.914

Proveitos a Receber 10.176.620 98.934 9.196.789 94.213

406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127

Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (Nota 19) (40.259.925) (391.393) (38.037.079) (389.650)

Provisões para garantias Prestadas e Crédito Documentário (719.599) (6.996) (923.024) (9.456)

(40.979.524) (398.389) (38.960.103) (399.106)

365.460.572 3.552.887 245.707.826 2.517.021

111

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o detalhe do crédito, incluindo proveitos a receber por moeda, apresentava a seguinte estrutura:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Kwanzas 246.601.970 2.397.381 159.678.566 1.635.739

Dólares dos Estados unidos 159.831.350 1.553.827 124.981.399 1.280.304

Euros 6.776 68 7.964 84

406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, para fazer face ao risco de cobrança do crédito concedido, o Banco dispõe das seguintes provisões calculadas através da metodologia de apuramento de provisão para crédito e juros vencidos, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2 c):

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZtaxa de taxa de

Capital juros total Provisão Provisão Capital juros total Provisão Provisão

Classe A 134.141.944 - 134.141.944 0% - 16 749 976 - 16.749.976 0% -

Classe B 58.624.070 (1.096) 58.622.974 1% a < 3% (1.172.459) 50.607.300 3.173 50.610.473 1% a < 3% (1.518.314)

Classe C 133.322.894 127.522 133.450.416 3% a < 10% (9.341.529) 168.534.131 80.237 168.614.368 3% a < 10% (13.489.149)

Classe D 20.068.969 28.592 20.097.561 10% a < 20% (2.009.756) 9.886.110 18 9.886.128 10% a < 20% (1.977.226)

Classe E 32.184.423 46.845 32.231.268 20% a < 50% (10.314.005) 11.148.425 14 11 148 439 20% a < 50% (3.984.882)

Classe F 5.751.651 837 5.752.488 50% a < 100% (5.455.350) 6.925.285 45.955 6.971.240 50% a < 100% (5.576.992)

Classe g 8.575.144 3.391.681 11.966.825 100% (11.966.826) 11.490.041 476 11.490.516 100% (11.490.516)

Provisão para garantias Prestadas e Créditos Documentários

(719.599) (923.024)

392.669.095 3.594.381 396.263.476 (40.979.524) 275.341.268 129.872 275.471.140 (38.960.103)

31 Dez. 2013 31 Dez. 2012

Milhares de AKZtaxa de taxa de

Capital juros total Provisão Provisão Capital juros total Provisão Provisão

Classe A 16.749.976 - 16.749.976 0% - 14.526.812 - 14.526.812 0% -

Classe B 50.607.300 3.173 50.610.473 1% a < 3% (1.518.314) 60.056.051 1.519 60.057.570 1% a < 3% (1.057.910)

Classe C 168.534.131 80.237 168.614.368 3% a < 10% (13.489.149) 170.006.471 67.799 170.074.270 3% a < 10% (9.746.416)

Classe D 9.886.110 18 9.886.128 10% a < 20% (1.977.226) 18.185.895 1.152 18.187.047 10% a < 20% (3.469.002)

Classe E 11.148.425 14 11.148.439 20% a < 50% (3.984.882) 4.012.091 64 4.012.155 20% a < 50% (2.746.948)

Classe F 6.925.285 45.955 6.971.240 50% a < 100% (5.576.992) 5.540.781 - 5.540.781 50% a < 100% (4.139.204)

Classe g 11.490.041 475 11.490.516 100% (11.490.516) 5.501.114 - 5.501.114 100% (5.501.114)Provisão para garantias Prestadas e Créditos Documentários

(923.024) (923.024)

275.341.268 129.872 275.471.140 (38.960 .103) 277.829.215 70.534 277.899.749 (27.583.618)

112

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD

taxa de taxa de

Capital juros total Provisão Provisão Capital juros total Provisão Provisão

Classe A 1.304.084 - 1.304.084 0% - 171.586 - 171.586 0% -

Classe B 569.924 (11) 569.913 1% a < 3% (11.398) 518.419 33 518.452 1% a < 3% (15.554)

Classe C 1.296.121 1.240 1.297.361 3% a < 10% (90.815)

1.726.456 821 1.727.277 3% a < 10% (138.182)

Classe D 195.104 278 195.382 10% a < 20% (19.538) 101.273 - 101.273 10% a < 20% (20.255)

Classe E 312.886 455 313.341 20% a < 50% (100.269) 114.204 - 114.204 20% a < 50% (40.822)

Classe F 55.915 8 55.923 50% a < 100% (53.035) 70.942 471 71.413 50% a < 100% (57.130)

Classe g 83.365 32.973 116.338 100% (116.338) 117.704 5 117.709 100% (117.707)Provisão para garantias Prestadas e Créditos Documentários

(6.996) - (9.456)

3.817.399 34.943 3.852.342 (398.389) 2.820.584 1.330 2.821.914 (399.106)

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013taxa de taxa de

Milhares de uSD Capital juros total Provisão Provisão Capital juros total Provisão Provisão

Classe A 171.586 - 171.586 0% - 151.594 - 151.594 0% -

Classe B 518.419 33 518.452 1% a < 3% (15.554) 626.721 16 626.737 1% a < 3% (11.040)

Classe C 1.726.456 821 1.727.277 3% a < 10% (138.182) 1.774.118 708 1.774.826 3% a < 10% (101.710)

Classe D 101.273 - 101.273 10% a < 20% (20.255) 189.781 11 189.792 10% a < 20% (36.201)

Classe E 114.204 - 114.204 20% a < 50% (40.822) 41.869 1 41.870 20% a < 50% (28.666)

Classe F 70.942 471 71.413 50% a < 100% (57.130) 57.821 - 57.821 50% a < 100% (43.195)

Classe g 117.704 5 117.709 100% (117.707) 57.408 - 57.408 100% (57.407)

Provisão para garantias Prestadas e Créditos Documentários

-

(9.456) (9.632)

2.820.584 1.330 2.821.914 (399.106) 2.899.312 736 2.900.048 (287.851)

Em 31 de Dezembro de 2014 o maior devedor do Banco representa 123% dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR) e 27% do total da carteira de crédito, excluindo garantias e créditos documentários. Neste contexto, o Banco foi autorizado pelo BNA a exceder temporariamente (até 15 de julho de 2015) os limites de exposição ao risco por Cliente, regulado pelo Aviso nº 08/07 de 12 de Setembro, do BNA, resultante da operação de crédito directo ao Estado sob a forma de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertida em Obrigações do tesouro em junho de 2015, com maturidade até 6 anos (conforme condições estabelecidas pelo Decreto Presidencial nº 136/14, de 16 de julho).

Adicionalmente, o conjunto dos vinte maiores Clientes do Banco representa aproximadamente 266 % dos FPR e 59,6 % do total da carteira de crédito. Este rácio é igualmente afectado pela situação acima mencionada.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a composição da carteira de crédito por sectores de actividade, incluindo o crédito e juros vencidos e os proveitos a receber, é a seguinte:

113

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a taxa de juro média praticada pelo Banco foi a seguinte:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Moeda Nacional 246.601.970 2.397.381 159.678.566 1.635.739

Promoção e Construção Imobiliária 81.769.883 794.939 59.786.402 612.450

Estado 52.843.568 513.728 1.910.828 19.574

Indústria Extractiva e transformação 38.867.763 377.860 46.870.113 480.134

Particulares 26.452.891 257.166 16.915.403 173.281

Comércio por grosso e a Retalho 22.817.135 221.819 18.980.682 194.437

Serviços 19.916.438 193.621 13.802.814 141.395

Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura 3.934.292 38.248 1.412.324 14.468

Moeda Estrangeira 159.838.126 1.553.895 124.989.363 1.280.388

Estado 64.979.541 631.710 410.486 4.205

Indústria Extractiva e transformação 36.705.446 356.838 21.724.195 222.542

Particulares 25.683.949 249.691 27.735.372 284.122

Promoção e Construção Imobiliária 21.979.427 213.676 43.644.062 447.088

Comércio por grosso e a Retalho 7.743.937 75.286 16.637.140 170.430

Serviços 2.681.754 26.071 12.136.234 124.323

Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura 64.072 623 2.701.874 27.678

406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127

taxa Média Ponderada 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Em Moeda Nacional 10,48% 11,67%

Em Moeda Estrangeira 7,36% 7,80%

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o prazo residual dos créditos, excluindo o crédito vencido e os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Até três Meses 10.327.171 100.397 31.228.216 319.900

De três a Seis Meses 13.781.352 133.978 17.077.591 174.942

De Seis Meses a um Ano 90.054.204 875.477 35.385.905 362.492

De um a três anos 61.833.555 601.125 56.022.550 573.893

Mais de três anos 173.820.816 1 689.829 116.144.497 1 189.779

349.817.098 3.400.806 255.858.759 2.621.006

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o prazo residual dos créditos vencidos apresentava a seguinte estrutura:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Até um Mês 17.188.602 167.102 1.555.043 15.930

De um a três Meses 8.784.738 85.402 8.493.379 87.006

De três a Seis Meses 12.087.572 117.511 2.912.908 29.839

De Seis Meses a um Ano 2.794.171 27.164 6.651.051 68.133

Mais de um Ano 5.591.295 54.357 - -

46.446.378 451.536 19.612.381 200.908

114

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o total de créditos abatidos ao Activo no nível de risco g e o total de créditos recuperados nos respectivos exercícios era o seguinte:

Créditos Abatidos ao Activo 31 Dez. 2014 30 jun. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Nível de Risco g (Nota 18) 17.237.204 167.574 11.924.238 122.151

17.237.204 167.574 11.924.238 122.151

Créditos Abatidos ao Activo31 Dez. 2014 30 jun. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

De Extrapatrimoniais 710.353 6.906 - -

juros (Nota 30) 1.355.331 13.176 2.025.318 20.747

2.065.684 20.082 2.025.318 20.747

Entre 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a migração do risco dos tomadores de crédito teve a seguinte evolução:

Carteira de Crédito em 31 Dez. 13 31 Dez. 2014

Nível de Risco

valores em mAKZ

% da Carteira em 31 Dez. 13 A B C D E F g Abates Recebimentos total

A 16.749.976 6% 83,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - 2.729.381 16.749.976

B 50.610.473 18% 0,2% 54,8% 3,8% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 521 20.723.274 50.610.473

C 168.614.368 61% 0,0% 2,1% 59,8% 8,3% 13,1% 0,6% 0,8% 8.209 25.947.341 168.614.368

D 9.886.128 4% 0,0% 0,0% 0,5% 32,9% 29,3% 0,0% 14,8% 25.165 2.192.691 9.886.128

E 11.148.439 4% 0,0% 0,0% 1,1% 0,3% 4,2% 0,0% 5,3% 8.311.241 1.611.056 11.148.439

F 6.971.240 3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 14,5% 1.437.337 2.783.552 6.971.240

g 11.490.516 4% 0,0% 0,0% 2,8% 0,0% 0,0% 2,6% 12,8% 5.838.547 3.545.792 11.490.516

total 275.471.140 100% 14.103.228 31.208.569 103.353.755 17.297.283 25.409.474 3.076.652 5.868.072 15.621.020 59.533.087 275.471.140

Movimentados para Níveis

Nível de Risco Mantido ao Nível Agravamentos Reduções Abates Recebimentos total

A 14.018.371 2.224 - - 2.729.381 16.749.976

B 27 .731 .566 2.071.698 83.414 521 20.723.274 50.610.473

C 100.907.288 38.276.997 3.474.533 8.209 25.947.341 168.614.368

D 3.254.058 4.360.529 53.685 25.165 2.192.691 9.886.128

E 468.790 598.484 158.868 8.311.241 1.611.056 11.148.439

F 1.737.801 1.012.550 - 1.437.337 2.783.552 6.971.240

g 1.475.107 - 631.070 5.838.547 3.545.792 11.490.516

total 149.592.981 46.322.482 4.401.570 15.621.020 59.533.087 275.471.140

115

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

8. Outros Valores

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Impostos Diferidos Activos (Nota 31) 3.624.037 35.232 2.824.690 28.936

Imposto a Recuperar 1.501.019 14.592 616.611 6.317

5.125.056 49.824 3.441.301 35.253

Imóveis

Imóveis para Alienação aos Colaboradores 3.498.217 34.009 5.460.226 55.934

Provisão para Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 19) (1.032.245) (10.035) (1.520.051) (15.571)

terreno Rainha ginga 349.643 3.399 - -

Imóveis Recebidos em Dação 6.911.492 67.191 4.971.937 50.932

governo Central - Ministério das Finanças 1.694.205 16.470 7.134.577 73.086

Devedores - Empréstimos 1.053.561 10.242 1.223.976 12.538

Fraudes 779.598 7.579 591.328 6.058

Comissões a Receber - gRINER 299.707 2.914 390.330 3.999

Devedores - Fundo de Pensões 295.350 2.871 - -

Devedores - Novinvest 277.303 2.696 - -

Operações Activas a Regularizar 191.968 1.866 185.056 1.896

Entidade Reguladora - BNA 142.863 1.389 132.673 1.359

gestor de Rede E-Kwanza 101.000 982 - -

Falhas de Caixa 20.268 197 19.151 196

Devedores - BIStP 19.063 185 - -

Outros 328.251 3.192 206.307 2.113

14.930.244 145.147 18.795.510 192.540

Despesas com Custo Diferido

Material de Expediente 178.391 1.734 323.139 3.310

Rendas e Alugueres 192.193 1.868 220.866 2.263

Publicidade 112.258 1.091 - -

Seguros 88.376 859 188.626 1.932

Outros 436.217 4.242 567.959 5.818

1.007.435 9.794 1.300.590 13.323

21.062.735 204.765 23.537.401 241.116

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imposto a recuperar” nos montantes de mAKZ 1.501.019 (muSD 14.592) e mAKZ 616.611 (muSD 6.317), respectivamente, corresponde ao valor de crédito de imposto originado pelo excesso de pagamento por conta efectuado nos exercícios de 2013 e 2014.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imóveis para alienação aos colaboradores” apresenta o investimento em edifícios adquiridos pelo Banco, ainda em planta, no exercício de 2008, com vista à sua alienação aos colaboradores do Banco por preços similares aos preços de aquisição, estando os mesmos enquadrados no regime previsto pelo Fundo Social do Banco (Nota 2 alínea k). Em 31 de Dezembro de 2014 esta rubrica é composta por cinco edifícios, estando para dois o processo de alienação com contrato de compra e venda entre o BAI e os seus colaboradores em processo de conclusão. No âmbito deste processo foi estimada uma perda para o Banco, pelo que foi reconhecida uma provisão na rubrica “Provisões para imóveis a alienar a colaboradores”, correspondente à estimativa da perda. Parte das fracções constituintes dos referidos imóveis foram já alvo de formalização contratual em nome dos colaboradores do Banco, tendo o Banco reconhecido a perda por imparidade respectiva.

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Imóveis recebidos em dação” inclui os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos abatidos ao activo no montante de mAKZ 6.911.492 (muSD 67.191), e mAKZ 4.971.937 (muSD 50.932), respectivamente, de acordo com o disposto na política contatabilística (Nota 2 alínea c).

116

Em 31 de Dezembro de 2014 o Banco recebeu um imóvel em dação no montante de mAKZ 2.111.071 (muSD 20.523), sendo que os outros valores constantes na rubrica referem-se a registos de exercícios anteriores. O Banco mantém a expectativa de alienar os imóveis no prazo de dois anos, excepto se as condições de mercado não o permitirem.

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “governo Central – Ministério das Finanças” corresponde a montantes a receber do Ministério das Finanças, relativos a comissões de colectas de impostos do exercício, no âmbito do contrato assinado entre ambas as partes. As comissões relativas a colecta de impostos encontram-se reconhecidas como proveitos do exercício na rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” (Nota 23).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Devedores – Empréstimos”, no montante de mAKZ 1.053.561 (muSD 10.242) e mAKZ 1.223.976 (muSD 12.538), corresponde essencialmente ao reembolso de capital efectuado em nome do BAI Cabo verde S.A.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Fraudes” e “Operações activas a regularizar” correspondem a operações pendentes de regularização, cujos processos judiciais se encontram em curso, e a outras responsabilidades, tendo o Banco constituído as provisões necessárias para fazer face aos riscos associados, através da rubrica “Provisões para outros valores e responsabilidades prováveis” (Nota 18).

9. Imobilizações Financeiras

O saldo de imobilizações financeiras pode ser detalhado como se segue:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Participações em Coligadas e Equiparadas

No País 2.359.451 22.938 2.415.405 24.743

No Estrangeiro 5.364.013 52.147 5.477.173 56.108

7.723.464 75.085 7 892 578 80.851

Participações em Outras Sociedades

No País 87.427 850 97.453 998

No Estrangeiro 820.086 7.973 575.179 5.892

907.513 8.823 672.632 6.890

Suprimentos em Entidades

No País 8.119.156 78.932 8.109.579 83.075

No Estrangeiro 3.004.669 29.210 - -

11.123.825 108.142 8.109.579 83.075

19.754.802 192.050 16.674.789 170.816

117

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Participada Sede Actividade MoedaCapital Social (em milhares)

% de Participação

Custo de Aquisição em Moeda

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de

AKZMilhares de uSD

Milhares de AKZ

Milhares de uSD

Participações em Coligadas e Equiparadas no País

BAI Micro Finanças. S.A. LuandaServiços

BancáriosAKZ 5.334.907 96.79% 5.163.656 4.952.803 48.150 2.435.430 24.948

BAI Micro Finanças. S.A. - Imparidade (Nota 28)

(3.668.014) (35.659) (1.094.686) (11.214)

NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola. S.A.

Luanda Seguros AKZ 993.807 72.24% 717.926 1.074.662 10.447 1.074.661 11.009

2.359.451 22.938 2.415.405 24.743 Participações em Coligadas e Equiparadas no Estrangeiro

Banco BAI Europa. S.A. LisboaServiços

BancáriosEuR 40.000 99.99% 39.996 4.322.614 42.023 4.322.614 44.281

BAI Cabo verde. S.A. PraiaServiços

BancáriosCvE 2.330.795 80.43% 1.874.658 2.183.467 21.227 2.192.659 22.462

BAI Cabo verde. S.A. - Imparidade (Nota 28)

(1.210.154) (11.765) (1.103.236) (11.302)

Banco Internacional de São tomé e Príncipe

S.toméServiços

BancáriosStD 150.000.000 25.00% 37.500.000 65.136 633 65.136 667

BAI Center PraiaServiços

ImobiliáriosCvE 2.500 100.00% 2.950 2.950 29 - -

5.364.013 52.147 5.477.173 56.108 7.723.464 75.085 7.892.578 80.851

Participações em Outras Sociedades no País

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços. S.A.

LuandaServiços

BancáriosAKZ 910.000 4.09% 37.219 57.354 558 57.354 588

AAA Seguros. Lda Luanda Seguros AKZ 1.127.528 5.00% 14.733 14.733 143 14.733 151 BvDA - Bolsa de valores e Derivativos de Angola

LuandaServiços

FinanceirosAKZ 1.343.000 0.95% 12.419 - - 12.419 127

Fundação BAI LuandaFundação

de utilidade Pública

AKZ 10.000 100.00% 10.000 10.000 97 10.000 102

AAA Pensões LuandaFundos de

PensõesAKZ 225.506 5.00% 2.947 2.946 29 2.947 30

SAESP Luanda Ensino AKZ 2.000 80.00% 2.394 2.394 23 - - 87.427 850 97.453 998

Participações em Outras Sociedades no EstrangeiroFIPA - Fundo Privado de Investimento de Angola

Luxem-burgo

Fundo de Investimento

uSD(NAv)

8.344.34625.64% 5.892 820.086 7.973 575.179 5.892

BPN BrasilS.

PauloServiços

BancáriosBRL 89.798 3.22% 10.980 486.143 4.726 486.143 4.980

BPN Brasil - Imparidade (Nota 28)

(486.143) (4.726) (486.143) ( 4.980)

820.086 7.973 575.179 5.892 907.513 8.823 672.632 6.890

Suprimentos em Entidades no PaísSAESP 7.614.153 74.022 7.616.547 78.024 BAI Micro Finanças, S.A. 396.264 3.852 373.885 3.830 EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A.

108.739 1.057 119.147 1.221

8.119.156 78.932 8.109.579 83.075 Suprimentos em Entidades no EstrangeiroSAESP 3.004.669 29.210 - -

3.004.669 29.210 - - 11.123.825 108.142 8.109.579 83.075

19.754.802 192.050 16.674.789 170.816

118

O Conselho de Administração tem em curso a reorganização societária de todo o universo de actividades associadas ao BAI, que entre outros aspectos visa a criação de uma holding e duas sub-holdings. Decorrentes deste processo não são estimados quaisquer impactos patrimoniais negativos nas demonstrações financeiras do BAI. No exercício 2014 o Banco efectivou um aumento de capital na participada BAI Micro Finanças S.A., no montante de mAKZ 2.517.373 (muSD 24.473). Em 31 de Dezembro de 2014, e decorrente dos testes de imparidade sobre as participadas BAI Micro Finanças S.A., e BAI Cabo verde S.A., o Banco reconheceu imparidade nos montantes de mAKZ 2.573.329 (muSD 25.017) e mAKZ 106.918 (muSD 1.039), respectivamente. O valor das imparidades é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica de “Resultados de imobilizações financeiras” (Nota 28).

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de “Suprimentos no país” inclui o montante de mAKZ 7.614.153 (muSD 74.022) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade SAESP, os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido.

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de “Suprimentos no país” inclui um saldo de mAKZ 108.739 (muSD 1.057) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade EMIS – Empresa Interbancária de Serviço S.A., os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido.

No exercício de 2014, o Banco procedeu a anulação no seu balanço a participação da BvDA- Bolsa de valores e Derivativos de Angola, S.A. decorrente do processo de liquidação em curso da mesma sociedade.

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “Suprimentos no estrangeiro” inclui um saldo de mAKZ 3.004.669 (muSD 29.210), referente a suprimentos realizados na entidade BAI Center S.A., os quais são remunerados semestralmente a uma taxa de 1,50%, tendo a primeira prestação vencido a 31 de Dezembro de 2014.

O Banco procedeu a testes de imparidade na subsidiária BPN Brasil, por esta ter apresentado com regularidade resultados negativos em exercícios anteriores, e de acordo com o descrito na alínea e) da Nota 2. Com base nesses testes o Banco reconheceu imparidade em 100% do valor da participação. Em Setembro de 2013 o BAI celebrou um contrato de compra e venda das quotas correspondentes à participação financeira no BPN Brasil (3,22%), pelo montante de mAKZ 46.076 (muSD 472). Na data de celebração do referido contrato o Banco recebeu um valor correspondente a 50% do valor de venda. O valor remanescente será liquidado na data de efectivação da operação (até serem cumpridos todos os requisitos legais para a realização da operação).

119

Em 31 de Dezembro de 2014 os saldos com operações activas, passivas e extrapatrimoniais com as entidades participadas do Banco encontram-se detalhados na Nota 33.

A informação financeira auditada das participadas é a seguinte (valores em mAKZ convertidos ao câmbio do final do ano):

31.12.2014valores expressos em milhares de Dólares dos Estados unidos - muSD Moeda

Data de Referência Activo Líquido

Capital Próprio

Resultado Líquido

Participação no Capital

valor de Balanço

Banco BAI Europa, S.A. uSD 31.12.2013 1.182.138 85.498 4.854 85.489 42.023

BAI Micro Finanças, S.A. uSD 31.12.2013 108.781 8.877 (8.180) 8.356 12.491

BAI Cabo verde, S.A. uSD 31.12.2013 142.299 12.516 (1.739) 10.066 9.462

NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola, S.A.

uSD 31.12.2013 82.325 15.055 1.656 10.876 10.447

FIPA uSD 31.12.2013 18.488 17.601 (1.123) 5.177 7.973

Banco Internacional de São tomé e Príncipe uSD 31.03.2013 105.075 15.940 1.703 3 985 633

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. uSD 31.12.2013 48.599 14.114 1.140 577 558

AAA Seguros, Lda uSD 31.12.2010 137.561 18.007 549 900 143

Fundação BAI uSD n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 97

AAA Pensões uSD 31.12.2010 21.534 3.173 491 159 29

BAI Center uSD n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 29

SAESP * uSD 31.12.2012 76.562 (1.966) (1.987) (1.573) 23

* Não auditado

n. d. - não disponível

83.908

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

31.12.2014valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

MoedaData de

Referência Activo LíquidoCapital Próprio

Resultado Líquido

Participação no Capital

valor de Balanço

Banco BAI Europa, S.A. AKZ 31.12.2013 115.398.498 8.346.156 473 864 8.345.321 4.322.614

BAI Micro Finanças, S.A. AKZ 31.12.2013 10.619.017 866.549 (798 555) 815.683 1.284.789

BAI Cabo verde, S.A. AKZ 31.12.2013 13.890.999 1.221.766 (169 735) 982.666 973.313

NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola, S.A. AKZ 31.12.2013 8.035.724 1.469.545 161.673 1.061.695 1.074.662

FIPA AKZ 31.12.2013 1.901.709 1.810.535 (115 515) 532.478 820.086

Banco Internacional de São tomé e Príncipe AKZ 31.12.2013 10.257.279 1.556.006 166 261 389.002 65.136

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. AKZ 31.12.2013 4.744.157 1.377.815 111 290 56.353 57.354

AAA Seguros, Lda AKZ 31.12.2010 13.428.513 1.757.809 53 548 87.890 14.733

Fundação BAI AKZ n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 10.000

AAA Pensões AKZ 31.12.2010 2.102.163 309.706 47 896 15.485 2.946

BAI Center AKZ n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 2.950

SAESP * AKZ 31.12.2013 7.473.886 (191.934) (193 934) (153.547) 2.394

* Não auditado

n. d. - não disponível

8.630.977

120

10. I

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642.

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4.2

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49)

56.4

86.4

09

(10.0

23.0

04)

46.4

63.4

05

121

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Milh

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de

AKZ

2013

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44.

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36.

177.2

85

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70.8

72

(2.4

92.8

05)

52.

796.

117

(11.5

04.17

6) 4

1.291

.941

122

O aumento do saldo da rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” verificado durante o exercício de 2014, no montante de mAKZ 5.676.289, corresponde essencialmente aos investimentos realizados nos edifícios Torre Gika e Kianda. É entendimento do Banco manter os dois edifícios em balanço, à data de 31 de Dezembro de 2014, com a finalidade expressa de tornar o empreendimento “Comandante Gika” a sede oficial do Banco. No entanto, e, considerando as previsões de crescimento e expansão de rede, o Banco decidiu igualmente manter como imóvel de uso próprio o edifício Kianda, ainda em fase de construção, entendendo que o mesmo será indispensável à prossecução do seu objecto social e à sua instalação e funcionamento futuros.

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” apresenta a seguinte composição:

31 Dez. 2013 Aumentos 31 Dez. 2014

Torre Gika 16.019.205 3.488.193 19.507.398 Edifício Kianda 3.694.737 1.570.769 5.265.506 Agências 1.310.438 526.051 1.836.489 Outros 739.051 91.276 830.327

21.763.431 5.676.289 27.439.720

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imobilizações incorpóreas – imobilizações em curso” corresponde essencialmente à realização de obras em agências do Banco localizadas em imóveis arrendados.

Durante o 2º semestre de 2014 o Banco procedeu ao abate no seu balanço de imobilizações cujos bens já se encontravam completamente amortizados (Nota 2f.) e que se encontram obsoletos.

123

11. Depósitos

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Depósitos de Clientes Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Depósitos à Ordem de ResidentesMoeda NacionalEmpresas 207.246.944 2.014.785 182.520.940 1.869.736 Particulares 77.551.570 753.931 58.267.530 596.890 Sector Público Empresarial 59.915.820 582.482 38.378.473 393.148 Sector Público Administrativo 5.679.382 55.213 20.354 209

350.393.716 3.406.411 279.187.297 2.859.983 Moeda EstrangeiraEmpresas 211.545.742 2.056.578 134.799.699 1.380.883 Particulares 42.296.568 411.193 51.086.893 523.332 Sector Público Empresarial 12.837.459 124.802 47.577.392 487.381 Sector Público Administrativo 14.180.678 137.860 55.435 568

280.860.447 2.730.433 233.519.419 2.392.164 Depósitos à Ordem de Não ResidentesMoeda Nacional 4.319.018 41.988 2.006.749 20.557 Moeda Estrangeira 1.376.764 13.384 2.574.470 26.373

5.695.782 55.372 4.581.219 46.930 total de Depósitos à Ordem 636.949.945 6.192.216 517.287.935 5.299.077 Depósitos a Prazo em Moeda Nacional Empresas 74.842.461 727.594 91.704.414 939.415 Particulares 44.933.242 436.826 26.508.491 271.552 Sector Público Empresarial 40.179.009 390.607 26.763.159 274.161 Sector Público Administrativo 97.500 948 - - Não Residentes 178.852 1.739 34.690 355

160.231.064 1.557.714 145.010.754 1.485.483 Depósitos a Prazo em Moeda EstrangeiraResidentesEmpresas 73.958.705 719.002 174.298.755 1.785.510 Particulares 65.701.341 638.727 57.525.197 589.286 Sector Público Empresarial 2.750.804 26.742 76.001 779 Não Residentes 92.481 899 142.977 1.465

142.503.331 1.385.370 232.042.930 2.377.040 total de Depósitos a Prazo 302.734.395 2 943.084 377.053.684 3.862.523 total de juros a Pagar de Depósitos a Prazo 11.232.248 109.196 8.594.373 88.040 total de Depósitos e juros a Pagar a Prazo 313.966.643 3.052.280 385.648.057 3.950.563 total de Depósitos de Clientes 950.916.588 9.244.496 902.935.992 9.249.640

Em 31 de Dezembro de 2014 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

taxa Médiade juro Montante em Divisas

MontanteMilhares de AKZ

MontanteMilhares de uSD

Em Dólares dos Estados unidos 2,61% 1.325.782.008 136.373.916 1.325.782

Em Kwanzas 5,06% 160.231.063.767 160.231.064 1.557.714

Em Euros 1,55% 48.959.120 6.129.415 59.588

302.734.395 2.943.084

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

124

Em 31 de Dezembro de 2013 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

taxa Médiade juro Montante em Divisas

MontanteMilhares de AKZ

MontanteMilhares de uSD

Em Dólares dos Estados unidos 3,60% 2.314.484.445 225.936.500 2.314.486

Em Kwanzas 4,85% 145.010.753.310 145.010.754 1.485.483

Em Euros 1,91% 48.685.410 6.106.430 62.554

377.053.684 3.862.523

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Moeda Nacional

Até três Meses 74.620.832 725.439 98.308.000 1 007 063

De três a Seis Meses 45.989.550 447.095 3.064.241 31.390

De Seis Meses a um Ano 23.974.199 233.069 25.801.040 264.304

Mais de um Ano 15.646.483 152.111 17.837.473 182.726

160.231.064 1.557.714 145.010.754 1.485.483

Moeda Estrangeira

Até três Meses 59.671.739 580.109 172.410.639 1.766.168

De três a Seis Meses 28.921.891 281.169 9.896.697 101.381

De Seis Meses a um Ano 41.389.796 402.378 23.064.273 236.271

Mais de um Ano 12.519.905 121.714 26.671.321 273.220

142.503.331 1.385.370 232.042.930 2.377.040

302.734.395 2.943.084 377.053.684 3.862.523

12. Captações para Liquidez

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Captações de Liquidez em Outras Instituições de Crédito

Em Dólares dos Estados unidos 10.286.301 100.000 9.761.851 100 000

juros a Pagar 1.117 11 - -

10.287.418 100.011 9.761.851 100 000

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo desta rubrica corresponde a uma tomada no montante de muSD 100.000 (mAKZ 10.286.301) e muSD 100.000 (mAKZ 9.761.851) respectivamente, com maturidade em 30 de Março de 2015 e remunerada a uma taxa de juro de 1,96%.

125

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os recursos de outras instituições de crédito a prazo apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Até três Meses 10.287.418 100.011 - -

De três a Seis Meses - - 9.761.851 100.000

10.287.418 100.011 9.761.851 100.000

13. Obrigações no Sistema de Pagamentos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Relações Entre Agências 42.848 416 - -

Relações Entre Instituições

Compensação de Cheques e Outros Papéis

Cheques visados em Moeda Nacional 1 609.967 15.652 2.061.355 21 116

Cheques a Pagar em Moeda Estrangeira 134.173 1.304 143.182 1 467

Cheques a Pagar em Moeda Nacional 128.670 1.251 129.290 1 324

Outras Operações Pendentes de Liquidação

Compensação com EMIS e vISA 1.393.546 13.548 1.050.150 10 758

Operações de Clientes Pendentes de Liquidação 38.114 371 - -

3.347.318 32.542 3.383.977 34 665

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Cheques a pagar em moeda nacional” e “Cheques visados em moeda nacional” correspondem aos valores de cheques apresentados para compensação por outros Bancos comerciais residentes, respeitantes a Clientes do BAI e ao valor de cheques cuja cobertura está garantida pelo Banco por cativo da conta dos respectivos Clientes, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Compensação com a EMIS e vISA” incluía montantes pendentes de liquidação por parte do Banco, associados a utilizações de cartões electrónicos.

14. Operações Cambiais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Recursos vinculados a Operações CambiaisRecursos em Moeda 346.227 3.366 1.381.804 14 156

Outros Recursos 2.511 24 2.968 30

348.738 3.390 1.384.772 14.186

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Recursos em moeda” diz respeito a valores cativos de depósitos de Clientes em moeda estrangeira, associados a créditos documentários à importação e emissão de ordens de pagamento em moeda estrangeira.

126

15. Dívida Subordinada

Esta rubrica tem a seguinte composição:

1 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Dívida Subordinada

Empréstimo - - 488.093 5.000

juros a Pagar - - 16.300 167

- - 504.393 5.167

Em 31 Dezembro de 2013 o saldo da rubrica “Dívida subordinada” corresponde ao valor em dívida da emissão ao par de 50.000 obrigações, com valor nominal unitário de 1.000 uSD, efectuada em Fevereiro de 2008 e cujo reembolso ocorreu em 2014.

16. Adiantamentos de Clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

1 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Cartões pré-Pagos BAI Kamba 5.790.034 56.289 2.770.133 28.377Outros 77.978 758 345.272 3.537

5.868.012 57.047 3.115.405 31.914

O produto BAI Kamba é um cartão pré-pago personalizado da rede vISA emitido pelo Banco, através do qual o Cliente efectua pagamentos e levantamentos no país e no estrangeiro, sem necessidade de recorrer a crédito.

127

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

17. Outras Obrigações

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Dividendos a Pagar 1.112.660 10.817 635.680 6.512

Encargos Fiscais a Pagar - Retidos de terceiros 293.256 2.851 269.205 2.758

Recursos de garantias Realizadas - Dações em Pagamentos 192.292 1.869 184.195 1.887

Encargos Fiscais a Pagar 61.737 600 81.342 833

Aquisições de Obrigações do tesouro - - 67.372 690

Impostos sobre o Rendimento do trabalho Dependente 57.654 560 48.039 492

Credores por Aquisição de Bens e Direitos 568.150 5.523 24.682 253

Credores pela Prestação de Serviço 9.153 89 5.888 60

Distribuição de Fundo de Apoio Micro-Finanças - - - -

Credores Diversos

Operações Pendentes de Liquidação 812.574 7.900 2.514.002 25.751

Contribuições a Liquidar ao Fundo de Pensões BAI 6% (Nota 24) - - 888.203 9.099

Contribuições a Liquidar ao Fundo de Pensões Colaboradores 3% (Nota 24)

37.451 364 - -

Compensação de Reforma (Nota 24) 614.953 5.979 598.782 6.134

Fundos para Falhas 121.589 1.182 95.235 976

Sobras de Caixa 39.622 385 14.762 151

gestor de Rede E-Kwanza 100.550 978

Outros 433.800 4.218 240.586 2.465

Salários e Outras Remunerações

Prémio de Produtividade (Nota 24) 745.447 7.247 627.064 6.424

Salário e Subsídio de Férias 543.117 5.280 335.707 3.439

Fundo Social 1.700.342 16.530 1.700.342 17.418

Contribuições para a Segurança Social

Entidade Patronal 35.796 348 31.167 319

Empregados 15.198 148 12.855 132

Outros Custos Administrativos - - 548.602 5.623

7.495.341 72.868 8.923.710 91.416

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica de “Compensação de reforma”, nos montantes de mAKZ 614.953 (muSD 5.979) e mAKZ 598.782 (muSD 6.134), respectivamente, corresponde à provisão constituída pelo Banco para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” (Nota 2 j)), conforme disposto no Artigo nº 262 da Lei geral do trabalho. Nos termos da legislação em vigor, as responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base, praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor das responsabilidades é determinado numa base mensal.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de “Salários e outras remunerações” inclui o montante de mAKZ 543.117 (muSD 5.280) e mAKZ 335.707 (muSD 3.439), respectivamente, relativo ao subsídio de férias a pagar em 2015, de acordo com o disposto na política contabilística (Nota 2 j). A referida rubrica inclui igualmente o montante de mAKZ 745.447 (muSD 7.247) e mAKZ 627.064 (muSD 6.424), respectivamente, relativo ao prémio de produtividade a ser distribuído aos colaboradores do Banco (Nota 24).

A rubrica “Fundo Social”, no montante de mAKZ 1.700.342 (muSD 16.530), corresponde ao valor do Fundo Social a 31 de Dezembro de 2014 cuja alocação ainda não foi efectuado no âmbito de seu regulamento. Em 31 de Dezembro de 2014 a Rubrica “Dividendos a pagar” corresponde aos dividendos distribuídos dos exercícios de 2013 e 2012.

128

18. Provisões Sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis

O movimento ocorrido nas provisões durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Milhares de AKZ31 Dez. 2014

Saldos em Reposições e Saldos em

31 Dez. 2013 Reforços Anulações utilizações Regularizações transferências 31 Dez. 2014

Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 7)

38.960.103 73.714.503 (55.383.983) (17.237.204) 1.289.969 (363.863) 40.979.525

Provisões para Responsabilidades Prováveis

5.252.951 5.446.197 (1.424 877) (435.430) (48.737) 363.863 9.153.967

Provisões para Imparidade Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 8)

1.520.051 - - (497.806) (10.000) - 1.032.245

45.733.105 79.160.700 (56.808.860) (18.170.440) 1.231.232 - 51.165.738

A utilização no montante de mAKZ 497.806 registada em 31 de Dezembro de 2014 na rubrica “Provisões para imparidade em imóveis a alienar a colaboradores”, corresponde à utilização da provisão, no âmbito das alienações efectuadas ao longo do ano, conforme descrito na Nota 2 k).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” decompõe-se da seguinte forma:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

juros a Receber de Crédito 3.572 618 34.731 2.601.279 26.647

Papel Comercial (ESI) 2.679.145 26.046 - -

Fraudes 1.019.275 9.909 1.019.275 10.441

Obrigações 751.091 7.302 - -

Empresas Associadas 406.053 3.948 406.053 4.160

Cheques a Cobrar 270.355 2.628 270.355 2.770

Operações Activas a Regularizar 50.234 488 176.572 1.809

Provisões para Imobilizações em Curso 175.709 1.708 401.693 4.115

Risco de Crédito em Aplicações Colaterizadas 77.930 758 293.022 3.002

Falhas de Caixa 1.503 15 1.503 15

Outros 150.054 1.459 83.199 851

9.153.967 88.992 5.252.951 53.810

O montante de mAKZ 2.679.145 (muSD 26.040) corresponde ao provisionamento em 100% da exposição, de uma emissão de papel comercial cujo emitente é a Espírito Santo Internacional S.A. (“ESI”), tendo em consideração as indefinições sobre a expectativa de reembolso/regularização.

Milhares de AKZ 31 Dez. 2013

Saldo em Reposições e Saldos em

31 Dez. 2012 Reforços Anulações utilizações Regularizações transferências 31 Dez. 13

Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (Nota 7)

27.583.618 120.024.809 (98.091.726) (11.924.238) 1.031.665 335.975 38.960.103

Provisões para Responsabilidades Prováveis

4.039.283 1.378.755 - - 589 576 -754 663 5.252.951

Provisões para Imóveis Recebidos em dação (Nota 8)

626.358 - - (626 358) - -

Provisões para Imparidade Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 8)

- - - - 1 101.363 418.688 1.520.051

32.249.259 121.403.564 (98.091.726) (11.924.238) 1.031.665 - 45.733.105

129

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

19. Fundos Próprios

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o capital social do Banco corresponde a mAKZ 14.786.705, equivalente a muSD 143.751, integralmente subscrito e realizado em dinheiro e encontra-se dividido em 19.450.000 acções, com o valor nominal em Kwanzas, equivalente a uSD 10 cada.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o capital do Banco apresenta a seguinte estrutura accionista:

Accionistas Nº Acções Milhares de AKZ Milhares de uSD % Participação

Sonangol – Sociedade Nacional de Combustíveis, uEE 1.653.250 1.256.870 16.533 8,50%

Oberman Finance Corp 972.500 739.335 9.725 5,00%

Dabas Management Limited 972.500 739.335 9.725 5,00%

Mário Abílio R. M. Palhares 972.500 739.335 9.725 5,00%

theodore jameson giletti 972.500 739.335 9.725 5,00%

Lobina Anstalt 972.500 739.335 9.725 5,00%

Coromasi Participações Lda. 923.875 702.368 9.239 4,75%

Mário Alberto dos Santos Barber 752.715 572.245 7.527 3,87%

Outros 11.257.660 8.558.547 112.576 57,88%

19.450.000 14.786.705 194.500 100%

Partes de capitais detidas por membros dos órgãos sociais (alínea nº 3, do artigo nº 446 Lei 1/04, de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais):

Accionistas Cargo Aquisição Nº Acções % Participação

theodore giletti Administrador Nominal 972.500 5,00%

Mário Alberto dos Santos Barber Administrador Nominal 752.715 3,87%

Luís Lélis Administrador Nominal 583.500 3,00%

Paula gray vice-Presidente do Conselho de Admnistração Nominal 486.250 2,50%

Francisco de Lemos vice-Presidente do Conselho de Admnistração Nominal 194.500 1,00%

helder Aguiar Administrador Nominal 97.250 0,50%

Inokcelina dos Santos Administrador Nominal 97.250 0,50%

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o lucro e dividendo por acção apresentam-se conforme se segue:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Resultado Líquido do Exercício 12.848.873 124.912 12.081.900 126.802

N.º de Acções (em unidades) 19.450.000 19.450.000 19.450.000 19.450.000

Resultado Líquido por Acção 0,66 0,006 0,62 0,006

Dividendos 3.854.662 37.474 3.624.570 38.041

Dividendos por Acção 0,20 0,002 0,19 0,002

Acções Próprias O Banco pode, nos termos e condições que a lei permite, adquirir acções próprias e realizar sobre elas todas as operações legalmente autorizadas.

130

Reserva Legal

Nos termos da legislação vigente, o Banco constituiu um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para tal, o Banco transferiu anualmente para esta reserva o correspondente a 20% do resultado líquido de exercícios anteriores. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas.

Fundo Social

Por deliberação da Assembleia geral de Accionistas o BAI constituiu no exercício de 2007 um Fundo Social para apoio aos seus colaboradores, tendo este Fundo vindo a ser dotado anualmente através da aplicação de resultados. Até 31 de Dezembro de 2013 o Fundo Social, no montante de mAKZ 2.801.705 (muSD 29.058), encontrava-se registado nos fundos próprios do Banco, tendo durante o exercício de 2013 sido reclassificado para a rubricas de passivo “Outras obrigações (Nota 17)” e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8) nos montantes de mAKZ 1.700.342 (muSD 16.530) e mAKZ 1.101.363 (muSD 10.707), respectivamente (Nota 2).

Resultados Potenciais

Correspondem a reservas de reavaliação de imobilizado pendente de liquidação, mas de realização provável ao abrigo do disposto no Decreto-Lei nº 6/96, de 26 de janeiro, de modo a reflectir o efeito da desvalorização da moeda nacional.

Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios

O saldo da rubrica “Reserva de actualização monetária dos fundos próprios” corresponde a actualizações do capital social, nos termos da legislação em vigor, realizadas em períodos anteriores.

20. Balanços Por Moeda de 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 Dezembro de 2013 os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura (ver página ao lado):

131

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

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38

132

21. Margem Financeira

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos

De Aplicações de Liquidez 7.847.548 76.291 9.187.627 94.118

De títulos e valores Mobiliários:

Mantidos para Negociação: 186.187 1.810 - -

- Outras Obrigações em Moeda Estrangeira - - 31.612 324

Mantidos até ao vencimento:

- Bilhetes do tesouro 2.596.450 25.242 1.104.124 11.311

- títulos do Banco Central 25.705 250 183.069 1.875

- Obrigações do tesouro em Moeda Nacional

. Indexadas à taxa de Câmbio do Dólar dos Estados unidos 5.687.663 55.294 6.055.974 62.037

. Não Reajustáveis 3.464.297 33.679 1.139.437 11.672

- Obrigações do tesouro em Moeda Estrangeira 2.131.845 20.725 2.159.985 22.127

- Outras Obrigações em Moeda Estrangeira 494.292 4.805 - -

14.586.439 141.805 10.674 201 109.346

De Instrumentos Financeiros Derivados - - 17.925 184

De Crédito Concedido:

Empréstimos 23.169.234 225.244 21.847.295 223.803

Créditos em Conta Corrente 2.902.887 28.221 4.340.140 44.460

Outros 1.922.453 18.689 2.012.400 20.615

27.994.574 272.154 28.199.835 288.878

50.428.561 490.250 48.079.588 492.526

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos

De Depósitos a Prazo de Clientes:

Moeda Nacional (5.776.045) (56.153) (2.812.307) (28.809)

Moeda Estrangeira (7.141.416) (69.426) (10.535.776) (107.928)

(12 917 461) (125 579) (13 348 083) (136.737)

De Operações do Mercado Monetário Interbancário

De tomadas no Mercado Monetário Interfinanceiro (494 987) (4.812) (525.470) (5.383)

De Captações com títulos e valores Mobiliários (11) - - -

De Dívida Subordinada (2.071) (20) (28.813) (295)

(497.069) (4.832) (554.283) (5.678)

(13.414.530) (130.411) (13.902.366) (142.415)

37.014.031 359.839 34.177.222 350.111

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De aplicações de liquidez” inclui os montantes de mAKZ 3.414.706 (muSD 33.197) e mAKZ 3.020.085 (muSD 31.516), respectivamente, relativos a juros de operações de compra de títulos de terceiros com acordo de recompra contratadas com o BNA, as quais gozam de isenção fiscal.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De títulos e valores mobiliários” inclui os montantes de mAKZ 13.880.255 (muSD 134.939) e mAKZ 10.184.668 (muSD 104.331), respectivamente, relativos a juros de Obrigações do tesouro e Bilhetes do tesouro emitidos pelo Estado Angolano, os quais gozam de isenção fiscal.

No exercício findo de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De crédito concedido” inclui os montantes de mAKZ 705.221 (muSD 6.856) e de mAKZ 384.270 (muSD 3.936), relativos a rendimentos de operações de crédito com o Ministério das Finanças cujos contratos incluem uma cláusula de isenção de tributação sobre os juros recebidos.

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

133

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

22. Resultados em Operações Cambiais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Lucros em operações cambiaisReavaliação da Posição Cambial à vista 972.783.868 9.457.082 843.182.361 8.637.526 Reavaliação de Activos e Passivos 57.682.645 560.772 38.048.696 389.769 Compra e venda de Moeda Estrangeira 12.564.398 122.147 12.589.296 128.965

1.043.030.911 10.140.001 893.820.353 9.156.260 Prejuízos em operações cambiais

Reavaliação da Posição Cambial à vista (971.018.695) (9.439.922) (841.975.716) (8.625.165)Reavaliação de Activos e Passivos (59.314.710) (576.638) (38.154.386) (390.852)Compra e venda de Moeda Estrangeira (1.491.530) (14.500) (2.098.785) (21.500)

(1.031.824 935) (10.031.060) (882.228.887) (9.037.517) 11.205.976 108.941 11.591.466 118.743

23. Resultados de Prestação de Serviços Financeiros

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Proveitos por Prestação de Serviços Financeiros

Comissões Recebidas

Por Serviços Bancários Prestados 7.854.633 76.360 6.544.590 67.043

Por Operações Cambiais 2.182.561 21.218 4.627.610 47.405

Por garantias Prestadas 50.792 494 59.525 610

Outras Comissões Recebidas 225.857 2.196 82.697 847

Outros Lucros em Serviços Financeiros 484.197 4.707 330.877 3.389

10.798.040 104.975 11.645.299 119.294

Custos de Prestações de Serviços Financeiros

Comissões Pagas

Por Serviços Bancários Prestados (511.580) (4 973) (525.229) (5.380)

Por Responsabilidades ou Compromissos Eventuais (179.709) (1 747) (291.345) (2.985)

Por Outros Serviços Prestados (5.868) (57) (3.217) (33)

Outras Comissões Pagas (27.738) (270) (34.938) (358)

Outros Prejuízos em Serviços Financeiros (834.713) (8.115) (445.996) (4.569)

(1.559.608) (15.162) (1.300.725) (13.325)

9.238.432 89.813 10.344.574 105.969

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” corresponde essencialmente às comissões de arrecadação de impostos e a comissões de abertura de créditos.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Comissões recebidas - operações cambiais” corresponde às comissões cobradas pelo Banco nas operações de levantamento de numerário em moeda estrangeira nos balcões.

A variação de mAKZ 2.445.049 (muSD 23.770) é justificada pela redução do volume de importação de notas, limitações nos levantamentos de notas e redução de operações cambiais.

134

24. Custos com o Pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Retribuição

Remunerações dos Órgãos de gestão e Fiscalização 240.023 2.333 186.563 1.911 Remunerações dos Empregados 5.247.254 51.012 4.704.527 48.193

5.487.277 53.345 4.891.090 50.104 Subsídios

Remunerações dos Órgãos de gestão e Fiscalização 11.944 116 4.864 50 Remunerações dos Empregados 2.270.245 22.071 2.230.245 22.847

2.282.189 22.187 2.235.109 22.897 Remunerações dos Empregados

- Contribuições para o Fundo de Pensões (Notas 17 e 32) - - 186.348 1.909 - Compensação de Reforma (Notas 17) 16.171 157 96.547 989 - Segurança Social e Pensões de Reforma 385.160 3.746 345.726 3.543

401.331 3.903 628.621 6.441 Encargos Sociais Facultativos

Remunerações dos Empregados 443.790 4.314 178.494 1.828 Outras Remunerações Adicionais

Remunerações dos Órgãos de gestão e Fiscalização 17.007 165 31.981 328 Prémio de Produtividade (Nota 17) 996.483 9.687 747.298 7.655 Outros 129.923 1.263 168.290 1.722

1.143.413 11.115 947.569 9.705 9.758.000 94.864 8.880.883 90.975

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o número médio de trabalhadores do Banco foi de 2.000 e 1.870, respectivamente. O crescimento verificado em 2014 deveu-se essencialmente à abertura de novas agências e ao reforço de áreas técnicas dos serviços centrais do Banco, em conformidade com a estratégia de crescimento do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Retribuição – Remunerações dos empregados” inclui a remuneração base, subsídio de função e outros abonos.

135

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

25. Fornecimentos de Terceiros

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSDServiços Especializados

Serviços de Segurança e vigilância 1.626.375 15.811 1.665.542 17.062 Auditores e Consultores 781.142 7.594 532.488 5.455 Serviços de Limpeza 349.339 3.396 303.891 3.113 Encargos com Formação de Pessoal 305.607 2.971 135.131 1.384 Serviços de Informática 213.867 2.079 187.795 1.924 judiciais, Contencioso e Notariado 69.369 674 12.476 128 Avenças e honorários 55.562 540 66.776 684 Mão-de-Obra Eventual 22.684 221 21.275 218 Outros 301.261 2.929 285.676 2.925

3.725.206 36.215 3.211.050 32.893 Fornecimentos de terceiros

Material de Consumo Corrente 340.257 3.308 262.704 2.691 Água e Energia 47.484 462 41.841 429 Outros 726.167 7.060 549.078 5.624

1.113.908 10.830 853.623 8.744 Rendas e Alugueres 2.287.414 22.237 2.148.494 22.010 Comunicações 1.618.994 15.739 1.184.050 12.128 Segurança, Conservação e Reparação 974.878 9.477 913.723 9.360 Seguros 642.014 6.241 560.918 5.746 Publicidade e Edição de Publicações 749.937 7.291 754.554 7.730 transportes, Deslocações e Estadas 413.408 4.019 380.133 3.894 Quotizações 25.527 248 4.211 43 Donativos e gratificações 266.887 2.595 204.932 2.101

6.979.059 67.847 6.151.015 63.012 11.818.173 114.892 10.215.688 104.649

26. Impostos e Taxas Não Incidentes Sobre o Resultado

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Impostos Indirectos

Imposto Sobre a Aplicação de Capitais 1.011.393 9.831 94.705 969

Imposto Predial 166.649 1.620 21.641 222

Imposto Sisa - - 77.042 789

Impostos Aduaneiros 11.243 109 3.884 40

Outros Impostos 15.083 147 7.033 72

1.204.368 11.707 204.305 2.092

taxas

taxa de Fiscalização - - 39.822 408

taxa de Circulação 1.820 18 3.049 31

Outras taxas 36.404 355 114.079 1.170

38.224 373 156.950 1.609

1.242.592 12.080 361.255 3.701

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

136

27. Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo desta rubrica inclui os custos incorridos com penalidades aplicadas pelo Ministério das Finanças, referentes a imposto de selo em dívida do exercício de 2007 e penalizações aplicadas pelo Banco Nacional de Angola, referentes ao incumprimento das Reservas Obrigatórias e atraso no envio de reportes via sistema de supervisão das instituições financeiras (SSIF).

28. Resultado de Imobilizações Financeiras

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Resultado de Imobilizações Financeiras

Participações em Coligadas e Equiparadas (2.678.000) (26.035) (1.542 848) (15.805)

Participações em Outras Sociedades - - 65.866 675

(2.678.000) (26.035) (1.476.982) (15.130)

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o montante registado associado a resultados de participações financeiras tinha a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Imparidade em Participações em Coligadas e Equiparadas

BAI Cabo verde S.A. - Imparidade (Nota 9) (106.918) (1.040) (925.774) (9.484)

BAI Micro Finanças S.A. - Imparidade (Nota 9) (2.573.328) (25.017) (617.074) (6.321)

Outros 2.246 22 - -

(2.678.000) (26.035) (1.542.848) (15.805)

Participações em Outras Sociedades

Dividendos Recebidos do Banco Internacional de São tomé e Príncipe - - 65 866 675

- - 65 866 675

(2 678 000) (26 035) (1 476 982) (15 130)

29. Outros Proveitos e Custos Operacionais

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Outros Proveitos Operacionais

Pela Prestação de Outros Serviços 860.006 8.361 707.947 7.252

Pela Análise e gestão de Crédito 374.548 3.641 432.047 4.426

Por Reembolso de Despesas 91.135 886 35.995 369

Outros 53.094 513 137.028 1.402

1.378.783 13.401 1.313.017 13.449

Outros Custos 0peracionais (1.776) (17) (641.656) (6.573)

1.377.007 13.384 671.361 6.876

137

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

No período findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Outros proveitos operacionais – pela prestação de outros serviços” reflecte os proveitos obtidos durante o exercício com comissões de expedientes cobradas pelos diversos serviços prestados pelo Banco e com comissões cobradas pela emissão de cheques.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de “Outros proveitos operacionais – pela análise e gestão de crédito” refere-se a comissões recebidas pelo Banco na abertura de contratos de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica de “Outros custos operacionais” inclui uma operação no montante de mAKZ 424.055 (muSD 4.344) referente à anulação de juros de mora cobrados indevidamente pelo Banco em 2012, cuja restituição foi efectuada em janeiro de 2013.

30. Resultado Não Operacional

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Proveitos ou ganhos não Operacionais

ganhos na Alienação de Imobilizações 34.509 335 264.624 2.711

ganhos na Alienação de Participações Financeiras - - 23.071 236

ganhos de Exercícios Anteriores

juros abatidos ao Activo em Exercícios

anteriores (Nota 2. c).) 1.355.331 13 176 2.025.319 20.747

Capital Abatido ao Activo em Exercícios

Anteriores (Nota 2. c).) 710.353 6 906 - -

Comissões 89 1 116.242 1.191

Outros 12.145 118 - -

2.112.427 20.536 2.429.256 24.885

Outros ganhos Extraordinários 631.025 6.135 993.511 10.177

2.743.452 26.671 3.422.767 35.062

Custos ou Perdas não Operacionais

Perdas na Alienação de Imobilizações (30 268) (294) - -

Perdas de Exercícios Anteriores

juros (857.184) (8.333) (817.524) (8.375)

Outros (141.525) (1.376) (199.204) (2.039)

(1.028.977) (10.003) (1.016.728) (10.414)

Outras Perdas Extraordinárias (2.649.494) (25.758) (1.944.499) (19.920)

(3.678.471) (35.761) (2.961.227) (30.334)

(935.019) (9.090) 461.540 4.728

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de “Proveitos ou ganhos não operacionais” é essencialmente composto pela remuneração de prestações acessórias de capital EMIS, recebimento de juros do contrato de suprimentos de capital BAI Center e pelo recebimento de capital e juros abatidos ao activo.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Custos ou perdas não operacionais – juros” é composto pela anulação de juros de créditos vencidos a mais de 60 dias, de acordo com o disposto no Artigo 17º do Aviso nº 3/2012 do BNA.

138

Em 31 de Dezembro de 2014 o saldo da rubrica “Outras perdas extraordinárias” apresenta o seguinte detalhe:

31 Dez. 14 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD

Perdão de juros de Mora 969.401 9.424

Perdas em Dações Recebidas 900.088 8.750

Regularização de Saldos Contabilísticos de Exercícios Anteriores 415.721 4.042

Perdão de juros de Cartões 364.284 3.541

2.649.494 25.758

31. Encargos Sobre o Resultado Corrente

O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial nos termos da lei fiscal vigente em Angola, conforme descrito na Nota 2 alínea l).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável apresenta-se da seguinte forma:

31 Dez. 14 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Resultado Antes do Imposto e Outros Encargos 12.049.526 117.142 10.505.751 107.620

Diferenças temporárias Dedutíveis 5.029.742 48.897 184.954 1.895

Donativos Excedentes (artigo nº 39) 169.056 1.644 110.621 1.133

Multas Fiscais 80.798 785 - -

Despesas Não Especificadas (artigo nº 49) 505.809 4.917 146.281 1.498

Imposto Sobre a Aplicação de Capitais (IAC) 915.807 8.902 60.032 615

total a Acrescer 6.701.212 65.147 501.888 5.141

Benefícios Fiscais:

Rendimentos de Dívida Pública (17.173.668) (166.957) (13.660.098) (139.933)

Rendimentos de Operações de Crédito (705.221) (6.856) (384.270) (3.936)

total a Deduzir (17.878.889) (173.813) (14.044.368) (143.869)

(Prejuízo Fiscal) / Lucro tributável 871.849 8.476 (3.036.729) (31.108)

taxa Nominal de Imposto 30,00% 30,00% 35,00% 35,00%

Imposto Corrente 0 0 0

Impostos Diferidos Activos (Nota 8) (799.347) (7.771) (1.576.248) (16.147)

Imposto Sobre o Resultado (799.347) (7.771) (1.576.248) (16.147)

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os rendimentos de operações de crédito com a Administração Central dizem respeito a financiamentos cujos juros estão contratualmente isentos de tributação em sede de Imposto Industrial. No exercício findo em 31 Dezembro de 2014 o Banco apurou matéria colectável, o que conduziu a um consumo de impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais reportáveis do exercício de 2013. Paralelamente, e com base no pressuposto da existência de matéria colectável futura e tendo por base a legislação fiscal em vigor (Nota 2, alínea m), foi contabilizado um montante líquido de impostos diferidos activos no montante de mAKZ 799.347 (muSD 7.771), na rubrica de balanço “Impostos diferidos activos” (Nota 8), por contrapartida da rubrica de resultados “Impostos diferidos” decorrentes da existência de diferenças temporárias relativas a provisões.

139

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

O movimento dos impostos diferidos entre 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

Milhares de AKZSaldos em utilizações Saldos em

31 Dez. 2013 Reforços Reversões Outros 31 Dez. 2014

Impostos Diferidos Activos

Provisões

Diferenças temporários Dedutíveis 2011 520.061 - - (74.294) 445.767

Diferenças temporários Dedutíveis 2012 1.240.063 - (333.463) (177.152) 729.448

Diferenças temporários Dedutíveis 2013 1.711 918.870 (22.862) (244) 897.475

Diferenças temporários Dedutíveis 2014 - 1.356.403 - - 1.356.403

Prejuízos Fiscais Reportáveis

Exercício de 2013 1.062.855 - (716.073) (151.838) 194.944

2.824.690 2.275.273 (1.072.398) (403.528) 3.624.037

O aumento dos “Impostos diferidos activos – por diferenças temporárias” no montante líquido de mAKZ 799.347, inclui o registo de impostos diferidos sobre provisões contabilizadas nos exercícios de 2011, 2012, 2013 e 2014, as quais serão custo fiscal em exercícios futuros, no momento da sua utilização ou reposição, bem como o custo com o consumo de parte dos prejuízos fiscais reportáveis do exercício de 2013.

Na coluna com a designação “Outros” encontra-se identificado o impacto nos activos por impostos diferidos do Banco, resultantes da diminuição da taxa de Imposto Industrial de 35% (em 2013) para 30% (em 2014).

A reconciliação entre o imposto sobre o resultado do exercício e o imposto a pagar/recuperar verificada em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

31 Dez. 14 31 Dez. 13Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Imposto a Pagar / Recuperar no Início do Exercício 616.611 5.994 666.313 6.826

Pagamentos por Conta Efectuados no Exercício 880.803 8.563 - -

utilização de Impostos Diferidos Activos - - (49.702) (509)

Imposto Corrente do Exercício - - - -

IAC Repos / Imposto Lei 7/97 3.605 35 - -

Imposto a Pagar / Recuperar no Fim do Exercício (Nota 8) 1.501.019 14.592 616.611 6.317

140

32. Extrapatrimoniais

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

garantias e Outros Passivos Eventuais

Créditos Documentários Abertos 11.121.928 108.124 9.304.967 95.320

garantias e Avales Prestados 11.484.472 111.648 10.392.975 106.465

Compromissos Assumidos Perante terceiros 144.873 1.408 137.486 1.408

Responsabilidades por Prestação de Serviços

Custódia de títulos 7.734.852 75.196 22.458.045 230.059

Custódia de valores BNA 2.289.144 22.254 - -

Bilhetes do tesouro (199.358) (1.938) - -

Cobrança de valores 4.595.605 44.677 801.581 8.211

Crédito Concedido por terceiros

Aplicações Colaterizadas no BAI Europa 944.151 9.179 2.234.582 22.891

Aplicações Colaterizadas no BAI Cabo verde 533.994 5.191 892.539 9.143

Operações Cambiais

vendas de Moeda Estrangeira a Líquidar 3.216.704 31.272 1.272.219 13.033

Compras de Moeda Estrangeira a Líquidar (3.214.054) (31.246) (1.269.041) (13.000)

Crédito Abatido ao Activo

Empréstimos 51.173.183 497.489 25.827.867 264.580

Contas Correntes Caucionadas 9.264.601 90.067 10.060.749 103.062

Adiantamento a Depósitantes 3.619.878 35.191 3.841.723 39.354

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco, estando relacionadas com garantias prestadas para suporte de operações de importação e para execução de contratos por parte de Clientes do Banco. As garantias prestadas e os compromissos assumidos representam valores que podem ser exigíveis no futuro. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7).

Os créditos documentários abertos são compromissos irrevogáveis, assumidos pelo Banco, por conta dos seus Clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7).

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do Cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem terem sido utilizados, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 existiam ainda as seguintes responsabilidades assumidas e contratadas (não reflectidas no balanço):

31 Dez. 2014 31 Dez. 2013

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Limites de Contas Correntes Caucionadas Não utilizadas pelos Clientes

6.240.211 60.665 2.759.366 28.267

Outros Compromissos Irrevogáveis - FIPA 145.089 1.411 389.996 3.995

Obras em Edificios Arrendados Contratualizadas - - 110.598 1.133

141

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

33. Pensões de Reforma e de Sobrevivência

O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI” (ver alínea k) da Nota 2).

Até 31 de Dezembro de 2009 o Banco tinha reconhecido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012 foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12, aprovado pelo Ministério da Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao Plano de Pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definidos para um plano de contribuição definida.

No seguimento da referida alteração ao Fundo foi mantido o plano de pensões de benefícios definidos para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009.

Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do Fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida.

Entre 2010 e 2013 o Banco criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao Fundo.

Até 31 de Dezembro de 2012 o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários, correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEg.

Em 25 de julho de 2014 o BAI passou a descontar mensalmente o valor correspondente a 3% do salário dos colaboradores que aderiram ao Fundo, considerando para o efeito os colaboradores com o vínculo laboral com o BAI à data de 31 de Dezembro de 2009 que transitaram automaticamente para o Plano de Pensões de Contribuição Definida, visto que o BAI constituiu uma reserva individual ao abrigo do anterior Plano de Benefício Definido. A gestão do “Fundo de Pensões BAI” foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A. com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013.

Com base na nova configuração dos planos do Fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do Fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2014 em 114,48%, (31 de Dezembro de 2013: 98,85%).

142

34. Entidades Relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas são os seguintes:

31 Dez. 14 31 Dez. 13

valores expressos em milhares Kwanzas - mAKZAccionistas

Membros dos Órgãos Sociais

Participações Financeiras Outras Entidades total total

Activos

Disponibilidades - - 3.235.052 - 3.235.052 855.135

Aplicações de Liquidez - - 48.220.310 - 48.220.310 52.027.897

títulos e valores Mobiliários 10.845.085 - 118.063 39.739 11.002.886 14.767.727

Imobilizações Financeiras - - 19.754.801 - 19 754 801 16.674.789

Créditos 107.383 110.754 - 38.108.554 38 326 691 53.171.788

Créditos 936.510 112.853 - 31.788.171 32.837.533

Crédito e juros vencidos 63.551 - - 11.383.922 11.447.472

Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa

(892.677) (2.098) - (5.063.539) (5.958.314)

10.952.468 110.754 71.328.225 38.148.293 120.539.740 137.497.336

Passivos

Depósitos à Ordem 4.253.361 1.788.936 6.089.704 70.623.057 82.755.058 74.862.486

Depósitos a Prazo 1.569.594 696.663 2.290.297 9.735.388 14.291.941 17.365.468

Captações de Liquidez - - - 9.761.851 9.761.851 9.761.851

Operações Cambiais 23 19 - 25.403 25.445 25.445

Dívida Subordinada - - - - - 488.093

Adiantamento de Clientes 2.258 3.210 - 3.501 8.969 6.527

Outras Obrigações 125 - - - 125 125

5.825.362 2.488.828 8.380.001 90.149.199 106.843.390 102.509.995

garantias Recebidas 742.028 20.103 - 14.717.430 15.479.561 10.339.036

Colaterais em Operações de Crédito - - 1.783.794 - 1.783.794 3.127.121

143

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de disponibilidades com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 3):

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo do Banco em aplicações de liquidez com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 4):

31 Dez. 14 31 Dez.1 3

valores expressos em milhares de dólares do Estados unidos - muSD Accionistas

Membros dos Órgãos Sociais

Participações Financeiras

Outras Entidades total total

Activos

Disponibilidades - - 31.450 - 31.450 8.760

Aplicações de Liquidez - - 468.782 - 468.782 532.972

títulos e valores Mobiliários 105.432 - 1.148 386 106.966 151.280

Imobilizações Financeiras - - 192.050 - 192.050 170.816

Créditos 1.044 1.077 - 370.479 372.600 544.690

Créditos 9.104 1.097 - 309.034 319.235 544.690

Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (8.678) (20) - (49 226) (57 924)

106.476 1.077 693.430 370.865 1.171.848 1.318.616

Passivos

Depósitos à Ordem 41.350 17.391 59.202 686.574 804.517 766.889

Depósitos a Prazo 15.259 6.773 22.266 94.644 138.942 177.891

Captações de Liquidez - - - 94.901 94.901 100.000

Operações Cambiais - - - 247 247 260

Dívida Subordinada - - - - - 5.000

Adiantamento de Clientes 22 31 - 34 87 67

Outras Obrigações 1 - - - 1 1

56.632 24.195 81.468 876.400 1.038.695 1.050.108

garantias Recebidas 7.214 195 - 143.078 150.487 105.912

Colaterais em Operações de Crédito - - 17.341 - 17.341 32.034

Disponibilidades

31 Dez. 14 31 Dez. 13

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Banco BAI Europa 3.210.859 31.215 600.934 6.156

BAI Cabo verde 24.193 235 254.201 2.604

3.235.052 31.450 855.135 8.760

Aplicações de Liquidez

31 Dez. 14 31 Dez. 13Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Banco BAI Europa 42.254.467 410.784 43.522.253 445.840

Banco BAI Micro Finanças 674.456 6.557 3.200.589 32.787

BAI Cabo verde 5.291.387 51.441 5.305.055 54.345

48.220.310 468.782 52.027.897 532.972

144

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de créditos com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 7):

Créditos31 Dez. 14 31 Dez. 13

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Accionistas 107.383 1.044 6.255.810 64.084

Membros dos Órgãos Sociais 110.754 1.076 946.282 9.694

Outras Entidades 38.108.554 370.480 45.969.696 470.912

38.326 691 372.600 53.171.788 544.690

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de depósitos (à ordem e a prazo) com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 11):

Depósitos31 Dez. 14 31 Dez. 13

Milhares de AKZ Milhares de uSD Milhares de AKZ Milhares de uSD

Accionistas 5.822.955 56.609 11.667.473 119.521

Empresas Participadas 8.380.001 81.468 4.158.257 42.597

Membros dos Órgãos Sociais 2.485.599 24.164 1.828.867 18.735

Outras Entidades 80.358.444 781.218 74.573.357 763.927

97.046.999 943.459 92.227.954 944.780

35. Outras Divulgações

De acordo com o Aviso nº 15/07 de 12 de Setembro, do BNA, que remete para a obrigatoriedade de publicação associada a elementos constituintes do Balanço e Demonstração de Resultados, as seguintes explicações às rubricas abaixo encontram-se mencionadas no presente Anexo em:

i) Resumo dos principais critérios contabilísticos – encontra-se detalhado na Nota 2;

ii) O Banco não procedeu ao longo do exercício de 2014 à reavaliação dos imóveis de uso próprio;

iii) Os investimentos relevantes em outras sociedades encontram-se detalhados na Nota 9;

iv) Não foram efectuadas vendas de bens a prazo pelo Banco;

v) O detalhe das garantias prestadas e outras responsabilidades encontra-se detalhado na Nota 31;

vi) O capital social encontra-se detalhado na Demonstração de Mutações de Fundos Próprios, e na Nota 19, onde se inclui igualmente o detalhe do cálculo de dividendos por acção;

vii) Não existiram alterações a critérios contabilísticos a considerar entre o exercício de 2013 e 2014;

viii) Os créditos transferidos para prejuízo, renegociados e recuperados no período, encontram-se descritos na Nota 7;

ix) O detalhe das sucursais e participações no exterior, bem como os resultados de avaliação de imparidade, total de lucros e suprimentos,

encontram-se detalhados na Nota 2) e Nota 9;

x) O Banco não possui acções com opção de compra outorgadas e/ou exercidas no período;

xi) Foram efectuados os desdobramentos das principais rubricas cujo saldo seja superior a 10% do valor do respectivo grupo ou classe;

xii) Não é do nosso conhecimento a existência de eventos subsequentes adicionais aos reportados na Nota 36, que tenham ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre o resultado do período e/ou resultados futuros do Banco;

xiii) A informação referente a créditos fiscais encontra-se detalhada na Nota 8;

xiv) As informações referentes a títulos encontram-se descritas na Nota 5.

145

11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

36. Eventos Subsequentes

Transição para as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS)

Impacto da Conversão nas Contas do BAI

As Demonstrações Financeiras do BAI foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos pelo Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONtIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do BNA, e actualizações subsequentes, nomeadamente a Directiva nº 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards) em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se encontrem estabelecidos no CONtIF.

No âmbito do processo de adopção das IFRS por parte das instituições financeiras em Angola, na sequência das orientações do BNA, e considerando os timings definidos para a realização do processo de conversão, o BAI encontra-se actualmente a iniciar o seu processo de conversão, não tendo ainda avaliado, qualitativa e quantitativamente, os efeitos das eventuais diferenças de alteração de normativo contabilístico.

As entidades de supervisão e o International Accounting Standards Board (IASB) continuam a desenvolver normas que podem afectar as diferenças entre o CONtIF e as IFRS descritas nesta nota, bem como em diferenças nas Demonstrações Financeiras futuras.

Plano de Conversão para as IFRS

A partir do início de 2015 o BAI inicia o seu plano de conversão com vista à preparação das suas Demonstrações Financeiras de acordo com as IFRS a partir de 1 de janeiro de 2016, ou seja com as primeiras demonstrações financeiras publicadas, de acordo com as IFRS, em 30 de junho de 2016.

O plano definido pelo BAI visa igualmente acolher todos os reportes intercalares solicitados pelo BNA no âmbito do processo de conversão.

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F. Parecer do Auditor Externo

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11. DEMONStRAçõES FINANCEIRAS

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G. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Senhores Accionistas,

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, designadamente da Lei 1/04 de 13 de Fevereiro (Lei das Sociedades Comerciais), submetemos à apreciação de v. Exas. o Relatório e Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório e Contas de 2014 bem como sobre a proposta de aplicação de resultados:

1. Durante o exercício, tivemos a oportunidade de acompanhar periodicamente a actividade do Banco através de informação contabilística e contactos quer com a Administração, quer com as diversas áreas, nomeadamente as de Contabilidade, Auditoria Interna e de Planeamento, Controlo e Risco.

2. No exercício das nossas funções e com a profundidade e extensão possíveis, procedemos indirectamente, através da informação contabilística consultada, à análise das operações do Banco, verificámos e examinámos, por amostragem, a regularidade dos documentos, registos e livros contabilísticos e apreciámos o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, incluindo o Balanço, a Demonstração de Resultados e as respectivas notas.

3. Nestes termos, tendo em conta o relatório dos Auditores Externos, concluímos o seguinte:

(a) Que o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, estando de acordo com os registos contabilísticos, satisfazem as disposições legais e estatutárias;

(b) Que o exercício de 2014 foi positivo, sendo de destacar o facto de o Banco ter alcançado um resultado líquido de AKZ 12.848.873.366,97 (Doze mil milhões oitocentos e quarenta e oito milhões oitocentos e setenta e três mil trezentos e sessenta e seis Kwanzas e noventa e sete cêntimos), observada a prática legalmente permitida e economicamente aconselhável, de constituir as adequadas provisões destinadas a contribuir para a estabilidade do seu património;

(c) Que os critérios valorimétricos utilizados e as políticas seguidas são consistentes com os aplicados nos exercícios anteriores.

4. Considerando que os documentos referidos em (2) permitem no seu conjunto a compreensão da situação financeira e dos resultados financeiros do Banco, propomos:

(a) A aprovação do Relatório de gestão do Conselho de Administração e das Contas referentes ao exercício de 2014;

(b) A aprovação da proposta de aplicação do resultado líquido do exercício de 2013, constante do Relatório do Conselho de Administração.

5. Finalmente, expressamos o nosso agradecimento ao Conselho de Administração e a todos os colaboradores do Banco com quem contactámos,

pela valiosa colaboração prestada.

Luanda, 24 de Março de 2015

O Conselho Fiscal

jaime de Carvalho Bastos

Presidente

júlio Sampaio Moisés António joaquim

(vogal) (vogal)

01. PRINCIPAIS INDICADORES

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