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Português para concurso

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  • Aula 01

    Curso: Portugus p/ IBGE (Tcnico em Informaes Geogrficas e Estatsticas)

    Professor: Fabiano Sales

  • Lngua Portuguesa para IBGE

    Teoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 01

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    AULA 01

    Ol, vitoriosos alunos! Muito nimo, porque vocs sero CLASSIFICADOS!

    Na aula 01, do curso de teoria e de questes comentadas para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), apresentarei outros tpicos do contedo programtico: Estrutura e Processo de Formao de Palavras e Emprego das Classes de Palavras (Parte 1).

    Para refletir: "Tudo o que um sonho precisa para ser realizado algum que acredite que ele possa ser realizado." (Roberto Shinyashiki)

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    ESTRUTURA DAS PALAVRAS

    As palavras so compostas de pequenas partes indivisveis e significativas, denominadas morfemas. Estes so classificados em lexicais ou gramaticais.

    Morfema Lexical o radical, que apresenta o sentido bsico da palavra.

    Radical - o ncleo de significao da palavra. , portanto, o nico elemento que nopode faltar na estruturao do vocbulo.

    possvel que as palavras se associem de diversas maneiras. Uma dessas associaes ocorre quando os vocbulos apresentam o mesmo radical palavras pertencentes mesma famlia, chamadas cognatas , isto , pertencem ao mesmo campo semntico.

    Exemplos:

    terra terrestre

    terra terreiro terrqueo.

    pedra, pedreira, pedreiro, pedregulho, pedraria, pedrada;

    nocivo, nocividade, (i)nocente, (i)nocentar; (i)nquo*. rico, ricao, enriquecer, riqueza**.

    *Inquo possui o mesmo radical de nocivo, pois, foneticamente, as formas noc- e noqu- apresentam o mesmo som.

    ** Enriquecer e riqueza possuem o mesmo radical de rico, ricao, pois, foneticamente, as formas ric e riqu so equivalentes.

    Devido s vias erudita e popular da lngua, possvel que haja formas correspondentes, mas com radicais distintos.

    Exemplos: digital / dedal; capilar / cabelo; auricular / orelha; plano / cho.

    Em se tratando de formas verbais, o radical obtido a partir de sua forma infinitiva (o nome do verbo), suprimindo as terminaes -AR, -ER ou -IR: Cantar Cant- (radical) Vender Vend- (radical) Partir Part- (radical)

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    Morfema Gramatical - indica noes puramente gramaticais, como as flexes de gnero e nmero, modo e tempo. Dividem-se em:

    Vogal temtica o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinncias.

    Pode ser:

    a) Nominal - vogais a, e, o tonas que se ligam aos radicais dos nomes sem oposio degnero.

    Exemplos: escola, ponte, ngulo, mesa.

    b) Verbal - por meio da vogal temtica que se identifica a conjugao a que o verbopertence.

    Cantar -a- (1 conjugao) Vender -e- (2 conjugao) Partir -i- (3 conjugao)

    E a que conjugao pertence o verbo pr ? Meus amigos, esse verbo (e os derivados compor, decompor, supor etc.) pertence 2 conjugao, uma vez que apresenta -e- como vogal temtica, devido sua origem da forma latina ponere. Notem que, em algumas pessoas verbais, a vogal temtica -e- aparece ao longo da conjugao. Exemplo:

    Presente do indicativo

    Eu ponho / Tu pes / Ele pe / Ns pomos / Vs pondes / Eles pem

    Vogal Temtica Alomorfe (ou Variante) 1) O -a a vogal temtica da 1 conjugao verbal. Todavia, no pretrito perfeito, sofre

    alomorfia (apresenta-se sob outra forma): amei / amou; 2) O -e a vogal temtica da 2 conjugao verbal. No entanto, sofre alomorfia no

    pretrito imperfeito e no particpio: vivia / vivido;

    3) O -i a vogal temtica da 3 conjugao verbal, porm, no presente do indicativo e imperativo afirmativo, apresenta, respectivamente, as formas partes e parte (tu);

    Consideraes importantes

    1) O tema obtido por meio da unio entre radical e vogal temtica. Exemplos: escolar, pontes, angulosidade, falar, vender, partir.

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    2) Quando o nome terminar por consoante, vogal tnica ou -i ou -u, s haver radical, sendo, por isso, denominado atemtico.

    Exemplos: raiz, jacar, txi, angu, sof, caf, caqui, ba, nvel, hfen.

    Afixos - so morfemas que se unem ao radical, modificando o significado bsico deste,formando, assim, novas palavras. Podem ser:

    a) Prefixos elementos antepostos ao radical da palavra.Exemplos: desleal, ilegal, analfabeto, desconhecer.

    Considerao importante

    Os prefixos, quando acrescidos ao radical da palavra, no modificam a classe gramatical do vocbulo. Entretanto, modificam seu sentido.

    Exemplos:

    Leal (=sincero, fiel); Desleal (=traidor, infiel); Legal (=conforme a lei); Ilegal (=contrrio lei); Alfabeto (=letras usadas nas lnguas); Analfabeto (=aquele que no sabe ler nem escrever). Conhecer (=ter a ideia); Desconhecer (=ignorar)

    b) sufixos - elementos pospostos ao radical da palavra.Exemplos: realidade, felizmente, feioso, livrinho.

    Considerao Importante

    Os sufixos, quando acrescidos ao radical da palavra, podem ou no alterar sua classe gramatical.

    Exemplos:

    Real (adjetivo) ; Realidade (substantivo) Feliz (adjetivo) ; Felizmente (advrbio) Feio (adjetivo) ; Feioso (adjetivo) Livro (substantivo) ; Livrinho (substantivo)

    O sufixo pode ser nominal, verbal ou adverbial.

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    Formadores de Substantivos

    a) Sufixos formadores de nomes de agente, naturalidade, profisso, ofcio-rio(a) - secretrio -nte - estudante -eiro(a) - padeiro -sor - agrimensor -ista - dentista -tor inspetor -dor - narrador

    b) Sufixos que formam nomes de lugar, depositrio, repartio, coleo-aria - padaria -il - covil -rio - herbanrio -or - corredor -douro - ancoradouro -trio - cemitrio -eiro - aucareiro -trio - dormitrio -eria - vozeria

    c) Sufixos que formam nomes indicadores de abundncia, aglomerao, coleo-ao chumao -ame - gentame, velame -ada - papelada -ario(a) - casario, infantaria -agem - folhagem -edo - arvoredo -al - capinzal -eria - correria -alha - cordoalha -io - mulherio -ama - dinheirama -ume - negrume

    d) Sufixos que formam nomes tcnicos usados na cincia-ite - bronquite, hepatite (inflamao) -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores) -ato, eto, ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais) -ina - cafena, codena (alcalides, lcalis artificiais) -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto) -ite - amotite (fsseis) -ito - granito (pedra) -ema - morfema, fonema, semema, semantema (cincia lingustica) -io - sdio, potssio, selnio (corpos simples) e) Sufixos que formam nomes de ao, resultado de ao, estado, qualidade-ada braada -ice - velhice -ana - mudana -cie - calvcie -ncia - abundncia -ismo - civismo -o - perdio -mento - casamento -do - solido -so - compreenso -dade - maldade -(t)ude - amplitude

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    -ena - crena -ume - negrume -ncia - imponncia -ura - formatura -ez(a) - sensatez, beleza

    f) Sufixos que traduzem cincia, doutrinas filosficas, sistemas religiosos ou polticos,escola

    -ia - astronomia, valentia, melancolia (qualidade); sacristia (lugar); chefia (cargo) -ismo - budismo, kantismo, comunismo, kardecismo, batismo

    g) Sufixos que traduzem ttulo ou dignidade de pessoa do sexo feminino-esa baronesa -essa condessa -isa - poetisa

    h) Sufixos que denotam estado mrbido, doena-ose - neurose, esclerose, lordose

    i) Sufixos que traduzem ideia de quem mata ou crime de matar-cida - homicida, parricida, fratricida -cdio - suicdio, homicdio, genocdio

    Formadores de Adjetivos a) Provenientes de Substantivos-aco - manaco -ado - barbado -ceo(a) - herbceo, lilceas -aico - prosaico -al - anual (referncia, relao) -ano - curitibano (naturalidade, origem) -o - alemo (naturalidade, origem) -ar - escolar (referncia, relao) -rio - dirio, ordinrio -tico - problemtico -az - mordaz -eiro - brasileiro (naturalidade, origem) -engo - mulherengo -enho - ferrenho -eno - terreno -ense - paraense, fluminense (naturalidade, origem) -ento - cruento -eo - rseo (referncia, relao)

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    -s - chins (naturalidade, origem) -esa - chinesa (naturalidade, origem) -esco - pitoresco -este - agreste -estre - terrestre -eu - europeu (naturalidade, origem) -cio - alimentcio -ico - geomtrico (referncia, relao) -il - febril -ino - cristalino, bovino, florentino (referncia, relao) -ivo - lucrativo -oide - antropoide (semelhana) *-oide - politicoide, moloide (depreciativo) -onho - tristonho -oso - bondoso, gorduroso (abundncia, qualificao acentuada) -udo - barrigudo (abundncia, qualificao acentuada)

    b) Provenientes de Verbos

    SUFIXO SENTIDO EXEMPLOS

    -ante -ente -inte

    ao, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte

    -vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ao louvvel, perecvel, punvel

    -io, -(t)ivo

    ao, referncia, modo de ser

    tardio, afirmativo, pensativo

    -(d)io, -(t)cio possibilidade de praticar

    ou sofrer uma ao, referncia

    movedio, quebradio, factcio

    -(d)ouro,-(t)rio ao, pertinncia casadouro, preparatrio

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    QUADRO DE CORRESPONDNCIA ENTRE PREFIXOS GREGOS E LATINOS

    Prefixos gregos Prefixos latinos Significado Exemplos

    a-, an- des-, in- privao, negao acfalo, annimo, anarquia, desleal, desigual, incapaz,

    inativo

    anti- contra- oposio, ao contrria antagonista, antibitico, anttese, contra-veneno,

    contra-dizer

    anfi- ambi- duplicidade, de um e outro lado, em torno anfbio, anfiteatro, ambidestro, ambivalente, ambguo

    apo- ab- afastamento, separao apstolo, apogeu, abstrair, abuso, aberrar

    di- bi(s)- duplicidade dgrafo, ditongo, disslabo, bicampeo, bpede, bisneto

    dia-,meta- trans- movimento atravs difano, diagnstico, translcido, transpassar

    en-, em- in-, im-, ir- movimento para dentro encfalo, energia, ingerir, incrustar, irradiao

    endo- intra- movimento para dentro, posio interior endocrdio, endocarpo,

    intravenoso, intramuscular, intraverbal

    ec-, ex- es-, ex- movimento para fora, mudana de estado xodo, exorcismo, excntrico, expatriar, estender

    epi-, super-, hiper- supra- posio superior, excesso epiderme, epitfio, eplogo

    superviso, hiprbole, supradito, superpor, superclio

    eu- bene- excelncia, perfeio, bondade eufonia, eufemismo, evangelho, benefcio, benvolo, benfico

    hemi- semi- meio, metade hemiciclo, hemisfrio,

    hemistquio, semicrculo, semimorto

    hipo- sub- posio inferior hipoglosso, hiptese,

    hipodrmico, submarino, subsolo, subterrneo

    para- ad- proximidade, adjuno paradigma, paralelo, advogado, adjacente

    peri- circum- em torno de periferia, perfrase, circumpolar, circunlquio

    cata- de- movimento para baixo cataclismo, catstrofe,

    catavento, derrubar, decapitar, demolir

    sin-, sim- cum- simultaneidade, companhia simpatia, sincronia, sinfonia, cmplice

    Fonemas Eufnicos so fonemas (vogais e/ou consoantes) sem valor significativo de que a lngua se serve para melhorar o som das palavras. So interpostos a outros elementos para facilitar a pronncia (eufonia), de um modo geral. Exemplos: chaleira, gasmetro, cafezal, capinzal, neurtico.

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    Consideraes importantes

    1) A palavra arrozal no possui fonema eufnico, j que a letra z faz parte do radical. A este vocbulo foi acrescido o sufixo al.

    2) Em lapisinho / paisinho / onusinho tambm no existe fonema eufnico, pois ao radical foi acrescido o sufixo inho.

    3) Em grandeza / beleza / pobreza no aparece fonema eufnico, visto que o sufixo eza (formador de substantivo abstrato) foi adicionado ao radical.

    Neste momento, chamo a ateno de vocs para as desinncias dos verbos, pois a partir delas que perceberemos as flexes verbais. As desinncias subdividem-se em:

    modo-temporais indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempoverbal (presente, passado e futuro); e

    nmero-pessoais indicam o nmero (singular e plural) e a pessoa do discurso(1, 2 e 3).

    Exemplos:

    Cant a va s

    radical vogal DMT DNP temtica

    CANT- : radical apresenta o significado da palavra.

    -A- : vogal temtica indica que o verbo pertence 1 conjugao. -VA- : desinncia modo-temporal indica que o verbo est flexionado no pretrito imperfeito do indicativo.

    -S : desinncia nmero-pessoal indica que o verbo est flexionado na 2 pessoa do singular.

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    Vend e re mos

    radical vogal DMT DNP temtica

    VEND- : radical apresenta o significado da palavra.

    -E- : vogal temtica indica que o verbo pertence 2 conjugao. -RE- : desinncia modo-temporal indica que o verbo est flexionado no futuro do presente do indicativo.

    -MOS : desinncia nmero-pessoal indica que o verbo est flexionado na 1 pessoa do plural.

    Part i ra s

    radical vogal DMT DNP temtica

    PART- : radical apresenta o significado da palavra.

    -I- : vogal temtica indica que o verbo pertence 3 conjugao. -RA- : desinncia modo-temporal indica que o verbo est flexionado no pretrito mais-que-perfeito do indicativo.

    -S : desinncia nmero-pessoal indica que o verbo est flexionado na 2 pessoa do singular.

    A seguir, apresentarei a vocs o paradigma das desinncias modo-temporais e nmero- -pessoais.

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    DESINNCIAS MODO-TEMPORAIS Modo Tempo 1 Conjugao Exemplo

    2 e 3 Conjugaes Exemplo

    Presente (zero) falo (zero) vendo, parto Pretrito perfeito (zero) falei (zero) vendi, parti

    Pretrito imperfeito -va (-ve)

    falava, falveis -ia (-e)

    vendia, vendeis;

    partia, parteis

    Pretrito mais-que- -perfeito

    -ra (-re) tono

    falara, falreis

    -ra (-re) tono

    vendera, vendreis;

    partira, partreis

    Futuro do presente

    -ra (-re) tnico

    falar, falareis

    -ra (-re) tnico

    vender, vendereis;

    partir, partireis

    Indicativo

    Futuro do pretrito -ria (-re)

    falaria, falareis -ria (-re)

    venderia, vendereis;

    partiria, partireis

    Presente -e fale, faleis -a venda, parta Pretrito

    imperfeito -sse falasse, falasses -sse

    vendesse, partisse Subjuntivo

    Futuro -r falar, falares -r vender, partir

    Afirmativo -e fale, falemos -a vendam, partam

    Imperativo Negativo -e

    no fale, no

    falemos -a

    no vendam, no partam

    Infinitivo Pessoal -r falar, falares -r vendermos, partirmos

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    DESINNCIAS NMERO-PESSOAIS

    1 pessoa do singular

    -o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto. -i (no Pretrito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti; falarei. (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.

    2 pessoa do singular

    -s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falars. -ste (no Pretrito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste. (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu).

    3 pessoa do singular

    -u (Pretrito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu. (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.

    1 pessoa do plural

    -mos: falamos, vendemos, partimos.

    2 pessoa do plural

    -stes (no Pretrito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes. -des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes. -i (no Imperativo afirmativo): falai (vs), vendei (vs), parti (vs). -is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis. -des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pr, ver, rir, ir): vindes, ides.

    3 pessoa do plural

    -ram (Pretrito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram. -o (no Futuro do presente do indicativo): cantaro, vendero, partiro. -em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem. -m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.

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    FORMAO DAS PALAVRAS As novas palavras que surgem na lngua so formadas por meio dos seguintes processos de formao: composio e derivao.

    COMPOSIO a unio de dois radicais. Com isso, a composio subdivide-se em:

    a) Justaposio - os radicais so colocados lado a lado, sem qualquer alterao grfica efontica, ou seja, sem perda de elementos. Exemplos: guarda-chuva, passatempo, malmequer, girassol.

    b) Aglutinao dois radicais aglutinam-se, trocando ou perdendo fonemas, originando um sacento tnico.

    Exemplos: planalto (plano + alto), aguardente (gua + ardente), embora (em + boa + hora), vinagre (vinho + acre), pernalta (perna + alta).

    DERIVAO o processo em que se acrescentam afixos prefixo, sufixo ou prefixo e sufixo ao radical. A derivao pode ser:

    a) prefixal anteposio de prefixo ao radical. Os prefixos, geralmente, agregam-se a verbos oua adjetivos. Exemplos: fiel - infiel; leal - desleal; existir - coexistir; passar - repassar; areo - antiareo; dito - sobredito; pr - repor; quieto - inquieto.

    b) sufixal posposio de sufixo ao radical. Os sufixos vm imediatamente aps o ncleo.Exemplos: simples - simplesmente; natural - naturalidade; dente - dentada; anlise - analisvel; feliz - felizmente; leal - lealdade.

    c) prefixal e sufixal - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, existindo na lnguaapenas com um dos afixos.

    Exemplos: infelizmente, deslealdade.

    d) parassinttica - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, porm no possuiregistro no idioma com apenas um dos afixos. Geralmente, um processo formador de verbos. As formaes parassintticas mais comuns no portugus ocorrem com o concurso dos prefixos es-, a-, en- e dos sufixos ear, -ejar, -ecer, -izar. Exemplos: enriquecer, espernear, anoitecer, ensurdecer, enlouquecer, aclarar, esclarecer, apodrecer, enraivecer, aterrorizar, entardecer, esverdear.

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    e) regressiva ou deverbal consiste em formar palavras por meio da supresso de elementosterminais existentes nas palavras derivantes.

    Substantivos que indicam ao advm de verbos: ataque (de atacar), embarque (de embarcar), resgate (de resgatar), disputa (de disputar). Por isso, so chamados substantivos deverbais, ou seja, o tema verbal cede lugar a um tema nominal em -a, -e ou -o.

    Nomes que no indicam ao do origem a verbos: plantar (de planta), aferrar (de ferro), escovar (de escova), pincelar (de pincel). Observao: Nomes podem ser derivados de outros nomes.

    Exemplos: boteco (de botequim), sarampo (de sarampo), comissa (de comissrio), delega (de delegado), bena (de bno), asco (de asqueroso) etc. f) imprpria consiste na mudana da classe gramatical habitual da palavra, sem alterar-lhe aforma. O caso mais comum a substantivao.

    Exemplos: Comcio monstro (substantivo passa a adjetivo). Falavam alto (adjetivo passa a advrbio). O cantar preciso (verbo passa a substantivo). O no um advrbio (advrbio passa a substantivo). Maria Pereira (substantivo comum passa a prprio). O porqu (conjuno passa a substantivo).

    Abreviao ou Reduo obtida por meio da utilizao de apenas parte da palavra.

    Exemplos: pneu (de pneumtico), moto (de motocicleta), foto (de fotografia), quilo (de quilograma), extra (de extraordinrio), metro (de metropolitano), plio (de poliomielite) etc. Dica estratgica!

    preciso no confundir abreviao com abreviatura. Esta ltima a representao da palavra por meio de uma ou mais letras.

    Exemplo: Av. = avenida; Dr. = doutor

    Reduplicao ou Onomatopia consiste na repetio de slaba ou de palavra para formar uma palavra imitativa.

    Exemplos: bem-te-vi, tique-taque, pingue-pongue, zunzum.

    Hibridismo - palavras formadas com elementos provenientes de lnguas diferentes.

    Exemplos: televiso (grego+latim) abreugrafia (portugus+grego)

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    alcometro (rabe+ grego) burocracia (francs+grego) zincografia (alemo+grego) Petrpolis (latim+grego) Terespolis (portugus+grego) cotonete (ingls+portugus)

    Siglas - palavras formadas por iniciais de ttulos.

    importante tecer as seguintes consideraes: - quando as siglas forem formadas por at trs letras, todas estas devero ser maisculas.

    Exemplos: ONU (Organizao das Naes Unidas) MEC (Ministrio da Educao) AGU (Advocacia-Geral da Unio) PM (Polcia Militar) - quando as siglas forem formadas por quatro ou mais letras, deveremos observar o seguinte:

    a) se as siglas no forem slabas, todas as letras devero ser grafadas com iniciais maisculas.Exemplos: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica) UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) b) se as siglas formarem slabas, ou seja, se forem semelhantes a vocbulos, somente a letrainicial dever ser maiscula.

    Exemplos: Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicaes) Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Emerj (Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro)

    Acerca das siglas importante que vocs conheam os seguintes aspectos:

    a) so formas de abreviaturas, porm sem pontos abreviativos: ONU, MEC ;b) so predominantemente grafadas em maisculas;c) nem sempre so explicadas nos textos.

    Vamos fazer algumas questes.

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    1. (CESGRANRIO) Assinale a opo em que nem todas as palavras so de um mesmoradical:

    a) noite, anoitecer, noitadab) luz, luzeiro, alumiarc) incrvel, crente, crerd) festa, festeiro, festejare) riqueza, ricao, enriquecerComentrio: Todas as palavras so formadas a partir de um mesmo radical, exceto na assertiva B. As palavras luz e luzeiro (derivao sufixal) so provenientes do radical luz. Entretanto, o vocbulo alumiar, que significa iluminar, luzir, formou-se a partir do radical lumi-.

    Gabarito: B.

    2. (CESGRANRIO) O que indica nos parnteses NO est correto na opo:a) bordado-me (vogal temtica).b) esforo-me (desinncia nmero - pessoal).c) desenrolando (caracterstica de gerndio).d) imperceptvel (derivado parassinttico).e) meia-idade (composto por justaposio).Comentrio: A indicao entre parnteses que indica erro encontra-se na assertiva D. O vocbulo imperceptvel formado por meio do processo de derivao prefixal e sufixal: im- (prefixo) + percepti- (radical) + -vel (sufixo formador de adjetivos). Gabarito: D.

    3. (CESGRANRIO) Assinale a palavra cujo sufixo NO tem o sentido de "ao ou resultadodela":

    a) Surgimentob) Separaoc) Agressod) Concorrnciae) FardamentoComentrio: Nas assertivas A, B, C e D, todos os sufixos indicam ao ou resultado desta. Entretanto, esse mesmo sentido no apresentado na opo E. O vocbulo fardamento, proveniente da juno entre o radical fardar e o sufixo -mento, indica conjunto de fardas, uniforme completo. O sufixo -mento, por sua vez, expressa a noo de coleo, agrupamento.

    Gabarito: E.

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    4. (CESGRANRIO/IBGE) Assinale a opo em que todas as palavras se formam pelomesmo processo:

    a) ajoelhar / antebrao / assinaturab) atraso / embarque / pescac) o jota / o sim / o tropeo d) entrega / estupidez / sobrevivere) antepor / exportao / sanguessugaComentrio: Todas as palavras so formadas pelo mesmo processo na assertiva B. Os vocbulos atraso, embarque e pesca provm, respectivamente, das palavras atrasar, embarcar e pescar. Portanto, so formadas por meio de derivao regressiva.

    Gabarito: B.

    5. (CESGRANRIO/Banco do Brasil) A palavra "aguardente" formou-se por:a) hibridismob) aglutinaoc) justaposiod) parassntesee) derivao regressivaComentrio: O vocbulo aguardente formado por meio de composio por aglutinao (processo em que h perda fontica): gua + ardente = aguardente. Gabarito: B.

    6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formao de chape-chape:a) zunzumb) reco-recoc) toque-toqued) tlim-tlime) vividoComentrio: O vocbulo chape-chape formado por meio de reduplicao (redobro para alguns gramticos), no qual se unem palavras iguais, obtendo-se um vocbulo para reproduzir determinado som. Esse mesmo processo encontrado nas opes A a D. Na assertiva E, entretanto, o vocbulo vivido obtido a partir da derivao sufixal: viv- (radical) + -ido (sufixo). Gabarito: E.

    7. (CESGRANRIO) Os vocbulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processode formao de palavras, respectivamente, em:

    a) parassntese - prefixaob) parassntese - parassntese

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    c) prefixao - parassntesed) sufixao - prefixao e sufixaoe) prefixao e sufixao - prefixao

    Comentrio: O vocbulo aprimorar formado por meio da derivao parassinttica. O radical primor recebe, ao mesmo tempo, o prefixo a- e o sufixo -ar. Notem que, se retirarmos qualquer dos afixos, a palavra no apresenta autonomia na lngua: aprimor ou primorar. Isso o que diferencia esse processo de formao daquele obtido por meio da derivao prefixal e sufixal. Por exemplo, em infelizmente (palavra formada por prefixao e sufixao), mesmo com a retirada de qualquer dos afixos (prefixo ou sufixo), a palavra continua a existir no vernculo: infeliz ou felizmente. Por fim, a palavra encerrar obtida com o processo de derivao prefixal, tambm conhecido como prefixao): en- (prefixo) + cerrar. Gabarito: A.

    8. (CESGRANRIO/DECEA) O processo de formao da palavra conviver tem a mesmaclassificao em:

    a) neurtica;b) fugidio;c) desmatar;d) troca-troca;e) amoroso.Comentrio: A palavra conviver formada por meio do processo de derivao prefixal: com (prefixo que sofre alterao) + viver (radical) = conviver. De posse dessa informao, vamos analisar as alternativas.

    A) Resposta incorreta. Em neurtica, houve o processo de derivao sufixal: neuro- (radical) +t (consoante de ligao) + -ica (sufixo). B) Resposta incorreta. A palavra fugidio tambm foi formada por meio do processo de derivaosufixal: fug- (radical) + -idio (sufixo). C) Esta a resposta da questo. O vocbulo desmatar foi formado a partir do processo dederivao prefixal: des- (prefixo) + matar (radical). D) Resposta incorreta. Em troca-troca, h o processo de composio por justaposio, ou seja,a unio de dois vocbulos forma uma unidade semntica. isso o que diferencia a justaposio da reduplicao, sendo este um processo para formar um determinado som (tique-taque, zunzum etc). E) Resposta incorreta. O vocbulo amoroso foi formado por meio do processo de derivaosufixal: amor- (radical) + -oso (sufixo). Gabarito: C.

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    CLASSES GRAMATICAIS

    Inicialmente, informo a vocs que o tpico Emprego das Classes de Palavras foi dividido em duas partes, por razes didticas. Nesta aula (01), abordaremos as seguintes classes gramaticais: substantivo, artigo, numeral, adjetivo, interjeio, advrbio e preposio. No prximo encontro aula 02 trabalharemos as classes dos verbos e dos pronomes.

    E quanto s conjunes? Por apresentarem relao ntima com o tema Sintaxe do Perodo, o estudo das conjunes ocorrer na aula 03.

    Feitas as consideraes iniciais, passemos, agora, ao emprego das classes de palavras.

    A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta dez classes gramaticais. Por razes prticas, dividiremos essas categorias em variveis e invariveis:

    VARIVEIS INVARIVEIS

    Substantivo Adjetivo Artigo Numeral Pronome Verbo

    Conjuno Interjeio Preposio Advrbio

    O que seriam classes gramaticais variveis? Devemos entender classes de palavras variveis aquelas categorias que variam em gnero (masculino/feminino) e nmero (singular/plural).

    Caso particular ocorre com a classe verbal, uma vez que pode variar em tempo, modo, nmero, pessoa e voz e, ainda, com a classe pronominal, pois tambm pode apresentar variao em pessoa. Porm, fiquem tranquilos, pois este assunto ser visto na aula 02.

    A primeira classe de palavras varivel que estudaremos hoje o substantivo. Essa categoria responsvel por designar nomes de seres, de qualidades, de aes ou de estados.

    O substantivo pode ser:

    Prprio designa, especificamente, o nome de um ser pertencente a uma espcie.

    Exemplos: Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.

    Dica estratgica!

    Substantivos prprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns.

    Exemplos: Judas foi quem traiu Jesus. Ele um judas.

    Comum designa, genericamente, o nome dos seres de uma espcie.

    Exemplos: metrpole, homem, pas.

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    Concreto designa seres cuja existncia independe de outros. Esqueam aquela noo que nos ensinaram na escola, em que se falava que o substantivo concreto constitui-se naquilo que palpvel.

    Exemplos: ar, Deus, gnomo.

    Abstrato designa seres cuja existncia depende de outros. Sero substantivos abstratos aqueles que representam qualidades, aes ou estados.

    Exemplos: beleza, inveno, tristeza.

    A existncia da beleza pressupe a existncia de um ser que seja belo; a inveno depende da criao feita por algum ser (a inveno do telefone, por exemplo); por sua vez, a tristeza s existir se existir um ser que tenham esse sentimento.

    Primitivo aquele que origina a formao de outro vocbulo.

    Exemplos: jardim, terra, livro.

    Derivado aquele que formado a partir de um vocbulo.

    Exemplos: jardineiro, terrqueo, livraria.

    Simples apresenta apenas um radical.

    Exemplos: capim, sol, p.

    Composto apresenta pelo menos dois radicais.

    Exemplos: capim-limo, girassol, pontap.

    Coletivo designa a totalidade de seres de uma espcie.

    Exemplos: manada (de elefantes), corja (de bandidos, assaltantes), esquadra (de navios).

    Como disse a vocs, o substantivo pode variar em gnero e nmero. Vamos ver como isso ocorre.

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    FLEXO DE GNERO Quanto ao gnero, o substantivo pode ser masculino ou feminino.

    Exemplos: aluno, aluna; irmo, irm.

    Quanto forma, os substantivos podem ser:

    Uniformes representam ambos os gneros (masculino e feminino) com apenas um radical. Os substantivos uniformes subdividem-se em:

    a) Sobrecomuns contm uma s forma para representar ambos os gneros. Somente ocontexto poder determinar o gnero desses substantivos.

    Exemplos: o cnjuge, a criana, a testemunha, o cadver.

    b) Comuns-de-dois contm uma s forma para representar ambos os gneros. Nesse caso,porm, o determinante far a distino entre masculino e feminino.

    Exemplos: o dentista / a dentista; o estudante / a estudante.

    c) Epicenos contm uma s forma para ambos os gneros. Nesse caso, porm, a distinodos gneros ser feita pelo acrscimo do vocbulo macho / fmea.

    Exemplos: a ona (macho/fmea); o sabi (macho/fmea); a girafa (macho/fmea).

    Biformes com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os gneros masculino e feminino.

    Exemplos: fregus, freguesa; professor, professora; choro, chorona; irmo, irm.

    Observao!

    Existem pares de vocbulos semanticamente opostos. So os chamados heternimos.

    Exemplos: pai me; genro nora; cavalheiro dama.

    Dica estratgica!

    O gnero do artigo pode acarretar a mudana de sentido do substantivo.

    Exemplos: o caixa (funcionrio) a caixa (recipiente); o coma (sono mrbido) a coma (cabeleireira); o coral (plipo, canto em coro) a coral (cobra venenosa).

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    9. (CESGRANRIO-2009/Casa da Moeda) H trs substantivos em:a) "... com srias dificuldades financeiras."b) "... no conseguiu prever nem a crise econmica atual."c) "... vai tornar inteis arquivos e bibliotecas)."d) "... precisa da confirmao e do endosso do 'impresso' (...)e) "Muitos dos blogs e sites mais influentes..."Comentrio: O trecho que contm trs substantivos encontra-se na alternativa D. Os vocbulos confirmao, endosso e impresso pertencem a essa classe gramatical. Notem que as palavras esto antecedidas de artigo (veremos, adiante, que o artigo substantivo qualquer palavra): da confirmao contrao da preposio de com o artigo definido a ; do endosso - contrao da preposio de com o artigo definido o ; do impresso - contrao da preposio de com o artigo definido o .

    Nas demais alternativas:

    A) O nico substantivo a palavra dificuldades.B) H somente um substantivo: crise.C) H dois substantivos: arquivos e bibliotecas.E) Existem dois substantivos: blogs e sites.Gabarito: D.

    (CESGRANRIO-2008/PETROBRAS)

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    10. O substantivo abstrato cujo sentido NO caracteriza a atitude do profissional nummomento crucial de deciso :

    a) flexibilidadeb) transignciac) determinaod) arrojoe) retroao

    Comentrio: Conforme estudamos nas lies, substantivo abstrato designa seres cuja existncia depende de outros. Sero abstratos aqueles nomes que representam qualidades, aes ou estados. Percebemos, assim, que h esse tipo de substantivo em todas as opes.

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    De acordo com o contexto, algumas passagens denotam que momentos cruciais devem ser marcados por atitudes flexveis (uso de nosso livre arbtrio; dizem que somos livres para escolher), transigentes (opto por assumir riscos evidentemente calculados e seguir adiante), determinadas (o verbo preferir vem do latim praeferere e significa levar frente; nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro) e arrojadas (opto por assumir riscos).

    Por outro lado, o substantivo abstrato retroao vai de encontro s ideias do texto. Isso pode ser ratificado, por exemplo, com o excerto De nada adianta assumir uma postura meramente defensiva e crtica. Lembre-se de que as pessoas no esto contra voc, mas a favor delas.

    Gabarito: E.

    FLEXO DE NMERO Regra Geral

    Em regra, a formao de plural dos substantivos ocorre com o acrscimo do morfema -s. Isso ocorrer quando os substantivos forem finalizados por vogal, ditongo oral ou ditongo nasal -E. Exemplos: planeta planetas; chapu chapus; me mes.

    Regras Especficas

    Substantivos finalizados por:

    a) SI. acrscimo de ES nos monosslabos ou oxtonos.

    Exemplos: s ases; anans ananases.

    Observao: Os substantivos CAIS e CS so invariveis. II. flexo no determinante, em caso de paroxtonos e proparoxtonos.

    Exemplos: o vrus os vrus; o nibus os nibus.

    b) AL, EL, OL e UL : plural em IS.Exemplos: pardal pardais; pincel - pincis; lcool alcois; azul azuis.

    Dica estratgica!

    Alguns substantivos fazem plural em ES.

    Exemplos: mal males; cnsul cnsules.

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    Cuidado: No composto mal-estar, a terminao ES ser acrescida somente ao segundo elemento. Portanto, a flexo correta mal-estares.

    importante ressaltar, ainda, a flexo adequada do determinante: o mal-estar / os mal-estares.

    c) IL- Se forem oxtonos, o plural ser em S.

    Exemplos: fuzil fuzis.

    - Se forem paroxtonos, o plural ser em EIS.

    Exemplos: fcil fceis.

    Ateno!

    Os vocbulos a seguir apresentam dupla grafia , admitindo, portanto, mais de uma possibilidade de plural:

    Oxtonos - projetil projetis; reptil reptis Paroxtonos projtil projteis; rptil rpteis.

    d) M: plural em -NS.

    Exemplos: armazm armazns; lbum lbuns.

    e) N : plural em -S ou -ES.Exemplos: hmen himens (ou hmenes); lquen liquens (ou lquenes).

    f) R, Z: plural em ES.Exemplos: hangar hangares; arroz arrozes; gravidez - gravidezes.

    g) X : a flexo ocorrer apenas no determinante (artigo, pronome, ...).Exemplos: o nix os nix; o clmax os clmax.

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    Dica estratgica!

    Alguns substantivos apresentam a forma pluralizada: bens, costas, frias, haveres, culos etc. No confundam esses vocbulos, por exemplo, com bem, costa e fria, haver, culo, pois o sentido diferente. Vamos ver abaixo:

    Bem : virtude, benefcio Bens : propriedades, riquezas

    Costa : litoral Costas : parte dorsal

    Fria : quantia em dinheiro Frias : perodo de descanso

    Haver : verbo haver Haveres : bens (substantivo) culo : luneta culos : lentes em uma armao

    Alguns substantivos so usados apenas no plural.

    Exemplos: os afazeres, as alvssaras, os arredores, as bodas, as calas, as ccegas, as condolncias, as efemrides, as exquias, as fezes, os psames, os parabns, os picles, as reticncias, os suspensrios, as tmporas, as vsceras, os vveres etc.

    Cuidado!

    Quando pluralizados, alguns substantivos deslocam a slaba tnica.

    Exemplos: carter - caracteres; espcimen - especmenes; jnior - juniores; snior seniores; lcifer lucferes.

    PLURAL DOS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -O Para memorizar, vamos partir para o quadro-resumo a seguir:SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -O Exemplos

    Regra geral plural em -ES ao aes; balo bales; nao naes ...

    Todos os paroxtonos plural em -OS acrdo acrdos; rfo rfos ...

    Alguns oxtonos e monosslabos plural em -OS

    cidado cidados; cristo cristos; corrimo corrimos ...

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    SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -O Exemplos

    Alguns oxtonos e monosslabos plural em -ES

    alemo alemes; po pes; escrivo escrives; tabelio tabelies ...

    Alguns oxtonos admitem dois plurais

    aldeo aldeos, aldees; vulco vulcos, vulces; vero veros, veres; sulto sultes, sultes; guardio guardies, guardies; corrimo corrimos, corrimes ...

    Alguns oxtonos admitem trs plurais alo alos, ales, ales; ancio ancios, ancies, ancies ...

    11. (CESGRANRIO-2010/PETROBRAS-Adaptada) luz da norma culta da lnguaportuguesa, julgue a afirmativa a seguir. I. O plural de cidado tambm segue a regra para emprego do plural do termo arteso em Somos artesos.

    Comentrio: O plural das palavras cidado e arteso formado com o acrscimo do morfema s: cidados e artesos.

    Gabarito: Correta.

    SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS

    Regra geral: retirada do -s , que ser deslocado para aps o sufixo.

    Exemplos:

    mes me + zinha + s = mezinhas papis papei + zinho + s = papeizinhos flores flore + zinha + s = florezinhas bares bare + zinho + s = barezinhos

    Dica estratgica!

    Para formar o diminutivo plural em nomes que contenham S no radical, deveremos acrescenta-se APENAS o sufixo no plural.

    Exemplo: pires (sing.) piresinho (diminutivo singular) - piresinhos (diminutivo plural)

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    PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS

    O plural dos nomes compostos pode ser feito de vrias maneiras, conforme a classe gramatical a que pertenam os elementos. Vejamos:

    Todos os elementos variaro quando houver:

    Substantivo + Substantivo abelha-rainha abelhas-rainhas aluno-mestre alunos-mestres obra-prima obras-primas

    Substantivo + Adjetivo (e vice-versa)

    amor-perfeito amores-perfeitos m-lngua ms-lnguas

    Numeral + Substantivo primeira-dama primeiras-damas quinta-feira quintas-feiras

    Nenhum elemento ir ao plural quando houver: (somente o determinante varia)

    Pronome Verbo + ou

    Advrbio

    o bota-fora os bota-forao fala-mansa os fala-mansa

    Verbos de sentidos contrrios o leva-e-traz os leva-e-trazo perde-ganha os perde-ganha

    Frases substantivadas a Maria vai com as outras as Maria vai com as outras

    Somente o primeiro elemento ir ao plural quando:

    O segundo elemento limitar o primeiro, indicando

    finalidade ou semelhana

    decreto-lei decretos-lei salrio-famlia salrios-famlia cavalo-vapor cavalos-vapor caneta-tinteiro canetas-tinteiro

    Houver preposio olho de sogra olhos de sogra p de moleque ps de moleque

    Apenas o primeiro elemento do composto for varivel joo-ningum joes-ningum

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    Somente o ltimo elemento ir ao plural quando houver:

    Adjetivo + Adjetivo ltero-musical ltero-musicais luso-brasileira luso-brasileiras luso-africano luso-africanos

    Exceo: surdo-mudo surdos-mudos

    Sufixos GRO e GR

    (significando grande) e BEL

    (adjetivo belo)

    gro-mestre gro-mestres

    gr-cruz gr-cruzes

    bel-prazer bel-prazeres

    Verbo Advrbio

    Substantivo + ou

    Interjeio Adjetivo Prefixo

    guarda-costa guarda-costas sempre-viva sempre-vivas abaixo-assinado abaixo-assinados ave-maria ave-marias vizo-rei vizo-reis

    Obs.: guarda-civil guardas-civis guarda-noturno guardas-noturnos

    Compostos sem hfen

    planalto planaltos fidalgo fidalgos mandachuva mandachuvas paraqueda paraquedas lobisomem lobisomens

    Onomatopeias tico-tico tico-ticos bem-te-vi bem-te-vis pingue-pongue pingue-pongues

    Verbo + Verbo (reduplicao)

    pega-pega pega-pegas* corre-corre corre-corres*

    *O Vocabulrio Ortogrfico da LnguaPortuguesa (VOLP) tambm admite os seguintes plurais: pegas-pegas e corres-corres.

    Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada.

    Exemplos: padre-nosso padre-nossos, padres-nossos salvo-conduto salvo-condutos, salvos-condutos fruta-po frutas-po, frutas-pes guarda-marinha guarda-marinhas, guardas-marinha, guardas-marinhas

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    ARTIGO classe gramatical varivel que antecede o substantivo, indicando seu gnero e nmero.

    O artigo pode ser:

    Definido refere-se a um ser preciso, determinado. representado por o(s), a(s). Exemplos: O jogo foi fantstico. (Temos um jogo especfico, do qual temos conhecimento.)

    Indefinido refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. representado por um, uma, uns, umas.

    Exemplos: Um jogo foi fantstico. (Temos um jogo qualquer, no especificado.)

    EMPREGO DO ARTIGO

    O artigo definido pode:

    - referir-se a uma espcie inteira.

    Exemplo: O limo azedo. (= Todo limo azedo.) - assumir o valor de pronomes demonstrativo e possessivo.

    Exemplos:

    Partirei no momento para a Espanha. (= este) Na semana passada, eu estava com os ps inchados. (= meus)

    - indicar intimidade ou familiaridade, quando empregado antes de nomes prprios.

    Exemplo: Samara sempre estuda comigo. (no h familiaridade, intimidade) A Samara sempre estuda comigo. (h familiaridade, intimidade)

    importante mencionar para vocs que a anteposio do artigo (e demais determinantes) substantiva qualquer palavra. Exemplos: O amar da cor vida. (verbo passa a substantivo) Ela me disse um no. (advrbio passa a substantivo) o telefone celular o celular (adjetivo passa a substantivo)o Teatro Municipal o Municipal (adjetivo passa a substantivo)A moa, cujo olhar sedutor, chegou h pouco. (verbo passa a substantivo) 12. (CESGRANRIO-2008/PETROBRAS) No vocbulo destacado na passagem"O no marca..." ocorre, morfologicamente, uma:

    a) adverbializao.

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    b) substantivao.c) quantificao.d) adjetivao.e) pronominalizao.Comentrio: Originalmente, o vocbulo no pertence classe dos advrbios. Entretanto, poder ser antecedido por um artigo. Quando isso ocorrer, haver um caso de substantivao, isto , o advrbio passar a exercer a funo de um substantivo.

    Gabarito: B.

    OMISSO DO ARTIGO Aqui, temos um ponto muito importante, pois imprescindvel para o emprego do acento

    grave. Devemos omitir o artigo:

    - antes de nomes ou expresses de sentido generalizado.

    Exemplo: Tempo dinheiro.

    - antes do vocbulo casa, quando houver referncia ao prprio lar.

    Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e no na casa) Dica estratgica!

    Se o vocbulo casa estiver especificado, ser admitido o emprego do artigo.

    Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Samara.

    - antes do vocbulo terra, significando terra firme.

    Exemplo: Os marinheiros ficaram em terra. (e no na terra) Dica estratgica!

    Se o vocbulo terra estiver especificado, ser admitido o emprego do artigo.

    Exemplo: Os marinheiros ficaram na terra prometida.

    - antes ou depois do pronome relativo cujo (e flexes). Exemplo: Esta a aluna a cuja me me referi. (a = preposio exigida pelo verbo referir-se) - antes de pronomes de tratamento iniciados por Vossa ou Sua.

    Exemplos: Dirigi-me a Vossa Excelncia. (a = preposio) Escrevi uma carta a Sua Excelncia, o deputado. (a = preposio)

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    Dica estratgica!

    As formas de dona, senhora, senhorita e madame admitem a anteposio de artigo.

    Exemplos: A senhorita/senhora/dona/madame muito bonita.

    Pessoal, segue uma dica importante:

    Quando o artigo estiver precedido da palavra TODO (e flexes), designar totalidade; sem o artigo, significar qualquer, cada.

    Exemplos: Todos os alunos do Estratgia sero aprovados no concurso. (totalidade de alunos) Todo dia estudamos para o concurso do IBGE. (qualquer dia)

    ADJETIVO classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um substantivo.

    Os adjetivos podem ser:

    Restritivos atribuem caractersticas eventuais.

    Exemplos: fogo baixo, homem sujo.

    Explicativos atribuem caractersticas inerentes, prprias.

    Exemplos: fogo quente, homem mortal.

    FLEXO DE GNERO Quanto ao gnero, os adjetivos podem ser:

    Uniformes so aqueles que contm uma s forma.

    Exemplos: aluno inteligente, aluna inteligente.

    Biformes flexionam-se em gnero, masculino e feminino.

    Exemplos: aluno esperto, aluna esperta; rapaz cristo, moa crist.

    Nos adjetivos biformes, a regra geral trocar a terminao -o por -a: esperto, esperta; bonito, bonita.

    Entretanto, alguns adjetivos no seguem a regra acima. Exemplo: trabalhador trabalhadeira.

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    Curiosidade: O adjetivo feminino de trabalhador no trabalhadora. O vocbulo trabalhadora classificado como substantivo. Ento, se quisermos atribuir uma caracterstica ao substantivo mulher, por exemplo, deveremos escrever mulher trabalhadeira. Fiquem atentos!

    Alguns adjetivos no variam em gnero. So os terminados em -u, -s e -or. Exemplos: o cidado/a cidad zulu; o homem/a mulher corts; o bilhete/a carta anterior.

    Adjetivos terminados em -eu: troca-se a terminao por -eia. Exemplos: europeu, europeia; plebeu, plebeia; pigmeu, pigmeia, ateu, ateia.

    Excees: judeu, judia; sandeu, sandia. Em adjetivos terminados em -o: troca-se a terminao por -oa, - ou -ona.

    Exemplos: beiro, beiroa; cristo, crist; amigo, amigona.

    FLEXO DE NMERO Os adjetivos simples seguem as mesmas regras apresentadas para os substantivos.

    Exemplos: bonito bonitos; bela belas; esperto espertos.

    FLEXO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Regra geral: Como vimos na flexo dos nomes compostos, a regra geral dos adjetivos compostos flexionar somente o ltimo termo.

    Exemplos: reunio ltero-musical reunies ltero-musicais festa cvico-religiosa festas cvico-religiosas cincia poltico-social cincias poltico-sociais

    Excees: surdo-mudo surdos-mudos; surda-muda surdas-mudas.

    Nos adjetivos compostos referentes a cores, quando o segundo elemento um adjetivo, flexiona-se apenas o ltimo. Exemplos:

    olho verde-claro olhos verde-claros cala azul-escura calas azul-escuras

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    Dica estratgica!

    Em conformidade com as lies de Evanildo Bechara, na obra Gramtica Escolar da Lngua Portuguesa, 2 edio ampliada e atualizada pelo Novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, editora Nova Fronteira, 2010, pg. 107, nos substantivos compostos que designam cores, ambos os elementos vo para o plural: os verdes-claros, os amarelos-esverdeados, os azuis-escuros.

    Observao!

    De acordo com as lies de Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novssima Gramtica da Lngua Portuguesa, Companhia Editora Nacional, 48 edio, 2010, pg. 165, os adjetivos compostos azul-marinho, azul-celeste e azul-ferrete so invariveis: ternos azul-marinho, mantos azul-celeste, gravatas azul-ferrete.

    O gramtico acrescenta, ainda, que invarivel o adjetivo ultravioleta: raios ultravioleta.

    Consoante Evanildo Bechara, ambos os elementos ficam invariveis nos adjetivos compostos que designam cores quando o segundo elemento um substantivo:

    olho verde-gua olhos verde-gua olho azul-turquesa olhos azul-turquesa uniforme verde-oliva uniformes verde-oliva carro vermelho-sangue carros vermelho-sangue

    Esse tambm o posicionamento de Domingos Paschoal Cegalla, acrescentando que, nos compostos desse tipo, subentende-se a expresso da cor de: tapetes verde-esmeralda tapetes da cor verde da esmeralda.

    Dica estratgica!

    Nos substantivos compostos deste tipo, admitem-se dois plurais.

    Exemplos: o verde-gua os verdes-guas ou os verdes-gua

    o verde-abacate os verdes-abacates ou os verdes-abacate

    o azul-turquesa os azuis-turquesas ou os azuis-turquesa

    GRAUS DO ADJETIVO

    O adjetivo pode apresentar-se nos graus: - Normal a mera caracterstica atribuda ao substantivo.

    Exemplo: Joo alto.

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    - Comparativo compara dois seres ou objetos. Triparte-se em comparativo de superioridade, igualdade e inferioridade.

    Exemplos:

    Eu sou mais alto do que ele. (comparativo de superioridade) Eu sou to alto quanto ele. (comparativo de igualdade) Eu sou menos alto do que ele. (comparativo de inferioridade)

    Dica estratgica!

    Podemos comparar caractersticas de um mesmo ser.

    Exemplos: Ele mais alto do que baixo. (comparativo de superioridade) Ele to alto quanto magro. (comparativo de igualdade) Ele menos baixo do que alto. (comparativo de inferioridade)

    - Superlativo denota a caracterstica do adjetivo em elevado grau, mas sem estabelecer relaes com outro ser. Divide-se em relativo e absoluto.

    a) Relativo intensifica a caracterstica do ser em relao totalidade de seres semelhantes.Subdivide-se em superioridade e inferioridade.

    Exemplos: Eu sou o mais alto de todos. (superlativo relativo de superioridade) Eu sou o menos alto de todos. (superlativo relativo de inferioridade)

    b) Absoluto subdivide-se em sinttico (intensifica o adjetivo por meio de sufixos) e analtico(o adjetivo modificado por um advrbio de intensidade). Exemplos: Sou altssimo. (superlativo absoluto sinttico) Sou muito alto. (superlativo absoluto analtico)

    Segundo as lies de Evanildo Bechara, em Moderna Gramtica Portuguesa, quanto ao aspecto semntico, altssimo mais enftico do que muito alto. Essa diferena ocorre devido ao emprego do sufixo ssimo.

    SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTTICOS ERUDITOS No grau superlativo absoluto sinttico, os adjetivos so denominados eruditos.

    Exemplos:

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    Adjetivo Superlativo absoluto sinttico Adjetivo

    Superlativo absoluto sinttico

    acre amargo antigo clebre cruel difcil doce fcil fiel frio humilde

    acrrimo amarssimo antiqussimo celebrrimo crudelssimo dificlimo dulcssimo faclimo fidelssimo frigidssimo humlimo

    livre magro manso mau pequeno pobre sbio srio simples terrvel

    librrimo macrrimo mansuetssimo pssimo mnimo pauprrimo sapientssimo serissimo simplicssimo terribilssimo

    Ateno!

    A forma superlativa absoluta sinttica do adjetivo srio serissimo (palavra proparoxtona), e no serssimo, como frequentemente ouvimos na expresso popular, coloquial.

    13. (CESGRANRIO-2011/FINEP)AULAS DE PIANO

    A primeira vez que pousei meus dez dedos sobre o teclado de uma mquina de escrever (na poca, claro, no havia computador), fui tomada por uma mistura de prazer e reconhecimento. Era como se tivesse encontrado meu lugar no mundo. Isso aconteceu quando eu era adolescente no lembro exatamente quando, nem onde e talvez fosse um sintoma de que eu me tornaria, muito tempo depois, escritora. Mas na hora, interpretei de outra forma: achei que aquela sensao boa vinha do fato de eu ser uma pianista frustrada. Assim, colocando os dedos sobre as teclas da mquina, eu satisfazia, ao menos em parte, o desejo nunca alcanado de dominar outras teclas, as musicais.

    Sempre senti muitssimo por no ter aprendido piano. No sei o que aconteceu. Meu pai se diz ele prprio um pianista frustrado e poderia ter resolvido isso atravs de mim, mas no o fez. Estudei bal clssico, moderno, sapateado, cantei em coral, fiz aula de msica na escola, mas, por uma razo ou por outra, nunca me puseram para aprender piano.

    Quando cresci e estava para fazer vestibular, sem ter ideia de que carreira escolher, fiz um teste vocacional que, para minha imensa surpresa, deu arquitetura e msica. Eram de fato duas reas de interesse para mim. Foi como se o teste vocacional tivesse desvendado meus desejos secretos. Fiquei perturbada, mas acabei dando as costas para o resultado e fazendo jornalismo. Os anos se passaram e a frustrao se solidificou.

    Pois agora isso vai mudar. Ou j est mudando. Tenho a comunicar que aos 58 anos comecei a ter aulas de piano. [...] Aos poucos, vou reconhecendo as teclas, ganhando intimidade com elas, percebendo as nuances dos sons, as diferenas entre as teclas brancas e pretas. Meus dedos j se encaminham sozinhos para determinadas posies, como se tivessem sensores prprios. [...]

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    Dizem que, quando chegamos a uma certa idade, bom aprendermos coisas novas para exercitar o crebro. No sei se isso cientificamente comprovado, mas aprender a tocar est sendo para mim uma delcia.

    Acho que nunca vou conseguir fazer piruetas patinando, nem sapatear to bem quanto o Fred Astaire (duas outras frustraes minhas), mas, se conseguir tocar uma dzia de canes ao piano, j ficarei completamente feliz.

    (SEIXAS, Heloisa. Aulas de Piano. Selees do Readers Digest, Rio de Janeiro, p. 37-38, fev. 2011. Adaptado)

    A terminao -ssimo costuma ser adicionada a adjetivos. No caso do texto Aulas de Piano, em que ela adicionada a um advrbio muitssimo , traz a noo de:

    a) nfaseb) qualidadec) autoridaded) formalismoe) estranhamentoComentrio: O sufixo ssimo, empregado aps o advrbio muito, originando a forma muitssimo, transmite a ideia de nfase. Logo, a letra (A) a resposta da questo. Gabarito: A.

    Locuo adjetiva expresso formada por uma preposio e um substantivo. Equivale a um adjetivo. Exemplos: gua de chuva = gua pluvial gua de rio = gua fluvial suco de estmago = suco gstrico / estomacal era de gelo = era glacial perodo de guerra = perodo blico amor de irmo = amor fraternal festas de vero = festas estivais cordo de umbigo = cordo umbilical atitude de paixo = atitude passional

    NUMERAL classe de palavras que exprime quantidade, ordem, multiplicao ou diviso.

    O numeral pode ser:

    Cardinal designa quantidade.

    Exemplos: zero, um, dois, trs, quatro ...

    Ordinal designa ordem.

    Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto...

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    Multiplicativo designa multiplicao.

    Exemplos: dobro, triplo, qudruplo, quntuplo...

    Fracionrio indica diviso.

    Exemplos: um tero, metade, meio, um quinto...

    NUMERAIS MULTIPLICATIVOS FRACIONRIOS

    duplo, dobro ou dplice triplo ou trplice

    qudruplo quntuplo sxtuplo sptuplo ctuplo nnuplo dcuplo

    undcuplo duodcuplo

    cntuplo

    meio ou metade tero

    quarto quinto sexto

    stimo oitavo nono

    dcimo undcimo ou onze avos

    duodcimo ou doze avos centsimo

    Dica estratgica!

    Cuidado com algumas armadilhas de prova.

    Exemplos: A beata comprou um tero. (um = numeral cardinal; tero = substantivo) A beata comprou um tero dos produtos. (um tero = numeral fracionrio)

    EMPREGO DO NUMERAL

    Emprega-se numeral:

    - na designao de sculos, reis, papas, prncipes, imperadores, captulos de obras, festas, feiras, utilizam-se algarismos romanos, devendo:

    - usar o ordinal at o 10.

    Exemplos: captulo II = captulo segundo sculo VII = sculo stimo

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    - usar o cardinal para os demais (desde que o numeral esteja posposto ao substantivo). Exemplos: captulo XII = captulo doze sculo XVII = sculo dezessete

    Dica estratgica: Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, deveremos l-lo como numeral ordinal.

    Exemplos: XII captulo = dcimo segundo captulo XVII sculo = dcimo stimo sculo

    Na numerao de artigos de leis, decretos, portarias e outros textos oficiais, devemos:

    - usar o ordinal at nove.

    Exemplos: Artigo 3 (terceiro); Artigo 7 (stimo) - usar o cardinal de dez em diante.

    Exemplos: Artigo 10 (dez); Artigo 20 (vinte); Artigo 46 (quarenta e seis). No primeiro dia do ms, devemos:

    - usar o numeral ordinal.

    Exemplo: Hoje dia primeiro. - nos demais dias, devemos empregar o numeral cardinal.

    Exemplo: Hoje dia dez.

    INTERJEIO classe de palavras invarivel que exprime sentimentos ou emoes. So seguidas pelo ponto de exclamao.

    Exemplos:

    Oba! Fui convocado para tomar posse! (alegria) Voc vai conseguir. Coragem! (animao) Psiu! Voc est falando muito alto. (silncio) Mantenha distncia! Lquido inflamvel. (advertncia) Ai! Cortei o dedo. (dor) Cruzes! (medo) Ol, pessoal! (saudao) Putz! (espanto, surpresa)

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    ADVRBIO classe de palavras invarivel que exprime circunstncia. Modifica adjetivos, verbos e advrbios, podendo, tambm, modificar uma orao.

    Exemplos:

    Ela muito bonita. (muito = advrbio) Estudarei hoje. (hoje = advrbio) Voc escreve muito bem. (muito = advrbio) Provavelmente voc passar no concurso. (provavelmente = advrbio)

    CLASSIFICAO DO ADVRBIO O advrbio pode apresentar as seguintes circunstncias:

    a) tempo: amanh, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais, nunca, outrora,sempre ...

    Exemplo: Amanh faremos a prova.

    Ateno!

    Os advrbios nunca e jamais indicam ideia de tempo, e no de negao. Fiquem atentos!

    b) lugar: aqui, ali, c, l, acol, atrs, dentro, embaixo, longe, perto ...Exemplo: Fique aqui, pois voltarei rapidamente.

    Cuidado!

    O vocbulo onde deve ser empregado somente quando houver referncia a lugar fsico:

    A cidade onde estou linda.

    incorreto o emprego em outros contextos, tais como no trecho A situao onde me encontro favorvel. Notem que, no exemplo apresentado, no h referncia a lugar, razo por que o emprego de onde est incorreto. Nesse caso, correto o emprego das expresses em que ou na qual:

    A situao em que me encontro favorvel. A situao na qual me encontro favorvel.

    c) modo: bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente ...Exemplo: Sentiu-se bem aps ver o gabarito da prova.

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    Em geral, os advrbios terminados em -mente so obtidos a partir do adjetivo feminino: educada + mente = educadamente. Por essa razo, o -a, de educadamente deve ser classificado como desinncia de gnero feminino.

    Entretanto, nem todos os advrbios terminados em -mente so oriundos de adjetivos biformes: feliz + -mente = felizmente; corts + mente = cortesmente.

    Tambm no podemos dizer que todos os advrbios terminados em -mente apresentam a circunstncia de modo. Querem testar? Por exemplo, na frase Choveu torrencialmente., o advrbio torrencialmente intensifica a forma verbal Choveu. Logo, um advrbio de intensidade, equivalente a muito: Choveu muito.

    Dica estratgica!

    Quando advrbios terminados em -mente estiverem em sequncia, a norma culta admite o emprego do sufixo apenas na ltima forma adverbial.

    Exemplo: Os policiais agiram calma e sabiamente. advrbio advrbio

    d) intensidade: bastante, demais, mais, menos, muito, pouco, quo, assaz, to ...Exemplo: Quo bom estar com voc. (= Muito bom estar com voc.) e) dvida: porventura, possivelmente, provavelmente, qui, talvez ...Exemplo: Provavelmente vocs passaro no concurso.

    f) afirmao: certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim ...Exemplo: Certamente vocs passaro no curso.

    g) negao: no, absolutamente ...Exemplo: No durma tarde!

    Dica estratgica!

    Segundo as lies de Celso Cunha, em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo, a norma culta apresenta preferncia pelo emprego das formas adverbiais analticas mais bem e mais mal junto a particpio, em detrimento da forma melhor. Exemplos: Os esquadres mais bem encavalgados foram despedidos (...) (...) abalava e rompia as armas mais bem temperadas. Foram os exemplos mais bem escolhidos.

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    Nos demais casos, prefervel o emprego da forma melhor.

    Exemplos: Ningum conhece melhor os interesses do que o homem virtuoso. (advrbio melhor no admite flexo)No h exemplo melhor deste tipo de superstio que o estatuto da noo de raa no nazismo. (adjetivo melhor uma forma comparativa de superioridade do adjetivo bom, razo por que admite flexo, concordando em nmero com o nome a que se refere: exemplo melhor.)

    Locuo adverbial o conjunto de duas ou mais palavras que tem o mesmo valor de um advrbio. Basicamente, sua estrutura mnima composta de uma preposio e um substantivo.

    Exemplos:

    Atrasado para a prova, o candidato saiu s pressas.

    O carro virou direita.

    Sempre vou a p.

    DIFERENA ENTRE LOCUO ADJETIVA E LOCUO ADVERBIAL

    Tanto a locuo adjetiva quanto a locuo adverbial tm a mesma estrutura mnima: preposio + substantivo. Desse modo, a maneira de diferenci-las verificar a que palavras elas se ligam.

    Exemplos: (1) Ela fez cara de medo.

    Em (1), a expresso de medo est ligada ao substantivo cara. Logo, uma locuo adjetiva.

    (2) Ela morreu de medo.

    Em (2), a expresso de medo modifica o sentido do verbo morrer. Portanto, uma locuo adverbial, exprimindo valor de causa.

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    Palavras (e locues) denotativas Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), no se enquadram nas classes de palavras.

    As palavras denotativas podem expressar, por exemplo, ideia de:

    EXPRESSA PALAVRA(S) (E LOCUES) DENOTATIVA(S) EXEMPLO

    Adio ademais; alm disso; ainda; ainda por cima, alm de tudo ...

    Ajudou-me financeiramente. Alm disso, casou-se comigo.

    Afastamento embora Vou-me embora pra Pasrgada (Manuel Bandeira)

    Afetividade ainda bem que; felizmente; infelizmente ...

    Lamentavelmente, perdemos o jogo.

    Aproximao quase, praticamente, cerca de, aproximadamente ...

    Havia cerca de vinte pessoas.

    Concesso mesmo; assim mesmo; ainda assim ...

    Mesmo com muito sono, permaneceu ao volante.

    Designao eis ... Eis o concurso por que tanto estudo.

    Excluso apenas; exceto; sequer; s; somente ...

    S voc passou no concurso.

    Explicao a saber; isto ; por exemplo ... Amanh, isto , sbado, ser o meu dia.

    Incluso at; at mesmo; inclusive; mesmo; tambm ...

    Romrio fez uma tima jogada. At a torcida adversria o aplaudiu.

    Negao no, tampouco, absolutamente, pois sim ...

    Voc me empresta seu carro? Pois sim.

    Realce (Pode ser retira-da do perodo sem prejuzo para a estrutura sinttica)

    que; quem; sobretudo; mesmo ...

    Eu que passei no concurso. Voc quem foi aprovado.

    Restrio em termos; em parte; relativamente ...

    Voc, pessoalmente, muito linda.

    Retificao alis; isto ; ou melhor; ou antes, digo ...

    Acertei todas as questes, isto , passei no concurso.

    Situao afinal; ento, agora, em suma ...

    Afinal, voc passou no concurso ?

    14. (CESGRANRIO 2009/Termo Maca) Assinale a opo em que possvel substituir, de acordocom a norma culta, a expresso grifada pela palavra onde. a) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes.b) Vejo voc s 11 horas, quando iremos almoar.c) Se o tempo melhorar, ento vamos praia.d) A situao que ele criou no aceitvel.e) Lembrei-me do tempo no qual amos juntos trabalhar.

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    Comentrio: Conforme estudamos, a palavra onde deve ser empregada quando houver referncia a lugar. Isso ocorre na assertiva A:

    O cinema (= lugar) em que nos encontramos passa bons filmes. O cinema (= lugar) onde nos encontramos passa bons filmes.

    Nas demais alternativas, seria incorreto substituir as expresses em destaque pelo vocbulo onde.

    Gabarito: A.

    (CESGRANRIO-2010/BACEN)

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    15. A circunstncia expressa pelos termos em destaque est corretamente indicada em:

    a) "algo para ser visto pela janelinha do carro," (L. 10-11) - lugarb) "...esparramada sobre a calada," (L. 11) - concesso.c) "...pingando esmolas em mos rotas." (L. 18) - modo.d) "Com o tempo, a misria conquistou os tubos de imagem dos aparelhos de TV." (L. 20-21) -consequnciae) "Embora violenta, a misria ainda nos exclua." (L. 29) - condio.Comentrio: De acordo com o contexto, advrbios que, na sintaxe, exercem a funo de adjuntos adverbiais transmitem diversas circunstncias. Aquela que est corretamente indicada encontra-se na assertiva A: a expresso pela janelinha do carro apresenta o matiz semntico de lugar. Portanto, este o gabarito da questo.

    Gabarito: A.

    (CESGRANRIO-2008/TJ-RO)

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    16. Assinale a afirmativa em que a palavra "onde" est usada corretamente.

    a) Trabalhamos com o conceito de servios onde o fator ambiental preponderante.b) Durante a discusso dos tcnicos foi levantado um novo argumento onde o diretor no gostouc) Nas reas prximas s reservas, onde esto instaladas famlias, haver grandesinvestimentos.d) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, onde ocorrer uma grandedevastao. e) As propostas onde se encontram as solues mais econmicas para a melhoria do ambientesero aprovadas.Comentrio: Outra questo que versa sobre o emprego do vocbulo onde. Conforme j sabemos, essa palavra pode ser empregada quando houver referncia a lugar. o que encontramos na assertiva C: o vocbulo onde refere-se ao termo anterior Nas reas prximas s reservas, que indica lugar. Portanto, pode ser empregado sem prejuzo norma culta: Nas reas prximas s reservas, onde esto instaladas famlias, haver grandes investimentos.

    Nas demais opes, o correto seria:

    A) Trabalhamos com o conceito de servios em que o fator ambiental preponderante.B) Durante a discusso dos tcnicos foi levantado um novo argumento de que / do qual o diretorno gostouD) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, quando ocorrer uma grandedevastao. E) As propostas em que / nas quais se encontram as solues mais econmicas para a melhoriado ambiente sero aprovadas.

    Gabarito: C.

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    PREPOSIO - classe gramatical invarivel que liga termos. Exemplos:

    Confiamos em seu sucesso.

    Preciso de sua ajuda.

    CLASSIFICAO DA PREPOSIO As preposies podem ser:

    a) essenciais - desempenham a funo tpica de preposio desde sua origem: a, ante,aps, com, at, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trs.

    b) acidentais - palavras que pertencem a uma outra classe gramatical, mas que sousadas como preposio: fora, como, conforme, consoante, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos, que, seno ...

    Exemplos: Temos que passar no concurso. (conjuno empregada como preposio) Muitos sorriram, exceto ele. (advrbio empregado como preposio)

    Observao!

    A preposio pode unir-se a outros elementos. Exemplo: A moa foi ao teatro. (a (preposio) + o (artigo definido)) O carro estacionado deste rapaz. (=de (preposio) + este (pron. demonstrativo)) Voc est numa enrascada. (= em (preposio) + uma (artigo indefinido)) Aps as provas, iremos praia. (= a (preposio) + a (artigo definido)) Iremos quela praia maravilhosa aps as provas. (a (preposio) + aquela (pronome demonstrativo))

    Com nomes prprios, no h unio entre preposio e artigo: Ele colunista de O Globo.

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    VALOR SEMNTICO DA PREPOSIO As preposies que no imprimem valor semntico ao termo com que se relacionam so

    chamadas de relacionais. So obrigatrias, iniciando a estrutura de objeto indireto ou de complemento nominal.

    Exemplos: Preciso de dinheiro. (o verbo precisar rege preposio de, elemento que introduz a estrutura do objeto indireto de dinheiro) Confio em voc. (o verbo confiar rege o emprego da preposio em, elemento que inicia a estrutura do objeto indireto em voc)

    Aquele rapaz caminha igual a voc. (o adjetivo igual rege preposio a, termo que inicia a estrutura do complemento nominal a voc) A necessidade de ajuda latente. (o substantivo necessidade exige a preposio de, elemento pertencente estrutura do complemento nominal de ajuda)

    J as preposies que imprimem matiz semntico so denominadas nocionais. Segundo as lies de Evanildo Bechara, na obra Gramtica Escolar da Lngua

    Portuguesa, cada preposio tem o seu significado unitrio, primrio, que se desdobra em outros significados contextuais (sentido), em acepes particulares que emergem do nosso saber sobre a lngua e as coisas, e da nossa experincia de mundo.

    Exemplos: (1) Cortei o po com a faca.

    No trecho Cortei o po com a faca, compreendemos que a faca no s esteve presente ao ato de cortar o po, mas foi o instrumento utilizado para realizar esta ao.

    (2) Estudei com prazer. J em Estudei com prazer, o prazer no s esteve presente, como tambm

    representou o modo como a ao foi levada a termo.

    (3) Everaldo cortou o po com a Rosa. Em (3), temos uma acepo contextual (sentido) de ajuda ou companhia.

    Portanto, preciso analisar o valor semntico que a preposio atribui ao termo na sentena.

    Vejamos outras acepes:

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    A

    Fomos a Copacabana. (destino) Escrevam a lpis. (instrumento)

    ANTE

    Ficou conversando ante o porto de casa. (posio) Ante o sucesso na profisso, ficou satisfeito. (causa)

    AT Dirigimo-nos at a praia do Leme. (espao) Conversaram sobre futebol at s cinco horas da tarde. (tempo)

    COM

    O mendigo morreu com a fome. (causa) Brindarei a aprovao com a namorada. (companhia) Bateu na cabea do bandido com o revlver. (instrumento)

    DE

    O mendigo morreu de fome. (causa) Ela vir de Belm. (origem) Falei muito de futebol. (assunto)

    EM

    Cursou a grade curricular e graduou-se em Letras. (especialidade) Ficamos em seu apartamento. (lugar)

    PARA

    O vizinho veio para ajud-la a consertar o encanamento. (finalidade) Comprou a passagem e viajou para a Europa. (destino)

    POR

    Vendia legumes por dois reais. (preo) Atualmente, as pessoas comunicam-se muito por celular. (meio)

    Antes de encerrar as lies desta aula, vamos praticar um pouco!

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    (CESGRANRIO-2010/PETROBRAS)

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    17. A opo cuja classe da palavra destacada difere da das demais :a) "O futuro construdo a cada instante da vida," (L. 1)b) "Perguntas a que tambm quero responder," (L. 13)c) "... os erros inerentes a minha condio," (L. 15)d) "retirando a morte," (L. 17)e) "pode ser perfeitamente aplicvel daqui a um tempo." (L. 36)Comentrio: O comando da questo solicitou que os candidatos apontassem a alternativa em que o vocbulo em destaque pertena a uma classe de palavras distinta das demais. Sendo assim, encontramos a resposta na alternativa D, pois o a, da expresso retirando a morte, pertence classe dos artigos. Nas demais opes, o a to somente preposio.

    Gabarito: D.

    (CESGRANRIO-2006/PETROBRAS)

    A cincia da biodiversidade A fronteira da biodiversidade azul. Atrs das ondas, mais do que em qualquer outro

    lugar do planeta, est o maior nmero de seres vivos a descobrir. Os mares parecem guardar a resposta sobre a origem da vida e uma potencial revoluo para o desenvolvimento de medicamentos, cosmticos e materiais para comunicaes.

    Prova do mundo escondido na gua a identificao recente de lulas colossais com mais de dez metros, de polvos que brilham no escuro e de demnios-do-mar transparentes. No Brasil, ser oficialmente anunciada em breve a identificao de mais uma espcie de baleia em nosso litoral. Cientistas descobriram no Rio de Janeiro uma nova espcie de arraia que vive nas trevas. E um inventrio recm-concludo mostrar que Abrolhos tem a maior diversidade marinha de todo o Atlntico Sul.

    Conhecemos menos de 5% das criaturas marinhas. Das plancies abissais - o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfcie da Terra - vimos menos de 1%. Sabemos mais sobre a superfcie da Lua e de Marte do que do fundo do mar. Os oceanos so hoje o grande desafio para a conservao...[...]

    Uma das descobertas mais surpreendentes o acrscimo de mais uma espcie lista de baleias que ocorrem no litoral brasileiro. Com a baleia-bicuda-de-True encontrada em So Sebastio, So Paulo, sobe para 43 o nmero de espcies de baleias registradas na costa do Brasil.

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    - Essa descoberta mostra que os oceanos so nossa ltima fronteira. Desconhecemos at o que existe na costa. O registro de mais uma espcie um dos mais importantes dos ltimos anos e muda o conhecimento sobre nossa fauna - afirma um dos autores da descoberta, o pesquisador Salvatore Siciliano. [...]

    A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e no se imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro. Seu registro sair em breve na revista cientfica Global Marine Environment. Encontrar registros novos de animais to grandes quanto baleias impressiona, mas no surpreende os cientistas. Nos ltimos anos, descobriram-se no s novos registros mas novas espcies de peixes e invertebrados marinhos - como estrelas-do-mar, corais, lulas e crustceos. Oficialmente, por exemplo, h 1.300 espcies de peixes marinhos no Brasil. Mas os especialistas sabem que esse nmero muitas vezes maior.

    AZEVEDO, Ana Lucia, Revista O Globo, 19 mar. 2006 (com adaptaes).

    18. Indique a opo em que a palavra destacada tem a mesma classe do vocbulo a emsua ocorrncia na frase "...maior nmero de seres vivos a descobrir." (l. 3). a) "Os mares parecem guardar a resposta..." (l. 3-4)b) "E um inventrio recm-concludo mostrar..." (l. 13-14)c) "Uma das descobertas mais surpreendentes..." (l. 22)d) "Com a baleia-bicuda-de-True encontrada em So Sebastio," (l. 24-25)e) "Desconhecemos at o que existe na costa." (l. 29-30)

    Comentrio: Na frase ... maior nmero de seres vivos a descobrir., o vocbulo a pertence classe das preposies. A mesma classificao morfolgica encontrada na assertiva D, pois o elemento com tambm classificado como preposio.

    Nas demais opes, temos:

    A) a - artigoB) E conjunoC) Uma artigoE) que pronome

    Gabarito: D.

    19. (CESGRANRIO-2009/IBGE) As palavras em destaque em "... que, apesardo olhar profissional crtico, analtico," so classificadas, respectivamente, como:

    a) substantivo e adjetivo.b) substantivo e substantivo.c) adjetivo e substantivo.

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    d) verbo e adjetivo.e) verbo e substantivo.Comentrio: As palavras em destaque no enunciado pertencem, respectivamente, classe dos substantivos e dos adjetivos. Originalmente, a forma olhar pertenceria classe verbal. Entretanto, com a anteposio do artigo o, presente na forma do (contrao da preposio de com o artigo definido o), houve a mudana de categoria morfolgica. Por sua vez, o vocbulo crtico qualifica o substantivo olhar, ou seja, um atributo, um adjetivo. Gabarito: A.

    20. (CESGRANRIO-2005/PETROBRAS) Os vocbulos destacados apresentam,respectivamente, a mesma classe das palavras "saber" e "especialistas", nas expresses "proteger seu saber" e "alguns especialistas", em:

    a) Uma forma de poder e prestgio conhecer as leis e saber aplic-las.b) Um advogado ocasional possui vrias outras atividades, independentes do Direito.c) Os jovens patrcios comearam a conhecer de cor as leis das XII Tbuas.d) O cdigo romano no era de modo algum conhecido pelos plebeus.e) O crescimento da populao romana no tardou a demandar mais advogados.Comentrio: No enunciado, a palavra saber est acompanhada de determinante, passando classe dos substantivos. Por sua vez, o vocbulo especialistas tambm pertence a essa categoria morfolgica.

    Sendo assim, encontramos a resposta da questo na assertiva D. Os vocbulos cdigo e plebeus so substantivos.

    Nas demais opes, temos:

    A) poder verbo ; saber - verboB) ocasional adjetivo; atividades substantivoC) jovens substantivo; conhecer verboE) crescimento substantivo; demandar verbo

    Gabarito: D.

    (CESGRANRIO-2008/Caixa Econmica Federal)

    Jos de Arimatia subiu a escada de pedra do alpendro, e deu com Seu Tonho Incio na cadeira de balano, distrado em tranar o lacinho de seis pernas com palha de milho desfiada. A gente encontrava aquelas

    5 tranazinhas por toda parte (...) - naqueles lugares onde o velho gostava de ficar, horas e horas, namorando a criao e fiscalizando a camaradagem no servio. Com a

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    chegada do dentista, Tonho Incio voltou a si da avoao em que andava:

    10 - H, o senhor? Pois se assente ... Hum ... espera que a Dosolina quer lhe falar tambm. Vamos at l

    dentro... E entrou pelo corredor do sobrado, acompanhado do

    rapaz. 15 Na sala - quase que sempre fechada, naturalmente

    por causa disso aquele sossego e o cheiro murcho de coisa velha - a moblia de palhinha, o sof muito grande, a cadeirona de balano igual outra do alpendre. Retratos nas paredes: os homens, de testa curta e barbados, as

    20 mulheres de coque enrolado e alto (...), a gola do vestido justa e abotoada no pescoo feio de colarinho. Povo dos Incios, dos Gusmes: famlias de Seu Tonho e Dona Dosolina. Morriam, mas os retratos ficavam para os filhos os mostrarem s visitas - contar como aqueles antigos

    25 eram, as manias que cada qual devia ter, as proezas deles nos tempos das primeiras derrubadas no serto da

    Mata dos Mineiros. De seus pais, Jos de Arimatia nem saber o nome

    sabia. 30 Lembrava-se mas era s do Seu Joaquinzo Carapina,

    comprido e muito magro, sempre de ferramenta na mo - derrubando rvore, lavrando e serrando, aparelhando

    madeira. (...) E ele, Jos de Arimatia, menininho de tudo ainda, mas j agarrado no servio, a catar lascas e

    35 serragem para cozinhar a panela de feijo e coar a gua rala do caf de rapadura, adjutorando no que podia.

    PALMRIO, Mrio. Chapado do Bugre. Rio de Janeiro: Editora Livraria

    Jos Olmpio, 1966. (Adaptado)

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    21. Os vocbulos em negrito esto classificados corretamente, EXCETO em:

    a) "... onde o velho gostava de ficar," (l. 5-6) - adjetivob) "... em que andava:" (l. 9) - pronome relativoc) "... espera que a Dosolina quer lhe falar tambm." (l. 10 - 11) conjunod) "a cadeirona de balano igual outra ..." (l. 18) - substantivoe) "... para os filhos os mostrarem ... " (l. 23-24) - pronome pessoal

    Comentrio: Todos os vocbulos em destaque esto corretamente classificados, exceto na assertiva A. no trecho onde o velho, a palavra destacada est antecedida de artigo, sendo, portanto, substantivada. Em outras palavras, pertence classe dos substantivos.

    Gabarito: A.

    22. (CESGRANRIO-2010/PETROBRAS) A classe da palavra destacada difere da classe dasdestacadas nas demais opes em:

    a) Ainda pior que a convico do no...b) ... a desiluso de um quase.c) ... por essa maldita mania de viver no outono.d) O nada no ilumina.e) Um romance cujo fim instantneo.Comentrio: A nica palavra cuja classe gramatical difere das demais encontrada na assertiva C. No excerto ... por essa maldita mania de viver no outono., o vocbulo em destaque modifica o substantivo mania, isto , pertence classe dos adjetivos. Nas demais opes, as palavrasso substantivos.

    Gabarito: C. 42371041920

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    QUESTES COMENTADAS NA AULA

    1. (CESGRANRIO)