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CURSO ON-LINE ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CURSO REGULAR TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prezados(as) alunos(as), Meu nome é Anderson Luiz, sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), da área de Correição. Lotado na Corregedoria- Geral da União, atuo nas atividades relacionadas à apuração de possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos federais e à aplicação das devidas penalidades. Também sou professor, em Brasília, das disciplinas de Direito Administrativo, Ética na Administração Pública e Correição no Poder Executivo Federal. Será um enorme prazer acompanhá-los nesta caminhada rumo à sonhada aprovação em um concurso público. Neste curso de ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, pretendo transmitir a vocês as informações atualizadas mais importantes sobre essa matéria, a fim de auxiliá- los, com seriedade, no estudo didático, objetivo e compreensivo dos principais temas dessa disciplina. Apresentarei DICAS E MACETES para que mesmo os alunos iniciantes no estudo dessa disciplina consigam assimilar bem o conteúdo. Além disso, estudaremos as JURISPRUDÊNCIAS que têm sido cobradas pelas principais bancas do País. Os pontos mais importantes serão devidamente destacados e repetidos. Ademais, ao final de cada aula haverá um resumo dos assuntos vistos, bem como uma grande lista de EXERCÍCIOS COMENTADOS. É verdade! COMENTAREI MAIS DE 500 QUESTÕES de concursos organizados pela ESAF, CESPE e FCC. Eventualmente , trarei, também, questões de outras organizadoras, tais como: FGV, FUNRIO e FUNIVERSA . Nosso estudo será focado naquilo que realmente é importante, naquilo que verdadeiramente é exigido pelas bancas examinadoras. Com efeito, ao final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento compatível com o nível de cobrança dos principais certames do País. Pois, hoje, o conhecimento da literalidade da lei é imprescindível, mas não é suficiente para uma boa pontuação em um concurso público de grande porte. Serão cinco aulas no total (sem contar com esta demonstrativa), sendo uma a cada semana. Os assuntos tratados serão os seguintes: AULA DEMONSTRATIVA: Princípios da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência (Constituição Federal, artigo 37, caput). AULA 01: Lei do Processo Administrativo Geral (Lei 9.784/99). Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1

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CURSO ON-LINE − ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CURSO REGULAR − TEORIA E EXERCÍCIOS

PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

Prezados(as) alunos(as),

Meu nome é Anderson Luiz, sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), da área de Correição. Lotado na Corregedoria-Geral da União, atuo nas atividades relacionadas à apuração de possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos federais e à aplicação das devidas penalidades.

Também sou professor, em Brasília, das disciplinas de Direito Administrativo, Ética na Administração Pública e Correição no Poder Executivo Federal. Será um enorme prazer acompanhá-los nesta caminhada rumo à sonhada aprovação em um concurso público.

Neste curso de ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, pretendo transmitir a vocês as informações atualizadas mais importantes sobre essa matéria, a fim de auxiliá-los, com seriedade, no estudo didático, objetivo e compreensivo dos principais temas dessa disciplina.

Apresentarei DICAS E MACETES para que mesmo os alunos iniciantes no estudo dessa disciplina consigam assimilar bem o conteúdo. Além disso, estudaremos as JURISPRUDÊNCIAS que têm sido cobradas pelas principais bancas do País. Os pontos mais importantes serão devidamente destacados e repetidos.

Ademais, ao final de cada aula haverá um resumo dos assuntos vistos, bem como uma grande lista de EXERCÍCIOS COMENTADOS. É verdade! COMENTAREI MAIS DE 500 QUESTÕES de concursos organizados pela ESAF, CESPE e FCC. Eventualmente, trarei, também, questões de outras organizadoras, tais como: FGV, FUNRIO e

FUNIVERSA. Nosso estudo será focado naquilo que realmente é importante, naquilo que verdadeiramente é exigido pelas bancas examinadoras.

Com efeito, ao final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento compatível com o nível de cobrança dos principais certames do País. Pois, hoje, o conhecimento da literalidade da lei é imprescindível, mas não é suficiente para uma boa pontuação em um concurso público de grande porte.

Serão cinco aulas no total (sem contar com esta demonstrativa), sendo uma a cada semana. Os assuntos tratados serão os seguintes:

AULA DEMONSTRATIVA: Princípios da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência (Constituição Federal, artigo 37, caput).

AULA 01: Lei do Processo Administrativo Geral (Lei nº 9.784/99).

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AULA 02: Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92).

AULA 03: Regime Disciplinar dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90). Deveres. Proibições. Acumulação. Responsabilidades. Penalidades. Prescrição: prazos e forma de contagem. Repercussão administrativa das decisões jurisdicionais. Processo Administrativo Disciplinar. Fontes. Princípios. Agentes públicos sujeitos à responsabilização disciplinar. Espécies de Procedimento Disciplinar: sindicância e processo administrativo disciplinar (ritos ordinário e sumário). Fases: instauração, inquérito e julgamento. Comissão Disciplinar: requisitos e prazo para conclusão dos trabalhos (prorrogação e recondução). Prazos processuais. Pedido de reconsideração, recurso e revisão.

AULA 04: Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/94). Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal (Decreto nº 6.029/07). Conflito de Interesses no Serviço Público (Resolução nº 08, de 25/9/2003, da Comissão de Ética Pública da Presidência da República).

AULA 05: Código Penal Brasileiro: Título XI – Dos Crimes contra a Administração Pública – Capítulos I, II e II-A – arts. 312 a 337-D. Lei nº 8.137/90: Capítulo I, Seção II – Dos crimes contra a Ordem Tributária praticados por Funcionários Públicos.

AULA EXTRA: Política de Segurança da Informação no âmbito da Secretaria da Receita Federal (Portaria SRF nº 450, de 28/4/2004).

Percebam que os assuntos integrantes de nossa disciplina são cobrados em diversos concursos nas esferas federal, estadual e municipal. Assim, nossas aulas serão uma excelente e completa fonte de estudo para aqueles que almejam a cargos no(a) BACEN, CGU, MPOG, MPU, MTE, PF, PRF, Receita Federal, STN, TCU, bem como nos(as) Tribunais do Poder Judiciário, Agências Reguladoras e Fiscos Estaduais e Municipais.

OBSERVAÇÃO: Em decorrência da divulgação do edital regulador do concurso público para provimento de cargos de AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (Edital ESAF nº 85, de 18/09/2009), o conteúdo deste curso regular foi ampliado. Ressalto, porém, que tal alteração não traz qualquer prejuízo aos alunos que almejam a outros cargos no serviço público.

Dito isso, vamos em frente!

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AULA DEMONSTRATIVA

1. INTRODUÇÃO

Iniciaremos o nosso bate-papo conhecendo o conceito do objeto de nosso estudo. Segundo a melhor doutrina, os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, as idéias centrais que norteiam a atuação da Administração Pública, regulando a validade de todos os atos por ela praticados.

Por isso, devem ser respeitados em qualquer situação em que atue a Administração. Em outras palavras, os princípios administrativos são de observância obrigatória por todos os agentes públicos.

IMPORTANTE:

Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, as idéias centrais que norteiam a atuação da Administração Pública, regulando a validade de todos os atos por ela praticados. São de observância obrigatória por todos os agentes públicos.

Então, cabe a seguinte indagação: o que acontece com os atos

produzidos em desconformidade com esses mandamentos? A resposta é simples e direta. Tais atos deverão ser anulados, pela própria Administração que os produziu ou pelo Poder Judiciário.

IMPORTANTE:

Os atos eventualmente praticados em desobediência aos princípios administrativos são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário.

JURISPRUDÊNCIAS DO STF:

"A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (Súmula nº 473)

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"A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos." (Súmula nº 346)

“Separação dos poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder Executivo pelo Poder Judiciário. (...) Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI 640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-09, 1ª Turma, DJ de 31-10-07). No mesmo sentido: AI 746.260-AgR, Rel. Min. Carmen Lúcia, julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJE de 7-8-09.

E quais serão os efeitos dessa anulação?

Meus amigos, anular um ato significa retirá-lo do ordenamento jurídico. Logo, a anulação produzirá efeitos retroativos à data de produção do ato.

ATENÇÃO:

É comum, em provas, a utilização da expressão “ex-tunc” para dizer que os efeitos da anulação retroagem à origem do ato, isto é, à data em que foi produzido.

É importante registrar que os princípios tanto

podem ser explícitos (o seu nome está taxativamente previsto em normas jurídicas) como implícitos (a sua aplicação está prevista em normas jurídicas). Os princípios que regem a Administração Pública são exemplos de princípios explícitos no sistema constitucional pátrio, previstos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos:

CF/88, ART. 37:

“A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”

Assim, percebemos que os princípios básicos da administração

pública estão consubstanciados em cinco regras de observância

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permanente e obrigatória para o bom administrador: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Se você não os conhecia, pode chamá-los de “LIMPE”.

Princípios da

Administração Pública

(CF/88, art. 37)

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

ATENÇÃO:

Há questões de prova cujo enunciado cita apenas três ou quatro desses princípios como sendo aplicáveis à administração pública.

Por exemplo: a administração pública direta ou indireta de todas as esferas de governo obedecerá aos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade.

Se vocês se deparassem com essa afirmativa em uma prova, marcariam V ou F?

Tenho certeza que todos aqui marcariam VERDADEIRO.

É isso mesmo! Parabéns! O item estaria corretíssimo!

Não o seria, porém, se houvesse alguma palavra com significado restritivo (somente, apenas, exclusivamente...). Ou seja, se a nossa questão hipotética afirmasse que a administração pública direta ou indireta de todas as esferas de governo obedecerá, somente (apenas, exclusivamente), aos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade, consideraríamos o item como FALSO.

IMPORTANTE:

Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades

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administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

Muito bem! Antes de prosseguirmos, quero esclarecer

duas coisas. Os “LIMPE” não são os únicos princípios aplicáveis à Administração Pública. Há outros princípios previstos na Constituição Federal, bem como em normas legais. Por exemplo, na próxima aula estudaremos os princípios expressos na Lei nº 9.784/99; no curso de Direito Administrativo, vocês estudarão os princípios previstos na Lei nº 8.666/93.

Também deve ficar claro que todos os princípios se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles. Sempre incidirão de forma conjunta e harmônica. Por exemplo, a Administração não pode, sob alegação de uma atuação mais eficiente, praticar atos não previstos em lei. Ou seja, o princípio da eficiência não pode opor exceção ao da legalidade.

Em uma determinada situação, o que pode ocorrer é a incidência de um princípio em grau maior do que os demais. Ainda assim, todos são observados, já que a aplicação de um princípio não impede a aplicação de outro.

IMPORTANTE:

Os princípios administrativos se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles. A aplicação de um princípio não impede a aplicação de outro.

Portanto, a Administração não pode, sob alegação de uma atuação mais eficiente, praticar atos não previstos em lei.

Agora, passaremos ao estudo de cada um dos princípios da Administração Pública previstos no art. 37 da Constituição Federal de

1988.

ATENÇÃO:

O correto entendimento desta aula tornará mais fácil o caminho de vocês no estudo do Direito Administrativo.

Às vezes, na minha época de concurseiro, me deparava com determinadas questões sobre temas específicos do Direito Administrativo, mas não me lembrava da literalidade do artigo da lei que me ajudaria a encontrar a resposta correta. Ou

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então, o conhecimento da “lei seca” não era suficiente (durante a apresentação do curso, já falei sobre isso).

Antes de me desesperar e optar pelo “chute”, me valia do conhecimento que tinha sobre esses princípios. Em regra, acertava tais questões.

Por isso, nas linhas abaixo, transmitirei a vocês as ferramentas que entendo necessárias para que não precisem recorrer ao

“chute” na hora da prova.

1.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da legalidade, que é uma exigência decorrente do Estado de Direito, estabelece que toda atividade administrativa só pode ser exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

Nesse momento vocês devem estar pensando: será que eu entendi, existem dois significados para o princípio da legalidade? Aí eu respondo: sim! O princípio da legalidade tem duas interpretações: uma relacionada à Administração e outra, aos particulares.

Para os particulares, o princípio da legalidade está previsto no art. 5º, II, da CF. Segundo o dispositivo constitucional, a eles é permitido praticar quaisquer atos que não sejam expressamente proibidos por lei. Nessa acepção, o princípio da legalidade também é chamado de princípio da autonomia da vontade.

CF, art. 5º, II:

“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Vejam que os particulares têm liberdade para agir,

exceto quando há vedação em lei. Por isso, diz-se que essa é a interpretação negativa do princípio da legalidade. É negativa porque a lei surge para proibir, negar a prática de determinado ato.

Por outro lado, em relação à Administração, a única vontade que podemos considerar é a vontade da lei, independentemente da vontade pessoal do agente. Assim, para a Administração agir, não

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basta inexistir norma proibitiva. Isto é, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

Deste modo, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

Nas situações em que essas normas legais não existem, a administração está impedida de agir, já que ela é integralmente subserviente a lei. Essa é a interpretação positiva do principio da legalidade. Diz-se positiva porque a lei surge para permitir a prática de determinado ato.

IMPORTANTE:

A Administração Pública não pode conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo.

LEGALIDADE

(2 interpretações)

PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(positiva)

PARA O PARTICULAR

(negativa)

Amigos(as), não se assustem quando encontrarem as expressões “secundum legem”, “praeter legem” e “contra lengem” referindo-se à aplicação do princípio da legalidade à Administração Pública ou aos particulares.

Saibam que há outra forma de dizer que a Administração não poder atuar contra lei nem além da lei, mas somente conforme a lei. Diz-se que a atividade administrativa não pode ser “contra legem” nem “praeter legem”, mas apenas “secundum legem”.

Em relação aos particulares, vimos que estes podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Ou seja, os particulares não podem agir

“contra legem”, mas podem agir “secundum legem” e “praeter legem”.

Entenderam? Para facilitar, vejam a tabela abaixo:

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“secundum legem” segundo, conforme, de acordo com a lei

“praeter legem” além da lei

“contra lengem” contra a lei

Meus amigos, estou falando de legalidade... previsão em lei...

respeito à lei... Mas não disse que lei é essa. Ou melhor, quando utilizo o vocábulo “lei”, refiro-me à lei formal (sentido estrito) ou à lei material (sentido amplo)?

O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto nos artigos 59 a 69 da Constituição Federal. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos administrativos, editados a partir de leis formais.

Logo, podemos concluir que a Administração atua de forma inválida quando o resultado do ato praticado importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo.

IMPORTANTE:

O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, elaboradas e aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto na CF. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos administrativos, editados a partir de leis formais.

Assim, a Administração se sujeita não apenas às leis formais e aos princípios jurídicos, mas também a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis.

Deste modo, na prática de um ato concreto, o agente público deve observar não apenas a lei e os princípios, mas também os decretos, as portarias, as instruções normativas, os pareceres normativos etc. relativos àquela situação concreta.

Para concluirmos nosso estudo acerca do princípio da legalidade

quero que saibam de mais uma coisa: em situações especiais e expressamente previstas na Constituição Federal, o princípio

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pode sofrer supressões provisórias e excepcionais. São exemplos, o Estado de Defesa e o Estado de Sítio (artigos 136 a 141)

Pois, durante esses Estados de Exceção, se instaura no Brasil um regime de Constitucionalidade Extraordinária, com a suspensão até de direitos e garantias fundamentais.

IMPORTANTE:

Em situações especiais e expressamente previstas na Constituição Federal (por exemplo: Estado de Defesa e Estado de Sítio), o princípio da legalidade pode sofrer supressões provisórias e excepcionais.

1.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade pode ser interpretado de cinco maneiras, a saber:

a) relacionado ao princípio da finalidade;

b) relacionado ao princípio da isonomia;

c) relacionado à vedação à promoção pessoal;

d) relacionado aos institutos do impedimento e suspensão; e

e) relacionado à responsabilidade objetiva

da

Administração Pública.

FINALIDADE (interesse público)

IMPESSOALIDADE

(5 interpretações)

ISONOMIA

(licitação, concurso e precatório)

VEDAÇÃO À PROMOÇÃO PESSOAL

IMPEDIMENTO E SUSPENSÃO

RESPONSABILIDADE OBJETIVA

De acordo com a primeira interpretação, o

princípio da impessoalidade relaciona-se ao princípio da finalidade. A violação de um deles resulta na inobservância do outro. Nesse sentido, tais princípios exigem que a atividade administrativa seja exercida em

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atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

IMPORTANTE:

O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. A finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

Isso significa que, em sua aplicação mais tradicional, o princípio

da impessoalidade impede perseguições ou

favorecimentos, tratamentos diferenciados benéficos ou prejudiciais aos

administrados. Com efeito, todo ato da Administração deve ser

praticado com o propósito de satisfazer o interesse público.

Qualquer ato praticado em desacordo com o interesse da coletividade

será inválido por desvio

da finalidade.

Então, se um ato for produzido visando a satisfazer interesse particular ele será inválido por desvio de finalidade? Esse questionamento poderá ser feito em provas, com a intenção de confundir o candidato. Sei que não será o caso de vocês, pois já estarão “vacinados”! Todos aqui responderão: NÃO!

A lógica é a seguinte: desde que a produção desses atos também tenha satisfeito o interesse público, não há que se falar em invalidade por desvio de finalidade. Logo, tais atos serão válidos.

Seriam inválidos apenas se fossem produzidos visando exclusivamente a satisfazer o interesse particular. Em suma: o ato praticado pela Administração a fim de satisfazer algum interesse particular será válido, desde que também satisfaça o interesse público. Tranquilo, né?

IMPORTANTE:

O ato praticado pela Administração a fim de satisfazer algum interesse particular será válido, desde que também satisfaça o interesse público.

ATENÇÃO:

Em concursos mais antigos (realizados há 10 ou 15 anos) era comum o examinador criar uma “historinha” de um servidor

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removido de ofício como forma de punição. Nesse contexto, não era difícil perceber que a questão tratava de desvio de finalidade.

Como ninguém mais caía na tal “história”, o “mente brilhante” resolveu inovar. Para isso, acrescentou àquele velho e manjado enredo algo mais ou menos neste sentido:

“... contudo, havia uma enorme carência de pessoal na repartição para onde o servidor foi removido...”. Após, fez aquela tradicional pergunta: o ato de remoção afronta o princípio da finalidade?

Diante desse novo cenário, alguns candidatos, provavelmente solidários com a dificuldade passada pela repartição que carecia de servidores, respondiam que não. Coitados... eram enganados pelo examinador.

Amigos, onde quero chegar com essa minha narrativa? Quero, simplesmente, alertá-los para o fato de que a remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de suprir carência de pessoal. Assim, independentemente das justificativas apresentadas, a remoção de ofício de servidor realizada com propósito diverso desse ofenderá o princípio da finalidade.

A segunda maneira de interpretar o

princípio da impessoalidade relaciona-se com o princípio da isonomia, ao exigir tratamento isonômico para todos os administrados, de modo que sejam tratados com base nos mesmos critérios.

Amigos, essa é a regra. Contudo, ela não é absoluta. É certo que quando há razoabilidade e previsão em lei, o tratamento diferenciado é admitido. Mas, o administrador não pode estabelecer tais distinções por vontade própria. O tratamento diferenciado deve estar de acordo com os critérios previstos em lei.

Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade os institutos da licitação e do concurso público, que estabelecem a igualdade de condições entre os concorrentes. Outro exemplo está previsto no art. 100 da CF. Esse dispositivo constitucional determina que os entes governamentais efetuem o pagamento dos seus respectivos débitos decorrentes de sentença judicial, na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, sendo proibida a designação de casos ou pessoas.

IMPORTANTE:

Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio

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da impessoalidade: licitação, concurso público e precatório.

Quanto aos concursos públicos, cabe uma breve observação: a

reserva de vagas para candidatos portadores de deficiência não contraria o princípio da isonomia, uma vez que é prevista em lei.

IMPORTANTE:

A reserva de vagas em concursos públicos para candidatos portadores de deficiência não contraria o princípio da isonomia, uma vez que é prevista em lei.

Na terceira interpretação, o princípio da

impessoalidade reporta-se à vedação à promoção pessoal, prevista no art. 37, § 1º, da Constituição Federal.

CF, ART. 37, § 1º:

“A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.”

De acordo com essa acepção do princípio da impessoalidade, os

agentes públicos, no exercício de suas atividades, atuam em nome da Administração. Deste modo, não poderão promover-se pessoalmente. Vejam os exemplos abaixo:

Na divulgação de apreensões

feitas pela Polícia Federal não pode haver menção ao nome dos agentes e delegados responsáveis pela operação.

As obras públicas serão divulgadas sem citar os nomes de agentes públicos e autoridades por elas responsáveis.

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Deve ficar claro que a vedação à promoção pessoal prevista no

art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

Por exemplo: de acordo com o art. 11 da Lei nº 10.593/02, uma das atribuições dos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho é assegurar, em todo o território nacional, a lavratura de auto de apreensão e guarda de documentos, materiais, livros e assemelhados, para verificação da existência de fraude e irregularidades, bem como o exame da contabilidade das empresas.

É sabido que o auto de apreensão sujeita-se a formalidades. Uma delas diz respeito à correta identificação do responsável pela lavratura. Logo, o princípio impessoalidade não impede que haja a identificação do AFT nos atos de apreensão que lavrar.

Além disso, se no exercício dessa atribuição, o AFT, por dolo ou culpa, praticar algum ato que cause dano ao erário ou a terceiros, a responsabilização desse servidor não será afastada pelo princípio da impessoalidade. Moleza, né?

IMPORTANTE:

A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:

Publicidade de Atos Governamentais e Impessoalidade

O art. 37, caput, e seu § 1º, da CF, impedem que haja qualquer tipo de identificação entre a publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. (...) A referida regra constitucional objetiva assegurar a impessoalidade da divulgação dos atos governamentais, que devem voltar-se exclusivamente para o interesse social, sendo incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans que caracterizem a promoção pessoal ou de servidores públicos. (...) A possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido político a que pertença o

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titular do cargo público ofende o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando imposto na Constituição. RE 191668/RS, rel. Min. Menezes Direito, 15.4.2008. (RE-

191668)

A quarta interpretação do princípio da impessoalidade relaciona-se à suspeição e ao impedimento. O estudo detalhado desses institutos ocorrerá na próxima aula de nosso curso.

Neste momento, vocês precisam saber apenas que a suspeição e o impedimento visam a afastar dos processos administrativos servidores ou autoridades que tenham alguma relação de parentesco, amizade ou inimizade com os envolvidos no processo, de modo que possam ameaçar a aplicação imparcial da lei.

IMPORTANTE:

De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato administrativo porque não possui condições de aplicar a lei de modo imparcial.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:

"Impedimentos e suspeição. Presunção juris et de jure (absoluta) de parcialidade. Sendo a própria imparcialidade que se presume atingida, não é possível ao juiz, enquanto tal, praticar ato de seu ofício, jurisdicional ou administrativo, sem essa nota que marca, essencialmente, o caráter do magistrado. Se se desprezarem esses impedimentos, o ato administrativo infringirá os princípios da impessoalidade e moralidade previstos no art. 37, da Constituição." (MS

21.814, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 14-4-94, DJ

de 10-6-94)

Por fim, a quinta interpretação do princípio da impessoalidade se relaciona com a responsabilidade objetiva da Administração Pública, regulada pelo art. 37, §6º, da Constituição Federal.

CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

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prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.

Segundo o regramento acima, recai sobre a Administração a

responsabilidade pelos prejuízos causados a terceiros por atos praticados por agente. Essa imputação à Administração dos atos praticados por seus agentes representa a concretização do princípio da impessoalidade.

IMPORTANTE:

Os danos a terceiros causados por agentes públicos no exercício de suas funções são imputados à Administração, em decorrência da sua responsabilidade objetiva. Esse fato representa a concretização do princípio da impessoalidade.

1.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE

O princípio da moralidade admite três interpretações:

1) impõe ao agente público o dever de atuação ética (princípio da probidade);

2) exige a aplicação das leis pelos agentes de modo a alcançar os valores nelas consagrados; e

3) admite os costumes administrativos como fonte de Direito.

MORALIDADE

(3 interpretações)

PROBIDADE EFETIVAÇÃO DOS VALORES CONSAGRADOS NA LEI

COSTUMES ADMINISTRATIVOS

Neste momento cabe uma importante observação. Não é pacífico

o entendimento da doutrina sobre a admissibilidade dessa terceira interpretação. Muitos estudiosos do Direito consideram-na contrária ao princípio da legalidade.

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Não entraremos nesta discussão. Para acertar as questões de concursos públicos, basta saber que as práticas reiteradamente observadas pela Administração (costumes administrativos) também são fontes de Direito Administrativo. Quando desrespeitas, resultam na anulação do ato da Administração, por desrespeito ao princípio da moralidade.

IMPORTANTE:

As práticas reiteradamente observadas pela Administração (costumes administrativos) também são fontes de Direito Administrativo. Quando desrespeitadas, resultam na anulação do ato da Administração, por desrespeito ao princípio da moralidade.

Quando relacionado ao principio da probidade, o princípio da

moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Em regra, o principio da moralidade fundamenta-se na moral administrativa, que se distingue da moral comum pelo fato de ser jurídica e pela possibilidade de invalidar atos administrativos praticados em desconformidade com o princípio da moralidade.

A moral administrativa toma como referência um conceito impessoal, geral, primado no grupo social, independente dos valores intrínsecos do indivíduo. Não obstante, esse conceito comporta valores de juízos elásticos, indeterminados. Tal fato decorre da impossibilidade de a lei prever todas as condutas morais e amorais.

Já a moral comum fundamenta-se em um conceito pessoal, subjetivo, individual. Contudo, tais distinções não impedem que a ofensa à moral comum implique, também, em ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

Em suma, a moralidade administrativa não se confunde com a moral comum. Porque nesta, ao contrário daquela, o conceito sofre variações no tempo e no espaço, o que dificulta a sua aplicação segura e uniforme. Ainda assim, na realização de seus atos, a atividade administrativa também se sujeita à moral comum.

IMPORTANTE:

O conceito de moral administrativa não coincide, necessariamente, com a noção de moral comum. Todavia,

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determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por ofender, também, a moral administrativa.

Outro ponto importante é que o princípio da moralidade deve ser

observado não só pelos administradores, mas também pelos particulares que se relacionam com a Administração Pública.

Por exemplo: sabe-se que, nas contratações públicas, a apresentação de propostas em conluio ocorre quando os proponentes, em vez de competirem, como seria de se esperar, conspiram secretamente para aumentar os preços ou baixar a qualidade dos bens e serviços para compradores que desejem adquirir produtos ou serviços por meio de concursos, licitações ou leilões. Então, em matéria de licitação, quando uma auditoria realizada pela CGU ou pelo TCU constata a ocorrência de conluio entre os licitantes fica caracterizada a violação do princípio da moralidade praticada por particulares.

Por oportuno, reproduzo um importante entendimento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro acerca do princípio em exame. Segundo a ilustre autora, haverá ofensa ao princípio da moralidade “sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração Pública ou do administrado que com ela se relacione juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa administração, os princípios de justiça e de equidade, ou a idéia comum de honestidade”.

Assim, podemos concluir que a moralidade não se confunde com a legalidade. Pois, um ato praticado pela Administração pode estar perfeitamente legal, mas moralmente falho, caso viole os preceitos da ética e da boa-fé. Nessa hipótese, o desfazimento do ato não será questão de revogação (análise de mérito; conveniência e oportunidade), e sim de nulidade (análise de legitimidade).

IMPORTANTE:

Segundo o STF, a atividade estatal está necessariamente subordinada à observância de parâmetros ético-jurídicos que refletem na consagração constitucional do princípio da moralidade administrativa. Esse postulado fundamental, que rege a atuação do Poder Público, dá força a um rol de valores éticos em que se fundamenta a ordem positiva do Estado.

Por conseguinte, o princípio constitucional da moralidade administrativa legitima o controle jurisdicional de todos os

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atos do Poder Público que violem os valores éticos que devem regular o comportamento dos órgãos e agentes governamentais.

A segunda interpretação do princípio da

moralidade administrativa impõe ao agente público, quando da aplicação da lei, o dever de buscar a concretização dos princípios nela consagrados. Ou seja, para atuar em conformidade com o princípio da moralidade não basta ao agente cumprir a literalidade da lei. É necessário ir além, buscar o verdadeiro sentimento da norma, de modo que ao lado do legal esteja o ético.

Assim, nos termos do Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o servidor público não deve decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

Vejam um exemplo da aplicação dessa interpretação do princípio da moralidade: visando à moralização do serviço público e ao combate ao nepotismo, o art. 117, VII, da Lei nº 8.112/90, proíbe ao agente público "manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheira ou parente até o segundo grau civil". Contudo, para burlar tal proibição, adotava-se a prática do chamado “nepotismo cruzado”, ou seja, “A” nomeava cônjuge, companheira ou parente até o segundo grau civil de “B”, e vice-versa. Embora tais atos não desrespeitassem a literalidade da Lei, afrontavam o ideal trazido pela norma, qual seja: moralização do serviço público e combate ao nepotismo.

JURISPRUDÊNCIAS DO STF:

Repercussão Geral: Vedação ao Nepotismo e Aplicação aos Três Poderes - 1

(...) Embora a Resolução 7/2007 do CNJ seja restrita ao âmbito do Judiciário, a vedação do nepotismo se estende aos demais Poderes, pois decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF, tendo aquela norma apenas disciplinado, em maior detalhe, aspectos dessa restrição que são próprios a atuação dos órgãos jurisdicionais. (...) O fato de haver diversos atos normativos no plano federal que vedam o nepotismo não significaria que somente leis em sentido formal ou outros diplomas regulamentares fossem aptos para coibir essa prática, haja vista que os princípios constitucionais, que não configuram meras recomendações de caráter moral ou ético, consubstanciam regras jurídicas de caráter prescritivo,

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hierarquicamente superiores às demais e positivamente vinculantes, sendo sempre dotados de eficácia, cuja materialização, se necessário, pode ser cobrada por via judicial. (...) A proibição do nepotismo independe de norma secundária que obste formalmente essa conduta. (...) Admitir que apenas ao Legislativo ou ao Executivo fosse dado exaurir, mediante ato formal, todo o conteúdo dos princípios constitucionais em questão, implicaria mitigar os efeitos dos postulados da supremacia, unidade e harmonização da Carta Magna, subvertendo-se a hierarquia entre esta e a ordem jurídica em geral. RE 579951/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20.8.2008. (RE-579951)

Repercussão Geral: Vedação ao Nepotismo e Aplicação aos Três Poderes - 2

(...) O art. 37, caput, da CF/88 estabelece que a Administração Pública é regida por princípios destinados a resguardar o interesse público na tutela dos bens da coletividade, sendo que, dentre eles, o da moralidade e o da impessoalidade exigem que o agente público paute sua conduta por padrões éticos que têm por fim último alcançar a consecução do bem comum, independentemente da esfera de poder ou do nível político- administrativo da Federação em que atue. (...) A referida nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência, haja vista a inapetência daqueles para o trabalho e seu completo despreparo para o exercício das funções que alegadamente exercem. (...) As restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao Judiciário exercer o controle dos atos que transgridam os valores fundantes do texto constitucional. RE 579951/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski,

20.8.2008. (RE-579951)

Repercussão Geral: Vedação ao Nepotismo e Aplicação aos Três Poderes - 3

O Tribunal aprovou o Enunciado da Súmula Vinculante 13 nestes termos: "A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e

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indireta, em qualquer dos Poderes da União,

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dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal."

“Ato decisório contrário à Súmula Vinculante 13 do STF. Nepotismo. Nomeação para o exercício do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Natureza administrativa do cargo. Vícios no processo de escolha. Votação aberta. Aparente incompatibilidade com a sistemática da Constituição Federal. Presença do fumus boni iuris e do periculum in mora. (...) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. (...).” (Rcl 6.702-AgR-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-3-09, Plenário, DJE de 30-4-09)

IMPORTANTE:

A Súmula Vinculante nº 13 do STF, que deve ser observada por todos os órgãos públicos, proíbe a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança, de comissão e de função gratificada no serviço público. Ademais, em razão da expressão “compreendido o ajuste mediante designações recíprocas”, veda o nepotismo cruzado (dois agentes públicos empregam familiares um do outro como troca de favor).

Assim, passou a ser possível contestar, no próprio STF, por meio de reclamação, a contratação de parentes até o terceiro grau, consangüíneos ou por afinidade (filhos, netos, bisnetos, irmãos, tios, sobrinhos, sogro e sogra, genro e nora, cunhado e cunhada) para cargos da administração pública direta e indireta no Judiciário, no Executivo e no Legislativo de todos os níveis da federação (U, E, DF e M).

Essa súmula teve origem no julgamento do RE 579.951, apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a contratação de parentes no município de Água Nova/RN. Na ocasião os Ministros do STF fixaram os seguintes entendimentos:

1) As restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a

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produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao Judiciário exercer o

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controle dos atos que transgridam os valores fundantes do texto constitucional.

2) O fato de haver diversos atos normativos no plano feder que vedam o nepotismo não significaria que somente leis e sentido formal ou outros diplomas regulamentares fosse aptos para coibir essa prática, haja vista que os princípio constitucionais, que não configuram meras recomendaçõe de caráter moral ou ético, consubstanciam regras jurídica

de caráter prescritivo, hierarquicamente superiores à

demais e positivamente vinculantes, sendo sempre dotado

de eficácia, cuja materialização, se necessário, pode s cobrada por via judicial.

3) A proibição do nepotismo independe de norma secundár que obste formalmente essa conduta.

4) A nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência.

5) Os cargos de caráter político, exercidos por agentes políticos (ministro de Estado, secretário estadual e secretário municipal), desde que respeitados os princípios da moralidade e da impessoalidade, ficaram excluídos da regra estabelecida pela súmula vinculante nº 13.

1.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

O princípio da publicidade pode ser interpretado de duas maneiras. Na primeira delas, faz referência ao princípio da publicação oficial dos atos administrativos. Na segunda, refere-se ao princípio da transparência.

Portanto, podemos concluir que o princípio da publicidade abarca toda atuação do Estado, exigindo a divulgação oficial de seus atos e propiciando o conhecimento da conduta interna de seus agentes.

PUBLICIDADE

(2 interpretações)

PUBLICAÇÃO OFICIAL

(condição de eficácia)

TRANSPARÊNCIA

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De acordo com a primeira interpretação, o princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de eficácia

(produção de efeitos jurídicos).

IMPORTANTE:

Acerca dessa exigência de publicação oficial vocês devem saber: a) Não constitui condição de validade, e

sim de eficácia. Logo, o ato não publicado é válido, porém é ineficaz

(não produz efeitos jurídicos).

b) Não são todos os atos que estão sujeitos à exigência de divulgação oficial, mas somente os atos gerais de efeitos externos (produzem efeitos sobre uma quantidade indeterminada de pessoas) e os que onerem

(criam uma obrigação de pagamento) a Administração.

c) A divulgação dos atos praticados pela União, pelos Estados ou pelo Distrito Federal obedece à mesma regra: publicação no respectivo Diário Oficial.

d) A divulgação dos atos praticados pelos Municípios obedece a duas regras distintas: (1) aqueles que possuem Diário Oficial, seguem a regra dos demais entes federativos.

(2) aqueles que não possuem Diário Oficial deverão afixar seus atos na sede da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores.

e) A divulgação do ato na “Voz do Brasil”, bem como em jornal de grande circulação não é considerada publicação oficial. Logo, continua ineficaz o ato cuja divulgação ocorra apenas nesses meios.

ATENÇÃO:

Em provas, é comum haver questão “misturando” o princípio da publicidade com a vedação à promoção pessoal. Vejam a seguinte “pegadinha”: “o princípio da publicidade obriga a presença do nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público”. FALSO!

O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública.

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“A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicas deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.” (CF, art. 37, §1º)

Pela segunda interpretação, o princípio da publicidade

exige uma atividade administrativa transparente (princípio da transparência) a fim de que o administrado tome conhecimento dos comportamentos administrativos do Estado.

Assim, todos têm o direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral. Embora essa seja a regra, a Constituição Federal cria exceções, seja por exigência dos interesses sociais, seja por imperativos da segurança do Estado.

Outrossim, a todos são assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

CF, ART. 5º, XXXIII:

“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.”

CF, ART. 5º, XXXIV, “a” e “b”:

A todos são assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

1.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

O princípio da eficiência, que integra o caput do art. 37 da Constituição Federal por força da Emenda Constitucional nº 19/98 (“reforma administrativa”), trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e

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rendimento. Tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

Ou seja, a atividade administrativa deve ser desempenhada com eficiência para que seus propósitos sejam atingidos com celeridade e dinamismo, de modo afastar a idéia de burocracia

(administração burocrática). Nesse contexto, a atividade administrativa privilegia a aferição de resultados, identificando-se, por isso, com a administração gerencial.

IMPORTANTE:

O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da

legalidade e da moralidade vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

O princípio da eficiência possui três interpretações:

(1) Dirigido à Administração: exige que o modo de estruturação, organização e disciplina seja racional, com o objetivo de alcançar os melhores resultados no desempenho da atividade administrativa.

(2) Dirigido aos agentes públicos: exige uma atuação que resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados.

(3) Relativo ao princípio da economicidade: impõe à Administração uma atuação sob uma adequada relação custo/benefício, com vistas a obter o máximo de benefícios com o mínimo de despesas.

EFICIÊNCIA

(3 interpretações)

DIRIGIDA À ADMINISTRAÇÃO

(estruturação, organização e disciplina)

DIRIGIDA AOS AGENTES PÚBLICOS

(atuação)

ECONOMICIDADE

(custo/benefício)

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IMPORTANTE:

São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado à Administração Pública:

(1) Descentralização.

(2) Desconcentração.

(3) Contrato de gestão

São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado aos agentes públicos:

(1) Concurso Público.

(2) Estágio Probatório.

(3) Avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade.

(4) Avaliação periódica de desempenho (possibilidade de o servidor estável perder o cargo).

2. RESUMO

1) Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, as idéias centrais que norteiam a atuação da Administração Pública, regulando a validade de todos os atos por ela praticados. São de observância obrigatória por todos os agentes públicos.

2) Os atos eventualmente praticados em desobediência aos princípios administrativos são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário.

3) Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.

4) É comum, em provas, a utilização da expressão “ex-tunc” para dizer que os efeitos da anulação retroagem à origem do ato, isto é, à data em que foi produzido.

5)

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Princípios da

Administração Pública

(CF/88, art. 37)

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

6) Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

7) Os princípios administrativos se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles. A aplicação de um princípio não impede a aplicação de outro.

8) A Administração Pública não pode conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de mero ato administrativo.

9)

LEGALIDADE

(2 interpretações)

PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(positiva)

PARA O PARTICULAR

(negativa)

10)

“secundum legem” segundo, conforme, de acordo com a lei

“praeter legem” além da lei

“contra lengem” contra a lei

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11) O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto nos artigos 59 a 69 da Constituição Federal. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos administrativos, editados a partir de leis formais.

Assim, a Administração se sujeita não apenas à lei e aos princípios jurídicos, mas também a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis.

12) Em situações especiais e expressamente previstas na Constituição Federal (por exemplo: Estado de Defesa e Estado de Sítio), o princípio da legalidade pode sofrer supressões provisórias e excepcionais.

13)

FINALIDADE (interesse público)

IMPESSOALIDADE

(5 interpretações)

ISONOMIA

(licitação, concurso, precatório)

VEDAÇÃO À PROMOÇÃO PESSOAL

IMPEDIMENTO E SUSPENSÃO

RESPONSABILIDADE OBJETIVA

14) O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

15) O ato praticado pela Administração a fim de satisfazer algum interesse particular será válido, desde que também satisfaça o interesse público.

16) A remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de suprir carência de pessoal. Assim, independentemente da justificativa

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apresentada para a prática do ato, a remoção do servidor como forma de puni-lo ofende o princípio da finalidade.

17) Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade: licitação, concurso público e precatório.

18) A reserva de vagas em concursos públicos para candidatos portadores de deficiência não contraria o princípio da isonomia, uma vez que é prevista em lei.

19) “A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicas deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.” (CF, art. 37, §1º)

20) A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

21) De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato administrativo porque, em tese, não possui condições de aplicar a lei de modo imparcial.

22) “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. (CF, art. 37,

§6º)

23) Os danos a terceiros causados por agentes públicos no exercício de suas funções são imputados à Administração, em decorrência da sua responsabilidade objetiva. Esse fato representa a concretização do princípio da impessoalidade.

24)

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MORALIDADE

(3 interpretações)

PROBIDADE EFETIVAÇÃO DOS VALORES CONSAGRADOS NA LEI

COSTUMES ADMINISTRATIVOS

25) As práticas reiteradamente observadas pela Administração (costumes administrativos) também são fontes de Direito Administrativo. Quando desrespeitadas, resultam na anulação do ato da Administração, por desrespeito ao princípio da moralidade.

26) O conceito de moral administrativa não coincide, necessariamente, com a noção de moral comum. Todavia, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por ofender, também, a moral administrativa.

27) “Sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração Pública ou do administrado que com ela se relacione juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa administração, os princípios de justiça e de equidade, ou a idéia comum de honestidade”. (Di Pietro)

28) O princípio constitucional da moralidade administrativa legitima o controle jurisdicional de todos os atos do Poder Público que violem os valores éticos que devem regular o comportamento dos órgãos e agentes governamentais.

29) "A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal." (Súmula Vinculante 13)

30) A Súmula Vinculante nº 13 do STF, que deve ser observada por todos os órgãos públicos, proíbe a contratação de parentes de

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autoridades e de funcionários para cargos de confiança, de comissão e de função gratificada no serviço público. Ademais, em razão da expressão “compreendido o ajuste mediante designações recíprocas”, veda o nepotismo cruzado (dois agentes públicos empregam familiares um do outro como troca de favor).

Assim, passou a ser possível contestar, no próprio STF, por meio de reclamação, a contratação de parentes até o terceiro grau, consangüíneos ou por afinidade (filhos, netos, bisnetos, irmãos, tios, sobrinhos, sogro e sogra, genro e nora, cunhado e cunhada) para cargos da administração pública direta e indireta no Judiciário, no Executivo e no Legislativo de todos os níveis da federação (U, E, DF e M).

Essa Súmula teve origem no julgamento do RE 579.951, apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a contratação de parentes no município de Água Nova/RN. Na ocasião os Ministros do STF

fixaram os seguintes entendimentos:

1) As restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são

auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao

Judiciário exercer o controle dos atos que transgridam os valores

fundantes do texto constitucional.

2) O fato de haver diversos atos normativos no plano federal que vedam o nepotismo não significaria que somente leis em sentido

formal ou outros diplomas regulamentares fossem aptos para coibir essa prática, haja vista que os princípios constitucionais, que não

configuram meras recomendações de caráter moral ou ético,

consubstanciam regras jurídicas de caráter prescritivo, hierarquicamente superiores às demais e positivamente vinculantes,

sendo sempre dotados de eficácia, cuja materialização, se necessário,

pode ser cobrada por via judicial.

3) A proibição do nepotismo independe de norma secundária que obste formalmente essa conduta.

4) A nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência.

5) Os cargos de caráter político, exercidos por agentes políticos (ministro de Estado, secretário estadual e secretário municipal), desde que respeitados os princípios da moralidade e da impessoalidade, ficaram excluídos da regra estabelecida pela súmula vinculante nº 13.

31)

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PUBLICIDADE

(2 interpretações)

PUBLICAÇÃO OFICIAL

(condição de eficácia)

TRANSPARÊNCIA

32) Observações acerca da exigência de publicação oficial dos atos:

a) Não constitui condição de validade, e sim de eficácia.

b) A divulgação dos atos praticados pela União, pelos Estados ou pelo Distrito Federal obedece à mesma regra: publicação no respectivo Diário Oficial.

c) Não são todos os atos que estão sujeitos à exigência de divulgação oficial, mas somente os atos gerais de efeitos externos (produzem efeitos sobre uma quantidade indeterminada de pessoas) e os que onerem (criam uma obrigação de pagamento) a Administração.

d) A divulgação dos atos praticados pelos Municípios obedece a duas regras distintas: (1) aqueles que possuem Diário Oficial, seguem a regra dos demais entes federativos. (2) aqueles que não possuem Diário Oficial deverão afixar seus atos na sede da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores.

e) A divulgação do ato na “Voz do Brasil”, bem como em jornal de grande circulação não é considerada publicação oficial. Logo, continua ineficaz o ato cuja divulgação ocorra apenas nesses meios.

33) “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (CF, art. 5º, XXXIII)

34) A todos são assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. (CF, art. 5º, XXXIV, a e b)

35)

DIRIGIDA À ADMINISTRAÇÃO

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EFICIÊNCIA

(3 interpretações)

(estruturação, organização e disciplina)

DIRIGIDA AOS AGENTES PÚBLICOS

(atuação)

ECONOMICIDADE

(custo/benefício)

36) São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado à Administração Pública:

(1) Descentralização.

(2) Desconcentração.

(3) Contrato de gestão

37) São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado aos agentes públicos:

(1) Concurso Público.

(2) Estágio Probatório.

(3) Avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade.

(4) Avaliação periódica de desempenho (possibilidade de o servidor estável perder o cargo).

38) O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da legalidade e da moralidade

vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

3. EXERCÍCIOS

3.1. DA ESAF

1-(AFC/STN/2008) O art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princípios da administração pública brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Consagra-se, com o princípio da publicidade, o dever de a administração pública atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgação possível de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e às repercussões desse princípio, assinale a

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assertiva incorreta.

a) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

b) É assegurada a todos a obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

c) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderá constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo.

d) Cabe habeas data a fim de se assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

e) É garantido ao usuário, na administração pública direta e indireta, na forma disciplinada por lei, o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observadas as garantias constitucionais de sigilo.

2-(EPPGG/MPOG/2008) A Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, introduzida no direito brasileiro em decorrência do movimento da globalização. Destarte, assinale qual princípio da administração pública, especificamente, que as autarquias ou fundações governamentais qualificadas como agências executivas visam observar nos termos do Decreto n. 2.487/98:

a) eficiência

b) moralidade

c) legalidade

d) razoabilidade

e) publicidade

3-(Auditor/SEFAZ-CE/2007) Sobre os princípios constitucionais da Administração Pública, marque a única opção correta.

a) O princípio da impessoalidade apresenta duas formas de abordagem. A primeira relaciona-se à finalidade pública. A segunda indica que os atos administrativos não devem ser imputados ao agente que os praticou, mas ao órgão ou entidade administrativa a que está vinculado.

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b) A discricionariedade atribuída à autoridade administrativa, consubstanciada pela liberdade de atuação, autoriza a edição de resolução que crie direitos e obrigações aos administrados.

c) Na situação em que a autoridade administrativa pratica ato com desvio de poder, pode-se afirmar que ocorreu atentado ao princípio da moralidade, e não ao princípio da legalidade.

d) A publicidade não se constitui elemento formador do ato administrativo, mas requisito de eficácia e moralidade. Portanto, não se faz possível a restrição dos atos de publicidade, sob o risco de se ferir o interesse público.

e) O princípio da eficiência, inserido no texto constitucional pelo legislador derivado, indica à Administração Pública a prestação de serviços públicos de forma racional e transparente. Todavia, não é possível a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo que deixe de observá-lo.

4-(Fiscal/SEFAZ-CE/2007) São exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade, exceto:

a) licitação.

b) concurso público.

c) precatório.

d) otimização da relação custo/benefício.

e) ato legislativo perfeito.

5-(SUSEP/2006) O princípio constitucional do Direito Administativo, cuja observância forçosa, na prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da:

a) legalidade.

b) publicidade.

c) impessoalidade.

d) Razoabilidade

e) moralidade.

6-(IRB/2006) Considerando-se os princípios que regem a Administração Pública, relacione cada princípio com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.

(1) Impessoalidade

(2) Moralidade

(3) Publicidade

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(4) Eficiência

( ) Punição de ato de improbidade.

( ) Divulgação dos atos da Administração Pública.

( ) Concurso Público.

( ) Pagamento por precatório.

( ) Escolha da melhor proposta em sede de licitação.

a) 1/3/4/2/2

b) 2/3/1/1/4

c) 4/2/1/3/1

d) 3/4/2/1/4

e) 3/2/2/1/4

7-(AFC/CGU/2006) Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que:

a) a Administração prescinde de justificar seus atos.

b) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe.

c) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si.

d) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.

e) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.

8-(AFT/2006) Em face dos princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se afirmar que:

I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de

cargos públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade. II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar

de acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade administrativa.

III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material.

IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência.

V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos

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estabelecidos em lei para o referido cargo.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, II e IV.

c) apenas as afirmativas I, III e IV.

d) apenas as afirmativas I, III e V.

e) apenas as afirmativas II, III e V.

9-(AFRFB/2005) Sobre os princípios constitucionais da Administração

Pública, na Constituição de 1988, marque a única opção correta.

a) Segundo a doutrina, o conteúdo do princípio da

eficiência relaciona-se com o modo de atuação do agente público

e o modo de organização, estruturação e disciplina da

Administração Pública. b) O princípio da impessoalidade não

guarda relação com a proibição, prevista no texto

constitucional, de que conste da publicidade oficial nomes,

símbolos ou imagens que caracterizem promoção

pessoal de autoridade ou servidores públicos.

c) O princípio da moralidade administrativa incide apenas em relação às ações do administrador público, não sendo aplicável ao particular que se relaciona com a Administração Pública.

d) O conteúdo do princípio da publicidade não abrange a questão do acesso do particular aos atos administrativos, concluídos ou em andamento, em relação aos quais tenha comprovado interesse.

e) Segundo a doutrina, há perfeita identidade do conteúdo do princípio da legalidade aplicado à Administração Pública e o princípio da legalidade aplicado ao particular.

10-(Auditor/Natal/2005) Sobre os princípios constitucionais da administração pública, pode-se afirmar que:

I. o princípio da legalidade pode ser visto como incentivador do ócio, haja vista que, segundo esse princípio, a prática de um ato concreto exige norma expressa que o autorize, mesmo que seja inerente às funções do agente público;

II. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da administração pública e contribuir para a concretização do princípio da moralidade administrativa;

III. a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete uma aplicação constitucional do princípio da impessoalidade;

IV. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na

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publicidade oficial de obras e de serviços públicos o nome ou a imagem do governante, de modo a caracterizar promoção pessoal do mesmo;

V. a aplicação do princípio da moralidade administrativa demanda a compreensão do conceito de "moral administrativa", o qual comporta juízos de valor bastante elásticos;

VI. o princípio da eficiência não pode ser exigido enquanto não for editada a lei federal que deve defini-lo e estabelecer os seus contornos.

Estão corretas as afirmativas:

a) I, II, III e IV.

b) II, III, IV e V.

c) I, II, IV e VI.

d) II, III, IV e VI.

e) III, IV, V e VI.

11-(AFRF/2005) Os princípios constitucionais da legalidade e da moralidade vinculam-se, originalmente, à noção de administração:

a) patrimonialista.

b) descentralizada.

c) gerencial.

d) centralizada.

e) burocrática.

12-(Gestor/SEFAZ-MG/2005) Assinale a opção correta, relativamente ao princípio da legalidade.

a) Tal princípio é de observância obrigatória apenas para a Administração direta, em vista do caráter eminentemente privatístico das atividades desenvolvidas pela Administração indireta.

b) Não se pode dizer que todos os servidores públicos estejam sujeitos ao princípio da legalidade, na medida em que, para alguns, sua conduta profissional é regida precipuamente por regulamentos, editados pelo Poder Executivo.

c) A inobservância ao princípio da legalidade, uma vez verificada, cria para o administrador o dever - e não a simples faculdade - de revogar o ato.

d) Tal princípio não autoriza o gestor público a, nessa qualidade, praticar todos os atos que não estejam proibidos em lei.

e) O princípio da legalidade é característico da atividade administrativa, não se estendendo à atividade legislativa, pois esta tem

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como característica primordial a criação de leis, e não sua execução.

13-(Auditor/SEFAZ-MG/2005) O princípio da moralidade administrativa se vincula a uma noção de moral jurídica, que não se confunde com a moral comum. Por isso, é pacífico que a ofensa à moral comum não implica também ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

14-(Auditor/SEFAZ-MG/2005) O princípio da impessoalidade relaciona-se ao fim legal previsto para o ato administrativo.

15-(Juiz Substituto/TRT/2005) A estrutura lógica do Direito Administrativo está toda amparada em um conjunto de princípios que integram o denominado regime jurídico-administrativo. Assim, para cada instituto desse ramo do Direito Público há um ou mais princípios que o regem. Assinale, no rol abaixo, o princípio identificado pela doutrina como aquele que, fundamentalmente, sustenta a exigência constitucional de prévia aprovação em concurso público para o provimento de cargo público:

a) moralidade

b) legalidade

c) impessoalidade

d) publicidade

e) razoabilidade

16-(Oficial de Chancelaria/MRE/2004) A Constituição Federal, no seu art. 37, impõe à Administração Pública, direta e indireta, a obrigatoriedade de obediência a vários princípios básicos, mas entre os quais não se inclui a observância da:

a) eficiência.

b) imprescritibilidade.

c) impessoalidade.

d) legalidade.

e) moralidade.

17-(Oficial de Chancelaria/MRE/2004) A determinação constitucional de tratamento isonômico encontra, na Administração Pública, seu principal apoio no seguinte princípio:

a) impessoalidade.

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b) moralidade.

c) eficiência.

d) legalidade.

e) razoabilidade.

18-(Contador/Recife2003) A rejeição à figura do nepotismo no serviço público tem seu amparo original no princípio constitucional da:

a) moralidade

b) legalidade

c) impessoalidade

d) razoabilidade

e) eficiência

19-(AFRF/2003) De acordo com o princípio constitucional da legalidade, estabelecido no caput do art. 37 da Constituição Federal, tudo que não estiver proibido por lei é lícito ao administrador público fazer.

20-(AFT/2003) Entre os seguintes princípios constitucionais da Administração Pública, assinale aquele que é mais diretamente vinculado aos costumes, reconhecidos também como fonte de Direito:

a) moralidade

b) eficiência

c) publicidade

d) legalidade

e) impessoalidade

21-(Auditor/Fortaleza/2003) O princípio constitucional da legalidade significa:

a) que tudo que não estiver proibido por lei é lícito ao administrador público fazer.

b) que os atos praticados pelos servidores públicos devem estar de acordo com o que estabelece a lei.

c) que, se determinada tarefa operacional não estiver especificamente descrita em lei, o servidor não deve fazê-la, ainda que se inclua no rol geral de suas atribuições.

d) que todos os atos dos servidores públicos devem ser públicos.

e) que o servidor público não deve agir de modo impessoal.

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22-(Fiscal/Recife/2003) Com referência aos princípios constitucionais da Administração Pública, é falso afirmar:

a) a moralidade tem relação com a noção de costumes.

b) a eficiência vincula-se ao tipo de administração dito gerencial.

c) a publicidade impõe que todos os atos administrativos sejam publicados em diário oficial.

d) a observância da legalidade alcança os atos legislativos materiais, ainda que não formais.

e) a impessoalidade pode significar finalidade ou isonomia.

23-(AFC/Recife/2003) A finalidade, como elemento essencial de validade do ato administrativo, corresponde na prática e mais propriamente à observância do princípio fundamental de

a) economicidade

b) publicidade

c) legalidade

d) moralidade

e) impessoalidade

24-(Procurador/Fortaleza/2002) O princípio constitucional da eficiência vincula-se à noção de administração:

a) patrimonialista

b) descentralizada

c) gerencial

d) burocrática

e) informatizada

25-(TRF/2002) A finalidade, como elemento essencial à validade dos atos administrativos, é aquele reconhecido como o mais condizente com a observância pela Administração do princípio fundamental da:

a) legalidade

b) impessoalidade

c) moralidade

d) eficiência

e) economicidade

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26-(Fiscal/SEFAZ-PA/2002) Assinale a situação que não se relaciona com o princípio da impessoalidade, em alguma das suas acepções.

a) Vedação ao uso da imagem da autoridade para promoção pessoal.

b) Provimento de cargo público efetivo mediante concurso público.

c) Anulação de ato cometido com desvio de finalidade.

d) Verificação da presença do interesse público em todo ato cometido pela Administração Pública.

e) Obrigação da divulgação pública dos atos oficiais.

27-(Procurador de Fortaleza/2002) O princípio constitucional da eficiência vincula-se à noção da administração:

a) patrimonialista

b) descentralizada

c) gerencial

d) burocrática

e) informatizada

28-(Auditor/Natal-RN/2001) O ato de remoção de servidor público, de ofício, como forma de punição do mesmo, confronta o seguinte princípio da Administração Pública:

a) legalidade

b) finalidade

c) publicidade

d) razoabilidade

e) ampla defesa

29-(Auditor/SEFAZ-PI/2001) O mais recente princípio constitucional da Administração Pública, introduzido pela Emenda Constitucional no

19/98, é o da:

a) razoabilidade

b) impessoalidade

c) motivação

d) legalidade

e) eficiência

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30-(AFRF/2001) A vedação à Administração Pública de, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, vincula-se ao princípio da:

a) eficiência

b) moralidade

c) legalidade

d) hierarquia

e) impessoalidade

31-(Agente Tributário Estadual/MS/2001) A vedação à utilização de imagens e símbolos que possam significar promoção pessoal de autoridades e servidores públicos justifica-se, basicamente, pelo princípio da

a) legalidade

b) publicidade

c) eficiência

d) moralidade

e) razoabilidade

32-(TCE/RN/2000) O ato de remoção de servidor público, de ofício, como forma de punição do mesmo, confronta o seguinte princípio da Administração Pública:

a) Legalidade

b) Finalidade

c) Publicidade

d) Razoabilidade

e) Ampla defesa

33-(TCU/2000) Em relação aos princípios da Administração Pública é correto afirmar, exceto:

a) ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo princípio da legalidade, a Administração só pode realizar o que lhe é expressamente autorizado em lei.

b) pelo princípio da finalidade, não se admite outro objetivo para o ato administrativo que não o interesse público.

c) o princípio da publicidade impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos da Administração.

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d) a conduta ética do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princípio da moralidade.

e) o princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo.

34-(AFT/1998) O contexto de Administração Pública, que a Constituição Federal subordina à observância dos princípios fundamentais de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade

(é):

a) abrange órgãos e entidades dos Três Poderes das áreas federal, estadual, distrital e municipal.

b) abrange só os órgãos públicos da estrutura da União, dos Estados e dos Municípios.

c) restrito ao âmbito federal.

d) restrito aos Poderes Executivos federal, estadual e municipal.

e) restrito ao Poder Executivo Federal.

35-(AGU/1998) Um ato administrativo estará caracterizando desvio de poder, por faltar-lhe o elemento relativo à finalidade de interesse público, quando quem o praticou violou o princípio básico da:

a) economicidade

b) eficiência

c) impessoalidade

d) legalidade

e) moralidade

3.2. DO CESPE

(ANATEL/2009) O presidente de um tribunal de justiça estadual tem disponível no orçamento do tribunal a quantia de R$ 2.000.000,00 para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e desembargadores. Cada juiz e desembargador faz jus, em média, a R$

130.000,00. Ocorre que o presidente da Corte determinou, por portaria publicada no Diário Oficial, o pagamento das verbas apenas aos desembargadores, devendo os juízes de direito aguardar nova disponibilização de verba orçamentária para o pagamento do que lhes é devido. O presidente fundamentou sua decisão de pagamento inicial em razão de os desembargadores estarem em nível hierárquico superior ao dos juízes. Irresignados, alguns juízes pretendem ingressar com ação

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popular contra o ato que determinou o pagamento das verbas aos desembargadores.

Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca do controle e dos princípios fundamentais da administração pública.

36- (ANATEL/2009) A decisão do presidente do tribunal de justiça violou o princípio da impessoalidade, na medida em que esse princípio objetiva a igualdade de tratamento que o administrador deve dispensar aos administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica.

37- (ANATEL/2009) Respeitado o princípio da publicidade, uma vez que a decisão do presidente que determinou o pagamento aos desembargadores foi publicada mediante portaria no Diário Oficial, é correto afirmar que, em consequência, os princípios da moralidade e legalidade não foram violados.

38- (AGU/2009) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas.

39- (AGU/2009) Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF.

40- (AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

41- (TRE-GO/2009) Assinale a opção correspondente a princípio constitucional aplicável à administração pública, porém não previsto

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expressamente na CF, Capítulo VII, Seção I, art. 37, que trata das disposições gerais aplicáveis à administração pública.

a) princípio da moralidade b) princípio da proporcionalidade c) princípio da eficiência

d) princípio da impessoalidade

42- (OAB-SP/2009) Acerca dos princípios de direito administrativo, assinale a opção incorreta.

a) Tanto a administração direta quanto a indireta se submetem aos princípios constitucionais da administração pública.

b) O rol dos princípios administrativos, estabelecido originariamente na CF, foi ampliado para contemplar a inserção do princípio da eficiência.

c) O princípio da legalidade, por seu conteúdo generalizante, atinge, da mesma forma e na mesma extensão, os particulares e a administração pública.

d) Embora vigente o princípio da publicidade para os atos administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

43- (FUNDAC-PB/2008) Os princípios fundamentais da administração pública previstos de forma expressa na Constituição Federal não incluem o da:

a) moralidade.

b) publicidade.

c) legalidade.

d) proporcionalidade.

44- (TJ-RJ/2008) Assinale a opção correspondente ao princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa a proteção do interesse público ou de determinada coletividade.

a) legalidade administrativa

b) impessoalidade

c) publicidade

d) eficiência

e) moralidade administrativa

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45- (DFTRANS/2008) Considerada um princípio fundamental da administração pública, a impessoalidade representa a divulgação dos atos oficiais de qualquer pessoa integrante da administração pública, sem a qual tais atos não produzem efeitos.

46- (PC-TO/2008) O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante.

47- (PC-TO/2008) Em toda atividade desenvolvida pelos agentes públicos, o princípio da legalidade é o que precede todos os demais.

48- (TCU/2007) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade.

49- (TCU/2007) O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública.

50- (TSE/2007) De acordo com o art. 37 da Constituição Federal, a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios deve obedecer aos princípios de legalidade,

a) qualidade, liberdade, pluralidade e eficiência. b) impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. c) impessoalidade, moralidade, pluralidade e eficiência. d) imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência.

51- (TCU/2004) O princípio da eficiência relaciona-se com o modo de atuação do agente e com o modo de organização e estruturação da administração pública, aspectos cujo conteúdo identifica-se com a obtenção de melhores resultados na relação custo versus benefícios e com o satisfatório atendimento das necessidades do administrado.

52- (PGE-RR/2004) A administração pública direta dos estados obedecerá aos princípios de legalidade, de impessoalidade, de moralidade e de publicidade, mas o princípio de eficiência ainda não se encontra previsto expressamente na Constituição da República.

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53- (TCE-PE/2004) Um ato administrativo que ofenda o princípio constitucional da moralidade é passível de anulação e, para que esta ocorra, não é indispensável, em todos os casos, examinar a intenção do agente público.

54- (TCE-PE/2004) O princípio da moralidade envolve um conceito indeterminado, que é a própria noção de moralidade, a qual não é definida de modo preciso no ordenamento jurídico; por conseguinte, a ocorrência de ofensa ao princípio deve ser elucidada em cada caso, em face do direito e com o fim de realizar a ética na administração pública.

55- (Delegado-PF/2004) A veiculação do ato praticado pela Administração Pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional dedicado a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos Três Poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade.

56- (Auditor/INSS/2003) A administração pública direta e indireta dequalquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios obedecerá os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

3.3. DA FCC

57- (TJ-PA/2009) Os princípios da Administração Pública que têm previsão expressa na Constituição Federal são:

a) autotutela, publicidade e indisponibilidade.

b) legalidade, publicidade e eficiência.

c) moralidade, indisponibilidade e razoabilidade.

d) publicidade, eficiência e indisponibilidade.

e) eficiência, razoabilidade e moralidade.

58- (TJ-PA/2009) Quando se diz que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, estamos diante do princípio da

a) especialidade.

b) legalidade ou veracidade.

c) impessoalidade ou finalidade.

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d) supremacia do interesse público.

e) indisponibilidade.

59- (TJ-PA/2009) Princípio da eficiência na Administração Pública

a) é o dever do administrador de indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

b) que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

c) a que se impõe a Administração de atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

d) segundo o qual a Administração só pode agir segundo a lei, jamais contra ou além da lei.

e) pelo qual se exige do administrador atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências.

60- (TJ-PA/2009) Sobre os princípios constitucionais da Administração Pública NÃO é correto afirmar que o princípio:

a) da legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a determine ou que a autorize.

b) da moralidade está ligado à idéia da probidade administrativa, do decoro e da boa-fé.

c) da impessoalidade também é conhecido como princípio da finalidade.

d) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e exigência de transparência da atuação administrativa.

e) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

61- (MPE-SE/2009) A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração Pública:

a) publicidade, moralidade e eficiência.

b) impessoalidade, moralidade e imperatividade.

c) hierarquia, moralidade e legalidade.

d) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.

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e) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia.

62- (PGE-RJ/2009) De acordo com o princípio da legalidade, em matéria administrativa, a Administração apenas pode praticar os atos que sejam expressamente permitidos pela lei. A partir deste enunciado, conclui-se que:

a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, ofende o princípio da legalidade porque elas não são consideradas lei formal.

b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em caso de omissão, estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo.

c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade é violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato administrativo nestes casos não é definido em lei.

d) o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser preocupação constante da Administração, como forma de atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.

e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.

63- (TRT-SP/2008) Sobre os princípios básicos da Administração, considere:

I. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

II. A atuação da Administração Pública deve sempre ser dirigida a todos os administrados em geral, sem discriminação de qualquer natureza.

Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e impessoalidade.

b) legalidade e impessoalidade.

c) eficiência e legalidade.

d) moralidade e eficiência.

e) impessoalidade e legalidade.

64- (Procurador/Recife/2008) A atuação da Administração Pública é informada por princípios, em relação aos quais se pode afirmar que:

a) os princípios aplicáveis são exclusivamente aqueles constantes do artigo 37 da Constituição Federal, quais sejam,

legalidade,

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impessoalidade, moralidade administrativa, publicidade e eficiência.

b) o princípio da legalidade é princípio fundamental, que somente pode ser excepcionado quando da utilização do poder discricionário.

c) o princípio da legalidade é princípio fundamental, somente podendo ser excepcionado pela aplicação do princípio da supremacia do interesse público.

d) o princípio da moralidade, embora constitucionalmente assegurado, traduz-se secundário, somente podendo ser aplicado concomitantemente com outro princípio.

e) o princípio da eficiência destina-se a garantir o alcance dos melhores resultados na prestação do serviço público, mas não pode, para tanto, se sobrepor ao princípio da legalidade.

65- (TCE-AM/2008) O artigo 37 da Constituição federal estabelece que

a Administração Pública obedecerá aos princípios da "legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Essa

enumeração: a) apresenta os princípios ordenados hierarquicamente entre si.

b) não esgota os princípios constitucionais da Administração Pública.

c) consiste em regra de observância facultativa pela Administração Pública, dada a natureza peculiar dos princípios.

d) apresenta princípios aplicáveis apenas à Administração Direta.

e) contém princípios cuja aplicabilidade depende da edição de legislação complementar.

66- (TRF-2ª Região/2007) Em razão do princípio da legalidade, é correto afirmar que a:

a) atividade administrativa deve ser exercida com presteza, qualidade e produtividade funcional.

b) Administração Pública tem certa liberdade de atuação, pois pode exercer qualquer atividade, desde que a lei não proíba.

c) Administração Pública só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.

d) Administração Pública fica obrigada a manter uma posição imparcial em relação aos administrados.

e) atividade administrativa somente poderá ser válida, se exercida no limite e intensidade necessária ao fim proposto.

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67- (Defensoria Pública-SP/2007) Princípios do Direito Administrativo.

a) O princípio da moralidade só pode ser aferido pelos critérios pessoais do administrador.

b) São princípios explícitos da Administração Pública, entre outros, os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

c) O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade não é princípio

consagrado sequer implicitamente.

d) O princípio da publicidade obriga a presença do nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público.

e) O princípio da motivação não exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão administrativa.

68- (TCE-MG/2007) O favorecimento do administrado em razão de parentesco com a autoridade administrativa competente viola o princípio da:

a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) publicidade.

d) indivisibilidade.

e) separação de poderes.

69- (TRE-MS/2007) Entidade administrativa que presta serviço público com excessiva burocracia e produtividade precária, retardando, assim, o interesse da coletividade, ofende o princípio da:

a) impessoalidade.

b) moralidade.

c) legalidade.

d) eficiência.

e) publicidade.

70- (MPU/2007) Os princípios da Administração Pública estabelecidos expressamente na Constituição Federal são:

a) eficiência, razoabilidade, objetividade, indisponibilidade e finalidade.

b) capacidade, pessoalidade, razoabilidade, finalidade e publicidade.

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c) moralidade, eficiência, razoabilidade, autotutela e disponibilidade.

d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

e) impessoalidade, capacidade, eficiência, autotutela e finalidade.

71- (MPU/2007) Com relação aos princípios da Administração Pública, considere:

I. As realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade pública em nome de quem as produzira.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições legais com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e legalidade.

b) razoabilidade e moralidade.

c) moralidade e razoabilidade.

d) legalidade e impessoalidade.

e) impessoalidade e eficiência.

72- (TRF-1ªRegião/2006) No que tange aos princípios da Administração Pública, considere:

I. Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, que é o autor institucional do ato.

II. A Constituição Federal exige, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

As proposições citadas referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) impessoalidade e eficiência.

b) hierarquia e finalidade pública.

c) impessoalidade e moralidade.

d) razoabilidade e eficiência.

e) eficiência e impessoalidade.

73- (TCE-PB/2006) Com relação aos princípios da administração pública no Brasil, considere as afirmativas abaixo.

I. Na administração pública, diferentemente do que ocorre na esfera privada, é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe.

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II. O agente administrativo deve saber distinguir não apenas o ato legal do ilegal, mas, também o honesto do desonesto, atendendo ao princípio da moralidade.

III. Em sua atividade, o administrador público deve ser capaz de distinguir os cidadãos segundo seus méritos.

IV. O princípio da publicidade torna obrigatória a divulgação de todos os atos e contratos da Administração Pública, com algumas exceções.

Está correto o que afirma APENAS em:

a) I.

b) II.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

74- (TRE-SP/2006) Dentre os princípios da Administração Pública, o que impõe ao agente público, quando no exercício de suas funções, objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal, e o que obriga-o a atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, denominam-se, respectivamente,

a) moralidade e impessoalidade.

b) eficiência e moralidade.

c) impessoalidade e legalidade.

d) impessoalidade e moralidade.

e) legalidade e eficiência.

75- (Procurador/Salvador/2006) A aplicação do princípio da legalidade, expresso no artigo 37, caput, da Constituição Federal, traz como consequência:

a) a obrigatoriedade de edição de lei para disciplinar a organização e funcionamento da Administração Direta.

b) a obrigatoriedade de lei para criação de cargos, mas não para a sua extinção, que, quando vagos, pode ser feita por decreto.

c) a não obrigatoriedade de lei para a criação de órgão público, quando implicar ou não aumento de despesa.

d) a obrigatoriedade de lei para fixação e aumento de remuneração dos servidores públicos, inclusive aqueles submetidos ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

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e) a exigência de que todos os atos praticados pelo Poder Executivo contém prévia autorização legislativa específica.

76- (TRE-SP/2006) No que se refere aos princípios administrativos, considere:

I. Constitui requisito inafastável de eficácia e moralidade da ação administrativa a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) moralidade e finalidade.

b) eficiência e impessoalidade.

c) moralidade e continuidade do serviço público.

d) publicidade e imperatividade.

e) publicidade e eficiência.

77- (TRT-24ª Região/2006) O princípio que exige objetividade no atendimento do interesse público, vedando a promoção pessoal de agentes ou autoridades; e aquele que impõe a todo agente público a realização de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional denominam-se, respectivamente,

a) impessoalidade e eficiência.

b) publicidade e impessoalidade.

c) impessoalidade e moralidade.

d) eficiência e legalidade.

e) publicidade e eficiência.

78- (Procurador/Santos-SP/2005) Em tema de legalidade, como um dos princípios norteadores da atividade administrativa, observe o que segue:

I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei.

II. Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal.

III. Na Administração Pública é lícito fazer tudo que a lei não proíbe.

IV. No exercício de sua atividade funcional, o administrador público está sujeito às exigências do bem comum.

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V. A lei para o administrador público significa "pode fazer assim" e para o particular "deve fazer assim".

Está INCORRETO o que se afirma APENAS em:

a) I e V

b) I e II

c) II e IV.

d) III e V

e) III e IV.

79- (TRE-MG/2005) A obrigação atribuída ao Poder Público de manter uma posição neutra em relação aos administrados, não podendo atuar com objetivo de prejudicar ou favorecer determinadas pessoas, decorre do princípio da:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) legalidade.

d) motivação.

e) imperatividade.

80- (TCE-PI/2005) Um dos sentidos em que pode ser aplicado o princípio constitucional da impessoalidade, relativo à Administração Pública, é o de que

a) os atos administrativos que venham a ser publicados para conhecimento geral não podem trazer a identificação nominal da autoridade que os editou.

b) a publicidade de obras públicas não pode conter nomes, mas apenas símbolos, que caracterizem a promoção pessoal de autoridades.

c) a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou prejudiciais.

d) a autoridade pública que pratica um ato administrativo, no exercício regular de sua competência, não pode ser por ele responsabilizada pessoalmente.

e) as entidades que integram a Administração Pública direta ou indireta não possuem personalidade jurídica.

81- (TRT-22ªRegião/ 2004) Luís Antônio e Adelaide, servidores públicos do Poder Judiciário do Estado do Piauí, discutiam temas

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pertinentes à Administração Pública daquele Estado, notadamente sobre os princípios que devem nortear as correspondentes atividades. Em determinado momento, Adelaide inquiriu Luís Antônio sobre qual desses princípios caracteriza o Estado Democrático de Direito, devendo a resposta correta recair sobre o princípio da:

a) impessoalidade.

b) legalidade.

c) probidade administrativa.

d) presunção de legitimidade.

e) indisponibilidade de interesse público.

82- (TRT-22ªRegião/ 2004) Depois de ingressar nos quadros do executivo federal mediante concurso público, o servidor em estágio probatório foi dispensado por não convir à Administração a sua permanência, após ter sido apurado, em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatíveis com a função do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa está embasada, precipuamente, no

a) elemento da impessoalidade.

b) requisito da publicidade.

c) princípio da eficiência.

d) princípio da imperatividade.

e) requisito de presunção de veracidade.

83- (TRT-22ªRegião/ 2004) Ao tomar ciência de suposta irregularidade perpetrada pela prefeitura da cidade de Campo Verde, Aristóteles Neto peticionou perante àquela municipalidade, objetivando ter acesso aos documentos que comprovariam referida irregularidade. Ocorre que, por ordem expressa do Prefeito, teve seu pleito indeferido. Em virtude da negativa, o executivo municipal desrespeitou o princípio da:

a) imperatividade.

b) impessoabilidade.

c) tipicidade.

d) publicidade.

e) razoabilidade.

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84- (TRT-9ªRegião/2004) João, objetivando adquirir determinado imóvel no bairro X, fica sabendo, por meio de amigos, que, nessa região, será construída uma nova linha do metrô e, conseqüentemente, diversos imóveis serão desapropriados. Tendo em vista referido fato, pede informações à Companhia do Metrô, que se recusa a fornecê-las. Com tal atitude, restou preterido o princípio da Administração Pública denominado:

a) publicidade.

b) imperatividade.

c) supremacia do interesse público.

d) impessoalidade.

e) eficiência.

85- (TRT-9ªRegião/2004) Após tomar ciência de irregularidades praticadas pela Assembléia Legislativa de seu Estado, o cidadão José da Silva diligenciou junto ao referido órgão, oportunidade em que lhe foi negado o direito de obter certidões que esclarecessem tal fato. Com essa recusa, foi desrespeitado o princípio da:

a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) tipicidade.

d) motivação.

e) publicidade.

86- (TRT-9ªRegião/2004) Após constatar a morosidade no serviço de atendimento ao público em diversos órgãos do executivo municipal, o Prefeito da cidade de Campo Largo informatizou referidos órgãos e contratou a empresa DataSoftware Municipal Ltda, por meio de regular processo licitatório, para ensinar aos servidores noções de informática. Em virtude da iniciativa acima descrita, restou patente a melhoria no atendimento aos munícipes. O princípio da Administração Pública observado no caso em tela denomina-se:

a) imperatividade.

b) publicidade.

c) tipicidade.

d) eficiência.

e) motivação.

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87- (TRF-4ªRegião) No que concerne aos princípios administrativos, é INCORRETO afirmar que:

a) o princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei ética e em consonância com regras tiradas da disciplina interior da Administração, posto que nem tudo o que é legal é honesto.

b) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de serviços públicos, exigindo do administrador resultados positivos que atendam às necessidades da comunidade e seus membros, caracteriza o princípio da eficiência.

c) o princípio da impessoalidade obriga a Administração Pública a agir de modo imparcial em relação aos administrados, bem como proíbe a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre suas realizações.

d) os princípios administrativos previstos constitucionalmente representam uma relação meramente exemplificativa de dogmas que deverão ser obrigatoriamente observados pelo administrador público.

e) o Poder Público pode criar obrigações ou impor vedações aos administrados, independentemente da existência de lei prévia.

88- (TRT-17ªRegião) Dentre os princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se asseverar:

I. A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

II. Os programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos deverá ter caráter educativo.

III. É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico.

As afirmativas I, II e III correspondem, específica e respectivamente, aos princípios da:

a) legalidade, moralidade e eficiência.

b) legalidade, publicidade e moralidade.

c) impessoalidade, legalidade e finalidade.

d) eficiência, impessoalidade e legalidade.

e) finalidade, impessoalidade e moralidade.

89- (TRT-2ªRegião) "A atividade administrativa não deve fazer acepção de pessoas, deve tratar a todos os administrados igualmente,

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visto que não ajuda nem prejudica terceiros. Essa atividade é imputada não ao servidor que age, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual ele age". O texto refere-se ao princípio da:

a) legalidade.

b) moralidade.

c) eficiência.

d) publicidade.

e) impessoalidade.

90- (TRE-PE/2004) No que tange aos princípios constitucionais em relação ao Direito Administrativo, é certo que o princípio da:

a) publicidade é absoluto, sofrendo restrições apenas quando se tratar de promoções e propaganda pessoal do agente público.

b) legalidade incide somente sobre a atividade administrativa, ficando excluídas as funções atípicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional.

c) impessoalidade nada tem a ver com os princípios da igualdade ou da finalidade, porque os atos administrativos são sempre imputáveis ao funcionário que os pratica.

d) moralidade impõe expressamente à Administração Pública a obrigação de realizar suas atribuições com perfeição, rapidez e rendimento.

e) eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado.

91- (TRE-PE/2004) A Constituição Federal não se referiu expressamente ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a denominação de princípio da:

a) impessoalidade.

b) publicidade.

c) presunção de legitimidade.

d) legalidade.

e) moralidade.

92- (TRE-BA/2003) As afirmações abaixo estão relacionadas à obrigatoriedade de obediência dos princípios constitucionais pela administração pública.

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I. Os princípios devem ser obedecidos pela administração de quaisquer Poderes.

II. A obrigatoriedade de obediência destina-se à administração direta, não alcançando as empresas públicas.

III. Todas as entidades estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem obediência àqueles princípios. Está correto APENAS o que se afirma em:

a) II e III.

b) I e III.

c) I e II.

d) II.

e) I.

93- (TRT-21ªRegião) Considere o que segue:

I. A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas.

II. Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas.

III. A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder.

Tais disposições dizem respeito, respectivamente, aos princípios da:

a) publicidade, legalidade e moralidade.

b) eficiência, impessoalidade e legalidade.

c) impessoalidade, publicidade e legalidade.

d) legalidade, eficiência e impessoalidade.

e) moralidade, impessoalidade e eficiência.

94- (TRT-24ªRegião/2003) O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTONHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o princípio da administração pública conhecido como:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) autotutela.

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d) razoabilidade.

e) publicidade.

95- (TRF-5ªRegião/2003) É uma decorrência possível do princípio da impessoalidade aplicado à Administração Pública:

a) serem os atos praticados pelos agentes públicos imputados à entidade da Administração em nome da qual eles agem.

b) ser vedado à autoridade que pratica um ato administrativo identificar-se pessoalmente.

c) não serem os agentes públicos pessoalmente responsáveis pelos atos que praticam em nome da Administração.

d) não poder a Administração praticar atos que gerem conseqüências para pessoas nominalmente identificadas.

e) não possuir a Administração responsabilidade civil pelos atos praticados por seus agentes, nas hipóteses em que estejam exercendo competência privativa.

96- (TRF-5ªRegião/2003) Como possível corolário do princípio da impessoalidade, pode-se afirmar que:

a) é vedado à autoridade administrativa identificar-se pessoalmente na prática de qualquer ato.

b) a nomeação e o provimento em cargo em comissão não poderão levar em consideração as características pessoais do nomeado.

c) deverá a Administração Pública evitar tratar desigualmente os administrados, na medida do possível, em razão de circunstâncias pessoais de cada um deles.

d) a Administração Pública não poderá identificar-se como tal na divulgação de obras e serviços públicos.

e) fica vedada a publicidade dos atos praticados pela Administração Pública.

97- (TCE-PI/2002) Decorre do princípio da impessoalidade, ao qual está vinculada a Administração Pública, a:

a) impossibilidade de responsabilização pessoal de servidor público por ato que corresponda ao exercício de sua função, em relação à qual tenha competência privativa.

b) vedação da identificação nominal da autoridade responsável pela decisão de processos administrativos disciplinares, sendo a decisão atribuída ao órgão público ao qual pertença a autoridade.

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c) proibição de que constem da publicidade de atos, programas e campanhas de órgãos públicos, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

d) impossibilidade de tratamento favorecido de pessoas, pelo critério de condições físicas, para fins de ingresso nas carreiras públicas.

e) negação do caráter intuitu personae dos contratos administrativos em geral.

98- (TCE-SE/2002) O princípio da impessoalidade, próprio do Direito Administrativo, é concebido pelos doutrinadores brasileiros por pontos de vista diversos, mas compatíveis e complementares.

Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma adequada compreensão do princípio da impessoalidade.

a) Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.

b) O administrador fica impedido de buscar outro objetivo que não o atendimento do interesse público, ou de praticar atos no interesse próprio ou de terceiros.

c) Os atos praticados culposamente por agentes administrativos, no exercício de sua função, geram responsabilidade à Administração, não acarretando responsabilidade pessoal do agente.

d) A Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas; o princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia.

e) Busca-se, desse modo, que predomine o sentido de função, isto é, a idéia de que os poderes atribuídos finalizam-se ao interesse de toda a coletividade, portanto a resultados desconectados de razões pessoais.

99- (Fiscal/São Paulo-SP/1998) A conduta do agente público que se vale da publicidade oficial para realizar promoção pessoal fere o princípio da:

a) Finalidade.

b) Razoabilidade.

c) Publicidade.

d) Supremacia do interesse público.

e) Especialidade.

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100- (Fiscal/São Paulo-SP/1998) A publicidade é um dos princípios que deve ser observado pela Administração Pública. A publicação que produz efeitos jurídicos é a:

a) Da televisão e do rádio em horário oficial.

b) Do rádio.

c) Da televisão.

d) Da imprensa particular.

e) Do órgão oficial.

4. GABARITO

1-C 2-A 3-A 4-D 5-C 6-B 7-D 8-C 9-A 10-B

11-E 12-D 13-E 14-C 15-C 16-B 17-A 18-A 19-E 20-A

21-B 22-C 23-E 24-C 25-B 26-E 27-C 28-B 29-E 30-C

31-B 32-B 33-C 34-A 35-C 36-C 37-E 38-C 39-C 40-C

41-B 42-C 43-B 44-B 45-E 46-E 47-C 48-E 49-E 50-B

51-C 52-E 53-C 54-C 55-E 56-C 57-B 58-C 59-B 60-E

61-A 62-D 63-A 64-E 65-B 66-C 67-B 68-B 69-D 70-D

71-E 72-A 73-D 74-D 75-B 76-E 77-A 78-D 79-B 80-C

81-B 82-C 83-D 84-A 85-E 86-D 87-E 88-D 89-E 90-E

91-A 92-B 93-B 94-B 95-A 96-C 97-C 98-C 99-A 100-E

5. COMENTÁRIOS

1- Reposta: C

A letra a está certa. “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (CF, art. 5º, XXXIII)

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A letra b está certa. A todos é assegurado, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. (CF, art. 5º, XXXIV, b)

A letra c está errada. “A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicas deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.” (CF, art. 37, §1º)

A letra d está certa. “Conceder-se-á "habeas-data" para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público”. (CF, art. 5º, LXXII, a)

A letra e está certa. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo. Contudo, esse acesso não prejudicará a segurança da sociedade e do Estado, bem como a inviolabilidade à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas. (CF, art. 37, §3º, II)

2-Reposta: A

O enunciado nos diz que a agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou à fundação pública que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada.

Embora esse assunto seja estudado do curso de Direito Administrativo, temos elementos suficientes para acertar a questão. Pois, como vimos, são aplicações do princípio da eficiência quando relacionado à Administração Pública: descentralização, desconcentração e contrato de gestão.

3-Reposta: A

A letra a está certa. Vimos que o princípio da impessoalidade possui 5 interpretações (isonomia; finalidade; vedação à promoção pessoal; impedimento e suspeição; e responsabilidade objetiva do Estado), das quais duas foram citadas pela questão. Como não houve restrições do tipo “... apenas, somente, exclusivamente duas formas de abordagem...”, a questão está correta.

A letra b está errada. Para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva. A Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Com efeito, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver

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previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

A letra c está errada. A prática de atos não dirigidos à satisfação do interesse público conduz ao vício conhecido como abuso de poder, na modalidade desvio de finalidade, por violação dos princípios da impessoalidade, da moralidade e da legalidade.

A letra d está errada. “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (CF, art. 5º, XXXIII)

A letra e está errada. Segundo o STF, cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.

4-Reposta: D

Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade os institutos da licitação e do concurso público. Outro exemplo está previsto no art. 100 da CF. Esse dispositivo constitucional determina que os entes governamentais efetuem o pagamento dos seus respectivos débitos decorrentes de sentença judicial, na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, sendo proibida a designação de casos ou pessoas. Logo, eliminamos as letras a, b e c.

Restam-nos duas opções.

Vimos que otimização da relação custo/benefício é exemplo da aplicação do princípio da economicidade, uma das interpretações do princípio da eficiência. Portanto, a letra d é a resposta.

Aí vocês preguntam: Anderson, e a letra e?

Minha resposta: NÃO SEI! Sinceramente não sei o que o examinador quis dizer com “ato legislativo perfeito”.

Isso não prejudica a resolução da questão. Não briguem com a banca examinadora. Se vocês sabem que a otimização da relação custo/bebefício é uma aplicação do princípio da eficiência, acertem a questão e passem para a próxima.

5-Reposta: C

O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em

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atendimento aos interesses da coletividade, e não de certos membros em detrimento de outros. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

6-Reposta: B

Punição de ato de improbidade (2) Moralidade

Divulgação dos atos da Administração Pública (3) Publicidade

Concurso Público (1) Impessoalidade

Pagamento por precatório (1) Impessoalidade

Escolha da melhor proposta em sede de licitação (4) Eficiência

Convém registrar que a realização de licitação é aplicação do princípio da impessoalidade. Porém, a escolha da melhor proposta está relacionada a uma atuação sob adequada relação custo/benefício, caracterizando, portanto, a aplicação do princípio da eficiência. Perceberam a diferença?

7-Reposta: D

A letra a está errada. Na próxima aula, estudaremos detalhadamente o princípio da motivação, que impõe à Administração o dever de apresentar os pressupostos de fato e de direito que justifica a produção do ato administrativo.

A letra b está errada. Segundo o princípio da legalidade, toda atividade administrativa deverá ser autorizada por lei. Caso contrário, será ilícita. Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

A letra c está errada. Pois, viola o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. Este princípio estabelece que na hipótese de conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá sobre este, sempre.

A letra d está certa. De acordo com o princípio da indisponibilidade, os bens e interesses públicos são indisponíveis porque pertencem à coletividade. Por isso, não se acham entregues à livre disposição da vontade do administrador, que é mero gestor da coisa pública.

A letra e está errada. Os atos eventualmente praticados em desobediência aos princípios administrativos são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja

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editado ou pelo Poder Judiciário.

8-Reposta: C

O item I está certo. Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade: licitação, concurso público e precatório.

O item II está errado. De acordo com o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Logo, não há incompatibilidade entre a discricionariedade e a legalidade.

O item III está certo. Vimos que a moralidade não se confunde com a legalidade. Pois, um ato praticado pela Administração pode estar perfeitamente legal, mas moralmente falho, caso viole os preceitos da ética e da boa-fé.

O item IV está certo. O princípio da eficiência, que integra o caput do art. 37 da Constituição Federal por força da Emenda Constitucional nº

19/98 (“reforma administrativa”), trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.

De acordo com esse princípio, a atividade administrativa deve ser desempenhada com eficiência para que seus propósitos sejam atingidos com celeridade e dinamismo, de modo afastar a idéia de burocracia

(administração burocrática).

Nesse contexto, a atividade administrativa privilegia a aferição de resultados, identificando-se, por isso, com a administração gerencial.

O item V está errado. A nomeação de parentes para cargos em comissão configura a prática de nepotismo, pelo que viola o princípio da moralidade.

9-Reposta: A

A letra a está certa. O princípio da eficiência, quando dirigido aos agentes públicos, exige destes uma atuação que resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados.

A letra b está errada. A vedação à promoção pessoa relaciona-se ao princípio da impessoalidade

A letra c está errada. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, haverá ofensa ao princípio da moralidade “sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração Pública ou do administrado que com ela se relacione

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juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa administração, os princípios de justiça e de equidade, ou a idéia comum de honestidade”.

A letra d está errada. De acordo com uma de suas interpretações, o

princípio da publicidade exige uma atividade

administrativa transparente (princípio da transparência) a fim de que

o administrado tome conhecimento dos comportamentos administrativos

do Estado. Assim, todos têm o direito de receber dos órgãos públicos

informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou

geral. Embora essa seja a regra, a CF cria exceções, seja por exigência

dos interesses sociais, seja por imperativos da segurança do Estado.

Outrossim, a todos é assegurada a obtenção de certidões em

repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de

situações de interesse pessoal.

A letra e está errada. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa só pode ser exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

10-Reposta: B

O item I está errado. Impressiono-me com a criatividade do examinador! O princípio da legalidade não tem qualquer relação com o incentivo ao ócio. Mesmo porque, se a tivesse, entraria em conflito com o princípio da eficiência.

O item II está certo. De acordo com uma de suas interpretações, o princípio da publicidade exige uma atividade administrativa transparente (princípio da transparência) a fim de que o administrado tome conhecimento dos comportamentos administrativos do Estado.

O item III está certo. Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade: licitação, concurso público e precatório.

O item IV está certo. Trata-se do princípio da impessoalidade relacionado à vedação à promoção pessoal.

O item V está certo. A moralidade administrativa é um conceito jurídico indeterminado (comporta valores de juízos elásticos), apesar da pretensão de ser um conceito objetivo (independente da noção de moral que possua o sujeito que pratica o ato). Tal fato decorre da impossibilidade de a lei prever todas as condutas morais e amorais.

O item VI está errado. Conforme jurisprudência do STF, as restrições impostas à atuação do administrador público pelos

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princípios

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previstos no art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos.

11-Reposta: E

Os princípios da legalidade e da moralidade vinculam-se ao conceito de administração burocrática. Por outro lado, o princípio da eficiência

está vinculado noção à administração gerencial.

12-Reposta: D

As letras “a” e “e” estão erradas. Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

A letra b está errada. O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto na CF. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos administrativos, editados a partir de leis formais.

Assim, a Administração se sujeita não apenas à lei e aos princípios jurídicos, mas também a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis.

Deste modo, na prática de um ato concreto, o agente público deve observar não apenas a lei e os princípios, mas também os decretos, as portarias, as instruções normativas, os pareceres normativos etc. relativos àquela situação concreta.

A letra c está errada. Os atos eventualmente praticados em desobediência aos princípios administrativos são atos inválidos e devem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário.

A letra d está certa. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

13-Reposta: Errado

O conceito de moral administrativa não coincide, necessariamente,

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com a noção de moral comum. Todavia, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por ofender, também, a moral administrativa.

14-Reposta: Certo

O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

15-Reposta: C

Na visão da isonomia, são exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade: licitação, concurso público e precatório.

16-Reposta: B

Vide CF, art. 37.

17-Reposta: A

Princípio da isonomia = Princípio da Impessoalidade

18-Reposta: A

De acordo com farta jurisprudência do STF, a prática do nepotismo afronta, principalmente, o princípio da moralidade.

19-Reposta: Errado.

A Administração não poder atuar contra lei nem além da lei, mas somente conforme a lei. Em outros termos, a atividade administrativa não pode ser “contra legem” nem “praeter legem”, mas apenas

“secundum legem”.

20-Reposta: A

O princípio da moralidade admite três interpretações:

1) impõe ao agente público o dever de atuação ética (princípio da probidade);

2) exige a aplicação das leis pelos agentes de modo a alcançar os valores nelas consagrados; e

3) admite os costumes administrativos (moral

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administrativa) como fonte de Direito.

21-Reposta: B

A questão quer saber o significado do princípio da legalidade.

A letra a está errada. Segundo o princípio da legalidade, o administrador público só pode atuar quando autorizado (nas competências discricionárias) ou determinado (nas competências vinculadas) por lei.

A letra b está certa. Pois, a Administração deve agir “secundum legem”.

A letra c está errada. Não há dúvida quanto à necessidade de a lei estabelecer a competência para a atuação administrativa. Porém, as peculiaridades de tais competências poderão ser definidas mediante decreto, por exemplo. E, como sabemos, a Administração se sujeita não apenas à lei, mas também a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis.

A letra d está errada. Refere-se ao princípio da publicidade.

A letra e está errada. Refere-se ao princípio da impessoalidade.

22-Gabarito: C.

A letra a está certa. O princípio da moralidade admite três interpretações: atuação ética dos agentes da Administração (princípio da probidade); aplicação das leis pelos agentes de modo a alcançar os valores nelas consagrados; costumes administrativos (moral administrativa) como fonte de Direito.

Não é pacífico o entendimento da doutrina sobre a possibilidade dessa terceira interpretação. Muitos estudiosos do Direito consideram-na contrária ao princípio da legalidade.

Não entraremos nesta discussão. Para acertar as questões de concursos públicos, basta saber que as práticas reiteradamente observadas pela Administração (costumes administrativos) também são fontes de Direito Administrativo. Quando desrespeitas, resultam na anulação do ato da Administração, por desrespeito ao princípio da moralidade.

A letra b está certa. O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da legalidade e da

moralidade vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

A letra c está errada. Na questão há duas falhas conceituais. A primeira delas é afirmar que o princípio da publicidade exige a publicação de TODOS os atos. Cuidado! Isso está errado! Não são todos os atos que estão sujeitos à exigência de divulgação oficial, mas somente os atos gerais de efeitos externos e os que onerem a Administração.

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O segundo erro é afirmar que todos os atos serão publicados no diário oficial. Vimos que há municípios que não possuem jornal oficial. Desses, o princípio da publicidade exige a afixação dos atos na sede da Prefeitura ou da Câmara dos Vereadores.

A letra d está certa. O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto na CF. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos administrativos, editados a partir de leis formais.

A letra e está certa. O princípio da impessoalidade pode ser interpretado de cinco maneiras, a saber: finalidade; isonomia; vedação à promoção pessoal; impedimento e suspensão; e responsabilidade objetiva da Administração Pública.

23-Gabarito: E.

Vide letra e da questão anterior.

24-Reposta: C

A letra c está certa. O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da legalidade e da

moralidade vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

25-Gabarito: B

Vide letra e da questão 22.

26-Resposta: E

A letra a esta certa. Refere-se ao princípio da vedação à promoção pessoal.

A letra b está certa, Refere-se ao princípio da isonomia.

A letra c está certa. Refere-se ao princípio da finalidade.

A letra d está certa. Refere-se ao princípio da finalidade.

A letra e está errada. Refere-se ao princípio da publicidade.

27-Gabarito: C.

O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da legalidade e da moralidade

vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

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28-Reposta:

A remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de suprir carência de pessoal. Assim, independentemente da justificativa apresentada, a remoção do servidor como forma de puni-lo ofende o princípio da finalidade.

29-Reposta: E

O princípio da eficiência integra o caput do art. 37 da Constituição Federal por força da Emenda Constitucional nº 19/98 (“reforma administrativa”).

30-Reposta: C

Para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva. A Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Com efeito, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

31-Gabarito: B

Vimos que a vedação à promoção pessoal é uma das interpretações do princípio da impessoalidade. Contudo, das opções fornecidas pela ESAF, não consta o princípio da impessoalidade.

Meus amigos, repito, não briguem com a banca examinadora. Saibam que para a ESAF, a vedação à promoção pessoal do agente em função dos atos praticados no desempenho de suas atribuições relaciona-se, também, ao princípio da publicidade.

32-Gabarito: B

A remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de suprir carência de pessoal. Assim, independentemente da justificativa apresentada, a remoção do servidor como forma de puni-lo ofende o princípio da finalidade.

33-Reposta: C

A letra a está certa. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

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Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

A letra b está certa. O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

A letra c está errada. Não são todos os atos que estão sujeitos à exigência de divulgação oficial, mas somente os atos gerais de efeitos externos e os que onerem a Administração.

A letra d está certa. Quando relacionado ao principio da probidade, o princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

A letra e está certa. Para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva. A Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Com efeito, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

34-Reposta: A

Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

35-Reposta: C

O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

36-Gabarito: Certo

O princípio da impessoalidade relaciona-se com o princípio da isonomia quando exige tratamento

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isonômico para todos os

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administrados, de modo que sejam tratados com base nos mesmos critérios.

37-Gabarito: Errado

Em relação à Administração, a única vontade que podemos considerar é a vontade da lei, independentemente da vontade pessoal do agente. Assim, como a lei orçamentária destinou os recursos para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e desembargadores, não pode o presidente do tribunal, por vontade própria, determinar o pagamento das verbas apenas aos desembargadores. Afinal, a Administração Pública não pode conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo.

Ademais, tal comportamento é incondizente com a ética e a probidade administrativa, pelo que viola o princípio da moralidade.

38- Gabarito: C

O STF, visando à extinção da prática do nepotismo, aprovou o Enunciado da Súmula Vinculante 13 nestes termos: "A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o

3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal."

39-Gabarito: C

Os cargos de caráter político, exercidos por agentes políticos (ministro de Estado, secretário estadual e secretário municipal), desde que respeitados os princípios da moralidade e da impessoalidade, ficaram excluídos da regra estabelecida pela súmula vinculante nº 13.

40- (AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

Gabarito: C

Eis a jurisprudência do STF:

“Ato decisório contrário à Súmula Vinculante 13 do STF. Nepotismo. Nomeação para o exercício do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Natureza administrativa do cargo. Vícios no

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processo de escolha. Votação aberta. Aparente incompatibilidade com a sistemática da Constituição Federal. Presença do fumus boni iuris e do periculum in mora. (...) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. (...).” (Rcl 6.702-AgR-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-3-09, Plenário, DJE de 30-4-09)

41-Gabarito: B

Na próxima aula estudaremos o princípio da proporcionalidade. Veremos que ele está expressamente previsto na Lei nº 9.784/99, mas não está explícito no texto da Constituição Federal. Não obstante, de acordo com o STF, esse princípio decorre do princípio do devido processo legal, expresso no art. 5º, LIV, da CF.

42-Gabarito: C

A letra a está certa. Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

A letra b está certa. O princípio da eficiência foi inserido no texto constitucional pela EC nº19/98.

A letra c está errada. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa imprescinde de previsão em lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

A letra d está certa.

“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (CF, art.5º, XXXIII)

43-Gabarito: D

Vide questão 41.

44- Gabarito: B

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O princípio da impessoalidade, quando relacionado com o princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

45-Gabarito: Errado

A divulgação oficial dos atos da Administração Pública está relacionada com o princípio da publicidade.

46- Gabarito: Errado

Os princípios administrativos se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles.

47-Gabarito: Certo

O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa imprescinde de previsão em lei. Caso contrário, a atividade será ilícita. Todavia, isso não significa que o princípio da legalidade é mais importante que os demais princípios. Perceberam a diferença?

48-Gabarito: Errado

Nos termos do art.5º, XXXIII da CF: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” Ou seja, há exceção ao princípio da transparência.

49-Gabarito: Errado

O princípio da impessoalidade relaciona-se com o princípio da isonomia quando exige tratamento isonômico para todos os administrados, de modo que sejam tratados com base nos mesmos critérios.

50-Gabarito: B

São princípios básicos da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

51- Gabarito: Certo

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O princípio da eficiência possui três interpretações:

a) Dirigido à Administração: exige que o modo de estruturação, organização e disciplina seja racional, com o objetivo de alcançar os melhores resultados no desempenho da atividade administrativa.

b) Dirigido aos agentes públicos: exige uma atuação que resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados.

c) Relativo ao princípio da economicidade: impõe à Administração uma atuação sob uma adequada relação custo/benefício, com vistas a obter o máximo de benefícios com o mínimo de despesas.

52- Gabarito: Errado

São princípios básicos da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Este foi inserido no texto constitucional pela EC nº19/98.

53- Gabarito: Certo

O ato inválido deve ser anulado, independentemente da inteção do agente público que o pratocou.

54-Gabarito: Certo

A moral administrativa toma como referência um conceito impessoal, geral, primado no grupo social, independente dos valores intrínsecos do indivíduo. Não obstante, esse conceito comporta valores de juízos elásticos, indeterminados. Tal fato decorre da impossibilidade de a lei prever todas as condutas morais e amorais.

55-Gabarito: Errado

O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de eficácia (produção de efeitos jurídicos).

A divulgação dos atos praticados pela União, pelos Estados ou pelo Distrito Federal obedece à mesma regra: publicação no respectivo Diário Oficial.

A divulgação dos atos praticados pelos Municípios obedece a duas regras distintas: (1) aqueles que possuem Diário Oficial, seguem a regra dos demais entes federativos. (2) aqueles que não possuem Diário Oficial deverão afixar seus atos na sede da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores.

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A divulgação do ato na “Voz do Brasil”, bem como em jornal de grande circulação não é considerada publicação oficial. Logo, continua ineficaz o ato cuja divulgação ocorra apenas nesses meios.

56-Gabarito: Certo

Vide 2º quadro da página 5.

57- Gabarito: B

Vide CF, art. 37.

58-Gabarito: C

O princípio da impessoalidade relaciona-se com o princípio da isonomia quando exige tratamento isonômico para todos os administrados, de modo que sejam tratados com base nos mesmos critérios.

59-Gabarito: B

O princípio da eficiência, que trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.

Tal mandamento, quando dirigido aos agentes públicos, exige uma atuação que resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados.

60- Gabarito: E

O princípio que tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade é o da eficiência.

61- Gabarito: A

Vide CF, art. 37.

62- Gabarito: D

A letra a está errada. A observância de MP, pela Administração Pública, não ofende o princípio da legalidade. Ocorre justamente o contrário. Como as MP têm força de lei, elas devem ser observadas em decorrência do princípio da legalidade.

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A letra b está errada. Em caso de omissão legal, a Administração não estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo. A edição de decretos autônomos pelo Poder Executivo, ou seja, decretos que não são editados em função de lei, mas sim da CF, é situação excepcional.

A letra c está errada. De acordo com o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Logo, não há incompatibilidade entre a discricionariedade e a legalidade.

A letra d está certa. De fato, o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser preocupação constante da Administração, como forma de atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.

A letra e está errada. Em situações especiais e expressamente previstas na Constituição Federal, o princípio pode sofrer supressões provisórias e excepcionais. São exemplos, o Estado de Defesa e o Estado de Sítio (artigos 136 a 141). Contudo, isso não significa que a Administração Pública está autorizada a praticar atos discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.

63-Gabarito: A

Pelo que estudamos, verificamos facilmente que a questão refere-se aos princípios da eficiência e da impessoalidade.

64-Gabarito: E

De fato, o princípio da eficiência destina-se a garantir o alcance dos melhores resultados na prestação do serviço público. Ademais, todos os princípios se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles.

65-Gabarito: B

Os “LIMPE” não são os únicos princípios aplicáveis à Administração Pública. Há outros princípios previstos na Constituição Federal, bem como em normas legais.

66-Gabarito: C

O princípio da legalidade, que é uma exigência decorrente do Estado de Direito, estabelece que toda atividade administrativa só pode ser exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

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Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

67-Gabarito: B

A letra a esta errada. A moral administrativa toma como referência um conceito impessoal, geral, primado no grupo social, independente dos valores intrínsecos do indivíduo.

A letra b está certa. Vide CF, art. 37.

A letra c está errada. Vide questão 41.

A letra d está errada. Vide o 2º quadro da página 23.

A letra e está errada. Veremos, na próxima aula, que o princípio da motivação exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão administrativa.

68-Gabarito: B

Questão fácil. Tratamento favorecido não previsto em lei viola o princípio da impessoalidade.

69- Gabarito: D

Prestação de serviço com excessiva burocracia caracteriza ofensa ao princípio da eficíência. Pois, o referido princípio tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

70-Gabarito: D

Vide CF, art.37. A FCC gosta dessa questão!

73-Gabarito: E

Mais uma questão repetida. As proposições citadas são, respectivamente, aplicações dos princípios da impessoalidade e da eficiência.

72- Gabarito: A

De novo, as proposições citadas são, respectivamente, aplicações dos princípios da impessoalidade e da eficiência.

73-Gabarito: D

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O item III está errado porque ofende o princípio da impessoalidade.

A ressalva feita no final do item IV fez com que a banca o considerasse correto.

74-Gabarito: D

Vedação à promoção pessoal = princípio da impessoalidade.

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé = princípio da moralidade.

75-Gabarito: B

Vide CF, art. 84, VI, b e art. 48, X.

76-Gabarito: E

Sem dificuldade, percebemos que as proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da publicidade e da eficiência.

77-Gabarito: A

Vedação à promoção pessoal = princípio da impessoalidade

Atuação com presteza, perfeição e rendimento funcional = princípio da eficiência.

78-Gabarito: D

Questão tranquila. Estão incorretos os itens III e V

79-Gabarito: B

O princípio da impessoalidade veda que o agente público atue com objetivo de prejudicar ou favorecer determinadas pessoas.

80-Gabarito: C

O princípio da impessoalidade impede perseguições ou favorecimentos, tratamentos diferenciados benéficos ou prejudiciais aos administrados.

81-Gabarito: B

O princípio da legalidade é uma exigência que decorre do Estado de Direito, isto é, da submissão do Estado ao império da ordem jurídica.

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82-Gabarito: C

São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado aos agentes públicos: concurso público, estágio probatório, avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade e avaliação periódica de desempenho (possibilidade de o servidor estável perder o cargo).

83- Gabarito: D

De acordo com o princípio da publicidade, a todos são assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. (CF, art. 5º, XXXIV, a e b)

84-Gabarito: A

Vide questão anterior.

85-Gabarito: E

Vide questão 83.

86-Gabarito: D

O princípio da eficiência trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento. Tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

87- Gabarito: E

Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada

(nas competências vinculadas) por lei.

Deste modo, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

88- Gabarito: D

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A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

Eficiência

A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

Impessoalidade

É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico.

Legalidade

89-Gabarito: E

Vedação à promoção pessoal = princípio da impessoalidade.

90-Gabarito: E

A letra a está errada. Nos termos do art.5º, XXXIII da CF: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” Ou seja, há exceção ao princípio da publicidade.

Ademais, o princípio da publicidade não se confunde com a vedação à promoção pessoal (princípio da impessoalidade).

A letra b está errada. Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

A letra c está errada. O princípio da impessoalidade pode ser interpretado de cinco maneiras, a saber: finalidade; isonomia; vedação à promoção pessoal; impedimento e suspensão; e responsabilidade objetiva da Administração Pública.

A letra d está errada. Atuação com perfeição, rapidez e rendimento = princípio da eficiência.

A letra e está certa. De fato, eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado.

91- Gabarito: A

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Princípio da finalidade = princípio da impessoalidade.

92-Gabarito: B

Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

93- Gabarito: B

A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas.

Eficiência

Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas.

Impessoalidade

A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder.

Legalidade

94-Gabarito: B

Vedação à promoção pessoal = princípio da impessoalidade

95-Gabarito: A

A letra a está certa. Em função do princípio da impessoalidade, os atos praticados pelos agentes públicos são imputados à entidade da Administração em nome da qual eles agem.

As letras “b” e “c” estão erradas. A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

A letra d está errada. O princípio da impessoalidade não impede que a Administração pratique atos que gerem conseqüências para pessoas nominalmente identificadas. Temos, como exemplo, as portarias de nomeação e de demissão de servidores.

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A letra e está errada. Uma das interpretações do princípio da impessoalidade o relaciona com a responsabilidade objetiva da Administração Pública, regulada pelo art. 37, §6º, da Constituição Federal.

96-Gabarito: C

Princípio da impessoalidade = Princípio da isonomia.

97-Gabarito: C

Vedação à promoção pessoal = Princípio da impessoalidade.

98-Gabarito: C

A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88 (princípio da impessoalidade), não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

99- Gabarito: A

Vedação à promoção pessoal = princípio da impessoalidade = princípio da finalidade.

100- Gabarito: E

O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de eficácia (produção de efeitos jurídicos).

Amigos(as), chegamos ao final de nossa aula demonstrativa.

E aí, gostaram?

Se ficarem com dúvida no gabarito de alguma questão, utilizem o fórum.

Até a próxima aula!

Bons Estudos,

Anderson Luiz

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