00-21 (1)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN
MARCOS ARNDT
O MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS GENERALIZADOS APLICADO
ANLISE DE VIBRAES LIVRES DE ESTRUTURAS RETICULADAS
CURITIBA
2009
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MARCOS ARNDT
O MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS GENERALIZADOS APLICADO
ANLISE DE VIBRAES LIVRES DE ESTRUTURAS RETICULADAS
Tese apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Mtodos Numricos em Engenharia, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paran, como requisito parcial obteno do ttulo de Doutor em Cincias, rea de Concentrao: Mecnica Computacional. Orientador: Prof. Dr. Roberto Dalledone Machado Co-orientador: Prof. Dr. Adriano Scremin
CURITIBA
2009
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Lilian, minha esposa, e aos meus filhos
Rafaela e Giovani que so as pessoas
mais importantes na minha vida.
Aos meus pais, Vitor e Zeni que me
ensinaram os verdadeiros valores.
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AGRADECIMENTOS
Deus, pela vida, pela graa e misericrdia dirias.
minha famlia por todo amor, pacincia e apoio.
Ao professor Roberto Dalledone Machado, pela orientao, apoio, confiana,
persistncia, amizade e principalmente pelo exemplo.
Ao professor Adriano Scremin, pela orientao, apoio e pelas fundamentais
idias e sugestes ao trabalho.
Aos professores Sergio Scheer e Mildred B. Hecke pelo incentivo, amizade,
apoio e confiana.
Maristela Bandil pela amizade e, alegria e motivao em todas as
ocasies.
Aos amigos e professores do CESEC que me acolheram desde a
graduao.
Aos amigos Flvia e Claudio pelo apoio, companheirismo e amizade.
Aos amigos e professores do curso de Engenharia Civil da Universidade
Positivo pelo apoio e amizade.
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Se no for o Senhor o construtor da casa, ser intil trabalhar na construo. Se no o Senhor que vigia a cidade, ser intil a sentinela montar guarda.
Salmo 127:1 NVI
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RESUMO O conhecimento do comportamento dinmico das estruturas civis e mecnicas tem se tornado cada vez mais importante para um projeto seguro e otimizado. O Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) apresenta bons resultados para as primeiras frequncias, porm demanda elevado custo computacional para atingir melhor preciso para altas frequncias. O objetivo deste trabalho investigar a aplicao do Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados (MEFG) na anlise de vibraes livres em estruturas reticuladas. O Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados, desenvolvido a partir do Mtodo da Partio da Unidade, permite a incluso de conhecimento prvio sobre a soluo da equao diferencial sendo resolvida, no espao de soluo aproximado. Neste trabalho so propostos e analisados diversos elementos generalizados para anlise da vibrao livre de barras, eixos, vigas de Euler-Bernoulli, trelias e prticos planos com diferentes funes enriquecedoras. So propostos refinamentos h, p e adaptativo para o MEFG. As funes enriquecedoras do MEFG Adaptativo so dependentes da geometria, das propriedades mecnicas dos elementos e das condies de contorno. O problema variacional de vibrao livre formulado e os principais aspectos do MEFG so discutidos. A eficincia e a convergncia do mtodo proposto na vibrao livre de estruturas reticuladas planas so verificadas. As frequncias obtidas pelo MEFG so comparadas com aquelas obtidas por solues analticas, pelo Mtodo Composto (MC), pelos refinamentos h e p do MEF, e por outros mtodos encontrados na literatura. O MEFG proposto permite a imposio das condies de contorno de forma direta, como no MEF, e apresenta taxas de convergncia maiores do que o refinamento h do MEF e refinamento c do MC, e no mnimo semelhantes s taxas de convergncia do refinamento p do MEF. O MEFG Adaptativo proposto converge muito rpido e permite aproximar a frequncia relacionada com o modo de vibrao desejado.
Palavras-chave: Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados. Vibrao livre.
Anlise dinmica. Partio da unidade.
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ABSTRACT
The knowledge about the dynamic behavior of civil and mechanical structures has become very important for a safe and optimized design. The Finite Element Method (FEM) presents good results for the lowest frequencies but demands great computational cost to work up the accuracy for the higher frequencies. The objective of this work is to study the application of the Generalized Finite Element Method (GFEM) in free vibration analysis of framed structures. The Generalized Finite Element Method, developed from the Partition of Unity Method, allows the inclusion of a priori knowledge about the differential equation being solved in the approximated solution space. In this work several generalized elements to free vibration analysis of bars, shafts, Euler-Bernoulli beams, and plane trusses and frames with different enrichment functions are proposed and investigated. The h, p and adaptive refinements of GFEM are proposed. The Adaptive GFEM enrichment functions are dependent on the geometric, mechanical properties of the elements and boundary conditions. The variational problem of free vibration is formulated and the main aspects of the GFEM are discussed. The efficiency and convergence of the proposed method in free vibration analysis of framed structures are checked. The frequencies obtained by the GFEM are compared with those obtained by the analytical solutions, the Composite Element Method (CEM), the h and p-versions of FEM, and other methods found in the literature. The GFEM allows to introduce the boundary conditions directly, as in the FEM, and presents convergence rates grater than h-version of FEM and c-version of CEM, and at least similar to the convergence rates of p-version of FEM. The proposed Adaptive GFEM converges very fast and is able to approximate the frequency related to the chosen vibration mode.
Key words: Generalized Finite Element Method. Free vibration. Dynamic analysis.
Partition of unity.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.1 NMERO DE FREQUNCIAS CONVERGINDO COM PRECISO
MNIMA DE 1% - VIGA SIMPLESMENTE APOIADA .........................52
FIGURA 2.2 FATORES INTENSIDADE DE MOMENTO (K1) NORMALIZADOS EM
RELAO LARGURA DA PLACA...................................................61
FIGURA 2.3 SOLUO DA EQUAO LINEAR DA ONDA NO TEMPO t = 7,0 ..65
FIGURA 2.4 SOLUO DA EQUAO DE BURGERS NO TEMPO t = 2,853 .....65
FIGURA 2.5 TENSES xx (dyn/cm2) PARA UM PLANO SEMI INFINITO............66 FIGURA 2.6 ESQUEMA ITERATIVO .....................................................................67
FIGURA 2.7 CURVAS DE CONVERGNCIA PARA PLACA EXCITADA A 2000 HZ
.............................................................................................................69
FIGURA 3.1 ESQUEMA DE ESPAOS DUAIS.....................................................75
FIGURA 3.2 BARRA RETA COM DEFORMAO AXIAL......................................85
FIGURA 3.3 ELEMENTO LINEAR DE BARRA ......................................................95
FIGURA 3.4 ELEMENTO CBICO DE BARRA .....................................................96
FIGURA 3.5 EIXO RETO COM DEFORMAO ANGULAR................................100
FIGURA 3.6 VIGA RETA COM DEFORMAO LATERAL..................................104
FIGURA 3.7 ELEMENTO DE VIGA ......................................................................113
FIGURA 3.8 (a) FUNO B3-SPLINE TPICA; (b) BASE DE FUNES B3-
SPLINE ..............................................................................................115
FIGURA 3.9 TRANSFORMAO DE COORDENADAS PARA BARRA DE
TRELIA............................................................................................120
FIGURA 3.10 TRANSFORMAO DE COORDENADAS PARA BARRA DE
PRTICO...........................................................................................123
FIGURA 4.1 COBERTURA { }i DO DOMNIO ..............................................127
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FIGURA 4.2 SUBDOMNIOS E FUNES PARTIO DA UNIDADE PARA
MALHA DE ELEMENTOS UNIDIMENSIONAIS DO MEFG .............130
FIGURA 4.3 FUNO PARTIO DA UNIDADE E ESPAO DE APROXIMAO
LOCAL DO MEFG-1 PARA O ELEMENTO DE BARRA RETA NO
SUBDOMNIO (1,3), COM 1=ln .......................................................133 FIGURA 4.4 FUNO PARTIO DA UNIDADE E ESPAO DE APROXIMAO
LOCAL DO MEFG-2 PARA O ELEMENTO DE BARRA RETA NO
SUBDOMNIO (1,3), COM 1=ln .......................................................135 FIGURA 4.5 FUNES PARTIO DA UNIDADE E ENRIQUECEDORAS DO
ELEMENTO MESTRE DE BARRA RETA DO MEFG-2, PARA j = 1, Le
= 1 E 1 = 3/2 ...................................................................................136 FIGURA 4.6 FLUXOGRAMA DO MEFG ADAPTATIVO ......................................139
FIGURA 4.7 FLUXOGRAMA DO REFINAMENTO p ADAPTATIVO DO MEFG .141
FIGURA 4.8 FUNO PARTIO DA UNIDADE E ESPAO DE APROXIMAO
LOCAL DO MEFG MC E MEFG MMA PARA O ELEMENTO DE VIGA,
NO SUBDOMNIO (1,3).....................................................................145
FIGURA 4.9 FUNES ENRIQUECEDORAS DO ESPAO DE APROXIMAO
LOCAL DO MEFG TRIG PARA O ELEMENTO DE VIGA NO
SUBDOMNIO (1,3) ...........................................................................146
FIGURA 4.10 FUNO PARTIO DA UNIDADE E ESPAO DE
APROXIMAO LOCAL DO MEFG ADAPTATIVO PARA
ELEMENTO DE VIGA, NO SUBDOMNIO (1,3) ...............................150
FIGURA 4.11 FUNES PARTIO DA UNIDADE E ENRIQUECEDORAS DO
ELEMENTO DE VIGA PARA j = 1, Le = 1 E 1 = 3/2.......................152 FIGURA 5.1 BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................157
FIGURA 5.2 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO h
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................159
-
FIGURA 5.3 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO h - BARRA
UNIFORME FIXA-LIVRE...................................................................159
FIGURA 5.4 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO h
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................160
FIGURA 5.5 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO h
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................160
FIGURA 5.6 ERRO RELATIVO DO 5 AUTOVALOR REFINAMENTO h
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................161
FIGURA 5.7 ERRO RELATIVO DO 6 AUTOVALOR REFINAMENTO h
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................161
FIGURA 5.8 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................163
FIGURA 5.9 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................164
FIGURA 5.10 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................164
FIGURA 5.11 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................165
FIGURA 5.12 ERRO RELATIVO DO 5 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................165
FIGURA 5.13 ERRO RELATIVO DO 6 AUTOVALOR REFINAMENTO p
BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE .....................................................166
FIGURA 5.14 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR VARIAO DO
PARMETRO DE FREQUNCIA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE
...........................................................................................................167
FIGURA 5.15 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR VARIAO DO
PARMETRO DE FREQUNCIA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE
...........................................................................................................168
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FIGURA 5.16 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ANLISE 1: 1 FREQUNCIA
ALVO .................................................................................................170
FIGURA 5.17 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ANLISE 2: 2 FREQUNCIA
ALVO .................................................................................................171
FIGURA 5.18 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ANLISE 3: 3 FREQUNCIA
ALVO .................................................................................................171
FIGURA 5.19 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ANLISE 4: 4 FREQUNCIA
ALVO .................................................................................................171
FIGURA 5.20 ERRO RELATIVO PARA O 2 AUTOVALOR PARA DIVERSAS
RELAES DE MALHA BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE..........174
FIGURA 5.21 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................175
FIGURA 5.22 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................175
FIGURA 5.23 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................176
FIGURA 5.24 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................176
FIGURA 5.25 ERRO RELATIVO DO 5 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................177
FIGURA 5.26 ERRO RELATIVO DO 6 AUTOVALOR REFINAMENTO p
ADAPTATIVO BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE ..........................177
FIGURA 5.27 BARRA UNIFORME FIXA-FIXA......................................................178
FIGURA 5.28 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO BARRA
UNIFORME FIXA-FIXA .....................................................................179
-
FIGURA 5.29 BARRA UNIFORME LIVRE-LIVRE.................................................181
FIGURA 5.30 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO BARRA
UNIFORME LIVRE-LIVRE ................................................................182
FIGURA 5.31 BARRA UNIFORME FIXA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA
NA EXTREMIDADE...........................................................................183
FIGURA 5.32 ERRO RELATIVO DAS FREQUNCIAS ALVO BARRA
UNIFORME FIXA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA...............185
FIGURA 5.33 BARRA FIXA-LIVRE BIMATERIAL.................................................186
FIGURA 5.34 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO BARRA FIXA-
LIVRE BIMATERIAL ..........................................................................188
FIGURA 5.35 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO BARRA FIXA-
FIXA COM VARIAO DE REA SENOIDAL .................................191
FIGURA 5.36 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO BARRA FIXA-
FIXA COM VARIAO DE REA POLINOMIAL .............................194
FIGURA 5.37 EIXO CIRCULAR UNIFORME FIXO-LIVRE COM MASSA
CONCENTRADA...............................................................................197
FIGURA 5.38 EIXO CIRCULAR UNIFORME COM MOLA TORCIONAL ............198
FIGURA 5.39 VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE........................................200
FIGURA 5.40 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO h VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................202
FIGURA 5.41 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO h VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................202
FIGURA 5.42 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO h VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................203
FIGURA 5.43 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO h VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................203
FIGURA 5.44 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................204
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FIGURA 5.45 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................205
FIGURA 5.46 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................205
FIGURA 5.47 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................206
FIGURA 5.48 ERRO RELATIVO DO 5 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................206
FIGURA 5.49 ERRO RELATIVO DO 6 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................207
FIGURA 5.50 ERRO RELATIVO DO 7 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................207
FIGURA 5.51 ERRO RELATIVO DO 8 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME ENGASTADA-LIVRE.....................................................208
FIGURA 5.52 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE ANLISE 1: 1
FREQUNCIA ALVO.........................................................................211
FIGURA 5.53 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE ANLISE 2: 2
FREQUNCIA ALVO.........................................................................212
FIGURA 5.54 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE ANLISE 3: 3
FREQUNCIA ALVO.........................................................................212
FIGURA 5.55 ERRO DOS AUTOVALORES NO REFINAMENTO ADAPTATIVO
DA VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE ANLISE 4: 4
FREQUNCIA ALVO.........................................................................212
FIGURA 5.56 SEGUNDO MODO DE VIBRAO DA VIGA UNIFORME
ENGASTADA-LIVRE NAS DUAS PRIMEIRAS ITERAES DO
MEFG ADAPTATIVO ANLISE 2: 2 FREQUNCIA ALVO .........214
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FIGURA 5.57 VIGA UNIFORME BI-ROTULADA .................................................215
FIGURA 5.58 ERRO RELATIVO DO 1 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................216
FIGURA 5.59 ERRO RELATIVO DO 2 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................217
FIGURA 5.60 ERRO RELATIVO DO 3 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................217
FIGURA 5.61 ERRO RELATIVO DO 4 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................218
FIGURA 5.62 ERRO RELATIVO DO 5 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................218
FIGURA 5.63 ERRO RELATIVO DO 6 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................219
FIGURA 5.64 ERRO RELATIVO DO 7 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................219
FIGURA 5.65 ERRO RELATIVO DO 8 AUTOVALOR REFINAMENTO p VIGA
UNIFORME SIMPLESMENTE APOIADA .........................................220
FIGURA 5.66 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO VIGA UNIFORME
SIMPLESMENTE APOIADA .............................................................221
FIGURA 5.67 VIGA UNIFORME ENGASTADA-LIVRE COM MASSA
CONCENTRADA NA EXTREMIDADE..............................................223
FIGURA 5.68 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO VIGA
ENGASTADA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA.....................225
FIGURA 5.69 VIGA UNIFORME BI-ENGASTADA COM RTULA INTERNA .....227
FIGURA 5.70 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO VIGA COM
RTULA INTERNA ...........................................................................228
FIGURA 5.71 VIGA ENGASTADA-ROTULADA BIMATERIAL .............................230
FIGURA 5.72 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES ALVO VIGA
ENGASTADA-ROTULADA BIMATERIAL .........................................233
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FIGURA 5.73 VIGA CONTNUA BIMATERIAL......................................................234
FIGURA 5.74 ERRO RELATIVO DOS AUTOVALORES VIGA ENGASTADA-
ROTULADA COM VARIAO POLINOMIAL DE REA E INRCIA
...........................................................................................................239
FIGURA 5.75 TRELIA COMPOSTA POR 7 BARRAS........................................240
FIGURA 5.76 QUARTO MODO DE VIBRAO DA TRELIA DE 7 BARRAS....242
FIGURA 5.77 TRELIA COMPOSTA POR 15 BARRAS......................................243
FIGURA 5.78 QUINTO MODO DE VIBRAO DA TRELIA DE 15 BARRAS ...244
FIGURA 5.79 PRTICO PLANO...........................................................................245
FIGURA 5.80 QUARTO MODO DE VIBRAO DO PRTICO ...........................248
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LISTA DE TABELAS
TABELA 2.1 TEORIAS PARA VIGAS......................................................................41
TABELA 2.2 NMERO DE FREQUNCIAS COM UMA PRECISO p% OU
MELHOR BARRA LIVRE-LIVRE......................................................51
TABELA 2.3 NMERO DE FREQUNCIAS COM UMA PRECISO p% OU
MELHOR VIGA SIMPLESMENTE APOIADA ..................................51
TABELA 2.4 FREQUNCIAS NATURAIS PARA VIGA NO UNIFORME .............55
TABELA 5.1 TAXAS DE CONVERGNCIA DOS REFINAMENTOS h BARRA
FIXA-LIVRE .......................................................................................162
TABELA 5.2 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DA BARRA UNIFORME
FIXA-LIVRE .......................................................................................173
TABELA 5.3 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE BARRA UNIFORME
FIXA-FIXA..........................................................................................180
TABELA 5.4 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE BARRA UNIFORME
LIVRE-LIVRE.....................................................................................182
TABELA 5.5 SOLUES ANALTICAS DAS FREQUNCIAS NATURAIS PARA
BARRA FIXA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA .....................184
TABELA 5.6 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE BARRA FIXA-LIVRE
COM MASSA CONCENTRADA........................................................185
TABELA 5.7 SOLUES ANALTICAS DOS AUTOVALORES DA BARRA FIXA-
LIVRE BIMATERIAL ..........................................................................187
TABELA 5.8 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE BARRA BIMATERIAL
...........................................................................................................189
TABELA 5.9 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DA BARRA FIXA-FIXA
COM VARIAO DE REA SENOIDAL ..........................................191
-
TABELA 5.10 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DA BARRA FIXA-FIXA
COM VARIAO DE REA SENOIDAL MEF p COM
QUADRATURA DE GAUSS..............................................................192
TABELA 5.11 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DA BARRA FIXA-FIXA
COM VARIAO DE REA POLINOMIAL.......................................195
TABELA 5.12 RESULTADO DO MEFG ADAPTATIVO PARA BARRA FIXA-FIXA
COM VARIAO DE REA POLINOMIAL E MALHA MAIS
REFINADA.........................................................................................196
TABELA 5.13 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE EIXO FIXO-LIVRE
COM MASSA CONCENTRADA........................................................198
TABELA 5.14 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE EIXO COM MOLA
TORCIONAL......................................................................................199
TABELA 5.15 AUTOVALORES PARA VIGA ENGASTADA-LIVRE (8 GRAUS DE
LIBERDADE) .....................................................................................209
TABELA 5.16 AUTOVALORES PARA VIGA ENGASTADA-LIVRE (12 GRAUS DE
LIBERDADE) .....................................................................................210
TABELA 5.17 ERROS RELATIVOS DO MEFG ADAPTATIVO PARA VIGA
ENGASTADA-LIVRE COM DIFERENTES MALHAS .......................213
TABELA 5.18 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA UNIFORME
ENGASTADA-LIVRE.........................................................................214
TABELA 5.19 ERROS RELATIVOS DO MEFG ADAPTATIVO PARA VIGA
SIMPLESMENTE APOIADA COM DIFERENTES MALHAS............222
TABELA 5.20 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA UNIFORME
SIMPLESMENTE APOIADA .............................................................222
TABELA 5.21 SOLUO ANALTICA DOS AUTOVALORES DA VIGA
ENGASTADA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA.....................224
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TABELA 5.22 ERROS RELATIVOS DO MEFG ADAPTATIVO PARA VIGA
ENGASTADA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA PARA
DIFERENTES MALHAS ....................................................................225
TABELA 5.23 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA UNIFORME
ENGASTADA-LIVRE COM MASSA CONCENTRADA.....................226
TABELA 5.24 SOLUES ANALTICAS DOS AUTOVALORES DA VIGA BI-
ENGASTADA COM RTULA INTERNA ..........................................227
TABELA 5.25 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA COM RTULA
INTERNA ...........................................................................................229
TABELA 5.26 SOLUES ANALTICAS DOS AUTOVALORES DA VIGA
ENGASTADA-ROTULADA BIMATERIAL .........................................231
TABELA 5.27 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA BIMATERIAL
ENGASTADA-ROTULADA................................................................233
TABELA 5.28 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA CONTNUA
BIMATERIAL .....................................................................................236
TABELA 5.29 SOLUES ANALTICAS DOS AUTOVALORES DA VIGA
ENGASTADA-ROTULADA COM VARIAO POLINOMIAL DE REA
E INRCIA.........................................................................................238
TABELA 5.30 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE VIGA ENGASTADA-
ROTULADA COM VARIAO POLINOMIAL DE REA E INRCIA
...........................................................................................................238
TABELA 5.31 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE TRELIA PLANA
COM 7 BARRAS................................................................................241
TABELA 5.32 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE TRELIA PLANA DE
15 BARRAS .......................................................................................243
TABELA 5.33 RESULTADOS PARA VIBRAO LIVRE DE PRTICO PLANO.245
TABELA 5.34 RESULTADOS DA ANLISE DO MEFG ADAPTATIVO PARA 1
FREQUNCIA ALVO.........................................................................247
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LISTA DE SIGLAS
MC Mtodo Composto
MEF Mtodo dos Elementos Finitos
MEFG Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados
MEFG Adaptativo - Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados Adaptativo
MEFG MC MEFG com funes enriquecedoras baseadas no MC
MEFG MMA MEFG com funes enriquecedoras baseadas no MMA
MEFG Trig MEFG com funes enriquecedoras trigonomtricas
MEF Fourier Mtodo dos Elementos Finitos p-Fourier
MEFS Mtodo dos Elementos Finitos Spline
MMA Mtodo dos Modos Admissveis
MMT Mtodo da Matriz de Transferncia
MPU Mtodo da Partio da Unidade
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LISTA DE SMBOLOS
a constante
a1, a2 constantes das solues analticas
aij, bij, cij, dij graus de liberdade de campo
A operador linear compacto XA - operador adjunto de A
A, A1, A2 rea da seo transversal
A0 rea da seo transversal na extremidade esquerda da viga
A1, A2 constantes das solues analticas
Ad, Ae rea da seo transversal nos subdomnios ( )ii xx ,1 e ( )1, +ii xx b constante
b1, b2, b3, b4 constantes das solues analticas
B forma bilinear
B1, B2 constantes das solues analticas
c velocidade de onda
c vetor de graus de liberdade de campo
c1, c2 constantes
cbi graus de liberdade de campo para deformao axial
ci constante
cvi graus de liberade de campo para deformao transversal
C plano complexo
Ck espao das funes contnuas at a derivada de ordem k
C1, C2, C3, C4, C2r, C3r, C4r termos constantes da soluo analtica para vigas
C , GC - constantes do MPU
D(T) domnio do operador T
e erro absoluto da soluo aproximada
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erro erro relativo da soluo aproximada
E, E1, E2 mdulo de elasticidade longitudinal
Ed, Ee mdulo de elasticidade longitudinal nos subdomnios ( )ii xx ,1 e ( )1, +ii xx f funo integrvel arbitrria
f funcional linear
F forma bilinear associada ao operador Q
Fr funo enriquecedora
g funcional linear
gk solues de 0=gAX G mdulo de elasticidade transversal
h dimetro mximo dos elementos da malha
h dimenso da subdiviso da viga no MEFS
H, H1, H2 espaos de Hilbert )(hH - complemento ortogonal de hH em H
I momento de inrcia da seo transversal
I operador identidade
I0, I0D, I0E inrcias rotacionais das massas
I0f inrcia da seo transversal na extremidade esquerda da viga
Id, Ie momento de inrcia da seo transversal nos subdomnios ( )ii xx ,1 e ( )1, +ii xx IMD, IME momento de inrcia de massa nas extremidades direita e esquerda
Ip momento polar de inrcia
J - funo de Bessel de primeiro tipo e ordem k grau da base polinomial
k, kD, kE rigidez de mola longitudinal ou torcional
kc constante caracterstica do subespao de aproximao eijk - coeficientes da matriz de rigidez elementar
kRD, kRE rigidez de mola rotacional nas extremidades direita e esquerda
kTD, kTE rigidez de mola transversal nas extremidades direita e esquerda
K parmetro para estimativa de erro
-
K matriz de rigidez no sistema local
KG matriz de rigidez no sistema global
L, L1, L2, L3 comprimento
Le comprimento do elemento
L2 espao das funes quadrado integrveis
m nmero de divises da viga no MEFS
m nmero de funes enriquecedoras de viga
m ordem do operador linear
m, mD, mE massa concentrada eijm - coeficientes da matriz de massa elementar
M constante de continuidade
M momento fletor
M subconjunto limitado de um espao normado X
MS constante de sobreposio de subdomnios
M matriz de massa no sistema local
MG matriz de massa no sistema global
n dimenso do espao
n nmero de autovetores e autovalores aproximados
n nmero de funes enriquecedoras de barra
n potncia da distribuio polinomial de rea
nl nmero de nveis de enriquecimento
nl,max nmero mximo de nveis de enriquecimento
ngl nmero de graus de liberdade
N nmero de ns
N nmero total de graus de liberdade
N vetor de funes de forma
p grau do polinmio interpolador
P operador linear
p(x,t) fora axial por unidade de comprimento da barra
-
p(x,t) fora transversal por unidade de comprimento da viga
p(x,t) momento torsor por unidade de comprimento do eixo
qIj deslocamentos nodais ou de interface
q vetor de coordenadas generalizadas
q vetor de graus de liberdade nodais
qI vetor de deslocamentos nodais ou de interface
Q esforo cortante
Q operador linear
R(u) quociente de Rayleigh
R(T) operador resolvente
s dimenso do espao de aproximao j
is - funes de aproximao local do espao Si
S espao de aproximao global
Si espaos de aproximao local
Sj modos estticos de interface
S vetor de modos estticos de interface
t tempo
T matriz de transformao de coordenadas
T operador linear XT - operador adjunto *T - operador Hilbert-adjunto
T(M) imagem do operador T sobre o subconjunto M
[T(M)] fechamento de T(M)
T(t) parcela temporal do deslocamento
Tf tempo final
T operador linear
u vetor de deslocamentos
ur autovetor exato de ordem r
u(x), ur(x) parcela espacial (modo natural) do deslocamento axial
-
),( txu deslocamento axial (longitudinal)
uh campo de deslocamentos transversais aproximado shu autovetor aproximado de ordem s
ui graus de liberdade nodais (deslocamentos axiais)
uI campo de deslocamentos de interface eENRIQu - campo de deslocamentos elementar enriquecido
uMA campo de deslocamentos dos modos admissveis
uMC campo de deslocamentos do MC
uMEF campo de deslocamentos do MEF eMEFu - campo de deslocamentos elementar do MEF
uMMA campo de deslocamentos do MMA
uTC campo de deslocamentos analtico
U vetor de coordenadas no sistema local
U espao linear
U vetor de coordenadas no sistema global
v funo de projeo
)(xv , )(xvr - parcela espacial (modo natural) do deslocamento transversal
),( txv - deslocamento transversal
vh campo de deslocamentos transversais aproximado
vh funes de projeo
vi graus de liberdade nodais (deslocamentos transversais)
V espao linear
x coordenada cartesiana no plano
x autovalor de T
xi abscissa do n i
x k solues de 0=Ax X espao da soluo analtica
X espao normado
X - espao dual de X
-
y coordenada cartesiana no plano
y elemento do espao Y
yi ordenada do n i
Y espao normado
Y - espao dual de Y w funes teste
wh funes do espao Hh
wh funes teste aproximadas
wj funes admissveis
W espao de Sobolev
Y - funo de Bessel de segundo tipo e ordem z1, z2 variveis auxiliares
Zi - amplitudes
Z vetor de amplitudes
- constante de coercividade - parmetro de acoplamento espao-tempo , i, r constantes v relao entre propriedades da viga j, r autovalor adimensional dj, ej autovalor adimensional nos subdomnios ( )ii xx ,1 e ( )1, +ii xx e autovalor adimensional analtico h autovalor adimensional aproximado r autovalor adimensional relativo frequncia r
ij - delta de Dirac 1, 2 constantes - vetor de funes de forma enriquecidas - vetor de modos admissveis
j funes de base globais ij funes enriquecedoras relacionadas s rotaes nodais do MEF
-
v relao entre propriedades da viga - constante i,ij, ijk funes enriquecedoras do MEFG T constante torcional
i - funes partio da unidade - funes analticas de viga ij funes enriquecedoras do MEFG - contorno do domnio , r - autovalor, nmero de onda , r autovalor r autovalor exato de ordem r
h autovalor aproximado sh autovalor aproximado de ordem s
w comprimento de onda - taxa de convergncia - constante
)(x - parcela espacial (modo natural) do deslocamento angular ),( tx - deslocamento angular
i graus de liberdade nodais (rotaes) p ngulo de propagao de onda v relao entre propriedades da viga , 1, 2 - densidade d, e - densidade nos subdomnios ( )ii xx ,1 e ( )1, +ii xx (T) conjunto resolvente constante (T) espectro de T c (T) espectro contnuo de T p (T) espectro pontual ou discreto de T r (T) espectro residual de T
-
x, y, z tenses normais segundo os eixos coordenados i - funes com suporte i
, i, r - frequncia natural alvo,i, alvo,MEF, alvo,MEFG - frequncia natural alvo h - frequncia natural aproximada - domnio
i - subdomnios e - domnio do elemento mestre
- coordenada local - funes de viga
ei - funes de forma locais
i modos admissveis v funo que descreve a variao da seo da viga matriz de modos admissveis - gradiente
-
SUMRIO
1 INTRODUO........................................................................................................33
1.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................36
1.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ..............................................................................36
1.3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................36
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO...........................................................................36
2 REVISO DA LITERATURA..................................................................................38
2.1 MTODOS ANALTICOS ...................................................................................38
2.2 MTODOS APROXIMADOS..............................................................................44
2.2.1 Mtodo de Rayleigh-Ritz ..................................................................................44
2.2.2 Mtodo dos Elementos Finitos .........................................................................46
2.2.3 Mtodo dos Elementos Finitos Spline ..............................................................48
2.2.4 Mtodo dos Modos Admissveis.......................................................................49
2.2.5 Mtodo Composto e Mtodo do Modo Componente .......................................52
2.2.6 Mtodo dos Elementos Finitos p-Fourier .........................................................56
2.2.7 Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados.................................................58
3 PROBLEMAS DE VIBRAO LIVRE DE ESTRUTURAS RETICULADAS........70
3.1 ANLISE ABSTRATA DOS PROBLEMAS DE VIBRAO LIVRE...................70
3.1.1 Conceitos da anlise funcional.........................................................................71
3.1.2 Propriedades dos autovalores e autovetores...................................................77
3.1.3 Estimativas de erro no processo de aproximao dos problemas de
autovalores e autovetores ................................................................................79
3.2 BARRA RETA COM VIBRAO AXIAL ............................................................85
3.2.1 Soluo analtica ..............................................................................................86
3.2.2 Formulao variacional ....................................................................................90
3.2.3 Solues aproximadas .....................................................................................94
-
3.2.3.1 Mtodo dos elementos finitos ......................................................................94
3.2.3.1.1 Elemento linear ..........................................................................................95
3.2.3.1.2 Elemento cbico.........................................................................................96
3.2.3.1.3 Refinamento p hierrquico.........................................................................97
3.2.3.2 Mtodos enriquecidos ..................................................................................98
3.2.3.2.1 Mtodo dos modos admissveis.................................................................99
3.2.3.2.2 Mtodo composto.......................................................................................99
3.3 EIXO RETO COM VIBRAO TORCIONAL...................................................100
3.3.1 Soluo analtica ............................................................................................101
3.3.2 Formulao variacional ..................................................................................102
3.3.3 Solues aproximadas ...................................................................................103
3.4 VIGA DE EULER-BERNOULLI COM VIBRAO TRANSVERSAL ...............103
3.4.1 Soluo analtica ............................................................................................104
3.4.2 Formulao variacional ..................................................................................108
3.4.3 Solues aproximadas ...................................................................................112
3.4.3.1 Mtodo dos elementos finitos ....................................................................112
3.4.3.1.1 Refinamento p hierrquico.......................................................................113
3.4.3.2 Mtodo dos elementos finitos spline..........................................................114
3.4.3.3 Mtodos enriquecidos ................................................................................115
3.4.3.3.1 Mtodo dos modos admissveis...............................................................116
3.4.3.3.2 Mtodo composto.....................................................................................118
3.4.3.3.3 Mtodo dos elementos finitos p-Fourier...................................................118
3.5 ESTRUTURAS RETICULADAS.......................................................................119
3.5.1 Trelia plana ...................................................................................................119
3.5.1.1 Solues aproximadas...............................................................................119
3.5.1.1.1 Mtodo dos elementos finitos ..................................................................121
3.5.1.1.2 Mtodos enriquecidos ..............................................................................121
3.5.2 Prtico plano...................................................................................................122
3.5.2.1 Solues aproximadas...............................................................................123
-
3.5.2.1.1 Mtodo dos elementos finitos ..................................................................124
3.5.2.1.2 Mtodos enriquecidos ..............................................................................125
4 MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS GENERALIZADOS APLICADO A
PROBLEMAS DE VIBRAO LIVRE.................................................................126
4.1 BASES MATEMTICAS DO MTODO DA PARTIO DA UNIDADE ..........126
4.2 ELEMENTO GENERALIZADO DE BARRA RETA ..........................................131
4.2.1 Refinamento adaptativo..................................................................................138
4.2.2 Refinamento p adaptativo...............................................................................140
4.3 ELEMENTO GENERALIZADO DE VIGA DE EULER-BERNOULLI................141
4.3.1 Refinamento adaptativo..................................................................................147
5 VERIFICAES NUMRICAS E APLICAES DO MTODO DOS
ELEMENTOS FINITOS GENERALIZADOS........................................................155
5.1 IMPLEMENTAO DO MEFG.........................................................................156
5.2 VIBRAO LIVRE DE BARRAS RETAS.........................................................157
5.2.1 Barra uniforme fixa-livre .................................................................................157
5.2.1.1 Refinamento h ............................................................................................158
5.2.1.2 Refinamento p ............................................................................................163
5.2.1.3 Refinamento adaptativo .............................................................................168
5.2.1.3.1 Verificao da estabilidade e convergncia do mtodo ..........................169
5.2.1.3.2 Verificao do desempenho do mtodo ..................................................169
5.2.1.4 Refinamento p Adaptativo..........................................................................174
5.2.2 Barra uniforme fixa-fixa ..................................................................................178
5.2.3 Barra uniforme livre-livre ................................................................................180
5.2.4 Barra uniforme fixa-livre com massa concentrada na extremidade...............183
5.2.4.1 Soluo analtica ........................................................................................183
5.2.4.2 Soluo aproximada...................................................................................184
5.2.5 Barra fixa-livre composta por dois materiais diferentes .................................186
5.2.5.1 Soluo analtica ........................................................................................186
5.2.5.2 MEFG Adaptativo .......................................................................................188
-
5.2.6 Barras no uniformes .....................................................................................189
5.2.6.1 Barra fixa-fixa com variao senoidal de rea...........................................189
5.2.6.2 Barra fixa-fixa com variao polinomial de rea........................................193
5.3 VIBRAO LIVRE DE EIXOS CIRCULARES RETOS....................................196
5.3.1 Eixo uniforme fixo-livre com massa concentrada...........................................196
5.3.2 Eixo uniforme fixo-livre com mola torcional....................................................198
5.4 VIBRAO LIVRE DE VIGAS DE EULER-BERNOULLI.................................199
5.4.1 Viga uniforme engastada-livre........................................................................200
5.4.1.1 Refinamento h ............................................................................................201
5.4.1.2 Refinamento p ............................................................................................204
5.4.1.3 Refinamento adaptativo .............................................................................211
5.4.2 Viga uniforme simplesmente apoiada ............................................................215
5.4.2.1 Refinamento p ............................................................................................216
5.4.2.2 Refinamento adaptativo .............................................................................221
5.4.3 Viga uniforme engastada-livre com massa concentrada na extremidade .....223
5.4.3.1 Soluo analtica ........................................................................................223
5.4.3.2 Soluo aproximada...................................................................................224
5.4.4 Viga uniforme bi-engastada com rtula interna .............................................226
5.4.4.1 Soluo analtica ........................................................................................227
5.4.4.2 Soluo aproximada...................................................................................227
5.4.5 Viga engastada-rotulada composta por dois materiais diferentes.................229
5.4.5.1 Soluo analtica ........................................................................................230
5.4.5.2 MEFG Adaptativo .......................................................................................232
5.4.6 Viga contnua composta por dois materiais diferentes ..................................234
5.4.7 Viga engastada-rotulada com variao polinomial de rea e inrcia ............236
5.5 VIBRAO LIVRE DE ESTRUTURAS RETICULADAS..................................239
5.5.1 Trelias planas...............................................................................................240
5.5.1.1 Trelia composta por sete barras...............................................................240
5.5.1.2 Trelia composta por 15 barras .................................................................242
-
5.5.2 Prticos planos ...............................................................................................244
6 CONCLUSO.......................................................................................................249
REFERNCIAS.........................................................................................................255
-
33
1 INTRODUO
O uso eficiente e racional dos recursos naturais e das riquezas uma
necessidade mundial e tem conduzido os engenheiros a buscarem a otimizao
estrutural nos seus projetos. Neste sentido, novos materiais e novas tcnicas de
fabricao e construo tm surgido, e as estruturas civis e mecnicas tornam-se
cada vez mais leves e esbeltas. Estas estruturas esto sujeitas a efeitos dinmicos
gerados por fenmenos naturais como ventos, mars e terremotos, e tambm
provocados pelo trfego de veculos e operao de equipamentos e motores, entre
outros. Para o engenheiro responsvel pelo projeto, fabricao e manuteno destas
estruturas torna-se imprescindvel conhecer o seu real comportamento dinmico. Em
alguns casos o conhecimento prvio deste comportamento pode ser determinante
no dimensionamento da estrutura.
Por outro lado, os mtodos no destrutivos de deteco de falhas estruturais
baseados na resposta dinmica tambm exigem a disponibilidade de mtodos
precisos de anlise do comportamento dinmico.
Somente os problemas de vibraes de estruturas com geometrias muito
simples e com condies de contorno especficas tm soluo analtica conhecida.
Logo, na anlise dinmica de sistemas estruturais reais, em geral muito complexos,
necessria a utilizao de mtodos computacionais aproximados para soluo do
problema. Muitos pesquisadores tm se dedicado ao desenvolvimento de mtodos
eficientes para anlise de vibraes em estruturas.
O Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) (PETYT, 1990; BATHE, 1996),
disponvel atravs de diversos softwares comerciais, largamente utilizado na
anlise dinmica de estruturas. Na anlise de vibraes livres, ou seja, na
determinao de frequncias e modos naturais de vibrao, o MEF apresenta bons
resultados para as primeiras frequncias. Verifica-se entretanto a necessidade de
um modelo com grande nmero de graus de liberdade quando se pretende obter
-
34
uma boa preciso nas frequncias e modos de vibrao mais elevados, gerando
assim maiores custos computacionais. O refinamento p do MEF permite aumentar a
preciso da soluo aproximada sem a necessidade de refinamento da malha,
porm exige a determinao de novas funes de forma de grau mais elevado a
cada etapa. Alm disso, o mau condicionamento de polinmios de ordem elevada
relatado por alguns autores, tais como Leung e Chan (1998), e Ribeiro (2001).
Como alternativa, nos ltimos anos tm sido desenvolvidos novos mtodos,
aqui denominados de mtodos enriquecidos, que consistem no enriquecimento das
funes de forma do MEF convencional pela adio de funes no polinomiais
relacionadas soluo da equao diferencial governante do problema. Dentre
estes mtodos destacam-se: o Mtodo dos Modos Admissveis (MMA) (ENGELS,
1992, GANESAN; ENGELS, 1992), o Mtodo Composto (MC) (ZENG, 1998a, b e c)
e o Mtodo dos Elementos Finitos p-Fourier (MEF Fourier) (LEUNG; CHAN, 1998).
Estes mtodos permitem a imposio das condies de contorno de forma simples,
utilizando os mesmos procedimentos do MEF, e tm se mostrado mais precisos e
com menor custo computacional do que o refinamento h do MEF convencional na
anlise de vibraes livres de barras, vigas e placas.
Em 1996 foi desenvolvido o Mtodo da Partio da Unidade (MPU)
(MELENK; BABUSKA, 1996), como uma tcnica otimizada de enriquecimento. Com
base nas idias do MPU surgiram diversos mtodos, entre eles o Mtodo dos
Elementos Finitos Generalizados (MEFG). No MPU, a base do subespao de
aproximaes locais constituda de funes, no necessariamente polinomiais, que
refletem informaes disponveis a priori sobre a soluo da equao diferencial
governante. Esta tcnica garante boa aproximao local e global. As principais
vantagens do MPU so: possibilidade de enriquecimento do espao de aproximao
global com funes que refletem o comportamento local da soluo da equao
diferencial governante, funes de forma obtidas mais facilmente do que no
refinamento p do MEF, construo de espaos de aproximao com a regularidade
desejada e refinamentos locais facilmente implementados. Entretanto, o MPU
-
35
apresenta alguns desafios que compreendem: a escolha adequada do espao de
funes de aproximao local, a imposio das condies de contorno essenciais,
uma vez que os graus de liberdade utilizados no correspondem diretamente aos
graus de liberdade nodais do MEF, e a construo adequada do esquema de
integrao dos coeficientes das matrizes de rigidez e massa.
Recentemente, inmeras pesquisas tm comprovado a eficincia do MEFG
e outros mtodos baseados no MPU em problemas tais como anlise de trincas
(XIAO; KARIHALOO, 2007) e plasticidade (GRACIE; VENTURA; BELYTSCHKO,
2007), entre outros. Portanto, justifica-se uma investigao apurada da
aplicabilidade e eficincia do MEFG na anlise dinmica de estruturas.
A aplicao do Mtodo da Partio da Unidade em problemas da dinmica
estrutural no indita, uma vez que, embora poucos, existem alguns trabalhos
apresentando a aplicao desta tcnica na vibrao livre e forada de placas (DE
BEL; VILLON; BOUILLARD, 2005; HAZARD; BOUILLARD, 2007).
A contribuio principal deste trabalho est na escolha de espaos de
aproximao local para anlise de vibraes livres de estruturas reticuladas, que
renem tanto as vantagens dos mtodos enriquecidos quanto do MPU. Sendo
assim, os espaos de aproximao propostos, alm de incorporarem conhecimento
prvio sobre a soluo da equao diferencial governante, permitem a imposio
das condies de contorno atravs dos procedimentos clssicos do MEF, sem a
necessidade do uso de outras tcnicas como o mtodo das penalidades ou o
mtodo dos multiplicadores de Lagrange. Tambm proposto um mtodo iterativo
adaptativo que permite refinar a soluo para uma determinada frequncia, com
rpida convergncia e preciso equivalente, em alguns casos at superior, ao
refinamento p do MEF. Este mtodo adaptativo ainda agrega a vantagem de permitir
a construo de funes de forma dependentes das caractersticas mecnicas do
elemento e que so mais facilmente obtidas que as funes de forma do refinamento
p do MEF para estruturas reticuladas.
-
36
1.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho investigar a aplicao do Mtodo dos Elementos
Finitos Generalizados (MEFG) na anlise de vibraes livres de estruturas
reticuladas.
1.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
Para alcanar o objetivo geral proposto pretende-se:
Apresentar a formulao variacional dos problemas de vibrao de barras,
eixos e vigas de Euler-Bernoulli, e desenvolver os respectivos elementos
generalizados de modo a aplic-los tambm na anlise de trelias e prticos planos.
Propor e desenvolver uma tcnica de refinamento p1 adaptativo do MEFG
para determinao de frequncias naturais de vibrao.
Buscar, apresentar e desenvolver solues analticas para problemas de
vibraes livres de barras, eixos e vigas.
1.3 JUSTIFICATIVA
Atualmente, a preocupao mundial est voltada para a otimizao e
racionalizao do uso dos recursos naturais cada vez mais escassos. Uma aplicao
tima de recursos depende de anlises de modelos os mais prximos possveis dos
sistemas fsicos reais analisados. Para tanto, o desenvolvimento de mtodos de
anlise mais precisos, rpidos e confiveis imprescindvel.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
A estrutura deste trabalho a seguinte: no captulo 2 apresentada uma
1 No presente trabalho, assim como nos trabalhos publicados por RIBEIRO (2001) e, CAMPION e
JARVIS (1996), o refinamento p corresponde ao aumento de funes de forma na base aproximadora.
-
37
reviso da literatura sobre mtodos de anlise dinmica analticos e aproximados. O
captulo 3 contm as formulaes variacionais e os principais mtodos de soluo
analtica e aproximada dos problemas de vibrao livre de estruturas reticuladas. No
captulo 4 apresentam-se as bases matemticas do Mtodo da Partio da Unidade
e os elementos generalizados de barra e viga de Euler-Bernoulli. Tambm so
apresentadas as propostas de refinamento e adaptatividade do mtodo. No captulo
5 so apresentadas as verificaes numricas e aplicaes do mtodo. O captulo 6
apresenta as concluses finais do trabalho e sugestes de continuidade.
-
38
2 REVISO DA LITERATURA
O homem tem se interessado por entender os fenmenos de vibrao desde
a antiguidade, quando foram inventados os primeiros instrumentos musicais.
Segundo Dimarogonas (1996), o filsofo e matemtico grego Pitgoras (582-507
a.C.) considerado o primeiro a investigar os sons musicais em bases cientficas.
No estudo das vibraes em estruturas podem-se destacar alguns nomes
importantes. A vibrao de vigas finas foi estudada pela primeira vez por Euler em
1744 e Daniel Bernoulli em 1751, cuja teoria passou a denominar-se teoria das vigas
finas ou teoria de Euler-Bernoulli. Em 1802, o cientista alemo Chladni observou a
vibrao de placas e seus modos de vibrao. Sophie Germain foi premiada em
1815, pela Academia Francesa, por apresentar a teoria de vibrao de placas. Mais
tarde foi descoberto que a equao diferencial apresentada por ela estava correta,
mas as condies de contorno eram errneas. As condies de contorno corretas
para o problema de vibrao de placas foram obtidas por Kirchhoff em 1850.
Muitos outros cientistas e estudiosos poderiam ser citados neste perodo,
com destaque para Lord Baron Rayleigh, que em 1877 publicou seu livro sobre a
teoria do som, ainda hoje considerado um clssico na teoria da vibrao. Rayleigh
desenvolveu um mtodo, conhecido como Mtodo de Rayleigh, para obteno da
frequncia natural de um sistema conservativo. (DIMAROGONAS, 1996)
Os mtodos utilizados para soluo dos problemas de vibrao podem ser
subdivididos em dois grandes grupos: mtodos analticos e mtodos aproximados.
2.1 MTODOS ANALTICOS
Os mtodos analticos de soluo de problemas de vibrao fornecem as
solues analticas das equaes do movimento (equaes de equilbrio dinmico).
Porm, estas solues so possveis apenas para geometrias e condies de
-
39
contorno muito particulares. J os problemas reais de engenharia apresentam
geometrias e condies de contorno muito mais complexas. Entretanto, as solues
analticas so muito importantes pois fornecem subsdios para um conhecimento
mais aprofundado do comportamento fsico do fenmeno estudado, alm de permitir
a verificao da eficincia e preciso dos mtodos numricos aproximados. Sendo
assim, vrios pesquisadores tm se dedicado obteno de solues analticas de
diversos problemas da dinmica.
Os trabalhos de Clough e Penzien (1975), Meirovitch (1975), Craig (1981),
Chopra (1995), Rao (1995) e Inman (1996) apresentam os conceitos fundamentais
da anlise de vibraes de sistemas contnuos e as solues analticas para
vibrao de cabos, vibrao axial e torcional de barras uniformes, vibrao lateral de
vigas uniformes, incluindo ou no os efeitos de fora axial, deformao cisalhante e
inrcia rotacional, e vibrao de membranas e placas.
O estudo da vibrao axial de barras de seo transversal no uniforme
importante para a compreenso do comportamento dinmico de estruturas que
utilizam materiais compostos e de fundaes, e da propagao de ondas em tubos
de seo varivel, entre outros. Alguns dos mais importantes trabalhos dedicados
investigao da soluo analtica destes problemas so destacados a seguir.
Abrate (1995) apresenta uma famlia de funes polinomiais de 2 grau para
descrever variaes da seo transversal da barra e que permitem, depois de
adequada mudana de variveis, a transformao da equao diferencial
governante do problema em uma clssica equao da onda, cuja soluo bastante
conhecida.
Kumar e Sujith (1997) apresentam solues analticas para vibrao axial
livre de barras com seo transversal tendo variaes polinomial e senoidal da rea
(A), respectivamente nas formas ( )nbaxA += e ( )baxsenAA += 20 , sendo A0, a, b e n parmetros que definem a funo de variao ao longo do eixo x. Estes autores
utilizam mudanas apropriadas de variveis para reduzir a equao do movimento
equaes diferenciais com soluo analtica conhecida. As solues analticas
-
40
apresentadas por Kumar e Sujith (1997) aparecem na forma de funes
trigonomtricas e funes de Bessel.
Kumar e Sujith (1997) verificaram que nos casos de barras de seo no
uniforme as frequncias mais baixas so mais afetadas pela variao da seo,
enquanto as frequncias mais altas se aproximam da soluo de barra com seo
uniforme equivalente. As barras com seo varivel polinomial apresentam tambm
modos de vibrao com amplitudes decrescentes ao longo do comprimento do eixo
da barra. Os autores sugerem que a utilizao de funes de Bessel como funes
de forma nas solues aproximadas para a vibrao livre de barras de seo no
uniforme pode gerar melhores resultados que os obtidos com o uso de funes
trigonomtricas e polinomiais.
Em muitos problemas prticos, como na anlise de vibraes axiais de
edifcios altos, o problema pode ser entendido como a vibrao livre de uma barra
composta por vrios trechos com diferentes distribuies de rigidez e massa.
Buscando a soluo de tais problemas, Li (2000a e 2000b) apresenta mtodos
analticos para determinao das frequncias e modos naturais de vibrao de
barras no uniformes compostas por mltiplos trechos. A funo que descreve a
distribuio de massa da barra arbitrria e a distribuio da rigidez axial
expressa por um funcional relacionado distribuio de massa. Para relaes
funcionais do tipo potncia e exponencial, a equao diferencial governante para
uma barra constituda de um nico trecho reduzida a uma equao diferencial com
soluo analtica conhecida. Frmulas de recorrncia apropriadas (LI, 2000a) ou o
Mtodo da Matriz de Transferncia (MMT) (LI, 2000b) so ento empregados para
obter solues analticas de barras de mltiplas sees no uniformes com as
distribuies de massa e rigidez analisadas. Li, Li e Liu (2000) utilizaram a tcnica
do MMT para apresentar a soluo analtica do problema de vibrao axial de um
sistema composto por duas barras no uniformes com massas concentradas e
acopladas por molas translacionais.
Recentemente, Raj e Sujith (2005) apresentaram um mtodo geral para
-
41
determinao de uma famlia de funes para descrever as variaes de seo
transversal que conduzem a solues analticas conhecidas para a vibrao axial de
barras no uniformes.
Como a vibrao torcional de eixos estacionrios matematicamente
idntica ao problema de vibrao axial de barras, as solues analticas obtidas para
estes problemas podem ser compartilhadas, com as devidas adaptaes. Solues
analticas para vibrao torcional livre de eixos uniformes, com condies de
contorno clssicas e no clssicas, so encontradas no trabalho de Gorman (1975).
Recentemente, Chen (2006) utilizou o Mtodo da Montagem Numrica para
determinar as frequncias e modos naturais analticos de eixos circulares uniformes
carregando mltiplos elementos concentrados (massas com inrcia rotacional ou
molas torcionais).
Quanto s vigas uniformes, existem quatro diferentes teorias que descrevem
a vibrao transversal destas estruturas, que so: Euler-Bernoulli, Rayleigh,
Cisalhamento e Timoshenko. As equaes governantes, as expresses para as
condies de contorno clssicas, as equaes caractersticas e suas razes, para
estas quatro teorias aplicadas a vigas uniformes so apresentadas por Han,
Benaroya e Wei (1999). Um resumo das principais caractersticas desta teorias
apresentado na tabela 2.1.
TABELA 2.1 TEORIAS PARA VIGAS
Modelos Momento fletor
Deslocamento lateral
Deformao por cisalhamento
Inrcia rotacional
Euler-Bernoulli sim sim no no Rayleigh sim sim no sim
Cisalhamento sim sim sim no Timoshenko sim sim sim sim
FONTE: HAN, BENAROYA e WEI (1999)
A teoria de Euler-Bernoulli, muitas vezes denominada de teoria clssica de
vigas, teoria de vigas de Euler ou teoria de vigas de Bernoulli, a mais comumente
empregada pois simples e fornece aproximaes razoveis para muitos problemas
da engenharia. Esta a teoria de vigas utilizada neste trabalho. Sabe-se entretanto
-
42
que esta teoria tende a superestimar ligeiramente as frequncias naturais,
especialmente para os modos de ordem mais elevada, e seus resultados so
melhores para vigas esbeltas. (HAN; BENAROYA; WEI, 1999)
A teoria de vigas de Euler-Bernoulli remonta ao sculo XVIII. Jacob Bernoulli
(1654-1705) descobriu que a curvatura de uma viga elstica proporcional ao
momento fletor. Posteriormente, seu sobrinho Daniel Bernoulli (1700-1782) formulou
a equao do movimento de uma viga em vibrao. Em sua investigao sobre a
forma de vigas elsticas submetidas a diversas combinaes de carga, Leonhard
Euler (1707-1783) aceitou a teoria de Jacob Bernoulli.
O problema de vibrao livre de vigas uniformes de Euler-Bernoulli tem sido
abordado por diversos pesquisadores, entre eles: Chang e Craig (1969), Gorman
(1975), Clough e Penzien (1975), Meirovitch (1975) e Craig (1981).
A forma clssica da soluo espacial do problema de vibrao livre de vigas
de Euler-Bernoulli apresenta termos trigonomtricos e hiperblicos. Verifica-se
entretanto que as equaes caractersticas obtidas a partir desta soluo podem
apresentar instabilidade numrica na determinao de altos modos de vibrao,
devido s magnitudes excessivas dos termos hiperblicos. Gartner e Olgac (1982)
apresentam uma forma alternativa para a soluo espacial da equao diferencial
governante deste problema, que limita a magnitude de todos os termos da soluo
ao intervalo aproximado de 1, reduzindo os erros no clculo das frequncias e
modos naturais de vibrao. O trabalho de Gartner e Olgac (1982) apresenta as
equaes caractersticas, os autovalores associados s 10 primeiras frequncias
naturais e os coeficientes da soluo espacial para todas as combinaes de
condies de contorno clssicas de vigas uniformes.
Diversos pesquisadores tm se dedicado ao estudo das vigas no
uniformes, uma vez que estas so frequentemente utilizadas em estruturas civis e
navais, e em equipamentos.
Abrate (1995) apresenta uma tcnica de reduo da equao diferencial
governante de viga no uniforme a uma equao de viga uniforme equivalente, para
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43
o caso da vibrao transversal de vigas de Euler-Bernoulli com variao polinomial
de quarto grau para rea e inrcia da seo transversal. De Rosa e Auciello (1996)
solucionaram, em termos de funes de Bessel, a equao do movimento vibratrio
de vigas de Euler-Bernoulli com variao linear de seo transversal, com
extremidades axial e rotacionalmente flexveis. J Auciello e Ercolano (1997)
apresentaram a soluo analtica, utilizando funes de Bessel, para viga de Euler-
Bernoulli com apoios genricos e com seo transversal retangular, sujeita
variao linear da altura e da largura ao longo do comprimento. O resultado obtido
foi utilizado na anlise de vigas com seo transversal descontnua, sendo uma
parte constante e a outra parte com variao linear de seo.
A anlise das frequncias naturais de vigas de Euler-Bernoulli com massas
concentradas e condies de contorno clssicas foi realizada por Low (1997 e
1998). As solues analticas constitudas por funes transcendentes foram
comparadas com resultados obtidos pelo Mtodo de Rayleigh (LOW, 1998) e com
resultados experimentais (LOW, 1997 e 1998). Recentemente, Maiz et al. (2007)
apresentaram uma tcnica para determinao analtica de frequncias naturais de
vibrao de uma viga de Euler-Bernoulli com condies de contorno gerais,
carregando um nmero finito de massas em posies arbitrrias e levando em conta
suas inrcias rotacionais. Como casos particulares deste problema, foram
analisadas tambm vigas contnuas.
Muitos outros trabalhos poderiam ser ainda citados. Aqueles aqui citados
tm por objetivo mostrar um panorama geral das pesquisas realizadas sobre a
soluo analtica de problemas de vibrao de barras e vigas, e salientar que a
pesquisa nesta rea continua importante na atualidade. Embora a grande maioria
dos problemas de engenharia no tenha soluo vivel pelo uso das tcnicas
analticas, estas pesquisas so uma vasta fonte de subsdios para teste e verificao
de novos mtodos aproximados.
-
44
2.2 MTODOS APROXIMADOS
Diversos mtodos aproximados tm sido desenvolvidos para a anlise
numrica de vibraes. Entre eles pode-se destacar: o Mtodo de Rayleigh-Ritz
(CLOUGH; PENZIEN, 1975), o Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) (PETYT, 1990;
BATHE, 1996), o Mtodo das Tiras Finitas (CHEUNG; AU; ZHENG, 2000;
FRIEDRICH, 2000), o Mtodo dos Elementos de Contorno (BREBBIA; NARDINI,
1983; TANAKA; MATSUMOTO; SHIOZAKI, 1998) e os Mtodos Estocsticos
(VANMARCKE; GRIGORIU, 1983; LEI; QIU, 1998; LI; FANG; LIU, 1999). Porm, o
Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) continua sendo o mais empregado na soluo
de problemas de vibraes em engenharia.
Nesta reviso da literatura dedica-se ateno ao clssico mtodo de
Rayleigh-Ritz, ao Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) e aos mtodos enriquecidos
baseados no MEF, alm do Mtodo dos Elementos Finitos Generalizados (MEFG),
que consiste no principal foco deste trabalho.
2.2.1 Mtodo de Rayleigh-Ritz
Segundo Clough e Penzien (1975), o Mtodo de Rayleigh-Ritz uma
extenso do Mtodo de Rayleigh para problemas de vibraes livres e tem como
hiptese bsica que o vetor de deslocamentos (u ) da estrutura pode ser expresso
em termos de um conjunto de modos admissveis de amplitude como segue:
u =+++= L332211 ZZZ (2.1)
Para obter os melhores resultados com o menor nmero de coordenadas, cada uma
das funes admissveis i deveria ser tomada como uma aproximao do modo de vibrao analtico correspondente. Porm, muitos outros esquemas tm sido
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45
propostos para escolha das funes admissveis.
No Mtodo de Rayleigh-Ritz, as funes que compem a soluo analtica
do problema de vibrao livre de vigas uniformes de Euler-Bernoulli so amplamente
utilizadas como funes admissveis na soluo aproximada de problemas
estruturais complexos. Logo, frmulas de integrao para produtos destas funes
admissveis por uma funo arbitrria integrvel so essenciais no Mtodo de
Rayleigh-Ritz. Para este fim, Leung (1988) utiliza a forma alternativa de soluo do
problema de vibrao livre de vigas uniformes proposto por Gartner e Olgac (1982)
para estabelecer frmulas de integrao do tipo
df (2.2)
para o produto de funes e satisfazendo a equao governante do problema de
vibrao de vigas uniformes, ou seja
44
4
=dd , e (2.3)
4
4
4
=dd , (2.4)
com uma funo arbitrria integrvel f.
No trabalho de Leung (1988), o Mtodo de Rayleigh-Ritz foi aplicado na
anlise de vibrao livre de uma viga no uniforme com variao polinomial cbica
de rigidez e variao linear de massa, e foram obtidos os quatro primeiros
autovalores associados s frequncias naturais, para diferentes parmetros de
variao da rigidez e da massa. Tambm foi analisada a vibrao livre de um
sistema de placas utilizando as funes de viga como funes admissveis. Os
resultados do mtodo de Rayleigh-Ritz proposto, com 66 graus de liberdade, foram
comparados com os resultados do Mtodo dos Elementos Finitos com 728 graus de
liberdade. As 16 primeiras frequncias naturais obtidas pelo mtodo proposto foram
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46
bastante precisas, apresentando valores prximos porm inferiores aos obtidos pelo
MEF com nmero muito maior de graus de liberdade. Leung (1990) tambm discute
em detalhes o mtodo para gerar as frmulas de integrao envolvendo produtos de
funes admissveis obtidos a partir das solues analticas para vigas uniformes, e
corrige os coeficientes de soluo para vigas com uma extremidade articulada fixa e
outra livre, erroneamente indicados por Gartner e Olgac (1982).
2.2.2 Mtodo dos Elementos Finitos
O Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) convencional, tambm considerado
como uma generalizao do Mtodo de Rayleigh-Ritz (PETYT, 1990), um mtodo
bem conhecido e poderoso na soluo de problemas com qualquer geometria e grau
de complexidade. Porm, para atingir boa preciso em frequncias altas de vibrao
o MEF geralmente exige um grande custo computacional. A anlise de vibraes em
estruturas atravs do MEF apresentada e discutida por Petyt (1990).
O MEF pode ter sua preciso aumentada atravs dos refinamentos: h, p, hp
e adaptativos. A tcnica mais simples, denominada de refinamento h, corresponde
ao aumento do nmero de elementos que compem a malha.
Trabalhos recentes de Ribeiro (2001) e, Campion e Jarvis (1996) definem o
refinamento p como sendo o aumento do grau e/ou do nmero das funes de forma
no elemento sem alterar a malha. No caso de funes de forma polinomiais, como
as utilizadas no MEF convencional, o refinamento p corresponde ao aumento do
grau do polinmio interpolador da soluo. Vrios pesquisadores como Ganesan e
Engels (1992), Zeng (1998a, b e c) e Ribeiro (2001) tm utilizado funes de forma
no polinomiais ao proporem formas enriquecidas do Mtodo dos Elementos Finitos.
O refinamento hp, por sua vez, consiste na combinao do refinamento da
malha (refino h) simultaneamente com a variao na ordem do polinmio
aproximador (refino p). Todas estas tcnicas podem ser adaptativas desde que a
malha de elementos, as funes de forma, ou ambas, dependendo do tipo de
refinamento, se ajustem durante o processo de anlise com o objetivo de melhorar a
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47
soluo.
Segundo Ribeiro (2001), Zienkiewicz, Gago e Kelly (1982) e, Carey e Oden
(1984a), em um refinamento p, se o conjunto de funes de forma de uma
aproximao de ordem p constitui um subconjunto do conjunto de funes de forma
de uma aproximao de ordem p+1, este refinamento denominado hierrquico. As
funes de forma hierrquicas foram introduzidas por Zienkiewicz, Irons, Scott e
Campbell por volta do ano de 1971, conforme indica o trabalho de Zienkiewicz, Gago
e Kelly (1982). Campion e Jarvis (1996) destacam como principais vantagens dos
mtodos hierrquicos: a reteno dos coeficientes da matriz de rigidez quando a
ordem da interpolao aumenta e a obteno de altas taxas de convergncia sem
necessidade de refinar a malha, alm de resultar em melhora do condicionamento
das equaes envolvidas.
A utilizao de refinamentos hierrquicos na soluo de problemas de
vibrao em estruturas permite que as matrizes de massa e rigidez j calculadas
sejam mantidas e somente os termos destas matrizes relativos s novas funes de
forma necessitem ser calculados. Esta propriedade reduz o esforo computacional
necessrio para montagem das matrizes a cada etapa do refinamento. Entretanto,
Leung e Chan (1998), e Ribeiro (2001) destacam que polinmios de alta ordem so
mal condicionados, levando alguns pesquisadores a utilizarem funes
trigonomtricas na interpolao dos deslocamentos em problemas de vibraes em
estruturas.
Segundo Solin, Segeth e Dolezel (2004), os melhores resultados do MEF
podem ser atingidos usando refinamentos hp adaptativos orientados a uma meta.
Estes autores apresentam os princpios bsicos do MEF de alta ordem e tcnicas de
discretizao e refinamento adaptativos.
O nmero de trabalhos publicados em que o MEF utilizado na anlise de
vibraes bastante grande. Este fato pode ser comprovado, por exemplo, ao
observarem-se as revises bibliogrficas do Mtodo dos Elementos Finitos aplicado
anlise de vibraes de vigas, placas, cascas e outras estruturas entre os anos de
-
48
1994 e 1998 apresentadas por Mackerle (1999 e 2000). Recentemente, um
elemento Lagrangiano de 4 ns para anlise de vibraes livres de vigas curvas
atravs do MEF foi apresentado por Yang, Sedaghati e Esmailzadeh (2008).
Ao longo dos ltimos anos tm surgido novos mtodos baseados no
enriquecimento das funes de forma do MEF, como o Mtodo dos Modos
Admissveis (MMA) (ENGELS, 1992, GANESAN; ENGELS, 1992), o Mtodo
Composto (MC) (ZENG, 1998a, b e c) e o Mtodo dos Elementos Finitos p-Fourier
(MEF Fourier) (LEUNG; CHAN, 1998), alm do Mtodo dos Elementos Finitos Spline
(MEFS) (LEUNG; AU, 1990). As idias fundamentais destes mtodos e os principais
resultados obtidos esto descritos nos prximos tpicos.
2.2.3 Mtodo dos Elementos Finitos Spline
O Mtodo dos Elementos Finitos Spline (MEFS), proposto por Leung e Au
(1990), consiste na utilizao de funes B3-spline como funes de forma do campo
de deslocamentos, na anlise de vibraes livres de vigas e placas. As funes B3-
spline so computacionalmente eficientes e flexveis na modelagem de diferentes
condies de contorno. Os parmetros destas funes sobre o contorno, ou fora
dele, so totalmente eliminados atravs de transformao apropriada para garantir
que a imposio das condies de contorno siga o mesmo procedimento do MEF
convencional.
O MEFS foi aplicado na anlise de vibrao livre de uma viga contnua com
mudanas abruptas de seo e de placas com diferentes condies de contorno.
As quatro primeiras frequncias naturais da viga foram determinadas
utilizando o MEFS com 13 graus de liberdade efetivos e o MEF convencional com 22
graus de liberdade. Apesar de tratar-se de discretizaes pobres, os resultados
obtidos por ambos os mtodos apresentaram a mesma preciso, quando
comparados soluo analtica. Observando o nmero de graus de liberdade
empregados em cada anlise, verifica-se a maior eficincia do MEFS.
Na anlise da vibrao livre de placas retangulares com vrias condies de
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49
contorno homogneas, Leung e Au (1990) observaram que apenas 40 a 60% dos
graus de liberdade utilizados na anlise pelo Mtodo das Tiras Finitas Spline eram
necessrios ao utilizar o MEFS, para obter resultados com preciso similar.
2.2.4 Mtodo dos Modos Admissveis
O Mtodo dos Modos Admissveis (MMA) baseia-se na idia apresentada
por Craig (1981) de que o campo de deslocamentos pode ser escrito como a
combinao linear de funes representando modos admissveis de vibrao. O
MMA para anlise de vibraes livres de barras, vigas e prticos proposto por
Engels (1992) e, Ganesan e Engels (1992) consiste em descrever o campo de
deslocamentos de um elemento genrico por:
( ) )()( MAIMMA uuu += (2.5)
onde uI e uMA so os campos de deslocamentos de interface e dos modos
admissveis, respectivamente. A interface definida como o conjunto de pontos,
curvas e superfcies que a estrutura tem em comum com a sua vizinhana. Os
modos admissveis devem ser linearmente independentes, suficientemente
diferenciveis e satisfazer as condies de contorno geomtricas.
O primeiro termo da equao (2.5) corresponde a um deslocamento esttico
devido ao deslocamento da interface, e pode ser determinado por um sistema de
coordenadas nodais utilizando o vetor de modos estticos de interface S, o vetor de
deslocamentos nodais ou de interface qI e a coordenada local do elemento , como na equao:
( ) ( ) IqS TIu = (2.6)
Os modos estticos de interface devem ser escolhidos de tal forma a capturar com
preciso a deformao esttica causada pelos deslocamentos fsicos dados pelo
-
50
vetor de deslocamentos da interface. O modo esttico jS correspondente ao
deslocamento nodal jIq definido como a deformao esttica do elemento para
1 =jIq e 0 =iIq para todo ji . Verifica-se que as funes de forma do MEF convencional so idnticas aos modos estticos de interface, ou seja, o vetor de
modos estticos corresponde ao vetor de funes de forma do MEF e os
deslocamentos de interface aos deslocamentos nodais do elemento.
O segundo termo do campo de deslocamentos MAu representa o restante do
deslocamento total MMAu medido em relao a Iu por um observador absoluto. Logo,
o campo de deslocamentos dos modos admissveis MAu se anula na interface do
elemento e pode ser expresso como uma combinao linear de modos admissveis
restritos na interface, atravs da equao:
( ) ( ) q MAu = (2.7)
onde o vetor de modos admissveis e q o vetor de coeficientes ou
coordenadas generalizadas.
Existem muitos conjuntos de modos admissveis que podem ser utilizados,
entre eles destacam-se os modos de vibrao normais restritos, que so obtidos da
soluo analtica da vibrao livre do elemento com todos os deslocamentos de
interface restritos. De fato, a nica restrio para os modos admissveis que sejam
formados por funes que se anulem na interface do elemento.
Substituindo as equaes (2.6) e (2.7) em (2.5) obtm-se:
( ) ( ) ( ) qqS I TMMAu += (2.8)
Portanto, o campo de deslocamentos passa a ser escrito como uma combinao
linear de dois conjuntos de modos admissveis: modos estticos e modos
admissveis restritos na interface. Segundo Engels (1992) e, Ganesan e Engels
(1992), esta representao do campo de deslocamentos completa no sentido de
que qualquer grau de preciso teoricamente possvel desde que se acrescentem
-
51
diferentes modos admissveis restritos na interface em quantidade suficiente.
O MMA apresenta trs importantes vantagens: possui alta taxa de
convergncia, em princpio nenhuma subdiviso dos elementos base necessria e
o modelo gerado hierrquico.
Engels (1992) apresentou os elementos do MMA para barras e vigas de
Euler-Bernoulli utilizando modos de vibrao normais analticos como modos
admissveis. Tambm foram discutidas as formas de obter elementos para barras
em toro e prticos planos e espaciais utilizando o MMA. O mtodo foi aplicado na
anlise de vibrao livre de uma barra livre-livre, uma viga de Euler-Bernoulli
simplesmente apoiada e um prtico plano. As tabelas 2.2 e 2.3 apresentam o
nmero de frequncias com uma preciso de p% ou melhor em relao s solues
analticas, em funo do nmero de graus de liberdade (ngl), com a utilizao do
MMA e do MEF convencional implementado no software MSC/NASTRAN para
anlise da barra e da viga. Os resultados obtidos mostram que as frequncias
naturais obtidas pelo MMA so mais precisas que as obtidas pelo refinamento h do
MEF convencional com um nmero maior de graus de liberdade.
TABELA 2.2 NMERO DE FREQUNCIAS COM UMA PRECISO p% OU MELHOR BARRA
LIVRE-LIVRE ngl 6 16 26 36 51 p % MMA MEF MMA MEF MMA MEF MMA MEF MMA MEF
1 3 1 12 3 22 4 34 6 49 8 5 4 2 14 6 24 9 34 13 49 18 10 4 3 14 8 24 13 34 18 49 26
FONTE: ENGELS (1992)
TABELA 2.3 NMERO DE FREQUNCIAS COM UMA PRECISO p% OU MELHOR VIGA
SIMPLESMENTE APOIADA ngl 4 10 16 20 26 p % MMA MEF MMA MEF MMA MEF MMA MEF MMA MEF
1 2 1 8 3 14 5 18 6 24 8 5 2 1 8 4 14 7 18 9 24 12 10 2 1 8 4 14 7 18 9 24 12
FONTE: ENGELS (1992)
Ganesan e Engels (1992) desenvolveram elementos de viga de Euler-
Bernoulli para o MMA utilizando dois diferentes tipos de modos admissveis restritos
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52
na interface: modos de vibrao livre de viga bi-engastada (modos normais) e
funes trigonomtricas. A figura 2.1 mostra o desempenho destas duas
formulaes do MMA e do MEF convencional na anlise de uma viga simplesmente
apoiada.
FIGURA 2.1 NMERO DE FREQUNCIAS CONVERGINDO COM PRECISO MNIMA DE 1% -
VIGA SIMPLESMENTE APOIADA FONTE: GANESAN E ENGELS (1992)
2.2.5 Mtodo Composto e Mtodo do Modo Componente
Outro mtodo para anlise de vibraes, denominado Mtodo Composto
(MC) (Composite Element Method), foi apresentado por Zeng (1998a, b e c). Este
mtodo basicamente uma combinao da versatilidade do MEF com a alta
preciso das solues analticas. O MC obtido utilizando o elemento convencional
do MEF, com o conjunto de funes de forma enriquecido pela adio de funes
no polinomiais relacionadas s solues analticas do problema.
Os novos graus de liberdade relacionados s funes enriquecedoras no
tm significado fsico direto e foram denominados graus de liberdade c por Zeng
(1998b). O MC pode ser refinado atravs do aumento de elementos da malha
(refinamento h) ou atravs do aumento da base de funes de forma. O refinamento
hierrquico obtido pelo aumento do nmero das funes analticas na soluo
aproximada foi denominado refinamento c por Zeng (1998a e b).
Zeng (1998a e b) desenvolveu elementos de barra, viga de Euler-Bernoulli e
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53
prtico utilizando esta tcnica para anlise de vibraes livres. Shi e Zeng (2000)
desenvolveram o elemento composto para vibrao de placa fina elstica. Machado
et al. (2002) apresentam elementos compostos para vigas de Euler-Bernoulli, vigas
de Timoshenko e placas de Mindlin.
Alm do MC, outro mtodo, denominado Mtodo do Modo Componente,
apresentado por Weaver Junior e Loh (1985), utiliza solues analticas na funo
de interpolao de deslocamentos. O Mtodo do Modo Componente utiliza, na
funo de interpolao de deslocamentos laterais do elemento, as solues
analticas do problema de vibrao livre de uma viga bi-rotulada, com o objetivo de
incluir o efeito dos modos locais de vibrao na anlise dinmica de trelias.
No MC, o campo de deslocamentos descrito pela combinao de funes
de forma polinomiais de elementos finitos, baseados nos valores nodais, e funes
de forma obtidas das solues analticas. As funes analticas utilizadas so
obti